+ All Categories
Home > Documents > LinhasComboio Turismo

LinhasComboio Turismo

Date post: 30-Jul-2015
Category:
Upload: x42ap
View: 212 times
Download: 0 times
Share this document with a friend
Popular Tags:
226
Transcript
Page 1: LinhasComboio Turismo
Page 2: LinhasComboio Turismo
Page 3: LinhasComboio Turismo

9 linhas para descobrir Portugal

Linha do MinhoBarcelos

Viana do Castelo

Caminha

Vila nova de Cerveira

Valença

Foto:

Festa

das R

osas

, Vila

Fran

ca do

Lim

a (Via

na do

Caste

lo)

a Bordo do CoMBoio regionaL

Page 4: LinhasComboio Turismo

LINHA DO MINHOLINHA DO MINHO

“a linha segue paralela ao mar, em direcção ao Norte”Ermesinde

Trofa

Famalicão

Nine

Barcelos

Viana do Castelo

Afife

Âncora-Praia

Moledo do Minho

Caminha

Gondarém

Vila Nova de Cerveira

Valença

Page 5: LinhasComboio Turismo

LINHA DO MINHO

3

a exuberância do norteConstruída no final do século XIX, a linha que liga o Porto à cidade fronteiriça de Valen-ça, atravessa o Douro Litoral e a zona noroeste do Minho ao longo de 132 quilómetros onde o verde é o tom dominante.

Mergulhando no verde

Seja da estação de Campanhã ou de São Bento (com magníficos painéis de azulejos de Jorge Colaço), é na cidade do Porto que partimos para uma viagem pelas paisagens do Minho, onde o verde domina mas também não faltam os cenários ribeirinhos. Deixando a periferia da Invicta, entramos de imediato no universo minhoto em direcção à Trofa e Famalicão. Apesar da modernidade das cidades e vilas, entre elas viajamos por paisagens rurais onde a natureza é sobera-na. Nine é a estação que estabelece a ligação com Braga mas seguimos em direcção a Barcelos, passando por pe-quenos apeadeiros entre bosques cerrados que alternam com o casario solitário.Depois de cruzado o rio Cávado, a linha passa sem dar a justa perspectiva dessa cidade e, por isso, para conhecer o centro histórico de Barcelos é necessária uma paragem prolongada, antes de regressar ao caminho que nos le-vará entre espigueiros, latadas e milheirais até Viana do Castelo.

Viana e o Atlântico

Até aqui marcado pelas serras, o horizonte modifica-se com a aproximação àquela cidade minhota e crescem as montanhas como pano de fundo do cenário urbano. Viana está na outra margem do Lima e atra-vessamos este rio pela ponte metá-lica desenhada por Eiffel, com os olhos pos-

tos nas praias, nos cais e na silhueta citadina, coroada pelo santuário de Santa Luzia. Contornada a cidade, encontramos a costa atlântica e a linha segue pa-

ralela ao mar em direcção ao norte. Entre praias e pinhal, passam-se as vilas costeiras que se sucedem até encon-trarmos a foz dos rios Minho e Caminha. Deixando esta cidade, atravessamos a confluência do rio Minho com o seu afluente Coura.

Rio Minho

A linha continua pelo rio acima, acompanhando a mar-gem, ora de perto, ora mais afastado, fazendo o azul das águas doces alternar com o verde da paisagem. Do outro lado, o relevo acentua-se e pequenas localidades vão-se revelando até que Vila Nova de Cerveira nos recebe. Assim entramos no troço final desta viagem, sempre com o rio Minho como companheiro, que apenas abandona-mos para entrar em Valença. Na vila que marca o fim da linha, destaca-se a magnífica praça-forte, que ainda hoje guarda com impo-nência o centro histórico, de visita obrigató-ria.

Foz do rio Minho

Ponte Eiffel em Viana do Castelo

Page 6: LinhasComboio Turismo

4

8 km

BARCELOS

associa-se o Largo do Apoio, uma

zona de características medievais, onde se encontra a Casa dos Carmonas, com

uma torre do XIII. O oitavo conde de Barcelos, D. Afonso, filho bastardo de D. João I, trouxe prestígio a Barcelos, ao mudar-se de Chaves para aqui. A ele se devem a construção do Paço dos Duques, a reconstrução da Igreja Matriz e a edificação da mu-ralha.

Terra de comércio

No coração do Minho, à beira do Cávado, Bar-celos tem uma das maiores feiras do país e deu nome a um dos mais conhecidos símbo-los portugueses, o Galo de Barcelos.

D. Afonso Henriques concedeu-lhe foral em 1140 e D. Dinis criou o condado com o mesmo

nome, em 1298, com a nomeação do seu primeiro conde, D. João Afonso Telo de Menezes. Em 1515 D. Manuel atribuiu-lhe novo foral. O passar dos tempos fez de Barcelos uma grande comarca e importante pólo comercial, vincado pela feira semanal que co-meçou a realizar-se na Idade Média. Tem lugar às quintas-feiras em pleno centro da cidade, no Campo da Feira, sendo a maior do Minho. Barcelos era uma das vias de peregrinação para Santiago de Compostela tendo o seu nome origem no termo «a pequena barca» (Barc + ellus), como lu-gar de «passagem» para o Alto Minho e Santiago de Compostela. Durante o século XVIII, a cidade extrava-sou o perímetro amuralhado, conciliando a estrutura medieval com construções barrocas. Conserva um importante centro histórico, dominado pelo Paço dos Duques, Igreja Matriz e o Solar dos Pi-nheiros. A este núcleo, que inclui ainda o pelourinho e a ponte,

Estação de BarcelosDistância da estação ao centro

Acessos:

A pé

Táxi: T. 253 811 299, 253 812 163

1 km

Feira de Barcelos

Page 7: LinhasComboio Turismo

5

aqui instalado o Museu Arqueológico de Barcelos. Do seu espólio destaca-se o Cruzeiro do Galo, ex-libris da cidade.

Ponte MedievalEdificada sobre o rio Cávado, a ponte medieval, em pe-dra e ainda sólida, faz a ligação entre Barcelos e Barce-linhos. É uma edificação gótica do início do século XIV. Foi mandada construir por D. Pedro, terceiro conde de Barcelos, e veio reforçar o papel de pólo comercial que Barcelos já havia conquistado.

Largo do ApoioEste teria sido o primeiro largo da cidade. No centro ergue-se, um chafariz renascentista, atribuído a João Lopes. Neste local encontra-se, também, a Casa dos Carmonas, a Casa do Alferes Barcelense e a Casa do Condestável. É a cidade de Barcelos medieval que revi-vemos, neste conjunto e nas ruelas vizinhas.

Edifício da Câmara MunicipalTotalmente remodelado em 1849, este edifício en-globa também o antigo Hospital do Espírito Santo que no século XIV serviu de posto de assistência dos peregrinos a Santiago de Compostela. Existem ainda vestígios da antiga Capela de Santa Maria (século XIV) e da Igreja da Misericórdia (século XVI). A torre e a

LINHA DO MINHO BARCELOS

Igreja MatrizMandada construir por D. Pedro, terceiro conde de Bar-celos, no século XIV, sofreu ampliações nos séculos se-guintes. A frontaria, apesar de muito modificada, man-tém o portal gótico com alguns motivos românicos. No interior apresenta duas belas imagens de Nossa Senho-ra da Assunção, sua padroeira, uma imagem gótica da Senhora da Franqueira, do século XV, e uma outra, em pedra de ançã, do século XIV. O órgão e os azulejos que cobrem as paredes são do século XVIII.

Feira de BarcelosA feira de Barcelos remonta ao século XIII e realiza-se todas as quintas-feiras, sendo uma das maiores do Minho. Os feirantes enchem o campo da Feira desde a madrugada. No centro, é o núcleo da feira. Começa bem cedo, a partir das sete horas com vegetais e frutas. Também há galinhas vivas e flores de todas as cores. A feira dos panos, começa um pouco mais tarde e ainda vende pano a metro. Confecções, sapatos, botas, arti-gos para caça, linhos, lãs, toalhas, bolos e doces, não esquecendo as alfaias agrícolas e ferragens, são outros tantos atractivos desta feira. Na esquina em frente à igreja do Senhor Jesus da Cruz é a zona do artesanato, com destaque para o barro vermelho, pintado ou não.

Paço dos Condes de Barcelos (Museu Arqueológico)Castelo apalaçado, construído na primeira metade do século XV, por D. Afonso, oitavo Conde de Barcelos e primeiro duque de Bragança. As suas altas chaminés simbolizavam a casa mais rica de Barcelos. Encontra-se

o QUe Ver

5

Page 8: LinhasComboio Turismo

BARCELOS LINHA DO MINHO

6

Casa da Câmara são do século XV. Obras recentes de valorização e restauro mantém este conjunto bem preservado.

Torre Nova /Centro de ArtesanatoÉ a única existente das três torres (Torre da Ponte, Tor-re da Porta Nova ou do Cimo de Vila e Torre da Porta do Vale), que correspondiam às entradas da vila. Torre em granito de base quadrangular, era inicialmen-te em forma de U, com apenas três faces em pedra, aberta para o interior da vila. Desde o século XVI até 1932 foi uma cadeia. Hoje em dia está ocupada pelo posto de turismo e um centro de artesanato.

Museu da OlariaBarcelos é terra de oleiros. São famosas as suas peças desta arte popular, que traduz a tradição de um povo. Este museu possui um espólio de mais de seis mil pe-ças provenientes de diferentes regiões de Portugal, dos países africanos de expressão portuguesa e de outras regiões do mundo. Rosa Ramalho, Mistério e uma legião de outros artistas populares tornaram fa-mosos os barros de Barcelos, quase sempre pintados e figurando santos, diabretes e animais fantásticos. Isto, claro está, para além do famoso Galo de Barcelos, ícone da cidade e de Portugal inteiro.

Igreja do Bom Jesus da CruzCom planta arredondada e de grandes dimensões, é uma das marcas do centro histórico barcelense, perto do Campo da Feira. Construção barroca de inspiração italiana, é um edifício possante de planta octogonal, cujo campanário encima uma fachada saliente, rema-tada por uma balaustrada com pináculos. Interiormen-te a nave tem planta em cruz latina, coberta por uma impressionante cúpula esférica. Os altares de talha bar-roca, os azulejos do século XVIII e oito painéis em tela são algumas das atracções desta invulgar igreja.

Chafariz do Campo da FeiraFontanário edificado em 1621, está situado no Passeio dos Assentos (ou das Obras) e foi desenhado por João Lopes. Monumental, é um chafariz de tanque redondo e dupla taça e está encimado por um pináculo que ostenta as armas reais e o antigo brasão de Barcelos, por entre águias. Está ladeado por quatro escadarias e quatro fon-tes, decoradas com máscaras trágicas de onde sai a água.

Museu Arqueológico de BarcelosInstalado no terreiro que circunda as ruínas do antigo Paço dos Condes de Barcelos, recolhe exemplares ar-queológicos medievais (lápides, capitéis, cruzeiro da lenda do galo).

Page 9: LinhasComboio Turismo

Aqui d´Algarve €€Muxama, griséus ou alcagoitas são algumas das pa-lavras do léxico algarvio pouco conhecidas a Norte. Pouco conhecidas e pouco saboreadas, motivos que levaram Vítor Galvão Nazaré a abrir o restaurante Aqui d`Algarve em plena região minhota. A fachada logo denuncia ao que vem: recria uma tradicional moradia algarvia e dentro encontramos inúmeras referências à região. Mas é na cozinha que ela reina, em receitas tí-picas e sabiamente elaboradas, com produtos genuina-mente algarvios, das amêijoas da ria Formosa à galinha com hortelã. Não fumadores.

Encerra Domingo ao jantar e segunda-feiraM Rua Doutor Augusto Monteiro, Loja 20T 969 497 303

Bagoeira €€Cozinha tradicional conhecida pela sua qualidade numa casa centenária especialista em bem servir os pratos minhotos. O serviço é atento e eficiente, mesmo com muito movimento nas suas nove salas, especialmente à quinta-feira, dia de feira em Barcelos e de cozido à portuguesa. Outras especialidades que fazem a fama da casa: polvo e bacalhau assados na brasa, lampreia à bordalesa (na época), rojões à minhota, papas de sarrabulho e posta de vitela. Na doçaria perca-se com tentações como toucinho do céu ou sopa dourada. Zona de fumadores.

Aberto todos os diasM Avenida Doutor Sidónio Pais, 495 T 253 811 236www.bagoeira.com

LINHA DO MINHO BARCELOS

7

onde CoMer Pedra Furada €€Num ambiente simpático, com mobiliário de traça anti-ga, as iguarias servidas são confeccionadas com produ-tos de cultivo próprio. Não fumadores.

Encerra Segunda-feira ao jantarM Rua Nova, Pedra FuradaT 252 951 144

Hotel Bagoeira ***Situado em frente ao campo da feira, foi inau-gurado em 2004 e oferece quartos modernos, confortáveis e bem equipados.

Quartos 54M Avenida Doutor Sidónio Pais, 495T 253 809 500www.bagoeira.com

onde dorMir

€ até 15 euros €€ entre 15 e 30 euros €€€ mais de 30 euros

Page 10: LinhasComboio Turismo

8

Estação de Vianado CasteloDistância da estação ao centro

Acessos:

A pé

Autocarros: Mini-autocarro eléctrico Gulli-ver que realiza o circuito centro histórico. De 2ª a 6ª, das 09h30h às 13h00 e das 14h00 às 18h30.

Táxis: 258 826 641

A estação Considerada “a mais bela estação de Por-tugal” por Ramalho de Ortigão, que tam-bém elogiou uma harmonia arquitectó-nica “que desafia toda a comparação”, a estação de Viana foi construída em finais do século XIX (1878-1882). Este edifício em granito (das pedreiras de Afife) apresenta um desenho clássico e simétrico com um frontão central mais elevado, onde existe um relógio e uma coroa real.

0.5 km

VIANA DO CASTELO

Princesa do Lima

No ano de 1258 Viana foi fundada junto à desembo-cadura do rio Lima por D. Afonso III. Durante a épo-ca das Descobertas, teve bastante importância. Em tempos conhecida como Viana da Foz do Lima e Via-na do Minho, é elevada a cidade em 1848, ganhando o nome definitivo de Viana do Castelo.Ergue-se junto à foz do rio Lima, num fértil vale, que constitui a entrada natural da cidade. O rio, a serra e o mar dão-lhe uma beleza invulgar. Aliás, Viana é mesmo uma das mais bonitas cidades portuguesas. O enquadramento paisagístico, com o estuário do Lima e o Monte de Santa Luzia, não podia ser melhor. O seu centro histórico é um dos mais bem conserva-dos do país e é tudo menos um museu: é habitado e tem vida própria, sendo um prazer percorrer as ruas estreitas e lajeadas onde o tempo parece não ter passado. A cidade guarda vários monumentos, testemunhos de muitos séculos e de diversos estilos arquitectónicos. Tem beneficiado de intervenções re-centes nas ruas e praças, da criação de vias pedonais e de uma ciclovia urbana. A proximidade do rio e do mar proporcionam exce-lentes condições para a prática de desportos náuticos e para o acolhimento de barcos de recreio na marina em frente ao jardim da cidade. Para além da paisa-gem e do valor histórico, a riqueza da etnografia, do artesanato (com destaque para as loiças e a filigrana) e da gastronomia, são trunfos que fazem de Viana do Castelo um destino obrigatório, especialmente em Agosto, por ocasião das festas da Senhora da Agonia, evento anual que atrai muitos milhares de visitantes.

Edifício da estação ferroviária e escultura de homenagem ao folclore minhoto

Page 11: LinhasComboio Turismo

de Viana do Castelo. O chafariz no centro da praça, obrado mestre canteiro João Lopes «O velho», foi, durante séculos, o ponto de abastecimento de água potável da cidade. De assinalar, também, os antigos Paços do Concelho, construídos entre os séculos XV e XVI. A com-pletar o enquadramento desta bela praça a Igreja e a Casa das Varandas, edifício da Misericórdia, exemplar único da arquitectura renascentista e maneirista, com influências italianas e flamengas. A igreja, remodeladaem 1716, apresenta no seu interior uma grande riquezadecorativa, em talha e azulejos e frescos pintados no tecto. É um dos melhores exemplares barrocos do país.

Biblioteca MunicipalA nova Biblioteca Municipal de Viana do Castelo, da au-toria do arquitecto Siza Vieira, está situada entre o rio Lima e o centro histórico da cidade. Muito bem integra-do na paisagem, é um edifício de grande beleza, com luz natural a inundar os vários espaços. Desenvolve-se em dois pisos, tendo no rés-do-chão instalação de ser-viços técnicos, sala polivalente, bar e balcão de aten-dimento. O piso superior tem uma grande sala de lei-tura e uma secção infantil, salas de trabalho, zonas mais restritas para leitura e ateliês de expressão ar-tística.

Santa LuziaChegar ao Alto do Monte de Santa Luzia por elevador é uma experiência a não perder. O elevador, recuperado há poucos anos, foi construído em 1923. As duas pe-quenas carruagens sobem e descem até à Basílica de Santa Luzia. A viagem é segura e começa numa pe-quena central com acesso na estação ferroviária. Sete minutos e 600 metros depois, alcança-se o topo. E lá no alto, um panorama deslumbrante sobre a cidade, o rio Lima e o mar. As melhores vistas são do zimbório da basílica, que pode ser acedido através de um elevador ou por escadas na basílica. Pode então visitar a basílica, obra revivalista de Ventura Terra, construída em 1903, imitando o Sacré Coeur de Paris. Perto da basílica, en-contra-se a Citânia de Santa Luzia, um dos castros mais conhecidos do Norte de Portugal, da Idade do Ferro.

Praça da RepúblicaConjunto monumental no cora-ção da zona histórica da cidade

9

o QUe Ver

LINHA DO MINHO VIANA DO CASTELO

Igreja MatrizA Sé Catedral de Viana, de estrutura românica, é uma obra com influência gótica. A sua construção teve início do século XV. O portal apresenta um arco ogivado re-cortado por três arquivoltas decoradas, que são supor-tadas por seis esculturas que representam os apóstolos: São Pedro, São Paulo, São João, São Bartolomeu, São Tiago e Santo André.

Page 12: LinhasComboio Turismo

1010

o QUe FaZer

VIANA DO CASTELO LINHA DO MINHO

DoçariaAlém das diversas pastelarias/cafés dispersos pela cidade onde pode apreciar a imensa variedade de doçaria, a Casa Natário, na Rua Manuel Espregueira n.º 37 é de visita obrigatória para os gulosos. Aqui encontra diversos doces e salgados tradicionais de Viana tais como: as famosas bolas de Berlim, man-jericos, meias-luas, biscoitos de Viana, pão-de-ló, empadas de pato, salmão e lampreia, folhados de camarão e carne, frigideiras, entre outros.

o QUe SaBorear

Navio Gil EannesO navio-hospital Gil Eanes, construído em 1955, apoiou, durante décadas, a frota bacalhoeira portuguesa da Terra Nova e Gronelândia. Está actualmente fundeado na antiga doca comercial de Viana e foi reconvertido pela Fundação Gil Eannes em espaço museológico li-gado ao mar. Parte do navio foi também adaptado a pousada de juventude.

Forte de Santiago da BarraCom os Descobrimentos, o porto de Viana torna-se um centro de comércio internacional, o terceiro mais movi-mentado do país, e um importante estaleiro, pelo que surgiu a necessidade de o defender, procedendo-se ao reforço da fortificação medieval existente. Passou a ser constituída por uma muralha quadrangular, tendo no centro a torre de Roqueta, que ainda hoje existe, osten-tando as armas reais, ladeadas pela esfera armilar e pela cruz de Cristo. É durante o domínio filipino que decorrem as maiores obras que lhe conferiram o aspecto actual.

CoMBoio aVenTUraRotas do Minho

Venha descobrir uma terra de encantos. Em Via-na, faça uma viagem de funicular até ao Monte de Santa Luzia; após o almoço, um passeio pelo centro histórico, visita ao Navio Gil Eanes, passeio de barco no Lima, prova de vinhos verdes e lanche. Informações em 808 208 208 ou cp.pt

Romaria de Nossa Senhorada Agonia

A CP associa-se às maiores festas e eventos na-cionais. Acompanhe no nosso site o calendário de iniciativas culturais e lúdicas, escolhendo o comboio como meio de deslocação. Informações em 808 208 208 ou cp.pt

PrograMa

Page 13: LinhasComboio Turismo

11

Hotel Axis Viana - Business & SPA ****Junto ao centro histórico de Viana, é um hotel moderno, de arquitectura contemporânea e deco-ração de interiores cuidada. Tem restaurante, bar, piscina, esplanada e spa.

Quartos 87M Avenida Capitão Gaspar de CastroT 258 802 000www.axishoteisegolfe.com

Hotel Flôr de Sal ****Janela aberta para o Atlântico e para a serra de Santa Luzia, o hotel aposta na serenidade para dias e noites bem relaxados. Para fazer jus ao nome a piscina é de água salgada e os tratamen-tos do spa incluem a água do mar. Distingue-se pela luminosidade e pelo pormenor na decoração.

Quartos 60M Avenida de Cabo Verde, Parque Empresarial da Praia NorteT 258 800 100www.hotelflordesal.com

Hotel Rali ***Moderna e funcional unidade hoteleira situada junto ao centro histórico e comercial de Viana do Castelo.

Quartos 38M Avenida Afonso III, 180T 258 829 770www.hotelrali.com

Casa d`Armas €€€Numa antiga casa senhorial conhecida por Casa do Campo da Feira, o restaurante é famoso pelos seus pra-tos de peixe e marisco. Lista de vinhos muito completa. Não fumadores.

Encerra Quarta-feiraM Largo 5 de Outubro, 30T 258 824 999

Casa de Pasto Maria de Perre €Casa minhota que prima pela qualidade da cozinha sendo um dos melhores restaurantes da cidade. Deco-ração em estilo rústico num ambiente muito agradável. Na ementa há bacalhau à Zé do Pipo, cabritinho e vitela assada no forno, arroz de cabidela, rojões e arroz de sar-rabulho. Não fumadores.

Encerra Domingo ao jantar e segunda-feiratodo o diaM Rua de Viana, 118T 258 822 410

Os Três Potes €€Comida bem tradicional a privilegiar os sabores minho-tos com os rojões e os assados à cabeça, mas também com lugar para a reconhecida lampreia. Situado em Viana do Castelo, numa antiga padaria comunitária, com velhas faianças a emoldurar as paredes de granito. Não fumadores.

Aberto todos os diasM Beco dos Fornos, 7/9T 258 829 928

onde dorMironde CoMer

11

LINHA DO MINHO VIANA DO CASTELO

€ até 15 euros €€ entre 15 e 30 euros €€€ mais de 30 euros

Page 14: LinhasComboio Turismo

12

8 km

CAMINHA

Estação de CaminhaDistância da estação ao centro

Acessos:

A pé

Táxi: T. 258 921 401

A estaçãoÉ a única estação da Linha do Minho revestida com azu-lejos neoclássicos. São 19 painéis de Gilberto Renda, que mostram, entre outros motivos, a praia de Moledo, a faina dos pescadores no rio ou a praça prin-cipal de Caminha num dia de feira.

0.5 km

guardiã lusa na foz

do Minho

Situada num local de rara beleza, na foz do rio Minho, que aqui serve de fronteira, a secular vila de Caminha foi personagem activa em todos os diferendos e lutas entre Portugal e Espanha.D. Dinis concedeu-lhe foral em 1284, Dom João I tornou-a um porto franco e D. João IV mandou cons-truir, em 1540, as fortes muralhas que envolveram a cidade, sempre com o objectivo de defender o terri-tório luso.Região de um rico património histórico, podemos admirá-lo nos inúmeros monumentos, dos quais a Igreja Matriz é a sua jóia principal e a Torre do Reló-gio (entre a Praça Municipal e a Rua Direita) o melhor exemplo da arquitectura medieval. No centro históri-co da vila, agora restaurado, encontramos também o renascentista Chafariz do Terreiro (em frente à torre) e pelas ruas sinuosas da vila encontram-se também belos solares, capelas e portões decorados.A paisagem é diversificada e rica, graças aos rios, serras e mar. Nas margens dos rios - Minho, Coura e Âncora – há vegetação abundante, e a envolvente da serra d’ Arga, a 700 metros de altitude, enrique-ce o património natural, ao qual acrescem também as belíssimas praias e zonas balneares de Vila Praia de Âncora e Moledo. Com rico artesanato e gastro-nomia, as festas populares, como é característico da região minhota, têm grande significado, com destaque para as festividades de Agosto em honra de Santa Rita

Chafariz do Terreiro na Praça do Conselheiro Silva Torres (Terreiro de Caminha)

de Cássia. Mas maior fama tem

o Festival de Vilar de Mouros, o mais antigo festival de música do país, que

se realizou pela primeira vez em 1971, sendo então apelidado de “Woodstock português”. A segunda edição viria a acontecer apenas em 1982. A última edição foi em 2006, assi-nalando os 35 anos do evento.

Page 15: LinhasComboio Turismo

13

senta uma fachada com portal renascentista, encimada por uma rosácea, e é flanqueado por uma robusta torre.

Forte da ÍnsuaD. João IV mandou construir esta fortaleza, em 1649, numa ilhota da foz do rio Minho. Mas suas origens re-montam a 1392, ano da fundação de um convento fran-ciscano sobre uma ermida pré-existente. Eventualmen-te teria aqui havido obras defensivas desde o reinado de D. Manuel. Tem planta hexagonal, com baluartes nos vértices. Ajudou a repelir uma tentativa de desembar-que durante a II Invasão Francesa, em 1809. Durante as Lutas Liberais, foi vencida pela esquadra de D. Pedro, co-mandada pelo britânico Napier. É monumento nacional e foi alvo de melhoramentos em 2001. O acesso ao forte é feito por barco, a partir da praia de Moledo. Proporciona vistas fantásticas sobre o estuário do rio Minho.

LINHA DO MINHO CAMINHA

Muralhas de CaminhaDa cerca com dez torres que protegia o burgo no século XII hoje em dia resta apenas a do relógio, que corres-ponde à torre de menagem medieval. No século XVII o velho castelo medieval é substituído por uma fortifica-ção poligonal, cujos baluartes protegiam a zona virada aos rios Minho e Coura. Actualmente ainda são visíveis o baluarte da Matriz, mesmo em frente à barra que ostenta as armas reais, e o baluarte de Santo António, na parte alta da vila, e que protegia o antigo Convento de Santo António. Na foz do rio, numa ilhota fronteira, vê-se o Forte da Ínsua construído durante a ocupação filipina sobre uma estrutura militar manuelina e re-construído após a Restauração

Igreja Matriz de CaminhaÉ um templo que marca a transição do gótico final para o renascimento, contendo azulejos do século XVII, re-tábulos de talha dourada do estilo nacional e dois confessionários neo-manuelinos. Tem-plo de raiz gótica, todo em granito, apre-

o QUe Ver

Torre do RelógioA Torre do Relógio é o edifício mais característi-co de Caminha. Situada no centro da vila, a torre faz a ligação com a zona histórica e forma com o edifício da Câmara Municipal, século XVI, e o da Misericórdia, século XVI, um destacado conjunto arquitectónico. Trata-se de um monumento me-dieval, construído no século XV.

Page 16: LinhasComboio Turismo

14

CAMINHA LINHA DO MINHO

onde CoMer

Adega do Chico €Casa típica e rústica, com uma sala agradável e acolhedora, que dá primazia às especialidades minhotas. Não fumadores.

Encerra Quarta-feira ao jantar e quinta-feiraM Rua Visconde Sousa Rego, 30T 258 921 781

Amândio €€Na zona histórica de Caminha, é uma casa pequena, com decoração sóbria e uma cozinha de respeito, como

Ecovia do AtlânticoEsta ecovia é constituída por três percursos - Foz do Minho, Caminho do Sargaceiro e Cami-nho das Camboas, permitindo um agradável passeio em contacto com a natureza. O troço da Foz do Minho, com cerca de 1 km, permite admirar o estuário do rio Minho. O fragmento do Sargaceiro, liga Moledo a Cruz Vermelha, são 1,7 km de caminho junto à praia. O troço de Camboas vai até Campo do Castelo sendo a paisagem marcada pelo oceano Atlântico em fundo.

o QUe FaZerPaços do ConcelhoEdifício de dois pisos, com arcada alpendrada assente em pilares. No interior eleva-se uma monumental esca-daria de pedra. Cobre a sala de sessões um tecto de cas-tanho, de 32 caixotões octogonais, com lavores de talha.

Capela da Misericórdia de CaminhaIgreja renascentista de nave única, com elementos do barroco e do rococó. No interior predomina o barroco, sendo o altar-mor de estilo nacional, com um belo fron-tal esculpido. A sacristia, forrada a azulejos tipo tapete, guarda imagens de assinalável valor artístico.

Forte da LagarteiraMandado construir por D. Pedro II, em 1702, juntamen-te com o Forte do Cão, a sul de Vila Praia de Âncora. Além de defender a costa a norte da vila, também ser-via de refúgio à população em caso de ameaça vinda do mar. Permitia vigiar, fazer fogo sobre navios hostis e evitar desembarques inimigos na praia.

Forte do CãoSitua-se a norte de Afife e a sul de Vila Praia de Âncora. Embora em ruínas faz parte da memória do sistema defensivo desta costa. Articulava-se estrategicamente com o Forte da Lagarteira, do lado norte da vila.

€ até 15 euros €€ entre 15 e 30 euros €€€ mais de 30 euros

Page 17: LinhasComboio Turismo

15

LINHA DO MINHO CAMINHA

é tradição nesta zona do país. Serve petiscos bem por-tugueses, das pataniscas de bacalhau, às sardinhas de escabeche ou o polvo vinagrete. Cuidado para não se perder com as entradas. Não fumadores.

Encerra Domingo ao jantarM Rua Direita, 129 T 258 921 177

Café Valadares €Casa essencialmente petisqueira, e que petiscos! Tam-bém conhecido por Parreirinha, dispõe de uma sala ampla envidraçada, muito convidativa. Não fumadores.

Encerra Segunda-feiraM Travessa Cabo CustódioT 258 921 097

Duque de Caminha €€Situado junto à Igreja Matriz de Caminha, é conhecido pelas especialidades regionais. Uma refeição aqui termina quase sempre com uma maçã flamejada. A garrafeira é ou-tro ponto forte. A sala de refeições apresenta-se forrada a pedra oferecendo um ambiente acolhedor. Não fumadores.

Encerra Domingo ao jantar e segunda-feira(excepto em Agosto)M Rua Ricardo Joaquim de Sousa, 111/113T 258 722 046

onde dorMir

Hotel Porta do Sol ****Entre a praia de Moledo e Caminha, junto à Mata do Camarido, com vista fabulosa para o rio Coura e o estuário do Minho. Com restaurante, piscina e ténis.

Quartos 93M Avenida Marginal Lote 1T 258 710 360www.hotelportadosol.eu

Parque de Campismo de CaminhaA curta distância da fronteira com Espanha e ape-nas a 200 metros da praia, oferece vastas zonas de sombras naturais. Fica localizado num pinhal sobranceiro ao estuário do rio Minho.

M EN 13, Km 90 Mata do CamaridoT 258 921 295www.orbitur.com

Page 18: LinhasComboio Turismo

16

Terra de artes à beira

Minho

Debruçada sobre o rio Minho, a frontei-riça Vila Nova de Cerveira foi fundada pelo rei D. Dinis em 1317, altura em que a sua posição geográfica era mui-

to importante para a defesa da pas-sagem fluvial que dá acesso à região

da Ribeira Lima. Para defender a jovem povoação, o monarca mandou então construir uma fortaleza de planta oval com oito torres. Ao longo dos séculos, o castelo foi sendo sucessivamente alterado e uma parte está integrada na Pousada D. Dinis. Dentro do recinto amuralhado conservam-se ainda a antiga Casa da Câmara, o pelourinho do século XVI e a Igreja setecentista da Misericórdia. Já na rua direita existe um arco gótico que fazia parte do antigo Paço me-dieval dos Governadores. Além do seu património histórico, a vila oferece tam-bém uma grande riqueza natural, que se pode admi-rar, por exemplo, do Miradouro do Monte da Senhora da Encarnação. Aqui existe uma escultura metálica de um cervo (animal que deu nome à vila), de onde se avista uma das mais belas paisagens minhotas, autêntico postal ilustrado da região, no qual uma bela paisagem verdejante envolve o rio com as suas duas curiosas ilhas, a da Boega e a dos Amores. Apesar de ser uma vila modesta, cuja econo-mia assenta em

VILA NOVA DE CERVEIRA

Estação de Vila Nova de CerveiraDistância da estação ao centro

Acessos:

A pé

Táxi: T. 251 797 120

0.5Km

boa parte na agricultura,

Vila Nova de Cerveira pas-sou a integrar também os principais

roteiros culturais do país, graças a uma impor-tante bienal de arte que regularmente abre as suas portas a artistas de todo o mundo. A Bienal Inter-nacional de Artes originou também a criação de um museu que guarda o espólio das bienais, testemu-nhando a evolução das artes plásticas ao longo dos últimos 25 anos. De referir, ainda, o valioso espólio do espaço museológico do Convento de São Paio e o Aquamuseu do Rio Minho, criado em 2005, no Parque de Lazer do Castelinho.

Vista das muralhas sobre o rio Minho

Page 19: LinhasComboio Turismo

CasteloDurante séculos, o castelo de Vila Nova de Cerveira desem-penhou um papel decisivo na defesa da fronteira norte de Portugal. Se as muralhas de Caminha e o Forte da Ínsua defendiam a foz do rio Minho, a vila de Cerveira, 10 km para montante, cobria um ponto estratégico importante, onde as condições da margem e dos fundos favoreciam a travessia das forças invasoras. Do perímetro fortificado que existiu até século XIX só subsiste o castelo medieval mandado reforçar por D. Dinis, já que a maior parte das linhas abaluartadas mandadas fazer após a Restauração foi destruída a partir de 1880. A visita ao castelo está condicionada por aqui funcionar uma uni-dade hoteleira, a Pousada de D. Diniz.

o QUe Ver

LINHA DO MINHO VILA NOVA DE CERVEIRA

Perto da beira-rio e para montante do castelo, fica o For-te de Lovelhe, que completava a defesa da vila.

Convento de São PaioConjunto patrimonial composto pela igreja e claustros, salas expositivas, jardins e uma zona de mata e lagoas. Guarda o espólio do escultor Mestre José Rodrigues, do qual fazem parte as esculturas em bronze expostas nos jardins, desenhos de autores portugueses do sécu-lo XIX à actualidade, esculturas em me-tal dos anos de 1960, entre outras obras.

Miradouro do Monte da Senhora da EncarnaçãoDaqui abarca-se uma das mais belas paisagens da re-gião, dominada pelas margens verdejantes do rio Mi-nho e as ilhas da Boega e dos Amores. Este miradouro destaca-se do cenário através de uma escultura metálica de um cervo (animal que deu nome à vila), da autoria do escultor José Rodrigues. A subida desde o centro da vila até ao cimo do monte oferece várias perspectivas e ângulos de observação de um panorama excepcional que se estende desde a foz do rio Minho até às serras de ambos os lados da fronteira. Vale a pena parar a meio da subida para visitar uma antiga atalaia medieval, perdida no meio da mata, de onde se alcança uma vista fabulosa.

Pousada de D. Diniz

Page 20: LinhasComboio Turismo

18

O QUE FAZERParque de Lazer do CastelinhoInaugurado em 2007, é uma zona de lazer com forte componente pedagógica ligada à Nature-za e aos recursos hídricos, em harmonia com o Aquamuseu do Rio Minho, aqui integrado. Existe no parque uma réplica do rio Minho, em que o curso do mesmo foi recriado através de canais e comportas, e um trilho botânico com espécies autóctones (choupo, salgueiro, amieiro, loureiro, vidoeiro). Existe ainda uma charca interpretativa

mais representativas do rio Minho.

Considerada umas das melhores do país, a praia

Nova de Cerveira. A escassos minutos do Aquamu-seu e banhada pelo rio Minho, possui bons acessos e equipamentos de apoio. É uma praia vigiada, com restaurante e bar.

VILA NOVA DE CERVEIRA LINHA DO MINHO

Igreja MatrizDedicada a S. Cipriano, apresenta uma fachada im-ponente, de feição barroca, ladeada por duas torres sineiras. Tem planta de três naves, separadas por arcos assentes em grossas colunas toscanas, um arco triunfal neoclássico e uma pequena capela-mor. O templo me-rece destaque, sobretudo, belo belíssimo retábulo bar-roco do altar-mor, em estilo nacional, datado de 1734, da autoria do mestre cerveirense Veríssimo Barbosa.

PelourinhoO pelourinho de Vila Nova de Cerveira é do século XVI, estando assente sobre três degraus. Possui fuste liso e capitel, sendo rematado por um corpo tronco-cónico com brasão de armas. Ainda conserva os ferros antigos.

Aquamuseu do Rio MinhoInaugurado em Julho de 2005, é um projecto destinado a

de aquários está ordenado de forma a permitir uma via-gem pelo cursos do rio, começando em Lugo (Espanha) e terminando na foz, em Caminha. Ao longo do trajecto,

representativas do rio, como a truta, a tainha ou a lam-preia. Além das quatro dezenas de peixes nos aquários, há ainda um casal de lontras alojado num espaço próprio,

-nhecer as artes da pesca que atravessaram gerações de homens ligados ao rio, para além de equipamentos, ma-teriais, utensílios e roupas utilizados pelos pescadores. Uma biblioteca/cafetaria com esplanada, convertível em auditório, completa as infra-estruturas de apoio.

Page 21: LinhasComboio Turismo

19

onde CoMer

Casa do Lau €Com uma soberba esplanada com vista para o rio Mi-nho, esta casa serve pratos regionais bem conseguidos. Serve lampreia e sável na época. Não fumadores.

Encerra Quinta-feiraM Rua da Igreja, LoivoT 251 795 162

Marinelo €No centro da vila, serve a boa cozinha minhota em ambiente simples. Bacalhau frito à minhota e sável e lampreia, na época. Não fumadores.

M Rua Queirós Ribeiro T 251 795 114

Casa das Velhas €€Belíssimo espaço, em granito e a madeira, com sala de refei-ções espaçosa e esplanada com magnífica vista panorâmica. Na ementa há polvo na brasa, cabrito assado à serra d’ Arga e posta mirandesa, entre outros pratos. Não fumadores.

Encerra Domingo ao jantar e segunda-feiraM Quinta MineirinhasT 251 708 400www.mineirinhas.com

onde dorMir

LINHA DO MINHO VILA NOVA DE CERVEIRA

Hotel Turismo do Minho ****Unidade hoteleira moderna e acolhedora, inseri-da numa região de natureza ímpar, reconhecida também pelo seu estatuto artístico e prazeres gastronómicos. Com restaurante, piscina e ténis.

Quartos 65M EN 13, Vila MeãT 251 700 245www.hotelminho.com

Pousada de Juventude de V. Nova de CerveiraPousada moderna, com óptimas condições e equipamentos, constituindo um bom ponto de partida para descobrir o Alto Minho.

M Rua Alto das ViegasT 251 796 113www.pousadasjuventude.pt

Casa das Velhas

€ até 15 euros €€ entre 15 e 30 euros €€€ mais de 30 euros

Page 22: LinhasComboio Turismo

20

Estação de ValençaDistância da estação ao centro

Acessos:

A pé

Táxi: T. 251 822 121

A estação Esta estação fron-teiriça que marca o fim da Linha do Minho apresenta um elegante edi-fício com telhado amansarrado à francesa (o único do género numa gare portugue-sa) e pórticos com colunas metálicas. A sul, existe um curioso núcleo museológico, numa antiga cocheira ferroviária, com locomotivas antigas, carruagens e outro ma-terial do século XIX.

1 km

VALENçA

Praça de guerra

Sobre uma pequena elevação sobranceira ao rio Minho, ergue-se a vila fortificada de Valença, tam-bém conhecida por Valença do Minho. Pouco se sabe sobre as suas origens. A existência de castros nas re-dondezas e de um marco miliário ao pé do rio, con-firma que esta terra já era habitada no tempo da ro-manização, mas estações rupestres e monumentos megalíticos fazem remontar as suas raízes a tempos mais longínquos. Repovoada por ordem de D. San-cho I, tem foral concedido por D. Afonso III, em 1262. A razão de ser de Valença, cuja praça-forte é consi-derada uma obra-prima da arquitectura militar, foi, durante séculos, a defesa deste ponto da fronteira. As suas muralhas, por mais de uma vez destruídas mas sucessivamente reconstruídas, merecem uma visita demorada, seja pelo seu traçado único, seja pela sua extensão ou pela sua conservação e beleza. Quem as percorrer, fica deslumbrado pela panorâ-mica que a cada passo vai desfrutando: o rio Minho com as suas águas tranquilas, a Galiza ribeirinha e Tuy, dominada pela imponente sé catedral.Valença é hoje um pólo de grande atracção turística, uma cidade onde convivem o antigo e o moderno; onde, a par da construção e arquitectura passadas, se levantam novas construções e estruturas, o comércio floresce e a actividade ho-teleira e similar progride dia após dia.

Fortaleza de Valença

Page 23: LinhasComboio Turismo

Igreja de Santo EstevãoCom uma fachada simples, ao estilo renascença, con-serva na capela-mor pinturas alusivas à vida do santo padroeiro e um quadro quinhentista que representa a igreja de origem medieval.

Igreja de Santa Maria dos Anjos Igreja matriz da cidade, é um templo de estilo români-co, datado do século XIII. É constituído por uma estru-tura de nave única. Tem a capela-mor, a torre sineira, uma capela e sacristia, em corpo único rectangular, adossado a sul. A fachada principal da igreja exibe uma cornija saliente e um portal em arco de volta perfeita.

21

Fortaleza de ValençaConstruída após a Restauração, esta fortaleza foi o ponto-chave da defesa da fronteira do Minho. Apesar de um sem-número de combates (contra espanhóis e franceses, liberais e absolutistas, cabralistas e setem-bristas), esta estrutura militar está razoavelmente conservada. O perímetro fortificado actual resulta da sobreposição da praça setecentista e do castelo me-dieval, do qual restam alguns vestígios. A fortaleza é constituída por dois corpos, a Coroada (posterior) e a Vila Velha, ligados pelas pontes e portas reforçadas, conhecidas como Portas do Meio. No interior do corpo o Campo de Marte com o seu Paiol Geral, a Capela Mi-litar do Bom Jesus e a Capela de São Sebastião, assim como a estátua de São Teotónio, padroeiro de Valença. O acesso ao corpo principal da fortaleza é feito pelas Portas do Sol, a nascente, as Portas da Fonte da Vila, a poente e as Portas da Gabiarra, a norte.

Capela da MisericórdiaBelo exemplar da arquitectura religiosa, barroca e neo-clássica. No interior tem dois balcões, possivelmente para o cadeiral dos mesários, colocados superiormente junto ao coro-alto e retábulos de talha poli-croma da neoclássica.

o QUe Ver

LINHA DO MINHO VALENçA

Museu Ferroviário de ValençaComo em outras secções museológicas da CP, aqui podem admirar-se bonitas locomotivas e carruagens que nos fa-zem sonhar com tempos idos e viagens míticas como as do antigo Expresso do Oriente ou mesmo do Sud Express. É o caso do salão rolante, de fabrico francês, que era aquecido por uma pequena salamandra e cujas louças da casa de banho são ainda hoje um gosto para o olhar. Também outra carruagem salão de 1884 nos surpreende pelos seus cadeirões de veludo, lavatórios e cómodas com tampo de mármore. Ao contrário do que hoje muito se apregoa, aquilo é que era qualidade de vida…

Page 24: LinhasComboio Turismo

22

Trilhos PedestresExistem em Valença vários percursos pedestres sina-lizados, criados pela Câmara Municipal. É o caso do trilho do Monte do Faro, um dos mais interessantes do ponto de vista paisagístico. Com uma extensão de 8 km, desenvolve-se nas elevações a leste de Valença, em redor da Ermida da Senhora do Faro, e proporciona belos panoramas sobre o vale do rio Minho e o sul da Galiza. Menção ainda para os outros trilhos: Mosteiro (em Cerdal, à descoberta do Ribeiro Mira), Via Roma-na, Veiga da Mira, Ínsua do Crasto (complementar à ecopista) e Entre Mosteiros (com passagem pelos con-ventos de Ganfei e Sanfins).

LINHA DO MINHO VALENçAVALENçA LINHA DO MINHO

o QUe FaZer

Ecopista do Rio MinhoOs 12 km do troço final da Linha do Minho, entre Va-lença e Monção, foram transformados numa ecopista, acessível a peões e bicicletas. Desenvolve-se entre os arredores da estação de Valença (perto do local onde a linha bifurca para Espanha) e o antigo apeadeiro da Senhora da Cabeça, a 3 km de Monção. Quase sempre com o rio Minho à vista, permite um passeio inesquecí-vel pelo meio da Natureza.

Capela de Nossa Senhora do FaroEstá localizada no Monte do Faro, local elevado de onde se abarca uma magnífica panorâmica sobre Va-lença e o rio Minho. O templo é uma pequena capela barroca do século XVIII com tecto da nave em madei-ra e capela-mor com abóbada de caixotões. Possui

retábulo-mor de estilo nacional. É aqui que se realiza a Romaria de Nossa Senhora

do Faro, a 15 de Agosto.PrograMa

CoMBoio aVenTUraRotas do Minho

Venha descobrir uma terra de encantos, onde se conjugam vários factores. É no apego às romarias que a alma do Minho se desvenda, onde as tra-dições marcam a história, num berço folhado de verde. A CP estabeleceu parcerias com entidades organizadoras de eventos, a pensar na diversão de todos. Em Valença o programa é composto por um passeio de BTT pela ecopista, almoço no res-taurante na Fortaleza de Valença, passeio guiado pelo centro histórico e tempo livre. Informações em 808 208 208 ou cp.pt

Page 25: LinhasComboio Turismo

Mané €€Restaurante com uma boa cozinha minhota, agradavel-mente decorado e com um serviço muito profissional. Não fumadores.

Encerra Segunda-feira.M Avenida Miguel DantasT 251 823 402

Quinta do Prazo €€€Instalado desde 2005 numa antiga quinta agrícola re-cuperada, combina as vertentes de restaurante e espaço para eventos. Assume-se como um projecto de qualida-de, no registo de cozinha de autor. Ao comando estão Paulo Fonseca e Amaya Guterres, sendo ela responsável pela cozinha e ele por tudo o que diz respeito ao vinho. Reinterpretando a cozinha tradicional minhota, Amaya recupera receitas antigas e trabalha os produtos da re-gião com recurso a novas técnicas. Não fumadores.

Encerra Domingo (jantar) e Segunda-feiraM Lugar da UrgeiraT 251 821 230www.restaurantequintadoprazo.com

23

LINHA DO MINHO VALENçA

onde dorMironde CoMer

Pousada de São Teotónio Charme e muita discrição dentro da Fortaleza de Valença e com direito a vista para Tui e o rio Minho. No restaurante provem-se as iguarias da região.

Quartos 18M Baluarte do SocorroT 251 800 260www.pousadas.pt

Hotel Valença do Minho ***Localizado no centro da vila, perto da estação de comboios e da rodoviária, este hotel tem piscina exterior, parque de estacionamento e ainda servi-ço de restaurante e bar.

Quartos 36M Avenida Miguel DantasT 251 824 392www.hotelvalencadominho.com

€ até 15 euros €€ entre 15 e 30 euros €€€ mais de 30 euros

Page 26: LinhasComboio Turismo

a Bordo do CoMBoio regionaL

9 linhas para descobrir P

ortugal

1 Linha do Minho

2 Linha do douro

3 Linha do Vouga

4 Linha do norte e ramal de Tomar

5 Linha da Beira alta

6 Linha da Beira Baixa

7 Linha do oeste

8 Linha do Leste e ramal de Cáceres

9 Linha do algarve

Page 27: LinhasComboio Turismo

9 linhas para descobrir Portugal

Linha do doURoPeso da Régua

Pinhão

Tua

Pocinho

Foto:

Vista

sobr

e o rio

Dour

o e os

vinh

edos

em so

calco

a boRdo do comboio RegionaL

Page 28: LinhasComboio Turismo

LINHA DO DOurOLINHA DO DOurO

“a viagem torna-segrandiosadaqui emdiante”

Ermesinde

Paredes

Penafiel

Marco de Canaveses

Barqueiros

Caldas de Moledo

Peso da régua

Pinhão

Tua

Ferradosa

Pocinho

Page 29: LinhasComboio Turismo

LINHA DO DOurO

3

ao encontro das vinhas históricasÉ um dos mais belos trajectos ferroviários portugueses e desenvolve-se durante mais de 150 quilómetros ao longo do rio Douro, por entre as paisagens vinhateiras classifi-cadas como Património da Humanidade.

Pelas margens de um rioA estação de São Bento, ou a da Campanhã, no Porto, marcam o início desta linha ferroviária que antes nos levava até à fronteira com Espanha, em Barca d’Alva. O troço final do percurso está encerrado desde 1988 pelo que o passeio termina ago-ra na estação do Pocinho. Mas até lá, grande parte do trajecto acompanha as margens do rio Douro, naquela que é a maior extensão de via-férrea portuguesa lade-ada de água. Durante a primeira hora de viagem, entre o Porto e Marco de Canaveses, a Linha do Douro leva-nos entre periferias urbanas, enquadradas pelas serras de Valongo, da Abobo-reira e do Marão. Em Penafiel, atinge-se o ponto mais a norte, e mais elevado, do percurso. A partir daí, o comboio começa uma descida até ao rio, que se acentua depois da passagem por Marco de Canaveses. Atravessa-se o longo túnel do Juncal e antes da paragem em Mosteirô e da ponte para Cinfães, de súbito, como que explode à direita da carruagem a imponência das paisagens do Douro.

Cenários deslumbrantesA viagem torna-se grandiosa daqui em diante, com o grande espelho de água do Douro à direita e os primei-ros socalcos vinhateiros a aparecerem na outra margem. Será neste registo que se vai desenrolar a viagem até Peso da Régua, a histórica cidade do Douro Vinhateiro onde apetece passear pela zona ribeirinha e apreciar o movimento das chegadas e partidas dos cruzeiros. Mas estamos ain-da a meio

do antigo traçado pelo que retoma-mos a marcha pelos montes de vi-nhas enfileiradas, sempre com vista para o rio.Não tardamos a chegar à pacata vila

do Pinhão, com a sua praia fluvial e os antigos armazéns vinhateiros. Esta é outra paragem aconselhada, a come-çar pela belíssima estação que alberga uma wine house que convida a provar os melhores vinhos da região.

Na Rota das AmendoeirasSe fizer a viagem entre os meses de Fevereiro e Março, espere encontrar no caminho mais um cenário de beleza exuberante. Nesses meses, as amendoeiras do Alto Douro antecipam a chegada da Primavera com um espectáculo florido que torna este percurso ainda mais especial, so-bretudo a partir do túnel da barragem da Valeira, pouco depois de passar pelo Pinhão.Aqui as amendoeiras cobrem as íngremes e rochosas en-costas de branco, como se tivesse nevado. Os tons variam consoante o avanço da floração, variando da alvura ao cor-de-rosa. E é no meio deste inesquecível espectáculo natural que chegamos ao Pocinho, termo actual da Linha do Douro.

Vista do miradouro de Casal de Loivos sobre o comboio histórico na linha do Douro à chegada ao Pinhão

Coimboio a vapor na estação do Tua

Page 30: LinhasComboio Turismo

4

Humanidade.A cidade possui várias

infra-estruturas de lazer como uma área pedonal, campos de ténis, piscinas e equipa-

mentos para pesca, lojas de artesanato, restaurantes e bares. Do cais fluvial chegam e partem os barcos de turismo que cruzam o Rio Douro. A riqueza patrimonial do concelho é muito rica e varia-da, dela se destacando as casas senhoriais, os peque-nos palacetes e as quintas dos produtores de Vinho do Porto, muitas delas abertas ao público para visitas e provas de vi-nhos.

capital do Vinho

do Porto

Não existem certezas das origens da localidade, mas pensa-se aqui ter existido uma casa romana de campo denominada “Villa Reguela”. O seu maior desenvolvi-mento dá-se, no entanto, a partir de 1756 com a cria-ção pelo Marquês de Pombal, da Real Companhia Geral da Agricultura das Vinhas do Alto Douro, que instituiu a 1ª região demarcada de produção vitivinícola a nível mundial. Constroem-se, então, em Peso da Régua os armazéns da Companhia, e realizam-se as primeiras “feiras dos vinhos” que estiveram na origem da criação de vários estabelecimentos comerciais, hospedarias, casas de jogo e tantas outras mais valias para a localidade. Era daí que partiam os típicos barcos rabelos que se aven-turavam pelo rio Douro para transportar os barris de vinho até Vila Nova de Gaia, onde o vinho envelhecia nas caves.Foi elevada a vila no dia 3 de Fevereiro de 1837 e à categoria de cidade a 14 de Agosto de 1985. Em 1998 foi reconhecida pelo Office Internacional de la Vigne et du Vin como Cidade Internacional da Vinha e do Vinho.As paisagens naturais desta região são únicas, estando o Alto Douro vinhateiro classificado pela UNESCO como Patrimó-nio da

Estação de Peso da RéguaDistância da estação ao centro

Acessos:

A pé

Táxi: T. 254 312 972

0.6 km

PEsO DA réguA

Barco de cruzeiro no rio Douro

Page 31: LinhasComboio Turismo

5

com o que de melhor a Natureza ainda tem para nos dar. Em São Leonardo da Galafura pode também admirar a força e a tenacidade daqueles que, não obstante a adversidade dos solos, modelaram com as suas mãos a paisagem de socalcos onde a vinha se agarrou e ab-sorveu a força da terra e o calor do solo para depois oferecer ao homem o melhor vinho do mundo.

Museu do DouroInaugurado no final de 2008, a sede do museu ocupa a recuperada Casa da Companhia, da Real Companhia Velha. A exposição inaugural foi dedicada ao Barão de Forrester, empresário inglês e acérrimo defensor do vinho do Porto. O edifício tem diversas valências e equi-pamentos, entre os quais biblioteca e arquivo com o espólio de várias quintas, salas para consulta de livros e um restaurante. Bem integrado na paisagem, das jane-las do edifício os visitantes podem observar a paisagem dos vinhedos em socalcos, enquanto saboreiam, talvez, um cálice de Porto. Museu de território, integra vários núcleos expositivos espalhados pela Região Demarcada do Douro como o Pão e Vinho em Favaios, Amêndoa em Vila Nova de Foz Côa, Cereja em Resende, Vinho em São João da Pesqueira, Seda em Freixo de Espada à Cinta e Imaginário em Tabuaço.

Miradouro de São Leonardo de GalafuraDo alto do Miradouro de São Leonardo da Galafura, a norte da Régua, a paisagem é deslumbrante, para já não dizer mágica. O Douro desdobra-se como uma larga fita azul que, aqui e ali, vai reflectindo tudo o que a envolve. Este era um dos locais de eleição de Miguel Torga, onde segundo ele, ia buscar muitas ve-zes a inspiração.Dizia ele que São Leonardo era como um barco de qui-lha para o ar, que a Natureza voltara a meio do vale. Um gigante granítico que parece querer barrar ao rio o caminho para o mar. Não é todos os dias que pode ter o privilégio de encontrar um local como este. Pare e fique em silêncio, respirando fundo e enchendo-se

o QUe VeR

LINHA DO DOurO PEsO DA réguA

5o QUe SaboReaR

Doçaria regionalPara além de «falachas» (à base de farinha de castanha), «rabelos» (em forma de barco rabelo) e «ferreirinhas» (com frutos secos), têm fama os rebuçados da Régua, vendidos pelas «rebuçadei-ras», principalmente junto à estação de comboios. De tradição muito antiga, são cortados manual-mente e embrulhados em forma de laço.

Page 32: LinhasComboio Turismo

Cruzeiros no Douro Aproveitando as fantásticas paisagens do rio Douro e do seu vale, são já muitas as empresas a realizar cruzei-ros turísticos nestas águas. Estes percursos permitem conhecer o curso do rio Douro no total de 209km, desde Barca d`Alva até Vila Nova de Gaia ou Porto. Os passeios têm a duração de uma manhã ou tarde, ou mesmo de dia inteiro ou dois dias. Noutra vertente, existe também a possibilidade de realizar viagens de oito dias em que o visitante poderá conhecer outros locais na região envolvente ao Vale do Douro. Como pontos de partida, chegada ou passagem estão o Porto, Vila Nova de Gaia, Peso da Régua, Pinhão, Pocinho e Barca d`Alva. Ha-vendo vários operadores turísticos a oferecer este tipo de serviços, o turista só tem de decidir se, por exem-plo, quer entrar no Porto e ir até à Régua ou se prefere entrar aqui e seguir para o Pocinho. Pode regressar de comboio ao local de onde partiu. Durante a viagem, os pontos altos são as mudanças de cota junto às barra-gens, quando o barco entra numa eclusa e espera que a água suba ou desça para prosseguir viagem. Uma experiência a não perder.

comboio hiSTÓRico

De Junho a Outubro em comboio especial Régua – TuaEste percurso propõe uma viagem pela história e tradição em locomotivas a vapor e carruagens de madeira, do início do século XX. A 30 quilómetros por hora, a velha locomoti-va percorre a linha do Douro, tendo como pano de fundo o rio Douro e os socalcos da paisagem vinhateira Património Mundial da UNESCO. Informações em 808 208 208 ou cp.pt

FeSTa daS VindimaS

Nos fins-de-semana de Setembro em comboio especial Porto Campanhã-Régua.Celebre a tradição da época das vindimas aproveitando este novo programa da CP. Com a duração de um dia, o programa inclui almoço regional, visita a uma adega, animação musical e participação nas tradicionais lagara-das. Informações em 808 208 208 ou cp.pt

PEsO DA réguA LINHA DO DOurO

o QUe FaZeRPRogRama

Page 33: LinhasComboio Turismo

Cacho D`Oiro €€Restaurante de referência da cidade, tem especialidades a dias certos e uma cozinha onde impera a excelência. Arroz de polvo com filetes do mesmo, arroz de feijão com bacalhau frito e bacalhau assado com batata a murro são algumas opções de peixe. Nas carnes há, por exemplo, cabrito assado com arroz de forno em alguidar, posta à casa, feijoada e arroz de pato. Não fumadores.

Aberto todos os diasM Travessa Branca MartinhoT 254 321 455www.restaurantecachodoiro.com

Douro In €€€Vista regalada para o rio com direito a design. Cozinha elegante onde se destacam míscaros do monte saltea-dos, espetadas de polvo com migas, bacalhau com broa azeiteira, naco de novilho maronês e lombo de novilho com queijo da serra e vinho do Porto. Não fumadores.Encerra Segunda-feira e terça ao almoço

M Avenida João FrancoT 254 323 009www.douro-in.com

Hotel Régua Douro ****Quartos com vista para as quintas durienses e ser-viço de qualidade. Situado numa zona de rápido acesso à mais antiga região demarcada do mun-do. Tem restaurante, piscina e ginásio.

Quartos 77M Largo da Estação da CPT 254 320 700www.hotelreguadouro.pt

LINHA DO DOurO PEsO DA réguA

onde doRmiR

7

onde comeR Quinta de São Domingos €€Localizada perto do centro da Régua, junto à estação ferroviária, a Quinta de S. Domingos está ligada à pro-dução de Vinho do Porto. Para além de realizar visitas às caves e provas de vinhos, tem um agradável restau-rante de cozinha regional. Na ementa há diversas espe-cialidades tradicionais como cabrito assado recheado, bacalhau com broa, posta à maronesa e bacalhau com Vinho do Porto à moda da casa. Não fumadores.

Encerra Domingo ao jantar e segunda-feiraM Avenida Diocese de Vila RealT 254 320 263www.castelinho-vinhos.com

€ até 15 euros €€ entre 15 e 30 euros €€€ mais de 30 euros

Page 34: LinhasComboio Turismo

8

Estação de PinhãoDistância da estação ao centro da vila

Acessos:

A pé

A estaçãoDe norte a sul do país muitas são as estações de com-boio que nos ofere-cem o encanto das histórias contadas nos seus azulejos. A estação do Pinhão ocupa um lugar à parte, sendo uma das mais bonitas e bem decoradas de Portugal. Como povoação à beira-Douro, ligada ao Vinho do Porto, os painéis de azulejos que decoram a estação estão ligados a esta temática. Desenhados por J. Oliveira, foram produzidos em 1937 na fábrica Ale-luia de Aveiro. Estendendo-se a toda a volta do edifício, retratam cenas típicas, desde o transporte das pipas nos barcos rabelos, até às diversas fases da vindima, para além de fixarem, com rigor etnográfico, os trajes usados na época pelos homens e mulheres que tra-balhavam na vindima, mostrando ainda as paisagens durienses nos arredores do Pinhão. Alguns painéis têm o interesse suplementar de mostrarem paisagens desaparecidas como o Cachão da Valeira, submerso pela construção da barragem homónima, e a ponte ferroviária da Ferradosa, substituída por outra devido ao enchimento da albufeira.

0.3 km

PINHãO

alma vinhateira

Na confluência do rio homónimo com o Douro, na margem direita deste, o Pinhão é uma das mais be-

las localidades da zona vinhateira, classificada como Património da Hu-manidade pela UNESCO. Entreposto

do Vinho do Porto e local privilegiado de contem-plação do rio, aqui o casario dispõe-se segundo as curvas de nível, com um núcleo antigo e bem conser-vado a acompanhar o ponto onde confluem os dois rios. Para além de uma praia fluvial com esplanadas e de um hotel de luxo, conserva uma das estações fer-roviárias mais bonitas e bem decoradas de Portugal. Há poucos anos, parte da estação foi reconvertida numa Wine House, com venda de vinhos e outros produtos locais como compotas ou azeites, e núcleo museológico alusivo ao ciclo do vinho. Em pleno coração do Douro, a paisagem ao redor do Pinhão é dominada pelos espectaculares terraços vinhateiros que descem até ao rio. Não é difícil entender a razão pela qual Jaime Cortesão chamou a esta paisagem «o mais belo e doloroso monumento ao trabalho do Povo Português». Para obter uma das melhores vis-tas sobre o Pinhão, vale a pena subir ao miradouro de Casal de Loivos, um dos mais impressionantes mira-douros durienses. A povoação integra o concelho de Alijó, delimitado pelos rios Tua, Pinhão e Douro e pe-las montanhas transmontanas que lhe dão um carác-ter altivo. O município guarda antigos castros, pintu-ras rupestres e vestígios de estradas romanas, bem como algumas igrejas e elegantes moradias, caso da actual Pousada Barão de Forrester, cujo nome evoca o barão de Forrester, escocês entusiasta do vinho do Porto, morto no afundamento de um barco rabelo no Cachão da Valeira.

Estação ferroviária do Pinhão

Page 35: LinhasComboio Turismo

o QUe VeR

LINHA DO DOurO PINHãO

Miradouro do Casal de LoivosUm dos mais impressionantes miradouros du-

rienses, proporciona uma vista ímpar sobre uma grande extensão do rio Douro e os vinhedos em socalco, incluin-do o famoso “L” que o curso do rio descreve em frente ao Pinhão, localidade que também domina esta paisagem.

Wine HouseParte da estação ferroviária do Pinhão foi reconvertida em loja de produtos regionais: vinhos, compotas, azei-tes e chás de ervas, entre outras delícias locais. O espaço engloba ainda um núcleo museológico com objectos re-lativos ao ciclo do vinho e uma sala para jantares vínicos e cursos de formação.

o QUe FaZeRCruzeiros no DouroCom o rio represado em várias barragens, as viagens no Douro são hoje longos passeios calmos, bem dife-rentes dos tempos em que navegar aqui significava enfrentar águas turbulentas e escolhos traiçoeiros, como os que engoliram o barão de Forrester. Agora, pode desfrutar da majestosa paisagem vinhateira enquanto toma uma bebida ou mesmo uma refeição. Para isso só tem que escolher a empresa (há vários operadores turísticos a oferecer este tipo de serviços) e decidir o percurso. Com partida do Pinhão, há cruzeiros até ao Tua, e tendo o Pinhão como destino, há percursos a partir da Régua ou do Porto.

Ponte Romana €É um dos restaurantes mais recomendáveis do Pinhão, muito frequentado por turistas e locais. Tem uma sala ampla, com muita luz natural, a oferecer magníficas vistas sobre o rio. Variações de linguado, salmão e dourada são confeccionadas a preceito, bem como a açorda e o arroz de marisco. A tradição por aqui é servida com apontamentos de distinção. Experimente, por exemplo, o bacalhau com natas… na brasa. Gar-rafeira de excelência, com predominância dos vinhos da regiões. Não fumadores.

Encerra Domingo ao jantarM Rua de Santo António, 2, PinhãoT 254 732 978

Vintage House Hotel ****Há lugares que valem a pena espreitar, nem que seja para tomar um chá, com vista para as plácidas águas do Douro. Mesmo junto à estação do Pinhão, uma casa antiga foi transformada em hotel de re-quinte com vista para o rio. Visite a Academia de Vinho e usufrua da piscina e court de ténis.

Quartos 43M Lugar da Ponte, PinhãoT 254 730 230www.csvintagehouse.com

Pensão Residencial Ponto GrandeAprazível residencial de ambiente familiar, com um bom restaurante de cozinha regional, é uma alter-nativa acessível de alojamento na região.

M Rua António Manuel Saraiva, 41 T 254 732 456

onde doRmiR

onde comeR

€ até 15 euros €€ entre 15 e 30 euros €€€ mais de 30 euros

Page 36: LinhasComboio Turismo

10

8 km

TuA

Estação do TuaDistância da estação ao centro da localidade

Acessos:

A pé

Táxi: T. 278 685 241

A estaçãoPertencente à linha do Douro, esta estação serve igualmente de destino final ao único serviço turísti-co de locomotivas a vapor ainda em funcionamento no nosso país, que parte da cidade da Régua até esta pequena localidade. Além do edifício principal de dois andares, conta ainda com um pequeno museu. No espaço merece também olhar atento uma velhi-nha locomotiva e a grande placa giratória utilizada para a inversão das máquinas a vapor.

0 km

na confluência de dois

rios

No ponto de encontro do rio Tua com o Douro, uma pequena povoação herdou o nome desta confluência e ganhou protagonismo com o desenvolvimento da rede ferroviária nacional, no final do século XIX. A Linha do Douro estabeleceu a estação do Tua que, mais tarde, foi a primeira paragem da ligação para Bragança. Os pas-sageiros que viajavam entre as duas linhas ajudaram ao crescimento da aldeia de Foz Tua (pertencente ao concelho de Carrazeda de Ansiães), hoje mais conhecida pelo simples nome do afluente do Douro e da estação de comboios. A sua localização privilegiada junto às águas dos rios é apenas um aspecto da magnífica evolvente natural da aldeia, pois aqui estamos em plena Região Vinhateira do Alto Douro. E para além das reconhecidas paisagens das vinhas em socalcos, outro espectáculo natural dá vida e cor a estas paragens: entre Fevereiro e Março, as amendoeiras antecipam a chegada da Pri-mavera e exibem, esplendorosas, as suas flores aos vi-sitantes. À volta, uma série de miradouros são de visita obrigatória: Beira Grande (vista sobre os vinhedos e a estação homónima), Senhora da Ribeira (na margem direita, um dos pontos mais bonitos do Alto Douro, com ancoradouro para passeios fluviais), São Salvador do Mundo (impressionante vista sobre a barragem da Valeira), e ainda a Ferradosa, pon-to notável da linha do Douro.

Comboio a vapor na estação do Tua

Page 37: LinhasComboio Turismo

LINHA DO DOurO TuA

Miradouro da Senhora da Ribeira Um dos pontos mais bonitos do Alto Douro (margem direita). Aqui existem um ancoradouro (há passeios flu-viais), dois restaurantes e possibilidade de alojamento. O nome resulta de se situar aqui a confluência da ribeira da Uceira com o Douro. Daqui parte para montante um estradão que durante 12 km corre à cota das águas, en-tre laranjais, olivais, hortas e amendoeiras.

Miradouro da Beira GrandeNa estrada que desce de Beira Grande para o Douro en-contra-se à cota de 550 m um miradouro com esplên-didos panoramas: avistam-se na margem esquerda os vinhedos da Quinta da Vargela e, em baixo, a estação homónima da Linha do Douro. Ao fundo, o monte com a Capela da Senhora do Viso (altitude 814 m).

FerradosaPonto notável da Linha do Douro correspondente ao km 151 e onde esta muda de margem, pas-sando para o lado sul do rio, orien-tação que manterá até ao terminal no Pocinho.

o QUe VeR

comboio hiSTÓRico

De Junho a Outubro em comboio especial Régua – Tua. Este percurso propõe uma viagem pela história e tradição em locomotivas a vapor e carruagens de madeira, do início do século XX. A 30 quilómetros por hora, a velha locomotiva percorre as linhas do Douro, tendo como pano de fundo o rio Douro e os socalcos da paisagem vinhateira Património Mundial da UNESCO. Informações em 808 208 208 ou cp.pt

o QUe FaZeR

onde comeRCafé Beira-Rio €Está um pouco afastado da estação mas para lá chegar basta descer uma rua junto ao rio. De resto, é sentar-se, apreciar a vista sobre o Douro e aguardar pela boa cozi-nha local, com destaque para os peixes de rio.

Aberto todos os diasM Rua do Douro, Foz TuaT 278 685 271

Calça Curta €€Casa afamada, tem como especialidades os peixes de rio em escabeche, o ensopado ou a caldeirada de en-guias. Não fumadores.

Aberto todos os diasM Estação de Foz TuaT 278 685 255

Casa do TuaSituada junto à estação de Foz-Tua, oferece soberbas vistas sobre o rio. Com ambiente familiar e acolhedor, resultou da recuperação de uma casa em ruínas, tendo sido aproveitadas as paredes de xisto. Tem uma sala de jantar espaçosa, uma sala de estar acolhedora e uma agradável sala de jogos. A pedido, são confeccionadas refeições que valorizam os produtos típicos da região.

Quartos 12M Foz TuaT 278 681 116www.casadotua.com

onde doRmiR

€ até 15 euros €€ entre 15 e 30 euros €€€ mais de 30 euros

PRogRama

Page 38: LinhasComboio Turismo

12

amendoeiras e

gravuras rupestres

Entre as curvas do Douro, uma pequena aldeia cresceu como entreposto comercial, após a cons-trução das linhas ferroviárias que uniram as prin-

cipais localidades da região norte do país. Na bonita estação do Pocinho, onde agora termina a Linha do Douro, antes cruzavam-se bens e passageiros que cir-culavam entre esta via e a desactivada Linha do Sabor. A aldeia beneficiou assim da sua localização estraté-gica, sendo um dos pontos de ligação entre os distri-tos da Guarda e de Bragança, ligando os concelhos de Vila Nova de Foz Côa e Torre de Moncorvo. Já nos anos 80, o Pocinho conheceu outra fase do seu de-senvolvimento, com a construção da sua barragem e a criação de uma albufeira onde são permitidas actividades náuticas como o windsurf, a navegação à vela ou a simples natação. A natureza ganhou assim outro protagonismo na aldeia, que é agora ponto de paragem obrigatória nos roteiros turísticos que nos levam pelas paisagens do Douro vinhateiro e, sobre-tudo, por quem procura ver as amendoeiras a anun-ciar a chegada da Primavera.Mas desde há alguns anos que a região ganhou outra grande atracção turística e cultural: as gravuras ru-pestres do Vale do Côa, descobertas em 1992 e classi-ficadas como Património da Humanidade da UNESCO em 1998, distinção que reconhece a importância deste património como um dos maiores centros ar-queológicos de arte rupestre da Europa. Em plena Terra Quente trans-montana, Vila Nova de Foz Côa,

POCINHO

Estação do PocinhoDistância da estação a Vila Nova de Foz Côa

Acessos:Duas carreiras diárias, às 11h15 e às 19h20, da empresa Lopes & Filhos (tel. 271 312 112)

Táxi: T. 967017934, 914465510

A estaçãoNeste grande edi-fício amarelo, que marca o ponto final da linha do Douro, sobressaem o alpendre do cais (suportado por consolas em margarida) e os painéis de azulejos com cenas rurais que, como os da estação do Pinhão, são da autoria de J. Oliveira. Há também um pequeno e cuidado jardim, e um antigo ar-mazém ferrovi-ário.

7 km

também apelidada de “capital da amendoeira”,

assume-se assim como um des-tino turístico incontornável, de

grande riqueza paisagística e patrimonial.

Embarcação Senhora da Veiga

Page 39: LinhasComboio Turismo

13

Parque Arqueológico do Vale do Côa (PAVC)O PAVC abrange 17 km do curso do rio e seus afluen-tes. As primeiras gravuras rupestres paleolíticas foram descobertas em 1992, na zona da Canada do Inferno, no decurso de levantamentos arqueológicos prévios à construção da barragem. Novos reconhecimentos para montante levaram a mais descobertas em 1994-95, como na Ribeira de Piscos (Muxagata), Penascosa (Castelo Melhor) e Quinta da Barca Chãs. Foi decidido, em Novembro de 1995, suspender a construção da bar-ragem e criar o parque. As gravuras do Paleolítico Supe-rior (de 28 a 8 mil a.C.) representam cavalos, auroques (bois selvagens) e cabras. As do Neolítico e do Calcolí-tico (entre 2 e 4 mil anos a.C.) incluem representações humanas. Finalmente, as da Idade do Ferro (1000 anos a.C.) representam guerreiros a cavalo. Os núcleos de gravuras r u p e s t re s

o QUe VeR

LINHA DO DOurO POCINHO

foram classificados como Património da Humanidade, pela UNESCO, em Dezembro de 1998. Há três itinerários de visita: Castelo Melhor-Penascosa (na margem direi-ta do Côa), Canada do Inferno (na margem esquerda, próximo da confluência com o rio Douro), e Muxagata--Ribeira de Priscos (afluente do rio Côa na margem esquerda). As visitas devem ser marcadas com alguma antecedência (tel. 279 768 260/1) pois o número de vi-sitantes é limitado. A partir dos centros de recepção, os visitantes são transportados em viaturas todo-o-terre-no do PAVC, com capacidade para oito visitantes mais um guia. Cada visita tem a duração média de duas ho-ras. Num dia é apenas possível visitar dois núcleos de gravuras, um durante a manhã e outro durante a tarde. É bastante aconselhável o uso de roupa e calçado con-fortáveis, bem como chapéu e protector solar, no Verão, e um impermeável no Inverno.

Castelo (Torre do Relógio)Construído no reinado de D. Afonso V, do Castelo de Vila Nova de Foz Côa, apenas restam alguns panos de muralha e a denominada Torre do Relógio, que poderá ter feito parte da cintura de muralhas.

Igreja Matriz de Foz CôaErguida sobre anterior templo românico, no reinado de D. João II, sofreu posteriores modificações. Exemplo dis-so, o portal gótico-manuelino, com a imagem de Nossa Senhora do Pranto, padroeira da vila, no meio de dois escudos com as armas reais. A igreja apoia-se em seis colunas, que apresentam inclinação para Sul, provável consequência do terramoto de 1755, que dividem o seu interior em três naves, coberto por tecto com pinturas de cenas da Paixão de Cristo. As pinturas das paredes laterais da capela-mor são da escola de Grão.

Page 40: LinhasComboio Turismo

14

RoTa daS amendoeiRaSDe Fevereiro a Março

Embarque na memorável viagem da Rota das Amendo-eiras e deixe-se deslumbrar pelo vasto cenário florido de uma das regiões mais verdejantes de Portugal. Sendo o mais antigo programa turístico da CP, a Rota das Amendo-eiras permite-lhe viajar por percursos únicos, onde a his-tória e a tradição andam de mãos dadas com a beleza das paisagens. Uma viagem de cortar a respiração. Percorren-do as terras do Alto Douro e Trás-os-Montes em comboios especiais, no percurso Porto-Campanhã/ Pocinho e volta, a Rota está complementada com circuitos rodoviários à sua escolha. Informações 808 208 2008 www.cp.pt

Passeios na embarcação«Senhora da Veiga»A Câmara Municipal de Vila Nova de Foz Côa realiza passeios no Douro no barco rabelo «Senhora da Veiga», entre a Régua e Barca d’ Alva, com serviço de almoço regional a bordo. Os passeios realizam-se todos os dias, desde que haja um número mínimo de pessoas. Marca-ções através dos telefones 279 760 000 ou 961 340 107.

POCINHO LINHA DO DOurO

o QUe FaZeRPRogRama

Page 41: LinhasComboio Turismo

15

onde comeR

Miradouro €Simpático café-restaurante, a cinco minutos da estação do Pocinho. Serve grelhados diversos e ao fim-de-se-mana tem como especialidades o assado de borrego e o lombo assado. Não fumadores.

Aberto todos os diasM Estrada Nacional 102, PocinhoT 279 762 702

O Bruiço €€Ocupando uma antiga discoteca, o espaço é amplo e a ementa recria, com sucesso, alguns dos mais tradicio-nais pratos transmontanos. Não fumadores.

Encerra Domingo (jantar) e Segunda (todo o dia)M Lugar do Frango, Estrada do Poio (EN102)T 279 764379

O Gaveto €Junto à estação do Pocinho, é um restaurante simples e familiar, de boa cozinha portuguesa. Há bacalhau as-sado, vitela estufada e lombo assado. Não fumadores.

Aberto Todos os diasM Estação do PocinhoT 279 762 728

LINHA DO DOurO POCINHO

Albergaria Vale do CôaSituada no centro de Foz Côa, esta Albergaria tem para oferecer um ambiente confortável e fami-liar, com instalações aprazíveis e bem equipadas.

Quartos 22M Avenida Cidade Nova 1 A, VN Foz CôaT 279 760 010www.albergariavaledocoa.net

Pousada de Juventude de Foz Côa Edifício com varanda panorâmica para o Vale do Côa. A pousada beneficia da proximidade de um impor-tante património arqueológico e arquitectónico.

Quartos 27M Caminho Vicinal Currauteles, 5, VN Foz CôaT 279 764 041www.pousadasjuventude.pt

onde doRmiR

€ até 15 euros €€ entre 15 e 30 euros €€€ mais de 30 euros

Page 42: LinhasComboio Turismo

a boRdo do comboio RegionaL

9 linhas para descobrir P

ortugal

1 Linha do minho

2 Linha do douro

3 Linha do Vouga

4 Linha do norte e Ramal de Tomar

5 Linha da beira alta

6 Linha da beira baixa

7 Linha do oeste

8 Linha do Leste e Ramal de cáceres

9 Linha do algarve

Page 43: LinhasComboio Turismo

9 linhas para descobrir Portugal

Linha do VoUGaSanta Maria da Feira

Foto

: Cas

telo d

e San

ta M

aria

da Fe

ira

a bordo do coMboio reGionaL

Page 44: LinhasComboio Turismo

LINHA DO MINHOLINHA DO VOUGA

“serpenteia a serra para desembocar na praia”

Aveiro

Águeda

Mourisca do Vouga

Sernada do Vouga

Albergaria-a-Velha

Oliveira de Azeméis

S. João da Madeira

Vila da Feira

Oleiros

Espinho

Page 45: LinhasComboio Turismo

LINHA DO VOUGA

3

Um comboio chamado VouguinhaUm comboio regional que serpenteia a serra para desembocar na praia, no percurso entre Sernada do Vouga e Espinho. Uma linha centenária, inaugurada pela monarquia. Aventure-se no desconhecido e deixe-se embalar pela carruagem.

Uma linha nostálgica

Uma povoação perdida no tempo e no espaço... Assim pode ser descrita Sernada do Vouga, o início da nossa viagem pela linha baptizada com o mesmo nome do rio que a saúda, o Vouga. A povoação é pequena, com ruas íngremes, típicas dos lugarejos da serra. No alto, a capela de Santo Amaro proporciona-nos a melhor vista panorâmica. Ao longe vemos o rio Vouga, que oferece agradáveis momentos a quem o visita, desde banhos, pesca desportiva e mesmo actividades radicais.O apito do comboio avisa que a viagem está prestes a ter início. É um comboio regional, de cor vermelha, com apenas uma carruagem, apelidado carinhosamente de “Vouguinha”. Assim que arranca, somos imediatamente abraçados pelo vasto eucaliptal da serra da Gralheira e aproveitamos para respirar ar puro.Em Albergaria-a-Velha, a primeira paragem, temos uma lufada de civilização. O facto de ser um comboio regional faz com que a viagem seja demorada mas, ao mesmo tempo, mais familiar.Esta é uma linha bastante antiga. O primeiro troço, en-tre Espinho e Oliveira de Azeméis foi inaugurado pelo rei D. Manuel II em 1908, e não admira que tenha criado fortes laços nas gentes que a acolhe. Outra paragem urbana acontece na estação de Vila da Feira, nome pela qual também é conhecida a dinâmica cidade de Santa Maria da Feira, com uma fervilhante vida cultural.

Troço pitoresco, a caminho do mar

A viagem continua no meio de eucaliptos e minifúndios pincelados

com criativos espantalhos, feitos a partir de materiais reciclados. Capelas, casas palacianas, bois, alfaias agríco-las... tudo concorre para chamar a nossa atenção. Tam-bém as estações de comboios surgem pitorescas ao longo do trajecto. Continuamos a ser embalados pelo ondular da carruagem e já nos habituámos a ouvir os constantes apitos que avisam os incautos, nas passagens de nível sem guarda, de que o comboio vai passar. À medida que nos aproximamos do destino, os eucaliptos cedem o seu lugar a cidades e somos invadidos pela brisa do mar que anuncia a proximidade ao apeadeiro Espinho-Vouga, lo-calizado a cerca de 800 metros do centro. Se quiser tam-bém pode fazer o percurso inverso e apanhar o comboio em Espinho. Seja qual for a sua opção, prepare-se para vislumbrar, de paragem em paragem, pequenos mimos com que a Natureza nos brinda e perfeitos desco-nhecidos que nos acenam de uma forma amigável. E tudo pelo simples espreitar de uma jane-la…

Painel de azulejos da estação ferroviária de Espinho

Vista sobre a estação de Sernada do Vouga

Page 46: LinhasComboio Turismo

4

Estação de Santa Mariada FeiraDistância da estação ao centro

Acessos:

A pé

Autocarros: Transfeira, autocarros de 50 em 50 min.

Táxi: T. 256 374 000, 256 010 089

1 km

cidade cultural

Situada perto da orla marítima, a 186 metros de al-titude, Santa Maria da Feira deve o seu nome a uma antiquíssima feira medieval que se realizava (pelo menos desde o século XII) junto ao monte do caste-lo. Esta imponente fortaleza, anterior à fundação de Portugal e classificada como monumento nacional, é o ex-libris da cidade e um dos castelos mais belos do país, com as suas invulgares torres de forma cónica.Este pode ser o ponto de partida para uma visita ao resto do concelho, onde merecem atenção a igreja matriz e o convento dos Lóios, que acolhe o museu municipal. Nos arredores da localidade existem tam-bém várias atracções, como as Termas de São Jorge, o Zoo de Lourosa - Parque Ornitológico ou o Europar-que, um dos principais centros de congressos e feiras do norte do país, que alberga também um importan-te espaço de ciência – o Visionarium.Nos últimos tempos Santa Maria da Feira ganhou uma notável dinâmica cultural que tem a sua expres-são mais visível na realização de diversos eventos

que ocupam já um lugar de destaque no calen-dário cultural do país. É o caso do Festival para

Gente Sentada (em Fevereiro, dedicado à música), do Imaginarius – Festival Internacional de Teatro de Rua (Maio) e do

SANTA MARIA DA FEIRA

Festival de Cinema Luso-Brasi-

leiro (Dezembro), entre outros. Isto para além do grande cartaz turístico-

-cultural da cidade, a Viagem Medieval, um mega--evento de recriação histórica da época medieval, de características únicas no país e que pretende ser uma referência europeia nesta categoria de eventos históricos. Realiza-se entre o final de Julho e o início de Agosto e engloba uma vasta programa-ção, atraindo à cidade milha-res de turistas.

Castelo de Santa Maria da Feira

Page 47: LinhasComboio Turismo

LINHA DO VOUGA SANTA MARIA DA FEIRA

5

sobressai um chafariz de espaldar triangular. Do alto da escadaria obtém-se uma vista privilegiada da cidade, com o castelo ao fundo.

Igreja Matriz de Santa Maria da FeiraTemplo do século XVI de planta em cruz latina, de uma só nave e claustro de dois pisos. De estilo maneirista, domina, conjuntamente com o Convento dos Lóios, a praça principal da cidade.

Museu do Convento dos LóiosDedicado à história e à cultura do concelho de Santa Maria da Feira, o Convento dos Lóios foi recuperado e adaptado a museu municipal, tendo sido inaugurado em 2009. Mostra colecções de arqueologia, história, etnografia, indústria e arte, que testemunham as vi-vências ao longo dos séculos em Terras de Santa Maria. No piso térreo existe uma sala dedicada a um artista da terra, o pintor António Joaquim, que doou ao museu várias obras que retratam temas, figuras e monumen-tos regionais, com destaque para o Castelo da Feira. Existe também um núcleo dedicado às artes e ofícios, onde se mostram os tradicionais e característicos da re-gião, como os de jugueiro, oleiro, tanoeiro e sapateiro. Da era industrial estão representadas duas actividades de grande importância no concelho, o fabrico de papel e de rolhas de cortiça, esta última ainda hoje em dia com grande expressão.

Castelo da FeiraFoi construído no século XI sobre vestígios castrejos, romanos e visigóticos, como o provam vestígios no pri-meiro piso da torre de menagem. Localizado num pon-to alto, podia controlar a navegação costeira. Por volta

Museu do Papel Situado em Paços de Brandão, o Museu do Papel foi criado em 2001 e está instalado num antigo engenho papeleiro do século XIX. O museu integra duas antigas fábricas de papel (Fábrica de Custódio Pais e Fábrica dos Azevedos), situadas à beira-rio e ligadas entre si por um percurso pedonal. A principal característica diferencia-dora deste espaço museológico reside no facto de se tratar de um museu manufactureiro e industrial em actividade, integrando um espaço de produção manual de papel (antigo Engenho da Lourença) e um espaço industrial (Casa da Máquina) que mostra o processo de fabrico em contínuo. Pelo seu carácter inovador e dis-tintivo no contexto da museologia, mereceu já diversos prémios e distinções, nomeadamente uma menção honrosa atribuída pelo European Museum Fórum.

Igreja da MisericórdiaLocalizada no centro histórico da Feira, foi fundada em 1594, em homenagem a Nossa Senhora dos Prazeres. A sua traça actual remonta, contudo, ao século XVIII. No interior, destaque para o retábulo principal, exemplo do estilo barroco do reinado de D. Pedro. O templo é prece-dido por uma elegante escadaria do século XVIII, onde

o QUe Ver

Page 48: LinhasComboio Turismo

6

SANTA MARIA DA FEIRA LINHA DO VOUGA

o QUe Saborear

Fogaça A fogaça é um dos ex-libris de Santa Maria da Feira. Trata--se de um pão doce, de forma arredondada e encimada por quatro bicos que representam as quatro torres do castelo da Feira. Com origens muito antigas, o seu sur-gimento está ligado a práticas religiosas e de caridade. Mais tarde, no início do século XVI, quando a região foi dizimada pela peste, nasceu a promessa feita aos santos de oferecer a “fogaça” se as gentes fossem poupadas. É essa a origem da Festa das Fogaceiras, realizada anual-mente em Santa Maria da Feira, em que a fogaça é trans-portada na cabeça pelas fogaceiras. Em 2002 foi criada a Confraria da Fogaça da Feira.

o QUe FaZer

de 1300 o castelo é doado por D. Dinis à sua mulher, a rainha Santa Isabel. Modificado ao longo dos séculos, guarda, por isso, testemunhos da evolução das técnicas

de defesa entre os século XI e XVI. Com a perda da importância militar, no século XVI, o

conde da Feira, vai transformar a torre de menagem

do castelo em p a ç o

senhorial, de gosto renascentista. Com a morte do últi-mo conde em 1700, o paço ficou em ruínas na sequên-cia de um incêndio. A alcáçova do castelo tem quatro torreões com cobertura cónica e quatro pináculos. Subsistiram duas cercas, sendo a principal a medieval, com a sua barbacã, acrescentada no século XVI para reforço da entrada principal, a chamada Porta da Vila. Na segunda, a mais recente e exterior, adaptada ao uso da artilharia, são visíveis terraplenos e bombardeiras. Na cerca principal fica ainda a Torre do Poço do século

XV, com 136 degraus em caracol, a Torre da Casa-mata e a Torre das Sentinas, de desenho

invulgar.

VisionariumMuseu ciência interactivo, onde os visitantes podem reali-zar experiências, manipulando os equipamentos expostos. Integra as Cinco Odisseias Científicas (Terra, Matéria, Uni-verso, Informação, Vida), um espectáculo multisensorial, o Experimentário e uma sala de exposições temporárias.

Destaque ainda para os jar-dins, com cerca de 25.000 metros quadrados, com diversas intervenções e jogos de água.

M Centro de Ciência do EuroparqueT 256 370 605www.visionarium.pt

Viagem MedievalA Viagem Medieval em Terras de Santa Maria é um gran-de evento de recriação histórica da época medieval que se realiza todos os anos, entre o final de Julho e o início de Agosto, nas ruas do centro histórico de Santa Maria da Feira. Com a ambição de se tornar no “maior projecto de recriação medieval da Europa”, integra diversas activida-des tais como, a feira franca, visitas guiadas ao castelo, ceias e jogos medievais, o grande torneio e as justas, o arraial, o cortejo, entre outras, numa festa grandiosa que atrai à cidade milhares de visitantes.

Page 49: LinhasComboio Turismo

7

LINHA DO VOUGA SANTA MARIA DA FEIRA

onde coMer

Adega Regional O Monhé €€Palco de uma festa de sabores africanos, portugueses e brasileiros, num ambiente agradável e com serviço afável, em duas salas confortáveis e bem decoradas. A alma da casa é o chefe e proprietário Luís Sotto Mayor que procura continuamente renovar as suas criações com novos produtos e paladares. A carta de vinhos as-segura o acompanhamento certo. Não fumadores.

Encerra Domingo ao jantarM Rua Doutor Elísio Castro, 55T 256 375 412

Orfeu €€Situado junto ao castelo, ocupa parte do antigo Solar dos Condes de Fijô. Tem duas salas interiores e uma am-pla esplanada. Funciona como restaurante, petisqueira e bar de vinhos. Na ementa há bacalhau de diversas maneiras, polvo no forno com batatinha “Fogaça”, arroz de pato, carré de vitela Arouquesa, porco preto e vários pratos vegetarianos. Não fumadores.

Aberto todos os diasM Rua António de Castro Real T 256 283 002

Hotel Nova Cruz ***Perto das Caldas de São Jorge, um hotel acessí-vel rodeado de espaços verdes.Caldas de São Jorge.

Quartos 65M Rua São Paulo da CruzT 256 371 400www.novacruzhotel.com

Hotel Ibis Porto Sul Europarque **Bem localizado e com bons acessos, inserido no complexo do Europarque, é uma opção de alojamento acessível e de razoável conforto e comodidade.

Quartos 63M Espargo, EuroparqueT 256 332 507www.ibishotel.com

onde dorMir

€ até 15 euros €€ entre 15 e 30 euros €€€ mais de 30 euros

Page 50: LinhasComboio Turismo

a bordo do coMboio reGionaL

9 linhas para descobrir P

ortugal

1 Linha do Minho

2 Linha do douro

3 Linha do Vouga

4 Linha do norte e ramal de Tomar

5 Linha da beira alta

6 Linha da beira baixa

7 Linha do oeste

8 Linha do Leste e ramal de cáceres

9 Linha do algarve

Page 51: LinhasComboio Turismo

9 linhas para descobrir Portugal

LINHA DO NORTEE RAmAL DE TOmAR

Lisboa Sta Apolónia / Oriente

Vila Franca de Xira

Santarém

Tomar (Ramal de Tomar)

Pombal

Coimbra A / Coimbra B

Curia

Aveiro

Porto

Foto:

Torre

de Be

lém, L

isboa

A BORDO DO COmBOIO REgIONAL

Page 52: LinhasComboio Turismo

CURIA

“são as terras do Mondego (…) com Coimbra na outra margem”

Lisboa sta apoLónia/oriente

aLverca

viLa Franca de Xira

azambuja

santarém

entroncamento

tomar (ramaL de tomar)

Fátima

pombaL

soure

coimbra a/coimbra b

pampiLhosa

meaLhada

curia

oLiveira do bairro

aveiro

estarreja

ovar

esmoriz

viLa nova de Gaia

porto campanhã

Linha do norte e ramaL de tomar

Page 53: LinhasComboio Turismo

Linha do norte e ramaL de tomar

3

CURIA

Ligação entre as principais cidades do paísÉ do coração de Lisboa antiga que partimos rumo à cidade Invicta. Até ao Porto são mais de 300 quilómetros, desvendando a paisagem ao longo dos rios ou pela beira-mar, transpondo vales e cursos de água pela linha mais moderna do país.

Onde o comboio nasceuMesmo aos pés de Alfama, a esta-ção de Santa Apolónia continua a ser o local onde muitos passageiros fazem a despedida a Lisboa e em-barcam nesta Linha do Norte, considerada a mais impor-tante do país. Mas a grande maioria opta agora por subir na moderna Gare do Oriente. Ambas merecem ser o ponto de partida nesta viagem, onde começamos por percorrer o troço inaugural da ferrovia portuguesa, que nos faz encontrar o Tejo em Vila Franca de Xira e termina no Carregado, hoje uma estação que apenas vemos a correr pela janela enquanto avança-mos para as lezírias ribatejanas.A bonita estação de Santarém surge depois, no sopé do planalto onde a cidade guarda os seus tesouros góticos, longe do olhar de quem apenas passa e avança para o Entroncamento. A partir desta estação o relevo acentua--se na paisagem e não tardamos a contornar a serra dos Candeeiros.

Terras do centroA região centro é então atravessada entre serranias e casario mas após a paragem em Pombal os terrenos de cultivo tornam-se mais frequentes e alagadiços. São as terras do Mondego, rio que atravessamos com a silhueta de Coimbra na outra margem.Algumas paragens curiosas ficam pelo caminho até Aveiro, como a estação da Pampilhosa, onde podemos partir até à fronteira es-panhola, ou a charmosa Curia, vila termal

que mantém viva a aura do princí-pio do século. Já na cidade da ria, os olhos pousam de imediato nos azulejos da estação, que conferem à gare uma personalidade sem igual,

pelos painéis que retratam paisagens da ria e da cidade.

Aproximação ao marA viagem entre Aveiro e o Porto é relativamente rápida e atravessa bonitas paisagens, sobretudo no troço entre Espinho e Vila Nova de Gaia. É então que a linha se apro-xima do mar, desenvolvendo-se paralela às águas, com vista para a praia, as dunas e o Atlântico. Tem ainda o in-teresse de passar em zonas com arquitectura balnear de outras épocas, caso da Granja e da Aguda, estações que estão decoradas com azulejos de autor. Depois, regressamos ao interior e atravessamos parte da área metropolitana do Porto até chegarmos à margem do rio Douro. A travessia é feita pela ponte de São João, com extraordinária vista sobre a zona ribeirinha do Por-to, Património Mundial e as encostas de Gaia. A recta final é assim digna da monumentalidade desta linha, que liga as principais ci-dades do país num percur-so cada vez mais rápido.

Ribeira do Porto

Estação de Santa Apolónia

Page 54: LinhasComboio Turismo

4

LisboaLinha do norte e ramaL de tomar Lisboa

Cidade das mil cores

No «Livro do Desassossego», Bernardo Soares exal-ta, assim, a capital portuguesa: «Não há, para mim, flores como, sob o sol, o colorido variadíssimo de Lisboa». Com ou sem interposto heterónimo, outros escritores para além de Fernando Pessoa tiveram nesta cidade a fonte da sua inspiração: Garcia de Resende, Camões, D. Francisco Manuel de Melo, isto para nos ficarmos pelos clássicos. Que tem, afinal, de tão inspirador?Em primeiro lugar, o sítio: um imenso estuário, recor-tando-se a perder de vista, com a serra da Arrábida ao fundo. Depois, a topografia. Não é só Roma que se orgulha das suas sete colinas. Lisboa sobe e desce, da Graça ao Castelo, do Campo de Santana a São Pedro de Alcântara, da Estrela à Politécnica. E, finalmente, a História. Dos fenícios, gregos e romanos, aos visigo-dos e mouros, todos os povos que por aqui comercia-ram, guerrearam ou se fixaram, acabaram por deixar as suas marcas, umas mais evidentes, outras mais subtis. Mas Lisboa foi, também, uma cidade impe-rial, onde fundeavam as naus e galeões carregados com os tesouros de África, do Oriente e do Brasl. E em cujas ruas se acotovelavam, no dizer do cronista, «muitas e desvairadas gentes».As marcas dos séculos passados e uma parte do esplendor imperial foram-se em poucos segundos, ao

nascer do dia 1 de Novem-bro de 1755, quando o pior terramoto da sua história arrasou Lisboa. Mas nem tudo desabou e foi consumido pelas chamas. Alfama e Mouraria, afloramentos da cidade antiga, passaram a coexistir com a geométri-ca e luminosa Baixa Pombalina, símbolo do renasci-mento das cinzas de uma cidade que não se rendeu à cólera dos deuses e se reergue banhada pelas luzes da Razão. Depois, a conquista oitocentista, à custa de aterros, das margens do Tejo, do Cais do Sodré a Belém, o rasgar das Avenidas Novas, o urbanismo autoritário e monumental de Duarte Pacheco nos anos 40, a reconversão urbanística da zona oriental de Lisboa para a Expo’98. Tudo isso moldou a cidade que conhecemos. Cidade que, tal como no tempo de Damião de Góis, é feita de muita gente e muitas culturas, onde se mis-tura a luz de uma cidade mediterrânica com a ge-ometria de uma capital atlântica. Onde modernidade e tradição convi-vem lado a lado, em harmonia.

Vista sobre o casario e o Tejo

Page 55: LinhasComboio Turismo

5

O QUE VEREstação de Santa ApolóniaDistância da estação ao centro

Gare do OrienteDistância da estação ao centro

Acessos: Metro: www.metrolisboa.pt (Santa Apolónia, Linha Azul / Gare do Oriente, Linha Vermelha)

www.carris.pt

Táxi: T 217 932 756 (Rádio Táxis Lisboa)

Santa ApolóniaSituada à beira Tejo, a estação de Santa Apolónia é indissoci-ável da história dos caminhos-de-ferro em Portugal, desde logo porque foi daqui que partiu, em 1856, a primeira viagem de comboio do país, percorrendo os 37 quiló-metros entre Lisboa e o Carregado. A estação foi inau-gurada em 1865, servindo na altura os passageiros que seguiam para Norte e para Leste. Daqui partiram também muitos emigrantes portugueses, como recor-da o “Monumento ao Emigrante”, no largo da estação.

Gare do Oriente

Símbolo da moderni-dade arquitectónica da capital, a Estação do Oriente foi cons-truída em 1998 por ocasião da Exposição Universal de Lisboa (Expo 98), segundo o traço do ar-quitecto galego Santiago Calatrava. Este desenhou uma interface de transportes com vários níveis onde sobressai a cobertura de ferro e vidro que faz lembrar um conjunto de grandes palmeiras. Esta gare intermodal permite o acesso à linha ferroviária, metro e autocarros.

1.5 km

Linha do norte e ramaL de tomar Lisboa

10 km

MiradourosUma cidade com sete colinas tem que ter, pelo menos, outros tantos miradouros. Na verdade, são bastantes mais, sobretudo se contarmos com os pontos exteriores a partir dos quais a capital pode ser observada. Come-çando pelos locais com vista para o rio, o Miradouro de Santa Catarina, perto do Chiado, vem à cabeça. Dali ou do vizinho Noobai Café se avistam Almada, a ponte 25 de Abril e o movimento dos cacilheiros entre uma e a outra margem. Ainda na zona central, retenha o topo do elevador de Santa Justa, como local privilegiado para ver, em planta, a Baixa Pombalina. Quem queira contemplar o Tejo mais para montante pode fazê-lo dos miradouros gémeos de Santa Luzia ou das Portas do Sol, entre a Sé e a Graça. Já o Rossio e a Avenida da Liberdade podem ser apreciados dos dois lados, ou seja, de São Pedro de Alcântara e do Torel (Campo de Santana). Da Graça e da Senhora do Monte vêem-se a parte central da cidade e um pouco do Tejo, proporção que se inverte se subirmos ao Castelo de São Jorge. Lisboa vista da margem sul é inesquecí-vel, seja do Cristo-Rei, seja do elevador panorâmico de Almada.

Miradouro de São Pedro de Alcântara

Page 56: LinhasComboio Turismo

Lisboa Linha do norte e ramaL de tomar

Zona ribeirinhaEstá longe de formar um contínuo ao longo da margem norte do Tejo mas conta já com boas manchas de con-tacto franco entre a cidade e o rio. De montante para jusante, são elas: o Parque das Nações, com uma pista pedonal que se estende de Cabo Ruivo a Sacavém; o Cais do Sodré, desde a estação fluvial a Santos; a Doca do Espanhol entre a Rocha do Conde de Óbidos e os ar-redores de Alcântara; o núcleo mais antigo e consolida-do da Doca de Santo Amaro que se prolonga como pas-

seio ribeirinho pela Central Tejo, Clube Naval, Padrão dos Descobrimentos e Torre de Belém. E,

finalmente, uma zona interes-sante, sobretudo para

andar a pé,

de patins, de bicicleta ou doutra forma qualquer, desde a estação de Algés até aos arredores de Caxias. Toda esta vasta área tem, de uma forma geral, uma dupla característica: zona de fruição da natureza, com pistas, relvados e jardins e, ao mesmo tempo, pólo de anima-ção nocturna, com bares e esplanadas. Nalguns casos, como no Parque das Nações, a estas duas vertentes junta-se, ainda, a parte cultural, com museus e salas de espectáculos e exposições.

ModernidadeAs marcas da arquitectura moderna são outra caracterís-tica marcante de Lisboa. A nordeste, entre o aeroporto e o rio, o bairro dos Olivais, construído em princípios dos anos 60, exemplifica, com brilhantismo, os princípios da Carta de Atenas: habitação em torre ou em banda, longe dos eixos viários e rodeada por jardins e zonas comu-nitárias. O Parque das Nações, sobretudo na parte cor-respondente ao antigo recinto da EXPO’98, ilustra uma cidade utópica, em diálogo com o Tejo e com minucioso tratamento do espaço público. A Fundação Gulbenkian e seus jardins são um ponto alto da arquitectura moderna, tal como o Centro Cultural de Belém ou o Centro Comer-cial das Amoreiras. A antiga zona industrial de Alcântara

mostra as primeiras marcas da renovação urbanísti-ca, tal como os estádios construídos por

ocasião do EURO2004, caso dos da Luz (Sport

Lisboa e

Bairros típicosOs chamados bairros populares são um dos atractivos de Lisboa. Num mundo cada vez mais globalizado, pasteurizado e uniformizado, re-presentam as marcas da diferença: um micro-cosmos afável e fraterno, onde se vendem hortaliças na rua e toda a gente parece conhecer-se. Um labirinto de casas, pracetas e escadinhas, pelo meio das quais o eléctrico 28 parece romper, a custo, passagem. E que vibram de uma forma especial nas Festas da Cidade, em Junho, entre o feriado nacional de dia 10 e o feriado municipal dedicado a Santo António, a 13. Eis alguns dos principais: Alfama, com um jeito muito próprio, antigo bairro de marinheiros, onde sobrevivem casas anteriores ao Terramoto. Bairro Alto, com uma curiosa mistura de boémia, vida cultural, divertimento e habi-tantes tradicionais. Graça, verdadeiro miradouro sobre Lisboa, e Campo de Ourique, mistura equilibrada de novos e velhos, tráfego e peões, habitação e serviços.

Esplanada do restaurante Piazza di Mare

Vista sobre Alfama e o Tejo

Page 57: LinhasComboio Turismo

7

Linha do norte e ramaL de tomar Lisboa

Benfica) e Alvalade XII (Sporting Clube de Portugal) se tornaram numa marca e numa mais-valia da cidade.

TejoSem o rio, Lisboa não seria a cidade extraordinária que é. Foi nos esteiros e praias do Tejo, onde hoje está a Baixa Pombalina, que os fenícios e gregos estabele-ceram as primeiras feitorias nos séculos II e III a.C. As colinas vizinhas da margem começaram a ser fortifica-das quando a cidade começou a crescer e a ganhar im-portância comercial, primeiro pelos romanos e depois pelos mouros e primeiros reis portugueses. E será ao longo do rio que a expansão da capital se fará até ao séc. XIX. Contemplar o Tejo a partir dos miradouros, via-jar nos cacilheiros entre as duas margens, passear nos relvados da Torre de Belém ou nos passadiços do Parque das Nações são experiências inesquecíveis.

FadoLisboa está na rota dos principais concertos de música, tanto ligeira como clássica e tem uma vida cultural im-portante. Contudo, o fado, como expressão musical an-cestral e de raízes populares é uma referência da cidade e uma das marcas que a projectam internacionalmente. Canção dolente que desfia a luta contra as agruras do

destino, os amores infelizes ou o ciúme, ganhou foros de cidadania. Os turistas mais apressados ouvem-na nas casas de fado do Bairro Alto. Os verdadeiros apre-ciadores procuram o fado vadio nas tabernas desse mesmo bairro ou de Alfama. E aqueles que querem entender melhor este mistério, lisboeta mas também luso, vão ao Museu do Fado, entre o Terreiro do Paço e Santa Apolónia.

Núcleo históricoNuma área relativamente pequena, do Bairro Alto à Graça, coexistem, a leste, a Lisboa muçulmana e popu-lar (Alfama e Mouraria), ao centro, a Baixa Pombalina, fruto da reconstrução levada a cabo após o terramoto de 1755 e, a oeste, o Bairro Alto e o Chiado, zonas onde se misturam construções anteriores ao séc. XVIII e ex-poentes do urbanismo oitocentista. Todas estas áreas, com diferentes lastros históricos, se tocam e interligam, sendo possível percorrê-las a pé, ou, para ter uma visão de síntese, na carreira 28 do eléctrico.Representam as várias faces de uma mesma cidade. As colinas inicialmente ocupadas e protegidas pela muralha medieval. E as zonas para onde Lisboa se foi expandindo, caso da Baixa, quando, no século XVI a corte sai do Castelo de São Jorge e se instala à beira--rio. A reconstrução pós-terramoto, levada a cabo sob a direcção do enérgico Marquês de Pombal, marca uma Lisboa muito avançada para a sua época: geométrica, de ruas largas e quarteirões ortogonais, com edifícios construídos segundo dois ou três projectos-tipo e com capacidade para resistir satisfatoriamente aos sismos. Uma marca de modernidade que o passar de mais de dois séculos não apagou.

Gare do Oriente

Cacilheiro no Tejo

Arco triunfal da Rua Augusta e estátua equestre de D. José I

Page 58: LinhasComboio Turismo

8

Lisboa Linha do norte e ramaL de tomar

O QUE FAZER

Os prazeres do eléctricoSendo Lisboa a cidade que é, onde há tanto para fazer, descobrir e experimentar, é difícil eleger uma única ex-periência como a melhor, a mais imperdível ou inesque-cível. Contudo, há coisas que, se nunca fez, não deve mes-mo perder, como uma viagem nos eléctricos de Lisboa. E já agora, escolha o percurso mais pitoresco, o do famoso e cinematográfico eléctrico 28, entre a Graça e os Prazeres.Aproveite uma terça-feira e comece o dia com uma visita à popular Feira da Ladra, uma das mais antigas e carac-terísticas feiras lisboetas, que se realiza um pouco abaixo do Largo da Graça, no Campo de Santa Clara, junto ao antigo Mosteiro de São Vicente de Fora, todas as terças e sábados. Depois, é apanhar o 28 em qualquer paragem do lado descendente. Procure um lugar à janela e veja a cidade a passar ao seu lado. Primeiro, as ruas estreitas que separam a Graça de Alfama. Depois, as Escolas Ge-rais onde funcionou a primeira universidade de Lisboa. Seguem-se o Largo das Portas do Sol e o Miradouro de Santa Luzia, onde somos brindados por uma deslum-brante vista sobre o Tejo. Pode querer voltar aqui mais tarde para se sentar numa das esplanadas panorâmicas e desfrutar do cenário com mais calma. Já a descer, vamos dar à Sé e passar pelas igrejas de Santo António e da Madalena. Depois de cruzar a Baixa Pomba-lina pela Rua da Conceição, vai subir ao Chiado e descer a castiça Calçada do Combro. Daí é um pulo até à Estrela, passando ao lado da Assembleia da República, em São Bento. Por último, é a passagem por Campo de Ourique, um dos mais harmoniosos e aprazíveis bairros da capital. A linha termina no Cemitério dos Prazeres onde funcio-na um pequeno núcleo museológico sobre os rituais da morte. Apesar de parecer bizarro, não deixe de o visitar e com o apoio de desdobráveis, oferecidos pelo museu, faça um dos dez percursos temáticos propostos e admire algumas pequenas jóias de arquitectura desenhadas por arquitectos de nomeada, como Cinatti, Manini ou Korrodi para jazigos, respectivamente do duque de Palmela, de Carvalho Monteiro e do conde de Burnay. E assim se vai da Graça aos Prazeres!Eléctrico 28

Page 59: LinhasComboio Turismo

9

ONDE COmER

Linha do norte e ramaL de tomar Lisboa

Avenidas Novas

Adega da Tia Matilde €€Um dos mais antigos e característicos restaurantes lis-boetas, continua a ser poiso procurado para variadas ocasiões, dos negócios às refeições em família. As espe-cialidades são, pois claro, bem portuguesas: caldeirada, arroz de frango, cabrito, iscas, pataniscas e por aí fora. Zona de fumadores.

Encerra Sábado (jantar) e domingo (almoço)M Rua da Beneficência, 77T 217 972 172

Belém, Alcântara e Ajuda

A Commenda €€€Integrado no edifício do Centro Cultural de Belém, é um espaço de ambiente sóbrio e requintado, com agradável vista sobre o Tejo. Gastronomia de tendência mediterrâ-nica, a tirar partido dos sabores e produtos portugueses. Tranche de garoupa com puré de alho francês e empadão de perdiz são algumas das sugestões da ementa. Aos do-mingos, durante o período de Outono / Inverno, há buffet de cozido à portuguesa. Não fumadores.

Encerra De domingo a sexta (jantar)M Praça do Império, Centro Cultural de BelémT 213 648 561www.cerger.com

O Painel de Alcântara €€É um dos bons garfos lisboetas com maior longevidade, cuja popularidade não esmorece, diz-se que muito por

causa da gerência e ambiente familiar e, claro está, pe-los pratos tipicamente portugueses. O cozido das quar-tas-feiras atrai verdadeiras multidões mas o Painel tem muito mais para oferecer: arroz de tamboril, cabrito assado no forno, filetes de pescada e os indispensáveis pastéis e pataniscas de bacalhau. Zona de fumadores.

Encerra DomingoM Rua do Arco de Alcântara, 7/13T 213 965 920

Campo de Ourique, Amoreiras e Estrela

Coelho da Rocha €€Um clássico no característico bairro de Campo de Ouri-que, junto ao mercado. Decorado com madeiras e pai-néis de azulejos, esmera-se numa ementa que não varia muito e que por isso conquistou, ao longo dos anos, legiões de fiéis: amêijoas à Bulhão Pato, arroz de coelho, cabrito no forno, arroz de cabidela, empadão de lebre ou perdiz, peixe assado no forno (pargo ou garoupa), lin-guadinhos fritos com arroz de tomate. Não fumadores.

Encerra DomingoM Rua Coelho da Rocha, 104T 213 900 831

Stop do Bairro €É o típico restaurante de bairro, de ambiente familiar, com boa cozinha portuguesa a preços acessíveis. Quar-ta-feira é dia de cozido, às quintas há ossubuco e a sex-ta está reservada à cabidela. Exclusivamente fumadores.

Encerra Segunda-feiraM Rua Tenente Ferreira Durão, 55 AT 213 888 856www.hed-web.com/stop/

€ até 15 euros €€ entre 15 e 30 euros €€€ mais de 30 euros

Page 60: LinhasComboio Turismo

10

Chiado e Bairro Alto

Farta Brutos €€Típico e castiço, serve boa

cozinha caseira, com incidência nos pratos lisboetas: pataniscas com arroz de

grelos, rojões à lisbonense e iscas com elas. Não fumadores.

Encerra DomingoM Travessa da Espera, 20T 213 426 756

Das Docas ao Cais do Sodré

Piazza di Mare €€Merece referência pela localização, em sala envidraçada e ampla esplanada, mesmo em cima do Tejo. A ementa incide nos pratos italianos. Zona de fumadores.

Aberto todos os diasM Avenida Brasília, Pavilhão PoenteT 213 624 235www.piazzadimare.com

Lisboa Linha do norte e ramaL de tomar

Castelo, Alfama, Graça e Santa Apolónia

Bica do Sapato €€€Dos mesmos donos da discoteca Lux-Frágil - mesmo ao lado - e do mítico Pap’Açorda, no Bairro Alto, continua a ser um dos principais sítios da moda em Lisboa. Magní-fica e ampla sala com decoração moderna e esplanada virada para o Tejo. Para além da ementa de cozinha me-diterrânica (carpaccio de ganso salpicado com flor de sal, vieiras salteadas com risotto de baunilha, magret de pato lacado), funcionam ainda uma cafetaria, no piso inferior, e um sushi-bar, no piso de cima (aberto apenas para jantares). Zona de fumadores.

Encerra Segunda-feira (almoço)M Avenida Infante Dom Henrique Armazém B, Cais da Pedra à Bica do SapatoT 218 810 320www.bicadosapato.com

Casanova €€Em Santa Apolónia, no Cais da Pedra, é a pizzaria que não sai de moda , sempre cheia e com filas à porta, seja a que dia e hora for. Da mesma proprietária do Casa-nostra, no Bairro Alto, muitos dizem que estas são as melhores pizzas de Lisboa: massa fina e estaladiça, preparadas à vista do cliente, com ingredientes vindos directamente de Nápoles, e cozidas em forno de lenha. A sala é uma alegre confusão, com mesas de mármore corridas, tipo cantina, e vista para o rio. Não fumadores.

Encerra Segunda e terça-feira (almoço)M Av. Infante Dom Henrique, Cais da Pedra à Bica do Sapato, Loja 7T 218 877 532www.restaurantecasanostra.com/cnova/

Bica do Sapato

Antigo 1º de Maio €€ Lugar de culto, frequentado por gerações de inte-lectuais e artistas, continua a ser muito procurado por turistas e locais, em busca do ambiente e da comida de inconfundível toque caseiro. Entre os pratos emblemáticos constam filetes de peixe-galo com açorda, pastéis de bacalhau com arroz de pimentos e cabrito na brasa. Não fumadores.

Encerra Sábado (almoço) e DomingoM Rua da Atalaia, 8T 213 426 840

Page 61: LinhasComboio Turismo

11

Linha do norte e ramaL de tomar Lisboa

Tromba Rija €€€O conhecido restaurante de Marrazes (Leiria) abriu um espaço em Lisboa (e também em Vila Nova de Gaia) para gáudio dos bons garfos da capital. Repete o conceito, com a farta mesa de entradas e os pratos de resistência. Não aconselhável a estômagos fracos. Não fumadores.

Encerra Domingo (jantar) e segunda-feira (almoço)M Rua Cintura do Porto de Lisboa, Ed. 254, Armazém 1T 213 971 507www.trombarija.com

Do Marquês à Baixa Pombalina

Cervejaria Ramiro €€Na Almirante Reis, a servir até tarde, é uma cerveja-ria de referência em Lisboa, sempre com excelente marisco, para além do habitual prego no pão e outros petiscos. Possui estacionamento para clientes, na rua perpendicular à avenida. Zona de fumadores.

Encerra Terça-feiraM Avenida Almirante Reis 1- H T 218 851 024

Lisboa Norte

O Galito €€Nascido na serra d’ Ossa, onde era local de “peregrina-ção”, veio para a capital nos anos 90 onde se tornou refe-rência incontornável da cozinha alentejana. Mudou-se, entretanto, da pequena sala onde quase nunca havia lugar face a tantos pedidos, para outra mais espaçosa nas imediações da antiga. São já míticos os pratos que

saem das mãos de D. Maria Gertrudes, a cozinheira de sempre desta casa. Das entradas às sobremesas, é tudo do domínio do divinal. Será injusto destacar mas ainda assim registem-se as mil e uma entradinhas, as sopas e açordas, o ensopado de borrego e a perdiz de escabeche à D. Gertrudes. Fumadores.

Encerra Domingo e FeriadosM Rua da Fonte, 18 DT 217 111 088

São Bento

Café de São Bento €€Junto à Assembleia da República, tem como imagem de marca os apetitosos bifes, servidos até horas tardias num característico ambiente de conforto requintado. Zona de fumadores.

Encerra Sábado e Domingo ao almoçoM Rua de São Bento, 212T 213 952 911

Oriente

Restaurantes do Parque das NaçõesEsta zona da cidade merece destaque pela quantidade e variedade de restaurantes e esplanadas, sendo possível encontrar opções para todos os gostos. Para além dos res-taurantes do Casino Lisboa (Suite, Spot Lx e Atrio), pode-mos sugerir, a título de exemplos: cervejarias (Sagresjaria, 218957041), cozinha italiana (La Rúcula, 218922747), japonesa (Origami - Sushihouse, 218967132), brasileira (Sabor a Brasil, 218955143), vegetariana (Miss Saigon, 210996589) ou portuguesa (Água e Sal, 218936189), entre muitas outras opções.

Page 62: LinhasComboio Turismo

Lisboa Linha do norte e ramaL de tomar

ONDE DORmIR

Bairro Alto Hotel ***** Apesar de relativamente recente (2005) é um hotel ca-rismático não só pela sua localização no centro boémio e artístico de Lisboa, mas também por ter vindo ocupar o edifício do Grande Hotel da Europa, um dos primeiros hotéis da capital (meados do século XIX). A decoração conjuga o clássico com o moderno e remete para um cenário art déco que se prolonga para o restaurante Flores e bar Garrett. Do alto do sexto piso, no terraço panorâmico aberto a não hóspedes, espreita-se a cida-de que desce até ao Tejo. Razões que levaram a Condé Nast Traveller (uma das mais prestigiadas publicações na área do turismo) a considerá-lo um dos 60 melhores hotéis do mundo.

Quartos 55MPraça Luís de Camões, 8T 213 408 288www.bairroaltohotel.com

Hotel Novotel Lisboa ****Totalmente renovado, caracteriza-o o lobby de di-mensões imensas onde o vermelho vivo vem fazer contraste com o branco e preto da decoração minimal.

A fórmula repete-se em alguns quartos, onde uma cor forte como o azul pinta uma das paredes. Tem piscina e restaurante.

Quartos 249M Avenida José Malhoa, 1 1AT 217 244 800www.accorhotels.com

Hotel Olissippo Oriente ****No Parque das Nações, vizinho do Casino Lisboa, do Oceanário e da FIL. Quartos modernos decorados a tons pastel, áreas wifi para quem viaja com o computador e cafetaria com esplanada. Tem restaurante.

Quarto 182MAvenida Dom João II Lote 1.03.2.2T 213 182 791www.olissippohotels.com

Hotel Vila Galé Ópera ****Situado à beira do Tejo, perto do Centro de Congressos de Lisboa, foi inaugurado em Julho de 2002 e tem a assinatura do arquitecto Manuel Salgado. Todo o ambiente do hotel está subordi-nado ao

Page 63: LinhasComboio Turismo

Linha do norte e ramaL de tomar Lisboa

tema da música, presente no mobiliário, no design, em diversos pormenores decorativos e em toda a concepção do projecto. A decoração é moderna e leve, privilegiando o conforto e o bem-estar. No restaurante Falstaff poderá saborear elaboradas e criativas especialidades gastronó-micas num ambiente elegante e requintado.

Quartos 243M Travessa do Conde PonteT 213 605 400

www.vilagale.pt

Hotel Ibis Lisboa Saldanha **Cadeia que disponibiliza quartos pequenos mas fun-cionais, com pequeno-almoço pago à parte (5,50€ por pessoa). Os que foram renovados recentemente - caso do Ibis Lisboa Saldanha - disponibilizam quartos com televisor plasma.

Quartos 116M Avenida Casal Ribeiro 23T 213 191 690www.ibishotel.com

Pousada de Juventude de LisboaQuartos duplos com casa de banho e múltiplos com qua-tro e seis camas perfazem este alojamento que disponibi-liza ainda um quarto adaptado a pessoas com mobilidade condicionada. Tem refeitório e cacifos. Quem não tem Cartão Jovem terá que apresentar Cartão de Alberguista.

Quartos 41M Rua Andrade Corvo, 46T 213 532 696www.pousadasjuventude.pt

Elevador da Bica

Hotel Vila Galé Ópera

Page 64: LinhasComboio Turismo

14

Estação de Vila Francade XiraDistância da estação ao centro

Acessos:

A pé

Táxi: T 263 272 670

A estaçãoNuma cidade de touros e touradas não podiam fal-tar as referências à tradi-ção taurina nesta estação da linha do Norte. Seja no monumento ao toureiro (da autoria de Rui Fernandes), situado no largo da es-tação, ou nos painéis de azulejos (de Jorge Colaço) que circundam todo o edifício principal e retratam também outros temas, como a pesca tradicional ou a produção de vinhos e cereais. Por estar localizada a dois passos do Tejo, vale a pena um breve passeio até ao rio, com passagem pelo jardim situado do outro lado da linha férrea.

0.4 km

Linha do norte e ramaL de tomar viLa Franca de XiraviLa Franca de Xira

Terra de cavalos

e toureiros

Entre a serra, a lezíria e o rio, a meia hora de Lisboa, Vila Franca de Xira é um concelho em franco desenvol-vimento económico e urbanístico, intimamente ligado à história dos campinos, dos touros e dos cavalos. Esta tradição permanece bem viva em vários locais da cida-de, dos restaurantes às casas tauromáquicas, mas tem o seu expoente máximo nas famosas Festas do Colete Encarnado que recebem milhares de turistas em Julho, atraídos pelas largadas de touros, actuações de folclo-re e concertos. Banhada pelo Tejo, onde ainda podem ver-se algumas embarcações tradicionais (em especial o barco varino), Vila Franca de Xira integra a Reserva Natural do Estuário do Tejo, que além de enriquecer as pastagens e terrenos agrícolas da região, permite tam-bém a observação de aves e flora em pleno habitat. Muitos dos notáveis que aqui viveram estão associa-dos à criação de alguns dos mais importantes museus do concelho, casos do escritor Alves Redol, com traba-lhos guardados no Museu do Neo-realismo, e do tou-reiro Mário Coelho, que deu nome a uma casa-museu muito apreciada pelos aficionados. Também o local onde nasceu o conhecido Dr. Sousa Martins acolhe agora o Museu de Alhandra, que além de expor objec-tos pessoais do médico, conta também com várias ex-posições sobre a vivência dos vilafranquenses. Referência ainda para a gastronomia, intimamente ligada ao rio e à lezíria.

Ponte Marechal Carmona e cais dos pescadores

Page 65: LinhasComboio Turismo

O QUE VER

Linha do norte e ramaL de tomar viLa Franca de Xira

Museu do Neo-Realismo Inaugurado em 2001, o Museu do Neo-Realismo possui um centro de documentação especializado em acervos bibliográficos, arquivísticos e iconográficos do movi-mento nacional neo-realista. Alberga um importante espólio literário, com destaque para esta corrente, além de uma área dedicada às artes plásticas. A sua exposi-ção permanente chama-se "Da batalha pelo conteúdo", mas realiza também frequentemente várias mostras temporárias.

Casa Museu Mário CoelhoA casa onde nasceu o toureiro Mário Coelho é um ponto de visita obrigatório para os aficionados, o qual guarda as memórias e os troféus deste célebre vilafranquense. Com uma carreira de 40 anos, o matador lidou mais de 3000 toiros, actuando em 1427 corridas e mais de 200 festivais de beneficência.

Quinta Municipal do Paço do SobralinhoNa Quinta do Paço do Sobralinho, para além do secular património construído e da área de parque e pomar, encontramos também vestígios de algumas matas representativas da vegetação natural do Maciço Calcá-

rio Estremenho, importante pelas plantas endémicas e raras que apresenta e por tratar-se de uma man-cha de vegetação florestal já pouco representada no concelho. O palácio foi construído em 1661 em estilo barroco para servir de residência sazonal aos Condes de Vila Flor, mas em 1991 a autarquia vilafranquense adquiriu a quinta e requalificou-a para ser desfrutada

pela população.

Painel de azulejos da estação ferroviária

Page 66: LinhasComboio Turismo

16

viLa Franca de Xira Linha do norte e ramaL de tomar

ONDE COmER

O Comboio €€Junto à estação ferroviária, é um poiso seguro para uma refeição bem servida e bem confeccionada, a pre-ços razoáveis. Na ementa há bacalhau à portimonense, bacalhau à Brás, lulas à francesa, lombo de porco no churrasco e escalopes de vaca. A decoração é alusiva ao mundo dos comboios. Não fumadores.

Encerra Quarta-feiraM Rua Serpa Pinto, 126/128 T 263 273 080

O Forno €€Situado numa das ruas típicas de Vila Franca, com am-biente acolhedor e decoração típica, a homenagear o Ribatejo, serve boa comida a preços acessíveis. As espe-tadas são a especialidade da casa mas também há um bom arroz de tamboril. Zona de fumadores.

Encerra Terça-feiraM Rua Doutor Miguel Bombarda, 143 T 263 282 106

O Redondel €€Restaurante já muito antigo e tradicional, inserido na Praça de Touros Palha Blanco. Oferece nos seus pratos o sabor da gastronomia típica ribatejana. Eis algumas das especialidades: bacalhau à Redondel, linguadinhos fritos, sável com açorda de ovas, ensopado de enguias e cabrito no forno. A lista de vinhos é extensa e de quali-dade. Zona de fumadores.

Encerra Segunda-feiraM Arcadas da Praça de TourosT 263 272 973

O QUE SABOREARGastronomia A ligação ao rio está bem presente na cultura gastronómica da região onde o sável é rei. Na época, entre Março e Abril, há um festival que lhe é dedicado e os restaurantes do concelho esme-ram-se na confecção de uma das especialidades mais emblemáticas: sável frito com açorda de ovas. De sabor ribeirinho há também as enguias à pescador e as ricas caldeiradas.

Ciclovia junto ao TejoCom o Tejo por companhia, é possível passear a pé ou de bicicleta ao longo de três quilómetros, entre Alhandra e o Parque Urbano de Vila Franca. O percurso ribeirinho oferece boas perspectivas sobre a Reserva Natural do Estuário do Tejo.

O QUE FAZER

€ até 15 euros €€ entre 15 e 30 euros €€€ mais de 30 euros

Page 67: LinhasComboio Turismo

Linha do norte e ramaL de tomar viLa Franca de Xira

Lezíria Parque Hotel ***Com vistas sobre a paisagem do Tejo e da Lezíria, ofere-ce quartos confortáveis e funcionais.

Quartos 71M Estrada Nacional 1T 263 276 670www.leziriaparquehotel.pt

Residencial FloraSituada no centro da cidade desde 1957, tornou-se bas-tante conhecida pelo seu restaurante que entretanto já não funciona (fechou portas em Abril de 2009). Conti-nua a existir como residencial, oferecendo quartos sim-ples mas cómodos e um ambiente acolhedor de pensão tradicional, sendo quase um ex-libris de Vila Franca.

Quartos 21M Rua Noel Perdigão, 12 T 263 271 272

Parque de Campismo Municipal de Vila Franca de XiraPerto do centro da cidade, oferece dois campos de té-nis, piscina coberta de 50 metros, polidesportivo com campo descoberto de futsal e restaurante.

MPiscinas Municipais, PovosT 263 275 258

ONDE DORmIR

Lezíria Parque Hotel

Residencial Flora

Painel de azulejos do mercado municipal

Page 68: LinhasComboio Turismo

18

santarém

Estação de SantarémDistância da estação ao centro

Acessos:

A pé

Carreira urbana da Rodotejo, de 10 em 10 m na hora de ponta e de 20 em 20 nos restantes períodos www.rodotejo.pt

Táxi: T 243 332 919

A estaçãoNa capital do Ri-batejo, os touros, os campinos e a agricultura são presença inevitável nos belos painéis de azulejos que compõem a fachada virada para as linhas. As temáticas escolhidas pelo pintor J. Olivei-ra mostram também os monumentos da cidade, (a Igreja da Graça, as Portas do Sol ou a tomada do castelo aos mouros). Mas o principal atractivo da estação é, provavelmente, a secção museológica si-tuada na antiga cocheira das locomotivas. Inaugu-rada em 1979, o seu espólio integra duas locomotivas de via estreita.

2 km

Capital do gótico

Santarém esteve sempre presente nos principais momentos da Histó-ria de Portugal, desde a conquista da cidade por D. Afonso Henriques

em 1147, até à partida, na madru-gada do 25 de Abril de 1974, dos

blindados da Escola Prática de Cavalaria, coman-dados pelo Capitão Salgueiro Maia, em direcção ao Terreiro do Paço, em Lisboa. O rio Tejo e a pla-nície fértil da lezíria, que envolvem o planalto de Santarém, determinaram o povoamento do local desde épocas remotas, já se conhecendo vestígios da actividade humana nesta região desde os finais do Neolítico. Começou por se chamar Scalabis antes da ocupação romana, para durante o império passar a Scalabis Castrum e Praesidium Julium (com Júlio César). Conquistada pelos Visigodos no século VII, muda a toponímia para Santa Irene (ou Santa Iria). Quatro denominações para uma cidade de notável e riquíssimo património. A importância que teve no período medieval reflecte-se hoje na riqueza do património construído. Apelidada hoje de «Capital do Gótico», Almeida Garrett chamou-lhe «Livro de pedra em que a mais interessante e mais poética das nossas crónicas está escrita».A cidade é percorrida por pórticos e rosáceas, ele-mentos decorativos de traço ogival, janelas manue-linas, cunhais da renascença, torres e cúpulas. Uma caminhada pelo centro histórico, requalificado no quadro do Programa Polis, permite fa-cilmente apreciar todos es-tes elementos.

Estação ferroviária de Santarém

Page 69: LinhasComboio Turismo

O QUE VER

Linha do norte e ramaL de tomar santarém

Igreja de Nossa Senhora da GraçaObra arquitectónica dos finais do século XIV, perten-ceu aos monges agostinhos. No interior, destacam-se a campa rasa de Pedro Álvares Cabral, descobridor do Brasil, bem como o túmulo de D. Pedro de Menezes e de sua esposa D. Beatriz Coutinho, assente sobre oito leões esculpidos em pedra calcária. O seu pórtico, gótico fla-mejante, é encimado por uma grande rosácea estrelada – uma das imagens mais promovidas de Santarém.

Igreja de Nossa Senhora de MarvilaCom um belíssimo pórtico manuelino, foi erigida na sequência da Reconquista. O interior é totalmente re-vestido por azulejos executados entre 1617 e 1642, azuis e brancos e com composições de azul e amarelo. A capela-mor é formada por abóbadas poliner vura-das.

Miradouro de São Bento Situado no bairro dos anos 40. Local de acolhimento de peregrinos desde o século XVI, daqui pode fazer-se nova leitura da cidade: da frontaria do Colégio dos Je-suítas à Mouraria, aos pináculos sineiros de Marvila e da Torre das Cabaças até às muralhas da Alcáçova .

Portas do SolOs troços de muralha envolvem o planalto sobranceiro ao Tejo, onde se ergue a cidade de Santarém. Das oito portas restam actualmente apenas duas: a de Santiago e a do Sol. Esta está situada na zona da antiga alcáçova, transformada em jardim público e miradouro, conhe-cido como Portas do Sol. Ex libris da cidade, daqui se avista Almeirim, Alpiarça e a lezíria atravessada pelo rio Tejo.

Igreja do Santíssimo MilagreDe raiz românica, está relacionada com a «Len-da do Milagre», de meados do século XIII, que relata a transubs-tanciação da Hóstia Sagrada.

Igreja de São João de Alporão Templo românico-gótico de uma só nave com arcos de volta inteira, mísulas e capitéis de motivos vegetalistas e zoomórficos. O portal e a rosácea são ricos exemplos do estilo gótico. Depois de entre 1994 e 2007 ter alber-gado diversas exposições, reabre despida de elementos expositivos, passando a ser disponibilizados ao público unidades portáteis com conteúdos acerca de três mo-numentos da cidade (Alporão, Graça e Sé) em formato áudio de elevada qualidade, em diversos idiomas.

Igreja de Nossa Senhora da Graça

Page 70: LinhasComboio Turismo

20

Complexo Aquático de SantarémComplexo composto por piscinas descobertas, uma delas com escorregas e outra de ondas, com 480 metros quadrados. Possui ainda piscinas co-bertas e tanques de aprendizagem e iniciação.

Aberto das 10:00 às 13:00, das 13:30 às 16:30 e das 17:00 às 20:00.Encerra Domingo (Inverno)M Jardim de Baixo, SantarémT 243 300 900www.scalabisport.com

Touradas Por ser capital do Ribatejo, província marcada-mente ligada à Festa Brava, Santarém não podia deixar de ser uma terra aficcionada por excelên-cia. A sua praça de toiros, «Monumental Celestino Graça», é a maior do país e substituiu a histórica praça que ficava junto do velho Convento de São Domingos. Tem sede na cidade o mais antigo e prestigiado Grupo de Forcados Amadores de Por-tugal. Aqui se evoca, também, o campino, orien-tando as difíceis tarefas na condução do gado bravo, montado no seu cavalo.

santarém Linha do norte e ramaL de tomar

Igreja da MisericórdiaTemplo quinhentista com três naves e colunas tosca-nas, sob o traço de Miguel Arruda (1559). A estrutura do tipo igreja-salão é coberta por uma rica abóbada de berço, ritmada por elegante cruzaria de nervuras.

Casa Pedro Álvares Cabral Local onde se julga ter estado edificada, séculos atrás, a casa do navegador português, Pedro Álvares Cabral. Inaugurada em 2000, é um espaço dedicado à história e à cultura dos dois países.

Torres das CabaçasRecentemente restaurada, contempla um espaço de-dicado à organização do tempo com diversos objectos relacionados com a medição das horas e minutos.

Praças e ruasVerdadeiro coração da cidade é a Praça Sá da Bandeira, beneficiada por novo arranjo urbanístico, com a Igre-ja do Colégio num dos topos. Daqui irradiam as ruas antigas com comércio tradicional, onde fica também o mercado municipal, muito animado aos sábados, exteriormente revestido a azulejos dos anos 30 com cenas agrícolas e de tradições taurinas.

O QUE FAZER

Igreja da Misericórdia

Torre das Cabaças

Page 71: LinhasComboio Turismo

21

Linha do norte e ramaL de tomar santarém

O QUE SABOREAR

Celestes e Pampilhos Santarém é uma zona com história muito ligada às or-dens religiosas. Não é por isso de estranhar que tenha tantas, e tão boas, provas de doçaria conventual. Das cozinhas dos conventos saíram preciosidades como os arrepiados de Almoster, os celestes de Santa Clara ou os queijinhos do céu do Convento das Donas, sobreme-sas que farão, sem dúvida, as delícias dos mais exigen-tes. O nome dos campilhos homenageia o campino.

ONDE DORmIR

Santarém Hotel **** Junto ao Centro Nacional de Exposições, tem quartos com vista sobre a lezíria e o rio Tejo. O restaurante, com buffet variado, também oferece boas panorâmicas. O hotel tem piscina interior e exterior, sauna e ginásio.

Quartos 105M Avenida Madre Andaluz T 243 309 500www.santaremhotel.net

Hotel Alfageme ***Perto do centro histórico, oferece quartos simples e confortáveis. Tem bar e salas de reuniões.

Quartos 67M Avenida Bernardo Santareno, 38 T 243 377 240www.hotelalfageme.com

ONDE COmERTaberna do Quinzena €O facto do exterior já se parecer com uma praça de touros em ponto pequeno não é ao acaso. Dentro, os motivos decorativos, como os cartazes, convergem no mesmo sentido: a tourada. Junto ao balcão de mármo-re, os clientes regulares da casa bebem o seu copo de vinho. Nas restantes salas fica o restaurante propria-mente dito com mesas de madeira e bancos corridos. O bacalhau assado, o cozido, o pernil de porco ou o pato assado no forno são alguns exemplos dos pratos subs-tanciais da casa que podem ser provados em dias dife-rentes e pré-determinados. E quando estes acabarem há os permanentes. Não fumadores.

Encerra Domingo e feriadosM Rua Pedro de Santarém, 93T 243 322 804http://quinze-na.com/

Mina Velha €€Restaurante implantado num antigo celeiro mantendo algumas das suas características, como a vasta exten-são do espaço. A ementa está repleta de pratos ribate-janos e a acompanhá-los uma garrafeira invejável. Não fumadores.

Encerra Domingo (jantar) e segunda-feiraM Urbanização Quinta dasFontaínhaslote 9001- 319T 243 372 581

€ até 15 euros €€ entre 15 e 30 euros €€€ mais de 30 euros

Page 72: LinhasComboio Turismo

22

tomar

Estação de TomarDistância da estação ao centro

Acessos:

A pé

Carreiras da Tutomar, com partida da esta-ção, de 10 em 10 min. em hora de ponta e de 20 em 20 min. nos restantes períodos. De 2ª a 6ª feira, entre as 07h30 e as 20h, sábados, das 08h10 às 14h, domingos e feriados das 14h10 às 20h.

Táxi: T 249 312 373

A estaçãoInaugurada em 1928, a estação de Tomar situa-se no extremo sul da cidade e apresen-ta uma fachada clássica desenhada por Cottinelli Telmo. Aqui termina o ramal homónimo que liga a localidade à Linha do Norte (Entroncamento), bifurcando na estação da Lamarosa.

0.6 km

memórias templárias

O núcleo histórico da cidade, cruzada pelo rio Nabão, é um exemplo de urbanismo medieval traçado sob a in-fluência da Ordem dos Templários. Em 1147, D. Afonso Henriques conquistou-a aos muçulmanos, doando-a a esta ordem. Gualdim Pais, segundo mestre da Ordem do Templo, atribui-lhe foral em 1162. O notável Convento de Cristo começou a ser construído no século XII, sendo a charola, um templo-fortaleza de inspiração oriental, o edifício mais antigo. A permanência do infante D. Henrique como administrador da Ordem de Cristo, que herdara os bens dos Templários, entretanto extintos, confere prosperidade e desenvolvimento a Tomar, no século XV, com a urbanização de uma nova zona e cons-trução de edifícios e claustros na antiga zona de oração dos Templários, a charola. Mais tarde, a cidade benefi-cia de novos investimentos durante o domínio filipino, casos do claustro principal do convento e do aqueduto dos Pegões. Várias fábricas viriam a instalar-se na vila até ao século XIX. No rio Nabão, que percorre a cidade, ainda se vêem os açudes, exemplo do aproveitamento da força motriz das águas para uso industrial desde o século XVI. Na sequência da visita da rainha D. Maria II, Tomar foi elevada a cidade em 1844. A sua fama vem, desde logo, da presença de famosos monumentos, dos quais se destaca o Convento de Cristo, Património Mundial da UNESCO desde 1984. As potencialidades turísticas incluem a visita a inúmeras edificações his-tóricas, relíquias arqueológicas, passeios pelos seus frondosos jardins, para além desse car-taz local que é a Festa dos Tabuleiros.

Festa dos Tabuleiros

Page 73: LinhasComboio Turismo

23

O QUE VER

Linha do norte e ramaL de tomar tomar

Convento de Santa IriaAssociado à lenda da santa que no ano 600 terá sido martirizada e deitada ao Nabão, foi criado este con-vento de religiosas, reduzido à obediência franciscana em 1523 e modificado sob traça de João Castilho, em 1536. Na fachada virada para o rio é visível o nicho de Santa Iria. A porta da igreja é quinhentista e o altar, em pedra de Ançã, é atribuído a João de Ruão. O claustro é renascentista.

Museu Luso-Hebraico Abraão ZacutoA antiga sinagoga fica na antiga Rua da Judiaria, actual Rua Joaquim Jacinto. Data, provavelmente, de 1430, ten-do a sua construção sido autorizada pelo Infante D. Hen-rique. Conheceu diversos usos após ter sido encerrada em 1496, só vindo a ser recuperada em 1939 quando Samuel Schwarz, que a adquirira 16 anos antes, a doa ao Estado para a instalação do museu luso-hebraico

Convento de Cristo Fundado pelos Templários, em 1160, é uma sobreposi-ção extraordinária de épocas e estilos que levou à sua classificação como Património Mundial. Do período ini-cial é a charola, capela de inspiração bizantina, hoje in-tegrada na igreja do convento. Estrutura redonda, com oito colunas interiores que sustentam uma cúpula cen-tral, tem na periferia, uma abóbada circular que cobre o deambulatório do templo. As paredes são cobertas por frescos do séc. XVI, representando cenas bíblicas. No século XIV, já com a Ordem de Cristo a suceder à dos Templários, o convento recebe mais dois claustros (da Lavagem e do Cemitério) e o paço do Infante D. Hen-

rique, mestre da Ordem. No reinado de D. Manuel foi levantada uma nova igreja que sacrificou uma parte da charola e se ligou a esta. Desta época é, também, a famosa janela da Sala do Capítulo ponto alto do estilo do manuelino expresso na decoração à base de troncos, nós, laços, cordas, animais marinhos, etc. Com D. João III, o convento volta a sofrer transformações. Desta vez são edificados novos claustros (Santa Bárbara, Hospe-daria, Micha e Corvos), o refeitório e o dormitório. Logo após a perda da independência, também Filipe II man-da Filipe Terzio construir o chamado Claustro dos Fili-pes, uma das obras mais importantes do maneirismo português. Por último, D. Pedro II manda levantar na fachada norte a Enfermaria dos Frades, posteriormente adaptada a Hospital Militar Regional.

Museu Luso-Hebraico Abraão Zacuto

Convento de Cristo

Page 74: LinhasComboio Turismo

24

O QUE SABOREAR

tomar Linha do norte e ramaL de tomar

DoçariaPela presença secular de ordens monásticas na cidade, Tomar tem uma longa tradição de doçaria de inspiração conventual. Os mais conhecidos são à base de fios de ovos e doces de ovos e têm nomes curiosos como «Beija-me Depressa», para não falar nos quase desaparecidos «Doces de Cama». Encon-tra-os à venda na principal rua do centro, a antiga Corredoura (Rua Serpa Pinto), reservada para os peões, em casas como a «Estrelas de Tomar». Mas o doce mais emblemático da cidade são as fatias de Tomar. Levam apenas gemas de ovos, exausti-vamente batidas, depois cozidas em banho-maria numa dupla panela especialmente concebida para o efeito e, por fim, passadas em calda de açúcar. A referida panela data de meados do século XX e foi inventada por um dos mestres latoeiros da cidade que as vendia com a receita do doce no interior. Segundo se conta, esta simples mas delicada espe-cialidade terá tido origem na cozinha do Convento de Santa Iria de Tomar. Inicialmente designadas como fatias da China, a sua excelência levou João da Mata a inclui-las no livro Arte de Cozinha (1876). Por serem provenientes de Tomar, ficaram depois conhecidas pelo nome da cidade.

Aqueduto de PegõesMandado edificar em 1593 por Filipe I, tem seis quiló-metros de extensão e tinha como objectivo abastecer de água o Convento de Cristo. Mais tarde reforçaria o abastecimento da própria cidade. Veio a ser concluído em 1613, sendo o projecto de Filipe Terzio (arquitecto--mor do reino e responsável por muitas obras impor-tantes da época).

Fatias de Tomar

PROgRAmA

Festa dos TabuleirosA CP associa-se às maiores festas e eventos na-cionais. Acompanhe no nosso site o calendário de iniciativas culturais e lúdicas, escolhendo o comboio como meio de deslocação. Informações em 808 208 208 ou cp.pt

O QUE FAZER

Page 75: LinhasComboio Turismo

25

ONDE DORmIRONDE COmER

Linha do norte e ramaL de tomar tomar

Restaurante da Estalagem de Santa Iria €€Integrado na pequena estalagem situada no Parque do Mouchão, tem a vantagem adicional da envolvente verde do parque. No alpendre existe uma pequena esplanada onde também são servidas refeições. Na ementa há lulas na cataplana, espetada de lulas e camarão, arroz de tam-boril na caçarola e atum à provincial. Nas carnes destaca--se o lombo de porco com amêijoas. À tarde pode também tomar aqui um chá ou uma bebida fresca. Não fumadores.

M Parque do MouchãoT 249 313 326www.estalagemsantairia.com

A Bela Vista €Bem localizado, perto da ponte velha sobre o rio Na-bão, no centro da cidade, serve uma cozinha simples e bem confeccionada. Das especialidades constam, entre outros pratos, arroz de pato, açorda de bacalhau, cabri-to assado e plumas de porco preto. Zona de fumadores (esplanada).

Encerra Segunda-feira (jantar) e terça-feiraM Rua Marquês Pombal, 6 Ponte VelhaT 249 312 870

Hotel dos Templários ****Convenientemente situado no centro de Tomar, dispõe de quartos bem equipados, com varanda com vista sobre o Nabão. O restaurante panorâ-mico serve comida tradicional portuguesa. O hotel oferece ainda uma série de actividades de lazer como a pesca e a canoagem e diversas festas te-máticas sobre fado, fandango e, principalmente, os famosos jantares medievais no Convento de Cristo, que recriam ao pormenor o ambiente da época. Também pode usufruir da piscina e do heal-th club ou jogar ténis. Há sala de jogos e heliporto.

Quartos 177M Largo Cândido dos Reis, 1T 249 310 100www.hoteldostemplarios.com

Estalagem de Santa Iria ****Situada no Parque do Mouchão, tem excelentes condições para uma agradável estadia. Oferece uma confortável sala de estar com lareira e bar, restaurante também com lareira e uma esplanada num agradável alpendre com vista para o parque.

Quartos 14M Parque do MouchãoT 249 313 326www.estalagemsantai-ria.com

Hotel dos Templários

€ até 15 euros €€ entre 15 e 30 euros €€€ mais de 30 euros

Page 76: LinhasComboio Turismo

26

Estação de PombalDistância da estação ao centro

Acessos:

A pé

Táxi: T 236 219 176 / 236 244 638

0.3 km

pombaL

mar e serra na cidade

do marquês

Entre o oceano e a serra de Sicó, num vale do rio Soure (ou Arunca), esta cidade do centro do país está inevi-tavelmente associada à figura do Marquês de Pombal, primeiro-ministro do rei D. José, que aqui viveu. As memórias do estadista estão espalhadas por toda a sede de concelho, desde a antiga Casa do Celeiro, que mostra o seu brasão e armas, ao Museu Municipal Marquês de Pombal, onde está exposta uma colecção de arte e de documentos a ele ligados. As origens do município remontam, no entanto, ao século XII, altura em que Gualdim Pais, mestre da ordem dos Templá-rios, ergueu o castelo no cimo de um morro. Pombal recebeu foral em 1174. Em 1509 o rei D. Manuel or-denou a recuperação do castelo e em 1512 concedeu à vila novo foral. Dominado tradicionalmente pela actividade agrícola, o concelho de Pombal é hoje um dos principais centros do país de indústrias resinosas. No património da cidade, para além do imponente castelo, destacam-se ainda o Convento de Santo An-tónio, várias igrejas, pelourinhos, solares e antigas aldeias serranas. Já em matéria de património natu-ral merecem referência o vale do rio Anços, a vasta e sossegada praia dourada do Osso da Baleia, ladeada por grandes dunas (localizada a cerca de 30 km de Pombal) e ainda a Mata Nacional do Urso, uma área de

grande riqueza natural onde é possível

realizar percursos pedestres devida-mente sinalizados. É o caso do Trilho da Lagoa de

São José, na freguesia de Carriço, na zona envolvente aquele espelho de água. Entre o mar e a serra, a gas-tronomia do concelho reflecte esta envolvente, em-bora predomine uma cozinha rural, caracterizada por receitas de substância, com sopas ricas, (como a sopa à lavrador) e pratos retemperadores como o bacalhau à Marquês de Pombal, as tibornadas e o carneiro confeccionado de diversas formas. Na doçaria provem-se os pastéis do Louriçal, à base de amêndoa.

Castelo de Pombal

Page 77: LinhasComboio Turismo

27

O QUE VER

Linha do norte e ramaL de tomar pombaL

Castelo de Pombal Fundado por Gualdim Pais, a quem D. Afonso Henriques doou os territórios para a edificação de fortaleza, perten-ceu à Ordem de Cristo no século XIV e foi reconstruído por D. Manuel no início do século XVI. Está implantado numa elevação sobranceira à cidade e tem a forma de um escu-do, com as suas muralhas ameadas. Estas são rasgadas por duas portas ogivais flanquedas por torreões, apre-sentando uma delas o escudo real entre a esfera armilar e a cruz de Cristo. Do lado exterior, junto à zona da cidadela, estão as ruínas de outro pano de muralhas e de uma ca-pela da Igreja de Santa Maria do Castelo.

Torre do Relógio VelhoDestacando-se do casario envolvente, foi mandada construir no século XIV por D. Pedro I para recolha dos tributos pagos por judeus e mouros à coroa. Sofreu al-terações no início do século XVI, época em que adquiriu a feição actual, com forma prismática rematada por uma cúpula piramidal.

Museu de Arte Popular PortuguesaSituado no piso térreo do Centro Cultural de Pombal, na zona histórica da cidade, conta com um espólio de cerca de duas mil peças de artesanato. Obras-primas de todas as regiões do país que se reúnem para celebrar a arte popular portuguesa e as tradições do país. Vestido a rigor, apresenta um festival de cor, onde todas as peças trazem consigo uma história. Este espaço museológico é o resultado de um trabalho de procura e selecção de Nelson Lobo Rocha, técnico aposentado da Fundação Calouste Gulbenkian, ao longo de mais de vinte e cinco anos de convívio com os próprios artesãos. A colecção foi doada à Câmara Municipal de Pombal.

Museu Marquês de PombalMuseu criado em 1982 pela doação do antiquário Ma-nuel Gameiro. O espólio está distribuído por cinco salas temáticas, recordando o passado político e pessoal do an-tigo secretário de Estado do Reino nos tempos de D. José.

ONDE COmERO Manjar do Marquês €€Houve quem lhe vaticinasse o fim após a conclusão da auto-estrada do Norte mas a reconhecida cozinha teimou em resistir. Divide-se em duas salas, uma mais popular servida por um menu diversificado a preços que rondam os 15 euros e outra mais requintada. Pataniscas de ba-calhau, rojões com migas de nabiça e morcela de arroz e burras de porco preto em vinho tinto expressam-se com brilhantismo. Afamado é o arroz de tomate que acompa-nha muitos pratos. Garrafeira variada. Não fumadores.

Encerra Domingo (jantar)M EN1, km 151T 236 200 960www.omanjardomarques.com

ONDE DORmIR

Hotel Pombalense ***Acessível e modernamente equipado, fica situado junto à estação ferroviária. Integra um restauran-te, Palomino, que serve pratos da cozinha portu-guesa e outros de gosto mais internacional.

Quartos 40M Rua Alexandre Herculano, 26T 236 200 990www.hotelpombalense.pt

€ até 15 euros €€ entre 15 e 30 euros €€€ mais de 30 euros

Page 78: LinhasComboio Turismo

28

Estação de Coimbra ADistância da estação ao centro

Estação de Coimbra BDistância da estação ao centro

Acessos:

A pé

SMTUC - Transportes Urbanos de Coim-bra, www.smtuc.pt

Táxi: T 239 822 472, 239 499 090

0 km

coimbra

2 km

Cidade do

conhecimento

Associada aos amores infelizes de D. Pedro e de D. Inês, que terá sido assassinada nos arredores, na Quinta das Lágrimas, Coimbra é também conhecida por ser a mais antiga cidade universitária de Portugal e uma das primeiras da Europa. Na zona alta, Coim-bra preserva, a par dos edifícios modernos da Uni-versidade, vielas tortuosas que pouco terão mudado desde a Idade Média. Aí, ainda se podem encontrar algumas repúblicas, residências de estudantes, que foram, durante décadas, os centros das tradições li-bertárias e contestatárias estudantis. É da parte alta que se pode ter uma visão do resto da cidade e do rio. O Pátio das Escolas e a Couraça de Lisboa ou o Penedo da Saudade, sobre o lado oriental e um dos pontos míticos da cidade, são alguns desses locais.Junto ao Mondego a cidade apresenta características bem diferentes. É a zona comercial, onde se concen-tra a maior parte dos serviços. As ruas Ferreira Borges e Visconde da Luz, ambas pedonais, constituem as principais artérias da Baixa. Bem perto, desenvolve--se a Baixinha, um emaranhado de vielas e travessas, onde o comércio tradicional e a animação lhe confe-rem um encanto muito especial.A zona ribeirinha, no final do Parque Dr. Manuel Bra-ga, foi renovada no âmbito do Programa Polis, com a criação de uma frente de lazer. Daí parte a romântica ponte pedonal dedicada aos amores in-felizes de D. Pedro e D. Inês de Castro e que d á

acesso a uma zona equiva-

lente na margem esquerda. É aqui que se situa o medieval Mosteiro de San-

ta Clara-a-Velha, resgatado das águas e lodos que o submergiram durante séculos. Bem perto, Santa Clara-a-Nova e o Portugal dos Pequenitos, idealizado pelo arquitecto Cassiano Branco, e que des-de 1940 faz a delícia de peque-nos e grandes.

Vista sobre a cidade e o rio Mondego

Page 79: LinhasComboio Turismo

29

O QUE VER

Linha do norte e ramaL de tomar coimbra

UniversidadeCriada em 1308, a Universidade de Coimbra é, ainda hoje, identificada à distância pela sua elevada torre, com o relógio e os sinos, cujo toque, durante séculos regulou o dia-a-dia de estudantes e professores. À volta desen-volve-se o Pátio das Escolas com edifícios emblemáticos como a monumental Biblioteca Joanina, a quinhentista Capela de São Miguel, as salas dos Capelos e do Exame Privado, etc.. Aqui se encontram também curiosos mu-seus onde se podem ver instrumentos científicos antigos e outras colecções valiosas. Um destes é o moderno Mu-seu de Ciência, instalado no antigo refeitório dos Jesuí-tas. Na outra vertente da colina, do lado oposto ao Pátio, encontram-se as Escadarias Monumentais e a Associação Académica, que foram durante o Estado Novo cenários dos principais episódios da luta estudantil.

Biblioteca JoaninaÉ um dos edifícios mais marcantes da universidade. Construído, em 1717, por vontade expressa do rei D. João V, é considerada uma das mais bonitas bibliotecas do mundo. Em estilo barroco, a sua entrada faz-se atra-vés de um pórtico monumental, encimado pelo escudo de Portugal. Três soberbas salas decoradas, guardam mais de 250 mil livros, alguns dos quais muito raros, versando as áreas do Direito, Filosofia e Teologia.

Parque Verde do MondegoAs obras do Programa Polis permitiram requalificar as duas margens do Mondego a montante da Ponte de Santa Clara. Surgiram duas zonas ajardinadas, acompa-nhando o Mondego durante várias centenas de metros.

Incluem, para além de relvados, esplanadas e passeios ribeirinhos (também conhecidos como «Docas», por analogia com Lisboa) e do Pavilhão Centro de Portugal (Siza Vieira e Souto Moura), uma nova ponte, dedicada aos amores infelizes de D. Pedro e D. Inês de Castro e que, unindo as duas margens foi, também, concebida para funcionar como miradouro e zona de lazer.

Sé Velha Monumento nacional, a Sé Velha é de fundação ro-mânica (1162). Alterada, ao longo dos séculos, é uma curiosa sobreposição de épocas e estilos. No lado sul, preserva o mais antigo claustro gótico português (sé-culo XIII). O interior é de três naves e aqui se encontram os túmulos de figuras importantes da história coimbrã. Na fachada lateral norte, o destaque vai para a famosa Porta Especiosa, construída no século XVI e atribuída a João de Ruão ou a Nicolau de Chanterene. Na cabeceira da Sé fica a capela-mor, onde se encontra um retábulo gótico-flamengo de 1508, feito por Jean de Ypres e Oli-vier de Gand, consagrado à «Assunção da Virgem Ma-ria». Anualmente, no adro da Sé, realiza-se a serenata monumental de fados de Coimbra, que marca o início da Queima das Fitas.

Igreja de Santa CruzEsta igreja é uma das mais bonitas de Coimbra, situando--se no topo da Rua Visconde da Luz. A sua origem re-monta a 1113. Obras posteriores, sobretudo no século XVI, conferiram-lhe o aspecto actual. As esculturas do portal principal, desenhado em 1523 por Diogo de Cas-tilho, impressionam pela sua sofisticação. Tanto quanto se sabe são da autoria de João de Ruão e Nicolau Chan-terenne. Deste último é também o púlpito monumental,

Torre da Universidade

“Docas” de Coimbra, Parque Verde do Mondego

Page 80: LinhasComboio Turismo

30

coimbra Linha do norte e ramaL de tomar

obra-prima do renascimento e das estátuas jacentes dos túmulos de D. Afonso Henriques e do seu filho D. Sancho I. Na sacristia encontram-se pinturas do grande mestre português, Grão Vasco. Destaque também para o órgão barroco de 1724. Ao lado, em antigas instalações da igre-ja, o curioso Café Santa Cruz, referência da Baixa coimbrã.

Santa Clara-a-VelhaCom uma intervenção iniciada pelo IPPAR, em 1995, foi possível, finalmente resgatar o mosteiro de Santa Clara a Velha que se encontrava desde há séculos semi--enterrado nas areias do Mondego. Ao contrário do que era habitual na arquitectura mendicante, que só aboba-dava normalmente a capela-mor, tendo o resto do tem-plo cobertura de madeira esta igreja tem as três naves, cobertas por abóbadas, de berço quebrado na central e de ogivas nas laterais. A obra da construção da igreja foi da responsabilidade do mestre Domingos Domingues. Desde cedo, que a subida das águas do rio começou a fazer-se sentir. De início, ainda foi tentada uma solução para resolver este problema com a criação de um piso sobrelevado no interior do mosteiro. Mas perante a evi-dência da força da Natureza, a Ordem acabou por aban-donar o mosteiro, no século XVII, e mudar-se para a nova casa de Santa Clara-a-Nova. A partir daí, as águas do rio e as areias começaram a ocupar o mosteiro vazio. Nos

anos 1940, os Monumentos Nacionais ainda tentaram, em vão a sua recuperação. Foi somente com o apoio das tecnologias recentes que se conseguiu fazer emergir esta antiga estrutura religiosa. Em 1995 começaram também campanhas de escavação arqueológica que vieram pôr a descoberto um espólio excepcional, sobretudo de ce-râmica e faiança com muitas peças ainda intactas. Para além disso, foram encontrados vários túmulos e, o claus-tro com as estruturas de suporte praticamente intactas e com muitos capitéis ainda no lugar original. O mosteiro é visitado segundo marcação feita através do IPPAR.

BaixinhaZona de cariz medieval, organizou-se, durante séculos, por ofícios e corporações como indicam os nomes das suas ruas tortuosas: Rua da Moeda, da Louça, das Pa-deiras, entre outras. Hoje é uma zona castiça onde se pode encontrar de tudo e geralmente a preços surpre-endentes. Do calçado à roupa, passando por ferramen-tas e alfaias agrícolas, para além de boas tascas.

MiradourosTendo-se desenvolvido numa região de colinas, Coimbra é, como Lisboa, a cidade dos miradouros. Para uma vista de conjunto da cidade, nada melhor do que os da mar-gem esquerda. O mais espectacular é o do Vale do Infer-no, na antiga estrada que descia para a ponte de Santa Clara. A uma cota inferior, o adro de Santa Clara-a-Nova dá, também, uma bonita panorâmica sobre a cidade. Na outra margem, as perspectivas são mais parcelares. A Torre de Anto ou a Couraça de Lisboa são alguns exem-plos, embora o grande miradouro deste lado do Monde-go seja, pelo seu simbolismo académico-saudosista, o Penedo da Saudade, perto da Praça da República.

Igreja de Santa Cruz

Penedo da Saudade

Santa Clara-a-Velha

Page 81: LinhasComboio Turismo

31

O QUE FAZER O QUE SABOREAR

Linha do norte e ramaL de tomar coimbra

Portugal dos PequenitosInaugurado em 1940, este projecto é o primeiro parque temático feito em Portugal. O projecto é do arquitecto Cassiano Branco. Está dividido em três núcleos. O pri-meiro, dedicado às viagens dos navegadores portugue-ses, com pavilhões sobre cada uma das antigas colónias. O segundo apresenta, em miniatura, uma montagem dos principais monumentos portugueses. O último é constituído por dezenas de casinhas de metro e meio de altura, representativas dos diversos tipos da arquitectu-ra regional portuguesa. Gerido pela Fundação Bissaya Barreto, o Portugal dos Pequenitos tem, actualmente, novas atracções e um simpático parque infantil.

OdaBarca – O BasófiasA OdaBarca opera «O Basófias», uma embarcação fluvial que realiza diariamente passeios ao longo do Mondego, dando a conhecer a cidade de outra perspec-tiva, através das margens do rio. Descubra os encantos de Coimbra num magnífico percurso fluvial, que lhe mostra a Ponte de Santa Clara, Praça da Canção e Ponte Europa, entre outros locais. Com capacidade para 60 pessoas sentadas e 100 em área livre, a embarcação também pode ser alugada para festas e eventos.

Doçaria conventualA região de Coimbra é bastante afamada pela sua gastronomia, de grande riqueza e tradição. Do leitão da Bairrada, regado por um espuman-te da região à perdiz fria, passando pela naba-da à moda de Coimbra, a escolha é variada e apetitosa. Mas é principalmente no capítulo da doçaria que se podem encontrar as verdadeiras e mais delicadas preciosidades, quase todas ins-piradas em antiquíssimas receitas conventuais. Na cidade ainda se encontraram sem dificuldade os deliciosos pastéis folhados de Santa Clara, as tentadoras arrufadas, originárias do Convento de Santa Ana, assim como os capelos, as trica-nas, os pingos de Tocha, as talhadas do Prínci-pe, o pudim de ovos, os biscoitos, entre outras tentações. Daqui perto, são também os inesque-cíveis pastéis de Tentúgal com a sua finíssima massa folhada recheada de doce de ovos. Qual-quer uma destas iguarias poderá ser degustada com todo o conforto numa das boas pastelarias da cidade. É o caso da tradicional Briosa, com lo-calização central, em pleno Largo da Portagem, ou a menos central, mas igualmente recomen-dável, e muito frequentada, Pastelaria Vénus, na zona da Cruz de Celas.

Page 82: LinhasComboio Turismo

32

coimbra Linha do norte e ramaL de tomar

ONDE COmER

A Taberna €€O forno a lenha que se avista da sala desta casa rústica é logo bom prenúncio confirmado depois na qualidade do pão ali cozido e outros pratos dignos de autênticos manja-res. O bacalhau com batatas a murro, as migas à lagareiro, a chanfana e a posta mirandesa são pratos emblemáticos. Doses bem servidas e vinhos a preços nada escandalosos. Doçaria conventual para remate. Zona de fumadores.

Encerra Domingo (jantar) e segunda-feiraM Rua dos Combatentes da Grande Guerra, 86T 239 716 265

DOM Azeite €€Instalado num antigo lagar de azeite, está decorado com objectos e maquinaria ligados à extracção do mes-mo. Na ementa o azeite também está em evidência, em pratos como tibornada de bacalhau, lagareira de cherne ou cabrito à moda do lagar, entre muitos outros. Não fumadores.

Encerra Domingo (jantar)M Rua dos Combatentes, 95, TaveiroT 239 981 010www.domazeite.com

Pensão Flor de Coimbra €Integrado numa pequena pensão coimbrã, serve ape-nas jantares e convém confirmar antes se está aberto porque o funcionamento não é regular. Mas vale a refe-rência pela boa cozinha regional a bom preço, havendo ainda a opção de um prato vegetariano. Não fumadores.

Aberto todos os dias só para jantaresM Rua do Poço, 5 T 239 823 865

Salão Brazil €€Em plena Baixa de Coimbra, o Salão Brazil é um dos mais recentes pontos de encontro da cidade. À vantagem da localização central, alia o charme de se situar num edifí-cio centenário, um antigo e tradicional salão de bilhares, agora reconvertido em restaurante de cozinha de autor (do chefe António Fonseca, um “histórico” de Coimbra que já passou pela Quinta das Lágrimas e pela Quinta da Romeira) e em sala de espectáculos, com uma agenda regular de concertos e eventos. Não fumadores.

Encerra DomingoM Largo do Poço, nº 3 - 1º andarT 239 824 217http://salaobrazil.blogspot.com

Zé Neto €Restaurante de gerência familiar, situado no coração da cidade de Coimbra. Cardápio com uma ou outra espe-cialidade de excepção, como o polvo ou cabrito assado no forno, o sarrabulho e a açorda de coentros com pe-tingas. Não fumadores.

Encerra DomingoM Rua das Azeiteiras, 8/10 T 239 826 786

Salão Brazil

€ até 15 euros €€ entre 15 e 30 euros €€€ mais de 30 euros

Page 83: LinhasComboio Turismo

Parque de Campismo de Coimbra Inaugurado em 2005, é um parque moderno e bem equipado, com piscina, mini-golfe, health club e circui-tos de manutenção, estes disponíveis para o público em geral. Tem bungalows para alugar.

Aberto durante todo o ano.M Rua da Escola, Alto do AreeiroT 239 086 902www.campingcoimbra.com

Pousada de Juventude de CoimbraSituada perto do bairro de Celas, a 3 km da estação de Coimbra A e apenas a 10 minutos a pé da Praça da Re-pública, a pousada permite o acesso fácil e rápido ao centro da cidade.

M Rua Doutor António Henrique Seco, 14 T 239 829 228www.pousadasjuventude.pt

Linha do norte e ramaL de tomar coimbra

ONDE DORmIR

Hotel Tivoli Coimbra ****No centro da cidade, perto da estação de caminhos-de--ferro, é um hotel moderno recentemente remodelado. Tem bar, ginásio, piscina e restaurante.

Quartos 100M Rua João Machado, 4T 239 858 300www.tivolihotels.com

Hotel Astória ***Inaugurado em 1926, fica no coração de Coimbra, no Largo da Portagem, frente ao Mondego. Está instalado num edifício histórico que é um dos símbolos arquitec-tónicos da cidade e mantém o ambiente de época.

Quartos 62M Avenida Emídio Navarro, 21T 239 853 020w w w. a l m e i d a h o -tels.com

Ponte pedonal Pedro e Inês

Page 84: LinhasComboio Turismo

34

Estação de CuriaDistância da estação ao centro

Acessos:

A pé

Táxi: T 231 512 311

A estaçãoO último projecto de Cottinelli Telmo para a CP (1944) tem especial signi-ficado por ser uma das poucas estações em que a cobertura da plataforma não é em ferro ou em pala de betão. De facto, o cais é coberto por um pórtico apoiado em pilares de pedra, que ao juntar-se com o imponente telhado agrega todos os volumes do edifício num só corpo. Mesmo ao lado da esta-ção está o parque de merendas da Curia.

1 km

curia

Espumantes e termas

no coração da Bairrada

Pertencente à freguesia de Tamengos, no coração da região da Bairrada e a três quilómetros da Anadia, a Curia é uma das principais estâncias termais do país, de grande fama e tradição, que consolidou desde a sua fundação, no início do século XX. Albano Coutinho, um dos seus fundadores, personagem marcante na histó-ria da Curia, importante viticultor da Bairrada, rodeou--se das pessoas mais influentes da região, com o ob-jectivo de criar uma estância à imagem das melhores da Europa. Apesar de tantos anos passados, a estrutura básica das instalações termais continua a ser a mesma das primeiras décadas de existência. A Curia é, essen-cialmente, um local sossegado e aprazível, com vege-tação abundante, ar puro e perfumado, convidativo ao repouso ou a longos passeios a pé. O património é também relevante, já que aqui se encontram belos exemplares da arquitectura “Belle Époque” e “Arte Nova”, com destaque para o Palace Hotel da Curia. O conjunto das instalações hoteleiras e balneário termal está situado dentro de um frondoso e idílico parque, com um grande lago. A Curia faz parte do concelho da Anadia, um dos principais centros produtores de vi-nhos espumantes naturais do país, sendo as suas caves (que podem ser visitadas) muito afamadas. Em termos gastronómicos, o emblema incontestado da região é o tão apreciado leitão à moda da Bairrada.Na vila da Anadia, as principais referências arquitectónicas são o palace-te do Conde da

Anadia, o Paço dos Marqueses

da Graciosa e a igreja matriz. O mi-radouro do Monte Castro proporciona

uma magnífica vista sobre toda a região da Bairrada.

“Buvette” nas Termas da Curia

Page 85: LinhasComboio Turismo

O QUE VER

Linha do norte e ramaL de tomar curia

Parque das Termas da CuriaParque com 14 hectares de mata e jardins, com amplas alamedas entre árvores centenárias. Há, também, um lago e campos de jogos. O complexo termal e alguns hotéis, com destaque para o Grande Hotel da Curia es-tão inseridos no parque, sendo que as recentes obras de recuperação respeitaram a atmosfera de princípios do século XX. Um lugar de visita obrigatória para quem gosta da arquitectura termal.Historicamente, numa estância termal, o parque era um elemento imprescindível, que proporcionava os indispensáveis passeios e o contacto relaxante com a natureza. No vasto parque da Curia, onde foram planta-das árvores das mais diversas espécies, construiu-se um imenso lago, então o maior lago artificial da Península Ibérica, onde não faltavam as ilhas ligadas por pontes de corte romântico, os recantos de sombra, com bancos de pedra trabalhada junto dos chorões. Os passeios de barco eram uma das formas eleitas de distracção dos aquistas. Os passeios de carruagem pelos arredores eram outra atracção, conforme um jornal da época: «os hóspedes dos hotéis têm dado frequentes passeios de carruagem pelos arredores da Curia, visitando na Ana-dia a quinta das Felgueiras, o fabrico do ‘champagne’, e percorrendo os sitios e logares mais predilectos dos ‘touristes’ destas thermas, como Agueda, Fermentelos, Valle da Mó, Luso e Buçaco...»É na passagem do século XIX para o século XX que a melhor fase das termas nacionais tem lugar. A Curia, recentemente surgida, tem aqui também o seu prota-gonismo, figurando entre as mais concorridas do paísSucediam-se os bailes, «tea dancing» e ceias. Jogava--se no casino, organizavam-se arraiais e concertos, ha-via sessões de cinema e teatro. Animação não faltava. Chegou a funcionar durante alguns anos uma praça de touros, onde brilhou o Marquês da Graciosa. Esta exu-berância é reveladora do cariz elitista, característico das temporadas de verão. Era a clientela mais abastada que predominava na vida estival da Curia, como o era no Vidago ou no Estoril.

35

Page 86: LinhasComboio Turismo

36

ONDE COmER

curia Linha do norte e ramaL de tomar

O Painel €€Se é essencialmente conhecido por causa do leitão, diversifica habilmente a ementa, de forma a atrair outra clientela, nomeadamente com um prato famoso, o churrasco de mar e terra (marisco e misto de carnes grelhadas). Zona de fumadores.

Encerra Terça–feiraM EN 1, Lugar de AguimT 231 512 984

Anadia (Grande Hotel da Curia) €€Integrado no Grande Hotel da Cúria, está aberto ao público em geral para almoços e jantares. Serve espe-cialidades da cozinha portuguesa, com destaque para os pratos regionais leitão à Bairrada, chanfana e cozido à Portuguesa. Não fumadores.

Aberto todos os dias.M CuriaT 231 515 720

Museu do Vinho da BairradaInaugurado em 2003, fica situado na Anadia e ocupa um edifício desenhado pelo arqº André Santos, com uma das fachadas laterais com amplas vidraças com vista para as vinhas. O espólio inclui artefactos que ilus-tram a evolução técnica da viticultura e testemunhos da história dos produtores da Bairrada. A exposição permanente, intitulada "Percursos do Vinho", distribui--se por seis salas temáticas.

Curia Palace HotelEntrar no Palace da Curia é como fazer uma viagem no tempo. O ambiente dos anos 20 permanece, expresso no mobiliário, no fabuloso elevador, na «salle du petit déjeuner» ou na sala de jantar com galeria. Para quem ama o requinte genuíno, que importância tem que o elevador se arraste ou que os quartos pareçam anti-quados? Aqui foi rodado o filme «Belle Époque», Óscar do melhor filme estrangeiro em 1992.

Centro Cultural da AnadiaInaugurado em 2001, integra as bibliotecas Rodrigues Lapa (filólogo) e Luciano de Castro (estadista), bem como duas Galerias de Exposições, uma das quais permanente, dedicada ao pintor Paul Nicholas Woronoff (1914-1989), natural da Geórgia (ex-URSS). Contempla, ainda, um es-

paço dedicado a Manuel Ribeiro (1879-1936), soldado anadiense condecorado com a Torre e Espada, mais alta condecoração portuguesa, em 11 de Novembro de 1906.

€ até 15 euros €€ entre 15 e 30 euros €€€ mais de 30 euros

Page 87: LinhasComboio Turismo

ONDE DORmIR

Linha do norte e ramaL de tomar curia

Curia Palace Hotel Spa & Golf Resort ****Hotel emblemático, reabriu em Junho de 2008 total-mente remodelado, mas mantendo inalterável o estilo clássico e a decoração arte nova, característica dos anos 20. Oferece, entre outros serviços, piscina interior aque-cida, spa (Le Cigne), o restaurante Belle Époque e um campo de golfe de 9 buracos.

Quartos 100M CuriaT 231 510 300www.almeidahotels.com

Belver Grande Hotel da Curia Golfe & SPA ****Na estância termal da Curia, mantém a bela fachada do século XIX, a elegante sala de jantar, onde funciona o restaurante, e sala de festas, oferecendo também pis-cina exterior e interior. Embora sem grandes luxos, os quartos são espaçosos.

Quartos 84M CuriaT 231 515 720www.grandehoteldacuria.com

Hotel das Termas ***Situado no interior de um parque com 14 hectares, esta unidade oferece um ambiente de grande sossego. Os quartos têm vista para o parque. Os serviços incluem restaurante, bar, piscina exterior, spa e campo de golfe.

Quartos 105M Termas da Curia Spa Resort T 231 519 800www.termasdacuria.com

Hotel do Parque **Instalado num edifício estilo Belle Époque, que conser-va a traça original, está rodeado pelo verde do parque termal e oferece quartos e suites simples e confortáveis.

Quartos 22M CuriaT 231 512 031www.hoteldoparquecuria.com

Parque das Termas

Curia Palace Hotel

Hotel das Termas, campo de golfe

Page 88: LinhasComboio Turismo

38

Estação de Aveiro Distância da estação ao centro

Acessos:

A pé

Movebus, autocarros para o centro da ci-dade de 10 em 10m www.moveaveiro.pt

Táxi: T 234 385 799 / 234 343 266

A estaçãoÉ uma das mais belas estações do país. As últimas obras de ampliação estabeleceram um interessante diálo-go entre o antigo e o moderno na estação de Aveiro, mas a sua principal atracção continua a ser o impres-sionante conjunto de painéis de azulejos que cobrem as fachadas (do lado da cidade e do lado das linhas) até à cobertura do edifício. Desenhados por Francisco Pereira e Licínio Pinto em 1916, são quase 30 painéis que retratam os monumentos da cidade, como o Convento de Jesus, as paisagens e a faina do sal.

1 km

aveiro

Cidade da Ria

Muitas vezes chamada a «Veneza portuguesa», Aveiro é uma cidade atravessada por uma série de canais, que se estendem da zona central do Rossio até junto da estação de caminho-de-ferro. A proxi-midade do mar e da ria conferiu-lhe uma lumino-sidade muito especial e ditou-lhe o destino. Desde cedo, Aveiro foi uma terra com fortes ligações às artes da pesca, à extracção de sal e ao comércio ma-rítimo. A estabilização da actual barra e a chegada do comboio, no século XIX, criaram-lhe um maior di-namismo que acabou por se traduzir na proliferação de bonitas casas de arquitectura de Arte Nova, que ainda hoje embelezam a zona do Rossio, ao longo do canal. Hoje Aveiro é uma cidade moderna, com in-tervenções de grandes arquitectos contemporâneos como Siza Vieira, Souto Moura, Alcino Soutinho, Fernando Távora, entre outros. Paralelamente, con-serva as marcas do seu passado. O antigo Convento de Jesus, hoje Museu Municipal, a Igreja da Miseri-córdia ou a das Carmelitas são bem exemplo disso. De um passado mais recente ficou também a exube-rante estação ferroviária, toda decorada a azulejos, e a antiga Fábrica de Cerâmica Campos, hoje centro cultural. Mas Aveiro tem ainda outros atractivos, como os seus deliciosos ovos-moles embalados nas vistosas barricas de madeira. E bem perto, a cerca de 10 km, tem as praias da Barra e da Costa Nova. Esta última ainda conserva os coloridos “palheiros”, onde se guardavam os apetrechos da faina, de-pois transformados em casas de veraneio.

Canal central

Page 89: LinhasComboio Turismo

O QUE VER

Linha do norte e ramaL de tomar aveiro

Museu Municipal / Mosteiro de JesusO museu encontra-se, desde 1911, no antigo Mosteiro de Jesus, convento feminino fundado em 1458. Em 1472 ingressou nesta casa religiosa a Princesa D. Joana, filha do rei D. Afonso V que aqui viria morrer com fama de san-ta. A partir dessa altura, o mosteiro foi por diversas vezes engrandecido, tendo sofrido várias reformas. Aqui pode ver uma importante colecção de arte barroca portuguesa (séculos XVII/XVIII), peças de escultura, talha, paramen-taria e ourivesaria. Há, ainda, obras de pintura portugue-sa dos séculos XV a XVIII, com destaque para o retrato da Princesa Santa Joana. A par deste espólio o visitante pode ver a Igreja de Jesus, decorada a talha dourada e azulejos, o túmulo da princesa, obra-prima do barroco, o claustro (séculos XV/XVI) e o refeitório, de paredes revestidas a azulejo, para além da tribuna de leitura.

Sé CatedralA igreja do antigo convento dominicano do séc. XV foi elevada à dignidade episcopal, tendo nas imediações um interessante cruzeiro manuelino. Apresenta fachada barroca. Por ter sofrido diversas alterações ao longo dos séculos, cruza diversos estilos.

Praça do PeixeBelo exemplar da chamada arquitectura do fer-ro, a sua

construção remonta a 1905. Recuperado exemplarmente em 2004 foi mantido nas suas funções originais, ainda que acrescentado de uma zona para restaurante. A zona envolvente, com outros restaurantes, bares e esplanadas, é uma das mais animadas da cidade.

Centro Cultural e de CongressosMagnífico exemplar de arqueologia industrial, a antiga Fábrica de Cerâmica Campos, construída entre 1915 e 1917, segundo projecto do arquitecto José Olímpio, foi recuperada exemplarmente e é hoje um Centro Cultural e de Congressos de grande qualidade. Um passeio ribei-rinho, ao longo do Forum Aveiro, permite aceder a pé do Rossio até esta zona.

Ecomuseu da TroncalhadaA salinicultura é uma actividade conhecida nesta região desde o século X como se pode comprovar pelo testamen-to da condessa Mumadona Dias. O ecomuseu locali-zado numa marinha de sal permite observar os métodos ancestrais caracterís-ticos desta actividade económica.

Casas Arte NovaEspalhadas pela zona do Rossio Aveirense, à volta do Canal Central, são belos exemplares do gosto arquitec-tónico e da decoração das primeiras décadas do século XX. Destaquem-se alguns exemplos: Casa do Major Pessoa (Rua Barbosa Magalhães, 9 a 11), Casa Silva Rocha (Rua do Carmo, 12) e antigo edifício do BNU, ac-tual Região de Turismo (Rua João Mendonça, 8). Este último foi construído em 1920 segundo o projecto do arquitecto de origem suíça Ernesto Korrodi.

Page 90: LinhasComboio Turismo

40

Fábrica de Ciência Viva de AveiroEsta fábrica dedicada à ciência tem exposições temá-ticas, um laboratório didáctico e uma cozinha-labo-ratório onde literalmente se põe a «mão na massa», observando e testando os processos subjacentes às transformações químicas e bioquímicas que ocorrem nos alimentos quando são preparados. Tem ainda um espaço dedicado à robótica, ao cinema e ao teatro.

Horario Terça a sexta-feira, das 10:00 às 18:00. Sá-bado, domingo e feriados, das 11:00 às 19:00M Rua dos Santos Mártires, AveiroT 234 427 053www.fabrica.ua.pt

Passeio de moliceiro na riaCom partida do Rossio, perto do edifício da Região de Tu-rismo, é possível fazer pequenos cruzeiros pelos canais da ria, passando por algumas ilhotas, praias de junco, a ilha do Rebolho, o porto bacalhoeiro e os estaleiros navais.

aveiro Linha do norte e ramaL de tomar

O QUE FAZER

BUGAAs famosas Bicicletas de Utilização Gratuita estão espa-lhadas por cerca de trinta parques na cidade de Aveiro. Para as utilizar basta dirigir-se a um dos parques e colo-car uma moeda de 1€ num sistema idêntico ao dos car-rinhos de supermercado. Pode andar dentro dos limites da cidade, sendo a moeda devolvida quando voltar a colocar a BUGA num dos parques. Na Loja BUGA pode solicitar bicicletas equipadas com cadeirinhas para bebés.

DoçariaQuem não se deliciou já com os deliciosos ovos-moles de Aveiro, quer na sua versão animada (peixinhos e bú-zios de hóstia recheados de ovos moles), quer na versão mais gulosa dentro de pequenas barricas de madeira prontas a serem comidas à colher? Ainda em Aveiro, não se olvidem as raivas, pequenos emaranhados em massa de biscoito. E já que está na região, encontrará facilmente o famoso pão-de-ló de Ovar.

O QUE SABOREAR

Page 91: LinhasComboio Turismo

41

ONDE COmER ONDE DORmIR

Linha do norte e ramaL de tomar aveiro

A Tasca do Confrade €€Com uma sala pequena, rústica e acolhedora, serve pratos de peixe e marisco por excelência ou não esti-vesse localizado numa rua castiça, nas proximidades do Mercado de Peixe em Aveiro. Comece por provar as de-liciosas entradas (petinga frita, polvo de vinagrete, es-petadas de mexilhão, pataniscas) que abrem o apetite para uma boa caldeirada de enguias ou uma chanfana. Decoração regional com painéis de azulejos e utensílios do campo. Não fumadores.

Encerra Domingo (jantar) e segunda-feiraM Rua dos Marnotos, 34T 234 386 381

O Telheiro €€Uma das salas faz lembrar uma antiga adega mas há outra mais moderna. A cozinha rege-se pela tradição e os pratos de peixe são predominantes. Os bolinhos de bacalhau abrem o apetite para um polvo à lagareiro, um ensopado de enguias ou para um simples peixe na grelha. Não fumadores.

Encerra SábadoM Largo da Praça do Peixe, 20/21T 234 429 473

Meliá Ria - Hotel & Spa ****Inaugurado em 2005, é um hotel que atrai pelo seu design moderno e arrojado, com localização privilegiada num dos braços da ria de Aveiro. Re-vestido a vidro serigrafado, é um quatro estrelas superior, com nível de conforto e serviços a condi-zer. Tem spa, restaurante e piscina interior .

Quartos 128MCais da Fonte Nova, Lote 5T 234 401 000www.meliaria.com

Veneza Hotel ***Antigo Hotel Mercure, está instalado num boni-to edifício dos anos 30 com decoração inspirada na porcelana portuguesa Vista Alegre.

Quartos 49M Rua Luís Gomes de Carvalho, 23T 234 404 400www.venezahotel.pt

Pousada de Juventude de AveiroAlojamento acessível e bem localizado na cidade dos canais.

M Rua das Pombas, Edifício do IPJT 234 420 536www.pousadasjuventude.pt

Meliá Ria – Hotel & Spa

€ até 15 euros €€ entre 15 e 30 euros €€€ mais de 30 euros

Page 92: LinhasComboio Turismo

42

porto

Cidade sem fronteiras

Descobrir o Porto é viver um sem número de con-trastes. O seu ambiente hospitaleiro e conservador convive com uma cidade moderna e criativa. Esta atmosfera especial sente-se um pouco por todo o lado: nas ruas, na arquitectura e nos monumentos, nos parques e jardins, nas esplanadas e nas zonas comerciais.A cidade nasceu e desenvolveu-se na Idade Média. A conquista de Portucale em 868 por Vímara Peres, guerreiro de Afonso III, de Leão, é considerada o acontecimento mais antigo da história do Porto. A povoação era, desde a segunda metade do século VI, sede da Diocese Portucalense, mas a partir de 868 a sua importância aumenta, tornando-se no centro do movimento de reconquista das terras circundantes, que passam a constituir a província Portugalensis, a cujos habitantes se deu o nome de portugalenses. Esta foi a origem do nome de Portugal.Com uma forte identidade e características muito próprias, o Porto orgulha-se de ser conhecido como a cidade do trabalho, tendo aqui sede os prin-cipais grupos económicos nacionais. Paralelamente, o Porto desde sempre foi em-prestando

nomes altos à cultura portuguesa como Almeida Garrett, Ramalho Ortigão, Soares dos Reis, Júlio Dinis, Raul Brandão, Sophia de Mello Breyner, Manoel de Oliveira, entre tantos outros.Actualmente, a cidade continua a ser culturalmente marcada por movimentos de vanguarda, com projectos inovadores nos campos da música, da moda e, sobretudo, da arquitectura, onde se destacam vários nomes consagrados inter-nacionalmente.Hoje o Porto extravasa os seus próprios limites, assumindo-se como a capital de uma região dinâ-mica cuja influência se estende até à Galiza, nome-adamente através da associação Eixo Atlântico do Noroeste Peninsular, uma associação que integra nove cidades do Norte de Portugal e nove da Galiza, com Porto e Vigo no epicentro desta ligação.

Ribeira do Porto

Page 93: LinhasComboio Turismo

43

O QUE VEREstação de São BentoDistância da estação ao centro

Estação da CampanhãDistância da estação ao centro

Acessos:

A pé

Metro: www.metrodoporto.pt/Autocarro: www.stcp.pt

Estação de São BentoAutêntico ex-libris da cidade do Porto, a sua construção demorou cerca de 15 anos (1901 a 1915) embora os comboios aqui chegassem desde 1896. Im-pressiona pela sua imponente fachada, mas sobretudo pelo magnífico interior do átrio, onde sobressaem os esplendorosos painéis de azulejos, da autoria de Jorge Colaço, retratando episódios da História de Portugal, cenas regionais e a evolução dos meios de transporte, entre outros temas. Uns, os de cariz histórico, seguem a tradicional coloração a azul e branco, enquanto os refe-rentes à evolução dos meios de transporte têm já uma completa panóplia de cores. Estes painéis – que tor-naram a estação internacionalmente famosa – viriam a sofrer um importante restauro já nas décadas de 80 e 90. Já na zona da plataforma, existe uma cobertura de ferro e vidro sustentada por grandes colunas, que fazem dela uma exemplo da arquitectura do ferro em Portugal. O projecto da estação, que segue um dese-nho clássico de inspiração francesa, tem a assinatura do portuense Marques da Silva (1869-1947), também responsável, entre muitos edifícios nortenhos, pelo vizinho Teatro de São João.

0 km

Linha do norte e ramaL de tomar porto

5 km

Casa da MúsicaUma das obras recentes com maior impacto no perfil e na vida cultural da cidade, foi pensada no âmbito da Porto «2001 – Capital da Cultura», vindo a ser inau-gurada apenas em 2005. Trata-se, antes de mais, um projecto arquitectonicamente arrojado, da autoria do arquitecto holandês Rem Koolhaas, situado junto à Ro-tunda da Boavista. À ousadia do edifício junta-se a am-bição de uma programação dinâmica e inovadora, com espaço para todas as músicas, das grandes produções às manifestações de franja, capaz de atrair públicos variados, incentivando o gosto pela música, dinami-zando culturalmente uma região que vai muito além do Porto, e colocando a cidade nos grandes roteiros internacionais de música. Isto para além de um papel importante na vertente educativa, com actividades, ateliers e workshops diversos, nomeadamente para as famílias e as crianças, e na área da investigação musi-cal. Realizam-se todos os dias visitas guiadas ao edifí-cio, que dispõe de vários bares de apoio, para além de um requintado restaurante, com decoração contem-porânea, onde se destaca uma peça de Jo-ana Vasconcelos, magnificamente localizado na cobertura, com vista sobre a cidade.

Page 94: LinhasComboio Turismo

44

PontesDurante séculos, o Porto esteve dependente dos barcos para a travessia do Douro. A situação co-meçaria a alterar-se apenas depois do desastre da Ponte das Barcas, em 1809. Surgiu a Ponte Pênsil, mais sólida, mas ainda pouco satisfatória. Foi pre-ciso esperar por 1878 para surgir a primeira ponte moderna, dedicada à Rainha D. Maria Pia. Era usada pelo comboio e consagrou o génio de Gus-tavo Eiffel. Em 1886 era a vez da Ponte D. Luís, com dois tabuleiros para peões e veículos. Esta ponte é, ainda hoje, imagem recorrente nos postais tu-rísticos da cidade, pelo conjunto que forma com a pitoresca Ribeira e a zona ribeirinha de Gaia, na outra margem. Edgar Cardoso projectou duas das pontes seguintes: a da Arrábida, em 1963, e a de São João que veio substituir a Maria Pia em 1991. Refira-se que a Ponte da Arrábida tinha, à época, o maior arco em betão armado do mundo. Seguiu-se a ponte rodoviária do Freixo (1995) com projecto de António Reis, localizada a montante de todas as ou-tras. Liga a auto-estrada do Norte à Via de Cintura Interna. Logo à saída da ponte, do lado esquerdo de quem vem do sul, O Dragão, o novo estádio do Fu-tebol Clube do Porto (projecto de Manuel Salgado), dá as boas-vindas a quem chega à cidade. Por fim, a ponte mais recente, a do Infante, inaugurada em 2003, da autoria de Adão da Fonseca, que veio substituir o tabuleiro superior da ponte D. Luís, agora usado pelo Metro.

porto Linha do norte e ramaL de tomar

ArquitecturaFoi com a internacionalização de nomes como Távora, o mestre visionário, mais tarde de Siza Vieira, o discípulo, se-guindo-se Alcino Soutinho, Souto Moura e muitos outros, o que a Escola do Porto se afirmou como um estilo próprio onde impera a sobriedade. Mas este avanço na arquitectu-ra teve como mentor Carlos Ramos, responsável pela Escola de Belas Artes do Porto, quando na década de 50 do século XX, define uma nova metodologia no ensino. A Escola afirmou-se contra o estilo do regime através da ousadia de Rogério Azevedo, com a Garagem d' O Comércio do Porto, e de Artur Andrade, com o Cinema Batalha. A essência do estilo começa no traço. É pelo desenho que se definem as formas e os conceitos, mais tarde transformados em espa-ços onde a poesia do esquisso se encaixa perfeitamente na escolha dos materiais. Siza Vieira criou o Museu de Arte Contemporânea de Serralves, tratou da mudança de ima-gem da Avenida dos Aliados e projectou a casa da pintora

Armanda Passos. Eduardo Souto Moura fez a recuperação do Centro Português de Fotografia, desenhou estações do Metro, fez a Casa de Manoel de Oliveira e o edifício Burgo, na Avenida da Boavista, uma das mais recentes criações. A Fernando Távora deve-se a manutenção do Palácio do Frei-xo e também a requalificação do Museu de Soares dos Reis. O Estádio do Dragão de Manuel Salgado tornou-se numa das referências de arquitectura moderna a merecer uma vi-sita. Mas é uma criação holandesa, a Casa da Música, que se assume como um dos locais de paragem obrigatória para apreciar a ousadia de Rem Koolhaas.

RibeiraBairro de casas coloridas debruçadas sobre o Douro, com vielas estreitas plenas de vida e de contrastes. A

Estádio do Dragão

Ponte D. Maria Pia

Page 95: LinhasComboio Turismo

45

Linha do norte e ramaL de tomar porto

Ribeira turística, com os cais de partida dos cruzeiros, os restaurantes e esplanadas, e a Ribeira onde a vida se desenrola em ruas estreitas, as crianças brincam, a água escorre pelas calçadas de pedra e os sons e odores do quotidiano se misturam. Pitoresca e popular, abran-gida pela classificação da UNESCO, a Ribeira perdeu alguma importância como local de animação nocturna (em favor da vizinha Baixa), mas mantém os seus cafés, tascas e esplanadas, atraindo ainda bastante gente, entre os quais, é claro, muitos turistas que aqui vêm em busca do mais típico viver portuense.

Torre dos ClérigosVisível de qualquer ângulo de observação do Porto, mesmo de muito longe, tornou-se num verdadeiro símbolo da cidade. Foi construída entre 1748 e 1763, adossada à cabeceira da igreja homónima. Uma e outra são obra do mesmo autor: o grande arquitecto italiano Nicolau Nasoni. Observando a fachada principal, pode admirar-se a concepção dos sucessivos andares da torre, que joga habilmente com formas e decorações, umas vezes austeras e outras exuberantes. A conju-gação entre a altura da torre e o ponto alto onde está construída tornam-na um miradouro privilegiado. A vizinha igreja dos Clérigos abriu ao culto no ano em que se iniciavam as obras de construção da torre. A frontaria é de traça barroca. O portal tem acesso por uma esca-daria monumental.

Sé do PortoA Sé é um edifício de estrutura românica, dos séculos XII e XIII, tendo sofrido grandes remodelações no perí-odo barroco. No exterior, tem o aspecto de uma igreja--fortaleza. No seu interior encontram-se as imagens da

Nossa Senhora da Vandoma, do século XIV, o «altar de prata», importante claustro gótico, o «claustro velho», a Capela de São Vicente e a Casa do Cabido, onde estão expostas notáveis peças de arte sacra dos séculos XIV e XVIII. De salientar o Tesouro da Sé, constituído por inúmeras alfaias do culto, paramentos, pratas e livros litúrgicos dos séculos XV a XIX.

Museu de Arte Contemporânea de SerralvesCom projecto do arquitecto Siza Vieira, o Museu de Arte Contemporânea de Serralves é o primeiro projecto do género em Portugal e o maior centro cultural multidis-ciplinar do Norte do país. O museu pertence à Fundação de Serralves, cuja missão é sensibilizar o público para a arte contemporânea e o ambiente. Unanimemente reconhecida pela sua dinâmica programação, constitui, talvez, um dos maiores focos de atracção da cidade, integrando também o circuito europeu da arte contem-porânea. Menção ainda para os belos jardins, onde se encontra a sossegada casa de chá.

Museu Nacional de Soares dos ReisAntigo Museu Portuense e o primeiro museu de arte de Portugal, foi fundado em 1833 por D. Pedro IV. O objec-tivo da sua fundação foi a preservação do património artístico proveniente sobretudo dos conventos extintos. Está instalado desde 1940 no Palácio dos Carrancas, construído nos finais do século XVIII. Recentemente foi objecto de profunda intervenção, segundo projecto do arquitecto Fernando Távora que, preservando as carac-terísticas do edifício histórico, dotou o museu de novos espaços interiores e exteriores.

Torre dos Clérigos

Museu de Arte Contemporânea de Serralves

Page 96: LinhasComboio Turismo

46

porto Linha do norte e ramaL de tomar

Eléctricos secularesA história dos eléctricos no Porto tem mais de cem anos. Mantém-se em funcionamento a mais antiga linha da cidade, ligando a Praça do Infante, junto à Ribeira, ao Passeio Alegre, na Foz. É um passeio a não perder e que permite apreciar a paisagem ribeirinha e o novo arranjo urbanístico da cidade. No Largo de Massarelos, o Museu do Eléctrico, testemunha esta aventura secular.

Passeios de barco no DouroSão inúmeras as propostas de passeio no Douro. Alguns fazem-se no tradicional barco rabelo, uns são panorâ-micos, outros incluem agradáveis refeições. Os nomes são sugestivos: «Porto Património Mundial», «Cruzeiro das 5 pontes», «Porto à la carte» e até há um «Vintage» e um «Tawny». É só escolher ao sabor do momento e da bolsa. Partidas do cais da Ribeira.

Descida pelo Funicular dos GuindaisA escarpa dos Guindais sempre foi um lugar marcante da cidade do Porto. Por aqui passava um troço da muralha me-dieval. Aqui se ancorou um dos extremos da Ponte Pênsil que funcionou até ser construída a ponte D. Luís, em 1886. Por baixo deste monte abriu-se, em 1896, o túnel ferroviá-

O QUE FAZERIgreja de São FranciscoÉ um dos poucos edifícios medievais que a cidade do Porto ainda conserva, sendo a única igreja de estilo gótico. Fazia parte de um convento franciscano e a sua construção estendeu-se por finais do século XIV e iní-cio do seguinte. Durante os séculos XVII e XVIII o seu interior foi totalmente revestido de talha, formando-se uma espécie de caixa de ouro, um dos mais belos inte-riores barrocos do país.

Livraria Lello e IrmãoNa Rua das Carmelitas, artéria que estabelece a ligação entre a Avenida dos Aliados e o Carmo, ali bem perto da Torre dos Clérigos, fica a mais bonita das livrarias por-tuenses (e uma das mais bonitas do mundo). A antiga Chardron chama-se, desde há décadas, Lello e Irmão e foi alvo de profundas obras de recuperação no início da década de 90. No interior, as estantes e as mesas em madeiras nobres transformam o acto de folhear um li-vro, numa verdadeira cerimónia. A própria escolha das obras expostas ajuda a dar outro sabor a esta original e inesquecível livraria.

Parque da CidadeUm dos mais belos e recentes espaços verdes do Porto, é também o maior parque urbano do país, com uma superfície superior a 80 hectares e cerca 8,5 km de ca-minhos que se estendem até ao Oceano Atlântico. Foi projectado pelo arquitecto paisagista Sidónio Pardal e inaugurado em 1993. Sobretudo ao fim-de-semana, o parque enche-se de visitantes que para aqui vêm pas-sear, correr, andar de bicicleta ou simplesmente fruir o verde. Não deixe de espreitar o núcleo rural que costu-ma ter oficinas criativas para crianças.

Elevador dos Guindais

Page 97: LinhasComboio Turismo

Linha do norte e ramaL de tomar porto

rio ligando Campanhã a São Bento. Nova galeria foi aberta já no século XXI para as obras do Metro. E, como se tudo isto não bastasse, no quadro das obras do Porto 2001, Ca-pital da Cultura, foi construído um funicular ao longo desta íngreme escarpa. Foi a concretização de uma ideia antiga uma vez que, em 1891, foi aqui instalado um funicular pro-jectado por Raul Mesnier que viria a ser desactivado dois anos depois, na sequência de um acidente. O actual funi-cular abriu ao público em 2004. Ligando as imediações da Praça da Batalha, no topo, às proximidades do tabuleiro inferior da Ponte D. Luís, vence um declive acentuado. O percurso no senti-do descen-

O QUE SABOREAR

A Francesinha Verdadeiro ícone da cidade do Porto, a francesinha é uma especialidade gastronómica de criação relativamente recente mas que rapidamente ganhou foros de tradição, difundindo-se pelo resto do país. Terá sido criada na década de 50, no restaurante A Regaleira, por um emi-grante oriundo de França, que se terá inspirado no gau-lês «Croque-Monsieur». Consiste num bife frito, fiambre, salsicha fresca e linguiça entre duas fatias de pão tostado, coberta com queijo e servida com um molho especial, e que lhe deu a fama – uma mistura de cerveja e molho de marisco, temperado com brandy, mostarda, molho inglês e manteiga, sabiamente doseados. Muito popular nas noites do Porto, a francesinha é pretexto para um concorrido festival que se costuma realizar em Junho ou

Julho, junto ao Castelo do Queijo. Para além da versão tradicional, alguns bares e restaurantes propõem outras variações, introduzindo ingredientes diferentes.

O Vinho do Porto Autêntico símbolo de Portugal, o Vinho do Porto goza de grande prestígio internacional. É produzido na Re-gião Demarcada do Douro, a mais antiga do mundo (1756), cuja paisagem está classificada pela UNESCO como Património da Humanidade. É um vinho ge-neroso, de características únicas, graças à qualidade das uvas e às particulares condições agro-climáticas da zona. Agora como há 300 anos, altura das primei-ras produções, este néctar envelhece nas centenárias e históricas caves de Vila Nova de Gaia. Com circuitos guiados de visita, provas e venda de vinho, algumas das caves oferecem o atractivo suplementar de restaurante ou esplanada com vista sobre o rio, podendo concluir-se a visita com uma refeição panorâmica. Outro obriga-tório é o Solar do Vinho do Porto, na Quinta da Maceiri-nha. Com belas vistas sobre o Douro e a Foz Atlântica, é um espaço de informação e acolhimento, de atmosfera requintada, onde poderá provar e adquirir os diferentes tipos e marcas de Vinho do Porto.

dente é mais impressionante, uma vez que, no troço final, a cabina parece inclinar-se para mergulhar no abismo. Escusado será dizer que a viagem, de pouco mais de três minutos, não oferece o mínimo perigo e propor-ciona belíssimas vistas.

Page 98: LinhasComboio Turismo

48

porto Linha do norte e ramaL de tomar

Adega São Nicolau €€Bem perto do rio Douro, uma das casas mais pitorescas da Ribeira, com uma pequena esplanada. Prove o baca-lhau à Gomes de Sá ou as tripas. Não fumadores.

Encerra DomingoM Rua São Nicolau, 1T 222 008 232

Adega Vila Meã €€Come-se muito bem nesta casa escondida numa típica rua portuense, perto dos Clérigos. Cozinha tradicional com pratos certos por dias da semana. Não fumadores.

Encerra DomingoM Rua dos Caldeireiros,62T 222 082 967

Casa Aleixo €€Um clássico da cozinha portuense, com ambiente aco-lhedor e cozinha bem tradicional. São sobejamente conhecidos os filetes de pescada e de polvo. Apresenta um prato fixo a cada dia da semana. Não fumadores.

Encerra Domingo e feriadosM Rua da Estação, 216T 225 370 462

Casa Nanda €€Casa tradicional do Porto, onde se volta sempre pela boa comida, com reminiscências do sabor da cozinha das avós. Atente-se em pratos que são marca da casa, como os filetes de polvo com arroz do mesmo ou filetes de ba-calhau com arroz de feijão. Não fumadores.

Encerra Domingo (jantar) e Segunda-feiraM Rua da Alegria 394T 225 370 575

ONDE COmER

Casa Aleixo

Buhle €€€Um restaurante sofisticado, com o mar no horizonte. Um dos mais recentes restaurantes da Invicta, e de decoração minimalista Paulo Lobo. O chefe Rodrigo Garret apresenta uma cozinha inovadora de fusão de sabores europeus e asiáticos. Zona de fumadores.

Aberto todos os diasM Avenida Montevideu, 810 T 220 109 929www.buhle.pt

€ até 15 euros €€ entre 15 e 30 euros €€€ mais de 30 euros

Page 99: LinhasComboio Turismo

49

Pombeiro €€Restaurante simples, de ambiente familiar e boa comi-da, com destaque para as já premiadas Tripas à Moda do Porto. Não fumadores.

Encerra DomingoM Rua Capitão Pombeiro 218T 225 97 446

Tripeiro €€Em plena baixa, a poucos passos da cosmopolita Rua de Santa Catarina e do Coliseu, é uma referência na região por servir uma cozinha local, com destaque para as tri-pas. Não fumadores.

Encerra Domingo (jantar)M Rua Passos Manuel 193 - 195T 222 005 886www.restaurantetripeiro.com

Shis €€€Magnífica localização, com esplanada debruçada so-bre o mar, na Praia do Ourigo. A cozinha de fusão com incidência japonesa tem a assinatura do chefe António Silva. A decoração é de Paulo Lobo. Não fumadores.

Aberto todos os diasM Esplanada do CasteloT 226 189 593

Linha do norte e ramaL de tomar porto

Foz Velha €€€Requinte e distinção no restaurante situado na zona antiga da Foz do Douro. Pretende diferenciar-se não só pela originalidade da ementa, a cargo do chefe Marco Gomes, exímio na arte de criar novos sabores a partir da gastronomia tradicional. A carta muda a cada esta-ção, a testar em completos menus de degustação. Não fumadores.

Encerra Domingo (todo o dia) e segunda-feira (almoço)M Esplanada do Castelo 141T 226 154 178www.fozvelha.com

Pedro Lemos €€€Na zona da Foz, é um dos restaurantes mais recentes da cidade, dedicado aos sabores originais portugueses, com o toque contemporâneo do chefe Pedro Lemos. O espaço é multifacetado, integrando três conceitos dis-tintos: Petiscos, Vinhos e Guloseimas. No terraço cresce ainda uma pequena horta em socalcos, inspirada na paisagem do Douro. Não fumadores.

Encerra DomingoM Rua Padre Luís Cabral, 974, PortoT 220 115 986www.pedrolemos.net

Page 100: LinhasComboio Turismo

O QUE FAZER

50

porto Linha do norte e ramaL de tomar

Pestana Porto Hotel ****É uma unidade de luxo na castiça Ribeira com direito a vista para as caves, serra do Pilar, Douro e Ponte D. Luís. Os edifícios, que remontam aos séculos XVI, XVII e XVIII (também classificados pela UNESCO como Património Mundial), foram transformados em hotel de charme. Perfeitamente justificado pela paisagem está a desig-nação do restaurante, Vintage.

Quartos 48M Praça da Ribeira, 1T 223 402 300www.pestana.com

Grande Hotel do Porto ***Hotel cinematográfico, centenário, com aura de um tempo que já passou mas que ainda se procura preser-var. Transposta a porta, deixa-se para trás o bulício da frenética Rua de Santa Catarina e sente-se que se está noutra dimensão. A remodelação de 2002 preservou a sumptuosidade, mantendo os espelhos luxuosos, os florões dourados e as colunatas em mármore. Tem restaurante.

Quartos 99MRua de Santa Catarina, 197T 222 076 690www.grandehotelporto.com

Hotel Quality Inn Praça Batalha-Porto ***Em plena Praça da Batalha, a curta distância da zona comercial da baixa, bem perto do Teatro Na-cional

ONDE DORmIR

Hotel Ipanema Porto ****Situado à entrada da cidade, na zona da Boavista, logo após a saída da ponte da Arrábida, oferece quartos e suites amplos e confortáveis. Integra um restaurante (Rio´s) famoso pela qualidade da sua cozinha, a cargo de um chefe experimentado. O bar oferece o ambien-te ideal para um serão relaxante e tem uma pequena esplanada virada para a rua, em pleno Campo Alegre.

Quartos 148M Rua do Campo Alegre, 156T 226 075 059www.hoteisfenix.com

Hotel Vila Galé Porto ****Moderno e confortável, fica situado num edifício com 19 pisos, integrado no Oporto Center. Os quartos, de decoração luxuosa, oferecem excelentes vistas panorâ-micas sobre a cidade, o rio e o mar. Tem restaurante e clube de saúde panorâmico, entre outros serviços.

Quartos 292M Avenida Fernão de Magalhães, 7T 225 191 800www.vilagale.pt

Grande Hotel do Porto

Page 101: LinhasComboio Turismo

é poiso ideal para partir à descoberta da cidade.MRua Paulo Gama, 551T 226 177 257www.pousadasjuventude.pt

Tryp Porto Centro ***Localizado na baixa portuense e de acesso fácil aos principais pontos turísticos, tem quartos modernos e dispõe de restaurante.

Quartos 62MRua da Alegria, 685 - 689T 225 194 800www.trypportocentro.solmelia.com

São João e do Coliseu, tem quartos com todos os con-fortos modernos.

Quartos 113M Praça da Batalha, 127/130T 223 392 300

Hotel Tuela Porto ***Situado junto à rotunda da Boavista, tem acesso fácil a diversos pontos de interesse do Porto, como Serralves ou a Casa da Música. Os quartos são confortáveis e bem equipados e os serviços disponíveis incluem restauran-te (Pimenta Preta) e bar acolhedor.

Quartos 197M Rua Arquitecto Marques da Silva, 200 T 226 004 747www.hoteltuela.com

Pousada de Juventude do Porto Com vista para a foz do Douro e o Atlântico, a poucos passos da praia

Linha do norte e ramaL de tomar porto

Pérgula da Foz

Praia do Ourigo

Page 102: LinhasComboio Turismo

A BORDO DO COmBOIO REgIONAL

9 linhas para descobrir P

ortugal

1 Linha do minho

2 Linha do Douro

3 Linha do Vouga

4 Linha do Norte e Ramal de Tomar

5 Linha da Beira Alta

6 Linha da Beira Baixa

7 Linha do Oeste

8 Linha do Leste e Ramal de Cáceres

9 Linha do Algarve

Page 103: LinhasComboio Turismo

9 linhas para descobrir Portugal

Linha da beira aLtaLuso - buçaco

nelas

Guarda

Vilar Formoso

Foto:

Sé C

ated

ral d

a Gua

rda

a bordo do comboio reGionaL

Page 104: LinhasComboio Turismo

“Um intenso aroma a maresia invade as carruagens”

LINHA DA BEIRA ALTA

Gouveia

Celoricoda Beira

Fornosde Algodres

Guarda

Vila Francadas Naves

Pinhel

Nelas

Santa Comba Dão

Pampilhosa

Mortágua

Castelo Mendo

Vilar Formoso

Coimbra

Parque Naturalda Serra da Estrela

FoFigueira da z

Luso-Buçaco

Covilhã

Mangualde

LINHA DA BEIRA ALTA

“começa a surgir o exuberante verde da mata do Buçaco”Pampilhosa

Luso-Buçaco

Mortágua

Santa Comba Dão

Carregal do Sal

Canas-Felgueira

Nelas

Moimenta-Alcafache

Mangualde

Gouveia

Fornos de Algodres

Celorico da Beira

Vila Franca das Naves

Pinhel

Guarda

Castelo Mendo

Vilar Formoso

Page 105: LinhasComboio Turismo

LINHA DA BEIRA ALTA

3

Gouveia

Celoricoda Beira

Fornosde Algodres

Guarda

Vila Francadas Naves

Pinhel

Nelas

Santa Comba Dão

Pampilhosa

Mortágua

Castelo Mendo

Vilar Formoso

Coimbra

Parque Naturalda Serra da Estrela

FoFigueira da z

Luso-Buçaco

Covilhã

Mangualde

natureza e história alinhadas ao centroConstruída no final do século XIX com o objectivo de ligar o litoral do país a Espanha. Vi-lar Formoso tornava-se, assim, no ponto mais concorrido da fronteira portuguesa, sendo esta linha a principal ligação ferroviária com a Europa, num percurso que ainda hoje atravessa algumas das mais belas paisagens da região centro.

Até à fronteira

Considerado um dos percursos fer‑roviários mais singulares do país, é marcado pela diversidade de cenários que podem ser admirados ao longo dos seus 202 quilómetros e que percorrem um vasto território, desde a histórica estação da Pampilho‑sa até à fronteira, em Vilar Formoso, com uma das mais bonitas estações ferroviárias do país, toda decorada a azulejo. Logo nos primeiros quilómetros, começa a surgir o exuberante verde da mata do Buçaco. Para além da beleza natural desta serra, é reconhecida na região a qualidade das nascentes de água, sendo a do Luso a mais popular. Esta pequena localidade cresceu como reputada estância termal, sobretudo durante as primeiras décadas do século XX. A herança arquitectó‑nica da época encontra‑se bem preservada. Passeando pelas ruas, transparece de imediato o charme de outro‑ra, ainda intacto. E se as águas são um bem natural ao longo desta linha, os vinhos não ficam atrás. As vinhas do Dão integram o cenário que nos acompanha, sobre‑tudo na zona de Nelas: um mosaico de serras, florestas e campos de cultivo, entrecortado por aldeias típicas. A imponente serra da Estrela surge então no horizonte, com as suas paisagens extraordinárias que levaram a que boa parte da serra e da sua envolvente fosse classi‑ficada como parque natural. Com 101 mil hecta‑res, este parque é a maior área protegida portuguesa, sendo um grande ponto de atracção turística. Du‑r a n t e

os meses frios é a serra coberta de neve que atrai visitantes mas no resto do ano são as paisagens majestosas e refrescantes, de verde e água.

Fiel e Formosa

A riqueza desta região está longe de se esgotar na bele‑za da paisagem. A preservação do património histórico é notável, com aldeias, vilas e cidades bem conservadas. É o caso da Guarda, que do alto do seu planalto conta a histó‑ria do passado, enquanto cresce numa modernidade onde a cultura ganha destaque. A qualidade da programação do Teatro Municipal da Guarda garante bons espectáculos durante todo o ano. A linha da Beira Alta cruza, assim, di‑versos atractivos e paisagens, entre vales e colinas suaves e montanhas de maior envergadura, passando por nume‑rosos cursos e linhas de água, vinhas e cerejais, campos de milho, de centeio, pomares de macieiras e laranjais, a lem‑brar que a riqueza destas paragens passa também pela mesa, onde não pode faltar o vinho do Dão, o delicioso pão e o reco‑nhecido queijo da serra da Estrela.

Convento de Santa Cruz do Buçaco

Vista do Miradouro da Cruz Alta do Buçaco

Page 106: LinhasComboio Turismo

4

de 1810, uma importante

batalha entre os invasores franceses e as tropas anglo‑lusas, evocada

nos azulejos do átrio do referido hotel. E também no museu militar existente nas redondezas. A região é também famosa pela sua gastronomia, onde avulta o leitão assado, e pela produção de vinhos, quer de mesa, quer de espumantes. Naturalmente não fal‑tam por aqui restaurantes dedicados à arte de bem confeccionar e bem servir tão afamada e apreciada especialidade.

reino das termas

e do leitão

Pertencente ao concelho da Mealhada e in‑tegrada na chamada região da Bairrada, a vila do Luso fica situada na encosta poente da serra do Buçaco, entre duas colinas, ofe‑

recendo uma inesquecível imagem de acolhi‑mento. As suas origens remontam ao século

XI e estão ligadas ao Mosteiro da Vacariça. Mais tarde, desde o final do século XIX, desenvolveu‑se e ganhou fama como estância termal e turística. As Termas do Luso são das mais frequentadas e famosas termas portuguesas, constituindo um magnífico exemplo de arquitectura termal, patente tanto nas unida‑des hoteleiras, como nos balneários e parques. Na mesma encosta onde se situa o Luso, e na vizinhança imediata das termas, fica a Mata Nacional do Buça‑co, verdadeiro paraíso natural. É uma área aprazível para passear a pé e gozar o contacto com a natureza no meio da qual há uma via‑sacra com capelas, em cujo interior há imagens quase em tamanho natural. Igualmente digno de visita é o Palace Hotel do Bus‑saco, exemplo maior de arquitectura revivalista do início do século XX. Nesta mon‑tanha travou‑se, em Setembro

Estação de Luso-BuçacoDistância da estação ao centro

Acessos:

A pé

Táxis: T. 231 939 220

1 km

LUSO - BUÇACO

Vista do miradouro da Cruz Alta do Buçaco

Page 107: LinhasComboio Turismo

5

Palace Hotel do BussacoDesenhado, no final do século XIX por Luigi Manini, o edifício do actual hotel, começou por ser um pavilhão de caça do rei D. Carlos. Inspirado nos cânones estéticos do Manuelino, esta construção tem semelhanças evi‑dentes com alguns dos monumentos que o inspiraram, como é o caso da Torre de Belém. Para a construção des‑te edifício, parte do antigo convento de carmelitas que aqui existia, desde 1629, teve de ser derrubado. Para enquadrar esta peça notável da arquitectura neo‑ma‑nuelina, nada melhor do que a Mata do Buçaco, auten‑tico santuário ecológico que se deve também à acção dos monges carmelitas que aqui habitaram. Dentro da cerca do convento, os frades foram, ao longo dos tem‑pos, introduzindo novas espécies vegetais, algumas das quais vindas de outros continentes, como as araucárias, que se misturaram com o coberto vegetal original composto por cedros, ciprestes e freixos, formando um conjunto surpreendente. Durante a vida do mosteiro, as regras eram muito rígidas no que diz respeito a uma série de proibições, destacando‑se entre elas o corte de árvores e a entrada de mulheres na cerca do convento. Conta‑se, que obrigados a receber contra sua vontade a irmã do rei D. Pedro II, os monges mandaram abrir uma porta nova na cerca do convento, que ficaria conhecida pela Porta da Rainha, para impedir que D. Catarina en‑trasse pela porta normal.

Museu Militar do BuçacoFoi inaugurado a 27 de Setembro de 1910, por ocasião do primeiro Centenário da Batalha do Buçaco. Dispõe de valiosas colecções de armas, uniformes, equipamen‑tos utilizados na batalha e de pinturas que descrevem

LINHA DA BEIRA ALTA LUSO - BUÇACO

Termas do LusoSituado na vertente oeste da serra do Buçaco, o com‑plexo das Termas do Luso alia tradição e modernidade. No século XIX foi construído o complexo dos Banhos de Luso que passaria até aos nossos dias por sucessivas ampliações e reconstruções. Alguns dos maiores arqui‑tectos portugueses do século XX deixaram aqui a sua marca, como foi o caso de Cassiano Branco, autor do Grande Hotel do Luso.

Mata Nacional do BuçacoEsta mata paradisíaca foi começada a plantar pelos frades carmelitas que para aqui vieram viver em clau‑sura no primeiro quartel do século XVII. Tem 20 km de comprimento máximo, elevando‑se até aos 549 metros na Cruz Alta. Possui espécies vegetais do mundo intei‑ro, algumas delas oriundas da América, de Creta, do Ganges, de Goa, da Itália e do Líbano, além do mun‑dialmente conhecido cedro do Bussaco. Além do Palace Hotel do Bussaco, refiram‑se o Vale dos Fetos, a Fonte Fria e a Via Sacra. Nesta serra, na vertente leste, deu‑se a Batalha do Buçaco durante a III Invasão Francesa em Setembro de 1810.

o QUe Ver

5

Page 108: LinhasComboio Turismo

LUSO - BUÇACO LINHA DA BEIRA ALTA

6

este episódio da Guerra Peninsular. De salientar que todos os anos se festeja este acontecimento com uma parada e um desfile militar, em que os participantes se apresentam com os uniformes da época.

Miradouro da Cruz Alta do BuçacoÀ altitude de 549 metros, este miradouro proporciona um dos melhores panoramas de Portugal. Para poente fica o mar, surgindo no plano intermédio Anadia e a Mealhada, para nordeste ficam as serras do Caramulo e da Estrela e para sudoeste, fica a serra de Lousã, para além do admirável panorama da floresta, imediata‑mente em baixo, com o Convento das Carmelitas e o Palace Hotel do Bussaco.

Leitão assado à BairradaO leitão à moda da Bairrada é o rei incontestado no domínio das carnes, sendo considerado “um dos mais notáveis assados da cozinha portugue‑sa”. Ou melhor, o príncipe, pois o que o distingue, para além da arte do assado, é a idade do animal que deve ser de “mama” ou seja, ter entre um mês e mês e meio. Barrado por dentro e por fora com uma mistura de banha (unto), alhos pisa‑dos, pimenta preta, toucinho e, pelo menos, uma folha de louro (há quem adicione também um pouco de vinho branco), o leitão é enfiado num espeto e vai a assar, lentamente (cerca de duas horas) em forno de tijolo que deve estar bem quente. De vez em quando borrifa‑se com bom vinho branco da região, utilizando para isso um ramo de carqueja, de louro ou de salsa, para que a pele não enfole nem rebente. Pouco antes do fim da assadura, tem lugar uma outra operação fundamental que se chama “constipar” o leitão e que contribui para que a pele fique rija mas estaladiça: o bicho é retirado rapidamente do ar quente do forno para o frio e volta ao calor. Por fim, quando já está assado, sai do forno e é ainda submetido a uma ”sangria”, que consiste em fazer um pequeno orifício na barriga para deixar sair o molho que aí se juntou, após o que deverá voltar ao forno uns minutos para secar um pouco. Está pronto a ser trinchado e servido, acompanhado a preceito por um bom vinho tinto da região ou por espumante natural.

o QUe Saborear

Page 109: LinhasComboio Turismo

O Cesteiro €Para além do famoso leitão da região, aqui podem sabo‑rear‑se outras especialidades, de bacalhau, chanfana e cabrito. Não fumadores.

Encerra Quarta‑feiraM Rua Monsenhor Mira, 78, LusoT 231 939 360

O Selas (Pensão Astória) €Serve também no registo da cozinha regional, pontu‑ando na ementa, além do apreciado leitão à Bairrada, a chanfana e o bacalhau à Selas. Não fumadores.

Encerra Terça‑feira todo o dia e de segunda a quinta ao jantarM Rua Emídio Navarro, 144, LusoT 231 939 182

Cruz Alta (Grande Hotel de Luso) €€A gastronomia regional está em evidência no acolhedor restaurante do Grande Hotel. Na decoração destaca‑se uma pintura do artista Nuno Sanpayo. Não fumadores.

Aberto todos os diasM Rua Doutor Cidade de Oliveira, 86, LusoT 231 937 937

LINHA DA BEIRA ALTA LUSO - BUÇACO

onde dormir

onde comer

Grande Hotel do Luso **** Projecto de Cassiano Branco, é um hotel histórico que marca o perfil da vila termal do Luso. Quartos amplos e confortáveis a que se junta o atractivo suplementar das piscinas, uma exterior e olímpica, outra interior e aquecida.

Quartos 143M Rua Doutor Cidade de Oliveira, 86, LusoT 231 937 937

Parque de Campismo do LusoO parque situa‑se a 1,5 km do Luso, um local calmo e acolhedor. Com boas infra‑estruturas e equipa‑mentos, dispõe de bungalows.

Aberto durante todo o ano.M Quinta de Vale do Jorge, LusoT 231 107 551

€ até 15 euros €€ entre 15 e 30 euros €€€ mais de 30 euros

Page 110: LinhasComboio Turismo

8

Estação de NelasDistância da estação ao centro

Acessos:

A pé

Táxi: T. 232 945 195

A estaçãoA estação de Nelas foi oficialmente inaugurada em 1882, embora já fosse utilizada antes. As paredes do edifício principal apresentam azulejos de Francisco Pereira e Licínio Pinto, também autores dos painéis da estação de Aveiro. Entre os temas retratados destacam‑se os trajes regionais e as paisagens da vizinha serra da Estrela.

0.3 km

NELAS

Águas terapêuticas e

vinhos de excelência

Situado na extremidade do pla‑nalto de Viseu e sulcado pelos vales do Dão e do Mondego, o

concelho de Nelas apresen‑ta uma paisagem dominada

pelo verde dos pinhais e por extensos vinhedos que produzem os célebres vinhos do Dão, que têm direito a região demarcada. No património arquitec‑tónico destacam‑se os solares senhoriais dos séculos XVII e XVIII, bem como algum património religioso.Canas de Senhorim, a 6 km da sede de concelho, e Santar (a 7 km), são duas das freguesias mais ricas do concelho. Em Canas merece referência a igreja matriz com fachada joanina, o pelourinho e as casas solaren‑gas, como a Casa do Soito. Santar é uma povoação que conserva características medievais, casas em granito e caminhos romanos, sendo também um importante centro vinhateiro do Dão. A 10 km de Nelas, no cená‑rio bucólico e verdejante do vale do Alto Mondego, na margem direita do rio, fica o moderno centro termal das Caldas da Felgueira, cujas origens remontam ao início do século XIX. A 220 metros de altitude, está enquadrado pelas serras da Estrela, do Buçaco e do Caramulo.

Casa de SantarCasa de Santar

Page 111: LinhasComboio Turismo

Bem-Haja €€Instalado num antigo lagar, procura perpetuar a boa cozinha beirã. A sobriedade das paredes em granito e a imponência da lareira no centro da sala contrastam com o moderno colorido das mesas e a luminosidade interior, atribuindo‑lhe uma sensação de conforto enquanto aprecia a sua refeição, num espaço que se torna íntimo e até romântico. Boa selecção de vinhos do Dão. Zona de fumadores.

Aberto todos os diasM Rua da Restauração, 5T 232 944 903www.bemhaja.net

Os Antónios €€Instalado nas adegas de um antigo solar de jesuítas, aqui a gastronomia regional ocupa lugar de destaque. Na ementa há filetes de polvo com migas de broa, file‑tes de pescada, bacalhau assado, à lagareiro e patanis‑cas. Nas carnes há cabrito assado, arroz de pato, rojões e galinha do campo de cabidela. Acompanhe com vinhos do Dão, bem seleccionados. Não fumadores.

Encerra Domingo ao jantarM Largo Vasco da Gama, 1T 232 949 515www.osantonios.com

Casas senhoriaisA vila conserva alguns solares e casas senhoriais, como é o caso da Casa dos Tavares. Exemplar de residência senhorial beirã, com planta em L, encontra‑se em bom estado de conservação. De salientar a escadaria de dois lanços na fachada, as duas janelas do lado direito com os suportes em balcões escalonados e ferragens ca‑racterísticas do século XVII. Mais relevante ainda é o portão que dá acesso ao pátio, com lintel decorado e rematado por frontão com brasão de armas.

Igreja MatrizDedicada a Nossa Senhora da Conceição, a antiga igreja estava situada no Largo de São João de Deus, no centro da vila. Mais tarde, foi transferida para o actual local, com o propósito de adaptação a capela da

Irmandade de São Miguel.9

o QUe Ver

LINHA DA BEIRA ALTA NELAS

o QUe FaZerParque Ecológico da Quinta da CercaInstalado numa quinta secular, oferece um pacote de serviços bastante diverso, em áreas tão distintas como o turismo ambiental, cultural, científico e natural, ha‑vendo ainda lugar para os desportos radicais. O pro‑jecto abarca as seguintes vertentes e equipamentos: quinta pedagógica; parque de jogos didácticos; uma rede articulada de percursos pedonais; um circuito de manutenção; jardim e parque de merendas; o horto municipal; centro de congressos; formação e educação ambiental; e formação outdoor e animação cultural.

onde comer

onde dormir

Hotel Nelas Parq ***Hotel moderno, situado no coração do Dão e a pouca distância das serras da Estrela e Caramulo. Em frente ao hotel, existe um complexo desportivo com piscina co‑berta e descoberta e campo de futebol relvado. Integra ainda um restaurante de cozinha regional.

Quartos 75M Avenida Professor Dr. Fortunato de Almeida, NelasT 232 941 470www.hotelnelasparq.pt

€ até 15 euros €€ entre 15 e 30 euros €€€ mais de 30 euros

Page 112: LinhasComboio Turismo

10

8 km

GUARDA

Estação da GuardaDistância da estação ao centro

Acessos:

A pé

Rodoviária da Beira Interior (www.rbi.pt) e mini‑bus; autocarros de 20 em 20 min.

Táxis: T. 271 221 863, 271 221 209

4 km

Fria e Formosa

Situada no último esporão seten‑trional da serra da Estrela, a uma al‑titude de 1056 metros, o que a torna a cidade mais alta de Portugal, a Guarda domina o planalto beirão. Encostada à raia e dominando os

vales do Mondego e do Côa, cedo assumiu o papel de atalaia. Na verdade, a fronteira de Vilar Formo‑so fica a menos de meia centena de quilómetros. O isolamento ditado pela sua condição geográfica e os condicionalismos militares a que esteve sujeita, levaram a que, durante séculos, a cidade fosse mar‑cada pela interioridade e virada sobre si mesma. Nas últimas décadas, a abertura de novas e boas vias de comunicação (desde as auto‑estradas A23 e A25, o antigo IP5, até à electrificação da Linha da Beira Alta, principal ligação internacional da rede ferro‑viária portuguesa) e a expansão do sistema de ensi‑no, aqui funcionando dois pólos universitários, pôs fim a este isolamento. Hoje, a Guarda é uma cidade virada para o futuro que preserva a sua história e tradições mas está empenhada em modernizar‑se. Enquadrada por uma paisagem forte e de grande beleza, próxima de várias aldeias históri‑cas e da vizinha Espanha, com bons hotéis e uma gastrono‑

mia rica e variada, a Guarda é uma boa aposta para

quem queira descobrir os encantos da raia beirã. O património construído é uma das suas gran‑des mais‑valias, merecendo uma referência especial a monumental sé, belo exemplo de igreja‑‑fortaleza, decorada interiormente com um famoso retábulo de pedra.

Igreja da Misericórdia

Page 113: LinhasComboio Turismo

11

LINHA DA BEIRA ALTA GUARDA

Casas do centro históricoComo qualquer cidade antiga que se preze, a Guarda tem um bonito centro histórico, onde se podem admirar pormenores arquitectónicos muito interessantes. Assim, na Rua Francisco dos Passos (antiga Rua Direita), no nº 15, pode observar‑se uma bela construção em grani‑to com pilastras decoradas e gárgulas que partem da cornija. Mais à frente, nos nº 26 e 28, há que ver outra casa de granito com uma varanda assente em mísulas. Destaque, também, para a janela manuelina. No nº 1 da Rua de D. Sancho, encontra‑se a casa onde nasceu o primeiro duque de Bragança, filho bastardo de D. João I e de D. Inês Pires. Na mesma rua, nos nº18 a 22, existe uma bonita janela de ângulo com coluna de mármore.

Sé Antes da construção da sé actual, a cidade teve duas outras catedrais, entretanto desa‑parecidas. A primeira, do século XIII foi levantada num local próximo da

o QUe Ver actual e a segunda situava‑se fora de portas, onde hoje se encontra a Igreja da Misericórdia. As obras inicia‑ram‑se no reinado de D. João I, em 1390, mas duraram até ao século XVI. As duas torres da entrada principal e outros elementos construtivos dão‑lhe uma imagem acastelada, própria de uma cidade inserida num cená‑rio de permanentes guerras. Com características góti‑cas e manuelinas, a porta principal situa‑se no topo contrário às torres, com pequeno portal manuelino. Actualmente a entrada faz‑se pela escadaria proces‑sional. No interior, o destaque vai para as colunas tor‑sas e, sobretudo, para o retábulo em pedra de Ançã, atribuído a João de Ruão, com mais de uma centena de figuras, distribuídas por seis andares, teatralizando a Paixão e Morte de Cristo.

Castelo A posição geográfica da cidade da Guarda e a sua loca‑lização num planalto levou a que a mesma se tivesse desenvolvido à sombra de um castelo. Desta estrutura medieval já pouco resta. Apenas uma parte im‑portante da cerca primitiva, a torre de menagem datada do século XII e a torre dos Ferreiros, construída no

Igreja da MisericórdiaLevantada no lugar onde existiu a segunda Sé da Guarda, mandada deitar abaixo por D. Fernando por se encontrar fora das muralhas, a Igreja da Misericórdia é um templo de características barrocas. De uma só nave, tem os altares revestidos a talha dourada. Des‑taque ainda para o púlpito e a cobertura de madeira da nave.

Page 114: LinhasComboio Turismo

12

GUARDA LINHA DA BEIRA ALTA

século seguinte, chegaram aos nossos dias. Esta última foi levantada para reforço de uma das portas de entrada da cidade. No seu in‑terior tem, para além de outras duas portas,

uma terceira, de guilhotina, que a tornava inex‑pugnável.

Seminário Episcopal da GuardaO Seminário Episcopal e o Paço foram mandados le‑vantar, em 1601, por D. Nuno de Noronha. De linhas sóbrias, tem uma fachada dividida em três corpos, dois laterais em granito e o do meio em alvenaria pintada de branco que corresponde à igreja. Neste edifício fun‑ciona, desde 1940, o Museu da Guarda. Reformulado, em 1985, pertence, actualmente, à rede do Instituto Português de Museus. Com um espólio muito variado, tem colecções de arqueologia, numismática, arte sacra dos séculos XVII e XVIII, cerâmica, fotografia, etnogra‑fia, escultura e pintura. Esta última inclui obras de pin‑tores portugueses, nomeadamente Carlos Reis, Antó‑nio Carneiro, Eduarda Lapa, Almeida e Silva e João Vaz.

Igreja de São VicenteO edifício actual é de final do século XVIII, altura em

que o bispo D. Jerónimo de Car‑valhal e Silva a

mandou reconstruir e lhe agregou a residência. A fa‑chada tem duas torres sineiras e sobre o portal pode ver‑se o brasão do bispo. É decorada no interior a talha barroca e a azulejos figurados setecentistas ilustrando a vida de Jesus, a Sagrada Família e a Via Sacra. Para além disso destaca‑se o painel existente na capela‑‑mor, com os símbolos da Paixão e a porta policroma‑da em trompe l’oeil.

JudiariaÉ um dos recantos mais pitorescos da cidade e uma das suas zonas mais antigas. Localiza‑se na Rua do Am‑paro e anexas. Como era habitual na época, a judiaria estava separada do resto da cidade. O que começou por ser uma área modesta com casas de caracterís‑ticas rurais acabou por se transformar, com o desen‑volvimento do comércio, nos séculos XVI e XVII, numa zona mais opulenta em que as casas humildes foram por vezes substituídas por edifícios ornamentados de maior dimensão.

Teatro Municipal da GuardaInaugurado em 2005, o Teatro Municipal da Guarda veio dinamizar e, em grande medida, revolucionar a vida cultural de toda a região. Com uma programação constante, diversificada e ambiciosa, o TMG integra diversos equipamentos, incluindo um grande auditório com condições para receber grandes produções de tea‑tro, ópera, dança e música, um pequeno auditório que também funciona como sala de cinema, uma galeria de arte e ainda uma zona de café‑concerto. O projecto ar‑quitectónico, coordenado pelo arquitecto Carlos Veloso, procurou a integração do edifício, constituído por dois cubos gigantes, em declive no tecido urbano.

Page 115: LinhasComboio Turismo

13

O Ferrinho €€Situado junto à Sé Catedral, em pleno centro histórico da cidade, confecciona pratos e petiscos típicos da gastrono‑mia beirã. Comece com morcela da Guarda tostada com erva e prossiga com truta grelhada recheada com pre‑sunto ou cabrito assado. Também costuma haver alguns pratos de caça, como javali. Não fumadores.

Encerra DomingoM Rua Francisco de Passos, GuardaT 271 211 9 90

Solar da Beira €Situado no centro histórico da Guarda, junto à Sé Cate‑dral, com sala de refeições acolhedora e boa cozinha, a preços muito razoáveis. Não fumadores.

M Rua Doutor Francisco de Passos, 9 T 271 211 563

LINHA DA BEIRA ALTA GUARDA

onde comer

Belo Horizonte €Está instalado numa casa de pedra em plena zona histó‑rica. Os enchidos e o queijo da serra imperam nas entra‑das. O resto também não foge à tradição. Cabrito, baca‑lhau à conde da Guarda ou cozido com grão são estrelas de uma ementa bem regional. Não fumadores.

Encerra SábadoM Largo de São Vicente, 2T 271 211 454

Lusitânia Parque Hotel ****Perto do centro da Guarda, com bons acessos à serra, é uma das mais recentes unidades hoteleiras da cidade. Tem restaurante, sala de jogos, campo de futebol e té‑nis, piscina interior e exterior e health club com sauna e ginásio.

Quartos 63M Urbanização Quinta das Covas, Lote 34T 271 238 285www.hotellusitaniaparque.com

onde dormir

Cozinha serranaO cabrito e a chanfana são pratos serranos típi‑cos, tal como os enchidos. Neste capítulo tem especial fama a morcela da Guarda, que acom‑panha bem com maça ou ananás. Fruto de um saber ancestral é o Queijo da Serra, produzi‑do a partir do leite de vaca e com um sabor e uma textura inconfundíveis.

o QUe Saborear

Hotel VanGuarda ***Situado a mais de 1000 metros

de altitude, proporciona excelentes vis‑tas panorâmicas sobre a envolvente serrana. É

um três estrelas superior, com todas as comodidades indispensáveis e ainda com a vantagem do bar e res‑taurante panorâmicos.

Quartos 82M Avenida Monsenhor Mendes do CarmoT 271 208 390www.hotelvanguarda.com

Hotel VanGuarda

€ até 15 euros €€ entre 15 e 30 euros €€€ mais de 30 euros

Page 116: LinhasComboio Turismo

14

terra de fronteira

Vilar Formoso era apenas uma tranquila lo‑calidade raiana até ser inaugurada a linha férrea que uniu Portugal à Europa, em 1882.

O corropio de gente e mercadorias não se fez esperar e ali se estabeleceu uma das principais alfândegas nacionais. O pequeno lugar foi en‑

tão crescendo, entre a magnífica estação de comboios e a margem da ribeira de Tourões, onde se debruçava o casario mais antigo. Com a abertura da fronteira e o menor número de passageiros, a economia local ressentiu‑se mas a estação continuou a ser considera‑da a sala de visitas de Vilar Formoso, sendo uma das mais bonitas de Portugal. É imperdoável viajar pela linha da Beira Alta sem vir a Vilar Formoso apreciar os belíssimos painéis de azulejos da estação ferroviária, autêntico retrato simbólico do país e mostruário das belezas turísticas do Portugal dos anos 30 e 40. Se estiver na Guarda, por exemplo, vale a pena percorrer tranquilamente os 40 quilómetros de planalto graní‑tico (com passagem pela alta ponte sobre o Côa) que separam a capital de distrito da fronteira com Espanha. Mas para além da estação, outros monumentos enri‑quecem o património desta localidade pertencente ao concelho de Almeida. A igreja paroquial, construída no século XIII pelos Templários, ou a escultura pública que homenageia os muitos emigrantes que por ali passa‑ram. O austero edifício alfandegário merece também um olhar atento, bem como a velhinha locomotiva a vapor, modelo emblemático que é exposto para nunca esquecer a ligação es‑treita de Vilar Formoso ao comboio.

VILAR FORMOSO

Estação de Vilar FormosoDistância da estação ao centro

Acessos:

A pé

Táxis: T. 271 512 358, 271 513 038

A estaçãoVilar Formoso recebe os visi‑tantes com uma notável colecção de 50 painéis de azulejos, da autoria de João Alves de Sá. O artista representou diver‑sos temas, mas ganham especial destaque os que ilustram os principais monumentos e paisagens do país, como a serra da Estrela ou as florestas da ilha de São Miguel. Interessantes, até pelo simbolismo, são também os painéis que apresentam o escudo nacional e a palavra «Portugal», motivo de alegria para muitos emigrantes lusos que durante décadas tiveram esta gare como porta de entrada no nosso país.

1 Km

Page 117: LinhasComboio Turismo

Igreja Paroquial de S. João BaptistaIgreja de uma só nave onde se destaca a capela‑mor coberta por tecto mudéjar policromo. Conserva uma pia baptismal monolítica e os altares são barrocos.

Capela de Nossa Senhora da PazPequena capela de traça românica, mandada edificar pelos Templários, tem uma estrutura simples e robusta, quase totalmente destitu‑ída de motivos deco‑rativos.

o QUe Ver

LINHA DA BEIRA ALTA VILAR FORMOSO

Hotel Lusitano***Alojamento simples e confortável junto à fronteira com Espanha. Com bar, restaurante e sala de estar.

Quartos 34M Avenida da Fronteira, Vilar FormosoT 271 513 503

Hospedaria TurismoOferece quartos simples e confortáveis, a preço acessí‑vel, com pequeno‑almoço incluído. Dispõe de bar.

Quartos 33M Rua da SofiaT 271 510 080

onde comer

O Beira Raia €Restaurante pertencente a uma residencial, oferece um ambiente simples e familiar e uma cozinha igualmente caseira. A ementa privilegia pratos da cozinha portu‑guesa, confeccionados de forma simples e saborosa. Peça, por exemplo, o bacalhau à Brás ou borrego estu‑fado. Não fumadores.

Encerra DomingoM Rua Externato, 13T 271 512 153

Quinta do Prado Verde €€Complexo turístico, vocacionado para a realização de eventos, integra um restaurante aberto diariamente ao público em geral. De Inverno a lareira aconchega e no Verão são a piscina e os jardins que refrescam o am‑biente. Não fumadores.

Encerra De segunda a quinta ao jantarM Vilar FormosoT 271 511 413http://quintapradoverde.plane-taclix.pt/

onde dormir

€ até 15 euros €€ entre 15 e 30 euros €€€ mais de 30 euros

Page 118: LinhasComboio Turismo

a bordo do comboio reGionaL

9 linhas para descobrir P

ortugal

1 Linha do minho

2 Linha do douro

3 Linha do Vouga

4 Linha do norte e ramal de tomar

5 Linha da beira alta

6 Linha da beira baixa

7 Linha do oeste

8 Linha do Leste e ramal de cáceres

9 Linha do algarve

Page 119: LinhasComboio Turismo

A bordo do comboio regionAl9 linhas para descobrir Portugal

linhA dA beirA bAiXAPraia do ribatejo

Abrantes

belver

Vila Velha de ródão

castelo branco

Fundão

covilhã

Foto:

Cerej

a do F

undã

o

Page 120: LinhasComboio Turismo

LINHA DA BEIRA BAIXA

FUNDÃO

COVILHÃ

RÓDÃO

LINHA DA BEIRA BAIXA

“o Castelo de Almourol emerge das suaságuastranquilas”

Entroncamento

Barquinha

Tancos

Almourol

Praia do Ribatejo

Abrantes

Belver

Ródão

Castelo Branco

Alcains

Castelo Novo

Alpedrinha

Penamacor

Donas

Fundão

Tortosendo

Covilhã

Belmonte-Manteigas

Sabugal

Page 121: LinhasComboio Turismo

LINHA DA BEIRA BAIXA

3

FUNDÃO

COVILHÃ

RÓDÃO

rio acima até às serrasUma viagem de comboio que acompanha o Tejo, através das lezírias ribatejanas e das margens escarpadas beirãs. Paisagens bucólicas feitas de arrozais, pastos e serras guardadas por castelos medievais, que nos lembram o Portugal de outros tempos.

Onde a linha do Norte se cruza com a da Beira Baixa, cresceu a cidade do Entroncamento e a estação onde é dado o sinal de partida nes-ta viagem. Até à Covilhã, são 242 quilómetros de paisagens que ganham relevo à medida que nos aproximamos do destino.

Por enquanto, sucedem-se as povoações alvas e anó-nimas até que se vislumbra Vila Nova da Barquinha e o Tejo, rio que define e acompanha grande parte do tra-jecto. Adiante, o Castelo de Almourol emerge das suas águas tranquilas, como uma miragem. Edificado em 1171, esta fortificação, classificada como monumento nacional, mantém quase intacta a sua torre de mena-gem e muralhas.Constância surge pouco depois, com a sua arquitectura harmoniosa, assistindo calmamente ao encontro do Tejo com o Zêzere. Mas após a passagem por esta vila, perdemos o rio de vista e ficamos entre campos de re-gadio e extensões de montado.Mas o Tejo acaba por regressar “aos pés” de Abrantes, cidade florida e de boa gastronomia, que funcionou em tempos como guarda avançada das Beiras e do Ribatejo e porto fluvial.

Serpenteando caminhoAtravessada a ponte sobre o Tejo, à saída de Abrantes, o rio deixa aos poucos o seu curso tranquilo, na planície, para rasgar escar-pas rocho-

sas. Eis então que aparece a Bar-ragem de Belver, emoldurada por pitorescos caniçais. A linha aproxi-ma-se cada vez mais das águas do rio que volta a dominar a paisagem

quando passamos pela Barragem do Fratel.As encostas tornam-se mais pronunciadas até que surgem as míticas Portas do Ródão: duas formações rochosas que quase se beijam, não fossem apartadas pelo grandioso Tejo. Mas acabamos por nos afastar das suas águas, rumo a Castelo Branco, por entre grandes extensões de mata e pinhal.

A etapa de montanhaPassada a capital da Beira Baixa, a próxima cidade do itinerário é a Covilhã. Mas até lá é necessário contornar a serra da Gardunha e entrar na fértil Cova da Beira, passando pelo Fundão e pelos seus cerejais.Nesta viagem cruzam-se assim as paisagens mais dis-tintas do centro do país, entre as lezírias do Ribatejo e as escarpas da serra da Estrela, por uma linha construída no século XIX, ainda hoje uma das mais belas de Por-tugal.

Barquinha Parque

Linha da Beira Baixa junto ao Tejo

Page 122: LinhasComboio Turismo

4

e pitoresco

cenário ribeirinho. O Barquinha Parque (apeadeiro

da Barquinha), inaugurado em 2005, desen-volve-se junto às margens do Tejo e é o maior espa-ço de lazer e recreação do concelho. Com diversos equipamentos, foi distinguido em 2007 com um prémio de arquitectura. Para além dos monumen-tos e belas paisagens ribeirinhas, onde sabe bem descansar o olhar, a gastronomia é outro dos gran-des atractivos desta região, especialmente animadas na época do sável e da lampreia, em Fevereiro e Março.

castelo encantado

A vila de Praia do Ribatejo cresceu nas mar-gens do rio Tejo como Pay Pelle, nome cuja origem remonta ao século XII e que resis-

tiu até 1927. Nesse ano, o antigo concelho de Paio de Pele deu lugar ao de Vila Nova da Barquinha, nascendo a actual freguesia de

Praia do Ribatejo. O povoado estruturou-se durante o período medieval, estando directamente relaciona-do com o sistema defensivo lusitanoO grande testemunho deste papel é o singular caste-lo de Almourol, mandado construir pela Ordem dos Templários. Erguido sobre uma pequena ilha escar-pada no meio do Tejo, é uma das edificações militares mais emblemáticas e também cenográfica, pela sua localização ímpar. O final da Reconquista Cristã levou ao abandono da fortificação e à sua degradação, só contrariada pelo Romantismo do século XIX e pelas obras que lhe deram a actual configuração. A clas-sificação de Monumento Nacional foi atribuída em 1910 e mais recentemente foi um dos finalistas da iniciativa que elegeu as Sete Maravilhas de Portugal, sendo o principal cartão de vista desta vila ribeirinha.Nas proximidades de Praia do Ribatejo há outras referências a ter em conta, também acessíveis por comboio. É o caso de Tancos, com apeadeiro próprio, aprazível vila florida situa-da na margem direita do Tejo, em repou-s a n t e

Estação de Praia doRibatejoDistância da estação ao centro

Acessos:

A pé

Táxis: T. 249 733 139

1 km

PRAIA DO RIBATEJO

Castelo de Almourol

Page 123: LinhasComboio Turismo

que retratam a história de Vila Nova da Barquinha e das suas gentes. Existe ainda um acolhedor bar com decoração típica, alusiva às vivências locais, e o ar-tesanato está presente nas miniaturas em barro do Castelo de Almourol, da autoria de Joaquim Vieira.

Tancos (apeadeiro de Tancos)Situada na margem direita do Tejo e apelidada de “vila florida”, Tancos é uma aprazível vila ribeirinha onde sabe bem parar e ficar a descansar a vista no Tejo, num anfiteatro que aí existe para esse efeito, desfrutando de um cenário paisagístico calmo e repousante.

Igreja Matriz de Tancos (apeadeiro de Tancos)Datada do século XVI, é dedicada a Nossa Senhora da Conceição. De referir a abóbada de caixotões, os azu-lejos do século XVII e um retábulo de talha maneirista. Mas vale sobretudo pela beleza do cenário ribeirinho em que se insere.

Barquinha Parque (apeadeiro da Barquinha)Distinguido com o Prémio Nacional de Arquitectura Pai-sagista em 2007, é o maior espaço de lazer e recreação do concelho. Com cerca de 7 hectares, desenvolve-se junto ao rio Tejo e reúne equipamentos desportivos, zonas lúdicas para as crianças e percursos ribeirinhos.

Museu Etnográfico “21” (apeadeiro da Barquinha)Colecção particular de Joaquim Matos Vieira, compos-ta por diversos objectos, recolhidos pelo proprietário,

o QUe Ver

LINHA DA BEIRA BAIXA PRAIA DO RIBATEJO

Museu Etnográfico “21”

Igreja Matriz de Tancos

Tancos

Page 124: LinhasComboio Turismo

sim chamado por servir sobretudo para usos militares, e o Cais de S. Marcos. É neste último que se encontra uma embarcação, conhecida como a barca do Arripiado, que faz a travessia até Tancos ou transporta os visitan-tes até ao castelo de Almourol. A embarcação funciona todos os dias e permite fazer belos passeios no rio Tejo, admirando as paisagens e vilas ribeirinhas.

Praça de Touros de Vila Nova da BarquinhaConstruída em 1853, é a segunda praça mais antiga do país e está situada junto à estação ferroviária. Foi res-taurada recentemente, mantendo a sua traça original.

Igreja Matriz de AtalaiaDatada do século XVI, está classificada como monumen-to nacional e é um belo exemplar da arquitectura renas-centista no nosso país. Dedicada a Nossa Senhora da As-sunção, ostenta uma fachada imponente. O portal nobre, antecedido por uma escadaria, é da autoria do arquitecto francês João de Ruão. A capela-mor, atribuída a Diogo de Castilho, tem um arco pleno profusamente decorado e guarda o túmulo barroco do segundo cardeal-patriarca de Lisboa, D. José Manuel da Câmara. Destacam-se ainda bonitos azulejos do século XVII e uma escultura do século XV, em calcário, representando a Virgem com o Menino e atribuída ao escultor Diogo Pires, o Velho.

PRAIA DO RIBATEJO LINHA DA BEIRA BAIXA

6

Castelo de Almourol (apeadeiro de Almourol)Situado num ilhéu do rio Tejo, a meio caminho entre Vila Nova da Barquinha e Constância, o castelo ergue-se sobre um afloramento granítico de 18 metros de altura por 310 de comprimento. É caso único nos castelos por-tugueses. Tanto o enquadramento paisagístico como a antiguidade fazem dele uma importante atracção turís-tica, não admirando, assim, que seja um dos finalistas do concurso das Maravilhas de Portugal. Por informação arqueológica sabe-se que foi construído sobre uma forti-ficação romana. Conquistado aos mouros por D. Afonso Henriques foi, em 1171 entregue à Ordem dos Templá-rios, sendo então reconstruído e ampliado por ordem do seu Mestre, Guadim Pais, como se pode ler na lápide so-bre a portada interior do castelo. De planta quadrangular, passada a porta flanqueada por dois torreões, encontra--se o caminho que contorna a torre de menagem, a que é imprescindível subir, e a muralha do castelo, coroada de cubelos, ameias e adarves com íngremes escadas de acesso. Foi restaurado pelos Monumentos Nacionais nos anos de 1940, tendo-lhe sido devolvida a traça original. Para o visitar tem de recorrer a um barqueiro que se en-contra na margem esperando os visitantes e com o qual se combina a viagem de ida e volta.

ArripiadoDebruçada em anfiteatro sobre o Tejo, a aldeia do Ar-ripiado (pertencente ao concelho da Chamusca) fica localizada mesmo em frente à vila de Tancos, na outra margem do rio. Daqui se avista o castelo de Almourol, bem como a lezíria ribatejana que aqui começa. Junto à margem do rio, existe um belíssimo passeio ribeirinho em calçada portuguesa, decorado com esculturas de José Coelho. Existem dois cais fluviais, o Cais Militar, as-

Page 125: LinhasComboio Turismo

Residencial Soltejo(apeadeiro da Barquinha)Alojamento com razoáveis condições de conforto, acessível através do apeadeiro da Barquinha.

Quartos 14M Estrada Nacional 3 Km 88,300, BarquinhaT 249 720 150

Almourol €€(apeadeiro de Tancos)A funcionar desde 1991, oferece um bom plano do Tejo, da ilhota e do castelo cujo nome baptizou a casa. Espe-cialidades à base de peixe do rio - enguias fritas ou fri-tada de peixe do rio com açorda de tomate - e de carne - entrecosto grelhado com migas de couve e grelhada mista de carnes com migas e arroz de feijão para duas pessoas, são exemplos. Zona de fumadores (esplanada).

Encerra Terça-feira M Rua Cais de Tancos, 2, TancosT 249 720 100www.almourol.com

O Chico €Situado em Praia do Ribatejo, é um restaurante fami-liar, de bom acolhimento, com uma cozinha simples a preços acessíveis. Tem como especialidades sável e lampreia, na época, para além dos chocos ao alhinho, pernil e cozido à portuguesa ao domingo, entre outros pratos. A sala de refeições é ampla e espaçosa e oferece uma magnífica vista para o rio. Não fumadores.

Aberto todos os diasM Rua Comendador Manuel V Cruz,Praia do RibatejoT 249 733 224

LINHA DA BEIRA BAIXA PRAIA DO RIBATEJO

onde dormir

7

onde comerGastronomia O concelho de Vila Nova da Barquinha, ao qual Praia do Ribatejo pertence, é banhado por três rios - Tejo, Zêzere e Nabão – facto que tem influência deter-minante na gastronomia da região. Os chamados peixes de rio são a base de uma cozinha rica e en-genhosa que acompanha as épocas e as estações. Caldeiradas, ensopados e açordas não falham nas ementas dos restaurantes da região durante todo o ano. Mas especialmente animada é a época do sável e da lampreia, entre os meses de Fevereiro e Março, quando a açorda de sável e o arroz de lam-preia são as estrelas gastronómicas nos restauran-tes aderentes às mostras e eventos gastronómicos que nesta altura o município incentiva e promove.

o QUe SAboreAr

De barco até AlmourolPara visitar o castelo de Almourol há diversas opções: a partir de Tancos (Cais d’ El Rei), numa embarcação de recreio com capacidade para 50 pessoas; na barca de passagem do Arripiado (Cais de S. Marcos) e nas embarcações junto ao castelo, com capacidade para 20 pessoas.

o QUe FAZer

€ até 15 euros €€ entre 15 e 30 euros €€€ mais de 30 euros

Page 126: LinhasComboio Turismo

8

Estação de AbrantesDistância da estação ao centro

Acessos:Autocarro: Rodoviária do Tejo, carreira com partida da estação 1003www.rodotejo.pt

Táxis: T. 241 362 846

1 km

ABRANTES

Sentinela do Tejo

Na fronteira entre a Beira e o Alentejo, com história e património interessantes, bonitos parques e jardins e atractivos gastronómicos, Abrantes é uma cidade cada vez mais procura-

da também devido à grande oferta de turismo activo.

Segundo alguns autores, terá sido fundada pelos túrdulos, 990 anos antes de Cristo, segundo outros por galo-celtas em 308 a.C. Foi senhoreada por ro-manos, visigodos, árabes e, por fim, a 8 de Dezembro de 1148, conquistada por D. Afonso Henriques, que, seis anos depois, a doou à Ordem de Santiago de Es-pada, concedendo-lhe foral. A história de Abrantes cruzou-se, por diversas vezes, com a monarquia, des-tacando-se relevantes episódios históricos. Foi daqui que D. João I partiu para a Batalha de Aljubarrota, em 1385. No início do século XVI (1506 e 1507) aqui nas-ceram os Infantes D. Luís e D. Fernando, no Paço Real, filhos de D. Manuel I, que permaneceu em Abrantes, refugiando-se da peste que se fazia sentir em Lis-boa. Localizada na confluência de três «províncias», Abrantes tinha ao seu dispor uma via de desenvol-vimento, o rio Tejo, que lhe possibilitou uma diversi-ficada actividade comercial com Santarém, Lisboa e ainda trocas directas com o estrangeiro. Existe em Abrantes um vasto

e rico con-junto patrimonial,

paisagístico, parques, jardins e, cada vez mais, desde a construção do pro-

jecto Aquapolis (parque urbano ribeirinho que se es-tende pelas duas margens do Tejo) pela sua enorme oferta de turismo activo: actividades náuticas, hipis-mo, basebol, karting, BTT, entre outros. Na gastronomia sobressai a ligação ao rio Tejo, bem como uma apreciada doçaria conventual de longa tradi-ção.

Vista do castelo de Abrantes

Page 127: LinhasComboio Turismo

o QUe Ver

LINHA DA BEIRA BAIXA ABRANTES

Igreja de Santa Maria do Castelo Museu Municipal D. Lopo de AlmeidaConfundindo-se com a existência do castelo, a igreja foi mandada edificar por D. Afonso II em 1215 e reconstru-ída após o terramoto de 1429, com características góti-cas e manuelinas. No interior, de uma só nave, merecem destaque o arco triunfal gótico e os painéis de azulejos hispano-árabes. Panteões dos Almeidas, nele se desta-cam os túmulos góticos. A capela-mor tem notáveis azu-lejos sevilhanos de corda seca e um retábulo. Aqui se ins-talou em 1921 o Museu Municipal D. Lopo de Almeida, que guarda um rico acervo histórico e artístico, com colecções de arqueologia, pintu-ra, escultura, paramentaria, etnografia e arte sacra.

Museu da Escultura em Ferro ao ar livre Situado num local elevado da cidade (Alto de Santo António, junto ao edifício Pirâmide), é um dos mais interessantes atractivos de Abrantes. O Parque do Alto de Santo António sofreu uma profunda remodelação urbanística, aqui surgindo um Museu de Escultura em Ferro ao Ar Livre. É neste local que encontramos todos os trabalhos resultantes do I e II Simpósio de Escultura em Ferro, de Abrantes.

Igreja de São João BaptistaClassificada como monumento nacional, terá sido fundada no século XII, segundo se conta pela Rainha Santa Isabel. O actual templo apresenta uma facha-da maneirista inacabada, faltando-lhe uma torre. Merecem destaque os azulejos que revestem a capela-mor, os caixotões em pedra e o retábulo em talha dourada po-licroma, entre outros elementos.

Castelo/FortalezaDe planta poligonal irregular, ergue-se numa colina a 196 metros de altitude. Terá sido mandado construir por D. Afonso Henriques, no século XII, para defesa da linha do Tejo. Foi alvo de sucessivas reconstruções e ocupações militares, desde a sua primitiva construção até ao século XX. Desempenhou papel de relevo na defesa contra as invasões estrangeiras. Esta fortaleza com torre de me-nagem, mandada construir por D. Dinis em 1300, é de-tentora da maior e mais bela panorâmica desta região, vendo-se paisagem a toda a volta, num raio de 70 km, permitindo contemplar a lezíria ribatejana, a charneca alentejana e as serranias da Beira.

Page 128: LinhasComboio Turismo

10

Parque Urbano Ribeirinho - AquapolisResultante da reabilitação das duas margens do Tejo, jun-to à encosta sul da cidade de Abrantes, o Aquapolis – Par-que Urbano Ribeirinho é um espaço de lazer e recreio re-cente, criado em 2007, pensado como local privilegiado para a fruição do rio. Abrange uma área total de 85 hec-tares e integra diversas infra-estruturas e equipamentos. O açude insuflável, com cerca de 240 metros de compri-mento, é um dos principais. Deu origem a uma albufeira artificial que transformou radicalmente a paisagem. A oferta desportiva é outro dos pontos fortes, já que é pos-sível praticar, no espelho de água, modalidades como a canoagem, remo, vela e windsurf. Em terra, numa zona de areal, existem campos de voleibol, futebol e râguebi de praia, para além de estruturas de apoio a desportos radicais como patins e skate. Vastas áreas verdes e ajardi-nadas, parques de merendas e zonas para passeios a pé ou de bicicleta permitem um contacto estreito com o rio, assim como a oferta de esplanadas, bares e restaurantes. O factor histórico não foi esquecido, fazendo-se sobres-sair o conjunto de pilares de uma antiga ponte de barcas do século XIX – os mourões - e a Fonte dos Touros (antigo lavadouro público restaurado).

Parque Urbano Mata de S. LourençoA Mata de S. Lourenço fica dentro do perímetro urbano da cidade de Abrantes, ocupando 14 hectares. Remo-delada em 2004, tem percursos pedonais e uma ciclo-via (há aluguer de bicicletas). Um parque infantil e de merendas, uma parede de escalada, uma ludoteca, um espaço para paintball, um lago, um café/restaurante e um parque de insufláveis completam o equipamento. No espaço circundante fica a ermida do século XVI, dedi-cada a São Lourenço

o QUe FAZer

ABRANTES LINHA DA BEIRA BAIXA

Doçaria e pratos típicosHá duas grandes tradições na doçaria de Abrantes: a primeira associada ao movimento fluvial que em tem-pos animava o Tejo, sendo Abrantes porto de paragem no abastecimento de fardos de palha para os animais da capital. Assim nasceu a citação «se queres palha vai a Abrantes». Outro ditado popular diz que “Vale a pena ser burro para comer a palha de Abrantes!”. É senso co-mum que, tanto este doce de ovos como a tigelada, co-zida tradicionalmente em tigelas de barro não vidrado, tiveram a sua origem nos conventos da cidade, nomea-damente no convento dominicano da Graça. No capítulo dos pratos típicos, a ligação ao rio Tejo é forte e marcante. As receitas de peixe estão em evidên-cia, como o achigã grelhado, o arroz de lampreia ou a açorda de sável. Cabrito e maranhos são algumas das especialidades mais relevantes no capítulo das carnes.

o QUe SAboreAr

Parque Urbano Ribeirinho - Aquapolis

Page 129: LinhasComboio Turismo

11

Hotel de Turismo de Abrantes ***Inaugurado em 1954, fica numa das colinas de Abrantes com óptima vista sobre a cidade. O res-taurante destaca-se pelas paredes envidraçadas que permitem desfrutar da panorâmica sobre o vale do Tejo. Bar e sala de jogos são algumas das opções de lazer disponíveis.

Quartos 43M Largo de Santo AntónioT 241 361 261www.hotelabrantes.pt

Pousada de Juventude de Abrantes Pegue num mapa de Portugal e aponte o dedo para o centro do país. A pousada fica mesmo ali, empoleirada numa colina, entre a cidade e o Tejo. Para conhecer as imediações, o melhor é alugar uma bicicleta e partir à descoberta. Tem cozinha de alberguista, bar, refeitório, snooker e ténis de mesa.

M Avenida Engº Adelino Amaro da CostaT 241 379 210www.pousadasjuventude.pt

A Cascata €€Restaurante de cozinha regional, classificado com vários prémios de gastronomia e menções honrosas. Comece com enchidos regionais e prossiga com o bacalhau com broa, cabrito assado com arroz de miúdos ou especialida-des da região como maranhos à moda da Beira Baixa ou bucho recheado. Zona de fumadores (esplanadas).

Encerra Domingo ao jantar e segunda-feiraM Rua Manuel Lopes Valente Júnior, 19T 241 361 011www.cascata.pt

Santa Isabel €Restaurante de ambiente familiar, situado numa das ruas mais típicas de Abrantes. É uma casa constituída por três salas rústicas e oferece uma gastronomia com influências do Ribatejo, Beiras e Alentejo. Tem como especialidade mais curiosa o bacalhau assado no forno em pão saloio que deve ser encomendado previamente. Não fumadores.

Encerra Domingo e feriadosM Rua Santa Isabel 12 - 14 T 967 893 970

onde dormironde comer

11

LINHA DA BEIRA BAIXA ABRANTES

€ até 15 euros €€ entre 15 e 30 euros €€€ mais de 30 euros

Page 130: LinhasComboio Turismo

12

8 km

BELvER

Estação de BelverDistância da estação ao centro

Acessos: A pé

Táxis: T. 241 634 228

0.8 km

castelo que vigia o Tejo

Alteada pelo seu castelo medieval, a vila de Belver nasceu na margem direita do rio Tejo durante o sécu-lo XII, altura em que D. Sancho I

iniciou o povoamento permanente desta região. Foi também o monarca

que lhe atribuiu o nome Belver, interpretado como “bela vista” e que estará relacionada com a locali-zação do referido castelo, no alto de um morro que oferece uma bonita panorâmica do território envol-vente. Vila acastelada, debruçada sobre o Tejo, Bel-ver enquadra-se num cenário ímpar, de magníficas paisagens, de olivais e vinhas em socalco. Situada na fronteira entre a Beira e o Alentejo, uma ponte rodoviária sobre o rio faz a ligação entre estas duas regiões. A localidade guarda vestígios antigos, desta-cando-se a Anta do Penedo Gordo e diversos achados romanos. Da época medieval é o ex-libris da vila, o castelo altaneiro que integrava a linha defensiva do Tejo (da qual também faziam parte as fortificações de Almourol e Amieira do Tejo) e desempenhou um importante papel no período da Reconquista Cristã.Considerado um dos mais completos da arquitectu-ra militar medieval, a construção do castelo de Belver é atribuída a Gualdim Pais, o cruzado português que lutou ao lado de Dom Afonso

Henriques

contra os mouros e que, mais tarde, viria a ser nomeado

Grão-Mestre da Ordem dos Templários. Classifi-cado como monumento nacional em 1910, é o mais valioso património cultural desta povoação e um dos principais pontos de interesse turístico, apenas supe-rado pelas excelentes condições de lazer oferecidas pela barragem de Belver. Menção ainda para um atractivo turístico mais recente, a feira medieval anual, uma recriação histórica da épo-ca, que desde 2001 atrai à vila milhares de vi-sitantes.

Rio Tejo em Belver

Page 131: LinhasComboio Turismo

13

LINHA DA BEIRA BAIXA BELvER

Castelo de BelverFormoso e bem conservado castelo, virado para o Tejo, foi edificado por D. Afonso Pais, em 1194 e reconstru-ído em 1390 por D. Nuno Álvares Pereira. Conserva os panos de muralha, em parte ameados e com restos de torreões. A porta de entrada é do século XV, com arco de volta redonda. A Capela de São Brás, no interior do castelo, contém um retábulo renascentista digno de nota. Com belas vistas sobre o Tejo, retenha que, para o visitar vindo do Gavião, tem de descer uma estrada estreita e sinuosa e cruzar o Tejo pela ponte metálica.

Igreja Matriz de BelverDedicado a Nossa Senhora da Visitação, é datada do sé-culo XVI. É de assinalar, no seu interior, o painel do Altar das Almas que retrata S. Miguel no Purgatório, atribuí-do a Pedro Alexandrino, autor do retábulo do altar-mor da Sé de Lisboa.

Capela de São BrásLocalizada no castelo, data de finais do século XVI e guarda, no altar, um retábulo em madeira que foi ofe-recido pelo Infante D. Luís. Este ofertou igualmente o cofre com as Santas Relíquias trazidas da Terra Santa, que está hoje na Igreja Matriz e é motivo de festa anual em Agosto.

Ermida de Nossa Senhora do PilarPequena capela, situada já fora da povoação de Belver, datada de finais do século XVII. Foi recentemente res-taurada e guarda no tecto uma pintura a fresco.

o QUe Ver

comboio AVenTUrARota de Belver

Chegue a Belver e aprecie o percurso pitoresco, sobretudo ao longo do rio Tejo, onde a paisagem se destaca pelas suas insinuantes montanhas e verdes dominantes. Depois de embalado por este cenário prepare-se para saltar, correr, su-bir, descer, passear. Algumas das actividades propostas incluem prova mini-challenger; slide, canoagem, tiro com arco, prova de obstáculos (pontes de cordas), paintball e passeio pedestre pelo passadiço do Alamal. Para retemperar for-ças, delicie-se à mesa de um bom restaurante, com especialidades da gastronomia portugue-sa. A CP estabeleceu parcerias com entidades organizadoras de eventos, a pensar na diversão de todos. Há programas adequados aos miúdos e aos graúdos, a grupos de amigos, casais de aventureiros, famílias com filhos ou escolas. Com saídas de Lisboa, Vila Franca de Xira, Santarém e Entroncamento, agora só tem de escolher o me-lhor programa para si e marcar a data de partida. Informações em 808 208 208 ou cp.pt

o QUe FAZer

ProgrAmA

Page 132: LinhasComboio Turismo

14

BELvER LINHA DA BEIRA BAIXA

onde comer

A Lena €Restaurante situado no apeadeiro da Barragem de Belver, oferece instalações simples mas confortáveis. A melhor opção é o peixe, com destaque para a lampreia, na época. Não fumadores.

Aberto todos os diasM Barragem de Belver, OrtigaT 241 573 457

Kabras €Restaurante típico e rústico, com ambiente acolhedor e familiar. O cardápio possui sugestões de carnes e enchi-dos da região e peixe do rio Tejo apanhado diariamente. A acompanhar o repasto, vinho regional de Mação ou vinho de Pias em jarro. Dando atenção ao nome, po-de-se cair no engano - apesar de servir boa carne, a sua especialidade é a fataça grelhada ou frita, bem como outros peixes do rio (enguias, sável, lampreia, achigãs), sempre acompanhados pela açorda de ovas. Nas carnes há maranhos e grelhados de javali, porco preto, borre-go, cabrito e vitela. Não fumadores.

M Estrada da Barragem, OrtigaT 917 008 389www.restaurante-kabras.com

roTAS gASTronómicASRota da Lampreia

Nunca é tarde para partir à descoberta dos locais mais escondidos do país, nem cedo demais para começar a saborear as iguarias que o nosso país oferece. Temos uma vasta e diversa história e tradição para conhecer e explorar. A CP sugere uma viagem até Belver, local típico do prato de lampreia.Partidas de Fevereiro a Março em comboio regio-nal. Viagem de ida e volta e reserva para almoço em restaurante seleccionado, junto à barragem. Para grupos a partir de 10 pessoas. Informações em 808 208 208 ou cp.pt

Praia Fluvial do AlamalSituada na margem esquerda do rio Tejo, é das pou-cas praias do Alentejo com bandeira azul. Integrada no complexo da Quinta do Alamal, oferece um ex-tenso areal junto à água, bem como vastas zonas verdes com o Castelo de Belver como imagem de fundo. Para almoçar descontraidamente, usufruin-do da magnífica paisagem, existe um bar-restau-rante. Está classificada como “Praia Acessível”.

€ até 15 euros €€ entre 15 e 30 euros €€€ mais de 30 euros

ProgrAmA

Page 133: LinhasComboio Turismo

15

LINHA DA BEIRA BAIXA BELvER

Casa Covão da Abitureira Turismo RuralSituado num local privilegiado, mesmo sobre o rio Tejo, na fronteira entre o Alentejo e a Beira Baixa), esta casa propor-ciona um alojamento acolhedor e confortável, em estreita ligação ao cenário natural envolvente. Do seu terraço pano-râmico é possível avistar o castelo de Belver e o rio Tejo, que se tornam a nossa companhia permanente. Os proprietá-rios desta unidade organizam também circuitos serranos, a pé ou de bicicleta e canoagem.

Quartos 7M Rua da Estação, Cotovelo da CP S/N , BelverT 241 635 211www.abitureira.com

Quinta do Belo-Ver Turismo RuralCom localização privilegiada em Belver, esta aprazível casa tem vista sobre o rio Tejo e o castelo da vila. A casa é datada do início do século XX e encontra-se rodeada de muralhas, à maneira de uma fortificação. Tem traça característica das

habitações alentejanas, sobressaindo as barras e cercaduras amarelas nas paredes

brancas. Oferece sete quartos confortáveis e bem

equipados,

onde dormir cada um com a sua decoração própria. Referência especial para a piscina, estrategicamente enquadrada pela mag-nífica paisagem envolvente, com vista para o rio, assim como para o terraço com esplanada, a desfrutar do mesmo panorama. Existe ainda campo de ténis, sala de jogos, um agradável pátio ajardinado e um restaurante de cozinha regional que funciona de sexta a domingo.

Quartos 7M Rua Capitão João Pires, 2, BelverT 241 639 040www.quintadobelover.net

Quinta do RibeirinhoBem integrada na paisagem, proporciona estadias em grande sossego. Tem bicicletas para alugar e loja de pro-dutos regionais.Quartos 4

M Rua da Fonte 4, Vilar da MóT 241 555 135www.quintadoribeirinho.com

Linha da Beira Baixa à passagem por Belver

Quinta do Belo-Ver

Quinta do Ribeirinho

Page 134: LinhasComboio Turismo

16

escarpas e montes que

guardam o Tejo

Este concelho é irrigado pelos rios Tejo, Ocreza e Pônsul, que lhe conferem uma paisagem refrescante, envolta por flo-

resta, campos agrícolas, olival e árvores de fruto. As suas terras são habitadas desde tempos remotos, como comprova

o Complexo de Arte Rupestre do Vale do Tejo, que ocupa cerca de 40 quilómetros, considerado um dos mais im-portantes conjuntos de arte pós-paleolítica da Europa. Ex-libris do concelho são as Portas de Ródão, im-pressionante formação geológica constituída por dois corpos rochosos que quase se tocam, como num beijo, não estivessem separados pelo curso das águas do Tejo. De visita obrigatória é a aldeia tipicamente beirã da Foz do Cobrão e o castelo de Ródão, anti-ga fortaleza medieval, excelente representante de torre-atalaia edificada em local de valor estratégico.O concelho oferece óptimas condições no campo do desporto e lazer, havendo grande diversidade de propostas. Desportos náuticos (como a motonáutica, o esqui aquático, a canoagem ou o remo), passeios de barco com partida do cais fluvial da vila, escola de escalada e um leque muito variado de actividades de turismo activo.A vegetação espontânea desta região origina um mel de altíssima qualidade e o cultivo da oliveira em ter-renos propícios, aliado a

vILA vELHA DE RODãO

Estação de Vila Velhade RódãoDistância da estação ao centro

Acessos:

A pé

Táxi: T 272 989 322, 272 989 618

0.5 km

métodos de trans-formação em lagares

tradicionais, fazem do seu azeite um dos nossos melhores produtos locais.

De referir ainda que o concelho faz parte do Geo-parque Naturtejo da Meseta Meridional, inserido na rede de geoparques da UNESCO. Trata-se de um ter-ritório com um riquíssimo património geológico, de grande valor científico e cultural, que integra rochas, fósseis, paisagens, formas e minas. O geoturismo é a forma de conhecer este património, através de percursos pedestres, rotas e diversas actividades pedagógicas e culturais.

Portas de Ródão

Page 135: LinhasComboio Turismo

Portas de RódãoEx-líbris de Vila Velha de Ródão, as chamadas Portas de Ródão são imponentes corpos rochosos, guardiães das águas do rio Tejo. Nas suas escarpas, vestidas de esteva, urze, giesta e zimbro encontram abrigo várias espécies de avifauna raras, como a cegonha negra ou o bufo real. Pela sua localização elevada e pela riqueza da paisagem natural que o envolve, este local é também um excelente miradouro.

Complexo de Arte Rupestre do Vale do TejoÉ considerado um dos mais importantes conjuntos de arte pós-paleolítica da Europa, constituído por mais de 30 000 gravuras dispersas ao longo de 40 quilómetros, em ambas as margens do rio Tejo e do rio Ocreza, abrangendo os concelhos de Vila Velha de Ródão, Mação e Nisa. As gravuras foram identificadas em 1971 e datadas en-tre os anos

o QUe Ver

LINHA DA BEIRA BAIXA vILA vELHA DE RODãO

6500 a.C. e 2500 a.C. Contêm diversas representações, essencialmente símbolos geométricos, antropomórfi-cos e zoomórficos. Actualmente mais de metade destas encontram-se submersas pela albufeira da barragem de Fratel, sendo visíveis apenas na área de Perais e a jusan-te da barragem. Entre as estações arqueológicas mais importantes do concelho estão as do Enxarrique, Alaga-douro e S. Simão. Em Mação foi criado o Museu de Arte Pré-Histórica e do Sagrado do Vale do Tejo, inaugurado em 2005.

Castelo de Ródão e Senhora do CasteloConjunto patrimonial composto por uma torre-atalaia de forma quadrangular, erguida provavelmente pelos Templários. Também conhecido como castelo do Rei Wamba, localiza-se numa escarpa sobranceira ao rio e oferece magníficas vistas sobre as Portas de Ródão e o vale do Tejo. A cerca de 150 metros existe um templo rústico erguido em honra de Nossa Senhora do Castelo que recebe todos os anos uma famosa romaria.

Page 136: LinhasComboio Turismo

18

Pratos típicos e doçariaA proximidade do rio Tejo sempre influenciou a gastrono-mia local. Como é comum nas localidades ribeirinhas, os peixes do rio são ingredientes indispensáveis na cozinha da região. As sopas de peixe do rio, bem como o dito peixe frito, eram habituais na alimentação. Lampreia, caldeirada de enguias, mas também sopa da boda (com maranhos), feijão frade com salada de almeirão (uma espécie de chi-cória ou endívia) e o cabrito assado no forno. Na doçaria, e em épocas festivas, a mesa recebe as tradicionais tigeladas, habituais pela Páscoa, e as filhós e nógados pelo Natal.

tabeleceu parcerias com entidades organizadoras de even-tos, a pensar na diversão de todos. Há programas adequa-dos aos miúdos e aos graúdos, a grupos de amigos, casais de aventureiros, famílias com filhos ou escolas. Com saídas de Lisboa, Vila Franca de Xira, Santarém e Entroncamento, agora só tem de escolher o melhor programa para si e mar-car a data de partida. Informações em 808 208 208 ou cp.pt

Passeios de barco pelo TejoCom partida do cais fluvial de Vila Velha de Ródão, le-vam os visitantes até às Portas de Ródão e permitem a observação das gravuras rupestres do Alto Tejo.

comboio AVenTUrARota de Ródão

Chegue a Vila Velha de Ródão e aprecie o percurso pitores-co, sobretudo ao longo do rio Tejo, onde a paisagem se des-taca pelas suas insinuantes montanhas e verdes dominan-tes. Depois de embalado por este cenário prepare-se para saltar, correr, subir, descer, passear. Embarque numa aven-tura no Geoparque com múltiplas actividades, como BTT, canoagem, tiro com arco, arvorismo, paintball, matraqui-lhos gigantes e bola gigante insuflável. Para retem-perar forças, delicie-se à mesa de um bom restaurante, com especialidades da gastronomia por-tuguesa. A CP e s -

vILA vELHA DE RODãO LINHA DA BEIRA BAIXA

o QUe FAZer

o QUe SAboreAr

Flor de almeirão

Linha da Beira Baixa à passagem pelas Portas de Ródão

ProgrAmA

Page 137: LinhasComboio Turismo

onde comer

Restaurante da Estalagem Portas de Ródão €Integrado numa unidade hoteleira, é um restaurante de cozinha regional, com incidência nas especialidades beirãs. Sala de refeições agradável e bem decorada, com vista para o rio. Entre os pratos disponíveis na ementa contam-se a sopa de peixe, diversos pratos de bacalhau, miga de peixe, cabrito assado, ensopado de cabrito, rolo de carne assado, entre outros. Para sobre-mesa, recomenda-se o arroz-doce, típico das Beiras. Não fumadores.

Aberto todos os diasM Rua da Senhora da AlagadaT 272 541 060

Júlio €Restaurante de cozinha regional, está situado na rua principal da vila, apenas a 10 minutos da estação de comboios. Costumam ter sempre enguias fritas e ou-tros peixes do rio. Sável e lampreia na época. Nas car-nes, para além do frango no churrasco, há entrecosto e entremeada assada. Não fumadores.

Encerra Domingo. M Estrada Nacional 18T 272 54 53 06

LINHA DA BEIRA BAIXA vILA vELHA DE RODãO

Estalagem Portas de Ródão ****O antigo complexo das Portas de Ródão foi renovado e transformado numa estalagem de quatro estrelas, inaugurada em 2005. A nova unidade proporciona um ambiente de conforto e sossego para uma esta-dia em contacto com a paisagem natural da região, dominada pelo Tejo. Com treze quartos, a unidade integra ainda um bom restaurante de cozinha regio-nal, zonas ajardinadas bem cuidadas e piscina.

Quartos 13M Rua Senhora da AlagadaT 272 541 060

onde dormir

19

O Motorista €Situado a cinco minutos a pé da estação ferroviária (basta descer a rua), é um restaurante amplo (tem ca-pacidade para 80 pessoas). A ementa é extensa, com grande variedade de pratos, incluindo do dia. Nos peixes há bacalhau assado, bacalhau frito à Motorista, peixes para grelhar, etc. E nas carnes também predo-minam os grelhados de todo o tipo. Não fumadores.

Encerra DomingoM Rua Estrada 1325, Porto TejoT 272 54 52 63

€ até 15 euros €€ entre 15 e 30 euros €€€ mais de 30 euros

Page 138: LinhasComboio Turismo

20

Estação de CasteloBrancoDistância da estação ao centro

Acessos:

A pé

Táxis: T. 272341539

0.7 km

CASTELO BRANCO

rainha da beira-baixa

Capital da Beira Baixa, Castelo Branco é uma cidade antiga que, do alto do seu miradouro, domina a campina raiana da Beira Baixa. Ao longo dos séculos, a passagem do tempo foi

deixando as suas marcas. As ruínas do caste-lo templário, os bonitos jardins barrocos do

Episcopado, os inúmeros portais quinhentistas do seu casco histórico, os solares das grandes famílias da re-gião ou o edifício modernista do Cine-Teatro Avenida, recentemente restaurado, são algumas dessas mar-cas. Conhecida internacionalmente pelas suas mag-níficas colchas de noivas, Castelo Branco soube apro-veitar a sua influência para embelezar a cidade. Para quem esteja atento, os bonitos motivos das colchas estão também preservados em desenhos de basalto e calcário que atapetam, em calçada portuguesa, mui-tos dos passeios da cidade, num trabalho artístico de grande paciência levado a cabo pelos anónimos cal-ceteiros da Câmara Municipal. Determinada em con-trariar os efeitos da interioridade, Castelo Branco tem apostado na fixação de indústrias na região, de modo a evitar a desertificação, tarefa que já está a dar os seus frutos. As marcas de algumas intervenções recentes, no-meadamente do P r o g r a -

ma Polis são bem visíveis, sobre-

tudo na zona central da cidade, com rearranjo da ampla praça junto ao Governo

Civil, construção de diversos túneis e parques subter-râneos e acrescento de uma vasta zona ajardinada, prolongando os Jardins do Episcopado. Numa região de grande beleza natural, Caste-lo Branco tem, nas proximidades, pi-torescas aldeias históricas, a merecer visita atenta.

Jardins do Episcopado

Page 139: LinhasComboio Turismo

de Melo, a igreja foi reedificada. Instalada numa zona pobre e com duas outras dioceses importantes na vi-zinhança, Castelo Branco nunca viu a sua catedral en-grandecida como as outras. Por esse motivo o templo conservou um estilo austero e pouco ornamentado. Tem nave única que é separada da capela-mor por um boni-to arco triunfal renascentista onde se pode ver o brasão de armas do bispo D. Martim Afonso de Melo. No final do século XVIII, e por iniciativa do 2º bispo de Castelo Branco, Frei Vicente Ferrer da Costa, foram acrescenta-dos ao edifício dois corpos laterais: a Sacristia Grande e a Capela do Santíssimo Sacramento. A influência bar-roca é notória nestes corpos que apresentam alguma decoração «rocaille» nas molduras das portas e janelas.

Jardins do EpiscopadoUm dos mais bonitos e característicos jardins barrocos portugueses. Foi criado pelo bispo da Guarda, D. João de Mendonça, no início do século XVIII, e mais tarde embelezado pelo 2º bispo de Castelo Branco, D. Vicente Ferrer Rocha. De planta rectangular, o jardim é domi-nado por balcões e varandas com guardas de ferro e balaústres de cantaria. Tem cinco lagos, animados com jogos de água, o que acontece também no patamar in-termédio da Escadaria dos Reis. Por entre os canteiros de buxo, há estátuas de granito que representam os Novíssimos do Homem, as Quatro Virtudes Cardeais, as Três Virtudes Teologais, os Signos do Zodíaco, as Partes do Mundo, as Quatro Estações do Ano, o Fogo e a Caça. Os Apóstolos e os Reis de Portugal até D. José I figuram através de estátuas dispostas ao longo de um escadó-rio. Intervencionado no âmbito do programa Polis, aqui foi encontrado intacto, durante as obras de conserva-ção e restauro, um sistema hidráulico datado de 1725.

Igreja de São Miguel Arcanjo (Sé)Sede de um episcopado breve (1771- 1881), Castelo Branco aproveitou a Igreja de São Miguel Arcanjo, cuja origem parece remontar ao século XIII ou XIV, para aí instalar a Sé. Ainda no último quartel do sé-culo XVII, e por iniciativa do bispo da Guarda, D. Martim Afonso

o QUe Ver

LINHA DA BEIRA BAIXA CASTELO BRANCO

Castelo (Miradouro)Castelo Branco pouco guarda da estrutura militar que lhe deu o nome. Da antiga fortificação restam a Porta do Pelame, a Torre do Relógio, a antiga torre de menagem e alguns panos de muralha embebidos no casario. De origem romana e depois ocupado pelos árabes, o cas-telo terá sido reconstruído nos reinados de D. Dinis e de D. Afonso IV. Perdida a função militar, foi demolido, em 1835. Hoje, nesse local, abre-se um miradouro com bela vista sobre a cidade e os arredores.

21

Page 140: LinhasComboio Turismo

22

Queijo de Castelo BrancoPara os bons apreciadores de queijo, o que é pro-duzido nas zonas de Alcains e Idanha-a-Nova, designado geralmente por queijo de Castelo Branco, é um dos melhores de Portugal. Con-feccionado a partir de leite de ovelha, é muitas vezes chamado de cabreiro, vá-se lá saber por-quê…. De aroma e paladar intenso, é um queijo curado com uma crosta semi-dura e uma colora-ção amarelada.

CASTELO BRANCO LINHA DA BEIRA BAIXA

o QUe SAboreAr

Paço Episcopal e Museu Proença JúniorO paço foi mandado fazer por D. Nuno de Noronha, bispo da Guarda, entre 1596 e 1598. Mais tarde, no início do século XVII, o paço sofreu algumas transformações orde-nadas pelo então bispo da Guarda D. João de Mendonça. Com a ascensão de Castelo Branco a bispado, em 1771, o edifício foi adaptado a palácio episcopal com grandes remodelações no seu interior. Desse período é também a construção da varanda alpendrada. Com a extinção desta diocese, em 1881, o palácio passou a albergar vá-rios serviços públicos. Entre 1911 e 1946 foi Liceu Central tendo também funcionado neste edifício a Escola Normal e a Escola Comercial. A partir de 1971 tornou-se o Museu Francisco Tavares Proença Júnior que expõe uma im-portante colecção de colchas antigas. Conhecidas desde meados do século XVI, as colchas de Castelo Branco eram peças fundamentais dos enxovais de qualquer noiva des-ta região. Bordadas com fio de seda em pano de linho, parecem ter tido na sua génese uma influência oriental. A simbologia dos seus desenhos está necessariamente ligada ao casamento, ao lar, aos filhos e ao amor. As de produção actual podem ser adquiridas no museu ou na Loja da Vila.

Domus MunicipalisNo centro do burgo medieval, a Praça Velha, encon-tra-se o que resta da antiga Domus Municipalis. Pro-vavelmente construída no princípio do século XVI, foi muito descaracterizada por obras posteriores. Conser-va-se a escadaria, assente em arcos que termina num balcão com guardas de ferro apoiadas em balaústres de granito. Na fachada pode-se ver a esfera armilar, as armas de D. Manuel e uma lápide epigrafada em latim,

datada de 1646, que refere a consagração de Portu-gal à Imaculada Conceição. Sobre a porta principal, encontra-se um campanário, cujo sino, agora retirado, anunciava o fecho das portas da cidade.

Page 141: LinhasComboio Turismo

Praça Velha €€Situação no centro histórico albicastrense num edifício que já foi celeiro, desde 1990. O granito figura nas pa-redes e as traves ainda se vêem nos tectos. O que é tradi-cional da Beira Baixa marca presença naquela que é, uma das melhores representações restaurativas de Castelo Branco com referência «Bib Gourmand» no Guia Miche-lin. Comece por umas castanhas salteadas com ervas ou um queijo regional. Depois prossiga para umas migas de cação com ervas da Beira Baixa, terrina de lebre ou espetada do cachaço de porco ibérico. Boa caça na altura

onde comer

LINHA DA BEIRA BAIXA CASTELO BRANCO

rante “Varanda Real” proporciona ao visitante os mais diversos pratos regionais e internacionais.

Quartos 64M Rua de Santiago, 15T 272 348 800www.bestwestern.com/pt/hotelrainhadamelia

Pousada de Juventude de Castelo BrancoRemodelada em 2008 e situada numa zona central da cidade, é uma unidade moderna e confortável, decora-da num estilo arrojado e colorido.

M Rua Doutor Francisco José Palmeiro, Ed. IPJT 272 321 363www.pousadasjuventude.pt

onde dormir

Hotel Colina do Castelo ***Situado numa colina sobranceira a Castelo Branco, tem panorama excepcional sobre a cidade. Dispõe de res-taurante, health club com piscina climatizada e ténis.

Quartos 103M Rua da PiscinaT 272 349 280www.trypcolinadocastelo.solmelia.com

Hotel Rainha D. Amélia ***Situado no centro da cidade, perto da zona histórica e junto da mais importante zona comercial, o hotel dispõe de quartos totalmente insonorizados. O restau-

dela e durante todo o ano vinhos a preços nada exagera-dos. No fim, incline-se para uma tigelada, umas farófias ou uns papos de anjo. Tem menus de degustação e de prova de vinhos. Não fumadores.

Encerra Domingo ao jantar e segunda-feiraM Praça Luís de Camões, 17T 272328640w w w. p r a c ave l h a .com

€ até 15 euros €€ entre 15 e 30 euros €€€ mais de 30 euros

Page 142: LinhasComboio Turismo

24

Estação do FundãoDistância da estação ao centro

Acessos:

A pé (600m)

Táxis: T. 275 752 707, 967 017 499

1 km

FuNDãO

A Terra da cereja

Situado no sopé da serra da Gardunha, o Fundão é um importante centro agrícola da Cova da Beira. Nas produções da região

destaca-se o cultivo da cereja, que tem di-reito a uma grande festa em Junho, na povo-ação de Alcongosta.

Com um território muito fértil e rico em minerais (volfrâmio, estanho, chumbo e prata), o município viveu também de florescentes unidades fabris, no-meadamente do sector têxtil. Desse passado indus-trial, requalificou-se a antiga moagem de cereais que é hoje um moderno e dinâmico espaço museológico com várias valências culturais: a Cidade do Engenho e das Artes. Rico em monumentos, o concelho integra as aldeias históricas de Castelo Novo e de Alpedrinha, bem preservadas. A primeira apresenta um harmo-nioso traçado urbano e locais de passagem obrigató-ria como a Casa da Câmara ou o castelo. Já na segun-da sobressaem as muitas fontes e chafarizes, graças à abundância de água na região. Do lado do Fundão, a serra da Gardunha (que corre paralela à serra da Estrela), ostenta um man-to de vegetação de grande beleza, conhecido como Mata do Fundão, onde se situa

o Par-que Florestal

da Gardunha. Atinge o seu ponto culminante (1227 m) a norte de

Castelo Novo. A partir deste ponto de observação, a vista que se abarca é extensa e grandiosa, con-templando-se para sul a vasta planície de Castelo Branco e para norte as alturas da serra da Estrela, o profundo vale do Zêzere e a fértil depressão da Cova da Beira.

Festa da Cereja

Page 143: LinhasComboio Turismo

25

Museu Arqueológico Municipal José MonteiroSituado no antigo Solar Taborda Falcão de Elvas, no co-ração da cidade do Fundão, este museu é um espaço polivalente dedicado à arqueologia ibérica. Entre os núcleos de epigrafia, de pré-história e outro dedicado à cultura castreja (idade do Bronze e Ferro), reúne peças únicas de valor científico, didáctico e histórico. Organi-za também exposições temporárias e tem uma sala - a Universia – sobre o mundo da internet.

Centro CívicoA zona central do Fundão foi requalificada em 2006, integrando uma nova praça municipal, a biblioteca mu-nicipal Eugénio Andrade, um pavilhão multiusos, áreas de lazer com espaços verdes e fontes luminosas, e ainda um complexo escultórico, da auto-ria de Gabriel Seixas, que ho-menageia as gentes da terra.

o QUe Ver

LINHA DA BEIRA BAIXA FuNDãO

A Moagem - Cidade do Engenho e das ArtesDo edifício da antiga moagem nasceu um Centro de Interpretação que retrata a arqueologia industrial no interior do país, com destaque para o antigo processo de transformação do cereal em farinha. Além da área museológica, este espaço moderno que se desenvolve por três pisos apresenta também um auditório, uma sala de exposições e um estúdio, bem como um Labo-ratório de Tecnologias Criativas e uma Blackbox, sala dedicada à apresentação e experimentalismo de novas produções culturais. Nota ainda para o restaurante e para o bar panorâmico.

Edifício dos Paços do ConcelhoEdifício em estilo neoclássico, mandado construir no século XVIII pelo Marquês de Pombal, serviu, à época, para albergar uma fábrica de têxteis. Posteriormente, o edifício foi ampliado e remodelado para receber as vá-rias instâncias administrativas. Destaque para o por-tal com frontão triangular interrompido, encimado por um relógio e um alpendre com arcos de volta inteira.

Igreja Matriz do FundãoConstruída no século XVIII sobre um antigo templo ro-mano, esta igreja é de influência maneirista e barroca. Possui duas torres sineiras adossadas à fachada princi-pal e no seu interior merece destaque o altar-mor em talha dourada e a pia baptismal.

Page 144: LinhasComboio Turismo

26

Palácio do Picadeiro Edifico emblemático do concelho, foi recentemente rea-bilitado. Imponente solar, em estilo barroco, datado do século XVIII, serviu inicialmente de residência e poste-riormente diversas outras funções. Foi inaugurado como espaço cultural em 2009, sob o lema “Conhecer é uma viagem”. Em três pisos, há exposições, conteúdos e va-lências que orientam uma viagem pela vila histórica, a serra da Gardunha, rota da transumância e a pastorícia.

M Largo D. João V, AlpedrinhaT 275 561 121www.palaciodopicadeiro.com

Festa da CerejaA CP associa-se às maiores festas e eventos nacionais. Acompanhe no nosso site o calendário de iniciativas culturais e lúdicas, escolhendo o comboio como meio de deslocação. In-formações em 808 208 208 ou cp.pt

o QUe FAZer

FuNDãO LINHA DA BEIRA BAIXA

Cereja da Cova da Beira Produzida nos concelhos do Fundão, Covilhã e Belmon-te, a Cereja da Cova da Beira é um produto certificado com Indicação Geográfica Protegida. São cerejas prove-nientes de diversas variedades de cerejeira tradicional-mente cultivadas na zona designada por Cova da Beira. Obtidas a partir das cerejeiras das variedades regionais «De Saco», «Napoleão Pé Comprido», «Morangão» e «Espanhola», as suas características diferem consoante a variedade. Destacam-se, no entanto, a «Morangão», de forma arredondada, polpa branca e cor vermelha viva, com pequenas pontuações escuras e brilho muito intenso, e a «De Saco», de cor vermelha escura avinha-da, com esta designação singular atribuída devido à sua notável resistência ao transporte.

Azeites da Beira Interior DOPJá no século XVII os azeites da Beira Interior se expor-tavam para os países do norte da Europa, trazendo desenvolvimento à economia da região e contribuindo para mudanças na paisagem rural e no nível de vida das populações. Caracterizados por um aroma sui ge-neris, um sabor frutado e uma baixa acidez, são azeites de cor amarela clara ou levemente esverdeada obtidos, principalmente, a partir da azeitona da variedade Gale-ga, mas também da Bical e Cordovil.

o QUe SAboreAr

Palácio do Picadeiro

ProgrAmA

Page 145: LinhasComboio Turismo

27

onde comer

LINHA DA BEIRA BAIXA FuNDãO

O Alambique de Ouro €€Situado numa unidade hoteleira, é uma das referências gastronómicas da região. Sala acolhedora com deco-ração de pendor regional e uma ementa recheada de especialidades a condizer. Não fumadores.

M EN 18, Quinta da Meia Légua, Sítio da Gramessa Pêro Viseu

T 275 774 169www.hotelalambique.com

Hermínia €Pertencente ao Hotel Samasa, fica situado no centro da cidade, mesmo na avenida principal, perto da Câmara Municipal. Serve especialidades da cozinha tradicional beirã, com incidência na gastronomia da Beira Baixa. A morcela ou a farinheira da Beira recomenda-se como entrada, assim como a sopa beirã. Em seguida, poderá optar pelo bacalhau à Hermínia, truta do paul recheada com presunto, naco à serrana, tornedó à casa, cabriti-nho do Fundão na brasa. Não fumadores.

Aberto todos os diasM Avenida da Liberdade, 123/5 T 275 752 537www.hotelsamasafundao.com/herminia

onde dormirHotel Samasa ***Totalmente remodelado em 2000, está situado no centro da cidade e disponibiliza quartos con-fortáveis e bem equipados.

Quartos 50M Rua Vasco da Gama T 275 779 930www.hotelsamasafundao.com

Fundão Palace Hotel ***Hotel moderno, inaugurado em 2005, situado em plena Cova da Beira. Com quartos confortáveis, restaurante regional, bar panorâmico e piscinas exteriores.

Quartos 44M EN 18, Quinta NovaT 275 779 340www.fundaopalacehotel.com

€ até 15 euros €€ entre 15 e 30 euros €€€ mais de 30 euros

Page 146: LinhasComboio Turismo

28

COvILHã

Estação de CovilhãDistância da estação ao centro

Acessos:

A pé (1 km)

Autocarros: Covibus - linha 1, carreiras de 30 em 30 minutos com partida da esta-ção; T 275 098 097 www.covibus.com

Táxis: T. 275 323 653, 275 951 274

2 km

Vizinha da Serra

Para a maior parte dos turistas, a cidade da Covi-lhã é a porta de entrada da serra da Estrela. Por ela passamos na alegre expectativa da montanha e da neve. No regresso, já cansados, dizemos-lhe adeus, com o olhar. E muitas vezes sem parar, ignoramos que ali está uma cidade acolhedora, animada e com muito que ver. A sua situação geográfica, na vertente leste da serra, ditou-lhe, durante séculos, algum desenvolvimento económico. Não foi por acaso que o marquês de Pombal aqui instalou as primeiras fábricas de lanifícios do país já que, para além da lã, a Covilhã também beneficiava da exis-tência de linhas de água que desciam da montanha e asseguravam a força motriz necessária à indústria dos lanifícios. Até meados do século XX, os lanifí-cios foram a principal produção local. Da memória desse tempo ficaram páginas fortes da literatura portuguesa num dos mais conhecidos romances de Ferreira de Castro, «A Lã e a Neve», e importantes testemunhos de arqueologia industrial.Hoje a Covilhã é uma cidade virada para o ensi-no. Importante pólo universitário, a cidade animou-se e entrou num período de forte expansão. Não tendo um património mo-n u m e n t a l

m u i t o rico, oferece

óptimos espaços verdes, uma gastronomia invejável e todo

o conforto de uma cidade moderna, que tem a sorte de ter a serra da Estrela mesmo ao lado.

Vista geral da Covilhã

Page 147: LinhasComboio Turismo

29

o QUe Ver

LINHA DA BEIRA BAIXA COvILHã

Museu de LanifíciosGerido pela Universidade da Beira Interior, este museu está dividido pelos núcleos da Real Fábrica de Panos, da Real Fábrica Veiga e das Râmolas de Sol. É considerado um dos melhores museus da Europa nesta área. O pri-meiro preserva a memória da manufactura do Estado, aqui mandada instalar pelo marquês de Pombal em 1764. As estruturas e os objectos conservados evocam os primórdios da industrialização que recorria, ainda, à água das ribeiras da serra como força motriz principal. O segundo núcleo, correspondente a uma fase tecnológica mais avançada e que estava ligada à maquinaria a vapor. Caldeiras de vapor da antiga Fábrica Veiga, as antigas instalações tintureiras, com as suas fornalhas e os poços cilíndricos para tingir as lãs, são algumas das coisas que se podem ver neste museu.

Salão dos Continentes (Casa das Morgadas)A Casa das Morgadas é um interessante exemplar de solar do século XVII. No seu interior sobressai o Salão dos Con-tinentes, com um tecto em caixotões de madeira, com pinturas a óleo datadas de 1690, alusivas a alegorias so-bre os Continentes conhecidos à data. Sabe-se que a obra

foi executada por um mestre de uma oficina da Covilhã, Manuel Pereira. O Salão dos Continentes foi alvo de um cuidado trabalho de recuperação, concluído em 2002.

Jardim PúblicoConstruído no início do século XX na cerca do antigo Con-vento de São Francisco, o Jardim Público foi sendo trans-formado ao longo dos tempos. Cenário de festas e espec-táculos (o que ainda hoje se verifica), aqui tinham lugar os festejos que acompanhavam a Feira de São Tiago e aos domingos uma banda tocava no coreto. Uma profunda renovação, levada a cabo em 2001, segundo projecto do arquitecto paisagista Luís Cabral, alargou a área verde, criando novas alamedas e substituindo os espaços as-faltados por passadiços em madeira. Foi construída nova ponte sobre o lago e instalado um novo parque infantil.

Jardim do LagoInaugurado em Janeiro de 2005, é a maior área verde da cidade com cerca de três hectares de área ajardina-da e quatro mil metros quadrados de espelho de água. Construído no âmbito do Programa Polis, foi desenha-do pelo arquitecto paisagista Luís Cabral. Integra várias infra-estruturas, como um restaurante, dois bares com quiosques, diversos percursos pedonais, parque de pas-seio para barcos de recreio de pequeno porte, diversos pontões sobre o espelho de água, parque de desportos radicais e parque infantil. À volta fez-se, também, a requalificação dos terrenos, com estacionamento e uma zona para a realização da tradicional Feira de São Tiago. Em 2008 o espaço foi complementado com uma piscina-praia, da autoria do arquitecto Marçal Grilo, construída em área contígua, entre o Jardim do Lago e a linha de caminho-de-ferro.

Jardim do Lago

Page 148: LinhasComboio Turismo

30

NAS PROXIMIDADES(acesso por automóvel, Penhas da Saúde a 10 km)

Parque Natural da Serra da Estrela Com os seus 101.000 hectares, o Parque Natural da Serra da Estrela é a maior área protegida portuguesa. É um importante ponto de atracção turística, graças não só à grandiosidade da paisagem e à existência de neve durante o Inverno, mas também por albergar o ponto mais alto do território continental português (1993 m), situado na Torre. Corresponde a um polígono com o eixo maior orientado de nordeste para sudoeste e cujos vértices são a Guarda, Celorico da Beira, Olivei-ra do Hospital e Covilhã. O maciço central é o coração do parque natural, aí situando-se a Torre, os Cântaros (enormes penedos situados imediatamente a norte) e as Penhas da Saúde. O vale glaciar do Zêzere, com o seu característico recorte em U, une as Penhas da Saú-de e Manteigas, enquanto no topo norte do parque, estende-se o planalto de Videmonte, cavado pelo leito do Alto Mondego. Nos vales a sudoeste situam-se pito-rescas aldeias serranas como Loriga e Alvoco da Serra. Já a encosta noroeste estende-se de Seia à aldeia his-tórica de Linhares da Beira, com o seu castelo medieval bem conservado. A meio caminho entre Seia e a Torre fica o Sabugueiro, a mais alta aldeia habitada de Portu-gal, hoje bastante turística. No que diz respeito à flora, podemos destacar a giesta, a urze, o carvalho negro e o zimbro, mas a serra serve também de refúgio a inúme-ras espécies animais, como a águia-de-asa-redonda, a raposa, a codorniz, a toupeira-da-água e a lontra. Os lobos parecem ter desaparecido por completo, mas não os famosos cães da serra da Estrela que protegiam os rebanhos de ovinos e caprinos.

onde comer

COvILHã LINHA DA BEIRA BAIXA

Cozinha da Avó €€Quatro salas de uma antiga casa recuperada, onde do-mina a madeira e a pedra, servem cozinha tradicional mas em simultâneo com a de autor em que o menu temático é modificado todos os dias da semana. Assim como há um dia do bacalhau, também poderá haver o da cabidela ou o do cabrito, sendo que não existe só uma escolha. Distintos pratos preenchem estas catego-rias. Convém ainda que saiba dos bufetts de entradas frias, quentes e de fruta, doces e queijos da região. Zona de fumadores.

Encerra Domingo ao jantar e segunda-feiraM Quinta do Covelo, Clube de Campo da CovilhãT 275331174www.imb-hotels.com/gastronomia/casade-campo.asp

Solneve €€Integrado no Hotel Solneve, situado no centro da cida-de, este restaurante oferece uma cozinha regional de boa confecção e uma garrafeira bem seleccionada. De entrada poderá optar pela morcela, chouriça ou sala-da de orelheira. Nas especialidades refira-se o cabrito assado à serrana, ou em ensopado com migas de broa de milho, a carne de porco com enchidos ou vitela no forno. Para sobremesa recomenda-se o Queijo da Serra com requeijão e a fechar a aguardente de Zimbro, uma bebida típica da região. Não fumadores.

Aberto todos os diasM Rua Visconde da Coriscada, 126 T 275 323 001www.solneve.pt

€ até 15 euros €€ entre 15 e 30 euros €€€ mais de 30 euros

Page 149: LinhasComboio Turismo

31

o QUe SAboreAr

LINHA DA BEIRA BAIXA COvILHã

Queijo da SerraAninhada numa das encostas da serra da Estrela, a Covilhã é uma das cidades onde se pode encontrar um verdadeiro manancial de petiscos serranos. Aqui os queijos e enchidos de qualidade são coisa que nunca falta. Apreciado em todo o mundo, o Queijo da Serra continua a ser feito de modo artesanal, utilizando na sua produção apenas leite de ovelha, mugido nos me-ses frios, entre Novembro e Março. A produção deste queijo, que tem região demarcada e selo de qualidade, obedece a normas rígidas.

onde dormir

Hotel Turismo da Covilhã ***Unidade de boas dimensões localizada junto a uma das principais entradas da cidade, dispõe de amplas áreas comuns, bem como quartos confortáveis e bem equi-

pados. O restaurante Piornos, a servir cozinha regional e internacional, com buffet

diário, merece, por si só, uma visita, com a vanta-

gem de es-

tar aberto todos os dias. Tem ainda o bar Galeria com sala de jogos e exposições permanentes de pintura, um moderno health club, Natura Clube, piscina coberta aquecida e piscina exterior rodeada de bonitos jardins.

Quartos 104M Acesso à Variante, Quinta da OlivosaT 275 330 400www.imb-hotels.com

Hotel Tryp D. Maria ***Situado à entrada de Covilhã, tem vistas panorâmicas e constitui uma boa alternativa de alojamento para quem visita a serra. Tem bar, restaurante, piscina (co-berta no Inverno) e um centro de beleza.

Quartos 87M Alameda Pêro da Covilhã, CovilhãT 275 310 000www.solmelia.com

Covilhã Parque Hotel **Situado junto ao jardim central da Covilhã, é um hotel moderno, confortável e bem equipado, tendo sido re-centemente renovado. A sua localização central facilita o acesso a pé aos locais de animação, restaurantes e zona comercial da cidade.

Quartos 141M Avenida Frei Heitor Pinto, Bloco A T 275 329 320

www.imb-hotels.com

Hotel Turismo da Covilhã

Vale Glaciar do Zêzere

Page 150: LinhasComboio Turismo

A bordo do comboio regionAl

9 linhas para descobrir P

ortugal

1 linha do minho

2 linha do douro

3 linha do Vouga

4 linha do norte e ramal de Tomar

5 linha da beira Alta

6 linha da beira baixa

7 linha do oeste

8 linha do leste e ramal de cáceres

9 linha do Algarve

Page 151: LinhasComboio Turismo

9 linhas para descobrir Portugal

Linha do oeste torres Vedras

Bombarral

Óbidos

Caldas da Rainha

são Martinho do Porto

Valado-nazaré

Marinha Grande

Leiria

Monte Real

Figueira da Foz

Foto:

Caste

lo e v

ila m

ediev

al de

Óbid

os

a BoRdo do CoMBoio ReGionaL

Page 152: LinhasComboio Turismo

“a travessia do secular pinhal de Leiria”

Mira-Sintra Meleças

Mafra

Malveira

Torres Vedras

Bombarral

Dagorda-Peniche

Óbidos

Caldas da Rainha

São Martinho do Porto

Valado – Nazaré

Pataias

Marinha Grande

Leiria

Monte Real

Figueira da Foz

LINHA DO OESTE

Page 153: LinhasComboio Turismo

LINHA DO OESTE

3

Rumo à praia, por entre belas vilas e cidadesUm passeio desde a área metropolitana de Lisboa até à Figueira da Foz, por entre co-linas, pinhais e arrozais, não esquecendo a vila medieval amuralhada de Óbidos e as Caldas da Rainha.

Incursão no Oeste

Quando foi construída, em 1888, a linha do Oeste ligava a cidade de Lisboa à Figueira da Foz mas o tro-ço inicial deste trajecto pertence actualmente à linha de Sintra. Assim, a saída é feita na estação de Meleças/Mira-Sintra, perto do Cacém, a partir da qual são per-corridos cerca de 200 quilómetros e atravessadas duas regiões distintas da zona centro do país.O início do percurso é sinuoso, com a serra de Monte-junto a dominar a paisagem. Ultrapassada a cidade de Torres Vedras e o seu castelo ancestral, viajamos pelos terrenos agrícolas e vinhateiros da região Oeste. Não tardamos a fazer a aproximação à vila medieval de Óbidos, naquele que é um dos pontos mais bonitos do passeio. Mas para além do cenário contemplado, também cativa a estrutura da linha nesta primeira metade do trajecto, pelo desenho e ambiente das estações, caracteristica-mente oitocentistas. Sucedem-se os alpendres de ferro protegendo os cais, os característicos edifícios das esta-ções com rés-do-chão e primeiro piso, revestidos com azulejos figurativos.

Do pinhal ao Mondego

As Caldas da Rainha são o próxi-mo ponto de paragem e é nesta cida-de de

grandes tradições ceramistas que damos início à segunda metade do passeio. A partir daqui os horizon-tes vão alargar-se e o trajecto vai tornar-se mais plano, sobretudo

com o início da travessia do secular pinhal de Leiria. Depois, a chegada à estação de Leiria é anunciada pelo elegante castelo da cidade. Quando a deixamos, fica também para trás o pinhal de Leiria e é a partir deste momento que começamos a entrar nos campos ribei-rinhos do Mondego, onde os terrenos alagadiços são transformados em extensos arrozais.E com o final da viagem não muito distante, segue-se a passagem pelo longo viaduto metálico sobre o Mon-dego. O rio irá agora acompanhar-nos até à Figueira da Foz, onde desagua entre os extensos areais das popu-lares praias desta cidade.Completa-se assim a travessia pela região Oeste, numa linha histórica que surpreende a cada quilóme-tro percorrido, tanto pela beleza das vilas e cidades que visita como pelas paisagens que atravessa.

Miradouro da Bandeira, Figueira da Foz

Panorâmica sobre a estação de Óbidos

Page 154: LinhasComboio Turismo

4

história, termas

e praias

D. Afonso Henriques terá conquistado Torres Vedras em 1148 e doado o seu senhorio a D. Fuas Roupinho, no ano seguinte. O primeiro foral

é concedido em 1250 por D. Afonso III, como reconhecimento do cresci-

mento económico do burgo. Com o desenvolvimento de vários ofícios, num contexto em que o fabrico de panos ganhou notoriedade, existe referência a con-frarias de alfaiates e de sapateiros desde meados do século XIV. As antigas muralhas desapareceram qua-se por completo, restando apenas vestígios na zona leste do castelo.Foi em Torres Vedras que D. João I reuniu com o seu conselho, para decidir sobre a conquista de Ceuta. Em 1810 o avanço das tropas de Napoleão em direcção a Lisboa, durante o ciclo das Invasões Francesas, foi travado pela dupla rede de fortificações que passou à posteridade como Linhas de Torres. A cidade situa-se no meio de uma planície de aluvião, na margem es-querda do rio Lizandro, protegida por uma colina coroada com um castelo. A dezena e meia de quilómetros do litoral,

gozando de uma paisagem de

grande beleza em seu redor (com as praias de Santa Cruz ou da Assenta, bem como o

aprazível complexo das Termas do Vimeiro), tornou--se um local de visita obrigatória. Merece ainda refe-rência pela organização do seu já famoso e popular Carnaval que atrai à cidade muitos visi-tantes em busca de diversão.

Estação de Torres VedrasDistância da estação ao centro

Acessos:

A pé

TUT - Transportes Urbanos de Torres, autocarros de 30 em 30 m

Táxis: T. 261 315 094

0.4 km

TORRES VEDRAS

Termas do Vimeiro

Page 155: LinhasComboio Turismo

Forte de São VicenteA fortaleza tem raiz medieval mas foi reconstruída em 1809 no contexto das invasões francesas, tornando-se, junto com o Forte do Sobral, a mais importante das Linhas de Torres. Ergue-se no cimo do monte, dominando a vila de Torres Vedras. É constituída por três baluartes assimé-tricos, em cujos muros se abrem as canhoneiras, separa-dos por fossos profundos, que se distribuem formando um Y. No seu ponto mais alto, a nascente, estão as ruínas da capela primitiva de São Vicente.

Aqueduto À saída para Runa, remonta a 1561. Prolonga-se umas vezes pelo subsolo, outras sobre arcos, do-

Linha de TorresA designação Linhas de Torres Vedras, ou simplesmente, Linhas de Torres refere-se à dupla linha fortificada, que se estendia do Atlântico ao Tejo, constituída por 152 redutos (sendo um dos mais importantes o Forte de São Vicente em Torres Vedras), armados por 600 peças de artilharia. Em Novembro de 1810 este dispositivo travará o avanço de Massena, comandante da III Invasão francesa. A pri-meira linha nascia no Alto do Boneco, perto de Vila Franca de Xira, e vinha terminar na Praia Azul, a sul de Santa Cruz, passando no Castelo e Forte de S. Vicente, em Torres Ve-dras, um dos seus pontos mais fortificados, no qual ainda hoje podem observar-se diversos elementos restaurados, como parcelas de fossos, trincheiras, abatises, paióis e fortificações. A segunda linha ligava o Alto da Quin-tela (em Alverca) à foz de São Lourenço (em Ribamar), passando pelos cabeços de Montachique, Gradil e Murgueira.

o QUe VeR

LINHA DO OESTE TORRES VEDRAS

Castelo Medieval Reconstruído por D. Afonso Henri-

ques após a conquista aos mouros, o castelo medieval de Torres Vedras foi ampliado no final do sé-culo XIII por D. Dinis. Foi também alvo de intervenções nos reinados de D. Fernando (1373) e de D. Manuel I (1516) e de obras de reconstrução em 1886 e na déca-da de 1980. Sobre o portão de acesso ao recinto mu-ralhado, encontram-se pedras de armas manuelinas, ladeadas por esferas armilares com a Cruz de Cristo. Fez parte, em 1810, do famoso complexo fortificado das Linhas de Torres.

Linhas de Torres, recriação histórica

Page 156: LinhasComboio Turismo

BOC Restaurante €€O BOC, situado no Hotel Império, no centro histórico de Torres Vedras, é restaurante, bar e enoteca. Um espaço sofisticado e cosmopolita, para desfrutar de uma refei-ção com vista para a cidade. Para os apreciadores de vinho sugere-se uma visita à enoteca. Não fumadores.

Aberto todos os diasM Praça 25 de Abril, 17 T 261 314 232www.hotel-imperio.com

TORRES VEDRAS LINHA DO OESTE

onde CoMeR

6

brados ou singelos, distribuídos por mais de dois quilóme-tros. Sofreu várias obras de reconstrução e restauro, nome-adamente no século XVIII e, mais recentemente, em 1990.

Igreja de Santa Maria Considerada monumento nacional, tem uma só nave com diversos espaços e profundo presbitério. De fun-dação muito antiga, na fachada são visíveis restos do portal românico, assim como a porta lateral, também decorada com motivos românicos.

Igreja de São Pedro Classificada monumento nacional, reconstruída no século XVI, tem a fachada com um portal tipo ma-nuelino com decoração de influência renascentista. O interior é de três naves de quatro tramos, cujos arcos redondos assentam em colunas, com capitéis tosca-nos. A capela-mor é separada da nave por uma teia seiscentista de pau.

Igreja e Convento de Nossa Senhora da GraçaFundado no século XVI por Eremitas Calçados de Santo Agostinho, o convento alberga, actualmente, o Museu Municipal Leonel Trindade. A igreja mantém o seu anti-go esplendor e é notável pela talha e imagens barrocas, particularmente da primeira metade do século XVII.

Igreja de Santa Maria

Igreja de São Pedro

Feira RuralTodos os sábados, de Abril a Outubro, realiza-se a animada Feira Rural de Torres Vedras, nas ruas pedonais do centro histórico da cidade. Cheiros, cores e sabores misturam-se numa algazarra de bancas coloridas que vendem os produtos locais e típicos da região, das frutas e hortícolas, vinho, pão e doçaria, ao artesanato e velharias. A feira decorre durante todo o dia e existe até uma zona para as crianças com actividades lúdico-pedagógicas. Para-lelamente, há animação de rua e um comboio turístico gratuito que leva os visitantes até à feira.

o QUe FaZeR

€ até 15 euros €€ entre 15 e 30 euros €€€ mais de 30 euros

Page 157: LinhasComboio Turismo

Moinho do Paul €Casa de cariz regional, já premiada em concursos gas-tronómicos, com pratos representativos da boa cozi-nha da região. Caldeirada de peixe, robalo recheado no forno e perdiz de caça estufada com castanhas são algumas das propostas, para além de grande variedade de peixe fresco. Dispõe de duas salas, sendo possível reservar para grupos. Não fumadores.

Encerra De segunda a quinta ao jantar e domingo todo o dia.M Avenida da Lapa 13, PaúlT 261 323 696

Trás d´Orelha €€Instalado numa antiga adega, abriu em 2003 e é já uma referência na região. Serve cozinha tradicional, recor-rendo apenas aos melhores produtos. Para começar, há grande variedade de petiscos (pitéu de línguas de ba-calhau, pimentos recheados) e a ementa segue com su-gestões como posta de cherne frita com açorda de ovas, cabritinho assado no forno ou javali com batata doce. A decoração é rústica e alusiva à caça. Não fumadores.

Encerra Domingo e feriadosM Rua da Paz, 9, Catefica T 261 326 018www.trasdorelha.com

LINHA DO OESTE TORRES VEDRAS

7

onde doRMiR

Hotel Império ****Situado a 40 km a norte de Lisboa e a 15 km da praia, no centro histórico de Torres Vedras, perto do principal jardim e a cinco minutos do castelo, dispõe de quartos bem equipados, com detalhes especiais como jarras de flores frescas. Um espaço elegante com design contemporâneo e vistas panorâmicas.

M Praça 25 de Abril, 17 T 261 314 232www.hotel-imperio.com

Pensão Residencial dos ArcosSituada junto à entrada norte da cidade, oferece quartos simples mas confortáveis e bem equipados. Tem vista sobre o castelo e o forte de São Vicente.

Quartos 28M Praça José Gouveia, 1 T 261 312 489www.residencialdosarcos.com

Page 158: LinhasComboio Turismo

8

Estação do BombarralDistância da estação ao centro

Acessos:

A pé

Táxi: T. 262 605 332

A estaçãoOs painéis de azulejos da década de 1930, com imagens de trabalhos na vinha, são o cartão de visita da estação do Bombarral. Aqui existe um depósito de água do século XIX, o mais antigo da linha do Oeste.

0.6 km

BOMBARRAL

a Capital da Pêra Rocha

Situada numa fértil planície de aluvião com peque-nos outeiros em seu redor, o Bombarral é um impor-

tante e activo centro vinícola, que tem a agricultura como base da sua economia. A pêra rocha é uma das principais pro-duções do concelho, com enorme sucesso em termos de exportação. Existe mesmo um festival nacional em honra da mesma,

durante a época da colheita, em Agosto. Além deste evento, a vila organiza também o Festival do Vinho, que todos os anos (em Julho) atrai à vila muitos mi-lhares de visitantes.Pensa-se que o nome Bombarral terá tido origem no facto de se extrair bom barro das suas terras, ha-bitadas desde há vários milénios, como mostam as grutas paleolíticas de Columbeira e os castros de São Mamede e Carvalhal. Para além da sua riqueza histórica, materializada so-bretudo nas capelas e solares espalhados pelas várias freguesias, o concelho apresenta belezas naturais como a mata municipal, a lagoa do Ruão e a gruta do Rio com corrente subterrânea. O Palácio do Gorjão, do século XVII, alberga o museu muni-cipal, com um bom acervo arqueológico.

Vista do miradouro do Picoto

Page 159: LinhasComboio Turismo

Buddha Eden – Jardim da PazInaugurado em 2009, é jardim de inspiração oriental, que se estende ao longo de cerca de 35 hectares. Man-dado construir por Joe Berardo, é um espaço de beleza e recolhimento, que evoca a espiritualidade oriental atra-vés de vários dos seus símbolos, dos pagodes chineses às estátuas de Buda. No total, foram trazidas para este parque budista cerca de seis mil toneladas de estátuas.

Museu MunicipalInstalado no Palácio Gorjão, um edifício do século XVII, reúne um importante acervo arqueológico, sobretudo da época pré-histórica. Para além disso, guarda colec-ções de medalhística e escultura figurativa, alberga os espólios dos escultores Vasco da Conceição e Maria Bar-reira, e tem um núcleo dedicado ao escritor Júlio César Machado e outro a Jorge de Almeida Monteiro, artista bombarrelense.

9

o QUe VeR

LINHA DO OESTE BOMBARRAL

Pêra Rocha do Oeste - DOPCom uma cor, textura e sabor apetecíveis e ainda uma ex-celente capacidade de conservação, a Pêra Rocha do Oeste é uma variedade muito apreciada, identificada em 1836, no concelho de Sintra. Concentrada na região Oeste, na orla marítima desde Sintra até Leiria, este fruto apresenta uma casca amarelo-clara com uma mancha levemente ro-sada do lado do sol. De aroma acentuado, a polpa é branca, macia-fundente, granulosa, doce e muito suculenta.

o QUe saBoReaR

Dom José €Situada à entrada do Bombarral, é uma casa de cozi-nha regional bem conhecida e afamada, em especial pelos seus panadinhos de linguado com arroz de fei-jão, prato já distinguido em concursos de gastrono-mia. Outras sugestões da ementa são as lulinhas à D. José com grelos, feijoada e lombinhos com castanhas. Tem uma sala de refeições confortável e uma pequena esplanada coberta.Não fumadores.

Encerra ao DomingoM Rua Doutor Alberto Martins dos Santos, 4T 262 604 384

onde CoMeR

onde doRMiR

Hotel Comendador ***Inaugurado em Junho de 1998, situado no centro do Bombarral, a 10 minutos da vila de Óbidos e a 15 minutos da serra de Montejunto. Com restau-rante e bar.

M Largo Comendador João Ferreira dos SantosT 262 601 638www.hotelcomendador.com

Page 160: LinhasComboio Turismo

10

8 km

ÓBIDOS

Estação de ÓbidosDistância da estação ao centro

Acessos:

A pé

OBI - Transportes do concelho de Óbidos

Táxis: T. 262 959 183, 262 959 233

A estaçãoCom vista para as mura-lhas do castelo, que se erguem no alto de um monte fronteiro, a esta-ção de Óbidos fica ainda longe do centro do vila, desafiando os turistas a subirem até lá por uma es-cadaria rodeada de mata. No edifício da gare existem vários painéis de azulejos, com imagens do castelo e do casario histórico, por exemplo, e os habitu-ais pilares de ferro azul a suster o alpendre.

1.5 km

Preferida das Rainhas

No cimo de um maciço rochoso surge a vila de Óbi-dos, com as suas casas caiadas de branco com cunhais pintados de azul ou amarelo. São bem patentes os traços medievais e a cada passo surgem pitorescos recantos de sabor antigo. Inteiramente cercada por muralhas, conserva cinco portas e dois postigos, sendo as mais antigas a Porta da Traição e a Porta da Cerca. Por todo o lado, as ruas estreitas, igrejas e ja-nelas manuelinas são complementadas pelo colorido das flores e trepadeiras que dão vida a esta cidade, considerada Monumento Nacional desde 1951. Em 1148 D. Afonso Henriques tomou Óbidos aos mouros. O Cruzeiro da Memória é um monumento da época, mais tarde restaurado. Com a doação por D. Sancho II à sua mulher D. Urraca, a vila passou a fazer parte do dote de todas as rainhas portuguesas até 1834. Por aqui passaram a maioria das rainhas de Portugal. O aqueduto da Usseira, o chafariz da praça e diversas fontes foram oferecidas por Catarina de Áustria, mu-lher de D. João III, no século XVI. O terramoto de 1755 fez-se aqui sentir com intensidade. Havendo a neces-sidade de recuperar a vila para fins turísticos, foram promovidas medidas de protecção e de restauro, quer destinadas ao conjunto urbano, quer a edifícios ou es-truturas de grande impacto, como as muralhas, o Paço da Alcaidaria (transformado em pousada) e de alguns templos. A preservação dos traços mais pitorescos da urbe permitiu que fosse definida como Vila-Museu.

Vista sobre o casario e as muralhas

Page 161: LinhasComboio Turismo

diz José Saramago: «A Igreja de Santa Maria é, toda ela, uma preciosidade. É-o imediatamente na proporção geral da frontaria, no delicado portal renascentista, na robusta e sóbria torre sineira. E torna a sê-lo lá dentro nas magníficas decorações do tecto, festa dos olhos que não se cansam de percorrer volutas, medalhões e mais elementos, onde não faltam figuras enigmáticas (…)».

Museu MunicipalInstalado no antigo edifício quinhentista dos Paços do Concelho, e posteriormente cadeia, possui magníficas colecções de arte sacra, pintura e escultura. De grande interesse é, também, o espólio das invasões napoleónicas. Na pintura, desta-que para as obras de Jo-sefa d’Óbidos.

LINHA DO OESTE ÓBIDOS

Porta da Vila Jóia barroca, é encimada por uma inscrição, dedicada à Imaculada Conceição, proclamada padroeira do reino após a restauração, em 1640. Ornamentada com azule-jos em honra da padroeira Nossa Senhora da Piedade, é um belo exemplar das artes decorativas portuguesas daquele período.

Rua Direita Conhecida por esta designação já no século XIV, liga a Porta da Vila ao Paço dos Alcaides. Nos séculos XVI e XVII, a Rua Direita sofreu importantes transformações, ficando ocultos alguns dos antigos portais góticos das casas.

Igreja de Santa Maria Foi reconstruída sobre uma mesquita e templo visigótico no tempo de D. Afonso Henriques, mas ganhou a sua forma actual com a intervenção ordenada por D. Leonor, em 1485. Deste mo-numento,

o QUe VeR

Castelo Medieval No contexto da Guerra Peninsular,

a fortificação de Óbidos disparou os tiros de artilharia no contexto da batalha de Roliça (Agosto de 1808), primeira derrota das tropas de Napoleão em solo português. Posteriormente registou-se a adap-tação da torre albarrã a Torre do Relógio (1842) e a construção de escada exterior de acesso à Torre de D. Fernando (1869). A partir de 1932, sofreu as primeiras intervenções de consolidação, reconstrução e restauro, que se estenderam pelas décadas seguintes até aos nossos dias.

Page 162: LinhasComboio Turismo

12

ÓBIDOS LINHA DO OESTE

onde CoMeR

A Ilustre Casa de Ramiro €€€Casa com uma década de existência mas decorada ao estilo de outros tempos com o chão em pedra, lareira e grandes potes a marcarem a decoração. O arroz de pato é rei, mas o cabrito assado à padeiro, o bife com pimen-ta, as cerejas bêbedas e as trouxas de ovos são muito aconselhados. Não fumadores.

Encerra Quinta-feiraM Rua Porta do ValeT 262 959 194

Josefa d`Óbidos €€Fora das muralhas de Óbidos, mas dentro da estalagem com o mesmo nome que é também o da pintora que vi-veu nos arredores desta vila, dote de rainhas. Não pos-sui janelas mas a sala é ampla e o espaço bem aprovei-tado. A ementa destaca a fritada de frutos do mar para entrada(camarão e mexilhão com um molho especial), a caçarola de peixe de seguida ou os nacos de carne na telha. A pêra mourisca e, claro, a ginjinha de Óbidos são bons finais. Não fumadores.

Aberto todos os diasM Rua Dom João de OrnelasT 262 959 228www.josefadobidos.com/restaurant.html

O Caldeirão €€Às portas de Óbidos, em frente ao Santuário do Senhor Jesus da Pedra, com espaço para estacionar à vontade e particularidades na decoração como o caldeirão em bronze que faz jus à denominação da casa. O cardápio varia entre o peixe (arroz ou lombinhos de tamboril) e

Festas e RoMaRias

Festival Internacional de Chocolate de ÓbidosA CP associa-se às maiores festas e eventos na-cionais. Acompanhe no nosso site o calendário de iniciativas culturais e lúdicas, escolhendo o comboio como meio de deslocação. Informações 808 208 2008 www.cp.pt

Visitas guiadasAconselha-se uma visita guiada pela vila, assegu-rada por um técnico qualificado e com a duração de 1h30, ao património histórico, que percorre os principais locais e monumentos: Porta da Vila, Igreja de São Pedro (onde jaz a pintora Josefa de Óbidos), Igreja da Misericórdia, Praça de Santa Maria, Igreja de Santa Maria, Rua Direita, Castelo, entre outros.

o QUe FaZeR

€ até 15 euros €€ entre 15 e 30 euros €€€ mais de 30 euros

PRoGRaMa

Page 163: LinhasComboio Turismo

13

a carne (postas mirandesas, bife da pedra) mas estan-do Óbidos relativamente próximo de Peniche, come-se bom peixe fresco diariamente. Não fumadores.

Encerra DomingoM Urbanização da Quinta de São José Senhor da PedraT 262 959 839

LINHA DO OESTE ÓBIDOS

Hotel Real d´Óbidos ****Hotel de charme situado num edifício classifica-do, datado do século XIV, que serviu de residência aos capitães-mor da vila de Óbidos. A decoração é de época e o ambiente singular. Cada pormenor foi estudado para recriar uma atmosfera medie-val, com o máximo conforto e bem-estar. Depois de visitar Óbidos pode relaxar na esplanada com vista até às Caldas da Rainha ou dar umas braça-das na piscina. Ao fim do dia, adormeça num dos quartos com nome de reis e rainhas.

Quartos 17M Rua Dom João de OrnelasT 262 955 090www.hotelrealdobidos.com

Albergaria Josefa d`ÓbidosSituada à entrada da vila, deve o nome à pintora Josefa de Ayala, nascida em 1630, que ficou co-nhecida como Josefa d´Óbidos. Oferece quartos confortáveis e bem equipados. Com bar, restau-rante e sala de reuniões.

Quartos 34MRua Dom João de OrnelasT 262 959 228www.josefadobidos.com

onde doRMiR

Ginginha d’ ÓbidosEx-libris da vila, a sua origem deverá remontar ao sé-culo XVII, estando ligada a uma receita conventual, da autoria de um frade que terá experimentado produzir um licor a partir dos frutos abundantes que ali existiam. De facto, o micro-clima da região é favorável ao apare-cimento de ginjas silvestres de grande qualidade. Mais tarde, o licor passou a ser produzido pelas famílias que, orgulhosamente, o davam a provar aos visitantes. De sabor intenso e perfumado e cor vermelho-escura, o licor pode ser simples ou então com frutos no interior e aromatizado com baunilha ou um pau de canela. O bar Ibn Errik Rex, na Rua Direita, é local obrigatório de paragem para provar um copinho de ginja.

o QUe saBoReaR

Page 164: LinhasComboio Turismo

14

Banhos Reais

A cidade também conhecida como «Termas da Rainha» nasceu e cresceu em torno do primeiro Hospital Termal, mandado edificar por D. Leonor em 1485. Desde o século XVI

foram realizados estudos das águas, tendo-se concluído serem indicadas para o tratamento

de várias doenças. A grande notoriedade das Caldas da Rainha deu-se no século XVIII, com D. João V, que reconstruiu e ampliou o hospital e que aqui veio com a família, até ao fim da sua vida, beneficiar das águas termais. A abundância de argila na zona levou à criação de fábricas de cerâmica, tendo a cidade sido convertida num dos principais centros de cerâmica do país, onde se destacaram as criações do famoso artista do século XIX, Rafael Bordalo Pinheiro, autor do conhecido Zé Povinho. Famosa pela sua loiça de cerâmica, de carac-terísticas populares, encontram-se desde pratos e tra-vessas com feitio de couves e outros vegetais e frutos, até serviços de jantar coloridos e pequenas ou grandes figuras de cerâmica, tanto eróticas como humorísticas. Quem passa nas Caldas tem que fazer uma incursão às pastelarias da Rua da Liberdade, rua pedonal, para saborear as célebres cavacas, os beijinhos ou as trouxas das Caldas e ao mercado diário de frutos e legumes na Praça da República. Mas os atractivos que oferece esta cidade vão para além do turismo termal e da cerâmica. Na sua orla marítima a praia Foz do Arelho merece destaque.

CALDAS DA RAINHA

Estação de Caldasda RainhaDistância da estação ao centro

Acessos:

A pé

Rede urbana TOMA, com autocarros de de 10 em 10 m em hora de ponta e de 20 em 20 nos restantes períodos.

Táxi: 262 831 098

A estaçãoNeste edifício de dois pi-sos destacam-se os azu-lejos de 1924, produzidos pela Fábrica Aleluia, com imagens de alguns dos locais mais emblemáticos da cidade.

0.5 km

Passeio de charrete no Parque D. Carlos I

Page 165: LinhasComboio Turismo

Igreja de Nossa Senhora do Pópulo Antiga Capela do Hospital das Termas, adossada ao edifício hospitalar, foi mandada construir em 1500 pela Rainha D. Leonor. Posteriormente, foi convertida em Igreja Matriz das Caldas da Rainha. Dedicado a Nossa Senhora do Pópulo, é um templo de uma só nave com capela-mor de planta quadrada e abóbada artesoada com a emblemática de D. Leonor a arrematar os boce-tes. O interior é revestido a belos azulejos de padrão do século XVII. O seu altar-mor conserva uma pia bap-tismal pré-manuelina, de estilo gótico, esculpida em pedra calcária e um retábulo em pedra evocativo da «Paixão de Cristo», localizado sob o Arco do Triunfo que une a nave ao altar.

Praça da RepúblicaA praça principal das Caldas da Rainha apresenta-se en-quadrada por bonitos edifícios do século XIX revestidos a azulejos, como os prédios da Pastelaria Bocage e da Pas-telaria Zaira. Destaque também para a fachada da casa de ferragens Joaquim Baptista (n.º 94), rematada com dois frisos de inspiração arte nova e para o edifício restaurado da Caixa Geral de Depósitos. Destinava-se à população que do campo se deslocava às Caldas. A calçada é por-tuguesa de basalto negro sobre fundo branco. Mantendo as características rurais essencialmente agrícolas, a praça preenche-se diariamente com os cheiros, cores e aromas do pitoresco e animado mercado de frutas e legumes. Aqui se encontram os Paços do Concelho, projectados por Manuel da Maia, belíssimo exemplar de arquitectura joa-nina, e ainda a Ermida de São Sebastião, reconstrução de um antigo templo quinhentista, interiormente revestida a azulejos barrocos da primeira metade do século XVIII.

15

Hospital Termal Rainha D. Leonor e MuseuConsiderado o hospital termal mais antigo do mundo. Durante os seus cinco séculos de história passou por três grandes fases. Tendo a sua construção sido inicia-da em 1485, veio a receber os primeiros doentes três anos mais tarde. Em 1747, D. João V (visitante assíduo da estância termal) ordena o restauro, foi então cons-truído um edifício de estilo joanino com dois pisos. A última fase do restauro teve início em 1888, tendo sido construído um terceiro piso para as enfermarias, conservando-se a traça da fachada. O museu do hospi-tal possui um vastíssimo espólio de cerâmica, pintura, talha, ourivesaria e instrumentos médicos e científicos, do século XVI ao século XX.

Parque D. Carlos IMagnífico jardim romântico no centro da cidade, pro-jectado por Rodrigo Berquó em 1889, tem equipamen-tos recreativos - lago, campos de ténis, coreto e casa de chá - e culturais – Museu José Malhoa e obras escul-tóricas. À sua volta se estabeleceu um variado núcleo museológico.

o QUe VeR

LINHA DO OESTE CALDAS DA RAINHA

Paços do Concelho e Praça da República

Page 166: LinhasComboio Turismo

16

o QUe saBoReaR

CALDAS DA RAINHA LINHA DO OESTE

Sabores do mar e doçariaA proximidade da Lagoa e do mar também in-fluencia aqui a gastronomia regional. Mariscos da lagoa, peixe fresco, caldeirada, ensopado de enguias são um dos muitos pratos que aqui pode encontrar. Nos doces a escolha também é excelente: cavacas, beijinhos, trouxas das Caldas, lampreia, esses, e pão-de-ló de Landal são só al-gumas das delícias que deve experimentar.

Fábrica e Museu de Faianças Rafael BordaloPinheiroCom Rafael Bordalo Pinheiro, a cerâmica Caldense foi divulgada a uma escala sem precedentes. Este comple-xo museológico engloba a fábrica, museu, restaurante e loja. No museu poderá observar o tipo de faiança decorativa inspirada em motivos naturalistas. A casa--museu situa-se na Rua Rafael Bordalo Pinheiro, antiga residência do seu filho Manuel Gustavo. O museu foi fundado no ano de 1884 com peças produzidas no de-correr dos anos na fábrica de cerâmica do artista e nele se exibem as diferentes fases de elaboração. Muitas destas peças se devem ao trabalho religioso e humo-rístico de Rafael Bordalo Pinheiro que retratou os sen-timentos do cidadão comum português. Em 1875 criou uma figura de aspecto exasperado e sofredor, conhe-cida como «Zé Povinho», o qual ainda representa, de certa maneira, a atitude de um trabalhador português.

Centro de Artes Desde o ano de 1985, o município de Caldas da Rainha conheceu um grande desenvolvimento nos equipa-mentos culturais com a criação do actual Centro de Ar-tes, que oferece aos artistas e estudantes as condições ideais para aprofundar o seu trabalho. O centro integra o Atelier-Museu António Duarte, João Fragoso, Barata Feyo, Leopoldo de Almeida, o Pavilhão de Ateliers e a Residência de Artistas.

Museu de José MalhoaSitua-se no Parque D. Carlos I e foi inaugurado no ano de 1934 em memória de José Malhoa, um dos mais importantes pintores portugueses, natural da cidade.

No seu interior abriga uma grande colecção de obras do artista e também numerosas obras, esculturas, pinturas, cerâmicas, etc., de outros famosos mestres portugueses – Columbano, Silva Porto, Teixeira Lopes, Roque Gameiro, etc.

Page 167: LinhasComboio Turismo

onde CoMeR

Sabores de Itália €€Restaurante de inspiração italiana, tem também pra-tos portugueses na ementa. Os proprietários, um casal português que esteve muitos anos na Suíça, arriscaram e bem na utilização de produtos de qualidade e pouco conhecidos. Mudou recentemente para novas instala-ções, num edifício recuperado no centro histórico da cidade. Não fumadores.

Encerra Segunda-feira e domingo ao jantarM Rua Engenheiro Duarte Pacheco, 17T 262 845 600www.saboresditalia.com

São Rafael €€Uma referência também pela localização que lhe con-fere vista para o pátio do museu da Fábrica de Faianças Bordalo Pinheiro. Escusado será referir a predominância de peças de Bordalo Pinheiro na decoração. Quanto às outras artes que vêm da cozinha refiram-se as vieiras gratinadas, a cataplana de peixe, os fondues e a carne. Não fumadores.

Encerra Segunda-feira M Rua Rafael Bordalo Pinheiro, 53T 963 911 414

17

Hotel Cristal Caldas ***Uma opção prática e confortável de alojamento perto do centro da cidade. Oferece restaurante e piscina.

Quartos 111MRua António Sérgio, 31T 262 840 260www.hoteiscristal.pt

Residencial D. CarlosRenovada em 2006, está situada em frente ao Parque D. Carlos e oferece quartos confortáveis. Tem restaurante e bar.

Quartos 18M Rua de Camões, 39 A T 262 832 551www.domcarlos.net

LINHA DO OESTE CALDAS DA RAINHA

onde doRMiR

€ até 15 euros €€ entre 15 e 30 euros €€€ mais de 30 euros

Page 168: LinhasComboio Turismo

18

Estação de São Martinhodo PortoDistância da estação ao centro

Acessos:

A pé

Táxi: T. 262 989 891

0.5 km

SãO MARTINHO DO PORTO

a baía azul

São Martinho do Porto, pertencente ao concelho de Alcobaça, é uma afamada estância balnear. Situada na parte setentrional da baía com o mesmo nome, foi desbravada pelos monges de Alcobaça que lhe outorgaram foral em 1257. Foi sede de concelho até 1855 e desde a Idade Média teve indústria de cons-trução naval, apenas extinta em 1923. Até finais do século XIX foi um dos principais portos do país.É famosa pela sua praia em forma de concha perfei-ta, com um areal que se estende por três quilóme-tros e águas de grande quietude, graças à protecção, contra a agressividade do mar, de dois promontórios entre os quais se faz a comunicação com o oceano Atlântico. É procurada por muitos veraneantes devi-do à mansidão das suas águas e condições propícias à prática de desportos náuticos, tendo também im-portância como porto de recreio.A vila desenvolve-se em anfiteatro até à praia, se-guindo pela Avenida Marginal até às dunas de Salir. A avenida é um dos centros da localidade, com os seus inúmeros restaurantes, lojas e bares.Na área envolvente à vila é de salientar a Capela de Santo António, o mira-douro do Facho e alguns exemplares

habitacionais da arte nova que ainda

restam, apesar da explosão des-controlada da construção civil que retirou a São

Martinho alguma da sua beleza. Em Alfeizerão, a 4 km, encontram-se as muralhas do antigo castelo que protegia o seu outrora existente porto marítimo. Aqui é produzido o mais famoso pão-de-ló de Portugal.

Praia de S. Martinho do Porto

Page 169: LinhasComboio Turismo

19

Monte do Facho e Capela de Santo AntónioSituado um pouco a norte de São Martinho do Porto, o monte do Facho oferece boas panorâmicas sobre as falésias, a praia da Gralha e a baía de São Martinho. O local é propício à observação de aves como a gaivota--argêntea e o andorinhão-real. Sobranceira ao mar, aqui existe uma pequena capela, dedicada a Santo António, com bonitos azulejos azuis no exterior. No in-terior, merecem destaque as inscrições dos painéis de azulejos que fazem referência à vida marítima e seus perigos, preocupação constante de uma vila piscatória.

o QUe VeR

LINHA DO OESTE SãO MARTINHO DO PORTO

o QUe saBoReaRPão-de-ló de AlfeizerãoPertence a Alfeizerão uma das mais populares recei-tas de pão-de-ló, cuja fama ultrapassa largamente as fronteiras da região onde é confeccionado. Apre-ciado por todo o país, revela no interior uma con-sistência cremosa que se deve ao facto de ser mal cozido. Diz a tradição que a receita original pertencia às freiras do Convento de Cós e teria sido transmitido a algumas senhoras da terra. No dia em que D. Carlos visitou Alfeizerão, foi chamada uma dessas senhoras para confeccionar um pão-de-ló para o rei. Mas a pressão sentida foi tal que cozedura ficou incomple-ta e, ao invés do esperado, a atrapalhação resultou num enorme sucesso que mereceu a preferência real e o aplauso dos presentes, nascendo assim o pão-de-ló de Alfeizerão, tal como o conhecemos.

onde doRMiR

Albergaria Santo António da BaíaOferece quartos confortáveis, alguns com varan-da com vista sobre a baía.

Quartos 22M Rua dos Bombeiros VoluntáriosT 262 989 666http://albergaria-st-antonio.com

A Casa €€ A vista para a baía é um regalo para os olhos nesta casa dedicada aos sabores do mar. Peça um arroz de marisco, uma cataplana do mesmo ou um robalo ao sal. De início pode começar por umas amêijoas à Bulhão Pato. Não fumadores.

Aberto todos os diasM Avenida Marginal, Casa AzulT 262 989 633

A Caravela €€Fica mesmo no cais de São Martinho do Porto e as ma-riscadas são a não perder. Durante a época baixa abre apenas aos fins-de-semana. Não fumadores.

Aberto todos os dias (na época alta)M Rua Cândido dos ReisT 262 989 294

onde CoMeR

€ até 15 euros €€ entre 15 e 30 euros €€€ mais de 30 euros

Page 170: LinhasComboio Turismo

20

Estação de ValadoDistância da estação ao centro

Acessos:Rodotejo, consultar horários emwww.rodotejo.pt

Táxi: T. 262 551 363

A estaçãoSão os valiosos azulejos do lado da linha que mais surpreendem o visitante nesta estação que, além de Valado, serve também as povoações de Nazaré e Alcobaça. Estas duas localidades turísticas têm, por isso, direito a figurar nos painéis, mas se a imagem do mosteiro de Albobaça parece intemporal, já a vista da “Nazareh - uma praia de banhos” (como aparece es-crito) mostra um casario bem diferente e menos denso do que existe hoje.

8 km

VALADO-NAzARé

Miradouro do atlântico

Uma praia em meia-lua espectacular, o casario branco dos pescadores e enormes penhascos sobre um mar de um azul intenso fazem desta vila piscatória um destino turístico de eleição, sobretudo devido às suas características tradicionais. Talvez pela teimosia que lhes foi necessária ao longo dos tempos, para conse-guirem arrancar a sua subsistência do mar (primeiro nos areais da praia e desde a década de 1980 a partir do actual porto de abrigo), as gentes da Nazaré não abandonaram o modo de trajar que lhes é tão ca-racterístico. A tradição manda as mulheres vestirem sete saias, e se hoje podem ser apenas três ou qua-tro, continuam a vesti-las do mesmo modo, chinelo no pé, mantas de lã grossa traçadas, mãos cheias de anéis e fios ao pescoço. As peixeiras da Nazaré são mulheres de voz forte, habituadas a clamar pela qualidade do peixe que os seus homens, de barrete na cabeça e camisa de flanela aos quadrados, trazem no seu barco de proa levantada, chamado «candil». Começou a ser conhecida e procurada, como praia de banhos, em meados do século XIX. A sul está a serra da Pederneira, sendo a praia limitada a norte por um promontório que, além de constituir uma das falésias mais interessantes da costa portuguesa, também tem história. Além do prazer de passear em frente ao mar, ao longo do paredão, a Nazaré tem outros atractivos, como bares e esplanadas, realizando-se no Verão espectáculos de rua e touradas.

Praia da Nazaré vista do Sítio

Page 171: LinhasComboio Turismo

o QUe VeR

LINHA DO OESTE VALADO-NAzARé

do milagre, segundo a versão do cronista cisterciense Frei Bernardo de Brito. Na fachada virada ao mar, azulejos fi-guram o milagre.

ElevadorEx libris da vila, o ascensor é referência obrigatória para to-dos os que visitam a Nazaré. No intuito de servir os interes-ses da população e de facilitar a chegada dos peregrinos até à Senhora da Nazaré, foi fundada uma parceria para a construção de um ascensor mecânico em finais do sécu-lo XIX. O autor do projecto foi Raoul Mesnier du Ponsard, discípulo de Eiffel e autor do Elevador de Santa Justa, em Lisboa. A linha foi assente em leito próprio, funcionando o cabo a descoberto sobre roldanas, numa extensão de 318 metros, com uma inclinação de 42%. Inaugurado a 28 de Julho de 1889, o elevador da Nazaré funcionou até 1963, movido por uma máquina a vapor. Após um acidente nes-se ano, voltou à actividade em 1968 com novos veículos e sistema eléctrico. Em 24 de Junho de 2002 entrou em fun-cionamento o actual elevador.

Sítio Num dia claro, do alto dos 110 metros do miradouro do Suberco, desfruta-se de uma vista soberba sobre a vila, o pinhal e, mais a sul, São Martinho do Porto e a Foz do Arelho (lagoa de Óbidos). Onde hoje chegam autocarros carregados de turistas, no Largo da Nossa Senhora da Nazaré, pararam séquitos de gente ilustre. Foi o caso do rei D. João I, a agradecer a vitó-ria sobre os castelhanos em Aljubarrota. Também Vasco da Gama, antes de descobrir o caminho marítimo para a Ín-dia, por aqui passou, como o evoca um padrão. São Fran-cisco Xavier, apóstolo das Índias foi outro visitante ilustre, tal como D. Sebastião que aqui rezou pelo sucesso da sua expedição a Alcácer-Quibir. À beira do precipício e no local onde, segundo a lenda, Nossa Senhora da Nazaré salvou a vida a D. Fuas Roupinho, em 1182, ergue-se a pequena Er-mida da Memória mandada construir em acção de graças. De arquitectura singela, tinha quatro arcos que foram fe-chados no século XIV. Ao nível do telhado, coberto de azu-lejaria, um grupo escultórico representa D. Fuas Roupinho na gruta com os seus companheiros, em oração à Senho-ra. No interior, uma pequena escada dá acesso a uma lapa onde primitivamente estava a imagem da Virgem. À entrada, de ambos os lados, lápides em már-more contam a lenda

Igreja e Santuário de Nossa Senhora da Nazaré

De traços barrocos, no interior apresenta uma riqueza antiga e inconfundível, como é o caso do tecto de ma-deira e do altar-mor trabalhado. No altar encontra-se a imagem da Virgem e do Menino oferecidos por D. João V. Nas traseiras deste santuário situa-se o hospital que desde sempre acudiu aos problemas dos peregrinos. Na primeira metade do século XX era para o Sítio que se dirigia anualmente, em Setembro, a maior romaria de toda a Estremadura, aliando o culto religioso dos círios ao profano na forma de touradas, feira e fogo-de-arti-fício, tradição que ainda hoje se mantém.

Page 172: LinhasComboio Turismo

22

VALADO-NAZARÉ LINHA DO OESTE

ONDE COMER

A Celeste €€Três pequenas salas decoradas com imagens da Na-zaré de há mais de cem anos e uma esplanada, estão ao comando da Celeste que é a proprietária e quem maneja o fogão, vai para mais de 50 anos. O mar é o fornecedor principal desta cozinha que prepara açorda de marisco servida no pão, caldeirada e arroz especial.

-balo ou dourada ao sal. Qualquer que seja o prato, traz sempre quatro acompanhamentos. Zona de fumadores (esplanada).

Aberto todos os diasM Avenida da República, 54T 262 551 695

Adega Oceano €€Inserido numa simpática residencial no centro da vila, serve à base de peixe e mariscos frescos, em ambiente de bom conforto. Tem uma ampla sala panorâmica, adequada a grupos e eventos. Não fumadores.

M Avenida da República, 51 T 262 561 161www.adegaoceano.com

Mar Bravo €€Pertencente a uma albergaria, tem excelente vista sobre o oceano e um ambiente acolhedor. Serve essencial-mente à base de peixe e mariscos, com grande selecção e variedade diária. A ementa completa-se, nas carnes, com lombinhos de porco ibérico com amêijoas, perna de franco recheada com morcela, magret de pato, entre ou-tros. Para além disso, há ainda pratos vegetarianos e uma carta de tapas e petiscos. Dispõe de duas salas e uma boa esplanada. Zona de fumadores (esplanada).

Aberto todos os diasM Praça Sousa Oliveira, 71 T 262 569 160www.marbravo.com

O Casalinho € Situado numa das pontas da praia da Nazaré, é uma casa especializada em mariscos e peixe grelhado. Barca de marisco e cataplanas várias, como a de cherne com amêi-joas, são algumas das opções. Para além da sala principal, dispõe de uma esplanada fechada. Não fumadores.

Aberto todos os diasM Praça Sousa Oliveira, 7 T 262 551 328

€ até 15 euros €€ entre 15 e 30 euros €€€ mais de 30 euros

Page 173: LinhasComboio Turismo

LINHA DO OESTE VALADO-NAzARé

onde doRMiR

Hotel Praia ****A dois minutos da praia, é um hotel descontraído com decoração contemporânea inspirada em motivos ma-rítimos. Os quartos têm varanda e alguns, uma vista privilegiada sobre o mar. No último andar (5º piso) pode desfrutar de uma magnífica piscina coberta e aquecida no Inverno, e deslumbrar-se com o facto de ter esta vila de pescadores a seus pés. Além do restau-rante, onde pode saborear bom peixe e marisco, o bar também serve refeições ligeiras. O pátio e o lounge convidam ao descanso num ambiente descontraído e pode ainda usufruir do ginásio, da sauna e do jacuzzi.

Quartos 80M Avenida Vieira Guimarães, 39T 262 569 200www.hotelpraia.com

Parque de Campismo Vale ParaísoFica no meio da maior reserva ecológica de pinheiros bravos da Península Ibérica, a dois quilómetros da Na-zaré. Pode ficar instalado em apartamentos, bungalows e chalets com kitchenete. Natação e outros desportos como voleibol, basquetebol, futebol, bad-mington ou ainda jogos de lazer tais como a malha, petanque, corda e outros mais tradicionais s ã o

algumas das actividades disponíveis. Parques infan-tis e o mini-clube permitem aos mais novos ocupar o seu tempo. O bar, com um espaço para jogar snooker, proporciona durante a noite espectáculos de karaoke e durante os meses de Julho e Agosto música ao vivo.

M EN242, km 31,5, NazaréT 262 561 800www.valeparaiso.com

Valado Camping Orbitur

Num pinhal frondoso, é perfeito para desfrutar de umas férias em tendas ou bungalows. Pode exercitar-se nos campos de ténis e as crianças têm parque infantil. Ali perto tem as praias, mas não deixe de explorar o centro da Nazaré, a dois quilómetros, nem de dar um passeio no funicular.

M EN8, km 5, NazaréT 262 561 609www.orbitur.pt

Hotel Praia

Page 174: LinhasComboio Turismo

24

Estação da MarinhaGrandeDistância da estação ao centro

Acessos:

TUMG - Transportes Urbanos da Marinha grande, autocarros de 20 em 20 min.www.tumg.pt

Táxi: T. 244 504 000

2.5 km

MARINHA GRANDE

a cidade do vidro

Situada numa extensa planície de chão arenoso, na margem esquerda do rio Lis e com o pinhal de Leiria em seu redor, a Marinha Grande começou a crescer quando Guilherme Stephens, um grande industrial inglês, obteve alvará para aqui estabelecer a indús-tria vidreira. Ainda hoje a arte de trabalhar o vidro da Marinha Grande é conhecida além fronteiras, sendo os seus objectos, das mais variadas formas e utilidades, pro-dutos indissociáveis da região. A antiga Fábrica-Escola dos Irmãos Stephens é um dos principais testemu-nhos da tradicional desta indústria, alojando hoje o interessante Museu do Vidro.Para além do Pinhal de Leiria, que se espraia por uma área de 11000 hectares, o concelho conta também com um vasto património natural e belas praias, como a praia da Vieira e São Pedro de Moel, duas estações balneares de referência na região. Em São Pedro de Moel, junto ao Penedo da Saudade, as ondas batem incansavelmente no rochedo, levantando neblina. A povoação tem ruas íngremes e moradias de rés-de--chão dando acesso a uma praia de águas mansas, com um estreito areal coberto de toldos. A gran-de piscina oceânica que domina a praia, testemunha a vitalidade e an-tiguidade da tradição balnear.

A praia da Vieira tem mar

batido, um areal extenso e a proximidade do pinhal do Rei, sendo bas-

tante procurada para a prática de surf. Aqui é ainda possível apreciar a tradição pesqueira da arte xávega (pesca de arrasto tradicional da Beira Litoral). Desta zona costeira saem alguns dos mais afamados pratos da gastronomia regional, com destaque para as caldeiradas e o arroz de marisco.

Praia Velha, S. Pedro de Moel

Page 175: LinhasComboio Turismo

primeiras décadas do século XX. Casa alpendrada, é um dos poucos exemplares que resta deste tipo de habitação.

Casa-Museu Afonso Lopes VieiraInstalada na Colónia Balnear Afonso Lopes Vieira, em S. Pedro de Moel, é constituída por um edifício residencial principal (junto ao mar, onde funciona, no 1º andar, a casa-museu), e parte das instalações da colónia balnear, bem como uma capela dedicada a Nossa Senhora de Fáti-ma e um edifício anexo, onde funcionam os dormitórios. O poeta Afonso Lopes Vieira viveu longos períodos nesta casa, à qual chamava “Casa-Nau”, tendo aqui produzido boa parte das suas obras literárias. Lápides e azulejos usados como elementos decorativos fazem alusão a várias das suas obras. Em 1938 o poeta legou a casa à Câmara Municipal para instalação de uma colónia balnear infantil, dirigida aos filhos dos operários vidreiros, bombeiros e trabalhadores das Matas Nacio-nais.

o QUe VeR

LINHA DO OESTE MARINHA GRANDE

Museu Joaquim CorreiaEspaço museológico inaugurado em 1999 na Casa Taib-ner de Morais Santos Barbosa, um solar edificado em fi-nais do século XIX. Dependente da fábrica de vidros que lhe dá nome, faz mostra das ferramentas e utensílios utilizados na indústria do vidro durante os séculos XIX e XX. O museu expõe também as obras doadas à Câmara Municipal da Marinha Grande pelo professor e escultor Joaquim Correia.

Museu do VidroO Museu do Vidro encontra-se instalado no Palácio Ste-phens, edifício de inspiração neoclássica, construído na segunda metade do século XVIII. Criado por decreto-lei em 1954, o espaço só abriu ao público a 13 de Dezem-bro de 1998, ano em que a cidade da Marinha Grande comemorou 250 anos de indústria vidreira. As atribui-ções do museu são a recolha, estudo, conservação, não só da cidade mas também de todo o país. A exposição permanente está organizada em núcleos, segundo a função e técnica de fabrico e decoração das peças, e é constituída por peças provenientes de vários centros de fabrico nacionais, produzidas entre o século XVII e o século XX. Estão também expostas as principais ferra-mentas e máquinas utilizadas para a produção e deco-ração de vidro, tanto no espaço fabril como na pequena oficina doméstica.

Casa do Vidreiro Situada no Largo 5 de Outubro, recria o ambiente quo-tidiano de uma habitação de vidreiros característica das

25

Page 176: LinhasComboio Turismo

26

onde CoMeR

o QUe FaZeR

MARINHA GRANDE LINHA DO OESTE

Chiringuitto €O Chiringuitto encontra-se no edifício Cristal Park, à entrada da Marinha Grande. Uma casa de tapas que reinventa a gastronomia lusa, com um toque de mo-dernidade. A sala é decorada com madeira escura, can-deeiros em tons quentes e sofás de veludo vermelhos. Aqui servem-se tapas variadas como chourição ibérico e pezinhos de coentrada, para acompanhar há vinho à pressão e sangria. Zona de fumadores.

Aberto todos os diasM Estrada de Leiria, 233 Edifício Cristal ParkT 244 569 264www.chiringuitto.com

Nostra Kasa €€Abriu as portas em 2008, numa das mais movimenta-das ruas da Marinha Grande. Com decoração contem-porânea, em tons prata e dourado, propõe uma ementa onde se juntam os sabores da cozinha portuguesa e italiana. Não fumadores.

Encerra DomingoM Rua das Portas Verdes 5-B Loja AT 244 566 583

Ciclovia da Estrada AtlânticaPedale os 10 km que separam a Marinha Grande de São Pedro de Moel, atravessando o histórico pinhal do rei D. Dinis. O piso é quase plano, com ligeiras su-bidas que o fazem inspirar ainda com mais vontade o ar fresco do pinhal. A última recta recompensa o esforço físico com uma deslumbrante vista de mar.Este troço faz parte da Estrada Atlântica, uma rota com mais de 20 km que se estende desde a Nazaré até a praia da Vieira. É um percurso de grande beleza paisagística, marcado pelo contínuo verde do pinhal e das matas nacionais e pela sucessão de praias e arribas deste pedaço de costa bem preservado. Com uma largura total de sete metros e duas faixas de rodagem, constitui um imperdível circuito turístico por algumas das melhores praias da região.

www.nostrakasa.com

Parque do EngenhoSituado a 1,5 km do centro da cidade, o Parque do En-genho remonta ao século XVIII quando aqui foi edificado um engenho de serração de madeira, movido a vento. Começou a ser plantado no primeiro quartel do século XIX com viveiros de espécies florestais diversas. É um extenso parque arborizado, com vastos jardins, que se es-tende por mais de 25.000 metros quadrados. Este parque deverá acolher o futuro Museu Nacional da Floresta.

€ até 15 euros €€ entre 15 e 30 euros €€€ mais de 30 euros

Page 177: LinhasComboio Turismo

27

onde doRMiR

LINHA DO OESTE MARINHA GRANDE

Hotel Cristal Marinha ***Bem localizado na capital do vidro, dispõe de quartos confortáveis e bem equipados. Oferece restaurante com buffet de cozinha regional.

Quartos 70MRua de Leiria, 112 – 114T 244 574 530www.hoteiscristal.pt

Pensão Residencial ParisPequena e modesta residencial, situada na aveni-da principal da cidade, junto ao jardim municipal.

Quartos 24 M Avenida Victor Gallo, 13/15T 244 569 821

Papadoc caffé €Espaço com uma agradável decoração de cores quen-tes e alegres, com um ambiente jovem e descontraído. Propõe uma cozinha que incide, mas não se esgota, nas especialidades italianas. Assim, para além das diversas pizzas e pastas, poderá ficar indeciso entre burras de Estremoz (faceira de porco preto grelhado), medalhões de porco com cogumelos silvestres ou rolinhos de lom-bo de porco recheados com molho de gorgonzolla. Não fumadores.

Aberto todos os diasM Rua lha do Corvo, 1T 244 568 882www.papadoccaffe.com

O Vitral (Hotel Cristal) €O restaurante do principal hotel da cidade oferece uma boa cozinha regional, num ambiente tradicional e de bom conforto. Servem em regime de buffet, com gran-de variedade de pratos. É também possível optar pelo serviço à carta. Não fumadores.

Aberto todos os diasM Rua de Leiria, 112-114 T 244 574 530www.hoteiscristal.pt

Page 178: LinhasComboio Turismo

28

Estação de LeiriaDistância da estação ao centro

Acessos:

A pé

Rodotejo, autocarros para o centro da cidade. Consultar horários em www.rodotejo.pt

Táxi: T. 244 831 925, 244 815 900

3 km

LEIRIA

Rainha do Pinhal

As pedras da antiga cidade romana de Collippo foram usadas na Idade Média para construir parte de Leiria. Quem entra na cidade vê de imediato o castelo. Lá do alto, avista-se o tecido urbano da cidade, assim como a sua periferia rural. Em 1135 D. Afonso Henri-ques conquista o reduto, mas só em 1195 o castelo se torna de todo cristão. Dentro da muralha levantada por D. Fernando e D. João I, a alcáçova com a torre de menagem evoca a passada importância militar. Os Paços Reais, onde viveram D. Dinis e a Rainha Santa Isabel, ficariam no exterior e estiveram na origem de muitas das lendas que envolvem a cidade.Após as diversas batalhas por que passou, desde as lutas com os muçulmanos até às invasões francesas, ficou parcialmente destruído. No princípio do século XX, o castelo sofreu importantes obras de reconstru-ção, sob a direcção do arquitecto Ernesto Korrodi.D. Dinis mandou fazer importantes obras, entre elas o enxugo do paul do Ulmar e o desenvolvimento da mata de Leiria (hoje pinhal de Leiria) para suster as dunas costeiras, a norte da cidade. A plantação in-tensiva de pinheiro bravo viria a ser de grande im-portância para a construção naval. Desde sempre se fizeram no rio Lis moinhos para aproveitamen-to da energia hidráulica. Em 1411, a comunidade judaica insta-lou aqui o primeiro engenho

de fa-brico de papel.

A Leiria dos nossos dias já pouco se enquadra na cidade descrita por

Eça de Queiroz em «O Crime do Padre Amaro». Os pe-regrinos a caminho da Cova da Iria passam por aqui e os estudantes animam a urbe. A feira anual realiza-se de 1 a 25 de Maio.

Vista sobre o castelo

Page 179: LinhasComboio Turismo

o QUe VeR

LINHA DO OESTE LEIRIA

Sé CatedralO início da sua construção data de 1559, em pleno sé-culo XVI, tendo sido concluída na segunda metade do século XVII. Embora apresente a verticalidade das cate-drais góticas, nela transparece o sentido de proporção das partes, dado pelo cálculo matemático, dentro de um espírito tipicamente renascentista e classicizante em que a ideia de projecto arquitectónico ganha uma dimensão moderna. É desprovida de torre sineira. Um adro alto dos inícios do século XVII, acompanhado por uma balaustrada de pedraria, envolve o edifício, segun-do o desenho inicial de Afonso Álvares, e veio a ser co-locada aqui talvez para precaver as inundações do Lis.

Praça Rodrigues Lobo Antiga Praça de São Martinho, é a mais agradável praça da cidade, da qual foi, durante muitos anos, o verda-deiro centro. Não faltam esplanadas, rodea-das por um conjunto de casas ai-rosas. Ergue-se no local onde existiu a Igreja

de São Martinho (século XIII). O arco desta igreja fecha-va a praça, mantendo-se até aos finais do século XIX. O traçado forma um quadrilátero quase regular, remon-tando à segunda metade do século XVI. De destacar a estátua em bronze sobre pedestal de pedra, da autoria do escultor Joaquim Correia, homenageando o grande poeta Francisco Rodrigues Lobo, que tão bem descreveu a mansidão do rio.

Teatro José Lúcio da SilvaReabriu as portas em Janeiro de 2007, depois de obras de requalificação. Moderno e arejado, o edifício caracteriza--se pela utilização do branco, em contraste com o preto. Vidro e linhas direitas desta-cam-no do ambiente que o envolve: o centro de Leiria.

Castelo de Leiria Depois de conquistar Leiria aos Mouros, D. Afonso Hen-riques mandou, em 1135, construir um castelo nesta localidade. Foi amuralhado em 1195, a mando de D. Sancho I e, em 1324, D. Dinis ordenou a edificação da torre de menagem e de um paço. Ao longo do tempo as muralhas foram sendo acrescentadas e reconstruídas. O castelo, tal como hoje se apresenta, é fruto de uma recriação recente. No século XIX, estando a fortificação medieval em ruínas, o arquitecto suíço Ernesto Korro-di elaborou um plano de reconstrução de inspiração romântica, tendo as obras durado de 1915 a 1950. A não perder, a magnifica vista sobre a cidade, a partir da galeria da alcáçova, com oito arcos ogivais, uma das salas mais bonitas do castelo. No recinto, erguem-se os Paços Reais e a Capela de Nossa Senhora da Pena.

Page 180: LinhasComboio Turismo

30

o QUe saBoReaR onde CoMeR

LEIRIA LINHA DO OESTE

Cardamomo €€O número 43 da rua que os leirienses conhecem como sendo a Direita, dá acesso a um universo gastronómico alternativo. Num ambiente informal e descontraído, os sabores de Goa misturam-se com os paladares vegetaria-nos, gerando uma cozinha de fusão inspirada pela criati-vidade do chefe Nuno Sequeira. Neste espaço, também acontecem workshops gastronómicos. Não fumadores (almoço) / Fumadores (jantar)

Encerra Segunda-feiraMRua Barão Viamonte, 43, 1ºT 244 832 033

Casinha Velha €€€É uma das referências gastronómicas da região. Aqui há forno a lenha, elemento de grande importância na ementa desta casa já que boa parte dos pratos são confeccionados no dito. As especialidades vão-se repar-tindo pelos dias da semana (cabrito, galo assado, en-trecosto assado no forno…). Nos restantes dias há co-gumelos panados, pimentos gratinados para começar, a massa de robalo ou a posta mirandesa a seguir. Boa garrafeira que acolhe vinhos do dia-a-dia e algumas preciosidades, sem contar com as novidades e copos adequados a cada escolha. Se no piso térreo funciona o bar onde se tomam os aperitivos, no superior fica a sala. Não fumadores.

Encerra Domingo ao jantar e terça-feiraM Rua Professor Portelas, 23, Marrazes T 244 855 952www.casinhavelha.com

Brisas do Lis e outras delíciasAs tão famosas Brisas do Lis (a especialidade mais conhecida da cidade no capítulo da doçaria) têm uma origem bastante remota. Segundo se con-ta, as delicadas iguarias eram confeccionadas no antigo Convento de Santana, entretanto desa-parecido (dando lugar ao mercado municipal e posteriormente a um centro cultural). O segredo da receita foi transmitido por uma freira a uma se-nhora muito devota que era, à época, proprietária do Café Colonial. Este estabelecimento ainda hoje existe, sendo um dos mais antigos e conhecidos de todos os leirienses. Igualmente doces e delicio-sas são as celebradas lampreias de ovos da região. A de Leiria, preparada com massa de ovos e amên-doa, segundo antiga receita, está entre as mais conhecidas. De referir também os canudos de Leiria (folhados recheados com doce de ovos) que se diz terem sido inventados em honra da rainha Santa Isabel. A mesa doceira regional completa--se ainda com bolos de arroz, merendeiras, migas de leite, migas pobres, ovos folhados e delícias de Frei João (uma especialidade à base de frutas, açúcar e nozes, característico de Alcobaça).

€ até 15 euros €€ entre 15 e 30 euros €€€ mais de 30 euros

Page 181: LinhasComboio Turismo

31

onde doRMiR

LINHA DO OESTE LEIRIA

Hotel Eurosol Leiria ***Hotel com quartos bem equipados, ideal como ponto de partida para a descoberta da região. A diversidade de serviços é garantia de que não lhe vai faltar nada: pode passear no jardim e dar uns mergulhos na piscina exterior, manter-se em forma no ginásio, relaxar na sauna, usufruir do serviço de massagens e desfrutar da excelente vista no restaurante panorâmico no oitavo andar.

Quartos 135M Rua Dom José Alves Correia da SilvaT 244 849 849www.eurosol.pt

Hotel Ibis Leiria **A sul de Leiria, a 10 minutos do centro da cidade. Todos os quartos têm ar condicionado, o restau-rante está à sua disposição 365 dias por ano e o bar aberto 24 horas por dia. Aceitam animais de estimação.

Quartos 56M Quinta do Taborda, lote 56T 244 816 700www.ibishotel.com

Matilde Noca €€Matilde Valente ganhou a alcunha do pai, o proprietário da Taberna do Ti Noca, em Marrazes. A experiência acu-mulada permitiu-lhe manter o mesmo sucesso com este restaurante aberto em 1991 e remodelado em 2004. É a própria que se ocupa da cozinha cujas especialidades variam diariamente. A título de exemplo se quiser provar um bacalhau na telha vá à Matilde Noca à segunda, mas se o cabrito assado no forno estiver nas suas preferências, escolha a terça e se lhe apetecer a cabidela de galo casei-ro visite este restaurante à quarta. Não fumadores.

Encerra Domingo M Rua Martingil, 157, MarrazesT 244 856 073www.matildenoca.net

Tromba Rija €€Quando a qualidade se junta à quantidade, a fórmula pode ter como conclusão o Tromba Rija. Com clientes de todas as pontas do país a organizarem autênticas romarias para provarem a meia centena de entradas onde constam queijos, saladas e enchidos, com direito a sala própria. Convém não ficar preso ao universo dos petiscos pois ainda tem para escolher à carta os pra-tos principais onde a feijoada que deu o nome à casa é cabeça de cartaz às quintas-feiras. Nas sobremesas, novamente em bufett estão tartes, arroz-doce e fruta. Não fumadores.

Encerra Domingos e feriados ao jantar e segunda-feiraM Rua Professores Portela, 22, MarrazesT 244 852 277www.trombarija.com

Page 182: LinhasComboio Turismo

32

Estação Monte RealDistância da estação ao centro

Acessos:Rodotejo, consultar horários em www.rodotejo.pt/

Táxi: T. 244 612 869

2 km

MONTE REAL

termas reais

Entre os férteis campos do rio Lis, a vila de Monte Real foi fundada em 1292 por D. Dinis, monarca que ali terá estabelecido morada durante

a plantação do pinhal de Leiria. O nome descende então desta época

da qual ainda restam, na parte mais alta da povo-ação, vestígios do antigo Paço Real. Distinguem-se assim em Monte Real duas partes: a antiga, localiza-da numa colina, enquanto a moderna ocupa a zona mais baixa e deve o seu desenvolvimento à explo-ração termal. Os efeitos terapêuticos das águas de Monte Real eram já conhecidos durante a ocupação romana mas a sua exploração apenas começou no início do século XX.O Parque Termal de Monte Real foi recentemente requalificado, tendo reaberto ao público no Verão de 2009 totalmente modernizado e adaptado às no-vas condições e exigências do termalismo, seja este na versão clássica, seja na mais recente vertente do bem-estar. A requalificação contemplou a reaber-tura das termas, a reconversão do hotel termal, uma área de

bem-estar e ainda a criação de

três quilómetros de percursos pedestres pelos 24 hectares de parque ver-

de que envolve o complexo. Na povoação de Monte Real parece prolongar-se a calma sentida no parque das termas, embora a base aérea esteja por per-to. Predominam as casas de piso térreo e os hotéis e as antigas pen-sões termais são discretos.

Edifício nas Termas de Monte Real

Page 183: LinhasComboio Turismo

o QUe VeR

LINHA DO OESTE MONTE REAL

Termas de Monte RealAs Termas de Monte Real têm uma localização parti-cularmente favorável. Com excepção das termas do Vimeiro, situadas umas boas dezenas de quilómetros para sul e das Termas do Carapacho, na ilha açoriana da Graciosa, Monte Real é a única estância termal portu-guesa que se pode gabar da vizinhança da praia. O oce-ano está apenas a 10 km e a rodear a vila fica o secular e verdejante Pinhal de Leiria. Sabe-se que, aqui como em tantos outros casos, a ori-gem das termas remonta aos tempos romanos, não sendo, no entanto, conhecidos muitos registos ou teste-munhos desta presença. Uma das excepções foi a des-coberta de uma árula (pequeno altar) com inscrições latinas e algumas moedas, junto da nascente das águas das termas, hoje visíveis no Museu Nacional de Arque-ologia. E a isto se resumem as provas mais palpáveis do conhecimento por parte dos romanos das propriedades terapêuticas desta água.Será preciso deixar passar muitos séculos para que se volte a ouvir falar destas termas. Terão sido reconstruí-das sob a égide da Igreja, por iniciativa do Bispo de Lei-ria, já no começo do século XIX. Contudo, a exploração organizada deste centro termal começou efectivamen-te no princípio do século XX. Nesta época, as Termas de Monte Real, eram um local onde, para além do descanso e dos tratamentos, tam-bém era considerado de bom-tom passar férias. O Hotel das Termas, curioso edifício que faz lembrar o Palace de Vidago, ainda que numa escala mais reduzida, foi re-centemente recuperado no âmbito da reabilitação de

todo o parque termal que reabriu ao público no Verão de 2009 após profundas obras de requalificação. O Hotel das Termas é um ponto indiscutível de visita, com o parque termal a envolver e valorizar a elegância do edifício. Es-preitando através da porta principal é perceptível a gran-deza do átrio de entrada, podendo, ainda, observar-se uma das salas com bonitos azulejos da época. Foi local de festas de grande aparato, como o casamento de uma das descendentes da família proprietária original. Num pas-seio pelo amplo terraço da entrada, vale a pena observar o grafismo dos azulejos da época, alguns aplicados nos bancos dispersos pela orla do romântico parque termal, onde as árvores seculares, os fetos e as hortênsias marcam presença. Junto ao edifício das termas fica a pequenina capela de Santa Rita de Cássia que em tempos funcio-

Paços Reais e Capela da Rainha Santa Isabel

Page 184: LinhasComboio Turismo

34

A Fonte €Restaurante de cozinha regional, tem no bacalhau à Fonte e no ensopado de borrego duas das suas princi-pais especialidades. Não fumadores.

Encerra à Quinta-feiraM Estrada da Base Aérea 5, SegodimT 244 612 663

Ângulo Real €De ambiente acolhedor e familiar. Aposta principal-mente nos peixes e mariscos. Não fumadores.

Aberto todos os diasM Estrada da Base Aérea, 5 T 244 611 145

Paços da Rainha €€Inserido no Hotel Palace, tem um ambiente requintado e uma cozinha de inovação com influência mediterrâni-ca e tradicional portuguesa. Não fumadores.

Aberto todos os diasM Termas de Monte RealT 244 618 900

MONTE REAL LINHA DO OESTE

onde CoMeRnou numa dependência dos balneários. A actual capela foi benzida em 1938 pelo Bispo de Lamego e é o local onde, por iniciativa das Termas, se realiza a festa de San-ta Rita de Cassia. Esta incluía a tradicional procissão que percorria a avenida das Termas até ao Hotel com o andor de Santa Rita levado pelas enfermeiras fardadas com as suas toucas brancas. Mantém-se aberta ao culto durante a época termal, com celebração de missa diária. Relativa-mente às fontes, a mais conhecida é a chamada Fonte da Rainha Santa que a tradição diz ser milagrosa pelo facto de Isabel de Aragão supostamente aqui ter vindo muitas vezes. No edifício termal, chama a atenção a arquitectura característica do princípio de século XX. O principal des-taque vai para a «buvette» (edifício da fonte termal) em mármore, dotada de cacifos para os copos dos frequenta-dores, com a particularidade de, vista de fora, fazer lem-brar a lareira de uma casa grande de família…

Monte Real (povoação)Na povoação merece destaque o Pelourinho de Monte Real com a sua coluna construída sobre três degraus circulares, ostentando as armas nacionais e datado de 1573. Perto, fica o local conhecido como Sítios dos Pa-ços de Monte Real que, segundo a tradição, terá sido construído por ordem da rainha Santa Isabel que aqui teria passado diversas temporadas. No entanto, não se conhecem provas documentais que confirmem esta lenda. A nova Igreja Matriz foi projectada nos anos 40 com projecto do arquitecto Korrodi e foi construída por pressão após o desmoronamento da antiga Igreja Ma-triz, sendo, na altura, o culto feito na pequena capela da Rainha Santa, sem condições para acolher os habi-tantes de Monte Real.

Capela no parque termal

€ até 15 euros €€ entre 15 e 30 euros €€€ mais de 30 euros

Page 185: LinhasComboio Turismo

LINHA DO OESTE MONTE REAL

onde doRMiR

Palace Hotel Monte Real ****Resultado de uma profunda recuperação arquitectóni-ca, mantém a fachada romântica do antigo Hotel Ter-mal. A unidade encontra-se ligada ao parque termal e conjuga a sobriedade das suas linhas com o conforto das instalações. Oferece restaurante, um bar junto ao jardim interior, piscina, bar exterior e jardins.

Quartos 101M Termas de Monte Real T 244 618 900www.termasdemontereal.pt

Hotel Dom Afonso***Na vila de Monte Real encontra este hotel que, até à re-cuperação do antigo hotel das termas, era o maior nas proximidades desta zona termal. Para além das facilida-des características de uma unidade com esta clas-sificação, dispõe ainda de uma piscina co-berta e aquecida e restaurante. Encerra entre Janeiro e Março.

Quartos 74M Rua Dr. Oliveira SalazarT 244 611 238www.hoteldomafonso.com

Hotel Flora***Fica situado junto à praia, apenas a um quilómetro das Termas de Monte Real, permitindo conjugar uma esta-dia termal com outras actividades.

Quartos 52M Rua Duarte PachecoT 244 612 121w.flora-hotel.com

Pensão Cozinha PortuguesaUnidade hoteleira de tradição em Monte Real, teve as suas instalações remodeladas, melhorando as condi-ções dos seus quartos. Funciona de Julho a Setembro.

Quartos 90M Estrada da Base Aérea 5T 244 612 112www.hoteldomafonso.com

Page 186: LinhasComboio Turismo

36

Estação da Figueirada FozDistância da estação ao centro

Acessos:

A pé

Urbanos da Figueira da Foz, autocarros de 10 em 10 ou de 20 em 20 m

Táxi: T. 233 423 500

0.5 km

FIGuEIRA DA FOz

Princesa das praias

Situada entre o mar e a foz do Mondego e perfumada pelos ares da serra da Boa Viagem, a Figueira da Foz ficou a dever o seu primeiro impulso de desenvolvi-mento à pesca e à construção naval. Depois, a partir de finais do século XIX, começou a ganhar nome como praia de banhos. A sua fama foi crescendo e, à medida que a moda do veraneio se alicerçava, os seus Verões tornaram-se cada vez mais concorridos. Famí-lias de todo o país, sobretudo do norte e do centro, bem como da vizinha Espanha, aqui marcavam o seu ponto de encontro, ano após ano. O escritor Jorge de Sena imortalizou-a, ao escolhê-la para cenário do seu livro, Sinais de Fogo. Durante a II Guerra Mundial, a Figueira recebeu de braços abertos milhares de refu-giados, que fugiam do perigo nazi, deixando em to-dos estes homens e mulheres uma grata recordação. Mas o tempo não para, e a cidade está virada para o futuro e para o turismo. Cosmopolita, tem boas infra--estruturas hoteleiras, grande variedade de restau-rantes (a maior parte dos quais vocacionados para o peixe e o marisco), um casino, salas de espectáculos, boas áreas comerciais e um moderno Centro de Arte e Espectáculos. Por tudo isto continua a merecer o título que ganhou nos anos 40 de «Princesa das Praias» de Portugal.

A Figueira já foi, assim, terra

de pescadores, estância balnear internacional, porto de abrigo de refugiados

durante a II Guerra. Hoje é uma cidade moderna, am-pla e ensolarada, com uma luz difícil de esquecer. Enquadrada pela serra da Boa Viagem, tem à sua volta uma bonita região para desco-brir.

Avenida marginal e praia da Figueira da Foz

Page 187: LinhasComboio Turismo

abaixo) até Mira e mais além. Nalguns dias o jogo das luzes gera curiosos efeitos, confundindo-se, por vezes, o verde da mata nacional com a cor do oceano, de for-ma que o areal parece uma extensa ilha.

Fortaleza de Santa Catarina Junto à praia, encontra-se a antiga Fortaleza de Santa Catarina, mandada levantar no tempo em que Filipe II era rei de Portugal. Apesar de arruinada, esta fortifica-ção, adaptada posteriormente a farol, continua a ser uma imagem de marca da Figueira da Foz. A sua configuração triangular torna-a caso quase inédito no nosso país, só existindo, em território nacional, mais outro. Mas o que a torna especial é o episódio de que foi palco durante a I Invasão Francesa, no Verão de 1808. Ciente da impor-tância de recuperar este forte, que se encontrava na mão dos invasores, o Reitor da Universidade de Coimbra incentivou um estudante, o sargento Bernardo António Zagalo, a pegar em armas e a comandar esta arriscada empresa. Com o auxílio de 3000 voluntários, muitos dos quais estudantes, armados como podiam, o grupo cercou o forte que acabou por se render a 27 de Junho de 1808. Com uma bonita vista sobre a praia, o forte preserva no seu interior a capela-oratório dedicada a Santa Catarina.

o QUe VeR

LINHA DO OESTE FIGuEIRA DA FOz

Mercado Edifício característico da arquitectura do ferro, o mer-cado da Figueira encontra-se junto ao edifício dos Pa-ços do Concelho. Aqui se pode comprar todo o tipo de produtos frescos da região, doces tradicionais, queijos e enchidos.

Núcleo Museológico do Sal Situado na margem esquerda do Mondego, junto à sa-lina do Corredor da Cobra, inclui uma exposição perma-nente composta por vários temas, com destaque para a evolução histórica da produção salina em Portugal. O núcleo museológico inclui ainda a «Rota das Salinas», um percurso pedestre com perto de 3 km que permite o contacto com as técnicas de produção do sal, assim como apreciar a fauna e flora local.

Miradouro da BandeiraSituado do lado norte da Serra da Boa Viagem é um dos mais espectaculares miradouros da costa portuguesa. A elevação deste penhasco proporciona grande ampli-tude visual. Avista-se toda a costa desde Quiaos (logo

37

Page 188: LinhasComboio Turismo

38

onde CoMeRo QUe FaZeR

FIGuEIRA DA FOz LINHA DO OESTE

Aquaparque TeimosoUm parque aquático em Buarcos, à beira-mar, com uma das melhores vistas sobre o mar da Figueira da Foz. Animação e divertimento para toda a família. De Junho a Setembro, das 10:00 às 19:00

M Avenida Dom João II, 70Cabo Mondego, BuarcosT 233 402 720www.teimoso.com

Centro de Artes e Espectáculos Inaugurado em Junho de 2002, é um espaço poli-valente, de linhas sóbrias e modernas, da autoria do arquitecto Marçal Grilo. Com uma programa-ção cultural cuidada, o Centro de Artes e Espec-táculos tem uma oferta variada de exposições, concertos, espectáculos, teatro, cinema etc.

www.cae.pt

Gelados da EmanhaÉ um clássico da Figueira. Abriu a primeira loja em 1980, na avenida marginal, junto à rotunda de Buarcos, e rapidamente foi conquistan-do adeptos, continuando a ser uma referência.

Caçarola II €€Clássica marisqueira, que se espera encontrar junto ao mar, tem como oferta principal mexilhões, camarões, lagosta e lavagante. Mas quem aprecia os prazeres da carne não vai deixar de experimentar o cozido, a vitela barrosã ou o cabrito, este ao domingo. Zona de fumado-res (esplanada).

Aberto todos os diasM Rua Bernardo Lopes, 85/87T 233 425 347

Carrossel €€Em terra de pescadores, a servir pratos da tradição da Figueira. Havendo, é ponto obrigatório o polvo de vi-nagrete e a cavala alimada para começo. Adequado ao receituário marinho está a canja de bacalhau, a sopa do mar, a dobrada do mar, a chora de línguas com marisco e a raia de pitau, entre outros pitéus. Não fumadores.

Encerra Segunda-feiraM Largo Beira-Mar, Cova-GalaT 233 431 457www.restaurantecarrossel.blogspot.com

o QUe saBoReaR

€ até 15 euros €€ entre 15 e 30 euros €€€ mais de 30 euros

Page 189: LinhasComboio Turismo

39

Quartos 102M Avenida 25 de Abril, 22T 233 403 900www.accorhotels.com

Hotel Ibis Figueira da Foz**Situado no centro da cidade, perto das praias e de to-dos os atractivos da Figueira.

Quartos 47M Rua da Liberdade, 20T 233 408 [email protected]

Parque de Campismo da Figueira da Foz Fica em plena Mata de Lavos, a 400 metros da praia. Tem bungalows para alugar, restaurante, piscina, té-nis, parque infantil, campo de futebol, sala de jogos e supermercado.

Aberto durante todo o ano.M EN 109 km 4, GalaT 233 431 492www.orbitur.pt

onde doRMiR

LINHA DO OESTE FIGuEIRA DA FOz

Hotel Apartamento Sottomayor ****Unidade recentemente remodelada, fica numa zona residencial da cidade, perto do Palácio Sottomayor, apenas a 10 minutos a pé do centro. Dispõe de 74 apartamentos, incluindo 18 suites totalmente renova-das. Tem bar, restaurantes (cozinha indiana, italiana e portuguesa), piscina exterior, massagens ao ar livre e parque infantil.

Quartos 74M Rua dos Lusíadas, s/nT 233 429 455www.sabirhoteis.pt

Hotel Mercure Figueira da Foz ****Antigo Grande Hotel, persiste como marca dos anos 50, época áurea da Figueira como estância balnear. Para além do evidente valor arquitectónico, a escolha recomenda-se pela localização, em frente à praia, com as varandas volta-das ao mar. Tem restau-rante.

Porto de recreio da Figueira da Foz

Page 190: LinhasComboio Turismo

a BoRdo do CoMBoio ReGionaL

9 linhas para descobrir P

ortugal

1 Linha do Minho

2 Linha do douro

3 Linha do Vouga

4 Linha do norte e Ramal de tomar

5 Linha da Beira alta

6 Linha da Beira Baixa

7 Linha do oeste

8 Linha do Leste e Ramal de Cáceres

9 Linha do algarve

Page 191: LinhasComboio Turismo

9 linhas para descobrir Portugal

Linha do Leste e RamaL deCáCeRes

marvão - Beirã

Foto

: Cas

telo d

e Mar

vão

a BoRdo do ComBoio RegionaL

Page 192: LinhasComboio Turismo

“começa a desenhar-seao fundo a serra de São Mamede”

Entroncamento

Abrantes

Ponte de Sôr

Torre das Vargens

Vale do Peso

Castelo de Vide

Marvão-Beirã

Crato

Portalegre

Arronches

Elvas

LinhA do LESTEE RAMAL dE CáCERES

Page 193: LinhasComboio Turismo

LinhA do LESTE E RAMAL dE CáCERES

3

ao encontro das defesas do alentejoUma viagem pela Linha do Leste, entre Abrantes e Elvas, atravessando as bonitas pais-agens alentejanas e desembocando numa das principais praças-fortes portuguesas.

Ligação a Espanha

A Linha do Leste foi a primeira li-gação internacional portuguesa, fazendo a passagem por Elvas e pela fronteira espanhola até Badajoz. O passeio poderá começar no Entroncamento, aproveitando assim os qui-lómetros em que a linha acompanha o Tejo de perto e nos leva ao longo dos seus campos agrícolas. A passa-gem junto ao castelo de Almourol, edificado nas águas sobre uma pequena ilha rochosa, é um dos momentos que marcam o caminho até Abrantes. A cidade vai surgir na margem contrária do rio, alteada pelo castelo que Dom Afonso Henriques mandou erguer no século XII para defender a linha do Tejo.

Prenúncio de Alentejo

Neste primeiro troço, a paisagem transita suavemente dos campos ribatejanos para as planuras de sobreiros que anunciam a entrada no Alentejo e a chegada a Pon-te de Sôr. A cidade fica a uma curta distância da estação mas, logo ali ao lado, um antigo armazém da CP foi con-vertido num restaurante onde poderá conhecer a boa gastronomia regional.Seguindo viagem, não tardamos a passar em Torre das Vargens, uma estação curiosa onde saudações aos via-jantes foram escritas em diversas línguas nos bancos da gare. E podemos vê-las mais de perto se quisermos chegar a Marvão pois é aqui que começa o Ra-mal de Cáceres, o troço

que nos leva até Marvão-Beirã, a estação mais próxima daquela vila histórica.

Nas alturas de S. Mamede

Mas seguindo para Elvas, a paisagem muda um pouco, com muita penedia e algum arvoredo, característica que se manterá até à histórica vila do Crato. Depois, as ma-tizes verdes e roxas da natureza dão cor à ondulação da paisagem onde se começa a desenhar ao fundo a serra de São Mamede. Portalegre é a paragem que se segue mas a capital de distrito dista cerca de dez quilómetros da estação pelo que a vemos ao longe, com o casario a subir pela falda da serra. A partir daqui o trajecto inflec-te um pouco para sul e a planície é mais aberta. A praça--forte de Elvas começa a avistar-se ao longe, destacan-do-se no alto de um morro. Esta é a última paragem antes da fronteira com Espanha e também o final desta Linha do Leste, a parte nacional do traçado ferroviário que sempre uniu as capitais dos dois países. Assim, ainda hoje é possível continuar viagem e sair de Elvas de comboio, pela Extremadura espanhola em direcção a Madrid.

Estação de Marvão-Beirã

Page 194: LinhasComboio Turismo

4

Estação de Marvão-BeirãDistância da estação ao centro

Acessos:Autocarros: está previsto para breve um serviço de autocarros

Táxi: T. 245 993 171

A estaçãoO Ramal de Cáceres foi uma das primei-ras ligações ferrovi-árias internacionais do país, criada em 1880, a partir de uma derivação da Linha do Leste, em Torre das Vargens, para encurtar o tempo de viagem até Madrid. Testemunho da impor-tância desta via férrea, a estação que serve Marvão está decorada com belos azulejos que, por si só, justificam a visita. Representando alguns dos principais monu-mentos nacionais, o conjunto, produzido pela Cerâmica Lusitana, foi pintado por Jorge Colaço, autor dos painéis da vizinha estação de Castelo de Vide e do magnífico átrio da gare portuense de São Bento. Mas aqui, en-quanto ponto fronteiriço, não podiam faltar também as áreas que pertenceram à Guarda Fiscal, à Alfândega e à fiscalização dos passaportes. Curiosa é, igualmente, uma antiga sala reservada aos passa-geiros de primeira classe.

11 km

MARVÃo

acima do voo das águias

Situada a cavalo de uma escarpa rochosa, a 862 me-tros de altitude, Marvão é uma das jóias do Alentejo. Das muralhas avistam-se as serras da Estrela e da Gardunha (ambas a norte) e de São Mamede (a sul), até às terras espanholas mais próximas, passando por Castelo de Vide, Nisa, Póvoa e Meadas e a respectiva barragem. Em dias excepcionais, um ponto branco a sul corresponde à cidade de Estremoz. Desde a anti-guidade que se diz que esta crista era tão alta que se encontrava «acima do voo dos milhafres».O valor de Marvão não tem, apenas, a ver com a pai-sagem. O casario intramuros apresenta-se bem con-servado e parece saído de uma máquina do tempo que nos tivesse feito recuar dois ou três séculos. É um emaranhado de ruas pitorescas onde, como escrevia Raul Proença no Guia de Portugal, se multiplicam «casas apinhadas em ruas estreitas e tortuosas, al-gumas em degraus, com janelas típicas e curiosas chaminés alentejanas; arcos góticos e recantos pito-rescos». Os arredores imediatos de Marvão também têm muito que ver. Na base do monte, perto das margens do rio Sever, fica a povoação de Portagem, um nome que se expli-ca em função do aglomerado que, ao longo dos sécu-los, aqui se foi desenvolvendo. Para cobrar o direito de passagem havia uma ponte medieval fortificada, ainda hoje visível. Uma calçada medieval convida a um passeio a pé até às alturas de Marvão. Um pou-co mais longe, a antiga cidade romana de Ammaia que tem sido escavada nas últimas décadas, ilustra o apreço que os Césares tinham por esta região. Para poder apreciar tudo isto não falta um razoável parque hoteleiro e bons restau-rantes.

Igreja de Santa Maria do Castelo

Page 195: LinhasComboio Turismo

o QUe VeR

LinhA do LESTE E RAMAL dE CáCERES MARVÃo

FortalezaAs muralhas são reforçadas por torreões, aos quais se juntaram baluartes com guaritas. No ponto mais alto de Marvão situa-se a porta de entrada no último re-duto do castelo, de impressionantes dimensões. No interior não impressiona menos a profundidade da cisterna, com capacidade para abastecer a vila durante meio ano. Do parapeito das muralhas avistam-se terras portuguesas e espanholas, panorama que se alarga quando se sobe à alta torre de menagem. Raul Proença descreveu-o assim: «E, finalmente, o alteroso castelo, com a bela torre de menagem dionisíaca, a linha do adarve desenhando as sinuosidades dos muros, as guaritas cobertas de cúpulas, e a cidadela virada a sul, sobre panos de muralha talhados em escarpa».

Cidade romana de AmmaiaEstas ruínas, situadas não muito longe de Mar-vão, na estrada para Castelo de Vide, testemunham a impor-tância da cidade r o m a n a

que aqui se desenvolveu a partir do séc. I e que seria elevada a «municipium» pelo imperador Lúcio Vero. A estruturas das ruas e a forma como a planta da cidade estava organizada obedece aos cânones rigorosos e geométricos do Alto Império. O Museu Monográfico e o laboratório de restauro de peças com-pletam o enquadramento deste sítio verdadeiramente excepcional.

Vila intramuros Para quem vem do exterior, o ideal será parar

o carro no exterior da primeira muralha e partir a pé à descoberta de Marvão. Entre na vila pela Rua de Cima e comece a saborear um passeio único. Depois de ver o Lar-go do Pelourinho, recue até junto do arco, transponha-o e suba pela Rua do Espírito Santo até à igreja, de portal renascentista, com pilastras e capitéis decorados com folhas de acanto e tendo de cada lado dois bustos. Mais acima, do lado direito, fica a Casa dos Governadores, com bonitas varandas de ferro forjado. Para chegar ao castelo já só falta subir mais uns metros, tanto em cota, como em linha recta. Depois de o visitar, desça em direcção ao Largo de Santa Maria. Na igreja homónima encontra o Museu Municipal. Na Rua de Santiago encontra a igreja dedicada ao apóstolo da Reconquista, de pórtico ogival (séc. XVI). Continue ao longo da muralha até ao Largo do Calvário e ao Postigo do Sol, já perto da saída.

Rua da vila intramuros

Page 196: LinhasComboio Turismo

6

O QUE FAZER ONDE COMER

MARVÃO LINHA DO LESTE E RAMAL DE CÁCERES

COMBOIO AVENTURARotas de Marvão

Nesta vila, construída entre castelos e monu-mentos únicos que contam histórias, o ambiente medieval transporta quem lá passa até aos mais curiosos acontecimentos que se deram há muitos

da história e da boa cozinha portuguesa a em-barcar nesta rota pela bela região do Marvão. Canoagem na barragem da Apartadura ou peddy--papper pela vila para os mais energéticos, visitas temáticas até ao Castelo com torneios “Medievais” para os curiosos ou jantares medievais “dignos de rei” para os bons garfos. As propostas são imensas e para todos os gostos.Adultos ou crianças, todos vão ter o seu momento na história desta vila. Descubra tudo e prepare--se para uma viagem no tempo verdadeiramente inesquecível. Informações em 808 208 208 ou cp.pt

Restaurante da Pousada de Santa Maria €€O restaurante da Pousada tem uma agradável sala envidraçada com amplas vista panorâmicas. Serve um leque variado de especialidades regionais como o bacalhau dourado, bacalhau recheado com presunto e puré de castanhas, açorda de bacalhau com coentros, borrego assado e migas com carne de porco. Na doçaria também não faltam as mais conhecidas referências da região como a encharcada ou a sericaia. Não fumadores.

Aberto todos os diasM Rua 24 de Janeiro, 7 T 245 993 201

Varanda do Alentejo €Com uma localização privilegiada, é uma varanda debruçada sobre a principal praça da vila de Marvão. Integrado na casa de hóspedes homónima, é um es-paço tradicional onde, desde 1987, há bons petiscos alentejanos para abrir o apetite e pratos regionais para acalmar a fome. Não fumadores.

Aberto todos os diasM Praça do Pelourinho, 1 A T 245 993 272www.varandadoalentejo.com

Barragem da Apartadura

€ até 15 euros €€ entre 15 e 30 euros €€€ mais de 30 euros

PROGRAMA

Page 197: LinhasComboio Turismo

Albergaria El-Rei Dom ManuelSituada no centro de Marvão, está instalada num edi-fício antigo, restaurado para o efeito. Oferece quartos são sóbrios, simples e confortáveis.

Quartos 15M Largo de Olivença T 245 909 150www.turismarvao.pt

Pensão Residencial Casa Dom DinisCasa típica de Marvão, localizada na parte mais alta da vila, junto ao castelo, terraço com magnífica vista pano-râmica.

Quartos 8M Rua Doutor Matos Magalhães, 7 T 245 993 957www.casaddinis.pa-net.pt

onde doRmiR

LinhA do LESTE E RAMAL dE CáCERES MARVÃo

Pousada de Santa MariaResultante da adaptação de duas casas de aldeia, a sua localização proporciona uma vista panorâmica de rara beleza. De pequena dimensão, é particularmente aco-lhedora no Inverno, quando a bruma invade a serra e um ambiente caloroso reina nos salões decorados com mobiliário típico.

Quartos 28M Rua 24 de Janeiro, 7 T 245 993 201www.pousadas.pt

Castelo de Marvão

Page 198: LinhasComboio Turismo

a BoRdo do ComBoio RegionaL

9 linhas para descobrir P

ortugal

1 Linha do minho

2 Linha do douro

3 Linha do Vouga

4 Linha do norte e Ramal de tomar

5 Linha da Beira alta

6 Linha da Beira Baixa

7 Linha do oeste

8 Linha do Leste e Ramal de Cáceres

9 Linha do algarve

Page 199: LinhasComboio Turismo

9 linhas para descobrir Portugal

Linha do aLgarveLagos

Portimão

albufeira

Faro

Tavira

vila real de Sto. antónio

Foto:

Pra

ia da

Mar

inha,

Lago

a

a bordo do comboio regionaL

Page 200: LinhasComboio Turismo

“Um intenso aroma a maresia invade as carruagens”

LINHA DO ALGARVE

MEIA PRAIA PORTIMÃOALBUFEIRA

Albufeira

Loulé

Parque Naturalda Ria Formosa

Lagoa

Monchique

Vilado Bispo

LAGOS

FARO

TAVIRA

VILA REAL DESTO. ANTÓNIO

LOULÉ

ALCANTARILHA

OLHÃO

MONTE GORGO

CASTRO MARIM

LINHA DO ALGARVE

“Um intenso aroma a maresia invade as carruagens”

LAGOS

MEIA-PRAIA

PORTIMÃO

FERRAGUDO - PARCHAL

ESTÔMBAR - LAGOA

SILVES

ALCANTARILHA - ARMAÇÃO DE PÊRA

ALGOZ

TUNES

ALBUFEIRA

BOLIQUEIME

LOUÉ - QUARTEIRA / VILAMOURA

ALMANCIL

FARO OLHÃO

FUSETA

TAVIRA

CACELA

CASTRO MARIM

MONTE GORDO

VILA REAL STO. ANTÓNIO

Page 201: LinhasComboio Turismo

LINHA DO ALGARVE

3

MEIA PRAIA PORTIMÃOALBUFEIRA

Albufeira

Loulé

Parque Naturalda Ria Formosa

Lagoa

Monchique

Vilado Bispo

LAGOS

FARO

TAVIRA

VILA REAL DESTO. ANTÓNIO

LOULÉ

ALCANTARILHA

OLHÃO

MONTE GORGO

CASTRO MARIM

entre o azul do céu e do marA linha ferroviária mais meridional de Portugal une Lagos e Vila Real de Santo António ao longo de 140 quilómetros, onde se descobrem lugares singulares e que reflectem as características da região: um misto de mar e serra, sempre na companhia do sol.

Mar e riaVizinha da marina, a estação de Lagos, onde começa esta viagem, tem a praia mesmo ali ao lado. O comboio corre paralelo ao areal da Meia Praia, com o azul do Atlântico a emoldurar a paisagem. Pouco depois, as águas da ria de Alvor antecipam a passa-gem pela bem recuperada estação da Mexilhoeira Gran-de onde o ambiente rural domina a paisagem. Mas logo nos aproximamos de paragens mais urbanas. Portimão é atravessada até chegarmos à zona do cais onde se perfi-lam os restaurantes de peixe fresco, tão apreciado nesta cidade que deixamos, enquanto cruzamos o sapal do rio Arade e seguimos em direcção ao barrocal Algarvio.Não tardamos a vislumbrar o casario de Estombar e avançamos para Silves, famosa pelo seu castelo em grés vermelho. Nos quilómetros que se seguem, são os exten-sos laranjais que recortam a paisagem até Tunes, onde o primeiro comboio vindo de Lisboa chegou em 1889. A partir desta estação seguimos pela secção mais antiga da linha, ainda com o mar à distância. Mas é dele que nos aproximamos, com a constante presença das laranjeiras, figueiras e pinheiros mansos.

Salinas e praias a perder de vistaAs estações que servem Albufeira, Boliqueime e Loulé seguem-se nesta linha que nos leva até Faro, onde chegamos depois de passar pelo colorido do estádio do Algarve e entrar no sapal da

Ria Formosa. Sempre a par da ria, contornamos Faro. Um intenso aro-ma a maresia invade as carruagens e pela janela entreaberta desfilam visões de bancos de areia, sapais,

salinas, cursos de água doce, pinhais e campos agrícolas. A viagem por este parque natural deslumbra a cada minuto e, quando menos se espera, a cidade de Olhão é anunciada por marinas já cobertas de sal. Segue-se a Fuseta de onde partem, no Verão, os barcos para as ilhas da Armona e da Fuseta. Aproximamo-nos depois de Ta-vira, uma das cidades algarvias mais bem preservadas, erguida nas margens do rio Gilão.Daqui em diante, a paisagem torna-se cada vez mais campestre e entre campos de vinha e pomares, chega-mos a Castro Marim. Após Monte Gordo, alcançamos Vila Real de Santo António. Reconstruída após o terramoto de 1755, está hoje voltada para o comércio e turismo. Aqui poderá almoçar, descansar nos bancos de jardim, de frente ao Guadiana ou talvez dar um “salto” de ferry-boat, até Ayamonte. Afinal, Espanha fica do outro lado do rio.

Ria Formosa

Praia do Pinhão

Page 202: LinhasComboio Turismo

4

ainda, mas com acessos fáceis por au-

tocarro, as falésias imponentes da ponta de Sagres e do cabo de São Vicente, para

norte das quais se estende o «outro Algarve», o das praias preferidas pelos amantes da Natu-reza, da Cordoama ao Amado e da Bordeira à Arrifana.

rainha do barlavento

Olhe-se para o centro de Lagos, para as ruas semi-pedonais que se desenvolvem entre a Praça Gil Eanes e a Praça da República e

não faltam duas coisas: bares e turistas. Será que, por causa disso, a cidade perdeu a sua identidade? Não parece ser esse o caso, pois

ao longo desta zona central não há grandes altera-ções à traça dos bairros antigos. Mais, ainda, todos os grandes monumentos da cidade estão preservados e são muito visitados, da Igreja de Santo António, com a sua esplendorosa talha dourada, ao Forte da Bandeira ou à Igreja de São Sebastião. Ou seja, não há uma incompatibilidade de raiz entre turis-mo, ambiente e património. É tudo uma questão de bom-senso e de proporções. A zona mais moderna da cidade, a que se desenvolve em torno da marina, si-tua-se na margem contrária da ribeira de Bensafrim. E, para oriente do porto de recreio, estendem-se os infindáveis areais da Meia Praia, com a ria de Alvor lá ao fundo. Na direcção oposta, a caminho de Porto de Mós ou da Praia da Luz, faz-se a transição para o Algarve de feição mais atlântica, de águas frias e praias batidas pela nortada vespertina. Estes areais, onde raramente há multidões ou apertos têm, por isso mesmo, um grande número de apreciadores.Mais longe,

Estação de LagosDistância da estação ao centro

Acessos:

A pé (passeio marítimo ao longo da Marina de Lagos) ONDA, Transportes Urbanos de Lagos, auto-carros de 30 em 30 min www.aonda.pt

Táxi - T. 282 763 587

0.5 km

LAGOS

Marina de Lagos

Page 203: LinhasComboio Turismo

5

Animação nocturnaAs ruas 25 de Abril e Silva Lopes concentram o es-sencial da animação nocturna lacobrigense. Aqui se encontra de tudo, desde bares onde se pode ouvir jazz e a língua dominante é o inglês, até esplana-das e restaurantes abertos até tarde e onde se pode provar a cozinha dos quatro cantos do mundo. Ou-tro ponto de concentração de estabelecimentos de diversão é, como não podia deixar de ser, a marina, na margem esquerda da ribeira de Bensafrim.

Passeio de barco às grutasUm dos principais atractivos da costa de Lagos é a descoberta das grutas e recantos das falésias, a partir do mar. Pequenos barcos de pescadores, re-ciclados em embarcações turísticas, proporcionam visitas guiadas a um verdadeiro mundo encantado.

Zoo de LagosParque com animais de espécies exóticas e endémi-cas, num total de 120 espécies. Dispõe também de uma grande variedade de plantas oriundas dos cin-co continentes. Entre as atracções principais estão a Ilha dos Primatas e o Lago dos Patos. Aberto de 1 de Abril a 30 de Setembro, das 10h às 19h e de 1 de Outubro a 31 de Março, das 10h às 17hM Barão de São JoãoT 282 680 100www.zoolagos.com

Igreja de Santo AntónioJóia do património de Lagos é, a par das suas congé-neres de São Roque (Lisboa) e São Francisco (Porto), a mais esplendorosamente decorada das igrejas barrocas portuguesas. Os azulejos setecentistas azuis e brancos parecem cobrir todos os centímetros quadrados do interior, arrancando do pavimento e parecendo trepar pelo tecto, ao encontro de uma talha dourada de uma riqueza extraordinária. É do início do século XVIII, tendo sido recuperada após o terramoto de 1755. Em edifício contíguo funciona o Museu Municipal.

Forte da BandeiraComo, do lado nascente, fronteiro ao mar, a muralha da cidade não atingia a costa, foi construída, no século XVII, a Fortaleza da Ponta da Bandeira, na foz da ribeira de Bensafrim. De planta aproximadamente quadrangular, a entrada pelo lado de terra faz-se através de uma ponte levadiça que dá acesso a um arco de cantaria lavrada. No pátio interior há um núcleo museológico dedicado aos Descobrimentos, ou não tivesse sido nesta cidade que o Infante D. Henrique fundou a sua escola náutica que tan-to impulsionou os Descobrimentos portugueses dos sé-culos XV e XVI. A vista da esplanada alta é de não perder.

o QUe ver

LINHA DO ALGARVE LAGOS

o QUe FaZer

5

Page 204: LinhasComboio Turismo

A Lota €Restaurante simples e sem quaisquer pretensões, com mesas e bancos de madeira corridos, está localizado mesmo junto ao porto de pesca de Lagos. O serviço é eficiente e dá bom despacho aos muitos clientes da casa, principalmente nos meses quentes. O uso exclusivo do grelhador proporciona óptimas refeições onde sardinhas, carapaus, peixes-espada e robalos têm presença assídua. Acompanha com boa batata cozida e salada. Nas carnes há menos escolha mas há sempre um prato do dia, geral-mente de carne. No final a conta não vai defraudar. E isso não é coisa pouca. Zona de fumadores (esplanada).

Encerra DomingoM Porto de PescaT 282 764 048

Adega da Marina €Central, na avenida principal e em frente à marina, tem uma ampla sala com decoração rústica e uma esplana-da que se estende pelo passeio. Aqui o mais relevante é a qualidade e frescura dos peixes e da carne que, depois de grelhados, vêm para as mesas corridas em travessas. Besugos, espadarte, peixe-espada e sardinhas assadas são um consolo ou não fossem as batatas cozidas com casca, a salada viçosa, o pão regional e as azeitonas também exemplares. Nas carnes há frango, entrecosto, febras, costeleta, lombo e naco de novilho. Zona de fu-madores (esplanada).

Aberto todos os diasM Avenida dos Descobrimentos, 35T 282 764 284http://adegadamarina.grupoadm.pt

LAGOS LINHA DO ALGARVE

onde comer

6

Dom Sebastião €€Sem luxos, mas de bom acolhimento, assim é esta casa situada no centro da cidade, com esplanada a dar para a rua mais movimentada de Lagos. A ementa, total-mente dedicada à cozinha algarvia, aconselha a mas-sada de peixe e o peixe fresco, para grelhar. Amêijoas na cataplana, sopa de peixe e arroz de marisco também se destacam. Emblemas da serra são os pratos de carne de que consta uma chanfana de cabrito. Boa garrafeira. Zona de fumadores (esplanada).

Aberto todos os diasM Rua 25 de Abril, 20T 282 780 480www.restaurantedonsebastiao.com

São Roque €€Sobre o areal da Meia Praia, aprazível e confortável, serve petiscos à base de marisco – percebes, ostras, ca-rabineiros, lagosta, condelipas – e grelhados, de peixe e carne. Refugie-se aqui nas horas de maior calor e apre-cie a sua refeição que também poderá passar por uma cataplana ou caldeirada. Fumadores.

Encerra Segunda-feira (Inverno)M Meia PraiaT 282 792 101

€ até 15 euros €€ entre 15 e 30 euros €€€ mais de 30 euros

Page 205: LinhasComboio Turismo

Hotel Tivoli Lagos ****Uma antiga fábrica transformadora de mármore cedeu lugar a um hotel inaugurado em 1967, hoje num local considerado central, tal foi o crescimento da cidade. Recentemente remodelado, mantém do início a sua es-trutura labiríntica, distribuída por diversos edifícios e os traços decorativos de Maria José Salavisa. À disposição dos hóspedes estão os bares (um junto à piscina exte-rior, outro no interior do hotel), três restaurantes, giná-sio e piscina interior. Para chegar ao Duna Praia, estru-tura de apoio na Meia Praia com piscina e restaurante, exclusivo para hóspedes, utilize o transporte do hotel.

Quartos 324M Rua António Crisógno SantosT 282 790 079www.tivolihotels.com

Hotel Vila Galé Lagos ****Inaugurado em 2009, este hotel fica junto à

Meia Praia, dispondo-se em forma de `U` em frente ao Atlântico.

Piscina exterior, spa, courts de

LINHA DO ALGARVE LAGOS

onde dormirténis, campo de golfe, ginásio e clube de crianças con-tam-se entre as facilidades oferecidas. Refira-se que a decoração do espaço contou com a participação de vários estilistas portugueses de renome.

M Estrada da Meia PraiaT 282 771 400www.vilagale.pt

Pousada de Juventude de LagosSituada no centro histórico de Lagos, é um alojamento acessível perto de todos os atractivos da cidade e com as praias mesmo ao pé.

Quartos 64 camasM Rua Lançarote de Freitas, 50T 282 761 970

www.pousadasjuventude.pt Parque de Campismo de Espiche

Recomendado pelos principais guias europeus, está localizado em terreno arborizado a apenas três qui-lómetros de Lagos e perto de algumas das melhores praias da região. Está preparado para receber tendas, caravanas e autocaravanas. Os 44 bungalows também são hipótese. Os equipamentos e serviços incluem restaurante, campo multidesportos, parque infantil e piscinas.

M EN 125, EspicheT 282 789 265

www.turiscampo.com

Hotel Vila Galé Lagos

Page 206: LinhasComboio Turismo

8

Estação de PortimãoDistância da estação ao centro

Acessos:

A pé

Rede mini-autocarros “Vai e Vem” com paragem perto da estação

Táxi: T. 282 460 610, 282 418 730

1 km

PORTIMÃO

entre o arade

e o atlântico

Se há cidade algarvia que mudou muito em 20 ou 30 anos, foi esse, seguramente, o caso de Portimão. De terra de pescadores, transformou-se em grande centro turístico, tirando partido da proximidade das praias, a começar pela da Rocha. Olhando para Por-timão, quando atravessamos a ponte rodoviária da EN125 sobre o rio Arade, podemos avaliar como a Natureza foi generosa com esta cidade do Barlavento algarvio. Desde logo porque a foz do rio possibilitou o desenvolvimento de uma frente ribeirinha que tem vindo a ser requalificada, formando, agora, um mo-derno e agradável passeio ribeirinho, com marina, restaurantes e esplanadas. Depois, e esse é, de facto, o grande trunfo, a proximidade de praias excepcio-nais faz toda a diferença. A primeira destas é a Praia da Rocha, um areal espec-tacular, tanto em extensão como em largura. A areia parece ter crescido sobre os rochedos, que emergem, aqui e além, como ilhas num oceano. As águas são

tranquilas e quentes. Esta praia pagou algum tributo ao progresso, com a ur-

banização de toda a marginal e terrenos mais para o interior,

formando uma mancha contínua que já não se distingue

de Portimão. Terra natal do último Presidente da I República, o escritor Manuel Teixeira Gomes, Portimão tem toda a animação e as infra- -estruturas que o turismo moder-no pressupõe.

Vista do miradouro da Fortaleza de Santa Catarina sobre a Praia da Rocha

Page 207: LinhasComboio Turismo

o QUe ver

LINHA DO ALGARVE PORTIMÃO

PraiasDurante décadas a imagem da Praia da Rocha figurava em todos os cartazes de propaganda do turismo algar-vio: um arco rochoso, projectando-se entre a areia e o azul do mar. Ainda hoje essas caprichosas formas da Natureza lá estão e tomam nomes adequados às suas formas. É o caso dos Três Ursos, das Rochas Furadas e dos Dois Irmãos. Para quem prefira um registo um pouco mais familiar e menos concorrido, a Praia do Vau, com as suas falésias argilosas, lá está, um pouco mais para po-ente. E daí até ao Alvor há muito por onde escolher, sen-do de destacar o curioso conjunto formado pelas praias vizinhas dos Três Irmãos e da Prainha, ligadas através de túneis que o mar foi escavando na rocha costeira. Depois, é o areal, a perder de vista, do Alvor, com a tranquila ria ao fundo.

Fortaleza de Santa CatarinaConstruída no século XVI, tinha como função defender o porto e a cidade. À fortaleza pertencia também a pequena ermida, que ainda hoje se pode ver, dedicada a Santa Catarina. Situada na praia da Rocha é, actual-mente, um dos pontos turísticos mais visitados da re-gião. Daqui pode-se desfrutar de uma vista magnífica sobre o oceano e a marina, sobretudo numa esplanada, ao fim da tarde.

Museu de PortimãoInaugurado em Maio de 2008, o novo museu da cidade está instalado junto ao rio Arade, no edifício da anti-ga fábrica de conservas Feu, preservando a memória desta actividade de grande importância na região. Dedicado à história e património locais, dispõe de um importante acervo industrial, naval, arqueológico, et-nográfico e subaquático. Com a vantagem da lo-calização ribeirinha, a vertente de lazer, com restaurante e esplanada, é outra das suas mais-valias.

Passeio ribeirinhoModerno passeio pedonal com cerca de 3 km, estende-se entre a nova marina, perto da Praia da Rocha, e o cais junto à estação ferroviária. Ao longo deste percurso há tudo o que é preciso para uma manhã ou uma tarde bem passadas, incluindo bancos públicos, esplanadas e, para os mais atléticos, uma ciclovia. Em frente à Casa Inglesa (es-tabelecimento emblemático da cidade, misto de salão de chá à antiga e café), situa-se o cais dos barcos que fazem os cruzeiros turísticos até Silves, aproveitando a maré para subir o curso sinuoso do Arade.

Praia da Rocha

Page 208: LinhasComboio Turismo

10

Carvi €€A qualidade e frescura do peixe e do marisco são aqui um ponto de honra. Das sugestões da casa, há muita coisa que apetece: sapateira recheada, ostras, búzios, aos quais se seguem as cataplanas (de tamboril e de lagosta com amêijoas) ou os arrozes de línguas de ba-calhau ou lingueirão. O ensopado de cação é outra boa razão para voltar uma segunda vez. Não fumadores.Encerra Terça-feiraM Rua Direita, 34 A T 282 417 912

Forte e Feio €€Na zona ribeirinha da cidade, junto à ponte velha de Portimão, o primeiro ponto vai logo para a localização, um antigo armazém portuário cujo subterrâneo de sal-moura foi aproveitado para nova função, a de viveiros de marisco. Entre outras amostras da tradição culinária algarvia estão as diversas famílias de peixe vindas da lota de Portimão que marcam com o seu inconfundível sabor a sopa de peixe, a feijoada de gambas, a massi-

onde comer

10

o QUe FaZer

PORTIMÃO LINHA DO ALGARVE

Quinta Pedagógica de Portimão Um espaço de lazer e formação pedagógica que pretende aproximar os mais jovens do mundo rural e do contacto com animais como vacas, burros, ovelhas ou porcos. Ocupa uma área de dois hectares divididos em zonas distintas de cultivo, abrigo de animais, um lago e zonas ver-des e de lazer.

Horário Entre Maio e Setembro aberto de terça a sexta das 9:30 às 19:30, e ao sábado, domingo e feriados das 10:00 às 19:30. De Ou-tubro e Abril, aberto de terça a sexta das 9:30 às 17:30 e ao sábado, domingo e feriados das 10:00 às 17:30 M Aldeia Nova da Boa VistaT 282 480 730

€ até 15 euros €€ entre 15 e 30 euros €€€ mais de 30 euros

Page 209: LinhasComboio Turismo

11

Hotel Tivoli Marina Portimão ****Inaugurado em Maio de 2003 como Tivoli Arade, mu-dou entretanto de nome reflectindo agora a localiza-ção, em plena marina de Portimão. Destaque para os diversos equipamentos e infra-estruturas de lazer, como três piscinas de água salgada, restaurantes pano-râmicos, ginásio e espaços verdes.

Apartamentos 183M Marina de Portimão, Praia da RochaT 282 460 200www.tivolihotels.com

Oceano Atlântico ****Apartamentos TurísticosO espaço generoso dos apartamentos (com cozinha equipada e grandes varandas) aliado à decoração mo-derna, fazem desta unidade hoteleira um sítio indicado

onde dormir

LINHA DO ALGARVE PORTIMÃO

nha de peixe e a cataplana. De referir ainda as papinhas de berbigão, a sopa de lingueirão e a feijoada de buzi-nas que gozam de boa fama. Zona de fumadores (esplanada).

Aberto todos os dias M Largo da Barca, 1T 282 413 809

Do Cais €€Situado no Clube Naval de Portimão, tem um ambien-te moderno, com decoração contemporânea. A localiza-ção ribeirinha é uma vantagem, a proporcionar boas vistas sobre o rio Arade. A ementa privilegia os pratos de peixe e marisco. Experimen-te, por exemplo, o arroz de tambo-ril com camarão e amêijo-as ou o tamboril à chefe. Nas

para estadias em família. Um conjunto de serviços de restauração abarcam os gostos mais variados, desde as refeições ligeiras, à beira da piscina, até à cozinha re-gional e internacional, escolhida à carta.

Apartamentos 119M Avenida V6, Praia da RochaT 282 460 080www.oceanoatlantico.com.pt

Pousada de Juventude de PortimãoPousada moderna, com decoração irreverente e colori-da, oferece alojamento confortável. Conta, entre outros atractivos, com uma agradável esplanada e piscina.

M Rua da Nossa Senhora da ConceiçãoT 282 491 804www.pousadasjuventude.pt

carnes poderá optar pelo carré de borrego à Provençal. Não fumadores.

Encerra Segunda-feiraM Edifício Clube Naval de Portimão, Zona Ribeirinha - Doca de Recreio

T 282 432 325http://restauranteclubenaval.fa-

zclick.com

Pousada de Juventude de Portimão

Page 210: LinhasComboio Turismo

12

8 km

Estação de AlbufeiraDistância da estação ao centro

Acessos:Rede Eva, autocarros de 20 em 20m para o centro da cidade, www.eva-bus.com

Táxi – T. 289 583 230, 289 583 232

8 km

Pitoresca, turística

e animada

É como se houvesse duas Albufeiras diferentes: a vi-lazinha de pescadores que, em começos da década de 1960, encantou o artista britânico Cliff Richards e outros visitantes ilustres... e a cidade desenvolvi-da para o turismo que cresceu em torno da antiga povoação ribeirinha de casinhas brancas e arcos mouriscos, feita de hotéis costeiros e, sobretudo, de uma impressionante profusão de aldeamentos turísticos, discotecas, restaurantes e afins. É neste concelho que se situam algumas das mais conhecidas e, quase sempre, das mais frequenta-das praias do Algarve, dos Olhos de Água, à praia da Oura ou à Balaia, sem esquecer essa maravilha que é o Barranco das Belharucas. Escusado será dizer que, tal como na vizinha Almancil (concelho de Loulé), aqui se encontram restaurantes para to-dos os gostos e bolsas, incluindo estabelecimentos distinguidos pelo Guia Michelin. São os trunfos de uma cidade que apostou a cem por cento no tu-rismo, urbanizando fortemente o litoral e tornando-se muito conhecida além-fronteiras, sobre-tudo no Reino Unido

e na Alemanha. Do ponto de vista do

património edificado, vale a pena fazer referência a essa curiosidade que é o caste-

lo de Paderne, situado perto da confluência da Via do Infante com o IC2, e que apresenta os restos da sua muralha de taipa, característica do perío-do islâmico.

Praia dos Pescadores

ALBUFEIRA

Page 211: LinhasComboio Turismo

LINHA DO ALGARVE ALBUFEIRA

13

Albufeira antigaPara sentir o sabor da Albufeira do começo da década de 1960 basta passear pela Rua 5 de Outubro e passar o túnel que dá acesso à antiga Praia dos Pescadores, ou seja, à Praia dos Barcos. Daqui pode-se apreciar a maravilha que é este litoral, feito de pequenas praias encaixadas entre falésias rochosas, por vezes sepa-radas por caprichosos arcos, esculpidos pela milenar erosão. Boa parte do centro antigo de Albufeira está reservado aos peões, incluindo a famosa rua dos ba-res, de forte influência (e frequência) anglo-saxónica.

PraiasSe as praias no enfiamento directo de Albufeira são a escolha mais óbvia, vale a pena referir as alternativas existentes um pouco mais longe. Dominando a praia Maria Luísa, a leste da sede do concelho, fica o Hotel da Balaia, obra marcante da arquitectura dos anos de 1960 (Conceição e Silva) e que, actualmente, alberga o Clube Med. Mais para leste, na fronteira com o litoral de Lou-lé, a pitoresca praia dos Olhos de Água, assim chamada pelas nascentes de água salobra no areal. Ainda deste lado, merece destaque especial a praia do Barranco das Belharucas, um paraíso entre falésias róseas.

o QUe ver

Zoomarine Um local onde se aprende de forma lúdica tudo sobre golfinhos, focas, tubarões, tartarugas, aves exóticas, jacarés e peixes tropicais. Um parque único em Portugal, que tem como base temática a vida dos oceanos. O Zoomarine estende-se ac-tualmente por uma área superior a oito hectares, onde todas as actividades estão acessíveis com um único bilhete.

Aberto de Março a NovembroM EN 125, Cortelhas, AlbufeiraT 289 560 300www.zoomarine.com

Animação nocturnaA animada vida nocturna é uma das marcas de Albufeira. A cidade tem um sem-número de ba-res e discotecas e, na época alta, quando o país se muda para o Algarve, a animação é permanente e as festas sucedem-se a um ritmo frenético. A Casa do Cerro, um bar ao estilo marroquino, é um dos sítios em voga. Mas clássicos como o Liberto’s e o Capítulo V, na praia da Oura, continuam a dar cartas. O Wild & Co., na famosa rua dos bares, no estilo irish pub, também tem feito sucesso. Referência ainda para o Le Club, um bar--restaurante na Praia de Santa Eulália que veio ocupar o espaço do antigo Locomia.

o QUe FaZer

Praia dos Olhos de Água

Le Club

Page 212: LinhasComboio Turismo

ALBUFEIRA LINHA DO ALGARVE

14

onde comer

A Ruína €€€Situado na praia dos Pescadores, é um dos restaurantes mais tradicionais de Albufeira, a funcionar desde 1971 num edifício antigo encaixado na falésia. Tem quatro salas de jantar, uma delas numa antiga cisterna (onde existe um pequeno espaço museológico dedicado ao vinho), um terraço no topo e uma esplanada na praia. A decoração é em estilo rústico e nas paredes há quadros que retratam a envolvente do restaurante. Na ementa predominam os pratos de peixe. Calamares, sardinhas de escabeche, carapaus alimados, salada de ovas e pol-vo são petiscos que fazem o papel de entradas. Chocos e salmonetes quase nunca falham. Zona de fumadores.

Aberto todos os diasM Cais Herculano, Praia dos PescadoresT 289 512 094www.restaurante-ruina.com

Casa da Avó €€Situado no centro da cidade, pratica uma cozinha de ca-riz bem tradicional. Aqui há sempre um tacho ao lume a apurar um delicioso feijão com arroz e camarão ou um borrego com molho de hortelã. Pela frigideira passou o coelho à caçador e o porco na banha com batata-doce. Entretanto, as honras das entradas já foram para o pol-vo em azeite, para a salada de buzinas e biqueirões alimados, só para dar alguns exemplos. Chegando as sobremesas, haja vontade para um pudim de chila. Bons vinhos acompanham a refeição. Não fumadores.

Encerra Terça-feiraM Rua do Movimento das Forças Armadas, 97T 289 587 886

Dom Carlos €€€Restaurante requintado, situado junto ao centro de Albufeira. Funciona na modalidade de menu de degus-tação, oferecendo todos os dias menus compostos por cinco pratos (entrada, sopa, peixe, carne e sobremesa). A cozinha baseia-se nos produtos de mercado diaria-mente disponíveis. Ambiente de charme e conforto, com serviço atencioso e familiar. A reserva é bastante recomendável já que o espaço é pequeno. Não fumadores.

M Rua Alves Correia, 100 T 289 541 224

Tromba Rija €€€Um dos restaurantes mais famosos do país (originário de Marrazes e já com outros espaços em Vila Nova de Gaia e Lisboa) chegou a Albufeira no Verão de 2009. Funciona com base no seu famoso buffet, com ampla variedade de petiscos, pratos frios, quentes, queijos e doces, entre sexta e domingo. De segunda a quinta--feira o serviço é feito à carta, existindo um mini-buffet. Só serve jantares, com excepção de domingo, dia a que também serve almoços. Não fumadores.

Aberto todos os diasM Quinta da BalaiaT 289 586 583

A Ruína

€ até 15 euros €€ entre 15 e 30 euros €€€ mais de 30 euros

Page 213: LinhasComboio Turismo

LINHA DO ALGARVE ALBUFEIRA

Belver Boa Vista Hotel & Spa ****Construído em altura sobre a falésia, nos anos de 1960, foi recentemente remodelado. A redecoração com pe-ças antigas vindas do Chile, México, Índia e África, veio dar uma nova alma a este hotel. Todos os quartos ofere-cem varanda panorâmica. Dispõe ainda de uma piscina exterior (aquecida no Inverno), spa e restaurante.

Quartos 85M Rua Samora Barros, 20T 289 589 175www.hotelboavista.pt

Algarve Gardens ***Aldeamento TurísticoIntegrado numa área com vastas zonas verdes e ajardina-

das, rodeada de pinheiros, o aldeamento fica localiza-do próximo da praia da Falésia. Disponibiliza

confortáveis quartos e bungalows com varanda ou terraço.

Conta com bons e q u i -

onde dormir pamentos desportivos (campos de ténis, campos de fute-bol relvados, etc.), minimercado, bar, restaurante e piscina.

Quartos 86 | Bungalows 92M Praia da FalésiaT 289 501 351www.algarve-gardens.com

Parque de Campismo de AlbufeiraSituado a 1,5 km da cidade, é um parque muito completo, com diversas condições e infra-estruturas. A oferta de alo-jamento contempla caravanas residenciais e bungalows. Dispõe de restaurante, supermercado e esplanadas, entre outros serviços.

Aberto durante todo o ano.M Estrada das FerreirasT 289 587 629www.campingalbufeira.net

Parque de campismo de Albufeira

Algarve Gardens

Belver Boa Vista Hotel & Spa

Page 214: LinhasComboio Turismo

16

capital da ria

A relação com a ria Formosa, um centro histórico com diversos nú-cleos e uma intensa vida comercial são os trunfos de Faro, capital ad-

ministrativa do Algarve.Para que a relação da cidade com

a ria fosse perfeita, apenas faltaria que as águas entrassem pelo tecido urbano, desdobrando-se em canais pelo meio de ruas e praças. Como se sabe, em Portugal só Aveiro tem essa sorte. Mas não é por isso que a cidade não explora a sua relação com os sapais e lagoas que se desenvolvem para sul, na direcção do mar e da ilha de Faro. Nestes últimos anos houve um esforço de renovação da frente ribeirinha que se manifestou, por exemplo, na construção de um pas-seio pedonal ligando o Jardim Manuel Bivar ao Largo de São Francisco, através do perímetro exterior das muralhas, com a linha de caminho-de-ferro logo ali ao lado. A zona histórica de Faro divide-se em três núcleos. O mais óbvio é a Vila-a-Dentro, ou seja, a zona ainda quase totalmente rodeada pelas mura-lhas, em cujo interior se encontram a sé e alguns bairros populares. O Arco da Vila separa-o do Jardim Manuel Bivar. Desta zona verde parte, para norte, a Rua de Santo António, eixo pedonal e comercial por excelência que ocupou a antiga Mouraria e Judiaria. Finalmente, para o lado da estação estende-se o Bairro Ribeirinho, actualmente a principal zona de animação nocturna farense, centrada na Rua Conselheiro Bivar. Na saída para o aeroporto foi construída uma nova zona c o m e r -

FARO

Estação de FaroDistância da estação ao centro

Acessos:

A pé

Autocarro: rede de minibus, com autocar-ros de 15 em 15 min ou de 30 em 30 min.

Táxi: T. 289 895 790

A estaçãoDe assinalar o al-pendre coberto, característico da arquitectura do ferro, bem como os painéis de azulejos na fachada.

0.7 km

c i a l , sendo que

o Estádio Algarve, cenário de todo o tipo de even-

tos desportivos e culturais (mas de pouco futebol), não fica longe. Os vastos areais da ilha de Faro, a prometer praia com sossego, são outro dos atractivos desta cidade.

Jardim Manuel BivarJardim Manuel Bivar

Page 215: LinhasComboio Turismo

TítuloTexto

Largo da SéMesmo para quem não se interesse por arquitectura, subir à torre sineira para observar a esplêndida vista sobre a ria Formosa, torna a visita à Sé de Faro atractiva. O largo onde se situa, rodeado por laranjais, é dos mais bonitos da zona antiga. Apesar de ter sido construída na Idade Média, após a conquista do Algarve por D. Afonso III, a igreja guarda poucos vestígios dessa época, já que teve de ser recons-truída após o saque, em 1596, das tropas inglesas do con-de de Essex e, novamente, depois do terramoto de 1755. Da arquitectura primitiva, românico-gótica, subsistem o portal principal de traça gótica, a torre-pórtico do relógio, de planta quadrangular, e as duas capelas terminais do cruzeiro. Atente, no interior, à talha dourada e à esta-tuária, sendo algumas das imagens conside-radas das melhores do Algarve. Na mesma praça, ligados por um arco, ficam o paço

o QUe ver

LINHA DO ALGARVE FARO

episcopal, interessante exemplar de arquitectura chã seis-centista, com telhados múltiplos ou de tesoura, e o antigo seminário, da autoria do arquitecto genovês Xavier Fabri. Mas, arquitectura à parte, o que torna esta praça e todo o centro intramuros único são a luz, as cores e os renques de laranjeiras que acentuam reminiscências mediterrânicas.

Jardim Manuel BivarFazendo fronteira entre a Doca de Recreio e o centro histó-rico, é o coração de Faro. O jardim desenvolve-se na placa central, com a ria a sul. A sueste fica o Arco da Vila, cons-trução neoclássica encomendada pelo bispo D. Manuel Go-mes de Avelar a Xavier Fabri, em princípios do século XIX. Do lado oposto, para além do monumento a Manuel Bivar e do palacete homónimo, o antigo edifício da alfândega, de raiz quinhentista mas com modificações posteriores. Do lado da Rua de Santo António, avultam a obra revivalista da agência do Banco de Portugal e a Igreja da Miseri-córdia, reconstruída também por Fabri. Não faltam restaurantes e esplanadas para gozar tranquilamente esta vista.

CasteloOs troços da muralha medieval ainda visíveis incluem três torres. A Porta Nova dava acesso directo à ria, protegida por um troço fortificado de que ainda se conhecem vestí-gios junto à Galeria Arco. O Arco do Repouso, a nascente, dá para o Largo de São Francisco. Na ermida dedicada a Nossa Senhora do Repouso, diz a lenda que D. Afonso III descansou, aquando da tomada de Faro aos Mouros. Da-qui partia uma cerca abaluartada envolvendo o Convento de São Francisco e a Ermida do Pé da Cruz.

Page 216: LinhasComboio Turismo

18

onde comer

Camané €€€Localização privilegiada de frente para a ria Formosa e com vistas para a serra algarvia. A cozinha apresen-ta os valores da região: peixes, mariscos e moluscos vindos da ria e do mar. Como o sítio puxa pelo petisco escolha-se de entre o xerém de berbigão, choquinhos ou estopeta de atum. Zona de fumadores.

Encerra Segunda-feira M Avenida Nascente, Praia de Faro T 289 817 539

O Gargalo €No centro da cidade, serve, em ambiente de bom con-forto e a preços acessíveis, uma escolha variada de pra-tos da cozinha italiana. Com forno a lenha à vista, onde são cozidas as deliciosas pizzas, a ementa completa-se com pastas diversas e alguns pratos de carne. Tem uma esplanada abrigada e uma sala interior bastante com-posta, com arcos, e decorada com vitrais que dão um colorido especial. Zona de fumadores (esplanada).

Encerra Terça-feiraM Largo Pé da Cruz, 30T 289 824 264

Centro Ciência Viva do AlgarveInaugurado em 1997, ocupa o espaço do antigo quartel dos bombeiros, junto ao jardim Manuel Bivar. Tem por missão fomentar a educação para o conhecimento científico. Para tal, apresenta uma exposição permanente dedicada ao mar e desen-volve sessões de observação astronómica, ateliers e oficinas de ciência, entre outras actividades.

Encerra Segunda - feiraM Rua Comandante Francisco ManuelT 289 890 920www.ccvalg.pt

comboio avenTUra Rotas da Ria FormosaAprecie um percurso que tem tanto de deslum-brante, como de histórico. Sinta o aroma da maresia, a paisagem que se destaca dos bancos de areia, sapais, salinas e cursos de água. Che-gado a Faro, poderá optar por um programa mais cultural ou mais desportivo. A vertente cultural inclui uma visita ao centro histórico de Faro e um passeio de barco pelos canais da ria. O programa aventura contempla um passeio de bicicleta no parque natural e um passeio de caiaque pelos canais e esteiros da ria. Informações em 808 208 208 ou cp.pt

FARO LINHA DO ALGARVE

o QUe FaZer

€ até 15 euros €€ entre 15 e 30 euros €€€ mais de 30 euros

Programa

Page 217: LinhasComboio Turismo

19

onde dormir

LINHA DO ALGARVE FARO

Hotel Ibis Faro **Apenas a 2 km da cidade, oferece alojamento prático e funcional. Com piscina exterior, restaurante e bar com terraço aberto 24 horas.

Quartos 81M EN125, Pontes de MarchilT 289 893 800www.ibishotel.com/pt/home

Pousada de Juventude de FaroAlojamento acessível no centro da cidade, apenas a 15 minutos a pé da estação de comboios. Com o habitual ambiente descontraído das pousadas, tem sala de con-vívio e esplanada.

M Rua da PSP , Edifício do IPJT 289 826 521www.pousadasjuventude.pt

Hotel Eva ****Debruçado sobre a marina, tem quartos com vista sobre a ria e o mar. O terraço com piscina, o bar e restaurante panorâmico aproveitam a mesma envolvente.

Quartos 134M Avenida da República, 1T 289 001 000www.tdhotels.pt

Hotel Faro ****Localizado no centro da cidade, junto à marina e ao centro histórico, tem quartos modernos e confortáveis. No último andar tem restaurante, bar e terraço pano-râmicos, com vistas desafogadas sobre a ria Formosa.

Quartos 90M Dom Francisco Gomes, 2T 289 830 830 www.hotelfaro.pt

Taska €€Perto do Largo do Carmo, tem duas salas - uma no piso térreo, outra no superior – de acolhimento simples. A cozinha segue a mesma toada dedicando-se ao regio-nal algarvio caso do xerém de conquilhas ou os alca-broses fritos. Impossível de evitar é o arroz de línguas de bacalhau ou a moxama de atum, isto caso não tenha vindo já com o engodo do ensopado de en-guias. A carta de vinhos é competente e uma mousse de alcagoitas encerra a refeição. Não fumadores.

Encerra Domingo M Rua do Alportel, 38 T 289 824 739

Hotel Eva

Hotel Ibis

Pousda de Juventude de Faro

Page 218: LinhasComboio Turismo

20

Estação de AlbufeiraDistância da estação ao centro

Acessos:

A pé

Táxis: T. 281 321 544, 281 325 746

0.8 km

TAVIRA

entre pontes e igrejas

As populações islamizadas continuaram por aqui de-pois de a cidade ter sido conquistada por D. Paio Pe-res Correia, Mestre da Ordem de Santiago, em 1242. O primeiro bairro a ser construído extramuros, nas Ruas dos Mouros e Detraz dos Mouros, foi para este grupo de habitantes. Mais tarde, Tavira terá grande ligação às praças-fortes portuguesas em Marrocos, chegando D. João II a transferir provisoriamente a corte para aqui, em 1489. A época de ouro de Tavira foram os séculos XV e XVI, em que se estabeleceram relações comerciais intensas com o Norte de África e os entrepostos flamengos. Depressa a cidade extra-vasou a muralha medieval, surgindo um arrabalde de um e de outro lado do rio Gilão. Este rio, que aqui tem a sua foz, corre através da cida-de, sendo atravessado por uma ponte medieval, ago-ra reservada a peões. Mas há muito mais pontes, para jusante ou para montante. Ao ponto de, para muitos, se tratar da cidade das pontes. Para outros é a cida-de das igrejas. Tavira gaba-se de ter tido mais de 60 igrejas, mantendo ainda cerca de metade. Contudo, para observar um dos melhores exemplares portugueses de uma tipologia rara entre nós, a igreja-salão, é preciso andar dois quilóme-

tros para oeste, até Luz de Tavira. A ilha de Tavira,

o antigo Arraial Ferreira Neto, memória viva da pesca do atum nestas costas, Santa Luzia, dita a «capital do polvo» e a praia do Barril, com o seu acesso feito através de um pequeno comboio, são algumas razões suplementares para visitar esta cidade do sotavento algar-vio.

Vista sobre os telhados tesoura de Tavira

Page 219: LinhasComboio Turismo

Igreja de Santa Maria do Castelo Foi mesquita até os cristãos conquistarem a vila, em Julho de 1242. No interior ficam os túmulos dos sete cavaleiros cujo massacre pelos mouros terá levado ao ataque e tomada da cidade. Foi refeita em estilo neo-clássico pelo arquitecto genovês Fabri. Tem, ao lado, uma torre sineira com imponente relógio.

Ponte medievalEmbora a lenda lhe atribua origem romana, tudo indica que tenha sido construída na Idade Média. Na margem direita, um painel de azulejos evoca os combates que aqui se travaram com os castelhanos por ocasião da cri-se de 1383/85. Passando a ponte, entra-se na Rua Tomás Cabreira, porta de entrada no an-tigo

o QUe ver

LINHA DO ALGARVE TAVIRA

arrabalde da margem esquerda. Daqui vale a pena subir à elevação onde ficam a Ermida de São Brás e a Igreja do Carmo, para ter uma outra perspectiva da cidade.

Telhados de tesouraNão sendo exclusivos de Tavira, estes telhados continu-am a ter grande expressão na cidade. O nome advém dos dois barrotes em ângulo que suportam a cobertura, sendo que cada sala tinha seu telhado, interiormente revestido a forro de caniço. A elevação e a caixa de ar contribuíam para ajudar a suportar os calores estivais.

Arraial Ferreira NetoOnde se situa o Hotel Vila Galé Albacora, já perto das Quatro Águas, era uma das raras instalações perma-nentes dedicadas à pesca do atum. Era para aqui que os pescadores se mudavam na época da safra, exis-tindo, também, instalações fabris para preparar o pescado para a conserva e para a ma-nutenção dos apetrechos de pesca.

CasteloApós a conquista em 1242, a Ordem de Santiago viria a renunciar, em 1272, à posse do castelo, no contexto das guerras entre Portugal e Castela pelo domínio do Algarve. D. Dinis mandou refazer as muralhas e D. Ma-nuel rasgar uma nova abertura, mais próxima do Rossio para facilitar o comércio. A Porta Nova, em arco de volta inteira, acabou por ficar entre dois edifícios, ligando a Rua da Afeição à do Postigo. Aqui principiava a muralha principal que serpenteava até à entrada norte. Ainda hoje são visíveis, por entre o casario, algumas torres de protecção e panos da muralha. O castelo apresenta duas torres quadradas e uma octogonal. A entrada faz--se junto da Igreja de Santa Maria.

Page 220: LinhasComboio Turismo

22

A Ver Tavira €€Está situado em pleno centro histórico, mesmo colado ao castelo, e oferece uma agradável e espaçosa espla-nada. A oferta gastronómica mistura cozinha tradicio-nal portuguesa com outros sabores e é servida à carta ou em sugestivos menus de degustação que mudam frequentemente, ao ritmo da estações e dos produtos disponíveis em cada época. A cozinha está a cargo do chefe João Viegas, já premiado em concursos gastronó-micos. Zona de fumadores.

Aberto todos os diasM Calçada da Galeria, 13T 281 381 363

Pedro €€As conquilhas são um petisco obrigatório e o naco de atum bem como a feijoada de lingueirão enchem o olho e alegram o paladar. O arroz de tamboril e a cata-plana de amêijoas são de qualidade assinalável. Quem gosta de carne não fica sem réplica. O bife à casa é al-ternativa a ter em conta. Não fumadores.

Encerra Segunda-feiraM Rua Capitão Baptista Marçal, 51, CabanasT 281 370 425

LINHA DO ALGARVE TAVIRATAVIRA LINHA DO ALGARVE

onde comero QUe FaZer

Centro Ciência Viva de TaviraA água e a energia são os temas fundamentais da exposição interactiva. Aqui pode ficar a sa-ber mais sobre a poluição de cursos de água, a energia hidroeléctrica e a modelação da paisa-gem pela chuva e pelos rios. Além da exposição permanente existem também laboratórios ape-trechados para realizar as mais diversas experi-ências, como o fabrico de iogurte ou sabão!

Aberto Terça a sexta, das 10:00 às 18:00; Sá-bado e domingo das 14:00 às 18:00Encerra Segunda-feiraM Convento do Carmo, TaviraT 281 326 231www.tavira.cienciaviva.pt

De comboio até à praia do BarrilPara chegar à famosa praia do Barril, localiza-da numa ilha-barreira onde as instalações do antigo arraial (casas dos pescadores de atum) foram recuperadas para apoio dos banhistas, só há duas maneiras: a pé ou de comboio. Depois de passar uma estreita ponte pênsil de madeira pode continuar a pé. São cerca de 2 km a direito até à praia. Se preferir, regresse às sensações da infância e apanhe o comboiozinho que, em pou-cos minutos, o leva até ao areal. Durante a via-gem, deixe-se envolver pela beleza e serenidade da paisagem e aproveite, se estiver maré baixa, para observar as incursões nas lamas do sapal, de dezenas de caranguejos Boca Cava-Terra. Com um pouco de sorte, pode ainda ver de perto Per-na-Longas, uma das aves mais características deste ecossistema.

€ até 15 euros €€ entre 15 e 30 euros €€€ mais de 30 euros

Page 221: LinhasComboio Turismo

LINHA DO ALGARVE TAVIRA

onde dormirHotel Porta Nova ****Inaugurado em 2002, fica situado numa zona elevada da cidade, com vista sobre o rio Gilão e o centro histórico. Tem quartos confortáveis com varanda panorâmica, restau-rante, piscinas exteriores e bar panorâmico no último piso.

Quartos 137 M Rua António PinheiroT 281 329 700www.hotelportanova.com

Hotel Vila Galé Tavira****No centro da cidade, junto ao rio Gilão, tem uma deco-ração de estilo árabe, inspirada no passado de Tavira. Os serviços incluem dois restaurantes, bares, piscina exterior e spa com piscina interior aquecida.

Quartos 268M Rua 4 de OutubroT 281 329 900 www.vilagale.pt

Pousada de Juventude de Tavira Perto do centro da cidade e com bons acessos às praias, esta pousada tem um ambiente descontraído e uma decoração moderna.

Camas 62M Rua Miguel Bombarda, 36-38T 969 779 545www.pousadasjuventude.pt

Parque de Campismo da Ilha de TaviraSituado em plena ilha de Tavira, na ria Formosa, tem para oferecer 11 km de praia de areia fina e mar cal-mo. Inserido numa zona de pinhal, tem supermercado, snack-bar e mesas para merendas.

M Ilha de TaviraT 281 321 709www.campingtavira.com

Vela 2 €€Localização segura e boa de encontrar, junto à PSP de Tavira. Está-se em casa de benfiquistas ferrenhos e por isso a decoração, ao contrário do que o nome sugere, nada tem que ver com o mar, mas sim com o futebol. O restaurante estende-se por duas peque-nas salas. O peixe grelhado chega à mesa sem ser pedido, pois aqui não há hipótese de escolha. Besugos, linguados, sardinhas e ca-rapaus são peixes do cos-tume. Doces da região

Hotel Porta Nova

Hotel Vila Galé Tavira

Praia da Ilha de Tavira

para sobremesa. Não fumadores.Encerra DomingoM Campo Mártires da República, 1T 281323 661

Page 222: LinhasComboio Turismo

24

Estação de Vila Real de Santo AntónioDistância da estação ao centro

Acessos:

A pé

Táxi: T. 281 544 444

A estaçãoO projecto arqui-tectónico da es-tação de Vila Real de Santo António, datado de 1936, é da autoria de Cotti-nelli Telmo, conheci-do como “o arquitecto ferroviário” por ter projectado, à época, a grande maioria das estações. Insere-se na arquitectura modernista, num estilo funcio-nal e geométrico, destituído de decorações e ornamen-tos.

1 km

VILA REAL DE SANTO ANTÓNIO

cidade geométrica

Durante séculos, a única povoação portuguesa no estuá-rio do Guadiana foi Castro Marim. Convencido da neces-sidade de afirmar a soberania lusa nesta zona estratégi-ca de fronteira e de explorar os recursos pesqueiros de uma forma mais eficaz, o Marquês de Pombal ordenou a construção de uma cidade, de raiz, na foz do Guadiana. E, para que os pescadores, então fixados em Monte Gor-do, viessem, de facto, para aqui, mandou a tropa incen-diar as suas barracas. Este episódio ilustra as duas faces da acção do marquês de Pombal. Por um lado, o triunfo do racionalismo, criando a cidade nova onde nada exis-tia, ordenada e geométrica. Por outro lado, a imposição violenta e ditatorial das políticas julgadas adequadas ao desenvolvimento do país. A decisão do primeiro--ministro de D. José I foi tomada a 30 de Dezembro de 1773. Quarenta dias depois já havia planta da futura cidade e, em Março de 1774, começavam a ser trans-portadas para aqui as peças pré-fabricadas em Lisboa. Dois anos depois, Vila Real de Santo António já tinha o essencial dos bairros pombalinos pronto e funcional. É esta cidade de quarteirões inesperadamente geométri-cos e de edifícios obedecendo a um pequeno leque de soluções-tipo que hoje podemos apreciar na sua parte mais central. A isto acrescem as paisagens do Guadiana, a reserva natural dos sapais mais a norte e, finalmen-te, as muito concorridas praias de Monte Gordo, de águas pouco bati-das e quentes.

Praça Marquês de Pombal

Page 223: LinhasComboio Turismo

25

Centro históricoO plano pombalino previa a construção de um duplo qua-drado constituído por 41 quarteirões. No interior destes havia quatro tipo de construções que se iam repetindo, consoante as circunstâncias. Nos prédios destes quartei-rões havia séries de cinco janelas, intercaladas por outras tantas portas. Para ver tudo isto, dadas as transformações que Vila Real foi sofrendo, terá que se cingir à zona mais central, entre a Rua 5 de Outubro e a Rua Teófilo Braga.

Igreja MatrizDedicado a Nossa Senhora da Encarnação, é um templo do século XVIII, de nave única, carac-terís-

o QUe ver

LINHA DO ALGARVE VILA REAL DE SANTO ANTÓNIO

Marginal do GuadianaA Avenida da República corre ao longo do Guadiana, passando no enfiamento da Praça da República e jun-to ao edifício da alfândega, agora sem o bulício dos tempos em que a única ligação para Espanha eram os pachorrentos barcos que transportavam pessoas e carros para Ayamonte. Com a inauguração da ponte rodoviária internacional e da Via do Infante, em princí-pios da década de 1990, o essencial do tráfego passou a circular por ali. A marginal é um agradável passeio ribeirinho, com porto de recreio, que, na direcção da foz, se pode prolongar através de um longo paredão até ao ponto exacto onde o rio se lança no mar. É entre esta artéria e a praça que se encontram os melhores restaurantes da cidade, sendo famosa a forma como aqui se cozinha o bife de atum.

tico da arquitectura pombalina. Conserva imagens do século XVIII, da autoria de Machado de Castro, nomeadamente uma imagem da padroeira no altar--mor. Os retábulos das capelas são em estilo “rocaille”. A capela-mor e o baptistério apresentam vitrais da autoria do pintor algarvio Joaquim Rebocho.

Rua do centro histórico

Page 224: LinhasComboio Turismo

26

VILA REAL DE SANTO ANTÓNIO LINHA DO ALGARVE

Centro Cultural António AleixoEm pleno centro histórico, está instalado num edifício que já albergou o quartel militar e o mercado de verdu-ras. Com a transferência do mercado para outra zona da cidade, pensou-se em atribuir ao espaço uma utilidade cultural. Inaugurado em 1998, deve o seu nome ao po-eta popular António Aleixo (1899-1949), natural de Vila Real de Santo António. É um espaço cultural polivalen-te, com uma programação variada, e diversas valências.

ObeliscoEdificado como demonstração do poder do rei D. José I, ergue-se ao centro da Praça Marquês de Pombal. Da-tado de 1775, foi mandado construir pelo comércio das pescarias, actividade à época já bastante próspera, que viria a ser a base do desenvolvimento da cidade.

Praça Marquês de PombalVerdadeiro coração da cidade, esta praça evoca o Terrei-ro do Paço, em Lisboa. É rigorosamente quadrangular, tendo ao centro, revestido a calçada portuguesa, um obelisco, glorificando o poder real. Com excepção da igreja matriz, os edifícios que rodeiam a praça obede-cem a uma solução-tipo que evoca os edifícios da Baixa Pombalina. Aqui se situam os Paços do Concelho.

o QUe Saborear

Doçaria típicaNa doçaria tradicional, o Algarve é um caso sério, com toda uma panóplia de doces de amêndoa, ovos e figo. Grande destaque para os D. Rodrigos, embrulhados nas suas pratas coloridas, para o morgado de Silves, para os queijinhos e para os bolinhos de maçapão com formas de bichos e frutos, com recheio de doce de ovos. Estes doces encontram-se um pouco por todo o Algarve, mas cuidado com as imitações. Em Vila Real de Santo António, um dos locais mais recomendáveis é a Pastelaria Moderna, na Praça Marquês de Pombal.

Page 225: LinhasComboio Turismo

maneiras. A torta de amêndoa pode ser o ponto final da refeição. Não fumadores.

Encerra Quinta-feiraM Avenida da República, 89-90T 281 544 498

onde dormir

onde comer

Associação Naval do Guadiana €€É conhecido pelas suas tentadoras e generosas entra-das, bem como pelo peixe fresquíssimo. Começando pelas primeiras a escolha é tentadora: carapaus alima-dos, muxama, estupeta, biqueirão em vinagrete, entre muitas delícias. Prossiga com a barriga de atum grelha-da ou a massada de peixe. Para a digestão, recomenda--se um passeio pela marginal. Zona de fumadores (esplanada).

Encerra Quinta-feiraM Avenida da República, Porto de RecreioT 281 513 038

Pizza 2 €É um restaurante muito antigo e um dos mais conheci-dos na zona a servir cozinha algarvia genuína. O nome é enganoso, pois esta casa nada tem a ver com especia-lidades italianas. Não fumadores.

Encerra Quarta-feiraM Rua Jornal do Algarve, 44T 281 543 157

Caves do Guadiana €€Um dos mais antigos restaurantes da cidade, fica situ-ado junto ao rio e denota na ementa a proximidade a Espanha, havendo oferta variada de tapas e especiali-dades do país vizinho, como a tortilha de gambas. Ou-tras alternativas são bem mais portuguesas e regionais, como é o caso da anchova frita, das lulas para grelhar, do ensopado de eirozes, da caldeirada de cabrito ou ainda do atum, confeccionado de diversas e apetitosas

Hotel Guadiana ***Hotel situado em edifício histórico, obra do ar-quitecto Ernesto Korrodi, em estilo arte nova, inaugurado em 1926. Com magnífica vista sobre a marina e o rio, tem localização privilegiada e oferece um conforto simples, sem luxos.

Quartos 40M Avenida da República, 94T 281 511 482www.hotelguadiana.com.pt

27

LINHA DO ALGARVE VILA REAL DE SANTO ANTÓNIO

€ até 15 euros €€ entre 15 e 30 euros €€€ mais de 30 euros

Page 226: LinhasComboio Turismo

a bordo do comboio regionaL

9 linhas para descobrir P

ortugal

1 Linha do minho

2 Linha do douro

3 Linha do vouga

4 Linha do norte e ramal de Tomar

5 Linha da beira alta

6 Linha da beira baixa

7 Linha do oeste

8 Linha do Leste e ramal de cáceres

9 Linha do algarve


Recommended