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LIPPING - Microsoft · 2019-11-08 · Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) foi sede do evento...

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CLIPPING 8 novembro de 2019 APA SÃO FRANCISCO XAVIER APA DO BANHADO Desde 8 de novembro de 2002
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CLIPPING 8 novembro de 2019

APA SÃO FRANCISCO XAVIER

APA DO BANHADO

Desde 8 de novembro de 2002

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Grupo de Comunicação

SUMÁRIO

ENTREVISTAS ............................................................................................................................... 5

Cetesb sedia evento sobre financiamento para políticas de mudanças climáticas ................................... 5

SECRETARIA DE INFRAESTRUTURA E MEIO AMBIENTE ....................................................................... 6

RC apresenta ao governo estadual ações sobre meio ambiente e alimentação saudável ......................... 6

Novas imagens mostram o trabalho dos Bombeiros após o acidente entre caminhões na Anhanguera em Limeira ........................................................................................................................................ 8

Comunidades costeiras de São Paulo ainda não sabem como lidar com o óleo, diz ambientalista ............. 9

Usina inicia operação em dezembro ............................................................................................... 13

Sabesp espera fechar acordo com Mauá em breve ........................................................................... 14

Terreno contaminado em Mauá é alvo de ação do MP ....................................................................... 15

Novas obras de esgoto começam neste mês ................................................................................... 16

Vazamento. SP vai treinar agentes de municípios para limpar óleo de praia ........................................ 17

Resíduos Sólidos Urbanos: um grande ônus para os municípios brasileiros ......................................... 18

Comitê de estudos da área contaminada Satúrnia teve sua primeira reunião ...................................... 19

Efluentes industriais: o que são e como tratá-los? ........................................................................... 21

Origem do óleo que poluiu o Saco do Eustáquio, em Ilhabela, permanece um mistério ......................... 23

DAEE informou que desassoreamento do Rio Tietê começará só no ano que vem ................................ 24

Giro de Repórteres ...................................................................................................................... 25

Famílias não recebem apartamento prometido em Mauá .................................................................. 26

Justiça bloqueia bens de envolvidos em obra paralisada em área contaminada de Mauá ....................... 27

Após análise apontar situação impróprio para banho, prefeitura de Pinda busca soluções para ribeirões da

cidade ........................................................................................................................................ 29

CETESB aponta que houve dano ambiental em acidente na rodovia Anhanguera ................................. 30

Área usada pela prefeitura de Serrana para descarte de entulho enão foi revitalizada .......................... 31

Nova reunião discute impactos do óleo no mar ................................................................................ 32

Promotores do GAEMA promovem reunião em Assis ........................................................................ 33

Bom Jesus dos Perdões anuncia rodízio no abastecimento de água na cidade a partir de amanhã .......... 34

Sabesp interrompeu o abastecimento de água no centro de São Sebastião para religar adutora na serrinha da rodovia Rio-Santos .................................................................................................................. 35

Prefeitura e Sabesp anunciam terceiro pacote de obras em Santo André - Diário do Grande ................. 36

Câmara municipal de Ubatuba aprovou o PL que autoriza a Prefeitura renovar contratos com o Governo do

Estado de SP .............................................................................................................................. 37

Reveja o programa do RDtv desta quinta-feira (07/11) .................................................................... 38

Pauta da sessão da câmara municipal ............................................................................................ 39

Sabesp condiciona convênio para Mauá ter água no verão ................................................................ 40

Sabesp e Santo André inauguram obra para abastecer 350 mil pessoas ............................................. 41

Leitura Rápida............................................................................................................................. 42

Editorial – Pressão por água ......................................................................................................... 43

Câmara autoriza renovação com Sabesp ........................................................................................ 44

Praia Grande deve ganhar dois museus .......................................................................................... 45

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Grupo de Comunicação

Trânsito: Por causa de um vazamento de água, tem muita lama na Avenida João Dias ........................ 46

Sabesp anuncia interrupção no fornecimento de água em Vicente de Carvalho nesta sexta ................... 47

Audiência pública é realizada em Mogi para discutir o programa Renasce Tietê ................................... 48

Daee realiza explosão de rochas para construção de barragem em Pedreira, SP .................................. 49

DAEE realiza explosão de rochas para construção de barragem em Pedreira ....................................... 50

Explosivos abrem caminho para desvio do Jaguari ........................................................................... 51

Com suporte do DAEE, 90% do esgoto de Mogi pode ser tratado ....................................................... 52

Ataide Teruel cobra limpeza de piscinões em reunião com DAEE ........................................................ 53

Governo paulista faz acordo com Fórum Econômico Mundial para incentivar Indústria 4.0 .................... 54

São Paulo desativará prédios públicos e implantará centro tecnológico ............................................... 56

Simulado é realizado na SP-340, na quarta-feira ............................................................................. 58

VEÍCULOS DIVERSOS .................................................................................................................. 59

BEC convida fornecedores para integrar o cadastro do Estado ........................................................... 59

Seu país – um santuário ameaçado ............................................................................................... 60

FOLHA DE S. PAULO .................................................................................................................... 63

O QUE A FOLHA PENSA: Leilões frustrados ..................................................................................... 63

O QUE A FOLHA PENSA: Custosa mobilidade ................................................................................... 64

Painel: Centro e centro-direta vivem expectativa da saída de Lula; torcida é que ele ‘incorpore espírito Mandela’ .................................................................................................................................... 65

Bolsonaro sabia que megaleilão do pré-sal seria fracasso e pediu ajuda à China .................................. 66

Com segunda frustração seguida, governo fala em rever regras do petróleo ....................................... 68

Mercado dá recado de esgotamento do modelo de exploração ........................................................... 69

Mônica Bergamo: Deltan Dallagnol deve ser julgado pelo CNMP na terça ............................................ 70

ESTADÃO ................................................................................................................................... 72

O megaleilão do pré-sal ............................................................................................................... 72

Meio ambiente, clima e soberania nacional ..................................................................................... 73

Governo avalia mudar regras para o pré-sal após novo leilão sem disputa .......................................... 75

‘A Petrobrás não quer privilégio ou preferência’ ............................................................................... 77

Sonia Racy: Direto da Fonte ......................................................................................................... 78

Descobrir origem e destinar corretamente o óleo das praias é urgente ............................................... 79

Política ambiental na contramão .................................................................................................... 80

VALOR ECONÔMICO .................................................................................................................... 82

Em duas tacadas, Copagaz vira líder em distribuição de GLP ............................................................. 82

Receita de petróleo eleva resultado primário ................................................................................... 83

Ameaças à Amazônia vão muito além das queimadas ...................................................................... 84

Petrobras, de novo, salva leilão do pré-sal ...................................................................................... 86

Mudança na lei, um novo dilema no Congresso ............................................................................... 88

Culpa é do modelo de partilha, diz Guedes ..................................................................................... 90

Ultrapar confirma recuperação no 3º tri e ação sobe mais de 5% ...................................................... 91

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Grupo de Comunicação

ENTREVISTAS Veículo: Portal do Governo SP

Data: 08/11/2019

Cetesb sedia evento sobre financiamento

para políticas de mudanças climáticas

Ação foi organizada pelo Lab, que reúne

investidores públicos e privados para enfrentar

desafios ligados ao meio ambiente

Nesta terça-feira (5), a Companhia

Ambiental do Estado de São Paulo

(Cetesb) foi sede do evento Lab (Global

Innovation Lab for Climate Finance). O tema

do evento na capital foi “Direcionando

financiamento privado para ações climáticas

no Brasil”.

“Quero salientar que o Governo do Estado, por

meio da Cetesb, mantém suas portas abertas

a iniciativas tão relevantes quanto esta”,

salientou a presidente da companhia, Patrícia

Iglecias, durante a abertura da iniciativa.

O Lab reúne mais de 60 investidores públicos

e privados, que identificam, desenvolvem e

lançam instrumentos financeiros para

enfrentar as mudanças do clima. Desde 2014,

a ação endossou 41 instrumentos, que

mobilizaram, ao todo, quase US$ 2 bilhões.

Gestão

A gestão e a condução metodológica do Lab

são feitas pelo Climate Policy Initiative (CPI),

instituição americana sem fins lucrativos, com

sede em San Francisco e liderada pela

diretora-executiva, Barbara Buchner, também

presente na abertura do evento.

Integram o Lab organizações como BID

(Banco Interamericano de Desenvolvimento),

IFC (International Finance Corporation), IFAD

(International Fund for Agricultural

Development), BNDES, Caixa Econômica

Federal e banco Santander, entre outros.

Com apoio do governo alemão e do GIZ

(agência alemã de cooperação internacional),

o Lab inicia um novo ciclo do programa

brasileiro para selecionar e desenvolver uma

nova leva de instrumentos financeiros para

implementação no País, com objetivo de

canalizar investimentos privados em projetos

que apoiarão o Brasil no cumprimento da

Contribuição Nacionalmente Determinada

(NDC).

Esse é o terceiro ciclo desde 2016, quando o

Lab chegou ao Brasil. A proposta é apresentar

a estratégia para os próximos cinco anos e os

planos para o país e a região. “Para a Cetesb,

é uma oportunidade de conhecer melhor os

instrumentos desenvolvidos pelo programa

Lab no Brasil e participar das discussões sobre

direcionamento estratégico para o novo ciclo

de desenvolvimento de ideias”, acrescentou

Patrícia Iglecias.

http://www.saopaulo.sp.gov.br/ultimas-

noticias/cetesb-sedia-evento-sobre-

financiamento-para-politicas-de-mudancas-

climaticas/

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Grupo de Comunicação

SECRETARIA DE INFRAESTRUTURA E

MEIO AMBIENTE Veículo: Prefeitura de Rio Claro

Data: 07/11/2019

RC apresenta ao governo estadual ações sobre meio ambiente e alimentação saudável

Produção de alimentos sem agrotóxicos,

reflorestamento e recuperação de nascentes

são algumas das ações destacadas.

O município de Rio Claro apresentou nesta

quinta-feira (7) ao governo estadual algumas

das ações realizadas pela prefeitura em prol

do meio ambiente e da alimentação saudável.

Nos últimos anos, a cidade tem se destacado

no cenário estadual com a realização de

projetos de sucesso nesses dois segmentos.

Um deles é a horta municipal em Ajapi que

tem espaço destinado ao cultivo de alimentos

orgânicos sem o uso de agrotóxicos e

produtos químicos. “Rio Claro vem se

destacando nesses dois segmentos e vamos

continuar trabalhando para ampliar esses

casos de sucesso e tornar a cidade cada vez

mais ecologicamente responsável”, destaca o

prefeito João Teixeira Junior, o Juninho da

Padaria.

As ações desenvolvidas em Rio Claro foram

apresentadas a Paulo Delgado, assessor

parlamentar do secretário estadual de

Infraestrutura e Meio Ambiente, Marcos

Penido, que não pode participar da reunião por

problemas de saúde. A reunião foi agendada

pelo ex-deputado estadual, Aldo Demarchi, e

contou com a participação do secretário

municipal de Governo, Ricardo Gobbi e Silva, e

do diretor municipal de Silvicultura, Sérgio

Litholdo.

Os produtos cultivados na horta municipal

alimentam centenas de famílias carentes. “Já

realizamos a colheita de 2.774 caixas de

hortaliças e distribuímos 6.680 sacolas de

verduras em troca de material reciclável”,

informa Litholdo. Além disso, o município

desenvolve o Programa Vivência de Horta

Caseira, que dá dicas sobre plantio e cultivo

de verduras, e já atendeu 3.512 crianças.

Além do cultivo orgânico, Rio Claro também se

destaca pelas ações em prol do meio

ambiente. Desde 2017 já foram plantadas

18.009 árvores na cidade, iniciativa realizada

em conjunto com várias entidades. Com essas

e outras ações Rio Claro voltou a pontuar no

Programa Município Verde e Azul, recebendo

certificação do ciclo de 2019 em julho deste

ano. Outra conquista foi a premiação do

programa estadual Cidadania no Campo –

Município Agro, no qual Rio Claro ficou em

primeiro lugar no Estado de São Paulo em

ações voltadas para o desenvolvimento do

agronegócio de forma sustentável.

No mês passado, Rio Claro recebeu o Prêmio

Ação pela Água criado pelo Consórcio PCJ. O

município foi premiado pelo projeto “Pequenos

Viveiros, Pequenos Produtores”, que visa a

recuperação de nascentes e mananciais da

cidade. Além do Prêmio Ação pela Água, Rio

Claro recebeu medalha de reconhecimento ao

trabalho do município em prol da qualidade da

água. Ainda no setor ambiental, o aterro

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Grupo de Comunicação

sanitário de Rio Claro recebeu neste ano a

melhor nota dentre os aterros públicos do

estado de São Paulo: 9,6 num total de 10, em

avaliação feita pela Cetesb (Companhia

Ambiental do Estado de São Paulo). Outro

prêmio foi conquistado com a Olimpíada

Ambiental, que no ano passado ficou em

segundo lugar no prêmio nacional “Melhores

Práticas de Sustentabilidade”.

Também participaram da reunião Rodrigo

Levkovicz, diretor executivo da Fundação

Florestal; o assessor Odair Maia Júnior; Felipe

Soave Viegas Vianna, gerente do Senac;

Wagner Firmino da Silva, subtenente do Tiro

de Guerra; Rafael Andrioli, da Korin –

Fundação Mokiti Okada; voluntária Juraci

Litholdo; Valéria Aparecida Ferratone,

professora da Asser; Farid Nourani, professor

da Unesp; Rogério Antonio de Oliveira e Lucas

Xavier Bonfietti, do Instituto Adolfo Lutz;

Mauro Tarandach, pediatra e nutrólogo;

Márcio Stanziani, coordenador de Relações

Institucionais da Associação de Agricultura

Orgânica; e Nilson José Dalledone, Zilda

Prado de Oliveira e Miguel Nelson Choveri

Júnior, do Inbratec.

https://imprensa.rioclaro.sp.gov.br/?p=56226

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Grupo de Comunicação

Veículo: Rádio no Ar

Data: 07/11/2019

Novas imagens mostram o trabalho

dos Bombeiros após o acidente entre caminhões na Anhanguera em Limeira

Rápido no Ar

Quinta-feira, 7 de Novembro de 2019 - 18:27

Novas imagens do acidente entre dois

caminhões que ocorreu na manhã de quarta-

feira (6), na Rodovia Anhanguera (SP-330),

mostram o trabalho realizado pelo Corpo de

Bombeiros no combate às chamas e socorro à

vítima.

O acidente, de acordo com a CCR AutBAn,

ocorreu por volta das 6h55, no quilômetro

134, sentido interior. Uma carreta carregada

com madeira bateu na traseira de um bitrem

carregado com 47 litros de álcool anidro. Com

o impacto, os veículos pegaram fogo.

O motorista do bitrem não teve ferimentos e

foi atendido ainda na via. Já o condutor da

carreta, foi retirado das ferragens com

queimaduras pelo corpo e levado para a

Unidade de Queimados (UTQ) da Santa Casa

de Limeira.

A princípio a informação que se tinha é que ele

teria 90% do corpo queimado, porém, um

novo boletim médico, divulgado pelo hospital

apontou que o motorista teve 70% do corpo

queimado.

Everton Ademir de Souza Pacheco, de 31

anos, é natural de Santa Catarina e está

internado na UTQ. Seu quadro clínico é estável

e ele se encontra consciente.

COMBATE ÀS CHAMAS

O Corpo de Bombeiros foi até o local e conteve

o vazamento do combustível, construído

contenções de terra, conhecidos como diques,

e depois iniciaram o combate às chamas, com

espuma e resfriamento do tanque. Outra

equipe combateu o fogo na carreta carregada

com madeiras. A rodovia ficou interditada por

mais de quatro horas no sentido interior. VEJA

AS IMAGENS:

Participaram da ocorrência equipes do Corpo

de Bombeiros de Limeira e Americana, além

do resgate da AutoBAn, concessionária

responsável pela rodovia, equipe da Usina

Iracema, com apoio de água, Defesa Civil,

Cetesb e a Polícia Militar Rodoviária (PMR).

https://www.rapidonoar.com.br/novas-

imagens-mostram-o-trabalho-dos-bombeiros-

apos-o-acidente-entre-caminhoes-na-

anhanguera-em-limeira/

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Grupo de Comunicação

Veículo: Rede Brasil Atual

Veículo2: Sindicato dos Bancários

Data: 07/11/2019

Comunidades costeiras de São Paulo ainda não sabem como lidar com o

óleo, diz ambientalista

Prestes a chegar ao Espírito Santo e ao

Sudeste, manchas de óleo podem pegar muita

gente desprevenida nas praias paulistas;

Gestão Doria ainda discute ações

Publicado por Cida de Oliveira,

Temor é que o óleo, se chegar ao litoral

paulista, faça os mesmos estragos que está

fazendo no Nordeste

São Paulo – “O óleo já está chegando no

Espírito Santo. E até o momento não tem

nenhuma medida preventiva em relação a isso

em São Paulo, nenhuma comunidade costeira

foi alertada sobre os danos, ou sobre como

agir quando encontrar manchas de óleo. Não

sabe se pode mexer, se não pode. Tem uma

série de coisas a serem feitas para proteger os

rios e manguezais e ninguém sabe nada

ainda”. O alerta é de Plínio Melo, secretário-

executivo da organização ambientalista

Mongue Proteção ao Sistema Costeiro, de

Peruíbe, litoral sul de São Paulo.

Nesta semana, o ambientalista ingressou com

representação no Ministério Público de São

Paulo em Peruíbe, cobrando medidas

preventivas no âmbito municipal, estadual e

federal – ao quais, pela Constituição, cabe o

cuidado com o litoral.

Na petição, ele destaca que estudos

registrados no Atlas de Sensibilidade

Ambiental ao Óleo da Bacia Marítima de

Santos para subsidiar o planejamento de

eventuais contingências apontam para a

possibilidade de a mancha de óleo se deslocar

rumo ao litoral da região sudeste. “Tais

estudos foram realizados para nortear as

ações de resposta a acidentes dessa natureza,

envolvem a proteção de diversas áreas

ocupadas por comunidades tradicionais e de

pescadores, onde ainda vigoram arranjos

produtivos locais e saberes tradicionais, áreas

de pesca, de cultivo de peixes e crustáceos,

portanto, os municípios da Baixada Santista.

Evocando o Princípio da Precaução, têm o

dever legal de utilizá-los para salvaguarda

daintegridade ambiental e da saúde humana”,

defende Melo.

Nesta terça-feira (6), a prefeitura de Aracruz,

no litoral capixaba, divulgou que já está

cadastrando voluntários para ajudar na

limpeza das praias levando em conta o alerta

de aproximação das manchas de óleos às

praias do estado, depois de chegarem ao

extremo sul baiano. Em Conceição da Barra,

na divisa com a Bahia, a prefeitura ergueu

uma barreira para evitar que o óleo chegue ao

Riacho Doce, que faz a fronteira dos dois

estados.

Mata Atlântica

Melo teme que o maior desastre ambiental já

ocorrido no litoral brasileiro, que começou com

manchas de óleo avistadas pela primeira vez

no final de agosto, na Paraíba, e se espalhou

graças ao descaso do governo de Jair

Bolsonaro, se repita em São Paulo. O litoral

paulista abrange 15 municípios, ao longo de

600 quilômetros de extensão – quase um

terço do nordestino.

Suas praias são rodeadas pelo pouco que

sobrou do bioma Mata Atlântica. Entre uma

ponta e outra, há praias de águas límpidas,

com piscinas naturais. Na porção norte, de

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Grupo de Comunicação

Ubatuba ao Guarujá, estão as consideradas

mais bonitas, e mais procuradas pela elite

paulista. Uma delas é a da Baleia, em São

Sebastião, frequentada pelo ministro do Meio

Ambiente Ricardo Salles. E no sul, o destaque

é para um santuário ecológico que se estende

de Peruíbe a Iguape, onde está a Estação

Ecológica Juréia-Itatins, que abriga alguns dos

principais ecossistemas do estado.

De dimensões incalculáveis, o desastre já

contaminou a água do mar, estuários,

mangue, matou animais marinhos, prejudicou

a vida de comunidades pesqueiras e

marisqueiras, sujou praias e afetou duramente

o turismo e a economia de localidades de

todos os estados do Nordeste. E apesar do

esforço de voluntários e organizações, com a

ajuda tardia de órgãos federais, o óleo

continua chegando às praias nordestinas.

Ontem (6), um grupo de trabalho criado pelo

governo de João Doria (PSDB) para discutir o

problema se reuniu com secretários e técnicos

da área de meio ambiente das cidades

litorâneas. Na pauta, o repasse de

informações do governo federal obtidas em

reunião feita na véspera. Ou seja, o

compartilhamento do quase nada que a União

sabe a respeito da origem do óleo.

Operação da Polícia Federal, que apontou o

navio petroleiro grego Bouboulina como

causador do derrame, está sendo colocada em

dúvida. Pesquisadores do Laboratório de

Análise e Processamento de Imagens de

Satélites (Lapis), da Universidade Federal de

Alagoas, detectaram presença da mancha

dois dias antes da passagem do navio pela

região. E ainda não foi descartada a

possibilidade de um vazamento de poço de

petróleo brasileiro.

Participaram representantes da Secretaria

Estadual de Infraestrutura e Meio Ambiente

(SIMA), Fundação Florestal, Universidade de

São Paulo (USP), Companhia Ambiental do

Estado de São Paulo (Cetesb), Empresa

Metropolitana de Águas e Energia (EMAE),

Companhia de Saneamento Básico do Estado

de São Paulo (Sabesp), Departamento de

Águas e Energia Elétrica (DAEE), Defesa Civil,

Instituto Geológico, (Instituto de Pesquisas

Tecnológicas (IPT), Corpo de Bombeiros,

Polícia Ambiental, Ibama, Petrobras, Marinha,

Instituto Chico Mendes de Conservação da

Biodiversidade (ICMBio) e da Agência Nacional

do Petróleo (ANP).

Em nota, a Secretaria Estadual de

Infraestrutura e Meio Ambiente afirma que

considera remota a chance do óleo chegar ao

litoral paulista, “mas o governo Doria pretende

colaborar com a União, coordenando ações,

monitorando e dialogando com conselhos

municipais, pescadores, prefeituras,

comunidades caiçaras e gestores das Unidades

de Conservação”. Para o caso de aparecimento

das manchas de óleo, serão adotadas

diretrizes do manual para limpeza de

ambientes costeiros atingidos por óleo,

desenvolvido pela Cetesb – que serão tema de

treinamento de técnicos dos municípios nos

próximos dias.

https://www.redebrasilatual.com.br/ambiente/

2019/11/comunidades-paulistas-

enfrentamento-oleo-litoral/

https://spbancarios.com.br/11/2019/comunid

ades-costeiras-de-sao-paulo-ainda-nao-

sabem-como-lidar-com-o-oleo-diz-

ambientalista

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Grupo de Comunicação

Veículo: Diário de Tupã

Data: 08/11/2019

PIRACEMA: PERÍODO DE DEFESO SEGUE ATÉ

28 DE FEVEREIRO DE 2020

GERAL

O mês de novembro marca o início do período

de defeso continental em duas bacias

hidrográficas que abrangem o Estado de São

Paulo, as do Rio Paraná e do Atlântico Sudeste

(rios Paraíba do Sul e Ribeira de Iguape). A

proibição da pesca de determinadas categorias

e em determinados locais é adotada para

assegurar a reprodução dos peixes e proteger

a fauna aquática.

O defeso termina em 28 de fevereiro de 2020.

Até lá, as pessoas que vivem da atividade e

têm documentação comprobatória poderão

requisitar o seguro-defeso junto ao Instituto

Nacional do Seguro Social (INSS).

A pesquisadora Paula Maria Gênova de Castro

Campanha, do Instituto de Pesca, órgão de

pesquisa da Secretaria de Agricultura e

Abastecimento do Estado de São Paulo,

explica que a medida é uma política pública

necessária para a sustentabilidade dos

recursos pesqueiros. Ela permite aos peixes a

chance de crescimento e reprodução, fases

importantes para o ciclo de vida desses

animais, evitando assim a diminuição dos

estoques ao longo do tempo.

A pesca de espécies não-nativas, de híbridos e

de camarão gigante da Malásia, são

permitidas, porém apenas se realizada sem

que o pescador esteja embarcado, usando

equipamentos como linha de mão, caniço,

vara com molinete ou carretilha. Nestes casos,

há regras específicas sobre a quantidade de

peixes que pode ser capturada. A cota para

pescadores amadores é de 10 quilos mais um

exemplar e para pescadores profissionais não

há limitações.

Para os reservatórios, há ainda a permissão

para pesca embarcada e desembarcada de

pescadores profissionais e amadores, desde

que sigam as restrições de tamanho de

malhas e outros equipamentos de pesca.

A pesquisadora alerta que durante o defeso

está proibida a pesca de espécies nativas, mas

que pescadores, comerciantes e indústria

também precisam estar atentos para informar

ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e

Recursos Renováveis (Ibama) ou à Secretaria

Estadual do Meio Ambiente e Infraestrutura

sobre o pescado que possuem em estoque. “A

Instrução Normativa do Ibama nº 25,

publicada em setembro de 2009, diz que no

período que antecede o defeso, os pescadores

e comerciantes são obrigados a declarar os

estoques de pescado in natura, resfriados ou

congelados, armazenados por pescadores

profissionais e os existentes nas Colônias e

Associações de pescadores. A medida também

vale para frigoríficos, peixarias, postos de

venda, restaurantes, hotéis e similares”,

explicou.

De acordo com a pesquisadora, a regra tem

por objetivo comprovar que o pescado

comercializado durante o período de defeso foi

capturado antes do início dos meses em que

há restrição à pesca. Quem descumprir as

regras fica sujeito a multas e pode responder

por crimes ambientais.

Abaixo, alguns exemplos do que é permitido e

do que é proibido no período de defeso:

PERMITIDO

- À modalidade embarcada e desembarcada.

- Modalidade desembarcada: utilizando linha

de mão, caniço, vara com molinete ou

carretilha, com o uso de iscas naturais e

artificiais.

- Pescador profissional: não tem limite para

captura de espécies exóticas, alóctones e

híbridos, exceto piauçu.

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Grupo de Comunicação

- Pescador amador: cota de 10 quilos mais um

exemplar, considerando as mesmas espécies

permitidas para o pescador profissional.

- Pescadores profissionais e amadores: o

transporte de pescado por via fluvial somente

em locais cuja pesca embarcada é permitida.

- Pescado oriundo de locais com período de

defeso diferenciado ou de outros países,

estando acompanhado do comprovante de

origem.

PROIBIDO

- A pesca na Jusante da UHE de Nova

Avanhandava até a foz do Ribeirão Palmeiras;

- A pesca para todas as categorias e

modalidades:

I - nas lagoas marginais

II - a menos de 500 metros de confluência e

desembocaduras de rios, lagoas, canais e

tubulações de esgoto

III - até 1500 metros à montante e jusante de

cachoeiras, corredeiras, barragens,

reservatórios e de mecanismos de

transposição de peixes (escada);

- Uso de trapiches ou plataformas flutuantes

de qualquer natureza.

- Pesca subaquática;

- Uso de materiais perfurantes, tais como:

arpão, fisga, bicheiro e lança;

- Utilização de animais aquáticos, inclusive

peixes, camarões, caramujos, caranguejos,

vivos ou mortos, inteiros ou em pedaços como

iscas. (Exceção: peixes autóctones, oriundos

de criação, acompanhados de nota fiscal ou

nota de produtor);

- A realização de cam-peonatos de pesca, tais

como: torneios, campeonatos e gincanas.

(Não se aplica a competições de pesca em

reservatórios usando a captura de espécies

alóctones, exóticas e híbridos);

- Captura, transporte e o armazenamento de

espé-cies nativas da Bacia Hidrográfica do Rio

Paraná, in-clusive espécies utilizadas para fins

ornamentais e de aquariofilia.

http://www.diariotupa.com.br/Noticias/noticia.

php?piracema-periodo-de-defeso-segue-ate-

28-de-fevereiro-de-

2020&IdNoticia=15855&IdCategoria=5

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Grupo de Comunicação

Veículo: Correio popular

Data: 08/11/2019

Usina inicia operação em dezembro

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=33405856&e=577

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Grupo de Comunicação

Veículo: Diário do Grande ABC

Data: 08/11/2019

Sabesp espera fechar acordo com

Mauá em breve

https://s3-sa-east-

1.amazonaws.com/multclipp/arquivos/noticias

/2019/11/08/33402485/33402485_site.jpg

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Grupo de Comunicação

Veículo: Destak

Data: 08/11/2019

Terreno contaminado em Mauá é alvo

de ação do MP

https://s3-sa-east-

1.amazonaws.com/multclipp/arquivos/noticias

/2019/11/08/33401098/33401098_site.jpg

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Grupo de Comunicação

Veículo: Destak

Data: 08/11/2019

Novas obras de esgoto começam

neste mês

https://s3-sa-east-

1.amazonaws.com/multclipp/arquivos/noticias

/2019/11/08/33401098/33401098_site.jpg

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Grupo de Comunicação

Veículo: Metro

Data: 08/11/2019

Vazamento. SP vai treinar agentes de

municípios para limpar óleo de praia

https://s3-sa-east-

1.amazonaws.com/multclipp/arquivos/noticias

/2019/11/08/33404213/33404213_site.jpg

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Grupo de Comunicação

Veículo: Diário Popular

Data: 08/11/2019

Resíduos Sólidos Urbanos: um grande ônus para os municípios brasileiros

Por: Suzette Renault de Carvalho, consultora

em Administração Pública, especialista em

Administração Pública e pesquisadora em

Gestão de Resíduos Sólidos

A PNRS - Política Nacional de Resíduos

Sólidos, lei nº 12.305/2010, foi o grande

marco regulatório para o setor e trouxe

importantes avanços para o tema no Brasil.

Porém, na prática, muito ainda há que se

fazer.

Na lei, o fechamento dos lixões a céu aberto e

o fomento de cooperativas são imperativos,

mas na prática algo ficou à deriva. A lei

determinou o fechamento dos lixões em até

quatro anos da data da sua publicação. Hoje,

mais de 1.600 municípios brasileiros ainda

descartam seus resíduos em lixões.

De acordo com a PNRS, estados, municípios e

o Distrito Federal deveriam elaborar seus

Planos de Gestão Integrada de Resíduos

Sólidos. Pouco mais de 50% dos municípios

elaboraram seus planos integrados.

Um dado alarmante sobre a destinação final

dos resíduos está no tempo de vida útil dos

aterros. Na grande São Paulo, dois dos

maiores aterros sanitários acreditados pela

Cetesb - o CTR Caieiras, em Caieiras, e o CTR

Lara, em Mauá, recebem cerca de mil

toneladas/dia de resíduos sólidos urbanos de

municípios da grande São Paulo. De acordo

com a Cetesb, o tempo de vida útil desses

aterros não deve passar de cinco anos.

A questão é: em cinco anos, para onde os

municípios destinarão seus resíduos?

Uma importante solução para a redução do

descarte de resíduos em aterros é a instalação

de centrais mecanizadas de triagem. Na

cidade de São Paulo estão instaladas as duas

maiores centrais mecanizadas da América

Latina, uma no bairro da Ponte Pequena,

região central da capital, e outra, a maior, no

bairro de Santo Amaro, região Sul da cidade.

A central mecanizada de Santo Amaro,

batizada com o nome da escritora e catadora

Carolina Maria de Jesus, tem capacidade para

receber 250 toneladas de recicláveis por dia,

porém trabalha com a metade da sua

capacidade. Compreendendo os motivos dessa

capacidade reduzida conseguimos perceber

claramente o que falta em todo o processo:

efetividade na informação.

Nossa sociedade não tem ideia do seu

protagonismo. É importante que todos os

cidadãos compreendam sua responsabilidade,

que tenham conhecimento da importância do

consumo consciente, da segregação correta,

do descarte e da destinação final do seu

resíduo.

Mesmo com a Logística Reversa e os Acordos

Setoriais trazendo a cadeia produtiva para o

processo, o passivo ainda é dos municípios

que são os responsáveis pela coleta de

resíduos urbanos - domiciliares e comerciais, e

de limpeza pública. A PNRS abre portas para

essas iniciativas, porém leis como a LF nº

8.666/93 - Lei de Licitações, dificultam a

inserção dos municípios nesses importantes

acordos.

Hoje, municípios da região Sudeste do país

gastam, em média, R$ 13,56 por

habitante/mês. Essa conta precisa fechar.

https://www.diariopopular.com.br/opiniao/resi

duos-solidos-urbanos-um-grande-onus-para-

os-municipios-brasileiros-146310/

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Grupo de Comunicação

Veículo: Jornal Zona Norte

Data: 08/11/2019

Comitê de estudos da área

contaminada Satúrnia teve sua primeira reunião Texto e foto: Secom/PMS

O Comitê de estudos referentes à área da

antiga empresa Satúrnia – Sistemas de

Energia realizou sua primeira reunião nesta

quinta-feira (7) no Ciesp Sorocaba (Centro das

Indústrias do Estado de São Paulo). O objetivo

foi de reunir representantes do poder público e

da sociedade civil a fim de achar a melhor

solução a curto, médio e longo prazo para a

área da Satúrnia, antiga fábrica de baterias

automotivas, localizada no bairro Iporanga,

que está contaminada por chumbo e outros

metais, e garantir segurança e qualidade de

vida à população.

O diretor do Ciesp Sorocaba, Erly Syllos, deu

as boas-vindas a todos. “Este é um fórum

bastante adequado para todos juntos

buscarmos caminhos para resolver essa

questão, que é de grande importância para a

nossa cidade”, ressaltou. Já o secretário do

Meio Ambiente, Parques e Jardins, Maurício

Tavares da Mota, que preside o comitê,

agradeceu Erly por acolhê-los e falou da

importância da interlocução do Ciesp nesta

questão.

“A primeira medida que temos que tomar será

para impedir que as pessoas façam garimpo

na área. Foram feitas escavações no terreno,

que deixaram o material exposto, facilitando a

ação de garimpo, que causa principalmente

risco à vida dessas pessoas”, destacou. O

material recolhido, sem nenhum equipamento

de segurança, é utilizado para comercialização

de cobre e da “escória”. Em razão disso, por

determinação da prefeita Jaqueline Coutinho,

a Patrulha Ambiental da Guarda Civil Municipal

(GCM) está realizando, desde setembro deste

ano, blitzes fiscalizatórias no local para evitar

que essas pessoas se contaminem com o

material depositado. A média é de duas a

quatro blitzes diárias.

O vereador João Donizeti Silvestre, que faz

parte da Comissão Especial de Investigação

(CEI) criada pela Câmara Municipal, participou

da reunião e elogiou a ação do poder público

municipal pela criação do comitê e ressaltou

também que não são os moradores do

Iporanga que estão fazendo o garimpo ilegal e

que, pelo contrário, a comunidade do entorno

está sofrendo bastante com a situação.

Inclusive, nesta semana, teve queimadas na

área, quando a Sema acionou o Corpo de

Bombeiros para combater os focos.

O chumbo é um dos principais componentes

da fabricação da bateria automotiva e, ao final

do seu uso, a bateria deveria ser reciclada,

porém isso não foi feito pela empresa. O

descarte irregular era feito na própria área

particular, contaminando o local, configurando

num grave crime ambiental.

Um levantamento técnico feito em março

deste ano pela empresa contratada pela CEI

da Câmara Municipal detectou 64 mil metros

quadrados de área de escavação no local.

Além da contaminação do solo, do lençol

freático e da vegetação existente na área, há

lixo doméstico e restos de construção civil,

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Grupo de Comunicação

queimadas na mata local, afetando os

moradores da região.

Também participaram da reunião

representantes da Secretaria de Segurança e

Defesa Civil (Sesdec), Secretaria de Assuntos

Jurídicos e Patrimoniais (SAJ), Cetesb, Corpo

de Bombeiros, Unesp Sorocaba, Massa Falida

e Dental Morelli.

Sobre o comitê

O comitê foi criado pela prefeita Jaqueline

Coutinho no dia 22 de outubro deste ano,

através do decreto municipal nº 25.241, e é

formado por representantes do Ministério

Público, Cetesb, Câmara Municipal, Prefeitura

de Sorocaba, Serviço Autônomo de Água e

Esgoto (Saae), Corpo de Bombeiros e Polícia

Ambiental.

Presidido pelo secretário do Meio Ambiente, o

comitê é um órgão colegiado de caráter

propositivo e deliberativo com premissas a

conduzir as questões relacionadas à

elaboração de estudos, definição de diretrizes

e formulação dos instrumentos técnicos,

jurídicos e econômicos necessários para

mitigar, atenuar e reparar os danos e

impactos ocasionados pelo encerramento das

atividades e contaminação da área onde

funcionou a empresa Satúrnia.

A Secretaria do Meio Ambiente vem

acompanhando há meses o caso com bastante

atenção, assim como todo o trabalho realizado

pela Câmara Municipal para apurar as

denúncias de crime ambiental; pela Cetesb,

que é o órgão licenciador e tem

responsabilidade sobre o fato; e também na

esfera judicial, com a participação do

Ministério Público.

http://jornalznorte.com.br/sorocaba/comite-

de-estudos-da-area-contaminada-saturnia-

teve-sua-primeira-reuniao/

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Grupo de Comunicação

Veículo: Minuto Ligado

Data: 08/11/2019

Efluentes industriais: o que são e

como tratá-los?

Que a coleta de resíduos é um serviço

importante para manter e quem sabe até

melhorar a qualidade de vida, além de não

abusar dos recursos naturais do meio

ambiente!

Parece bom, não é? Imagine conseguir fazer o

mesmo com os resíduos líquido?! Isso é

possível e necessário, principalmente com o

caso dos efluentes industriais.

Como são formados os efluentes industriais?

Os processos industriais acabam tendo

descartes de resíduos, assim como acontece

em diversos outros segmentos. Esses

descartes podem ser formados de substâncias

líquidas ou gasosas e são esses descartes que

são chamados de efluentes.

O grande problema é que esses efluentes

podem conter substâncias tóxicas e por isso

precisam ser tratados por meio do serviço de

coleta de resíduos líquidos de efluentes

industriais!

Como chegam a representar riscos de

desastres ambientais, podem causar sérias

contaminações e não colaboram com a

preservação da água, fica bem óbvio o quão

importante é procurar por uma empresa de

coleta de resíduos líquidos para fazer o

tratamento adequadamente.

Entenda como funcionam os tratamentos

Geralmente os projetos para coleta de

resíduos industriais de efluentes são

personalizados e por isso cada um recebem

soluções customizadas de acordo com suas

características e composição dos produtos que

foram descartados. Inclusive, o destino final

adequado também é idealizado e indicado pelo

projeto e realizado por meio do transporte de

resíduos líquidos.

É certo que, mesmo sendo personalizadas, os

serviços de coleta e transporte de resíduos

líquidos devem obrigatoriamente atender às

normas e legislações que defendem práticas

sustentáveis e as indústrias que conseguem

cumprir com as regras não correm riscos de:

Sofrer implicações;

Desgaste de imagem da marca;

Prejuízos financeiros com multas por falta de

aplicar medidas preventivas a favor das

causas defendidas na legislação. Inclusive as

multas não pagas ou frequentes cobradas por

falta de coleta e transporte de resíduos e

descarte inadequado de substâncias de

qualquer indústria podem implicar suspensão

de atividades ou até fechamento definitivo da

empresa!

No Estado de São Paulo a situação é ainda

mais complicada, porque os órgãos IBAMA,

Ministério Público, CETESB e Polícia Federal

consideram caso de prisão quando as que não

atuam de acordo com a lei ambientais!

E qual tipo de empresa pode ajudar?

Sempre que precisar desse serviço você deve

procurar por empresas que são experientes no

segmento e que tenham desenvolvido a

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Grupo de Comunicação

estrutura adequada para oferecer soluções

qualificadas – além de respeitar as leis de

esfera nacional.

Mediante aos resultados proporcionados pela

empresa – com resultados imediatos e a longo

prazo – ficam mais fácil de saber que você

pode confiar na empresa e continuar contando

com seus serviços.

Não se esqueça de analisar o custo benefício

do preço coleta de resíduos líquidos,

analisando a equipe de profissionais disponível

para esse serviço – sabendo que todos devem

ter alta qualidade e feitos com equipamentos

de categoria!

http://minutoligado.com.br/noticias/tratament

o-efluentes-industriais/

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Grupo de Comunicação

Veículo: Tamoios News

Data: 07/11/2019

Origem do óleo que poluiu o Saco do

Eustáquio, em Ilhabela, permanece um

mistério

A procedência e o tipo do óleo que poluiu a

praia do Saco do Eustáquio, na região norte de

Ilhabela, no último domingo(3), ainda não

foram esclarecidas.

Até a manhã desta quinta(7), as autoridades

não tinham ainda conseguido identificar o tipo

e nem a origem do óleo. As amostras foram

recolhidas pela Petrobras e encaminhadas

para análises no Rio de Janeiro.

A informação foi dada pelo comandante da

Delegacia da Capitania dos Portos, capitão de

fragatas Wagner Goulard de Souza.

Goulart que teve acesso a uma amostra do

óleo, comentou que, pode se tratar de

material antigo, pois é uma massa,

semelhante a um piche. A Marinha também

investiga o caso.

Consultamos a Petrobras e a Cetesb, mas

ambos, alegaram que ainda não se tem

informações sobre de onde veio e qual é o tipo

de óleo que poluiu o Saco dos Eustáquio.

Várias embarcações de recreio avistaram

manchas de óleo, na região da Praia do Saco

do Eustáquio, região norte de Ilhabela, no

último domingo. Proprietários de embarcações

que navegaram pelo local, no fim de semana

passado, chegaram a divulgar pelas redes

sociais amostras do óleo.

Uma das embarcações recolheu parte do óleo

e levou para a Marina Porto, em Ilhabela, por

suspeitar de que trata-se do mesmo óleo que

vem poluindo as praias do Nordeste e sul da

Bahia.

Amostras do óleo foram retiradas da marina,

na manhã desta segunda(4) pela Petrobras e

pela Secretaria de Meio Ambiente de Ilhabela.

Um dos objetivos da pesquisa é saber a

origem do óleo. E se o material possa ter sido

lançado na região por algum navio que operou

no terminal do Tebar(Terminal Marítimo

Almirante Barroso), em São Sebastião.

A possibilidade do óleo ser o mesmo que

atinge praias do Nordeste e o sul da Bahia é

remota, mas não está descartada. O tamoios

News continua acompanhando o caso.

https://www.tamoiosnews.com.br/cidades-

2/origem-do-oleo-que-poluiu-o-saco-do-

eustaquio-em-ilhabela-permanece-um-

misterio/

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Grupo de Comunicação

Veículo:Rádio Trianon

Data:07/11/2019

DAEE informou que desassoreamento do Rio Tietê começará só no ano que

vem

http://cloud.boxnet.com.br/y36e4sdh

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Grupo de Comunicação

Veículo: Rádio Metropolitana

Data: 07/11/2019

Giro de Repórteres

http://cloud.boxnet.com.br/y5lc94x2

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Grupo de Comunicação

Veículo: TV Globo

Data: 07/11/2019

Famílias não recebem apartamento prometido em Mauá

http://cloud.boxnet.com.br/yxf684mu

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Grupo de Comunicação

Veículo: G1

Data: 07/11/2019

Justiça bloqueia bens de envolvidos

em obra paralisada em área contaminada de Mauá

Famílias brigaram na Justiça para reaver

dinheiro investido. Justiça diz que Igreja sabia

que área era contaminada.

Por Luiza Vaz, SP1 — São Paulo

A Justiça de São Paulo bloqueou os bens dos

responsáveis pela obra paralisada em um

terreno contaminado de Mauá, na Grande São

Paulo. O empreendimento, que tinha respaldo

de pastores da Igreja Batista Água Viva, foi

embargado e as famílias souberam da situação

depois de ter feito o pagamento.

Cerca de 70 famílias brigaram na Justiça para

reaver o investimento. Elas compraram os

apartamentos na planta do Condomínio Clube

Cidade de Deus – que seria construído no

terreno da Igreja Batista Água Viva. A

construção foi divulgada pela internet e em

igrejas evangélicas da cidade. Segundo o juiz,

a igreja sabia que o terreno era inadequado.

Para impedir que mais pessoas sejam lesadas,

o juiz determinou a proibição da venda de

novas unidades e o bloqueio de R$ 42 milhões

dos réus.

O terreno tem mais de 15 mil metros². Duas

indústrias químicas operaram no local em

1990 e, segundo a Companhia Ambiental do

Estado de São Paulo (Cetesb), a área está

contaminada e nada pode ser feito até que

seja elaborado e executado um plano de

remediação.

A venda dos apartamentos foi investigada pelo

Ministério Público, que moveu uma ação civil

contra a construtora RRX Holding, a imobiliária

Rochner, a Igreja Água Viva e os pastores

responsáveis pela divulgação. No dia 17 de

outubro, o juiz Cesar Augusto Rosalino

afirmou que, como o empreendimento seria

construído em um terreno da igreja, os fieis

foram induzidos a comprar os imóveis.

"Antes mesmo de providenciar a aprovação do

projeto do empreendimento imobiliário junto

ao Município e a apresentação dos

documentos necessários junto ao Cartório de

Registro de Imóveis para registro da

incorporação, os requeridos efetuaram

divulgação e comercialização das unidades

autônomas, anunciando a venda e

efetivamente negociando-as mediante

compromisso de venda e compra,

constatando-se pelas matrículas retrocitadas

que de fato não houve registro da

incorporação, resultando disso patente

violação à Lei n°. 4.591/64, caracterizando

conduta ilegal dos réus", diz a sentença.

O juiz afirma também que a igreja sabia que o

terreno não era adequado, informação que

consta na matrícula do imóvel desde 2014. A

construção só poderia começar após a

liberação da Cetesb.

"Consta da inicial que desde 2015 a Igreja

corré sofreu diversas autuações pelo

descumprimento de determinações oriundas

da CETESB, participou de reunião na

Promotoria de Justiça para tratar da

contaminação do imóvel aos 10/04/2018,

restando evidente sua plena e ampla ciência

quanto à inadequação da área para a

finalidade pretendida, inclusive, registrada na

matrícula do imóvel desde 2014 a

contaminação", continua o juiz.

Em nota, a Cetesb afirmou que os estudos

relacionados ao terreno foram entregues em

agosto deste ano e que estão sendo

analisados. A Prefeitura de Mauá disse que,

em 2018, emitiu um alvará provisório

vinculado à liberação da documentação da

Cetesb, que valia por apenas 50 dias e que

agora não tem mais o que fazer nem com o

que se preocupar.

O advogado da Igreja Batista Água Viva disse

que os dirigentes não agiram com dolo e que

contrataram uma empresa especializada em

construção civil para formalizar e registrar o

projeto. Ele também disse que a igreja está

tomando as medidas judiciais cabíveis para

romper o contrato com o condomínio e seus

sócios.

O caso

As unidades começaram a ser vendidas em

2017, e a construção estava prevista para

junho de 2018. A Companhia Ambiental do

Estado de São Paulo (Cetesb) afirma que

nenhuma obra estava autorizada no terreno

até que os técnicos fizessem análises e

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adequações na área. Como os apartamentos

estavam sendo vendidos sem as licenças

necessárias, o Ministério Público de São Paulo

entrou no caso.

O promotor José Luiz Saikali reforça que, por

se tratar de um terreno contaminado, nada

poderia ser feito até a autorização do órgão

estadual. “Depois disso [autorização da

Cetesb], é que o poder público municipal

poderia expedir o alvará autorizando a

construção”.

A entrega do condomínio estava prevista para

junho de 2021, mas, após a atuação do MP, as

obras estão paradas e o empreendimento

abandonado. A escritura da área, registrada

em cartório em 2009, mostra que a área

contaminada estava sendo investigada e que a

Igreja Batista Água Viva sabia do problema.

A prefeitura de Mauá, em novembro de 2018,

disse, em ofício, ter conhecimento de que o

empreendimento estava embargado. Mas, em

dezembro, o então prefeito Átila Jacomussi

(PSB) entregou um alvará autorizando a

construção do condomínio. O mandato de

Jacomussi foi cassado em abril deste ano por

irregularidades.

Sonho da casa própria vira pesadelo para

grupo de moradores de Mauá

https://g1.globo.com/sp/sao-

paulo/noticia/2019/11/07/justica-bloqueia-

bens-de-envolvidos-em-obra-paralisada-em-

area-contaminada-de-maua.ghtml

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Veículo: Rádio Pop

Data: 07/11/2019

Após análise apontar situação

impróprio para banho, prefeitura de Pinda busca soluções para ribeirões da cidade

http://cloud.boxnet.com.br/yxpm63ch

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Grupo de Comunicação

Veículo: TV Tribuna

Data: 07/11/2019

CETESB aponta que houve dano

ambiental em acidente na rodovia Anhanguera

http://cloud.boxnet.com.br/y2c27xl9

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Grupo de Comunicação

Veículo: TV Record

Data: 07/11/2019

Área usada pela prefeitura de Serrana

para descarte de entulho enão foi revitalizada

http://cloud.boxnet.com.br/yy5qap2g

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Grupo de Comunicação

Veículo: Diário do Litoral

Data: 08/11/2019

Nova reunião discute impactos do óleo no mar

http://cloud.boxnet.com.br/yyly6rtw

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Grupo de Comunicação

Veículo: Rádio Interativa Assis

Data: 08/11/2019

Promotores do GAEMA promovem reunião em Assis

http://cloud.boxnet.com.br/yxdltqo4

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Grupo de Comunicação

Veículo: Rádio 102,1

Data: 07/11/2019

Bom Jesus dos Perdões anuncia rodízio no abastecimento de água na

cidade a partir de amanhã

http://cloud.boxnet.com.br/y66tqxku

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Grupo de Comunicação

Veículo: Rádio Band Vale

Data: 07/11/2019

Sabesp interrompeu o abastecimento de água no centro de São Sebastião

para religar adutora na serrinha da rodovia Rio-Santos

http://cloud.boxnet.com.br/y4bbjf7z

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Grupo de Comunicação

Veículo: Diário do Grande ABC

Data: 08/11/2019

Prefeitura e Sabesp anunciam terceiro

pacote de obras em Santo André - Diário

do Grande

A Prefeitura de Santo André e a Sabesp

(Companhia de Saneamento Básico do

Estado de São Paulo) anunciaram, nesta

tarde, terceiro pacote de obras na cidade.

Com início no próximo dia 21, esta etapa inclui

tratamento de esgoto, programa de ligação de

água em núcleos habitacionais e novas redes

de água no Parque Andreense. A solenidade,

que incluiu a inauguração simbólica da adutora

Camilópolis ao Sistema Rio Claro, foi realizada

na prefeitura.

Primeira fase é a de interligações para retirada

de lançamentos de esgoto, cujo investimento

é de R$ 450 mil e o prazo para conclusão é 20

de janeiro de 2020. Atualmente,

aproximadamente 40% do município conta

com tratamento de esgoto pela ETE (Estação

de Tratamento de Esgoto) ABC e, após

término da intervenção, o percentual deve ser

de 51%. A estimativa é que 12 mil domicílios

na área da Avenida Marginal Itrapoã, na

Cidade São Jorge, sejam beneficiados.

Roberval Tavares, superintendente da Sabesp,

apontou que a ação ajuda a despoluir o rio

Tamanduateí e, consequentemente, o Tietê.

Segunda etapa e a implementação do

programa Água Legal, cujo objetivo é

melhorar a qualidade de vida em regiões de

vulnerabilidade social, além de promover a

preservação do meio ambiente e a cidadania.

Serão contemplados 50 núcleos habitacionais,

totalizando 20 mil famílias que pagarão tarifa

social. O aporte é de R$ 15 milhões.“Vamos

levar água para quem não tem ligação regular,

evitando problemas de saúde causados por

ligações indevidas”, assinalou Tavares.

Por fim, o pacote prevê novas redes de água

no Parque Andreense. As obras, cujo

investimento soma R$ 9,6 milhões, devem

iniciar em 12 de dezembro e ser entregues em

31 de junho de 2020. A fase contempla a

implantação de 32 quilômetros de redes de

abastecimento de água no bairro, ação que irá

beneficiar 7.000 pessoas.

“A parceria (entre prefeitura, Semasa e

Sabesp) tem surtido resultados bastante

positivos”, celebrou Paulo Serra (PSDB),

prefeito de Santo André. “O foco principal de

todas estas obras é melhorar a vida das

pessoas. Levar água é essencial para a

dignidade humana e estamos acabando com a

má qualidade de distribuição da água para

que, no verão, não tenhamos mais este

problema”, completou.

Vale lembrar que este anúncio faz parte de

pacote de intervenções anunciado em agosto

pela companhia, totalizando R$ 1,5 bilhão em

redes de água e esgoto, infraestrutura e

melhorias ambientais. Segundo Tavares, as

primeiras obras resultaram em melhoria no

abastecimento de 50% do município.

https://www.dgabc.com.br/Noticia/3191247/p

refeitura-e-sabesp-anunciam-terceiro-pacote-

de-obras-em-santo-andre

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Grupo de Comunicação

Veículo: Rádio Beira Mar

Data: 07/11/2019

Câmara municipal de Ubatuba aprovou o PL que autoriza a

Prefeitura renovar contratos com o Governo do Estado de SP

http://cloud.boxnet.com.br/yxg7xclt

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Grupo de Comunicação

Veículo: Repórter Diário

Data: 07/11/2019

Reveja o programa do RDtv desta quinta-feira (07/11) Amanda Lemos há 14 horas RDTv, Política

#AoVivo – Entrevista com João Mancuso;

Diadema volta ao Consórcio ABC;

Superintendente da Sabesp fala que Mauá não

terá água suficiente para o verão; Santo

André aguarda estado por nova farmácia de

alto custo; Resumo esportivo; e ingressos

para o cinema

https://www.reporterdiario.com.br/noticia/274

9049/aovivo-entrevista-com-joao-mancuso-

diadema-volta-ao-consorcio-abc-

superintendente-da-sabesp-fala-que-maua-

nao-tera-agua-suficiente-para-o-verao-santo-

andre-aguarda-estado-por-nova-farmacia-de-

al/

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Grupo de Comunicação

Veículo: Rádio Morada

Data: 07/11/2019

Pauta da sessão da câmara municipal

http://cloud.boxnet.com.br/yymd4f7n

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Grupo de Comunicação

Veículo: Repórter Diário

Data: 07/11/2019

Sabesp condiciona convênio para Mauá ter água no verão Carlos Carvalho há 11 horas Política

O superintendente da Sabesp, Roberval

Tavares, disse que Mauá precisa de obras

urgentes para garantir o abastecimento neste

verão e que a companhia estatal já tem um

diagnóstico do que precisa ser feito. Segundo

o dirigente, se a Câmara não votar

rapidamente um projeto de lei autorizativo

para o convênio, a Sama (Saneamento Básico

de Mauá) não terá capacidade para levar água

a todos os lares da cidade. Tavares se reúne

com os vereadores para detalhar a proposta

nesta sexta-feira (8).

“Já conversamos com o prefeito em duas

oportunidades e os vereadores estão com

algumas dúvidas e pediram para a gente ir lá

amanhã (hoje) para conversar”, afirma. O

próximo passo, diz, é a Câmara aprovar a lei

autorizativa. “Os vereadores têm de tomar a

decisão porque senão Mauá não terá água

suficiente no próximo verão para abastecer a

população. Eles (vereadores) já sabem disso e

vamos levar a proposta”, disse Tavares.

A Sabesp informa já ter tudo preparado para

dar início rapidamente às obras em adutoras

que vão garantir que não falte água nas

torneiras de Mauá. “Se houver aprovação a

Sabesp já pode entrar com as obras assim

como aconteceu em Santo André, mas tem de

aprovar o mais rápido possível, se possível já

na próxima quinta-feira (14) quando acontece

a sessão da Câmara”, disse o representante

da estatal.

Obsoleto

Para Roberval Tavares, o sistema de

abastecimento de Mauá é antigo e está em

condição pior do que o de Santo André, que a

empresa assumiu em setembro. “Estamos

afirmando isso, o sistema de Mauá é muito

pior e precisa de obras, se o município não

aceitar, ele não consegue ter água e a Sabesp

pode entrar e fazer, mas primeiro tem de ser

contratada”, reitera. O superintendente não

detalhou quais os locais que receberiam as

obras, mas sinalizou que o mapeamento está

pronto. A Sabesp já tem até uma minuta do

contrato, mas que só será disponibilizada após

a aprovação da lei autorizativa.

O vereador Adelto Cachorrão (Avante) disse

que, pelo menos da sua parte, o aval não será

tão fácil de ser alcançado. “Não estou pronto

para votar enquanto não se discutir pontos

nebulosos; a questão da dívida de R$ 2,4

bilhões é um deles; o que vai ser feito dos

funcionários da Sama e qual o investimento na

cidade, são outros. Mauá perde em ligações

clandestinas e vazamentos 47% da água é um

dos maiores índices do Estado e a Sama está

ciente disso. Além do mais não houve

audiência pública sobre a concessão, então

vou debater, aqui não é Casa da Mãe Joana e

eu não vou por meu pescoço na guilhotina”,

apontou.

https://www.reporterdiario.com.br/noticia/274

9127/sabesp-condiciona-convenio-para-maua-

ter-agua-no-verao/

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Grupo de Comunicação

Veículo: ABC Repórter

Veículo2: Folha ABC

Data: 08/11/2019

Sabesp e Santo André inauguram obra para abastecer 350 mil pessoas

O presidente da Sabesp, Benedito Braga, e

o prefeito de Santo André, Paulo Serra,

participaram, ontem, da inauguração simbólica

da interligação da adutora Camilópolis e do

anúncio de obras e do lançamento do

Programa Agua Legal no município. A iniciativa

vai levar água para os moradores de áreas

informais, promovendo a cidadania para a

população de baixa renda e mais qualidade de

vida e saúde. A interligação da adutora

Camilópolis ao Sistema Rio Claro vai assegurar

abastecimento de cerca de 350 mil moradores,

beneficiando praticamente metade do

município. Primeira obra inaugurada pela

Sabesp em Santo André, a adutora é uma

tubulação de grande porte, com 1,5 metro de

diâmetro. A interligação foi feita na própria

tubulação e nas estações de bombeamento de

água Santa Madalena e Sapopemba, em São

Paulo.

O prefeito Paulo Serra elogiou o trabalho da

Sabesp no município. "Essa é uma parceria

essencial, que ampliou caminhos e trouxe

mais abastecimento de água para a cidade.

Nós só temos que agradecer Os prazos estão

sendo cumpridos à risca ou adiantados. Essas

obras da Sabesp, apesar de não aparecerem,

têm influência direta na qualidade de vida das

pessoas. Por isso estamos muito otimistas

com tudo que está acontecendo".

http://cloud.boxnet.com.br/y2k9r68d

http://www.folhadoabc.com.br/index.php/seco

es/cidade/item/14019-sabesp-inaugura-obra-

para-abastecer-350-mil-em-sto-andre

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Grupo de Comunicação

Veículo: A Tribuna

Data: 08/11/2019

Leitura Rápida

http://cloud.boxnet.com.br/y3295h98

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Grupo de Comunicação

Veículo: Repórter Diário

Data: 08/11/2019

Editorial – Pressão por água

http://cloud.boxnet.com.br/yyxmqj7a

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Grupo de Comunicação

Veículo: Gazeta SP

Data: 08/11/2019

Câmara autoriza renovação com Sabesp

http://cloud.boxnet.com.br/y2uu8pk2

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Grupo de Comunicação

Veículo: Diário do Litoral

Data: 08/11/2019

Praia Grande deve ganhar dois museus

http://cloud.boxnet.com.br/yxejjrnf

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Grupo de Comunicação

Veículo: Rádio CBN

Veículo2: Rádio Band News

Veículo3: TV SBT

Veículo4: TV Globo

Veículo5: R7

Data: 08/11/2019

Trânsito: Por causa de um vazamento de água, tem muita lama na Avenida

João Dias

http://cloud.boxnet.com.br/yyxpbfgh

http://cloud.boxnet.com.br/y5lzsjfb

http://cloud.boxnet.com.br/y3yp8g6q

http://g1.globo.com/sao-

paulo/videos/v/tubulacao-rompe-e-enche-av-

joao-dias-de-lama/8070469/

https://noticias.r7.com/sao-paulo/adutora-se-

rompe-e-espalha-lama-na-avenida-joao-dias-

zona-sul-de-sp-08112019

http://cloud.boxnet.com.br/y2e7mtet

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Grupo de Comunicação

Veículo: A Tribuna

Data: 08/11/2019

Sabesp anuncia interrupção no fornecimento de água em Vicente de

Carvalho nesta sexta

Interrupção será das 9h30 às 15h desta sexta-

feira (8). Imóveis com caixas d’água não

devem sentir os reflexos

Sabesp anuncia interrupção no fornecimento

de água em Vicente de Carvalho (Imagem

ilustrativa/Sasikan Ulevik/Unsplash)

A Sabesp realiza, nesta sexta-feira (8), a

interrupção momentânea do abastecimento de

água do distrito de Vicente de Carvalho, em

Guarujá. Segundo a companhia, a paralisação

se dará por conta de obras para melhorias no

abastecimento.

Entre 9h30 e 15h, as equipes farão

interligações de novas tubulações ao sistema

de abastecimento de água. Neste período, o

fornecimento será interrompido na Prainha,

Marezinha, Vila Alice, Vila Itapema, Sítio Pae

Cará, Jardim Enguaguaçu, Jardim

Cunhambebe, Parque Estuário e Jardim

Santense.

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Grupo de Comunicação

Veículo: TV Diário

Data: 07/11/2019

Audiência pública é realizada em Mogi para discutir o programa Renasce

Tietê

http://cloud.boxnet.com.br/yyezldc6

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Grupo de Comunicação

Veículo: G1

Data: 07/11/2019

Daee realiza explosão de rochas para construção de barragem em Pedreira,

SP

Área de 500 metros foi isolada e trânsito

interditado para a operação.

Por G1 Campinas e Região

Departamento realiza explosão de rochas para

construção de barragem em Pedreira

O Departamento de Águas e Energia

Elétrica (Daee) do estado realizou, nesta

quinta-feira (7), a explosão de rochas no

canteiro de obras da barragem de Pedreira

(SP). A medida vai viabilizar a escavação do

canal para desviar o rio Jaguari.

O desmonte, que começou por volta de 16h,

ocorreu na margem esquerda do rio Jaguari,

próximo à estrada municipal Souzas.

Explosivos plásticos foram utilizados no

procedimento, que ocorreu sem

intercorrências.

O Daee isolou uma área de 500 metros de raio

e interditou o tráfego de veículos a partir de

15h50. O desbloqueio do trânsito estava

previsto para 16h50, mas ocorreu cerca de

meia hora antes.

Segundo o departamento, um alerta sonoro foi

emitido no início do desmonte e outro ao fim

do procedimento. "É recomendável que a

população evite trafegar nas imediações do

canteiro de obras durante a operação", aponta

o Daee, em nota.

A barragem

O projeto, aprovado após a crise hídrica de

2014, prevê o abastecimento de 5 milhões de

pessoas em 20 cidades da Região

Metropolitana de Campinas (RMC). O primeiro

prazo para as obras ficarem prontas era para

2016 e, depois, mudou para 2018. No

entanto, a falta de verba atrasou o início da

construção, que deve durar 28 meses,

segundo o Daee.

O reservatório, que terá investimento de R$

550 milhões e vai ocupar uma área de 3 km².

Algumas famílias e comércios próximo ao local

deixaram a região.

A obra chegou a ser embargada pelo prefeito

de Pedreira, Hamilton Bernardes Jr. (PSB), e

pela Câmara de Vereadores, em fevereiro

deste ano, sob alegação de inexistência de

estudos sobre os impactos sociais e

ambientais, além da falta de um projeto de

desassoreamento do leito do Rio Jaguari.

Mesmo com o bloqueio, o Daee retomou as

obras em março. A justificativa do órgão na

época era a de que, segundo a Procuradoria

Geral do Estado, a prefeitura não poderia

embargar uma obra autorizada pelo Estado.

https://g1.globo.com/sp/campinas-

regiao/noticia/2019/11/07/daae-realiza-

desmonte-de-rochas-para-construcao-de-

barragem-em-pedreira-sp.ghtml

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Grupo de Comunicação

Veículo: EPTV

Data: 07/11/2019

DAEE realiza explosão de rochas para construção de barragem em Pedreira

http://cloud.boxnet.com.br/y66lhcnw

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Grupo de Comunicação

Veículo: Correria Popular

Data: 08/11/2019

Explosivos abrem caminho para desvio do Jaguari Manobra dá início à

Com uso de explosivo plástico, rochas no

canteiro de obras da Barragem de Pedreira

foram fragmentadas ontem, para permitir a

escavação do canal de desvio do Rio Jaguari. A

manobra é necessária para dar início à

constmção das fundações do maciço de

concreto que abrigará o futuro reservatório.

Para a operação, o Departamento de Águas

e Energia Elétrica (Daee) isolou um raio de

500 metros e bloqueou o tráfego de veículos

por uma hora.

A escavação da área onde o reservatório será

construído está em curso. A barragem ocupará

uma área de vazão de drenagem de 930

quilômetros quadrados e terá 26 milhões de

metros cúbicos de volume útil, permitindo,

segundo o Daee, o aumento da vazão

garantida, construção das fundações do

maciço de concreto que abrigará o futuro

reservatório de água de 5,9 mil litros por

segundo para 8,2 mil litros.

A barragem está sendo construída em aterro

compactado e terá altura máxima de 50

metros. O conjunto prevê tomada de água

seletiva, para a retirada de água da superfície

do reservatório. Haverá também uma escada

de transposição de peixes, e um vertedouro

tipo escada de concreto, com capacidade de

vazão de 1,54 metros cúbicos por segundo.

Os planos de segurança e de emergência da

barragem, cobrados por vereadores, prefeito e

moradores, ainda não têm prazo para serem

apresentados à Defesa Civil e à população.

Segundo o Daee, os planos preliminares estão

concluídos e em fase de revisão, mas ainda

não há uma data definida para a apresentação

ao debate.

Divulgação

O enchimento da barragem, segundo

estimativa do Daee, será concluído em julho

de 2021. A construção integra projeto do

governo do Estado para garantir reserva de

água bruta para a região de Campinas. O

investimento será de R$ 256 milhões, sendo

R$ 231 milhões na constmção da barragem e

R$ 25 milhões na desapropriação da área do

lago.

Outra barragem está prevista no Rio

Camanducaia, em Amparo, mas não tem

prazo de início previsto, porque o Daee ainda

não conseguiu a outorga para o barramento

por causa da qualidade da água, que tem alta

concentração de fósforo. Para que a água

Rochas no canteiro de obras da barragem

foram fragmentadas ontem possa ser

utilizada, haverá necessidade de melhorar o

tratamento de esgoto das cidades situadas ao

longo do rio.

Em 2016, a Agência Nacional de Águas

indeferiu o pedido de outorga preventiva com

base em análise que mostram que o

represamento do Rio Camanducaia geraria

problemas de perda de qualidade da água,

com a chamada eutrofização — desastre

ambiental que pode ocorrer num lago ou

reservatório pela concentração de nutrientes.

O enriquecimento com nutrientes, como

fósforo, conduz a uma proliferação exagerada

da flora aquática, mau cheiro, mortandade de

peixes, mudança na biodiversidade aquática e

contaminação da água por toxinas. (Maria

Teresa Costa/Da Agência Anhanguera)

http://cloud.boxnet.com.br/y3g2mosm

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Grupo de Comunicação

Veículo: Diário do Alto Tietê

Veículo2: Mogi News

Data: 08/11/2019

Com suporte do DAEE, 90% do esgoto de Mogi pode ser tratado

http://cloud.boxnet.com.br/y5cwagwa

http://cloud.boxnet.com.br/y5yokzls

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Grupo de Comunicação

Veículo: Correio Paulista

Data: 08/11/2019

Ataide Teruel cobra limpeza de piscinões em reunião com DAEE

http://cloud.boxnet.com.br/y6dfphav

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Grupo de Comunicação

Veículo: Folha

Data: 07/11/2019

Governo paulista faz acordo com Fórum Econômico Mundial para

incentivar Indústria 4.0

Estratégia integra programa estadual mais

amplo que visa criar 'Vale do Silício brasileiro'

SÃO PAULO

O governo de São Paulo e o Ministério da

Economia anunciaram nesta quinta-feira (7)

um acordo com o WEF (Fórum Econômico

Mundial) para adotar políticas da organização

e acelerar pequenas e médias empresas de

manufatura no âmbito da Indústria 4.0, termo

que designa a fase industrial guiada por

automação avançada e inteligência artificial.

O programa piloto vai implementar 11

políticas para o desenvolvimento de 130

pequenas e médias empresas. Essas diretrizes

incluem aporte financeiro do setor privado,

acesso a suporte especializado e treinamento

de funcionários com apoio do WEF.

A organização internacional criou em 2017 o

Centro para a Quarta Revolução Industrial,

que receberá um braço de estudos em São

Paulo, no IPT (Instituto de Pesquisas

Tecnológicas), a ser aberto durante o evento

do fórum para a América Latina, em maio de

2020. A Bracell foi a primeira patrocinadora do

projeto e a farmacêutica AstraZeneca está em

fase final de negociação, segundo o governo.

A iniciativa é incluir São Paulo em uma rede

internacional que reúne setor privado,

organizações e governos para debater

protocolos de governança e de regulação de

sistemas de inteligência artificial e de

automação para áreas como saúde,

agricultura e indústria.

"É para criar regulação e governança de

tecnologia. Drones são fundamentais para a

segurança, por exemplo, mas não temos uma

regulação definida para escala de drones no

setor privado", afirmou Patricia Ellen da Silva,

secretária de Desenvolvimento Econômico do

Estado.

O governo de João Doria também diz que

avançou no projeto do Citi (Centro

Internacional de Tecnologia e Inovação), que

incentiva a ocupação de empresas e de

centros de inovação em áreas no entorno do

Rio Pinheiros. A ideia é criar o que o governo

chama de Vale do Silício brasileiro.

A primeira etapa, em andamento, consiste na

abertura do IPT (Instituto de Pesquisas

Tecnológicas) para startups e companhias

mais maduras que queiram se alocar no

espaço para investir em pesquisa ou

desenvolvimento. As outras etapas incluem

projetos para as áreas do Emae, do Parque do

Jaguaré e do Ceagesp, a depender da

realocação do entreposto. A ideia é criar

"hubs" de empreendedorismo e tecnologia

com universidades, empresas e órgãos

públicos.

No IPT, cujo orçamento é da ordem de R$ 200

milhões, o Estado entra com a metade. "Na

parte das startups, entramos com retrofit e

estamos captando recursos privados. Foram

R$ 7 milhões para acomodar empresas que no

poderiam arcar."

A iniciativa integra um programa mais amplo

do governo federal que usa recursos do Finep

e do BNDES para que empresas acompanhem

as transformações digitais da indústria.

"Nossa linha é conceder crédito em condições

especiais para empresas adotarem tecnologias

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Grupo de Comunicação

4.0. Não pretendemos usar recurso

orçamentário para isso, temos parceiros e

demanda", disse Carlos da Costa, secretário

especial de Produtividade, Emprego e

Competitividade.

https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2019

/11/governo-paulista-faz-acordo-com-forum-

economico-mundial-para-incentivar-industria-

40.shtml

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Grupo de Comunicação

Veículo: IstoÉ

Veículo2: UOL

Veículo3: Poligarquia

Veículo4: Diário de Pernambuco

Veículo5: Jornal de Piracicaba

Data: 07/11/2019

São Paulo desativará prédios públicos e implantará centro tecnológico Agência Brasil

O governo de São Paulo vai desativar o Centro

de Detenção Provisória (CDP) de Pinheiros e a

Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais

de São Paulo (Ceagesp), na zona oeste, para

construção de um polo de desenvolvimento

tecnológico. Segundo o governador João

Doria, a primeira das quatro etapas do

projeto, chamado de Vale do Silício Urbano,

ficará pronta no primeiro semestre do ano que

vem.

“No primeiro semestre de 2020, nós já

teremos o Centro Internacional de Tecnologia

e Inovação [CITI] funcionando na sua primeira

etapa, onde hoje está o IPT [Instituto de

Pesquisas Tecnológicas]”, disse o governador

durante a apresentação do projeto. O Vale do

Silício é uma região do estado da Califórnia,

nos Estados Unidos, que concentra empresas

de tecnologia, incluindo, grandes marcas como

Apple, Facebook e Google.

Nas duas fases inciais do projeto anunciado

nesta quinta-feira (7), serão disponibilizados

prédios do próprio governo estadual, próximos

da Universidade de São Paulo (USP), para a

instalação de empresas privadas. Nessa etapa,

que deve entrar em funcionamento até abril

de 2020, as desenvolvedoras de tecnologia

poderão se instalar em 70 prédios do IPT, com

uma área total de 300 mil metros quadrados.

“Estamos abrindo esse espaço para que a

sociedade, as startups, as grandes empresas,

os centros de tecnologia e inovação ocuparem

isso conosco”, disse a secretária estadual de

Desenvolvimento Econômico, Patricia Ellen.

Segundo Patricia, o espaço estava

subutilizado, apesar da boa localização.

Também serão abertos à iniciativa privada 86

mil metros quadrados em imóveis do próprio

governo em uma área próxima.

Cadeião

A terceira etapa prevê a desativação do CDP,

conhecido como Cadeião de Pinheiros. O

complexo tem três unidades com capacidade

para quase 1,9 mil presos onde estão detidas

atualmente 4,6 mil pessoas. São Paulo tem

grande número de detentos, e é necessário

fazer um trabalho de transição dessa

população para as novas penitenciárias, disse

Patricia sobre as negociações que estão sendo

feitas para o fechamento do presídio.

De acordo com a secretaria, o Sindicato da

Habitação de São Paulo (Secovi-SP), que

reúne as empreiteiras, também vai ser ouvido

para definir como a área pode ser aproveitada

para implantação do CITI. Somado aos

imóveis da Empresa Metropolitana de

Águas e Energia (Emae), o governo

pretende disponibilizar nessa região 182 mil

metros quadrados para as companhias de

tecnologia.

Entreposto

Traballham atualmente na Ceagesp, localizada

na zona oeste, mais de 30 mil pessoas

Divulgação/Ceagesp

Como já havia sido anunciado, o projeto prevê

ainda o fim das atividades da Ceagesp na

região. As atividades do maior entreposto da

América Latina devem ser transferidas para

área ainda não definida. A sede atual tem 630

mil metros quadrados, onde trabalham mais

de 30 mil pessoas.

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Grupo de Comunicação

Segundo o governo paulista, a nova sede da

Ceagesp deverá ter acesso privilegiado à

malha rodoviária para facilitar o trânsito de

mercadorias. A desativação do entreposto

atual foi acordada com o governo federal,

controlador da estatal, e com a prefeitura da

capital paulista.

Prazo

Patricia Ellen informou que a previsão é que

todo o projeto demore de quatro a seis anos

para ser concluído. “É um projeto que

começou há três anos, e o ciclo completo é

de10 anos”, ressaltou a secretária.

Ela destacou que a proposta tem apoio nas

três esferas de governo: “os três Entes estão

completamente alinhados: município, estado e

governo federal”.

https://istoe.com.br/sao-paulo-desativara-

predios-publicos-e-implantara-centro-

tecnologico/

https://noticias.uol.com.br/ultimas-

noticias/agencia-brasil/2019/11/07/sao-paulo-

desativara-predios-publicos-e-implantara-

centro-tecnologico.htm

http://poliarquia.com.br/2019/11/07/sao-

paulo-desativara-predios-publicos-e-

implantara-centro-tecnologico/

https://www.diariodepernambuco.com.br/noti

cia/brasil/2019/11/sao-paulo-desativara-

predios-publicos-e-implantara-centro-

tecnologico.html

http://www.jornaldepiracicaba.com.br/sao-

paulo-desativara-predios-publicos-e-

implantara-centro-tecnologico/

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Grupo de Comunicação

Veículo: O Popular

Data: 08/11/2019

Simulado é realizado na SP-340, na quarta-feira

RENOVIAS

Ação vai simular a colisão de um veículo de

passeio contra a traseira de um caminhão

A Rodovia Deputado Mário Beni (SP-340)

receberá, na próxima quartafeira, dia 13, um

simulado de acidente envolvendo transporte

de produtos perigosos. A ação, realizada pela

Renovias, acontecerá no quilômetro 175, no

sentido sul, no município de Mogi Guaçu, das

9h às llh. A alça de acesso localizada próximo

a base de Sistema de Ajuda ao Usuário (SAU)

será interditada no início da manhã, para que

o treinamento aconteça.

Na simulação, apoiada pela Agência de

Transporte do Estado de São Paulo (Artesp),

um veículo de passeio, com quatro ocupantes,

colidirána traseira de um caminhão

transportando combustível. Todos os

ocupantes estarão sem cinto de segurança e

sofrerão lesões graves e gravíssimas, ficando,

inclusive, presas nas ferragens. O impacto

entre os veículos fará com que uma válvula do

tanque do caminhão seja rompida,

ocasionando com que o produto transportado

vaze na pista, dificultando ainda mais o

resgate.

O motorista do caminhão sairá ileso e acionará

os serviços de emergência, que se deslocarão

para o local da ocorrência, para os

atendimentos de socorro às vítimas. Os

profissionais terão que controlar os riscos de

explosão para socorrer as vítimas.

Esse simulado mobilizará

as equipes de atendimento da Renovias, do

Corpo de Bombeiros de Mogi Mirim e Mogi

Guaçu, do Serviço de Atendimento Móvel

de Urgência (Samu) de Mogi Guaçu, além da

Defesa Civil de Mogi Guaçu e Companhia

Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb),

que avaliarão, na ação simulada, os riscos e

danos ambientais. A Polícia Militar Rodoviária

e a Transportadora Lotrans também

participarão.

O evento será sinalizadoe narrado para que os

espectadores entendam a situação. Diversos

colaboradores de órgãos e instituições foram

convidados para assistir à simulação, que

contará com ambulâncias, tendas de

atendimento, caminhão de incêndio e guinchos

leves e pesados.

“Há muito tempo não temos uma ocorrência

desse tipo no trecho de concessão da

Renovias, mas é sempre algo que nos

preocupa, pela dificuldade no atendimento às

vítimas”, comenta o coordenador de interação

com o cliente, Alexandre Bueno.

“Casos como esse são muito complexos e

demandam um atendimento rápido, objetivo e

cuidadoso, tanto com as vítimas quanto com

as pessoas que estão próximas ao local do

acidente. E preciso que as equipes de socorro

trabalhem em conjunto e diminuam os riscos

de explosão. Esse simulado que faremos é

justamente para preparar os profissionais que

estão no dia a dia nas nossas rodovias”,

ressalta Luiz Fernando Brandino, gestor de

atendimento da Renovias.

O local da simulação será sinalizado e não

afetará o trânsito local, que será desviado

para o retorno. O Sistema de Ajuda ao Usuário

(SAU) da Renovias está à disposição 24 horas

por dia aos motoristas.

Para acioná-lo, basta ligar 0800 055 9696 ou

usar um dos fones de emergência implantados

a cada quilômetro. Condições antecipadas do

tráfego podem ser obtidas pelo site www.

renovias.com.br. (Da Redação)

http://cloud.boxnet.com.br/y2l7ynn8

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Grupo de Comunicação

VEÍCULOS DIVERSOS Veículo: Governo SP

Data: 08/11/2019

BEC convida fornecedores para integrar o

cadastro do Estado

Evento promovido pela Bolsa Eletrônica de

Compras explicará como funciona sistema de

licitações do Governo de São Paulo

A Bolsa Eletrônica de Compras do Estado de

São Paulo (BEC/SP) convida empresas para o

“Compras Day – Fornecedores”, evento

dedicado a mostrar como funciona o sistema

de licitações eletrônicas do Estado, inscrição

de novos fornecedores e conclusão de

cadastros pendentes.

O encontro será realizado na capital na

próxima terça-feira (12), das 9h às 12h, na

sede da Secretaria da Fazenda e

Planejamento, localizada na Avenida Rangel

Pestana, 300 – 17º andar – Sé. As inscrições

podem ser feitas pela internet.

A BEC/SP está consolidada no Governo

Estadual, com 19 anos de existência, sendo

um sistema que tem por objetivo a negociação

de preço de bens e serviços adquiridos pelas

administrações públicas Estadual e Municipal,

por meio de procedimento eletrônico, para

possíveis fornecedores.

Oportunidade

O “Compras Day – Fornecedores” é uma

oportunidade para que empresários, micro e

pequenos empreendedores ampliem os

negócios por meio da participação em

licitações eletrônicas, oferecendo produtos e

serviços a uma base de compradores públicos

que buscam o menor preço de mercado.

O cadastro não tem custo e dá acesso a

diversas oportunidades que impulsionarão o

faturamento, como a participação preferencial

aos pequenos empresários. A legislação

assegura que, nas contratações públicas,

deverá ser concedido tratamento diferenciado

e simplificado para as microempresas e

empresas de pequeno porte, com o objetivo

de promover o desenvolvimento econômico e

social.

Um exemplo prático pode ser observado no

processo licitatório, no qual o critério de

desempate dá preferência aos pequenos

fornecedores com propostas iguais ou até

10% superiores à oferta com melhor

classificação na modalidade “convite” e 5% na

realização de “pregão eletrônico”.

Outro ponto que fortalece a participação no

sistema é a certeza do pagamento. Quando é

lançado um edital de contratação por pregão

eletrônico, convite ou por dispensa de licitação

por um órgão público, concluídas todas as

etapas do processo e anunciado o vencedor, o

órgão emitirá uma nota de empenho

garantindo que o produto será pago ao

fornecedor após a entrega do material ou da

prestação de serviço.

serviço

Compras Day – Fornecedores

Data: 12 de novembro de 2019 (terça-feira)

Horário: das 9h às 12h

Local: Secretaria da Fazenda e Planejamento

Endereço: Avenida Rangel Pestana, 300 – 17º

andar – Sé – São Paulo – SP

Inscrições:

https://goo.gl/forms/3hGEdMPfeprYZXlf2

http://www.saopaulo.sp.gov.br/ultimas-

noticias/bec-convida-fornecedores-para-

integrar-o-cadastro-do-estado/

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Grupo de Comunicação

Veículo: Carta Capital

Data: 08/11/2019

Seu país – um santuário ameaçado MEIO AMBIENTE - A mancha de óleo chega a

Abrolhos e avança para o Sudeste

RODRIGO MARTINS

Dono da maior biodiversidade marinha do

Atlântico Sul, o Parque Nacional de Abrolhos

permanecerá fechado ao público até 14 de

novembro. O ICMBio suspendeu a visitação

após o aparecimento, no sábado 2, de

pequenas manchas de óleo nas águas do

arquipélago, constituído por cinco ilhas e

distante 65 quilômetros da costa baiana.

Embora não tenham sido avistados outros

vestígios de petróleo por três dias, os gestores

da unidade de conservação decidiram manter

a medida restritiva por um período maior. A

precaução deve-se à maré de sizígia, que

amplia a variação do nível do mar e intensifica

a circulação de correntes marinhas, cenário

que pode favorecer a dispersão dos resíduos

nessa região.

A descoberta causa apreensão entre os

ambientalistas. Abrolhos é um dos principais

berçários das baleias jubarte e abriga

numerosos seres ameaçados de extinção,

como as tartarugas marinhas e os corais-de-

fogo. Por lá, vivem mais de 1,3 mil espécies

de plantas e animais, que buscam as águas

calmas do santuário para acasalamento. A

fartura de peixes garante a subsistência de

centenas de pescadores no sul da Bahia, além

de atrair variados tipos de aves marinhas,

principalmente os atobás, um dos símbolos do

arquipélago. A biodiversidade de Abrolhos

impressionou até mesmo Charles Darwin, que

passou pelo Brasil em 1832 a bordo do veleiro

HMS Beagle. A expedição científica liderada

pelo naturalista britânico permitiu a

compreensão de vários fenômenos biológicos,

depois revelados no clássico A Origem das

Espécies.

Embarcações de pescadores, mergulhadores,

pesquisadores e voluntários juntaram-se aos

navios da Marinha para auxiliar no

monitoramento de Abrolhos. A equipe do

ICMBio instalou uma barreira de contenção no

estuário do Rio Caravelas, cedida por uma

empresa. Feita de lona sintética e barras de

aço verticais, a barreira tem 84 centímetros de

altura, dos quais 42 centímetros ficam

submersos. Em despacho, o chefe do parque,

Fernando Repinaldo Filho, esclarece que a

prorrogação da suspensão das visitas tem por

objetivo “garantir o máximo empenho das

equipes envolvidas nos esforços de prevenção,

controle e remoção do óleo, bem como a

necessidade de minimizar ao máximo riscos à

saúde de visitantes”.

Segundo o médico veterinário Milton

Marcondes, coordenador de pesquisa do

Instituto Baleia Jubarte, o impacto ambiental é

menor que o verificado no norte da Bahia ou

nos demais estados nordestinos. “Nossa

equipe navegou por quatro dias em busca de

vestígios de óleo em Abrolhos. Saímos de

Caravelas, passamos pelos recifes Parcel das

Paredes, Timbebas, e fomos até Corumbau.

Identificamos pequenas manchas de óleo.

Chegamos a fazer mergulhos para verificar a

situação no fundo dos arrecifes e, felizmente,

não foi constatada nenhuma contaminação de

grande monta”, relata a CartaCapital. “Nesse

período, não avistamos baleias na região.

Aparentemente, elas foram embora mais cedo,

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Grupo de Comunicação

mas esse não é um fenômeno recente,

ocorreu em anos anteriores.”

Nas cidades litorâneas de Nova Viçosa, Mucuri

e Caravelas também apareceram fragmentos

de petróleo. Nesta última localidade, a mais

próxima do arquipélago de Abrolhos, foram

coletados cerca de 100 quilos de resíduos,

conta Marcondes. O pesquisador acrescenta

que ainda não foram encontrados animais

oleados ou mortos na unidade de conservação

ou em seu entorno.

Nem por isso ele descarta a ameaça.

Marcondes lembra o episódio do mega-

vazamento de óleo no Golfo do México em

2010, provocado pela explosão de uma

plataforma da British Petroleum. “Os efeitos

nocivos não se restringiram ao momento mais

agudo do desastre. Quatro anos depois, os

impactos ainda eram perceptíveis”, alerta. “No

Brasil, foi detectado que os zooplânctons estão

contaminados. Peixes e camarões que se

alimentarem desses seres vivos vão acumular

petróleo em seus corpos, um problema que

deve percorrer toda a cadeia alimentar. Quem

está no topo dessa cadeia apresenta um risco

até maior de bio- magnificação, de acumular

substâncias pela ingestão de outros seres

vivos contaminados. Esses animais ficam mais

suscetíveis a doenças e a tumores.”

Mucuri fica a apenas 40 quilômetros da divisa

da Bahia com Espírito Santo, o que aumenta a

angústia da população capixaba em relação à

possível chegada das manchas de óleo em seu

litoral. Após analisar fatores como os ventos e

as correntes marítimas, o Instituto Nacional de

Pesquisas Espaciais informou, na sexta- -feira

1º, que é significativa a probabilidade de o

vazamento atingir o Sudeste, ao menos até o

estado do Rio de Janeiro.

Até a quarta-feira 6, o Ibama contabilizava

353 localidades atingidas em 110 municípios

de todos os estados do Nordeste. Destas, 153

foram limpas, mas não há garantia de que a

maré não traga mais resíduos para as praias

da região. Sobre o volume de petróleo

derramado no mar, o ministro da Defesa disse

não ter “bola de cristal” para fazer qualquer

estimativa. “É um óleo difícil. O radar não

pega, o sonar não pega. A gente tem uma

visualização dele quando chega na água.”

O governo não tem bola de cristal, mas desde

o início da crise jamais se furtou a especular,

de forma leviana, sobre as causas do desastre.

Primeiro, Jair Bolsonaro acusou o governo da

Venezuela de ter participação no vazamento.

Depois, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo

Salles, insinuou nas redes sociais que o óleo

pudesse ser proveniente de um navio do

Greenpeace, que sempre lutou pela

substituição dos combustíveis fósseis por

fontes renováveis de energia.

Dias depois, a Polícia Federal apontaria para

um navio de bandeira grega, o Bouboulina,

como principal suspeito de derramar petróleo

no litoral brasileiro, sem alertar as

autoridades.

Dona do Bouboulina, a Delta Tankers,

empresa grega especializada no transporte

marítimo de petróleo, nega as acusações da

PF. “O navio partiu da Venezuela carregado

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Grupo de Comunicação

em 19 de julho de 2019, indo diretamente,

sem paradas em outros portos, para Melaka,

na Malásia, onde descarregou toda a carga

sem perdas”, defendeu-se, por meio de nota.

A Marinha do Brasil chegou a investigar 30

navios de 11 países diferentes até a

embarcação grega ser apontada como a

suspeita número 1. Em momento algum as

autoridades envolvidas na investigação

corroboraram a tese de que o Greenpeace

estaria por trás do desastre.

Não por acaso, a ONG entrou com uma ação

no Supremo Tribunal Federal contra Salles por

difamação. O processo será relatado por

Cármen Lúcia, e está longe de ser a maior

preocupação do ministro falastrão. O governo

demorou 41 dias para acionar o Plano Nacional

de Contingência. Segundo o Ministério Público

Federal, não está sendo executado como

determina a lei. Devido à injustificável

demora, a conduta do ministro do Meio

Ambiente será investigada por uma CPI na

Câmara, que recebeu o apoio de muitos

deputados da base e mesmo de alguns

bolsonaristas, como Carla Zambelli (PSL). Em

uma audiência na Câmara, Salles ainda tentou

tirar o corpo fora e responsabilizar o PT:

"Recebemos um Estado quebrado”. A

esfarrapada desculpa arrancou risos da

platéia.

As complicações legais não param por ai. Em

breve, a 10ª Câmara de Direito Público do

Tribunal de Justiça de São Paulo deve retomar

a análise de um pedido do Ministério Público

Estadual para a quebra do sigilo fiscal e

bancário do ministro. Os promotores querem

saber como Salles fez o seu patrimônio crescer

604% em apenas seis anos, durante um

período em que ele só ocupou cargos públicos.

Em 2012, ele declarou à Justiça Eleitoral

possuir bens avaliados em 1,4 milhão de reais.

Na eleição de 2018, o valor alcançou 8,8

milhões. Após o relator Aguilar Cortez acatar

parcialmente o pedido da Promotoria, houve

um pedido de vista do desembargador Torres

de Carvalho. O julgamento deve ser retomado

em 25 de novembro.

Advogado de formação, Salles foi secretário

particular de Geraldo Alckmin e chegou a

chefiar a pasta de Meio Ambiente no governo

paulista. Terminou a gestão com um ruidoso

processo por improbidade administrativa. Ele

foi acusado de adulterar mapas da Área de

Proteção Ambiental do Rio Tietê, em benefício

de empresas mineradoras. Em dezembro, foi

condenado, em primeira instância, a pagar

multa e à suspensão dos direitos políticos por

três anos. Desde então recorre da sentença.

A despeito do histórico, o Novo não viu

problemas em oferecer abrigo a Salles nas

eleições de 2018. Após a ruinosa gestão das

crises ambientais no Brasil, das queimadas na

Amazônia às manchas de óleo no Nordeste, o

partido decidiu suspendê-lo. A decisão foi

tomada no processo que analisa a expulsão do

ministro, solicitada pelo deputado estadual

Chicão Bulhões, do Rio de Janeiro. Em nota, a

sigla esclareceu que a punição se deve ao

“risco de dano grave e de difícil reparação à

imagem e reputação do Novo”. Um pouco

tarde.

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=33404406&e=577

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Data: 08/11/2019

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Grupo de Comunicação

FOLHA DE S. PAULO O QUE A FOLHA PENSA: Leilões frustrados

Desinteresse privado em áreas do pré-sal lança

dúvidas sobre regulação do setor

Dadas as elevadas expectativas, o resultado do

leilão dos excedentes de petróleo na área do pré-

sal foi, sem dúvida, frustrante.

Não houve participação relevante de empresas

estrangeiras, 2 dos 4 blocos não tiveram

interessados e a Petrobras acabou levando

sozinha —com pequena participação de grupos

chineses— as áreas em que havia manifestado

interesse.

Com isso, a arrecadação ficou em R$ 69,9

bilhões, bem abaixo dos R$ 106,5 bilhões

esperados. A decepção não deixa de ter

consequências políticas negativas, na medida em

que o governo vendeu otimismo e acabará por

não entregar todo o dinheiro prometido aos

estados e aos municípios.

Do montante, a União ficará com R$ 23 bilhões.

De sua parte, a Petrobras terá de desembolsar

R$ 29 bilhões em bônus de assinatura, já

descontando os R$ 34 bilhões que receberá pela

renegociação do contrato que viabilizou o leilão.

Para os governos regionais sobrarão R$ 10,6

bilhões, uma ajuda decerto considerável —mas

cerca de metade da antecipada.

Nesta quinta-feira (7), outro leilão se mostrou

um fiasco. Apenas 1 de 5 blocos ofertados foi

arrematado, novamente sob liderança da

Petrobras. Ainda que tal desfecho não deva

comprometer seriamente o crescimento da

produção petrolífera nos próximos anos, a

sensação de derrota é inevitável.

Entre os motivos prováveis para o fracasso dos

certames, há os que dizem respeito à regulação

do pré-sal em geral e outros mais específicos

quanto à cessão onerosa.

Pairam dúvidas, por exemplo, sobre a

atratividade do modelo de partilha (pelo qual a

vencedora do leilão entrega parte da produção ao

governo), na comparação com o modelo mais

comum no mundo, o de concessão.

O direito de preferência da Petrobras, por sua

vez, pode ter contribuído para afastar

interessados.

A lei determina participação mínima de 30% no

consórcio nas áreas em que a empresa

manifestar interesse. Na prática, a dominância

vem sendo maior, e a participação de outras

empresas se torna subalterna. O governo agora

avalia eliminar essa prerrogativa, o que pode ser

positivo para leilões futuros.

No que diz respeito à cessão onerosa, as

eventuais vencedoras deveriam indenizar a

Petrobras por investimentos passados. Correta

em princípio, essa exigência veio carregada de

incerteza, pois valores seriam negociados a

posteriori.

Se existe algo de positivo a extrair do episódio,

trata-se da refutação mais evidente da tese

conspiratória segundo a qual se entregariam as

reservas por preço vil a interesses estrangeiros.

Fosse assim, teria havido competição.

Promovê-la no setor petrolífero é o real desafio

—que o governo parece ter subestimado ao

estabelecer suas previsões para os leilões.

https://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2019/11/l

eiloes-frustrados.shtml

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Data: 08/11/2019

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Grupo de Comunicação

O QUE A FOLHA PENSA: Custosa mobilidade

Impactos econômicos e ambientais recomendam

desincentivo ao uso do automóvel

O tráfego intenso e os longos deslocamentos

necessários em diversas cidades brasileiras

tomam, além de tempo, cada vez mais recursos

dos usuários e da sociedade.

Estudo da Associação Nacional de Transportes

Públicos (ANTP) estimou os custos

socioeconômicos da mobilidade urbana em nada

menos de R$ 483,3 bilhões anuais, como

mostrou o 3º Seminário de Mobilidade e

Inovação organizado por esta Folha. O valor é

7% maior que o do levantamento anterior.

Entre os aspectos considerados estão os gastos

individuais de usuários de transporte e de

empregadores, os recursos do poder público para

manter o sistema em funcionamento e os

impactos sociais da movimentação dos

habitantes, como os de emissão de poluentes e

acidentes de trânsito.

No plano individual, o ônus do transporte

também vem aumentando. Na Pesquisa de

Orçamentos Familiares 2017-2018 do IBGE, as

despesas dos brasileiros com transporte

superaram pela primeira vez as destinadas à

alimentação —estas somam 17,5% do gasto

doméstico, e aquelas, 18,1%. Carros e motos

são os itens que mais pesam nessa balança,

embora respondam por apenas um terço das

viagens.

Além de custar mais e beneficiar uma parcela

menor da população, o transporte individual

consome quase o dobro de energia e polui duas

vezes mais que o público.

Para evitar o agravamento de uma situação já

dramática, governantes, em particular os das

metrópoles, devem promover políticas de

desincentivo ao uso de carros.

Uma alternativa é a criação de pedágios urbanos,

a restringir a circulação de veículos em

determinadas áreas, como já se fez em cidades

como Singapura, Estocolmo, Milão e Londres.

Nova York entrará nesse rol até o fim de 2020.

Com os recursos angariados pela cobrança,

municípios poderiam investir mais em seus

sistemas de transporte público —opção para

aqueles que não desejam tirar seus automóveis

da garagem.

Ações do gênero, reconheça-se, são

politicamente difíceis, sobretudo num país que

historicamente privilegiou o transporte individual.

Não se trata, contudo, de dificuldade

intransponível. Pesquisa recente do Instituto

Ipsos mostrou que 30% dos paulistanos

proprietários de carro aceitariam abrir mão do

veículo em favor de outro meio de transporte. Há

boa margem, pois, para o avanço dessa agenda.

https://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2019/11/

custosa-mobilidade.shtml

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Data: 08/11/2019

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Grupo de Comunicação

Painel: Centro e centro-direta vivem

expectativa da saída de Lula; torcida é que

ele ‘incorpore espírito Mandela’

O retorno

Às vésperas da decisão do STF que revogou a

autorização para prisão em segunda instância,

líderes de partidos de centro e centro-direita

começaram a cotejar o impacto da saída do ex-

presidente Lula da cadeia. Um experiente

integrante do MDB disse a investidores na

semana passada que “o maior problema do país,

hoje, é como o Lula vai sair”. A torcida geral é a

de que o petista incorpore “um espírito Mandela”.

“Se ele voltar mais PT do que Lula, o presidente

Bolsonaro só tem a ganhar.”

Conjunto vazio

A volta de Lula ao cenário político amplia a

pressão sobre o centro, avaliam dirigentes de

partidos desse espectro, à medida que reforça a

polarização num momento em que o

agrupamento ainda não tem um nome que o

represente eleitoralmente.

Grito contido

O PT decidiu adotar tom mais cauteloso

publicamente. O discurso é o de que esse “não é

o julgamento de Lula” e que o ex-presidente

estaria mais interessado na discussão que pode

anular sua primeira condenação.

Passo a passo

Toda a logística do ritual que será feito para

recepcionar o ex-presidente será definida nesta

sexta (8), quando Lula encontra seu advogado,

Cristiano Zanin, e a presidente da sigla, Gleisi

Hoffmann. Não havia nada esquematizado na

véspera.

Ausência da Petrobras em lances de leilão

irrita governo Bolsonaro

Escreveu…

A decisão da Petrobras de não fazer ofertas para

duas áreas de exploração nos leilões desta quinta

(7) desagradou o governo. A estatal havia

informado interesse nos locais, o que levou Jair

Bolsonaro a baixar decreto dando preferência à

estatal.

…não leu

Integrantes do governo disseram que a Petrobras

age como ente privado “quando lhe convém”,

como quando defende preços de mercado para a

gasolina, mas não recusa benesses de estatal –a

preferência nos leilões. Nesta quinta, a empresa

foi acusada de “não honrar o compromisso com o

país”.

Calça curta

A Petrobras não avisou que não iria fazer ofertas,

uma descortesia inédita. O ministro Bento

Albuquerque (Minas e Energia) e o presidente da

Agência Nacional do Petróleo, Décio Oddone,

chegaram a anunciar a participação da empresa

nas três áreas.

Leite derramado

Operadores do setor de petróleo dizem que as

críticas de Paulo Guedes (Economia) ao regime

de partilha, no qual o investidor é sócio do

governo na exploração, são inócuas. O

questionamento só chegou agora, quando quase

todos os campos já foram entregues à

exploração.

TIROTEIO

Empresário sensato não vem participar da

marcha da insensatez em que se transformou o

país com este desgoverno

Do senador Jaques Wagner (PT-BA), sobre a

ausência de líderes globais do mercado de

petróleo nos leilões do pré-sal no Brasil

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Grupo de Comunicação

Bolsonaro sabia que megaleilão do pré-sal

seria fracasso e pediu ajuda à China

Estrangeiras reclamaram do preço; Guedes

insistiu em bônus alto para melhorar caixa do

governo

Julio Wiziack

Nicola Pamplona

BRASÍLIA e RIO DE JANEIRO

Para evitar a ausência de interessados

estrangeiros no megaleilão do pré-sal desta

semana, o presidente Jair Bolsonaro pediu ao

dirigente da China, Xi Jinping, que as petroleiras

chinesas participassem do certame.

A conversa ocorreu durante visita oficial de

Bolsonaro ao país, no fim de outubro. Naquele

momento, o governo já sabia que o modelo

previsto para a venda dos quatro campos do pré-

sal não atrairia concorrentes.

Pelas regras, quem vencesse a disputa teria de

desembolsar à vista uma quantia bilionária.

Somente no campo de Búzios, o maior deles, o

desembolso será de quase R$ 70 bilhões.

Segundo pessoas que acompanharam as

conversas presidenciais, depois do aceno positivo

de Xi, um executivo da Petrobras foi à China para

fechar a parceria da estatal com as petroleiras

CNOOC e CNODC, ambas controladas pelo

governo chinês.

Cada uma entrou com participação de 5% no

consórcio que arrematou Búzios.

No acordo com os chineses, segundo pessoas

que acompanharam as negociações, a Petrobras

receberia dos dois sócios dinheiro antecipado

pela venda futura de óleo.

Essa operação seria vantajosa por travar o preço

do petróleo que será vendido futuramente pela

cotação atual.

O arranjo garantiu dinheiro rápido para a

Petrobras, que terá de retirar de seu caixa neste

ano R$ 29 bilhões para pagar pelos direitos de

exploração dos dois blocos (Búzios e Itapu). Em

Itapu, a estatal fará a exploração sozinha.

Por meio de sua assessoria, a Petrobras disse

que não pode comentar detalhes de um contrato

privado. A assessoria de imprensa do Planalto

não respondeu até a conclusão deste texto.

Nas discussões com o TCU (Tribunal de Contas

da União), os técnicos chegaram a fazer alertas

de que a exigência de um bônus elevado não

estimularia a competição.

Nos leilões do pré-sal, o bônus é fixo e a disputa

se dá em torno do volume de óleo entregue ao

governo durante a vida útil dos projetos.

É como se o bônus fosse a entrada, e o óleo, as

prestações. No primeiro leilão do tipo no governo

Dilma, optou-se por bônus menores e percentual

de óleo mais alto.

Para o megaleilão, a ANP (Agência Nacional do

Petróleo, Gás e Biocombustíveis) apresentou

opção de bônus de R$ 52 bilhões e maiores

percentuais mínimos de óleo.

Mas o ministro Paulo Guedes (Economia) insistiu

no modelo que poderia trazer R$ 106 bilhões em

outorgas para a União, caso as quatro áreas

ofertadas (Búzios, Itapu, Sépia e Atapu) fossem

vendidas.

Em um dos diversos encontros que teve com o

presidente do TCU, ministro José Múcio Monteiro,

Guedes repetiu que haveria muitos interessados

estrangeiros se o modelo fosse o da equipe

econômica.

Segundo a Economia, considerando investimento,

arrecadação, pagamento de royalties, o setor

movimentaria mais de R$ 1 trilhão com a venda

dos quatro blocos.

No entanto, havia ainda um fator de incerteza:

as petroleiras teriam de ressarcir a Petrobras

pelos investimentos realizados nos quatro

campos. Nessa conta entram equipamentos para

estudos, prospecção, por exemplo.

Nos bastidores, as empresas afirmam que esses

valores não estavam bem definidos, variando de

R$ 35 bilhões a R$ 120 bilhões, e as conversas

com a estatal eram infrutíferas.

Para ter ideia do peso desse leilão para a

contabilidade das empresas, um executivo disse

que somente o lucro do grupo anglo-holandês

Shell, que também desistiu, gira em torno de

US$ 25 bilhões (o equivalente a R$ 102 bilhões

na cotação desta quinta-feira, 7).

O resultado dessa combinação de fatores foi que,

das 14 companhias inscritas, somente 7

apareceram, e, delas, somente 3 apresentaram

ofertas.

Antes da entrega das garantias, a britânica BP e

a francesa Total já haviam desistido do negócio,

sob o argumento de que os ativos estavam caros.

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Grupo de Comunicação

Nem os EUA, com quem o governo Bolsonaro

mantém acordo de parceria estratégica, foram

adiante. Uma das principais apostas do mercado,

os americanos da ExxonMobil não apresentaram

ofertas.

No início desta semana, o governo teve uma

clara sinalização da desistência das estrangeiras

porque nenhum dos presidentes globais das

petroleiras estava no Brasil.

Nos leilões do regime de partilha ocorridos no

passado e que movimentaram valores mais

modestos, eles compareceram em massa.

Para as estrangeiras, também estava claro que a

Petrobras faria uma oferta para arrematar os dois

campos (Búzios e Itapu). Também seria natural

que ela operasse em parceria com os chineses,

que também fazem dupla com a estatal no

campo de Libra.

Outro ponto considerado pelo mercado foi a

concentração de leilões do setor de óleo e gás.

No ano passado, o governo levou R$ 3,2 bilhões

em bônus de assinatura por quatro blocos do

pré-sal (Itaimbezinho, Três Marias, Dois Irmãos e

Uirapuru).

O diretor-geral da ANP, Décio Oddone, defendeu

o modelo escolhido. “Se fosse usado esse [o de

R$ 52 bilhões], talvez estivéssemos

comemorando a venda das quatro áreas, mas

com arrecadação menor.”

Independentemente do modelo, a ideia é que a

participação do governo na receita ficasse em

85% do total, incluindo bônus, óleo e impostos.

https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2019/11

/bolsonaro-sabia-que-megaleilao-do-pre-sal-

seria-fracasso-e-pediu-ajuda-a-china.shtml

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Grupo de Comunicação

Com segunda frustração seguida, governo

fala em rever regras do petróleo

Apenas uma das cinco áreas tem oferta no leilão

desta quinta, e, assim como na véspera, só

Petrobras e chineses aparecem

Nicola Pamplona

Thiago Resende

Julio Wiziack

RIO DE JANEIRO e BRASÍLIA

Após o segundo leilão sem concorrência, o

governo reforçou discurso por mudanças nas

regras de concessão de áreas do pré-sal.

No leilão desta quinta (7), apenas uma das cinco

áreas teve oferta. Assim como no de quarta (6),

só Petrobras e chineses compareceram.

Consórcio formado pela estatal brasileira e a

CNODC levou a área de Aram, a maior delas, por

R$ 5 bilhões e sem ágio no volume de óleo

entregue ao governo.

"Tivemos dificuldade enorme [para realizar o

megaleilão] para no final vendermos de nós para

nós mesmos", afirmou o ministro da Economia,

Paulo Guedes.

Após a disputa desta quinta, o ministro de Minas

e Energia, Bento Albuquerque, reforçou que

mudanças serão estudadas para melhorar a

atratividade.

Além disso, o Planalto declarou apoio projeto de

lei do senador José Serra (PSDB-SP) que acaba

com o direito de preferência e flexibiliza o regime

de partilha da produção.

A proposta dá ao governo o direito de optar por

oferecer áreas nesse regime —que prevê

presença estatal nos consórcios— ou em

contratos de concessão, modelo preferido das

petroleiras internacionais.

O modelo de partilha foi criado em 2010, com o

pretexto de garantir maiores ganhos ao governo

na exploração de petróleo. É obrigatório dentro

do chamado polígono do pré-sal, área de 149 mil

quilômetros quadrados no litoral da região

Sudeste.

Até agora, foram realizados sete leilões de

partilha. Os dois leilões desta semana foram os

primeiros sem ágio desde a estreia do modelo,

em 2013, com a área de Libra.

Governo e especialistas citam três fatores para a

ausência de estrangeiras: a expectativa por

mudanças para regras mais favoráveis, o direito

de preferência da Petrobras e a compra de áreas

do pré-sal nos últimos anos.

Para esta quinta, a Petrobras havia demonstrado

interesse em exercer preferência para operar em

três áreas, mas só fez oferta para uma. Para o

governo, tirou das estrangeiras a possibilidade

operar as outras.

https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2019/11

/com-segunda-frustracao-seguida-governo-fala-

em-rever-regras-do-petroleo.shtml

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Grupo de Comunicação

Mercado dá recado de esgotamento do

modelo de exploração

Empresas estrangeiras parecem aguardar ajustes

que justifiquem ampliar investimentos no Brasil

Lavinia Hollanda

O mercado aguardou com grande expectativa o

desenrolar do megaleilão desta semana. Os

resultados foram ruins ou a expectativa foi

superestimada?

De um lado, a Petrobras saiu fortalecida no pré-

sal e o governo conseguiu trazer recursos

substanciais para a União. De outro, a

participação de empresas estrangeiras nos leilões

se limitou a um percentual pequeno das

empresas chinesas CNOOC e CNODC, sinalizando

que talvez seja hora de repensar o modelo de

exploração do petróleo no Brasil.

Construção e Montagem Industrial para as

Plataforma P-48.

Plataforma P-48, da Petrobras - Divulgação/Mip

Engenharia

A Petrobras foi protagonista, ao desembolsar um

bônus alto para ampliar sua participação em

áreas em que já opera. Mesmo com a

preocupação externada pelo mercado com a

alavancagem e impacto financeiro no curto

prazo, a oferta da empresa no leilão segue na

linha do seu posicionamento estratégico.

O tempo dirá a dimensão do impacto do

pagamento do bônus no endividamento da

empresa, o que dependerá do sucesso do

desinvestimento.

Já sob a ótica do setor de petróleo, é importante

analisar os dois leilões conjuntamente e no

contexto do histórico recente do pré-sal.

A realização do leilão da cessão onerosa foi, por

si só, uma vitória. Foi preciso vencer etapas que

incluíram uma longa negociação entre Petrobras

e União, além medidas regulatórias e legais.

O resultado foi uma arrecadação líquida de R$ 36

bilhões em bônus e a perspectiva de

investimentos nessas áreas. Esse valor foi

inferior ao esperado, mas fica a dúvida se as

expectativas criadas pelo leilão, com bônus de

assinaturas altíssimos, é que não foram otimistas

demais.

No entanto, o desfecho do leilão, em que

novamente não houve oferta de empresas

estrangeiras, foi uma surpresa.

O sucesso das rodadas anteriores está ligado aos

ajustes regulatórios iniciados no governo Temer,

que destravou a agenda e atraiu empresas que

buscavam —e conseguiram— se posicionar de

maneira estratégica no pré-sal.

Para dar um passo além, as empresas parecem

estar em compasso de espera, aguardando mais

ajustes que justifiquem ampliar o peso do Brasil

no seu portfólio global.

Os resultados dos leilões desta semana não

necessariamente significam um desinteresse das

empresas internacionais no setor de petróleo no

Brasil, mas apontam para um esgotamento do

modelo.

A partilha, o direito de preferência da Petrobras e

sua condição de operadora nas áreas em que

exerce a preferência podem não ter sido fatores

decisivos nas rodadas passadas. Mas, diante da

perspectiva de aprimoramentos em um futuro

próximo sinalizada próprio pelo governo, vale a

pena esperar por condições mais favoráveis.

Na cessão onerosa, a resposta talvez seja mais

simples: a conta não fechou. A falta de apetite

por essa oferta específica está relacionada a um

desenho de leilão que privilegiou o pagamento do

bônus à vista em detrimento da parcela de óleo-

lucro (“a prazo”).

Como mostrou o resultado dos leilões, o recado

foi dado pelas empresas. É preciso iniciar um

novo ciclo.

Lavinia Hollanda

sócia e diretora-executiva da Escopo Energia

https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2019/11

/mercado-da-recado-de-esgotamento-do-

modelo-de-exploracao.shtml

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Grupo de Comunicação

Mônica Bergamo: Deltan Dallagnol deve ser

julgado pelo CNMP na terça

Dias Toffoli pede que procurador seja punido por

dizer que decisões do STF são leniência com a

corrupção

O caso em que o presidente do STF (Supremo

Tribunal Federal), Dias Toffoli, pede que o

procurador Deltan Dallagnol seja punido por

afirmar que decisões da corte passam uma

mensagem de “leniência” com a corrupção deve

entrar na pauta do CNMP (Conselho Nacional do

Ministério Público) na próxima terça-feira (12).

PLACAR

A previsão de integrantes do órgão é que

Dallagnol pode ser condenado por 8 votos a 3.

PARALELA

A possibilidade de ele escapar de alguma punição

está nas mãos do procurador-geral da República,

Augusto Aras: como presidente do conselho, ele

pode não chamar o processo à votação.

PRAZO

Aras, no entanto, sofrerá pressão interna: o caso

pode prescrever se não for julgado neste ano. E

o CNMP só terá mais três sessões até dezembro.

FICHA

A biografia de Augusto Nunes, comentarista da

rádio Jovem Pan, foi editada mais de 20 vezes

em meia hora depois que ele agrediu fisicamente

o jornalista Glenn Greenwald no programa

Pânico.

COISA LINDA

“Augusto Nunes é um herói nacional” que

“destacou-se na história do país após dar um

cruzado de esquerda no pseudo-jornalista Glenn

Greenwald”, acrescentou um usuário em uma

edição da página às 15h02 —a última atualização

era de 31 de outubro.

COISA FEIA

Às 15h11, o perfil informava: “Augusto Nunes é

um jornalista, escritor, agressor, covarde e

comentarista brasileiro”. Às 15h22, uma nova

edição dizia que ele “bateu foi pouco no

verdevaldo”, referindo-se ao apelido dado a

Greenwald por detratores. Minutos depois, o

texto chamava Nunes de “batedor”.

BORRACHA

O verbete da Wikipédia sobre Greenwald também

foi editado. Em determinado momento, o nome

de Nunes foi inserido como “cônjuge” do

jornalista.

Os editores da Wikipedia removeram as

alterações.

VELHA GUARDA

Os cantores Agnaldo Rayol, Sérgio Reis e Thobias

da Vai-Vai se apresentaram no show que

homenageou os 60 anos de carreira do

compositor e instrumentista Caçulinha. O evento

ocorreu no Teatro Itália, no centro de São Paulo,

na quarta-feira (6). Daniel, Wanderléa e

Claudette Soares também participaram da

celebração.

PICADINHO

O presidente Jair Bolsonaro já pensava há vários

meses em mudar a Secretaria Especial da Cultura

de ministério —ela acabou indo para a pasta do

Turismo. O Planalto considerava que o ministro

Osmar Terra, da Cidadania, a quem a secretaria

era subordinada, não avançava na pauta cultural

e estava sendo “triturado” por seu próprio

entorno.

ESQUECERAM DE MIM

E um representante da Ancine pousou em Brasília

para tentar entender o decreto de Jair Bolsonaro

que transferiu, na quinta (7), a Secretaria

Especial da Cultura para o Ministério do Turismo

—mas que não mencionou o destino da agência

reguladora. A impressão interna sobre o texto é

de que o órgão ficará vinculado à pasta da

Cidadania.

ESQUECERAM DE MIM 2

O decreto afirma que “ficam transferidas” ao

Turismo a “política nacional de cultura” e a

“proteção do patrimônio histórico, artístico e

cultural”.

INTERROGAÇÕES

Procurados, nem o ministério da Cidadania nem a

pasta do Turismo souberam responder sobre o

futuro da Ancine e de outras instituições não

mencionadas no decreto, como o Iphan e as

fundações Biblioteca Nacional e Casa de Rui

Barbosa.

TEMPO

Levantamento do Observatório do Itaú Cultural

reforça que os secretários da cultura —ou

ministros, antes de Bolsonaro transformar a

pasta em secretaria— ficaram no posto, em

média, por 526 dias.

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Grupo de Comunicação

TEMPO 2

Se Gilberto Gil, que ficou cinco anos e meio, e

Francisco Weffort, que ocupou o cargo por oito

anos, fossem retirados da lista, a média de

permanência cairia para 348 dias.

GUILHOTINA

Neste ano, a instabilidade aumentou e o cargo já

foi ocupado por três nomes diferentes: por

Henrique Pires, que saiu em agosto; pelo interino

José Paulo Soares Martins, que ficou duas

semanas; e por Ricardo Braga, que, nesta

semana, foi exonerado após dois meses.

CORTE DA FITA

A nova sede definitiva do Paço das Artes será

inaugurada em 25 de janeiro, segundo a diretora

Priscila Arantes. De acordo com ela, a

inauguração contará com uma exposição da

artista Regina Silveira.

É PIQUE

Em 2020, o Paço completará 50 anos. A nova

sede ocupará parte de um casarão antigo

próximo ao Shopping Higienópolis, em SP.

NOITE NO MUSEU

O Masp realizou na quarta (6) a sua festa

beneficente anual. Fernanda Feitosa, diretora da

SP-Arte, e Heitor Martins, diretor-presidente do

museu, compareceram, assim como a empresária

Marcy Junqueira e Ricardo Ohtake, presidente do

Instituto Tomie Ohtake. A empresária Juliana

Santos e Daniela Falcão, diretora geral das

Edições Globo Condé Nast, também estiveram lá.

CURTO-CIRCUITO

A 4ª edição da Art Weekend abre sua

programação com ciclo de debates. Nesta sexta

(8), no Cubo JK Iguatemi, às 17h.

Tostado Café Club, cafeteria argentina, abre sua

primeira unidade no Brasil. Hoje, no shopping

West Plaza.

A Veloe é uma das patrocinadoras oficiais do

Carnaval de Salvador 2020.

A Veloe é uma das patrocinadoras oficiais do

Carnaval de Salvador 2020.

A galeria Simone Cadinelli Arte Contemporânea

apresenta Claudio Tobinaga, Gabriela Noujaim e

Roberta Carvalho. Até o dia 10.

Mônica Bergamo

Jornalista e colunista.

https://www1.folha.uol.com.br/colunas/monicabe

rgamo/2019/11/deltan-dallagnol-deve-ser-

julgado-pelo-cnmp-na-terca.shtml

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Grupo de Comunicação

ESTADÃO O megaleilão do pré-sal

O fato de o governo admitir mudanças nas regras

é o reconhecimento de que os resultados

causaram alguma frustração

Notas & Informações, O Estado de S.Paulo

Embora o presidente Jair Bolsonaro tenha

reiterado ontem que o megaleilão do pré-sal

realizado na véspera foi um sucesso – “foi o

maior leilão do mundo até o momento” –, o fato

de a área técnica do governo admitir a

necessidade de mudanças nas regras para os

próximos leilões é o reconhecimento de que os

resultados causaram alguma frustração.

O leilão de excedentes da cessão onerosa do pré-

sal foi, de fato, “o maior leilão” do mundo na

área de petróleo e permitiu ao governo levantar

R$ 69,9 bilhões, recursos que serão repartidos

entre a União, Estados, municípios e a própria

Petrobrás, a grande interessada no negócio. A

despeito de suas dimensões, o valor alcançado é

bem inferior aos R$ 106,5 bilhões previstos pelo

governo. Não houve disputa, pois as gigantes

globais do setor não fizeram ofertas, apenas duas

das quatro áreas foram arrematadas (pelo valor

mínimo) e tudo dependeu da Petrobrás,

responsável por praticamente 90% do valor da

operação (a estatal atuou em sociedade com

duas companhias chinesas).

Na 6.ª rodada de licitações de partilha, realizada

no dia seguinte, o resultado foi igualmente

frustrante. Das cinco áreas ofertadas, quatro não

receberam nenhuma oferta. Novamente a

Petrobrás foi a grande responsável, com a

participação de uma sócia minoritária também

chinesa, pelo arremate do único bloco leiloado.

O ministro de Minas e Energia, Bento

Albuquerque, admitiu que o direito concedido à

Petrobrás para que se manifeste sobre as áreas

de seu interesse e indique quais operações

pretende liderar com a participação de 30% do

capital “reduz a atratividade do certame”.

Albuquerque informou que o Ministério tem

propostas para melhorar o regime de partilha,

por meio do qual a empresa contratada divide

com a União uma determinada parcela da

produção de óleo e gás de acordo com critérios

contratuais.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, atribuiu a

esse regime a ausência das grandes companhias

no leilão de quarta-feira passada. Guedes

adiantou que o governo pode alterar as regras do

próximo leilão da área do pré-sal, utilizando o

regime de concessão. Por esse regime, a

empresa assina contrato com a União, por meio

da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e

Biocombustíveis (ANP), e fica responsável pela

exploração e produção, assumindo os riscos do

investimento e tendo a propriedade do que

descobrir e extrair.

São indicações de que novas regras serão

utilizadas nos novos leilões, que incluirão as

áreas não arrematadas nesta semana. As

mudanças poderão tornar essas áreas mais

atraentes para as operadoras globais do setor.

Além das regras, outros fatores podem ter

afastado as empresas privadas dos leilões. Não

havia clareza sobre os volumes de óleo contidos

nos excedentes (as estimativas da ANP eram de

6 bilhões a 15 bilhões de barris). Mas, sobretudo,

não havia cálculos precisos e confiáveis sobre

quanto as empresas vencedoras teriam de pagar

à Petrobrás a título de compensação financeira

pelos investimentos já realizados nas áreas de

cessão onerosa. Embora haja regras para o

cálculo dessa compensação, o número final terá

de ser negociado pela empresa vencedora com a

estatal.

Igualmente pouco atraente foi o valor do bônus

de assinatura do leilão, os R$ 106,5 bilhões

esperados pelo governo, o que, para alguns

analistas, indicava um apetite fiscal exagerado.

Se o resultado fosse o esperado, uma parcela de

R$ 70,77 bilhões seria paga ainda em 2019; a

outra, de R$ 35,79 bilhões, em 2020. Isso

ajudaria a melhorar substancialmente, e de

imediato, as contas públicas. O resultado

alcançado com o leilão forçará o governo a rever

suas projeções para a política fiscal. Haverá mais

dificuldades do que as previstas para gerir as

contas públicas no ano que vem.

Tudo isso se somou a um período em que boa

parte das gigantes do setor de petróleo ainda

digere os grandes investimentos realizados nos

últimos anos em exploração offshore. Os

resultados desses investimentos estão atrasados

ou são escassos, impondo maior rigor na

definição de novos planos.

https://opiniao.estadao.com.br/noticias/notas-e-

informacoes,o-megaleilao-do-pre-

sal,70003080594

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Grupo de Comunicação

Meio ambiente, clima e soberania nacional

Os desastres deste ano bastarão para reverter a

tolerância à política ambiental de Bolsonaro?

Lourdes Sola e Eduardo Viola*, Impresso

A questão climático-ambiental , como se sabe, é

uma das definidoras do nosso tempo. Dessa

perspectiva, 2019 representa para o Brasil o que

os teólogos qualificavam de annus horribilis:

Brumadinho em janeiro, desmatamento e

queimadas extraordinárias na Amazônia de julho

a setembro; derramamento de óleo nas praias e

reservas da vida marinha do Nordeste. Além de

suas dimensões humanitária e civilizatória, de

seu impacto internacional, esses episódios

trazem à luz as fraturas, agora expostas, da

nossa economia política.

Quer dizer, o conflito de interesses que compõe a

atual coalizão governamental; os déficits de

nossos instituições de controle e de prestação de

contas; a preeminência das ideias retrógradas,

hostis ao saber científico e pautadas por um

conceito de soberania limitado. Embora tenham

caráter sistêmico, é a questão climático-

ambiental que imprime sentido de urgência à

melhor compreensão dos desafios envolvidos

também da perspectiva das ciências sociais. Isso

obriga a dar conta das contradições e dos

paradoxos do quadro atual. É esse o propósito

deste artigo, parte de um projeto de pesquisa

abrangente sobre as conjunturas críticas do

século 21 no País.

Brumadinho, que nada tem que ver com o atual

governo, na ocasião recém-empossado,

evidenciou a escala da promiscuidade entre a

Vale e os órgãos reguladores e fiscalizadores.

Diante da tragédia, a atenção da opinião pública

dirigida à questão ambiental, até então

declinante em decorrência das crises econômica

e política (fenômeno comum em outros países),

ganhou novo impulso. E com ela, a percepção

dos riscos associados à exploração de minérios,

as demandas por adoção de tecnologias mais

adequadas e a contestação legal das relações

simbióticas entre o setor privado e os órgãos

oficiais.

O recrudescimento do desmatamento na

Amazônia suscita outras questões, a começar

pela noção de soberania implícita no discurso e

nas práticas do governo – em contraste com a

que caracterizou a postura do Estado brasileiro

desde início dos anos 1990. Ao assumir a

responsabilidade de proteger um ecossistema

que tem impacto no clima global, o Estado

brasileiro marcava sua adesão a um conceito de

soberania pautado pela emergência dos novos

problemas globais: mudança climática, crime

transnacional, risco de pandemias, etc. A partir

de 2005, as políticas ativas de redução de

desmatamento e de implantação do Estado do

Direito na região buscaram incorporar esse

conceito. Ao mesmo tempo, buscava-se cumprir

as tarefas, ainda pendentes, associadas à

concepção de soberania adotada pelas

democracias no século passado: controle do

território, vigência do império da lei em toda a

sua extensão, monopólio da violência. Nesse

contexto, não há como desconhecer a

complexidade de um dos principais desafios de

governança democrática hoje: levar a cabo,

simultaneamente, as políticas que garantem o

exercício da soberania nacional nas duas

acepções, a do século 20 e a do 21.

O ideário do governo Bolsonaro, seu discurso

negativo sobre a proteção do ambiente, a

narrativa negacionista dos consensos científicos

sobre a mudança climática combinaram-se à

política de enfraquecimento dos órgãos

ambientais. Trata-se de uma síndrome regressiva

aos tempos em que o Brasil se convertera em

vilão da causa ambiental. E de incentivo ao

desmatamento por grupos criminosos que

operam na região há décadas: com a

cumplicidade dos seus beneficiários, os setores

pautados pela concepção de desenvolvimento

que caracterizou a modernização social e

ecologicamente ultraconservadora do Brasil rural.

No âmbito internacional, é sintomático o fato de

que as críticas de atores estatais e não estatais

derivam do mundo democrático, enquanto o

governo chinês se revelava solidário – escudado

como é numa concepção tradicional da soberania

, que o protege das críticas às sistemáticas

violações de direitos humanos.

A deterioração da Amazônia , porém, suscita

questões mais abrangentes sobre os processos

transformadores que caracterizam a nossa

economia política. Quais as bases sociais e os

critérios de legitimação que servem de suporte às

políticas em curso, de um governo eleito

legitimamente? Até que ponto as preferências da

sociedade brasileira autorizam a narrativa

climática negacionista, em contraposição ao

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papel que exerceu no período anterior às crises

econômica e política, quando setores

fundamentais das elites e da opinião pública

alavancaram a adesão do Estado brasileiro ao

conceito de soberania do século 21 – e também o

desempenho eleitoral de Marina? Como situar

uma retórica que está na contramão dos

interesses economicamente dominantes do

capitalismo brasileiro, particularmente os do

agronegócio? Serão suficientes tais desastres

para reverter a atitude tolerante do núcleo

dinâmico do capitalismo brasileiro à política

ambiental de Bolsonaro?

As críticas europeias ativaram uma reação

nacionalista entre os militares, em contraste com

os avanços desses atores na compreensão da

questão climático-ambiental, com a sua presença

solidária na região e com a participação ativa de

seus quadros na contenção de outros desastres,

como o da Amazônia Azul. Será isso um indicador

de mudança substantiva, moldada por um

soberanismo datado?

Para registrar nosso viés de esperança, há sinais

de que as tragédias ambientais deste ano

contribuem para resgatar as preferências da

sociedade por uma concepção de soberania

compatível com os desafios do século 21 –

aquela que mira também o interesse geral da

humanidade. A intensa mobilização das energias

sociais, nas várias frentes que participam do

combate ao derramamento de óleo no Nordeste –

voluntariado, governadores, Ministério Públicos

locais, comunidade científica, ONGs, militares –

atesta isso.

*Respectivamente, cientista política,

pesquisadora sênior da USP, foi presidente da

associação internacional de ciência política; e

professor de relações internacionais da

Universidade de Brasília

https://opiniao.estadao.com.br/noticias/espaco-

aberto,meio-ambiente-clima-e-soberania-

nacional,70003080654

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Governo avalia mudar regras para o pré-sal

após novo leilão sem disputa

De cinco blocos oferecidos, só um foi arrematado

pela Petrobrás, em associação com estatal

chinesa

Denise Luna, Fernanda Nunes e Mariana Durão,

Pelo segundo dia consecutivo, as grandes

petroleiras estrangeiras sumiram do leilão de

áreas de petróleo promovido pelo governo

brasileiro. A ausência foi entendida por

autoridades e analistas como um recado de que o

atual modelo se esgotou.

Os leilões desta semana seguiram o regime de

partilha, que foi duramente criticado pelo

ministro da Economia, Paulo Guedes. A intenção,

segundo ele, é adotar também nas áreas de

petróleo do pré-sal o regime de concessão,

utilizado no Brasil desde 1999 para a venda de

blocos localizados na camada pós-sal.

“Entendemos o recado e podemos pensar em

rever preços ou mudar para concessão”, disse.

No modelo de partilha, a Petrobrás tem direito de

preferência em todas as áreas no limite de até

30% de participação e vence a disputa quem

oferecer um porcentual de óleo maior para a

União. Já no regime de concessão, a estatal

perde esse privilégio e ganha quem oferecer o

maior lance em dinheiro.

Mesmo tendo exercido ontem seu direito de

preferência no leilão em três dos cinco blocos

ofertados, a Petrobrás comprou, em conjunto

com a chinesa CNODC, apenas o bloco de Aram,

o maior e mais caro da rodada. As duas

empresas vão pagar R$ 5,05 bilhões pela área e

foram as únicas, das 17 habilitadas, a participar

da 6.ª Rodada de Partilha de Produção.

Surpresa

A falta de concorrência surpreendeu o diretor-

geral da ANP, Décio Oddone, que dava como

certa a venda de pelo menos três dos cinco

blocos. “Queria que o leilão tivesse tido mais

competitividade. Fui surpreendido pelo fato de a

Petrobrás não ter exercido seu direito de

preferência em três áreas? Sim”, afirmou,

reforçando o coro para mudanças nas regras

para atrair mais concorrência.

Segundo Oddone, chegou ao fim a “era dos

bônus bilionários”, já que as áreas nobres do

pré-sal estão se esgotando e os leilões terão de

partir para novas fronteiras, onde o risco do

produtor é maior e, por isso, o valor cobrado

(bônus de assinatura) terá de ser menor.

Para Guedes, o regime de partilha é uma

“herança institucional ruim” de governos

passados. “Conversamos cinco anos sobre cessão

onerosa e, no fim, deu “no show”, vendemos

para nós mesmos”, reclamou, referindo-se ao

fato de a Petrobrás ter sido a única compradora

expressiva nos dois leilões realizados esta

semana: do Excedente da Cessão Onerosa e a 6ª

Rodada de Partilha de Produção.

“Com esse modelo de partilha não tem leilão. O

que a Petrobrás quer, ela leva. O que sobra, fica

com as demais. As concorrentes só levam se

fizerem consórcio (com a Petrobrás)”, disse o ex-

diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo,

Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e consultor

David Zylberstajn.

Para analistas, os R$ 5,050 bilhões do leilão de

ontem somados aos R$ 69,9 bilhões do

megaleilão de quarta-feira são um saldo positivo,

mas que poderia ter sido muito melhor. Somente

este ano, o governo já arrecadou R$ 85 bilhões

em leilões de petróleo, o que vai levar à redução

expressiva do déficit fiscal.

Guru informal de Paulo Guedes, o professor

Carlos Langoni, diretor do Centro de Economia

Mundial (CEM) da Fundação Getúlio Vargas (FGV)

e ex-presidente do Banco Central (BC), também

atribuiu a questões regulatórias o fracasso dos

leilões.

“Para os megainvestimentos, como são esses do

excedente da cessão onerosa, faz diferença, sim,

a questão de concessão versus partilha. Talvez (a

falta de lances) tenha sido um sinal interessante

para chamar a atenção de que precisamos

continuar avançando. Assim como flexibilizamos

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a questão do operador único (na regra original,

só a Petrobrás podia operar) e do conteúdo local,

falta rever essa questão da partilha, que é um

modelo ineficiente”, afirmou Langoni.

A mudança regulatória para o pré-sal já era alvo

de análise no Congresso Nacional antes mesmo

da realização dos dois leilões do pré-sal. Com o

resultado negativo, ganhou força a ideia de

alterar as regras. / COLABORARAM VINICIUS

NEDER E EDUARDO RODRIGUES

https://economia.estadao.com.br/noticias/geral,

governo-avalia-mudar-regras-para-o-pre-sal-

apos-novo-leilao-sem-disputa,70003081079

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‘A Petrobrás não quer privilégio ou

preferência’

Para executivo, falta de interesse de investidor

pode ter sido causada pelo sistema regulatório

complicado do País

Entrevista com Roberto Castello Branco,

presidente da Petrobrás

Mariana Durão, O Estado de S.Paulo

RIO - O sistema regulatório do Brasil é

complicado e isso acaba pesando na avaliação de

qualquer companhia, disse ao Estadão/Broadcast

o presidente da Petrobrás, Roberto Castello

Branco, ao ser questionado sobre o motivo da

ausência das grandes petroleiras internacionais

no leilão do excedente da cessão onerosa e na

6.ª Rodada de Partilha de Produção.

O executivo afirma que a Petrobrás não quer ter

nenhum privilégio ou preferência e que “abomina

monopólios”. A incerteza sobre a compensação

financeira a ser paga à Petrobrás foi apontada

como um dos motivos do escasso interesse no

leilão da cessão onerosa. “Temos de ter um

ambiente mais pró-mercado”, defendeu,

afirmando que concorda com o ministro da

Economia, Paulo Guedes, para quem o modelo de

partilha adotado no pré-sal brasileiro é uma

herança institucional ruim.

Como o sr. avalia o resultado do leilão de hoje

(ontem)?

Por lei, a Petrobrás é obrigada a manifestar com

antecedência se tem interesse no bloco X, Y ou

Z. Isso não significa que a Petrobrás vai fazer

uma proposta, porque depende de uma avaliação

criteriosa. Achamos que o ativo mais atrativo em

termos de risco e retorno era o campo de Aram.

E os outros blocos em que a Petrobrás

manifestou interesse?

Nos outros, mesmo que mais alguém

manifestasse interesse não iríamos exercer o

direito de preferência (em Norte de Brava e

Sudoeste de Sagitário). Aliás, a Petrobrás não

quer nenhum privilégio, nenhuma preferência.

Ela abomina monopólios e o exemplo disso é que

estamos vendendo 50% do nosso parque de

refino e nos comprometemos com o governo em

sair totalmente da distribuição e transporte de

gás, reduzindo nossa participação como

compradores de gás de outras fontes.

Como o sr. interpreta a ausência das grandes

petroleiras internacionais nos leilões do pré-sal?

Isso é um recado sobre o modelo ou o problema

são os ativos?

Em geral são ativos bons. Talvez tenha sido toda

a complicação que é o sistema regulatório no

Brasil. Isso deverá fazer com que o governo

reflita sobre a estrutura regulatória e resolva

mudá-la. O Brasil é muito complicado e essas

complicações não existem em outros lugares.

Você vai para a Guiana, que tem bons ativos no

fundo do mar, não tem nenhuma complicação

(regulatória). Vai para os Estados Unidos, no

shale gas, não tem conteúdo local, regime de

partilha, PPSA, cessão onerosa, preferência para

uma empresa. Isso acaba pesando na avaliação

de qualquer companhia.

O que precisa mudar?

Somos a favor da simplificação. Agora, a decisão

é do governo. Petrobrás não é governo.

O sr. concorda com a declaração do ministro

Paulo Guedes (Economia) de que o modelo de

partilha é uma “herança institucional ruim”?

Sim, concordo. Como falei, as coisas que

funcionam bem são as coisas simples. O mercado

não gosta de coisas complicadas. O Brasil tem

riquezas minerais muito valiosas, o que é uma

condição necessária para atrair investimentos,

mas não suficientes. Temos de ter uma ambiente

mais pró-mercado.

O diretor de Exploração e Produção da Petrobrás

mencionou que a estatal pode usar linhas de

financiamento para arcar com o custo dos leilões.

Pode dar detalhes?

Isso é questão interna. Posso dizer que vamos

chegar ao fim do ano com o mesmo

endividamento de setembro. Não vamos

aumentar em nem mais um dólar a dívida.

https://economia.estadao.com.br/noticias/geral,a

-petrobras-nao-quer-privilegio-ou-

preferencia,70003080676

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Sonia Racy: Direto da Fonte

Briga na Jovem Pan põe Nunes e Gleenwald no

topo do Google

Os nomes de Augusto Nunes e Glenn Greenwald

ficaram entre os assuntos mais buscados do dia

ontem no Google, quando os dois

protagonizaram uma briga no programa Pânico,

da Jovem Pan. Augusto teve picos de visita

aumentados em 100% às 13h24, logo após o

episódio, e a busca pelo nome de Glenn

aumentou em 26%.

Casos do gênero

são raros…

Poucas vezes uma discussão entre jornalista e

entrevistado chegou às vias de fato. Episódios

parecidos aconteceram entre João Gordo e Dado

Dolabella no programa de João na MTV, em

2003, e entre Jorge Kajuru e o boxeador

Marinho, em 2004.

…e ficaram

no bate-boca

Bate-bocas pesados – mas sem contato físico –

lembrados ontem incluem um desentendimento

sério entre Cacá Rosset e Clodovil em 2005, no

Show do Tom (Cavalcanti) na TV Record, outro

de Brizola e Paulo Maluf, em debate presidencial

de 1989 e uma provocação de Oswaldo

Sargentelli que enfureceu Adhemar de Barros, na

TV Tupi nos anos 60.

Quanto custa uma CPI

para o contribuinte

Quem vai depor em uma Comissão Parlamentar

de Inquérito e não mora em Brasília recebe diária

de R$ 531,44, incluindo pernoite. O valor é o

mesmo tanto para um convocado – quando é

obrigado a depor –, quanto um convidado. Sem

pernoite, a verba cai pela metade.

Nos dois casos há um “adicional de embarque”,

mas o total não pode ultrapassar R$ 700.

Quando a CPI é Mista, como é o caso da Fake

News, quem paga é o Senado.

Comprar casa é

para quem pode

Pesquisa da Ipsos aponta que 58% das pessoas –

3 em cada 5 –, nos 20 países consultados, dizem

não ter capacidade para comprar uma casa em

seu país. No Brasil, essa média chega a 61%.

Ainda assim, na lista dos mais otimistas com o

futuro, o Peru chega a 80%, o Brasil tem 79% e

a Argentina, 78%. Em outros continentes, Arábia

Saudita tem 73% e Índia, 72%. O estudo ouviu

20.448 pessoas em 29 países.

A corrida dos

futuros advogados

O Mestrado em Direito da Uninove recebe neste

sábado, 9, mais de 1.800 candidatos, de todos os

27 Estados do Brasil, para o seu processo

seletivo. Trata-se do maior processo do gênero

na história do País, de um Mestrado em Direito. A

relação é de 56 candidatos por vaga.

Brasileiro do Royal Ballet

vem dançar Dom Quixote

Thiago Soares, que dançou 15 anos no Royal

London Ballet, chega hoje a SP e começa a

ensaiar com o grupo Paula de Castro. Vai dançar

a Suíte de Dom Quixote, dia 21, no Teatro Alfa.

Eterno Rappa é

atração em Noronha

Marcelo Falcão está em Noronha, onde será

anunciado hoje pelo administrador, Guilherme

Rocha, como atração do Réveillon oficial da ilha.

Rádio Saracura

abre os arquivos

A rádio comunitária Saracura, do Bixiga, liberou

em sua plataforma todas as gravações de 2019.

Incluindo conversas sobre o impacto dos rios

canalizados da região, aves do bairro e o Museu

Mumbi, reaberto ano passado.

https://cultura.estadao.com.br/blogs/direto-da-

fonte/91599-2/

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Descobrir origem e destinar corretamente o

óleo das praias é urgente

Francisco Oliveira*

Mais do que um acidente trágico, o

derramamento de óleo nas praias do Nordeste é

um crime ambiental que tem perdurado por,

aproximadamente, dois meses — o maior já

registrado no país. Com mais de 240 locais

atingidos pelos resíduos de petróleo, sendo 92

municípios, a situação afeta a vida animal, de

moradores locais, sem contar o prejuízo

econômico para as regiões que dependem da

pesca e do turismo.

Além disso, uma substância é encontrada no

petróleo – que é um combustível fóssil –

chamado benzeno. Ele é extremamente tóxico e

mesmo que as placas de óleo sejam retiradas das

praias e não se possa mais vê-las, não significa

que esses componentes químicos não estejam

mais na água. Se houver mais de 0,7 mg da

substância por litro de água, ela fica imprópria

para banho e pesca. E sempre há a possibilidade

de um quadro ainda pior. Quanto mais o tempo

passa sem solução, mais caminhamos para essa

opção.

Apesar das investigações conduzidas pela

Marinha, ainda não se sabe o que ocasionou o

derramamento. As especulações vão desde

navios fantasmas vindos da Venezuela sejam os

responsáveis, até uma nova possível causa

apontada Laboratório de Análise e Processamento

de Imagens de Satélites (Lapis), vinculado à

Universidade Federal de Alagoas, de que a

poluição é fruto de grande vazamento em minas

de petróleo ou da região do Pré-Sal.

Mas enquanto não se encontram culpados e,

consequentemente, soluções, a população não

deve entrar em contato com o óleo sem o

equipamento de proteção. Já há relatos de

voluntários com intoxicações após contato direto

com a substância. É preciso limitar a área de

pesca e utilizar máscaras que contenham filtros

de qualidade para se proteger desses gases e

não apenas protetores de nariz como é visto. E

não é recomendado utilizar bermudas para entrar

no mar, coloquem calças e botas. O estrago já

está bem grande, mas pode piorar.

Até porque, para além dessas questões, há ainda

algo urgente que deve ser pensando: o descarte

desse óleo. De acordo com guia público de boas

práticas para a limpeza de locais contaminados,

da Federação Internacional de Poluição por

Petroleiros (ITOPF, na sigla em inglês), esses

resíduos devem ser armazenados em sacolas

resistentes, ao contrário do que está ocorrendo

em diversos locais afetados, em que sacolas

arrebentam e podendo gerar contaminação

secundária ainda na praia ou no transporte.

A recomendação é que se use sacolas de

borracha, podem até ser reutilizadas sacolas de

fertilizantes. E que depois elas sejam colocadas

em cima de mantas de plástico para não

contaminar a areia ou o local de armazenamento.

As alternativas para concluir esse processo

também são imprescindíveis para evitar

problemas, ainda, maiores, como dar um fim

adequado ao material recolhido diariamente nas

praias brasileiras. Algumas estão em voga além

da incineração, que libera gases que afetam o

meio ambiente e podem provocar até chuva

ácida e efeito estufa. Em Pernambuco, o material

está sento transformado em um resíduo que

alimenta os fornos das fábricas de cimento.

Já pesquisadores do Instituto de Química da

Universidade Federal da Bahia (UFBA), estão

transformando o petróleo cru em carvão. Num

processo que, para cada 20 quilos de petróleo

cru, utiliza 200 ml de removedor de esmalte,

álcool comercial 99% e dois quilos de pó de

serragem.

Encontrar, logo, a origem, evitar a repetição da

contaminação, limpar e destinar corretamente

esses resíduos pode decidir como será a vida de

milhões de brasileiros, talvez, de todos nós.

*Francisco Oliveira é engenheiro civil e mestre

em Mecânica dos Solos, Fundações, Geotecnia e

fundador da FRAL Consultoria

https://politica.estadao.com.br/blogs/fausto-

macedo/descobrir-origem-e-destinar-corretamente-o-oleo-

das-praias-e-urgente/ Voltar ao Sumário

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Política ambiental na contramão

Mônica Sodré

*Texto escrito em coautoria com Vivianny Kelly

Galvão, advogada, doutora em ciências jurídicas

e professora de direitos humanos do Programa

de Pós-Graduação em Sociedade, Tecnologias e

Políticas Públicas da Unit/Alagoas.

Uma mancha viscosa passou a fazer parte da

paisagem das costas nordestinas. Os primeiros

dias de peregrinação daqueles que sobrevivem

da tentativa de equilíbrio da relação ser

humano/meio ambiente foram marcados pelo

silêncio dos órgãos oficiais e, sem saber ao certo

como agir, a população se expõe a materiais

tóxicos enquanto aguarda a presença do Estado,

fazendo o que pode com o que tem.

No campo das questões ambientais, o tempo de

ação e reação rege a diferença entre acidentes e

catástrofes. Raramente, os danos ambientais

são, de fato, reparáveis, ou seja, dificilmente

conseguem devolver à natureza o status quo

anterior ao prejuízo e, em geral, lidamos apenas

com compensações de caráter indenizatório.

Essa lógica é facilmente observada na estrutura

normativa criada em nível internacional e interno

que preveem e reforçam a criação de Planos de

Ação. No caso do vazamento de óleo no

Nordeste, as diretrizes para a criação um sistema

nacional, capaz de responder pronta e

efetivamente a incidentes de poluição por óleo

estão na Convenção Internacional sobre

Preparação, Resposta e Cooperação em Poluição

por Óleo (OPRC/1990), promulgada pelo Decreto

nº 2.870/1998. Nela, o Brasil compartilha

caminhos para ampliar a capacidade de resposta,

procedimentos para comunicação de emergência

etc.

O aparecimento das manchas já justificaria o

imediato acionamento do Plano Nacional de

Contingência, criado com base nos compromissos

da OPRC. Entre a notícia dos primeiros episódios,

amplamente divulgados graças às redes sociais,

e a atuação do Grupo de Acompanhamento e

Avaliação (GAA) que, segundo o Plano, deve

dimensionar a significância do incidente, o tempo

se vestiu de demora na tomada de decisões.

Há questões que exigem do Estado uma

proatividade que ultrapassa a dúvida entre agir e

não agir. Incidentes ambientais estão no topo

dessa lista, mesmo diante da incerteza do que

está acontecendo e da existência de informações

incompletas sobre suas causas.

As consequências do lapso na tomada de decisão

e acionamento do PNC, ainda que tenha sido

noticiado pelo GAA que a situação apresenta

melhora, só serão mensuradas quando do estudo

dos impactos ambientais e sobre a saúde das

pessoas que, sem equipamento e informações

adequados, lutaram contra a mancha que, após

40 dias, já atinge 350 localidades em 9 estados.

As consequências e os resquícios da

contaminação tendem a permanecer muito

tempo depois de o problema ter sido,

visualmente, resolvido.

Diante da sucessão dos acontecimentos,

assistimos a um protagonismo do Parlamento

brasileiro, liderado a partir da ação de membros

da Rede de Ação Política pela Sustentabilidade –

RAPS. No Senado Federal, Alessandro Vieira

(Cidadania/SE) conseguiu antecipar junto ao

Ministério da Agricultura a liberação de seguro

emergencial para as populações atingidas, como

pescadores.

Os senadores Randolfe Rodrigues (REDE/AP) e

Leila Barros (PSB/DF), por sua vez, têm

protagonizado os debates sobre

responsabilidades e a defesa de penas mais

severas no caso de grandes tragédias

ambientais, e estiveram diretamente envolvidos

na aprovação recente do endurecimento da

Política Nacional de Segurança de Barragens

(PNSB). Na Câmara dos Deputados, João Campos

(PSB/PE) protocolou pedido de abertura de uma

Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), no

intuito de identificar os responsáveis pelo

vazamento de óleo. Foi ele também o autor do

requerimento que convidou, na data de ontem, o

Ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, a falar

à Comissão de Trabalho, Administração e Serviço

Público. Questionado por suposta demora e

omissão na reação, o Ministro afirmou que o

Governo Federal trabalha em duas frentes: na

contenção das manchas e na investigação para

se chegar à origem do vazamento. Afirmou ainda

que o potencial de ação frente ao problema é

reduzido por haver herdado um “Estado

quebrado”, responsabilidade dos governos

anteriores, em especial o do Partido dos

Trabalhadores.

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Grupo de Comunicação

As explicações do Ministro na data de ontem

coincidiram com a revogação, pelo presidente

Jair Bolsonaro, do Decreto 6.961/2009, que há

cerca de uma década protegia a Amazônia e o

entorno do Pantanal da expansão da cana de

açúcar. O zoneamento da cana era um dos

principais diferenciais competitivos do

biocombustível brasileiro.

Esses e outros episódios têm auxiliado,

gradativamente, a colocar a pauta ambiental no

centro do debate político do país, sobretudo após

o desastre de Brumadinho em janeiro e as

queimadas que atingiram a Amazônia em agosto.

Somado a isso, também assistimos ao longo

desse ano o bloqueio de 95% dos recursos do

Mistério do Meio Ambiente, destinados à

adaptação e mitigação à mudança climática, às

mudanças no Fundo Amazônia, a potencial

exploração de petróleo em Abrolhos e às

tentativas sucessivas de alteração no Código

Florestal.

Sabemos que ações do passado, tais como as

alegadas pelo Ministro, podem ajudar a justificar

resultados colhidos no presente. Não fica claro,

no entanto, como os cortes orçamentários e a

atual política ambiental na contramão do mundo

serão capazes de resolver nossos problemas, os

do presente e os do futuro.

https://politica.estadao.com.br/blogs/legis-

ativo/politica-ambiental-na-contramao/

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VALOR ECONÔMICO Em duas tacadas, Copagaz vira líder em

distribuição de GLP

Com duas transações acionárias relevantes e

vinculadas, a distribuidora Copagaz se tornou a

líder do mercado brasileiro de gás liquefeito de

petróleo (GLP). A primeira operação foi a venda

de participação de 49% para a empresa de

investimentos Itaúsa, aumentando a musculatura

da companhia para a disputa pela Liquigás, que

pertencia à Petrobras. Em consórcio com a

Nacional Gás Butano, a Copagaz fortalecida

comprou a Liquigás por R$ 3,7 bilhões - e sua

participação de mercado saltou de 8,7% para

25,5% (considerando a proporção do consórcio).

A entrada da Itaúsa no capital da Copagaz está

condicionada à aprovação da aquisição da

Liquigás, apurou o Valor. A negociação com a

Petrobras inclui uma taxa de insucesso (“break-

up fee”, no jargão do mercado) de 10% do valor

da transação - caso não haja aprovação

regulatória, por exemplo. A entrada da Nacional

Gás no consórcio foi justamente um “remédio”

para evitar qualquer empecilho na aprovação do

negócio, conforme as fontes.

Essa precaução se deve à reprovação, em 2017,

da venda da Liquigás para a então líder do

mercado, a Ultragaz. Com o veto do Cade, a

Ultragaz teve que pagar a multa de insucesso - à

época, de R$ 280 milhões, correspondente a

10% do valor da transação. “No fim das contas,

com esse veto há dois anos, a Petrobras trocou

uma transação de R$ 2,8 bilhões por R$ 4

bilhões”, diz um executivo, considerando a soma

da taxa recebida no passado com o valor da

negociação atual.

A conclusão da venda da Liquigás será no ano

que vem, afirmam duas fontes. Dentro de uma

semana, a Petrobras deve submeter a venda ao

conselho de administração e então as empresas

assinarão contrato. A partir daí, a operação será

submetida ao Conselho Administrativo de Defesa

Econômica (Cade). “Com esse processo, o

‘closing’ será certamente no ano que vem”, diz

um executivo. “Na estimativa mais otimista, será

entre junho e julho e, na pessimista, em

dezembro”, complementa outra fonte.

O pagamento será à vista, nesta etapa final, com

o dinheiro indo direto para o caixa da Petrobras.

O consórcio já tem financiamento bancário para

esse pagamento, firmado em sindicato de

Bradesco e Itaú, apurou o Valor.

A estimativa é que o lucro antes de juros,

impostos, depreciação e amortização (Ebitda)

combinado da empresa líder ficará na casa de R$

350 milhões. As empresas projetam

principalmente ganhos de sinergia operacional.

“Não é sinergia comercial, uma vez que esse

segmento já é bastante competitivo, mas

operacional e administrativa”, diz um executivo.

“A combinação operacional permite ganho de

logística, por exemplo, já que elas têm diferentes

bases de distribuição e armazenamento de

botijão”, complementou.

O Valor apurou que a BR Partners assessorou a

Copagaz na transação, enquanto a One Partners

assessorou a Itaúsa. A Nacional Gas negociou

diretamente. O Santander assessorou a

Petrobras.

As companhias definiram que vão manter a

marca Liquigás, que é mais forte do que a das

compradoras em algumas regiões. De acordo

com uma fonte, a logomarca da Liquigás

precisará ser alterada, uma vez que a Petrobras

exige mudança das cores - para não remeter à

estatal e confundir o consumidor final.

Quando a transação voltou a mercado, após o

veto do Cade, estimava-se que o preço oferecido

pela Ultragaz seria o teto para os novos lances.

Uma fonte explica, no entanto, que a mudança

de contexto - com melhora econômica em

relação há dois anos - e o barateamento de

funding ajudaram a subir o valor. Além disso,

para este consórcio, as potenciais sinergias

também são altas. O fundo árabe Mubadala e a

distribuidora Consigaz também disputavam a

Liquigás.

https://valor.globo.com/empresas/noticia/2019/1

1/08/em-duas-tacadas-copagaz-vira-lider-em-

distribuicao-de-glp.ghtml

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Data: 08/11/2019

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Grupo de Comunicação

Receita de petróleo eleva resultado primário

Arrecadação com leilões praticamente zera

diferença entre despesa autorizada e teto de

gastos

O dinheiro extra do petróleo dos dois leilões

realizados nos últimos dias permitirá ao governo

praticamente zerar a diferença que hoje existe

entre a despesa autorizada e o limite total

definido pelo teto de gastos e ainda ajudará no

aumento do resultado primário do governo

central neste ano.

A União terá cerca de R$ 17 bilhões a mais de

receitas, após dividir com Estados e municípios

um terço da arrecadação extra deste ano com o

leilão da área da cessão onerosa.

Para 2020, o cenário fiscal também pode acabar

sendo melhor com os leilões de petróleo. Isso

porque o governo quer tentar de novo leiloar as

áreas da cessão onerosa que deram “vazio”,

inclusive mudando o modelo de partilha para

concessão.

No sistema atual, a receita esperada com os

blocos de Sépia e Atapu era de R$ 36,6 bilhões.

No regime de concessão, o pagamento inicial

pode ser maior, embora seja cedo para apostar

em valores, até porque os dois campos não

tiveram interessados.

Voltando a 2019, o nível atual de

contingenciamento do Orçamento federal está na

casa dos R$ 15 bilhões, após duas liberações

seguidas de espaço fiscal, em setembro e

outubro (essa última feita de modo

extraordinário). Conforme explicou fonte do

governo ao Valor, do saldo bloqueado, R$ 9,5

bilhões são de despesas que estavam

programadas para capitalização de empresas

estatais. A diferença é de gastos sujeitos ao teto

constitucional que estavam travados e que agora

poderão ser totalmente autorizados.

Já as despesas de capitalização devem ser

apenas parcialmente descontigenciadas, para

injetar entre R$ 2 bilhões e R$ 4 bilhões na

Emgeprom, estatal ligada à Marinha, segundo a

mesma fonte. Assim, sobrariam entre R$ 5

bilhões e R$ 8 bilhões para reforçar o resultado

primário no fechamento do ano.

Vale lembrar ainda que o governo já trabalha

com a possibilidade de cerca de R$ 15 bilhões em

despesas autorizadas, mas não pagas, por causa

do chamado “empoçamento”.

É nesse contexto que se insere a expectativa de

que o resultado primário do governo central

ficará entre R$ 80 bilhões e R$ 85 bilhões, o que,

contudo, depende de outras variáveis ainda não

conhecidas, como a performance das receitas

administradas no fim do ano, repasse de

dividendos de estatais e o comportamento da

execução orçamentária, já que boa parte da

liberação de espaço fiscal ocorreu mais

recentemente, dando menos tempo para os

gestores das áreas finalísticas pagarem as

despesas contratadas.

A meta fiscal do governo central é de déficit

primário de R$ 139 bilhões. No acumulado em 12

meses até setembro, contudo, o resultado efetivo

das contas é de saldo negativo em R$ 102,8

bilhões.

O dinheiro do petróleo só entrará no caixa do

Tesouro no fim do dezembro. Por isso, o governo

não deve liberar toda a despesa contingenciada

que estava aprovada para capitalização de

empresas. Além disso, o governo considera que

não há necessidade de fazer todo esse gasto com

estatais neste momento.

No próximo dia 22, a equipe econômica divulgará

novo relatório de receitas e despesas,

apresentando suas novas projeções, já

incorporando totalmente os R$ 75 bilhões que

serão arrecadados com os leilões, incluindo as

premissas de pagamentos à Petrobras (R$ 34

bilhões) e transferência a Estados e municípios.

https://valor.globo.com/brasil/noticia/2019/11/0

8/receita-de-petroleo-eleva-resultado-

primario.ghtml

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Data: 08/11/2019

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Grupo de Comunicação

Ameaças à Amazônia vão muito além das

queimadas

As ameaças à floresta amazônica vão muito além

do fogo e aumentaram depois que as queimadas

saíram de cena, em meio ao espanto

internacional causado pela omissão ativa do

governo de Jair Bolsonaro. O desmatamento

continua crescendo a ponto de tornar inviável a

meta de reduzi-lo em 80% até 2020, obrigação

assumida pelo Brasil nas Conferências do Clima.

O governo brasileiro não só não está muito

interessado nisso, como passou a trabalhar

ativamente para que a livre exploração de terras

amazônicas possa ocorrer sem entraves legais ou

barreiras de nenhuma espécie.

A Amazônia já é uma terra de ninguém, mesmo

com proteção legal existente, que é frágil, carece

de recursos, pessoal e fiscalização. Anteontem, o

presidente Jair Bolsonaro, a ministra da

Agricultura, Tereza Cristina e o ministro Paulo

Guedes, da Economia, por meio do decreto

10.084, revogaram decreto de 17 de setembro

de 2009, que estabeleceu o zoneamento

agroecológico da cana-de-açúcar e, em função

dele, normas para o financiamento do setor. O

zoneamento excluiu a possibilidade de exploração

da cultura na Amazônia, no Pantanal e na Bacia

do Alto Paraguai.

O governo julga a legislação obsoleta, mas ela foi

efetiva para afastar mais um meio de pressão

sobre a floresta e, tão importante quanto, criar

um selo verde informal para o etanol brasileiro

como alternativa bem-sucedida de energia mais

limpa e menos agressiva ao ambiente. Graças ao

decreto, apenas 144 mil hectares, ou 1,5 % da

área total plantada com cana no país, estão na

Amazônia.

A penada do governo em uma iniciativa bem-

sucedida não resultará na invasão da floresta por

vastos canaviais porque boa parte da região é

inapta para o cultivo. Mas a ocupação produtiva

nas franjas da floresta ocupada por pastagens,

por exemplo, empurrará os bois mais para dentro

da floresta, uma das linhas de frente do

desmatamento contínuo da região. A posição

oficial é deplorável do ponto de vista ambiental e

visa continuar com o desmonte legal e

institucional dos meios de proteção da Amazônia,

em nome da liberdade de produção sem freios. É

obscurantista e retrógrada, porque há uma

grande quantidade de terras disponíveis para isso

fora dos biomas protegidos.

A Amazônia tem diante de si uma ameaça maior

do que a cana, a do plantio de soja, da qual o

Brasil é o maior exportador mundial. Após contar

com o beneplácito do governo e do presidente

Jair Bolsonaro, a Associação dos Produtores de

Soja abriu campanha contra a “moratória da

soja”, um acordo feito entre a Abiove (produtores

de óleo vegetal) e 13 tradings, entre as maiores

do mundo, para que não fossem comprados e

comercializados grãos produzidos em áreas

desmatadas após 22 de julho de 2008. O estopim

para a campanha, que desembocará no Cade

contra o suposto cartel, que estaria impondo

condições aos fornecedores, parece ter sido a

ação dos organizadores da moratória para barrar

o avanço do desmatamento a partir da nova

fronteira agrícola do Matopiba (Maranhão,

Tocantins, Piaui e Bahia) e no norte do Pará.

A moratória da soja tornou-se um caso de

sucesso internacional. Na prática, a área com

soja no bioma amazônico desde 2006 mais do

que quadruplicou de 1,1 milhão para 4,66

milhões de hectares em 2018 (Valor, 7 de

novembro), mas dentro de padrões ambientais

aceitáveis. A Aprosoja argumenta que têm o

direito de desmatar até 20% da propriedade no

bioma amazônico e em 65% no Cerrado, e que

não podem ser discriminados por isso. A esse

argumento fez eco um secretário da Casa Civil,

Abelardo Lupion, que disse que era preciso

“acabar com essa palhaçada da Abiove”.

O direito ao desmate precisa ser qualificado. 12%

da soja cultivada na Amazônia e no Cerrado,

numa área de 2,6 milhões de hectares, ocorre

em imóveis sem Cadastro Ambiental Rural (Luís

Paulo Guedes e Toby Gardner, Valor, 31 de

outubro). Por pressão da bancada ruralista, foi

aprovada uma MP que acabou com o prazo legal

para esse cadastramento.

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Grupo de Comunicação

Destinar dinheiro do Fundo da Amazônia para

regularizar terras de grileiros, abrir as áreas

indígenas para mineração e outras atividades,

restringir a ação do Ibama contra madeireiros

ilegais são ações que se sucedem sem parar,

fruto de planejada e insistente intenção de pôr

fim a restrições legais à exploração privada sem

limites dos recursos naturais do país. A soja,

porém, é o carro chefe das exportações

brasileiras de commodities. O prejuízo pode ser é

severo.

https://valor.globo.com/opiniao/noticia/2019/11/

08/ameacas-a-amazonia-vao-muito-alem-das-

queimadas.ghtml

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Grupo de Comunicação

Petrobras, de novo, salva leilão do pré-sal

Depois da frustração com a falta de interesse da

iniciativa privada pelo leilão dos excedentes da

cessão onerosa, o governo colheu ontem nova

derrota, na 6ª Rodada de partilha do pré-sal. As

grandes petroleiras internacionais se ausentaram

outra vez da concorrência - contrariando a

expectativa do mercado - e apenas uma das

cinco áreas oferecidas foi negociada.

A Petrobras foi a única a arrematar um bloco em

parceira com os chineses da CNODC, assim como

ocorrido na véspera. A estatal pagou R$ 4 bilhões

pela área de Aram, na Bacia de Santos. O

resultado decepcionante do leilão de ontem, que

arrecadou, no total, R$ 5,05 bilhões,

considerando a parcela dos chineses, coloca o

atual modelo de partilha na berlinda. No total, o

leilão previa arrecadar R$ 7,8 bilhões.

Ontem mesmo, o ministro da Economia, Paulo

Guedes, atribuiu o fracasso do leilão ao regime

de partilha e defendeu a extinção do modelo de

outorga, instituído em 2010 pelo governo Lula.

Há um mosaico de fatores que ajudam a explicar

o fracasso da rodada, segundo especialistas.

Citam a falta de oportunidades para empresas

interessadas em serem operadoras, devido à

“reserva de mercado” da Petrobras no pré-sal; o

excesso de licitações no Brasil (três em um mês);

a participação ativa de multinacionais em

rodadas nos últimos anos; e as discussões sobre

a revisão da partilha, às vésperas do leilão.

Segundo duas fontes da indústria, a ausência das

multinacionais indica recado claro de que a regra

que dá à Petrobras o direito de preferência pela

aquisição dos ativos “saturou”, e precisa ser

revista. A expectativa é que o fracasso da rodada

dê munição aos defensores do fim do regime de

partilha, em um momento em que o Congresso

Nacional começa a discutir o tema. A 6ª Rodada

de partilha fez lembrar a 13ª Rodada de

concessões, de 2015, que também sofreu um

“boicote” das multinacionais - insatisfeitas com

as regras então vigentes - e que antecedeu uma

série de reformas regulatórias, para atrair

investidores, como a flexibilização da política de

conteúdo local e o fim da operação única da

Petrobras no pré-sal.

Na tentativa de encontrar explicações para a

frustração de ontem, o diretor-geral da Agência

Nacional do Petróleo (ANP), Décio Oddone, disse

que a Petrobras inibiu a concorrência, ao

manifestar previamente o interesse pela

aquisição de três áreas, mas desistir, na hora, da

compra de duas (Sudoeste de Sagitário e Norte

de Brava).

“A gente esperava que essas três áreas fossem

contratadas. Então, estou surpreendido, sim... O

que precisa, agora, é haver uma reflexão nossa

de quais as razões que levaram a Petrobras a

não ter exercido o direito de preferência quando

ela se manifestou previamente. Ao fazer isso, ela

inibiu a concorrência, porque outras companhias

poderiam se interessar em fazer oferta na

condição de operadoras”, disse Oddone, ao fim

do leilão.

Pelas regras, a Petrobras tem o direito de cobrir

qualquer oferta em caso de derrota nas áreas

pelas quais tenha manifestado previamente o

interesse. Com isso, as petroleiras se sentem

pouco estimuladas a competir pelas mesmas

áreas de interesse da estatal. Em 2018, na 4ª

Rodada, a Shell chegou a tentar e apresentou

uma oferta superior ao do consórcio liderado pela

estatal pela área de Três Marias. A brasileira,

porém, cobriu a proposta e abocanhou o ativo,

jogando a Shell, que tinha pretensão de assumir

a operação da área, para a posição de sócia

minoritária.

Entre representantes do governo, o sentimento,

nos bastidores, era de indignação com a

Petrobras, que não avisou ao mercado que

desistiria das áreas. O diretor de Exploração e

Produção da Petrobras, Carlos Alberto de

Oliveira, disse que a empresa declinou da

aquisição de Sudoeste de Sagitário e Norte de

Brava porque não conseguiu atrair sócios para

dividir investimentos. Pela primeira vez na

história das rodadas de partilha, a estatal

exerceu preferência pela compra de ativos, mas

desistiu de apresentar ofertas. O executivo disse

que a estatal havia limitado sua participação a

30% nos dois blocos preteridos, dentro de uma

avaliação de retorno e viabilidade, e não avançou

nas propostas por falta de interesse de sócios.

“Esperávamos que as companhias fizessem suas

ofertas”, afirmou Oliveira. “Nas áreas pelas quais

a gente exerce o direito de preferência, não

temos obrigação de participar. Se houvesse

manifestação de interesse de alguém, a gente

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Grupo de Comunicação

tinha a intenção de exercer o direito de

preferência no percentual solicitado de 30%”,

afirmou.

O ministro de Minas e Energia, Bento

Albuquerque, disse que manter o regime de

partilha, nos moldes de hoje, “não parece ser de

bom senso”. “O direito de preferência da

Petrobras naturalmente reduz a competitividade

do certame. Isso é claro e nós manifestamos

essa nossa visão ao Congresso Nacional, dentro

da tramitação dos projetos de lei que lá estão a

fim de aperfeiçoar o marco legal.”

Começa a ganhar corpo, em Brasília, não só a

revisão do direito de preferência da Petrobras,

mas o próprio regime de partilha. A revisão do

marco do pré-sal é assunto na pauta da indústria

de óleo e gás. O presidente da Petrobras,

Roberto Castello Branco, defendeu a extinção

desse modelo regulatório.

Pelo regime de partilha, as empresas destinam

parte do volume de óleo que produzem para a

União e pagam royalties, com base em alíquota

de 15%, superior à alíquota de até 10% prevista

no regime de concessão. Na partilha, as

petroleiras não pagam participações especiais

(compensação financeira). A administração de

contratos de partilha é considerada mais

complexa. Outra proposta em discussão, no

setor, é a flexibilização da partilha, para permitir

que áreas de menor atratividade sejam licitadas

sob o regime de concessão. Na visão da

indústria, campos menos produtivos têm mais

dificuldade de se viabilizarem economicamente

no modelo de partilha.

Embora executivos das petroleiras

reservadamente manifestem preferência pelo

modelo de concessão, a partilha está longe de

ser um modelo desinteressante. Haja visto que,

desde 2017, as multinacionais do setor

investiram R$ 13,9 bilhões na aquisição de

ativos, nas rodadas de partilha o pré-sal.

O presidente da Enauta, Lincoln Guardado, disse

que o investimento pesado das empresas nos

últimos leilões pode ajudar a explicar a ausência

das multinacionais. “As verbas não são infinitas,

mesmo para as companhias de grande porte.

Imagino que, para essas companhias, se esgotou

um pouco a capacidade financeira e a estratégia

de recomposição de portfólio [no Brasil].” Ele

acredita que o pré-sal continua no mapa das

grandes petroleiras. “[O resultado ruim do leilão

de ontem] É temporal. O pré-sal vai continuar

sendo um sucesso. Não dá para medir o potencial

pelos últimos leilões.”

O chefe de pesquisa na área de exploração e

produção da Wood Mackenzie na América Latina,

Marcelo de Assis, mostra-se otimista. “Ainda

existe espaço para o Brasil no portfólio das

empresas. Elas ainda não estão saturadas. A

discussão sobre a revisão da partilha faz um

pouco de barulho. A Petrobras também

atrapalhou por ter pedido três das cinco áreas,

inibindo outros operadores. Os resultados foram

decepcionantes.”

Some-se a isso o fato de que o primeiro poço

perfurado na nova geração de ativos do pré-sal

frustrou expectativas. A perfuração em Peroba,

pela Petrobras, encontrou CO2 em altas

quantidades, como principal fluido no local,

mostrando que, mesmo em região promissora, o

sucesso exploratório não é garantido. A Petrobras

disse que a perfuração identificou gás com teor

de CO2 e que prossegue com a avaliação da

área.

https://valor.globo.com/empresas/noticia/2019/1

1/08/petrobras-de-novo-salva-leilao-do-pre-

sal.ghtml

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Data: 08/11/2019

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Grupo de Comunicação

Mudança na lei, um novo dilema no

Congresso

Está aberta oficialmente, com o segundo dia

seguido de frustração com os leilões de petróleo,

a temporada de caça aos culpados que quase

ninguém enxergava até anteontem. A

expectativa do governo era usar os eventos

desta semana como uma demonstração do

interesse de megainvestidores pelo Brasil.

Chega-se à sexta-feira com relativizações e um

debate instalado sobre o modelo de exploração

do petróleo, mas ainda é cedo para dizer que o

regime de partilha tem os dias contados.

No Congresso, ganha certa força a proposta de

volta ao modelo de concessão ou de escolhas “à

la carte” pelo Conselho Nacional de Política

Energética (CNPE), dependendo da área licitada.

“O regime de partilha está na origem dos

problemas que precisam ser enfrentados”, afirma

o deputado Christino Áureo (PP-RJ), que

coordena a frente parlamentar para o

desenvolvimento sustentável do petróleo e

energias renováveis.

“À medida que [as grandes petroleiras] estão

experimentando na prática os blocos

arrematados um tempo atrás, chegam à

conclusão de que, exceto em campos de alta

produtividade, há dúvidas ou problemas

adjacentes à partilha, e isso pesa. É chegada a

hora de se mudar”, acrescenta Áureo.

O projeto de lei apresentado pelo senador José

Serra (PSDB-SP) em maio, que tramita

atualmente na Comissão de Infraestrutura do

Senado, é o candidato maior a concentrar os

debates.

O PLS 3.178/19 não só elimina o direito de

preferência da Petrobras, como também

flexibiliza a exploração das reservas no polígono

do pré-sal, permitindo o uso do regime de

concessão em áreas que sejam menos rentáveis.

“A partilha não tem nada que ver com isso. É um

exagero total”, responde o deputado Fernando

Coelho Filho (DEM-PE), com a autoridade de ter

sido um ministro de Minas e Energia (governo

Michel Temer) elogiado pelo mercado e

responsável pela retomada dos leilões de

petróleo nos últimos anos. “Estão querendo

arrumar um culpado pelo fracasso.”

Se a falta de interessados nesta semana fosse

produto do regime de partilha ou de incertezas

políticas, raciocina Coelho Filho, os blocos

oferecidos na 4ª rodada do pré-sal teriam

encalhado. Mas aquele leilão, em julho de 2018 e

às vésperas de uma campanha presidencial no

Brasil, teve ágio de até 500%. Atraiu pesos-

pesados como Shell, Chevron, Exxon, BP, Statoil.

“Se a partilha não prestasse, eles não teriam

aparecido”.

Em um ponto, concordam um executivo da

indústria petrolífera no exterior ouvido pelo Valor

e uma autoridade da área energética: a

competição acirrada e a chuva de boas ofertas

em leilões anteriores se devem essencialmente à

demanda represada das multinacionais

estrangeiras por ativos no Brasil. Com a

realização de novas rodadas, a partir de 2016,

elas pisaram no acelerador e entraram com tudo

na disputa. Quando o governo dobrou a aposta,

elas não responderam. Até porque, comenta esse

executivo, não se pode colocar todos os ovos na

mesma cesta. O Brasil é interessante e merece

receber dinheiro, mas há outros destinos

também.

Se há uma companhia - essa sim - que precisa

depositar no mercado brasileiro a maior parte de

seus ovos é a Petrobras, observa outro ex-

ministro de Minas e Energia, o líder do MDB no

Senado, Eduardo Braga (AM). É quem tem

expertise no pré-sal, disposta a atravessar

diferentes ciclos políticos no país, interesse numa

aposta de longo prazo por aqui.

O que falta, acredita Braga, não é uma mudança

no marco legal. É comando do CNPE para

cadenciar melhor a entrada da Petrobras nos

leilões e sua distribuição por distintos consórcios

com empresas estrangeiras. “O erro é ela ter

90% em um campo e nada em outro. Tenho

certeza que, se tivesse 10%, 30% ou 40% em

cada um dos campos, chamaria mais petroleiras

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para o certame. Ela deveria atuar como

facilitadora da confiança. Qual é a âncora de

estabilidade que eu posso ter no pré-sal? A

Petrobras. Ela tem que ser usada como

alavancagem nos leilões, sem olhar só para o

Ebtida e para o resultado financeiro.”

Depois da frustração dos dois últimos dias e das

declarações do governo na linha de revisar o

marco regulatório, alguém longe de Brasília

poderia imaginar que uma mudança na lei está

prestes a ocorrer. Não é bem assim. Diz muito a

reação de Eduardo Braga, uma espécie de

referência para os colegas - costuma-se afirmar

que, para onde vai o emedebista, vai o

pensamento médio dos senadores.

“A Petrobras como operadora única e dona de

30% dos blocos era um exagero. O Brasil precisa

de meios termos: nem uma política estatizante

como a da Dilma, nem tão liberal como prega o

Guedes.”

https://valor.globo.com/empresas/noticia/2019/1

1/08/mudanca-na-lei-um-novo-dilema-no-

congresso.ghtml

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Culpa é do modelo de partilha, diz Guedes

De acordo com o ministro, a modelagem dos

leilões acabou afastando as grandes petroleiras

internacionais

Após ver dois importantes leilões do pré-sal

apresentarem resultados decepcionantes, o

ministro da Economia, Paulo Guedes, atacou

ontem o regime de partilha de produção e

sinalizou a possibilidade de troca pelos

tradicionais contratos de concessão. Guedes

tratou do tema em uma palestra a servidores do

Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com o ministro, a modelagem dos

leilões acabou afastando os grandes atores

internacionais da indústria. “Os 17 gigantes

mundiais não compareceram. A Petrobras levou

sem ágio. Saiu todo mundo da sala”, admitiu

Guedes, antes de afirmar que a partilha, criada

durante os governos do PT, é “ruim” e “usada em

regimes corruptos da África”. Ele se referiu ao

modelo como uma “herança institucional ruim”.

“Será que a concessão, que é usada no mundo

inteiro, não é melhor que a partilha?”, indagou

Guedes. “Quando formos para concessão, vai ter

17, 18 caras querendo comprar”, disse o

ministro, referindo-se à preferência das

empresas pelo modelo. Ele afirmou que “não

existe leilão vazio em concessão”. “Se o negócio

está ruim, você paga menos. Se está bom, paga

mais. Aí uma porção de gente aparece.”

Guedes sinalizou que os campos de Sépia e

Atapu, que não receberam propostas no leilão

dos excedentes da cessão onerosa, poderiam

voltar a ser oferecidos no mercado, porém a

preços mais baixos ou por meio do regime de

concessão. No último caso, disse ele, o governo

poderia conseguir mais recursos do que previa

originalmente. A ausência de propostas pelos

dois campos resultou em uma frustração de R$

36 bilhões para a União.

O elevado valor dos bônus de assinatura dos

contratos, bem como incertezas sobre a

compensação que deve ser paga à Petrobras são

apontados como os principais fatores para o

menor interesse dos investidores internacionais

na cessão onerosa.

“É complicado pagar uma fortuna para entrar

num quarto escuro com um Leviatã do óleo. Isso

para depois entrar em outro quarto escuro com a

PPSA [Pré-sal Petróleo S.A]. Não dá. Temos que

refletir sobre isso”, afirmou o ministro, referindo-

se ao elevado valor do bônus de assinatura, à

sombra da Petrobras e ao modelo de licitação de

petróleo e gás vigente no país.

Ele destacou que o governo ficou cinco anos

negociando com a Petrobras e no fim “deu no-

show”. “Tivemos uma dificuldade enorme para

depois vendermos de nós para nós mesmos.”

Apesar das críticas ao modelo dos contratos,

Guedes chamou de “extraordinário” o resultado

do leilão e deu um panorama positivo para o

futuro da Petrobras.

“Nossa maior empresa tem um futuro

espetacular pela frente”, afirmou o ministro, que

destacou as mudanças na gestão da companhia,

que passará a ter uma operação menos

diversificada. “Vai parar de vender chiclete e

picolé em posto de gasolina e se concentrar em

tirar óleo do fundo do mar”, disse.

A experiência da cessão onerosa também

contribuiu, de acordo com Guedes, para um

melhor entendimento do governo nas discussões

do pacto federativo. A proposta de emenda

constitucional (PEC) que trata do tema foi

entregue nesta semana ao presidente do

Congresso Nacional. Para o ministro, os

resultados decepcionantes dos leilões de petróleo

servirão para reflexão e adaptação do governo à

realidade do mercado.

“Nós destravamos o processo que estava travado

há anos. Conseguimos com isso disparar todo o

processo de governabilidade baseado no

fortalecimento da federação, na descentralização

de recursos, e vamos ter a flexibilidade de nos

adaptarmos ao mercado que recebemos.”

https://valor.globo.com/empresas/noticia/2019/1

1/08/culpa-e-do-modelo-de-partilha-diz-

guedes.ghtml

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Grupo de Comunicação

Ultrapar confirma recuperação no 3º tri e

ação sobe mais de 5%

Após alguns trimestres de expectativas

frustradas, os resultados da Ultrapar vieram

acima do esperado pelo mercado no terceiro

trimestre e confirmaram a previsão de

recuperação de desempenho dos principais

negócios do grupo. Os analistas ainda se dividem

quanto à tendência para os próximos balanços,

mas a direção da companhia foi firme em indicar

que o pior ficou para trás.

Essa mensagem e os números trimestrais

positivos animaram os investidores, e as ações

da holding fecharam o dia entre as maiores altas

do Ibovespa, com valorização de 5,27%, a R$

20,58.

Em sua primeira participação em uma

teleconferência de resultados trimestrais da

Ultrapar, o presidente Frederico Curado falou

sobre a estratégia para cada um dos cinco

negócios - Ipiranga, Oxiteno, Ultragaz, Ultracargo

e Extrafarma - e reiterou que o grupo está

acompanhando de perto a planejada privatização

das refinarias da Petrobras.

Em sua avaliação, a venda do refino vai mudar a

dinâmica do “downstream” no Brasil e traz

oportunidades para três empresas do grupo que

estão nessa cadeia de valor: Ultracargo, Ipiranga

e Ultragaz. Por essa razão, o grupo entende que

“tem um papel a desempenhar nessa possível

transformação do setor”.

Dona de praticamente toda a capacidade de

refino nacional e, no intuito de abastecer todo o

país, a estatal montou um sistema de

abastecimento que funciona nacionalmente, mas

não necessariamente regionalmente, comentou.

“Vemos oportunidades de adensamento de

corredores logísticos junto com a própria refinaria

e na distribuição”, acrescentou.

Sobre a venda da Liquigás por R$ 3,7 bilhões

para um consórcio formado por Copagaz, Itaúsa

e Nacional Gas Butano, a percepção é a de que a

operação é mais positiva do que negativa para a

Ultragaz, empresa de distribuição de GLP do

grupo. O preço surpreendeu por ser elevado, mas

a entrada de um acionista como a Itaúsa nesse

mercado é bem-vinda, embora desafie a Ultragaz

a manter seu papel de liderança. “Ajuda a elevar

o nível da competição, no sentido de qualidade,

busca de rentabilidade de longo prazo e

governança”, disse.

De julho a setembro, a Ultrapar reportou receita

líquida de R$ 23,2 bilhões, acima dos R$ 22,8

bilhões estimados em média por Santander, J.P.

Morgan, Morgan Stanley, BTG Pactual, Safra e

Bradesco BBI, e 7% maior do que o verificado no

segundo trimestre. Já o resultado antes de juros,

impostos, depreciação e amortização (Ebitda)

ajustado de R$ 934 milhões foi bem melhor do

que os R$ 861,3 milhões esperados, sem os

ajustes relacionados ao IFRS 16, e superou em

51% o resultado registrado no trimestre anterior.

A estrela do balanço foi a Ultragaz, com

desempenho superior ao estimado pelo mercado

e resultado operacional recorde de R$ 174

milhões, beneficiada sobretudo pela queda dos

preços do gás a granel no intervalo. Para o BTG

Pactual, a distribuidora GLP trouxe números

fortes e pouco usuais para um negócio tão

maduro.

“Perguntamo-nos se a queda acentuada nos

custos de gás a granel não permitiu que a

Ultragaz se beneficiasse momentaneamente de

spreads mais altos em relação ao preço de venda

no trimestre”, escreveram os analistas Thiago

Duarte e Pedro Soares. De acordo com o diretor

financeiro e de relações com investidores da

Ultrapar, André Pires, houve, de fato, o benefício

da sazonalidade e da queda de preços, mas a

rentabilidade alcançada no intervalo é

sustentável.

Maior negócio do grupo, a Ipiranga apresentou

forte recuperação de volume e margem. O Ebitda

ajustado por metro cúbico de R$ 109 veio bem

acima dos R$ 99 do trimestre anterior.

“Esperamos que esse número continue a

melhorar no quarto trimestre, uma vez que o mix

de gasolina é tipicamente mais forte nesse

período”, escreveu o analista Vicente Falanga, do

Bradesco BBI.

Conforme Pires, a expectativa é de melhora nos

resultados da Ipiranga tanto na comparação

trimestral quanto anual, na esteira da dinâmica

mais positiva do mercado de distribuição de

combustíveis e das iniciativas de redução de

custos e aumento de eficiência que estão em

curso. O Ultra vê oportunidade de redução de

Page 92: LIPPING - Microsoft · 2019-11-08 · Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) foi sede do evento Lab (Global Innovation Lab for Climate Finance). O tema do evento na capital foi

Data: 08/11/2019

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custos e otimização de logística de R$ 150

milhões a R$ 200 milhões nos próximos 12 a 18

meses na Ipiranga.

Na Oxiteno, a queda dos preços do eteno e a

pressão desse movimento sobre as cotações dos

glicóis devem manter as margens pressionadas

no curto prazo. A Ultracargo deve se beneficiar

da capacidade adicional de tancagem nos

próximos trimestres e a Extrafarma, que pela

primeira vez desde que foi comprada teve

geração de caixa positiva (de R$ 17 milhões), a

tendência é de melhora consistente dos

resultados na comparação anual.

Olhando para a frente, porém, os analistas ainda

estão divididos. O BTG Pactual ainda não se

convenceu quanto à manutenção da trajetória de

melhora das margens de Ultragaz, Ipiranga e

Oxiteno. Para o Bradesco BBI, o pior ficou de fato

para trás e os resultados devem começar a

melhorar a partir de agora diante de volumes

mais altos na Ipiranga e maior diluição de custos,

diante da retomada da atividade econômica, de

resultados médios mais fortes para a Oxiteno e

Ultragaz e da queda nas taxas de juros, que pode

sustentar o resultado final da Ultrapar.

https://valor.globo.com/empresas/noticia/2019/1

1/08/ultrapar-confirma-recuperacao-no-3o-tri-e-

acao-sobe-mais-de-5.ghtml

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