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Unidade Curricular Projecto FEUP Produção de resíduos na FEUP: Tipologias e Características Francisco Pinheiro João Costa Maria Cristina Costa Nuno Pereira Ricardo Faria Mestrado Integrado em Engenharia do Ambiente (1º ano) Monitor: Gustavo Pizarro Supervisor: Prof. Joana Maia Dias Porto, Outubro 2010
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Unidade Curricular

Projecto FEUP

Produção de resíduos na FEUP:

Tipologias e Características

Francisco Pinheiro João Costa

Maria Cristina Costa Nuno Pereira Ricardo Faria

Mestrado Integrado em Engenharia do Ambiente (1º ano)

Monitor: Gustavo Pizarro Supervisor: Prof. Joana Maia Dias

Porto, Outubro 2010

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Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto 2010/2011

1 Projecto FEUP-AMB 105

Resumo

Este relatório tem como principais objectivos identificar as tipologias de resíduos

produzidos na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, indicando as suas

características, e ainda os métodos usados para a gestão dos resíduos produzidos e

compará-los com a gestão praticada noutras faculdades e também os diferentes

destinos dados aos resíduos produzidos na Faculdade. Para além disso pretendem-se

identificar os locais de produção de cada um dos resíduos e, por fim, comparar e

relacionar a quantidade de resíduos produzidos entre cada um dos locais de recolha de

resíduos da Faculdade.

Para isso utilizaram-se como fontes de informação e pesquisa o sítio

www.fe.up.pt/ecofeup, os relatórios de sustentabilidade de 2008 e de 2009 e também

se obteve a ajuda da Engenheira Paula Rego que providenciou uma entrevista e dados

muito importantes acerca da gestão de resíduos na Faculdade de Engenharia da

Universidade do Porto.

Perante a análise de toda a informação disponível, concluiu-se que a FEUP tem

um bom sistema de gestão de resíduos pois revela uma cuidada e detalhada

informação de cada um dos diferentes tipos de resíduos e locais de recolha. Isto

demonstra que as entidades da FEUP se encontram preocupadas, tal como todos, com

o que se passa no Planeta e pretendem, não só inovar, como melhorar a qualidade de

vida e a qualidade das condições de recolha de resíduos existentes na Faculdade de

Engenharia da Universidade do Porto.

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Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto 2010/2011

2 Projecto FEUP-AMB 105

Índice

1. Introdução p. 3

2. Desenvolvimento: p. 6

Plástico p. 6

REEE p. 6

Tinteiros e Toners p. 7

Químicos p. 8

Óleos mecânicos p. 8

Gorduras Alimentares p. 9

Pilhas p. 9

Madeira p. 10

Papel p. 10

Metais p. 10

Resíduos Urbanos p. 11

Lâmpadas p. 11

Verdes p. 11

Resíduos de Construção e Demolição p. 12

3. Conclusão p. 15

4. Bibliografia p. 16

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Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto 2010/2011

3 Projecto FEUP-AMB 105

1. Introdução

“Bem-vindos ao Planeta Terra, um lugar de céus azuis de azoto, oceanos de água

líquida, florestas calmas e prados agradáveis, um mundo verdadeiramente fervilhante

de vida... dolorosamente belo e raro, até ao momento, único...” Carl Sagan

Como é do conhecimento geral, o Planeta Terra é a casa de milhões de espécies

de seres vivos, incluindo os seres humanos. É o único lugar no universo onde a

existência de vida é conhecida. Os seres humanos utilizam praticamente todos os

recursos exploráveis da Terra. Parte destes recursos são não renováveis, como por

exemplo os combustíveis fósseis, recursos que são, evidentemente, difíceis de serem

devolvidos ao Planeta Terra num período de tempo que permita a sua reposição. A

biosfera terrestre produz vários produtos biológicos úteis para a humanidade.

Infelizmente, o Planeta Terra enfrenta graves dificuldades, devido,

principalmente, à acção da mão humana, que usa e abusa de todos os recursos

renováveis, mas principalmente, não renováveis. Estes recursos são muito importantes

para a vida quotidiana e sem os quais a vida, como hoje é conhecido, seria

drasticamente alterada. A exploração e o uso deste tipo de recursos têm como

principal consequência a libertação de gases que provocam o efeito de estufa e o

consequente aumento da temperatura média terrestre. São exemplos destes gases o

metano e o dióxido de carbono. No entanto, simples alterações na forma como cada

um age perante um resíduo/desperdício que produz, podem diminuir o consumo de

recursos não renováveis e consequentemente diminuir a produção de gases nocivos.

Tenha-se como exemplo uma embalagem de leite, a sua produção requereu petróleo

(recurso não renovável fóssil), o abate de árvores, entre outras, ao se reciclar esta

embalagem está-se a impedir que mais árvores sejam abatidas e que menos petróleo

seja necessário para dar origem a outro objecto.

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4 Projecto FEUP-AMB 105

Gestão de resíduos na FEUP

No âmbito do Projecto FEUP, foi-nos atribuído o tema “Tipologia e

Características de Resíduos Produzidos na FEUP”. Para a realização deste trabalho

recorreram-se ao sítio www.fe.up.pt/ecofeup, onde consultamos o relatório de

sustentabilidade de 2008, e aos dados do relatório de sustentabilidade de 2009

cedidos pela Engenheira Paula Rego, que, também, amavelmente, nos concedeu uma

entrevista na qual nos forneceu informações úteis para a realização do nosso projecto.

Também obtivemos a preciosa ajuda do aluno do 5º ano do Mestrado Integrado em

Engenharia do Ambiente da FEUP e mentor Gustavo Pizarro, que nos ajudou na

preparação da entrevista com a Engenheira Paula Rego, bem como, em quase todos os

pontos do nosso trabalho.

Durante a realização da pesquisa descobriu-se que a FEUP tem um sistema de

gestão de resíduos, implementado pela primeira vez em 1999 aquando da mudança

das antigas instalações na Rua dos Bragas para o edifício actual. Essa gestão de

resíduos foi iniciada graças à preocupação do departamento de engenharia química

em encaminhar para os devidos locais os resíduos perigosos produzidos nos

laboratórios. Posteriormente alargou-se essa gestão a todos os resíduos da faculdade.

Foram colocados recipientes próprios para a reciclagem, para que a separação fosse

feita na origem. No entanto, no início, os recipientes nem sempre eram bem utilizados

pelos alunos, docentes e funcionários, muito devido à pouca disposição dos mesmos

em colocar os resíduos no contentor certo mas, mesmo que essa separação fosse

eficaz, por vezes, as funcionárias responsáveis pela recolha dos resíduos separados

juntavam-nos. Foram então implementadas medidas de sensibilização à comunidade

universitária e colocados novos recipientes, mais práticos e com informações para que

nenhum resíduo ficasse no contentor errado e não houvesse mistura dos mesmos.

Actualmente faz-se a separação de embalagens, papel, lixo

comum/indiferenciados, pilhas, tinteiros, toners, lâmpadas, verdes, REEE – resíduos de

equipamentos eléctricos e electrónicos, óleos, gordura alimentar, químicos, sucatas,

madeira, monstros, lâmpadas e entulhos. A recolha é feita por diversas empresas

contratadas pela FEUP.

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5 Projecto FEUP-AMB 105

Neste relatório pretendemos explorar todas as tipologias caracterizando-as,

identificar quais os métodos usados para a gestão dos resíduos produzidos e compará-

los com a gestão praticada noutras faculdades, perceber quais são os diferentes

destinos dados aos resíduos produzidos e em que locais esses resíduos são produzidos

dentro da faculdade e proceder a uma comparação e relacionamento de quantidade

de resíduos produzidos em cada um dos departamentos, biblioteca, cantina e espaço

exterior.

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6 Projecto FEUP-AMB 105

2. Desenvolvimento

Na FEUP são produzidos diariamente muitos de resíduos de diversas origens e

em características específicas. Como tal, de seguida, indicam-se os mais importantes.

2.1. Plástico

O plástico é um material com diversas utilidades. Praticamente tudo o que

consumimos e utilizamos está envolvido em plástico, desde um pacote de bolachas a

um garrafão de água. Na FEUP foram consumidas, em 2009 (Relatório de

Sustentabilidade de 2009), 0.3 toneladas de plástico. A empresa responsável pela

recolha do plástico é a LNB Car, que realiza a sua reciclagem para formação de novos

objectos.

O plástico recolhido por estas empresas é o produzido nos bares e restaurantes

da FEUP, etc. e não o recolhido nos pontos de reciclagem espalhados pela faculdade.

Este plástico é recolhido pela Câmara Municipal do Porto e por isso não obtivemos

informações quanto às quantidades produzidas.

2.2. REEE

Os Resíduos de Equipamentos Eléctricos e Electrónicos (REEE) são resíduos

produzidos maioritariamente pelos cursos de Mestrado Integrado em Engenharia Civil,

Mestrado Integrado em Engenharia Informática, e Mestrado Integrado em Engenharia

Electrotécnica e de Computadores. São resíduos provenientes de material eléctrico e

electrónico como, peças informáticas e aquecedores, cuja sua produção, em 2009

(Relatório de Sustentabilidade de 2009), foi de 1,718 toneladas. A empresa

responsável pela recolha dos REEE é a “José Bernardo” sendo, posteriormente,

entregues às empresas “Exel logistics” e “Carlos Ferreira da Silva e Filhos”. Ao contrário

da maioria dos resíduos, no caso dos REEE, a FEUP recebe uma quantia de dinheiro

pois estes resíduos contêm materiais que depois de serem recuperados são valiosos.

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7 Projecto FEUP-AMB 105

Já os REEE com clorofluorcarbonetos, provenientes de equipamentos de

refrigeração, como, frigoríficos e ar condicionados, são produzidos em menor

quantidade, tendo sido produzidas em 2009, (Relatório de Sustentabilidade de 2009),

0,1 toneladas. A empresa responsável pelo seu transporte é a “José Bernardo” e são

entregues à empresa “Exel logistics”, para tratamento. No caso destes REEE, há a

necessidade de trabalhar com um maior cuidado com vista a não os danificar o que

poderia provocar uma libertação de CFC’s para a atmosfera.

Os REEE perigosos, aqueles que contem mercúrio, chumbo, cádmio, entre

outros, sendo as impressoras a tinta de jacto e os scanners um bom exemplo pois

contêm mercúrio, são os REEE que necessitam de maior cuidado pois qualquer fuga de

materiais/líquidos que os constituam podem provocar graves danos ambientais. Em

2009 foram produzidas (Relatório de Sustentabilidade de 2009) 1,15 toneladas de REEE

perigosos sendo transportadas pela empresa “José Bernardo” e entregues para

tratamento às empresas “Exel logistics” e “Carlos Ferreira da Silva e Filhos”.

2.3. Tinteiros e Toners

Na FEUP os tinteiros e toners são enviados para uma empresa especializada na

sua recuperação. Esta acção é remunerada e a faculdade envia os lucros para a AMI.

Na FEUP como em qualquer outra faculdade, a quantidade de tinteiros e toners

utilizados é elevada, em 2009 foram produzidos (Relatório de Sustentabilidade de

2009), 0,24 toneladas. Tendo estas sido transportadas pela empresa “transportes

Rodrigo Claro” sendo entregues à empresa “Biorecuperação Sistemas Ecológicos”.

Nesta empresa, no caso dos tinteiros, procede-se a remoção dos resíduos que

ainda se encontram no cartucho e em seguida volta-se a encher o mesmo, depois

reparam-se os circuitos e testa-se a qualidade de impressão para poderem voltar ao

mercado. Já no caso dos toners começa-se por fazer um teste aos circuitos, limpa-se o

cartucho através de vaporização e testa-se as cabeças de impressão. Depois se não se

detectar nenhum erro, volta-se a encher os cartuchos, limpa-se os circuitos e testa-se a

qualidade de impressão para voltar para o mercado.

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8 Projecto FEUP-AMB 105

2.4. Químicos

Os produtos químicos são, como é do conhecimento geral, muito perigosos para

o meio ambiente. Na FEUP a maior parte deste tipo de resíduos são produzidos pelo

departamento de Engenharia Química.

Tanto com os produtos químicos inorgânicos de laboratório, com os produtos

químicos orgânicos de laboratório, com os solventes, com as embalagens

contaminadas, como com os resíduos contendo mercúrio e os solventes halogenados,

a FEUP desenvolveu uma estratégia para, antes de tudo, começar a reduzir a sua

produção, fazendo com que cada departamento e laboratório pagassem os custos da

eliminação dos mesmos.

Em 2009 foram produzidos (Relatório de Sustentabilidade de 2009), 0,000179

toneladas de resíduos contendo mercúrios, 0,061 toneladas de embalagens

contaminadas, 0,099 toneladas de solventes halogenados, 0,283 toneladas de

produtos químicos inorgânicos de laboratório, 0,395 toneladas de solventes, 0,716

toneladas de produtos orgânicos de laboratório. Sendo neste caso, todos os resíduos,

transportados pela empresa “AUTOVILA” e posteriormente tratados pelas empresas

“AUTOVILA” e “SISAV”. Nestas empresas os solventes são regenerados, o mercúrio é

destilado e todos os outros que não se consigam recuperar são incinerados com

valorização energética.

2.5. Óleos Lubrificantes

A gestão dos óleos é muito importante, uma vez que são altamente poluentes

para o ecossistema. Pode-se dizer que um litro de óleo pode poluir um milhão de litros

de água.

Os óleos produzidos na FEUP são provenientes, principalmente, do

departamento de Mecânica, devido aos óleos oriundos da lubrificação de todas as

máquinas, nas quais é necessário trocar o óleo anualmente. Em 2009 foram produzidas

0,5696 toneladas de óleos tendo sido transportados pela empresa “Correia & Correia”

e tratados e/ou armazenados pela mesma. No tratamento deste resíduo, é habitual

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proceder-se a um aquecimento com centrifugação seguido de uma filtração, que

elimina as impurezas podendo o óleo voltar a ser utilizado.

2.6. Gorduras alimentares

As gorduras alimentares são recolhidas através de um recuperador de gorduras

que se encontra instalado em todas as bancas de lavar a loiça. No passado ano de 2009

foram produzidas, na FEUP, cerca de 2,54 toneladas de gorduras alimentares,

recolhidas pela empresa “AUTOVILA” (Relatório de Sustentabilidade de 2009). Fazem

também parte deste grupo os óleos alimentares, utilizados na confecção dos

alimentos. Este óleo é colocado no ponto de recolha de óleos alimentares da FEUP

(oleão) e é utilizado como meio de investigação para a produção de biodiesel.

2.7. Pilhas

A pilha, por vezes, também chamada pilha voltaica, é um dispositivo que serve

para converter energia química em energia eléctrica, utilizando reacções de oxidação

redução. Hoje em dia, todos nós utilizamos pilhas. Usamo-las no mp3, na máquina

fotográfica, na máquina de barbear, comandos, despertador, rádio, máquina de

calcular, aparelhos auditivos, entre outros, essenciais á nossa vida quotidiana.

Na FEUP, no passado ano de 2009 (Relatório de Sustentabilidade de 2009),

foram utilizadas e colocadas em pilhões, aproximadamente, 0,039 toneladas de pilhas

e 0,328 toneladas de pilhas de chumbo. As empresas responsáveis pela recolha e

transporte das pilhas são a “LNB Car” e a “AUTOVILA”.

2.8. Madeira

A madeira é um material com função de sustentação e suporte construído a

partir dos tecidos das árvores. Nos dias de hoje, utilizamo-la para diversos fins como

para cadeiras, mesas, cómodas, estantes, armários, etc.

Em 2009 (Relatório de Sustentabilidade de 2009) foram utilizadas e enviadas

0,6 toneladas de madeira. A empresa responsável pela sua recolha é “José Bernardo”.

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10 Projecto FEUP-AMB 105

Esta madeira pode ser utilizada para produzir novos objectos de madeira tanto úteis

como obras de exposição.

2.9. Papel

O papel é um dos pontos essenciais para uma boa gestão de resíduos,

principalmente, numa faculdade como a FEUP. Na FEUP a necessidade do papel

apresenta-se das mais variadas formas, desde impressões, cadernos de apontamentos

até ao guardanapo usado para comer um bolo no bar. É evidente que o desperdício no

lixo comum de todo este papel não abonaria nada a favor do ambiente nem da

reputação da faculdade, sendo este um dos resíduos mais fáceis e mais baratos de

reciclar.

Assim, é inevitável ignorar a sua gestão. No ano transacto (2009) foram

recicladas cerca de 2,26 toneladas de papel (Relatório de Sustentabilidade de 2009),

estando a recolha deste resíduo a cargo principalmente da empresa “Carlos Ferreira da

Silva e Filhos” mas, também, numa pequena percentagem, a cargo da empresa “LNB

Car”. Estas empresas recolhem o papel e transformam-no novamente em papel, sendo

este chamado papel reciclado, de cor mais amarelada que o usual, mas mais “amigo do

ambiente”.

Este papel, recolhido por estas empresas, é o produzido nas reprografias, etc. e

não o recolhido nos pontos de reciclagem espalhados pela faculdade. O papel é

recolhido pela Câmara Municipal do Porto e por isso não obtivemos informações

quanto às quantidades produzidas.

2.10. Metais

Os resíduos de origem metálica são um ponto impossível de contornar, a nível

da gestão de recursos da FEUP, visto que este é um recurso muito usado em diversos

cursos, devido à sua alta vertente prática, como por exemplo no curso de mecânica,

metalurgia e civil. Dentro dos metais usados, segundo os dados recolhidos em 2009

(Relatório de Sustentabilidade de 2009), foram produzidas 0,48 toneladas de metais

em que 0,4 toneladas foram recolhidas pela “LNB Car”, e 0,08 toneladas foram

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11 Projecto FEUP-AMB 105

recolhidas pela empresa “Ecocentro”. Esta mesma empresa está, também, encarregue

do seu transporte.

2.11. Resíduos Urbanos Indiferenciados

Os RUI são todo o tipo de resíduos que se colocam no contentor. São todos os

resíduos que não se enquadram em nenhuma das outras categorias. No ano de 2009 e

segundo o “Relatório de Sustentabilidade de 2009” foram produzidas 5,92 toneladas

destes resíduos que foram recolhidos pela empresa “LBN Car”.

Estes RUI são os produzidos, nos bares e restaurantes da FEUP e não os

recolhidos nos vários pontos disponíveis de reciclagem espalhados pela faculdade. Os

RUI são recolhidos pela Câmara Municipal do Porto e por isso não obtivemos

informações quanto às quantidades produzidas.

2.12. Lâmpadas

Sendo a FEUP uma faculdade com dimensões consideráveis, a utilização de

lâmpadas é comparável às suas dimensões. Em todas as salas existe, pelo menos, uma

fonte de iluminação, pois algumas das salas da faculdade funcionam durante 24h e ao

escurecer inicia-se a utilização desta fonte de iluminação. Foram registadas a recolha

de cerca de 0,2 toneladas de lâmpadas entregues a diversas empresas, à “LNB Car”, à

“Exel Logistics” e à “Carlos Ferreira da Silva” e transportadas pela “LNB Car” e pela

“José Bernardo”.

2.13. Verdes

Os verdes são todos os resíduos que tal como o nome indica são verdes, ou

seja, os resíduos provenientes do corte da relva, dos arbustos, etc. No ano de 2009

foram produzidas cerca de 5,68 toneladas que foram transportadas pela empresa “LNB

Car” e “José Bernardo” e entregues no ponto “Ecocentro” e na empresa “LNB Car”.

A gestão de resíduos da FEUP está a tentar com que se construa um compostor

industrial, para que a faculdade possa produzir o seu próprio composto e utilizá-lo

como fertilizante, assim os espaços verdes ficarão ainda mais verdes.

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2.14. Resíduos de Construção e Demolição

Os Resíduos de Construção e Demolição, vulgarmente designados por RCD, são

tal como o próprio nome indica, todos os resíduos provenientes de obras de

construções, reconstrução, ampliação, alteração, conservação, demolição e da

derrocada de edificações, incluindo fluxos específicos de resíduos. A gestão destes

resíduos é considerada fulcral, visto que é reconhecido que grande parte desses

resíduos contém percentagens elevadas de materiais, inertes, reutilizáveis e

recicláveis.

Na FEUP estes resíduos dividem-se em dois tipos: Entulho limpo (Restos de

demolições, compostos exclusivamente por inertes (terra, areia, britas, pedras, tijolos,

betão, cerâmica etc.) e ferro/aço. Na FEUP, o entulho limpo é um dos resíduos

produzidos em maior quantidade, tendo sido produzidas 5,36 toneladas enquanto que

foram produzidas 0,5 toneladas relativamente ao ferro/aço (dados relativos ao

Relatório de Sustentabilidade de 2009). Estes são enviados na sua totalidade para a

LNB Car, onde numa estação própria para o tratamento dos RCD’s intervêm diferentes

processos automáticos como a crivagem, a trituração, a limpeza pneumática, a

separação magnética e manuais, que permitem classificar os resíduos de entrada em

diferentes fracções como papel cartão, plásticos, madeiras, metais, inertes limpos

entre outros. Após separados, estes materiais poderão ser vendidos como

subprodutos para a sua reutilização, reciclagem ou valorização energética (no caso das

fracções ligeiras, por causa do seu alto poder calorífico).

A seguir apresenta-se uma tabela onde estão registados os resíduos produzidos

na FEUP, a sua quantidade e a empresa onde sofreram tratamento (Relatório de

Sustentabilidade de 2009).

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13 Projecto FEUP-AMB 105

Tabela 1: Quais os resíduos produzidos, a sua quantidade e qual o seu destino final, a

empresa para na qual vão sofrer tratamento (Relatório de Sustentabilidade de 2009).

Resíduo/ designação Quantidade

produzida (ton.) Destino final (empresa)

Plástico 0,3 LNB Car

Pequenos equipamentos (REEE) 1,26 LNB Car

Tinteiros/toners 0,24 Biorecuperação Sistemas Ecológicos

RCD - entulho limpo 5,36 LNB Car

RCD - ferro e aço 0,5 LNB Car

1,55 Carlos Ferreira da Silva e Filhos

Papel 0,51 Carlos Ferreira da Silva e Filhos

0,2 LNB Car

Gorduras alimentares 2,54 AUTOVILA

Pilhas 0,03912 eco-partner

REEE 0,918 Exel logistics

0,8 Carlos Ferreira da Silva e Filhos

Madeira 0,6 Ecocentro

Metais 0,08 LNB Car

0,4 Ecocentro

Verdes 4 Ecocentro

1,68 LNB Car

Outros resíduos urbanos 5,92 LNB Car

Monstros 0,1 Ecocentro

Resíduos contendo mercúrio 0,00015 SISAV

0,000028 AUTOVILA

Óleos 0,5696 Correia e Correia

Solventes halogenados 0,076 SISAV

0,023 AUTOVILA

Solventes 0,245 SISAV

0,15 AUTOVILA

Embalagens contaminadas 0,046 SISAV

0,015 AUTOVILA

Produtos químicos de laboratório 0,536 SISAV

0,18 AUTOVILA

Produtos químicos inorgânicos de laboratório

0,081 AUTOVILA

0,202 SISAV

Pilhas de chumbo 0,02 LNB Car

0,208 SISAV

0,1 AUTOVILA

Lâmpadas 0,06 LNB Car

0,1348 Exel logistics

0,38 Carlos Ferreira da Silva e Filhos

REEE com clorofluorcarbonetos 0,1 Exel logistics

REEE perigosos 0,535 Exel logistics

0,615 Carlos Ferreira da Silva e Filhos

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Perante a análise da tabela apresentada, podemos concluir que o resíduo mais

produzido na FEUP foram os RUI com 5,92 ton, seguindo-se com 5,36 ton o entulho

limpo. Estes foram os resíduos mais produzidos, porque a comunidade estudantil

menos sensibilizada para a reciclagem, continua a depositar resíduos recicláveis no

recipiente dos resíduos indiferenciados. Os resíduos menos produzidos foram os

resíduos contendo mercúrio, com 0,00018 ton. seguindo-se as pilhas de chumbo com

0,33 ton.

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3. Conclusão

Desde 1999, a FEUP decidiu implementar um sistema de gestão de resíduos e

criou um projecto denominado EcoFEUP. A partir desse momento, houve uma

preocupação acrescida como fim a gerir os resíduos produzidos pela faculdade.

Através da recolha de dados sobre quais os resíduos produzidos na faculdade e a

sua quantidade e depois de muitas pesquisas e de muito trabalho chegaram-se a

algumas conclusões interessantes.

Concluiu-se que os resíduos mais produzidos em 2009 na FEUP foram os RCD

(entulho limpo), os verdes (por exemplo relva) e outros resíduos urbanos. Todos eles

superaram as 5 toneladas.

Por outro lado, as pilhas, os resíduos contendo mercúrio e as embalagens

contaminadas foram os menos produzidos, não chegando a atingir 0,1 tonelada.

Não foi difícil encontrar as informações necessárias à realização deste trabalho

pois a FEUP tem uma gestão de resíduos bastante organizada e a ajuda de vários

elementos da faculdade foi fulcral.

Algumas das dificuldades encontradas foram a falta de tempo para a

organização, divisão de tarefas e realização do trabalho o que obrigou à realização de

noitadas. No entanto, foi agradável trabalhar em grupo e é, sem dúvida alguma, uma

preparação para futuros relatórios e apresentações de trabalhos, que com certeza nos

deparemos no decorrer da nossa vida académica na FEUP.

Page 17: Maria Cristina Costaprojfeup/cd_2010_11/files/AMB105_relatorio.pdf · Tipologias e Características Maria ... informação de cada um dos diferentes tipos de resíduos e ... das antigas

Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto 2010/2011

16 Projecto FEUP-AMB 105

4. Bibliografia

Auto-vila, SA. 2001. Serviços e soluções de gestão de resíduos.

http://www.auto-vila.pt/servicos/servicos_entry.html (acedido em Outubro de

2010)

Auto-vila, SA. 2001. Tipos de Resíduos Tratados. http://www.auto-

vila.pt/residuos/residuos_entry.html (acedido em Outubro de 2010)

ECO FEUP. Gestão Ambiental. www.fe.up.pt/ecofeup (acedido em 2010)

Dados do relatório de sustentabilidade fornecidos por Eng. Paula Rego;

LNB Car. 2010 . Resíduos.

http://www.lnbcar.com/artigo.aspx?lang=pt&id_object=392 (acedido em

Outubro de 2010);

Relatório de sustentabilidade de 2008:

http://www.fe.up.pt/si/conteudos_service.conteudos_cont?pct_id=77808&pv_

cod=39aaXairaa2f (acedido em 2010).

SISAV. 2010. Unidades de Tratamento.

http://sisav.portugalinteractivo.com/ver.php?cod=0B (acedido em Outubro de

2010)


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