Date post: | 28-Jan-2019 |
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MEIO INTERESTELAR O espaço interestelar é o local onde
estrelas “nascem” e onde elas
retornam quando “morrem”.
Rica em gás e poeira e distribuída
de modo tênue através das regiões
escuras entre as estrelas, a matéria
interestelar ocasionalmente
“brilha” como nebulosa ou contrai
para formar novas estrelas (as
vezes planetas).
Nebulosa da Águia (10 anos-luz).
Berçário de formação de estrelas:
radiação destas estrelas novas
excita o gás circundante, que re-
emite luz em cores variadas
dependendo da abundância dos
elementos químicos
(vermelho = H, azul = O)
Regiões escuras contém matéria interestelar:
bloqueia a luz vinda das estrelas
Regiões brihantes: conjuntos de estrelas
região de 30o
da Galáxia
A Via-Láctea fotografada de horizonte a horizonte (~180º)
Regiões brilhantes = conjuntos de estrelas
Regiões escuras = regiões de matéria interestelar
que bloqueia a luz vinda das estrelas
A matéria existente entre as estrelas consiste de:
• gás
• poeira
meio interestelar
Gás: átomos: 10-10 m (0.1 nm) décimo de bilionésimo
pequenas moléculas: < 10-9 m (1 nm)
Poeira: grupos de átomos e moléculas
grão de poeira típico: 10-7 m (100 nm)
Distribuição da matéria interestelar é irregular
O componente que mais obscurece a luz visível é a
POEIRA (menor quantidade do que o gás- 1 grão de poeira para
cada trilhão de átomos)
Um feixe de luz pode ser espalhado ou absorvido
somente por partículas de tamanhos comparáveis
ou maiores do que o da radiação incidente.
Regiões de poeira são transparentes à radiação
infravermelha e rádio e opacas à radiação no
óptico, UV e raio-X
A atenuação total da luz de estrelas pelo
meio interestelar chama-se EXTINÇÃO
A luz é mais atenuada em menores
estrelas tendem a parecer mais avermelhadas
AVERMELHAMENTO INTERESTELAR
absorção ou espalhamento
da luz visível vinda das
estrelas pela nuvem de
poeira
luz vermelha vinda das
estrelas não é espalhada
ou absorvida pela nuvem
de poeira
Diminuição da
intensidade da curva
de corpo negro dá
estimativa do quanto a
luz é atenuada
A luz azul é mais
atenuada
Espectro original
da estrela
Linhas de absorção:
identificam o tipo
original da estrela
Conhecendo o tipo,
têm-se a curva de
corpo negro original
da estrela
Diminuição da
intensidade da curva
de corpo negro dá
estimativa do quanto a
luz é atenuada
O estudo do espectro
dá a estimativa da
quantidade e do
tamanho dos grãos
Medidas de mais estrelas em várias direções: mapeamento
do meio interestelar na vizinhança solar
Nenhum local na nossa galáxia é destituído de matéria
Em média a densidade do meio interestelar é
extremamente baixa: 106 átomos por m3 REGIÕES VARIAM DE 104 A 109 ÁTOMOS/M3
(melhor vácuo conseguido em lab : 1010 moléculas/m3)
Em média há somente 1 grão de poeira para cada
trilhão de átomos: 10-6 grãos/m3 (1000 grãos/km3)
(Poeira é mais rara do que átomos e moléculas)
A densidade de matéria interestelar é baixa, mas o
volume do universo é muito grande: na vizinhança do
sol a massa existente no meio interestelar é da ordem
da massa existente em estrelas.
Terra -centauri 1 m2
Exemplo:
Contém > 1010 (dezenas de bilhões) de partículas de poeira
Mas como o meio interestelar sendo tão pouco denso
pode atenuar tanto a luz vinda das estrelas??
Um grande número de partículas interestelares é
acumulado entre as estrelas!!!!
1.3 pc (41016 m)
Composição química
Gás interestelar:
•90% de H (atômico e molecular)
• 9% de He
• 1% de elementos + pesados
C, O, Si,Mg e Fe são menos abundantes no gás
interestelar do que nas estrelas
Grãos: formados por silicatos, grafite e ferro contém
tb gelo sujo (água + amônia + metano)
Indicativo de que a sub-abundância de C,O,Si,Mg
e Fe no gás interestelar está sob forma de grãos
Grãos são formados no gás interestelar
NEBULOSAS DE EMISSÃO
VIA LACTÉA(180o completos) regiões de poeira interestelar
Nebulosas de emissão
São regiões de gás ionizado
por estrelas jovens recém
formadas
Nem todas as nuvens
de gás aparecem como
nuvens escuras
Estrelas jovens e quentes do tipo O-B produzem
bastante radiação UV que ionizam o gás interestelar ao
redor destas estrelas
Quando os elétrons voltam
a se recombinar com o
átomo, ocorrem transições
para níveis mais baixos, é
emitida radiação visível
(principalmente série de
Balmer) fazendo com que
as nuvens de gás
“brilhem”.
Fótons UV da estrela são
transformados em fótons no visível
Nebulosa da Águia (M16) Diâm = 8 pc
Dens = 9x107 part/m3
M = 600 M
T = 8000 K
Fotoevaporação das nuvens
pelas estrelas quentes: primeiro
regiões menos densas,
sobrando as mais densas
A cor verdadeira da maior
parte da radiação emitida é
avermelhada 6563 Å
(linha do H [H])
Radiação emitida pelo
hidrogênio
Neb Lagoon M8 Diâm=14pc
Dens= 8x107 part/m3
M= 2600 M
T= 7500 K
1pc = 3.09×1013 Km
Dark Nebula = nuvem de poeira
Emission Nebula = brilha devido à
presença de estrelas quentes
nebulosa Trífida (M20)
Faixas de poeira
Nebulosa de reflexão: luz da estrela
espalhada pela nuvem (luz azul)
Regiões brilhantes
(cor falsa) de
formação estelar
(principalmente no
interior das
camadas de
poeira)
Espalhamento: processo no qual a luz é absorvida e
re-erradiada pelas partículas pelas quais ela passa.
Exemplo: quando a luz vinda do Sol passa através
da atmosfera da Terra A luz azul é mais
facilmente espalhada
do que a luz vermelha
Espalhamento Rayleigh: a luz azul é
mais espalhada pq o comprimento
de onda da luz azul (400 nm) é
próximo ao tamanho das moléculas
de ar do que o comp. de onda da luz
vermelha (700 nm).
ESPECTRO DA NEBULOSA
Espectros da nebulosa brilhante e das
estrelas são diferentes, pois as condições
físicas de ambos diferem.
Estrelas corpo negro + linhas de absorção
NGC 2346
0.2 pc de extensão
D = 700 pc
Nebulosas de
emissão, formadas
por gás quente e de
baixa densidade,
produzem linhas de
emissão no espectro
(c) Um gás quente
de baixa densidade
possui um
espectro com
linhas de emissão.
Estas linhas são
características da
composição
química do gás
(b) Um gás frio de baixa
densidade possui um espectro
de linhas de absorção
superpostas no espectro
contínuo. Estas linhas são
características da composição
química do gás e aparecem no
mesmo das linhas de
emissão produzidas pelo
mesmo gás a + alta
temperatura
NUVENS ESCURAS
90% do meio interestelar é composto por regiões
escuras (sem estrelas e sem nebulosas brilhantes)
Temperatura típica de uma região escura= 100 K congelamento da água T=273 K
movimentos atômicos e moleculares cessam T=0K
Nuvens escuras de poeira T ~ dezenas de K (regiões + frias)
Densidade = 107 a 1012 átomos/m3 (103 a 106 x mais denso do
que o meio na sua vizinhança
Fotografias no visível de uma nuvem típica escura de poeira
luz das estrelas completamente obscurecida
Visão da nuvem no infravermelho
Nuvens frias emitem fortemente no IR
Neb.de emissão
Espectro de absorção
Linhas de absorção das
nuvens são mais estreitas
do que as da estrela
Podemos observar a
radiação visível emitida
por uma nuvem somente
se tiver uma estrela nas
proximidades dela
Nuvens escuras interestelares
Baixíssima densidade:
5000 átomos/m3
T: 500.000 K
Região que envolve
nosso sistema solar:
BOLHA LOCAL: 100 pc
Contém cerca de
200.000 estrelas
BOLHAS DE GÁS EXTREMAMENTE QUENTE Bolhas interestelares super aquecidas – meio internuvens
TEORICAMENTE O MEIO INTERESTELAR
ABSORVERIA TODA A RADIAÇÃO UV
EXTREMA (1 A 30 NM)
Podemos detectar radiação
UV extrema de estrelas
porque estamos dentro desta
bolha (o gás quente é
transparente à radiação UV
extrema)
RADIAÇÃO DE 21 CM
• Para observar a luz visível emitida pelas nuvens
é necessário uma estrela próxima : esta técnica é
somente aplicável a regiões + próximas da Terra
• somente as nuvens de poeira mais densas
emitem o suficiente de radiação no IR para ser
detectada por instrumentos
Método mais eficiente:
emissão em rádio da linha de 21 cm do H
• mapeamento das nuvens de gás de H neutro
• informações sobre densidade, temperatura, movimentos
internos das nuvens de gás
O gás interestelar emite radiação de baixa energia, devido a
transição do H para um estado de energia um pouco mais
baixo = próton e elétron rotando em diferentes direções
Observações em diferentes
regiões do espaço: linhas
deslocadas devido ao
movimento das nuvens em
relação a Terra
NUVENS MOLECULARES
•Menos quantidade do que as nebulosas de emissão
•H2 é esperado como sendo o mais abundante na
nuvem molecular, mas emite só no UV (gás e poeira
existente nas nuvens moleculares absorvem este tipo de radiação).
Observações usam outras moléculas:
CO, HCN, NH3, H2O, CH3OH, H2CO
T ~ 20-50 K e densidade ~ 1011 moléculas/m3
Cianeto, metanol, fomaldeído
As nuvens mais densas são também as mais frias (20 K). Estas
nuvens tendem a conter moléculas ao invés de átomos.
H2CO - formaldeído
Transições entre estados rotacionais de uma
molécula emitem fótons na frequência de rádio.
Emissão do
formaldeído
(H2CO) em
diferentes partes
de M20
Absorção da
radiação de
estrelas (linhas
de absorção
mais intensas
nas faixas
escuras)
Mapa de CO em emissão do plano da Galáxia
Regiões brilhantes são complexos de nuvens
moleculares onde moléculas são mais
abundantes e há formação estelar
Complexos de nuvens moleculares: podem formar
cerca de milhões de estrelas como o Sol
UNIDADES
1 angstron (Å) = 10-10 m física atômica
1 nanometro (nm) = 10-9 m espectroscopia
1 micron (m) = 10-6 m poeira interestelar
1 centímetro (cm) = 0.01 m uso freqüente
1 metro (m) = 100 cm em astronomia
1 quilômetro (km) = 1000 m = 105 cm
Raio da Terra (R) = 6378 km astronomia planetária
Raio solar (R) = 6.96108 m sistema solar
1 unidade astronômica (UA) = 1.496108 km
1 ano-luz (al) = 9.461012 km
= 63.200 UA astronomia galáctica
1 parsec (pc) = 3.09 1013 km estrelas, aglomerados de estrelas
= 3.26 anos-luz
1 quiloparsec (Kpc) = 1000 pc galáxias, aglomerados de galáxias
1 megaparsec (Mpc) =1000 kpc cosmologia