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MÓDULO I

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com os VENCEDORES! MÓDULO I FUNDAMENTOS DE ANÁLISE SINTÁTICA Informações: 3622-1207 Espaço dos Módulos (Rua Ferreira Pena, 653 - Centro - 3º Piso) Professor Pedrosa
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com os

VENCEDORES!

MÓDULO I FUNDAMENTOS DE

ANÁLISE SINTÁTICA

Informações: 3622-1207

Espaço dos Módulos (Rua Ferreira Pena, 653 - Centro - 3º Piso)

Professor Pedrosa

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Espaço dos Módulos “A constelação de ensino que brilha nos céus de nossas vidas.”

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* Sintaxe Estuda as funções dos termos na oração e

das orações no período. * MORFOSSINTAXE DAS CLASSES

GRAMATICAIS 1. SUBSTANTIVO: sujeito, predicativo,

complemento verbal (objeto direto/objeto indireto), complemento nominal, agente da passiva, adjunto adnominal, adjunto adverbial, aposto e vocativo.

2. ADJETIVO OU LOCUÇÃO ADJETIVA:

predicativo e adjunto adnominal. 3. ARTIGO: adjunto adnominal. 4. NUMERAL: *Substantivo: as mesmas funções do substantivo. *Adjetivo: adjunto adnominal. 5. PRONOME: *Substantivo: as mesmas funções do substantivo. *Adjetivo: adjunto adnominal. 6. VERBO OU LOCUÇÃO VERBAL: núcleo

de predicado, quando for significativo (transitivo direto, transitivo indireto, transitivo direto e indireto e intransitivo).

7. ADVÉRBIO OU LOCUÇÃO ADVERBIAL:

adjunto adverbial. 8. CONJUNÇÃO OU LOCUÇÃO

CONJUNTIVA: não exercem função

sintática, apenas são chamadas de conectivo.

9. PREPOSIÇÃO OU LOCUÇÃO

PREPOSITIVA: não exercem função sintática, apenas são chamadas de conectivo.

10. INTERJEIÇÃO OU LOCUÇÃO

INTERJEITIVA: não exercem função sintática, pois são consideradas vocábulo-frase.

* Substantivo concreto versus abstrato * Concreto - posso ver; - posso tocar; - posso desenhar; - não depende da existência de outro ser. * Abstrato - não posso ver; - não posso tocar; - não posso desenhar; - depende da existência de outro ser. Obs.: 1) Nem tudo que não se possa ver será abstrato. Nesse caso deve-se observar a relação de existência. 2) Em algumas situações depende de contexto para classificar-se o substantivo em concreto ou abstrato. * Observe que todo termo destacado ou citado

em um contexto enquadra-se dentro das duas possibilidades abaixo:

1. Ou vem ligado a um nome (termo

determinante do nome);

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2. Ou vem ligado a um verbo (termo determinante do verbo).

* Se um termo da oração vem ligado a um

nome, pode desempenhar uma das quatro funções:

- adjunto adnominal - aposto - complemento nominal - predicativo * características: 1) Adjunto adnominal: - é representado por um artigo,

adjetivo, locução adjetiva, numeral adjetivo ou pronome adjetivo;

- ativo ou posse; - jamais poderá ser isolado do nome a

que estiver se referindo; - é uma característica própria do nome

a que estiver se referindo, isto é, permanente;

- não será possível emitir julgamento. 2) Aposto: - especificação. 3) Complemento nominal: - passivo ou alvo; - sempre introduzido por preposição. 4) Predicativo: * Do sujeito: - sempre isolado do sujeito por meio

de verbo ou pontuação; - é uma característica imprópria do

sujeito, isto é, transitória. * Do objeto: - não poderá ser isolado do objeto; - é uma característica imprópria do

objeto, isto é, transitória; - é possível emitir julgamento.

* Se vem ligado a um verbo, pode desempenhar uma das cinco funções:

- sujeito; - objeto direto; - objeto indireto - agente da voz passiva; - adjunto adverbial. * características: 1) Sujeito: - ser sobre o qual se declara algo; - é detectado através das perguntas

(“quem é que” ou “o que é que”) feitas antes do verbo.

2) Objeto direto: - ligado ao verbo diretamente ou por

meio de preposição, que pode ser retirada; - não expressa circunstância; - não indica posse. 3) Objeto indireto: - sempre introduzido por preposição,

que não pode ser retirada; - não expressa circunstância; - não indica posse. 4) Agente da passiva: - é o agente da ação verbal quando

o sujeito é paciente; - sempre introduzido pelas

preposições “por” ou “de”; - a oração tem que apresentar uma

locução verbal, isto é, no mínimo dois verbos;

- para confirmação da sua presença, transpor a oração para a voz ativa.

5) Adjunto adverbial: - é representado por um advérbio

ou uma locução adverbial; - expressa circunstância.

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* FUNDAMENTOS DE ANÁLISE SINTÁTICA

* 1º passo: verificar a classe gramatical do

núcleo da expressão destacada ou citada no contexto.

- ao perceber que o núcleo é substantivo, numeral substantivo ou pronome substantivo (aplicar os fundamentos abaixo previstos no 2º passo).

- ao perceber que o núcleo é artigo, adjetivo, numeral adjetivo, pronome adjetivo, verbo, advérbio, preposição, conjunção ou interjeição (consultar as funções previstas em morfossintaxe das categorias gramaticais).

* 2º passo: Fazer as seguintes perguntas (somente

quando a expressão destacada ou citada no contexto for substantivo, numeral substantivo ou pronome substantivo):

1) Termo destacado ligado a nome ou a

verbo? 2) Nome substantivo, adjetivo ou advérbio? 3) Substantivo concreto ou abstrato? Obs.: a pergunta “2” só será feita caso o

termo destacado esteja ligado a um nome e a “3” se esse nome for um substantivo.

Nome Expressão destacada Adjunto adnominal Aposto Complemento nominal Predicativo

Subst. Concreto Expressão destacada ADN = tem Aposto = é Subst. abstrato Expressão destacada ADN = ativo ou posse CN = passivo ou alvo Adjetivo Expressão destacada CN Advérbio Expressão destacada CN

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Verbo Expressão destacada Sujeito Objeto direto Objeto indireto Agente da passiva Adjunto adverbial

Ex.: O Estado de São Paulo é muito rico. A população de São Paulo sofre com a

poluição. O meu amor por Deus aumenta cada vez

mais. O respeito do filho pelo pai é muito

importante.

Essas tarefas são inerentes a mim . Estou fora de sala. Devo meu sucesso a Deus. Brasília foi planejada por JK. O homem morreu de tuberculose. * EXERCÍCIOS (SALA) Dê as funções sintáticas dos termos destacados nas frases abaixo. 1) A cidade de Natal é linda. 2) O Estado do Rio de Janeiro fica na região Sudeste.

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3) A procura da verdade o preocupava. 4) A invenção de Bell mudou o mundo. 5) Estacionei fora do pátio. 6) A sala está repleta de alunos. 7) As praias do Nordeste são lindíssimas. 8) Os convidados beberam do vinho naquela festa. 9) O filme foi agradável a todos.

10) A sentença saiu favoravelmente ao réu. 11) Sempre tive medo de que ela desistisse. 12) O embarque dos porcos será amanhã. 13) A aquisição do material foi tardia. 14) o embarque da Seleção Brasileira ocorreu discretamente. 15) o relógio de ouro vive atrasado. 16) Saíram cerca de vinte rapazes. 17) O rapaz alto faltou à aula.

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18) A ida ao cinema foi uma péssima escolha. 19) A invenção do telefone mudou o rumo da comunicação. 20) As respostas do professor estavam corretas. 21) Admito ter carência de teus carinhos. 22) Escreveu a carta com o lápis novo. 23) A descoberta do ouro marcou a história de Minas Gerais. 24) O jogador foi descoberto em Fortaleza por um olheiro.

25) A intervenção do pai na escolha do filho foi oportuna. 26) A defesa do goleiro foi espetacular. 27) Você ganhou o colar de pérolas? 28) Os carros de brinquedo fazem a alegria da garotada. 29) Aquele rapaz sempre ficava cercado de amigos. 30) O bairro era povoado de pessoas simples. 31) Eles, alunos estudiosos, almejavam sempre uma boa colocação.

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32) O mês de junho é conhecido como o mês das festas juninas. 33) O estacionamento de veículos está fechado. 34) A criação do sistema único de saúde foi importante para a população. 35) Todos foram julgados incapazes pelos avaliadores. 36) O medo de altura impediu que o homem subisse ao vigésimo andar. 37) A estação da primavera chegará radiante.

38) O trânsito de pessoas foi interrompido no centro da cidade. 39) A defesa do acusado alega que ele é inocente. 40) A venda de bebidas alcoólicas está proibida nas rodovias federais. 41) A redação do jornal fica no quarto andar. 42) O estacionamento de veículos ficou proibido por dez dias. 43) A primeira criação de Deus foi o universo.

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44) O trânsito de Manaus está ficando violento. 45) A defesa do médico é complicada, pois ele cometeu vários crimes. 46) O ataque das formigas deixou o cafezal destruído. 47) A redação do jornal acontece diariamente. 48) A venda do seu Antônio fica na esquina. 49) As redações dos alunos finalistas receberam nota dez. 50) A necessidade de medicamentos leva diversos doentes aos postos de saúde.

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* EXERCÍCIOS (CASA) Texto 1

Textos para aplicação dos fundamentos de análise sintática

Atualmente, o diagnóstico padrão para

todos os tipos de câncer se baseia em

exames de imagem e biópsia do tumor.

Eles determinam a malignidade das células

cancerosas e quão disseminada a doença

está. A partir dessas informações, e

conforme o órgão afetado, é definido o

melhor tratamento. Hoje, as alternativas

são cirurgia, quimioterapia, radioterapia ou

a combinação desses tratamentos.

Mas um novo e promissor horizonte

começa a se delinear com a chamada

medicina ou terapia individualizada, em

que são levadas em conta tanto a genética

do paciente como a do tumor, além dos

métodos diagnósticos e tratamentos

tradicionais. Com isso, cada caso passa a

ser único, com características específicas

que permitem ao médico estabelecer uma

estratégia de tratamento diferenciada,

concebida sob medida para a pessoa.

Assim, duas pacientes com câncer de

mama que tenham, aparentemente, a

mesma malignidade e o mesmo nível de

disseminação da doença terão tratamentos

diferentes determinados pela genética e

pela de seu tumor. Para uma, poderá ser

indicada a terapia com hormônios; para a

outra, apenas a cirurgia.

Exames genéticos podem estabelecer,

por exemplo, quais anormalidades nas

células do tumor de uma pessoa com

câncer de pulmão estão relacionadas à sua

doença. Estudos da genética do paciente

ajudam a saber previamente quais

remédios podem ser tóxicos. Com isso é

possível oferecer um tratamento muito

menos tóxico e mais específico para cada

indivíduo, potencializando sua eficácia e as

chances de cura.

Na abordagem tradicional, o médico

identifica as possíveis causas do câncer e

prescreve a terapia mais adequada.

Contudo, causas desconhecidas ou

mutações ao longo do tempo podem fazer

com que esse tratamento produza

melhorias apenas temporárias, resultados

aquém dos esperados ou nenhum

resultado. Conhecer as anormalidades do

tumor por meio da análise de seus genes

permite identificar com precisão os alvos e

atacá-los com medicamentos específicos.

Hoje já existem terapias-alvo dirigidas. Elas

se baseiam em drogas inteligentes, que

agem seletivamente sobre anormalidades

especificas de diferentes tipos de tumores.

Trata-se do início de uma nova era para

os tratamentos oncológicos. Dispor de

informações sobre os perfis genéticos do

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paciente e do tumor é a chave para

selecionar as melhores terapias disponíveis

para tratar cada caso com uma abordagem

individualizada, mais eficiente e segura. É

ir direto ao alvo, como um míssil

teleguiado. E, como os exames genéticos

ajudam a saber de antemão quem vai

responder a determinado medicamento,

evitam-se terapias (e gastos) com drogas

que não trarão efeito para aquela pessoa,

possibilitando a busca de outras opções de

tratamento. Para as instituições de saúde,

isso significa melhor uso dos recursos.

Para os pacientes, maiores chances de

sucesso no tratamento.

Dê as funções sintáticas dos termos abaixo

extraídos do texto acima. 1. “em exames de imagem e biópsia do tumor”

(linhas 2 e 3) _____________________________________ _____________________________________ 2.“das células cancerosas” (linhas 4 e 5) _____________________________________ _____________________________________ 3. “disseminada” (linha 5) _____________________________________ _____________________________________

4. “a doença” (linha 5) _____________________________________ _____________________________________ 5. “o melhor tratamento” (linhas 7 e 8) _____________________________________ _____________________________________ 6. “Hoje” (linha 8) _____________________________________ _____________________________________ 7. “as alternativas” (linha 8) _____________________________________ _____________________________________ 8. “cirurgia, quimioterapia, radioterapia ou a

combinação desses tratamentos” (linhas 9 e 10)

_____________________________________ _____________________________________ 9. “novo e promissor” (linha11) _____________________________________ _____________________________________ 10. “cada caso” (linha17) _____________________________________ _____________________________________

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11. “ao médico” (linha19) _____________________________________ _____________________________________ 12. “estabelecer uma estratégia de tratamento

diferenciada” (linhas 19 e 20) _____________________________________ _____________________________________ 13. “tratamentos diferentes” (linhas 25 e 26) _____________________________________ _____________________________________ 14. “ Exames genéticos” (linha 30) _____________________________________ _____________________________________ 15. “quais anormalidades nas células do

tumor de uma pessoa com câncer de pulmão estão relacionadas à sua doença” (linhas 31, 32 e 33)

_____________________________________ _____________________________________ 16. “à sua doença” (linha 34) _____________________________________ _____________________________________ 17. “tóxicos” (linha 36) _____________________________________ _____________________________________

18. “possível” (linha 37) _____________________________________ _____________________________________ 19. “oferecer um tratamento muito menos

tóxico e mais específico para cada indivíduo” (linhas 37, 38 e 39)

_____________________________________ _____________________________________ 20. “ possíveis” (linha 42) _____________________________________ _____________________________________ 21. “do câncer” (linha 42) _____________________________________ _____________________________________ 22. “a terapia mais adequada” (linha 43) _____________________________________ _____________________________________ 23. “esse tratamento” (linha 46) _____________________________________ _____________________________________ 24. “de seus genes” (linha 50) _____________________________________ _____________________________________

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25. “terapias-alvo dirigidas” (linha 53) _____________________________________ _____________________________________ Texto 2 Crianças são seres adoráveis. Com

bochechas redondas, bracinhos roliços e

uma barriguinha macia, então, têm o poder

de derreter qualquer coração. São fofas.

Fofas? Bem, do ponto de vista médico, a

classificação para elas é outra: são

crianças com excesso de peso, cuja saúde

está em risco e cuja probabilidade de se

tornarem um adulto obeso cresce a cada

gesto de indulgência de seus pais. São

eles – ou os adultos que em última

instância decidem o que elas vão comer –

os principais responsáveis pela alarmante

constatação a que acaba de chegar a

pesquisa realizada sob a coordenação do

pediatra Mauro Fisberg, professor da

Universidade Federal de São Paulo

(Unifesp). As crianças brasileiras estão

ingerindo muito mais calorias do que

deveriam. Das que têm entre 2 e 5 anos de

idade, 22% apresentam sobrepeso. Pior:

6% já passaram para o patamar da

obesidade – o que significa estar mais de

15% acima do peso ideal. Tudo somado,

28% da garotada de até 5 anos está

pesando mais do que seria saudável. Com

isso, o Brasil acaba de ultrapassar os

Estados Unidos – o país mais gordo do

mundo – em matéria de obesidade infantil.

Por enquanto, a dianteira se refere apenas

a essa faixa etária. Mas é inevitável que se

estenda para outras em breve.

De cada 100 meninos e meninas que

apresentam quadro de obesidade aos 2

anos de idade, quinze conviverão com o

problema ao longo da vida. Já entre as

crianças que chegam aos 10 anos obesas,

80% manterão esse padrão na fase adulta.

É comum que os pais, ao notar que seu

filho está acima do peso, relevem o

problema, baseados na crença de que,

“quando crescer, ele emagrece” ou na

equivocada convicção de que “criança

gordinha é criança saudável”. Ocorre que,

ao contrário do que esperam esses pais, as

gordurinhas dos pequenos rechonchudos

não vão desaparecer num passe de

mágica. A primeira razão para isso é que

quem cresceu em meio a frituras,

sanduíches gordurosos e pacotes de

biscoito recheado resistirá mais a se

adaptar a uma alimentação saudável no

futuro. Mas a dificuldade em mudar hábitos

alimentares adquiridos na infância é só um

dos fatores que ameaçam transformar a

criança num adulto em luta eterna contra a

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balança. Há outros, de ordem metabólica, e

esses são ainda mais difíceis de reverter.

Pesquisadores descobriram, por

exemplo, que, consumidos em excesso

durante a fase de desenvolvimento,

gorduras e carboidratos inibem a ação das

proteínas que atuam no cérebro e no

fígado induzindo a sensação de saciedade

e estimulam as que controlam o apetite. O

mesmo ocorre com as enzimas

responsáveis por determinar o gasto de

energia do organismo. Esse descontrole

pode se tornar irreversível e, nesse caso,

terá o efeito possível de fazer com que a

ex-criança gordinha, adulta, sinta

necessidade de comer em grandes

quantidades e apresente um gasto calórico

desproporcional às suas atividades físicas.

Em resumo, pode fazer com que, ao longo

de toda a vida, ela tenha facilidade para

engordar e dificuldade para emagrecer.

Dê as funções sintáticas dos termos abaixo, extraídos do texto acima. 1. “ Crianças” (linha1) _____________________________________ _____________________________________ 2. “seres adoráveis” (linha1) _____________________________________ _____________________________________

3. “o poder” (linha 3) _____________________________________ _____________________________________ 4. “de derreter qualquer coração” (linha 4) _____________________________________ _____________________________________ 5. “fofas” (linha 4) _____________________________________ _____________________________________ 6. “As crianças brasileiras” (linha18) _____________________________________ _____________________________________ 7. “sobrepeso” (linha 21) _____________________________________ _____________________________________ 8. “saudável” (linha 26) _____________________________________ _____________________________________ 9. “o Brasil” (linha 27) _____________________________________ _____________________________________ 10. “os Estados Unidos” (linhas 27 e 28) _____________________________________ _____________________________________

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11. “o país mais gordo do mundo” (linhas 28 e 29)

_____________________________________ _____________________________________ 12. “a dianteira” (linha 30) _____________________________________ _____________________________________ 13. “a essa faixa etária” (linha 31) _____________________________________ _____________________________________ 14. “que se estenda para outras em breve”

(linha 31 e 32) _____________________________________ _____________________________________ 15. “quadro de obesidade” (linha 34) _____________________________________ _____________________________________ 16. “aos 2 anos de idade” (linhas 34 e 35) _____________________________________ _____________________________________ 17. “aos 10 anos obesas” (linha 37) _____________________________________ _____________________________________

18. “esse padrão” (linha 38) _____________________________________ _____________________________________ 19. “o problema” (linha 40 e 41) _____________________________________ _____________________________________

20. “quem” (linha 49) _____________________________________ _____________________________________

21. “em mudar hábitos alimentares” (linhas 53 e 54)

_____________________________________ _____________________________________

22. “de reverter” (linha 58) _____________________________________ _____________________________________

23. “gorduras e carboidratos” (linha 62) _____________________________________ _____________________________________

24. “no cérebro e no fígado” (linhas 63 e 64) _____________________________________ _____________________________________

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25. “às suas atividades físicas” (linha 74) _____________________________________ _____________________________________

Texto 3 Em primeiro lugar, porque parece presumir

que o ensino das matérias tradicionais é uma

questão resolvida, e que se ater a elas seria

algo menor, reducionista ou, como se diz com

certo desdém: “conteudismo”. Não é. O Brasil

vai muito mal nessa área, como comprovam

todos os testes internacionais comparativos.

Vai mal não apenas nas escolas públicas. As

escolas privadas brasileiras também são, em

geral, ruins, mas salvam as aparências por ter

suas deficiências mascaradas pelos

problemas ainda mais graves das escolas

públicas. No Ideb, indicador de qualidades da

educação do MEC, as escolas privadas têm

nota média 6, em uma escala que vai até 10.

No Pisa, teste internacional de qualidade de

ensino, descobrimos que os 25% mais ricos

do Brasil têm desempenho educacional pior

que os 25% mais pobres dos países

desenvolvidos. Ainda nos falta muito,

portanto, para que possamos considerar a

transmissão de conhecimento como tarefa

cumprida.

Sei que há uma corrente de

pensamento no país que acha que podemos e

devemos fazer tudo ao mesmo tempo, e que

priorizar a ética não significa descuidar do

conteúdo. Deixo esse assunto para outro

artigo, mas já adianto que não acredito que

isso seja possível com o nível de

institucionalização a que chegou o tema do

Brasil. Atualmente o MEC exige que os livros

didáticos de matemática (sim, matemática)

atuem na construção da cidadania,

estimulando “o convívio social e a tolerância,

abordando a diversidade da experiência

humana”. Seria melhor se esse espaço do

livro e o tempo do professor fossem

dedicados à atividade nada trivial de

familiarizar o aluno com os conceitos básicos

da disciplina. Mesmo quando conseguirem

cumprir a função básica de ensinar

matemática, português, ciências, não creio

que os professores devam priorizar de forma

ostensiva a pregação ética. São muitas as

razões que me levam a essa conclusão. Em

primeiro lugar, o desenvolvimento ético de

uma criança é uma prerrogativa de seus pais.

Acredito que um pai tem direito a infundir em

seu filho padrões éticos divergentes do senso

comum, que costuma nortear as escolas. Dou

um exemplo claro. A questão da preservação

ambiental virou um imperativo ético, e as

escolas marretam esse tema insistentemente.

Para mim, conforme já expus em artigo aqui,

o comportamento ético em um país com o

nível de desenvolvimento brasileiro deveria

privilegiar o desenvolvimento material

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humano, mesmo que isso implique algum

desmatamento. O que me parece antiético é

deixar gente sem renda para que árvores

sejam preservadas. Não gostaria, portanto,

que um professor ensinasse o contrário ao

meu filho.

Segundo o problema é que não acredito

que os professores brasileiros estejam

preparados para travar a discussão profunda

e multifacetada que o tema da ética exige. O

mais certo é que a questão desande para o

discurso panfletário, rasteiro, frequentemente

ideologizado. Não imagino que o utilitarismo,

o hedonismo ou o epicurismo sejam

ensinados em pé de igualdade com correntes

filosóficas que pregam as vertentes mais

clássicas da moralidade judaico-cristã. E, sem

esse contraponto, não se está ensinando

ética, mas sim fazendo doutrinamento.

Essa dinâmica está diretamente atrelada a

outro problema, que é a relação hierárquica

que caracteriza o ensino formal. Se uma

escola fizesse uma disciplina de ética opcional

ou não avaliada, creio que seria possível que

houvesse alguma evolução verdadeira por

parte do alunado. Mas, no momento em que

esse tema virou transdisciplinar e vale nota, é

óbvio que os alunos minimamente atilados

saberão conformar suas respostas às

expectativas e inclinações de seus

professores. Quando eu estava na escola, era

formada por marxistas a maioria dos

professores de história, português, geografia e

outras disciplinas da área de humanas. Isso

fazia com que eu e muitos outros colegas nos

certificássemos de que toda resposta em

prova incluísse alguma lenhada na burguesia

e uma conclamação à construção de um

mundo mais fraterno. Não por convicção, mas

porque o nosso falso esquerdismo rendia

notas melhores. Tenho certeza de que os

mensaleiros, anões do Orçamento,

sanguessugas e demais patifes também

pregavam a justiça universal em seus tempos

de escola.

Dê as funções sintáticas dos termos abaixo

extraídos do texto acima. 1. “das matérias tradicionais” (linha 2) _____________________________________ _____________________________________ 2. “O Brasil” (linha 5) _____________________________________ _____________________________________ 3. “muito” (linha 6) _____________________________________ _____________________________________ 4. “mal ” (linha 6) _____________________________________ _____________________________________

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5. “nessa área” (linha 6) _____________________________________ _____________________________________ 6. “privadas” (linha 9) _____________________________________ _____________________________________ 7. “as aparências” (linha10) _____________________________________ _____________________________________ 8. “indicador de qualidades da educação do

MEC” (linhas13 e 14) _____________________________________ _____________________________________ 9. “nota média 6” (linha15) _____________________________________ _____________________________________ 10. “a transmissão de conhecimento” (linhas

21 e 22) _____________________________________ _____________________________________ 11. “uma corrente de pensamento” (linhas 24

e 25) _____________________________________ _____________________________________

12. “no país” (linha 25) _____________________________________ _____________________________________ 13. “que os livros didáticos de matemática

(sim, matemática) atuem na construção da cidadania” (linhas 32, 33 e 34)

_____________________________________ _____________________________________ 14. “da cidadania” (linha 34) _____________________________________ _____________________________________ 15. “à atividade nada trivial” (linha 39) _____________________________________ _____________________________________ 16. “os professores” (linha 44) _____________________________________ _____________________________________ 17. “a pregação ética” (linha 45) _____________________________________ _____________________________________ 18. “de seus pais” (linha 48) _____________________________________ _____________________________________

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19. “direito” (linha 49) _____________________________________ _____________________________________ 20. “um imperativo ético” (linha 53) _____________________________________ _____________________________________

21. “o desenvolvimento material humano”

(linhas 58 e 59) _____________________________________ _____________________________________

22. “isso” (linha 59) _____________________________________ _____________________________________

23. “algum desmatamento” (linhas 59 e 60) _____________________________________ _____________________________________

24. “ao meu filho” (linhas 63 e 64) _____________________________________ _____________________________________ 25. “por marxistas” (linha 90) _____________________________________ _____________________________________

Texto 4 Lembro sem saudades de maio de 68 que

Paris exportava e nós, paulistas,

secundávamos na Universidade de São Paulo

– mais precisamente na Rua Maria Antônia,

onde tomamos as salas de aula para os

nossos propósitos libertários e o sexo rolava

solto. Aquele maio não foi só uma festa, foi

também o tempo do aborto clandestino e da

doença venérea que o ginecologista

diagnosticava dando graças aos céus que a

penicilina existia: “Comece a tomar

imediatamente”.

Nós endeusávamos o gozo, como os

hebreus endeusavam o bezerro de ouro.

Éramos contrários ao materialismo, mas

servos ao sexo e do êxtase que ele nos

propiciava. Sem saber, confundíamos o apego

ao gozo com a liberdade. Não sabíamos nem

queríamos saber, já que, depois de séculos

de repressão, a libertação sexual era urgente.

Nós éramos “revolucionários”, e nenhuma

consideração contrária aos nossos propósitos

nos interessava.

A possibilidade de nos satisfazermos

sexualmente como bem entendêssemos era o

que mais desejávamos. E, sendo jovens, além

de revolucionários, não estávamos em

condições de avaliar o lado negativo do nosso

culto ao Deus gozo, que nem a aids

conseguiu abalar. Raros foram os que

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Espaço dos Módulos “A constelação de ensino que brilha nos céus de nossas vidas.”

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adotaram logo as medidas preventivas

recomendadas e muitos os que fizeram pouco

delas – inclusive médicos e psicanalistas.

Testemunhei o descaso com horror.

O sexo não é inócuo, não é propriamente

um cordeirinho do bom pastor, e a liberdade

conquistada nos anos 60 impõe o “não” ao

outro e a si mesmo. Quer dizer, para que a

sexualidade não seja uma negação da vida, a

liberdade impõe a contenção.

Quando não há mais proibição externa, cabe

a cada um colocar o limite para o outro e para

si. Não é fácil, porque não somos educados

para nos conter. Pelo contrário, a sociedade

em que vivemos incita à desmesura. O que é

o problema da obesidade, a que estamos

cada vez mais expostos, senão uma doença

da sociedade de consumo? Nos Estados

Unidos, ela é hoje uma questão social grave.

O controle da pulsão, a gente aprende na

infância. A propósito disso, Montaigne

escreveu nos Ensaios: “(...) os nossos

maiores vícios se originam na mais tenra

infância e a orientação do nosso caráter está

principalmente nas mãos da babá. As mães

consideram um passatempo ver a criança (...)

ferir, brincando, um gato ou um cachorro.

Certos pais são tolos a ponto de considerar

que o fato de o filho bater (...) num criado é o

feliz sinal anunciador de uma alma marcial e

que enganar o companheiro, sendo maldoso e

desleal, é um sinal de inteligência”. Ou seja, a

educação sexual começa bem antes de a

sexualidade despontar e a valorização do

descontrole da criança é um crime. Os pais

podem inclusive ser responsabilizados pelo

apego desmensurado do filho ao gozo, cujas

consequências são sempre danosas e, às

vezes, letais.

Dê as funções sintáticas dos termos abaixo

extraídos do texto acima. 1. “o sexo” (linha 6) _____________________________________ _____________________________________ 2. “uma festa” (linha 7) _____________________________________ _____________________________________ 3. “clandestino” (linha 8) _____________________________________ _____________________________________ 4. “graças” (linha 10) _____________________________________ _____________________________________ 5. “aos céus” (linha 10) _____________________________________ _____________________________________

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Espaço dos Módulos “A constelação de ensino que brilha nos céus de nossas vidas.”

Língua Portuguesa 21 Prof. Pedrosa

6. “a penicilina” (linhas 10 e 11) _____________________________________ _____________________________________ 7. “imediatamente” (linha 12) _____________________________________ _____________________________________ 8. “o gozo” (linha 13) _____________________________________ _____________________________________ 9. “de ouro” (linha 14) _____________________________________ _____________________________________ 10. “ao materialismo” (linha 15) _____________________________________ _____________________________________ 11. “a libertação sexual” (linha 20) _____________________________________ _____________________________________ 12. “urgente” (linha 20) _____________________________________ _____________________________________ 13. “aos nossos propósitos” (linha 22) _____________________________________ _____________________________________

14. “ao Deus gozo” (linha 29) _____________________________________ _____________________________________ 15. “o descaso” (linha 34) _____________________________________ _____________________________________ 16. “com horror” (linha 34) _____________________________________ _____________________________________ 17. “da vida” (linha 39) _____________________________________ _____________________________________ 18. “a liberdade” (linhas 39 e 40) _____________________________________ _____________________________________ 19. “a contenção” (linha 40) _____________________________________ _____________________________________ 20. “mais proibição externa” (linha 41) _____________________________________ _____________________________________

21. “a cada um” (linha 42) _____________________________________ _____________________________________

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Espaço dos Módulos “A constelação de ensino que brilha nos céus de nossas vidas.”

Língua Portuguesa 22 Prof. Pedrosa

22. “colocar o limite para o outro e para si”

(linhas 42 e 43) _____________________________________ _____________________________________

23. “Nos Estados Unidos” (linhas 48 e 49) _____________________________________ _____________________________________

24. “O controle da pulsão” (linha 50) _____________________________________ _____________________________________ 25. “do nosso caráter” (linha 54) _____________________________________ _____________________________________


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