MUNDO TECNOLÓGICO: ÊNFASE NA FORMAÇÃO DE

PALAVRAS, NA LEITURA E NA ESCRITA EM TORNO

DO UNIVERSO DA EDUCAÇÃO INFANTIL DO SESC

LER SURUBIM–PE

TECHNOLOGICAL WORLD: Emphasis on Words, Reading and Writing Around the Universe of Children Education of Sesc Ler

Surubim-PE

ISOLDA MARIA DOS SANTOS LEAL

Resumo O referido artigo traz a tona um relato de experiência acerca do projeto desenvolvido na Educação Infantil, Pré III do Sesc Ler Surubim-PE. Tendo como objetivo incentivar e facilitar o processo de alfabetização e assim dá ênfase na formação de palavras a partir do uso dos meios tecnológicos como a lousa interativa e o computador, utilizando os aplicativos Word e o Paint. Com isto, foram desenvolvidas atividades lúdicas onde primeiramente se trabalhou as letras do próprio nome dos educandos e depois houve interligação do vídeo infantil e slides contendo gravuras do conhecimento dos alunos que ao identificá-las, a partir de sua entonação, relacionavam à imagem com a letra inicial, entretanto, a tela do slide só passava adiante quando clicado corretamente, oferecendo possibilidade de percepção quanto aos fonemas. As atividades foram desenvolvidas em etapas, onde os educandos em grupo ou individualmente, interagiram com o proposto, tendo como resultado, maior percepção na identificação das letras e nos sons, além do contato com equipamentos tecnológicos, desenvolvendo seus conhecimentos de forma autônoma. Assim, ligando o estudo a tecnologia, foi realizado um ciclo de aprendizagem significativa dentro da Educação Infantil que uniu o útil ao agradável em prol a uma aprendizagem promissora. Palavras-chaves: Educação Infantil. Tecnologia. Aprendizagem. Abstract This article brings up an experience report about the project developed in Early Childhood Education, Pre III of Sesc Ler Surubim-PE. It aims to encourage and facilitate the literacy process and thus emphasizes the formation of words from the use of technological means such as the interactive whiteboard and the computer using the applications Word and Paint. With this, play activities were developed where first the letters of the students 'own name were worked and then there was interconnection of the children's video and slides containing engravings of the students' knowledge that, when identifying them, from their intonation, related to the image with the initial letter, however, the screen of the slide only passed later when correctly clicked, offering possibility of perception regarding the phonemes. The activities were developed in stages, where the students in group or individually, interacted with the proposed one, having as

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a result, greater perception in the identification of letters and sounds, besides the contact with technological equipment, developing their knowledge in an autonomous way. Thus, linking the study to technology, a meaningful learning cycle was carried out in Early Childhood Education that united the useful to pleasant for promising learning. Keywords: Child education. Technology. Learning. Introdução

A tecnologia envolve um conjunto de instrumentos, métodos e técnicas que visam à aplicação na prática de equipamentos em diversas áreas. O desenvolvimento tecnológico tem um papel fundamental no âmbito da inovação, inclusive na educação, que atrai o interesse da criança em conhecer e aprender.

Este trabalho resultou a partir de observação nas rodas de conversas realizadas na sala de aula em que os alunos mostravam fascínio ao relatarem o uso de algum recurso tecnológico, em seu cotidiano como celular, tablet, notebook, entre outros meios que davam acesso a desenhos, vídeos ou jogos de seu interesse. Dessa forma, a partir de tais vivências, era significativo que a escola também intervisse utilizando os meios tecnológicos como recurso didático durante as práticas das aulas para melhorar a identificação das letras e ampliação do vocábulo dos alunos, auxiliando no crescimento de sua formação. A intervenção ocorreu na sala de informática do Sesc Ler Surubim-PE e utilizou-se de materiais concretos tais como targetas, folha de papel sulfite, giz de cera, alfabeto móvel, varal de letras, computador, lousa interativa e pendrive com vídeo e slides.

Com a utilização dos recursos tecnológicos como computadores e lousa interativa, foi realizado um trabalho dinâmico que exercia primeiramente a prática do nome das crianças, depois a releitura de imagens e sua interligação com a escrita, o que está contextualizada com a proposta da Educação Infantil, que privilegia o lúdico, a autonomia intelectual e o pensamento crítico, objetivando assim que a inclusão dos recursos tecnológicos facilitasse a identificação do próprio nome e das letras, fazendo com que ampliem cognitivamente sua sapiência e seja o protagonista da aprendizagem.

O universo da criança é amplo, tudo para elas gira em torno da curiosidade e ansiedade de se explorar e instruir. É importante que a escola proporcione “uma educação que ultrapasse as paredes da sala de aula e que tenha um verdadeiro sentido para os aprendizes, uma educação para toda a vida.” (MAIA, et al, 2017 p.3), sendo interessante o uso dos recursos tecnológicos incluído nas atividades dentro da sala de aula desde a Educação Infantil.

É indubitável, que além do brincar, a leitura e a escrita também estejam inseridas no cotidiano da educação escolar, sendo respeitável usar material concreto para facilitar o conhecimento e captar o anseio do aluno nesta prática a favor de sua aprendizagem. Os alunos tem a liberdade de participar em grupo ou individualmente ao responderem desafios usando os meios tecnológicos, quando reescrevem seu nome na lousa interativa ou digitam no aplicativo do Word, ao analisarem as letras correspondentes no teclado do computador com auxilio da ficha e os nomes relacionados à gravura apresentada juntamente com auxílio de targetas. E também ao ilustrarem no Paint algo relacionado à primeira letra que compõem seu nome.

Durante as ações podem ocorrer alguns erros na digitação ou identificação das letras, o que é aceitável para a criança em formação, vendo que a partir desses erros também surgem os acertos, mostrando que estas intervenções trouxeram benefícios, pois tanto oportunizou o aluno na desenvoltura da coordenação motora quando utilizaram o mouse ou registraram na lousa interativa, como também no crescimento cognitivo e psicológico ao identificarem seus nomes, realizarem a releitura de imagens, montagens de palavras com o alfabeto móvel ou com o varal de letras, além de despertar na criança que o erro é natural e deve ser respeitado.

Afim de outorgar uma aprendizagem interessante engajada no estudo do aluno da Educação Infantil é fundamental incrementar o ensino de forma lúdica, assim com auxílio dos meios tecnológicos, os educandos desenvolveram e ampliaram seus conhecimentos dinamicamente através de registros ilustrações produzidos por eles próprios. É através da educação que os saberes são moldados, pois “a educação é uma forma de intervenção no

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mundo” (FREIRE, 1996, p. 98). É preciso que os estudantes se sintam bem onde estão e motivados a aprender cada vez mais, pois os estudos moldam os saberes e as ações.

Então, para que os educandos tenham acesso promissor interligado entre a educação e a tecnologia, do qual auxiliam desenvolvimentos relevantes desde o inicio de seus estudos, surge à importância da realização e da intervenção do projeto Mundo Tecnológico: ênfase na formação das palavras, na leitura e na escrita em torno do universo da Educação Infantil do Sesc Ler Surubim-PE, pois estas práticas promoveram a junção da educação e da tecnologia em prol a humanização da escola, salientando que ao viabilizar o uso de tais recursos, o aperfeiçoamento dos desempenhos dos alunos se dará ao longo de sua formação estudantil. Referencial Teórico

Atualmente as crianças estão inseridas em um mundo cada vez mais rápido com as informações. A nova geração de estudantes está inserida em um cotidiano rodeado pelos meios tecnológicos. Eles possuem um perfil engajado no ambiente com rápida velocidade de informação e possui mais facilidade no manuseio dos eletrônicos, já que a tecnologia está atualmente inserida na vida diária das pessoas.

A tecnologia está cada vez mais abrangente no convívio, de acordo com os PCNs (1998, p. 135) “a sociedade, de modo geral, está constantemente se beneficiando dos progressos da tecnologia”, sabendo disto faz-se essencial a utilização da mesma a favor do ensino, tendo em vista que esta não utiliza apenas de fatos virtuais, como também serve de complemento para uma aprendizagem relevante em questão da leitura e da escrita. Sabendo que “o mundo físico e o virtual não se opõem, mas se complementam, integram, combina numa interação cada vez maior, contínua e inseparável.” (MORAN, 2013 p. 9), surgindo à importância de abranger cada vez mais a tecnologia ao meio dos educandos.

O mundo está cada vez mais conectado e para não ficar desatualizado é preciso que a escola acompanhe os progressos do mundo moderno, porém é importante respeitar o tempo de cada aluno, pois as pessoas possuem desenvolvimento distinto, sendo preciso atender seus limites, na forma de aprender e compreender o mundo a sua volta, sabendo “que cada criança aprende no seu tempo, de acordo com suas diferenças e suas capacidades cognitivas.” (LOPES, et al, 2010, p. 6). É sensato respeitar o tempo que cada criança leva para a realização de determinada atividade, porém, nada impede que esta seja motivada e ir cada vez mais longe em sua realização, indo também ao encontro com o que recita Freire (1996, p. 87) ao falar que não se há “dúvida nenhuma do enorme potencial de estímulos e desafios à curiosidade que a tecnologia põe a serviço das crianças e dos adolescentes.” A curiosidade leva o impulso do querer investigar e conhecer cada vez mais. É respeitável explorar os conhecimentos prévios dos alunos e intercala-los com significados coerentes para que se aprofunde ainda mais a aprendizagem.

“A leitura e a escrita tem um papel fundamental no processo de desenvolvimento do homem e na sua participação social” (MAIA, et al 2017, p. 2), sendo interessante sua inclusão desde a educação Infantil, primeiramente com o próprio nome dos alunos, já que “o nome de cada criança diz respeito a sua identidade” (PROPOSTA PEDAGÓGICA – Sesc, 2015, p. 239), deste modo é importante que nesta fase se realize constantes treinos da escrita do próprio nome, também podendo ser explanado em outros meios tecnológicos com a utilização de formas multimídias, que são essenciais para relevância da aprendizagem, tendo em vista que além das práticas do nome, a exibição do vídeo infantil ABC dos desenhos, oportuniza uma ligação entre o que o aluno já conhece e o que se pretende transmitir, pois ao se familiarizarem com as letras e seus respectivos sons, ocorreu uma interligação das figuras com as palavras do cotidiano do aluno, auxiliando na ampliação de seu vocabulário e desde já, se ter noção da formação das palavras com auxílio da tecnologia, com a vivência de um mundo globalizado, sabendo que: A globalização da informação, aliada à possibilidades de que ela seja acessada em tempo real, determina

que a educação se adapte à demanda social, utilizando-se de recursos mais criativos, para assim chegar a desenvolver nos alunos habilidades de busca seletiva da informação útil, atual e de aplicação imediata, com o objetivo de

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formar indivíduos autônomos e capazes de lidar com novas tecnologias e novas linguagens. (Joly, 2002, p. 7).

É fundamental que no seu local de aprendizado haja uma boa relação do educando entre o

ambiente escolar como um todo, sucedendo a importância de se incrementar a leitura e a escrita, tendo em vista que os mesmos aprendem na interação de vários recursos sem perder de vista os métodos da proposta pedagógica da Educação Infantil. “A leitura e a escrita, principalmente nas séries iniciais, tem uma importância essencial, podendo ser dada uma relevância para um ensino mais lúdico, onde as crianças possam estar em contato direto com a língua, interagindo com vários elementos que possibilitem os estudantes [...] estarem lendo e escrevendo.” (MAIA, et al 2017 p. 3).

Os meios tecnológicos incrementam a educação escolar, estes permitem criar ambientes holísticos, que fazem aguçar a maneira de pensar e aprender para si próprio ou para auxiliar os outros, indo de acordo com que afirma Segura (2001 apud ESTRELA, 2017, p. 3) “A palavra “educação” sugere que se trata de uma troca de saberes, de uma relação do indivíduo com o mundo que o cerca e com outros indivíduos...”, pois os saberes ocorrem em todas as ocasiões e são repassados naturalmente para as pessoas do convívio.

Na Educação Infantil os jogos multimídia ajudam no desenvolvimento intelectual dos educandos e o uso de recursos tecnológicos vem ganhando cada vez mais espaço. As crianças querem aprender tudo muito rápido e as tecnologias auxiliam esta rápida aprendizagem. É preciso acompanhar os avanços, inclusive na escola, onde se alavanca a aprendizagem, com a finalidade de garantir aos alunos uma formação competente.

Portanto, nada melhor que ligar a aprendizagem e a tecnologia, isto é, unir o útil ao interessante para contribuir com uma aprendizagem clara e objetiva a favor de uma escola humanizada. Educação Infantil A escola é um espaço de conhecimento. A educação precisa surpreender, cativar e conquistar os estudantes (MORAM, 2013), assim eles se sentem importantes em seu meio escolar, evoluindo a cada etapa. A Educação Infantil é à base do estudo, ela será a primeira etapa da educação básica tendo por objetivo a formação dos alunos através de diferentes perspectivas tais como conhecer, brincar e conviver socialmente, entre outras concepções que levam os estudantes a crescerem e a se integrar com outras pessoas, aprendendo com os que convivem ao seu redor. Esta fase “é uma das mais privilegiadas instâncias para que as crianças estabeleçam as primeiras aproximações de valores sociais básicos (justiça, solidariedade, respeito, entre outros).” (PROPOSTA PEDAGÓGICA – Sesc, 2015, p.20). É a fase da adaptação e das descobertas do estudo, tudo para eles é novidade. Os anos iniciais da escola precisam proporcionar condições favoráveis para que a aprendizagem aconteça, para isso os estudantes precisam se sentir confiantes no espaço escolar, pois a partir da Educação Infantil os alunos vão caminhar, construindo seu ciclo estudantil, por isso é importante que nesta fase, a aprendizagem seja repassada de forma lúdica e prazerosa, já que “a educação precisa encantar, entusiasmar, seduzir, apontar possibilidades e realizar novos conhecimentos em práticas” (MORAN, 2013, p. 21) e a utilização de meios tecnológicos é bem notável e aceita pelos educandos. Além disso, a aprendizagem ocorrerá sob acompanhamento supervisionado dos educadores e de forma espontânea pelos alunos. A escola instrui o desenvolvimento, neste lugar “as crianças aplicam conhecimentos, resolvem problemas e, sobretudo aprendem a usar uma linguagem formal em atividades significativas de escrita, adequando o vocabulário, a estrutura e o conteúdo de seus textos aos objetivos perseguidos.” (TEBEROSKY; RIBEIRA, 2004, p. 64 apud BRANDÃO, 2011, p.127). As crianças aprendem a todo momento e aplicam seus conhecimentos para a resolução das indagações propostas.

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Os recursos tecnológicos auxiliam o aluno da Educação Infantil na abertura do anseio do conhecer, do tocar e do usar. É preciso que haja incentivo, para que os alunos participem do proposto, pois “a motivação é outra ideia bastante associada ao uso de tecnologias. Sem dúvida, os alunos ficam motivados quando utilizam recursos tecnológicos nas situações de aprendizagem, pois introduzem novas possibilidades na atividade de ensino.” (BRASIL, 1998, p. 156) e ao se interessarem pelo que está sendo aplicado, o aluno terá autonomia de demonstrar o que sabe, almejando instruir cada vez mais seu nível de conhecimento sobre determinado assunto. O conhecimento cerca o saber e quanto mais estingados a aprender, os alunos crescem de forma geral. Os meios tecnológicos complementam os recursos didáticos, compreendendo assim, a importância do uso da tecnologia dentro da Educação Infantil, do qual facilita a aprendizagem e o desenvolvimento dos estudantes na busca da aquisição do conviver e aprender. A tecnologia a favor da educação A tecnologia se faz fundamental para a interação com a sociedade, sendo que a mesma não pode ser inserida de forma abrupta na sala de aula, tendo em vista que o conhecimento é a realização da formação que se encontra na interação com todos os meios, inclusive com as palavras que estão no cotidiano. Os recursos tecnológicos facilitam a pesquisa e a interação, lembrando “que o uso de instrumentos é um aspecto muito marcante na cultura científica, uma vez que interfere diretamente no modo como os conhecimentos são produzidos” (PROPOSTA PEDAGÓGICA - Sesc, 2015, p. 163). O acesso às informações está cada vez mais abrangente e a forma de aprendizagem está mudando, segundo Aguileira (2017), a nova geração, busca experiências imersivas e interativas, que podem ser exploradas por meio dos dispositivos eletrônicos. Sendo respeitável que o aluno não tenha aversão ao utilizar as letras ou os meios tecnológicos desde a educação infantil, pois é preciso acompanhar o desenvolvimento da sociedade, utilizando a tecnologia de forma produtiva, auxiliando na transformação da aprendizagem. Nesse sentido o ensino precisa se adequar para acompanhar a modernidade. Quando o professor utiliza um recurso tecnológico, como fonte de informação ou como um recurso

didático para a atividade de ensino, está também possibilitando que os alunos aprendam sobre as práticas sociais que utilizam tecnologia e desenvolvam habilidades e atitudes para se relacionarem com a tecnologia na vida. (BRASIL, 1998, p. 153).

Diante aos avanços tecnológicos, “ter acesso contínuo ao digital é um novo direito de cidadania plena. Os não conectados perdem uma dimensão cidadã fundamental para sua interação com os demais” (MORAN, 2013, p. 9), vendo que o professor tem como auxílio à tecnologia, é importante explanar desses meios em suas aulas para torna-las mais instigante e diferenciadas, auxiliando também o educando a ter um bom desempenho perante as máquinas como o computador e a lousa interativa. Como forma de enriquecer a metodologia de ensino, o educador necessita se atualizar e utilizar dos mais diversos recursos para que o aluno possa ser capaz de interagir de inúmeras maneiras ao registrar, ilustrar e identificar as letras em relação à determinada figura. Além de usar seus conhecimentos no convível familiar. Quando se aprende se recria facilidades, aumenta a autoestima, além de permitir que novos valores sejam explorados e as dificuldades de aprendizagem sejam reduzidas através de jogos interativos e de fácil entendimento, ou seja, o professor será o mediador, com um papel significativo na aprendizagem, sendo importante buscar alternativas viáveis para se elevar o interesse dos alunos em relação à aquisição do conhecimento. Se faz essencial que o aluno utilize algum meio tecnológico sempre que possível. É importante utilizar o computador e a lousa interativa nas aulas, para que o aluno tenha a autonomia de observa-los e manuseá-los, pois “desde muito pequenas, as crianças se revelam curiosas a cerca do funcionamento do ambiente a sua volta.” (PROPOSTA PEDAGÓGICA - Sesc, 2015 p.

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149), por isso é importante instigar a curiosidade na criança, pois a curiosidade é fundamental para a inteligibilidade do mundo, uma pessoa curiosa a aprender se aperfeiçoa, muda qualitativamente (FREIRE, 1996), fazendo a diferença na vida dos alunos, o que lhes fará se sentir entusiasmado a aprender. As tecnologias podem apresentar dados, imagens, resumos de formas clara e atraentes auxiliando o desempenho com ferramentas eficazes, condicionando uma qualidade e agilidade, com o que se pretende trabalhar, garantindo uma maior aplicabilidade nos recursos tecnológicos. É importante que o uso das tecnologias esteja aliado à aprendizagem, utilizando os meios disponíveis de variadas de forma a integrar a prática do professor com sua vivência e experiência sobre o assunto tratado. Quanto mais estigadas a aprender, mas relevante à escola torna-se para as crianças, os meios tecnológicos auxiliam nesta dimensão dinâmica. “Para as crianças, costuma ser muito interessante e divertido poder conhecer algumas dessas ferramentas e, quando possível manuseá-las” (PROPOSTA PEDAGÓGICA - Sesc, 2015, p. 163), o uso da tecnologia será uma atividade interativa e atrativa aos educandos que levará essa vivencia durante sua jornada estudantil. Aluno protagonista da aprendizagem Cada aluno tem o seu próprio tempo de desenvolver a aprendizagem, mas também é importante estimulá-los para realizar as atividades e querer participar das aulas, oferecendo autonomia para construir seu próprio saber. “Os alunos têm acesso a muitas informações, e de todo tipo, por esse meio e constroem conhecimentos espontaneamente a partir delas.” (BRASIL, 1998, p. 143). Com isto, é importante permitir que os discentes sejam autores da sua aprendizagem, tendo abertura de realizar o proposto, fazer perguntas e interpretar indagações, assim o professor será o mediador no percurso do conhecimento sendo um benefício para os estudantes, uma vez que proporcionará aos alunos mais responsabilidade e participação no processo educacional. Além de despertar a curiosidade, as tecnologias favorecem interesse nas formas de aprender e de se comunicar, mostrando que “alunos motivados aprendem e ensinam, avançam mais, ajudam o professor a ajuda-los melhor.” (MORAN, 2013, p. 29), pois quando a aula é diferente e agradável, há uma interação maior por parte dos alunos, inclusive os da Educação Infantil, o que oferece motivação, permitindo que os educandos sintam-se importantes e participativos no processo de ensino-aprendizagem. O mundo vive um acelerado desenvolvimento, em que a tecnologia está presente direta ou indiretamente

em atividades bastante comuns. A escola faz parte do mundo e para cumprir sua função de contribuir para a formação de indivíduos que possam exercer plenamente sua cidadania, participando dos processos de transformação e construção da realidade, deve estar aberta e incorporar novos hábitos, comportamentos, percepções e demandas. (BRASIL, 1998, p. 138).

Os meios tecnológicos auxiliam em manter o foco dos estudantes, então por intermédio da tecnologia, através de atividades dinâmicas, jogos e desafios os educandos vão despertar o interesse em relação ao que está sendo aplicado, levando as aulas a terem outra definição e a sala de aula ser um ambiente agradável, afirmando o que diz Moran (2013, p. 45) ao citar que “o conhecimento, numa sociedade conectada e multimídia, edifica-se melhor no equilíbrio entre a atividade individual e grupais, com muita interação e práticas significativas, refletidas e aplicada”, mesmo aqueles que possuem alguma limitação, podem realizar as atividades, de acordo com seu nível, trazendo a tona à importância da inclusão social. A tecnologia facilita a aprendizagem, tornando conveniente que o professor utilize ferramentas digitais em suas aulas, auxiliando que o aluno vá de encontro com o atual mundo conectado. Assim será possível oferecer uma aprendizagem valorosa e eficaz, onde o educando participará ativamente do processor de ensino-aprendizagem, sendo um protagonista como aluno atuante na formação pessoal, intelectual e futuramente profissional.

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Metodologia

Este trabalho foi desenvolvido através de diagnósticos constituídos em uma metodologia descritiva, baseada em uma análise qualitativa e registrada com apoio de método analítico bibliográfico de natureza reflexiva, centrada em uma visão multifacetada nos anseios dos alunos, a fim de dá ênfase a formação de palavras, na leitura e na escrita em torno do universo da Educação Infantil.

O projeto que desencadeou a escrita deste artigo foi aplicado no Centro Educacional Sesc Ler, localizado na Rua Frei Ibiapina, s/n, Surubim - PE, na turma da Educação Infantil – Pré III, composta por 26 alunos com faixa etária de 5 a 6 anos, advindos de diversas realidades sociais e culturais. Uma delas possui Síndrome de Down, mas assim como os demais, foi incluída em todas as atividades, estimulando também a interação social durante as práticas.

O referencial teórico é qualitativo-bibliográfico. Realizado através de observações durante as rodas de conversa e descrita com auxilio de fontes relevantes e contextualizada à realidade atual, para que através das leituras e interpretações de livros, artigos de periódicos científicos, páginas da internet e reflexão crítica, se obtivesse dados que posteriormente foram analisados e transformados em informações contextualizadas, bem como a execução do projeto “O mundo tecnológico: ênfase na formação de palavras, na leitura e na escrita em torno do universo da Educação Infantil do Sesc Ler Surubim-PE”.

A partir de análise, viu-se que os educandos ficavam empolgados ao relatarem o manuseio tecnológico realizado através de jogos no celular, no computador ou no tablets de seus familiares. Com isto, traçou-se um trabalho baseado na influência dos meios tecnológicos no incentivo da aprendizagem dos alunos e sua relevância para o desenvolvimento do reconhecimento das letras e assim da escrita, fortalecem os meios cognitivos dos educandos.

É preciso, finalmente, considerar que a leitura e a escrita não devem fazer parte do currículo da Educação

Infantil como uma disciplina isolada, mas sim integrar projetos de trabalho em que as crianças estão envolvidas, bem como criar atividades de sua rotina no ambiente educativo. (TEBEROSKY; RIBEIRA, 2004, p. 64 apud BRANDÃO, 2011, p.29).

Era essencial investir na ansiedade das crianças e despertar o interesse de ir além com a

tecnologia em favor a ampliação da aprendizagem. A intervenção prosseguiu na sala de Informática, onde a Auxiliar de Atividades Pedagógicas

aplicou o projeto, dividida em 3 momentos de 60 minutos. Utilizando diversos recursos didáticos como computador, lousa interativa, targetas, folha de papel sulfite, lápis, alfabeto móvel, varal de letras e pendrive com vídeo e slides. Os educandos realizaram a atividade de forma mais detalhada, no computador, utilizando o aplicativo Word e o Paint e a atividade de forma mais abrangente e dinâmica foi realizada na lousa interativa.

Na primeira etapa, a turma da Educação Infantil, se dirigiu a sala, juntamente com a educadora, houve uma roda de conversa de como ocorreria às atividades e qual o objetivo da participação do aluno. Depois foram distribuídos em grupos, realizando um rodízio de atividades, para um melhor acompanhamento do desenvolvimento do alunado. Uma turma ficou nos computadores e o outro grupo desempenhou atividades na lousa interativa, em seguida registraram o que mais chamou atenção no momento. Conforme iam concluindo as atividades, os grupos iam sendo trocados.

Nos primeiros momentos foram trabalhados as letras dos nomes dos educando (figura 1). Sabendo que: Trabalhar o nome próprio no início da alfabetização é ter uma valiosa fonte de informação disponível para

outras indagações e aprendizagens, que servirão para produzir outras escritas e leituras, além de ter estreita relação com a construção da identidade da criança. (LOPES, et al, 2010, p. 11).

Mesmo que a Educação Infantil não seja considerada a alfabetização propriamente dita, é

importante que as crianças tenham um norte das letras e trabalhem a escrita do próprio nome.

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Com isto, foi disponibilizado fichas com os nomes. Eles analisaram e ao identificarem, eram direcionados ao computador ou a lousa interativa.

Figura 1: Análise das letras no teclado do computador e digitação no Word com auxílio da ficha. Registro do nome da escola, sem solicitação da educadora. Fonte: Sesc Ler Surubim, 2018

Vale ressaltar que o Sesc Ler Surubim, autorizou a aplicação do projeto e escrita do artigo, assim como também a divulgação das referidas imagens do espaço pedagógico e das crianças envolvidas.

No computador, eles registravam o primeiro nome com auxilio da ficha, do qual precisavam analisar e identificar as letras no teclado do computador, para ser digitado no aplicativo do Word. Depois, ainda no computador, os alunos ilustravam espontaneamente no Paint, desenhos relacionados com a primeira letra de seu nome e relatavam a professora o que estava sendo ilustrado. Na lousa interativa, eles escreviam seu nome com o dedo, também com o auxílio da ficha.

Dando sequência às atividades, no segundo momento, um grupo permaneceu na sala de aula realizando as atividades escolares planejados pela educadora e o outro grupo se dirigiu para a sala de informática acompanhados pela Auxiliar de Atividades Pedagógicas, onde foi realizado o projeto.

Nesta etapa foram apresentados slides com fotos dos alunos da turma ao identificarem sua foto, ficava em pé à frente dos demais e tentava soletrar as letras do seu primeiro nome com auxilio da ficha, depois digitavam no Word seu primeiro nome, finalizando com o registro e o relato do que lhe chamou atenção. Na lousa interativa, os alunos tentavam encontrar no slide seu nome, a tela só passava adiante, quando clicado corretamente. Ao final da realização das atividades, os grupos foram trocados, assim todos os alunos da turma tiveram acesso às atividades interventoras.

Na terceira etapa a sala toda foi envolvida. Foi exibido o vídeo ABC dos desenhos e realizado a releitura de imagens ocorrendo uma contextualização das palavras já conhecidas por eles, para que através da releitura das imagens, a partir de sua entonação fosse identificado a letra inicial. Depois com o alfabeto móvel e o varal de letras, os alunos formavam as palavras trabalhadas.

Na lousa digital, o educando ao ver a figura faziam a releitura, identificando a partir da entonação a letra inicial correspondente à gravura apresentada, caso errassem, os colegas podiam interver auxiliando a encontrarem a resposta correta. A tela só passava adiante quando clicada corretamente na letra adequada. Na tela seguinte, era apresentada a palavra completa, com isto os educando associavam a palavra com a figura e soletravam as letras do seu conhecimento.

Conforme os alunos iam encontrando as letras na lousa, se dirigiam ao computador para ser digitado as palavras estudadas, com auxílio de tarjetas. Ao terminarem iam formando com o alfabeto móvel ou com o varal de letras as mesmas palavras trabalhadas, com auxilio de tarjetas.

Após cada etapa, os alunos registraram sua experiência, ilustrando na folha sulfite o que mais gostaram sobre as atividades praticadas.

A partir de um aprofundamento do tema e dos caminhos metodológicos aplicados, atenderam-se os objetivos, ratificando a importância de envolver os educandos com o universo das letras incluindo os meios tecnológicos, sabendo que “é importante garantir que as crianças vivenciem situações diversificadas de contato com a escrita.” (TEBEROSKY; RIBEIRA, 2004, p. 64 apud BRANDÃO, 2011, p. 21), pois estas práticas são de grande relevância para a aprendizagem dentro da Educação Infantil e durante sua etapa estudantil, do qual será aperfeiçoada a cada momento.

Resultados

Os relatos por parte dos alunos a partir de rodas de conversas foram utilizados para o norteamento da escrita e da aplicação do projeto, apontando que em sua maioria, já utilizam em seu cotidiano alguma forma de recursos tecnológicos, mostrando que eles não são

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totalmente leigos perante a tecnologia. Então nada melhor do que aprimorar os conhecimentos complementando com a algo que os educandos apreciem.

Os recursos escolhidos foram satisfatórios para o trabalho, eles estão interligados com a proposta dos PCNs (1998, p.153) ao afirmar que “as propostas didáticas que utilizam as Tecnologias da Comunicação e Informação como instrumentos de aprendizagem devem ser complementadas e integradas com outras propostas de ensino”, resultando na relevância da curiosidade os tornando protagonistas da aprendizagem.

Nos primeiros momentos foi trabalhado o nome dos alunos. Eles analisavam e identificavam seus nomes nas fichas (figura 2), depois eram direcionados ao computador ou a lousa interativa.

Figura 2: Analise e identificação de fichas com os respectivos nomes. Fonte: Sesc Ler Surubim, 2018

Seguindo ao computador, procuravam as letras no teclado e se sentiam realizados quando

conseguiam digitar. A figura 3 apresenta o aluno digitando seu nome e o colega observando e auxiliando a encontrar as letras que estava faltando.

Isso mostra o quanto às crianças, mesmo da Educação Infantil se envolve com o computador e são capazes, com auxilio de ficha, identificar as letras referentes a seu nome e digitá-lo.

Figura 3: Registro do nome. Colega ao lado analisando as letras digitadas e auxiliando a identificação no

teclado do computador. Fonte: Sesc Ler Surubim, 2018

É preciso respeitar o tempo de cada criança e considerar algum erro da parte deles, como tentativa de acerto, pois é “fundamental assumir a concepção de erro como princípio para promoção de avanços na aprendizagem.” (PROPOSTA PEDAGÓGICA – Sesc, 2015, p. 41). É normal ocorrer algum equívoco como falta ou troca de letras, vendo que estes alunos ainda estão em processo de aprendizagem da Educação Infantil.

Quando terminavam de digitar seu nome, os alunos ilustravam espontaneamente no aplicativo Paint, algo relacionado à primeira letra de seu nome e depois relatavam o que desenharam. Está prática foi importante para a criança, pois eleva a criatividade e a desenvoltura da coordenação motora ao realizarem movimentos com o mouse para criarem seus desenhos.

O diferente atrai as crianças. Os alunos estavam ansiosos em participar e explorar o computador e a lousa interativa, eles queriam expor que conseguiam realizar as atividades propostas.

Na lousa interativa (figura 4), os educandos registraram seu nome. Está prática oportuniza também a aprimoração de sua coordenação motora, do qual ainda se evoluíra muito ao longo do crescimento e aperfeiçoamento de suas habilidades.

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Figura 4: Registro do seu próprio nome na lousa interativa (Ashley). Fonte: Sesc Ler Surubim – PE, 2018

No segundo momento foi apresentado slides com fotos dos alunos. Quando identificavam a

foto, ficavam em pé a frente dos colegas e com auxilio da ficha, tentavam soletrar as letras correspondentes ao seu primeiro nome. Esta ação desencadeou maior desinibição do aluno ao se apresentar na frente dos demais, além de elevar a prática no reconhecimento das letras.

Depois eles analisavam as letras entre os nomes dispostos nos slides e clicavam no seu nome correspondente (figura 5). A tela só passava adiante quando clicada corretamente, caso errassem os colegas interviam auxiliando em sua identificação. Esta prática ofereceu maior assimilação do seu nome e dos caracteres correspondentes.

Figura 5: Identificando e clicando em seu próprio nome. A tela só passa adiante quando clicado corretamente.

Fonte: Sesc Ler Surubim, 2018.

As ações praticadas apresentam que a capacidade de aprender não é apenas para nos adaptarmos e sim para transformar a realidade para nela intervir recriando as habilidades e reconstruindo ideias para a realidade. (FREIRE, 1996).

No terceiro momento, foi apresentado o vídeo ABC dos desenhos, cada desenho infantil era relacionado a uma letra do alfabeto, proporcionando que os alunos relembrassem o alfabeto de uma forma divertida. Concluindo o vídeo eles eram direcionados a lousa interativa, depois para o computador. Completando as duas atividades, refaziam as palavras no varal de letras ou no

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alfabeto móvel oportunizando os alunos a terem maior contato com as letras identificando e auxiliando em sua formação.

Na lousa interativa, foi apresentadas gravuras do cotidiano do aluno para fazerem a releitura de imagens e a partir de sua entonação tentarem encontrar a letra inicial. A figura 6 mostra a aluna identificando a letra inicial da figura apresentada e a gravura 7 apresenta a soletração das letras do conhecimento do aluno.

Figura 6: Releitura da imagem e Identificação da letra inicial. Fonte: Sesc Ler Surubim, 2018

A releitura de imagens também é interessante ser explorada, sabendo que esta prática

desenvolve a oralidade e a percepção dos alunos tanto a grafia ao relacionarem a figura apresentada com as letras, quanto aos fonemas ao pronunciarem as palavras. É importante relacionar a leitura com a escrita, pois aos poucos esta prática proporcionará a alfabetização.

Figura 7: Soletração das letras do conhecimento da criança. Fonte: Sesc Ler Surubim, 2018

Concluindo a lousa interativa, os alunos se dirigiam ao computador para digitar com auxilio de targetas as palavras trabalhadas (figura 8), o que fazia assimilar as figuras com as letras e assim ir construindo a noção da formação de palavras.

Figura 8: Identificação das letras e digitação das palavras estudadas. Fonte: Sesc Ler Surubim, 2018

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A cada momento interativo as crianças se desenvolvem mais. É significativo trabalhar a linguagem escrita, sabendo que esta é um objeto de uso social (FERREIRO, 1995) e será fundamental para o desenvolvimento escolar dos alunos.

Por isso a importância de se praticar a formação de palavras de variadas maneiras como o alfabeto móvel ou o varal de letras (figura 9), pois é o momento em que as crianças de uma certa forma, brincam com as letras, analisando a ficha e aos poucos vão formando as palavras, possibilitando a assimilação e a releitura, aguçando no aluno maior percepção da formação de palavras.

Figura 9: Formação palavras com o varal de letras e o alfabeto móvel. Soletração das letras de seu conhecimento. Fonte: Sesc Ler Surubim-PE

A sabedoria se reformula a cada prática e vivência. Com isto constata-se que aprender “é

construir, reconstruir, constatar para mudar, o que não se faz sem abertura ao risco...” (FREIRE, 1996, P. 69).

Ao concluir as atividades propostas, os alunos ilustravam espontaneamente na folha de papel sulfite o que mais chamou sua atenção no desenvolvimento das ações (figura10), depois relatavam o que estavam desenhando. Esta atuação auxiliou no desenvolvimento artístico e perceptível do aluno ao retratarem sua participação de forma prática e dinâmica.

Figura 10: Registro do que mais chamou atenção durante as atividades. Lousa interativa ilustrada a direita. Fonte: Sesc Ler Surubim, 2018

Durante a aplicação das atividades, ocorreu um rodizio de atividades (figura 11), do qual

permitiu que os alunos participassem de variados momentos.

Figura 11: Rodízio de atividades. Fonte: Sesc Ler Surubim-PE.

No cotidiano as crianças tem contato com a diversidade das letras, sendo considerável que

a escola inclua atividades diversificadas para facilitar a alfabetização, onde a partir desta prática os alunos criam maior percepção e aumento do vocábulo.

Houve também interação entre o proposto e a criação das ilustrações produzidas pelos educandos e simultaneamente apresentadas por eles, o que fortalece uma educação integradora, adequando-se à proposta do Sesc, o construtivismo e o interacionista, enfatizada por Piaget e Vygotsky, que considera que a partir da troca de experiências entre as pessoas, surge a origem das funções mentais superiores, ou seja, as aprendizagens crescem e se fortalecem a partir das práticas.

O trabalho teve em sua realização a necessidade de trazer a tona, o quanto a metodologia pedagógica se completa a partir tecnologia, no qual o mesmo apresenta uma amostragem

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intervencionista, importante na interação dos meios tecnológicos que leva a qualidade de ensino, visando familiarizar-se com a temática proposta. Assim o contato com os alunos, buscou o incentivo do processo da identificação das letras, o que automaticamente se liga a leitura e a escrita. Através disto os instrutores que intervém com este projeto metodológico auxiliam os educandos na busca do desenvolvimento na formação estudantil.

É fundamental criar perspectivas sobre as melhorias que as intervenções podem apresentar no desenvolvimento acadêmico dos alunos diante do uso dos meios tecnológicos, o que auxiliou a aquisição das letras e assim da leitura e da escrita, de uma forma dinamizada e interativa, através do lúdico.

Percebe-se que este trabalho proporcionou momentos de descobertas, auxiliando no seu desenvolvimento escolar, através da interação tecnológica, incentivando no educando o interesse pela identificação das letras, assim como a ampliação do seu vocabulário e como cita Matos e Santos (2006, apud, MAIA, et al 2017, p. 7), “ler é e muito mais que simplesmente decifrar símbolo”. É compreender.

O trabalho obteve como amostragem uma pesquisa observando os resultados durante a execução das práticas, visando familiarizar-se com a temática proposta, tendo assim um contato maior com os alunos ao buscar complemento do processo de leitura e da escrita, com auxílio dos meios tecnológicos como computador e lousa interativa. A partir da observação traçou-se se uma linha de pesquisa sobre o trabalho de leitura e escrita com o projeto Mundo tecnológico: ênfase na formação de palavras, na leitura e na escrita em torno do universo da Educação Infantil do Sesc Ler Surubim - PE.

Considerações Finais

A aprendizagem acompanha o crescimento. Dentro da Educação Infantil o aprender se complementa a cada momento e os recursos tecnológicos auxiliam nesse contesto, cabendo ao educador ser mediador e inovador incluindo a interação tecnológica em benefício da educação como um todo. Assim os educandos vão sendo incentivados a descobrir as letras de forma prática e dinâmica, facilitando a aprendizagem e sua interação com o computador.

Houve grande abrangência na aprendizagem ao levar as crianças a identificar seu nome e as letras que o compõe, facilitando o desenvolvimento da escrita, assim como o registro na lousa interativa ou no computador e a formação de palavras com o alfabeto móvel ou com o varal de letras, o que trouxe a abrangência no incentivo da leitura.

Esta etapa final oportunizou a percepção da importância da inclusão dos meios tecnológicos para dar ênfase a escrita e assim despertar a curiosidade das crianças para juntar as letras e descobrir as palavras, obtendo também a contribuição para a comunicação e o desenvolvimento pessoal e social do indivíduo. Há variados recursos tecnológicos que podem ser utilizados didaticamente nas aulas, porém é preciso que a intervenção se adeque a realidade do espaço pedagógico e da turma em questão de idade e conhecimentos que desejam ser alcançados, não impedindo que se aplique em turmas maiores, precisando ser estruturado para que a intervenção seja promissora.

O trabalho realizado acarretou procedimentos significantes no processo ensino-aprendizagem, tendo contribuído para o desenvolvimento da leitura e escrita dos alunos, bem como a prática do trabalho ao identificar as letras e associá-las a figuras ou visse versa, trazendo benefícios e conhecimentos relevantes no trabalho da Educação Infantil na unidade do Sesc Ler Surubim-PE.

É de grande valia ver o quanto os alunos interagiram com o proposto. Acompanhar seu desenvolvimento cognitivo fez perceber que uma escola humanizadora trabalha em conjunto em prol a um mesmo objetivo, ensinar a criança ir além dos seus saberes e se desenvolverem intelectualmente a cada momento. A tecnologia complementa a educação, auxiliando no progresso de aprendizagem escolar como um todo, pois todos os saberes formados, na sala de aula podem ser repassados aos colegas de classe ou se utilizados na residência de cada estudante ao realizar as práticas aprendidas durante a aplicação do projeto dimensionando ainda mais o que foi aprendido. Com isto conclui-se o quanto é importante formar as crianças

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de hoje, pois toda bagagem adquirida na Educação Infantil, será levado e transmitido adiante em toda sua jornada estudantil. Podendo então dizer que estamos contribuindo para seu crescimento e suas formações enquanto cidadãos.

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