Devido à sua proximidade com o istmo do Panamá (faixa de terra que liga a América do
Norte e a América do Sul), área de potencial conexão entre os oceanos Atlântico e Pacífico
Devido à forma em S do Panamá, o Atlântico situa-se a oeste do canal e o Pacífico a leste, invertendo a orientação
usual.
O Canal do Panamá, inaugurado a 15 de Agosto de
1914, é um canal de 82 km que corta o istmo do Panamá, ligando assim o Oceano
Atlântico e o Oceano Pacífico.
Antes da construção do canal do Panamá, a rota mais rápida para se viajar de barco de Nova
Iorque à Califórnia era pelo Cabo Horn, no sul da América
do Sul, uma rota longa e perigosa.
O canal e a Zona do Canal em torno foram administrados pelos Estados
Unidos até 1999, quando o controle foi passado ao Panamá, como previsto
pelo Tratado Torrijos-Carter, assinado em 7 de setembro de 1977, no qual o presidente estado-unidense Jimmy
Carter cede aos pedidos de controle
dos panamenhos.
O tratado previa uma passagem gradual do controle aos
panamenhos, que se terminou pelo controle total do canal pelo Panamá em 31 de Dezembro
de 1999.
Os EUA tinham um interesse especial por Cuba, pois ela era uma forte produtora mundial de
açúcar, o que significava um bom investimento para o capital
norte-americano.
A partir de 1895, os EUA passaram a apoiar abertamente os processos de independência
de Cuba e das Filipinas em relação à Espanha.
Resultados do Conflito
• As Filipinas e Porto Rico foram anexados pelos EUA;
• Cuba tornou-se protetorado dos EUA e foi obrigada a incluir em sua Constituição a Emenda Platt, que dava direito de intervenção no país por parte dos EUA e também permitia a instalação de uma base naval em Guantânamo.
Corolário Roosevelt
"Os Estados Unidos, ainda que
relutantemente, em caso flagrante de desordem ou total impotência, exercerá o poder internacional de
polícia." Corolário
Roosevelt, 1904
Roosevelt, o caubói de Dakota
Corolário Roosevelt de Theodore Roosevelt
estabeleceu a idéia do “Big Stick” ou grande porrete, devido à frase Speak softly and carry
a big stick (Fale com suavidade e tenha na mão um
grande porrete).
Origem do Corolário
No início do século 20 a Venezuela meteu-se em sérios apuros
internacionais.
Cipriano Castro, que ascendeu ao poder
em 1901, deparou-se com uma divida
externa impressionante.
Os juros dos grande bancos europeus
devoravam a pátria de Bolívar. Castro
bateu pé. Não pagaria mais nada.
Naqueles tempos não haviam tecnocratas do FMI, logo foi um
consórcio de esquadras (inglesa, alemã e italiana),
desferradas pelos banqueiros, quem tratou de executar a
dívida.
Os portos venezuelanos foram bloqueados e alguns dos seus navios foram apreendidos em
La Guaira pelos navios de guerra europeus.
No ano de 1903, os Estados Unidos, assumindo o controle diplomático da situação, tratou
de arranjar uma acordo.
Sentiu-se agastado com o fato de uma frota européia
praticamente invadir seu pátio (quintal) sem que ele pudesse
impedir.
Decidiu-se então enviar ao Congresso, em 1904, o Corolário Roosevelt,
entendido como documento complementar à Doutrina
Monroe.
Dali em diante, afirmava o seu enunciado, os Estados Unidos não aceitariam demonstrações
de força nas suas áreas de interesse.
Se quisessem, os financistas europeus, determinar aquele tipo
de operação, que solicitassem antes os préstimos dos Estados
Unidos, porque doravante o governo americano se arvorava em
concentrar os poderes internacionais de polícia.
Se algum vizinho, por sua vez, não se comportasse, ferisse interesses,
resvalasse no caos e no vandalismo, na devastação de propriedades, ele não hesitaria em enviar a Grande
Esquadra Branca, como ele chamava a sua marinha, para por ordem nas
coisas.
No dia 18 de maio de 1904, um milionário grego-americano,
chamado Ion Hanford Perdicaris, que vivia como um nababo em Tanger, nas terras
do sultão Mulia Abdul-Aziz, fora sequestrado.
Levaram-nos na presença de Mulai Ahmed er Raisuli, um
chefe tribal local, famoso por ser uma espécie de Robin Hood dos desertos, a quem o governo considerava como “o último dos
piratas bárbaros”.
De imediato, a título de salvar um cidadão norte-americano
em apuros, ordenou que quatro encouraçados, atravessando o Atlântico, rumassem para ao Marrocos para fazer o sultão
aceitar as exigências do seqüestrador.
O próprio Perdicalis reconheceu mais tarde que o tal bandido
nada mais era do que um líder tribal acossado pela miséria e
pela tirania do sultão, um patriota que queria livrar o
Marrocos dos assédios vindos de fora.
Roosevelt, porém, não deixou de usar o resgate de Perdicalis
como um belo trunfo a fazer desfilar nas eleições que
deram-lhe mais um mandato.
É na verdade uma mistura de ameaça de guerra ao mundo e sonoro desprezo às instituições
internacionais.
É uma revivência do Grande Porrete de Theodor Roosevelt, com a diferença de que o big
stick de hoje é nuclear, é devastador.
O Corolário de 1904, foi expressão política, objetiva e direta, da imensa acumulação de forças, econômicas, comerciais e militares,
que os Estados Unidos amealharam ao longo do século 19, absolutamente
desproporcionais em relação aos seus vizinhos latino-americanos
Este corolário também defendia o direito de intervenção dos EUA em alguns países da América para preservar a
democracia e restabelecer a ordem no continente.
Na verdade, estas intervenções serviam para preservar os investimentos do capital americano e garantir o
recebimento dos dólares emprestado por banqueiros de
Wall Street a paises latino-americanos.
O Corolário Roosevelt também serviu como mecanismo de reação à Doutrina Drago,
apoiada pelos latino-americanos, a qual implicava na supressão do uso da força para exigir o pagamento de dívidas
entre nações.
Além de tudo isso, esse corolário ainda justificava a
intervenção principalmente na América Central (Mar do
Caribe, Golfo do México e no istmo do Panamá).
O Corolário de 2002, o sumário da estratégia a ser seguida por George W. Bush, também o é, resulta da mesma
lógica.
Ao consagrarem-se no após-Guerra Fria como uma solitária
hiperpotência, os Estados Unidos com uma economia
responsável por ¼ da do planeta, o Resto do Mundo tornou-se-lhes irrelevante.
Theodor Roosevelt, o caubói de Dakota, não
tinha a mínima inclinação em
consultar os daggos - como ele chamava os latino-americanos, a quem pessoalmente desprezava -, para
decidir-se a fazer ou não uma intervenção
armada.
Por que supor-se que o texano George W.Bush
(ungido pela fé vingadora da tragédia de 11 de setembro),
armado com o poder de vida e de morte sobre o universo inteiro, levaria
em consideração, a opinião de franceses, de alemães, de russos
ou de chineses?
A sua vista, neste encontro síntese do big stick com o big
buck, (poder militar com o financeiro), estes países todos do globo, aquiescendo ou não, tornaram-se súditos do Grande
Império.
Aos olhos da águia americana tudo virou uma imensa reserva
comanche, tudo lhes parece pequeno e desprezível.
“Doutrina Truman” é uma expressão que designa um
conjunto de medidas políticas e econômicas assumidas depois de março 1947, data em que o então
presidente dos EUA, Harry Truman, profere um violento discurso contra a “ameaça
comunista”.
Os EUA e a URSS, as duas
superpotências do pós-guerra, iniciam uma
verdadeira disputa onde dividem o mundo em dois pólos distintos.
Os EUA e a URSS, as duas superpotências
do pós-guerra, iniciam uma
verdadeira disputa onde dividem o
mundo em dois pólos distintos.
Ambos os lados acusavam-se mutuamente de tentar dominar o mundo através de políticas
autoritárias e antidemocráticas.
1) a morte do presidente Franklin Delano Roosevelt
(1945) que defendia um mundo controlado
pelos EUA com o apoio da URSS após
o fim da guerra
2) Com a morte de Roosevelt, Harry
Truman assume o poder e muda o
discurso da “coexistência
pacífica” entre URSS e EUA.
Os EUA encontravam em vantagem por dispor de um arsenal de armas nucleares, além de ser o único país que
saiu fisicamente ileso do conflito.
Para consolidar de vez a polarização do mundo em “à favor” e “anti” comunistas, os
EUA lançam o Plano Marshall.