+ All Categories
Home > Documents > O AVANÇO DA CARTOGRAFIA DIGITAL

O AVANÇO DA CARTOGRAFIA DIGITAL

Date post: 11-Jul-2015
Category:
Upload: aurefig
View: 68 times
Download: 0 times
Share this document with a friend
Popular Tags:

of 11

Transcript
  • 5/11/2018 O AVANO DA CARTOGRAFIA DIGITAL

    1/11

    ANO 19(2): 43-129 (200 I) V Col6quio de Cartografia para escolaresI F 6rum Latinoamericano 51

    Atlas de Quebec: < http://www.unites.uqam.calatlasquebec/cadreslaccueil.htm>National Atlas of Canada Online: < http://www.atlas.gc.calenglish/>Atlas de Sao Paulo: < http://www.prodam.sp.gov.brlsvmalatlas_amb/index.htm>

    VISUALIZA

  • 5/11/2018 O AVANO DA CARTOGRAFIA DIGITAL

    2/11

    52 Tema2: RecursosTecnol6gicose Cartograficos BOLETIM DE GEOGRAFIAde que 0 usuario pode desde selecionar quais fenornenos deseja visualizar, ate comovisualizar tais fenornenos, definindo a sirnbologia para apresentacao das inforrnacoes porele selecionadas. Se 0 usuario pode manipular 0 mapa, ou os mapas, por ele criados, osmapas nao sao apenas meios de cornunicacao de inforrnacao, passando a serern utilizadoscomo ferramentas de analises visuais. Quando ferramentas computacionais saodesenvolvidas proporcionar aos usuarios 0 entendimento sobre os fenornenos, em situacoescujos prop6sitos podern ser planejamento ou estudos cientfficos, 0 uso dos rnapas ultrapassao de comunicacao, as rnapas sao entao utilizados tanto para exploracao dos dados, visandoaquisicao de conhecimento sobre uma determinada realidade, como para apresentarresultados, ou seja, comunicar resultados. as estudos, conduzidos por alguns pesquisadorescart6grafos, dos aspectos comuns entre a utilizacao dos mapas para exploracao de dadosespaciais e visualizacao cientffica, resultou no que Ioi denominado Visualizacao Geografica(Geographic Visualization) ou Visualizacao Cartografica ( Cartographic Visualization).Neste trabalho sao apresentados conceitos sobre Visualizacao Cartografica, incluindomapas interativos, com 0 objetivo de apresentar as potencialidades dos avances daCartografia Digital, na ultima decada, tanto para 0 ensino, como para planejamento eestudos cientfficos.VISUALIZAc;:Ao CARTOGRAFICAPor que avanco da cartografia digital?

    A visualizacao cartografica vista como 0 avarice da cartografia digital eapresentada dentro do contexto do desenvolvimento das ferramentas cornputacionais paraarrnazenamento, tratamento e apresentacao das caracterfsticas geornetricas das informacoesrepresentadas em mapas. No infcio deste processo, Mead as de 60 e 70, 0 desenvolvimentodos processos cornputacionais ocorre de acordo com duas diferentes abordagens:

    automatizacao das tarefas convencionais de producao de rnapas, cuja preocupacaoresidia na qualidade grafica e geornerrica do produto gerado;autornatizacao das tarefas de analises espaciais, cornumente baseadas em sobreposicaode rnapas ("overlay"). Segundo Burrough e McDonnell (1998), muitos destesprogramas foram projetados para analises de dados rapidas e baratas, baseadas emestruturas matriciais, cujos resultados impressos em impressoras matriciais nao eramaceitos por cartografos como mapas.Como consequencia, observa-se 0 desenvolvimento de diferentes ferramentas

    agrupadas genericamente sob as denorninacoes de Cartografia Assitida por Computador(CAC), muitas vezes chamadas genericamente de CAD (Projeto Assitido por Computador);e Sistemas de Informacoes Geograficas (SIG). Estes desenvolvimentos ocorreram de formaparalela, e suas diferencas podem ser notadas em trabalhos publicados no final dos anos 70e infcio dos anos 80, nos quais sao abordadas as diferencas entre CAC (ou CAD) e SIG.Como ambas as abordagens tratam de armazenamento, manipulacao e apresentacaodas caracterfsticas geornetricas das inforrnacoes referenciadas espacialmente, na decada de80 observa-se a incorporacao de ferramentas de CAD em SIG. Isto ocorre devido anecessidade de arrnazenamento de informacoes da base cartografica, sendo a digitalizacaoum processo bastante comum na apoca. Na segunda metade da decada de 80, devido agrande difusao do computadores, consequencia do advento dos microcomputadorespessoais, observa-se a popularizacao dos SIG, e os primeiros Atlas Eletronicos, as AtlasEletronicos surgiram pelo baixo custo de sua reproducao, e consequenternentedissiminacao, quando armazenados em CD-ROM. Inicialmente eram reproducoes em meiodigital dos Atlas convencionais, ou seja, em papel. Assirn, os mapas e imagens eramdigitalizados, e apresentados na tela do computador, sem maiores avan~os no que dizrespeito ao uso das possfveis vantagens de tecnicas computacionais, tais como hipermapas.

  • 5/11/2018 O AVANO DA CARTOGRAFIA DIGITAL

    3/11

    ANO 19(2): 43-129 (2001) V Col6quio de Cartografia para escolaresI F6rum Lat inoamericano 53

    Com a popularizacao dos SIG, h" tam bern urn aumento significativo da producaode mapas ternaticos. A facilidade em se produzir mapas, proporcionadada pela dissiminacaodos microcomputadores, e interfaces de program as computacionais cad a vez maisamigaveis, permite aos usuaries de SIG produzir mapas. Estes usuaries de SIG saochamados por Fairbairn (1994, p.906) de usuario/produtor de mapas, quando cita que"talvez a rnudanca mais importante na pratica do mapeamento, nos ultirnos dez anos, seja 0surgimento do usuario/produtor de rnapas".

    Ate cntao, os grandes avances da pesquisa e consequente, desenvolvimento deferramentas computacionais, acontecem para os SIG. Por outro lado, havia um sentimentode que nao tfnhamos muito mais a acrescentar na cartografia digital, alern da pesquisa emgeneralizacao autornatica. Esta realidade muda radical mente quando, no final da dccada de80, infcio dos anos 90, conceitos de visualizacao cientffica sao incorporados 11cartografiadigital. A producao e manipulacao de imagens para ampliar 0 conhecimento sobre os dadoscientfficos, alern daqueles proporcionados pelos metod os convencionais de analises, eproposto para a cartografia digital. Com isso ha uma mudanca quanta ao uso dos mapas,que pass am a ser vistos como ferramentas de analises, tanto para planejadores, como paracientistas (MacEachren e Kraak, 1997); (MacEachren, 1999) e (ICA, 1999). Este avanco cproporcionado pela utilizacao de tecnicas de computacao grafica, de visualizacao cientfficae de sistemas de inforrnacoes geograficas (Robbi, 2000).

    Se ferramentas computacionais permitem que os mapas sejam utilizados tanto paraanalisar as caracterfsticas dos fenorncnos geograficos, e sintetizar solucccs, como tarnbernapresentar resultados, 0 usa dos mapas passa a scr rnais abrangente que 0 de cornunicacao.Assim, 0 processo de comunicacao carrografica e redefinido, pois os mapas nao sao apenasrneios de comunicar inforrnacao, mas tarnbern meios de visualizacao. (MacEachren, 1999)MacEachren et al. (1992, citado por DiBiasi ct ai., 1992, p.203) define visualizacao como"urna a,ao de cognicao, uma habilidade humana de desenvolver represcntacoes mentais quenos permite identificar padroes e criar ou impor ordem". Assim, a visualizacao de imagens(mapas), geradas e manipuladas durante 0 processo de analise, proporciona 0 conhecimentosobre os fenomenos geograficos, proporcionado pela analise das evolucoes e intcracoesdestes fenomenos (Robbi, 2000).

    Os estudos cientfficos com os quais a conceiruacao de visualizacao cartografica eobjetivada, resultaram em diferentes modelos, os quais representam como os mapas saoutilizados nas fases de processo de analise. 0resultado do desenvolvimento de tais modelose sistematizado por MacEachren (1994b), com um modelo no qual a visualizacaocartografica e definida num espaco tridimensional denominado de (Cartografiar' (Figura I)(MacEachren e Kraak (1997). Neste cspaco os dilerentcs usos dos map as sao representadosem 3 eixos: interatividade, audiencia e prop6sito. A interatividade pode variar em diferentesgraus, desde baixa ale alta interatividade com 0 mapa. 0proposito pode variar entre revelaro desconhecido ate apresentar 0 conhecido. A audiencia representa a variacao entre 0 usoprivado, e 0 uso publico dos mapas, da mesma forma que no modelo apresentado porDiBiasi et al. (1990, citado em MacEachren, I 994a).

    As variacoes de uso dos mapas, consequente da incorporacao de tecnicas devisualizacao cientffica 11cartografia, como apresentadas no modelo de DiBiasi (1990, citadoem MacEachren, 1994a), sao definidas de acordo com as diferentes fases dos processos deanalise e planejamento, ou seja, exploracao, sfntese, cornfirmacao e apresentacao (Figura2). Estas fases sao agrupadas em dois domfnios: privado e publico. No domfnio privado osmapas sao utilizados pelo usuario, ou grupo de usuaries, quando este analisa os mapas paraadquirir conhecimento, tendo em vista a tomada de decisao, no caso de planejadores, ou asolucao de problemas, em estudos cicntfficos, As conclusoes alcancadas, tanto dasatividades de planejamento quanto de estudos cienuficos, sao definidas com um conjunto

  • 5/11/2018 O AVANO DA CARTOGRAFIA DIGITAL

    4/11

    54 Tema 2: Recursos Tecnol6gicos e Canograficos BOLETIM DE GEOGRAFIAde inforrnacoes, as quais incluem mapas. Estas informacoes sao apresentadas, ou sejapublicadas, nas fases relativas ao dominio publico.

    No modelo (Cartografiar' (Figura I) observa-se que a variacao entre visualizacao ecornunicacao e apresentada na diagonal do cubo. Esta variacao e continua pois representa anao existencia de fronteiras quanta ao usa dos mapas, somente extremos. Alern disso, tantoa visualizacao como a comunicacao estiio presentes em qualquer fase do processo devisualizacao cartografica, sendo a diferenciacao dada pel a enfase a uma OU a outra. Se 0 usado mapa esta ocorrendo com uma alta interatividadc, a audiencia e privada e 0 prop6sito erevelar 0 desconhecido, a enfase Ii de visualizacao, Por outro lado, se a interatividade ebaixa, a audiencia e 0 publico, e 0 prop6sito e apresentar 0 conhecido, a enfase e nacornunicacao.

    o,c Og -N

    .~~re&e~ \5C o n h ~ tar ...___< _ .~" c i , s o . . . _ _ _ . _ . - /de"", revel~ ,- 4 0

    ~h"

  • 5/11/2018 O AVANO DA CARTOGRAFIA DIGITAL

    5/11

    ANO 19(2): 43-129 (2001) V Col6quio de Cartografia para escolaresI F 6n 1m Latinoamericanc 55

    Segundo VanElzakker (1999), urn programa computacional para visualizacaocartografica deve atender as seguintes exigencias:

    Funcionalidade para visualizacao rmiltipla: possibilita a geracao de varies tipos demapas;Variaveis visuais dinamicas: permite a geracao de anirnacoes de mapas;Sistema especialista cartografico: de forma a orientar 0 usuario na geracao dos mapasternaticos, de acordo com os princfpios de projeto cartografico;Comparacoes estatfsticas: comparacao visual de distribuicoes OU pad roes espaciais;Funcionalidade de sistemas de inforrnacoes geograficas: necessarias as analisesvisuais;Generalizacao: pois a tela do computador e limitada em tamanho, e as analise espaciaisexigem visualizacoes em diferentes escalas;Metadados: utilizados para informar aos usuaries sobre a qualidade dos dados;Modelagem espacial: para a construcao de model os que representem hip6teses, sobreas quais as situacoes futuras possam ser analisadas.

    Alern disso, urn sistema para visualizacao cartografica deve permitir entrada, edicao,integracao e representacao de dados cartograficos. Porern, Van Elzakker (1999, p.562)afirma que "ate 0 momento, nao ha programa computacional que atenda a todos estesrequisitos", sendo necessario que estes t6picos a serem pesquisados.

    Mapas interativosQuando os mapas sao interfaces entre 0 usuario e 0 mundo real, e 0 usuario pode

    interagir com esta interface, os mapas sao chamados de interativos. Os mapas interativossao possfveis se ferramentas computacionais permitem ao usuario decidir quais fenorncnosvisualizar, e como estes fenornenos serao apresentados na tela do computador. 0 usuariopode, entao, intergir com a base de dados, como por exemplo, definir e visualizar diferentesclassificacoes para urn determinado fenorneno, escolher a simbologia para visualizar asdiferentes classificacoes, visualizar 0 comportamento de um fenomeno em diferentesepocas, Desta forma, 0 processo de cornunicacao no qual 0 mapa e resultado das decisoesdo cart6grafo, durante 0 projeto cartografico, e 0 usuario apenas recebe 0 produtoconclufdo, deve ser redefinido. Portanto, com os mapas interativos, 0 usuario c participanteativo no processo de cornunicacao cartografica (Robbi, 2000). Peterson (1995) apresentaurn modelo de cornunicacao cartcgrafica para 0 mapa interativo (Figura 3), e 0 define como"uma forma de apresentacao cartografica assistida por computador que tenta irnitar arepresentacao de mapas mentais. Porern, supcram os mapas mentais por inclufrem maiscaracterfsticas do fenomeno e ntio conte rem distorcoes OU enganos desses. 0 mapasinterativo e uma extensao da habilidade humana de visualizar lugares e distribuicoes."

  • 5/11/2018 O AVANO DA CARTOGRAFIA DIGITAL

    6/11

    56 Terna 2: Recursos Tecnol6gicos c Cartcgraficos BOLETIM DE GEOGRAFIA

    Fig. 3 - Modelo de cornunicacao cartografica para 0mapa interativo.FONTE: Adaptada de Peterson (1995, p.6)

    No contexto de mapas interativos 0 cart6grafo projeta e implementa as ferramentascomputacionais, que cornpoern urn ambiente de utilizacao do rnapas, e este ambiente efornecido aos usuaries. Os usuaries, por sua vez, decidem como e quais inforrnacoes seraopor eles visualizadas. Portanto, na cartografia interativa os usuaries produzem mapas, ouseja, decidem quais inforrnacoes, como classifica-las, e como simboliza-las tendo em vistaa visualizacao. Se os usuaries nao sao cartografos, e os mapas interativos sao utilizadospara analise visual de inforrnacoes geograficas, nfio e suficiente que programascomputacionais permitam aos usuaries escolher aleatoriamente as formas e cores dossimbolos cartograficos. A possibilidade de aquisicao de conhecimento na visualizacao devaries e diferentes mapas so ocorre se as solucoes graficas definidas para os mapasproporcionarem a visualizacao eficiente dos fenorneno geograficos. Consequentemente, asferrarnentas computacionais devem auxiliar 0 usuario a produzir map as de acordo com osprincipios de projeto cartografico. Para isto, duas solucoes sao propostas na literatura:tutorias que orientem os usuaries sobre as decisoes sobre representacao cartografica (Green,1993); ou sistemas especialistas que automatizcm as decisoes de projeto cartografico (SU,1995); (Zhan e Buuenfield, 1995) e (Wang e Ormeling, 1996).

    ExempJo de automatizacao de decisiies de projeto cartograficoo modulo "geracao de informacoes ternaticas" de urn prot6tipo de urn sistema paravisualizacao cartografica, projetado c implementado por Robbi(2000), exempli fica aautornatizacoes de algumas decisoes de projeto cartografico tematico. Para que as decisoessobre como construir os mapas esteja embutidas no sistema dois principios foram definidos.Primeiro, 0 sistema obriga 0 usuario a seguir urna sequencia de etapas estabelecidas deacordo com as fases de urn projeto cartografico tematico. Segundo, 0 conjunto de variaveisvisuais disponfveis ao usuario, para cada mapa tematico a ser criado, e definido com basena dirnensao e nivel de medida do tema mapeado.

    De acordo com as etapas de projeto cartografico, apos 0 usuario decidir quaisinforrnacoes visualizar, este deve selecionar as feicoes que deverao ser representadas nabase cartografica do mapa tematico (Figura 4). Em seguida, serao realizadas as tarefasrelacionadas it representacao tematica propriamente dita. Assim, 0 usuario deve informar aosistema tanto a dimensao da primitiva grafica quanto 0 nivel de medida com 0 qual asclasses representadas sao definidas. A proxima tarefa do usuario e en tao informar aosistema as classes a serem representadas.

  • 5/11/2018 O AVANO DA CARTOGRAFIA DIGITAL

    7/11

    ANO 19(2): 43-129 (2001) V Col6quio de Cartografia para escolaresI F6rum Latinoamericano 57

    Com estas informacoes armazenadas, quando 0 usuario esta para definir osatributos graficos, incluindo forma e cores dos sfmbolos, 0 sistema 0 induz a selccionaruma varia vel visual. As opcoes de variaveis visuais, aprescntadas ao usuario pelo sistema,sao apenas aquelas adequadas 11dirnensao e ao nfvel de medida anteriormente definidos,Estas decisoes sao baseadas ern conjuntos de regras, com as quais a adequabilidadc dasvariaveis visuais para cada mapa ternatico e estabelecida ern duas etapas, Primeiro, 0sistem a d ecid e se cad a um a d as variaveis visuais sera "disponfvel" ou "nao disponfvcJ".Segundo, 0 sistema define quais variaveis visuais, entre as disponfveis, poderao serutilizadas para representar as classes do fencrncno (Robbi, 2000),

    Exemplificando, se 0 fenorneno fo i definido pelo usuario como "pontual" e"ordinal", as variaveis disponfveis serao: forma, tamanho, tom de cor, valor de cor esaturacao de cor. Com as variaveis tamanho, valor de cor e saturacao de cor, as diferenr;asordinais serao representadas. As variaveis forma e tom de cor sao "disponfveis" porque 0sistema deve desenhar todos os sfmbolos com uma determinada forma e urn determinadotom de cor. Assim, 3 diferentes estados sao assumidos pelas variaveis visuais: "variavel","invariavel" ou "nulo", como apresentado na Tabela I, Portanto, para cada mapa tcmaticoque esta sendo gerado pelo sistema, as variaveis visuais sao valoradas de acordo com estes3 diferentes estados. As variaveis visuais que serao apresentadas como opcocs aos usuariessao definidas como "variavel".

    No exemplo da Tabela I sao estas: tamanho, valor e saturacao de cor. As variaveisvisuais que sao "disponfveis", porern nao serao apresentadas como opcoes aos usuaries, saodefinidas como "invariaveis". No mesmo excmplo sao elas: forma e tom dc cor. Estainforrnacao o S conhecida apenas pelo sistema, para possibilitar a definicao cornpleta dosfrnbolo grafico. 0estado "nulo" e assumido pelas variaveis visuais definidas como "nao-disponlveis".

    rr~

    Fig, 4 - Exemplo de uma das interfaces de urn sistema para geracao de map as ternaticosFONTE: (Robbi, 20(0)

    TABELA 1 - Estados das variaveis visuais para com dimensoes pontuais

  • 5/11/2018 O AVANO DA CARTOGRAFIA DIGITAL

    8/11

    58 Tern. 2: Recursos Tccnol6gicos e Cartograficos BOLETIM DE GEOGRAFIANfvel de medida Numcrico Ordinal N o m i n a l

    Forma Invariavel Invariavel VariavelTamanho Variavel Var iavel lnvariavelTom de cor lnvariavel lnvariavel VariavelValor de cor variavel Variavel Invariavel

    Seturaceo de cor Variavel Variavel lnvariavelTextura Nulo Nulo Nulo

    Ortcntacao Nulo Nulo VariavelArranjo Nulo Nulo Nulo- ,. -As etapas de geracao de mapas temaucos sao exemplificadas pela FIgura 6 abaixo,as quais rnostrarn resultados obtido com 0 prototipo implemenlado a partir do software

    SPRING.

    Fig. 6 - Exemplo de autornatizacao de decisoes sobre variaveis visuaisFONTE: (Robbi, 2000)

  • 5/11/2018 O AVANO DA CARTOGRAFIA DIGITAL

    9/11

    AND 19(2): 43-129 (2001) V Col6quio de Cartografia para cscolarcsI F6rum Latinoarnericano 59

    Neste exemplo, ap6s 0 usuario tel' dcfinido a variavel ternatica "Mantenedores dasescolas", as classes a serem representadas: escolas csraduais, municipais e privadas, e adirnensao "pontual" e nfvel de medida "nominal" desta variavel, 0 sistema apresenta comoopcoes as variaveis visu ais: " fo rm a ", " tom d e co r" e "orientacao". 0 usuario selccion a um adestas variaveis visuais, e 0 sistema apresenta as opcoes para definicno dos sfmbolospontuais, de acordo com esta sclccao. A Figura 7 exempli fica as opcoes para definicao dossfrnbolos pontuais, quando 0 usuario seleciona a varia vel visual "tom de cor". Neste caso, aforma definida pelo sistema e "cfrculo", ou seja, 0 usuario njio pode, por exemplo,representar as diferentes classes com variacao em "tarnanho" ou "forma" dos sfmbolospontuais. A tinica possibilidade permitida pelo sistema e a representacao de sfmbolospontuais, cuja "forma" e cfrculo, com diferentes tons de cor, como por exemplo,"verrnelho", "azul" e "verde".

    Fig. 7 - Opcoes para definicao dos sfmbolos pontuais para a varia vel visual "tom de cor" eFONTE: (Robbi, 20(0)

    CONCLUSAOo desenvolvimento da cartografia digital, proporcionado pelo conceito devisualizacao cartografica, tern conscquencias tanto para 0 uso dos rnapas, como para aspesquisas em cartografia. As consequencias, vistas como vantagens, no que concerne aouso dos mapas, sao apresentadas por Taylor (1994) como diferencas entre visualizacao emcartografia e cartografia convencional. Taylor (1994) agrupa estas diferencas emquantitativas e qualitativas. As difercncas quantitativas estao relacionadas com producaorapid a e barata de rnapas. Assim, 0 usuario pode produzir muitos e diferentes mapas, evisualizar os fenornenos sobre varies diferentes aspectos. A difcrenca qualitativa esta

  • 5/11/2018 O AVANO DA CARTOGRAFIA DIGITAL

    10/11

    60 Tern. 2: Recursos Tccnol6gicos e Cartograficos BOLETIM DE GEOGRAFIArelacionada 11 possibilidade de interacao com os mapas gerados, e consequentemente apossibilidade de maior conhecimento sobre os fcnornenos espacias.

    Quanto as pesquisas em cartografia digital, na medida em que a visualizacaocartografica apresenta novas possibilidades de us os dos mapas, principal mente em relacaoao uso interativo dos mapas, novas solucoes sao exigidas para projeto cartografico, Comvisualizacao cartografica os mapas sao apresentados na tela do computador.Consequentemente, pesquisas sobre percepcao de cores em mapas digitais devem serrealizadas, considerando ser as cores resultantes de sfntese aditiva, c a tela do computadorlimitada em tamanho. A limitacao do espaco disponfvel ~ aprescntacao dos mapasdemandam por pesquisa em generalizacao autornauca, pois e sabido que as ferramentaspara "zoom" atualmente disponfveis em pacotes graficos nao sao adequadas a generalizacaocartografica.

    Os resultados obtidos com 0 projeto e implementacao de um conjunto de regras, paraautornatizar as decisoes sobre a simbologia dos rnapas ternaticos, mostram a potencialidadede sistemas especialistas para producao de mapas tematicos. Porern, a pesquisa sobresistemas especialistas para projetos cartograficos ternaticos e, atualmente, incipiente.Algumas solucoes apresentadas neste trabalho, nos mostram que estamos no corneco,porern podemos avancar consideravelmente.

    REFERENCIAS BIBLIOGRAFICASBurrough, P. A. e McDonnell, R. A. Principles of Geographical Information Systems.Nova York: Oxford University Press Inc., 1998. 333p.DiBiasi, D. et al. Animation and the role of map design in scientific visualization.Cartography and Geographic Information Systems, vol 19, n. 4, p. 201-214, 265-266,1992.Fairbain, D.J. The frontier of cartography: mapping a changing discipline.Photogrammetric Record, vol. 14, n. 84, p. 903-915, October 1994.Green, D.R. Wherefore art thou cartographer? Your GIS needs you! In: Congresso daAssociacao Cartografica Internacional _ ICA, 16., Colonia, Alemanha, Maio 1993. Anais.Deutsche Gesellschaft fur Kartographie. Bielefeld, 1993, p. 1011-1025.International Cartographic Association (ICA) Commission on Visualization.Commission Overview. [online].. 1999.MacEachren, A.M. Some truth with maps: a primer on symbolization & design.Washington, D.C.: Association of American Geographers, 129p. 1994a.MacEachren, A.M. Visualization in modern cartography: setting the agenda. In:MacEachren, A.M.; Taylor, D.R.F. ed. Visualization in modern cartography. Gra-Bretanha: Pergamon, 1994b. p.I-12.MacEachren, A.M.; Kraak, M. Exploratory cartographic visualization: advancing theagenda. Computers & Geosciences, vo1.23. n. 4, p. 335-343, 1997.MacEachren, A.M. Visualization _ Cartography for the 21" century. [online]. 1999.Peterson, M.P. Interactive and animated cartography. Englewood Cliffs, Nova Jersey:Prentice Hall, 1995. 257p.Robbi, C. Sistema para Visualizacao de Informacoes Cartograflcas paraPlanejamento Urbano. Tese de doutorado apresentada e defendida no Curso deComputacao Aplicada, INPE. Marco, 2000.SU, B. A Generalized frame for cartographic knowledge representation. In: Congresso daAssociacao Cartografica Internacional ICA, 17., Barcelona, Espanha, 1995.Proceedings. Barcelona: Institut Cartographic de Catalunya, 1995, p.761-770.

  • 5/11/2018 O AVANO DA CARTOGRAFIA DIGITAL

    11/11

    ANO 19(2): 43-129 (2001) V Col6quiodeCartografia para escolaresI Forum Latinoamericano 61

    Taylor, D.R.F. Perspectives on visualization and modern cartography. In: MacEachren,A.M.; Taylor, D.R.F. ed. Visualization in modern cartography. Gra-Bretanha:Pergamon, 1994. p.333-34I.Van Elzakker, C.P.J.M. Thinking aloud about exploratory cartography. In: Congresso daAssociacao Cartografica Internacional - ICA, 19., Otawa, Canada, Aug. 1999. Anais.Otawa: Canadian Institute of Geornatics, 1999, p. 559-569.Wang, Z.; Ormeling, F. The representation of quantitative and ordinal information, TheCartographic Journal, vo1.33, n. 2, p. 87-91, December 1996.Zhan, F.R.; Buttenfield, B.P. Object-oriented knowledge-based symbol selection forvisualizing statistical information. International Journal of Geographic InformationSystems, vol. 9, n. 3, p. 293-315,1995.

    Projeto Educa SeRe I I I - A Carta Imagem de Sao Jose dos CamposTANIA MARIA SAUSEN1BERNARDO T.RUDDORFF2ioz,o AVILAIROMEU SIMI FILH02

    WELLINGTON RODOLFO CASTILHO DE ALMEIDAIVIVIANE GOMES C.DA ROSA1JOAQUIM GODOI FlLH02

    INPE-Instituto Nacional de Pesquisas EspaciaisCoordenadoria de Ensino, Docurnentacao e Programas Especiais'Divisao de Sensoriamento Remoto"

    Caixa. Postal 515 - 12201-970 - Sao Jose dos Campos-SP, [email protected]

    1. IntrodueaoDesde 0 lancamento do prirneiro satelite de sensoria mento remote, em 1972, 0Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais tern se preocupado com a disseminacao etransferencia desta tecnologia para usuaries finais. Apesar de ladas as atividadesdesenvolvidas, esta tecnologia ainda nao c arnplamcnte utilizada, como recurso didatico,par professores do ensino fundamental e medio. Isto ocorre principal mente pela falta decapacitacao de alguns professores, 0 alia custo das irnagens de satelite e a falta de malerialdidatico dedicado exclusivamente ao ensino de sensoriamento remota voltado ao nfvelfundamental e medio.

    E necessario estender-se a processo de disserninacao da tecnologia de sensoriamentorernoto para estes estudantes, pois e desta comunidade que surgira a cidadao do futuro, quedevera entender a relacionamento entre meio arnbiente e sociedade, para proteger epreservar a Terra. E nesta fase tarnbern que eles estao escolhendo a sua futura profissao,sendo pais 0memento adequado para rnotiva-Ios a trabalhar com sensoriamento rernoto.

    Para solucionar os problemas referenies a carencia de material didatico foi criado 0PROGRAMA EDUCA SeRe, cujo objetivo e gerar material didatico, a baixo custo,dedicado ao ensino de sensoriamento rernoto nos nfveis fundamental, media e degraduacao, de tal forma que esta tecnologia seja disseminada e torne-se acessfvel a tad as ascamadas da sociedade. 0PROGRAMA EDUCA SeRe esta dividido em cinco Projetos:

    mailto:[email protected]:[email protected]

Recommended