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OS MODELOS DE MATURIDADE NA GESTÃO DE SISTEMAS … · Um trabalho pioneiro sobre o amadurecimento...

Date post: 09-Nov-2018
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ABSTRACT This paper introduces a set of principles concerning the main characteristics of Maturity Models. We present the background and the state of art of these models for the Management of Information Systems (IS). This work also introduces a set of Portuguese studies discussing the maturity stages for the management of IS. Based on these studies, we conclude that the related organisations present the first maturity stage after the transition from the technological to the socio-organisational orientation. RESUMO Este artigo introduz os princípios subjacentes às principais características dos Modelos de Maturidade e apresenta uma retrospectiva da evolução baseada em modelos representativos para a Gestão de Sistemas de Informação (SI). O artigo introduz ainda alguns estudos portugueses sobre a situação da maturidade da Gestão de SI, indicando o mais recente que as organizações estudadas se encontravam no primeiro estádio de maturidade após a transição de uma orientação excessivamente tecnológica para uma orientação onde os aspectos sócio-organizacionais são vistos como fundamentais. 1. INTRODUÇÃO A Gestão de Sistemas de Informação (GSI) é a actividade responsável pelas tarefas que, numa organização, são necessárias para gerir a informação, o Sistema de Informação (SI) e a adopção de Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) (Amaral e Varajão, 2000). A maturidade desta actividade é, actualmente, um factor chave de sucesso, pois o sistema de informação de grande parte das organizações constitui uma peça fundamental do seu todo. Neste âmbito, existem vários instrumentos para ajudar a Gestão de Sistemas de Informação a caminhar em direcção a uma maturidade superior, destacando-se, entre eles, os designados Modelos de Maturidade. Os Modelos de Maturidade fornecem aos gestores das organizações um poderoso instrumento para determinarem em que estádio de maturidade se encontram e planearem as acções necessárias para progredirem em direcção a uma maturidade superior e, por consequência, alcançarem os objectivos desejados. OS MODELOS DE MATURIDADE NA GESTÃO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO Álvaro Rocha - Faculdade de Ciência e Tecnologia, UFP Professor Auxiliar | E-mail: [email protected] José Vasconcelos - Faculdade de Ciência e Tecnologia, UFP Professor Auxiliar | E-mail: [email protected] 93
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Page 1: OS MODELOS DE MATURIDADE NA GESTÃO DE SISTEMAS … · Um trabalho pioneiro sobre o amadurecimento das organizações foi conduzido por Greiner (1973). Este focou-se na organização

AbstrAct

ThispaperintroducesasetofprinciplesconcerningthemaincharacteristicsofMaturityModels.Wepresentthebackgroundandthestateofartofthesemodels for theManagement of Information Systems (IS).Thiswork alsointroduces a set of Portuguese studies discussing the maturity stages forthemanagementofIS.Basedonthesestudies,weconcludethattherelatedorganisations present the first maturity stage after the transition from thetechnological to the socio-organisational orientation.

resumo

EsteartigointroduzosprincípiossubjacentesàsprincipaiscaracterísticasdosModelosdeMaturidadeeapresentaumaretrospectivadaevoluçãobaseadaemmodelosrepresentativosparaaGestãodeSistemasdeInformação(SI).O artigo introduz ainda alguns estudos portugueses sobre a situação damaturidadedaGestãodeSI,indicandoomaisrecentequeasorganizaçõesestudadasseencontravamnoprimeiroestádiodematuridadeapósatransiçãodeumaorientaçãoexcessivamentetecnológicaparaumaorientaçãoondeosaspectossócio-organizacionaissãovistoscomofundamentais.

1. Introdução

AGestãodeSistemasdeInformação(GSI)éaactividaderesponsávelpelastarefasque,numaorganização,sãonecessáriasparagerira informação,oSistemade Informação (SI) e a adopçãodeTecnologiasde InformaçãoeComunicação(TIC)(AmaraleVarajão,2000).

Amaturidadedestaactividadeé,actualmente,umfactorchavedesucesso,poisosistemadeinformaçãodegrandepartedasorganizaçõesconstituiumapeçafundamentaldoseutodo.Nesteâmbito,existemváriosinstrumentosparaajudaraGestãodeSistemasdeInformaçãoacaminharemdirecçãoaumamaturidadesuperior,destacando-se,entreeles,osdesignadosModelosdeMaturidade.

OsModelos deMaturidade fornecem aos gestores das organizações umpoderosoinstrumentoparadeterminarememqueestádiodematuridadeseencontrameplanearemasacçõesnecessáriasparaprogredirememdirecçãoaumamaturidadesuperiore,porconsequência,alcançaremosobjectivosdesejados.

OS MODELOS DE MATURIDADE NA GESTÃO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO Álvaro Rocha - Faculdade de Ciência e Tecnologia, UFP ProfessorAuxiliar|E-mail:[email protected]

José Vasconcelos - Faculdade de Ciência e Tecnologia, UFP ProfessorAuxiliar|E-mail:[email protected]

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94 2. modelos de mAturIdAde

OsModelosdeMaturidadebaseiam-senapremissadequeaspessoas,orga-nizações,áreasfuncionais,processos,etc.evoluematravésdeumprocessode desenvolvimento ou crescimento emdirecção a umamaturidademaisavançada,atravessandoumdeterminadonúmerodeestádiosdistintos.Estesmodelostêmvindoaserusadosemváriasáreasetêmsidousadosparades-creverumalargavariedadedefenómenos(Burn,1994,KingeTeo,1997).

OsModelosdeMaturidadeassumemquepadrõespredicáveis,conceptua-lizadosemtermosdeestádios,existemnodesenvolvimentodasentidades(Greiner,1973;Smithetal.,1985;Burn,1994).Normalmente,osestádiossão:(1)sequenciais(ecumulativos)pornatureza;(2)ocorremcomoumaprogressãohierárquicaquenãoéfacilmentereversível;e(3)envolvemumlargolequedeestruturaseactividadeshumanaseorganizacionais(LavoieeCulbert,1978).

VáriosModelosdeMaturidadetêmsidopropostosaolongodotempo,querparaaevoluçãogeraldasorganizações,querparaaevoluçãoparticulardafunçãoGestãodeSistemasdeInformação.Estesmodelosdiferemsobretudononúmerodeestádios,variáveisdeevoluçãoeáreasdefoco.Cadaumdestesmodelosidentificacertascaracterísticasquetipificamoalvoemdiferentesestádiosdematuridade.

3. os modelos de mAturIdAde nA gestão dAs orgAnIzAções

Os gestores às vezes olham para os erros cometidos nas organizações einterrogam-sesobreoquedeviamterfeitoparaosevitar.Masesseserrossão,muitasvezes,sintomasnaturaisdoamadurecimentodasorganizações,esãoconducentesaodesenvolvimentoquetrouxeaorganizaçãoparaasuamaturidade actual. O que acontece é que novas circunstâncias requerem novas práticasdegestão.Sepráticasobsoletassemantêmdepoisdarazoabilidadedasuaaplicação,resultamemdecisõeserradas.Estefenómenodemudançasqueumaorganizaçãoexperimenta,desdeoseucomeçoatéàsuamaturidadeactual, é definido pelo conceito de Estádios de Maturidade.Assume-se,então,queumaorganizaçãosemovedeumestádio“X”paraumestádiosuperior“Y”tornando-semaismadura.

Um trabalho pioneiro sobre o amadurecimento das organizações foiconduzidoporGreiner(1973).Estefocou-senaorganizaçãocomoumtodo,desenvolvendooentendimentodaevoluçãodaspráticasdegestãocombasenaformacomoumaorganizaçãocresce.Greinerdescreveucincoestádiosdematuridadepelosquaispassaumaorganização,edeclarouqueaidade,a dimensão e a taxa de crescimento da sua indústria são os factores deinfluênciaprincipaisnadeterminaçãodoestádioemqueumaorganizaçãoseencontra(Figura 1).Estescincoestádiosdematuridadesão:Criatividade, Direcção, Delegação, Coordenação e Colaboração.

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95Cadaestádioécaracterizadoporumperíododeevolução,seguidodeumperíodo de crescimento constante e estável, terminando com um períodode agitação emudança organizacional.O período de crescimento estávelduraenquantoosproveitoscrescemaumataxasatisfatória.Talcrescimentonormalmenteterminanumarevolução–algumacriseque,quandoenfrentada,leva ao próximo estádio.A tarefa crítica da gestão, em cada período derevolução,éencontrarumnovoconjuntodepráticasorganizacionais,quesetornarãoabaseparageriropróximoperíododecrescimento.Essasnovaspráticas,porsuavez,ultrapassarãooseutempodeutilidadeelevarãoaoutroperíododerevolução.Osgestoresdescobrem,assim,quecertasdecisõesquefuncionarambemnumdadomomentonãoproduzemosmesmosresultadosnoutros momentos.

Vinte e seis anos mais tarde, Greiner (1998) reviu o seu modelo, tendoverificadoqueassuasideiasbaseaindaseaplicamactualmente.Contudo,sugeriuqueumsextoestádiopodedesenvolver-se,noqualocrescimentodependedaconcepçãodesoluçõesextra-organização,taiscomoumarededeorganizaçõescompostaporaliançaseparceriastransversaisestratégicas(Figura 1). Alguns estudos têm mostrado que o modelo de Greiner éaplicávelqueraorganizaçõesbaseadasemserviçoseconhecimentoqueraorganizaçõesindustriais(KhandelwaleFerguson,1999;GottschalkeSolli-Saether,2001).

Figura 1. Estádiosdematuridadeorganizacional(Greiner,1998)

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96 4. Introdução dos modelos de mAturIdAde nA gestão de sIstemAs de InformAção

Oprimeiro esforço significativo para explicar a evolução da área dos SInasorganizaçõessurgiucomNolan(1973).EnquantoGreinerolhouparaocrescimentodeumaorganizaçãocomoumtodo,Nolanfocou-seapenasnaevoluçãodaáreadosSI.Asuaprimeiraproposta(Nolan,1973;GibsoneNolan,1974)baseou-senatecnologiausadaenoorçamentoemSIcomoin-dicadoresdamaturidadedaGSI,usandoumacurvaem“S”,consistindoemquatroestádios:Iniciação, Contágio, Controlo e Maturidade(Figura 2).

Figura 2. ModelodequatroestádiosdeNolan(1973)

ComoNolancontinuouassuasinvestigaçõeseobservações,verificouqueacurvaem“S”nãorepresentavaapenasocrescimentodatecnologiausadaedoorçamentoemSImastambémaaprendizagemorganizacional,emboraestaaparecessenumplanosecundário.Istolevouaoseubemconhecidomodelode seis estádios - Iniciação, Contágio, Controlo, Integração, Gestão de Dados e Maturidade-comumpontodetransiçãoentreosestádiosControlo e Integração(Nolan,1979).Opontodetransiçãodefineofimdaprimeiracurvaem“S”eoiníciodasegundacurvaem“S”defortecrescimentodatecnologiausada,custoseaprendizagemorganizacional(Figura 3).

Figura 3. ModelodeseisestádiosdeNolan(1979)

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97Estetrabalhogerouumgrandeinteressenacomunidadecientíficaeempre-sarial,etambémalgumcriticismo.Algunsinvestigadoreslançaramdúvidassobre a validade destemodelo deNolan (1979), apesar de não o rejeita-remdefinitivamente.Asprincipaiscríticasapontadas,baseadasemestudosrealizados junto de organizações, são (e.g.,Drury, 1983;Benbasat et al.,1984; King e Kraemer, 1984; Saarinen, 1989; Gurbaxani e Mendelson,1990;Galliers,1991;GallierseSutherland,1991;Zuurmond,1991;Khan,1992;PingeGrimshaw,1992;Burn,1993;Sampaio,1995;Santos,1996;GottschalkeSolli-Saether,2001):

- Éimprovávelqueoorçamentoeatecnologiasejamosprincipaisindi-cadoresoufactoresdecrescimentodamaturidade;

- ÉimprovávelqueadespesaemSIsigaumacurvaem´S´;

- É improvável que uma qualquer organização esteja inteiramente nomesmoestádiodematuridaderelativamentea todososfactoresdeSIavaliados;

- Éimprovávelquepartesdiferentesdeumaorganizaçãoestejamnomes-moestádiodematuridadedentrodomesmofactor;

- É improvávelque todasasorganizações se iniciemnoprimeiroestá-dio;

- Éimprovávelqueasequênciaemdirecçãoàmaturidadenãotenhaporvezesretrocessos,principalmentenosestádiosmaisavançados(e.g.,de-vidoaumamudançadepessoaloudeatitudedegestão);

- Eétambémimprovávelquenãopossasaltarestádios(e.g.,pelaaquisi-çãodeempresasmaismaduras)

- Éinsuficienteaatençãodadaaaspectosambientais,sociais,organiza-cionaisedegestão;

- Ébaseadoemsuposiçõessimplistaseassociaçõessubjectivas;

- Nãoseadaptaàrealidadedasorganizaçõesporqueénormativoedescri-tivo, tendo portanto todos os aspectos negativos dessas características;

- Efornecepoucaajudanaindicaçãodocaminhoaseguirparaseatingirosucesso/maturidadenaGSI.

Estas críticas levaram a que alguns investigadores apresentassem novaspropostasdemodelosourevisõesdomodelodeNolan(1979).

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98 5. outrAs propostAs de modelos de mAturIdAde nA gsIComovimosatrás,váriosautoresapresentaramoutraspropostasdemodelosde maturidade com o objectivo de complementar e colmatar algumas in-suficiências e argumentos pouco consensuais do modelo de Nolan. Porexemplo:

McFarlanet al. (1982,1983),olhandoparaas tecnologiasde informaçãodeumaformamaisabrangentedoqueNolan,introduziramummodelodequatroestádiosalgodiferente,paraverificarcomoastecnologiasevoluemnas organizações.McFarlan et al., ao contrário de Nolan, assumem queexistem múltiplas curvas de aprendizagem de tecnologia, ou seja, tecnologias diferentes estão em estádios diferentes do processo de aprendizagem erequeremacçõesdiferentesdagestão(Figura 4).

Figura 4. Múltiplascurvasdeaprendizagemdatecnologia(McFarlanetal.1983)

E Bhabuta1 (1988) desenvolveu um modelo que pretende mapear odesenvolvimentodaGSIcomoumprogressoemdirecçãoaoplaneamentoestratégicodesistemasdeinformação.Estemodeloémaisabrangentedoqueosanteriores,poisaborda,conjuntamente,elementoscomoformulaçãoestratégica,sistemasdeinformaçãoemecanismospelosquaisaáreadosSIé gerida.

JáHirschheimetal.2(1988)propôsummodelocombasenopressupostodequeasorganizaçõessemovemaolongodetrêsestádiosevolucionáriosnaGSI-Distribuição, Reorientação e Reorganização - quando os sistemas de informaçãosãoolhadospelosgestoresdetopocomovitaisparaonegócio.

Algumas das falhas do modelo de Nolan foram sendo eliminadas pelosmodelos referidos atrás, contudo, essesmodelos descrevemapenas comoumaorganizaçãopodesercolocadanumdeterminadoestádiodematuridade,emvezdedescreveremoquedeveserfeitoparaprogredirparaumestádiodematuridadesuperior.EssalacunafoicolmatadaporGallierseSutherland(1991) ao apresentarem o Modelo Revisto dos Estádios de Maturidade,

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99baseadoemsetecurvasem´S´:Strategy(Estratégia),Structure(Estrutura),Systems(Sistemas),Staff(Pessoal),Style(Estilo),Skills(Aptidões)e Shared values(Culturaouvalorespartilhados).

OModeloRevistodeGallierseSutherlanddáumamelhorvisãodecomoumaorganizaçãoplaneia,desenvolveeusaSI,ecomoorganizaaáreadosSI,assimcomoapresentasugestõesparaprogressãoemdirecçãoaestádiosdematuridadesuperior.Disponibilizatambémumquestionárioparasuportedaaferiçãodamaturidade(Galliers,1995).Estemodelotemsidotestadoeaplicado com sucesso em alguns países, nomeadamente na Inglaterra, em PortugalenaChina (e.g.,GallierseSutherland,1991;PingeGrimshaw,1992;Rocha,2000).

6. propostAs mAIs recentes

O modelo de seis estádios de maturidade de Nolan (1979) foi testadoexaustivamente, soba suaorientação, atravésdeumextensoconjuntodeinstrumentosdemedidadesenvolvidosporKooteZee (1989),usadosnaaferiçãodamaturidadedaGSIdeumaorganizaçãoenacomparaçãocomadeoutrasorganizações.DaíresultouumaextensãoàteoriadeNolan(1979),consistindodeumaterceiracurvaem“S”(NolaneKoot,1992).Éderealçarque,noseutrabalhoinicial,GibsoneNolan(1974)jáatinhamvaticinado,devidoaopotencialaparecimentodenovasTICeaoaumentodaambiçãodas empresas no seu uso.

Figura 5. Astrêserasdematuridade(Mutsaersetal.1997)

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100 AexpansãodoModelodeMaturidadedeNolancontinuoucomMutsaersetal.(1997).Estesdescreveramastrêscurvasem“S”comotrês“eras”dema-turidadedaGSI:Processamento de Dados(PD),Tecnologia de Informação (TI)eRede(R),comoilustraaFigura 5.

Cadaeraécaracterizadaporumperíododeevolução,seguidodeumperíododeestabilidade,terminandocomumperíododedescontinuidadeerevolução,antesdo iníciodanovaera.Adescontinuidadeémaisuma revoluçãodoqueuma transiçãoevolucionária (Gottschalk eSolli-Saether, 2001), ondetransformaçõesdonegócioocorrerãopormeiodeumadestruiçãocriativa(NolaneCrosson,1995).

Porexemplo,a transiçãodeProcessamento de Dados para Tecnologia de Informaçãoécaracterizadapeladescontinuidade tecnológicanaformadepessoaldeSI,robóticaeredesdecomunicaçãodedados,enquantoatransiçãode Tecnologia de Informação para Rede é caracterizada pela descontinuidade donegócionaformadealiançasestratégicascomclientesefornecedores,acessoadadosexternosesubcontratação(Tabela 1).

Tabela 1. Indicadoreschavedosestádiosdecrescimento(KhandelwaleFerguson,1999)

Era Estádio Indicadores Chave

PD

1. Iniciação Suporteoperacional,sobretudocontabilísticoefinanceiro.

2. Contágio Expansãorápida.Poucocontrolo.DespesaemTIcresce20%a40%.

3. Controlo Controlodosaltoscustosdeinformatização.ComitédePD.Usodemétodos/standards.Participaçãodosutilizadoresnodesenvolvimentodesistemas.

TI

4. Integração

Integraçãodeaplicações.Substituiçãodesistemasantigosparafacilitaraintegração.TIpotenciamnovosmétodosdenegócio.Sistemasjustificadospelacontribuiçãodadaaonegócio.Osutilizadoresassumemgrandecontrolosobreasuacomputação.

5. ArquitecturaDispersãodainformação.Gestãodainformaçãoécrítica.Novossistemasfocamosobjectivosestratégicosdonegócio.Incrementorápidodoenvolvimentodagestãodetopo.

6.Descentra-lização

DescentralizaçãodafunçãoSI.UnidadesdenegóciotêmresponsabilidadesnacolocaçãodeTI.Subcontrataçãodeprocessamentotorna-seumacomodidade.Claratendênciaemdirecçãoàmanutençãodesistemaslegados.

R

7. Infra-estrutura funcional

Traduçãodaarquitecturadonegócionumanovacamadaadicionaldeinfra-estruturafuncional.Mudançascontínuasemdirecçãoaplataformasabertasepúblicas.PessoaldeTIhabituadoaferramentaspoderosas.Organizaçõesdesenvolvemaliançasestratégicascomclientesefornecedores.Desenvolvimentorápidoeeconómicodeaplicações,respeitandonormasdequalidade.Ofocomove-sedaintegraçãodesistemasparaintegraçãoflexíveldemódulos.Hámudançascontínuasemdirecçãoaambientescliente-servidornumatentativadeumaverdadeiraintegraçãodeautomaçãodeescritório.

8. Crescimento concertado

Centrosdeinfra-estruturasdeTIoperamcomocentrosdeproveitos.Expansãodosuportefuncionaldosutilizadorespelaadiçãodeaplicaçõesdecamadadetopoqueusamafuncionalidadefornecidapelainfra-estruturafuncional.Grande quantidade de servidores externos disponíveis e acessíveis via redes públicas.

9. Reacção Rápida

Adaptaçãodafuncionalidadecommudançasdinâmicasdasequipasdenegócios.Muitasadaptaçõesderealizaçãorequeridaspelosutilizadorespelasimplesmudançadeparâmetros.Todoodesenvolvimentodenovasaplicaçõesteráocarácterdeengenhariapragmáticacomelevadaeficiência.

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1017. combInAção dos fActores crítIcos de sucesso com modelos de mAturIdAde

Uma proposta inovadora recente surgiu num trabalho de Khandelwal eFerguson(1999).EstessugeremacombinaçãodométodoFactoresCríticosdeSucessocomoúltimoModelodeMaturidadedeNolan(Mutsaersetal.,1997).

OconceitoFactoresCríticosdeSucesso(FCSs)foiintroduzidoinicialmenteporRockart(1979)comoummecanismodeidentificaçãodasnecessidadesdeinformaçãoporpartedosgestoresdasorganizações.Desdeentãotemsidousadolargamentenumgrandenúmerodesituações.Porexemplo,oPQM(Process Quality Management)(Ward,1990),ummétododeplaneamentodeSI,baseiatodooseuprocessonaaplicaçãodeFCSs.

OsFCSssãoospoucosaspectosquetêmdecorrerbemparaqueonegóciosejabemsucedido.Seagestãonãocolocaatençãonessespoucosaspectos,o desempenho organizacional poderá vir a sofrer.A ênfase aqui está em“poucos“ que “têm de correr bem”. Por causa deste limitado número, agestãoestáaptaafornecerumfococonstantenosFCSsatéqueelessejamalcançados.

Porcausadadinâmicadasorganizações,asprioridadesdosgestorespodemmudar de tempos a tempos. O que é hoje crítico para um gestor pode vir amodificar-se e, por consequência, deixar de ser crítico. Por outro lado,o que é hoje trivial pode tornar-se crítico no futuro.Com o tempo, umaorganizaçãocresceeamadurece,bemcomopossuiumconjuntodeFactoresCríticosdeSucessodiferente.OsFCSspodem,assim,serusadoscomoumatécnicadeaferiçãodamaturidadedeumaorganização,indústriaouregião.PelaharmonizaçãooucorrespondênciadosFCSsdeumaorganizaçãocomas características de um modelo de maturidade, tal como o último modelo de Nolan(Mutsaersetal.,1997),poder-se-áestabeleceramaturidadedaGSIdessaorganização(KhandelwaleFerguson,1999).

Comoexplicado,anaturezatemporaldosFCSsfazdelesumatécnicaútilnaidentificaçãodaposiçãonacurvadeevoluçãodaGSIdeumaorganização.Para que isto fosse viável, Khandelwal e Ferguson (1999)mapearam osFCSs3emfunçãodascaracterísticasdosdiferentesestádiosdematuridade(Tabela 2).Estemapeamentofoideterminadopormeiodeumasistemáticaharmonização e correspondênciadadefiniçãodos estádios e dadefiniçãodosFCSs.PelaidentificaçãodosFCSsdaGSIdeumaorganizaçãoéentãopossíveldeterminaroestádiodematuridadedaGSIdessaorganização.

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102 Tabela 2. MapeamentodeFCSseestádiosdematuridade(KhandelwaleFerguson,1999)

Era Estádio Factores Críticos de Sucesso

PD

1. Iniciação NãoháFCSs

2. Contágio NãoháFCSs

3. ControloReduzircustosemSI.DesenvolvimentodeplaneamentodeTI.Metodologiasdegestãodeprojecto.Gestãodosserviçosdosutilizadores.ParceriaUtilizadores-SI.

TI

4. Integração

Integraçãodesistemas.AvaliaçãodovalorproporcionadopelasTIaonegócio.TIparavantagenssignificativasoucompetitivas.Retirarsistemasobsoletos.Disponibilizaçãodeinformaçãoaosutilizadores.Implementaçãodesistemasdeinformaçãoparaexecutivos.

5. Arquitectura

Desenvolvimentodaarquitecturadeinformação.Sistemasdistribuídos.AlinhamentodosobjectivosorganizacionaisedeSI.Planeamentodarecuperaçãodedesastres.EstabilidadedasfacilidadesdeSI.Instruiragestãosénior em TI.

6. DescentralizaçãoReveraorganizaçãodafunçãoSI.SubcontratarSI.AptidõesdenegóciodopessoaldeSI.Reengenhariadeprocessosdenegócio.Reduçãoemmanutençãodesoftware.

R

7. Infra-estrutura funcional

Adopçãodeplataformasdesistemasabertos.AptidõestécnicasdopessoaldeSI.Ligaçãocomorganizaçõesexternas.NormasdequalidadeparaTI.Produtividadedodesenvolvimentodesoftware.Desenvolvimentodeaplicaçõesmodulares.InstruirosutilizadoresemferramentasdeSI.Implementaçãodesistemasdegestãodotrabalhoedeworkflow.Sistemascliente-servidor.Facilidadesdesistemasdeescritório.

8. Crescimento concertado

AdministraçãodafunçãoSIcomonegócioindependente.Alcançaraautonomiadosutilizadoresfinais.Utilizaçãodesharewareesoftwarededomínio público.

9. Reacção Rápida Utilizaçãodetecnologiasemergentes.

8. A mAturIdAde dA gsI dAs orgAnIzAções portuguesAs

AmaturidadedaGSIdasorganizaçõeséumatemáticaquenãotempassadodespercebida a alguns estudiosos portugueses da área dos SI.Nós temosconhecimentode trêsestudos.Oprimeiro, realizadoporSampaio(1995),focou-se num vasto conjunto de organizações doVale doAve e doVale doSousa,nasuamaioriaempresastêxteis.Osegundo,realizadoporSan-tos (1996), focou-se num número significativo de organismos de grandedimensão da administração pública. E o terceiro, realizado por Rocha(2000),focou-senumconjuntodecincoorganizaçõesdediferentesáreasdenegócio,nomeadamente:banca,governo,ensino,alimentação,ecomércioelectrónico.

EnquantooprimeiroeosegundoestudosebasearamnasegundapropostadeNolan(1979)paradeterminaremamaturidadedasorganizaçõesobjectodeanálise,oterceirobaseou-senomodelodeGallierseSutherland(1991)enumquestionáriodeGalliers(1995).NaTabela 3, as células com texto a negritoefundocinzentocorrespondemaosestádiosmédiosdematuridadeobtidosnesteterceiroestudo,paracadaumdossetefactoresdeinfluênciadematuridadedomodelodeGallierseSutherland.

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103Ovalordoestádiodematuridademédioglobalera3.6,oquesignificavaqueasorganizaçõesaindaseencontravamnumafaseinicialdagestãodorecursoinformação(relembrarFigura 3),estandonoiníciodo“abandono”deumaorientaçãoexcessivamentetecnológica,emfavordeumaorientaçãoondeosaspectossócio-organizacionaissãovistoscomofundamentais.Osfactoresque se mostravam mais negligenciados eram sistemas(Estádio2:iniciando alicerces) epessoal (Estádio 3:ditadura centralizada), o que significavaqueasorganizaçõesestudadasainda tinhammúltiplasfalhasaoníveldossistemasde informaçãoequeaindanãoapostavamnagestãoefectivadorecursoinformaçãoeempessoaldeSIcomorientaçãodenegócio.

Parasetornaremmaismaduras,etendoemconsideraçãoasorientaçõesdomodelo,asorganizaçõesdeviam:

- Seguirumaestratégia de procura constante de oportunidades para uso estratégicodeTIedeumplaneamentointeractivoenvolvendoonegócioeoSI;

- Avançar para estruturas mais descentralizadas através de coligaçõesformadasentreaunidadedeSIeasrestantesunidadesdenegócio,comcoordenaçãocentralizada,ecolocarogestordeSIaoníveldosgestoresseniores;

- Controlar a computação por utilizadores finais, encontrar todas asnecessidades de sistemas dos utilizadores e avançar para sistemas degestão,deapoioàdecisãoeestratégicos;

- Encontrarpessoalcomorientaçãodenegócio(e.g.,analistas/engenheirosdenegócio)ecomcapacidadeparaparticiparnoplaneamentoenagestãosimultâneadonegócioedoSI;

- Promover um estilode“produtocampeão”(i.e.,quetrouxessevantagensestratégicasparaaorganização)edeequipasdenegócio(i.e.,pessoaldeSIatrabalharemconjuntocomasoutraspartescomoobjectivodeseatingirosucessodaorganização);

- Fomentar a capacidade de marketing e relacionamento com todas as partesdaorganizaçãoparaqueosgestoressénioresdasoutrasáreasen-tendessem as potencialidades dos sistemas e tecnologias de informa-ção;

- Incutir uma cultura de procura constante de oportunidades estratégicas interna e externamente, de planeamento interactivo, de relacionamento harmonioso e de equipas de trabalho interdependentes.

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104 Tabela 3: Características dos Estádios deMaturidade doModelo deGalliers eSutherland(1991).

Factor

Estádio I“Ad hocracy”

Estádio IIIniciando alicerces

Estádio IIIDitadura cen-

tralizada

Estádio IVCooperação e diálogo demo-

crático

Estádio VOportunidade

estratégica

Estádio VIRelações har-

moniosas e integradas

Estratégia

Aquisiçãodehardware,softwa-re, etc.

Auditar TI;

Procurar e encon-trar as necessidades dos utilizadores (reagir).

Planeamento top-down

Integração, coordenação e controlo

Procura de oportu-nidadeseanálisedo ambiente.

Mantervantagensestratégicas; Monitorarofuturo;Planeamento interactivo.

EstruturaInexistente(in-formal)

SecçãodeSImuitas vezes subordinadaàcontabilidade

Departamento de PD; Centrali-zada;

Centros de informática, Automação de escritórios, etc.

Coligaçõesestraté-gicas de unidades donegócio(muitasmasseparadas)

Coordenaçãocentralizada das coligações

Sistemas

Ad hocnãointer-ligados; Opera-cionais;Sistemasmanuaisautomá-ticos; Descoorde-nados;Sistemasfinanceiros;Poucamanutenção.

Muitas aplicações; Muitas falhas; Sistemas sobre-postos; Centrali-zados; Operacio-nais; Principal-mente sistemas financeiros;Muitas áreas não sa-tisfeitas; Muito backlog; Manu-tenção penosa.

Maioriacentraliza-dos;Computaçãopeloutilizadorfinalsem controle; Co-bertura de grande parte das activi-dadesdonegócio;Sistemasdebasesde dados.

Descentraliza-dos, com algum controlo mas com pouca coordena-ção;AlgunsDSSad-hoc;Sistemasintegrados de escri-tórioelectrónico.

Sistemasdescen-tralizados mas com controlo ecoordenaçãocentral;Sistemasdevalor acrescentado (maisorientadosaomercado);SistemasDSSinternos,me-nos ad-hoc; Alguns sistemas estratégi-cos(usandodadosexternos);Faltadeintegraçãodedadosinternos e exter-nos;Integraçãode tecnologias de comunicaçãocomcomputação.

Sistemasinter-organizacionais (ligaçõesaforne-cedores, clientes, governo,etc.);Produtos novos baseadosemSI;Integraçãodedadosinternos e externos.

Pessoal

Programadores Analistas de sistemas;

Director de PD.

Gestores e es-pecialistas de planeamento de SI; Administrado-res de dados e de bases de dados.

Analistadenegó-cio; Gestores do recursoinformação.

Organização/ne-gócio/PSI-umsópapel.

DirectordeSI(membrodadirec-çãodetopo)

Estilo Desconhecedor Nãoincomodar RevogaçãoouDelegação

Diálogo demo-crático.

Individualista(pro-dutocampeão)

Equipadenegócio

Aptidões

Tecnicistas(demuitobaixonível);

Postura individual.

Metodologiasdedesenvolvimento de sistemas

SIacreditaqueconhece o que o negócioprecisa;Gestãodeprojecto

Integração organi-zacional; SI sabe como o negócio funciona; Utiliza-dores sabem como o SI funciona (para a sua área); Gestão de negócio (para o pessoal de SI).

GestordeSI-membro da equipa executiva sénior ; Conhecimento dos utilizadores em algumasáreasdeSI;Oportunismo

Todos os gestores séniores entendem osSIeassuaspotencialidades

9. conclusões

EsteartigopretendeuintroduzirosprincípiosdosmodelosdematuridadeeapresentarumaretrospectivadeevoluçãobaseadanosprincipaismodelosparaaGSI.Porúltimo,pretendeuintroduziralgunsestudosrealizadossobreamaturidadedaGSIemorganizaçõesportuguesas.

DaretrospectivadeevoluçãodosmodelosdematuridadeparaaGSIpode-mosconcluirqueevoluíram,sobretudo,atravésderenovações,extensõeseexpansõesdoprimeiromodelodeNolan(1973),tendo-semantidopormuitotempoumaformaúnicadeidentificarecaracterizarosestádiosdematuri-dade.Sórecentemente,umanovaeinovadoraabordagemparaidentificaçãodos estádios foi proposta:Khandelwal e Ferguson (1999)modificaram oúltimomodelodeNolan(Mutsaersetal.,1997),mapeandoosEstádiosdeMaturidadeemfunçãodeFactoresCríticosdeSucesso.

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105Noque concerne à situação damaturidade daGSI emorganizações por-tuguesas, pudemos verificar que tem havido preocupação em aferi-la emdiferentes áreas de negócio, quer em organizações públicas quer em pri-vadas.Nãoobstante,osresultadosdoestudomaisrecenteindicamqueasorganizaçõesestudadasaindaestavamadarosprimeirospassosemestádiosdematuridadecujofocovaialémdosaspectostecnológicos,normalmenteenfatizadosemestádiosdematuridadeinferiores.

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notAs1CitadoemGallierseSutherland(1991).2 Idem3A lista dosFCSs foi determinada, pelos autores, a partir da literatura e dos principaisestudos já realizadosparadeterminaçãodos factorescríticosdesucessodosgestoresdeSI.


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