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Ouvert de 6 AM à 10 PM Editorial Novo Governo Vol. XIX ...lusopresse.com/2015/338/Textos...

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Vol. XIX • N° 338 • Montreal, 5 de novembro de 2015 Cont. na pág 14 8042 boul. St-Michel Satellite - Écran géant - Événements sportifs Ouvert de 6 AM à 10 PM 37 37 376-2652 Vítor Carvalho ADVOGADO Escritório Telef. e Fax. 244403805 2480, Alqueidão da Serra - PORTO DE MÓS Leiria - Estremadura (Portugal) Editorial Novo Governo Por Carlos DE JESUS O novo governo canadiano diri- gido por Justin Trudeau acaba de ser em- possado. Finda a cerimónia da apresenta- ção dos ministros, seguiu-se um encontro com a imprensa nos jardins do Governa- dor-Geral do Canadá que estiveram abertos ao público, no qual ele reiterou as suas pro- messas eleitorais e o desejo de criar um go- verno mais próximo dos cidadãos, transpa- rente e responsável. Uma nova página da história canadia- na acaba de se virar. Um novo capítulo vai começar com todas as expectativas que a campanha eleitoral e a juventude de Justin Trudeau deixam adivinhar. Ao contrário do que nos fizeram crer durante toda a campanha, sobretudo os comentadores, cronistas, caricaturistas e uma boa parte da classe artística do Quebe- que que o consideravam uma linda casca vazia, Justin Trudeau acabou por fazer mentir todas as previsões negativas que pesavam sobre ele. Se os ditos comentadores fossem me- nos incultos e menos ideólogos, se tives- sem dado mais atenção ao discurso e à ação deste herdeiro de Pierre Elliot Trudeau, teri- am certamente reparado que o objetivo ho- je alcançado foi o resultado duma longa, paciente e tenaz luta. Se se tivessem lembrado do discurso que ele pronunciou em outubro de 2002 por altura do funeral de seu pai, deveriam ter reparado que estava ali já o germe dum homem de estado. Se se tivessem dado ao cuidado de ana- lisar o desafio que ele se impôs a si mesmo ao decidir brigar o seu primeiro lugar de deputado numa das circunscrições mais po- PARA JÁ... JUSTIN TRUDEAU CUMPRE PROMESSA L USOPRESSE, serviço de última hora - O novo governo acaba de ser formado. E Justin Trudeau, como prometeu no decorrer da campanha eleitoral, cumpriu várias promes- sas de uma assentada, desde a escolha dum Con- selho de Ministros pequeno em número, que não em função das competências, à paridade entre homens e mulheres, passando por uma boa dose de ministros oriundos das Comuni- dades Étnicas e acabando no recrutamento de dois elementos das Nações Aborígenes... Por outro lado, Justin Trudeau também não dececionou ao entregar os Ministérios mais importantes às pessoas certas, não caindo na tentação de colocar em postos chave, depu- tados já por dentro do sistema. As regiões, pelos vistos, também estão satisfeitas com as escolhas feitas. No caso do Quebeque são seis os ministros, com três da cidade de Montreal – quatro a contar com o Primeiro-Ministro. Uma pequena deceçãozinha foi o terem ficado de fora do Gabinete os dois nossos re- Cont. na pág 14 Os nossos endereços 222, boul. des Laurentides, Laval 8989, rue Hochelaga, Montréal 8900, boul. Maurice-Duplessis, Montréal 6520, rue Saint-Denis, Montréal 10526, boul. Saint-Laurent, Montréal 6825, rue Sherbrooke est, Montréal 7388, boul. Viau, Saint-Léonard 10300, boul. Pie-IX - Esquina Fleury António Rodrigues Conselheiro Natália Sousa Conselheira CIMETIÈRE DE LAVAL 5505, Chemin Du Bas Saint-Francois, Laval Transporte gratuito –––––––– Visite o nosso Mausoléu SÃO MIGUEL ARCANJO Uma família ao serviço de todas as famílias Nós vos apoiamos com uma gama completa de produtos e serviços funerários que respeitam as vossas crenças e tradições. 514 727-2847 www.magnuspoirier.com Montréal - Laval - Rive-Nord - Rive-Sud
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Vol. XIX • N° 338 • Montreal, 5 de novembro de 2015

Cont. na pág 14

8042 boul. St-MichelSatellite - Écran géant - Événements sportifs

Ouvert de 6 AM à 10 PM

3737376-2652

Vítor CarvalhoADVOGADOEscritórioTelef. e Fax. 244403805

2480, Alqueidão da Serra - PORTO DE MÓSLeiria - Estremadura (Portugal)

Editorial

Novo Governo• Por Carlos DE JESUS

O novo governo canadiano diri-gido por Justin Trudeau acaba de ser em-possado. Finda a cerimónia da apresenta-ção dos ministros, seguiu-se um encontrocom a imprensa nos jardins do Governa-dor-Geral do Canadá que estiveram abertosao público, no qual ele reiterou as suas pro-messas eleitorais e o desejo de criar um go-verno mais próximo dos cidadãos, transpa-rente e responsável.

Uma nova página da história canadia-na acaba de se virar. Um novo capítulo vaicomeçar com todas as expectativas que acampanha eleitoral e a juventude de JustinTrudeau deixam adivinhar.

Ao contrário do que nos fizeram crerdurante toda a campanha, sobretudo oscomentadores, cronistas, caricaturistas euma boa parte da classe artística do Quebe-que que o consideravam uma linda cascavazia, Justin Trudeau acabou por fazermentir todas as previsões negativas quepesavam sobre ele.

Se os ditos comentadores fossem me-nos incultos e menos ideólogos, se tives-sem dado mais atenção ao discurso e à açãodeste herdeiro de Pierre Elliot Trudeau, teri-am certamente reparado que o objetivo ho-je alcançado foi o resultado duma longa,paciente e tenaz luta.

Se se tivessem lembrado do discursoque ele pronunciou em outubro de 2002por altura do funeral de seu pai, deveriamter reparado que estava ali já o germe dumhomem de estado.

Se se tivessem dado ao cuidado de ana-lisar o desafio que ele se impôs a si mesmoao decidir brigar o seu primeiro lugar dedeputado numa das circunscrições mais po-

PARA JÁ...

JUSTIN TRUDEAU CUMPRE PROMESSALUSOPRESSE, serviço de última hora

- O novo governo acaba de ser formado. EJustin Trudeau, como prometeu no decorrerda campanha eleitoral, cumpriu várias promes-sas de uma assentada, desde a escolha dum Con-selho de Ministros pequeno em número, quenão em função das competências, à paridadeentre homens e mulheres, passando por umaboa dose de ministros oriundos das Comuni-dades Étnicas e acabando no recrutamento dedois elementos das Nações Aborígenes...

Por outro lado, Justin Trudeau tambémnão dececionou ao entregar os Ministériosmais importantes às pessoas certas, não caindona tentação de colocar em postos chave, depu-tados já por dentro do sistema. As regiões,pelos vistos, também estão satisfeitas com asescolhas feitas. No caso do Quebeque são seisos ministros, com três da cidade de Montreal– quatro a contar com o Primeiro-Ministro.

Uma pequena deceçãozinha foi o teremficado de fora do Gabinete os dois nossos re-

Cont. na pág 14

Os nossos endereços222, boul. des Laurentides, Laval8989, rue Hochelaga, Montréal8900, boul. Maurice-Duplessis, Montréal6520, rue Saint-Denis, Montréal10526, boul. Saint-Laurent, Montréal6825, rue Sherbrooke est, Montréal7388, boul. Viau, Saint-Léonard

10300, boul. Pie-IX - Esquina Fleury

António RodriguesConselheiro

Natália SousaConselheira

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LusoPresseLe journal de la Lusophonie

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Editor: Norberto AGUIARAdministradora: Petra AGUIARPrimeiros Diretores:• Pedro Felizardo NEVES• José Vieira ARRUDA• Norberto AGUIAR

Diretor: Carlos de JesusCf. de Redação: Norberto AguiarAdjunto/Redação: Jules NadeauConceção e Infografia: N. Aguiar

Escrevem nesta edição:

• Carlos de Jesus• Norberto Aguiar• Jules Nadeau• Anália Narciso• Onésimo Teotónio Almeida• Osvaldo Cabral• António da Silva Cordeiro• João de Medeiros Constancia• Adelaide Vilela• Melo e Castro• Filipe Batista

Revisora de textos: Vitória FariaSocieté canadienne des postes-Envois depublica-tions canadiennes-Numéro deconvention 1058924Dépôt légal Bibliothèque Nationale du Québec etBibliothèque Nationale du Canada.Port de retour garanti.

LusaQ TVProdutor Executivo:• Norberto AguiarContatos: 514.835-7199

450.628-0125

Programação:• Segunda-feira: 21h00• Sábado: 11h00Telenovela: segunda, quarta esexta, 06h00, 12h00 e 17h00..(Ver informações nas páginas 5 e 16)

Fotos LusoPresse.

Um Halloween português• Por Osvaldo CABRAL

O polémico 20º Governo Constitucional tomou posse emvésperas do Halloween.

Num cenário político embruxado, este deverá ser o governo coma duração mais curta da história.

O país fica agora suspenso durante cerca de dez dias à espera que aEsquerda portuguesa encontre a poção mágica que a leve ao lugar dePassos e Portas.

No meio deste caldeirão, quem tem a varinha mágica para abrir asportas do poder à Esquerda é Cavaco Silva, uma espécie de Harry Porteraterrorizado com o desfecho da saga do fantasmagórico clima políticoportuguês.

Mantém o governo em gestão ou nomeia António Costa?O discurso na tomada de posse do novo governo, não deu indicação

nenhuma.Mas há uma coisa que já é certa: o Presidente da República agiu

bem ao empossar este governo, ao contrário do que pretendiam o PS,PCP e Bloco de Esquerda, ao dizerem que era uma perda de tempo.

Ora, até aquele momento os três partidos ainda não tinham chegadoa acordo, segundo os próprios confirmaram.

Então se não chegaram a acordo, se não têm nada para mostraraos portugueses, como é que queriam ser já chamados ao poder?

De incongruência em incongruência, o PS vai-se afundando numpântano de descrédito, enquanto os outros dois partidos à sua esquerdavão beneficiando da desorientação ideológica dos socialistas lideradospor António Costa.

Lá no fundo, Cavaco Silva estará tentado em manter o governo dePassos Coelho em gestão até à marcação de novas eleições, mas os ce-nários com este modelo são tão desfavoráveis que o mais certo é nomearAntónio Costa, com uma série de exigências e condições, e deixar queo seu sucessor resolva o problema a partir de abril, altura em que já épossível dissolver o parlamento, se assim entender.

É claro que o país está dividido e ninguém se livra da crispação po-lítica.

Mas os partidos também não fazem nenhum esforço para umambiente mais favorável.

A forma desbraguelada como Catarina Martins, do Bloco de Es-querda, se tem insurgido contra as posições do Chefe de Estado, pressio-nando tudo e todos, numa ânsia de chegar ao poder a cavalo do PS, nãoajuda nada à descompressão e ao bom senso que se quer na vida política.

Até na apresentação das moções de rejeição os três partidos nãose entendem: o Bloco anuncia que a moção será conjunta e o PCP dizque nada está decidido...

O próprio facto das reuniões para a negociação do acordo entreos três decorrerem, afinal, apenas de forma bilateral, sem que os três sejuntem, é outro sinal de que não há um entendimento profundo que ospossa unir.

Se nas coisas mais comezinhas, como eles chamam, não se enten-dem, como é que se vão entender durante quatro anos com os problemasgravíssimos que vão enfrentar e decisões polémicas que vão ser neces-sárias tomar?

É verdade que a alternativa também não é duradoura.Manter este governo, sem apoio maioritário no parlamento, seria

um tiro no escuro, pelo que o cenário de eleições antecipadas é o maiscerto, até porque, agora sim, os eleitores já sabem que poderão votarnuma coligação de direita ou numa coligação de esquerda.

Um entendimento entre este PSD e este PS parece impossível.António Costa não voltará atrás, porque está em jogo a sobrevi-

vência da sua liderança e de todo o aparelho que o acompanha.Perder esta oportunidade será perder a sua carreira política e a de

outros que o rodeiam, como é o caso de Carlos César.O atual núcleo duro de António Costa não tem nada a perder ao

juntar-se ao Bloco e aos comunistas. É a única tábua de salvação, por-que se ceder à coligação de Passos e Portas, sabe que tem morte certa nointerior do seu partido.

O problema é que o custo desta aventura vai ser alargada a todo opaís.

Deste Halloween político é que os portugueses não se livram.Com ou sem pozinhos de ‘pirilim-pimpim’, com ou sem ‘trick or

treat’, um dia vamos acordar todos com uma grande abóbora na cabeça.

L P

Debate Democrata – Zaragata Republicana• Por António DA SILVA CORDEIRO

Quase uma semana depois do primeiro debate do Partido Demo-crata, não é possível tentar uma ligeira análise sem ter que comparar com azaragata dos dois debates do Partido Republicano. A diferença no compor-tamento e apresentação dos vários intervenientes dos dois partidos é enorme.Nos debates republicanos, quase se insultaram, chegando a verdadeiras ofen-sas à aparência física das pessoas. No debate democrata, todos se portaramcomo adultos numa discussão civil e civilizada.

O número reduzido – cinco – dos participantes foi razoável e manejável.Os dois mais classificados e lançados, Hilary Clinton e Bernie Sanders, mos-traram-se bem preparados e discutiram ideias e assuntos sérios da políticaamericana e da corrida à Casa Branca.

Os três candidatos “menores” eram Jim Webb, militar e político, assimcomo Lincoln Chafee, também político e executivo (ambos convertidos doPartido Republicano ao Partido Democrata) e Martin O’Malley, que foi mayorda cidade de Baltimore e Governador do Estado de Maryland. Os dois pri-meiros desaparecerão cedo; O’Malley poder-se-á manter mais algum tempopara adquirir por agora alguma prática com vista ao ciclo eleitoral de 2020 ou2024. Estes três entraram na campanha forçados pelos seus princípios éticos,insinuando alguma falta desses princípios em Hilary Clinton (pela “roupasuja” que acarreta às costas); e Bernie Senders, por se declarar democrata-so-cialista (inaceitável para muitos democratas mais conservadores).

No fundo, e por detrás de tudo, está o candidato de que não se fala e queninguém esquece: Joe Biden, Vice-Presidente de Barak Obama. Cada vez émais generalizada a opinião de que se está a tornar mais e mais tarde e difícila declaração da possível candidatura (organizar a campanha, limites de tempo,limites de datas, angariação de fundos, etc.). Quanto mais tarde, mais fraco serevelará. Ele não quererá nem deverá tomar qualquer decisão antes de HilaryClinton ser ouvida na Casa dos Representantes pelo Comité Especial que es-tá a investigar os acontecimentos de Bengazi (em que morreram quatro ame-ricanos, incluindo o embaixador americano na Líbia) e dos problemas dosemails de quando era Secretária de Estado. Joe Biden, que é considerado umbom Vice-Presidente, é um homem fragilizado pela história da sua vida pes-soal: a morte, num acidente de carro dirigido por ele, da esposa e filha bebéquando, muito jovem, acabara de ganhar um lugar de Senador; e, por outrolado, a morte recente do filho mais velho, vítima de cancro cerebral, que se ti-nha salvo no acidente em que a mãe morreu. Além disso, já concorreu a duasPrimárias presidenciais e teve de suspender ambas as campanhas.

Bernie Sanders, com a sua honestidade e coerência, apresentou-se como“socialista-democrático” ou “democrata-socialista” e à partida perdeu todasas hipóteses de ser bem sucedido na campanha. A razão é simples: para amaioria do povo americano, “socialismo” é o mesmo que comunismo. Umapessoa que se apresente como socialista cometeu suicídio político. Sanderspoderá fazer milagres, andar sobre as águas, mas não conseguirá ganhar umaeleição presidencial nos EUA. É de admirar a sua coerência: hoje vêem-seimagens dele quando era mayor duma pequena cidade e já dizia o que hoje dize com o mesmo entusiasmo e convicção. Este debate foi visto por 15,3 mi-lhões de telespectadores, a maior assistência a um debate democrata. Os doisdebates republicanos foram vistos por 25 e 24 milhões.

Hilary Clinton, sem dúvida, ganhou o debate e subiu nas sondagensdistanciando-se do segundo lugar, Bernie Sanders. Foi evidente que Hilaryesteve sempre muito confortável, muito ativa (sem ser ativista), dominoutodos os assuntos que foram tratados: armas nas mãos de privados, alteraçãodo clima, política externa (neste assunto, nenhum candidato, democrata ourepublicano, chega perto dela), a influência de Wall Street nos democratas,emigração, sistema do seguro de saúde, até à legalização de marijuana.

Em geral, temos de aceitar que foi um debate bem gerido, vivo, sem ata-ques pessoais. Bernie teve a grande frase do debate quando, confessando quenão ia ser politicamente correto, disse que ele e o povo americano estavamfartos e cansados dos seus (de Hilary) emails. Foi fortemente aplaudido pelaassistência e mesmo cumprimentado por Hilary Clinton. Todo o debatemanteve-se à altura de uma discussão entre adultos. Agora há que aguardar ocomportamento de Hilary ao enfrentar o Comité Especial sobre o que acon-teceu em Benghazi e sobre os seus emails enquanto era Secretária de Estado.Espera-se que Joe Biden decida dentro de poucos dias se vai ou não concorrer.

PS - Última Hora: Jim Webb suspendeu a sua campanha e deixou emsuspenso a possibilidade duma campanha independente, sonho que nãotem possibilidade de realização.

Joe Biden escolheu a melhor decisão possível: não entrar nas Primáriase esperar para a Convenção Democrata para indicar quem apoiará na cam-panha presidencial.

Whiting, New JerseyL P

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Página 35 de novembro de 2015 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

Do Canadá: de vez em quando em notas breves• Por João de Medeiros Constância*

1 – Medida acertadaHá poucos dias li no Correio dos Açores, se não estou em erro, que

fora nomeada uma comissão encarregada de modificar os programas es-colares do 2º e 3º ciclos, com vista a dar maior desenvolvimento ao en-sino da Geografia, da História e da Cultura dos Açores. Considero estamedida muito acertada, louvável mesmo. Lembro-me perfeitamente dena década de 80, na companhia de outros colegas do ensino secundário,termo-nos batido, junto da Secretaria Regional de Educação e Cultura,para que fosse implementada medida semelhante. Entre outros argu-mentos então invocados, dizíamos, por estarmos convencidos de que ainiciativa poderia contribuir para esclarecer a açorianidade dos alunos. Onosso trabalho não encontrou eco nos dirigentes da altura. Não sei bemporquê. Talvez tivessem um certo receio de Lisboa, do MEC.

2 – LivrosPenso que talvez se revista de algum interesse partilhar com os

possíveis leitores o que ando a ler presentemente. Nada mais do queum livro sobre Biometeorologia intitulado Les barometres humains,de Gilles Brien, conceituado meteorologista desta província do Quebe-que Trata-se de uma obra que cativa em virtude dos temas escolhidos,abordados sempre com impressionante clareza e simplicidade. Comoexemplo, aqui fica o título de um capítulo: “Os efeitos do clima sobreo nosso corpo, emoções e comportamento.”

Atrevo-me a fazer uma sugestão: num arquipélago, como o nosso,caraterizado por instabilidade meteorológica, mormente no outono,inverno e primavera, talvez fosse aconselhável encetar estudos de Bio-meteorologia na nossa Universidade, com vista a determinar a influênciaque a variabilidade de alguns elementos como temperatura, humidade,nebulosidade e pressão atmosférica exercem sobre a fisiologia e psi-cologia dos açorianos.

Terminei há poucos dias a leitura de dois livros, publicados esteano, versando a vida e obra de um amigo de longa data – Onésimo Teo-tónio Almeida (OTA). O primeiro intitula-se Onésimo. Único e multí-modo e foi organizado por João Maurício Brás e editado pela OperaOmnia. Trata-se de quarenta e quatro depoimentos, ao longo de 325páginas, escritos por personalidades bem conhecidas da cultura portu-guesa e por alguns estrangeiros, sobre os mais variados aspetos da vidae obra do Onésimo.

O segundo, Identidade, Valores, Modernidade. O pensamento deOnésimo Teotónio Almeida, é da autoria de João Maurício Brás e editadopela Gradiva.

Desejava salientar o seguinte: o nosso conterrâneo OTA é co-nhecido por imensa gente como sendo uma pessoa bem-humorada,exímio contador de histórias e de anedotas, e ainda como autor de cró-nicas publicadas em livros e jornais. Esta é, para usar uma imagem bemconhecida, a parte do iceberg que está à superfície. Quem desejar conhecera parte submersa deve ler atentamente as duas importantes obras atrásreferidas. É nelas que irá encontrar a faceta de ensaísta e de filósofo doOnésimo, assim sem mais, como ele gosta de ser tratado.

Para terminar esta nota sobre livros, gostaria de dizer que acabo deencomendar o livro recentemente publicado pelo arquiteto Soares deSousa, Crónicas – Urbanismo, património e ambiente. Tive conheci-mento da sua existência através da leitura da recensão crítica, a todos ostítulos excelente, feita por Santos Narciso, no último número do Atlân-tico Expresso (12-10-2015). Por conhecer Soares de Sousa desde osbancos do Liceu e por ter acompanhado de perto a sua atividade pro-fissional e artística em S. Miguel, estou bem colocado para corroborartudo o que ficou dito, tão claramente, na referida recensão.

3 – Passeio inesquecívelTodos os anos, na primeira semana de outubro, resolvemos dar

um passeio, durante um dia inteiro por uma das muitas regiões densa-mente florestadas do Quebeque com o objetivo de observar o espetá-culo, difícil de descrever, que nos é oferecido nesta época do ano pelaimensidade de árvores, muito variadas, revestidas de folhas queapresentam uma diversidade impressionante de cores que vão desde overmelho muito vivo a várias tonalidades de amarelo, laranja e castanho.

Só vendo... Este ano deslocámo-nos à região denominadaLaurentides (aproximadamente a 40 km a norte de Montreal), ondeencontramos dezenas e dezenas de turistas, com predomínio deasiáticos, todos entusiasmados a tirar fotos e mais fotos. Em resumo:este passeio proporciona imagens que dificilmente esquecem. Agrada atodos, mesmo os possuidores de uma retina muito exigente.

* Professor aposentado, a viver em Laval L P

No Théâtre Maisonneuve

Mariza deslumbra!• Por Anália NARCISO

Foi a terceira ou a quarta vez que assis-timos a um espetáculo de Mariza, a maior emelhor voz do Fado de Portugal dos temposmodernos. E se das outras vezes ficamos im-pressionados desta, sem dúvida, ainda o fica-mos mais!

Com o Théâtre Maisonneuve pratica-mente cheio, notando-se um significativo nú-mero de portugueses, Mariza entusiasmou tudoe todos, mercê das suas belas interpretações,ritmadas por uma voz única, na linha do quefez e foi a grande Amália Rodrigues.

De regresso a Montreal depois de algunsanos – pareceu ontem! – Mariza, agora mãe,veio ainda com mais fogosidade e energia deforma a (re)conquistar o seu vasto público ca-nadiano, e português, bem entendido. Na suacontagiante atuação, Mariza repassou pelassuas melodias mais conhecidas e avançou-sepelas mais recentes, retiradas do álbum «Mun-do», editado no dealbar do passado mês deoutubro. Aliás, foi com o objetivo de lançareste novo trabalho que Mariza se decidiu poresta digressão, iniciada na Suécia, continuadanos Estados Unidos (Virgínia, Carolina doNorte, Newark, Nova Iorque) e terminada emToronto – um dia depois do concerto emMontreal. Esta primeira apresentação de«Mundo» vai ter o seu primeiro epílogo emPortugal, no Coliseu do Porto, nos dias 26 e27 de novembro, e no Meo Arena, em Lisboa,no dia 7 de dezembro.

Este novo disco de Mariza tem compo-sições de Mário Pacheco, Rui Veloso, TiagoMachado, Jorge Fernando e Paulo de Carvalho,músicos que já colaboraram em álbuns ante-riores.

Mas a principal novidade foi que Marizacantou pela primeira vez em espanhol. Ela recu-perou um tema argentino «Caprichosa», da au-

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toria de Froilán Agui-lar e também inter-pretou «Alma» do es-panhol Javier Limón– ele é igualmenteprodutor do disco.Escusado será dizerque a vasta plateia rea-giu muito bem, a-plaudindo demorada-mente as duas inter-pretações. E foi maislonge o público aoaprovar «Padoce decéu azul», uma mornacantada em crioulo,sem reticências. Foi oque se pode dizer, umpúblico rendido àgrande classe da artis-ta e ao seu charme,que desta vez veiomuito mais ao de ci-ma, pois Mariza es-merou-se no conta-cto com o público,ao dialogar com elequase a cada interpre-tação... Uma questãode maturidade adqui-rida pela materni-dade? Seja pelo quefor, o público «sabo-reou» esse seu com-portamento, aplau-dindo fortemente ca-da uma das suas can-ções.

De tal maneirafoi assim que, no fimdo concerto, que du-rou duas horas!, fo-ram várias as vezes

que subiu ao palco para corresponder ao pedi-do dos fãs.

«Foram cinco anos sem gravar, onde deupara fazer uma reflexão de vida. E quando sefaz uma reflexão, aparece sempre uma novaforma de encarar o mundo, a vida, enfim, tudoo que nos rodeia. Acaba sempre por se reflectirna forma de cantar e de estar em palco», afirma-ria recentemente.

Aqui está a resposta para o que procurá-vamos. L P

Mariza.

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Página 45 de novembro de 2015 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

Eleições no Canadá trouxeram…

O regresso da Trudeaumania(Texto publicado no jornal Diário dos Açores, no passado dia 23 de outubro)

• Por Norberto AGUIAR ( jornal LusoPresse)

MONTREAL, Quebeque – As elei-ções de domingo passado, no Canadá, ditarama vitória do Partido Liberal Federal, cujo líder éJustin Trudeau, filho mais velho do grande esta-dista canadiano que foi Pierre Elliot-Trudeau,já falecido.

Arredado do poder há cerca de 10 anosdevido ao escândalo das «commandites» – for-ma de favorecimento de lóbis «amigos» dopoder instalado –, o Partido Liberal Federal,contra todos os prognósticos venceu as elei-ções de domingo, com maioria absoluta, aoobter 184 lugares, num Parlamento que contacom 338 deputados.

Eleito chefe liberal num partido quase mo-ribundo, que no momento de ir a eleições con-tava apenas 34 deputados, o pior score de todaa sua história, Justin Trudeau decidiu enfrentaro desafio de colocar o partido de seu pai, e deoutros grandes primeiros-ministros do pas-sado, como Wilfrid Laurier, no mais alto pata-mar da política federal canadiana. E assim sen-do, percorreu o país de lés-a-lés para «ouvir opovo, saber das suas preocupações e an-seios...». Nessa safra, Justin Trudeau teve tem-po para criar a imagem de um político credível,apesar dos seus 43 anos. De resto, Justin Tru-deau já havia impressionado o establishmentnacional no dia da morte de seu pai, quandopronunciou um discurso considerado por to-dos como de um primeiro-ministro em potên-cia.

Beneficiando da usura e arrogância do pri-meiro-ministro Stephan Harper (Partido Con-servador), neste último mandato forte de umavasta maioria parlamentar, Justin Trudeau, pau-latinamente e sem cometer erros, partiu paraesta campanha de 78 dias, como terceiro candi-dato a primeiro-ministro, atrás do chefe conser-vador e de Thomas Mulcair, do Novo PartidoDemocrata e chefe da Oposição. Mas ora jo-gando à defesa, ora contra-atacando, para em-pregar uma metáfora futebolista, Justin Trudeaucomeçou então a colher os frutos da sua «con-versa» de meses com os canadianos, onde pôdereforçar a sua imagem e ao mesmo tempo forjarum programa de governo baseado nos desejose ambições dos seus concidadãos. Essa suapré-preparação, digamos assim, deu-lhe o es-tofo necessário para no decorrer da campanhaeleitoral suster os ataques dos seus principaisadversários – Harper e Mulcair –, que invariavel-mente incidiam sobre a sua inexperiência...

Vieram, então, os grandes debates televi-sivos, que se diziam ser o «desmascarar» de umpolítico sem conteúdo. E o que foi que acaboupor acontecer? Justin Trudeau foi dado comoo melhor tribuno de todos eles (debates)! Foio render da guarda de todos os seus detratores,a começar por certos órgãos de comunicaçãosocial, parte da sua província natal (Quebeque)– os nacionalistas mais ferrenhos e que nuncaperdoaram ao pai ter trazido de Londres, em1982, a Constituição do Canadá sem a assinatu-ra do Quebeque –, e alguma da franja maisconservadora do país.

Como já vimos, de terceiro no início da

campanha eleitoral, que começou em agostoúltimo, depois tendo passado para segundo;mais tarde para possível chefe de um governominoritário, eis que Justin Trudeau, na linha dechegada surpreende tudo e todos com uma vi-tória sensacional!

Passados três dias do seu coroamento, jáse fala em dinastia e em «Trudeaumania»... Da-quela não podemos prever o futuro. Mas destaúltima, o que se pode dizer é que, por estes di-as, toda a gente quer ver e falar com o jovemprimeiro-ministro, que na sua alocução de vitó-ria prometeu governar «autrement» (de outramaneira). E querem ver como é fazer políticade outro modo? No dia seguinte à sua espetacu-lar vitória, Justin Trudeau saiu de casa e foi àhora em que as pessoas vão para os empregoscumprimentá-las à porta da estação de metrodo seu círculo eleitoral de Papineau (em Mon-treal), por sinal com um grande leque de residen-tes de origem portuguesa.

Alegria e deceçãoEram quatro (certos) os candidatos portu-

gueses ao ato eleitoral de domingo passado.Dois pelo Quebeque, na pessoa de AlexandraMendes (Partido Liberal) e Manuel Puga (Parti-do Conservador), e dois pelo Ontário, PeterFonseca (Partido Liberal) e Carlos Oliveira(Partido Conservador). Um quinto candidatolusodescendente, que não pudemos confirmar,parece plausível. Trata-se de James Arruda, tam-bém do Ontário e que concorreu pelo Partidodos Verdes, que naturalmente perdeu, já queaquela força política só teve um eleito, na pes-soa da sua chefe, Elizabeth May (Vancouver,Colômbia Britânica).

Voltando atrás, os eleitos lusitanos foramAlexandra Mendes, pelo círculo eleitoral deBrossard-St-Lambert, a sul de Montreal, numacircunscrição de 83 587 eleitores, onde os por-tugueses devem andar à volta dos dois mil. AAlexandra volta assim a ser a deputada destedistrito, depois de ter sido derrotada há quatroanos por uma pequena margem. Agora houve«vingança» da nossa compatriota, que bateu oaté agora deputado Hoang Mai (Novo PartidoDemocrata) por uma vantagem considerávelde 14 753 votos!; e Peter Fonseca, tambémenvergando a camisola liberal, ao concorrerpela circunscrição de Mississauga-Est-Cook-ville, de forte presença portuguesa.

Recorde-se que Peter Fonseca tambémperdeu há quatro anos, isto depois de ter deixa-do funções ministeriais no governo provincialdo Ontário para se candidatar ao Parlamentode Otava. Agora, a «revanche», com o ex-atletaolímpico canadiano a vencer por uma maioriade 28 105 votos numa área que conta com 81736 eleitores!

Manuel Puga, o único candidato de origemaçoriana, que concorreu por Thérèse-de-Blain-ville (Quebeque), região com 79 547 eleitores,dentre eles, muitos portugueses, quedou-se porum fraco quarto lugar, com somente 7 013 vo-tos, longe do liberal Ramez Ayoub, que contoucom a adesão de 18 317 votantes.

Pior ainda foi a prestação de Carlos Oli-

veira, que concorrendo por Davenport (To-ronto), o círculo eleitoral no Canadá com maiordensidade de portugueses, não obteve maisque uns míseros 5 233 votos, muito aquém daliberal Julie Dzerowiez (21 947).

Vantagem para a ComunidadeA eleição de dois portugueses para o par-

lamento de Otava é já por si só um bónus paraa nossa comunidade. E o facto de terem sidoeleitos pelo partido que vai formar governo,ainda melhor... Junte-se a isto o facto dos por-tugueses serem vistos, com verdade, diga-seem abono da verdade, perto do Partido Liberaldo Canadá, e logo a comunidade poderá bene-ficiar com a eleição dos liberais e do seu jovem

chefe Justin Trudeau. Desta forma já há quemveja os problemas ligados à construção, ondeos portugueses têm uma presença forte, e àimigração, trazidos para cima da mesa de ma-neira a serem discutidas e debeladas as suas di-ficuldades atuais...

Ouro sobre azul seria a chamada de umdos dois eleitos portugueses para o gabineteministerial. Impossível? Olhem que não. PeterFonseca foi ministro a nível provincial e Ale-xandra Mendes era até há pouco tempo presi-dente do partido, secção do Quebeque.

Justin Trudeau já anunciou que o seu pri-meiro Conselho de Ministros será divulgadono próximo dia 4 de novembro.

Cheio de carisma, Justin Trudeau por onde passa deixa rasto...

L P

Coordenação do Ensino no Canadá

Mais livros para MontrealLUSOPRESSE – Ana Paula Ribeiro, coordenadora do Ensino Português no Cana-

dá, esteve de passagem por Montreal há cerca de um mês. O objetivo da sua visita prendeu-se com a entrega de livros às escolas das zonas de Montreal e Laval. No primeiro caso, paraa Escola de Santa Cruz. No segundo, foi beneficiada a Escola da Missão de Nossa Senhorade Fátima de Laval. Havia ainda, como novidade, um «bloco» para ser entregue à AssociaçãoPortuguesa de Sainte-Thérèse, o que pensamos ter acontecido pela primeira vez.

Mas não se ficou por aqui a entrega de livros. A Biblioteca José d’Almansor, da Mis-são de Santa Cruz, que se diz ir ser inaugurada dentro de alguns dias, também recebeu umaparte significativa de livros, de todos os matizes, da política à poesia, da crónica ao roman-ce, sem esquecer a literatura infantil.

Quanto aos autores dos livros ora entregues, dos mais credenciados aos menos co-nhecidos, eles são oriundos de Angola, Moçambique, Brasil e, naturalmente, de Portugal.Alguns exemplos? Mia Couto (O Beijo da palavrinha), Ondjaki (O voo do golfinho), Pe-petele (O quase fim do Mundo), Jorge Amado (Capitães da areia), José Eduardo Agualusa(Estranhões & Bizarrocos); e José Saramago (O silêncio da água), Manuel Alegre (Dozenaus), Alice Vieira (Úrsula, a maior), José Jorge Letria (O livro que falava com o vento), en-tre muitos outros.

Nesta visita, a coordenadora do Ensino de Português no Canadá fez-se acompanharde Isabel Borges, formadora e especialista em Relações Culturais, autora do projeto TIMI,dedicado às crianças, e que veio de Portugal expressamente para ministrar formação aosprofessores de Português de Montreal – tendo começado a sua ação naturalmente por To-ronto, depois Otava. De Montreal, a especialista demandou à Nova Inglaterra, onde ofe-receria a mesma formação.

Na sessão de Montreal, realizada nas instalações da Missão de Santa Cruz, dignaram-se em participar cerca de uma dezena de professores.

Nota: em representação da Editora Lidel também marcou presença em Santa CruzNuno Marques, que veio apresentar materiais didáticos para o ensino do Português, Lín-gua segunda/Língua estrangeira. L P

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Uma conversa com o escritor Daniel de Sá• Por Onésimo Teotónio ALMEIDA

Nota: Em 2001e 2002 mantive um programa semanal na RTP-Açores intitulado“Onésimo à conversa com…” com entrevistas a figuras açorianas e açorianófilas residentestanto nos Açores como na diáspora. A série teve, a abrir, uma conversa com Daniel de Sá. Di-onísio Sousa, amigo do escritor, está a preparar-lhe um livro de homenagem e decidiu incluiressa entrevista, que ele próprio se deu ao trabalho de transcrever na íntegra. É essa transcriçãoque aqui se publica a partir de hoje, em segmentos por ser demasiado longa para sair numaúnica edição.

O. T. A.

Onésimo - Olá amigos, Boa noite! Eudevia ser mais formal e dizer telespectadores.É mais moderno, telespectadores e telespecta-doras. Mas a ideia é fazer deste programa, destasérie de programas, uma conversa à noite sen-tado ao sofá, apesar da formalidade de estaraqui com uma gravata nesta camisa-de-forças,e o meu convidado de hoje, o Daniel de Sátambém está ali numa camisa-de-forças. A ideiaé fazer uma conversa com personalidades aço-rianas e não açorianas para falar dos Açores.Será dentro destas balizas que manteremos estasérie. Foi o desafio que a RTP fez.

Aceitei com imenso gosto, porque costu-mo dizer que é com imenso gosto que regressoaos Açores, mas depois corrijo. E digo. Nãoregresso, porque não se regressa a de onde nun-ca se partiu. E eu nunca parti daqui, da RibeiraGrande. Estamos no Teatro Ribeiragrandense.E o Daniel de Sá é da Maia, do mesmo Conce-lho. Parece que foi de propósito. Ele hoje nãoé Daniel de Sá, ele hoje é Daniel de cá. Somosambos de cá.

Daniel - É verdade.Onésimo - Fiz exame de 3ª e 4ª classes

aqui na Ribeira Grande.Também estive aqui com o orfeão do Se-

minário, ali à direita, na primeira voz. Demosumas fífias aqui.

O primeiro convidado é o Daniel de Sá.Não foi de propósito, foi por acaso.

Quem conhece o Daniel sabe que é muitodifícil saber se ele se vai deslocar da Maia, por-que o Daniel de Sá tem de dormir a sua sesta.Estamos a conversar em família e não sabía-mos se o Daniel de Sá vinha. Mas se Maoménão vai a Meca, Meca vai a Maomé. Então, aRTP veio à Ribeira Grande para ter a certezaque Daniel de Sá vinha da Maia.

Daniel - Ficaram a meio caminho.Onésimo - Encontrámo-nos há muitos

anos, pela primeira vez, nas páginas do jornalAçores, numa conversa ingénua sobre evoluci-onismo.

Daniel - Exactamente.Onésimo - Passados estes anos todos,

voltamos aqui para falar, não da tua vida, Da-niel de Sá. Pois o Daniel de Sá tem uma coisacuriosa: não tem biografia. A sua biografia é:O Daniel nasceu na Maia, vive na Maia e, seNosso Senhor lhe der vida e saúde, quer morrerna Maia. A tua biografia é a tua obra.

Daniel - Exactamente.Onésimo - A tua biografia é a tua obra.

Hoje, temos uma coisa em comum, além domais, eu venho de Boston, não dormi nada anoite passada, tu não dormiste a tua sesta. Seadormecermos aqui, façam o favor, apaguemas luzes, para a despesa não ser tão grande.

Como disse, Daniel, a tua biografia é a tuaobra. Tu, na Maia, metido naquele canto, tensviajado imenso pelo universo de uma obra quehoje é notável.

Além de ser teu amigo, sou teu admirador.Mas, vou parar de falar, porque eu gostava éque tu começasses.

Fala-me disso. Recordo-me perfeitamentedo teu livrinho Sobre a Verdade das Coisas,em que te revelaste um exímio contador dehistórias. Queres falar dessa tua primeira experi-ência?

Daniel - Não é a primeira, é a segunda.A primeira foi a Génese.

Onésimo - Sim. Mas fala-nos então docontador de histórias.

Daniel - Foi talvez o livro mais fácil deescrever. Foi um livro contado pela avó de mi-nha mulher, por amigos de mais idade, porgente que conheci, algumas histórias que euvivi também. É um daqueles livros fáceis. Etalvez, por isso mesmo, atraia o público leitor.Porque está ali toda a espontaneidade da reali-dade. Sem ficção praticamente nenhuma. Co-mo disse na altura, foi a ficção ao serviço darealidade e a realidade ao serviço da ficção. Poracaso, agora acaba de sair a 2ª edição.

Onésimo - Dizes que a tua primeira edi-ção era um livro humilde e está cheíssima degralhas.

Daniel - Sim. Tinha mais de 300 gralhas.Onésimo - Por detrás daquelas gralhas

todas e humilde apresentação envergonhadaestava de facto o contador de histórias.

Daniel - Com boa intenção, percebia-se talvez isso. Sim.

Onésimo - Aquilo não eram restos datua modéstia que aprendeste na tua experiên-cia? Quando assinavas Augusto de Vera Cruz.Que era o teu pseudónimo.

Daniel - Exactamente. Augusto de VeraCruz.

Quando se fala de modéstia, não sei muitobem o que se quer de dizer com isto. Muitomenos a falar de modéstia a meu respeito.

Onésimo - Reconheces que não és mo-desto; és orgulhoso?

Daniel de Sá, credenciado escritor açoriano já falecido.

Daniel – Sou. Acho que toda a gentetem de ser orgulhosa, senão não faz nada. Anão ser que estejamos a falar de santos.

Gosto de ter eco. Gostei imenso de teouvir chamar-me essa série de nomes. Apesarde seres um amigo. Mas sei que és um amigosincero.

Onésimo - Posso estar a dizer umasmentiras...

Daniel - Posso é não me exibir, e real-mente não sou exibicionista. Isso sei que nãosou. Tenho aquele orgulho de gostar de veruma coisa bem aceite. E bem lida e apreciada.

Onésimo - Não conheço ninguém que

tenha escrito um livro e que diga: Eu escrevoum livro porque eu quero apanhar porrada.

Daniel - Com certeza. Estamos absolu-tamente de acordo

Que mais querias que eu dissesse?Onésimo - Sobre a Verdade das Coisas

é um mundo muito da tua Maia. Nós tínhamostido a experiência do Cristóvão de Aguiar sobreo universo do Pico da Pedra. Aquelas pequeni-nas histórias, sem terem um nexo lógico, semhaver uma sequência. Pequenos retratos, deum mundo riquíssimo, interessantíssimo, mascom um olhar muito curioso, muito perspicaz,um olhar incisivo sobre aquele mundo.

Daniel - Sim. Reconheço que o olhar éde facto de quem conhece bem a realidade, dequem viveu na Maia muitos anos. Poucos anosvivi fora da Maia. Dez mais ou menos, no to-tal.

Onésimo - Não sei como isso foi possí-vel. Foi em Santa Maria?

Daniel - Sim. Mas muitas histórias queinventei, depois vim a conhecer histórias reaissemelhantes às que tinha inventado. Isso nascedo grande conhecimento das pessoas. Histó-rias que, sem eu saber, tinham acontecido.

Onésimo - Há uma história do livroSobre a Verdade das Coisas que eu já conteitanta vez! Tanta vez! E digo sempre que é deum livrinho precioso do Daniel de Sá. Danielconta essa história.

Daniel - É a do romeiro?Onésimo - Sim, conta lá.Daniel - É uma história rigorosamente

autêntica. Era um rapaz amigo, um homemque ia sempre de romeiro. Tinha uma amizadenas Furnas. Uma amizade no feminino. O ma-rido dessa amizade tomava conta de matas.Naquele tempo roubava-se muita lenha nasmatas.

Ela foi buscá-lo para ir para casa dela. Eledisse: Ó mulher não, que estou de romeiro.Claro, o homem não resistiu, foi mesmo. Não

resistiu a ir. Nem resistiu ao que se supõe.No outro dia, foi-se confessar ao Padre

Afonso Quental, o velho que conheceste, comcerteza, tio do teu prefeito [no Seminário],Afonso de Quental, nosso comum amigo.

Onésimo - Espero que a história nãotenha sido contada por ele.

Daniel - Não. Foi o próprio romeiro.Foi-se confessar no outro dia para seguir

bem a romaria. Quando disse ao senhor padreo que tinha acontecido, o Padre Afonso tentoudar-lhe uma descompostura:

– Isso não se faz. Então, de romeiro!– Estava cá de romeiro, Senhor Padre! Pois

eu até despi a roupa.O Padre Afonso teve muita dificuldade

em acabar de confessá-lo.Onésimo - Dizias sempre que este livro

era uma primeira experiência. O que é que te le-vou agora, de repente, a surpreender-nos comesta nova edição? Há alguma alteração? Alémdas gralhas.

Daniel - Há. Ponho aí mais três contosde animais.

Onésimo - O livro não custa três con-tos?

Daniel - Não. Talvez venha a custarmetade. Para já, os direitos do autor e editorsão a favor de Timor. Mas além das gralhas,mais do que um, me levou a re-editar este livro.

Onésimo - Quem?Daniel - Tu foste um deles. Dizias de

vez em quando: reedita aquilo, reedita aquilo.Onésimo - E era verdade.Daniel - Foste tu uma das pessoas que

me levaram a reeditar o livro.Onésimo - Bom! Ilha Grande Fecha-

da… é esta?Daniel - É esta?Onésimo - É fechada?A autonomia, o isolamento, a insularida-

de, etc.Daniel - Mas isso é teu.Onésimo - Aquilo?Daniel - Parece que sim.Onésimo - Insularidad, é espanhol.Tu é que viveste em Espanha.Daniel - A insularidade, isto não é espa-

nhol.Onésimo - Estás numa ilha da Maia.Daniel - Desculpa lá! Esta coisa de ilha!

Vocês, tu, o Vamberto, e outros, têm a maniade me dizer que estou isolado na Maia. Hojeem dia, já não há isolamento.

Onésimo - Em 50 anos, para o Danielde Sá, foi a viagem mais longa que ele fez na vi-da. Vir da Maia até à Ribeira Grande.

Daniel - Para compensar a tua, que foi amais curta que fizeste: da América até aqui.

Mas, em qualquer parte não se está isolado.Eu estou rigorosamente informado. Tu, na A-mérica, sabes mais coisas sobre São Miguel doque eu. Não te admires que, estando na Maia,saiba coisas de todo o mundo. Estou rigorosa-mente informado.

Onésimo - Há uma coisa interessantís-sima na tua obra. Tu estás na Maia, mas estásnum mundo imenso. E é isso que na tua obraé extremamente interessante.

Fala-me da tua ilha grande fechada.Daniel - Só uma coisa. Talvez esteja no

mundo todo, precisamente por estar na Maia.

É precisamente desta «Ilha grande fe-chada» que Daniel de Sá falará no textocontinuação que publicaremos na nos-sa próxima edição...

•••

L P

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O Fantástico MUNDO de Marisa• Entrevista de Adelaide VILELA

Caros leitores, o fantástico Mundode Mariza, no momento, girava em Carolinado Norte, de onde falou para o LusoPresse.Depois de um interregno de 5 anos, Marisavolta às canções e ao fado que a leva ao mundo:na voz, na alma e no coração. E diz-nos Mariza:“Fiz uma pausa na minha carreira para mededicar à família e esquecer por uns tempos asdigressões e os espetáculos, agora volto com omeu novo disco, Mundo”. Este título agradoudesde logo à artista que lembra com carinho emuita calma: “Onde vou transporto o Mundo,dentro do meu Mundo, é assim que me sintofeliz e realizada! E nós, contentes, vamos tam-bém saboreando as palavras sinceras que a ar-tista deixou transparecer: “Há cinco anos aesta parte existe em mim um crescimento ma-ior e, com este novo disco, convido as pessoas acantarem a vida e a entenderem o momentopresente”. Ao concordar com o poeta: “O mun-do é composto de mudança”, notei uma doçu-ra e um carinho na voz da artista, que nostransmite uma sabedoria e um saber ser e fazermaiores. Daí até viajar com ela em pensamen-to, não tardou muito tempo… E a inspiraçãodeu à luz e cantei: cantei sem saber cantar, so-nhei sem entender o fado, e logo amei meuversejar. E correndo dei um salto com Marisano seu palco, nas asas do meu pensar.

Em frente do meu salão,sorridente a Mariza vi passarcom seu Mundo pela mão,honra e glória em seu cantar!

Como um verdadeiro pólo na expansãoda cultura lusíada, através da Canção nacional,Marisa parte em digressão, enaltecendo o nomede Portugal em todo o Globo. Com este seuMundo na mão e no coração já esteve em diver-sos países, entre a Europa e as Américas, comos meses de outubro e novembro completa-mente preenchidos… ai fado meu, fado teuque não a deixas descansar.

Vimo-la em terras de Jacques Cartier, todos.Mariza apresentouum espetáculo noThéâtre Maison-neuve, no FestivalInternacional deJazz de Montreal.

Desde que sefez conhecer em ter-ras de Lisboa, na an-tiga e valiosa Mora-ria, em apenas 14anos, Mariza editoumais de 10 Cds, e re-cebeu uma grandequantidade de tro-féus, medalhas demérito e muitos ou-tros galardões. Navisão de Marisa, aocruzar fronteiras,não pensa em pré-mios ou valores mo-netários, mas sentegrande satisfação aodar-se conta queprestam atenção àsua música, reco-

nhecendo-lhe valor.Ficamos com uma lágrima no olho ao

ouvir contar que em 2002, quando recebeu umprémio em dinheiro, como melhor atuação –no Festival de Verão do Quebeque – doou odinheiro para o museu do fado, em Lisboa, epara outros estabelecimentos.

É uma querida esta artista! Quando lheperguntámos qual era a magia ao conseguirtrabalhar com músicos nacionais e internacio-nais, de grande gabarito, respondeu-nos: “Sósei ser sincera e transparente, quando somosmuito matemáticos afastamo-nos muito do co-ração, do visceral. Sou uma pessoa igual àsoutras, visto a alma para cantar e quandotermino, desço do palco, dispo a alma e volto avestir o meu casaco”!

Temos que concordar, a Mariza que en-contramos agora, é uma artista mais dócil, massimples, uma mulher mais madura e natural-mente muito mais feliz. Depois, vive empe-nhada em alargar horizontes musicais, respei-tando sempre a linha do Fado de Amália queadmira, pelo legado que nos deixou, sobretudo.Diz-nos Mariza que Amália Rodrigues é única!“Cada pessoa tem o seu caminho e deve segui-lo para que se integre positivamente naquiloque faz”.

Diz-se que Amália gostava de palmas! Ogosto da nossa Mariza é inalterável, Marizacontenta-se em apreciar os mimos que recebe:“Eu acho que acabo por cantar em portuguêsem qualquer parte do mundo, e é muito bomser mimada. Os portugueses da diáspora jáme habituaram assim, dão-me muitos carinhospor onde passo”.

Como nota de conclusão Marisa diz-nos,em relação à nossa pergunta, que é muito grati-

ficante quando alguém a compara com mulhe-res e artistas famosas. Certo, Mariza preservaa sua identidade sendo de igual modo uma mu-lher famosa: encanta quando canta e impres-siona todas as camadas sociais nos universosque vai conquistando. A Mariza é a ela mesmo,sempre bela e singela! É a princesa com origensafricanas e portuguesas, filha de pai portuguêse de mãe moçambicana! A princesa que nasceupara a música, a sonhar com fado!

“Quanto mais eu sei, mais sei que nadasou”. Foi um privilégio entrevistar a Marizapara o LusoPresse. Obrigada ao Nuno Cruzque a acompanha e vela pelo bem da estrela,aclamado pelo mundo. Foi um prazer saudá-lo.

Ouvi-la é um soberbo prazer e por issocomprem a sua música, logo ficam com o seue vosso Mundo no coração, o seu novo disco,MUNDO.

L P

Tenho o prazer de convidá-lo(a)para o lançamento do livro

Antes Que A Memória Se Apague

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Entrada livreUm Porto de Honra será servido

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Tél.: (450) 628-0125 (514) 835-7199 [email protected]

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Na Universidade de MontrealSinais sobejantes do passado foram tema de palestra

Vivemos um tempo em que através depalestras realizadas por especialistas em Arte, re-cordamos a existência de um património artísticourbano onde se cruzam a azulejaria portuguesa, apintura ou a gravura, aliadas a estilos arquitectó-nicos que perduram nos tempos.

São memórias que testemunham um tem-po de vivências que participaram nos fenóme-nos que as definem. Esses objectos são na ma-ioria dos casos uma demorada recolha de nos-tálgicas recordações do passado. São painéishistóricos que relatam vidas e acções projectan-do-as nos tempos.

O distinto Prof. Dr. Moura Sobral, titularda Cátedra da Arte Portuguesa na Universidadede Montreal, ofereceu na passada semana umapalestra sobre azulejaria açoriana e outros com-ponentes de Arte Sacra com grande incidênciasobre a Companhia de Jesus ou, se preferirem,os Jesuítas.

É grande o acervo artístico nas igrejas, con-ventos e colégios desta Ordem que se instalouno Arquipélago no século XVI, aí fundandoas suas Residências e Colégios nomeadamentea partir do ano de 1591 em S. Miguel. De referirque os Jesuítas se instalaram em outras cidadescomo a Ribeira Grande ou Angra do Heroísmo,na ilha Terceira.

A Igreja do Colégio dos Jesuítas de PontaDelgada tem como principais características ar-quitectónicas a fachada barroca caiada, com-binada com basalto escuro e a exuberância deelementos decorativos esculpidos em pedravulcânica, sobressaindo largos painéis de azu-lejos com mais de 400 anos.

Igreja dos Jesuítas, em Ponta Delgada.

A expulsão dos Jesuítas em 1760, não per-mitiu que a actual frontaria da Igreja fosse ter-minada.

Com destaque para a Coroação da Virgem,de Vasco Pereira Lusitano, são dominantes aspinturas e esculturas dos séculos XVII eXVIII, assim que as pinturas representandopassagens da vida de S. Francisco Xavier, atri-buídas a Bento Coelho.

Paralelamente, construíram-se outros edi-fícios religiosos com ornamentações e linhasarquitectónicas idênticas em Portugal e Brasil,destacando-se a Igreja de S. Roque em Lisboae a Igreja e Convento de S. Francisco em Angrado Heroísmo. Em várias destas obras sobres-saem os azulejos de Nicolau de Freitas e a seme-lhança das fachadas barrocas.

Foi igualmente questão a explicação dasimbologia emblemática e as questões teológi-cas representadas nas imagens projectadas,acompanhando a erudita apresentação do es-pecialista universitário, que exemplificou as re-lações das sumptuosas festas com que a Com-

panhia de Jesus cele-brou a canonizaçãode Santo Ignácio deLoyola e S. FranciscoXavier nas Casas eColégios de Lisboa,Coimbra, Évora, Bra-ga, Bragança, Vila Vi-çosa, Porto, Portale-gre, Ilhas da Madeirae Terceira, com carrosalegóricos e o Triunfoda Fé.

Gratos ficamosao emérito profes-sor.

Melo e Castro

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Novo Banco dos Açores no terceiro trimestreResultado Líquido foi 4,6 Milhões de euros

O Resultado Líquido do terceiro trimestre de 2015 do Novo Banco dosAçores foi de 4,6 milhões de euros positivos, o que compara com 2,5 milhõesde euros negativos obtidos no mesmo período de 2014.

Este resultado deveu-se a um bom controlo do Crédito Vencido, recupe-ração de Provisões, um bom desempenho do Resultado Financeiro e a umaredução dos Custos Operativos.

O Resultado antes de Impostos do Novo Banco dos Açores implicaráum montante de 1,5 milhões de euros de impostos correntes, contra apenas20 mil euros no período homólogo do ano passado.

De dezembro de 2014 até final de setembro do corrente ano o Banco teveum aumento de Depósitos de Balanço de 67 milhões de euros, que permitiuconduzir o Rácio de Transformação do NB dos Açores para 105%. O Bancoapresenta um Rácio de Liquidez de 141% enquanto o Rácio de Solvabilidadeem finais de agosto era de cerca de 9%.

O Novo Banco dos Açores neste período prosseguiu a sua política deproximidade e envolvimento com os Particulares, as Empresas e Instituiçõesdos Açores e de acordo com a sua Missão e estatuto de único Banco com Sedenos Açores a operar na Região Autónoma dos Açores. O Novo Banco dosAçores tem como acionistas o Novo Banco, 13 Santas Casas das Misericórdiasdos Açores, com particular destaque para a de Ponta Delgada e o Grupo Ben-saúde.

No Paolo’s Café

Café com Letras VOs amantes da cultura lusófona terão novamente um encon-

tro literário no próximo dia 21 de novembro, em Montreal. Na suaquinta edição, o Café com Letras receberá a visita dos escritores de To-ronto: Aida Jordão, António Marques, Emanuel Melo e Irene Marquespara compartilharem um pouco de sua obra. Esses quatro ótimos es-critores estão presentes na antologia Memória de 2014, a primeira pu-blicação dedicada a escritores Luso-Canadianos. Além de lerem os seustextos, o grupo de Toronto ficará disponível para uma conversa comos escritores do Café com Letras e o público em geral.

Após a primeira hora do Café com Letras que será dedicada aosnossos convidados de Toronto, nós continuaremos com a nossa tradici-onal leitura. A proposta é simples, montrealenses de todas as naciona-lidades vão se encontrar no «Café do Paolo» para declamar e ouvir poe-mas, contos, trechos de romances e outros géneros literários de escrito-res originários de países lusófonos. Cada participação deve durar nomáximo três minutos e os textos de origem lusófona podem ser decla-mados em qualquer língua. A escolha da obra ficará ao critério dos par-ticipantes, no entanto a organização do evento solicita que as referências(autor, língua, título), assim como as presenças, sejam confirmadascom antecedência. Contacto: Richard Simas: [email protected]

PS – Os texto originais são sempre bem-vindos, e nessa ocasiãoespecial com os nossos convidados de Toronto, por que não a leiturade algo dessa rica e crescente coleção dos escritores da luso-diáspora?

NÃO PERCAM CAFÉ COM LETRAS V!Quando: sábado, dia 21 de novembro, das 16h às 18hOnde: Paolo’s Café – 4603, Boulevard St. Laurent, MontrealO que trazer: O seu texto preferido dum escritor lusófono ou um

texto original na língua da sua escolha.Visitem-nos: http://www.facebook.com/cafelusofono.Café Com Letras é dedicado à promoção da literatura lusófona e à

mundialização da Língua Portuguesa, e é organizado por Nisa Remígio,Ogmar Silva e Richard Simas com o apoio do Paolo’s Café.

No Benfica de Montreal

Arraial MinhotoO Grupo Cultural Cana

Verde organiza um Arraial Minhotono sábado, dia 7 de novembro, a par-tir das 19h00, nas instalações doSport Montreal Benfica, situado no100, rua Bernard oeste. Haverá canto-rias e concertinas com a participaçãodo Grupo Folclórico Português deMontreal-Santa Cruz, com a Rusgado Coração do Minho e com o Gru-po Cultural Cana Verde. Venha dan-çar e cantar connosco na pura tradi-ção das rusgas! Entrada 5$ (incluiuma bebida ou um caldo verde; bilhe-tes disponíveis à entrada). Haverá tas-quinhas e também o sorteio de umacamisola da seleção nacional! Nãofalte! Para mais informações ligue pa-ra o 514-943-0632.L P L P

L P

9229-9231, 16ème Avenue, St-Michel – Duplexpor 405.000$.

2131-2135 – Triplex, no Plateau (boulevardSt-Joseph Est).

3711-3715, Avenue de l’Hôtel-de-Ville – Tri-plex por 900.000$.

3675, Avenue de l’Hôtel-de-Ville – Duplex por550.000$.

75, rue Morley (Greenfield Park) – Bungalow.Preço: 288.000$

7128-7130, 14ème Avenue – Duplex. Preço :449 000$.

3772-3782, rue de Bullion (Plateau Mont-Royal) – Sextuplex por 1 059.000$.

8310, rue Baillargé – Septuplex. Rendimento :49 170$.

7957-7961, Avenue de Lorimier – Triplex.Preço : 499.000$.

9615, Avenue Papineau, #313. Preço :236.132$ + TPS/TVQ.

6763, rue d’Avila, quintuplex, com garagemdupla. Preço: 799.000$.

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Página 115 de novembro de 2015 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

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7170, boul. Saint-Laurent

XX Governo constitucionalLISTA DOS MINISTROS

LISBOA - O XX Governo Constituci-onal, que tem como primeiro-ministro PedroPassos Coelho e como vice-primeiro-ministroPaulo Portas, tem a seguinte constituição:

• Primeiro-ministro: Pedro Passos Coelho• Vice-primeiro-ministro: Paulo Portas• Ministra de Estado e das Finanças: Maria

Luís Albuquerque• Ministro de Estado e dos Negócios Es-

trangeiros: Rui Machete• Ministro da Defesa Nacional: José Pedro

Aguiar-Branco• Ministro da Presidência e do Desenvol-

vimento Regional: Luís Marques Guedes• Ministro da Administração Interna: João

Calvão da Silva• Ministro da Justiça: Fernando Negrão• Ministro do Ambiente, Ordenamento

do Território e Energia: Jorge Moreira da Silva• Ministra da Agricultura e do Mar: Assun-

ção Cristas• Ministro da Solidariedade, Emprego e

Segurança Social: Pedro Mota Soares• Ministro da Economia: Luís Miguel Mo-

rais Leitão• Ministro da Saúde: Fernando Serra Leal

da Costa• Ministra da Educação e Ciência: Marga-

rida Isabel Mano Tavares Simões Lopes Mar-ques de Almeida

• Ministro da Modernização Administra-tiva: Rui Pedro Costa Melo Medeiros

• Ministra da Cultura, Igualdade e Cidada-nia: Maria Teresa da Silva Morais

• Ministro dos Assuntos Parlamentares:Carlos Henrique da Costa Neves.

O artista de Macau Wah Wing CHANe Jean-Michel Correia expõem em «branco»

• Por Jules NADEAU

O artista Wah Wing CHAN e Manuel Martins são os dois nascidos em Macau e dei-xaram aquela antiga possessão portuguesa ainda muito jovens antes de virem viverpara Montreal. Ao centro, Fernando Pires é o filho do homem que foi um grandeamigo de Manuel Martins. Foto Jules Nadeau/LusoPresse.

O gravurista montrealense Wah WingCHAN expõe durante um mês obras onde «obranco adota um papel predominante», no sa-lão do espaço cultural de Alfred Dallaire. Aotodo, são sete artistas que expõem quadros saí-dos de uma reflexão sobre o branco. A inaugura-

ção da exposição na semana passada foi a oca-sião de conhecer ou de retomar contacto compessoas de Macau e de Portugal, no local doBoulevard Saint-Laurent.

Originário de Macau, cidade que deixoupara se instalar com a família no Quebeque,Wah Wing CHAN explica que «se interessa deperto à relação entre o preto e o branco», nocomunicado do 29 de outubro. Foi o que os

representantes do LusoPresse já tinham po-dido ver há algum tempo noutra exposição quese realizou num local da rua Rachel. Este ano, foio desafio técnico de se exprimir só em branco,«reter a atenção sem cores e com um mínimo decontrastes». A sua inspiração? Aquilo de que seapercebe no quotidiano, como manchas de águano passeio ou marcas de passos no betão fresco.O resultado é digno do interesse de cada um denós como observadores.

Organizado por Madame Malgosia Bajko-wska, o evento foi a ocasião para o jornalistado LusoPresse de estabelecer um primeiro con-tacto com Jean-Michel Correia, diretor da gale-ria do Théâtre em Magog. Como o nome indi-ca, o Sr. Correia é filho de pais portugueses,mas foi em França que veio ao mundo, antesde atravessar o Atlântico. Ele e Madame Bajko-wska, ela mesma artista, expõem atualmenteobras em «azul» nesta galeria de arte contem-porânea. Jean-Michel convida-nos a ver as o-bras em questão no Au Vieux Clocher da ruaMerry Nord, em Estrie.

Em Montreal, todos podem admirar atéao dia 28 de novembro a «Exposição Branco»no 2º andar do Memoria Alfred Dallaire. Paraum pequeno número de compatriotas, a inau-guração da exposição foi o momento de trocarpreciosas recordações de família. Wah WingCHAN deixou Macau com a idade de dozeanos e terminou mais tarde os seus estudosno Universidade Concordia. Manuel Martins,patrão do restaurante Boca Iberica, deixou acolónia portuguesa com a idade de cinco anos.O seu pai faleceu de maneira trágica em 1959.Ele prometeu ao LusoPresse de contar a his-tória extraordinária da descoberta recente dosrestos de seu pai, quase 60 anos depois da mor-te do homem do Minho. A ler em breve nasnossas páginas. L P L P

Chomedey, Laval – 3541, rue Charles Daoust –Belíssimo condomínio, com 2 quartos de dormir,estacionamento privado, 900 pés quadrados,janelas novas, sala de banho toda feita de novo.Boa relação qualidade preço. 167.000$.

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Villeray – 2610, rue Jean-Talon Est – Duplexsemicomercial, com garagem, dois quartos e meioe um espaço para escritório. Está bem situado, a50 metros do metro de Iberville. Está semprealugado. 429.000$

St-Michel – 9181, rue Iberville – Belíssimo duplexcom garagem e grande «bachelor». O rés-do-chãoe o «bachelor» foram renovados em 2014. temgrande quintal nas traseiras. 419.000$.

Le Plateau – 4227, rue Rivard – Soberbo «cottage»renovado, com estacionamento, situado no cora-ção do Plateau Mont-Royal. Muitas renovaçõesforam feitas. Grande quintal. Privado. 539.000$.

Petite Patrie – 6380-6384, rue St-André – Triplexbem situado, com estacionamento, a dois passosda rue St-Hubert e do metro Beaubien. O Subsolotem altura máxima. O rés-do-chão está renovado.Excelente simbiose entre a qualidade e o preço.429.000$.

Lasalle – 174, Avenue Stirling – Belíssima «cotta-ge», completamente renovada (interior e exterior),terreno de 5 000 pés quadrados. O lugar é tranquilo,perto do Canal Lachine e a 5 minutos do comboioque liga ao centro da cidade de Montreal. 429.000$

Montreal-Nord – Magnífico «cottage» destacado,com muito espaço e muito bem cuidado. O subsoloestá acabado e tem 3 lugares para estacionamento.É perto do rio, escola secundária privada (MarieClarac), em lugar agradável. O terreno é de 4 800pés quadrados. 290.000$.

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Página 125 de novembro de 2015 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

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Douro Boys, no Ferreira Café

Em promoção dos vinhos do Douro• Por Carlos DE JESUS

No passado dia 14 de outubro, noFerreira Café, da rua Peel em Montreal, teve lu-gar um jantar-degustação de vinhos que contoucom a presença de cinco produtores vinícolasda região do Douro.

Esta foi mais uma organização bem-suce-dida levada a cabo por Carlos Ferreira, proprie-tário daquele restaurante.

A casa esteve de lotação esgotada e foimesmo preciso anular algumas inscrições porfalta de espaço.

Evidentemente que a presença dos cincoprodutores dos novos vinhos de mesa de altaqualidade da região duriense teve um efeitoconsiderável entre a clientela habitual, que tevea oportunidade única de fazer uma prova devinhos e apreciar os trabalhos gastronómicosda cozinha do Ferreira-Café pilotada pelo chefeJoão Dias. “Um casamento de amor entre acomida e a bebida”, como nos confiaria umdos Douro Boys.

À medida que os pratos iam sendo servi-dos, o produtor do vinho designado para oacompanhar ia apresentando o seu produto,definindo as suas qualidades, origens e historial.

Uma verdadeira viagem gastronómica no tem-po e no espaço.

Quinta do Crasto, Quinta do Vallado,Quinta Vale Meão, Quinta Vale D. Maria e Nie-poort são os cinco consagrados produtoresde vinho daquela que é a mais antiga região de-marcada do Mundo e que os Douro Boys aquivieram representar. As cinco empresas traba-lharam em conjunto, com a finalidade de tor-nar a qualidade e o alto potencial dos Vinhosdo Douro reconhecidos no mundo dos “FineWines”, e têm-no conseguido. Onde quer queos vinhos dos “Douro Boys” sejam apresenta-dos, os conhecedores apaixonam-se com a in-dividualidade e a qualidade dos seus vinhos.Graças às características incomparáveis da re-gião do Douro e às castas que produzem estesprodutores podem já hoje competir com osmais conceituados vinhos listados no “WineSpectator”.

Estes viticultores resolveram reunir-se hámais de dez anos numa associação sui generispara se divertirem entre eles, como nos confes-saram, e também para promoverem não só osvinhos que produzem mas toda a região doDouro. Aliás, eles têm vindo a fazê-lo um pou-co por todo o mundo fora, de forma profissio-nal, com o apoio de uma agência austríaca de

marketing. Porquê austríaca? Porque a sua repre-sentante viveu vários anos em Portugal, noPorto, e fala um português excelente. Convémtambém sublinhar que a maioria destes produ-tores é herdeira das grandes famílias que estãona origem do vinho do Porto, embora algumascasas hoje já não estejam nas mãos da famíliaoriginal. É o caso de Francisco Ferreira descen-dente da família do Porto Ferreira, cujo pai es-teve em Montreal por ocasião da inauguraçãodo Ferreira Café e que hoje tem a sua própriaexploração vinícola Quinta do Vallado.

Já o Dirk Nieport, descendente de famíliade holandeses estabelecidos no Porto desde oséculo XVII continua a tradição familiar doPorto Nieport.

No dia seguinte, ainda com o apoio doCarlos Ferreira que serviu o catering, os 5 repre-sentantes do Douro Boys estiveram nas cavesda Société des alcools du Québec para uma ou-tra apresentação dos seus produtos.

Para os interessados, aqui fica a lista dos

vinhos apresentados na degustação:

• Douro Boys 2011, douro• Batuta 2012, douro, Niepoort• Niepoort Tawny Colheita 1999, porto• Coche 2013, douro, Niepoort• Quinta do Crasto Touriga Nacional 2011,douro• Quinta do Crasto LBV 1997, porto• Quinta do Crasto Reserva 2012, douro• Quinta Vale D. Maria 2012, douro• Quinta Vale D. Maria 2004, douro• Quinta Vale D. Maria Vintage 2009, porto• Monte Meão Touriga Nacional 2012, douro• Quinta do Vale Meão 2012, douro• Quinta do Vale Meão Vintage 2012, porto• Reserva Field Blend 2012, douro, Quinta doVallado• Vallado Touriga Nacional 2012, douro, Quintado Vallado• Quinta do Vallado 20 Years Old Tawny Port,Porto. L P

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Página 135 de novembro de 2015 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

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No início de 2016…Portus Calle passa a Portus 360°

e muda-se para o centro da cidade• Por Norberto AGUIAR

Carminho...

A nova estrela do Fado em MontrealTeatro Outrement, 13 de novembro de 2015, às 20h

Nasceu banhada e é considerada no meio artístico do Fado a maior revelação daúltima década. O seu talento e postura no fado fazem dela uma das grandes jovens fadistasda atualidade. Rodeada de grandes nomes desta arte de cantar, agora reconhecida como sesabe pela UNESCO como Património Imaterial da Humanidade desde 2011, começoumuito jovem (12 anos) a dar voz ao fado, impressionando e cativando um público alargadoem Portugal e na Europa. Por onde passa, a sua voz, uma voz cheia de frescura e poesia, se-duz, encanta e convence. E o que é fascinante e extraordinário ao mesmo tempo, é de a verempenhada a dar corpo e alma à sua arte com todo o seu talento, arrastando consigo na on-da da paixão, toda uma nova geração de fadistas e de grandes guitarristas. Quanto a mim,estamos diante de uma nova Amália Rodrigues ou diva do Fado! Por isso digo, tomandoum pouco a ideia de Ary dos Santos, que o fado é uma veia por onde corre a cantiga da suavoz que é imensa, deixando sobre os nossos lábios um murmúrio de alegria e sobre a nos-sa pele um arrepio de prazer. Venham ver e ouvir esta grande jovem artista!

Filipe BatistaL P

Depois do «100 Receitas Portugue-sas», edição Transcontinental, agora foi a vezdo lançamento do livro «A cozinha da Hele-na», da responsabilidade da Les Éditions del’Homme, uma divisão de Québecor Média. Epara local de lançamento deste novo livro foiescolhido o último andar do antigo Hotel Del-ta, em pleno coração de Montreal, que até hápouco tempo dava pelo nome de RestaurantTour de Ville, relacionado, está bem de ver,com o facto do restaurante es-tar sediado noúltimo andar do prédio e que, caso único emMontreal, gira à volta da cidade. Diz-me quedemora uma hora para dar a volta completa...

Foi, assim, num local com uma vista des-lumbrante para o Rio S. Lourenço e seu porto,e respetiva zona sul, que teve lugar a cerimóniade lançamento do segundo livro de HelenaLoureiro, de novo, como não podia deixar deser, um livro de receitas culinárias. Há quemdiga que é um livro onde se reforça o que foifeito, ou o que não foi feito, na sua primeirapublicação. De resto, a julgar pelas palavras damestre de cerimónia, o alfobre da Helena tem

muito mais para dar. E quanto ao seu conteúdo,na síntese de apresentação fala-se em 80 receitas,que vão das sardinhas marinadas, ao camarãoao Porto, passando pelo bacalhau, etc...

Naquela terça-feira, 20 de outubro, passoupelo «ex Tour de Ville» muita gente, desdeportugueses a quebequenses de «souche», e demuitas outras origens. Para a Helena foi umaboa oportunidade para vender livros, muitoslivros. Para os convidados, além de tomaremcontacto com a nova publicação, tiveram apossibilidade de degustar uma grande panópliade acepipes, quentes e frios, logo acompanha-dos de um bom copo de vinho. Também aquiveio ao de cima a riqueza da gastronomia por-tuguesa, versão cozinha à Helena Loureiro. E,sabe-se, nestas ocasiões há pouca gente paraservir os seus convidados como a nossa com-patriota oriunda da Serra de Santo António.Por isso, não admira os oh oh! de admiraçãodos muitos convivas presentes.

Se admiração houve pela receção, volta-mos a repetir, feita de maneira superior, essaadmiração passou para surpresa quase geral –na sala já havia quem soubesse da novidade...– quando Helena Loureiro pegou no microfonepara, primeiro agradecer a tudo e todos, desde

os filhos aos empregados, passando pela equi-pa que a suportou na feitura do livro, e aospresentes, para dizer que se mudará com armase bagagens para aquele mesmo local logo queos trabalhos estejam finalizados. «Para o iníciodo ano», adiantou sem precisar a data.

O que Helena Loureiro afiançou no mo-mento foi que o atual Portus Calle – 13 anosde vida – passará a chamar-se de Portus 360° eque a mudança se deve a pontos de vista dife-renciados com as entidades municipais (doBairro), mormente por questões de impostos,estacionamentos, assim como querer dar mais

um passo adiante no seu negócio...Os discursos terminaram com a leitura de

uma mensagem do embaixador de Portugalem Otava, lida pelo cônsul José Guedes deSousa, onde se elogiava o labor de Helena Lou-reiro.

O livro «La cuisine d’Helena» está à venda,aliás como o «Helena: 100 recettes portugai-ses», nas livrarias da cidade e nos três restau-rantes (Portus Calle, Helena e Cantinho deLisboa) de que Helena é co-proprietária.

L P

L PFoto LusoPresse.

Foto LusoPresse.

VISITA LIVRE domingo, dia 8 denovembro, das 14 às 16 horas,no 12645, rue Gertrude-Gen-drau, em Rivières-des-Prairies.

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Página 145 de novembro de 2015 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

IGREJA BAPTISTA PORTUGUESADomingos às 15H00 – Pregação do Evangelho6297 Ave. Monkland, (NDG) Montreal

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FALECIMENTOLeonardo Lúcio Soares

1921 - 2015

Leonardo Lúcio Soares faleceu no passado sábado, dia 28 de outubro, com a vene-randa idade de 94 anos (1921 – 2015). Natural de Lagoa (Açores) e no Canadá desde os anossessenta, Leonardo Lúcio Soares era viúvo de Maria Luísa Oliveira – falecida em 1996 – e paide seis filhos, Luís (Fátima), Hermínia (Manuel), Rosa (Messias), Luísa (Artur Sousa, já fa-lecido), Leonardo (Ângela) e José (Giovanna). Destas uniões, Leonardo Lúcio Soares ti-nha doze netos, José Manuel, Artur, Victor, Messias, Luís, Leonardo, Michael Anthony,Alexander, Diandra, Zachary, Reyanna, e Nancy Joanne, igualmente falecida. Phylisia, Lukas,Caiden e Cárter eram, por sua vez, os seus quatro bisnetos.

O funeral do nosso malogrado compatriota teve lugar segunda-feira ao princípio datarde e desenrolou-se na Capela do Centro Funerário de Côte-des-Neiges, onde o corpo es-teve exposto. Depois da cerimónia fúnebre, Leonardo Lúcio Soares foi a enterrar no Cemi-tério da Côte-des-Neiges.

Muitos compatriotas nossos, assim como muita gente oriunda de outras comunidadese amiga da numerosa Família Soares, compareceram em número considerável no enterro.

A Equipa do LusoPresse e LusaQ TV endereça os seus mais sinceros pêsames a todaa Família Soares, particularmente aos engenheiros Luís e Leonardo Soares, pessoas próximasdeste jornal.

L P

EDITORIAL...Cont. da pág. 1

bres do Canadá e maioritariamente francófona,deveriam ter notado que ele não tinha escolhi-do a via mais fácil.

Se se tivessem dado ao cuidado de julgar aequipa que ele soube juntar à sua volta para ga-nhar a liderança do Partido Liberal do Canadá,deviam concluir que ele tinha realmente todasas condições de um líder político.

Se se tivessem posto a observar como oscandidatos foram escolhidos em todas as cir-cunscrições, sem ele nunca ter imposto ne-nhum preferido e deixando uma total con-fiança nos militantes para a escolha do melhor,era já uma prova de ruptura com as velhas tra-dições políticas.

Se se tivessem posto a observar a sua açãopolítica parlamentar deveriam ter tomado notaque uma das primeiras medidas que tomou,como líder do partido, foi o de “expulsar” ossenadores liberais, dando assim o primeiropontapé de partida para a renovação do Senado.

Agora, com a constituição da nova equipaministerial, ele veio uma vez mais dar provado bom senso e do faro político que o temanimado desde que entrou na política ativa.

Atendendo às suas declarações durante acampanha eleitoral, já sabíamos que iríamoster um gabinete de ministros mais reduzidoque o do anterior governo conservador, já sabí-amos que ele iria nomear um número igual dehomens e mulheres como ministros, já sabía-mos que ele iria buscar ministros que fossemrepresentativos de todas as regiões do Canadá,dos canadianos ingleses e dos canadianos fran-ceses.

Mas ele foi mais longe. Além de cumprircom todas aquelas promessas eleitorais, repara-mos que ele até foi ao ponto de escolher tam-bém membros da velha guarda e das novas ge-rações, gente de tendências de esquerda e de di-reita, representantes das primeiras nações e dascomunidades emigrantes, como o vermelhoturbante sique nos lembrava constantementedurante a cerimónia da tomada de posse. Masele foi ainda mais além ao delegar duas pastas adeputados com deficiências físicas – KentHehr que se desloca em cadeira de rodas e que

ficou com o cargo de Ministro dos AntigosCombatentes e Adjunto da Defesa Nacional eCarla Qualtrough, deficiente visual de nascença,que ficou com a pasta do Desporto e dos Defi-cientes.

Mas não se pense que esta distribuição decadeiras ministeriais foi feita de forma matemá-tica para completar bem o galhardete. Quemse der ao trabalho de olhar para o curriculumdos novos ministros não pode deixar de acla-mar a escolha judiciosa do novo dirigente cana-diano e inclinar-se diante da solidez e compe-tência de que eles têm dado provas na sua vidapessoal, académica e profissional.

Havia nomes que corriam, sobretudo nadeputação do Quebeque, como foi o caso deMélanie Joly para o Ministério do PatrimónioCanadiano a quem compete decidir do orça-mento de CBC-Rádio-Canada, de StéphaneDion que alguns viam no Ministério do MeioAmbiente mas que ficou com a pasta dos Ne-gócios Estrangeiros, e de Marc Garneau, o anti-go astronauta, que ficou com a pasta dos Trans-portes, assumindo assim a responsabilidadeda construção da ponte Champlain.

Mas para além da simbólica que representao sexo, a origem, a idade, a etnia ou a deficiênciafísica dos novos ministros, o que vai ser impor-tante é de ver como é que o novo governo en-tende por em prática os objetivos que se fixoudurante a campanha eleitoral.

Como por exemplo a legalização da mari-juana, a abolição da prevista portagem sobre anova ponte Champlain, o aumento dos orça-mentos de CBC-SRC, a anulação da promessade compra dos aviões F-35, o fim da missãomilitar na Síria contra o Estado Islâmico, a re-forma da lei sobre o acesso à informação, ovoto livre no parlamento e a reforma do sistemaeleitoral. De todos eles foi a baixa de impostospara a classe média e o aumento de impostospara os altos rendimentos que ele declarou co-mo sendo a primeira prioridade do seu governo.Todo um programa que os eleitores terão emvista à medida que o governo se irá executando.Porque, quer os eleitores tenham ou não vota-do nos liberais, todos esperam que eles mante-nham a palavra dada e a cumpram.

O novo Primeiro-Ministro do Canadá, Justin Trudeau, rodeado pelos ministros doseu Gabinete. Foto LusoPresse.

L P

presentantes, Alexandra Mendes e PeterFonseca...Aqui fica a lista dos ministros do novo governocanadiano:

• Justin Trudeau – Primeiro-Ministro, Assun-tos Intergovernamentais e Juventude• Ralph Goodale – Segurança Pública e da Pro-teção Civil• Lawrence MacAulay – Agricultura e da Agra-alimentação• Stéphane Dion – Negócios Estrangeiros• John McCallum – Imigração, Refugiados eCidadania• Carolyn Bennett – Assuntos dos Povos Au-tóctones e das Regiões do Norte• Scott Brison – Presidente do Erário Público• Dominic LeBlanc – Representante do gover-no no Parlamento• Navdeep Singh Bains – Inovação, Ciência eDesenvolvimento Económico• William Francis Morneau – Finanças• Jody Wilson-Raybould – Justiça e Procurador-Geral do Canadá• Judy M. Foote – Obras Púbicas e Abasteci-mentos• Chrystia Freeland – Comércio Internacional

JUSTIN TRUDEAU...Cont. da pág. 1

• Jane Philpott – Saúde• Jean-Yves Duclos – Família, Crianças e De-senvolvimento Social• Marc Garneau – Transportes• Marie-Claude Bibeau – Desenvolvimento In-ternacional e Francofonia• James Gordon Carr – Recursos Naturais• Mélanie Joly – Património• Diane Lebouthillier – Receitas Públicas• Kent Hehr – Antigos Combatentes e Adjun-to da Defesa Nacional• Catherine McKenna – Meio Ambiente e Alte-rações Climáticas• Harjit Singh Sajjan – Defesa Nacional• MaryAnn Mihychuk – Emprego, Mão-de-obra e Trabalho• Amarjeet Sohi – Infraestruturas e Coletivi-dades• Maryam Monsef – Instituições Democrá-ticas• Carla Qualtrough – Desporto e Deficientes• Hunter Tootoo – Pesca, Oceanos e GuardaCosteira• Kirsty Duncan – Ciência• Patricia A. Hajdu – Condição Feminina.

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Major League Soccer

O momento das grandes decisões• Por Norberto AGUIAR

Com o Campeonato da Major LeagueSoccer terminado, que deu como vencedor daprova o Nova Iorque Red Bull, apesar de terficado com o Dallas FC à perna, isto é, com osmesmos pontos (60), as grandes decisões nestaliga só agora estão no auge, com a disputa daseliminatórias e que, por sua vez, levam o seuvencedor final à conquista da Taça MLS, o maisimportante troféu que se disputa anualmentepelas atuais 20 equipas que formam o pelotãoda Major League Soccer.

Com duas zonas definidas, a Este e a Oes-te, cada uma com 10 equipas, onde há um cam-peão por série no final do Campeonato, a MLSfavorece a fase de fim de ano, ou de época, co-mo se queira, ao dar ênfase ao mini-campeo-nato que agora se formaliza e para onde seclassificam seis equipas por zona.

É assim que temos, na zona Este e porordem da respetiva tabela classificativa, o NovaIorque Red Bull, o Columbus Crew, o Impactode Montreal, o DC United, o Revolution daNova Inglaterra e o Toronto FC. Já na zonaOeste, os apurados foram, igualmente de cimapara baixo, o Dallas FC, o Whitecaps de Van-couver, o Timbers de Portland, o Sounders deSeattle, o La Galaxy de Los Angeles (campeãoem 2014), e o Sporting de Kansas City. Impor-tante é o facto das duas equipas de topo de ca-da série, a saber, o Nova Iorque Red Bull e oColumbus Crew; e o Dallas FC e Whitecapsde Vancouver ficarem isentas da disputa da pri-meira eliminatória, um privilégio asseguradopelo mérito classificatório...

Assim sendo, a disputa do mini-campeo-nato, chamemos-lhe assim, começou com osjogos Impacto x Toronto FC, terceiro contrasexto, e DC United x Revolution, no embatequarto contra quinto, na zona Este. Na zonaOeste, os acasalamentos foram Timbers xSporting, correspondente ao terceiro contrao sexto, e Sounders contra o La Galaxy, respeti-vamente, o quarto contra o quinto. As equipasmelhor classificadas tiveram o privilégio de jo-gar em casa, num único embate.

Vejamos os resultados da primeira elimina-tória.

Impacto x Toronto FC, 3-0DC United x Revolution, 2-1Timbers x Sporting, 1-1, 2-2 apósprolongamento e 7-6 através da marca dasgrandes penalidades.Sounders x La Galaxy, 3-2

Num rápido comentário, diremos que pre-valeceu a lógica de passar o melhor classificado.No entanto, todos os jogos foram espetacu-lares, com scores incertos até final, mesmo nocaso do triunfo do Impacto, que embora mar-cando três golos na primeira parte, o certo éque teve de se bater com denodo para não so-frer golos no segundo tempo.

Mas o mais sensacional de todos foi o jo-go disputado entre o Timbers e o Sporting,como o resultado logicamente deixa transpa-recer. Foram mais de duas horas de grande pra-zer futebolístico. Primeiro houve empate nos90 minutos, com os sportinguistas a marcarem

o golo do empate a dois minutos do fim; de-pois foi o prolongamento, altura em que osdonos da casa foram buscar o segundo goloquando já ninguém acreditava, quase levandoa multidão, que enchia por completo as ban-cadas do estádio, ao desespero perante a possí-vel derrota da sua equipa...

Mas a salvação do Timbers veio por meiodas grandes penalidades, também aqui obtidade forma dramática. Foram precisos os onzejogadores de campo para desempatar a con-tenda, pois ora falhava um, ora falhava o outroe aqui também entra as defesas dos keepers...Até que chegou a vez dos marcadores seremos respetivos guarda-redes. Marcou primeiroAdam Kwarasey, do Timbers, que fez golo,seguido de Jon Kempin, que falhou, por belís-sima defesa do seu opositor. Passou o Timbers,não sem grandes dificuldades como já vimos.

Meias-finais de divisãoOs jogos seguintes, Impacto x Columbus

Crew, DC United x Nova Iorque Red Bull, nazona Este, e Timbers x Whitecaps de Vancou-ver e Sounders x Dallas FC, na zona Oeste ecorrespondentes às meias-finais de zona, agoradisputados em duas mãos, com os clubes queacabaram melhores posicionados a terem a van-tagem de primeiro jogarem em casa do adver-sário, jogaram-se este fim de semana. Os resul-tados foram como segue:

Impacto x Columbus, 2-1DC United x Nova Iorque Red Bull, 0-1Timbers x Whitecaps, 0-0Sounders x Dallas FC, 2-1

O que dizem estes resultados é que maisuma vez ficou demonstrado o grande equilíbriode forças que existe na Major League Soccer.Fosse noutra liga, mesmo das grandes da Eu-

ropa e dificilmente se veria resultados destesentre um naipe de 12 equipas. Isto é sinal deque a Major League Soccer já está a nível fute-bolístico nas sete ou oito melhores ligas doMundo. De resto, a nível de assistências, jáprovado, ela está em sétimo lugar, muito à fren-te de ligas como a francesa, portuguesa e poraí adiante... Em ocasião oportuna traremosesses dados a estas páginas para benefício dosnossos leitores desportistas.

Entrando um pouco mais no que foramestes quatro jogos, diremos que os embatesdo próximo domingo, referentes à segunda-mão, tudo vão decidir, porque o diferencial atu-al é mínimo para três equipas (Impacto, Dallas,Red Bull) e nulo para a outra, isto relativamen-te às equipas que agora receberam.

O Nova Iorque Red Bull, que venceu fora,mais o Whitecaps, que empatou no terrenodo Timbers, têm neste momento alguma van-tagem, mas nunca fiando, pois tudo pode acon-

Joey Saputo, presidente do Impacto, nes-te momento é um homem feliz com o bomdesempenho do seu grupo. Foto Luso-Presse.

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apreciar bom futebole ver as equipas daMLS em ação nestafase decisiva, aqui fi-cam os jogos para do-mingo, dia 8 de no-vembro, mais os res-petivos horários te-levisivos. A TSN vaitransmitir os jogosdo Impacto e Whi-tecaps.

Nova Iorque Red Bullx DC United, 15 ho-ras

Columbus Crew x Impacto, 17 horasDallas FC x Sounders, 19.30 horasWhitecaps x Timbers, 22 horas.

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Dra. Carla Grilo, d.d.s.

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