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Pablo y Virginia

Date post: 31-Oct-2021
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te h - . A i

- V .

O i r t î G f . 3 C O î ' û i

S i i J3T V S C f l ï V J A ' .

M A D R I D -l 'or Pantaleon Azna r

A N O I79T \>m I ItRtt

Page 5: Pablo y Virginia

FONDO EMETERK) V A L V E f i D E Y T E L L E Z

IC A P I L L A A L F O N S I N A

B I B L I O T E C A U N I V E S T S T T A S I A

U . A . N . L :

A L E X C E L E N T Ì S I M O S E N O R

P R I N C I P E D E L A P A Z ,

&c, &c. &c.

EXOEEENTISIMO SE.VOR:

El incienso de las dedicatoria* sue le oler, por lo comun , . & lisonja , y no à sinee-ridad , porque sus autores las anticipati al premio que esperàa del Mecenas à quieti intere sadament e las dirigen. Està mia à V. E. està esenta , por fortuna , de st-mejante nota , pues sahe V. E. y el su-premo Consejo de Castilla. , que quando la mstoria de PARLO y VIRGINIA se pre-sentò ante el trono en demanda de justi-cia , iba desnuda de todos aquellos acci-dente s y exterioridades que indircc fa-mente contribuyen à obteneria , a lo pie-nos mas prontamente. Obtuvola en efgcto

A L G 1 Q 6 7 S

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p o r medio tic V. E. con aquella facilidad y expedición con que el menor vasallo del Rey , quexoso de agravio , ha sido reintegrado siempre en sus derechos , p o r la via de Estado , del cargo de V. E. sin otra recomendación que la verdad de los hechos.

To, . p o r lo menos , estoy y estaré s i e m p r e obligado o confesarlo así , no so-lo p o r este hecho- de PABLO y V I R G I N I A , sino por otro anterior , también de jus-ticia , en que V. E. nte la administró sin conocerme.

Agrégase á estos motivos de recono-cimiento la consideración de que prestán-dose l'. E. á mis deseos de servir al Rey y i ta patria , acaba de inclinar el Real á n i m o de S. A I . en ¡a comisión para que se ha servido nombrarme de pasar & los reynos extr.mgeros al importante estadio de la I c t l l i o l ú g i a , cuyo ramo de historia natural ofrece á nuestra nación el aumento y mantenimento de una mita i de j u p o -blacion j d fin di qae, como se expresa en la Real orden, " despucs de bien i n s -,,truido en ate útilísimo ramo , pueda de-9,dicarme en España á su enseñanza , eri-„giéndose á este intento una cátedra de él j t c u el Real GabineH di Historia <¡,¡¡u-,,ral."

Esta benigna acogida que las cien-cias naturales" han hallado siempre en el ánimo de V. E. para los adelantamientos de la nación , exige de sus profesores el mayor r e c o n o a i m í n f o . To por mi parte, obrando en consecuencia de los inaltera-bles principios de g n i l i l u d de que hago la mas constante profesión , se la mani-fiesto á V. E . con este público y desinte-resado testimonio de ella.

En los tres favores , que con tanta honradez y franqueza me ha dispensatlo V. E. no han intervenido las razones , demasiado comunes por desgracia nues-tra , ni de paysanage, ni de rteommeda-cion poderosa , ni de servicios personales , ni de espíritu de partido , ú o t r a p r e j í t -rencia qualauiera. En los dos primeros, me consideró V. E. como vasallo d:l Rey, acreedor á la j i u l i c i a , y como Ministro de ella , me la impetró del trono en el es-pacio de veinte y quatro horas solamen-te. En el tercero , haciéndome V. E. el ho-nor de juzgarme capaz del desempeño tic una comisión, tan ventajosa á la Monar-quía , ha manifestado su patriotismo y celo del mayor bien de ella.

He aquí, Excelentísimo Señor , las consideraciones que dando un mérito sin-gular á la conducta pública de V. E .

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para cmimigo, crigcn de m i , corno E j -pi t i io i , la mcjor correspondencia en ci dcsempénù d; mi comision , y la mas pro-fittala gratinili coreo un parlicutar , que por principios se preda ile estit no'uili-sima virtua , corno la primeva dei forn-i r e de caràctcr , y consccumle.

Rcciba , pu:s , V. E. ci sincèro ho-MieiUlge '¡uc ie ivibuttt nii reconocimicn-lo , consacrando à su no tnòre est a histo-ria monti de PABXO y V I R G I N I A ; y con-tando con toda la extension de mi afecto, disponga V. E. de la obcdicncia de

M O

E x c . S E S O R ,

su mas obl igado servidor

José Miguel A l i a .

A D V E R T E N C I A .

H a b i é n d o s e a n u n c i a d o a l p ú b l i -c o e s t a o b r a á p r i nc ip io s de l a ñ o p a s a d o d e 1 7 9 6 , f u é d e t e n i d a p o r o r d e n d e l S u p r e m o C o n s e j o d e C a s t i l l a , a n t e q u i e n r e c l a m o m e -j o r d e r e c h o o t r o t r a d u c t o r , a l q u e e l a ñ o a n t e r i o r h a b í a n e g a d o el m i s m o C o n s e j o l a l i cenc ia p a -r a su p u b l i c a c i ó n . E n v i r t u d d e e s t a c o m p e t e n c i a p i d i ó e l R e y n u e s t r o S e ñ o r i n f o r m e á su C o n -se jo p o r la v í a r e s e r v a d a d e E s -t a d o . E x e c u t ó l o así e s t e s u p r e m o T r i b u n a l , p r e c e d i d o el c o t é j o f o r -m a l de aque l l a y d e e s t a t r a d u c -c i ó n , la c e n s u r a d e las p e r s o n a s de m a y o r n o t a á q u i e n e s c o m i -s ionó á este fin , y el i n f o r m e j u -r í d i c o de sus F i s c a l e s ; y c o n v i s -t a d e t o d o lo o b r a d o d i r i g i ó c o n -s u l t a 3 S. M . p o r la m i s m a v í a r e s e r v a d a d e E s t a d o , e n v i r t u d d e la q u a l el R e y n u e s t r o S e ñ o r ,

A

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p o r s u R e a l Reso luc ión , p u b l i c a -d a e n el m i s m o C o n s e j o en p r i -m e r o d e J u l i o de l p r e s e n t e a ñ o , se h a s e r v i d o c o n c e d e r a l t r a d u c -t o r p r i v i l e g i o a b s o l u t o y e x c l u s i -v o p a r a l a p u b l i c a c i ó n y r e i m -p r e s i ó n d e esta h i s t o r i a d e PABLO y V I R G I N I A .

H a b r á como cosa de tres años que hallándome en una c iudad de Provin-cia me regaló un viagero inglés esta obri ta , acompañada de un c o m p e n -dio del ú l t imo viage del capitón Coofc impreso en Londres de orden dei Rey con láminas de un buril muy de l ica-do. Es ta adquisición fué p a r a m i muy aprecíable , por los vivos d e -seos que tenia de leerla , excitados en g r a n par te por los encarecidos elo-gios que m e había hecho de ella un 3migo mío , recien llegado entonces de Ingla te r ra , donde la había visto. Inmediatamente que la acabé de leer, concebí la utilidad que podria r e su l -tar de su traducción á toda clase de personas ; y eu efecto , me dediqué desde luego á este t r a b a j o , sin embar-go de que el exemplar que me h a -bía dado el v iage ro , era una t r a -ducción bastante literal del original francés, hecha por una dama de L o n -dres. N o obstante , como la obra era

A 4

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n f r ancesa , no me de te rminé á pub l i -car mi p r i m e r a t raducción del i n -glés hasta no cotejarla con su o r ig i -na l ; á cuyo fin hice las mas exquis i -tas diligencias p a r a adquir i r un e x e m -plar en francés , como en electo lo logré poster iormente.

Hecho , pues , el cotejo con toda reflexión , hallé que la traducción in-glesa estaba bas tantemente conforme y ar reglada al o r i g i n a l , á excepción de algunos pasages par t iculares que Mr . Saint P ie r re habia corregido en las ediciones posteriores al año en que se publicó en Londres la e x p r e -sada traducción. Por consiguiente, tuve doble complacencia en haber andado remiso en su pub l i cac ión , lo-g rando con esto perfeccionar mi p r i -mer trabajo y hacerlo mas digno del pub l i co , que es el objeto que debe proponerse todo escritor. Y p a -ra complemento de mis deseos en esta par te , di la ul t ima mano á la obra , cast igándola en varios lugares, y pomendoíe a lgunas notas ins t ruc-

r n

[ivas , así en materias de botánica y física , como de geografía y mitolo-gía , que he creído necesarias p a r a un crecido número de mis lectores; y estas notas las hal larán al fin de la o b r a , p a r a no embarazar su a t e n -ción en la lectura seguida de ella.

Como el caso de Pablo y Virg i -nia no es imaginado, sino real y v e r -daderamente sucedido , sería s u p e r -fluo hacer aquí u n a disertación pro-lija , sobre la util idad ó inutilidad de los cuentos ó novelas , refiriendo las razones que p o r o n a y otra par te han alegado y alegan los que las de-fienden ó condenan. El autor en su discurso prel iminar á la ul t ima i m -presión de 1 7 8 9 , que me ha servido de exemplar , con motivo de h a b e r -le preguntado algunos paysanos su -yos si el asunto de su l ibro era fin-gido ó verdadero , dice a s í : " Estoy ciertamente persuadido de que esta p regun ta me la h a n hecho algunos, mas bien por un movimiento de com-pasión que de curiosidad , sintiendo

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que dos a lmas t a n un idas y felices, n o hubiesen t en ido mejor suer te . ¡Plu-gu i e r a al cielo hubiese es tado e n m i m a n o t r aza r á la v i r tud de P a b l o y V i r g i n i a , u n a c a r r e r a mas c o m p l e t a d e fe l ic idad sobre la t i e r r a ! P e r o , lo r e p i t o , yo he desc r i to s i t u a c i o -n e s r e a l e s , cos tumbres de las q u a -les qu izá se e n c o n t r a r í a n a c t u a l m e n t e m o d e l o s en a lgunos pa rages s o l i t a -r ios d e la isla de F r a n c i a , ó de la d e Borbon q u e está all í i n m e d i a t a , y u n a ca t á s t ro fe m u y c ie r t a de q u e p u e d o p r o d u c i r tes t imonios i r r e c u s a -bles e n P a r i s m i s m o . "

» H a l l á n d o m e ( c o n t i n ú a S a n t P i e r -r e ) es te v e r a n o pasado e n el j a r d i n b o t á n i c o de l Rey , se a ce r có á m í u n a d a m a , d e figura m u y g a l l a r d a , a c o m p a ñ a d a de su m a r i d o , la q u a j h a b i e n d o sabido po r M r . T h o v i n , i n -t e n d e n t e d e d i c h o j a r d i n , que yo e r a el a u t o r de P a b l o y V i r g i n i a , m e d i x o : ¡ Ah, Mons. Saint Pier-re , qué noche tan cruel me habéis hecho pasar ! No he cesado de ge-

mir y derramar lágrimas sin po-derme contener. La persona , cuyo desastrado fin habéis pintado con tanta verdad en el naufragio del S. Geramlo , era parienta mía ; yo soy criolla de la isla de Borbon. L u e g o m e aseguró el m i s m o M r . T h o v i n , que la tal señora es taba ca sada con M r . de B o n n e u i l , p r i m e r a y u d a de c á m a r a del C o n d e de A r -tois . E s t a d a m a tuvo la b o n d a d de p e r -m i t i r m e despues pub l i ca r aqu í su t e s t i m o n i o sobre la verdad de e s t a ca t á s t ro fe , acerca de la qua l m e h a r e f e r i d o var ias c i r cuns tanc ias c a p a c e s d e a u m e n t a r m u c h o m a s el i n t e r é s q u e in sp i r a la muer t e de aquel la s u -b l i m e v ic t ima del p u d o r , y la d e su in fe l i z a m a n t e . "

Si los asuntos de las buenas n o -velas inventadas po r la i m a g i n a c i ó n d e sus autores , como el T e l e m a c o p o r exe inplo , t ienen tan to p o d e r p a -r a m o v e r el corazon de los lectores , é insp i ra r les el deseo de l legar á la c u m b r e de la v i r t u d ; ¡ q u a n g r a n -

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de no será el que tenga la historia verdadera de Pablo y Virginia , m a -nejada por una p luma tan feliz co-m o la de Saint Pierre!

; Quién no se enternecerá al leer las ultimas páginas de esta historia? ¿Quien no elevará su corazon a l En te Supremo, adorando la p r o f u n -didad de sus inescrutables decretos acerca de sus cr ia turas? y Quién p o n -d r á ciegamente su confianza en las prosperidades terrenas, mas inconstan-tes que el v i e n t o , mas fugaces que las h o r a s , menos reales y palpables que la sombra ?

Pe ro , p a r a conocer el méri to de esta obra , es necesario observar la energía con que el autor excita a! lector con sus reflexiones filosóficas á la práctica de todas las vir tudes morales y ch r i s t i anas , al paso que p in ta con los coloridos mas vivos de a n a noble y sencilla elocuencia , las acciones de la vida de Pablo y V i r -ginia ; quiero dec i r , su obediencia ciega á sus m a d r e s , su confianza en

la providencia divina , su amor al t rabajo , su caridad para con los p o -bres ; en suma , todas las partes y cali-dades propias de un buen hijo , de un buen ciudadano , de un hombre de b ien , y sobre iodo de u n buen chris-t iano . ¿ Qué desprecio 110 inspira de las vanas grandezas de la t i e r r a , délos pomposos títulos á que aspira la amb i -ción , de los placeres insípidos y de— voradores en que se ceban los a m a -dores del mundo sin que su corazon llegue á satisfacerse nunca ? Por el contrar io , ¿ con qué dulce persuasi-va , con qué sencillez digna de un Virgi l io , de un Fenelón , no reco-mienda las virtudes de la vida del c a m p o , la tranquilidad del corazon, la inocencia , la veracidad , el c a n -d o r , la templanza . la frugal idad, el trabajo y demás dotes del ánimo ?

Esto es mirada la obra por la par te m o r a l , pues si se mira por la l i t e r a r i a , reluce e n ella un singular méri io. El ciudadano Saint Pierre es -tuvo en la isla de Francia , donde

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V I I I le c o n t a r o n el lance d e Pab lo y V i r -g in ia , q u e él pone e n boca d e u n a n c i a n o , p a r a en laza r con mas p r o -p i edad la n a r r a c i ó n de l hecho , a d o r -n a d a con todos los auxil ios de la e l o -cuenc ia y los p r i m o r e s de la p o e -sía lírica. L l a m o p r i m o r e s l í r i c o s , 6 m a s b ien l í r i co -bucó l í cos á las i m á -genes , o r a grandiosas , o r a s e n -cillas y f ami l i a r e s de que usa e n sus desc r ipc iones , s egún lo r e q u i e -r e n los asuntos ; y e n esta p a r t e , si n o s u p e r a , iguala al m e n o s á los m o -delos d e la a n t i g ü e d a d . N o escr ibe e n ve r so c o m o V i r g i l i o , p e r o su p r o -sa es t a n n u m e r o s a , t a n h a r m ó n i c a y t a n melodiosa , q u e no se echa m e n o s , n i la c a d e n c i a , ni la suav idad n a t u r a l de l me t ro . A imitación del du lc í s imo A r z o b i s p o d e C a m b r a y , p i n t a y r e t r a t a t o d o lo que q u i e r e con fac i l idad de expres ión , n a t u r a -lidad de l enguage , v iveza de i m a -g i n a c i ó n , v e r d a d e n los p e n s a m i e n -tos y v igor e n la persuas ión . C o m o su p r i n c i p a l es tud io h a s ido s i e m p r e

l a his tor ia na tu r a l , s egún que lo tes t i -fican sus d e m á s o b r a s , ( a ) sin duda que el espec táculo de la naturaleza, q u e se p re sen ta t a n r isueña y m a -ges tuosa á u n m i s m o t i empo en la is la de F r a n c i a , exa l tó su a lma s e n -sible , su imag inac ión ard iente y su p l u m a f e c u n d a , p a r a descr ib i r , co-m o d e s c r i b e , a q u e l l a colonia f rancesa , p a t r i a fel iz d e los malogrados jóve-nes Pab lo y V i r g i n i a . L o s e p i s o -dios d e que está s e m b r a d a toda e l la , son , á m i m o d o de en tender , de u n g é n e r o nuevo , y los mas' enérgicos y na tu ra les , que pueden desearse e n su clase. ¿ D ó n d e h a y u n a esce-n a t a n in te resan te y t ie rna para la h u m a n i d a d , c o m o el episodio de la n e g r a esclava ? Yo no hallo u n a c o -sa c o m p a r a b l e á la p in tu ra que h a -ce de los t raba jos de V i r g i n i a , de las

(n) Estudios de la naturaleza. El a u -tor es actualmente intendente del jardín botánico de P a r í s , c individuo del ins-t i tuto nacional.

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inqu ie tudes de P a b l o , de la p r i m e -r a visita del G o b e r n a d o r , seguida d e las ilusiones de la f o r t u n a , q u e a h u -y e n t a r o n p a r a s i e m p r e el r eposo y la t r a n q u i l i d a d de aque l l a s dichosas c a -banas . N o p u e d o o lv idar la ú l t i m a desped ida , y el desconsuelo de P a -b lo , q u a n d o ; volv iendo de m a d r u -g a d a á su c a b a n a , ha l ló á la n e -g r a M a r í a m i r a n d o 3I m a r y l lo ran-d o ; sus t ie rnas quexas á la m a d r e de Vieg in ia y á la s u y a ; su r e g r e -s o á la casa de l colono , y el c o n -suelo q u e . s i n t i ó al p ie del p a p a y o q u e su a m i g a hab ía p l a n t a d o , i n t e r -r u m p i d o á la e n t r a d a de la noche , por el r u i d o i exaeno de cañonazos ; e n s u m a , el sobresal to de P a b l o , la t e m p e s t a d , el n a u f r a g i o „ l a m u e r t e de los a m a n -tes . Sunt lachryma rerum , et men-tón mortalia tangunt 1 (a) E s f o r -zoso l l o r a r , Sa in t P i e r r e , en l a n -ces tales , á no t ene r u n c o r a z o n e m -

(a) Virgilio.

p e d e r u i d o ó de diamante . Y así , u n escr i to r célebre , (a) hab l ando de P a -blo y V i r g i n i a , se explica e n estos t é rminos que hacen t an to h o n o r á la e locuenc ia de Saint P i e r r e : " S u t a -leu to s u p r e m o de p in t a r ia n a t u r a l e -za , debe bas ta r á su g lo r i a , pues no h a y o t r o que le iguale . Es ta l el a r t e c o n q u e sabe c o m u n i c a r á los lectores las emociones d e su a l m a , y hacer los par t i c ipan tes de e l l a s , q u e exe rce sob re sus ánimos u n a especie d e i m p e r i o , y como que los asocia de a lgún m o d o á su des t ino . "

E s t a o b r a ha sido m u y c e l e b r a -d a e n t o d a la E u r o p a , y t r a d u c i -d a á var ios idiomas. T a m b i é n se h a n h e c h o dos ó t res t ragedias sobre e l m i s m o a sun to , que se h a n r e p r e s e n -t ado e n los teatros públicos , con ac lamación y lágrimas de los e x p e e -t ado re s . F ina lmen te , el autor c o n -c luye el d iscurso p r e l i m i n a r á La u l -

(a) Mercur io de Francia. B

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t ima edición en estos términos : " T e n -g o el consuelo de haber interesado a los corazones sensibles en la s u e r -te de dos infelices j ó v e n e s , cuyas desgracias han hecho de r r amar l ág r i -mas de la otra parte del m a r . U n a señorita Inglesa , tomó de aquí a s u n -to para u n a novela que se ha i m -preso en Londres . Ot ra de l mi smo r e y n o , pasando por París p a r a e l L a n g u e d o c , tuvo la bondad de ma-ni fes tarme una t raducción de esta his-toria , que está en án imo de dar á luz de un dia á o t ro ; pe ro yo i g -no ro el idioma I n g l é s , cuyos" cé l e -bres escritores admiro por o t ra p a r -te en nuestras traducciones. A lo m e -nos he tenido la satisfacción de e x -pe r imen ta r que la lengua de la n a t u -raleza s iempre es entendida , aun en ¡as naciones rivales , y que ella p u e -de hacerlas mucho mas amigas que los t ratados diplomáticos."

Una obra de este estilo sencillo y natural , de esta abundanc ia de e x -presiones é imágenes vivas y a u i m a -

das , de esta variedad de incidentes y descripciones episódicas tan a c o -modadas al a s u n t o , pediría un t r a -d u c t o r , tan dulce , tan fecundo y tan amaestrado en el manejo de la l e n -gua castellana como nuestro Fr . Lu i s de León , entonces se vería bien p a -tentemente la r iqueza y p rop iedad de nuestra habla nativa para s e m e -jantes a s u n t o s , y su excelencia s o -bre la francesa é inglesa. A u n q u e no soy tan deslumhrado que p r e s u -m a de mí lo que con tanta razón pudiera presumirse de F r . Luis d e León , V otros aurores nuestros que hubieran emprehendido este t rabajo; me lisonjéo sin embargo de haber puesto aigun esmero en la elección de voces y modismos castellanos, p a -r a ver te r convenientemente los p e n -samientos del original.

Se muy bien, según que lo he i n -sinuado en o t ra p a r t e , (a) que cada

(o) Vida del Conde de Bufioa , na-ta primera , página 137.

B s

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i d iòma t iene su indole c a r a t t e r i s t i c i , y que h a y f rases y expres iones i n t r a -duc ib ies a la le tra d e u n a lengua e n Otra , sin des t rucc ión y ru ina de l ve rda -d e r o sent ido á que se debe a sp i r a r . D e aqu í el o r i g e n d e t a n pocas t r a d u c -c iones buenas , co ino de tantos t r a -d u c t o r e s malos . P e r o e n obsequio de la v e r d a d y de los p rogresos de n u e s -t r a l e n g u a , no p u e d o d i s i m u l a r , q u e c ier tas gen te s estén tan ciegas de p a -s ión po r el esti lo a n t i g u o , que l l e -v a n d o su vene rac ión has ta el e x t r e -m o de la i d o l a t r í a , i n f a m e n con la n o t a d e poco castizas las pa l ab ra s q u e el u s o , la va r iedad de los t i empos , los descubr imien tos p o s t e r i o r e s , la neces idad , y no el c a p r i c h o , h a n i n -t r o d u c i d o en nues t ro id ioma. E n t o -d o se deben ev i t a r los ex t r emos : me-dio tutissimui ibis ; y e n estas m a -te r i a s , c o m o en t o d a s , la d i f icu l tad consiste e n a t i n a r con e s t e medio . A l g u n o s hay e n el d ia que a fec tan u n a s e v e r i d a d inflexible e n r e p u d i a r las voces m o d e r n a s , buscando eoo

n imiedad las an t i quadas , y u s a n d o d e p ropós i to de rancios a r c a í s m o s , a u n -que 110 sean adequados á la m a t e r i a , n i convenientes á la fluidez y f a c i -l idad que han adqu i r ido las l e n -g u a s eu ropeas con los nuevos c o n o -c imientos l i terarios. O t r o s p o r el c o n -t r a r i o , i gno ran te s de su lengua n a -t iva y s in habe r h e c h o m i n e a u n es túd io ref lexivo y filosófico de sn c a r á c t e r , no solo pref ieren las voces e x t r a n g e r a s á las p rop ias , a u n q u e éstas sean t a n t o ó qu izá mas e x p r e -sivas que aquel las , s ino que t r a s t o r -n a n has ta el o r d e n de la s i n t a x i s , y a u n se e m p e ñ a n en t r a s l ada r l i t e r a l -m e n t e los id iot ismos, f o r m a n d o c o n esto un gu i r igay ú ger igo ; iza in in t e l i -gible. H é aquí los dos escollos q u e debe ev i t a r todo escr i tor e n el d ia .

L a máx ima segura será n o t r a s -t o r n a r j amás la cons t rucc ión ó s i n t a -xis de u n a lengua , n i in t roduc i r e n e l la voces ex t rañas , q u a n d o las t e n -g a equivalentes y a c o m o d a d a s ; p e r o n i t a m p o c o oponerse r id icula v t e -

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nazmente á la admisión de aquellos que el uso , la necesidad y aun la moda cal i f ican, en delecto de las n a -turales. Las lenguas tienen su e s t a -do de infancia , de juventud , de v i -ril idad , de vejez y de decrepi tud como el hombre : par t ic ipan de n u e s -tras pasiones , de nuestros conoc i -mientos , y aun de los caprichos que a l te rnat ivamente r eynan de siglo á siglo, y de dominación á dominac ión . L a lengua del t iempo de Augus to es m u y d i ferente de la que se h a -blaba á los principios de la f u n d a -ción de Roma. Este cotejo se v e r i -fica igua lmen te con las actuales de E u r o p a .

Algunos filósofos h a n notado que n o hay preocupación mas perjudicial á los progresos de las ciencias , que la de 110 admi t i r voces y e x p r e s i o -nes e x t r a n g e r a s , q u a n d o faltan n a c i o -nales. El sabio Fenelón en su c a r -ta á la Academia Francesa , le acon-seja que imite á la nac ión Inglesa en la introducción de los t é rminos

de qualquier idioma que s e a n , s i em-pre que contr ibuyan á facili tar la a d -quisición de los conocimientos c i e n -tíficos, De ahí ha resultado que los Ing l e se s , no menos ambiciosos y ex-clusivos en el comercio mercanti l que en el de las l e t r a s , han extendido, con preferencia á las demás nac io-nes , los límites de su imperio pol í -t ico y l i terario.

Pe ro dexando á parte este a s u n -to , cuya discusión me distraería de m i objeto en el presente d i s c u r s o , d i -g o , que he procurado huir de los dos extremos igualmente v i t u p e r a -bles : esto e s , de una pasión ciega al estilo y voces antiquadas, (para no p a -recerme á aquel retratista m a n i á t i -co por la ant igüedad , que ridiculiza el d i fun to D . Tomás I r iar te en una de sus,mejores fábulas l i terarias )(<J) igualmente que del pruri to , demasia-d o común en el dia en t re los i gno -

(¡i) Como esta fábula inti tulada, el retralo de golilla, reprehende con tanta

B 4 sen-

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X V I I I

r a n t e s d e l a s b e l l e z a s d e n u e s t r a l e n -

g u a , d e i n t r o d u c i r la s i n t a x i s é i d i o -

t i s m o s d e l a s f o r a s t e r a s e n l o s l i b r o s

s e n c i l l e z y n a t u r a l i d a d e l v i c i o d e q u e a q u í se t r a t a , v é a s e á l a l e t r a c o p i a d a :

D e [i-ase extranjera el mal pegadizo Hoy á miestro idioma gravemer.es aqvcxa', Pero habrá quien piense que no habla castizo Si por lo antiquaéo lo usado 110 tlcxa.

Voy d entrctenelle con una conseja; T porque le trayga mas contentamiento En su mismo estilo referilla intento, Mezclando dos hablas , ¡a nueva y la vieja.

No sin hartos zeíos un Pintor de ogaño Via como agora gran loa y valia Alcanzan algunos retratos de antaño; Y el no remedallos á mengua tenia:

Por ende queriendo retratar un dia A cierto Rico-home , Señor de gran cuenta, Juzgo que lo antiguo de la vestimenta Estima de rancio al quadro daría.

Segundo Velazquez creyó ser con esto: T ansí qne del rostro toda la semblanza H a va trasladado , golilla le ha puesto '1 otros atavíos ií la antigua usanza.

La tabla á su dueño lleva sin tardanza, El <¡"¡11 espantado fincó , desque vido

Coa

q u e d e b i e r a n s e r c a s t e l l a n o s , y t i e -

n e n p o c o ó n a d a d e t a l e s . H e u s a -

d o d e l o s p a r t i c i p i o s a c t i v o s c o n b a s -

Con añejas galas su cuerpo vestido, Maguer que le p lugo la faz abastanza-.

Empero una traza le vino i las mienta Con que al retraíame dar su galardón. Guardaba heredadas de sus ascendierais Antiguas monedas en un vi- jo arcw.

Del quinto F e m a n d o muchas de ellas son Allende de algunas de Carlos primero, D e entrambos Filipos segundo y tercero: T henchido de todas le endonó un toisón.

Con e i t a i monedas ó si quier medallas, ( El Pintor le dice ) si voy al mercado, Quando me cumpliese mercar vituallas, Tornaré á m i casa con muy buen recado.

-, Pardiez ! ( dixo el otro ) ¡no rae habéis pintado

En trage que un tiempo fué muy ¡e f io rü , X agora le viste solo un Alguacil í g u a i me r e t r a t t i l e » lai os be pagado.

Llevaos la tabla ; y el mi corbatín Pintaznie al proviso en vez de golilla: C o m b ù r a n e esa espada en el mi espadín , r en la mi casaca trocad ¡a ropilla:

Ca non habrá naide en toda la Villa, Que alvirm en tal guisa conozca mi ges to ,

Pues-

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t a n t e f r ecuenc ia , p o r q u e hacen la e lo-cuc ión mas fluida y r áp ida , que los relativos, c o m o los l l a m a n los g r a m á -t i cos , los quales debi l i tan su v igor y f u e r z a de enlace . A s í q u e , d igo á c a d a páso interesante , renaciente, bramante , y o t ros pa r t i c ip ios á este t e n o r , s in recelo d e pasar en t r e los v e r d a d e r o s in te l igen tes p o r i n n o v a -dor , n i t e m o r á la c e n s u r a d e a q u e -llos Pu r i s t a s , p o r m a l n o m b r e , que t i enen las cabezas h a r t o desocupadas , p a r a e n t r e t e n e r s e e n a n d a r á caza de vocablos . E l es t i lo d e esta Pastoral, como el m i s m o Saint P ie r r e la 11a-

Vuestra p a g a enton-e contaros-be presto En buena moneda corriente en Castilla.

Ora, pues , si á risa provoca la idea, Que tuvo aquel sandio moderno Pintor, ¡ No hemos de reírnos siempre que chochea Con ancianas frases un novel autor?

Lo que es afectado juzga que es primor-. Habla puro ,1 costa di la claridad-, 1 no halla voz b.ixa para nuestra edad, Sifué noble en tiempo del Cid Campeador.

m a , es poét ico po r l a m a y o r pa r t e , y la vers ión debe pa r t i c ipa r de la m i s m a índole y c a r á c t e r .

H a v cosas que t r a d u c i d a s de u n a l e n g u a á o t r a se m e j o r a n , y o t r a s q u e p o r el c o n t r a r i o se e m p e o r a n . E s t o no d e p e n d e m u c h a s veces de la per ic ia ó imper i c i a de l t r a d u c t o r , s ino de la na tu r a l eza de los id iomas c o m p a r a d o s en t r e sí. A p e n a s h a y t r a -ducc ión de las regulares en que no se observe este efecto. E l que c o n o z -ca á f o n d o las leyes de la vers ión , s a -be que un t r a d u c t o r no debe ser n i déspo ta , n i esclavo del o r ig ina l . H a y u n iusto medio en t r e las dos cosas, q u e g u a r d a d o con escrupulos idad po r u n t r a d u c t o r , p r o p o r c i o n a á la r e p ú -bl ica l i terar ia , á sus conc iudadanos y á la pa t r ia , las r iquezas y tesoros d e los conocimientos úti les , que los sabios de todos t i empos y naciones , h a n poseído y poseen ac tua lmente .

C o m o el au to r usa e n sus d e s -c r ipc iones de la na tu r a l eza de t a n -tos n o m b r e s de árboles , a rbustos y

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plantas indígenas de la isla de F r a n -c i a , , que n o son bastante conocidos del común de las gentes , he expli-cado sus propiedades y caracteres en las notas que van puestas al fin, siguiendo el sistema de clasificación de Linéo.

x x m

P R Ó L O G O D E L A U T O R

] V X e he propuesto grandes designios en esta o b r i t a , en la qual he p r o -curado pintar un suelo , y p r o d u c -ciones diferentes de las de nuestra E u -ropa . Har to t iempo han estado en posesion nuestros poetas de poner a reposar sus amantes á las orillas de los arroyuelos , en las praderías , y á la sombra de las hayas. Y o he quer ido sentarlos en las riberas del m a r , al pie de los peñascos , a la sombra de los cocoteros , de los p l á -tanos y limoneros en flor. N o fal-tan á la otra par te del mundo sino Theócr i tos y Virgilios para que t e n -gamos descripciones tan interesantes, á lo menos , como las de nuestro país. Sé que algunos viageros de gusto nos han hecho pinturas encantado-: ras de muchas islas del mar del Sur; pe ro las costumbres de los h a b i t a -t e s , y aun ipas la« de los c u í o - i ,

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X X I V

péos que a p o r t e n á el las , a f e a n y des f igu ran po r lo r e g u l a r estos q u a -dros . Yo lie deseado r e u n i r á la be-l leza de la n a t u r a l e z a , e n t r e los t rópi -cos , la belleza m o r a l de u n a sociedad p o c o n u m e r o s a , p r o p o n i é n d o m e al m i s m o t i e m p o d e m o s t r a r g r a n d e s v e r -dades , en t r e o t r a s : " que nues t ra fe l ic idad consiste e n vivir según las l eyes de la na tu r a l eza , y de la v i r -tud , d i r ig ida po r las infal ibles v e r -d a d e s del E v a n g e l i o . "

P a r a p in t a r famil ias fel ices , n o h e necesi tado i n v e n t a r u n a nove la -P u e d o a s e g u r a r que las de que voy á h a b l a r , h a n exist ido r e a l m e n t e , que su h i s tor ia es v e r d a d e r a en sus p r inc ipa le s acon tec imien tos , ce r t i f i ca -dos e u m i presenc ia po r muchos c o -lonos , á qu ienes he conoc ido en la isla de F r a n c i a . N o he h e c h o m a s q u e a ñ a d i r a l gunas c i rcuns tanc ias i n -d i f e r e n t e s , que s iendome p o r o t r a pa r t e personales , t i enen , ha s t a e n es to , c i e r t a especie d e r ea l idad . Q u a n d o f o r m é , a l g u n o s años l iá ,

u n d iseño m u y i m p e r f e c t o d e esta e s p e c i e de pas to ra l , p r o c u r é leérsela á u n a d a m a q u e f r e c u e n t a b a lo que se l l ama el g r a n m u n d o , y á p e r -s o n a s g r a v e s q u e v iv ian m u y a p a r -tadas de e l , á fin de p r e v e r el e f e c -t o q u e p r o d u c i r í a su lec tura e n g e n -tes de c a r a c t é r e s t a n d iversos , y t u -ve la sa t i s facc ión de verlos á todos d e r r a m a r l ág r imas . E s t e f u é el ún ico j u i c i o que p u d e f o r m a r de la o b r a , y es to e r a c a b a l m e n t e lo que y o d e -seaba ver c o m p r o b a d o .

M a s c o m o , p o r lo c o m ú n , la p r e s u n c i ó n e s u n vicio c o m p a ñ e r o d e la c o r t e d a d del t a l en to , caí e n la v a n i d a d , c o n tan b u e n suceso , d e i n t i t u l a r m i o b r a : Pintura de la naturaleza. P e r o h a b i e n d o re f l ex io -n a d o despues , p o r d icha mia , q u a n d i s t a n t e e s t o y d e conocer el c l ima e n que nací , q u a n r ica , v a r i a d a , a m a b l e , magn i f i ca y mister iosa se p r e s e n t a la na tu r a l eza e n aquel los países, donde no h e vis to sus p r o d u c -c iones , s ino de paso ; y po r ú l t imo,

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X X V I q u a n ageno m e ha l lo de poseer a q u e -lla sagacidad , expres ión y gus to que se requieren p a r a c o n o c e r l a y r e t r a -t a r l a ; volví e n m í , y a g r e g u é es te débi l ensayo á mi s Eltudiot de ¡a na-turaleza , q u e el públ ico lia acog ido c o n tan ta b e n i g n i d a d , á fin de que r eco rdándo le es te t í tulo mi incapac i -d a d , merezca c o m o has ta aqu í la c o n -t inuac ión de su indu lgenc ia .

•<• - . - ! . .

T S » <"

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I n f a n c i a <lc P a b l o y Virginia.

P A B L O Y V I R G I N I A .

la ladera oriental del monte que se eleva á espaldas del PUERTO-LUIS, en la isla de Francia ( i ) , se ven , en un terreno antiguamente cultivado, las ruinas de dos pequeñas chozas, situadas casi en el centro de «na ensenada , rodeada de escarpadas ro-cas , y con sola una entrada al nor-te. A la parte izquierda de este si-t io , se descubre la montaña llamada e l M O R R O D E L A D E S C U B I E R T A , q u e

es la atalaya desde donde se señalan las naos que aportan á la is la , y al pie de ella , la ciudad nombrada PUERTO-LUIS ; sobre la derecha el camino, que va de Puerto-Luis al arrabal de l a s PAMPLEMUSAS ( 2 ) ; e n s e g u i d a , la Iglesia de este nombre , que se ele-va , con sus avenidas de bambúes ( 3 )

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6 cañas en medio de una espaciosa l l a n u r a ; y mas allá un bosque que se est iende hasta las extremidades de la isla. Enf ren te se distingue la bahía DEL SEPULCRO en la playa del mar ; un poco mas sobre la derecha el cabo DESGRACIADO ; y despues del cabo , el anchuroso occéano , donde aparecen , á flor de agua , varios is-lotes inhabi tados , en t re otros el l la-mado MIRA , que parece un baluar-te en medio de las olas.

A la entrada de esta especie da ensenada , desde donde se descubre tanta variedad de objetos , los ecos del monte repiten sin cesar el zum-bido de los vientos que agitan los bosques inmedia tos , y el susurro de las olas que se estrellan á lo lejos en los arenales y peñascos. Mas a l pie de las chozas , no se siente nin-gún r u i d o , ni se descubren en todo su contorno mas que enormes riscos, escarpados á manera de mura l l a s , á raiz de los q u a l e s , en sus gr ie tas , y hasta en sus cimas , crecen grupos

de árboles donde se detienen las n u -bes. Las lluvias atraídas por sus pi-cos , retratan muy amenudo en l a s verdipardas lómas del monte los co-lores del i r i s , y proveen de agua las fuentes de que se f o r n a en la fa l -da el pequeño rio nombrado de los L A T A N K R O S ( 4 ) .

E n su circunferencia , reyna un profundo s i lencio, y todo es apac i -ble , el ayre , la luz y las aguas. E l eco apenas repite allí el murmullo de las palmeras ( 5 ) , que crecen en la eminencia , cuyas largas h o j a s . rema-tando en forma de flecha , se ven con-tinuamente agitadas por los vientos. Una apacible claridad ilumina el fon-do de este r ec in to , i donde no pe -netra el sol hasta el medio día ; pe -ro desde que apunta la aurora , ba -ñan sus rayos toda la cumbre , cu -yos elevados picos - sobrepujando á las sombras del m o n t e , parecen de oro y púrpura sobre el azul de los cielos.

Gustaba yo de frecuentar esto

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4 PABLO

sitio , donde se goza i un tiempo la vista de un inmenso horizonte , y la soledad üias profunda. Estando , pues, sentado un día al pie de estas cho-zas , examinando sus ruinas , pasó no lejas de mí un- hombre de a l a n z a d a edad - descalzo , con calzón largo y chaqueta , según la costumbre de ios antiguos habitantes del p a í s , y un cayado de ¿baño en la mano en que s-j apoyaba. Eran sus cabellos blan-cos como la nieve , y su fisonomía magestuosa y noble. Saludéle con respeto , y él me correspondió con el mismo ; y habiéndose parado á mirarme con atención un breve ra-to , se dirigió adonde yo estaba , y se sentó á mi lado. Animado y o con esta demostración de confianza, le dirigí la palabra en esros términos:

¿ N o ine diréis , buen amigo, í quién han pertenecido estas cho-z a s ? " Y él me respondió Estos escombros, Señor , y este terreno in-culto , fueron habitados , ahora vein-te a ñ o s , por dos familias que ba-

r PIROINIA. 5

bian encontrado aquí la felicidad. Sn historia es de las mas t i e rnas : pero en esta isla , que está al tránsito pa-ra las Indias Or i en t a l e s , ¿ qué eu -ropio puede interesarse en la suer-te de algunos partlcular. 's obscuros? ¿ Quién querría vivir aquí feliz , pe-ro ignorado y pobre ? Los hombres solo desean saber las historias de los grandes y poderosos de la tierra , que acaso no son de tanto provecho. "

« Ya conozco , amigo , le con-testé , en vuestro semblante y mo-do de expresaros , que poseéis gran caudal de razón y de experiencia; y así , si no estáis de prisa , os rue-go me digáis todo lo que sabéis acer-ca de los antiguos moradores de es-ta serranía : y creed que el hom-bre , aun el mas depravado con las preocupaciones del m u n d o , se com-place en oír hablar de la felicidad que proporcionan la naturaleza y la vir tud . dirigidas por la rel igión."

Entonces el anciano , después de haber tenido aplicada breve rato la

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6 Pablo

mano á !a f r e n t e , como en ademan de quien procura t r ae r á la memo-r ia diversas c i rcuns tancias de a lgún h e c h o , me refirió !o s iguiente :

E n el a ñ o de 1 7 1 6 , un jó ven n a t u r a l de N o r m a n d í a l l amado M r . de la T o a r , despues de h a b e r solicita-do , aunque inú t i lmente , en t r a r en el servicio del R e y de F r a n c i a . y los au-xilios necesarios de su familia pa ra es-te fin . de te rminó pasar á esta isla con el objeto de mejorar su suer te . T r a í a en su compañía una hermosa j oven , á quien amaba con t e r n u r a , y era igua lmente correspondido de ella , con la qua l se habia casado en secreto y sin n inguna dote ; porque siendo ella de una rica y an t igua ca -sa v familia de su provincia , se ha-bían opuesto al casamiento los p a -r ien tes , con el pretexto de que M r . de la T o u r , no e r a de noble l inage y cabal lero. D e x ó l a en P u e r t o - L u i s á pocos dias de su l legada , y se e m b a r -có pa ra M a d a g a s c á r , con la esperan-za de comprar eri aquel la isla a lgu-

t VlSOjSlA. „os n e g r o s , y volverse p r o n a m e n t e i hace r a q u í un establecimiento, m e f e c t o . desembarcó en Madagtócár a mediado de o c t u b r e , que es a " i "a estación mas peligrosa ; y a P ° c o s

dias de habe r -desembarcado. m u ñ ó de las fiebres pútr idas , que r e y n a n en aque l l a isla casi los seis mases de l año , y que impedi rán siempre a l a s

naciones eu ropéas formar en ella es -tablecimientos lixos.

Todos sus efectos fueron disipa-dos , despues de su fallecimiento , c o -mo ord inar iamente sucede á los q u e mueren lejos de su pa t r ia . Su muger se ha l ló sola en P u e r t o - L u i s , v iuda , en cinta , y sin mas bienes propios q u e una negra , en un país extraño , sin crédi to , ni recomendación a l g u n a . Decidida e n tan triste situación , á no mendigar favores de ningún h o m -b re . despues de la muer te del ún i -co á quien t i e rnamente había a m a d o , é inspirándole valor su misma des -gracia , de te rminó cul t ivar con su e s -clava , una cor ta porción de t e r r e n o .

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á fin de adquirirse su subsistencia coa el sudor de su f rente .

E n una isla , casi desierta , cuyo suelo estaba i discreción del prime-ro que llegaba , no quiso esta pobre viuda elegir los parages mas feraces, ni ios mas proporcionados para el co-mercio , sino que buscando alguna quebrada de monte , algún asilo en-cubierto donde poder vivir descono-cida y sola , se encaminó á estas bre-ñas , para guarecerse en ellas como en un nido.

E s como una especie de instinto, común á todos los seres sensibles y afligidos , el refugiarse á los sitios mas ásperos y desier tos; como si los pc-fiascos fuesen baluartes contra el in-for tunio , ó como si la tranquilidad de la naturaleza pudiese calmar la inquietud y zozobras del ánimo con-turbado. Pero la Providencia , que viene en nuestro auxilio quando so-lo buscamos los bienes necesarios , te-nia reservado una á Madama de la T o u r , que no dan ni pueden dar el

poder y las riquezas. ¿ Y qual era es-te bien ? Una amiga.

Un año habia que habitaba en aqueste mismo sitio una buena niu-ger , activa y sensible , llamada MAR-G A R I T A . E r a n a t u r a l d e l a B R F . T A -

S A , hila de unos pobres labradores, que la ' amaban como á las niñas de sus o jos , y la hubieran hecho feliz, si ella incauta no hubiera tenido la flaqueza de dar crédito á las insi-nuaciones amorosas de un caballero de su v e c i n d a d , aseguradas con la promesa de futuro matrimonio. M a s este inhumano , habiendo saciado su lividinosa pasión . la abandonó con c r u e l d a d , y aun se negó á asegu-rar le una .subsistencia para el f ruto que ya llevaba en sus entrañas. Ella entonces , persuadida de su desgra-cia , se resolvió á dexar para siem-pre el lugar de su nacimiento , y ve-nir á ocultar su fragilidad á las co-lonias , lejos de su patria , donde ha -bia perdido la única dote de una don-cella honrada y pobre , la reputa-

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cion. Un n e g r o , ya de edad , que Margar i t a habia adquirido con algun dinero prestado . cultivaba con ella una rinconada de este t e r r e n o , j vi-vían felices.

Madama de la T o u r , seguida da su negra , talló en este sitio á Marga-rita , que estaba dando de mamar á su h i j o ; y alegrándose extraordinaria-mente de encontrar una muger en si-tuación tan parecida á la suya , le significó en pocas palabras su estado antiguo y sus necesidades actuales. Inmediatamente que oyó Margar i ta la relación de Madama de la Tour , quedó penetrada de compasion ácia ella ; y queriendo merecer su confian-za , mas bien que su estimación , le confesó , sin disimularle nada , la im-prudencia que habia cometido , aña-diendo : Yo sí que he merecido la suerte que me cabe ; pero vos , se-ñora. . . . sin culpa y desgraciada ! " Y despues de ¡esto le ofreció con lá-grimas su choza y amistad.

Madama de la Tou r penetrada de

Y VIXBINIA.

grati tud a l ver tan tierna y generosa acogida , le dixo estrechándola entre sus brazos ¡ « M A y buena amiga . Sin duda quiere el cielo poner término í mis crueles p e n a s , pues os inspira mucha mas compasion acia m í , sien-do como soy para vos una persona e x t r a ñ a , que la que he hallado has-ta ahora en mis deudos mas cerca-n o s ! " , .

Yo conocia á Margari ta , y la vi -sitaba como amiga , pues aunque vi-v o legua y media de aquí en el bos-que que está de la otra parte de la MONTARA-I.AROA , me consideraba como vecino suyo. E n las ciudades de Europa , una calle , un simple mu-ro impiden á los miembros de una misma familia juntarse y comunicar-se años e n t e r o s ; pero en las nuevas colonias se miran como vecinos aque-llos que solo viven separados por a l -guna montaña ó bosque. E n aquel tiempo con part icularidad , en que esta isla apenas tenia comercio con las I n d i a s , la simple vecindad era un ti-

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fulo para la amis tad , y la hospitali-dad con los extranjeros una obliga-ción y un placer.

Quando supe que mi vecina te-nia compañera , vine á visitarla para ofrecerle mis servicios y ser de algu-na utilidad á entrambas. Hal lé en .Ma-dama de la Tour una muger de una fisonomía atractiva llena de dignidad y melancolía , y en dias de parir . Yo les dixe que convenia ( p o r el in te-rés d_- sus hi jos , y particularmente por evitar que otro colono se apo -derara del terreno ) partiesen entre sí el fondo de este valle , cuya ex-tensión es de cerca de veinte yuga-das (6).

E l l a ; se pusieron en mis manos para esta división, y yo formé dos ' porciones casi iguales. La una con-tenía la parte superior de este recin-to , desde la extremidad de esos pe-ñascos cubiertos de n u b e s , donde t i e -ne su nacimiento el rio de los LATA-SEROS hasta aquella abertura escar-pada que veis en lo alto del monte,

y VITEMIA. ' 3

l lamada la CURESA , poique efecti-vamente se semeja á una cureña de cafion. El fondo de este suelo es un puro ped regá l , por el qual apenas se puede caminar ; pero no obs tan te , produce frondosos á rbo les , y esta manando en fuentes y arroyuelos.

E n la otra porcion entraba toda la parte in fe r io r , que se extiende á lo largo de las márgenes del n o de los LATANEROS hasta esta garganta donde nosotros es tamos , desde la qual comienza á correr el rio entre dos co-linas hasta el mar. Ya alcanzáis a ver desde aquí aquellos listones ó fa-xas de p r a d o s , y un terreno bastan-te igual y llano ; pero ni por eso es mejor que el otro , porque en llo-viendo se vuelve pantanoso , y en tiempo de sequedad duro como un guijarro.

Verificadas estas divisiones, per-suadí á las d o s , echaran suertes sobre su propiedad. Cupo en suerte la par-te superior á Madama de la Tou r , y J a inferior á Margarita , quedando una

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14 PABLO

y otra contentas con su p a r t e ; peta me pidieron que no me alejara de estas inmediaciones , con el fin de que pudiéramos vernos á menudo , ayu-darnos y valemos mutuamente en nuestras cuitas.

Pero todavía se necesitaba un í habitación particular para cada una. L a de Margari ta estaba situada en medio del l l a n o , precisamente en los confines de su terreno. Determiné, pues - construir otra i g u a l , allí in-jned ia to , en los lindes del de Mada-ma de la Tou r para su habitación; por manera que estas dos amigas vi-vían vecinas una de o t r a , y en la pro-piedad respectiva de sus familias. Yo mismo corté las maderas en el mon-te , y conduxe de la rivera del mar las hojas de los la taneros , para levan-t a r esas dos chozas que teneis á la vis-ta sin puertas ni tejado. Ay de mí t r i s te ! demasiados vestigios existen to-davía para tormento de mi memorial E l tiempo que con tanta rapidéz re-duce á polvo los monumentos de los

Y VIRGINIA. ' 5

Imper ios , parece que respeta en es-te lugar solitario los de la amistad, para perpetuar mí dolor hasta el fin de mis dias!

Apenas habia yo concluido la se-gunda c h o z a , quando Madama de la Tou r dió á luz una n i ñ a ; y como yo habia sido padrino del hijo de Mar -gari ta , que se llamaba PABLO , m e rogó Madama de la Tour , lo fuese también de su h i j a , juntamente con su amiga. Esta puso por nombre a la recien nacida , VIRCINIA , y dixo: <v Ella será virtuosa y feliz : yo no conocí la desgracia hasta que me ex-travié del camino de la virtud! "

Luego que Madama de la Tou r hubo convalecido de su p a r t o , empe-zaron á tomar incremento estas dos pequeñas posesiones, con el auxilio que yo de tiempo en tiempo les pres-taba , y principalmente con el t r aba-jo continuo de sus esclavos. E l de Margari ta , llamado DOMINGO , era un negro todavía robusto , bien que ya de d ias , lleno de experiencia , y

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dotado de un entendimiento bastante despejado. Cultivaba indiferentemen-te los dos t e r renos , según le pare-cían mas ó menos feraces , sembran-do en ellos las simientes para que eran mas proporcionados. E n las tier-ras medianas sembraba mijo y maÍ2; a lgo de trigo en las buenas ; arroz en las pantanosas; y á raiz de las pe-fias , pepinos , calabazas y cohom-bros , que tienen la propiedad de tre-par , serpeando, hasta lo mas encum-brado de ellas. E n los terrenos se-cos plantaba batatas , donde se dan dulces como la miel ; el árbol del algodón en las eminencias ; cañas de azúcar en las tierras rec ias ; el café en las colinas , cuyo grano sale muy menudo , pero de excelente calidad; en las márgenes del rio , y al rede-dor de la habitación banános ( 7 ) , que dan varias veces al año abundante f ruta y deliciosa sombra ; y final-mente , algunos pies de la planta del tabaco para divertir con la pipa sus propios cuidados y los de sus bue-

ñas amas. Iba al monte á cortar le-ña para la lumbre , componía y alla-naba los caminos fragosos con las pie-dras que arrancaba de ésta y de la otra parte ; y executaba todas estas obras con inteligencia y act ividad, porque los hacía con celo.

Quería mucho á Margari ta , y no menos á Madama de la Tour , con cuya negra se casó quando nació Vir-ginia. Amaba apasionadamente á su m u g e r , que se llamaba MARÍA , y era nativa de Madagascár , de donde traxo alguna industria como la de ha-cer canastillos de junco y telas de yervas silvestres. E ra Mar í a hacen-dosa , l imp ia , sumamente fiel , m a -ñosa para hacer de comer , criar g a -l l inas , y ir á vende? de tiempo en tiempo i Puer to-Luis el sobrante de las dos familias , que ya ves q u a a poco seria. Si á esto agregais dos ca -bras criadas para dar leche á los hi -j o s , y un mastin que guardaba de noche las posesiones , tendréis una idea cabal de toda la r iqueza , y me-

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18 PABLO

nage de estas dos pequeñas caserías. Ocupábanse las dos amigas en hi-

lar algodón . desde por la mañana hasta la noche , de cuyo t rabajo sa-caban lo mas preciso para sustentar-se í sí y á sus fami l ias ; pero por otra par te carecían de las demás comodi-dades de la v i d a , siendo tal su po-breza , que solo se ponían zapatos los dias festivos para ir á oír misa, muy de madrugada , á la Iglesia de las Pamplemusas , que veis allá aba-xo. Verdad es que hay mucha mas distancia desde aquí á la citada Igle-sia , que i Puer to-Luis ; pero ellas iban muy rara vez á este último pue-blo , por evi tar el desprecio de las gentes , viéndolas vestidas de tosco coton azul de Bengala , que es la te-la ordinaria de que aquí se visten los esclavos.

Pero , en buenos términos : j la opinión y estimación de las gentes pueden equivaler jamas á la felicidad doméstica ? Si estas buenas mugeras pasaban un poco de mortificación fue-

ra de su casa , encontraban en ella i la vuelta tanta mas satisfacción y consuelo. Apenas las alcanzaban á ver Domingo y María desde esta a l -tura , por el camino de las Pample-musas , baxaban al punto muy ale-gres hasta la f a l d a , para ayudarles i subir ; y leyendo ellas en los ojos de sus esclavos el gozo que tenían en verlas volver , hallaban en sus casas el aséo , la f ranqueza , y los bienes que únicamente debían á sus propias f a t i g a s , y á las de unos criados como los suyos penetrados de verdadero ce-lo y cariño. El las m i s m a s , unidas por las mismas necesidades í infortunios, dándose mutuamente los dulces nom-bres de amiga , hermana y compañe-ra , no tenian mas que una volun-tad . un interés y una mesa , siendo todo común entre las dos. Una re-ligión pura acompañada de costum-bres castas é irreprehensibles, dirigía su espíritu ácia la vida futura , co-mo la llama que vuela ácia el cielo,

D a

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SO PABLO

quando le falta pábulo sobre la tierra. El desempéño de las obligacio-

nes de la naturaleza aumentaba la felicidad de su sociedad , y su amis-tad mutua se redoblaba á la vista de sus h i jos , f ruto de unos amores igual-mente malogrados. Se complacían en labarlos en un mismo baño , en acos-tarlos en una misma cuna , y en cam-biarles á veces de pecho ; y en seme-jantes acasiones solía decir Madamí de la T o u r , á Margari ta : "" Amiga, cada una de nosotras tendrá dos hi-jos , y cada uno de nuestros hijos dos madres. " Ot ras reclinadas sobre las cunas de sus hijos hablaban de su casamiento ; y esta perspectiva de fe-licidad c o n y u g a l , con que ellas enga-ñaban sus propias penas , remataba comunmente por hacerlas l lo rar , acor-dándose la una de que sus males le habían sobrevenido por haber mira-do con descuido el himenéo, y la otra por haberse sometido á sus le-yes : aquella por haber querido el í -

r VinaimA. 21 varse sobre su estado , y ésta por haber baxado de él. Pero en medio de estas consideraciones, se consola-ban con la dulce idea ds que sus hi-jos , mas felices que e l l a s , gozarían algún dia de los puros y sabrosos pla-ceres del amor conyugal , y la ven-turosa paz que resulta de la igualdad en los matrimonios.

E n e f e c t o , nada era comparable al amor que los dos niños empezaban á tenerse. Si Pablo se quejaba le pre-sentaban á Virg in ia , y al punto que la veía , se sonreía y callaba. Si Vir-ginia se hallaba en algún a p u r o , in-mediatamente se advertía por los gri-tos de P a b l o ; pero esta amable ni-ña disimulaba al instante qualquiera desazón , porque él no participára de ella. Nunca llegaba yo á estas chozas que no los encontrase abraza-dos en medio del c a m p o , sostenién-dose uno á otro por debaxo de los brazos , quando apenas podian tener-se de pie , bien así como suele repre-sentarse en el c i e l o , la constelación

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de Géminls ( 8 ) . j Quantas vece» me he deleytado en verlos tendidos en el suelo , profundamente dormidos y soñando , hasta tener que despertar-los para libertarlos de la pesadilla de los sueños, que regularmente pertur-ban la imaginación de los muchachos!

_J»uego que empezaron á hablar, los primeros nombres que aprehendie-ron á darse , fueron los de hermano y hermana , que son los mas dulces que conoce la infancia. .Su educación no hizo mas que redoblar su amis-tad , dirigiéndola ácia sus necesidades recíprocas. Virginia se halló muy tem-prano en estado de gobernar la ca-sa , cuidar de su aseo y disponer una comida campes t re , siendo elo-giada siempre por «u hermano en to-do lo que hacia. Pablo todo el dia en continuo movimiento cababa en el jardín con Domingo , ó le seguia al monte con una hachuela en ía m a n o ; y si por el camino avistaba una hermosa flor, alguna f ruta rara, ó un nido de pa ja r i tos , aun quando

v VmointA. estuviera en la cima de un á r b o l , t r e -paba í él para cogerle y llevárselo á su hermana.

Quando se le encontraba á el uno en algún p a r a g e , era seguro que e l otro no estaba lejos. Un dia que y o basaba de la cumbre de ese monte, divisé á Virginia al extremo de la h u e r t a , que corría ácia casa con el zagalejo por encima de la cabeza, para defenderse del agua de una n u -be pasagera. De lejos la creí sola; pero habiéndome acercado para con-ducirla de la mano y ayudarla á ca -m i n a r , vi que llevaba del brazo á Pab lo , casi todo tapado con el zaga-lejo , y muy ufanos los dos de verse á ' c u b i e r t o del a g u a c e r o , debaxo de aquel para-aguas de su invención. Los dos graciosos n i ñ o s , cobijados con el ahuecado zagale jo , me hicieron acor-dar entonces de los hijos de Leda ( 9 ) , encerrados en una misma concha.

Todo su estudio lo ponian en complacerse uno á o t r o , y ayudarse mutuamente. N o sabían leer ni es-

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3 4 PABLO

c r ib l r , eran ignorantes como los crio-l í o s , y no vivían inquietos por averi-g u a r lo que había pasado en tiempos remotos ó lejos de el los , ni se exten-día su curiosidadad mas allá de este monte. Creían que el mundo no pa-saba de las extremidades de su isla, y no se figuraban que hubiese cosa buena ni apetecible donde ellos no es-taban. Su afecto mutuo y el de sus madres ocupaban toda la actividad de sus almas. Ignoraban lo que era robo , porque todo era común entre ellos ; n o conocían la mentira , por-que no tenían verdades que disi-mular ; n! menos la gula y la in-t emperanc ia , porque tenian á su dis-creción manjares simples é inocentes. Sus religiosas madres les habían en-señado á temer y amar á D i o s , ins-pirándoles una sublime idea de sus atributos ; y veneraban á la Divini-dad en la Iglesia , en su c a s a , en los campos y en los bosques , l evan-tando i todas horas al cielo sus ma-nos inocentes , y uu corazon pene-

r VIRGINIA. 2 5

t r ado del amor de sus madres. Así se pasó su primera infancia,

como una bella aurora , que anun-cia un día mucho mas hermoso y apacible. Ya llegó el tiempo do al i -viar á sus madres en el cuidado de los negocios domésticas. Inmediata-mente que el canto del gallo anun-ciaba la venida de la a u r o r a , se le-vantaba Vi rg in ia , iba por agua á la vecina fuente , y volvía con ella á casa para disponer el desayuno. D e a l l í á poco , luego que el sol dora-ba con sus rayos de fuego las ci-mas de este recinto , se pasaban M a r -gar i ta y su hijo á la choza de M a -dama de la T o u r , donde daban gra-cias á Dios todos juntos antes de po-nerse á almorzar. Comunmente se des-ayunaban á la puerta de casa , sen-tados sobre la verde alfombra de f ra -gante yerva , debaxo de ios f rondo-sos habanos , que á un mismo tiempo les suministraban manjar preparado en su sabrosa f r u t a , y delicado mental en sus anchas y lustrosas hojas.

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I6 PABLO

Un alimento abundante y saluda-ble contribuía á que medraran rápi-damente los dos j óvenes . y una edu-cación dulce pintaba en su fisonomfi la pobreza y contento de sus almas. Virginia no tenia mas que doce años, y su estatura era ya mas que me-diana. Sus largos y rubios cabellos l e sombreaban la frente . y sus ojos azules y labios de coral brillaban con apacible esplendor sobre la blan-ca y fresca tez de su semblante. J.as niiías de sus ojos se sonreían de con-cierto siempre que hablaba ; mas quan-do estaba callada , su obliquidad na-tural ácia el c ie lo , les daba toda h expres ión de una sensibilidad extrema-da , y aun de una ligera melancolía.

E n Pablo se descubrían ya todos los caracte'res de un hombre en me-dio de las gracias de la adolescencia. S u estatura era mayor que la de Vir-ginia , el color de su rostro mas ate-z a d o , su nariz mas aguileña , y sus o jos , que eran negros como el aceba-c h e , tendrían algún tanto de altivez.

si las largas pes t añas , qoe á mane-ra de pinceles brillaban en contorno de e l los , no les hubieran comunicado la mayor apacibilidad y dulzura. Aun-que todo el dia estalla en continuo movimiento, se sosegaba al instante que veía á su hermana , y iba á sentar-se á su lado. E n la mesa apenas se de-cían una palabra ; y en su silencio, en la naturalidad de sus pos turas , co-mo en la hermosura de sus pies des-calzos , me parecía estar viendo va-rias veces uno de aquellos grupos an . tiguos de marmol b l a n c o , que repre-senta algunos de los hijos de Nio-be (10) .

Aunque Madama de la Tou r ob-servaba con complacencia el aumen-to de las gracias y atractivos de su hija , sentía sin embargo cierta in-quietud secreta , igual á su ternura, que le hacía decirme algunas veces : " ¿ Qué sería de la pobre Virginia, si yo faltáse ? " . • "

Tenia en Francia Madama de ,1« Tour una tía , de disdngiudo.flaci- -¡> ^

j / c \ . ¿ i J -< ? „ # „-¡í3

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S8 PABLO

miento , rica , vieja y soltera , la qua l se habia negado cruelmente i socorrerla , quando se casó en secre-t o , y á quien desde entonces habia jurado no recurrir en su v ida , aun -que se viese reducida a' la última mi-seria. Pero desde que f u é m a d r e , ya no temió el sonrojo de ser desatendida.

Escribióle á su tia la inespera-da muerte de su marido , el nacimien-to de su hija , y la triste situación en que se hallaba en un país tan dis-tante del suyo , sin amigos ni pa-r ien tes , y con la nueva carga de una n i ñ a ; pero no tuvo respuesta. A pe-sar de este desayre /y de ser M a d a -ma de la T o u r de un carácter fie-me y elevado , no temió humillarse y exponerse á las injurias de su tia, que nunca le habia perdonado el ha -berse casado con un h o m b r e , que aunque honrado , era de nacimiento inferior al s u y o ; y así continuó es-cribiéndole , siempre que hallaba oca-sion , á fin de excitar su compasion á favor de Virginia. Pero se pasaron

Y VLKM NI A. SY

algunos años sin recibir de ella la me-nor señal de reconciliación.

Ultimamente el 1738 , á los tres años de haber llegado á esta isla su gobernador M r . de la Bourdonais , supo Madama de la Tour que este señor tenia para ella una car ta de su tia. Corrió al instante á Puer to-Luís , sin reparar en aquella ocasión en p r e -sentarse mai vestida , haciéndola su-perior á todos los respetos mundanos la alegría maternal que la alentaba.

E l contenido de la car ta de la tia se reducía á decir á la sobrina : (••• q u a era merecedora de la suerte q u a tenia , por haberse casado con un aventurero l iber t ino; que las pasio-nes llevaban en pos de sí el casti-go ; que la muerte prematura de su marido era uno de los mas justos de l cíelo ; que habia hecho muy bien en pasar á las i s las , antes que deshon-ra r á su familia en F r a n c i a ; final-mente que estaba en buena tierra, donde todo el mundo ha f í a for tuna menos los holgazanes."

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3O PABLO

Despues de haberla vituperado de este modo , concluía alabándose á sí misma , y diciendo : n " que ella pa-ra evitar las consecuencias, casi siem-pre funestas del matrimonio - no ha-bía querido casarse j a m á s . " Pero la verdad del hecho es , que como tenia una ambición desordenada , no habia intentado casarse , sino con un hom-bre de muchas circunstancias; mas á pesar de sus grandes riquezas, y de que en la Corte todo se mira con in-diferencia , menos el d i n e r o , no hu-bo quien quisiera tomar por esposa á una muger tan fea y de entrañas, tan crueles.

E n post-data añadía , " que sin embargo de todo lo dicho la habia recomendado eficazmente á M r . de la Bourdonais. " Y en efecto lo ha -bia hecho a s í , pero según la cos-tumbre , demasiado recibida hoy día, que hace á un protector mas temi-ble , que un amante declarado. E l caso es , que í fin de Justificarse pa -ra con el gobernador de la crueldad

con que habia tratado á su sobrina, la habia calumniado , aparentando compadecerse de ella.

Madama de la Tour , á quien qualquiera otro hombre indiferente no hubiera podido mirar sin interés y respeto , fue recibida con mucha f r ia ldad de Mr . de la Bourdona is , prevenido de antemano contra ella; y solo contextó á la pate'tica expo-sición que le hizo de su triste s i tua-ción y de la de su h i j a , con estas enfáticas y duras expresiones , pro-paladas interrumpidamente : " Yo ve-ré. . . . d iscurr i rémos. . . . con el tiem-po ¡ son muchos los necesita-d o s ! . . . 5 por qué disgustar á una t ia respetable % . . . • vos sois la q u e teneis toda la cu lpa . "

Volvióse Madama de la Tour á su choza , con el corazon anegado en sentimiento, y traspasado de amar-gura. Inmediatamente que entró en casa se sentó , arrojó la carta de su tia sobre la m e s a , y exclamó á su amiga : " ¡ He aquí el f ruto de once

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¿A PABLO

años de paciencia ! " Pero como nin-guno sabia leer sino e l l a , volvió á tomar la caria , y se la leyó á Mar -gari ta i presencia de sus hijos.

Apenas hubo a c a b a d o , quando Margar i ta le dixo con desenfado! r-' ¿ Qué necesidad tenemos nosotras de vuestros parientes ? ¿ Nos lia abando-nado Dios por ventura ? E l solo es nuestro padre. ¿ N o hemos vivido fe-lices hasta el dia de hoy ? Pues j por qué os angustiáis ? ¡ v a y a . que no te-neis valor 1 " Y viendo que lloraba Madama de la Tour , se arrojó á su cuello , y extrechandola entre sus brazos , exclamó : ¡ Querida amiga mia ! ¡ querida amiga ! " Pero sus pro-pios sollozos no le permitieron arti-cular otra palabra.

Al ver esto Virginia , derraman-do copiosas lágrimas , apretaba alter-nativamente las manos de su madre y de Margari ta contra su boca y corazon ; y Pablo , con los ojos in-flamados de cólera , gritaba , apreta-ba los puños y pateaba , sin saber

i quién a t r ibui r la culpa de lo que pasaba. Acudieron á las voces Do-mingo y María , y no se oía en to-da la casa mas que estos acentos da dolor : " A y , señora I . . . a y , ama de mi vida! . . . madre mia. . . . no lloréis."

Estas demostraciones tan tiernas de afecto , mitigaron lo pesadumbre de Madama de la T o u r , la q u a l , toman-do en sus brazos á Pablo y Virgi-nia , les dixo con semblante placente-r o : n" Hijos mios , vosotros sois la cau-sa de mí aflicción , pero también lo sois de mi alegría. ¡ O amados hijos mios ! la desgracia no me ha venido de cerca , sino de le jos ; la felicidad la tengo al rededor de mí/ r t

Pablo y Virginia no la compre-hendieron , pero así que la vieron contenta y sosegada , empezaron á sonreírse y hacerle caricias. Así con-tinuaron todos siendo felices, 110 ha-biendo sido aquel accidente , sino co-mo un turbión en un dia sereno y despejado de primavera.

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3 4 PABLO

Cada dia manifestaban mas y mas estos dos jóvenes la bondad natural de sus corazones. Un Domingo , al rayar el alba , habiendo ido sus ma-dres á la primera misa á la Iglesia de las Pamplemusas , se presentó una negra marrona ( n ) debaxo de los banános que circundaban la ca-sa , la qual parecía un esqueleto de pu ro flaca, y no llevaba mas rop l sobre su c u e r p o , que un pedazo de arpi l lera al rededor de la cintura. Se echó la negra á los pies de Virgi-nia , que estaba disponiendo de al-morzar para la f ami l i a , y le dixo: .

""Caritativa señorita m i a , compa-deceos de una pobre esclava fugit iva, que hace un mes anda errante y quasi muerta de hambre por estas sierras , y i veces perseguida de los cazadores y de sus perros. Vengo hu-yendo de mi a m o , que es un colo-no r ico de las riberas de RIO-XEC.RO, el qual me ha tratado como veis.71

Y al mismo tiempo le mostró su c u e r p o , surcado de arriba abaxo de

y VIRGINIA. 3 5

cicatrices y costurones, efecto de los fuertes latigazos que habia recibido d e su amo.

Virginia , toda condolida y pene-trada de lástima , exclamó: Aní-mate , pobrecita negra ! come , co-me. " Y le dió el almuerzo que te-nia dispuesto para los de casa. La esclava lo devoró todo en breves ins-tantes ; y viéndola Virginia harta y satisfecha , volvió á exclamar:

w ¡ Pobrecita , pobrecita esclava! impulsos me dan de i r á pedir á tu amo que te perdone , pues en v i é n d o t e , no es posible que dexe de moverse á compasion. ¿ Quieres guiarme á donde él tiene su mo-r a d a ? "

I VAngel del c ie lo , replicó la ne-gra , por lo que á mí toca estoy muy pronta á seguiros á donde queráis; pero la posesion de mi amo está dis-tante de aqu í . "

" N o impor ta , no importa " res-pondió Vi rg in ia , «on una viveza hi-ja de la ternura de sus entrañas. Y

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en esto llamó á Pab lo , y le rog<5 que la acompañara.

La esclava los fué conduciendo por sendas muy fragosas, atravesan-do selvas y escarpados montes , qua treparon con mucha dificultad , y va-deando rios p rofundos , hasta que fi-nalmente llegaron , cerca da medio dia , á la c o l i n a , que está sobre la r ibera de RIO-NEGRO, desde donde descubrieron una casa bien construi-d a , grandes plantíos , y una cater-va de esclavos ocupados en todo gé-nero de trabajos. Su señor , que an-daba paseándose por medio de ellos, con una gran pipa en la boca y un látigo en la mano , era un hombre a l t o , seco , amulatado , de ojos h u n -didos y cejijunto.

Virginia toda inmutada y asida al brazo de Pablo , se acercó al co-lono , y le suplicó que por amor de Dios perdonára á su esclava, que que-daba un poco mas atrás. Al pronto no hizo mucho caso el colono de los dos muchachos viéndolos pobremen-

te ves t idos ; pero habiendo observa-do despues el delicado talle de V i r -ginia , y sus hermosos cabellos rubios que le salian por debaxo del pañuelo azul que llevaba al rededor de la ca-beza , y oído el metal de su dulce voz que le temblaba , como todo su cuer-po , al tiempo de pedirle par la escla-va ; se qui tó la pipa de la b o c a , y le-vantando el látigo en alto y prorrum-piendo en una execrable maldición, prometió pe rdonar la , no por el amor de D i o s , sino por Virginia. Fuera de sí la muchacha con esta g r a c i a , hizo seña á la esclava para que se acer-cára á su a m o ; y en esto echó á cor-rer ace leradamente , siguiéndola P a -blo.

Volvieron á subir el monte por donde habían baxado , y llegando á la c u m b r e , se sentaron al pie de un á rbo l , muertos de cansancio, de ham-bre y de s e d , despues de haber an-dado en ayunas al pie de cinco le-guas. Hallándose de aquella mane-ra fatigados, dixo Pablo á Virginia!

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3 8 P i o l o " "Hermana m i a , ya son mas de

las d o c e , y tú tienes hambre y sed. Aquí es imposible que hallemos de c o m e r ; y así mejor será que volva-mos á baxar á la r ibe ra , y pidamos a! amo de la esclava nos de" alguna cosa para desayunarnos.11

A y ! eso n o , P a b l o , respondió Virg in ia : todavía estoy temblando con el susto que he pasado al ha-blarle ! Acuérdate sino de su figura, y de aquello que suele decir mamá: EL. P A N D E L M A L O , L L E N A L A BOCA

D E A R E N A .

"" Pues que hemos de hacer ? re-plicó Pab lo : estos árboles no pro-ducen ninguna fruta b u e n a , y por aquí ni siquiera se descubre un ta-marindo ( 1 2 ) 0 un naranjo , para poder refrescar la boca."

""Dios se compadecerá de noso-tros , contextó Virginia , pues oye el p iar de los pajarillos , que le pi-den de comer.

Apenas hubo dicho estas pala-b r a s , quando sintieron el ruido de

una fuente , que caía de lo alto de un peñasco inmediato. Corrieron al lá , y despues de haber apagado la sed en sus aguas mas puras que el cristal, cogieron un manojo de berros de los que crecían en sus b o r d e s , y comie-ron de ellos.

E n esto , como anduviesen de una parte á otra , por ver si encontraban mas sustancioso alimento, descubrió Virginia , entre la espesura de los árboles , una palmera nueva. E l co-gollo ó cebolleta que arroja este á r -bo l junto á los arranques de las ra-mas , es de muy buen c o m e r : pero aunque el tronco apenas era mas grueso que un muslo , tenia mas da sesenta pies de elevación. Po r otra parte , bien que la madera de este árbol sea un texido de filamentos ó hebras de l i cadas , su núcleo ó cora-zon es tan duro , que rechaza y em-bota las mejores h a c h a s , y Pablo ni siquiera llevaba una mala navaja . Occurrióle , pues , pegarle fuego a l pie , pero se halló con la nueva d i -

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40 PABLO

ficultad de que le fal laba eslabón : y por otro lado no creo que en esta isla, que es toda ella un puro peñascal , . se encuentre un solo pedernal.

I<a necesidad es madre de la in-dustria , y por lo común , las inven-ciones mas útiles se lian debido a' los hombres mas miserables. Resolvió Pablo sacar lumbre al modo de los negros ; y á este fin hizo un agu-gerito con la punta de una piedra en una rama muy seca , y aguzando des-p u e s , con el corte de la misma pie-dra , un palito igualmente seco , pe-ro de árbol de especie d i fe ren te , su-jetó la rama entre las rodillas. H e -cho esto , ¡ntroduxo el palito en aquel agugero ; y dándole vueltas entre las m a n o s , como quien bate choco-l a t e , no tardó en ver salir chispas y humo del punto de contacto. J u n -tando entonces yervas y ramas' se-cas de árboles , encendió una hogue-ra al pie de la palmera , la qual en breve tiempo dió consigo en tierra con grande estrépito.

E l fuego le sirvió también para despojar la cebolleta de las largas ho-jas leñosas y picantes en que está envuelta ; y habiendo comido él y Virginia parte de la cebolleta cruda, y parte asada en el rescoldo, fué pa-ra su paladar el manjar mas sabro-so y delicado. Hicieron aquella co-mida frugal con la mayor alegría, acordándose de su buena acdon que hablan practicado por la m a ñ a n a ; pe-ro les turbaba su a legr ía , el recuer-do de la pena que tendrian sus ma^ dres por su larga ausencia de casa, y Virginia hablaba de esto á cada instante. Pero P a b l o , sintiéndose mas re fo rzado , le aseguró que no tarda-rían en sacarlas de aquel cuidado.

Despues de haber comido, se rie-ron de nuevo embarazados , pues les * JJ. faltaba quien Ies enseñára el camino i : , ; para volverse á su casa. Mas Pablo, " p á quien nada de este mundo acó- j.-ba rdaba , dixo á Virginia : ft" Núes--, tra posesion cae al sol de medio diaf . i; nosotros debemos at ravesar , como eí- , 5 «

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4A PABLO

ta mañana , la cumbre de aquella sierra que ves allá abaxo con sus tres picos. Vamos , p u e s , Vi rg in ia , eche-mos á anda r . "

Positivamente , la sierra ó mon-taña que decia P a b l o , era la de los T R E S PECHOS ( 1 3 ) , a s i n o m b r a d a p o r

los tres picos que sobresalen en ella, en figura de pechos. Baxaron por consiguiente al morro ó collado de RIO-NEGRO de la parte del n o r t e , y llegaron , d e allí á una h o r a , á la ori-lla de un rio que Ies cortaba el paso.

Es ta gran parte de la i s la , cu-bierta de selvas y malezas , e s , aira en el d í a , tan poco conocida , que muchos de sus montes y rios care-cen de nombre propio. El que ellos encontraron corre despeñado entre ro-cas , y el ruido de su corr iente , asus-tó de tal modo á Virginia , que no se atrevió á vadearlo. Pe ro P a b l o , tomándola en sus hombros , pasó así cargado por los resvaladizos guijarros del r i o , á pesar del ímpetu de sus aguas .

r VisomiA. 43 " " N o tengas que t e m e r , Virgi-

nía ( le decia ) , que no me pesas na -da , antes me siento mas animoso con-t igo á cuestas. Si el colono de RIO-NEGRO te hubiera negado el perdón de la e sc l ava , las hubiera habido conmigo esta m a ñ a n a . "

r ' Cómo! exclamó V i r g i n i a : ¿ con aquel hombre tan aitón y de genio tan malo ? J e sús ! á lo que te ex-puse. Valgame Dios ! ¡ quan difícil es hacer b i en , y quan fácil lo con-trario ! "

Quando Pablo llegó á la orilla opuesta , quiso continuar el camino cargado con su hermana , Iisongeán-dose de que podría subir así la mon-taña de los TRES PECHOS , que veía enfrente , como á media legua de distancia. Pero faltándole las fuerzas á poco rato, se vi ó precisado á ba-xarla de sus hombros y sentarse i descansar á su lado.

Virginia le dixo en tonces : i r Her-mano , el dia comienza ya á decli-nar : tú todavía tienes fuerzas para

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4 4 P a b l o caminar , y á mí mé faltan. Déxame a q u í , y vete tú solo á casa , para tranquil izar á nuestras madres.v '

"" Irme y o solo I exclamó Pablo s no , no m : apar ta ré de t í , hermana. Si nos coge la noche en esta serranía, encenderé l umbre , derribaré en ella otra pa lmera , tú comerás el cogollo, y y o te haré con las hojas un a j u p a ( i 4 ) para que duermas al abrigo.*1

Ent re tan to Virginia , habiendo descansado un poco , cogió algunas hojas de escolopendra ( 1 4 ) de una rama de este árbol , que pendía so-b re el r i o , y se las ajustó á las pier-nas , á manera de borceguíes, por-que las piedras del camino de tal modo le habian lastimado los p ies , que le corrían s a n g r e ; pues con la pre-cipitación y deséo de ser ú t i l , s e . l e habia olvidado calzarse. Y sintiéndo-se mas consolada con la frescura de las ho ja s , arrancó una caña de bam-b n , y se puso en camino , apoyada una mano á la c a ñ a , y otra al hom-bro de su hermano.

Así iban caminando paso entre pa-so por medio de las selvas , quando la altura de los árboles y la espesura de sus hojas , les hicieron perder de vista la montaña de los TRES PECHOS, que era el punto de su dirección , y aun el sol que iba yaá tocar al térmi-no de su carrera. De allí á poco rato se ext raviaron , sin advertirlo , de la senda trillada que hasta entonces ha -bian seguido, y se encontraron me-tidos en un laberinto sin salida de á r -boles , de breñas y matorrales. E n tan gran conflicto , dixo Pablo á su her-mana que se sentára , y él empezó á correr de una parte á otra , como fue-ra de s í , buscando arbitrio cómo sa-lir de aquella espesura ; pero se f a -tigó en valdp- Subióse á lo último de un á r b m m u y alto para descubrir á lo menos la montaña de los TRES PECHOS; pero no vio a l rededor de sí mas que las cimas de otros árbo-les mas elevados, algunos de los qua -les estaban iluminados por los últi-mos rayos del sol casi traspuesto.

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4 6 PABLO

A este t iempo la sombra de los montes cubría ya los bosques y arbo-ledas de los valles ; el ayre iba cal-mando poco á p o c o , c o m o suele acón-tecer al ponerse el so l ; un profun-do silencio reynaba en aquellos pá-r a m o s , y solo se oían los bramidos de los cierbos , que iban á buscar sus madrigueras nocturnas entre la espe-sura de aquellos tan yermos lugares. Pab lo con la esperanza de que algan cazador pudiese oírle , gritó enton-ces con todo su v i g o r : I T V e n i d , ve-nid al socorro de Virginia ! " Pero los ecos del monte fueron los únicos que respondieron á su voz , repitien-do otras tantas v e c e s : n Virginia. . . . Vi rg in ia . "

Baxóse en esto defeárbol muy acongoxado , y comenzó a ñ u s c a r me-dios de pasar la noche en aquel si-t io ; pero no había fuente , ni pal-mera , ni aun leña seca con que ha-cer lumbre. Entonces conoció por propia experiencia la debilidad de sus recursos , y se puso á llorar.

r VIRGINIA. 4 7

Virginia le d i x o : N o llores, Pa-b l o , si no quieres afligirme mas : y o soy la que tengo la culpa de todas tus penas , y de la que á estas h r ras estarán sintiendo nuestras madres ; na-da se debe h a c e r , ni aun el b ien , sin consultar á los padres : ¡ qué impru-dencia la mia I " Y en esto echó t a m -bién á llorar.

Mas de allí i poco r a t o , dixo í Pablo : "" encomendémonos á Dios, he rmano , y se c o m p a ^ : e r á - de no-s o t r o s . " Y apenas habían acabado su oración , quando oyeron ladrar un perro .

""Sin duda , dixo P a b l o , esté es perro de algún c a z a d o r , q u e viene por la noche á matar cierbos al ace-cho. Los ladridos se aumentaron de allí á poco. ""Me pa rece , dixo V i r -ginia, que es LEAL, el mastín de nues-tra casa. . . . sí. . . . le conozco en ek l a d r a r . . . . si estarémos ya en nues-tra posesion."

En ewo se presentó á sus pies LEAL , ladrando , ahullando y co -

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4 8 PABLO

miéndoselos í caricias. Ellos estaban fue ra de sí viendo á su mastín , y las fiestas que les bacía , sin acertar á salir de aquel sobresalto. E n este in-termedio avistaron á Domingo , que corría ácia el los; y á la llegada de es ta buen n e g r o , que lloraba de go. zo , echaron á l lorar ellos también sin podarle decir una palabra.

Luego que Domingo tomó lia poco de a l i en to , exclamó : n" ¡ Ah hi-jos mios 1 f f u é sentimiento tienen vuestras madres ! j cómo se quedaron sorprehendidas, quando al volver de la Iglesia á donde y o las habia acom-p a ñ a d o , n o os encontraron en casa! Mar í a no les supo decir i dónde Tiabiais i d o , porque estaba trabajan-do en un rincón de casa. Yo andaba de aquí para allí sin saber donde bus-caros ,"hasta que últimamente tomé

»vuestra ropa vieja , y se la di á oler ¿•LEAL (1 ,5 ) ; y e l pobre animali-t o , como si me hubiese entendido, inmediatamente empezó á rastrear I vuestras pisadas, y me c o n d e s o , dan:

Y rmoi.viA, 4 9

do sin cesar á la cola , hasta RIO-NE-GRO , donde me dixo un colono que le habíais l levado una negra , á quien por vuestros ruegos habia concedido el perdón. P e r o , ¡ qué perdón! Allí me la mostró atada á un made ro , con una cadena al pie, y un collarde yer-ro á la garganta con tres escarpias. Desde allí se dirigióLEAi. , r a s t r ean-do s iempre , á la montana de RIO-NE-GRO donde so detuvo algún t iem-po , ladrando con la imfyor fuerza en el borde de una fuente , junto ¿ una palmera recien c a í d a , y cerca de una hoguera que todavía humeaba. F ina lmen te , acaba de traerme aquí, que es la falda de la montaña de los TRES PECHOS , y t o d a v í a f a l t a n q u a -

t ro leguas largas hasta nuestra pose-sión. V a y a , v a y i : comed ahora , y tomad ánimo."

Y diciendo esto sacó una torta de pan , varias f ru t a s , y una gntn calabaza llena de un licor compuesto de agua , v ino , zumo de c id ra , a z ú -car y nuez moscada , que sus ma-

P

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JO PABLO

dres habían preparado para darles re-frigerio y conforiarlos.

Virginia su sp i r aba , acordándo-se de la pobre esclava y de la in-quietud de sus madres , y repetía muchas veces , "" ¡ qué difícil es hacer bien ! "

Mientras los dos tomaban alimen-to sacó lumbre D o m i n g o , y habien-do buscado una especie de madera tortuosa , llamada de a r d e r , hizo un h a c h ó n , y l o ' n c e n d i ó , porque era ya noche. Pero se halló sumamente em-barazado , quando se t ra tó de poner-se los tres en camino.

Pablo y Virginia no podían dar un p a s o , porque tenían los pies muy hinchados y de color de sangre. El pobre Domingo no sabía si volverse á casa á buscar auxilio para los niños, ó pasar allí la noche con e l los ; y en aquel conflicto exclamaba : "" ¡Adónde se ha ido aquel tiempo en que ya os llevaba á los dos juntitos en mis bra-z o s ! Pero ahora vosotros ya sois gran-des , y yo viejo."'

r rinoixiA. 51 Estando así perplexo , se apare - •

ció una quadrilla de negros marro-nes á corta distancia de ellos, y acer-cándose el caudillo á Pablo y Vir-ginia , les dixo : '"'" N o os asustéis, mis buenos niños blancos : esta maña-na os vimos pasar con una esclava de RIO-NEGRO , y sabemos que habéis ido á pedir perdón para ella á su mal amo ; y así en reconocimiento de tan generosa acción , nosotros os conduci-remos á vuestra posesión en nuestros propios hombros." Y á una señal su -ya , quatro negros de los mas robustos •formaron al instante una especie de andas de rama de á rbo le s , enlrete-xidas con lianas (16) ó enredaderas; colocaron en ellas á los dos mucha-chos . y precediéndoles Domingo con su hacha de v i e n t o , partieron de allí; en medio de repetidos gritos de j ú -bilo de toda la quadr i l l a , que les col-maba de bendiciones. Vi rg in ia , en-ternecida , dixo á Pablo : " ¡ O l ^ r -manfl mió! nunca dexa Dios sin ga -lardón una acción buena ."

P a

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g j PABLO

Llegaron á media noche al pie de su montaña , cuya cumbre esta-ba iluminada con varias hogueras ; y al tiempo de subir oyeron que les gr i taban y decían : r> ¿ Sois vosotros hijos m i o s ? " Y ellos respondieron auna con los negros : «Sí señoras: no-sotros somos, nosotros somos!"

Acercáronse mas , y vieron á sus madres y á María , que les sallan al encuentro con teas encendidas, » ¿T)e dónde v e n í s , hijos cuitados, excla-mó Madama de la Tour?

« V e n i m o s . , respondió Virginia, de RIO-NEGRO , de pedir el perdón para una esclava , á quien he dado esta mañana todo el desayuno de la familia , porque la pObrecita estaba cayéndose muerta de h a m b r e ; y estos negros reconocidos, nos han traído en hombros hasta aquí . "

Madama de la Tou r abrazó á su hi ja sin poder articular palabra; y Vir-ginia que sentía humedecerse sus me-sillas con las lágrimas que cor.-iaif por las de la madre , le dixo : r ' Vos me

v VIRGINIA. 5 3

indemnizáis con exceso , madre m i a , de los trabajos que hoy he pasado."

Margarita cnagenada de g o z o , es-trechaba á Pablo entre sus brazos, y le decia : * ¿ Y tó t a m b i é n , hijo m i ó , has hecho una buena acc ión?"

Luego que llegaron con sus hijos á casa , dieron bien de comer á los n e g r o s , los quales se volvieron á las s e l v a s , deseándoles toda suerte de prosperidades.

Todos los días eran para estas fa-mil ias , dias de dicha y de paz inalte-rable. La envidia ni la ambición no las atormentaban. No deseaban una vana reputación exterior que da la íntigra , y quita la calumnia ; bastá-bales ser ellas mismas los testigos y jueces de sus acciones. E n esta isla, donde ( como en todas las colonias europeas ) solo se desea saber anéc-dotas malignas ; sus virtudes , y aun sus nombres , eran ignorados y des-conocidos. Solamente quando algún pasagero preguntaba , desde el cami-no de las Pamplemusas, á los habitan-

F 3

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5 4 PARLO

tes del llano : I T ¡Quién vive en aque-llas dos chozas que están allá en el al to ? " Estos respondían sin conocer-las : r r son unas buenas gentes." A es-te modo las violetas ocultas ent re 'zar-zas y espinos exálan á lo lejos aro-mas suaves.

Ellas habían desterrado de sus conversaciones la maledicencia y la murmuración que , socolor de justi-cia , dispone necesariamente el cora-zon á la simulación ó al aborrecimien-to ; porque es poco menos t fu impo-sible dexar de aborrecer á los hom-bres. si se piensa mal de ellos, y vivir con los malos , si no se les oculta el odio con falsas apariencias de benevo-lencia. De aquí es que la maledicencia nos obliga á estar mal con nuestros semejantes , 6 con nosotros mismos.

Pero Madama de la Tour y su compañera , sin juzgar á los hombres en particular , solo se ocupaban en buscar los medios de hacer bien á todos en general ; y aunque esto no estaba ejj su mano , tenían á lo me-

r PIROIUIA. 5 5

nos una volantad constante de ha -cer bien , que Ies inspiraba una bene-volencia dispuesta siempre á exten-derse á todos. Po r consiguiente , v i -viendo en la soledad , lejos de ser fe-roces e' i n t r a t ab l e s , se hicieron mas compasivas y humanas.

Si la historia escandalosa de la sociedad no suministraba materia á su conversación , la de la naturaleza arrobaba sus almas en dulces éxta-sis. E n este reducido espacio admi-raban con respeto y reconocimien-to el poder de una Providencia que , por sus manos , había derramado , en medio de la aridez de estos peñascos, la abundancia , las gracias y los pla-ceres siempre p u r o s , y siempre re-nacientes.

Pab lo á la edad de doce años ¿

mas robusto y mas inteligente que -,-J ¿j los européos á la de quince , hermew . ; ^ J¡ seaba por sus manos lo que Domirg p go no hacía mas que cultivar. Iba cóñ £ - g e'l á los vecinos montes á desarray- -T gar el tierno l imonero , el na ran-

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* J

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S6 PABLO

jo , el tamarindo , cuya coronilla es de un verde muy hermoso, y el ate-ro ( 17) , cuya fruta , llena de una sustancia azucarada . despide de sí la fragancia del azahar. Trasplantaba estos a 'rboles, ya c rec idos , al re-dedor de este r e c i n t o , y sembra-ba las simientes de otros que , al se-gundo afio llevan flores 6 frutos, como el agat ío (18) , al rededor del qual penden en figura c i r cu l a r , á manera de colgantes de araña de c r i s t a l , largos racimos de flores blan-cas ; el lila de Persia ( 1 9 ) , que eleva verticalmente sus girándulas de color morado ; el papayo (20), cuyo tronco sin ramas , en forma de coluna claveteada toda de melones v e r d e s , remata en un capitél de muy anchas hojas , parecidas á las de la higuera.

También había sembrado varias pepitas y huesos de árboles , como mangles ( 2 1 ) , guayavos ( 2 2 ) , pal-I0S ( 2 j ) 1 jaceros ( 2 4 ) y jambe-

i r VIRGINIA. 5 7

ros ( 2 5 ) , de los quales la i rayor parte daban ya sombra y f ruta á su joven amo , "cuyas laboriosas manos derramaron la fertilidad hasta en los parages menos fecundos de esta que-brada. Diversas especies de aloes ( 2 6 ) , la raqueta ( 2 7 ) cargada de llores amarillas matizadas de encarnado , los cirios espinosos ( 2 8 ) , se elevaban so-bre las negras cimas de los peñas-cos , y parecía que querían compe-tir y enlazarse con las largas lianas de flores azules y escarlata d a s , que pendían acá y allá por todo el re-pecho de la montaña.

Habia distribuido y colocado con tal órden aquellos vegetales , que se podia gozar de su vista á la pri-mer ojeada ; porque en el centro es-taban" las plantas que se elevan poco, después los a rbus tos , luego los ár-boles medianos , y últimamente los grandes en toda la circunferencia. Po r manera que este vasto circuito, miipdo desde el centro , presentaba í la vista un anfiteatro de verdor,

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58 PABLO

de f rutas y de flores , que contenia a l mismo tiempo hortalizas , prade-rías , y campiña de arroz y trigo.

Pe ro Pablo sujetando los vege-tales á su plan , no se apartaba del de la naturaleza , antes por el con-t rar io siguiendo sus lecciones , plan-taba en las eminencias aquel los , cu-yas semillas son volát i les , y á la orilla del agua los que las tienen pro-pias para sobrenadar. De esta mane-ra cada vegetal crecía en su sitio pro-porcionado , y cada sitio recibía del vegetal su adorno natural . Las aguas que baxan de la cumbre de estos mon-tes , formaban en el fondo del valle, aquí f u e n t e s , a l l í es tanques , que á manera de e spe jos , en medio de la frondosidad , duplicaban en el cristal de su corriente , los árboles en flor, las rocas y el azul de los cielos.

A pesar de la enorme desigual-dad del terreno , todos aquellos plan-t íos eran , por la mayor parte , tan accesibles al tacto , como á la vista. Bien es que todos nosotros le ayudá-

v yinamiA. 59

hamos con nuestros consejos y t ra-bajo , para llevar al cabo sus em-presas. El practicó una senda , to-do ea rededor de este recinto, de la qual muchos ramales llegaban ya de la circunferencia al centro ; y por otra parte supo sacar partido de los parages mas fragosos , y conci-liar , con la mas feliz armonía , la comodidad del paséo , con la aspe-reza del suelo , y los árboles domés-ticos, con los silvestres. De la enorme cantidad de piedras movedizas que embarazan estos caminos , como la mayor parte del terreno de esta is-la formó acá y allá p i rámides , en cuyas bases , llenas de guijo y t ier-ra , plantó rosales , poinciana (29) y otros arbustos , que se crian bien entre peñas ; y á poco tiempo estas pirámides informes y de sombrío as-pecto , se cubrieron de verdor y del esmalte de las flores mas bellas.

Las hondonadas y barrancos, guar-necidos de árboles antiguos, cuyas ra-mas inclinadas sobre los bordes , fo r -

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6 o PABLO

maban como bóvedas subterráneas, impenetrables al c a l o r , eran lugares de asilo contra los rayos del s o l , don-de tomaban el fresco por el dia las dos familias. Una vereda conducia á un soto de árboles s i lvestres, en cu-yo centro crecía, al abrigo de los vien-tos , un árbol doméstico cargado de f ru ta . Aquí había una mies , allá un vergél : por esta calle se descubrían las cabanas ; por aquella las cimas inaccesibles de la montaña. Había un bosquecito tan espeso de tacama-cos ( 3 0 ) entretexidos con lianas 6 enredaderas , que no se distinguía en él ningún objeto eo la mayor fuerza de la luz del dia.

Desde la extremidad de ese gran peñasco , que sale del monte , se des-cubrían todos los objetos de este re-cinto , con el mar á lo lejos , donde aparecía de quando en quando algu-na nave que venía de ÍJuropa ó re-gresaba á ella ; y ahí era donde se juntaban las dos familias al caer el

1 y gozaban en reposo de la fres-

R VIRGINIA. 61

cura del ayre , de la fragancia de las flores , del murmullo de las fuentes, y de las últimas armonías de la l u í y de las sombras.

Hasta los nombres de la mayor parte de los encantadores sitios de este laberinto , eran los mas agrada-bles y expresivos. El peñasco de que acabo de hab la ros , desde donde á larga distancia me veían v e n i r , te l l a m a b a l a ATALAYA D E LA A M I S T A D .

Pablo y Virg in ia , en uno de sus ino-centes entretenimientos, discurrie-ron plantar allí un bambú , en cu-ya cima enarbolaban un pañuelito blanco para anunciar mi llegada lue-go que me avistaban , á la manera que en la montaña inmediata se cnar-

* bola una bandera quando se divisa alguna nave en el mar.

Vínome 1111 dia á la idea grabar una inscripción en la corteza de aquel bambú , pues siempre han sido tan de mi gusto las inscripciones, que por mucho placer que haya tenido en mis viages, al ver una estatua ó monunien-

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62 PABJJ)

to de la antigüedad , os aseguro que no es comparable con el que me causa el leer una inscripción bien hecha. Entonces me parece que una mano humana sale de la piedra , w hace oír por entre los siglos , y di-rigiéndose al hombre que habita en los desiertos , le dice que no es él so-lo , y que otros semejantes suyos han s e n t i d o , pensado y padecido como él en aquellos mismos lugares. Y si la inscripción es de alguna nación an-tigua , que ya no existe, hace que sa dilate nuestra alma por los campos de lo infinito, y le comunica el sen-timiento de su inmor ta l idad , mos-trándole que un pensamiento ha so-brevivido á la ruina de todo un im-perio.

E s c r i b í , pues , en el bambú de Pab lo y Virginia estos versos de Ho-racio :

Fratres fíelente: lucida sitiera, Vtntorumque regat pater, Obstricth aliis , prxter japiga.

„Que los hermanos de He-lena , as-

Y VJRGIÜ1A. 6 .3 tros brillantes como vosotros, y el pa-dre de los vientos, dirijan vuestros pa-sos , y no permitan os sople otro que «I zéfiro blando."

E n la corteza de un tacamaco , á cuya sombra solia sentarse Pablo pa -ra contemplar desde lejos el mar agi-t a d o , grabé este verso de Virgilio:

Fortunatus et Ule déos qui novlt agrestes!

„Dichoso tú , hijo mió , en no co-. nocer mas que las divinidades campes-t r e s 1"

Y este otro encima de la puerta de la cabaila de Madama de la Tour :

At secura qules, et ncscla fallere vita.

„Aqui habita una buena conciencia, y una vida que no sabe engañar."

Pe ro Virginia , que 110 aprobaba mi latin , decía que el que yo ha -bía puesto en el bambú 6 veleta de señales , era demasiado largo y eru-dito. Yo hubiera p r e f e r i d o , añadió la muchacha.

Siempre agitada 9 pero constante»

i ' '' • •

1

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«4 PABLO

Y habiéndole contcxtado vo " esa divisa convendría mas bien á la vir-t u d " se puso sonrosada con mi re-flexión.

Estas venturosas familias , exten-diendo h sensibilidad de sus almas í quanto las rodeaba , habian dudo los nombres mas demos á los objetos que parecían mas indiferentes. Un va-llado de n a r a n j o s , de bananos y do jamberos , plantados entorno de una explanada de céspedes , donde solían baylar Pablo y Virginia , se llamaba la CONCORDIA. El árbol an-tiguo , á cuya sombra se contaron mutuamente sus desgracias Madama de la Tou r y Margar i ta , tenia por n o m b r e L A S L A G R I M A S ENJCOADAS.

L l a m á b a n s e B R E T A Ñ A y N O R M A N -

DIA dos rinconadas sembradas de tri-g o . fresas y guisantes ; y á imitación de sus amas , Domingo y María , de-seando t raer á la memoria los luga-res de su nacimiento en Africa, dieron l o s n o m b r e s d e ANGOLA y FOULLF.-

POINTE , á dos terrenos que produ-

r VIRGINIA. 6 5

Cian los juncos de que hacian los ca -nasti l los, y donde habian sembrado un calabazar. Así que , con la vista de las producciones de sus climas res-pectivos , conservaban estas familias expatriadas las dulces ilusiones de su p a i s , y suavizaban en cierto modo la pena de vivir en una tierra ex-traña. ¡Ay do mi triste ! yo he vis-t o animarse • con mil denominaciones encantadoras los árboles , las fuentes y las rocas de este recinto delicioso, en ot ro tiempo quando Dios queria, y actualmente tan desfigurado y des-truido que , semejante á un campo de la G r e c i a , no ofrece mas que nombres t iernos, escombros y tristes ruinas.

Pero de quantas situaciones de -liciosas ofrecía este circuito , ninguna igualaba á lo que se llamaba el RE-CREO DE V I R G I N I A . A l p i e d e l p e -

ñ a s c o d e l a ATALAYA D E LA AMISTAD

hay una concavidad de donde sale una fuente , que á pocos pasos de su nacimiento , forma una especie de

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6 6 P.IBLO

l aguna e n medio de un p rado de y e r v a fina. Q u a n d o M a r g a r i t a dió á luz i P a b l o , le regalé un coco de Ind ias que me habian dado , y ella s embró sus pepi tas á la ori l la de las a g u a s , con el fin de que el árbol q u e p r o d u j e r a n , sirviese de época a lgún dia al nac imiento de su hijo; y M a d a m a de la T o u r , siguiendo el e x e m p l o de M a r g a r i t a - , p lan tó allí o t r o con el mismo in ten to , quan-do p a r i ó á Vi rg in ia . Nac ie ron , en e f ec to , dos cocoteros ( 3 1 ) que com-ponían los únicos archivos de la fa-milia , y se l lamaba el uno cocotero de P a b l o , y el o t ro de Virginia. C r e c i e r o n u n o y otro casi en la mis-ma proporc ion que sus inocentes due-ños , y aunque no perfectamente igua le s en la a l tura , excedían ya i los doce años á la de las cabanas d e sus madres ; y en t re tex iendo mú-t u a m e n t e sus pa lmas , dexaban col-g a r sus tempranos racimos de cocos sobre la misma taza de la fuente .

A excepción de los dos cocote*

Y VlBOIHlA. 6 7 r o s , todo lo demás de la cave rna conservaba el mismo adorno que le hab la dado la na tura leza , br i l lando en sus dos lados húmedos y pa rd í -oscuros , anchos culantri l los con verdi -negra flor en figura de estrel las. E s -pesas matas de escolopendra fluctua-ban en unas partes , á merced de los v ien tos , suspendidas en el ay re á ma-nera de listones de color v e r d e - p u r -p u r a ; y en ot ras c rec ía en a b u n d a n -cia la pervinea ( 3 3 ) ó y e r v a doncel la , c u y a flor es m u y parec ida á la del c l a v o , ó á la de los pimientos de cor -t e za color de sangre , y mas br i l l an-t e que el coral . E n su c i rcunferencia l a ye rva balsamina ( 3 3 ) , cuyas ho-jas vienen en figura de corazon , y los basiliscos ( 3 4 ) del o lor de la pi -mien ta , exálaban la mas dulce f r a -ganc i a . De l repecho de la montaña pend ían las l i anas ó e n r e d a d e r a s , á manera de undosos tendederos de ro-p a , y formaban en lo escarpado da l a s rocas di la tadas cort inas de verdor . •I/as aves de m a r , a t ra ídas de la apa-

G a

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oibilidad de aquella c a v e r n a , iban i pasar la noche en e l l a ; y al poner del sol se veían volar ácia allí á lo largo de la ribera el cuervo y la cogujada marinos , y en lo al io de los ayres la negra fragata ( 3 5 ) y el pájaro blanco ( 3 6 ) del trópico que, como el astro del día , abandonaban las soledades del océano indiano.

Tenia Virginia sumo deleyte en i r á reposar en la margen de aque-lla fuente , decorada con una pom-pa magnífica y silvestre á un mismo tiempo. Muchas veces lavaba en ella la ropa de la familia á la sombra de los dos cocoteros , y otras llevaba i pace r allí las' cabras , y se entretenía mientras preparaba los quesos con su leche , en verlas levantarse en dos pies para rozar las hojas del culantri-llo , y sostenerse, como en el ayre, en las cornisas de las peñas , hacien-d o hinca-pie en ellas como sobre un pedestal.

Viendo Pablo que aquel sitio era el privilegiado de Virginia , llevó

R VIRGINIA. 6 9

al l í del bosque inmediato, nidos de toda especie de pá j a ros , cuyos pa -dres atraídos del amor de sus h i -juelos , fueron al instante á estable-cerse en aquella nueva colonia , don-de Virginia les echaba , á ciertas ho-ras , granos de a r r o z , de maíz y mijo. De m o d o , que luego que ella se presentaba , los mirlos silvadores, los bengalíes ( 3 7 ) , cuyo goijeo es tan delicioso , los ca rdena l e s (38 ) d e plumage color de fuego , desaban los zarzales ; los papagayos verdes como esmeraldas , basaban de los la-taneros inmediatos ; las perdices cor-rían por entre la yerva , y mezc la -dos unos con otros llegaban , como si fuesen gall inas, hasta sus mismas plantas. Ella y Pablo se entretenían, por lo r e g u l a r , en observar sus jue -gos , sus inclinaciones y sus amores. -

¡Amables niños! vosotros pasa- ^ bais así los primeros dias en la ino- 2 í j c enc ía , esercitandoos en hacer bien. j J ¡ Quantas veces vuestras madres e?¡-trechandoos tiernamente en sus bíf t- >

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JO PABLO

zas en aqueste mismo sitio , bende-cían al cielo por el consuelo que pre-parabais á su v e j e z . viéndoos entrar en la v i d a , báxo de tan felices aus-picios I f Q u a n t a s , á la sombra de estos peñascos , he participado con ellas de vuestras comidas campestres, que á ningún animal habian costa-do la vida ! Calabazas llenas de le-che , huevos f rescos , tortas de arroz en hojas de banáno , cestos colmados de b a t a t a s , de ambas ( 3 9 ) , de na-ranjas , de granadas, de bananas (40), de ananás ( 4 1 ) y de atas ( 4 1 ) , nos ofrecían á un misino tiempo los man-jares mas saludables , los colores mas a legres , y los jugos mas sustancioso»

La conversación que tenian era tan inocente y agradable como los mismos manjares de que usaban en estos festines. Po r lo común Pablo no hablaba en e l los , sino de lo que ha-bía trabajado aquel dia , y de lo que tenia que trabajar el siguiente; y con-tinuamente estaba pensando en algún tabajo útil para la comunidad. ""Aquí,

según é l , las sendas no son cómo-das : allá los asientos no están del todo b landos ; estos nuevos empar ra -dos no dan la sombra necesar ia ; Vi r -ginia estará mejor alli-'1'1 Y otras re-flexiones á este tenor.

E n t iempo de lluvias pasaban el dia todos juntos en c a s a , ocupados amos y cr iados , en hacer esteras de y e r v a s , y canastillos de hojas de bam-bú. E n las paredes se veían coloca-dos con el mejor órden , ras t r i l los , ha-chas , hazadones ; y al lado de estos instrumentos de agr icul tura , las pro-ducciones correspondientes á cada uno de e l l a s , como sacos de a r r o z , ga -villas de trigo y cuelgas de banánas, tan delicado todo , como abundante . Virginia enseñada por su madre y por Margar i ta , aprovechaba estas temporadas en hacer compótas , l ico-res y bebidas cordiales con el jugo de las cañas de azúcar , de limón y de acimboyas ( 4 3 ) .

Por la' noche cenaban á la luz de una lamparilla , y después de cenar

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7 2 PABLO

solia contar Madama de la Tour ¿ M a r -garita la historia de varios caminantes extraviados en los bosques européos, infestados por la mayor parte de la-d rones , ó el naufragio de alguna nave arrojada por la tempestad contra las rocas de una isla desier ta : y con aque-llas relaciones se inflamaban mas y mas las almas sensibles de sus hijos, y rogaban al cielo les otorgase la gracia de poder exercitar algún dia la hospitalidad con semejantes desgracia-dos. A cierta hora se despedían las dos familias , para ir á reposar , iras siempre con la impaciencia de vol-ver á verse al dia siguiente. Algu-nas veces se quedaban dormidos al ru ido de la lluvia qee se degajaba á mares sobre el techo de su scaba f í a s . ó de los vientos impetuosos que les traían desde lejos el murmullo de las olas estrelladas contra los peñascos de la ribera ; y en tales casos bendecían. al autor de la naturaleza por la se-guridad de sus personas, siendo tan-to mayor su reconocimiento , quan-

to se consideraban mas distantes del peligro.

De quando en quando leía Ma-dama de la Tour en comunidad al-gún pasage tierno de la historia del antiguo ó nuevo Testamento , y se enardecían sus almas con la contem-plación de las cosas celestiales. Su moral no era especulat iva. sino prác-tica como la del evangelio; no ha-bia entre ellos dias destinados pa -ra la alegría , ni para la tr isteza, sino que todos eran igualmente l le-nos y festivos para sus corazones. L a naturaleza entera era para ellos un templo augusto donde admi-raban sin cesar una inteligencia infinita , omnipotente y amiga de los hombres ; y este sentimiento de confianza en el poder supremo los llenaba de consuelo respecto de lo pasado , de valor para lo presente , y de una dulce esperanza para lo venidero. Así es que estas mugeres, precisadas por los infortunios á seguir el ¿rden de la naturaleza , hal laron

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en sí mismas - y excitaron en sus hi -jos estos sentimientos que inspira en todos la misma naturaleza para pre-servarnos de que seamos desgracia-dos.

P e r o , como muchas veces en las almas mas bien acondicionadas y de mejor temple suelen levantarse nubes que per turban su serenidad , quan-do a lguno de la familia se mostra-ba t r i s t e , se reunían todos á fin de distraer su an imo , y no paraban has-ta conseguir lo, mas bien con obras, que con reflexiones, empleando ca-da qua l en esto su carácter particu-lar : Margari ta , su alegria y viveza na tura l : Madama de la T o u r , una moral dulce : Virginia , t iernas cari-c í a s : P a b l o , franqueza y cordialidad; y hasta Domingo y María contri-buían por su par te contristándose con el que veían llorar. A este mismo modo las plantas débiles entretexen unas con otras sus ramas , para opo-ner mas resistencia al ímpetu de los uracanes.

Y riKsmiá. 7S E n tiempo sereno iban á misa

todos los dias festivos á la Iglesia de las Pamplemusas , cuya torre veis allá abaxo en el l lano, á donde con-currían colonos muy poderosos, con-ducidos en hombros de esclavos , al-gunos de los quales se empeñaron varias veces en tener conocimiento y t ra to con aquellas familias tan unidas, convidándolas á diversiones y par t i -das de campo. Pero ellas desecharon siempre sus ofrecimientos con cor te-sanía y respe to , persuadidas de que los ricos solo buscan á los pobres para tener complacientes , y que es imposible ser complaciente sino adu-lando las pasiones de otro , buenas 6 malas. Por otra parte evitaron con no menor cuidado la familiaridad con los colonos medianamente acomoda-dos , por lo común , envidiosos, mur-muradores y groseros. Al principio pasaron pot tímidas en el concepto de los p r i m e r o s , y por altaneras en el de los segandos ; pero su conduc-ta reservada , estaba acompañada de

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y 6 PABLO

talos demonstraciones de urbanidad y atención , particularmente para con los miserables , que insensiblemente se concillaron el respeto de los ricos, y la confianza de los pobres.

Comunmente al salir de misa iban á buscarlas las gentes desvali-das para que cxcrcieran con ellas al-gún oficio de car idad ; y ya se presen-taba un afligido pidiéndoles consejo, ya un niño que les rogaba con lá-grimas pasasen á visitar á su madre enferma en alguna de las aldeas de l a comarca. A este fin llevaban siem-pre consigo varias recetas de reme-dios caseros , los mas acomodado« para la curación de las enfermeda-des del p a í s , y las distribuían con aquel agrado que da tanto precio á los menores servicios. Sobre t odo , te-nían particular talento para disipar las penas é inquietudes del án imo, tan insoportables en la soledad y en un cuerpo enfermo. Madama de la Tour hablaba con tanta confianza de la Di-vinidad , que oyéndola discurrir así

los pacientes, les parecía que la te-nían allí presente. Virginia volvía co-munmente de aquellas visitas , con los ojos arrasados de lágrimas , pero con el corazon penetrado de a legr ía , por-que habia tenido ocasion de hacer bien. Ella era la que disponía de an-t e mano los remedios necesarios para los e n f e r m o s , á los quales se los ad -ministraba con indecible afabilidad y buen afecto.

Después de estas visitas de cari-dad , alargaban á veces su camino por el valle de la MONTAKA-LAHGA hasta mi posesíon, donde y o las esperaba ¿ comer á las orillas del riachuelo que pasa por las inmediaciones ; y para aquellos casos procuraba tener reserva-da alguna botella de v ino a ñ e j o , á fin de aumentar la alegría de nues-tras comidas Indianas, con estas dul-ces y pectorales producciones de la Europa. Otras veces nos citábamos para la playa del m a r , en la desem-bocadura de algún rio de los que en esta isla solo merecen el nombre de

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• > 8 PABLO

grandes a r royos , adonde llevábamos de nuestra casa provisiones vegetales que juntábamos á las que el mar nos suministraba en abundancia ; en cu-yas riberas pescábamos barbos , salmo-netes , pulpos , langostas , esquines, cangrejos, ostras y mariscos de toda es-pecie. Muchas veces los sitios mas ter-ribles por su na tura leza , nos propor-cionaban los placeres mas tranquilos. Sentados por lo común sobre un pe-ñasco , á la sombra de un sauce , veía-mos venir desde muy lejos las olas del mar á estrellarse á nuestros pies con horrible estrépito. Pablo , que por otra parte nadaba como un pez , se internaba á veces en la playa , sa-liendo al encuentro á las o las ; y quan-do estas se acercaban huía ácia no-sotros , delante de sus grandes vo-l i t a s ( 4 4 ) 6 roléos espumosos y bra-mantes , que le perseguían gran tre-cho tierra adentro. Pero Virginia toda inmutada al ver aquel lo , daba agudísi-mos chillidos, y decia que semejantes juegos le causaban mucho sobresalto.

Y YIBBLSLA. 7 9

A nuestras comidas se sucédian los cánticos y danzas de los dos jó-venes. Virginia cantaba la felicidad de la vida campestre , y las desgra-cias de los mar ineros , á quienes in-cita la codicia á navegar sobre el fu-rioso elemento , en lugar de dedicar-se a l cultivo de la tierra que da apa-ciblemente tantos bienes. A veces e j e -cutaba con Pablo alguna pantomima al modo de los negros. L a pantomi-ma es el primer lenguage del hom-bre , conocida de todos los pueblos , y tan natural y expres iva , que los hijos de los blancos suelen aprehenderla , á poco que la vean practicar á los da los negros. Virginia , trayendo á la memoria las historias leídas por su ma-dre que mas impresión le habian he -cho , representaba con mucha natu-ralidad los principales sucesos de ellas. Unas veces al son del tambor de D o -mingo , se presentaba en la era de su casa con un cántaro vacío en la cabeza , y se acercaba con timidez í la fuente inmediata , en ademan de

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i r á coger agua. Domingo y M a r / a n a -ciendo el papel de los pastores de Ma-dian , se oponian á su paso , y asién-dola del brazo , aparentaban que la echaban de allí. Llegaba en esto Pa-blo de repente á su defensa , con-tenia á los pastores , llenaba el cán-t a rode V i r g i n i a , y poniéndoselo en la cabeza , ceñía su frente con una co-rona de pervitica á yerva doncella, que daba nuevo realce á la blancura de su rostro. Entonces prestándome yo á sus j u e g o s , me encargaba de hacer el personage de Raquel , y concedía á Pablo mi hija Séphora en matrimonio.

E n otras ocasiones representaba i la infeliz R u t h , quando volvió viu-da y pobre á su pa í s , donde después de una larga ausencia se vid trata-da como forastera. Domingo y Ma-ría representaban los segadores: Vir-ginia figuraba que iba recogiendo de-trás de ellos las espigas dexadas aquí y a l l í ; y Pablo imitando la grave-dad de un Pa t r i a r ca , le hacía varias

y fisemiA. 81 preguntas , á que ella respondía como temblando de miedo. Movido al fin de compasion concedía asilo á la ino-cencia , y hospitalidad al infortunio: llenaba el delantal de Virginia d i toda suerte de provisiones, y la con-ducía á nuestra presencia, como an -te los ancianos del pueblo , declaran-do que la elejía por esposa á pesar de su indigencia.

Madama de la T o u r , represen-tándosele vivamente con esta escena el abandóno de sus mismos padres, su viudez , y el buen recibimiento que habia tenido de M a r g a r i t a , acom-pañado á la sazón de la esperanza de un dichoso himenéo en t re sus hijos, no podía dexar de l l o ra r ; y este con-fuso recuerdo de males y de bienes, nos hacía derramar á todos lágrimas mezcladas de gozo y de sentimiento.

Se representaban estos dramas con tanta propiedad , que y o m e creía transportado á los campos de la Syria ó de la Palestina. N i falta-ba la decoración , iluminación y or -

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8 s PABLO

qües t ra conveniente á semejan te es-pec tácu lo ; pues el l uga r de la esce-na e r a , po r lo común , en el centro de un bosquec i to , cuyas en t radas for-maban al rededor de noso t ro s , mu-chas galer ías de frondosidad y de fo-l l a g e , donde pasábamos la mayor par-te del dia resguardados de l calor. M a s q u a n d o el sol se ap rox imaba al o r izonte , sus rayos re f rac tados en los t roncos de los árboles , se hacian d ivergen tes ( 4 5 ) en t re las sombras de l a floresta , en la rgos manoji tos lumi-nosos que p roduc í an el e fec to mas apacible y mages tuoso . A lgunas ve-ces presentándose su disco en te ro al ex t remo de una c a l l e , la hacía pa-rece r toda ella como de fuego. Las hojas de los árboles i luminadas por la pa r t e infer ior con sus rayos aza-f r a n a d o s , br i l laban á manera del topa-cio y la esmeralda ; y sus pardos y mo-hosos troncos parec ían como convert i -dos en colunas de un bronce antiguo. Las aveci tas re t i radas e n s i l e n c i o , de-baxo de l a f rondosa hoja , pa ra p a -

Y VIRGINIA. 8 3

sar all í la n o c h e , sorprehendidas de Aolver á ver una segunda a u r o r a , sa -ludaban todas auna al as t ro de l dia con mil y mil can ta res di ferentes .

L a noche nos sorprehcndía m u y á menudo en estas fiestas campestres; p e r o la pu reza del ay re y lo t em-p l a d o del clima nos permit ía dormir en medio del c a m p o , debaxo de un á r b o l , sin el menor recelo de ladrones , n i a l l í , ni en nuestras casas , á donde vo lv iendo cada uno el dia s iguien-te , l a ha l laba como la había dexado. T a l e ra en aque l t iempo la buena f é que reynaba en esta isla sin comer-cio , que las puer tas de la mayor p a r -te de las casas no se ce r raban con l l a v e , y una cer radura era un o b -j e to de curiosidad pa ra muchos cr io-l los.

P e r o en el discurso del alio ha-bia dias pa ra P a b l o y Virginia del m a y o r r e g o c i j o , que e ran los del cumple-af ios de sus madres. V i r g i -n ia no dexaba de a m a s a r , y cocer la víspera tortas de flor de harina pa ra

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84 PABLO

las pobres familias de aquellos blan-cos nacidos en la isla , que no habien-do probado jamás pan e u r o p i o , des-tituidos de todo auxilio por parte de los negros , y reducidos á alimentar-se de la yuca ( 4 6 ) en medio de las s e l v a s , no tenían para sobrellevar la miseria , ni la estupidez compañera de la esclavitud , ni el valor que ins-pira la educación. Estas tortas eran el único regalo que la situación de su familia le permítia hacer á Vir-ginia ; pero las repartía con tal agra-do , que les añadia un precio y con-dimiento extraordinario. Pablo era el que se encargaba de llevárselas á sus mismas habitaciones ; y las pobres familias reconocidas • prometían , al tiempo de recibi r las , ir á pasar todu el dia siguiente en casa de Madama de la Tour y Margari ta. Allí era ver llegar una madre con dos ó tres hijos amarillentos , descarnados , y tan tímidos que apenas osaban levan-tar los ojos. Pe ro Virginia al punto lus colocaba cómodamente . y les ser-

via ciertos refrescos , cuya bondad realzaba ella por alguna circunstancia particular , que en su concep to , ac re -centaba su valor , d ic iéndoles: " Esta licor lo ha hecho Margari ta : este otro mi madre : mi hermano ha co-gido por su misma mano esta f r u t a en la cima de un árbol. " Y otras cosas á este modo.

Despues incitaba á Pab lo á que les hiciera baylar , y no se apa r t aba de su lado mientras no los veía s a -tisfechos y contentos. Todo su empé-ño era que estuvieran alegres con la alegría de su familia , y decia : " ' N o es posible hacer la felicidad propia., sin ocuparse en la de los d e m á s . " Y a s í , quando se habían de volver á sus habi tac iones , les ofrecía aquel mueble ó muebles á que los habia visto inclinados desde el principio, cubriendo la necesidad de que agra-decieran sus dád ivas , con el p r e t e x -t o de su singularidad ó ext ra ñeza. Si los veía muy andrajosos, es cogia algunas de sus ropas viejas . y man-

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8 6 PAULO

daba á Pablo las fuese á ponerse» crctamente á la puerta de sus casas* con el permiso de su madre. De es-te modo hacía el bien , á esemplo de la divinidad , mostrando el benefi-c io , yocultando la mano bienhechora.

Vosotros los europeos , cuya al-ma se llena desde la infancia de tan-tas preocupaciones contrarias á la fe-licidad , no podéis concebir que la naturaleza sea capaz de proporcionar tamas luces y placeres. Vuestro es-píritu ceñido á una extrecha esfera de conocimientos, toca bien pronto a l término de sus gustos artificiales; pe ro la naturaleza y el corazon son inagotables. Pablo y Virginia no te-nían reloxes, ni a lmanaques , ni libros de cronología , de historia ni de fi-losofi!. Los _ periodos de su vida se arreglaban por los de la naturaleza: conocían las horas del dia por la sombra de los árboles : las estaciones por el tiempo en que dan sus llo-res 6 frutos ; y los años por el nú-mero de sus cosechas. Es tas dulces

y VIRGINIA. 8 7

imágenes hacían muy delicioso su mo-do de expresarse: "" Ya es hora de c o m e r , decía Virginia á los suyos , pues á los banános les da la sombra á los píes : se acerca la noche por-que los tamarindos cierran sus hojas. ¡ Quando vendrás á v e r n o s , le pre-guntaban algunas amigas de las in-mediaciones ? Para las cañas del a z ú -car , respondía Virginia. T u v i s t a , contextaban las muchachas , será para nosotras tanto mas gustosa y ap re -c iable . , ,

Quando le preguntaban su edad y la de Pab lo , respondía : " Mi hermano tiene los mismos años que el cocotéro a l t o , y y o que el mas báxo : los mangles han dado do-ce veces su fruto , y los naranjos veinte y quatro veces 13 flor des-de que- estoy en este mundo. r ' D e s u e r t e , q u e ' s u vida parecía que es-taba identificada con la de los árbo-les , como la de las Driadas y F a u -nos ( 4 7 ) . N o conocian mas épocas his tór icas , que las de las vidas de

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8 8 P a b l o sus m a d r e s , otra cronología que ta de sus verge les , ni mas filosofía que el hacer bien i t o d o s , y resignarse i la voluntad de Dios.

P e r o , de buena fé ¿ qué nece-sidad tenían estos itiíios de ser sabios y ricos al modo que nosotros lo so-mos ? Sus mismas necesidades é ig-norancia aumentaban en cierto mo-do su felicidad , y no habia dia pa-ra ellos en que no se prestasen uno á ot ro oficios de la mas tierna amis-tad . El los crecian en edad y expe-riencia , siguiendo fielmente las leyes de la naturaleza y de la religión , sin que ningún cuidado arrugára su fren-te , ninguna intemperancia corrom-piera su sangre , ninguna pasión fu-nesta depravara su corazon. El can-dor , la inocencia , la piedad y el a m o r , desplegaban de dia en día la belleza de sus almas en gracias ine-fables , expresadas en todas sus ac-ciones , actitudes y movimientos.

E n medio de esta felicidad que gozaban los dos jóvenes , empizé

Y VTRCIHIA. 89

Virginia á experimentar sucesivamen-te una especie de melancolía. L a edad de las pasiones produce en el hom-bre una metamorfosis ó transforma-ción extraña , que causa tantos bie-nes ó tantos m a l e s ; según el impulso y direceion de las circunstancias. Vi r -ginia era victima de sí misma , sin co-nocerlo ; y en aquel estado ni sabía ¡1 qué atribuir la inquietud interior que experimentaba , ni sentía aquella alegría , que desde la niñez la habia acompañado. Sus ojos se marchitaron insensiblemente , la palidéz fué cu-briendo su r o s t r o , y una languidez y desmadejamiento universal aca-baron de apoderarse de todo su cuerpo.

Bien penetraba la madre la csusa del mal de su h i j a , pero como pruden-te y experimentada , le decia : Di-ríiete á Dios , hija mia , que es quien dispone i su arbitrio , de la salud y de la vida de los mortales , y quie-re experimentar hoy tn constancia p a r a premiarte mañana : acuérdate,-

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de que no hemos venido á este mun-do , sino para e je rc i ta r la v i r t ud . "

E n este intermedio los excesivo« calores que de tiempo en tiempo de-suelan las tierras situadas entre los trópicos , vinieron á exercer aquí sus estragos. Quando el sol toca al sig-no de Capricornio á fines de diciem-bre , sus ardientes rayos cayendo verticalmente sobre la isla de Fran-cia , la abrasan por espacio de tres semanas consecutivas , causando en toda ella un calor extraordinario. Los vapores del océano elevados por la intensión de los rayos so la res , cu-brieron un dia toda la isla como un vasto p a r a - s o l , de resultas de haber calmado el viento sudeste , que es el que reynando aquí casi la mayor par-te del a ñ o , disipa las tempestad«. Las cimas de los montes cubiertas de estos negros vapores despedían de sí globos de fuego ; y los bosques, el llano y los valles resonaban con los horribles truenos de las nubes agi-tadas. Bien p ron to comenzaron i caer

y VIRCINTA. 9 >

torrentes de agua , como si de par en par se hubiesen abierto las catara-tas del cielo. Los arroyos espumo-sos baxaban precipitados por las que-bradas de este monte , formando un mar de todo el valle , una isleta de esta esplanada donde están las caba-nas , y de este valle una esclusa por donde salían mezclados indistintamen-te con las tumultuosas aguas , los ar-boles , las tierras y los peñascos.

Toda la familia intimidada se en -comendaba á Dios en la cabana de Madama de la Tou r , cuyo techo crugía horriblemente con la violen-cia de los a y r e s ; siendo tan fuertes y repetidos los rela'mpagos que en -t raban por las rendijas , que sin em-bargo de que todas las puertas y ven -tanas estaban bien c e r r a d a s , se dis-tinguía con el resplandor quanto ha-bía dentro de ella. Pablo intrépido como él mismo andaba con Domin-go de cabafia en cabana , á pesar del furor de la tempestad , apuntalando aquí una v i g a , y fixaudo allí una

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estaca ; y si alguna vez entraba en la de Madama de la T o u r , solo era con el fin de consolar á la familia con la esperanza próxima de la se-renidad deseada. E n efecto , á la tar-decita cesó la l l u v i a , y tomó su cur-so ordinario el ligero viento del sud-este ; los nubarrones tempestuoso» corrieron acia el nordeste , y apareció en el orizonte el sol poniente.

E l primer deséo de" Virginia fué ir á ver el lugar de su RECREO. Pablo se acercó á ella con cierto ayre de ti-midez , y le presentó el brazo para ayudarla á caminar. E l ayre ya era fresco y sonóro , y en las cimas del monte surcado en varias partes de la espuma de los to r ren tes , que sensi-blemente iban menguando , se ele-vaban blancos vapore s , anuncios de la serenidad. Todo el jardin estaba trastornado , desarraygados la mayor parte de los á rbo l e s , y los prados cubiertos de arena . Solamente los dos cocotéros se conservaban verdes é intactos , sin que hubiesen quedada en

sus alrededores , ni céspedes, ni em-parrados , ni pá j a ros , á excepción da algunos bengalíes que en las extremi-dades de las vecinas peñas lloraban la pérdida de sus hijítos con acento la-mentable.

A vista de tanta desolación , d i -xo Virginia á Pablo : "" Ya ves co-mo el uracan ha quitado la vida á los pajaritos que tú traxiste á este sitio , y como ha destruido el jardin hecho por tu mano. E n esta vida no hay cosa que no sea perecedera , y soio son inmutables las del cielo. *

""Que no tuviera yo para podérte-la ofrecer , le eontextó Pablo , alguna cosa del cielo ! pero es tanta mi po-breza , que ni siquiera poséo la me-nor prenda de valor sobre la tier-ra. ' ' ' " Bien lo sé , replicó ella , me-dio sonrosada , pero tú tienes la efi-gie de San P a b l o . " N o bien oyó aquello Pablo , quando echó á correr en busca del retrato que tenia en casa de su madre.

E l retrato era una especie de mi-

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9 4 PABLO

n i a t u r a , que representaba á San Pa-blo primer hermitaño , á quien Mar-gari ta profesaba parncular devocion; y despues de haberlo llevado mucho» afios al cuello . siendo soltera , se le puso al h i j o , luego que fuá madre. Sucedió también que estando ella en cinta de P a b l o , y viéndose desampara-da de todos , ( á fuerza de contem-plar en la imagen del Santo Anaco-reta ) se le parecía en alguna ma-nera su hijo P a b l o ; cuya circuns-tancia la había decidido á ponerle ta nombre , y darle por patrón un San-t o q u e pasó su vida apartado del mundo y lejos de los hombres , los q u a l e s , despues de haberle seducido, pérfidamente le abandonaron. Virgi-nia al recibir aquella efigie de mano de P a b l o , le prometió no quitársela del cuello , mientras viviera , ni ol-vidar que Pablo le había dado la úni-ca prenda que poseía sobre la tierra.

E n este intermedio instaba Mar-garita á Madama de la Tou r á que t ratáran de casar á sus h i j o s , en aten-

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«ion á la pasión con que se miraban, y á la edad que ya tenían propor-cionada para el efecto , evitando de esta manera los riesgos comunes i que estaban expuestos. Pero Mada-ma de la T o u r , le respondió : w T o -davía son demasiado jóvenes y po-bres para eso. i Qué sentimiento no tendríamos en ver á Virginia carga-da de hijos , que tal vez no podría criar por falta de fuerzas ! Vuestro negro Domingo ya está bastante cas-cado , y María enferma : por otra parte , amiga mia , y o me siento muy débil y deteriorada , a l cabo de quin-ce años que vivo en un clima ardien-te , como éste , donde se envejece mas pronto que en los fríos , y mu-cho mas con los quebrantes y pesa-res. Pablo es nuestra única esperan-za , y debemos aguardar por lo mis-mo á que medre y adquiera el v i -gor necesario para que sea capaz de sostener nuestra vejez. E n el dia bien sabéis que solo tenemos lo necesa-rio para vivir ; dentro de poco dis-

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9 6 PABIA

pondremos que Pablo pase á las In . dias por c ieno tiempo , donde ad-quiera con el comercio la suficiente cantidad de dinero para comprar un esclavo ; y á la vuelta le casaremos con Virginia , pues considero que es el único hombre que puede hacer fe-liz á mi amada hija. M a s esto lo con-sultaremos despues con nuestro ve-cino.'"

E n efecto , habiéndolo hecho ellas a s í , fui de su mismo dictamen . y les dixe que los mares de la India eran muy bonancibles, particularmente sa-biendo elegir la estación proporcio-nada para el embarco , en cuya nave-gación se tardaba seis semanas , quan-do m a s , á la ida , y casi lo mism» á la vuelta : que yo buscaría per-sona que habilitáse á Pablo , pues era estimado de quantos le conocian; y que aun quando no le diésemos mas que algodon en rama , del qual 110 se hace en esta isla ningún uso por falta de máquinas para limpiar-lo ; palo de é b a n o , tan común aquí

r VIRGINIA. 9 7

que se usa para la lumbre , y a lgu-nas resinas , que se pierden en nues-tros bosques ; todo esto lo vendería en las Indias á un precio mas que mo-derado. Me encargué' al mismo tiem-po de pedir á Mr . de la Bourdonais el pasaporte para el v ia je , y antes de todo quise t ra tar con Pablo este pen-samiento.

Pero me quedé absorto de admi-ración quando este jóven me dixo, con una madurez muy superior a sus años : " ¿ Por qué queréis que yo de-xe á mi f a m i l i a , por no sé qué pro-yecto de fo r tuna? ¿ H a y por ven-tura en el mundo un comercio mas lucrativo que el cultivo de la tierra que da cincuenta , y aun ciento por uno? Si queremos comerciar ¿ no po-dremos hacerlo llevando á vender á Puer to-Luis lo que nos sobre , sin necesidad de que yo vaya á correr las Indias? Nuestras madres dicen que Domingo está viejo y cascado; pero y o soy muchacho , y cada dia me siento ;nas robusto. Y ¿ s i , duran-

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t e mi ausencia, les sucediese alguna desgracia , particularmente á Virginia, que de algún tiempo á esta parte anda tan triste y desazonada? Ah 1 eso n o , eso no : no lo penseis ; es im-posible que me resuelva i ausentar-me de su vista."

E s t a respuesta de Pablo me pn«0 en la mayor p e r p l e j i d a d , porque Ma-dama de la Tour no me habia ocul-tado la situación de Vi rg in ia , y sus deseos de ganar algunos años mas so-bre los que ellos tenian , separando al uno del otro ; cuyos motivos no me atrevía yo á descubrir á Pablo, ni era conveniente que aun los llega-ra i sospechar.

E11 estas circunstancias , recibió Madama de la To« r una carta de su t i a , por una embarcación que acababa de l legar de Francia . E l temor de la muerte , sin el qual serian siempre insensibles los corazones d u r o s , se ha-bia apoderado del de aquella vieja, Ue resultas de haber salido de una grave enfermedad , la q u a l , degeos?

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rando en estenuacion , sa hacía i n -curable por lo abanzado de su edsd. El objeto de su car ta se reducía en sustancia á decir á su sobrina : " que se volviese á F r a n c i a , 6 que en el caso de no permitirle su salud e m -prender un viage tan d i l a t ado , le enviara á Vi rg in ia , á quien pensa-ba dar una buena educación y das-tino decente en la c o r t e , con la po-sesión de todos sus bienes; y aun ana-dia , que en el cumplimiento de aque-llas sus órdenes , consistía la continua-ción de sus favores.1®

N o bien habia acabado de leer Madama de la T o u r la referida carta i la familia , qilando todos se que-daron suspensos y en la mayor cons-(ernacion. Domingo y María comen-zaron á llorar : Pablo , ínmóbil sin saber lo qus pasaba , parecía co-fno dispuesto á enfurecerse : Virginia con los ojos fixos en su madre no se atrevia á proferir una palabra. E n este estado dixo Margarita á Mada-ma de la T o u r , ""Será posible que

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l o o PAM.A

nos dexeis al cabo de tanto« años ! " N o , amiga m i a , n o , hijos mios,

exclamó M a d a m a de la T o u r , no os a l u n d o n a r é jamás ! Yo he v iv ido con v o s o t r o s , y con vosotros quiero mo-r i r ; porque no he conocidq la dicha, sino en vuestra compañía . Si mi sa-lud está de ter iorada , t ienen la culpa de el lo los ant iguos disgustos. La c rue ldad de mis parientes y la pérdi-d a de mi amado esposo , me penetra-ron has ta lo mas int imo del alma ; pero despues acá he experimentado mas satisfacción y consuelo con voso-tros debaxo de estas humildes cho-zas , que quantos bienes y felicida-des pudieran , ni pueden prometer-m e en mí pa t r ia las r iquezas de mi famil ia . ' "

Acabando de dec i r estas palabras empezaron todos á ve r t e r lágrimas de gozo. Pab lo arrojándose en los brazos de M a d a m a de la T o u r , le decía. : " N o me separa ré jamás de vos , ni iré á las Indias : todos tra-bajaremos aqu í pa ra v o s , amada s>a-

r VinerniA. 101

m á , y nada os fal tará en nuestra compañía. ' '1 P e r o la que manifes tó menos alegria que los demás , sin e m -bargo de q u e era la que la habia sen -tido mas viva , fué V i r g i n i a , la q u a l se conservó lo restante del día con la misma serenidad , colmándose con esto la satisfacción de todos.

A la m a ñ a n a siguiente , a l salir el s o l , acabando d a encomendarse á Dios en c o m u n i d a d , an tes de ponei» se á a l m o r z a r , según lo tenian de cos-tumbre , les avisó Domingo qu& u n señor de á caballo , seguido de dos e sc l avos , se acercaba á la posesion. E n e f e c t o , el tal caba l le ro era M r . de la Bnurdona i s , el qua l habiéndo-se en t r ado de improviso en la c a b a n a , encontró á toda la familia a lmorzan -do al rededor de una mesa , donde Virginia1 acababa de servi r ca fé , a r -roz cocido en a g u a , ba ta t a s asadas y Intnánas frescas. La única vaxil la de que se servian , e r a n cascos d e c a l a b a z a , y por mantel hojas de b a -nano.

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IOS P/TBW

Mani fes tó el gobernador por el p ronto su sorpresa viendo la pobre-za de aquel la f a m i l i a , y dirigiéndo-se despues á M a d a m a de la T o u r , le insinuó que los negocios generales de su empléo le hab i an es torvado algu-nas veces de pensar en los part icula-r e s ; pero que ella era acreedora í toda su atención. l,(* Vos t e n e i s - Ma-dama , añad ió , una t i a m u y rica y distinguida en P a r í s , que os dexa po r he redera de todos sus b i e n e s , y os espera quan to antes á su l a d o . "

Contextóle M a d a m a de la Tour , que su salud achacosa no le permitía emprehende r un v iage tan expuesto como largo.

r ' ' P e r o á lo m e n o s , repl icó el go-b e r n a d o r , no podréis p r ivar , sin in-justicia , de una herencia tan crecida, á una hija tan joven y amable , como os ha concedido el cielo. Y o no de-b o ocul taros que vues t ra t ia se ha val ido de la au tor idad pa ra llevarse-l a , y que i este fin me escribe , use de todas mis facul tades en caso ne-

V VUTEIMA. «03

Cesario. M a s como yo no las exerffl» sino para hace r felices á los hab i t an -tes de esta isla , espero de vues t ra voluntad solo un sacrif icio de a l g u -nos a ñ o » , del qual dependen el es -tablecimiento de vuestra h i j a , y vues-t ro bien es tar para toda la v ida . ¿ A que' se viene á las i s las? ¡¡no es p a r a enriqneserse en el las? P u s j n o se-rá mejor y mucho mas gustoso el i r í encontrar las en Su p a t r i a ? " D i -ciendo estas palabras y mandando á uno de sus «ogros dexar sobre la m e -sa un gran talego de pesos que l l e -vaba , añad ió : " A q u í teneis ese d i -nero que vuestra tia ha des t inado p a -ra los preparat ivos del v iage de l a ch ica . "

Despues comenzó á reconvenir con cortesanía y a tención á M a d a m a de la T o u r , porque 110 habia recur-rido á él en sus necesidades , a u n q u e elogiando al mismo t iempo su vaio» noble y coastante.

Tomó á esto P a b l o l a pa labra , y dixo á M r . de la Bonfdonais : n ' Se-

1 4

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1 0 4 PABLO

•fior gobernador . mi ni:ni;a ha recur-rido á vos , y la habéis recibido malí"

" ' ¿ Teneis otro hijo? preguntó prontamente el gobernador á Mada-ma de la Tour.

N o , señor , contestó e l l a ; este es el hijo de mi amiga Margari ta , y á ól y á Virginia los amamos igual-mente , y son para nosotros hijos co-munes.

« N i ñ o . dixo el gobernador , en-carándose á Pablo , qtiando llegues á tener experiencia del m u n d o , co-nocerás la desgracia de los que man-dan , y la facilidad con que son en-g a ñ a d o s , dando al vicio intrigante é imprudente , lo que solo pertenece al méri to que se oculta. *

Convidó entonces Madama de la Tou r á Mr . de la Bourdonais á al-m o r z a r , cuyo convite aceptó el go-bernador sentándose á su lado , y ro-snando cafd mezclado con arroz co-cido en a g u a , á b manera de ios crio-llos, E l qual quedó tan encantado del órden y as ío de la eebaña , de la

Y VlRGimA. 10S

«nion edificante de las dos familias, y hasta del celo de sus ancianos cr ia-d o s , que dixo : ""Aquí no hay si- . no muebles de madera , pero se ven rostros serenos, y corazones de o r o . "

Pablo prendado de la popularidad y llaneza del gobernador , le dixo, que deseaba ser su amigo , porque era hombre de b i e n ; y M r . de la Bour -donais recibiendo con gusto aquella señal de sinceridad i s ieña , le diri un abrazo , y apretándole la m a n o , le aseguró que podía contar con su amis-tad.

Acabado el almuerzo , l lamó á parte á Madama de la T o u r . y T e dixo que habia ocasión en el dia de enviar á su hija á Francia , en un navio que estaba pronto á hacerse á la ve-la : que la recomendaría á una pa -rienla s u y a , que iba de pasagera en el mismo b u q u e : y que no era cosa de abandonar una herencia inmensa por una satisfacción de algunos años. " ' V u e s t r a tia , añadió a l . tiempo de par t i r , no podrá vivir mas de dos

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IOÍ PABI.9

afir» , según me escriban sus amigos; miradlo b i e n . y consultadlo allá para con vos , pues no todos los dias se muestra risueña la fortuna. N o ha-brá persona de juicio que no piense como yo. '"

Madama de la Tou r le respondió, ""que no deseando en este mundo mas felicidad que la de su h i j a , de-j a r í a absolutamente al arbitrio del se-ñor gobernador su partida para Fran-c ia ."

Como á Madama de la Tour no la disgustaba encontrar ocasión de se-parar por algún tiempo á Pablo y Virginia , para proporcionarles en lo sucesivo su felicidad m u t u a . llamó á parte á su hija de allí á pocos dias, y l e habló en estos té rminos :

" H i j a mia , ya ves que nuestros criados son ancianos , que Pablo es muy joven , que su madre va siendo v i e j a , y que y o estoy muy achaco-sa de males : ¿ qué sería de tí entre estas b r e ñ a s . si yo llegáse a morir? jpodr í a s resistir s o l a , y sin ninguna

r VIRGINIA.

otra persona que te ayudase , vién-dote precisada á trabajar cont inua-mente la t ierra , como una muger mer-cenaria , para ganar el sustento dia-rio ? Ah ! esta reflexión , Virginia mia , me traspasa las entrañas de do-l o r ! " , f

Al oír esto Virginia , le replicó: " Dios nos lia condenado á todos al t r aba jo , y v o s , madre m í a , me ha -béis enseñado á t r aba j a r , y á ben-decirle cada día. Hasta a q u í no nos ha abandonado , ni nos abandonará en adelante , pues su providencia vela particularmente sobre los infe-lices , según millares de veces me lo habéis insinuado. N o es posible que yo me determine á dexaros!

Madama de la Tour conmovida crti semejantes razones, le contextó sin de tenerse : " N o creas , hija mia, sea otro mi intento (jue hacerte fe-liz , y casarte algún día con Pablo , que no es hermano t u y o : considera ahora que tienes en tu mano su feli-cidad y la t u y a . "

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1 0 8 P a b l o Con semejante confianza de una

m a d r e amorosa y compasiva , no tu-vo d i f i cu l t ad Virginia en abrirla de par en par su corazón , declarándo-le sin d i s f raz ni r e b o z o , la inclina-ción , hasta entonces secreta de su al-ma ; y v iendo que su madre la apro-baba , y dirijia á un fin honesto con sus consejos . le ofreció nuevamente no apar ta r se j amás de su lado , y vi-v i r en su compañía sin agitación en q u a n t o á lo p r e s e n t e , ni temor res-pec to de lo f u t u r o .

V iendo M a d a m a de la T o u r que su conf ianza había producido un efec-to con t ra r io al que e l la se esperaba, aseguróle que no quer ía violentar su incl inación , sino que del iberara ma-d u r a m e n t e y á su s a l v o ; pero le en-c a r g ó que ocul tase siempre su amor

P a b l o , p o r q u e , como ella decía, " • q u a n d o el corazon de una doncella está cau t ivado , ya no le queda al a m a n t e o t ro sacrificio que exigir de e l la . ' ' '

A este t iempo se dexó en t r a r por

i- VincixiA. 109 la puer ta el confesor de M a d a m a de la T o u r , enviado po r el gobernador pa ra acabar de pe r suad i r l a y hace r -le fuerza con sus razones , las qua-l e j se r e d u j e r o n á que era forzo-so someterse á las órdenes de la p ro -videncia que ten ia dispuesta h a c e r f e -l iz á Virginia por aquel c a m i n o ; y que supuesto q u e M a d a m a de la T o u r no podia emprender el vinge po r el mal estado de su salud , debia h a -cerlo sin mas dilación su hi ja Vi rg i -nia , á fin de complacer á su t i a , y me jo ra r al mismo t iempo su propia sue r t e .

Hab iendo oído semejantes razones la obediente V i r g i n i a , baxó los ojos, y con voz desmayada y t rémula res-pondió al confesor : * Si así lo dis-pone el cielo , á nada rae opongo: hágase la voluntad del S e ñ o r , a ñ a -dió , exalando un profundísimo sus-piro . ' 1

E n aquel estado , me envió á de-cir M a d a m a de la T o u r con Domin -go , le hjeiese el favor de pasar á su

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i i o PABLO

c a b a n a , pues tenia que consultarme «cerca del viage de Virginia. En efec-to , habiendo tratado los dos el asun-t o , fui de opinioa que no empren-diera semejante viaje. Porque , ha-béis de saber que yo tengo por un principio cierto de la felicidad huma-na , que son preferibles los bienes de naturaleza á los de fortuna , y que no debemos ir á buscar lejos de no-sotros lo que tenemos dentro de no-sotros mismos ; y esta máxima la ex-tiendo yo á todas las cosas de este m u n d o , sin excepción ni diferencia.

Pero ¿ qué eficacia podían tener mis consejos contra las fundadas es-peranzas de una fortuna tan brillante y halagüeña ? Consiguientemente Mí-danla de la Tour solo me consulté por puro cumplimiento, y ya no fué mas dueña de deliberar por s í , des-de el instante que oyó el dictamen de los dos personages que acabo de nombraros.

La misma M a r g a r i t a , q u i e n , á p?-*ar de las £-J¡cídades que esperaba

F V I R G I N I A . I I I

para su hijo de la fortuna de Vir -ginia , se habia opuesto mny seria-mente á su partida , dexó de insistir sobre ello. P a b l o , ignorando el par-tido que Sus madres t o m a r í a n , estaha admirado de las conversaciones secre-tas de Madama de la T o u r con su hi-ja , y entregado á los impulsos de la t r i s t eza , decia : Algo sa t rama con-tra m í , quando tanto se recatan de que yo las o y g a . "

Al punto q u ; sa extendió la voz por toda la isla de que la fortuna ha-bía visitado estas b r e í a s , t reparon á ellas mercaderes do todos géneros, que desplegaron delante de estas misera-bles chozas las estofas mas preciosas de la India ; magníficas cotonías de G o u d e l o u r , pañuelos de Pal ía ta te y M a z u ü p a t á n , muselinas de D a c a , bor -dadas , l i s a s , rayadas y trasparente» como la luz , camisas de Sura ta muy blancas , indianas de todos colores y las mas raras , de fondo obscuro con ramos verdes , magníficas telas de se-da de China ; en s u m a , todas las pro-

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¡12 PABLO

ducciones mas exquisitas del a r t e , que el luxo y la industria han inventado en las quatro partes del mundo.

Quiso Madama de la í ' ou r que Virginia comprase á su arbitrio lo que mas le agradara , y solo se encar-gó ella de que no la engañasen en el precio ni en la calidad del géne-ro. E n efecto Virginia comenzó i elegir todo aquello que le parecía era del gusto de su madre , de Mar-gari ta y de su hijo , destinándolo tpdo para e l l o s , y nada para s í , y diciendo siempre , ""esto es muy bueno para muebles , aquello para el uso de María y de Domingo." Po r manera que ya se habia emplea-do todo el talego de pesos , y na-da habia comprado de lo que nece-sitaba para s í , habiendo sido pre-ciso sacar la parte que á ella le to-caba de los regalos distribuidos en-t r e los de casa.

Pablo penetrado de dolor al ver aquellos dones de la fortuna que le presagiaban la part ida de Virginia,

R VIRGINIA. 113

se presentó de allí á pocos días en mi casa , y me dixo con tono desma-yado y lastimero: , T M i hermana , s in duda va á p a r t i r , pues la veo hacer los preparativos para el viage. R u e -goos paséis á nuestra posesion, y em-pleéis todo el ascendiente que teneis sobre el ánimo de su madre y de la mia , para que no se vaya. * Movido yo de las instancias del pobre mucha-cho , me prestó al punto á sus deseos, aunque bien persuadido de que to-das mis representaciones serian com-pletamente inútiles y desaprobadas.

Os confieso que si Virginia me habia encantado hasta entonces , con el vestido de cotón azul de Benga-la y el pañuelo encarnado al rede-dor de la cabeza , me pareció mu-cho mas hechicera quando la vi en-galanada al modo de las demás de e s . te país. Llevaba un vestido de museli-na blanca, forrado de tafetán color de rosa , y sus rubios cabellos trenzados? en dos órdenes á la espalda, haciau la mas perfeta armonía con su v ] j .

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ginal cabeza. Sus hermosos ojos azo-les rebosaban melancolía , y su co-razon agi tado de una pasión reprimi-da , comunicaba á su rostro un co-lor an imado , y á su voz dulces y penetrantes sonidos. Hasta el contras-te de su vistosa gala , que ella lle-vaba contra todo su gusto , hacía tan interesante su languidez y desmade-jamien to , que nadie podia verla ni oírla sin que se sintiera enternecido y encantado.

Acrecentóse con esto la tristeza de P a b l o ; y afligida cada vez mas Margar i ta de ver la situación de su h i j o , determinó , por último reme-dio , descubrirle el secreto que has-ta entonces le habla ocultado. Llamó-le , pues , á parte un día , y le diio:

" j A qué fin, hijo m i ó , alimen-ta r te por mas tiempo de Tanas es-peranzas , que no habiendo de rea-lizarse nunca , te serán despues tanto mas amargas? Ya ha llegado el tiem-po de que t ; revele el arcáno de tu vida y de la mia. Virginia e6 parien-

rVinniNiA. n j

t a , por parte de m a d r e , de una se-ñora rica y de alto l inage ; y tú no eres mas que el hijo de una pobre aldeana , á quien el amor hizo co-meter una flaqueza, de que tú has sido triste f r u t o , privándote mi cul-p a , ¡ fa ta l memorial de tu familia p a t e r n a , y mi arrepentimiento de la materna. Ay infeliz I por mi desven-tura y la tuya , no tienes mas pa-rientes que yo en este m u n d o ! " Y al llegar aquí comenzó á derramar co-piosas lágrimas.

Pablo , abrazando estrechamente á su m a d r e , procuraba consolarla di -ciéndole que no llorase , y que pues no tenia mas parientes que ella en es-te m u n d o , por lo mismo la amaría mucho mas en adelante. n" Pero ¡ qué secre to , affadió , el que acabais de revelarme ! Ahora entiendo por qué hace dos meses que Virginia anda huyendo de m í , y en el dia está re-suelta á desarme! A h ! sin duda me desprecia la ingrata ! "

Llegó entretanto la hora de ce-K a

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N$ PABLO

n a r , y agitados todos de pasiones di-fe ren tes , comieron poco, y no habla-ron palabra durante la cena. Virgi-nia fué la primera que se levantó de la m e s a , y se encaminó á este mis-mo sitio en que estamos, donde se sentó. Siguióla Pablo prontamente y fué á sentarse junto á ella , guar-dando uno y otro un profundo silen-cio por largo rato.

E r a esto en una de aquellas de-liciosas noches, tan comunes entre los trópicos , cuya belleza no es dado retratar al pincel mas diestro y amaes-trado. La luna parecia que ocúpala el centro del firmamento, rodeada de nubes y celages que sus rayos iban disipando por grados , dexándose caer insensiblemente su luz sobre los pi-cos de los montes de la is la , que bri-llaban con un verde plateado. Los vientos retenían su aliento , y sola-mente se oían en los bosques, en el hondo de los val les , y en las pun-tas de los peñascos , las piadas y el dulce murmullar de las avecillas, que

Y VIRGINIA. I 17

regocijadas con la claridad de la no-che y la apacibilidad del ayre , se arrullaban en sus nidos ó nocturnas moradas. Todos , hasta los insectos, susurraban debaxo de la yerva. Las estrellas centelleaban en el cielo y reverberaban en el hondo del m a r , el qual reflexaba sus imágenes t re-mulantes.

Recorría Virginia con ojos dis-traídos todo, el orizonte quando avis-tó , á la entrada del P u e r t o , una luz y una sombra , que eran el fanal y el casco del navio en que había de embarcarse para Europa , y que dis-puesto á hacerse á la vela se mante-nía al ancla , hasta que cesaran las calmas. A vista de esto se le conmo-vieron las entrañas : y volvió la ca-beza á otro lado , porque no la viera llorar Pablo.

Madama de la T o u r . Margari ta y yo , • nos habíamos sentado á po-cos pasos de ellos , debaxo de los ba-dános; y con el silencio de la noche, oímos tan claramente su conversación,

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t i 8 PABLO

que desde entonces nunca la he ol-vidado.

" H e o í d o , Virginia - comenzó Pa-blo , que te vas dentro de tres dias; 5 no temes exponerte á los riesgos de la mar . . . . de la mar que tanto horror te causa ?

v> E s forzoso . respondió ella , que obedezca a mi madre . y cumpla con lo que le debo ."

, v Pero ¿ será posible que nos de-x e s . repl icó P a b l o . por una parien-ta á quien no has visto jamás?

»Ay de mí I exclamó Virginia: yo quería quedarme aquí toda mi vi-d a , pero mi madre no lo ha tenido 8 bien. Po r otra parte , me ha di-cho mi confesor , que es voluntad de Dios el que yo parta , y que la vi-da no es mas que una continua prue-ba A h ! sin duda que es una prueba muy dolorosa !

» Q u é ! repuso Pab lo ; hallas tan-tas razones para part i r , y ninguna para quedar te? Ah! otra hay que me reservas : el atractivo de las rique-

r VIRGINIA. 1 1 9

zas es lo que te mueve. N o dudo que lograrás en Francia un himenéo correspondiente á tu nacimiento, y con todas las demás circunstancias que yo 110 puedo of rece r te ; pero jadonde irás tú que seas mas feliz ? ¿ á qué tierra aportarás que te sea mas ama-da que Ja en que has nacido? ¿ dón-de encontrarás gentes mas amables que las que aquí te idolatran ? ¿ có-mo podrás vivir sin las caricias de tu m a d r e , á que estás tan acostumbra-da ? ¿ qué será de la pobre vieja, quando no te vea á su lado . ni en la m e s a , ni en casa , ni en el paséo donde iba apoyada siempre á tu bra-zo ? ¡ y qué será de la m í a , que te ama tanto como ella? 5qué les di-ré yo quando las vea llorar por tu ausencia ? Ah c r u e l ! no quiero ha-blarte de m í : pero ¿qué haré quan-do yo no te vea á la m a ñ a n a , ni á la noche en nuestra compañía ? Ay Virginia 1 permíteme á lo menos pa r -tir contigo en el mismo navio , ya que buscas una nueva suerte en un

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12O PABLO

país extrangero para l í , y otros bie-nes que los qué te produce mí tra-bajo. A lo menos te animaré en las borrascas que temes t a n t o , y te con-solaré en medio de las desgracias; y quando yo te vea en Francia servi-da y adorada de todo el mundo, te haré el último sacrificio de morir á tus plantas."

Al llegar aquí le embargaron la voz los sollozos, y de allí á poco oí-mos la de Virginia que le decia es-tas palabras , interrumpidas con sus-piros :

""Tú eres precisamente la causa de mi partida. . . . tú , á quien he visto diariamente encorvado báxo del peso del trabajo para sustentar á dos familias enfermas y necesitadas. Si yo he abrazado esta ocasion de ser rica, no es sino para pagarte mil veces los beneficios que hemos recibido de tu mano : j hay fortuna comparable á la de tu amistad ? j A que viene hablar-me de tu nacimiento? A h ! ¿si me diesen í elegir un h e r m a n o , elegiría

Y VIRGINIA. I 2 *

otro que á t i ? ¡Ay Pablo , Pablo 1 cree á tu hermana que te habla con el corazon en las manos, y te ase-gura que si pa r t e , es precisamente por obedecer á su madre , y hacerte á tí fel iz ."

T o iré contigo , Virginia , iré c o n t i g o , y no habrá quien pueda sepa-rarme de t í , exclamé entonces Pablo con gritos muy desaforados." Cor-rimos todos á él viéndole como fue-ra de s í , y Madama de la Tour le dixo : " j Qué será de nosotras, hijo m i ó , si tú nos desamparas?"

Al oír aquello Pablo, r ep i t ió , co-mo horror izado, estas palabras :"hijo mió I . . hijo mío ! . . y volviéndose repentinamente á Madama de la Tour , le dixo : ""¿Ves madre mía , siendo tan inhumana que separais al hermano de la hermana? Los dos hemos mama-do vuestra l eche , nos liemos criado en vuestro regazo , ¿y queréis ahora se-pararla de mí? ¿quereis enviarla á ese país bárbaro que os ha negado un asilo en vuestros infortunios , y en-

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l i a PABLO

t re unos parientes que con crueldad inaudita os han abandonado ? No: Virginia no saldrá de aquí sin raí. ¿Quién me podrá estorvar que yo la siga ? ¿ Acaso el gobernador ? pero no podrá impedirme el que me ar-roje al m a r , y la siga á nado. Para mí no será mas funesto el mar que la t ierra. ¡ Q u é crueldad de madre! el cielo permita que el océano á que la exponéis. . . .

Y sin acabar de proferir lo que habia comenzado , le tomó una espe-cie de arrebato : y o le cogí en mis brazos y le vi enteramente enajena-do de cólera. Sus ojos arrojaban lla-mas » y un sudor f r ió y muy copioso corria por todo su rostro inflamado; temblábanle las rodil las , y en su pe-cho abultado se l e sentía latir el co-razon con palpitaciones duplicadas.

Asustada Virginia con aquel ex-pec táculo , le dixo : O amado Pa-b l o ! yo te prometo por tus males y los mios , de no vivir sino para tí, si me q u e d o ; y si parto , de volver

y V r e a m a . I 5 3 algún dia para ser tuya. Sedme tes-tigos todos los que habéis dirijído los primeros pasos de mi infancia , que disponéis de mi vida , y veis mis lá-grimas. Así lo juro por el cíelo que me oye , por ese mar que voy a atravesar , por el ayre que resp i ro , y que nunca he manchado con la me-nor m e n t i r a . "

A la manera que el sol deshace y precipita una montaña de nieve de la cumbre del Apenino , así ni mas ni menos se disipó la furia de P a -blo , inmediatamente que oyó la voz del objeto de su amor. Su cabeza antes e r g u i d a , se inclinó sobre el p e -cho , y un torrente de lágrimas cor-ria de sus ojos. Su madre mezclan-do las suyas con las del h i jo , le abra-zaba t iernamente sin poder h a b l a r , y Madama de la T o u r , sin saber lo que le p a s a b a , me decia : " Ya no puedo sufrir mas. . . el corazon se me parte de dolor. . . este viage de mis pecados nt> se verificará ; vecino, procurad llevares á mi hijo. . . ocho

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1 2 4 PABLO

dias há que nadie duerme en esta casa."'"'

Yo entonces le dixe á Pab lo que se sosegase , pues á la mañana siguien-t e iríamos á ver al g o b e r n a d o r , y ha-r íamos que Virg in ia se quedara : que dexase reposar á l a familia , y fuese á pasar la noche á mi c a b a ñ a , pues e ran ya mas de las doce. Con lo qual se dexó l levar sin la menor repug-nanc ia , y despues de una noche muy a g i t a d a , se levantó al r aya r el día y se volvió á su cabaña .

P e r o , ¿ que 'necesidad h a y de con-t i n u a r por mas t iempo ( me dixo al Jlegar aqu í el anciano ) la relación Je este caso ? E n la vida humana solo h a y un lado agradable que conocer, pues el otro se presenta obscuro y tenebroso como la parte de la tier-ra que no está i luminada por el sol du ran te la noche. Asíque , el curso r á p i d o de nuestra vida no es mas que un dia , y una par te de este dia está envue l ta pa ra nosotros en obscurida-d e s .

y ViminiA. 12 5 Os suplico , buen amigo , le con-

texté , me continuéis la relación del caso que habéis empezado á con ta r -me de una manera tan t ierna é inte-resante. L a s imágenes de la felici-dad nos agradan , pero las de la des-gracia nos ins t ruyen. C o n t a d m e , pues, el pa radero del infelíce Pab lo .

E l pr imer objeto , cont inuó el anc i ano , que se presentó á los ojos de Pab lo al volver de mi c a s a , f u é la negra M a r í a , que estaba sobre un peñasco mirando al mar al to : al pun-to que la descubrió comenzó á gr i tar-le de lejos: " " M a r í a , M a r í a ! ¿ d ó n d e está Virginia?

La pobre Mar í a volvió la cabe-za ácia su jóven a m o , y se p u s o á llo-r a r . Inmediatamente que notó P a b l o las lágrimas de María , volvió a t rás todo d e s a f o r a d o , y se encaminó a l puer to apresuradamente , donde l e dixeron que Virginia se liabia em-barcado antes del a l b a , y no se divi-saba ya la nave Jesde la bahía . Con tan inesperada noticia se volvió á la

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IAÍ PABLO

posesion - y la atravesó toda sin ha-blar á nadie.

Aunque esta cordillera de ris-cos parece , de la parte de a l l á , que está casi perpendicular , esas explana-das verdes que dividen su altura , son como otros tantos pisos ó gradas por donde se sube . á favor de algunas sendas f ragosas , hasta el pie de aquel cono inclinado é inacesible llamado el PÓLICE. E n la basa de este co-n o ó pirámide , hay un llano cu-bier to de espesos árboles , y tan ele-v a d o , que parece como un gran bos-que suspendido en los a y r e s , y está rodeado por todas partes de precipi-cios espantosos. Las nubes que la cima del PÓLICE a t rae continuamen-te al rededor de s í , forman allí mnchos arroyos que se despeñan i tal profundidad en el hondo del va-lle , situado á espaldas de esta mon-taña , que no se percibe desde la eminencia el ruido que hacen al caer sus aguas. Desde este llano se des-cubre una gran par te de la isla co«

Y VIRGINIA. I 2 7

lus collados dominados de varios pi-cachos, entre otros PÍTERBOTII y los TRES-PECHOS con todos sos bosques y val les , y enfrente el vasto océa-no y la isla de BORDOS , distante como quarenta leguas al ocaso.

Allí fué á donde Pablo dir i j ió los primeros pasos , desde cuya emi-nencia divisó en alta mar la nao con-ductora de Vi rg in ia , como un p u n -to negro en medio del océano. Así se estuvo la mayor parte del dia sin dexar de mirarla , figurándosele que la veía , aun quando había desapare-cido , hasta que habiéndose ocultado del todo entre los vapores del orizon-te , tomó el partido de sentarse en aquel sitio agreste y so l i ta r io ,comba-tido siempre de los v ien tos , que agi-tan sin cesar las cimas de las palmeras y t acamacos , cuyo susurro sordo, pe -ro armonioso , se semeja al ruido de los órganos tocados á lo lejos, é ins-pira una profunda melancolía. Allí f u é donde yo le hallé con la cabe--za reclinada en un peñasco y lo;

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1 2 8 PABLO

ojos clavados en la tierra , después de haber andado buscándole desde la salida del sol. Al principio ine costd mucho trabajo el persuadirle que tornára á. su cabana ; pero al fin pu-

-de conseguirlo á fuerza de instancias. Llegamos á la posesion de su madre, y lo primero que hizo , al ver á Ma-dama de la T o u r , fué quejarse muy amargamente de que ella le habia en-gañado.

Madama de la Tour muy con-tristada , nos refirió entonces que ha-bie'ndose levantado un viento favora-ble entre dos á tres de la mañana, el gobernador de la is la , acompaña-do de varios oficiales y del confe-sor de quien se habló an t e s , habia ido á buscar á Virginia en litera; y que á pesar de sus lágrimas y ra-zones y de las de Marga r i t a , se ha-bían llevado á su hija mas muerta que v iva , pretextando el goberna-dor y los de su comitiva que aque-llo lo hacían por el bien de toda la familia.

A lo m e n o s , le contestó Pabla , estaria yo ahora mas t r anqu i lo , si me hubiese despedido de ella. Y o le hubiera dicho : "Virginia , si en el tiempo que hemos vivido j u n t o s , se me ha escapado alguna palabra que haya podido ofenderte , dime que me la perdonas antes de dexarme pa-ra siempre. Le hubiera dicho : Ya que estoy condenado i no volver í v e r t e , á D i o s , amada V i rg in i a ! í D i o s ! vive contenta y feliz lejos J a m i l ' 1

Y como en esto viese que su ma-dre y Madama de la Tour lloraban hilo á hilo : " Buscad ahora , le di -xo , otro que yo que enjugue vues-tras l á g r i m a s ! " Y al misma tiempT, prorrumpiendo en tristes lamentos, se ausentó de su vista , y comenzó á vagar de una parte á otra por la po-sesion , recorriendo todos los parages que hablan sido mas queridos de Vir-ginia , y diciendo á los corderos y eabritillos que le seguían ba lando : " Q u é quereis de mí? ya no veréis

L

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I J O PABLO

mas conmigo á la que os daba de comer en sus palmas !

Se encaminó despues al sitio lla-m a d o e l R E C R E O D E V L R G I N I A , y

viendo á las pajaritos que revolotea-ban al rededor de é l , les decia: " P o -bres avec i tas ! ya no volvereis á po-neros á las plantas de la que os echa-ba migas de pan y granos de trigo, para que no os faltase de comer." Y viendo á LEAL que iba delante de él meneando la cola y olfateando por todas partes , dió un suspiro y dixo : " A h ! no te canses , pobre ani-malito , que ya no volverás á encon-trarla jamás ."

Po r último , fué á sentarse en la peña donde le habia hablado la no-che precedente ; y á vista del mar, en que acababa de ver desaparecer el navio conductor de la prenda de sus e s t r añas , lloró amargamente su des-gracia.

E n este estado , temiendo noso-tros alguna funesta resulta de la agi-tación de su alma , le seguíamos i

Y VIRGINIA. 131

«odas partes sin perderle nunca de vis-ta . Su madre y Madama de la Tour se valian de las expresiones mas tier-nas y a fec tuosas , para que su dolor no degenerase en desesperación ; y al fin logró esta última tranquilizar-le un poco , dándole los nombres mas propios para animar sus esperanzas, llamándole á boca llena su hijo , su amado hijo , su yerno , para quien tenia destinada su hija.

Por aquel medio logró Madama de la Tou r hacerle entrar en casa , y que tomase algún alimento. E n efec-to , se sentó coa nosotros á la mesa, inmediato al sitio que ocupaba antes la compañera de su niSéz ; y corno si todavía lo ocupára Virginia , le dirijia la palabra y le presentaba los manjares que sabía le eran mas g r a -tos ; pero inmediatamente que reco-nocía su ilusión , echaba á llorar muy desconsolado.

E n los dias siguientes anduvo jun-tando todo lo que habia servido al uso particular ¡le Virg in ia , como 1o s

L 2 .

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últ imos ramil letes de flores qne se pa-so , una taza de coco en que solía bebe r , y o t ros dijes á este t e n o r ; y como si aquel las reliquias de su ami-ga , fuesen las a lhajas de mas precio de la t ierra , las besaba y las metia en el seno. F ina lmen te , conociendo que su p i n a aumen taba la de su ma-dre y de Madama de la T o u r , y que las necesidades de la familia pediao ua t r aba jo cont inuado , se puso á a y u d a r á Domingo en los reparos y cul t ivo del j a rd in .

A poco t iempo , este jóven in-d i fe ren te has ta entonces , como crio-l lo , á todo lo q u e pasa en el mun-

ido , me suplicó le enseñase i leer y e s c r i b i r , pa ra poder corresponderse po r escrito con Virg in ia ; y después quiso instruirse en la geograf ía , pa-ra formar una idea del pais adonde i b a á desembarcar : y en la historia, p a r a conocer las costumbres de la so-ciedad en que habia de vivir. Sin duda que el origen del maravilloso ar-l e de leer y escribir , se ha debido

r Pinomi*. i,^

al a fec to de dos amantes a u s e n t e s , 6 imposibilitados de comunicarse m ù -tuamente sus i d e a s , po r a lguna dif i -cultad insuperable .

E l estúdio de l a geograf ía no ag radó mucho á Pab lo , porque en l uga r de describir la na tu r a l eaa de cada país , solo trata de expl icarnos sus par tes y d iv is iones , según su res-pect ivo estado político. L a historia, en especial la m o d e r n a , tampoco le pa rec ió mas útil , no ha l lando en ella mas que desgracias genera les y per iód icas , c u y a s causas no l legaba á p e n e t r a r . Y a s í , como no encon-t r a b a en su lectura mas que g u e r r a s sin motivo ni objeto , intr igas se -cre tas , y naciones sin carác te r , p re -fer ia á los libros h is tór icos , los de no-ve las y aven tu ras : po rque t r a t a n d o con par t icu la r idad de los sent imien-tos é intereses de los hombres , le o f r e -cían a lgunas veces lances y s i tuacio-nes parecidas á la s u y a . P o r este mo-t i v o ningún l ibro le ag radaba t an to como el Te lemaco , p o r sus descrip-

k 3

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1 3 4 PABLO

d o u e í y pinturas de la vida campes-tre , y de las pasiones hijas del cora-zon humano. Muchas veces leía á su madre y á Madama de la Tour , los pasages del Telémaco que le hacían mas impresiones; y entonces , agitado de dulces memorias , se le turbaba la voz y lloraba amargamente. Se le fi-guraba . que hallaba reunidas en Vir-ginia la dignidad y virtud de Antio-pe , con las desgracias y la ternura de Euchar is .

Pero por otra parte , quedó en-teramente escandalizado , leyendo las novelas del dia , llenas de máximas perjudiciales y l ibe r t inas ; y quando supo que las tales novelas contenian una pintura fiel de los usos y cos-tumbres de las naciones de Europa, temió , no sin alguna apariencia de razón , que el corazon de Virginia se corrompiera y olvidara su cariíío.

E n efecto . se pasó mas de año y medio sin que Madama de la Tour tuviese noticias de su tia ni de su hi-ja , y solo por un medio extraño se

sabia que Virginia había llegado feliz-mente á Francia . Ul t imamente , por una embarcación que pasaba á las In-dias , recibió una carta escrita de pro-pio puño de Virginia , por la qual conoció desde luego que vivía infe-liz , sin embargo de la circunspección y disimulo con que su amable é in-dulgente hija se explicaba en ella. Tengo tan presentes casi todas las palabras de esta carta , por lo bien q u e pintaba en ella su situación y c a r á c t e r , que voy á referírosla al pie de la letra.

, , Mi mas querida y estimada mamá".

" D e s p u é s de mi llegada os es-cribí varias cartas de mi puño , y co-mo á ninguna me habéis contextado, me temo no hayan llegado i vuestras manos. Con la presente tengo mejo-res esperanzas , en v i r t ud de las pre-cauciones que he tomaiío para daros noticia de mi persona , y recibirla igualmente de la vuesü a .

L 4

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136 PIULO

T 1 Q u i n t a s lágrimas he der rama-do , amada madre mia , despues de vuestra separación , j o que apenas habia llorado sino po r los males de otros ! M i lia se quedó muy admi-rada á mi l legada , quando p regun-tándome las habilidades que tenia , le respondí que no sabía leer ni escri-bir : y replicándome ella , qué era lo que habia aprehendido desde que ha-bia venido i este mundo ? le con-t e s t é que solo sabía gobernar una casa , y hacer vuestra voluntad : á lo que me d i so , que me habian dado t ina educación de c r iada .

y Al dia s iguiente de mi llegada me puso en un g r an colegio cerca d e P a r í s , donde tengo maestros de todas clases , que me enseflan , en t re o t ras cosas , la historia , la geogra-l ia , la gramát ica , las matemáticas y á montar á caba l lo ; pero tengo tan poca disposición pa ra todas estas cien-c i a s , que no me prometo hace r pro-gresos con estos cabal leros . Conozco que soy una p o b r e muger de cor-

Y VlRGlSíá. IS7

tísimos a lcances , como ellos suelen de-cir ; sin embargo de esto , mi tia no lo lleva á m a l , antes bien me asist» con todo lo n e c e s a r i o , enviándome trages diferentes para cada estación, y manteniendo dos doncel las des t ina-das á servirme , que están tan bien vestidas como las señoras de mas a l to copete . M e ha hecho tomar el t í t u -lo de Condesa , y dexar el apel l ido de LA TOCR , p a r a mí de t a n t o a p r e -cio como p a r a v o s , po r la relación que me habéis heclio de los disgus-tos que mi d i fun to p a d r e sufr ió por casarse con vos ; y en l uga r de aquel a p e l l i d o , me h a mandado usar de l de vuestra familia , que también a p r e -c io m u c h o , po r ser el que vos usa -bais quando soltera. Viéndome e n una situación tan brillante , le he su-plicado var ias veces q u e os envie a l -gún socorro ; mas ¿ cómo ha ré yo para significaros su respuesta ? P e r o vos me habéis encargado que os di-ga siempre la verdad : m e respondió,

que un socorro moderado , pa ra n a -

Page 91: Pablo y Virginia

1 3 8 PABLO

da os alcanzaría , y que uno grande n o haría mas que serviros de estorvo • n el estado sencillo de vida que ha-béis elegido.""

IV Bien procuré al principio daros noticia de mi persona - valiéndome de agena mano para escribiros : pero como n o tenia aquí sugeto de quien poder fiarme , me he aplicado noche y día á aprehender á leer y escribir; y Dios ha querido hacerme la gra-cia de conseguirlo en cortísimo tiem-po . Mis primeras cartas se las con-fié á las criadas que me asisten - para que os las dirijicran , y tengo sobra-dos fundamentos para sospechar que »e las han remitido ¡í mi t ia. Esta vez me he valido de una colegiala, amiga mía , y os suplico me respon-dáis , dirijiendo á ella la carta , báxo del adjunto sobrescrito ; pues mi tia ine ha prohibido toda corresponden-cia fuera de casa , con el pretexto de que esto pe i jud ica r í a . según ella dice , á los altos pensamientos que t iene acerca de mí. N o tengo mas

Y VIRGINIA. 1 3 9

visita que la suya y la de un caba-llero anciano amigo de la tia - el qual , según ella se explica , me profesa mucha afición ; pero , á decir la ver-dad , y o no le profeso i él ninguna, aun quando yo fuese capaz de te-nerla á alguno.

" A u n q u e vivo en medio de la opulencia , no puedo disponer de un maravedí. Dicen que el tener yo á mi disposición oro y pinta , me po-dría acarrear graves consecuencias ; y así en el centro de las r i q u e z a s , es-toy mucho mas pobre , que quando vivía en vuestra compañía , porque nada tengo para poder dar á otros. Mis mismos vestidos son mas de mis doncellas , que mios , pues se los dis-putan antes que yo los dexe. L u e -go que vi que las grandes habil ida-des que me enseñaban , no me pro-porcionaban Ja satisfacción de hacer el menor bien , me apliqué á la agu -ja , cuyo uso ine habéis enseñado por dicha mia.

« A h í os envió varios pares de

Page 92: Pablo y Virginia

14.0 PAULO

medias hechas por mi mano . para vos y para mamá Margarita , un gorro para Domingo , y uno de mis pañuelos encarnados para Maria ; y en el mismo paquete , van algunas semillas y pepitas de las frutas de mis colac iones , con la simiente de toda suerte de árboles , que en mis ra-tos de recreación he podido reco-ger en el jardin y bosque de este colegio : y al mismo tiempo , la gra-na de violetas , margar i tas , azucenas, coquilicós y escabiosas , que he co-gido en los campos. En los prados de esta t ierra hay flores mas bellas que en los nuestros , pero aquí no se ha-ce ningún aprecio de ellas.

» Es toy segura de que así vos , co-mo mamá Margarita , recibiréis mas gusto con ese saquito de simientes, que con aquel grande de pesos , que ha sido la causa de nuestra separación y de mis lágrimas. Será para mí de la mayor satisfacción , el que tengáis mañana ú otro dia la complacencia de ver á los manzanos , crecer al lado de

los banános, y á las hayas entrete-j e r sus rama» con las de los cocote'ros. Así os parecerá que estáis en la N o r -mandía , que tanto amais.

11 Me encargasteis al partir os es-cribiera mis satisfacciones y mis pe -sares. Para mí no puede haber satis-facción ni con ten to , ausente de vos; y por lo que toca á mis p e n a s , pro-curo dulcificarlas acordándome que estoy donde vos me habéis puesto por disposición de la providencia. Pero lo que aquí mas me atormenta es que no oygo hablar de vos , ni puedo ha -blar con nadie de cosa vuestra : por-que quando procuro sacar la conver-sación , sobre unos objetos que me son tan preciosos, me dicen mis don-cellas , ó por mejor d e c i r , las de mi tia , pues son mas suyas que mias : " 'Señorita , acordaos de que sois f ran-cesa , y que debeis olvidar el país de los sal vagos.» Ah I antes me ol-vidaré de mí misma, que olvidar la tierra en que n a c í , y donde vos vi-vís! Este sí que es verdaderamen-

Page 93: Pablo y Virginia

142 PABLO

te para mí país de s a l v a g e s , porque

v i v o tan s o l a , q u e ni aun tengo una

persona á quien poder manifestar el

a m o r que invar iablemente os conser-

v a r a hasta la sepul tura , mi mas que-

r ida y adorada m a m á ,

V u e s t r a mas sumisa y amante hija

V I R G I N I A DE L A T O U R .

P . D . " R e c o m i e n d o á la bondad de

vuestro corazon á M a r í a y Domin-

g o , q u e se han esmerado tanto en

c u i d a r de mi n inéz ; y h a c e d por mí

q u a t r o car ic ias á LEAL , q u e me en-

c o n t r ó en e l bosque.7*

Q u e d ó P a b l o m u y admirado de

v e r q u e V i r g i n i a , acordándose has-

t a del perro , no hiciese mención de

é l en toda la c a r t a ; pero sin duda

n o sabía q u e por l a r g a q u e sea la

c a r t a de una m u g e r , j a m á s pone la

cosa q u e mas t iene en la ¡dea sino

a l fin. E n e f e c t o , despues de la pri-

m e r a post-data , h a b l a b a á parte d ;

Y VlRGIKU. 143 P a b l o , y le recomendaba p a r t i c u l a r -

mente las semillas de la escabiosa y

de la violeta , expl icándole sus p r o -

piedades , y donde debían sembrarse.

Acerca de l o q u a l hacía unas com-

paraciones m u y análogas á la situa-

ción de entrambos , con respeto á

los caracteres y propiedades de estas

dos plantas . Q u e r í a que sembrase la

violeta en los bordes de la f u e n t ; , a l

pie de su cocotero , porque r e q u i e -

re humedad ; y la escabiosa , que c r e -

ce s iempre en parages ásperos y c o m -

batidos de los vientos , en la peña

donde se habían hablado la últ ima

v e z , mandándole , q u e en memoria

suya le pusiese el nombre de PLSASCO

B E L A D E S P E D I D A .

L a carta de esta sensible y v i r -

tuosa j ó v e n , hizo derramar m u c h a s

lágrimas á toda la famil ia . Su m a d r e

les respondió en nombre de todos , q u e

permaneciera en F r a n c i a , ó v o l v i e r a

á esta i s l a , á su arbitrio , asegurán-

dole q u e todos habian perdido la

mejor parte de su fel ic idad con s u

Page 94: Pablo y Virginia

1 4 4 P a u l » partida , y que ella particularmente

estaba inconsolable.

Pablo le escribió una carta muy

l a r g a , en que le prometía hacer to-

do lo que le prevenía ; y al mismo

tiempo le enviaba cocos do su fuente,

bien sazonados y maduros. L e ofre-

cía hermosear el j a r d í n , y entreve-

rar las plantas de la Europa con las

del Africa , , v agregándoles, decía él,

alguna otra semilla de esta isla , pa-

ra que el deséo de v o l v e r á ver sus

f r u t o s , te estimule á dar prontamen-

te la v u e l t a . " Finalmente , concluía

la carta suplicándole condescendiese

quanto antes con los ardientes deseos

de su f a m i l i a , y los suyos en par-

ticular , pues él no podría tener en

adelante ningún gusto ausente de su

vista.

Sembró Pablo con el mayor es-

mero las simientes e u r o p e a s , y par-

ticularmente las de la escabiosa y

violeta , cuyas flores parecian tener

alguna analogía con el carácter y si-

tuación de Virginia ; pero fuese qut

y VIRBWIA. 1 4 . 5

sa desvirtuasen en la travesía de B u -

ropa á a q u í , ó mas bien que el c l i-

ma de esta parte del Africa no fuese

favorable á su vegetación , salieron

muy pocas , y aun éstas no llegaron

Ií punto de madurez.

E n este mismo t iempo, la envi-

dia , ( l a qual hasta se anticipa á las

dichas de los hombres , sobre todo en

las colonias francesas ) difundió en la

isla ciertos rumores que daban mucha

inquietud á Pablo. E a tripulación

del buque que traxo la carta de V i r -

ginia , aseguraba que quedaba para

casarse , y aun nombraban el sefior

de la corte que había de ser su es-

poso , propasándose algunos á decir,

que la cosa era y a h e c h a , y que ellos

mismos habían asistido al desposorio.

Pablo despreció al principio las

noticias traídas por una embarcación

de comercio, que regularmente las es-

parce falsas en todos los lugares de su

tránsito ; pero como muchoi colonos

de la isla se apresurasen á lamentarse

de semejante c a s o , por una compa-

Page 95: Pablo y Virginia

1 4 6 PABLO

sion m a l e n t e n d i d a , c o m e n z ó á dar

a l g ú n crédito i la especio. P o r otro

J a d o , como en a l g u n a s de las nove-

las que h a b i a le ído , v e í a la tray-

c ion tratada de j u g u e t e y pasatiem-

p o ; y sabiendo q u e en semejantes l i -

b r o s se pintan fielmente las costum-

bres europe'as , t e m i ó q u e la bija de

M a d a m a de la T o u r , pervert ida en

F r a n c i a con el e x e m p l o , o lv idase sus

promesas antiguas. L a s ideas que ha-

b ía a d q u i r i d o , l e h a d a n y a i n f e l i z .

P e r o l o q u e a c r e c e n t ó e n extre-

m o sus t e m o r e s , f u é q u e de quantas

embarcac iones l legaron á este P u e r -

to en e l discurso de seis m e s e s , nin-

g u n a traxese not ic ia de V i r g i n i a . E n

t a n dolorosa situación , e l in fe l i z Pa-

blo , entregado i las ag i tac iones de

su c o r a z o n , iba í verme í menudo

para conf irmar 6 desechar sus rece-

Jos , por la exper ienc ia q u e tengo del

m u n d o .

Y o v i v o , c o m o os he d i c h o , le-

g u a y media de a q u í , á las orillas

<ie un r iachuelo , que corre ¡í la fa i -

Y VlRBISli. 147 1 da de la MONTAÑA-LARGA , donde

paso mi v ida , solo , sin m u g e r , sin

hijos y sin esclavos.

D e s p u e s de la rara fel ididad d e

encontrar una compaiiera q u e sea bien

acomodada al genio p r o p i o , e l estado

menos desgraciado de la v ida , es e n

mi opinion , e l de v i v i r solo. T o d o

hombre q u e ha tenido muchos m o -

t ivos para quejarse de las injusticias d e

los otros hombres , busca la soledad:

y es cosa m u y digna de n o t a r s e , q u e

las naciones desgraciadas por sus o p i -

niones , p o r sus costumbres ó por sus

l e y e s , han producido clases numero-

sas de c iudadanos absolutamente c o n -

sagrados á la soledad y a l ce l ibato,

c o m o en otro t iempo los E g i p c i o s en

su decadencia , los G r i e g o s del b á x o

Imperio , y en nuestros d ias los I n -

dios 4 los Chinos , los G r i e g o s m o -

dernos , y la mayor parte de los p u e -

blos orientales. L a soledad rest i tuye

a l hombre á l a felicidad n a t u r a l , a l e -

jándole de los males d ; la sociedad.

E n medio de tantos errores y p r e o -

M 2

Page 96: Pablo y Virginia

T48 PABLO

curaciones , como dividen í los mor-

tales , el a lma está en perpetua ag i -

tación , volv iendo y revolviendo con-

tinuamente dentro de sí misma mil

opiniones turbulentas y contradicto-

rias , con que procuran sojuzgarse

unos á otros los miembros de una so-

ciedad ambiciosa y miserable. P e r o e n

la soledad se desnuda de estas ilusio-

nes extrañas que la perturban, y v u e l -

v e á adquir ir e l sentimiento íntimo

de sí misma , de la naturaleza y de

su autor : bien así como el agua ce-

nagosa de un torrente que inunda los

campos , derramándose en alguna ho-

y a apartada de s u c u r s o , depone allí

e n e l fondo sus i m p u r e z a s , recupera

su primera claridad , y volviéndose

transparente , reílexa sus propias már-

genes , el verdor de los campos y la

Juz de los cielos.

Ademas la soledad restablece la

harmonía del c u e r p o , igualmente que

la del alma. E n t r e los solitarios de

todos tiempos se encuentran hombres

de edad muy abanzada , por exem-

Y VlRr.IVLA. 1 4 9

p í o , los Bracmanes de la India. E n

suma , y o la considero tan necesaria

para la f e l i c i d a d , aun en medio del

mundo , que me parece imposible lo-

g r a r en él ningún placer d u r a b l e , de

qualquiera clase que sea , ni que el

hombre arrégle su c o n d u c t a , c o n f o r -

me á a lgún principio e s t a b l e , si no se

forma dentro de si mismo un ret iro,

del qual no salga sino m u y rara v e z

su opinion , y donde la de otro tenga

m u y poca entrada.

N o quiero decir con esto que e l

hombre h a y a de v i v i r absolutamente

áislado y solo : está unido con todo

e l género humano por sus necesida-

des , y por consiguiente debe sus t r a -

bajos á los h o m b r e s : y se debe tam-

bién él mismo á l o restante de la na-

tura leza . Q u i e r o dar á entender úni-

camente , que habiéndonos dado D i o s

á cada uno , órganos per fectamente

proporcionados á los elementos del

g lobo que habitamos , pies para la

t i e r r a , pulmones para e l a y r e y ojos

para la l u z , ( sin que podamos noso-

Page 97: Pablo y Virginia

I g o PABLO

Iros invertir el uso de estos sentidos)

se ha reservado para sí s o l o , como

autor de la vida , el corazon , que

es el principal órgano de ella.

Pa'so, pues mis dias lejos de los

hombres, á los quales he querido ser-

v i r , y me han perseguido. Despues

de haber corrido una gran parte de

la Europa , y algunas Provincias del

Africa y América . me he fixado en

esta isla poco habitada, seducido de

la benignidad del clima y de sus so-

ledades. Una cabana que y o mismo

lie levantado al pie de un á r b o l , un

huertecito desmontado y cultivado

por mis m a n o s , y un rio que pasa

por delante de mi puerta , es todo

lo que me basta para mis placeres y

mis necesidades.

Agrégase á estas satisfacciones la

de tener algunos buenos libros que

me enseñan á ser cada dia m e j o r , ha-

ciendo por otra parré contribuir i

mi felicidad el mundo mismo que he

d o r a d o , con las pinturas que me pre-

sentan de las pasiones que tiranizan

y VIRGINIA. 1 J 1

miserablemente á sus habi tantes ; y por el cotejo que hago de su suerte

con la mia , me proporcionan el d e -

leyte de gozar de una felicidad n c -

I gativa. Como un hombre que se ha

salvado en un peñasco de los pel igros

de un naufragio , contemplo desde

mi soledad las borrascas que braman

en lo restante de la t i e r r a ; y aun se

aumenta mi serenidad en razón de

la distancia de sus bramidos. Desde

que n o trato á los h o m b r e s , ni sus

intereses se cruzan con los m i o s , los

compadezco , en lugar de aborrecer-

los ; y si encuentro algún desgracia-

do , procuro ayudarle con mis conse-

jos , bien como aquel que pasando

por las orillas de un rio , y viendo

ahogarse en él á otro infeliz , le t ien-

de la mano para que se salve.

P e r o y o no he encontrado sino

á la inocencia atenta á mi v o z . B n

valde llama la naturaleza á todos los

hombres á la inocencia : cada uno

se forma una imagen de el la , y la

reviste con sus propias pasiones : per-

Page 98: Pablo y Virginia

IJA PABLO

sigue toda la vida i esta fantasma de su imaginación que le extravia, y se complace despues en el cielo de las ilusiones que él mismo se ha for-jado. Entre un mímero considerable de desgraciados i quienes algunas veces lie intentado reducir al cami-no de la naturaleza , ni uno solo he encontrado que no estuviera embria-gado con sus propias miserias. Me escuchaban al principio con atención, esperando sin duda que mis leccio-nes les ayudarían á adquirir gloria 6 riquezas ; pero viendo que mi único fin era enseñarles á saber pasar sin es-tas dos cosas, me tenian á mí mismo por un miserable , porque no corría en pos de sus dichas cuitadas : vitu-peraban mi vida solitaria : pretendían persuadirme que solo ellos eran úti-les á los hombres , y se afanaban por arrastrarme al torbellino de sus pro-yectos vanos.

P e r o , aunque me comunico á to-do el mundo , no me entrego á na-die , poique me basta la propia ex-

Y VlKlflA. T J3 periencia para servirme de lección en el estado en que me hallo. Repaso en la tranquilidad presente las agi-taciones pasadas de mi propia vida, á que he dado tanta estima , las pro-tecciones , la fortuna, la reputación, los placeres y las opiniones que se hacen la guerra por toda la tierra. Comparo tantos hombres como he visto disputarse con furor estas qui-meras , y que ya no ex is ten,*á las olas de mi rio que se estrellan es-pumando contra las peñas de su ca-nal , y desaparecen para no volver jamás. Por lo que á mí toca , me de-xo llevar mansamente de la corriente del rio del tiempo, ácia el océano de la eternidad que no conoce p l a y a s ; y con el cxpectácnlo de las harmonías actuales de la naturaleza , me elevo á su autor , y espero mas venturosa suerte en la vida perdurable que nos aguarda.

Aunque desde mi cabafia , situa-da en el centro de tin bosque, no se descubre tanta multitud de .objetos

Page 99: Pablo y Virginia

i S 4 PABLO

como nos proporciona ver la eleva-ción del sitio donde nos hallamos, hay sin embargo situaciones deliciosas, particularmente para el hombre , que como y o , prefiere reconcentrarse en sí mismo , i disiparse acia fuera. E l rio que corre por delante de mi puer-ta pasa en linea recta por medio del b a s q u e , y presenta á la vista nn lar-go canal sombreado de árboles de ro-da suerte de hojas. Al l í hay tacama-cas, olivos , ébanos, manzanos silves-tres y árboles de la canela; sotos da palmeras elevan acá y allá sus tron-cos pelados , y de mas de cien pies de elevación , que rematan en un ra-millete de palmas, y figuran , por en-cima de los otros árboles, como una floresta plantada sobre otra floresta. A esto se juntan las lianas ó enreda-deras de diferentes géneros de follage, que enlazándose de un árbol en otro, forman aquí galerías de llores , y mas allá largos cortinages de verdor. E s tal la fragrancia que sale de la mayor parte de estos árboles , y tan pega-

X VIRGINIA. 15S

joso el olor aromático que exálan.que el hombre que atraviesa la floresta, despide de sí un perfume agradable, algunas horas despues de haber sali-do de ella. En la estación en que se visten de flor, dirías que estaban me-dio cubiertos de nieve. A l fin del es-tío , varias especies de pájaros extran-geros vienen, por un instinto incom-prehensible , de regiones desconocidas de la otra parte de los vastos mares, á recoger las simientes de Jos vege-tales de esta isla , y oponen el brillo de sus colores , al verdor de los ár-boles, que comienza á pardear con la fuerza del sol. D e este género son, entre otros , varias especies de pa-pagayos y las palomas azules, lla-madas aquí palomas olandesas. Los monos habitadores domiciliados de es-tas florestas, triscan y juguetéan en sus sombrias ramas, de las quales solo se distinguen por su piel verde-gris y su cara enteramente negra : unos se suspenden de ellas por la cola, y se columpian en el ayre 5 otros brin-

Page 100: Pablo y Virginia

IJÍ PASLO

can de rama en rama con sus hiji-

ros en los brazos.

E a escopeta matadora nunca ha

amedrentado con su estruendo á estos

apacibles hijos de la naturaleza; ni se

oyen mas que chillidos de alegría,

trinos y gor jeos desconocidos de al-

gunos pájaros de las tierras australes,

que repiten á lo lejos los ecos de es-

tos bosques. E l rio que corre borbo-

tando sobre una madre de roca , por

medio de los árboles , reflexa acá y

allá en las cristalinas a g u a s , sus ve-

nerables masas de verdor y sombra,

igualmente que los retozos y jugue-

tes de sus dichosos moradores ; y pre-

cipitándose á mil pasos,de a l l í , por

las diferentes alturas de un peñasco,

forma una cascada 6 tabla de agua

tersa como el cristal que se divide al

caer en quajarones de espuma. M i l

ruidos confusos salen de estas aguas

tumultuosas , que dispersados por los

vientos en la floresta , ora se alejan,

ora se acercan todos á un tiempo y

aturden los o ídos , como el sonido de

y VIRGINIA. > 5 7

las campanas de una Catedral. E l a y -

re continuamente renovado con el mo-

vimiento de las aguas , conserva en

las orillas de este rio , á pesar de los

ardores del estío , una frondosidad

y frescura que rara vez se encuentra

en esta is la , aun en la cumbre de las

montañas.

A cierta distancia de a l l í , hay

una roca bastante distante de la cas-

cada para que el ruido de sus aguas

no aturda los oídos, y bastante in-

mediata para deleytarse con su vista,

con su frescura y su murmullo. A la

sombra de este peñasco solíamos ir

á comer alguna vez , en tiempo de

los calores e x c e s i v o s , Madama de la

Tour , Margarita , Virginia , Pablo

y y o ; y como Virginia dirijia siem-

pre sus acciones, aun las mas comu-

nes , al bien de o t r o , jamás coniia

una fruta en el campo , que no sem-

brara en la tierra su hueso 6 su pepi-

ta , diciendo : " D e aquí nacerán árbo-

les que darán sus frutas i algún cami-

nante , ó á lo menos á un pajarito.'1

Page 101: Pablo y Virginia

,S8 PABLO

U n dia , p u e s , q u e comió una

p a p a y a a l pie de aquel la roca , en-

t e r r ó , según costumbre , sus pepi-

tas , de las quales salieron de allí

á p o c o muchos p a p a y o s , entre ellos

una hembra , q u e son las q u e l levan

fruto . L a a l tura de este árbol no ex-

cedía de la rodil la de V i r g i n i a , quan-

do se v e r i f i c ó su partida ; mas como

c r e c e m u c h o en corto t iempo , tenia

y a veinte pies de a l t o a l c a b o de dos

años , y su tronco estaba coronado en

la p a r t e super ior con var ios órdenes

de p a p a y a s , per fectamente sazona-

das. A c e r c ó s e P a b l o un dia p o r ca-

sual idad á aquel sitio , y se llenó de

g o z o a l v e r un árbol tan c r e c i d o , pro-

ducido p o r una pepita q u e él habia

visto s e m b r a r á V i r g i n i a ; y a l mis-

m o t i e m p o le entró una tristeza pro-

f u n d a con este testimonio de su lar-

g a a u s e n c i a .

L o s objetos q u e v e m o s habitual-

mente n o nos dan l u g a r á medir la

r a p i d e z de nuestra v ida , porque en-

ve jecen con nosotros con una vejéz

y VtROlKlA. 1 5 9

insensible ; pero los que v e m o s de re-

pente despues de a lgunos años de a u -

sencia , nos advier ten á primera vista

la ve locidad con q u e corre e l rio de

nuestros dias. L a vista d e l p a p a y o c a r -

g a d o de fruta , causó en P a b l o aque-

lla sorprehesa , q u e p o r l o común e x -

per imenta un v i a g e r o , q u a n d o v o l -

v i e n d o á su patria despues de mu-

chos a ñ o s , n o encuentra v i v o s - á sus

contemporáneos , y v e á los hijos de

e s t o s , q u e é l habia d e x a d o maman-

do , hechos padres. Sfa le d a b a n im-

pulsos de cortar le p o r e l p i e , por-

q u e s u vista le hacía demasiado sen-

sible el l a r g o t iempo que h a b i a p a -

sado desde la partida de V i r g i n i a ; y

y a considerándole c o m o un m o n u m e n -

t o de su beneficencia , b e s a b a su tron-

co y le dir i j ia palabras dictadas p o r

el a m o r y la tr isteza.

¡ O á r b o l , c u y a posteridad sub-

siste todavía en mi floresta , y o mis-

mo t e he mirado con m a s interés y

respeto que á los arcos tr iunfales de

la ant igua R o m a 1 ¡ P e r m i t a e l a u t o t

Page 102: Pablo y Virginia

IFIO PABLO

de la naturaleza , que destruye cada dia los monumentos de la ambición mundana, se multipliquen en nues-tras florestas los de la beneficencia de una doncella pobre y malhadada!

Estaba yo seguro de encontrar á Pablo al pie de este p a p a y o , quando venía por mi posesion; y habie'ndole visto un dia penetrado de melanco-lía , tuve con él una conversación, que voy á referiros, si no os son de-masiado enojosas mis largas digresio-nes , perdonables í mi edad y á mis últimas amistades.

"Estoy muy pesaroso, me dixo luego que me senté á su l a d o , por-que ahora dos años y dos meses que se marchó Virginia , y se han pasado ocho meses y medio sin que nos ha-ya escrito : como es rica y yo pobre, sin duda me ha olvidado. Deséo em-barcarme y pasar á Europa , por ver si allí hago fortuna por algún cami-no , para pedírsela á su tia en ma-trimonio y vivir felia en su compa-ñía."

R VIRGINIA. 161

"La Europa , hijo m í o , le con-texté, esta abismada en los vicios mas contrarios á su felicidad, y á tí te falta dinero y protección, para poder hacer figura en ella : eres pobre y no tienes ningún arrimo.'1

n ' E s verdad , me replicó , pe-ro quizá hallaré algún poderoso que quiera protexenne y darme la mano.' '

' ' P a r a lograr la protección del poderoso , le respondí, es necesario contribuir á su ambición ó á sus ca-prichos; y tú á ninguna de estas dos cosas te avendrías."

«Teneis razón, me dixo ; pero portándome y o como debo , siend j fiel á mis palabras, exacto en mis obligaciones y constante en la amis-tad , me haré acreedor á que alguno de ellos me adopte por hijo , como he visto se usaba antiguamente en las historias de otros tiempos que me habéis dado á leer."'

'"'No tiene duda, respondí, que así se usaba entre los Griegos y R o -manos; pero .ya no estamos en aque-

N

Page 103: Pablo y Virginia

J6Ü PABLO

lias edades , en que el mérito mere-

cía el respeto de los poderosos."

" ' P u e s bien , me replicó ; en de-

fecto de un poderoso procurare agre-

garme á algún cuerpo científico , cu-

yas opiniones adoptaré en un t o d o ,

y me liaré estimar de sus individuos.'"

""En lugar de adquirirte estima-

c i ó n , le d i x e , te grangearás ó d i o y

envidia , á no ser que sufoques los

gritos de tu conciencia por trepar á

la cumbre de la fortuna. P o r otra

parte , los cuerpos se interesan muy

fríamente en el descubrimiento de la

verdad. Para los ambiciosos toda opi-

nion es indiferente , con tal que á

ellos les trayga utilidad y ventajas."

r " Eso no lo haré y o jamás I ex-

clamó entonces : todo mi conato se-

rá buscar siempre la verdad. Soy

m u y desgraciado, continuó , pues se

me cierran todos los caminos para lle-

gar á la posesion de lo que mas es-

timo , y me Veo condenado á pasar

mi vida en un trabajo obscuro , au-

sente de V i r g i n i a . " Y al decir esto.

r VIRGINIA. I 6 3

díó un suspiro muy profundo.

""Sea Dios tu único protector,

hijo mió , y el género humano tu

c u e r p o , le contexté coa prontitud :

ama á los dos constantemente , y des-

precia la protección de los particu-

lares. L a s f a m i l i a s , los cuerpos y los

pueblos , tienen sus pasiones y sus

preocupaciones , que exigen vicios en

quien las haya de contemplar. Dios

y el género humono no nos piden si'

no virtudes.

wPero jpor qué quieres , prose-

guí , distinguirte del común de los

Sombres ? Ese deséo no es natural,

pues si lo f u e s e , cada hombre esta-

ría en estado de guerra con su seme-

jante. Conténtate con cumplir con

tus obligaciones en el estado en que

te ha colocado la providencia : ben-

dice tu suerte , que te permite obrar

conforme á tu conciencia , y que no

te prec isa , como á los grandes, á po-

ner su felicidad en la opinión de los

inferiores , y como á los inferiores á

cometer baxezas y adular á los araa-

N 2

Page 104: Pablo y Virginia

364 PABIA

des para tener que comer. Tu es-tás en un país y en una condición en que no necesitas para subsistir, ni engañar , ni a d u l a r , ni envilecerte, como lo hacen la mayor parte de los que en Europa aspiran á la fortuna; en que no te ves precisado por ra-zón de tu estado á ocultar la ver-dad ; en que puedes ser impunemente b u e n o , v e r a z , sincero, instruido , su-frido , moderado , casto , indulgente y piadoso , sin que tu v i r tud, que todavía comienza á florecer , se mar-chite con alguna flaqueza que te ha-ga ridículo á los ojos del mundo y de la posteridad. E l cielo te ha con-cedido libertad , salud , una buena conciencia y amigos verdaderos : har-to menos felices son los grandes de la tierra , cuyo favor deseas! '*'

w Ali ¡' exclamó , todo me impor-ta poco faltándome Virginia ! Pero ¿ qué haré yo para lograr la posesión de lo que mas amo ? Supuesto que su tia la quiere casar con un hom-bre de mérito y circunstancias , me

r Virsi KTA. ' "5

pondré á estudiar para ser sabio y adquirir crédito : con el estúdio y la sabiduría serviré últimente í mi pa-tria , sin perjuicio de otro : me haré célebre por este camino, no depen-deré de nadie, y me deberé á mí so-lo esta gloria."

""Ay! hijo mió , le respondí: los talentos todavía son mas raros que las riquezas ; y no tiene duda que son de una naturaleza superior , por quanto nadie nos los puede r o b a r , y porque nos grangean ademas la esti-mación pública en toda la redondez de la tierra ; pero cuestan muy ca-ros. E s necesario privarse del sosiego y del reposo para adquirirlos , pade-cer las persecuciones de la e n v i d i a , y vivir en cierto modo fuera del mun-do. Por otra parte, la celebridad de las letras es demasiado tempestuosa y difícil de adquirir. Acuérdate de la suerte q u e ' han tenido la mayor parte de los filósofos de la antigüe-dad. Homero , cuyos versos son tan divinos , anduvo pidiendo limosna ds

Page 105: Pablo y Virginia

166 Piulo

puerta en puerta. Sócrates , que con

sus palabras y exemplo predicaba la

moral á los Atenienses , f u é envene-

nado jurídicamente por ellos. Su dis-

cípulo Platón se vió reducido á la cla-

se de esclavo por órdcn del mismo

Príncipe que le protegía , y anterior-

mente á ellos, el célebre Pitágoras fué

quemado v ivo por sus pavsanos los

Crotonienscs. Qué digo y o l la ma-

yor parte de estos nombres ilustres

han llegado desfigurados hasta noso-

tros por los mordaces tiros de la sá-

tira con que la ingratitud humana se

complace en caracterizarlos ; y si en-

tre tantos como ha habido , la gloria

de algunos ha llegado pura y sin

mancilla hasta nosotros, es porque vi-

vieron lejos de sus contemporáneos

en la abstracción y retiro de los ne-

gocios públicos , pareciéndose en esto

á aquellas estatuas desenterradas en

los campos de la Grecia y de la Italia,

que por haber estado sepultadas en

el seno de la tierra , se han libertado

del furor de los bárbaros. A vista de

y VIROIHIA. 1 6 7

estos exemplares, ¿ quién se lisonjea-

rá de Ser útil á los hombres ¡lustrán-

doles ? ¿ quién se prometerá tener to-

das las calidades , todas las virtudes

que son necesarias en la carrera de

las letras , hasta estar dispuesto á sa-

crificar los bienes de la fortuna y aun

la propia vida I "

" P e r o bien , me interrumpió, vos

que teneis tanta sabiduría y expe-

riencia de las cosas , ¿ no me diréis si

Virg inia y y o nos casarémos algún

dia ? Quisiera ser sabio para conocer

lo venidero.*

" ¿ Q u i é n querría v i v i r , hijo mió,

le contexté , si conociera lo que está

por venir ? Si una sola desgracia pre-

vista nos causa tantas inquietudes va-

n a s , la vista de una cierta emponzo-

ñaría todos los dias que la precediesen.

N o conviene profundizar demasiado

lo que nos rodea; y aun por eso el cie-

lo que nos da la reflexión para pre-

v e e r nuestras necesidades, nos ha dado

las mismas necesidades para que pon-

gamos coto á nuettra reflexión. 1 '

Page 106: Pablo y Virginia

I68 PABLO

T i l e s ¿ q u é haré y o , me pre-

guntó i para obtener r i q u e z a s , y con

ellas las dignidades y distinciones que

puedan hacerme acreedor a' la mano

de Virginia , según las ideas de su

parienta ? Iré á enriquecerme á Ben-

gala , y despues pasaré á París , á

pedirla en matrimonio á su misma

tia.

" C ó m o i exclamé y o : ¿tendrías

entrañas para abandonar á tu madre

y á la s u y a ? "

""Vos mi smo , me replicó , me

aconsejasteis que me e m b a r c á r a p3ra la India."

" 'Entonces estaba aquí Virginio, le contexté; pero en el dia eres el único apoyo de su madre y de la t u y a . "

"'"Virginia , me replicó , las so-correrá por medio de su parienta r i c a . "

T L o s r i c o s , Pablo , le d i x e , so-lamente reconocen por parientes á Jos que les dan honor y timbre en el mundo."

Y VIMNIA. I6R)

""¡Qué país tan perverso la E u -

ropa! exc lamó: ¿qué necesidad te-

nia Virginia de ir s buscar una pa-

rienta rica ? Aquí vivia feliz y con-

tenta , y allá sabe Dios si será des-

graciada." Y diciendo e s t o , comenzó

á llorar con la mayor amargura.

Volviendo en sí al cabo de un

buen rato , exclamaba como si la tu-

viera presente : * Torna , torna V i r -

ginia , al país donde has nacido, aban-

dona tus palacios , tu fausto y tu

grandeza: vuelve á estas breñas á la

sombra de estas florestas y de nues-

tros cocotéros : dexa esos trages de

señora , y vuelve á estas cabañas en-

galanada con tu vestido de c o t ó n , tu

pañuelo encarnado al rededor de la

cabeza , y tus flores bellas cogidas

por mi mano en estas praderas."

Despues de estas exclamaciones,

quedó como enagenailo y en una es-

pecie de abatimiento de ánimo que

á mí mismo me hizo enternecer : y

saliendo de él repentinamente como

quien despierta de nn sueño inquie-

Page 107: Pablo y Virginia

1 7 0 PABL O

to y t u r b u l e n t o , se encaró á mí y

me preguntó con ayre de sorpresa. n ' ¡ Q u é necesidad hay de ser ri-

c o , para casarse? ¿no bastaba que

hubiera unión de voluntades , con-

formidad de genios y disposición en

el hombre para ganar de comer con

é l trabajo de sus manos ? ¿ en qué

se ocupan los ricos?"

' '"En v i v i r en la opulencia , le

r e s p o n d í , sin que hagan nada la ma-

y o r parte de los que poseen muchos

bienes de fortuna. E l trabajo de ma-

nos no tiene en E u r o p a todo el apre-

cio que m e r e c e , y que el mismo Dios

le d i ó q u a n d o condenó al hombre á

v i v i r de l sudor de su rostro: y aun

se le da e l nombre de trabajo me-

cánico. Conforme á este modo de

p e n s a r , los européos suelen apreciar

mas á un artista que á un labrador,

sin embargo de que la agricultura es

e l ar te que sustenta á los hombres.

N o es posible que comprehcndas ta-

maña contradicion , querido Pablo,

opuesta á los principios de la razan,

Y VIRGINIA. 1 7 r

y consecuencia forzosa de la d e p r a v a -

ción del hombre civi l . E s fácil f o r m a r

una ¡dea exacta del órden , mas no

del desórden : la belleza , la virtud

y la felicidad tienen p r o p o r c i o n e s ; la

fealdad , el vicio y la infel ic idad no

tienen n i n g u n a . "

" " S e g ú n e s o , me i n t e r r u m p i ó , s e -

rán m u y felices los ricos , no encon-

trando ningún obstáculo para el l ó -

gro de sus c a p r i c h o s , y pudiendo c o l -

mar de gustos y satisfacciones al ob-

je to de su cariño ? "

"No por c i e r t o , le r e s p o n d í : b i e n

lejos de eso la mayor parte de los

ricos no gozan de ningún placer , por

lo mismo que no Ies cuestan la menor

di l igencia. ¿ N o has exper imentado

que e l placer del descanso se compra

con la fat iga , el de comer con e l ham-

bre , y el de beber con la sed ? pues

así sucede en el de a m a r y ser a m a d o ,

q u e solo se adquiere á costa de mil

privaciones y sacrificios. Las r i q u e z a s

privan á los ricos de todos estos p lace-

res , porque se anticipan á sus necesi-

Page 108: Pablo y Virginia

172 PABLO

dades. A l disgusto, compañero de sa

ahito y saciedad - se agrega el orgu-

l lo que nace de su opulencia , y que

la menor privación incomóda, al mis-

mo tiempo que no los mueven, ni

lisonjean las mayores satisfacciones. I*a

fragrancia de mil flores no agrada mas

que un instante; pero el dolor que

causa una de sus espinas, dura mucho

tiempo despues de la picadura. Un

mal en medio de las delicias , es para

los ricos una espina entre las flores;

y por el contra r i o , un bien en me-

dio de los m a l e s , es para los pobres

una flor entre las espinas , que ellos

gozan con grande ansia y deleyte. La

naturaleza todo lo ha contrapesado en

este m u n d o , y los efectos de una cau-

sa se aumentan en proporción de su

contraste. ¿ Q u é estado, habiendo de

e s c o g e r , te parece preferible , el de

temer todos los males y no tener casi

ningún bien que esperar, ó el de no

temer casi ningún mal y esperar to-

dos los bienes? Pues el primero es el

de los r icos, y el segundo el de los

r VIRGINIA. 173

pobres. Pero los hombres con dificul-

tad pueden soportar estos extremos;

y asi la felicidad consiste en un es-

tado de medianía y de virtud ; el tu-

yo es de esta c l a s e , pues mantienes

á' tus padres con el trabajo de tus ma-

nos , por agradar á Dios únicamen-

t e . "

Con estas ideas quedaba -tan com-

placido y sosegado, que ya daba por

hecho el regreso de V i r g i n i a , y dis-

culpaba su dilación en escribir , su-

poniéndola ya en camino para la isla.

L a vuelta le parecía que podría veri-

ficarse en poco tiempo con un viento

f r e s c o , y contaba las naves que ha-

bían hecho la travesía de tres mil y

quinientas leguas de Europa á aquí,

en menos de tres meses : ponderaba

lo adelantado que estaba en este siglo

el arte de la navegación , y la destre-

za de los marineros : hablaba de las

disposciones que iba á tomar para re-

cibirla, y de la nueva cabaña que pen-

saba construir para habitación de los

dos : me decia que en llegando V i r -

Page 109: Pablo y Virginia

174 PABLO

g i n i a , rica y poderosa , ya podía y o

v i v i r descansado y sin trabajar , sino

para mi r e c r í o , pues con su dinero

compraría muchos negros que culti-

varían la tierra para todos nosotros,

y viviriamos juntos , sin tener y o otra

cosa en que pensar , mas que en di-

vertirme y recrearme á mi gusto. Y

fuera de sí de contento con estas es-

peranzas , iba á comunicar á su fa-

milia la alegría de que estaba pene-

trado su corazon.

E n esta v i d a , los grandes temore»

se suceden de un instante á otro á

las grandes e s p e r a n z a s , y las pasiones

violentas ponen siempre á el alma en

extremos opuestos. Regularmente vol-

vía Pablo al dia'siguiente i mi caba-

íia , sumamente triste y pensativo, y

me decia : n" Virg inia no me escribe:

si se hubiera embarcado para esta is-

la , me hubiera avisado de antemano

el dia de su partida de Europa. Ah !

demasiado fundadas son las noticias

que han corrido I Sin duda la ha ca-

sado su tia con un gran s e ñ o r , y el

r VIRGINIA 1 7 5

amor de las riquezas la ha perdido

á ella , co ino á otras muchas. E n estos

l i b r o s , que pintan tan al v ivo a las

mugeres europe'as , la virtud no es

mas que un asunto de novela. Si V i r -

ginia hubiera sido virtuosa , no hubie-

ra abandonado á su propia madre y á

todos nosotros. Mientras y o pa'so la v i -

da pensando en su venida , y me afli-

jo por su ausencia , ella se divierte

y me olvida. A y de mí I este pen-

samiento me trastorna el j u i c i o ! T o -

do trabajo me fastidia, y la conver-

sación y trato con las gentes me es

enojoso. Ojalá se declarase la guerra

en la India , para ir á exponer mi

vida en ella!"™

" H i j o mió , le contexto y o , el

valor que nos l leva á Ja muerte , no

es mas que el valor de un instante,

comunmente excitado por los vanos

aplausos de los hombres. Otro hay

mas raro y necesar io , que nos hace

sobrellevar sin testigos ni aplausos

los males ordinarios de la v i d a : la pa-

ciencia , quiero decir. Esta se funda.

Page 110: Pablo y Virginia

' 7 ® PABLO

no en la opinion de otros 6 en el fre-

ne'tico furor de nuestras pasiones, si-

no en la conformidad con la volun-

tad de Dios. L a paciencia , querido

P a b l o , es el valor de la virtud.' '

A y de m i ! exclamó á e s t o : " con

que tampoco tengo virtud ! todo con-

tribuye á afligirme y llenarme de

desesperación.. . .

' v L a v i r t u d , le interrumpí, siem-

pre i g u a l , siempre constante é inva-

riable , no es el patrimonio del hom-

bre despues de la caída original. E n

medio de tantas pasiones como nos

a g i t a n , nuestra razón se perturba y

obscurece muchas v e c e s ; pero hay

dos fanales donde podemos encender

su antorcha : la religión y las letras.

L a r e l i g i ó n , hijo m i ó , nos ensena á

dirigirnos á Dios en nuestras aflic-

ciones , y esperar de su mano el re-

medio , por medio de la conformidad

y paciencia cristianas, qué el mismo

nos recomienda en su evangelio. Las

letras son un don del cielo , y como

un destello Ue aquella sabiduría que

r VIRGINIA. I 7 7

gobierna-el universo .-'semejantes á

los rayos del s o l , i luminan, alegran

y calientan , á manera de un fuego

d i v i n o ; y á imitación del fuego ha-

cen servir toda la naturaleza para

nuestros usos. P o r ellas reunimos al

rededor de nosotros las cosas , los lu-

gares , los hombres y los tiempos :

ellas son las que nos enseñan á con-

formarnos á las reglas de la vida h u -

mana, las que calman las pasiones, r e -

primen los vicios y excitan á las v i r -

tudes- por medio de los augustos exem-

plos de los héroes , cuyas acciones ce-

lebran , presentándonos la imagen y

memoria de sus v i r t u d e s , siempre en

veneración y acatamiento. E n suma

son las hijas del c i e l o , que baxan á

la tierra , para dulcificar los males

del género humano : y en los tiem-

pos de la mayor barbárie y depra-

vación , siempre han aparecido gran-

des escritores inspirados por ellas pa-

ra consuelo de sus semejantes. L a s le-

tras han consolado á una infinidad de

hombres mas desgraciados que tú 1 i

O

Page 111: Pablo y Virginia

I ? 8 PABLO

Xei iophonte , destarrado de su patr ia ,

despues de haber conducido á ella

diez mil griegos victoriosos : á Sc i -

p i o n , el africano , cansado de las ca-

lumnias de los R o m a n o s ; á Lueúlo,

de sus partidos é intrigas ; á Cat i -

n a t , de la ingratitud de su corte.

L e e , p u e s , hijo mió. Los sabios

que han escrito antes de nosotros, son

como viageros , que habiéndonos pre-

cedido en las sendas del infortunio, nos

a largan la m a n o , y nos convidan i

que nos unamos á e l l o s , quando to-

d o nos abandóne. Un buen libro es

un buen amigo , cuya función au-

gusta de hacer que resplandezca la

v i r tud escondida , de consolar á los

desgraciados , ¡luminar al mundo, y

decir la verdad á todos sin distin-

ción , es siempre digna de su celes-

tial origen , y el destino mas subli-

me con que el c ielo puede honrar

á un mortal sobre la tierra, j Qué

hombre habrá que no se consuele de

la injusticia ó desprecio de los que

disponen á su arbitrio de Ja fortuna,

Y VIRGINIA. 179

quando considero que sus obras irán

de siglo en siglo y de nación en na-

ción para servir de barrera al error

y la corrupción de los mortales ; y que

del seno mismo de la obscuridad en

que ha vivido , resaltará una gloria

que borrará la de la mayor parte de

los poderosos de la t i e r r a , cuyos mo-

numentos perecen en el o lv ido, á pe-

sar de los aduladores que los elevan

y ponderan ? "

M e oyó Pablo con toda la aten-

ción que y o deseaba , aunque da-

ba de quando en quando tristes y

profundos suspiros ; y conociendo y o ,

que e l continuar hablando seriamen-

te de semejante asunto sería inhabi-

litarle cada vez mas para que se de-

dicára al cult ivo del c a m p o , le dis-

traxe todo lo posible, diciéndole, que

quando volviese Virginia extrañaría

mucho no hallar el jardín bien cui-

dado , siendo así que ella no había

pensado mas que en hermosearlo, á

pesar de las persecuciones de su pa-

rienta y á tan larga distancia de su

O s

Page 112: Pablo y Virginia

1 8 0 PABLO

familia. Este ardid y la idea del pró-ximo regreso de V i r g i n i a , renovaron el valor de P a b l o , y le estimularon á entregarse á sus ocupaciones cam-pestres , las quales divertían sus pe-nas representándole el objeto de su pasión, como el término inmediato de sus fa t igas ; y mientras conservaba esta i lusión, era feliz trabajando.

Levantándose , pues , una ma-ñana al rayar al alba , que era el 2 4 de diciembre de 1 7 4 4 , vió tre-molar una bandera blanca sobre la M O N T Í S A D E J.A A T A L A Y A ; l o q u a l

era señal de que se descubría una embarcación en el mar , é inmedia-tamente que la avistó , corrió al puerto para saber si traía alguna no-ticia de Virginia. E l práctico, que según costumbre , habia ido á re-conocer el buque , no volvió hasta por la tarde , y habiéndole espera-do Pablo , supo que el navio señala-do era el San Gerando , de porte de 700 toneladas, mandado por un capi-tán llamado M r . Aubin : que 'estaba

Y ViRBINlA. l8t

quatro leguas mar adentro • y no fon-dearía en PUERTO-LUIS hasta el dia siguiente por la tarde , si el viento so-plaba favorable • pues á la sazón rey-naba una profunda calma. Entregó el práctico al gobernador las cartas que traía de Francia el S . Gerando, en-tre las quales habia una con el sobre para Madama de la T o u r , de letra de Virginia. Apoderóse Pablo de ella al instante , besóla con una especie de enagenamiento, metióla en el seno, y corrió á la posesion sin detenerse un minuto; y desde lo mas lejos que pudo avistar á los suyos, que le es-taban esperando sobre el peñasco de la DESPEDIDA , levantó la carta en alto sin poder articular palabra.

Virginia decía en resumen á su madre ,en dicha carta, " q u e habia ex-perimentado muy malos tratamientos de parte de su tia , la q u a l , después de haberla querido casar contra su vo-luntad , la habia desheredado por úl-timo , echándola de casa en un tiem-po en que no se podia aportar á la isla,

0 3

Page 113: Pablo y Virginia

i 8 i P a b l o

d e Francia , sino en la estación de loi

i iracanes; que ella había p r o c u r a d o ,

aunque en v a l d e , ablandar su dure-

z a , representándole lo que debia á

su madre , v á los dulces recuerdos

de la niñéz ; pero que la tia la h a -

bía tratado de loca y mentecata , aña-

diendo que tenia la cabeza perver t i -

da con las novelas. Finalmente , con-

cluía l a carta diciendo , que á la sa-

zón nada le interesaba tanto como la

dicha de volver á ver y abrazar á

su amada familia , c u y o ardiente de-

Séo hubiera satisfecho aquel mismo

dia , si e l capitan la hubiera permiti-

d o transbordarse á la lancha del prác-

t ico ; pero que se habia opuesto á

e l l o , á causa de la distancia de la

tierra y de la marejada , que no obs-

tante la calma , comenzaba i correr

en alta m a r . "

L e í d a que fui esta carta , toda

l a familia cnagenada de g o z o , comen-

z ó á gr i tar : " C o n que ha llegado

V i r g i n i a ! ha llegado Virginia ! " Y

dándose mótuos abrazos amos y cria-

Y VlP.CLXI.4. 183

d o s , dispuso Madama de la T o u r ,

que fuera Pablo á darme parte sin

tardanza de la venida de su hija. K a

efecto , encendió Domingo una h a -

cha de v i e n t o , y se encaminaron loa

dos á mi posesion.

Serian como las diez de la no-

che quando l l e g a r o n , á tiempo que

y o acababa de apagar la luz y acos-

tarme ; pero al punto percibí á lo le-

¡os el resplandor del hacha por entre

las rendijas de mi cabana , y de all í

á poco oí la voz de P a b l o que me

l lamaba. Apenas me habia levantado

y vest ido , quando P a b l o , sin alien-

to y fuera de s í , se me echó a l cue-

l lo , diciendo : " V a m o s , vamos q u e

ha l legado V i r g i n i a : vamos á prisa

al p u e r t o , donde fondeará la embar-

cación al apuntar el d í a . "

Inmediatamente nos pusimos en

camino; y como atravesásemos el bos-

que de la MONTAÑA-LARRA para to-

mar en el camino que va de las PAM-

PI.F.MUSAS al puerto , sentí pasos de-

trás de m í , y volviendo la c a b e z a ,

O 4

Page 114: Pablo y Virginia

1 8 4 PJKIO

TÍ que era un negro que venía ácia

nosotros en mucha diligencia. H a -

biéndole preguntado adonde iba con

aquella apresuracion , nos respondió,

que le enviaban desde la punta de

la isla , llamada los POLVOS DE ORO,

á dar parte al gobernador de que un

navio francés habia anclado en la en-

senada de la isla del AMBAR , y t i -

raba cañonazos pidiendo socorro, por-

que el mar estaba bastante alterado.

Y sin detenerse mas , prosiguió su

camino con la misma celeridad.

Y o entonces mudé de dirección,

y d ¡ \ - á Pablo que nos encaminare-

mos á la punta de los POLVOS DE ORO,

distante de allí poco mas de tres le-

g u a s , para salir al encuentro á V i r g i -

nia ; y en e f e c t o , echamos á andar los

tres acia la parte del norte de la isla.

Hacía un calor bochornoso é in-

aguantable , y la luna que acababa

<Jc salir , tenia en rededor tres cer-

cos negros. E l cielo presentaba un

aspecto triste y horroroso; y al con-

tinuo resplandor de los relámpagos.

Y VIÉSISH. ' 85

se distinguían largas hileras de nubar-

rones espesos , negros y poco e leva-

d o s , que se apiñaban ácia el cen-

tro de la isla , y venían de la parte

del mar con extraña velocidad , aun-

que no se sentia en la tierra el menor

a y r e . Yendo nosotros caminando , nos

pareció que oíamos tronar de quan-

do en quando ; pero habiendo aplica-

do con mas atención el o í d o , conoci-

mos que eran cañonazos repetidos por

los ecos. Estos cañonazos i lo lejos, ^

y al aspecto de un cielo tempestuo- *

s o , me llenaron de horror , no que-

dándome ya duda de que eran seña-

Jes de socorro de alguna embarcación

que naufragaba. De allí á media hora

y a no oímos mas cañonazos; y aquel

silencio me pareció mucho mas espan-

toso , que el lítgubre estruendo que l e

habia precedido.

Nosotros acelerabamos el páso sin

hablar palabra ni atrevernos á com u-

nicarnos mútuamente nuestra z o z o -

bra ; y á las doce de la n o c h e , po-

co mas ó m e n o s , llegamos muy su-

S

Page 115: Pablo y Virginia

186 PABLO

dados á la ribera del mar, donde es-

t á la puma de los POLVOS DE ORO.

L a s olas se estrellaban en la playa

con horroroso estrépito , cubriendo

las rocas y arrecifes de una espuma

tan blanca que deslumhraba la vista,

y despidiendo de si chispas de fuego;

de modo que en medio de las tinie-

blas , distinguimos, á favor de tan-

tos fuegos fosfóricos, las piraguas de

los pescadores retiradas por ellos tier-

ra adentro.

A poca distancia , vimos una ho-

guera en el b o s q u e , al rededor de

la qual se habia juntado mucha gen-

te , y nosotros fuimos á descansar

al l í mientras llegaba el dia. Estan-

do sentados cerca de la l u m b r e , nos

contó uno de los concurrentes , que

despues de medio dia habia visto en

alta mar una embarcación , arrostrada

por las corrientes ácia la i s l a , y que

la obscuridad de la noche se la ha-

bia ocultado por algún tiempo ; que

dos horas despues de puesto el sol

habia oído cañonazos en demanda de

Y VIRGINIA. 1 8 7

socorro; pero que estaba el mar tan

alborotado , que ninguna lancha ha-

bia podido salir del puerto ; que de

allí á poco le pareció que habia vis-

to encendidos los faroles de la n a v e ,

en c u y o caso me temo ( decia é l ) que

atraída por la corriente sobre la cos-

ta , se haya metido entre la tierra y

la isleta del AMBAR , equivocando

ésta con la punta de MIRA , por

donde pasan las embarcaciones que

arriban á PUERTO-LUIS ; y que si sus

sospechas eran fundadas , lo que sin

embargo 110 podia a s e g u r a r , el buque

corría el mayor riesgo.

T o m ó otro la palabra , y dixo

que habia atravesado muchas veces

el canal que separa la isleta del AM-

BAR de la costa , y aun lo habia son-

deado ; y que teniendo un anclage

e x c e l e n t e , estaba libre el buque de

peligro , y tan seguro como en el

mejor p u e r t o : " Y o depositaría en

él , añadió , todo qnanto tengo , y

dormiría á bordo con tanto sosiego

como en tierra."'1

Page 116: Pablo y Virginia

| 8 8 P a b l o

E l tercero dixo que era imposi-

ble q u e a q u e l buque hubiese entra-

do en e l c a n a l , donde apenas podian

n a v e g a r las chalupas ; y aseguró q u e

le h a b i a visto d a r fondo de la parte

de a l l á de la isleta del AMBAR , de

suerte q u e si se l e v a n t a b a v iento p o r

la m a ñ a n a , podría hacerse á la m a r ,

ó tomar puerto c o m o quisiese. O t r o s

de la c o m i t i v a fueron de diferentes

dictámenes ; y mientras q u e a l terca-

ban entre sí - según la costumbre de

los criol los ociosos . guardábamos Pa-

blo y y o un p r o f u n d o silencio.

P e r m a n e c i m o s a l l í hasta la punta

del dia , pero el c ie lo estaba tan obs-

curo y el mar tan n e b u l o s o , q u e n o

p u d i m o s descubrir en til ningún ob-

j e t o , y solo columbramos á lo largo

c o m o una nube o p á c a . que nos di-

x e r o n era la isleta del A M B A R , s i t u a -

da á un quarto de l e g u a de la cos-

ta. E n suma , el d i a . e r a tan tenebro-

so , que no se percibía mas q u e el e x -

tremo de la p l a y a , donde nosotros es-

tábamos , y a lgunos picachos de las

RVLBUTNIA. 189

mentafías de la i s l a , los quales se d e -

x j b a n v e r de quando en quando por

entre las nubes que giraban sin c e -

sar en torno de ellos.

A eso de las siete de la m a ñ a -

na , oímos en el bosque ruido de tam-

bores , y de a l l í á poco vimos venir

á caba l lo a l gobernador M r . de la

Bourdonais , con un destacamento de

tropa armada , y seguido de un g r a n

número de criollos y n e g r o s ; y c o -

locando á los soldados en la p l a y a ,

l es m a n d ó h a c e r una descarga g e n e -

ra l de fusi ler ía . A p e n a s se h i z o la

descarga , quando advertimos en el

mar una l lamarada , seguida i n m e -

diatamente de un c a ñ o n a z o ; l o q u e

nos h i z o j u z g a r que el buque estaba

á corta distancia de nosotros. C o r -

rimos todos velozmente ácia e l p a r a -

ge donde se habia oído el c a ñ o n a z o ,

y d e s c u b r i m o s , por entre la n ieb la ,

el casco y arboladura de un g r a n n a -

vio , del q u a l estábamos tan c e r c a -

nos , q u e sin embargo del ruido de

l a s o l a s , oímos e l pito del contramaes-

Page 117: Pablo y Virginia

190 PABLO

t r e , que mandaba la maniobra y las

voces de la tripulación , que gritó

por tres v e c e s : VIVA EL R E Y , por-

que éste es el grito de los France-

ces en los mayores apuros , igual-

mente que en los grandes regocijos.

Desde el punto que el navio S.

Gerando nos vió en situación de po-

derle socorrer , no cesó de dispa-

r a r cañonazos de tres en tres minu-

tos. M r . de la Bourdonois hizo en-

cender grandes hogueras de trecho en

trecho por toda la playa , y envió á

buscar á casa de todos los colonos de

las inmediaciones , v í v e r e s , tablones,

cables y toneles vacíos. Bien pronto

vimos l legar una multitud de el los,

acompañados de sus negros , con pro-

visiones , -xarc ia , y otros utensilios de

esta naturaleza , que venian de las

habitaciones de los POLVOS DE ORO,

del arrabal del FRASCO y del rio

d e l B A L U A R T E .

Acercóse en esto uno de los mas an-

cianos al gobernador , y le d i x o : " 'Se-

ñor gobernador , toda la noche se ha

Y FUEN A. 1 9 1

o í d a un ruido sordo en las montañas:

las hojas de los árboles se menean en

los bosques , sin que se sienta nin-

gún viento ; las aves marítimas se re-

fugian á la tierra : sin duda que to-

das estas señales anuncian un uracán."

" C ó m o ha de ser ! respondió el g o -

bernador : venga lo que Dios quiera,

que a todo estamos dispuestos, y

los del navio también lo estarán por

su parte."

E n efecto, todo presagiaba la pró-

xima explosion de un uracáo. Las nu-

bes que se distinguían en el zeniih,

eran en su centro de un negro hor-

rible , y de color de cobre en la c ir-

cunferencia , y el ayre resonaba con

los graznidos de los c u e r v o s , de las

f r a g a t a s , de los patos y de una i n -

finidad de aves marítimas, que í p e -

sar de la obscuridad de la atmósfera,

l l e g a b a n , de todos los puntos del ori-

zonte , á buscar asilo en la isla.

Cerca de las nueve de la maña-

da se oyó en la ribera del mar un

ruido formidable , como si torrentes

Page 118: Pablo y Virginia

ÍYI PABLO

de agua acompañados de truenos , se

despeñasen de la cima de las monta-

ñas. Todos gritaron á una v o z : E l

uracán , el uracán 1 " é inmediata-

mente un torbellino impetuoso de

v iento disipó la niebla que cubria la

isleta del AMBAR y su canal.

Descubrióse entonces claramente

el San Gerando con toda su tripula-

ción encima de cubierta , baxadas las

vergas y masteleros de las gav ias ,

su pavellon ondeante y hecho giras,

con quatro cables por la proa y uno

de reserva á la popa , entre la isleta

del AMBAR y la tierra , de la parte

de acá de la cadena de rocas que cir-

cundan la isla de Francia , por c u y o

parage ningún otro navio habia pasa-

do hasta entonces. Presentaba la proa

á las olas que venían de mar aden-

t r o , y á cada montaña de agua q u o

entraba en el canal , se levantaba su

proa de tal forma , que se descubría

toda la q u i l l a ; y zabulléndose con

este movimiento la popa , desapare-

cía á nuestra vista hasta las galerías,

v VIRGINIA. 1 9 3

como si hubiera sido sumerjida en las

aguas. E n esta posicion en que el vien-

to y la mar le arrojaban sobre la cos-

t a , era igualmente imposible volver

á salir por donde habia entrado , 6

barar , picando cables , en la playa,

de la qual estaba separado por gran-

des arrecifes. Cada ola que venia á

estrellarse contra la costa , se adelan-

taba bramando hasta las rias y ense-

nadas de las inmediaciones , llevando

los guijarros mas de cincuenta pies

tierra adentro; y retirándose despues,

dexaba descubierta una gran parte de

la ribera, á cuyas piedras hacía rodar

con un ruido bronco y espantoso. E l

mar sublevado por el v iento , se em-

bravecía por instantes, y todo el ca-

nal comprehendido entre la isleta del

AMBAR y esta isla , no era mas que

un vasto campo de espumas blancas,

surcado de negras y profundas olas;

cuyas espumas se apiñaban en los re-

codos de las ensenadas hasta la altu-

ra de mas de seis pies , y el viento,

que barría su superficie , las llevaba,

P

Page 119: Pablo y Virginia

1 P A B L O

por encima del repecho de la playa, á las tierras apartadas mas de media legua de ella. Al ver sus blancos é ¡numerables copos, arrojados orizon-talmente hasta la falda de los mon-tes , qualquiera diria que era una ne-vada que salia del mar. E l orizon-te ofrecía todas las señales de una tempestad duradera , y el mar pare-cía que estaba confundido con el cie-lo. Continuamente se veían despren-derse del orizonte nubes de un as-pecto horrible , que atravesaban el zenith con la velocidad de las aves, mientras que otras permanecían in-móbiles en é l , á manera de enor-mes peñascos. Por ningún lado sa descubría el azul del firmamento, y solo iluminaba los objetos de la tier-ra , del mar y de los cielos, una luz fúnebre y parda.

Con los terribles balances del na-vio sucedió lo que se temia. Fal tá-ronle los cables de proa; y como que-dó á una sola ancla, fué arrojado con-tra las peñas i medio cable de la pla-

r VmGiNiA. 1 9 5

ya . N o se oyó entonces mas que un grito general de dolor entre nosotros. A este tiempo iba Pablo á arrojar-se al m a r , quando le detuve por el brazo, y le dixe: Hijo mió , ¿quie-res ir á perecer? " A lo que excla-mó : " Muera yo mil veces antes que dexar de ir á socorrerla !

Como el sentimiento le privaba la razón, discurrimos Domingo y yo, para evitar su muerte , atarle á la cintura una soga larga , y tenerla no-sotros cogida por el otro cabo. E n -caminóse entonces Pablo ácia el San G e r a n d o , nadando unas veces, y yen-do otras á gatas por los peñascos, has-ta tener en varias acasiones valor pa-ra llegar á su bordo ; pues el mar en aquellos movimientos irregulares, dexaba el navio casi en seco, de modo que se podía andar á pie todo al rede-dor de él. Pero volviendo inmediata-mente con nueva furia sobre la pía* y a , la cubría de enormes rollos de agua , que levantando hasta las nu-bes la proa del buque , arrojaban mu-

P a

Page 120: Pablo y Virginia

, 96 PABLO

c h o mas acá de la ribera al infclice

P a b l o , con las piernas todas ensan-

grentadas , magul lado el pecho y c a -

si sin al iento.

A p e n a s recobrada el miserable jo-

v e n e l uso de los sentidos , quando

se levantaba y volvia con nueva intre-

pídéz ácia e l n a v i o , que los golpes de

mar iban abriendo por instantes con

horribles crugidos. T o d a la tr ipula-

ción desauciada y a de poder salvar la

v ida en el b u q u e , se precipitaba en

tropél a l mar , los unos en los ga l l i -

n e r o s , los otros en las v e r g i s , y la

m a y o r parte en toneles y tablones.

V ióse entonces el objeto mas dig-

n o de eterna compasion , que fué

presentarse en la galería de popa del

S a n G e r a n d o , una jóven con los bra-

zos tendidos ácia aque l que hacía t a n -

tos esfuerzos por l legar á ella. E s t a

j ó v e n era la infe l iz V i r g i n i a , quien

desde luego conoció á P a b l o por su

intrepidez y denuedo.

L a vista de esta amable criatura,

expuesta á tan inminente peligro aca-

y VIRGINIA. ' 9 7

bó de consternar í todos los e s p e c -

t a d o r a « particularmente quando ad-

vertimos que nos hacía señal con la

mano , aunque con cierto ayre de

nobleza y tranquilidad , como dicien-

donos , á Dios para siempre. T o -

dos los marineros se habían echado

al a g u a , menos uno que se conocía

intentaba persuadirla á que se desnu-

dára y salvára la vida por este m e -

d i o , arrojándose con él al mar ; mas

ella resistiéndolo con dignidad , l e -

vantó los ojos al cielo y h u y ó de

al l í . Gr i taron entonces todos los con-

currentes : " sálvala , sálvala : no la

d e s a m p a r e s ! " Pero en aque l mismo

instante , una montaña de agua se in-

troduxo entre la isleta del AMBAR

y la costa , y se abalanzó braman-

do ácia el nav io , á el qual a m e n a -

zaba con sus flancos negros , y sus

cimas espumosas y encrespadas. A

tan terrible a s p e c t o , el marinero se

arrojó solo al mar ; y Virginia , v i e n -

do la muerte inevitable , se c iñó con

una mano los zagalejos , puso l a otra

P 3

Page 121: Pablo y Virginia

1 9 8 PABLO

sobre el corazon , y levantando at cielo sus ojos serenos, se mostró co-mo un ángel que remonta su vuelo ácia el empíreo.

O dia espantoso 1 ay de mí! to-do fué sumergido. L a ola hizo re-tirar muy tierra adentro á una par-te de los espectadores, que por un sentimiento de humanidad se habian acercado á socorrer á Virginia, igual-mente que al marinero que la quiso salvar á nado. Aquel hombre cari-tativo , viéndose libertado de una muerte casi cierta , se arrodilló en Ja arena , y exclamó i ""O Dios mío! vos me habéis salvado la vida ; pe-ro la hubiera dado muy contento por esta modesta y virtuosa doncella que jamas ha querido desnudarse como y o . "

Domingo y yo retiramos de las aguas al desgraciado P a b l o , privado de sentido, y arrojando sangre por boca y oídos. E l gobernador man-dó entregarle á los cirujanos; y en-tretanto nos pusimos á buscar por

r VwetviA. ")9

«oda la playa el cuerpo de Virgi-nia. Pero cambiándose repentinamen-te el viento , como sucede d^ ordi-nario en los uracanes, tuvimos el do-lor de creer que ni aun podríamos tributar á esta malograda joven los últimos honores de la sepultura. Con esta zozobra nos alejamos de aquel sitio llenos de la mayor consterna-ción y pena , no solo nosotros, sino todos los que fueron testigos de un naufragio tan lastimoso , en que pere-cieron muchas personas , y particu-larmente una muchacha como Virgi-nia , digna de mejor suerte por sus virtudes. Pero los decretos ocultos de la providencia son siempre adorables para el hombre religioso.

En este intermedio fuimos á ver á Pablo que ya empezaba á reco-brar el uso de los sentidos en una habitación inmediata, donde le depo-sitaron mientras volvía en sí y se ponia en estado de ser conducido á la de su madre. Pero yo tuve que volverme desde allí con D o m i n g a , á

P 4

• v w

Page 122: Pablo y Virginia

s e o PAULO

fin de preparar á la madre de Vir-ginia y á su amiga, á recibir la pri-mera noticia de un fracaso tan ines-perado como infausto.

Quando llegamos á la entrada del valle del rio de los LATAXEROS , nos dixeron unos negros que el mar ar-rojaba muchos despojos del S. Geran. do en la playa de enfrente. Basamos al instante á ella , y uno de los pri-meros objetos que descubrí en la ri-bera , fué el cuerpo de Virginia , me-dio enterrado en la arena , y en la misma actitud en que acababamos de verla perecer. Sus facciones no esta ban sensiblemente alteradas : ios ojos los tenia cerrados, aunque resaltaba todavia en su frente la serenidad, y solamente se veían confundidas en sus mexillas las pálidas violetas de la muerte , con las rosas del pudor. T e -nia una mano sobre su ropa y la otra sobre el corazon , pero tan fuerte-mente apretados los dedos , que me costó mucho trabajo quitarle una ca-sita que tenia en ella. Mas ¡ qual

r VmantA. 201

fué mi sorpresa quando vi que era el retrato de Pablo , á quien habia prometido no desprenderse de él has-ta la muerte! Con este último tes-timonio de la constancia y amor de la infeliz Virginia , lloré amargamen-te ; y Domingo golpeándose el pe-c h o , penetraba el ayre con doloro-sos ayes. Llevamos el cadáver á una choza de pescadores , y se lo dimos á guardar entretanto á unas pobres mu-geres de la costa de M a l a v a r , que cuidaron de lavarle.

Mientras ellas se ocupaban en tan triste ministerio , subimos nosotros temblando á la cabaiía de Madama de la Tour , á quien encontramos rezando con Margarita , y esperando noticias del S. Gerando. Luego que me avistó Madama de la Tour , ex-clamó : v ¿ Dónde está mi hija , la hi-ja querida de mis entrañas ? ¿dónde está mi V i r g i n i a ? " Y no pudiendo dudar de su desgracia , por mi silen-cio y mis lágrimas , le asaltó repen-tinamente una mortal congoja , que

Page 123: Pablo y Virginia

s o í " PABLO

embargándole lo voz . no le permi-

tía mas que sollozar. Margarita e x -

clamó al mismo tiempo : " ¿ Dónde

está mi hijo ? y o no veo á mi hi-

jo ! " y en esto se acongojó. Corr i-

mos á socorrerla , y habiendo contri-

buido por nuestra parte á que vol-

viera en s í , le aseguré que Pablo

vivia . y quedaba al cuidado del go-

bernador ; con cuya noticia recu-

peró sus sentidos , y solo se ocupó

en la asistencia de «u amiga , á

quien asaltaban largas congojas. P o r

fin, Madama de la Tour pasó toda

la noche en aquellas crueles agonías,

que por su mucha duración me aca-

baron de confirmar que no hay do-

lor igual al dolor materno. Quando

recobraba el conocimiento , fixaba sus

ojos turbios y desconsolados en el

c i e l o ; y por mas que su amiga y

yo la apretábamos las manos entre las

n u e s t r a s , dándole los nombres mas

cariñosos y t i e r n o s , se mostraba in-

sensible á estos testimonios de nues-

tra antigua amistad , y solo salían de

r VIRGINIA. 2 0 3

su pecho oprimido sordos gemidos.

Por la mañana fué conducido P a -

blo á la habitación de su madre, r e -

cuperados ya sus sentidos, aunque sin

poder proferir una palabra. L a pri-

mera vista con su madre y Madama

de la T o u r , que tanto temiSf y o al

principio , produxo mejor efecto que

todas las precauciones tomadas por

mí hasta entonce«. Un rayo de con-

suelo se dexó ver en los semblantes de

aquellas infelices madres , las quales

arrimándose á él , le besaron y dieron

muchos abrazos , comenzando i correr

abundantemente sus lágrimas, que e l

exceso del dolor habia tenido em-

bargadas hasta aquel momento. N o

tardó P a b l o en mezclar las suyas con

las de ellas ; y habiéndose desaho-

gado así la naturaleza en aquellas

tres víctimas de la desgracia , un l a r -

g o sopor se sucedió al estado c o n -

vulsivo de su p e n a , que les propor-

cionó una especie de reposo letárgi-

co , semejante , en cierto modo , a l

de la muerte.

Page 124: Pablo y Virginia

PABLO

Mr. de la Bourdonais me envlS i decir reservadamente , que el cuer-po de Virginia habia sido conduci-do por órden suya á PUERTO-LUIS, desde donde pensaba trasladarlo á la Iglesia de las PAMPLEMUSAS. Baxé al instant» al puerto , donde hallé con-gregados colonos de todos los pun-tos de la isla para asistir al entierro, como si todo si país hubiera perdi-do la prenda de mas subido precio. Las naves de la bahía con las ver-gas cruzadas , y los pavellones tremo-lantes disparaban cañonazos de tiem-po en tiempo; los granaderos abrían el camino del acompañamiento lúgu-bre con los fusiles á la funerala : sus tambores cubiertos de arriba abaxo de crespón negro sonaban sorda y melancólicamente, y se veía retra-tada la imagen de la tristeza en los semblantes de aquellos guerreros, que tantas veces habían arrostrado la muerte en la pelea , sin inmutár-seles el color. Ocho doncellas de las mas principales de la isla , vestidas

y VIRGINIA. 2 0 5

de blanco y con palmas en las ma-nos , llevaban el cuerpo de su vir-tuosa compañera cubierto de llores, Seguíalas un coro de niños que en-tonaban himnos y ca'nticos de alaban-zas ; y en pos de ellos iban las gen-tes mas distinguidas de la p f a , y el estado mayor de la plaza, presidido por el gobernador , que cerraba el acompañamiento , y una infinidad de personas del pueblo.

Esto fué lo que el gobernador dispuso para tributar los debidos ho-nores á la virtud de Virginia ; pero quando llegaron con el cuerpo al pie de esta montaña y á la vista de es-tas cabañas (que tanto tiempo habia hecho felices con su presencia, y aho-

' ra después de su muerte causan mi mayor tormento ) , toda la pompa fúnebre se desordenó : los himnos y cánticos cesaron repentinamente , y no se oía mas que los gritos y lamen-tos de todos los concurrentes. Las madres pedían á Dios una hija como ella : las hijas una modestia y obe-

Page 125: Pablo y Virginia

l o S PABLO

diencia igual á la suya : los pobres

una amiga tan tierna : los esclavos

uua aína tan bondadosa y benéfica:

finalmente todos , todos , jóvenes y

ajicianos - padres y hi jos , ricos y po-

bres , grandes y pequeños, lloraban

sobre 48' féretro la suerte de Virginia.

Quando llegó al lugar de su se-

pultura , las negras de Madagascár y

las cafres de Mozambique , presen-

taron en su entierro canastillos de

frutas , y colgaron de los árboles cer-

canos , telas y estofas de diferentes

géneros , según la costumbre de su

p a í s : y las Indias de Bengala y de

la costa de M a l a v a r , llevaron j a u -

las con muchos y diversos pajarillos,

á los quales dieron libertad sobre la t

misma tumba de Virginia. ] Quan

cierto es que todas las naciones se

interesan en rendir homenage á la

virtud desgraciada , reuniéndose de

común acuerdo al rededor de su se-

pulcro !

F u é enterrada cerca de la Igle-

s i a d e Jas P A H P L S J U U S A S , a l p i e d e

y VIRGINIA 2 0 7

un grupo de bambúes , donde gus-

taba d e s c a n s a r , sentada al lado de

aquel , que ella llamaba hermano,

quando iba í misa con su madre y

Margarita.

Acabada la pompa fúnebre , M r .

de la Bourdonais subió á jsr&s c a -

b a ñ a l , acompañado de una flarte de

su numerosa comitiva , y ofreció á

Madama de la Tour y á su amiga

todos los auxilios que estuviesen de

tu parte , expresándoles en b r e v e s ,

pero enérgicas pa labras , la indigna-

ción que le habia causado el proce-

der de su inhumana tia. Despues se

dirijió á Pablo , y le dixo quanto juz-

g ó mas oportuno para consolarle e a

tan lastimosa situación. Y animándo-

le í que se embarcára quanto antes

para Francia , donde le prometía to-

da su protección en la c o r t e , y cui-

dar entretanto de su madre , como

de la suya misma , le alargó la ma-

no de a m i g o ; mas Pablo retiró la

s u y a , y volv ió la cara á otro lado por

no mirarle.

Page 126: Pablo y Virginia

Í O 8 PABLO

Y o , pues , en semejantes cir-

cunstancias determiné quedarme pa-

ra hacer compañía á mis desgracia-

das a m i g a s , y darles, igualmente que

i P a b l o , todos los consuelos que me

fuesen posibles. Pasadas tres semanas

se halló Pablo en estado de poder

a n d a r ; pero parecia que se aumen-

taba su tristeza á medida de que sil

cuerpo iba adquiriendo vigor. Mos-

trábase insensible á todo ; sus ojos

estaban amortiguados, y no respon-

día á nada de lo que se le pregun-

taba. Madama de la T o u r , mas muer-

ta que viva , le decia muchas v e -

ces : " Hijo mió, jamás te v e o , que

no me parezca ver á mi amada V i r -

ginia. " AI oír Pablo el nombre de

Virginia se estremecia y se alejaba

de e l l a . á pesar de las voces é ins-

tancias de su madre para que no se

apartára de a l l í ; y encaminándose al

jardín se sentaba al pie del cocoté-

ro de Virginia , y finaba los ojos en

su fuente.

E l cirujano del gobernador, que

R FISMMA. 2 0 9

con el mayor esmero le habia asisti-

do , nos dixo un d i a , que para qui-

tarle la negra melancolía que le ator-

mentaba , era necesario dexarle ha-

cer todo lo que quisiera sin contra-

decirle en nada ; y que éste era el

tínico medio que habia de vencer el

silencio en que se obstinaba : cuyo

consejo resolví seguir en lo sucesivo.

E n e f e c t o , luego que Pablo se

sintió mas restablecido , lo primero

que hizo fué alejarse de la posesion;

mas como y o no le perdía de vista,

le fui s iguiendo, y dixe á Domingo,

que nos acompañara y Uevára pro-

visiones para algunos dias. A medi-

da de que Pablo baxaba esta mon-

taña , parecia que renacían sus fuer-

zas y alegría. T o m ó desde luego e l

camino d é l a s PAMPLEIVIUSAS, y quan-

do llegamos cerca de la Iglesia y

del grupo de bambúes , se fué en

derechura al parage donde vió la tier-

ra recientemente movida : arrodilló-

se a l l í , y levantando los ojos al cielo,

hizo una larga oracion.

Q

Page 127: Pablo y Virginia

A I O PABLO

Este paso me pareció de muy

buen agüero para el recóbro de su

r a z ó n , pues semejante señal de con-

fianza en el ser s u p r e m o , manifesta-

ba que su alma comenzaba á recu-

perar el exercicio de sus funciones

naturales. Domingo y y o nos arro-

dillamos , á exemplo s u y o , y ora-

mos con ¿1 : después se l e v a n t ó , y

se encaminó ácia la parte del norte

de la isla , sin hacer mucho caso de

nosotros. Como y o estaba cierto de

que ignoraba donde se había depo-

sitado el cadáver de Virginia , y aun

si le habían sacado del m a r , le pre-

gunté por qué había ¡ij?-á rezar al

píe de ios bambúes , y me respon-

dió suspirando: " Hemos estado allí

tantas veces Virginia y y o 1

Continuó caminando hasta la en-

trada del bosque , donde nos cogió

la noche. Al l í le excité con mi exem-

plo á tomar un poco de alimento , y

después nos recostamos sobre la yer-

va al pie de un árbol , persuadido

j o de que al día siguiente resolve-

r VIRGINIA. 2 I I

ría volverse á casa. E n e f e c t o , lue-

go que amaneció , estuvo mirando

bastante tiempo ácia la llanura de la

Iglesia de las PAMPLEMUSAS, y aun

hizo algunos movimientos como pa-

ra retroceder ; pero de allí á un ins-

tante se internó repentinamente en

el bosque , dirigiendo siempre sus pa-

sos ácia el norte. Conociendo y o su

intención , procuré distraerle de e l la ,

pero fueron inútiles mis esfuerzos.

Llegamos finalmente cerca de medio

día á la punta de los POLVOS DK

ORO , y baxó precipitadamente á la

playa del mar , enfrente del parage

donde naufragó e l San Gerando ; y

á vista de la ísleta d e l AMBAR y d e

su c a n a l , entonces terso y apacible

como un c r i s t a l , exclamó : *'' Virgi-

nia ! amada Virginia 1 " y en esto

se desmayó.

Domingo y y o le conduximos en

hombros á lo interior del b o s q u e ,

donde nos vimos muy apurados para

hacerle volver en s í ; y habiéndolo

conseguido, se empeñó de nuevo en

Q ¡

Page 128: Pablo y Virginia

2 1 J PABLO

volver á las orillas del m a r , hasta que habiéndole suplicado que no re-novara nuestro dolor y el suyo con tan crueles memorias, tomó otra di-rección. Finalmente , por espacio de ocho dias , no cesó de andar de una parte i o t r a , recorriendo uno por uno los lugares donde habia estado con la compañera de su infancia; la senda por donde habia ido á pedir el perdón para la esclava de Rio-KEGRO -, las márgenes del rio de los TRES PECHOS , donde Virginia se sen-tó por no poder a n d a r , y la parte del bosque donde los dos se extravia-ron. Todos los sitios que le recorda-ban las inquietudes , los entreteni-mientos , los banquetes, la benefi-cencia de su querida Virginia ; el rio de la MONTAXA-LARQA , mi cabaña, la cascada inmediata , el apoyo plan-tado por su mano , los cruzerns de la floresta donde ella se complacía en c a n t a r , la era ó explanada inmedia-ta á su casa donde gustaba de cor-r e r ; todos estos sit ios. repito , le hi-

r VIRGINIA. 2 1 3

cieron derramar sucesivamente lágri-mas de aflicción; y los mismos ecos que tantas veces habian resonado con los gritos comunes de su mutua ale-gría , no repetían entonces mas que estos acentos doloridos : " Virginia ! . . amada Virg in ia !"

Con aquella vida errante y sal-vage , se le hundieron los ojos , cu-brió su rostro una mortal palidez, y su salud se deterioró considerablemen-te. Persuadido yo de que el senti-miento de los males presentes se du-plica con el recuerdo de los place-res pasados, y que las pasiones cre-cen y se fortifican con la soledad , resolví apartar á mi infeliz amigo de los luga fes que renovaban la memo-ria de la pérdida de la prenda de su a m o r , y trasladarle á otro para-ge de la isla donde encontrase mas distracción y variedad de objetos.

A este efecto le llevé á las al-turas habitadas del distrito llama-do de WILLIAMS , donde no habia estado nunca , y en cuya parte do

Q 3

Page 129: Pablo y Virginia

a 1 4 PABLO

la isla , la agricultura y el comercio

estaban á la sazón en su mayor au-

ge y actividad , pues por todas par-

tes habia cuadrillas de carpinteros,

que cortaban mulleras, y otros que

las serraban en tablones; carretas que

iban y venían de una parte á otra,

por todos sus caminos ; grandes m a -

nadas de bueyes y de caballos , que

pastaban en su fértil campiña , y una

infinidad de casas distribuidas por los

campos. Por otro lado la elevación

del suelo permite plantar al l í en mu-

chos parages diversas especies de v c -

jetales de la e u r o p a , y se veían a q u í

y allí mieses doradas en la llanura,

verdes tapetes de fresales en los des-

campados de los bosques , y a lo lar-

go de los caminos setos de rosales.

Ademas de esto , la frescura del a y r e

que al l í se respira , dando tensión á

los nerv ios , e s . por consiguiente , f a -

vorable á la salud , aun de los mis-

mos blancos.

Desde aquellas alturas , situadas

casi en el centro de la isla , y ro-

r VIRGINIA. AIJ

deadas de grandes bosques , no se

descubre ni el mar , ni PUERTO-LUIS,

ni la Iglesia de las PAMPLEMUSAS , ni

otro objeto que pudiera excitar en

Pablo la memoria de Virginia. Las

mismas montañas que se presentan

á la vista en diferentes graduaciones

por el lado de PUF.RTO-LUIS , no ofre-

cen , miradas desde las llanuras de

WILLIAMS , mas que un promonto-

rio en linea recta y perpendicular ,

en el qual sobresalen varios picachos

m u y e l e v a d o s , donde se apiñan las

nubes.

A aquellas llanuras , pues , con-

duxe y o á P a b l o , tray¿nd<de en con-

tinuo movimiento de una parte a

otra , de noche y de dia , al agua y

al sol , y aun extravíándole de pro-

pósito en los bosques , prados y cam-

pos , con el fin de distraer su áni-

mo con la fatiga del c u e r p o , y de

hacerle mudar de reflexiones con la

ignorancia del lugar donde nos ha-

llábamos , y del camino que ha-

bíamos perdido. Pero el alma de un

Q 4

Page 130: Pablo y Virginia

216 PABLO

amante encuentra en todas partes los

vestigios del objeto amado : la noche

y el dia - el bullicio y la soledad , el

tiempo m i s m o , que se lleva tras sf

tantas memorias, nada puede apartar-

le de é l , bien así como la aguja mag-

netizada , que por muchas agitaciones

que padezca , se vuelve acia el po-

lo que la atrae , inmediatamente que

l a dexan en reposo. Y a s í , quan-

do y o le preguntaba á Pablo , e x -

traviado en medio de un bosque: f l ' ¿ Adonde iremos ahora ? se vol-

vía a'cia el norte , y me decía Al l í

están nuestras montañas , volvámo-

nos á e l las ."

Eien pronto conocí que todos los

medios , discurridos por mí para dis-

traerle , eran i n ú t i l e s , y que no me

quedaba otro recurso que combatir su

pasión con sus mismas a r m a s , valién-

dome para esto de todas las fuerzas

de mi débil razón ; y así le respon-

dí : ° ' S í ; aquellas son las montañas

donde vivía tu querida Virginia , y

éste el retrato que l e diste junto á

r VIRGINIA. 517

la fuente de los cocotéros, y que ella

conservó hasta el último instante de

su v i d a . " Al punto que Pablo v i ó

el retrato , me lo arrancó de las ma-

nos con una especie de furia - co-

menzó á t e m b l a r , y se le inflama-

ron los o j o s , detenidas en ellos las

l á g r i m a s , sin poder correr. Y o en-

tonces viéndole tan inmutado , le lu-

c e las reflexiones siguientes:

" ' E s c u c h a mis razones , querido

P a b l o , que soy tu a m i g o , y lo h e

sido igualmente de Virginia , y no

ignoras que he procurado s iempre ,

en medio de vuestras esperanzas , for-

tificar vuestra razón contra los acci-

dentes imprevistos de la vida. ¿ D e

qué te lamentas con tanta amargu-

ra ? de tu desgracia , ó de la de Vir-

ginia ?

» T e lamentas de tu desgracia?

sin duda que es muy grande , pues

has perdido la mayor de las muge-

res , que habiendo sacrificado sus in-

tereses á los t u y o s , te prefirió á los

bienes de la f o r t u n a , como el único

Page 131: Pablo y Virginia

218 PABLO

premio digno de su v ir tud. P e r o

¿ q u é sabes t ú si el objeto de quien

podías esperar una fel icidad tan p u -

ra - tal v e z sería para tí la causa d e

una infinidad de males ? V i r g i n i a era

pobre y estaba desheredada ; y tú

únicamente la podías mantener con

e l t rabajo de tus manos. H a b i é n d o -

se c r i a d o con m a s de l icadeza q u e t ú ,

y adquir ido mas v a l o r con su misma

desgrac ia , la hubieras visto desmejo-

rarse d e dia en d í a , esforzándose en

part i r cont igo el peso de tus fat igas.

¡ Q u a n t o no se acrecentar ían tus p e -

n a s y las s u y a s , si teniendo hijos ma-

ñ a n a ú otro dia , os v iera is precisa-

d o s á m a n t e n e r . con solo tu t rabajo ,

á vuestras ancianas m a d r e s , y una

di latada fami l ia !

5 ' T ú me dirás q u e e l g o b e r n a -

d o r os a y u d a r í a , pero ¿ quién sabe

si en una colonia , donde se mudan

t a n amenudo los g o b e r n a d o r e s , h a -

l laríais otro como M r . de la B o u r -

donais ? ¿quién te asegura á t í q u e

e l q u e venga despues de é l , n o sea

Y VlRBlHJA. ~'9 hombre de malas costumbres , y p e o r

modo de pensar? Y en este c a s o , 6

v i v i r í a s pobre toda tu v i d a , 6 te e x -

pondrías á las asechanzas de su c o r -

rupción por conservar t u honor y e l

de t u esposa , siendo perseguido p o r

aquel los mismos de quienes e s p e r a -

bas protección y amparo.

y M e podrás dec ir que á lo me-

nos g o z a r í a s de la fel ic idad indepen-

diente de la fortuna , esto e s , de p r o -

texer a l objeto a m a d o , q u e se e x t r e -

cha con nosotros en proporcion d e

su misma debil idad ; de consolarle

con tus propias i n q u i e t u d e s ; de a l e -

g r a r l e con tu misma tristeza , y de

a u m e n t a r el amor con vuestras p e -

nas mútuas . N o h a y duda que la v i r -

tud y el a m o r , en los matrimonios

bien a v e n i d o s , gozan de estos p l a -

c e r e s amargos . P e r o Virg inia y a no

e x i s t e , y te quedan los dos objetos,

q u e despues de tí ha amado mas en

este m u n d o , q u e son su madre y la

t u y a , á quienes tu dolor inconsola-

ble hará descendfr al sepulcro. P o n ,

Page 132: Pablo y Virginia

*AO PABLO

p u e s , tu dicha en a y u d a r l a s , como

la tenia puesta el la misma. L a be-

neficencia , hijo m i ó , es la felicidad

de la v i r t u d , y no hay o t r a m a y o r

ni mas segura que ella sobre la tier-

ra. L a s proyectos de placeres , de

tranquilidad , de delicias , de a b u n -

dancia y de g l o r i a , no están hechos

para e l hombre débil por natura le-

z a , y pasagero en esta vida. O b s e r -

va como un paso dado ác ia la for-

t u n a , nos ha precipitado á todos de

abismo en abismo. V e r d a d es que ti't

te opusiste al v i a g e de Virg inia ; pe-

ro ¿quién diria que no habia de ser

para su mayor bien y t u y o ? L a s ins-

tancias de una parienta anciana y ri-

ca , los consejos de un gobernador

prudente , los aplausos de una colo-

nia , las exórtaciones y autoridad de

un ministro de D i o s , han decidido

de la suerte de V i r g i n i a . Asi regu-

larmente corremos á nuestra perdi-

ción , deslumhrados con las esperan-

zas de un mundo engañador. P e r o

a l cabo , de tantos hombres como ve-

r ViRC.IH¡A. 221

rnos tan afanados en estas l lanuras,

de tantos como van á buscar fortu-

na á las I n d i a s , ó que sin salir de

su casa disfrutan tranquilamente en

europa de los sudores de estos , ni

uno solo hay que no esté destinado i perder un dia lo que mas estima,

grandeza , fortuna , m u g e r , hijos y

amigos. L a mayor parte tendrán que

añadir á esta pérdida la memoria de

su propia imprudencia ; mas tú , en-

trando dentro de tí mismo , nada t ie -

nes de que reprenderte , pues siem-

pre has tratado á Virg inia con las

miras mas legítimas , mas puras y

mas desinteresadas. l i s verdad que

la has p e r d i d o ; pero no h a sido por

i m p r u d e n c i a , avar ic ia ú otra falta tu-

y a , sino porque Dios h a querido

valerse de las pasiones de otros para

quitarte el objeto de tu amor : D i o s ,

d i g o , de quien tienes todo lo q u e

e r e s , que v e todo lo que te con-

viene , y c u y a sabiduría no te dexa

ningún l u g a r á la desesperación y al

a r r e p e n t i m i e n t o , compañeros iasepa-

Page 133: Pablo y Virginia

»22 PABLO

rabies de los males de que nosotros

hemos sido los autores.

«Lamentaste de la desgracia de

Virginia , de su triste fin y de su

estado presente ? y por que ' ! E l l a

ha padecido la suerte reservada á la

g r a n d e z a , á la hermosura y á los

imperios mismos. L a vida del hom-

bre , con todos sus proyectos ~ se ele-

v a como una torre, cuyo coronamien-

t o ó remate . es la muerte. Estaba

condenada á morir desde el instante

de su nacimiento. ¡ Dichosa el la en

haberse desatado de los lazos de la

v i d a , antes que su madre, que la tu-

y a y que tú mismo : quiero dec ir ,

en no haber muerto muchas veces

antes de la última!

wLa muerte , hijo mió , es un

bien para el hombre justo ; es la no-

che de este dia inquieto que se lla-

ma vida , y el término de las enfer-

medades , pesares, aflicciones y te-

mores que continuamente agitan á

los míseros mortales. Fondéa á los

hombres que parecen mas dichosos,

v VIRGINIA. 2 2 3

y verás quan caramente han c o m p r a -do su pretendida felicidad ; la opinion

pública á costa de mil males domésti-

cos ; las riquezas á costa de la pér-

dida de la salud ; el placer tan ra-

ro de ser amado á costa de conti-

nuos sacrificios ; y regularmente a i

fin de una vida sacrificada á los in-

tereses de otro , no ven al rededor

de s í , mas que amigos falsos y pa-

rientes ingratos. Pero Virginia ha si-

do feliz hasta el último momento:

lo fué en nuestra compañía con los

bienes de la naturaleza , y lejos de

nosotros con los de la virtud ; y 31M

en el instante terrible en que la v i -

mos perecer fué igualmente f e l i z ;

porque ya echase los ojos sobre to-

da una colonia , en cuyos habitantes

causaba una desolación universal , y a

los echáse sobre t í , que con tanta

intrepidez volabas á su socorro , tu-

v o el consuelo de v e r quan amada

era de todos. Fortificada en aquel

momento con el testimonio de la ino-

cencia de su v i d a , recibió entonces

Page 134: Pablo y Virginia

224 PARLO el p r e c i o QUE el c ie lo reservaba á SH

virtud , un v a l o r superior á los ries-

gos : en una palabra , presentó á la

muerte un rostro sereno.

» D i o s , hi jo m i ó , da en q u e m e -

r e c e r á l a v irtud en los var ios l a n -

c e s de l a vida , para manifestar q u e

ella sola es la q u e puede hal lar f e -

l icidad y g lor ia en los acontecimien-

tos mas terribles. Q u a n d o le reser-

v a una reputación i lustre , la e l e v a

sobre e l g r a n teatro del mundo y la

pone en combate con la m u e r t e ; e n -

tonces su v a l o r s i rve de e x e m p l o , y

la m e m o r i a de sus desgracias recibe

p a r a siempre un t r ibuto de lágr imas

d e la posteridad. V e a q u í el monu-

mento inmortal q u e está reservado

p a r a la v i r t u d , en una t ierra en q u e

todo p a s a , y hasta la memoria de

la m a y o r parte de los grandes , es se-

p u l t a d a en eterno o lv ido .

» P e r o V i r g i n i a v i v e todavía. E l

mismo D i o s q u e la c r i ó la hace fel íz i

premiando sus 'v irtudes. Y a s a b e s ,

hi jo mió , q u e h a y u n ente supremo,

y VIRGINIA. 2 2 3

á quien toda la naturaleza anuncia ,

y c u y a existencia te dicta tu mismo

c o r a z o n , penetrado de la g r a n d e z a

de sus o b r a s , que están í la vista

de todos. E l es el q u e premia las

v ir tudes , ó castiga severamente los

v i c i o s , sin q u e ningún mortal pueda

f rustrar los decretos de su just ic ia .

L a rel igión te lo enseña , y no n e -

cesito detenerme ahora en probarte

una verdad de que estás bien c o n -

vencido. A h I si V i r g i n i a ha sido f e -

l i z con nosotros , lo será a c t u a l m e n -

t e mucho mas con la posesion de s u

cr iador . A s í es de esperar de la i n -

finita bondad de D i o s , y de la j u s -

ticia con que j u z g a á sus criaturas.

V u e l v o á r e p e t i r : V i r g i n i a es f e l i z

on e l c i e l o ; y si desde la morada de

los angeles pudiera comunicarse á t í ,

te diría como por últ ima despedida:

P a b l o 1 la vida no es mas q u e

u n a continua prueba. Y o atravesé

los mares por obedecer á mis padres :

renuncié Jas riquezas por conservar

n i f á , y p r e f e r í la muerte i la v w -

Page 135: Pablo y Virginia

126 PABLO

lacion del pudor. E l cielo me ha li-bertado , en premio , de la pobreza, de la calumnia y de todos los males, que afligen al ünage humano en ese globo de miserias, donde la- vida es-tá en continua lucha con la muerte, y la inocencia con la injusticia ; y l" tú me lamentas! Aquí gozo de una dicha eterna é inefable, sin mezcla de disgustos ni zozobras que la per-turben. Sufre , p u e s , el estado de prueba , en que te ha puesto la pro-videncia en ese mnndo , para ser fe-liz conmigo en éste por toda una eternidad. Aquí tendrán fin tus pe-n a s , y -se enjugarán tus lágrimas, O Pablo ! Pablo I eleva tu alma í lo infinito, para soportar las traba-jos de un instante."

Al llegar á a q u í , mi propio aca-loramiento puso fin á mi discurso. Pero Pablo mirándome de hito en hi-to , exclamó : " P e r o ella no vive! ella no vive ! " y una larga congo-ja se siguió i estas ¿olorosas expre-siones. Despues , volviendo en sí , me

Jt

r VmaiNtA. 227 dixo : " Y a 'que la muerte es un bien, y Virginia feliz , quiero mo-rir quanto antes para juntarme con e l l a . " D e modo que las mismas ra-zones con que yo procuraba conso-larle , solo sirvieron para fomentar, mas su pena ; y me vi entonces en él mismo caso de un hombre, que intenta salvar á su amigo , que se sumerge en un r i o , sin querer na-dar. E l dolor tenia sumergido á Pa-blo. A y de m í ! las -desgracias de la primera edad disponen ál hombre pa-ra la entrada de la vida ; y Pablo no habia experimentado ninguna.

Volvimos, por fin , i su cabana, donde encontré á su madre y á M a -dama de la Tour en peor estado que antes de nuestra salida 5 pero parti-cularmente Margarita era", la que se hallaba mas abatida de ánimo. Los genios vivos, en los quales, hacen po-ca mella las penas ligeras , son los que menos resisten á las grandes pe-sadumbres.

Consolélas del modo posible, y R i

m

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2J8 PABLO

Margarita me contó lo siguiente: " Sabed , vecino , como esta noche me pareció ver á Virginia vestida de blanco en medio de florestas y jar-dines deliciosos, que me dec ía : Y o COZO D E O S A F E L I C I D A D DIGNA D 9

ENVIDIA. Despues se acercó S Pa-blo con semblante muy risueño , y se le llevó consigo; y como yo hi-ciese esfuerzos para detener á mi hi-jo , experimenté que yo misma de-xaba la tierra , y le seguía con un gusto indecible. Quise entonces des-pedirme de mi amiga , mas vi que nos seguia con Domingo y María. Pero lo que me parece mas extraño ( continuó ) es que Madama de la Tour ha tenido uri sueño esta no-che , acompañado de las mismas cir-cunstancias."

Como ellas no eran supersticio-sas , me persuadí desde luego , que el sueño podria tener alguna analo-gía con otros de que nos hablan las historias, que han sido mirados co-ma inspiraciones del ci i lo. Pero sea

* VinuniA. I 29 como quiera , lo cierto es que el de estas infelices mugeres , tardó bien poco en realizarse. Pablo murió dos meses despues de su amada V i r g i -nia , cuyo nombre no cesaba de pro-nunciar. Margarita v ió acercarse su fin ocho dias despues d<i la de su hi-jo , con una alegría , que sola la vir-tud es capaz de experimentar , des-pidiéndose con la mayor ternura <fe Madama de la Tour , con la epe-ranza, como ella decia , de una dul-ce y eterna reunión en l a otra vida.

E l gobernador se encargó de la subsistencia de Domingo y M a r í a , que ya no se hallaban en estado de servir , y no sobrevivieron mucho tiempo á sus amas. E l pobre LEAL también murió de pura vejéz , casi al mismo tiempo que su amo.

L a que se s o s t u » , en medio de tantas desgracias , con increible gran-deza de alma , fué Madama de la T o u r . á quien yo llevé á mi com-pañía. Esta valerosa m u g e r , despues de haber consolado á Pablo y M a r -

R 3

Page 137: Pablo y Virginia

230 PAULO

garita , como si ella no tuviese otro»

males que llorar mas que los de es-

tos , me hablaba todos los dias de

ellas - como de unos amigos estimados

que vivían en las inmediaciones. P e r o

tampoco les sobrevivió sino un mesi

I'or lo que mira á la fia de P a -

rís , lejos de atribuirle Madama de

la Tour sus males , . pedia á Dios

la perdonara , y libertara su espírtu

de las horribles inquietudes, que se-

gnn supimos después , la agitaron

desde que tuvo la inhumanidad de

despedir de su casa á Virginia. P e -

ro está tia desapiadada , no tardó en

experimentar el castigo de su dureza,

pues por varias embarcaciones que

posteriormente llegaron .'í esta i s l a , se

supo que estaba poseída de una espe-

cie de.melancolía , que le hacía igual-

mente insoportables la muerte y la

vida. Tan pronto se achacaba á sí

misma el fin prematúro de su sobri-

n i t a . y la muerte de su m a d r e , que

á ella se habia seguido ; tan pronto

se aplaudía de haber desterrado de su

y VIRGINIA. 13'

vista i dos infelices que por su b á -

x o modo de pensar , como ella d e c í a ,

babian deshonrado su casa y fami-

lia. A veces volviéndose furiosa á

vista de tantos pobres como hay en

París : " ¿ P o r qué no los envían , e x -

clamaba , á estos haraganes á perecer

en nuestras colonias ? " A tempora-

das daba en ser d e v o t a , y otras por

el extremo opuesto ; sin acertar jamás

lí guardar el justo medio de una v i r -

tud sincéra y constantemente segui-

da. E n suma , lo que mas aceleró

el término de su miserable vida , fué

el remordimiento que la devoraba de

haber sacrificado los sentimientos na-

turales de la s a n g r e , á la avaric ia

de su corazón y á la vanidad de su

familia : y aun t u v o el desconsuelo

de ver pasar su bienes á unos pa-

rientes que aborrecía. Y habiendo in-

tentado , en venganza , enagenar lo

mas pingüe de so patrimonio , por-

que no recayera todo en ellos , los

mismos parientes , aprovechándose de

la especie de manía á que estaba su-

Page 138: Pablo y Virginia

23 2 PABLO

eta , la lucieron encerrar como lo-

ca , y pusieron sus bienes en adminis-

tración. Asíque sus mismas riqueza!

fueron la causa de su perdición ; y

como ellas habían empedernido el

corazon de la que las pose ía , por la

misma razón endurecieron el de los

que las deseaban. E n suma , para

colmo de su desgracia , murió con

bastante conocimiento para verse des-

pojada y ultrajada por aquellos que

la habían dirijido durante su vida.

Cerca del sepulcro de Virginia,

al pie del grupo de bambiíes ó ca-

ñas , fue enterrado su amigo Pablo ;

y al rededor de ellos sus tiernas m a -

dres , y los fieles criados Domingo y

María . Sobre sus humildes sepultu-

ras no se elevaron mármoles-, ni se

grabaron inscripciones en loór de sus

virtudes ; pero en recompensa de es-

tos vanos aparatos , ha quedado i n -

deleble su memoria eft los corazones

de a q u e l l o s , á quienes tenían obliga-

dos con beneficios. Sus sombras no

tienen necesidad de] e x p l e n d o r , de

Y VIRGINIA. 533

qne huyeron quando vivían : prefie-

ren al contrario , andar errantes d e -

baxo del pajizo techo de las humildes

c h o z a s , donde habita la virtud labo-

riosa, consolando á la pobreza no con-

tenta con su s u e r t e , é inspirandoá t o -

dos el gusto de los bienes naturales,

el amor al trabajo y el temor de las

riquezas.

J.a voz del pueblo , que calla

sobre los monumentos elevados á la

gloria de los potentados y conquis-

tadores de la tierra , ha dado nom-

bres á algunos parages de esta isla,

que eternizarán la pérdida de V i r -

ginia. Se ve cerca de la isleta del

•AMBAR , en medio de los arrecifes,

un sitio llamado EL PASO DEL SAN

GERANDO , del nombre del navio en

que naufragó V i r g i n i a . La extremi-

dad de aquella larga punta de tier-

ra que veis , á tres leguas de aquí,

medio cubierta con las olas del mar,

y que el S. Gerando no pudo doblar,

la víspera del uracán , para entrar en

el puerto, se llama EL CABO DESGRA-

Page 139: Pablo y Virginia

« 3 4 PABLO

CIADO ; y ved allí en frente de no«

soíros. en los confines de ese va l le ,

L A BAHÍA D E L SEPULCRO , d o n d e s e

encontró entre la arena el cadáver de

Virg inia , como si el mar hubiese q u e -

rido restituirle á su familia , y tribu-

tar los últimos homenages á su p u -

dor , en las mismas playas que ella

habia honrado con la inocencia d«

su vida.

Jóvenes tan tiernamente unidosl

madres desgraciadas I amadas fami-

lias! estos bosques que os dabaH su

sombra , estas fuentes que manaban

para vosotros , estos oteros donde

reposabais todos juntos , lloran toda-

vía el haberos perdido. N a d i e , des-

pués acá , se ha atrevido á cultivar

esta tierra desolada, ni á reedificar es-

tas humildes cabañas. Vuestras c a -

bras se han hecho montaraces; vues-

tros vergeles están destruidos; vues-

tros pájaros han huido , y solo se

oyen los silvos de los gavilanes y

aves de rapiña que vuelan en tor-

no de este recinto de peñascos. Y o ,

r ViRcrxu. 233

desde que no os v e o , soy como un

amigo que ya no tiene amigos , co-

mo un padre que ha perdido á sus

hijos , bomo un viagero que anda

errante sobre la tierra , donde ha que-

dado solo, triste y a f l i g i d o . "

A l acabar estas pa labras , echó

á andar el buen anciano derraman-

do abundantes l á g r i m a s ; y > las mias

habían corrido mas de una v e z , du-

rante esta funesta relación.

F I N .

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NOTAS.

( i ) La isla de Francia v i s t a e n e l

mapa parece un punió imperceptible en medio de la inmensidad del'océano. En ella hace» escala las embarcaciones que navegan á las Indias orientales, y des-de que M n de la Bonrdonais entró á gobernarla, se puede dccir que está en estado de llegar á ser otra Bata v ía , pues en su tiempo fué construido el arsenal mas cómodo y seguro para los navios de la compañía Francesa de la India. La descubrkron los Portugueses j pero ha-biéndose apoderado de ella los Holan-deses el año de 15 98 , la llamaron isla Mauricio en honor de Mauricio , Prín-cipe de Orange , que los comandaba. El año de 1712 la abandonaron estos , y habiendo pasado á los Franceses, se lla-ma desde entonces is!a de Francia: Tie-ne montes muy espesos , y producen tanta multitud de ébanos , que proveen de esta madera á casi toda la Europa. En sus pasto6 se cria mucho ganado, especialmente ciervos , machos de ca-

No T A S. 43? brío , cabras , puercos , toros , bacas y caballos silvestres : hay muchos perros, infinidad de pájaros, y aves de toda» especies , murciélagos gordísimos mayo-res que pichones, que tienen la cabe-za como la de los monos: abundancia de pesca, así de rio como de mar : hay unas tortugas 6 galápagos muy gran-des , y un.pe* llamado raya , tan gor-d o , que con uno solo se puede mante-ner un dia. toda la tripulación de un navio : se hallan también bacas, y bue-yes marinos de á diez, y doce pies de largos , y gruesos á proporcion. El go-bierno reside en un consejo supremo, cuyo presidente es gobernador general de la isla. Hay un hospital construido por Mr. de la Bourdonais, capaz de contener de 400 á $00 camas : un ca-nal de 366 loesxí de l a r g o , que coa-duce las aguas al puerto y al hospital: muchos arsenales, fortificaciones, aloja-mientos ó quarteles para los oficiales, lonjas , oficinas , y molinos de arucar construidos por el ex presado gobernador, el primero que ha formado los plantíos de ella ha establecido fábricas de cotóo y de añil, y ha enseñado á los habitantes de la isla , no solamente á calafatear

-loí nayios4 «¿no um!uc¿a ¿ construirlos.

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» 3 , ® N O T A S ,

(2) P,iM¡>lsm(jj«¡ : nombre propio del a r r a b a l , por la especie de árboles que en él crecen , los qnales producen unas como naranjas , del tatoaño de la cabe-za , de cxceleate sabor , semejante en á c r i o inodu al de la fresa. Es fruta muy comuir asi en las ludias , como en la China.

• (3) Bambú , planta de Indias , es-pecie de caña que arroja desde la ra í l multitud de pies ramosos llenos de liú-dos huecos , separados de trccbo en tre-cho , y mucho mas notables que ios ta-llos de las cañas comunes j el hueco de estos nudos contiene uu jugo dulcc y agradable , de que se saca el azúcar* las hojas salen de los nudos acompañadas de espinas , y tienen quatro ú ciuco pul-gadas de l a r g o , un dedo de ancho : son puntiagudas y acaneladas , las flores en espiga , y .al modo de las del t r i g a Llá-m a s e t a m b i é n caña de azúcar ó caña dul-

ce , y hay tres especies de ellas. En la-t í n arando tabaxifera spinosa.

(4) Lauiura : especie de palmera que sube mucho , y tiene el tronco del-gado, pero de madera lan dura en la* parle extcriwr, que parece hierro , aun-que interiormente se compone de una sustancia blanda. Produce una especie-

N o t a s . 2 3 9 4e cebolleta, de no muy grato sabor.

(5) Palmera : compréndese báxo d t este nombre, 6 del de fahha el árbol que da las palmas , de que hay muchas especies cu las ludias. En América se llama palmito el fruio que producen las palmas reales. En latín palma.

(6) Tugadas : la voz francesa or-pfni equivale á lo que en castellano se llama yugada ó aranzada, corno dicen oíros. Cada yugada viene ser el tra-bajo de un día de bueyes.

(7) Domino : á r b o l ' de las Indias srieutales y occidentales. Es una espe-cie de plaianu , muy diverso del de E u -ropa , que por otro doinbre se dicet higuera de Adán ; tiene de alto como de u á 15 pies , y sus hojas son de • á 8 pies de largo, y de j f á 18 pul-gadas de ancho , de modo que pueden servir de mámeles , servilletas, y aun de colchones para dormir blandamente y á placer : son de un color verdegay hermoso , y tan tersas y consistente;, co. ino el pafiel.El fruto que produce,y que los indios llaman banána , es d modo de racimo ó ramillete, y del grueso de un brazo, y de u á 15 pulgadas de largo. Es apropósito para asarse debaxo del rescoldo, o para cocerla como la carne.

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240 N o t a s . Hay muchas especies, y en varias par-tes llaman á este árbol Manzano del Pa-raíso. E n l a t i n Musa orbor.

( 8 ) Constelación de Géminis : t e r m i -

no de astronomía , para significar uno de los doce signos del zodiaco, que re-presenta dos mellizos ó gemelos.

( 9 ) Hijos de Léda : t e r m i n o d e l a

mitología ó historia fabulosa , que sig-nifica la hija de Thiestes y muger de Tyndaro , Rey de Laconia. Fue ama-da de Júpiter , que la seduxo transfor-mado en cisne* y supone la gentilidad que parió dos huevos, el primero de Júpiter , que contenia á Polux y He-lena , y el segundo de Tyndaro , que contenia á Castor y Clytemnestra.

(10) Nioiw : término mitológico, que «ignifica la hija de T a n t a l o , y muger de Amphion Rey de Thebas.

(1 I) Negra marrona : en las colo-nias se llaman así los esclavos que hu-yen á los bosques, para.vivir en li-bertad.

(13) Tamarindo : árbol de las Indias orientales del tamaño del nogal : sus hojas son parecidas á las del helecho hembra , las flores blancas semejantes á las del naranjo , y su fruta de un dedo de largo y una pulgada de grueso, coa-

N o t a s . 241 tiene una pulpa agria y agradable al gusto , entre la qual se halla una se-milla semejante á los alverjines. En la-t i n tamarindus.

( 1 3 ) Montuna de los tres pechos : h a y

muchas montañas , cuyas cimas tornea-das en figura de pechos de muger , tie-nen este mismo nombre en todas las lenguas. Llámanse asi con toda propie-dad , porque son efectivamente como verdaderos pechos,de donde dimanan los principales ríos que fertilizan la tierra, siendo ellas las que constantemente les suministran las aguas , atrayendo con-tinuamente las nubes al rededor del pi-co , que se eleva en su centro á mane-ra de pezón. En nuestros estudios de la naturaleza hemos indicado mas de una vez estas previsiones admirables de la naturaleza ( Nota del autor ).

(14) Ajupa : especie de choza , á que los Indios dan este nombre.

(14) Escolopendra : se llama también lengua de ciervo ó doradilla : s u s h o j a s

son hendidas como las del polipodio, ve-llosas y algo rubias por la parte infe-rior , y verdes por la superior. Aspte-nium, scolopendrium de L i n e o .

( 1 5 ) Se las di »i oler á leal : e s t e

rasgo de sagacidad del negra Domingo

Page 143: Pablo y Virginia

2 4 2 N o t a s . y de su perro leal, es m u y parecido a l del Indio Tbewznisa y su mastín. Oniab, q u e refiere M r . de Crcvccceur en su obra l lena de sensibilidad, t i t u l a d a : C a r -t a * ík un cultivador americana ( e l a u t o r ) .

(16) Liana : especie de planta ame-ricana , y de a lgunas i s las , m u y pare-cida á la yedra por su propiedad de abrazar y enroscarse á los á r b o l e s , pero con mucha mas f u e r z a y tallos mas g r u e -sos que los de la yedra común , de mo-d o que á veces los hace secarse. Sus ramas no solo suben pcrpendicularmen-t c hasta la cima del árbol á q u e se a r -r iman , sino que volv iendo á baxar en l a misma dirección , se prenden en l a t ierra , y tomando raíz se e levan nue-vamente : por manera , que enlazándose de un árbol en otro : figuran á veces la xarcia de u n navio. L o s indios hacen de ellas diversos usos de mucha uti l idad. L a t i n Ulaqucabilis de Linéo.

(17) ¿Jtero: árbol m u y hermoso , pa-recido a l g ú n tanto al ananas , a u n q u e mucho mas alto. Su f ruta se compo-ne de una carne muy blanda , de un gusto azucarado : el hollejo ó corteza es muy grueso. Es árbol propio del rey-110 de Si a m , y de a l g u n a s viras partes de Ja lndia_ oriental,

N o t a s . 2 4 3

(18) Agatio : el tronco del agat io tiene 24 pies de alto , y 6 de grueso, p o r lo regular. Se e leva hasta uná al-tura considerable , y crece en los ter-renos areniscos: la madera es blanda, las ramas las echa en el medio y en l a cima , y se cubre de flor en los tiem-p o s lluviosos tres ó quatro veces a l año. Produce una especie de habas , q u e sir-ven para comerse.

( 1 9 ) Lila de Persia : o t r o s 1? l l a -

m a n Lilac , y t a m b i é n avellano de la In-

dia : a r b u s t o , c u y o tronco es delgado, recto y ramoso , q u é da por fruto unas nueces, á lasquales l laman los boticarios Ben , de que hacen el accyte de este nombre. Syringa pérsica de Linéo.

(20) Papayo : árbol alto , como de 20 pies de grueso á proporcion , las ho-j a s divididas en tres puntas , así c o m o las de la higuera : su fruta es á modo de melón, q u e refresca , conforta el es-tómago y ayuda á la digestión. Cari-ca papaya de Linéo.

( 2 1 ) Mangle : y 110 mango c o m o a l -

g u n o s dicen , árbol báxó , por lo c o -m ú n , aunque los hay como nuestros cas-taños , de hojas parecidas á las del pe-^ ra l , peto mas gruesas y largas : se crian" fc-las ori l las de los ríos y en Sitios p a n -

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2 4 4 N o t a s .

lanosos : los hay tí» todas las islas de A m é r i c a , y también en la tierra firme: destilan c ierta resina m u y saludable y lUil para l l a g a s , quebraduras , & c : las flores son blanca«,, la f ruta como me-dio pie de largo , con una carne seme-jante á la de la medula de los huesos, y aunque a m a r g a , es muy medicinal, y provechosa.

(22) G u a y a c o : árbol de 20 pies de a l t o , y grueso á p r o p o r c i ó n : el tron-c o es d e r e c h o , d u r o y f r o n d o s o , y l a flor como la tlel membril lo , blanca y olorosa : echa después de la flor una es-pecie de peras , de color a m a r i l l o q u a n -d o están en toda su sazón : desde los 3 años hasta los 30 da flores y g u a -yavas .

(23) Palto : árbol a l to , c u y a f r u t a l lamada palta , es de corteza verde , de una carne mantecosa , y de figura de pera : el hueso es. mas grande que el d e l niclocoton;, se cr iau de mejor ca-lidad cu los terrenos ardientes q u e c u los frios.

(24) Jaczrps; árboles altos de la f p -dia , c u y a f ruta de tamaño de una ca-labaza , suele pesar á,. veces hasta cien libras. Estos arbok.s se crian á las o r i -lla« del a g u a -'503.muy f r u i ^ d f l ^ ; la*

N O T A S . 2 4 5

jactras , estando bien maduros , despi-den una fragrancia q u e se percibe á mas de cien pasos, y contienen varia? celditas l lenas de una especie de casta-ñas , que son de muy buen sabor asa-das.

(2$) Jamberos : estos árboles con-servan todo el año la hoja y la flor, y su f ruta l lamada jairt/)os,eS muy es-t imada j la de mejor ca l idades la q u e t iene olor de rosa : h a y dos especies de jambos, unos con hueso , y otros sin él. L o s portugueses l laman á este árbol jambtyrd.

(2 6) Aloes ó Aloe: baxo de este nom-bre comprenden los botánicos la zabi-la , la pita y demás especies de plan-tas q u e echan la flor parecida á la del l irio. E l árbol del aloe se cria en di-versas partes de las Indias orientales , y part icularmente en la Cochinchina • es semejante a l olivo , aunque mas c o r p u -lento ; y su madera nudosa v de co-lor obscuro , da mucha fragancia , si se quema. L a t i n Agailocum.

(27) Raqueta : planta , c u y a s flores de color p a g i z o , despiden un olor m u y delicioso.

( 3 8 ) Cirio espinoso: e s u n a e s p e c i e

de cardo grande á qu •• los caribes l ia- •

S 3

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t\6 N o t a s .

man Akoulerou : por lo regular se hace una mata grande , tupida y cercada por todas partes de agudas y delicadas es-pinas i los rallos ticuen la figura de ci-r i o , las fiores son pagjzas ó inoradas: la fruta es á manera de un higo grande y agradable al paladar. Cereal ¡.ereoiu-HÜÍ de Lineo.

(29) Poinciana ó Ponciano : arbusto de la América que también se cultiva en algunos jardines de europa : tiene las hojas encarnadas , y la c o n c i a lisa y de coiur de púrpura: crece sin cultivo has-ta la altura de 6 ó 7 pies , y sus flores son tan hermosas , que suelen llamarse de patio real. En laiiu Adcnanthera pa-vonina de Lineo.

(30) Tacamaca : el taeamaco es un árbol alto v hermoso , muy conocido en nueva España : la goma ó resina del la-cainaco es medicinal : la hay fina y or-dinaria. Tacamaca.

(31) Cocol ¿ra i el árbol que da los cocol , y es muy parecido á la palme-ra : tiene las hojas tan anchas , que sue-len cubrirse los techos con e l las , y los indios las usan á veces para velas de las canoas.

(33) Pervmca : planta de que habla f l | m o , cuyo jugo sirve pata aliviar las

N O T A S , 2 4 7

fluxiones y dolores de muelas. Llámase t a m b i é n yerva doncella, y e s m u y c o -

mún entre las breñas , en los bosques y otros siuus húmedos y sombríos : ar-roja desde la raíz muchos tallos verdes, leones, nudosos y largos , que serpean-do por la t ierra, se agarran á quanto encuentran. E11 latín vinca pervitica, clematida.

( 3 3 ) Tcrva balsamina : p l a n t a , c u -

yos botones se parecen á ia cabeza, de la grulla con su pico , por cuya razón se le da el nombre de garmuum , toma-do del griego , que quiere decir grul la: hay hasta ocho especies de esta planta.

(34) Basiliscos : es una planta in-diana de agradable color y de mucha fragrancia.

( 3 5 ) Negra fragata : e s u n p á j a r o

del iropíco que remonta mucho su vue-lo , y el que se mamicüc inas tiempo «ni el ayrc : llamase fragata por razón de su volar . fácil y ligero ; y también rabihorcailo , porque su cola forma la fi-gura de una horquilla. Es del tamaño de uua gal l ina , pero tiene las a l a s i a n lar-gas , q 11c casi son de nueve pies: se alimenta de peces, y persigue á las otras aves marítimas , hasta que sueltan los que llevan cu el pico.

S 4

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2 4 8 N O T A ft.

( 3 6 ) Pájaro blanco del trópico : es d e l

tamaño de una paloma , y tiene en l a cola de 15 a 20 plumas , entre las q u a -les sobresalen mucho las dos del medio: llámase también por esta razón rabo de junco : se e leva extraordinariamente , y se somormuja en el a g u a .

(37) Bengalí : el bengal í es una especie de gorrion de q u e hay mucha abundancia en las islas fiüpihas.

(38) Cardenales : el pájaro l lama-d o cardenal , es del tamaño de un mir-lo i pero su canto es m u y delicioso , y e l p lumage en extremo v is toso , y mu-cho mas quando v i v e l ibre en los bos-ques , q u e encerrado en las jaulas y pajareras.

(35.) Ambas : f ruta del árbol l lama-d o Magna : es de un verde semejante a l de la primera corteza de nuestras nueces , y mayor que un melocotón : la corteza, quando están maduros, es amar-g a , amari l la y lustrosa , pero la carne es d u l c e como la miel.

(40) Bananas : la banana es la f r u -ta q u e da el banáno , y las hay largas como el brazo , q u e los indios l laman outsiv h a y las también m u y pequeñas , q u e se l laman acoudres.

(4.1) Anánas : planta indiana , q u e

N O T A S . 2 4 $

Jos españoles l laman comunmente pinas! es tan grande como un melón ordina-rio , y parece que multiplica los sabo-res cerno si fuera manS. E n las A n t i l l í s l a s h a y de tres especies. E n latin nux f tv.ca indica.

(42) Atas : fruta del árbol l lamado otero.

(43) Acimboyas : fruta q u e otros l la -man cimbógos , y es de la • especie del cidro. Se conocen en los reynos de M u r -cia y de Valencia.

( 4 4 ) Volutas ó roleos : v o l u t a , e n

la arquitectura , se llama la linea en-tor l i jada'espiral mente, que constituye e l adorno principal de. los capiteles jóni-cos y compuestos. Saint Pierre apl ica este término con propiedad á la figura que hacen las olas antes de romperse en las p e n a s , arrecifes ó arenales ; de l o qual solo puede formar idea el que ha-y a visto el mar embravecido.

( 4 5 ) Se hacían divergentes : t é r m i -

no de la óptica , el qual se dice de los r a y o s de la luz , que habiendo sufrido la rcfracion ó la reflexión, se v a n a p a r -tando los unos de los otros , a l mudar de medio , como sucede con los vidrios cóncavos de ambos lados.

(46) Tuca : raíz que los indios l ia-

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man manioc : se parece al rábano, aun-que mas parda y gruesa de corteza, de que se hace en la America el pan co rann , reducida á granitos como anises. Dicen que comida cruda es como ve-nenosa , pero preparada y amasada le harina que-se hace de ella , es sabro-sa ; y algunos europeos la prefieren al trigo.

(+7) Dríadas y Faunos : los genti-les llamaban Dríadas A las ninfas que presidian en los bosques j y faunos í unas animales que el Paganismo fingía ser dioses de los campos y de las sel-vas , engendrados de la tierra, y de uiuy larga vida.

F r a DE LAS NOTAS.

I

Esta obra se bailará , en- la li-brería de D . M a n u e l B a r c o , car-rera de S. Gerónimo, con Jas si-guientes.

Pamela Andreuts , ó l a v i r t u d r e c o m p e n s a d a , escr i ta e n i n g l é s p o r R i c h a r d s o n , y t r a d u c i d a a l c a s t e l l a n o : 4 t o m o s eti o c t a v o : E s t a o b r a , t a n c e l e b r a d a e n l a E u r o p a por su b u e n a m o r a l , y p o r los pasages t iernos y s u b l i -m e s c o n que su a u t o r la ha h e -c h o i n t e r e s a n t e , e s la m a s p r o -pia p a r a la i n s t r u c c i ó n y d i v e r -t i m i e n t o d e la j u v e n t u d d e am-b o s sexos.

El Cristiano en el templo : o b r a p ó s t h u m a d e l M a r q u e s de C a r a c -c i o l o , l l e n a de s e n t i m i e n t o s su-b l i m e s y d e v o t o s para t o d a c l a -se d e persouas. U11 t o m i t o e n oc-t a v o .

y ida del célebre naturalista el Conde de liuff'uu , p a r a s e r v i r d e i n t r o d u c c i ó n a l e s t u d i o d e su bis-

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tòrio natural. V a acompañada d e ufi elogio fúnebre á la m u e r t e del referido C o n d e de Buffon , por su discípulo y cont inuador el C o i i d c d e la Gepéde , y del discurso que sobre el estilo pronunció B u f f o n al t iempo de su recepción en la A c a d e m i a francesa. T r a d u c i o n del francés por D . J. M . A . Un to-m o en quarto d e l m i s m o t a m a ñ o que los d e la t r a d u c i o n de la historia natural, p a r a que h a g a j u e g o con ellos.

Ekmántos del arte de pensar 6 ¡a lógica reducida à lo que es meramente útil. O b r a úti l ís ima pa-ra la j u v e n t u d , escrita en f r a n -cés para el uso del C o l e g i o de Nobles de Berl in por M . B o r r e -" y , y traducida al castel lano por D . J o s e f María Magal lón y A r -m e n d a r i z , Marques de Santiago. Un t o m o en octavo.

Catecismo del Abad Fleuri, puesto en francés v en castel la-n o , para el uso de los que se d e -

dican á aprender el id ioma fran-cés. U n t o m o en octavo.

Ciencia del foro ó reglas para formar un Abogado , con var ias c a r t a s sobre la elocuencia foren-se. E s o b r a elemental para todos los que se dedican í la abogac ía . U n t o m o e n octavo .

Espíritu de la Biblia, ó Mo-ral universal , sacada del antiguo y nuevo testamento : obra escrita e n toscano por el célebre traduc-

' tor de la Biblia el A b a d M a r t i -n i , y traducida por un C l é r i g o R e g l a r de la Congregac ión de S. C a y e t a n o . E s el l ibro mas útil que

, se -puede dar á la j u v e n t u d , pa-ra su aprovechamiento y edifica-cien. U n t o m o en octavo.

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1067S9D D- N D k C L A S -

A u T a n S a i n t P i a n a , - J a c í ^ i í ^ H e n r i

"ALFONSO BEYES" s * 4 9 p

S a i n t P i e r r e , Jacques Henri Bernandin

d e , 1737-1814 Pablo y V i r g i n i a .

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