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PERSONALIDADES DO ANO 2011

Date post: 09-Mar-2016
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Foi uma festa de casa cheia. Os amigos responderam ao convite. Os amigos dos distinguidos não quiseram faltar. Empresários, gestores, membros do Clube de Leitores, autarcas, deputados e dirigentes de vários organismos marcaram presença. O MIRANTE trabalha em todos os concelhos do distrito de Santarém e nos concelhos de Azambuja e Vila Franca de Xira no norte do distrito de Lisboa. Muitos convidados percorreram longas distâncias para estar connosco. E no dia seguinte foi dia de trabalho.
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SUPLEMENTO ESPECIAL PERSONALIDADES DO ANO 2011 - Este suplemento faz parte integrante da edição nº 1025 deste jornal e não pode ser vendido separadamente SEMANÁRIO REGIONAL - DIÁRIO ONLINE Foi uma festa de casa cheia. Os amigos responderam ao convite. Os amigos dos distinguidos não quiseram faltar. Empresários, gestores, membros do Clube de Leitores, autarcas, deputados e dirigentes de vários organismos marcaram presença. O MIRANTE trabalha em todos os concelhos do distrito de Santarém e nos concelhos de Azambuja e Vila Franca de Xira no norte do distrito de Lisboa. Muitos convidados percorreram longas distâncias para estar connosco. E no dia seguinte foi dia de trabalho.
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S E M A N Á R I O R E G I O N A L - D I Á R I O O N L I N E

Foi uma festa de casa cheia. Os amigos responderam ao convite. Os amigos dos distinguidos não quiseram faltar. Empresários, gestores, membros do Clube de Leitores, autarcas, deputados e dirigentes de vários organismos marcaram presença. O MIRANTE trabalha em todos os concelhos do distrito de Santarém e nos concelhos de Azambuja e Vila Franca de Xira no norte do distrito de Lisboa. Muitos convidados percorreram longas distâncias para estar connosco. E no dia seguinte foi dia de trabalho.

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Personalidades do Ano são quem nos obriga a estar à altura das nossas responsabilidadesMinistro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares fez o elogio público dos que com ele subiram ao palco

Em Tomar, no cine-teatro Paraíso, os distinguidos por O MIRANTE não se ficaram pelos agradecimentos e palavras de circunstância. Alguns discursos foram mobilizadores. Outros inspiradores. Álvaro Pinto Correia, prémio Vida fez a surpresa de ler em palco o essencial da linha editorial de O MIRANTE, publicado na sua primeira edição, a 16 de Novembro de 1987: “Quem nos conhece sabe que somos persistentes, que não voltamos as costas ao que se tornou difícil e que não fazemos o elogio da mediocridade”.

O MIRANTE voltou a reconhecer o mérito das grandes personalidades e obras da região: o árbitro de futebol, as meninas campeãs dos trampolins, a jo-vem que leva o fado aos quatro cantos do mundo e o cavaleiro tauromáquico que gosta de ajudar os melhores. Álvaro Pinto Correia, prémio Vida, declarou aos 79 anos que está disposto a continuar a trabalhar. Os políticos aplaudiram. Os premiados na área da Cidadania e Asso-ciativismo também.

As Personalidades do Ano distingui-das pelo Jornal O MIRANTE simbolizam as grandes obras e pessoas da região e do país. “São aqueles que trabalham direc-

tamente para os outros e nos obrigam a saber estar à altura das nossas responsa-bilidades”. As palavras são do ministro dos Assuntos Parlamentares e presiden-te da Assembleia Municipal de Tomar, Miguel Relvas, que discursou ao receber o prémio Personalidade do Ano, na ce-rimónia que decorreu ao final da tarde de quinta-feira, 16 de Fevereiro, no Cine-

-Teatro Paraíso, em Tomar, enchendo a casa. A cerimónia foi abrilhantada com a actuação dos músicos da Associação Canto Firme de Tomar.

O governante, braço direito do actual primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, confessou que não gosta de receber dis-tinções. Só aceitou receber o prémio e conceder uma entrevista a O MIRANTE

com a condição de que fosse conduzida pelo actual director, Alberto Bastos, e pelo director-geral, Joaquim António Emídio, que o entrevistaram há 20 anos de forma a que a coerência das suas palavras fosse confirmada.

O prémio de política foi para o pre-sidente da Câmara Municipal de Bena-vente, António José Ganhão (CDU), que

O presidente do IEFP, Octávio Oliveira, e a presidente da Câmara de Rio Maior, Isaura Morais, entregam o prémio ao Choral Phydellius

Catarina Marcelino recebe o prémio das mãos de Orlando Ferreira, administrador da Rodoviária do Tejo e Hermínio Martinho, director da empresa Tecnovia

Manuel Jorge de Oliveira (ao centro) com o presidente da Câmara da Golegã, Veiga Maltez e Alberto Bastos, director editorial de O MIRANTE

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cumpre o nono mandato à frente da au-tarquia aos 66 anos. Só o limite de man-datos o impede de voltar a candidatar-se. O autarca prometeu guardar a distinção na “gaveta esquerda do coração onde guarda as melhores coisas da sua vida” que lhe dão forças para continuar a tra-balhar pelo bem estar das populações. Partilhou a distinção com amigos que o ajudaram a crescer enquanto ser humano e autarca e não esqueceu funcionários, dirigentes e vereadores.

No feminino, também na área da po-lítica, a premiada foi Lucília Vieira. De-pois de acumular uma vasta experiência no Instituto de Emprego e Formação Profissional, onde assumiu cargos de di-recção, chegou à Câmara de Ourém em 2009. “Procuro desempenhar o meu papel com rigor, tomar decisões com equidade e justiça, como acho que todos devemos fazer”, discursou. Agradeceu a Octávio Oliveira, o primeiro “grande chefe” com quem aprendeu muito do que sabe, aos profissionais do centro de emprego, à equipa na câmara, à família e a Sandra, o seu braço direito na empresa. Dedicou o prémio à mãe.

Manuel Jorge de Oliveira, cavaleiro tauromáquico com mais de 30 anos de carreira, nascido em Azambuja e a residir no Cartaxo, sentiu-se lisonjeado por rece-ber o prémio da tauromaquia já que toda a vida viveu rodeado de cavalos e toiros. Declarou-se defensor das tradições por-tuguesas e mesmo no estrangeiro sempre o seu país. “Nunca neguei nada daquilo que somos e os resultados têm sido posi-tivos tanto que muitos estrangeiros são aficionados”, ilustrou.

A Sociedade Filarmónica Gualdim Pais, premiada pelo trabalho na área do associativismo, foi fundada em 28 de Mar-ço de 1877 com o objectivo de manter uma banda filarmónica e implementar uma biblioteca. O representante da direcção da Sociedade agradeceu o prémio dirigi-do a toda a instituição, incluindo directo-res, funcionários e sócios da associação.

O representante da associação agra-deceu o prémio entregue à colectividade que representa também o reconhecimen-to pelo “papel que o movimento associa-tivo tem desempenhado ao longo das dé-cadas acompanhando as transformações sociais do país”.

Júlio Clérigo, presidente do Choral Phy-dellius, confessou-se surpreso pelo facto de ver reconhecido o mérito cultural da associação que nunca se colocou em bicos dos pés. “Se alguém nos viu no meio da multidão foi porque nós lá estávamos”.

O dirigente lembrou uma frase de São Paulo para ilustrar a filosofia do Choral Phydellius que soube junto dos mais va-riados estratos sociais angariar gente para construir o projecto. “Fiz-me fraco com os fracos, fiz-me grande com os grandes e fiz-me pobre com os pobres para ganhar alguns deles”, citou lembrando que vale a pena dedicar a vida a uma causa por um caminho que trilham há 55 anos.

O prémio Vida coube a Álvaro Pinto Correia, 79 anos, engenheiro de forma-ção, que desempenhou funções como secretário de Estado da Construção Civil e da Habitação e Urbanismo, foi adminis-trador da Caixa Geral de Depósitos e ad-ministrador não executivo da Sociedade

Hidroeléctrica de Cahora Bassa. “Toda esta vida foi longa. Fui chamado a fazer muita coisa e digo com muita franqueza que tudo o que fiz foi com muito gosto. Ainda estou disponível para fazer mais coisas”, disse aproveitando para elogiar o jornal. Tirando do bolso um papel, leu as palavras que o fundador de O MIRAN-TE e actual director-geral, Joaquim Antó-nio Emídio, escreveu na primeira edição, saída a 16 de Novembro de 1987: “Quem nos conhece sabe que somos persistentes, que não voltamos as coisas ao que se tor-nou difícil e que não fazemos o elogio da mediocridade”.

Álvaro Pinto Correia confirmou que este tem sido o lema do jornal e dos jorna-listas de O MIRANTE. “É um jornal infor-mativo de grande qualidade. O informati-vo passa a formativo por dar informação de qualidade, actualizada e independen-te. Ajuda a formar as pessoas que o lêem que ficam munidas de informação para tomar as decisões quando têm que as to-mar”, enalteceu.

Direcção da Gualdim Pais com a vereadora da Câmara de Tomar, Rosário Simóes e o presidente da Câmara da Chamusca, Sérgio Carrinho

Lucília Vieira ladeada pelo presidente da Associação Portuguesa de Imprensa, João Palmeiro e o deputado Vasco Cunha

Álvaro Pinto Correia (à direita) recebe o prémio das mãos de José Eduardo Carvalho, presidente da Associação Industrial Portuguesa e Joaquim Emídio, director geral de O MIRANTE

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“Às vezes parece que o país parou no tempo e que somos quase todos emba-lagens dos supermercados Continente e Pingo Doce. Não é o caso das pessoas e das instituições que distinguimos”. O director-geral de O MIRANTE, Joa-quim António Emídio, assinalou o iní-cio de mais uma cerimónia de entrega dos prémios Personalidade do Ano la-mentando que falte “impulso criativo, revolucionário no bom sentido da pa-lavra, que já teve dias bem melhores e protagonistas muito mais entusiastas”.

Joaquim António Emídio dispensou os “paninhos quentes” no discurso e foi realista: “Isto está mau para os jornais e para a comunicação social em geral. Apesar da assinatura de O MIRANTE

ser das mais baratas do mundo, o pes-soal está a cortar-se nas despesas e lê o jornal no café ou na taberna poupando uns trocos com a assinatura. Isto para não falar nas receitas da publicidade que, como todos sabem, é a primeira medida de contenção nas empresas em tempo de crise ou maiores dificul-dades”, constatou.

Como é que em tempos de vacas ma-gras é então possível subir a um palco e partilhar desta forma tão despudo-rada os efeitos da crise que se atraves-sa? “O MIRANTE é um jornal que faz a diferença na forma como pratica o jornalismo de proximidade e sustenta--se numa empresa que se organiza na prática das melhores regras de gestão”,

Impulso revolucionário precisa-se quando parecemos

todos embalagens de supermercado

justificou.Há dez anos o jornal era dos maio-

res beneficiários do país de um sistema de apoio do Governo ao envio de jor-nais pelo correio designado Porte Pa-go. Hoje continua a editar e a enviar as edições pelo correio mas saiu por vontade própria do sistema depois de ter negociado com os CTT melhores preços no mercado.

Ainda a troika era uma ameaça já se falava alemão na redacção de O MIRANTE e nos outros departamen-tos onde se aprende todos os dias a or-ganizar e reorganizar para não perder o mercado da publicidade como o an-terior Governo perdeu as eleições e o actual se vê grego para levar a água ao seu moinho, disse Joaquim Antó-nio Emídio.

“Há quatro anos, quando a crise começou a fazer-se sentir, fizemos uma parceria com o Expresso que nos garante uma distribuição semanal de

dez mil exemplares pelos leitores sem um cêntimo de custo. Para quem não sabe o grande desafio de uma publi-cação não é só a constituição de uma boa redacção nem a impressão do jor-nal mas sim os custos e a eficiência da distribuição”, confidenciou.

Organizar a iniciativa e premiar per-sonalidades e instituições é uma forma de mostrar trabalho enquanto “maior elo de ligação entre uma vasta região que está para lá e para cá do Tejo mas também às portas do Oeste ou paredes meias com o Alentejo”. “Temos muito orgulho em distinguir as pessoas e as instituições que ajudam a fazer a dife-rença e são parceiros deste trabalho e desta vontade leonina de mostrar ser-viço para que não nos chamem nomes feios como nos tempos de má memó-ria que ainda hoje limitam a nossa vi-da democrática e nos afastam dos me-lhores padrões de cultura e civismo europeus”, concluiu.

O árbitro, as meninas que

saltam e a jovem que canta o fado

Catarina Marcelino, a directora téc-nica da Fundação Madre Luiza Andaluz, instituição de Santarém que acolhe crian-ças do sexo feminino abandonadas ou provenientes de famílias disfuncionais, levou para casa o prémio cidadania mas recebeu-o declarando humildemente que mais não fez do que o seu trabalho pa-ra o merecer.

“Acho muito bonito que um jornal valorize coisas tão simples. Nós devía-mos ser assim. Eu, o árbitro, as meni-nas que saltam e a que canta o fado. É a nossa vida e só faz sentido se for vivida com entrega”.

Catarina Marcelino sublinhou que o As gémeas Ana e Andreia Robalo com o presidente da Câmara de Coruche, Dionísio Mendes e Salomé Rafael, presidente da Nersant

Joana Amendoeira com o director do centro de Saúde da Chamusca, Artur Barbosa, e Eugénio de Almeida, presidente do Politécnico de Tomar

André Gralha recebe o prémio das mãos do presidente da Câmara de Tomar, Carlos Carrão, e do presidente da Câmara de Almeirim Sousa Gomes

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Os municípios não podem ser os bodes expiatórios da crise ou os maus da fita até porque de acordo com as contas públicas de 2010 não contri-buíram em um cêntimo para o défi-ce público do país. Quem o garante com clareza é o presidente da Câma-ra Municipal de Benavente, António José Ganhão (CDU), vice-presidente do conselho directivo da Associação Nacional dos Municípios Portugue-ses e membro do conselho de admi-nistração da empresa intermunicipal Águas do Ribatejo.

“Há situações a corrigir mas é com o aprofundamento da proximidade que podemos concretizar melhor o plano de contingência perante a si-tuação grave que o país atravessa”, defendeu apelando ao contributo de todos para que seja possível seguir os caminhos que são necessários para que o país ultrapasse a situação. “Sou

daqueles que não desistirá. Sou daque-les que não baixará os braços perante as dificuldades”, garantiu.

O autarca, premiado na área da política, tem desbravado com outros presidentes de câmara os caminhos da intermunicipalidade fundamentais para que os recursos de um país pobre sejam melhor geridos. “Os municípios não são ilhas isoladas. Não terminam na extrema onde se colocam os mar-cos dos respectivos municípios. Não podemos continuar a cometer erros. Cada Plano Director Municipal con-sagrou uma área industrial. Os fundos comunitários foram canalizados para lá e hoje muitas dessas áreas indus-triais são cemitérios”, exemplificou aludindo à nova estratégia de cola-boração entre municípios vizinhos e de investimentos comuns que deseja ver, finalmente, implementada.

prémio que recebeu é de todos com quem trabalha já que só foi possível “porque existe uma fundação Luísa Andaluz, por-que existem meninas, porque existe uma congregação, porque existe uma família e muitos amigos.

A directora recordou um pensamento de Luísa Andaluz para quem um “doce programa de vida é “fazer o bem à imi-tação do mestre divino, tornar felizes os que nos rodeiam”.

André Gralha, premiado no desporto masculino, agradeceu o prémio e elogiou O MIRANTE pela audácia de distinguir um árbitro de futebol, classe que tem sido falada nos últimos tempos a nível nacional não pelas melhores razões. “Um árbitro de futebol é normalmente assobiado e a maior parte das vezes cri-ticado”, discursou agradecendo a insti-tuições, como o Inatel, a Associação de Futebol de Santarém e a Federação Por-tuguesa de Futebol. Dedicou o prémio aos amigos e à família, em particular ao pai e tio, também árbitros.

As irmãs gémeas Ana e Andreia Ro-balo, prémio desporto no feminino, vi-

ce-campeãs do mundo em duplo mini trampolim no Campeonato do Mundo de Ginástica de Trampolins e Tumbling, que se disputou em Inglaterra, integram o Clube de Trampolins de Salvaterra de Magos mas vivem na aldeia da Fajarda, concelho de Coruche. Agradeceram à fa-mília e à Câmara Municipal de Coruche que ajudou a pagar algumas viagens ao estrangeiro em que as atletas represen-taram Portugal, bem como à Câmara de Salvaterra, dirigentes associativos, trei-nadores e amigos que as ajudaram a en-frentar as vicissitudes de uma lesão ou o medo de falhar um salto.

Joana Amendoeira, 29 anos, prémio cultura feminino, é considerada um dos novos rostos do fado embora já pise os palcos há muitos anos e seja uma intér-prete sobejamente conhecida em Portu-gal. A fadista de Santarém, que consoli-dou a sua carreira internacional em 2011, agradeceu a O MIRANTE a entrega aos artistas ribatejanos e dedicou o prémio a todos “os intervenientes do universo do fado do Ribatejo que dão cartas em todo o país e no mundo”.

“Os municípios não são ilhas isoladas” António José Ganhão defendeu a intermunicipalidade

como caminho a seguir

Miguel Relvas recebe o prémio Personalidade do Ano das mãos do amigo Duarte Nuno Vasconcelos e Joaquim Emídio, director geral de O MIRANTE

O premiado António José Ganhão com o secretário de estado, Feliciano Barreiras Duarte e o Administrador da CIMLT, António Torres

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Há um limite para os sacrifícios ou vale tudo em nome do equilíbrio das contas públicas?O MIRANTE ouviu alguns convidados sobre a situação que se vive em Portugal. A pergunta colocada foi a seguinte: “A primeira prioridade do Governo é o equilíbrio das contas públicas. Para atingir esse objectivo estão a ser tomadas

medidas que afectam os cidadãos e todos os dias são anunciados novos sacrifícios. Sendo este objectivo considerado essencial para o país tudo deve ser subordinado a ele? Qual o limite que o Governo deve impor a si próprio?”

Luís Arrais, administrador da Scalabisport

“Espero que valham a pena os sacrifícios que nos estão a ser impostos”

Não sendo economista, o presidente da empresa municipal que gere o com-plexo desportivo de Santarém sempre vai dizendo que, pelas informações que lhe vão chegando, não existe outro ca-minho senão o da austeridade. Segundo Luís Arrais todas as pessoas gostariam de estar a passar por uma situação de maior conforto do que a que se vive ac-tualmente mas entende que o resultado terá de ser positivo. “Vamos ter de fazer estes sacrifícios para depois obtermos a recompensa que é termos as contas em dia, um dos grandes problemas que Por-tugal atravessa”, refere.

Admite que exista um limite para os sacrifícios implementados mas defende que o Governo não tem outras medidas para encarrilar o país. “Sou funcioná-rio público e estou a sofrer como toda a gente. Espero que valham a pena os sa-crifícios que nos estão a ser impostos”, conclui.

Maria Celeste Sousa - directora da EscolaSecundária de Santa Maria do Olival (Tomar)

“Sinto desmoronarem-se as condições de alguns dos nossos alunos”

A directora da Escola Secundária de Santa Maria do Olival, em Tomar, diz que a maior parte das medidas que o governo está a tomar para equilibrar as contas são essenciais mas considera que há limites que devem ser conside-rados. “Todos temos consciência que a nossa situação financeira é grave e que são necessários sacrifícios para con-seguirmos uma situação de equilíbrio mas não vale tudo para atingir esse ob-jectivo”, afirma. Maria Celeste Sousa sente, como funcionária pública que é, as medidas de austeridade e chama a atenção para a necessidade de traçar alguns limites. “Não se pode exigir de-masiado. As pessoas com mais possibi-lidades devem descontar, ao contrário de quem aufere um salário mais baixo e mal tem dinheiro para as suas neces-sidades mais básicas. “No meu trabalho já sinto um certo desmoronamento em relação às condições de alguns dos nos-sos alunos. Isso preocupa-me imenso e temos projectos já em marcha para po-dermos compensar a nível alimentar os alunos que mais precisarem”, informa.

Ilídio Lopes, presidente Escola Superior de Gestão de Santarém

“Os sacrifícios que estão a ser pedidos não vão resolver o problema”

O presidente da Escola Superior de Gestão de Santarém, Ilídio Lopes, não acredita que as medidas que estão a ser tomadas pelo Governo para equilibrar as contas públicas estejam a ajudar o país. “Todos os sacrifícios que estão a pedir aos portugueses são precisamen-te contrários ao que é preciso realizar para promover o relançamento econó-mico. Precisávamos de outras medidas que não passassem pela retracção do consumo que conduz necessariamente a uma retracção do crescimento que de-pois tem consequências a nível nacional e europeu”, considera. Ilídio Lopes acha que o Governo deveria aplicar estas me-didas a toda a sociedade e não centrar-se apenas nos funcionários públicos. A jus-tiça, a saúde ou a educação são alguns sectores fundamentais que estão a ser descurados, na opinião do presidente, e que contribuem para agudizar os dese-quilíbrios sociais.

Jaime Ramos, presidente da Câmara do Entroncamento

“Temos que começar a olhar mais para as pessoas do que para os números”

À frente da Câmara do Entroncamen-to, Jaime Ramos considera que a econo-mia precisa de um estímulo a par das me-didas de austeridade que estão a ser pos-tas em prática pelo Governo. Reconhece que o objectivo de consolidar as contas públicas é fundamental mas considera que as câmaras municipais têm de ter as mesmas concessões que estão a obter algumas empresas públicas. “Acima de tudo ao nível de empréstimos, para que possamos pagar aos fornecedores que es-tão credores há mais de 90 dias”, exem-plifica. Sobre se os sacrifícios devem ter um limite, Jaime Ramos diz que a popu-lação ainda vai sofrer mais medidas de austeridade mas considera que se tem de começar a olhar mais para as pessoas do que para números. “Temos de ajudar a economia e as pequenas empresas, sem-pre na perspectiva das pessoas, que são a mola real da economia desta país. Mas também tenho feito sentir entre os meus colaboradores que se estamos a fazer sa-crifícios agora é para que de futuro eles não venham a ser ainda maiores”, realça.

Francisco Vieira Américo Oliveira

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Dionísio Mendes - presidente da Câmara Municipal de Coruche

“Tem que se dar esperança às pessoas e fazer crescer a economia”

O presidente da Câmara Municipal de Coruche, Dionísio Mendes, reconhe-ce que é importante equilibrar as contas públicas, desde que não se fique também escravo dessa obrigação. “A economia deve continuar a ser o motor da socie-dade e devemos continuar a reforçar a actividade económica através do apoio às pequenas e médias empresas, por exemplo. O sistema bancário precisa de voltar a injectar dinheiro na economia”. O autarca verifica que o país está a ficar “paralisado”, o que gera desemprego, contestação social e um mau estar e de-sânimo muito grande.

Na sua opinião os sacrifícios não po-dem ser só pedidos aos funcionários pú-blicos e deve-se nesse sentido procurar um maior equilíbrio. “Tem de se dar esperança às pessoas e criar condições para que a economia cresça. O desen-volvimento económico trará menos de-semprego, especialmente para os mais jovens que terminam as suas licenciatu-ras e continuam sem respostas”. Dioní-sio Mendes aconselha, contudo, os por-tugueses a manterem a esperança que tudo vai melhorar.

José Eduardo Carvalho, presidente da Associação Industrial Portuguesa

“Não sei se será possível conter a despesa pública sem haver despedimentos da administração pública e local”

Nas palavras de José Eduardo Carva-lho o Governo tem um desafio compli-cadíssimo e complexo que é, ao mesmo tempo, reduzir a despesa pública e re-formar o Estado colocando ainda a eco-nomia a crescer. “É uma tarefa muito complicada. Será que é possível reduzir despesa pública sem haver despedimen-tos na administração pública e local? É um caso a pensar seriamente”, deixa no ar o presidente da Associação Industrial Portuguesa e ex-presidente da Nersant - Associação Empresarial da Região de Santarém. Considera que as medidas de austeridade aplicadas são as correctas pa-ra o momento que se vive e que não po-díamos passar sem elas mas interroga-se sobre a sua duração. “Quanto tempo é que isto demorará? Isso depende de um conjunto de factores, que tem mais a ver com a componente externa do que inter-na mas existe um consenso generalizado de que há necessidade de mais tempo e de um reforço do apoio da ajuda externa. Para isso temos que cumprir os compro-missos assumidos, nos períodos acorda-dos”. Quanto a medidas para libertar a economia, José Eduardo Carvalho defende uma flexibilização do pe-ríodo de desavalancagem financei-ra que os bancos fazão repercutir nas empresas, que não estão pre-paradas para tal.

Octávio Oliveira, presidente do Instituto de Emprego e Formação Profissional

Cumprir o objectivo das contas públicas sem esquecer a economia e o emprego

O presidente do Instituto de Emprego e Formação Profissional considera que o equilíbrio da equação entre pôr as contas públicas em dia e honrar os compromis-sos assumidos por um lado, e a criação de emprego e criação de condições de equidade que não faça disparar o nível do desemprego, é a chave para alcançar os objectivos. Octávio Oliveira admite que os compromissos assumidos e al-gumas das medidas têm uma expressão negativa do lado do emprego e da eco-nomia mas que cabe fazer, neste início de ano, os reajustamentos necessários à realidade. “Encontrando um conjunto de medidas que minorem os problemas do desemprego e estimulem a actividade económica. O programa Estímulo 2012 tem como objectivo estimular as empre-sas para a criação de postos de trabalho. É neste equilíbrio de medidas que têm a ver com as contas públicas e outras com o estímulo à actividade económica que se tem de fazer o balanceamento”, de-fende o presidente do IEFP. Quanto ao papel da entidade que dirige, defende que deve encontrar soluções para empre-gados e desempregados, melhorando o seu nível de qualificação, para voltarem ao mercado de trabalho e ao serviço da economia e da sociedade.

Padre Mário Duarte, Paróquia de Santa Maria dos Olivais (Tomar)

“O povo tem percebido os governantes mas convém não esticar a corda”

À frente da Paróquia de Santa Maria dos Olivais, em Tomar, o padre Mário Duarte tem lidado com cada vez mais pessoas em dificuldades para fazer face aos pagamentos mais urgentes, recor-rendo a amigos, familiares e à Cáritas. A situação a que chegou o país, com os sacrifícios impostos pelo Governo, le-va a que considere que, para já, o povo tem aceite com calma e serenidade as medidas, acreditando em quem está a governar, mas deixa o aviso. “Convém não esticar muito a corda para que aqui-lo que está a acontecer na Grécia nunca ocorra no nosso país. Todos percebemos que estamos numa situação difícil mas não podem ser sempre os mesmos a pa-gar. Aquilo que se pretende é que a ges-tão das contas públicas seja feita tendo em conta o bem dos cidadãos”, alerta. Para Mário Duarte a situação que se vi-ve é fruto de, ao longo dos anos, muita gente ter abusado dos fundos públicos para um tipo de política megalómana, mais própria de países ricos do que de um país de Estado Social. “Construímos demasiados castelos e elefantes brancos e agora pagamos todos as consequên-cias”, analisa.

Sérgio Carrinho e José Manuel SampaioIlídio Lopes, Eduarda Reis e Luís Arrais Grupo de amigas da instituição Madre Andaluz

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Mário Albuquerque e José Eduardo Marçal

Isilda Aguincha e Jaime Ramos

Carlos Gorgulho e Joaquim Emídio

Joaquim Esperancinha e Fernando Jesus

Augusto Lopes e Rosa Santos

Jorge Pires e sua esposa Ofélia Sousa

Joana Amendoeira e os pais

Álvaro Pinto Correia, esposa e filhasCarlos Carrão e Artur Trindade

Carlos Carrão e Tiago Carrão

Artur Barbosa e a esposa Filomena Barbosa

Rui Manhoso e Francisco Jerónimo

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João Pita Soares e Susana Pita Soares

Nuno Serra, Carina João e Vasco Cunha

Jorge Pisca e Paulo Neves

Fátima Galhardo, Dionísio Mendes e Pedro Orvalho

Luís Delgado e António Prelhaz

Carlos Monteiro e Florbela Monteiro

Eugénio Almeida e João Artur Rosa

Pedro Ribeiro e Joana Emídio

João Ventura e Rita Ventura

Lucília Vieira e Rosa Nascimento

Isaura Morais e Vanda Nunes

José Eduardo Carvalho com Álvaro Pinto Correia e família

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João Filipe e Hermínio Martinho

António José Ganhão e sua esposa Maria Ganhão

José Veiga Maltez, acompanhado pelos vereadores Rui Medinas, Pires Cardoso e Ana Isabel Caixinha

José Matos Rosa

Hermínio FonsecaManuel e Maria Helena dos Santos

Manuel Jorge de Oliveira e sua esposa Zulmira Oliveira

Alguns elementos do Choral Phydellius

Paulo Fonseca

António Vicente

Joaquim Sampaio com a esposa Maria Antónia Sampaio e uma amiga da fundação Madre Andaluz

João Victal

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João Lourenço

Feliciano Barreiras Duarte e Duarte Nuno Vasconcelos

Rosário Simões e José Perfeito

Actuação dos alunos do Curso Profissional de Instrumentistas da Associação Canto Firme

Orlando Ferreira e sua esposa Silvina Pedroso

Ricardo Gonçalves, Carlos Coutinho e Nuno Serra

André Gralha com alguns dos amigos que o acompanharam

António Campos, Salomé Rafael e Joaquim Emídio

Ramiro Matos

Grupo de pessoas que se juntou à porta do cine-teatro algumas das quais estariam a protestar contra reestruturação do Centro Hospitalar do Médio Tejo


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