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Português 10 Ano

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8/10/2019 Português 10 Ano http://slidepdf.com/reader/full/portugues-10-ano 1/64 P  GiN SEGU NTE Português 1 o ano FILOMENA MARTINS GRAÇA MOURA  DERNO DE  TIVID DES
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P

 

GiN

SEGU NTE

Português

1

o

ano

FILOMENA MARTINSGRAÇA MOURA

  DERNO

DE

  TIVID DES

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Sequência

1Textos do Domínio Transaccional e do Domínio Educativo

Ficha 1 – Declaração......................................................................................   4

Ficha 2 – Relatório ..................................................................................... ...   5

Ficha 3 – Requerimento ...............................................................................   8

Ficha 4 – Regulamento ................................................................................   10

Ficha 5 – Contrato .........................................................................................   13

Sequência

2

Textos de Carácter Autobiográfico

Ficha 6 – Memórias........................................................................................   17

Ficha 7 – Memórias........................................................................................   19

Ficha 8 – Diário................................................................................................   22

Ficha 9 – Carta ................................................................................ ................   24

Ficha 10 – Retrato .......................................................................... ................   26

Ficha 11 – Descrição......................................................................................   28

Ficha 12 – Camões Lírico .......................................................................... ...   30

Sequência

3

Textos Expressivos e Criativos

Ficha 13 – Poesia............................................................................................   34

Ficha 14 – Poesia ...........................................................................................   37

Sequência

4Textos dos MediaFicha 15 – Entrevista.....................................................................................   40

Ficha 16 – Artigo de apreciação crítica....................................................   43

Ficha 17 – Resumo.........................................................................................   46

Ficha 18 – Crónica jornalistica e literária................................................   47

Sequência

5Contos do Século XX

Ficha 19 – Conto ............................................................................. ................   52

Soluções

Índice

55

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Textos do Domínio Transaccionale do Domínio Educativo

TEXTOS DO DOMÍNIO TRANSACCIONAL – são aqueles que têm como objectivo satisfazer algumasnecessidades de comunicação burocrática e administrativa e que se utilizam principalmente emserviços.

TEXTOS DO DOMÍNIO EDUCATIVO – são os textos referentes à actividade pedagógica.

PROTÓTIPO TEXTUAL

Declaração Relatório Requerimento Regulamento Contrato

Acções   declarar   relatar   requerer   regulamentar   contratar

Emissor   o declarante   o relator   o requerente

a entidaderegulamentadora

órgãos dirigentes

os contraentesou outorgantes

Interlocutor

local detrabalho

escola

tribunal, etc.

os superioreshierárquicos

o chefe de determinadoserviço

o presidente dedeterminada instituição

os utilizadores,associados dedeterminada instituiçãoou colectividade

os próprioscontraentes

Pessoainteressada

a pessoa quesolicita

o relator e/oudestinatário   o requerente

a entidaderegulamentadora e osutilizadores/associados

os contraentes

Registo   formalou informal

formale informal   formal   formal   formal

Estrutura

abertura

corpo

fecho

primeira página:– título– nome do

destinatário– nome do autor– data e local da

realização

páginas seguintes:– sumário– introdução– parte central– conclusão

abertura

encadeamento

fecho

preâmbulo

normas gerais

competências

direitos

deveres

* Existem regulamentos

menos elaborados.

abertura

encadeamento

fecho

3

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Sequência 1

4

F I C HA 1 Declaração

Leitura

Declaração de Privacidade

A Elaconta declara que os dados pessoais dos clientes registados no seu website são apenas utiliza-

dos pela Elaconta para processamento das encomendas efectuadas, personalização do website por

parte do cliente e envio da newsletter Elaconta para o e-mail do cliente (se essa opção for seleccionada

pelo cliente durante o processo de registo na loja online).

Garante ainda que a informação que nos disponibiliza não será vendida ou cedida a terceiros.

Lisboa, 31 de Outubro de 2009

O declarante,

Elaconta

http://www.elaconta.pt/declaracao_privacidade (adaptado)

Orientação de leitura

1. Lê o texto.

1.1 Identifica o tipo da declaração apresentada.

1.2 Refere o declarante e o destinatário.

1.3 Explicita a finalidade desta declaração.

2. O conteúdo do texto evidencia actualidade. Justifica a afirmação.

1. Tendo em conta a situação de comunicação que o enunciado apresenta, identifica o registo utilizado.

2. Estabelece as correspondências adequadas entre as colunas A, B e C, identificando os actos

ilocutórios presentes nas expressões transcritas bem como a intencionalidade comunicativa de

cada uma delas.

3. Classifica os verbos «declarar» e «garantir», seleccionando as opções correctas:

4. Transcreve do texto duas frases subordinadas substantivas completivas.

Funcionamento da Língua

Coluna A Coluna B Coluna C

a) «A Elaconta declara»b) «A Elaconta garante ainda»

1. Acto compromissivo2. Acto declarativo

I. PrometerII. Declarar

a) declararb) garantir

1. verbo assertivo2. verbo compromissivo

3. verbo directivo4. verbo volitivo5. verbo expressivo6. verbo declarativo

5

Considera o texto estudado. Elabora uma declaração de acordo com as seguintes directrizes: um(a)

cliente expressa à Elaconta a exigência de confidencialidade dos seus dados pessoais.

Escrita

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Textos do Domínio Transaccional e do Domínio Educativo

5

F I C H A 2 Relatório

Leitura

Relatório de Viagem

Unidade: Beta, Lda. Período: 07/09/2010 a 14/09/2010

Local: Luanda – Angola De: João Manuel Albuquerque

Sumário (cronologia da viagem):

07/09 • Viagem de ida.

08/09 • Chegada a Luanda.

• Levantamento da situação da paginação da lista.

09/09 • Verificação de ficheiros de paginação.

• Identificação da origem dos erros encontrados.10/09 • Esclarecimento sobre as anomalias detectadas na utilização do software.

• Informação sobre as regras da paginação, nomeadamente a continuação

de figurações.

• Correcção de páginas.

11/09 • Instalação do software gerador e visualizador de postscript .

• Formação na utilização do software.

• Início da geração de postscript .

12/09 • Formação e testes à geração de postscript da separação de cores.

13/09 • Continuação de testes e verificação de postscript da separação de cores.

• Parametrização da base de dados.• Viagem de regresso.

14/09 • Chegada a Lisboa.

Introdução:

Objectivo: Instalação do software para gerar  postscript de páginas, montar o sistema de con-

trolo de envio de ficheiros e parametrização da Base de Dados.

Parte central (situação encontrada):

• A paginação não estava concluída, havendo necessidade de recorrer a serviços de um ope-

rador externo.

• Verificou-se que alguns computadores não tinham instalados o software e as fontes neces-

sários para trabalhar, o que dificultou algumas tarefas e retirou capacidade de resposta.

• Ao verificar as páginas entretanto já produzidas, notou-se a existência de duplicações, de

muitos erros de ortografia, fruto de desconhecimento da Língua Portuguesa, e textos mal

carregados na base de dados, denotando deficiências várias, quer na acção de conferência,

quer no tratamento dos erros de extracção.

5

10

15

20

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Sequência 1

6

35

40

Conclusões e Sugestões:

• Verifica-se a necessidade de uniformizar o software nas estações de trabalho da Arte, a fim de

rentabilizar os equipamentos, principalmente em períodos críticos de trabalho.• Sugere-se que, enquanto não forem assimilados os processos de produção e a Base de Dados

não for considerada um pouco mais estável, se separem as funções de introdução das de con-

ferência, sendo estas desempenhadas por pessoas distintas.

in Relatório de Viagem (adaptado)

Orientação de leitura

1. Identifica, do texto:

a) o tipo de relatório

b) o título

c) o nome do autor

d) o período de tempo a que se reporta

e) o local onde foi desenvolvido o trabalho, objecto do relatório

2. Atenta no Sumário e na Introdução.

2.1 Indica quantos dias foram despendidos na concretização do objectivo enunciado na Introdução.

3. Relê a Parte central, as Conclusões e as Sugestões.

3.1 Caracteriza a situação encontrada.

3.2 Regista as afirmações que revelam a conclusão e a sugestão do relator.

4. A linguagem é predominantemente:

a) objectiva.

b) subjectiva.

4.1 Refere, no presente relatório, três características deste tipo de discurso.

1. Considera as palavras:

a) viagem   d) nomeadamente

b) paginação   e) início

c) informação   f) base

1.1 Identifica as palavras complexas.

1.2 Clarifica e classifica o seu processo de formação.

Funcionamento da Língua

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Textos do Domínio Transaccional e do Domínio Educativo

7

2. Transcreve do texto:

a) dois nomes próprios

b) dois nomes comuns não contáveisc) dois quantificadores numerais

d) dois adjectivos

e) dois neologismos (empréstimos)

3. Refere adjectivos da família dos seguintes nomes:

a) paginação   d) geração

b) origem   e) dinamismo

c) anomalia f) introdução

3.1 Indica o grau superlativo absoluto sintético de:

a) fraco

b) fugaz

c) estável

d) distinto

4. «Verificou-se que alguns computadores não tinham instalados o software e as fontes neces-

sárias para trabalhar, o que dificultou algumas tarefas e retirou capacidade de resposta.»

(ls. 27-28)

4.1 Transcreve as frases:

a) subordinada substantiva completiva

b) coordenada copulativa

c) subordinante

d) subordinada adjectiva relativa restritiva

4.2 Selecciona as funções sintácticas correspondentes aos vocábulos destacados em 4:a) sujeito simples

b) modificador preposicional

c) complemento directo

Elabora um relatório de uma visita de estudo que tenhas apreciado.

Escrita

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Sequência 1

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F I C H A 4 Regulamento

Universidade do AlgarveRegulamento de Funcionamento das Bibliotecas

I – Leitores

Art. 1.°

São bibliotecas da Universidade do Algarve a Biblioteca Central, as bibliotecas da ESE, ESGHT

e EST e a biblioteca do Pólo de Portimão.

Art. 2.°

As bibliotecas da UAlg estão abertas à comunidade académica e à comunidade externa,

nomeadamente a:

1. Alunos, docentes, investigadores e funcionários da Universidade do Algarve.

2. Utilizadores de arquivos e de outros serviços de documentação e/ou informação no âmbito

dos respectivos protocolos de colaboração.

3. Outros utilizadores, desde que possuidores do cartão de leitor.

II – Sala de leitura

Art. 3.°

Os utilizadores das bibliotecas podem entrar nas instalações com pastas, carteiras ou mochilas.

Caso se revele necessário, à saída, o funcionário procederá à verificação dos pertences.

Art. 4.°

Nas salas de leitura o utilizador poderá servir-se de publicações das bibliotecas e/ou de outros

materiais estranhos às mesmas, desde que não perturbe o normal funcionamento desses espaços,

nem ponha em causa a integridade e o bom estado de conservação dos documentos, do mobiliá-

rio, do equipamento e das instalações.

Art. 5.°

Nas salas de leitura e gabinetes nela integrados:

1. Não é permitido fumar, comer, beber, ou tomar quaisquer atitudes que ponham em causa oambiente de silêncio e disciplina exigido nesses espaços.

2. Não é permitida a utilização de telemóveis, pelo que estes terão de estar desligados durante

o período de permanência nestes espaços.

3. Caso se verifique qualquer atitude que ponha em causa o bom funcionamento das salas de

leitura, o utilizador será avisado e, em caso de reincidência, identificado, sendo a ocorrência

comunicada superiormente.

4. Os utilizadores não podem utilizar em grupo mesas de leitura individuais, nem deslocar

mesas ou cadeiras para lugares diferentes daqueles onde estejam colocadas.

Leitura

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Textos do Domínio Transaccional e do Domínio Educativo

11

5. As obras consultadas devem ser colocadas nas mesas e nunca recolocadas nas estantes pelos

utilizadores.

6. É expressamente proibido anotar, riscar, dobrar ou de qualquer outra forma danificar omaterial utilizado, assim como retirar do mesmo qualquer carimbo ou etiqueta. O não cum-

primento desta disposição implica, além de outras possíveis sanções, a reposição da publica-

ção danificada ou o seu pagamento integral.

7. Os funcionários podem, a todo o momento, interpelar e proceder a acções de verificação,

caso observem comportamentos que indiciem danos nas obras das bibliotecas.

8. É reservado o direito de impedir o acesso às bibliotecas a qualquer utilizador cujo compor-

tamento se tenha anteriormente revelado inadequado no local.

Art. 6.°

Horário:

1. O horário de funcionamento das bibliotecas será anualmente afixado em local visível nas

bibliotecas.

2. As alterações ao horário de funcionamento das bibliotecas serão, exceptuando situações

imprevistas, sempre anunciadas com uma antecedência de três dias e mediante aviso escrito

afixado em local visível na biblioteca.

III – Leitura de presença

Art. 7.°

Entende-se por «Leitura de presença» a que é efectuada nas salas de leitura, dentro dos horá-

rios de funcionamento.

Art. 8.°

Os leitores têm direito à leitura de presença de todos os documentos que se encontrem nas

salas de leitura em regime de livre acesso.

Art. 9.°

A documentação que se encontra em arquivo deverá ser solicitada no balcão de atendimento

ou, antecipadamente, por correio electrónico. (...)

http://www.bib.ualg.pt

Orientação de leitura

1. O texto apresentado é o Regulamento das Bibliotecas da Universidade do Algarve.

1.1 Classifica-o como:

a) regulamento geral;

b) ou regulamento parcial.

1.2 Justifica a tua opção.

2. Apresenta a sua estrutura.

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Textos do Domínio Transaccional e do Domínio Educativo

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F I C H A 5 Contrato

Leitura

Entre SOTRANSBER, com sede em Rua Ricardo Reis, n.° 20, Lisboa, matriculada naConservatória do Registo Comercial de Lisboa sob o n.° 123410 com o contribuinte fiscal n.°

132736233, com o ramo de actividade Transportes, daqui em diante designada como Primeiro

Outorgante.

António José Rodrigues Oliveira, de nacionalidade portuguesa, residente em Praceta de Mário

de Sá-Carneiro, n.° 11, 1. B, Odivelas, com o contribuinte fiscal n.° 149992244, portador da carta

de condução n.° L-129113, válida até 01/02/2047, daqui em diante designado de Segundo

Outorgante, é celebrado o presente contrato de trabalho, que se regerá pelas seguintes cláusulas:

1.a

O segundo outorgante é admitido ao serviço do primeiro outorgante com a categoria profis-

sional de motorista, a fim de desempenhar as funções da sua especialidade, ou quaisquer outras,

desde que compatíveis com a sua qualificação profissional.

2.a

1– A retribuição a auferir pelo segundo outorgante é mensal, fixada em 750 € (setecentos

e cinquenta euros), a qual será paga em cheque, e sobre a qual incidirão os descontos legais.

2– À retribuição referida será acrescido o respectivo subsídio de alimentação, correspondente

a 5€ (cinco euros) por cada dia efectivo de trabalho.

(...)

4.a

O segundo outorgante prestará um horário de trabalho de 40 horas semanais, distribuídas da

seguinte forma: oito horas por dia, de segunda a sexta-feira.

5.a

O presente contrato terá início em 02/01/2009 e caduca em 02/01/2010.

6.a

1. Em tudo não previsto neste contrato, vigorarão as disposições legais aplicáveis.

2. O segundo outorgante aceita ser admitido ao serviço pelo primeiro outorgante, nos termos e

condições acima referidas.

7.a

O presente contrato é feito em duplicado e composto por uma página que vai ser assinada

pelos dois outorgantes, sendo a sua celebração datada a 02/01/2009.

O primeiro outorgante __________________________________

O segundo outorgante __________________________________

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Sequência 1

14

Orientação de leitura

1. Identifica a estrutura do texto.

2. Classifica esta tipologia textual.

3. Refere outra designação para «outorgante».

4. As cláusulas são numeradas, por ordem, da 1.a à 7.a.

4.1 Diz o que entendes por cláusulas.

5. Enuncia as condições aceites pelo segundo outorgante.

6. Explicita como decidiram as duas partes dar solução a questões não acordadas no documento.

1. Apresenta sinónimos de:

a) compatíveis

b) auferir

c) efectivo

2. No texto, as formas verbais encontram-se predominantemente no Presente e no Futuro

Imperfeito do Modo Indicativo da forma activa da forma passiva.

2.1 Fundamenta a afirmação anterior, retirando exemplos do texto.

2.2 Justifica a presença dos referidos tempos verbais no texto.

3. Selecciona, da primeira cláusula, os marcadores discursivos utilizados.

3.1 Classifica-os.

4. Dos seguintes vocábulos, selecciona os flexionáveis:

a) entre   d) diante

b) sede   e) primeiro

c) fiscal   f) outorgante

4.1 Integra na respectiva classe as palavras constantes das alíneas a), e) e f).

5. Dá continuidade à seguinte unidade discursiva: o primeiro outorgante foi admitido ao serviço do

segundo. Para tal, acrescenta-lhe:

a) uma frase subordinada adverbial causal.

b) uma frase coordenada conclusiva.

c) uma frase subordinada adverbial concessiva.

Funcionamento da Língua

Imagina que és um compositor de música rock e estabeleces contrato a termo certo com uma editora

discográfica.

Redige três cláusulas respeitantes:

a) aos prazos de entrega das letras e/ou das músicas;

b) ao motivo da necessidade deste colaborador para a actividade da empresa;

c) à quantidade monetária auferida pelo compositor.

Escrita

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Textos de Carácter AutobiográficoAUTOBIOGRAFIA – narrativa em que um autor dá a conhecer momentos da sua vida sob a forma

documental e/ou ficcional.A autobiografia pode concretizar-se em Memórias, Diários, Cartas e Auto-Retratos.

BIOGRAFIA – texto predominantemente narrativo sobre as vivências e experiências da vida de

determinada personalidade.A autobiografia e a biografia podem ser ilustradas com fotografias.

PROTÓTIPO TEXTUAL

Diário  sentimentos

vivências/experiências

projectos de vida

anseios

dúvidas

ambições

fracassos

vitórias

considerações críticas sobre

a realidade quotidiana

discurso

da 1.a pessoa

elevada

subjectividade

      

      Eu

retrato da

interioridade

Passado

vivências

experiências

sentimentos

Memóriacolectiva

          

     

    

comunicaçãounilateral

por escrito

criação de umconfidente

inanimado

papel

múltiplos registos

individuais

 

Eu

memória individual

Presenterecordação, evocação,

lembrança

Memórias

expressão

e registo

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F I C HA 6 Memórias

Leitura

Certa manhã, finalmente, vimos o pai de Juanito. Quando atravessámos a colina do poste daenergia eléctrica, iam ambos, ele e o garoto, um pouco adiante, cada um levando aos ombros

um objecto que não pudemos identificar. Ele era um homem esgalgado, e mais alto me parecia,

 vestido de camisa escura, inflada por fora das calças, assim de vulto recortado sobre a lividez do

amanhecer. Nenhum deles nos deu importância. A passada de Juanito imitava a do pai, a

mesma cadência, a mesma sobrançaria de movimentos. Eles ali iam a encher o horizonte! E não

sei que altivez, que majestade eles me transmitiram. Não fui o único, decerto, a reagir desse

modo, pois o amuo da Maria Adélia, ao verificar que o ganapo lhe não respondia ao aceno

(«Olha o finório! Parece que vai ao lado de um rei»), teve para mim um significado idêntico.

Concordámos em barrar-lhes o caminho à entrada do bairro, e, então, o pai de Juanito ver-

-se-ia forçado a dialogar connosco. Havia muitas coisas a dizer, e, mais do que isso, a nossa

curiosidade, aguçada nesses meses, bem merecia que o ensejo não fosse desperdiçado.

Mas nada decorreu como prevíamos. Eles deviam ter prosseguido a sua jornada, ou tê-la-

-iam desviado para se furtarem à nossa coscuvilhice, pois quando voltámos a encontrar Juanito

 já o pai ia longe. «Foi caçar arrebelas» – disse o catraio. E bem notámos que mentia. Ainda hoje

o que recordo do homem esgalgado é essa imagem fugaz de grandeza, a força da sua solidão ou

do seu desdém, presas à minha memória como uma revelação, e não posso ajustá-lo ao que

depois aconteceu.

O reencontro com Juanito, nessa manhã, deu-se em circunstâncias que muito decidiram das

nossas intenções a seu respeito: uma criança chorou numa das barracas, alguém, lá dentro, a

castigava do berreiro, embora o castigo apenas servisse para que o choro fosse mais bravo; e em

certo momento, ouvida a perrice da criança por toda a colina, Juanito correu, desvairado,

donde se ocultara, e ei-lo a procurar a irmã nas choças que mais vezes a abrigavam. No seu

rosto houve ferocidade, pânico e, depois de tranquilizado («Não era ela! Não era ela!»), uma

alegria sôfrega, convulsiva. Nunca o vira tão sociável e expansivo.

Fernando Namora, Retalhos da Vida de um Médico, Bertrand Editora, 1975-1983

5

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20

25

Orientação de leitura

1. Considera os seguintes tópicos:

a) mudança de intenções: a acção de Juanito   e) impressão causada nos observadoresb) plano do narrador e da companheira   f) situação inicial

c) impressão presa na memória   g) caracterização de Juanito e do pai

d) fracasso do plano

1.1 Ordena-os de acordo com a continuidade e a progressão do texto.

1.2 Delimita os momentos a que correspondem.

2. Explicita o sentido das afirmações:

a) «vulto recortado sobre a lividez do amanhecer» (ls. 4-5)

b) «merecia que o ensejo não fosse desperdiçado» (l. 12)

c) «ouvida a perrice da criança por toda a colina» (l. 22)

Textos de Carácter Autobiográfico

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Sequência 2

18

3. O texto apresenta-nos uma situação que faz parte das vivências do narrador.

Refere de que modo este se encontrava envolvido nela.

a) emocionalmente   c) socialmente

b) circunstancialmente   d) politicamente

4. Completa a seguinte grelha com elementos linguísticos do texto que remetem para a deixis pes-

soal, temporal e espacial.

4.1 A partir do quadro, tira conclusões sobre o carácter memorialista do texto.

5. Refere os sentimentos que se evidenciam face a Juanito e face a seu pai, nas recordações do

narrador.

Elementos linguísticos

deixis

pessoal

eu (sujeito de enunciação)

eu + Maria Amélia

deixis temporal

deixis espacial

1. Substitui a conjunção «Quando» (l. 1) por uma locução de sentido equivalente.

2. Transforma em discurso indirecto a seguinte frase: «Olha o finório! Parece que vai ao lado de

um rei» (l. 9)

3. «E bem notámos que mentia.» (l. 15)3.1 Substitui «bem» por um vocábulo com sentido equivalente.

3.2 Integra o vocábulo na classe a que pertence.

3.3 A frase é:

a) subordinada adjectiva relativa.

b) subordinada substantiva completiva.

c) subordinada adverbial consecutiva.

4. Das palavras «fugaz» (l. 16) e «memória» (l. 17) forma palavras acrescentando-lhes sufixos

derivacionais.

5. Atenta nas seguintes palavras:

a) «decerto» / de certo

b) «houve» / ouve

c) «vira» / virá

5.1 Escreve frases, usando cada uma das formas com propriedade vocabular.

Funcionamento da Língua

Na escola, estabeleceste já alguns laços de amizade. Escreve um texto autobiográfico, de 100 a

150 palavras, sobre os teus amigos de infância.

Escrita

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Textos de Carácter Autobiográfico

19

Vou contar o que aconteceu na Vega Central, omercado maior e mais popular de Santiago do Chile.

Alguém veio um dia buscar-me de automóvel,

fazendo-me entrar no veículo sem saber exactamente

para onde e ao que ia. Levava no bolso um exemplar

do livro España en el corazón. Dentro do carro expli-

caram-me que estava convidado para fazer uma con-

ferência no Sindicato dos Carregadores da Vega.

Quando entrei naquela sala desordenada, senti o

frio do Nocturno de José Asunción Silva, não só pelo

adiantado Inverno como pelo ambiente, que me dei-

xava atónito. Sentados em caixotes ou em improvisa-

dos bancos de madeira, uns cinquenta homens

aguardavam-me. Alguns tinham à cinta um saco

amarrado em jeito de avental, outros cobriam-se com

 velhas camisolas remendadas e outros desafiavam o

frio mês de Julho chileno com o torso nu. Eu sentei-me por detrás da mesinha que me separava

daquele estranho público. Todos me fitavam com os olhos carbónicos e estáticos do povo do

meu país.

Lembro-me do velho Laferte. Àqueles espectadores imperturbáveis, que não movem um

músculo da cara e olham fixamente, Laferte designava-os com um nome que me fazia rir. Disse-

-me uma vez na pampa salitreira: «Repara, lá no fundo da sala, apoiados à coluna, estão a olharpara nós dois muçulmanos. Só lhes falta o albornoz para se assemelharem aos impávidos cren-

tes do deserto».

Que fazer com este auditório? De que poderia falar-lhe? Que coisas da minha vida seriam

capazes de lhes interessar? Sem atinar numa decisão e escondendo o desejo de sair a correr,

agarrei no livro que levava comigo e disse-lhes:

– Estive em Espanha há pouco tempo. Havia lá muita luta e muitos tiros. Ouçam o que

escrevi sobre aquilo.

Devo notar que o livro España en el corazón nunca me pareceu de fácil compreensão.

Revela um esforço de clareza, mas está embebido do torvelinho daquelas grandes, múltiplas

dores.O facto é que pensei ler umas tantas estrofes, juntar umas quantas palavras, e despedir -me.

Mas as coisas não aconteceram assim. Ao ler poema após poema, ao sentir o silêncio, como de

água profunda, em que as minhas palavras caíam, ao ver como aqueles olhos e sobrancelhas

escuras seguiam intensamente a minha poesia, compreendi que o livro chegava aos destinatá-

rios. Continuei a ler mais e mais, comovido eu próprio pelo som da minha poesia, agitado pela

magnética relação entre os meus versos e aquelas almas abandonadas.

A leitura durou mais de uma hora. Quando me preparava para sair, um daqueles indivíduos

levantou-se. Era dos que tinham o saco atado em torno da cintura.

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F I C H A 7 Memórias

Leitura

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Sequência 2

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Orientação de leitura

Depois de leres atentamente o texto, responde às questões.

Selecciona as afirmações correctas:

1. O sujeito da enunciação:

a) narra uma experiência pessoal.

b) descreve a Vega Central.

c) conta a história de alguém que «um dia» o veio buscar «de automóvel».

d) analisa o seu quotidiano.

2. O texto é autobiográfico porque:

a) a sua temática é de carácter moralista.

b) relata aventuras e suas consequências.

c) o eu recorda vivências marcantes.

d) conta um episódio da guerra civil de Espanha.

3. Identifica quem «levava no bolso um exemplar do livro España en el corazón.

a) O emissor.

b) A pessoa que transportou o emissor.

c) Um trabalhador chileno.

d) Laferte.

4. O conferencista, ao entrar na sala, sentiu:

a) vergonha. c) estranheza.

b) constrangimento.   d) alegria.

5. O público era constituído por:

a) desempregados. c) adolescentes.

b) trabalhadores.   d) burgueses.

6. O auditório era:

a) uma «sala desordenada».   c) o povo do seu país.

b) um mercado chileno.   d) os governantes do seu país.

7. O emissor leu poemas sobre:

a) o sofrimento provocado por um conflito armado.

b) a vida quotidiana em Espanha.

c) as dores provocadas pelo trabalho árduo.

d) um grande amor.

– Quero agradecer-lhe em nome de todos – disse em voz alta. – Quero dizer-lhe, além disso,

que nada até hoje nos impressionou tanto.

Ao proferir estas palavras, estalou nele um soluço. Outros mais choraram também. Saí para arua por entre olhares húmidos e rudes apertos de mão.

Poderá um poeta continuar a ser o mesmo depois de passar por estas provas de frio e fogo?

Pablo Neruda, Confesso Que Vivi, Bibliotex Editor, 2003

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Textos de Carácter Autobiográfico

21

8. A mensagem do livro España en el corazón:

a) acalmou o público.   c) entristeceu o público.

b) comoveu o público. d) exaltou o público.

9. No final da conferência o poeta sentiu:

a) problemas de consciência. c) responsabilidade.

b) remorso. d) decepção.

10. Selecciona, do texto, as expressões que evidenciam o seu carácter memorialista.

1. Considera a transcrição:

«Alguém veio um dia buscar-me de automóvel, fazendo-me entrar no veículo sem saber exacta-mente para onde e ao que ia. Levava no bolso um exemplar do livro España en el corazón. Dentro

do carro explicaram-me que estava convidado para fazer uma conferência no Sindicato dos

Carregadores da Vega.»

1.1 Assinala as substituições lexicais.

2. Da frase «Sentados em caixotes ou em improvisados bancos de madeira, uns cinquenta homens

aguardavam-me», selecciona uma catáfora de «uns cinquenta homens».

3. Refere o modo de relato do discurso utilizado no texto.

4. Identifica os diferentes locutores.

5. Reescreve a seguinte transcrição, usando outro modo de relato do discurso: «– Quero agrade-

cer-lhe em nome de todos (…). Quero dizer-lhe, além disso, que nada até hoje nos impressionou

tanto.»

6. Reescreve a seguinte frase, passando os pronomes pessoais da 1.a pessoa para a 3.a pessoa do

singular:

«Eu sentei-me por detrás da mesinha que me separava daquele estranho público.» (ls. 17-18)

7. Apresenta antónimos de:

a) «amarrado» (l. 15)   d) «impávidos» (l. 23)

b) «estáticos» (l. 18)   e) «rudes» (l. 44)

c) «imperturbáveis» (l. 20);

Funcionamento da Língua

Todos nós nos emocionamos.

Num texto autobiográfico, de 80 a 120 palavras, desenvolve a afirmação em itálico, tendo em conta:

momentos inesquecíveis da tua vida; identificação dos diferentes estados de espírito experienciados.

Escrita

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F I C H A 8 Diário

Sequência 2

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Abril, 22

Na quarta-feira, à entrada da aula, veio ter comigo o contínuo de serviço e queixou-se-me do

Fosco. O Fosco fizera barulho, pulara, cantara, dançara ou lá o que foi antes de chegar… Assumi

um ar de seriedade digno de um grande actor, e disse ao homenzinho – «Já trato do assunto», e ao

Fosco, para que o homem ouvisse, «Vamos ajustar contas». Depois fechei a porta; esperei, escu-

tando, que se afastasse o empregado; e quando os seus passos se não ouviam já, anunciei que no

próximo dia seria julgado o Fosco. Ele que escolhesse o seu advogado de defesa, um deles que

propusesse advogado da acusação.

Fixe bem todo o professor tem de cumprir o que promete ao aluno. Caso contrário, «há con-

cluído», como, em tradução, diria o Radice. É que eles não esquecem – ou só esquecem o que os

não interessa. E nós temos de ser exemplo de tudo – a começar, temos de dar o exemplo de bem

cumprir. Mal entrei, vi logo na secretária o Poeta e o Gabriel; o Fosco estava entretido a despejar

o cesto dos papéis, para uma improvisação feliz de banco de réu. E o debate começou, seguido

com interesse e relativa seriedade da parte do público. O ataque não foi brilhante. Mas o Poeta –

com que brilho, com que imaginação, com que correcção de vocabulário e riqueza de argumentos

não defendeu o seu constituinte!

Eu ia sempre «puxando» por cada um (o réu também falou, porque tinha «alguma coisa a ale-

gar em sua defesa») e assim aquela aula, levada a brincar, teve o mérito de pôr os moços a falar

sem o constrangimento com que recontam um trecho acabado de ler.

Prestou-se a coisa, também, a aquisição de vocabulário:  juiz, juízo, julgar  e outras palavras

relacionadas com a audiência foram tratadas antes dela.E surgiu então uma ideia, aplaudida por todos, e que vem ao encontro da Semana do Animal:

passaremos a fazer, de vez em quando, julgamentos de animais e fábulas. O Lobo, de «O Lobo e o

Cordeiro», a Cigarra, a Formiga, a Raposa, de «O Corvo e a Raposa», virão ao tribunal.

Sebastião da Gama, Diário, Edições Ática, 1993

Leitura

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F I C H A 8 Diário

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Textos de Carácter Autobiográfico

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Orientação de leitura

1. O emissor relembra um episódio da sua vida.

1.1 Situa-o no tempo e no espaço.1.2 Regista as acções geradoras da situação conflituosa.

1.3 Refere a solução que o professor deu ao problema.

2. Na frase «Fixe bem todo o professor tem de cumprir o que promete ao aluno.» (l. 8), o comporta-

mento de um professor é objecto de reflexão.

2.1 Transcreve exemplos textuais ilustrativos da relação professor-aluno.

3. A aula do «julgamento» do Fosco foi, segundo o narrador, um êxito. Explicita porquê.

4. A ideia da comparência de animais de fábulas naquele tribunal gerou uma reacção nos rapazes.

4.1 Transcreve a expressão que revela o sentimento de agrado por parte dos alunos.

4.2 Esclarece o interesse de tal actividade no espaço-aula de Português.

5. O narrador evoca um dia da sua vida de professor.

5.1 Classifica o narrador quanto à presença.

5.2 Identifica as marcas autobiográficas presentes no texto.

1. Tomando como referente «o contínuo», transcreve do texto os seus co-referentes anafóricos.

2. «Fixe bem todo o professor tem de cumprir o que promete ao aluno.» (l. 8)

2.1 Classifica o acto ilocutório presente na frase transcrita e esclarece a sua intencionalidade

comunicativa.

3. Considera o vocábulo «justiça».

3.1 Retira do texto palavras do seu campo semântico.

3.2 Selecciona vocábulos que se integram na família de «justiça».

Funcionamento da Língua

O excerto sugere reflexões sobre temáticas diversas.

Elabora um texto expositivo, de 100 a 150 palavras, desenvolvendo uma das opções apresentadas:

A justiça – valor universal e intemporal

A vida como aprendizagem

O papel do professor no século XXI

A aprendizagem escolar

Trabalho de equipa

Professor(es) meu(s) amigo(s)

Aplica as regras da textualidade.

Escrita

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Sequência 2

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F I C H A 9 Carta

Meu amigo:

Sete horas da manhã. Pela janelinha sem vidro do meu quarto entra uma coluna de sol que

empoeira de oiro o sobrado. As pedras, de que é construído este casebre, são mal unidas e toscas.

Dum lado arrima-se aos penedos: sinto palpitar o coração dos montes. Do outro lado abre para o

panorama, píncaros sobre píncaros, fragas revolvidas e um ar tão fino que me farto de o beber.

Cheira bem. Pela fresta vejo pedras, montes cobertos de neve, o céu, coisas grandes e eternas…

Porque fugi ao ódio, aos desesperos, aos mil nadas que complicam a vida?… Para ter este pão

negro, que tão bem me sabe, este ar e esta paz que me penetram. Sou feliz. Vivo!…

Cismo e a paz é tanta neste triste casebre onde o pão não sobra, que o não trocaria pelas maio-

res riquezas do mundo. O meu sonho corre, incha, transborda. Ninguém o tolda. Farto-me…

Esta gente que me rodeia, pobres cavadores, pastores, homens que se parecem um pouco com

as árvores pela sua simplicidade e grandeza – e porque dão sombra também, são criaturas dife-

rentes das que tu conheces… Sombra, perguntas? Não é a bondade das árvores – a sua sombra?

Nunca sentiste, junto a um velho sobro, a simpatia e frescura de que seus ramos se evolam?

Pois muitos homens dão sombra como as árvores: acolhem; estendem os ramos, protegendo

os que se aproximam; a simpatia que de certas criaturas se exala é uma frescura só comparável à

frescura das árvores.

Raul Brandão, A Farsa, Ferreira e Oliveira Ed., 1903

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Textos de Carácter Autobiográfico

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Orientação de leitura

1. A observação do espaço físico é feita do interior para o exterior.

1.1 Descreve o casebre e enquadra-o na paisagem.1.2 Indica as reacções benéficas que esse ambiente provoca no emissor.

2. Refere o motivo pelo qual o «eu» se encontra instalado naquele «triste casebre».

3 A pobreza é profunda, mas não seria trocada «pelas maiores riquezas do mundo» (ls. 9-10).

3.1 Explica esta aparente contradição.

4. «O meu sonho corre, incha, transborda» (l. 10).

4.1 Identifica a figura de estilo que mais se evidencia nesta transcrição.

4.2 Caracteriza o estado de espírito do sujeito de enunciação.

5. Retrata o «eu» em «Esta gente que (…) rodeia» (l. 11).

6. Tendo em conta o registo utilizado no início da carta, classifica-a.6.1 A carta está incompleta. Termina-a, aplicando os conhecimentos que possuis sobre a sua

estrutura.

1. Na carta, existem referências concretas ao interlocutor.

1.1 Transcreve marcas deícticas que o comprovam.

2. Identifica os actos ilocutórios presentes nas expressões:

a) «Cheira bem» (l. 6)

b) «Sombra, perguntas?» (l. 13).

2.1 Explicita a sua intencionalidade comunicativa.

3. Selecciona, do primeiro parágrafo, os nomes no grau diminutivo.

4. Considera as expressões: «pão negro» (ls. 7-8) e «pobres cavadores» (l. 11).

4.1 Esclarece o valor (restritivo / não restritivo) dos adjectivos.

4.2 Refere o grau superlativo absoluto sintético de: «tosca», «negro», «feliz», «pobre» e «grande».

5. Clarifica as diferentes acepções do vocábulo «pão» nas seguintes frases:

a) Comeu o pão que o diabo amassou.

b) O pão de centeio é o que mais aprecio.

c) Sai, de madrugada, para ganhar o pão de cada dia.

d) A cultura é o pão do espírito.5.1 Constrói três frases onde utilizes a palavra «coluna» com diferentes acepções.

Funcionamento da Língua

As férias de Natal chegaram. Vais passá-las em casa de um colega (num local do interior ou do lito-

ral do país).

Elabora uma carta, dirigida à tua melhor amiga, contando-lhe os acontecimentos experienciados

nesse espaço.

Escrita

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Sequência 2

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No mais fundo de ti,

eu sei que traí, mãe.

Tudo porque já não sou

o retrato adormecido

no fundo dos teus olhos.

Tudo porque tu ignoras

que há leitos onde o frio não se demora

e noites rumorosas de águas matinais.

Por isso, às vezes, as palavras que te digo

são duras, mãe,

e o nosso amor é infeliz.

Tudo porque perdi as rosas brancas

que apertava junto ao coração

no retrato da moldura.

Se soubesses como ainda amo as rosas,

talvez não enchesses as horas de pesadelos.

Mas tu esqueceste muita coisa;

esqueceste que as minhas pernas cresceram,

que todo o meu corpo cresceu,

e até o meu coração

ficou enorme, mãe!

Olha – queres ouvir-me? –

às vezes ainda sou o menino

que adormeceu nos teus olhos;

ainda aperto contra o coração

rosas tão brancas

como as que tens na moldura;

ainda ouço a tua voz:

Era uma vez uma princesa

no meio de um laranjal…

Mas – tu sabes – a noite é enorme,

e todo o meu corpo cresceu.

Eu saí da moldura,

dei às aves os meus olhos a beber.

Não me esqueci de nada, mãe.

Guardo a tua voz dentro de mim.

E deixo-te as rosas.

Boa noite. Eu vou com as aves!

Eugénio de Andrade, Poesia, Fundação

Eugénio de Andrade, 2000

Poema à Mãe

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Orientação de leitura

1. Neste poema, o poeta afirma «eu sei que traí, mãe.» (v. 2).

1.1 Explicita a forma como se revela essa «traição» na relação entre mãe e filho.

2. A imagem estática do «retrato adormecido» (v. 4) evolui para o dinamismo «Eu saí da moldura» (v. 33).

2.1 Refere os factores que determinaram essa evolução.

3. Ao longo do poema está patente a dualidade perda / recuperação.

3.1 Indica o modo como se concretiza.

3.2 Refere a importância da reiteração do advérbio «ainda» (vs. 23, 25, 28).

3.3 Identifica a figura de estilo presente em «rosas tão brancas» (v. 26) e explicita o seu valor expressivo.

4. Interpreta a simbologia subjacente à referência a «aves» (v. 38).

Leitura

F I C HA 1 0 Retrato

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Textos de Carácter Autobiográfico

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1. Selecciona do texto dois conectores discursivos e classifica-os.

2. O percurso de vida do sujeito poético é expresso através de verbos que nos transportam para

momentos diferentes.

2.1 Inventaria as formas verbais que se referem ao passado e as que se reportam ao presente.

2.2 Tira conclusões.

Funcionamento da Língua

O crescimento de um adolescente implica transformações físicas e psicológicas, vividas, de modo

mais ou menos consciente, pelo próprio e observadas com interesse pelos adultos, sobretudo poraqueles que lhe estão mais próximos (a família, os amigos). Muitas vezes, surgem dúvidas, conflitos

e uma adaptação contínua às novas realidades.

Num texto autobiográfico, de 100 a 150 palavras, relembra as modificações que tens experienciado,

ao longo da tua vida, bem como as mudanças nas relações com os teus familiares mais queridos.

Escrita

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Sequência 2

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Leitura de imagem

F I C H A 1 1   Retrato

1. Observa o retrato.

1.1 Identifica:

a) os diferentes planos

b) o plano privilegiado

2. Atenta nas diferentes partes da figura humana.

2.1 Caracteriza-a nos seguintes aspectos:

a) físico (tamanho, formas, postura)

b) atitude(s)

c) expressão fisionómica, gestos (olhar, boca, lábios, movimento / estatismo)

   J  e  a  n   A  u  g  u  s   t  e   D  o  m   i  n   i  q  u  e   I  n  g  r  e  s ,   R  e   t  r  a   t  o    d  a   C  o  n

    d  e  s  s  a

    d  e   H  a  u  s  s  o  n  v   i    l    l  e ,

   1   8   4   5

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Textos de Carácter Autobiográfico

29

Orientação de leitura

1. Selecciona, da descrição da figura feminina, os vocábulos referentes:

a) aos traços físicos b) ao vestuário e acessórios

2. Caracteriza psicologicamente a mulher, partindo dos enunciados transcritos:

a) «beicinho de mágoa risonha» (ls. 5-6)

b) «delicada palidez» (l. 7)

c) «ironia inteligente que neles brilhava» (l. 9)d) «riram contando as suas desventuras» (ls. 9-10)

e) «Ela suspirava, comicamente, pela sua camisinha de dormir» (l. 15)

f) «olhando-o fixamente» (l. 18)

g) «pupilas (…), negras impenetráveis» (l. 20)

Leitura

Envergava um abrigo de pelica azul de anil, apertado à cintura, e uma  gorra de pescador, domesmo material, de onde lhe escapavam os caracóis negros e finos. A malinha de mão pousada

no colo.

– Do sexto andar? É curioso, também de lá venho, agora mesmo...

Contou-lhe o que perdera, os seus esforços. E ela confessou-lhe, com um beicinho de mágoa

risonha, que entre outras coisas deixara lá em cima a sua chemisette de nuit .

Alguma coisa, que não pôde logo definir, o interessou nela: a delicada palidez, a finura

incoercível das feições, a energia da expressão, os olhos estreitos e longos que pareciam corta-

dos a buril, e a ironia inteligente que neles brilhava. Sentados lado a lado, riram contando as

suas desventuras. Não fizeram delas um poema, mas, o que era muito saudável, um pedaço de

humor. Ali, dois andares acima, onde um bombeiro obstinado e façanhudo lhes proibira subir,

ele estava perdendo quanto possuía, sobretudo os seus esquissos e todo o seu dinheiro, que por

preguiça ainda não depositara num banco. Só lhe restava a trincheira reles do Bon-Marché (que

efectivamente encolhera, como profetizara o camarada do ascensor) e a roupa usada que vestira

para sair à noite. Ela suspirava comicamente pela sua camisinha de dormir, que nem tempo

tivera de enfiar no saco; pelas pantufas bordadas e o estojo de toillete, que deixara naquele sexto

andar onde, que pena, tinham sido vizinhos sem o saber.

– Mas eu já o tinha visto: ontem, no hall do hotel – disse ela olhando-o fixamente. Depois as

suas narinas, que pareciam de marfim, bateram, e o coração do artista respondeu às upas. As

pupilas dela, negras impenetráveis, flutuavam num branco levemente azulado. As pestanas,

compridas e luzentes, não pareciam sair-lhe do rebordo das pálpebras, mas duma pregazinha de

cetim da pele. Nunca vira olhos parecidos.

José Rodrigues Miguéis, Cinzas de Incêndio

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Elabora um texto descritivo, de 100 a 200 palavras, caracterizando o(a) teu(tua) melhor amigo(a).

Escrita

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Sequência 2

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F I C HA 1 2 Camões Lírico

Orientação de leitura

1. Divide o poema em três partes e delimita-as.

1.1 Apresenta uma frase que sintetize cada um dos momentos.

2. O sujeito poético interpela o «tu».

2.1 Refere a acusação que lhe é dirigida.

2.1.1 Transcreve expressões que fundamentem a resposta.

3. Refere os sentimentos que dominam o sujeito poético.

4. O poema é autobiográfico.

4.1 Identifica o acontecimento funesto da vida de Camões que é referenciado.

5. O poema é rico em figuras de estilo.

5.1 Identifica uma perífrase, uma metáfora e uma apóstrofe e esclarece o valor expressivo de cada

uma delas.

6. Faz a análise formal do poema.

Leitura

Ah! minha Dinamene! Assim deixasteQuem não deixara nunca de querer-te!

Ah! Ninfa minha, já não posso ver-te,

Tão asinha esta vida desprezaste!

Como já pera sempre te apartaste

De quem tão longe estava de perder-te?

Puderam estas ondas defender-te

Que não visses quem tanto magoaste?

Nem falar-te somente a dura Morte

Me deixou, que tão cedo o negro manto

Em teus olhos deitado consentiste!

Ó mar! Ó céu! Ó minha escura sorte!

Que pena sentirei que valha tanto,

Que inda tenha por pouco viver triste?

Luís de Camões, Sonetos,Publicações Europa-América

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Textos de Carácter Autobiográfico

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1. Transcreve, do texto, expressões do campo semântico de «morte»/«morrer».

2. «asinha» (v. 4) é um arcaísmo. Justifica a afirmação.

3. Cria uma frase com uma palavra homónima de «pena» (v. 13).

4. No poema, o sujeito poético refere-se ao passado, ao presente e ao futuro.

4.1 Selecciona do texto formas verbais que fundamentem a afirmação anterior.

4.2 Na 1.a estrofe, o sujeito poético distingue diferentes momentos passados. Transcreve

a forma verbal que situa os acontecimentos num passado mais longínquo.

5. Classifica sintacticamente as seguintes orações:

a) «que tão cedo o negro manto» / «Em teus olhos deitado consentiste» (vs. 10–11);

b) «Que valha tanto» (v. 13).

5.1 Identifica o sujeito e o complemento directo na oração da alínea a).

Funcionamento da Língua

Num texto descritivo, de 150 a 200 palavras, caracteriza física e psicologica-

mente uma pessoa por quem tenhas grande admiração.

Escrita

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Textos Expressivos e CriativosTEXTO POÉTICO – Composição [geralmente] em versos (livres e/ou providos de rima) cujo con-

teúdo apresenta uma visão emocional e/ou conceptual na abordagem de ideias, estados de alma,sentimentos, impressões subjectivas, etc., quase sempre expressos por associações imagéticas.Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, Círculo de Leitores

APRENDERPROTÓTIPO TEXTUAL

Revelaçãoda Vida

Acto poético

=empenho total

do ser

«O acto poético é o empenho total do ser para a sua revelação.»Eugénio de Andrade

revelação do poeta

revelação do set

Actopoético

    

   

linguagem superior

do entendimento da vida

             

Nascimentoda poesia

ESTRUTURA

Variável

Predominantemente em verso

Agrupamento dos versos em estrofes

Com ou sem rima

CARACTERÍSTICAS DO DISCURSO

Centrado na 1.a pessoa gramatical

Predomínio da subjectividade

Linguagem conotativa e polissémica

Uso abundante de figuras de estilo

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Sequência 3

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F I C H A 1 3 Poesia

Leitura

Manuel BandeiraEste poeta está

Do outro lado do mar

Mas reconheço a sua voz há muitos anos

E digo ao silêncio os seus versos devagar

Relembrando

O antigo jovem tempo tempo quando

Pelos sombrios corredores da casa antiga

Nas solenes penumbras do silêncio

Eu recitava«As três mulheres do sabonete Araxá»

E minha avó se espantava

Manuel Bandeira era o maior espanto da minha avó

Quando em manhãs intactas e perdidas

No quarto já então pleno de futura

Saudade,

Eu lia

A canção do «Trem de ferro»

E o «Poema do beco»

Tempo antigo lembrança demorada

Quando deixei uma tesoura esquecida nos ramos da cerejeira

Quando

Me sentava nos bancos pintados de fresco

E no Junho inquieto e transparente

As três mulheres do sabonete Araxá

Me acompanhavam

Tão visíveis

Que um eléctrico amarelo as decepava

Estes poemas caminharam comigo e com a brisa

Nos passeados campos da minha juventude

Estes poemas poisaram a sua mão sobre o meu ombro

E foram parte do tempo respirado

Sophia de Mello Breyner Andresen ,a Poética III, Geografia, Editorial Caminho, 2001

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Textos Expressivos e Criativos

35

Orientação de leitura

1. Este poema pode dividir-se, globalmente, em três momentos.

1.1 Delimita-os, estabelecendo a correspondência com as frases que os resumem.a) O «eu» poético recorda a juventude e os sentimentos provocados pela extraordinária criação

poética de Manuel Bandeira, representada por três poemas.

b) O «eu» reconhece a influência benéfica e harmoniosa da poesia do poeta brasileiro na sua

vida.

c) O sujeito poético presta sentida homenagem ao poeta Manuel Bandeira.

2. Da primeira estrofe, transcreve as expressões que afirmam:

a) Manuel Bandeira não é um poeta de nacionalidade portuguesa.

b) O «eu» poético guarda na memória a poesia exemplar de Manuel Bandeira.

3. Caracteriza o ambiente propício à declamação de poemas nesse «jovem tempo».

4. Identifica o sentimento que a avó experienciava ao ouvir a neta recitar poemas de Manuel

Bandeira.

5. «No quarto já então pleno de futura / Saudade» (vs. 14-15)

5.1 Explicita a simbologia do espaço referido no verso 14.

5.2 Interpreta a intensa saudade antecipada temporalmente.

6. Na penúltima estrofe, o «eu» poético detém-se particularmente nesse tempo passado.

6.1 Refere as recordações que guarda na memória.

6.2 Esclarece o facto de «As três mulheres do sabonete Araxá» estarem «Tão visíveis / Que um

eléctrico amarelo as decepava» (vs. 24-27).

7. Selecciona duas personificações da última estrofe, avaliando o seu valor expressivo.

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Sequência 3

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1. Transcreve os adjectivos presentes nas 2.a e 3.a estrofes.

1.1 Escreve os antónimos correspondentes.

2. Classifica o vocábulo «Relembrando» (v. 5).

2.1 Explicita o valor aspectual que ele assume no poema.

3. Faz o levantamento das formas verbais, completando o quadro:

3.1 Interpreta a relação estabelecida entre o tempo presente e o passado.

4. Estabelece a correspondência correcta entre as orações e a sua classificação sintáctica:

a) «Mas reconheço a sua voz» (v. 3)   1. oração subordinada adverbial consecutiva

b) «Quando deixei uma tesoura esquecida nos   2. oração coordenada copulativa

ramos da cerejeira» (v. 20) 3. oração coordenada adversativa

c) «Que um eléctrico amarelo as decepava» (v. 27)   4. oração subordinada adverbial temporal

d) «E foram parte do tempo respirado» (v. 31)

4.1 Atenta nas palavras sublinhadas nas frases e selecciona a função sintáctica correcta:

a) predicado

b) complemento directo

Funcionamento da Língua

Modo Indicativo Presente Pretérito Imperfeito  Pretérito Perfeito

Simples

1.a estrofe está,

2.a estrofe recitava,

3.a estrofe era,

4.

a

estrofe deixei,5.a estrofe caminharam,

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Textos Expressivos e Criativos

37

F I C H A 1 4 Poesia

Natal, e não DezembroEntremos, apressados, friorentos,

numa gruta, no bojo de um navio,

num presépio, num prédio, num presídio,

no prédio que amanhã for demolido…

Entremos, inseguros, mas entremos.

Entremos, e depressa, em qualquer sítio,

porque esta noite chama-se Dezembro,

porque sofremos, porque temos frio.

Entremos, dois a dois: somos duzentos,duzentos mil, doze milhões de nada.

Procuremos o rastro de uma casa,

a cave, a gruta, o sulco de uma nave…

Entremos, despojados, mas entremos.

Das mãos dadas talvez o fogo nasça,

talvez seja Natal e não Dezembro,

talvez universal a consoada.

David Mourão-Ferreira , Antologia Poética,

Publicações Dom Quixote, 1983

Leitura

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Sequência 3

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1. Selecciona, do texto, as palavras do campo semântico de «Natal».

2. Refere o acto ilocutório predominante no texto. Justifica.

3. Selecciona as conjunções presentes na primeira estrofe.

3.1 Justifica a sua utilização.

4. Identifica a classe do vocábulo «talvez».4.1 Explica a sua expressividade no contexto em que é utilizado.

Funcionamento da Língua

Num texto expressivo e criativo, de 100 a 150 palavras, desenvolve um dos seguintes temas:

A amizade

A solidariedade

O respeito pela diferença

A paz no mundo

Escrita

Orientação de leitura

1. Interpreta a expressividade de repetição da forma verbal «Entremos».

2. O poema é, socialmente, interventivo.

2.1 Transcreve expressões que fundamentem a afirmação anterior.

3. Usa uma única palavra para exprimir o conceito subjacente a «Das mãos dadas» (v. 14).

4. Explicita o sentido da metáfora «o fogo nasça» (v. 14).

5. Os últimos dois versos, de forma sintética, constituem-se como a expressão de uma enorme

esperança.

5.1 Escreve um texto de cerca de sessenta palavras sobre a mensagem que eles veiculam.

6. Analisa o texto enquanto «Arte poética» e regista:

elementos que lhe conferem ritmo (binário / ternário)

elementos que lhe conferem musicalidade (aliteração, repetição, gradação, rima)

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Textos dos  Media

JORNALISMO – Actividade profissional associada à publicação, sob as mais diversas formas

(imprensa escrita, rádio, televisão, agência noticiosa ou redes telemáticas), de informações rela-cionadas com acontecimentos recentes, que constituem a actualidade.

JORNAL – Publicação impressa periódica, habitualmente quotidiana, destinada a difundir infor-mações gerais.Fala-se de jornal electrónico ou digital quando a publicação utiliza os re cursos da informática e é

difundida através de um site da Internet.Quando as informações são difundidas através de uma estação de rádio fala-se de jornal radiofó-nico e quando são difundidas através da televisão fala-se de jornal televisivo ou telejornal.

JORNALISTA – Profissional que trabalha quer como profissional independente quer numa ou

mais empresas mediáticas (agência noticiosa, jornal, rádio, televisão ou revista de informação) eque assegura a selecção, o tratamento, a interpretação e a difusão dos factos susceptíveis de se

tornarem acontecimentos de interesse público.

Adriano Duarte Rodrigues, Dicionário Breve da Informação e Comunicação,

Editorial Presença, Lisboa (adaptado)

APRENDERPROTÓTIPO TEXTUAL

título

lead 

corpo

da notícia

linguagem

precisa e

objectiva

norma

linguagem objectiva /

/ subjectiva

registo de língua corrente

(por vezes cuidado)

linguagem

subjectiva

texto

literário ou

paraliterário

linguagem

subjectiva

registo

cuidado

título

resumo introdutório

desenvolvimento:

registos noticiosos;

declarações; descrições;análise; informações

respeitantes à cor local

conclusão

título

estrutura

variável

título

introdução

desenvolvimento

conclusão

      

              

     

      

      

             

TEXTOINFORMATIVO

TEXTOOPINATIVO

notícias reportagem crónica

      e      s       t      r

     u       t     u      r      a

artigo

tem por

base uma

notícia

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Sequência 4

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F I C H A 1 5 Entrevista

Poucos meses no terreno renderam mil e

uma fotografias, todas a preto e branco. E

delas Duarte Belo fez Terras Templárias deIdanha, um livro como uma arquitectura – os

seus livros têm esse carácter construído –, em

que junta o ponto de vista das imagens a

texto. (…)

Arquitecto de formação, Duarte Belo, nasci-

do em Lisboa, em 1968 – filho do poeta Ruy 

Belo –, faz um sistemático levantamento

fotográfico do território português, uma

espécie de geografia de imagens, em que

essencialmente procura captar um olharrenovado sobre a paisagem. Em Novembro,

irá apresentar outro projecto, com os fotó-

grafos José Manuel Rodrigues, Aníbal Lemos

e David Infante: uma leitura de Évora

Contemporânea, à luz da classificação de

património mundial.

Jornal de Letras: O que lhe interessou parti-

cularmente neste trabalho sobre Idanha-a-

-Nova?

Duarte Belo: Registar uma espécie de tempo

longo, que está muito presente naquelas ter-

ras, que são um património natural, com uma

paisagem relativamente bem preservada. Mas

também com uma série de memórias muito

presentes, de vários períodos históricos, desde

o pré-romano ao medieval, e mesmo com

algumas marcas mais contemporâneas, de

intervenções mais recentes.

Como surgiu este projecto?

Já tinha feito uma exposição em Idanha-a-

-Nova, no Centro Cultural Raiano, em 1998.Mais recentemente, fui convidado, assim

como uma série de pessoas ligadas às artes e à

escrita, a passar lá um fim-de-semana. A ideia

nasceu desse conhecimento, apresentei a pro-

posta que foi imediatamente aceite e depois

integrada nas comemorações dos 800 anos da

doação aos Templários da vila de Idanha. Fiz

o projecto num período concentrado de

tempo, dois ou três meses em que estive lá a

fotografar.

Qual o critério que decide a escolha das

fotografias que integra no livro?

Faço sempre um grande número de fotogra-

fias precisamente para poder fazer essa esco-

lha. E tentei cobrir todas as situações que me

parecem significativas do trabalho que se

desenvolveu no concelho de Idanha-a-Nova,

que é o terceiro maior do país, e nessa medi-

da tem uma paisagem muito extensa. Idanha-

-a-Nova, Idanha-a-Velha ou Monsanto são

referências da paisagem portuguesa, particu-

larmente da raia. Mas além dos lugares signi-

ficativos e do seu povoamento, a escolha

incidiu também sobre fotografias que revelas-

sem aspectos sensíveis dessa realidade. E que

não fossem muito conhecidos, uma vez que

são paisagens muito exploradas do ponto de

 vista fotográfico.

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Leitura

Gestos sobre a paisagemHá anos que percorre o país procurando ver na paisagem «de onde vimos epara onde vamos». É um registo de reflexão sobre o território e o povoa-mento português que faz em milhares de fotografias. Um levantamentoque Duarte Belo, 38 anos, irá publicar numa edição de dez volumes. (…)Ao JL, o fotógrafo fala do seu trabalho e do último livro, Terras Templárias

de Idanha. (…)

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Textos dos Media

41

E existindo essa espécie de banalização

 visual, o que nessa paisagem lhe suscitou o

desejo de fotografar?A fotografia, no meu caso, resulta sempre de

um contacto demorado com a paisagem. É a

partir dessa cumplicidade que procuro um

olhar renovado sobre coisas que já foram

muito fotografadas.

Regista, nesse sentido, uma geografia de

imagens do país?

Os geógrafos costumam gostar muito do meu

trabalho e há uns anos fiz um livro sobre

Orlando Ribeiro. Fiquei fascinado quando

estive em sua casa, na altura em que fiz O

Sabor da Terra, com José Mattoso e Suzanne

Daveau que foi sua mulher. Porque encontrei

na casa de Orlando Ribeiro, contido num

espaço pequeno, entre livros e objectos, todo

o Portugal que eu tinha percorrido em gran-

des canseiras, durante uns anos. Por outro

lado, sou licenciado em Arquitectura e sem-

pre me interessei muito pelas questões do ter-

ritório e do povoamento. E procuro fazer um

registo documental, constituindo um arqui-

 vo, que serve de base aos meus trabalhos. Há

também uma espécie de olhar sensível, uma

procura de um significado mais íntimo das

presenças, do modo como o território foi

ocupado ao longo do tempo e como o poderá

ser no futuro.

A Arquitectura é uma ponte para esse

entendimento?

Sim. O que acho fascinante na Arquitectura é

a possibilidade de o ser humano construir o

seu próprio território. É quase uma condição

natural de sermos bichos: a arquitectura é uma

procura permanente desse espaço de habitar

humano. O meu registo fotográfico vai nesse

sentido de procurar perceber de onde vimos e

para onde vamos. O que mais me seduz é esse

processo de tentar compreender os gestoshumanos sobre a paisagem.

Em Terras Templárias de Idanha também

utiliza textos. Interessa-lhe essa interacção

entre a imagem e a palavra?

Gosto muito. No caso de Idanha, através dos

 vários autores, também procurei que houves-

se uma complementaridade com as fotogra-

fias. É quase como procurar o sentido do

próprio livro. Porque há uma construção de

um discurso, que é a sequência das páginas, e

parece-me que outros elementos podem criar

relações mais ricas, complexas e abertas a sig-

nificados diferentes, conforme a pessoa que os

lê e interpreta.

Um dos textos de Terras Templárias de

Idanha é seu. Também escreve?

Noutros livros, como O Vento Sobre a Terra

ou Uma Espada Trespassa o Coração, ambos

editados pela Assírio & Alvim, também há

textos meus. Gosto de escrever textos curtos,

que ajudem a definir um sentido. Prefiro que

exista uma narrativa, que não sejam só livros

de fotografia.

E faz mais livros do que exposições…

Tenho tido a sorte de conseguir publicar bas-

tante e, de facto, tenho apostado mais na edi-

ção do que nas exposições. Porque gosto

particularmente de livros, talvez até por ques-tões familiares. Embora sejam linguagens

diferentes, acho que as pessoas estabelecem

uma relação mais forte de proximidade com

os livros do que com as exposições.

Maria Leonor Nunes, in Jornal de Letras,16 a 29 de Agosto de 2006

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Sequência 4

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Orientação de leitura

1. Lê a entrevista e apresenta a sua estrutura.

2. O entrevistado é Duarte Belo.

2.1 Esclarece em que consiste o seu trabalho.

2.2 Refere de que modo a sua formação influencia a actividade a que se dedica.

3. O fotógrafo responde às questões que lhe são colocadas.

3.1 Identifica o entrevistador.

3.2 Refere o nome do jornal que publica a entrevista.

4. Idanha-a-Nova, Idanha-a-Velha e Monsanto são lugares muito fotografados do nosso país.

4.1 Indica o que levou Duarte Belo a interessar-se por Idanha-a-Nova.

4.2 Explica de que modo é possível fotografar o banal de forma original.

5. O olhar de Duarte Belo sobre o território considera o passado e projecta o futuro.5.1 Neste sentido, explica a afirmação: «O meu registo fotográfico vai nesse sentido de procurar

perceber de onde vimos e para onde vamos.» (ls. 100-102)

6. Explicita o motivo pelo qual o entrevistado cria interacção entre a fotografia e os textos, na obra

Terras Templárias de Idanha.

7. O artista afirma: «gosto particularmente de livros, talvez até por questões familiares». (ls. 130-132)

7.1 Apresenta uma interpretação destas palavras.

8. Interpreta o sentido do título da entrevista.

9. As questões colocadas pela entrevistadora são predominantemente:

a)abertas

b) fechadas

c) directas

d) indirectas

1. Identifica o registo de língua utilizado pelos interlocutores (formal ou informal). Justifica.

2. Refere a forma de tratamento utilizada pela entrevistadora.

3. Neste texto, a interacção discursiva entre os falantes desenvolve-se do modo requerido.3.1 Identifica o princípio universal regulador que lhe está subjacente.

4. Classifica os actos ilocutórios presentes nas frases.

a) Qual o critério que decide a escolha das fotografias que integra no livro?

b) Faço sempre um grande número de fotografias precisamente para poder fazer essa escolha.

Funcionamento da Língua

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Textos dos Media

43

F I C H A 1 6 Artigo de apreciação crítica

Leitura

O trágico 11 de Setembro

segundo Oliver Stone

Eurico de Barros, em Veneza

Parece ser quase certo que a Mossad (os

serviços secretos israelitas) sabia do plano ter-

rorista de ataque aos EUA no 11 de Setembro

de 2001 e não terá passado a menor informa-

ção aos seus congéneres norte-americanos.Soube-se também recentemente que foi orde-

nado aos autores do livro oficial do relatório

sobre o 11 de Setembro que omitissem qual-

quer referência a Israel. É um tema que daria

um filme e peras, e, tendo em conta a sua repu-

tação e a sua filmografia, Oliver Stone seria o

realizador indicado para o fazer. Pensem:

o 11 de Setembro abordado na veia JFK .

Foi por isso que, quando se soube que

Stone ia fazer um filme sobre os ataques àsTorres Gémeas, intitulado World Trade

Center , muita gente, sobretudo na direita ame-

ricana mais ligada aos neocons, começou de

imediato aos saltos e a espingardar em todas as

direcções. Oliver Stone, o radical militante de

Salvador , o contestatário de Nascido a 4 de

 Julho, o teórico da conspiração ferrenha de

 JFK , o terrorista político que declarou ao The

New York Times, poucos dias depois dos aten-

tados, que estes tinham sido «um grito de pro-testo» e que tinha mostrado interesse em um

dia filmar a tragédia «do ponto de vista dos

terroristas», a mexer com o 11 de Setembro?

E quem ia produzir o filme: a Al-Qaeda?

World Trade Center  já está em cartaz (…).

Os seus detractores mais assanhados transfor-

maram-se nos seus defensores mais destaca-

dos, os críticos renderam-se-lhe na maioria e,

ao contrário do que diziam os que protestaram

contra o filme pela única razão de que seria

ainda «muito cedo» para se começar a tratar o

11 de Setembro no cinema, os espectadores

americanos estão a acorrer às salas para o ver.

A razão é que World Trade Center é um filme

feito não para dividir, mas sim para unir, na

sua recriação particular de um acontecimento

colectivo, na individualização de uma micro-

história dentro da História partilhada.

Antestreado fora dos EUA ontem, noFestival de Veneza (fora de competição),

World Trade Center é a antítese de Nascido a

4 de Julho, e, se há um filme de Oliver Stone

a que possa ser comparado, é a Os Bravos do

Pelotão, onde o realizador quis contar a his-

tória dos combatentes do Vietname e mos-

trar a realidade da experiência de combate

no Vietname, através de um grupo de solda-

dos que esteve no coração do conflito.

Em World Trade Center , Stone escolheunarrar a experiência do atentado através da

história real de dois polícias do Porto de

Nova Iorque, John McLoughlin (Nicolas

Cage) e Will Jimeno (Michael Pena), mem-

bros do grupo de socorro que acorreu à

Torre 1 após o embate do primeiro avião.

Ambos ficaram soterrados sob os escombros

do arranha-céus e foram o antepenúltimo e

penúltimo dos 20 sobreviventes a serem reti-

rados vivos dos destroços. Sem sequer teremtido bem a noção das causas da catástrofe –

quando Jimeno é puxado para a superfície,

pergunta: «Onde estão as Torres?»

Em paralelo, Oliver Stone mostra a

angústia das famílias dos dois agentes, que

não têm a menor ideia do seu paradeiro,

segue os esforços dos seus camaradas e dos

bombeiros para os acharem e libertarem e

nem sequer se esquece de Dave Karnes, o

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Sequência 4

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marine na reserva que vivia fora de Nova

Iorque e assistia aos acontecimentos pela

televisão, que sentiu um impulso «espiri-tual», vestiu a farda, rumou à cidade em caos,

localizou McLoughlin e Jimeno e mais tarde

cumpriu duas comissões no Iraque.

O filme não mostra o impacto dos aviões, e

no início há apenas uma breve imagem de pes-

soas a cair de uma das torres em chamas, por-

que Stone preferiu omitir o que as televisões

«gastaram», visual e emocionalmente. O

Ground Zero ainda fumegante foi reconstituído

num estúdio em Hollywood, mas só no final se

sugere a devastação no local. O que importa

em World Trade Center é recordar a resistên-

cia, o espírito de sobrevivência e de entreajuda

dos dois enterrados vivos – a sensação de claus-

trofobia roça o insuportável –, o sofrimento de

familiares e camaradas e finalmente o resgate

no meio do choque e da morte.

Acusado pelos seus detractores de ser«convencional», «inspirador», «piedoso» ou

«patrioteiro», World Trade Center não é ape-

nas um filme «sobre» o 11 de Setembro.

É, muito mais do que Voo 93, do britânico

Paul Greengrass (…), a primeira grande ten-

tativa de catarse de uma catástrofe nacional

com ondas de choque mundiais e projecta-

das no futuro, levada a cabo pelo cinema

americano. Talvez um dia Oliver Stone faça o

tal filme do ponto de vista dos terroristas ou

sobre o papel da Mossad e de Israel nos aten-

tados. Por agora, ficou em casa a recordá-la

com os seus e a partilhá-la com todos os

outros que a testemunharam de fora.

in Diário de Notícias, 1 de Setembro de 2006

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Textos dos Media

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Orientação de leitura

1. O texto A é um artigo de apreciação crítica sobre o filme World Trade Center , do realizador ameri-

cano Oliver Stone, retirado do Diário de Notícias do dia 1 de Setembro de 2006.1.1 Delimita no texto os seguintes momentos:

a) parte narrativa (ajuda o leitor a criar uma primeira ideia sobre o texto)

b) parte informativa (fornece ao destinatário referências completas sobre o filme)

c) parte argumentativa (o autor do artigo avalia o filme)

2. Caracteriza Oliver Stone de acordo com a opinião de um militante de direita americana.

3. «Os espectadores americanos estão a acorrer às salas» (ls. 37–38) para ver World Trade Center .

3.1 Transcreve do texto a expressão que justifica o êxito do filme.

4. Refere o local onde ocorreu a antestreia de WTC , na Europa.

5. Identifica as informações fornecidas sobre:

a) a acção principal   c) as personagens   e) o tempo

b) as acções paralelas   d) o espaço

6. Regista os argumentos que revelam a apreciação crítica do autor do artigo.

7. Atenta nas características do discurso.

7.1 Faz o levantamento de exemplos textuais que mostram a utilização de:

a) linguagem objectiva e subjectiva   b) frases/expressões valorativas e depreciativas

8. O texto B é também um artigo de apreciação crítica, publicado num suporte diferente.

8.1 Identifica-o.

8.2 Identifica como é apresentada a crítica do filme WTC neste artigo.

9. Relaciona as explicações do realizador sobre o seu filme com as conclusões finais do texto B.10. Relê os textos A e B.

10.1 Indica qual te parece ser o artigo mais esclarecedor para o leitor, possível espectador do

filme. Justifica a tua resposta de modo fundamentado.

1. Atenta no texto A.

1.1 Identifica o registo de língua predominante, exemplificando.

1.2 Estabelece a correspondência correcta entre a coluna A e a coluna B

Funcionamento da Língua

Coluna A Coluna B

a) «O filme não mostra o impacto dos aviões»b) «e no início há apenas uma breve imagem

de pessoas a cair das torres em chamas»lc) «porque Stone preferiu omitir»d) «que as televisões «gastaram», visual

e emocionalmente»

1. oração coordenada copulativa2. oração subordinada adverbial causa3. oração subordinante4. oração subordinada adjectiva relativa

restritiva com antecedente

Elabora um artigo de apreciação crítica, de 80 a 120 palavras, sobre um filme que tenhas apreciado.

Escrita

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Sequência 1

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F I C H A 1 7 Resumo

Cientistas norte-americanos contestam despromoção de Plutão01.09.2006 – 21h36 Reuters, PÚBLICO.PT

Trezentos cientistas norte-americanos contestaram hoje a recente decisão da União

Astronómica Internacional de retirar a Plutão o seu estatuto de planeta, numa petição que rejeita

a nova definição do que é um planeta.

(…) Alan Stern, organizador da petição, denuncia que a decisão da União Astronómica foi

motivada por questões políticas e não científicas.

(…) Segundo Stern, os 300 cientistas que assinaram a petição garantem que não vão usar a

definição da União Astronómica e adiantou que estão a organizar uma conferência para 2007

para encontrar uma definição melhor.Plutão foi considerado o nono planeta do sistema solar desde que foi descrito, em 1930.

Agora, os planetas do sistema solar são Mercúrio, Vénus, Terra, Marte, Júpiter, Saturno, Úrano

e Neptuno. Plutão passou a ser considerado um planeta anão.

Segundo a nova definição, para que um corpo celestial possa ser considerado um planeta

deve orbitar em torno de uma estrela, ter massa suficiente para ter gravidade própria e assumir

uma forma arredondada e ser dominante na órbita. Esta última norma foi determinante para

desclassificar Plutão, que até se cruza com o «vizinho» Neptuno na sua órbita em torno do Sol.

www.publico.clix.pt

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Faz o resumo do texto, aplicando as regras adequadas.

Escrita

Leitura

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F I C H A 1 8 Crónica jornalistica e literária

Um certo Natal antigoA noite era uma ruína. Eu também.

Esperava o autocarro e fazia muito frio. Na

paragem, sentado no banco corrido, um

homem pesado e triste olhava para o infinito,

o que quer que fosse esse infinito. Fôra ao

hospital, visitar a minha mulher ali interna-

da. Quebrara a perna em três sítios, tinha

gesso até quase ao baixo-ventre e sofria dores

horrorosas. Era uma mulher estóica, porém.

Quando me via aproximar da cama onde

estendia o sofrimento e o temor, procurava

ocultá-los a fim de não aumentar as minhas

preocupações.

«Hoje estou muito melhor», dizia.

Mas emergia, leve, volátil e trágico, um

espaço vazio que eu tentava decifrar exami-

nando-a atentamente. Por vezes dormitava e

eu vigiava-lhe os leves movimentos, a respi-

ração suave, a serenidade impressionante do

rosto.«Os médicos ainda não te disseram quan-

do tens alta?»

Ela encolhia os ombros e o semblante

mergulhava, ainda mais profundamente, nas

suas dilaceradas angústias. Olhava-me:

«Não fizeste a barba. Tens comido bem?»

E eu:

«Só como bem a comida por ti cozinhada.

O resto…»

A enfermaria não era grande. Mas estavaatulhada de doentes que gemiam e soltavam

suspiros. Pensei: um dia destes tenho de

escrever acerca de pessoas num hospital. Já

estive numa situação idêntica, e nada escrevi

dessa experiência. Admito ser assaltado por

certo pudor em falar disso. Há coisas que nos

acontecem, e sobre as quais devemos manter

discrição e recato.

Vivo de vender palavras e, ocasionalmen-te, faltam-me ideias. Não é de estranhar: as

exigências do ofício e as dificuldades da vida

obrigam-me a redigir textos com vários

registos. Recordo-me de, certa vez, num arti-

go sobre gente inerme e temente, ter escrito

esta frase modesta e melancólica: «O homem

suporta tudo, menos a solidão». Uma enfer-

maria, mesmo cheia de gemidos, gritos e sus-

piros, é o próprio mundo da solidão. O texto

que escreverei deverá ser constituído por

parágrafos curtos e intensos. E não há que

ter medo do adjectivo. Azorín, o grande

espanhol, dizia que a literatura é o adjectivo.

Claro que também posso dizer que a

 literatura é o substantivo ou o verbo. O que

têm as citações: podemos removê-las para

todo o lado e atribuir-lhes o sentido que

desejarmos.

A enfermaria dispunha de janelas rectan-

gulares e amplas. Viam-se as lantejoulas do

Natal e pressentia-se o rumo confuso dacidade. A cabeceira da cama onde estava a

minha mulher quase se encostava à janela.

E ela não via as iluminações.

«As luzes nas ruas já estão acesas, não

estão? É o primeiro Natal na minha vida que

não passo em casa, nem vou à missa na

Conceição Velha».

«Até lá, talvez; quem sabe?»

«Eu. Sei bem como estou e isto não está a

correr bem.»Arrependeu-se logo do que dissera.

Deteve o olhar em mim, longamente, como

que a pedir desculpa. Eu não sabia o que

falar. «Acabaram as visitas», quase gritava,

agora, uma assistente de enfermagem. «Já

passa da hora.»

Recordo tudo isto num tropel de imagens

e sons. Consulto o relógio de pulso, encaro o

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Leitura

Textos dos Media

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Sequência 4

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homem pesado e triste, no banco corrido da

paragem de autocarros, e que parece existir

num outro plano. Sento-me a seu lado, semdeixar de o olhar.

«É assim. Sempre atrasado. Nunca percebi

porque é que a Carris não cumpre os horá-

rios», digo, sem deixar de o fitar. E assusto-

me um pouco quando reparo que o corpo do

homem tombou para o lado. Toco-lhe. Ele

parece sacudido daquele estranho torpor.

A luz crua do candeeiro público incide no seu

rosto lívido.«Precisa de alguma coisa?», pergunto.

Move lentamente a cabeça, examina-me

de alto a baixo. Volta à posição anterior. Diz:

«Preciso. Preciso de um amigo».

Baptista-Bastos, in revista Montepio,Dezembro de 2005

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Orientação de leitura

1. «A noite era uma ruína. Eu também.» (l. 1)

1.1 Interpreta a metáfora que a primeira frase encerra.

1.2 Refere o estado de espírito de «eu».

2. No texto, Baptista-Bastos escreve sobre um tempo passado, recordando as ocorrências relativas

à hospitalização da sua mulher.

2.1 Apresenta a caracterização da companheira do cronista.

3.

No texto, Baptista-Bastos lança um olhar crítico sobre a enfermaria do hospital.3.1 Transcreve o vocábulo que evidencia a subjectividade e a intencionalidade crítica do autor.

3.2 Esclarece porque não registou a sua experiência.

4. Explica o sentido da afirmação «Vivo de vender palavras» (l. 39).

5. O cronista afirma que vai escrever um texto sobre o universo que observa no hospital.

5.1 Caracteriza esse registo.

6. O sujeito de enunciação recorda o ambiente do hospital.

6.1 Transcreve expressões relativas às imagens observadas e ao ruído que o perturbava.

6.2 Esclarece o sentido da afirmação «num tropel de imagens e sons» (ls. 77-78)

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Textos dos Media

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7. Na paragem do autocarro encontrou um homem «pesado e triste».

7.1 Refere o que tinha o autor em comum com esse desconhecido.

7.2 Explicita o sentido da expressão: «parece sacudido daquele estranho torpor» (ls. 88-89)

8. Atenta na parte superior da crónica.

8.1 Explica a presença da expressão «O gosto pela liberdade» seguida do nome do autor.

8.2 Identifica o título desta crónica e relaciona-o com a temática nela desenvolvida.

1. «Os médicos ainda não te disseram quando tens alta?» (ls. 21-22)

Atenta na resposta da mulher à pergunta anterior, notando os gestos e a expressão fisionómica.

1.1 Esclarece se houve eficácia no acto comunicativo. Justifica.

1.1.1 Refere a máxima conversacional foi posta em causa. Justifica.

2. Atenta nas seguintes frases:

a) «Os médicos ainda não te disseram quando tens alta?» (ls. 21-22)

b) «Não fizeste a barba.» (l. 26)

c) «A enfermaria não era grande.» (l. 30)

2.1 Como se observa através dos exemplos, é frequente, no texto, a polaridade negativa.

Explicita o valor semântico das frases transcritas.

2.2 Passa para o discurso indirecto as frases a) e b).

2.3 A partir dos verbos introdutórios do discurso indirecto, conclui sobre a força ilocutória das

transcrições.

3. Fôra ao hospital (...) Quebrara a perna». (ls. 5-7)

3.1 Atenta nas formas verbais sublinhadas e integra-as no respectivo tempo, modo e aspecto.

3.2 Justifica o tempo e o aspecto utilizados.

4. Cria uma nova combinação de palavras na frase «Move lentamente a cabeça, examina-me de

alto a baixo» (ls. 92-93), substituindo os vocábulos sublinhados por outros equivalentes ao nível

do sentido.

Funcionamento da Língua

Elabora uma crónica, de 80 a 120 palavras, subordinada a um dos temas seguintes:

A solidão (não) é uma escolha do ser humano.

A solidariedade é o mais belo sentimento da humanidade.

Escrita

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Contos do Século XX

O conto é uma narrativa de pequena extensão (maior do que a novela e menor do que o romance).

Características: unidade de acção; pouca diversidade espacial; concentração temporal; reduzidonúmero de personagens; diálogo geralmente dominante; presença de narração; descrição prati-camente ausente.

CARACTERÍSTICAS DO DISCURSO

Predomínio da 3.a pessoa gramatical

Linguagem objectiva e subjectiva

Uso de diferentes variedades linguísticas

Utilização de frases longas e complexas

APRENDERPROTÓTIPO TEXTUAL

      

      

      

  

  

   

   

NARRADOR

TEMPO

ESPAÇO

MODO DEREPRESENTAÇÃO monólogo

diálogo

discurso indirecto

livre

MODOS DE

EXPRESSÃO narração

descrição

narra

descrevecaracteriza

PRESENÇA autodiegético

homodiegético

heterodiegético

CIÊNCIA

focalização omnisciente

focalização interna

focalização externa

processos decaracterização directa

indirecta

principal(is)

secundária(s)

figurantes

PERSONAGENS

ACÇÃOhistória situada no

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Sequência 5

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F I C H A 1 9 Conto

Leitura

O filósofo do rei, quando não tinha que fazer, ia sentar-se ao pé de mim, a ver-me passajar aspeúgas dos pajens, e às vezes dava-lhe para filosofar, dizia que todo o homem é uma ilha, eu,

como aquilo não era comigo, visto que sou mulher, não lhe dava importância, tu que achas,

Que é necessário sair da ilha para ver a ilha, que não nos vemos se não nos saímos de nós, Se

não saímos de nós próprios, queres tu dizer, Não é a mesma coisa. O incêndio do céu ia esmo-

recendo, a água arroxeou-se de repente, agora nem a mulher da limpeza duvidaria de que o mar

é mesmo tenebroso, pelo menos a certas horas. Disse o homem, Deixemos as filosofias para o

filósofo do rei, que para isso é que lhe pagam, agora vamos nós comer, mas a mulher não esteve

de acordo, Primeiro, tens de ver o teu barco, só o conheces por fora, Que tal o encontraste, Há

algumas bainhas das velas que estão a precisar de reforço, Desceste ao porão, encontraste água

aberta, No fundo vê-se alguma, de mistura com o lastro, mas isso parece que é próprio, faz bem

ao barco, Como foi que aprendeste essas coisas, Assim, Assim como, Como tu, quando disseste

ao capitão do porto que aprenderias a navegar no mar, Ainda não estamos no mar, Mas já esta-

mos na água, Sempre tive a ideia de que para a navegação só há dois mestres verdadeiros, um

que é o mar, o outro que é o barco, E o céu, estás a esquecer-te do céu, Sim, claro, o céu, Os ven-

tos, As nuvens, O céu, Sim, o céu.

Em menos de um quarto de hora tinham acabado a volta pelo barco, uma caravela, mesmo

transformada, não dá para grandes passeios. É bonita, disse o homem, mas se eu não conseguir

arranjar tripulantes suficientes para a manobra, terei de ir dizer ao rei que já não a quero,

Perdes o ânimo logo à primeira contrariedade, A primeira contrariedade foi estar à espera do

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Contos do Século XX 

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Orientação de leitura1. Atenta nas frases seguintes:

a) A mulher informa o homem do estado da embarcação.

b) Os dois comem o farnel no castelo da popa do barco.

c) O homem enuncia as condições necessárias para navegar em busca de uma ilha desconhecida.

d) O homem e a mulher da limpeza dialogam filosoficamente sobre o sentido metafórico do vocá-

bulo «ilha».

e) O homem revela um estado de espírito dominado pelo desânimo.

f) A mulher faz uma proposta que desconcerta o homem.

g) O homem e a mulher identificam os mestres da arte de navegar.

1.1 Ordena-as, de acordo com a sequencialização lógica das ideias do texto transcrito.

2. Transcreve as expressões que permitem situar a acção no tempo e no espaço.

3. Refere três traços caracterizadores do homem e da mulher da limpeza.

4. Identifica a figura de estilo presente na expressão «todo o homem é uma ilha» (l. 2).

4.1 Explicita o significado da resposta do homem: «Que é necessário sair da ilha para ver a ilha,

que não nos vemos se não nos saímos de nós.» (l. 4)

5. Interpreta a afirmação da mulher «Nunca me riria de quem me fez sair pela porta das decisões»

(ls. 35–36).

6. Classifica o narrador, quanto à presença, à ciência e à posição.

rei três dias, e não desisti, Se não encontrares marinheiros que queiram vir, cá nos arranjaremos

os dois, Estás doida, duas pessoas sozinhas não seriam capazes de governar um barco destes, eu

teria de estar sempre ao leme, e tu, nem vale a pena estar a explicar-te, é uma loucura, Depois veremos, agora vamos mas é comer. Subiram para o castelo de popa, o homem ainda a protestar

contra o que chamara loucura, e, ali, a mulher da limpeza abriu o farnel que ele tinha trazido, um

pão, queijo duro, de cabra, azeitonas, uma garrafa de vinho. A lua já estava meio palmo sobre o

mar, as sombras da verga e do mastro grande vieram deitar-se-lhes aos pés. É realmente bonita a

nossa caravela, disse a mulher, e emendou logo, A tua, a tua caravela, Desconfio que não o será

por muito tempo, Navegues ou não navegues com ela, é tua, deu-ta o rei, Pedi-lha para ir procu-

rar uma ilha desconhecida, Mas estas coisas não se fazem do pé para a mão, levam o seu tempo, já

o meu avô dizia que quem vai ao mar avia-se em terra, e mais não era ele marinheiro, Sem tripu-

lantes não poderemos navegar, Já o tinhas dito, E há que abastecer o barco das mil coisas necessá-

rias a uma viagem como esta, que não se sabe aonde nos levará, Evidentemente, e depois teremos

de esperar que seja a boa estação, e sair com a boa maré, e vir gente ao cais a desejar-nos boa via-

gem, Estás a rir-te de mim, Nunca me riria de quem me fez sair pela porta das decisões, Desculpa-

me, E não tornarei a passar por ela, suceda o que suceder. O luar iluminava em cheio a cara da

mulher da limpeza, É bonita, realmente é bonita, pensou o homem, que desta vez não estava a

referir-se à caravela.

José Saramago, Conto da Ilha Desconhecida, Editorial Caminho

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Sequência 5

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1. Identifica os co-referentes de barco desde «Em menos de um quarto de hora» (l. 17) até «terei

de ir dizer ao rei que já não a quero» (l. 19).1.1 Classifica-os.

2. Considera as expressões:a) «Como foi que aprendeste estas coisas» (l. 12);b) «É bonita» (l. 18).2.1 Classifica os actos ilocutórios nelas presentes, esclarecendo a sua intencionalidade comu-

nicativa.

3. «Primeiro tens de ver o teu barco, só o conheces por fora» (l. 9).3.1 Integra os vocábulos destacados na classe e subclasse a que pertencem.

4. Reescreve no discurso indirecto o texto desde «Primeiro tens de ver o teu barco» (l. 9) até «queaprendeste essas coisas» (l. 12).

5. «Se não encontrares marinheiros que queiram vir, cá nos arranjaremos os dois» (ls. 21-22).5.1 Divide e classifica sintacticamente as orações.5.2 Refere as funções sintácticas de:

a) «marinheiros» b) «que» c) «cá»

Funcionamento da Língua

Escreve um texto narrativo, de 150 a 200 palavras, com o título: O importante é partir, não é chegar...

Escrita

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F I C H A 1 . D e c l a r a ç ã o

Orientação de leitura

1.1 Declaração de privacidade.1.2 O declarante e o destinatário são, respectiva-

mente, a empresa Elaconta e os seus clien-

tes.

1.3 A finalidade é a garantia da confidencialidade

das informações dos clientes, assegurada pela

empresa. Esta declara que somente utilizará

essas informações nas seguintes situações:

processamento das encomendas efectuadas,

personalização do website por parte do cliente

e envio da newsletter Elaconta para o e-mail do

cliente.

2. Esta declaração tem grande actualidade, pois

milhões de pessoas inserem os seus dados pes-

soais nos sítios de diferentes empresas. Assim, há

necessidade de as empresas afirmarem aos seus

clientes a garantia absoluta da confidencialidade

dessas informações e os fins concretos para que as

utilizam.

Funcionamento da Língua

1. Registo formal.

2. a) 2; II.

b) 1; I.

3. a) 6;

b) 2.4. «que os dados pessoais dos clientes (…) são apenas

utilizados pela Elaconta para processamento das

encomendas efectuadas, personalização do website

por parte do cliente»; «que a informação (…) não

será vendida ou cedida a terceiros.»

Escrita

Exemplo de uma Declaração

Eu, Maria Arlete Alcino, declaro que exijo que a empre-

sa Elaconta se responsabilize pela confidencialidade

dos meus dados pessoais, sendo estes apenas utiliza-

dos para processamento das encomendas efectuadas,personalização do website e envio da newsletter 

Elaconta para o meu e-mail (se essa opção for selec-

cionada, por mim, durante o processo de registo na loja

online).

Reafirmo ainda o desejo de que a Elaconta garanta

que a informação que disponibilizo à empresa não seja

vendida nem cedida a terceiros.

Lisboa, 12 de Novembro de 2009

A declarante

maria_arlete_al@ clix.pt

F I C H A 2 . R e l a t ó r i o

Orientação de leitura

1. a) Relatório crítico; b) «Relatório de Viagem»;c) João Manuel Albuquerque; d) De 7/09/2010 a

14/09/2010; e) Luanda (Angola).

2.1 Seis dias (de 8/9 a 13/9).

3. A paginação não estava terminada; em alguns com-

putadores faltava instalar o software e as fontes

para realizar tarefas várias; detectaram-se erros de

ortografia.

3.1 «Verifica-se a necessidade de uniformizar o soft-

ware» (conclusão); «Sugere-se que (...) se

separem as funções de introdução das de con-

ferência» (sugestão).

3.2 «Conclusões: (...) necessidade de uniformizar o

software (...) a fim de rentabilizar os equipamen-tos (...). Sugestões: (...) enquanto não forem assi-

milados os processos de produção e a base de

dados não por considerada (...) mais estável, se

separem as funções de introdução das de confe-

rência, sendo estas desempenhadas por pes-

soas distintas.»

4. a).

4.1 Clareza, exactidão e utilização de um estilo

directo e simples.

Funcionamento da Língua

1.1 b), c), d).

1.2 b) paginação: página + ação – derivação por sufi-xação; c) informação: in + forma + ação – paras-

síntese; d) nomeadamente: nomeada + mente –

derivação por sufixação;

2. a) «Luanda»; «João» (l. 2) ; b) «Identificação» (l. 8);

«origem» (l. 8); c) 12, 13; d) «externo» (l. 26);

«necessários» (ls. 27-28); e) «software» (l. 27);

«postscript » (l. 15).

3. a) paginável; b) originário; c) anómalo; d) geracional;

e) dinâmico; f) introdutório.

3.1 a) fraquíssimo; b) fugacíssimo; c) estabilíssimo;

d) distintíssimo.

4.1 a) «que alguns computadores não tinham insta-

lados o software e as fontes necessárias para

trabalhar, o»;

b) «e retirou capacidade de resposta»;

c) «Verificou-se»;

d) «que dificultou algumas tarefas».

4.2 a) «alguns computadores»;

b) «para trabalhar»;

c) «algumas tarefas».

Escrita

Resposta livre.

S O L U Ç Õ E S

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FICHA 3 . Re qu e r i me n t o

Orientação de leitura

1. O Chefe da Repartição de Finanças do Sabugal.

2. O requerimento é de natureza administrativa.

3. O requerente, João Miguel Teixeira, considera muitoelevado o valor tributável atribuído à sua fracção deterreno, solicitando uma reavaliação.

4.1 Os dois argumentos apresentados são: a locali-zação da propriedade e a desadequação do ren-dimento anual apontado.

4.2 A fracção situa-se nos arredores da cidade,numa região com poucos transportes, logo dedifícil acesso.

5. Solicita a aprovação do seu pedido.

6. Abertura : «Exmo Sr. Chefe da Repartição deFinanças de Sabugal»; encadeamento: desde «JoãoMiguel Teixeira» até «Sabugal»; fecho: «Pede defe-

rimento»; data e assinatura do requerente:«Sabugal, 26 de Setembro de 2009», «João MiguelTeixeira».

7. «requerer», «se digne», «deferimento».

Funcionamento da Língua

1. a) avisado; b) colectável; c) independente; d) locali-zada; e) referente ao património, à propriedade.

2. Registo formal.

3.1 Princípio de cortesia.3.2 Tratamento honorífico.

4. «vem (...) requerer», «se digne mandar», «solicito».

A intencionalidade comunicativa é pedir.5.1 parassíntese: sub + urbe + ana; derivação por

sufixação: acessibil + idade.

6.1 «valor» – nome comum, não contável; «tributá-vel» – adjectivo qualificativo.

7.1 1. a oração «O prédio localiza-se numa zonasuburbana» – subordinante; 2.a oração «quecontém a referida fracção» – subordinada adjec-tiva relativa restritiva com antecedente.

7.2 «O prédio» – sujeito simples; «numa zonasuburbana» – complemento oblíquo.

Escrita

1.1 D, B, A, C.

Exmo. Sr. Presidente do Conselho ExecutivoMariana Sofia Lencastre Sousa, moradora na Av. GagoCoutinho, n.o 9, 1.° Dto, 1000-224 Lisboa, com o telefone211 234 567, inscrita no Curso de Ciências Sociais doEnsino Secundário Recorrente, 10.o Ano, Turma A, n.o 28,vem, por este meio, requerer o Estatuto de TrabalhadorEstudante, nos termos do Regulamento em vigor.

Pede deferimento.25/10/2006Mariana Sofia Lencastre Sousa

2. Resposta livre.

FICHA 4 . Re gu la me n t o

Orientação de leitura

1.1 a)

1.2 Apresenta normas de funcionamento de um

sector da Instituição referida.

2. O excerto do regulamento apresentado divide-se

em três partes: a I diz respeito aos leitores, a II à

sala de leitura e a III, à leitura de presença.

A parte I abrange os artigos 1.o e 2.o, a parte II

abrange os artigos 3.o a 6.o e na parte III inserem-se

os artigos 7.o a 9.o.

3. c) Texto instrucional ou directivo.

4.1 Para aceder à biblioteca, os utilizadores não per-

tencentes à comunidade académica deverão

estar abrangidos por protocolos de colaboração

ou deverão ter cartão de leitor.

5. Permite o uso de pertences da biblioteca e de equi-

pamentos externos.Proíbe danificar o que pertence à biblioteca.

6. a) F; b) F; c) F; d) V; e) V.

7. Sim, desde que haja um aviso com três dias de

antecedência, e salvaguardando ainda as situações

imprevistas.

8. Os documentos que se encontram em arquivo têm

de ser pedidos no balcão de atendimento ou requisi-

tados por e-mail.

Funcionamento da Língua

1. Adjectivos numerais.

2. a) Tipo declarativo/polaridade negativa.

b) Tipo declarativo/polaridade afirmativa.

3. a) document – forma de base + a – índice temático

+ ção – sufixo modificador;

b) dev – forma de base + e – vogal temática + rá –

sufixo verbal

3. a) Coordenada copulativa.

b) Subordinada adjectiva relativa restritiva.

4. agente da passiva; complemento preposicional.

Escrita

Artigo 1: A «1.a Revista On-line da Escola Secundária...»tem por objectivo a divulgação de actividades cultu-rais realizadas em toda a comunidade escolar noespaço virtual.

Artigo 2: O concurso destina-se a: a. Grupo A – jovens dos 14 aos 15 anos; b. Grupo B – jovens dos16 aos 17 anos; c. Grupo C – jovens dos 17 aos 19anos.

Artigo 3: Os temas das actividades serão publicadosna Sala de Convívio dos Alunos.

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FICHA 5. Con t r a t o

Orientação de leitura

1. Abertura: identificação dos dois outorgantes.

Encadeamento: conjunto de sete cláusulas acorda-

das pelas duas partes.

Fecho: data e assinaturas dos contraentes.2. Contrato de trabalho.

3. Contraente.

4.1 Preceitos ou condições que fazem parte de um

contrato.

5. Ser motorista da empresa que se assume como pri-

meiro outorgante; receber uma retribuição mensal

de a 750 a que serão descontados os impostos,

segundo a lei em vigor e a 5 de subsídio de refeição

por cada dia de trabalho; trabalhar oito horas por

dia, num total de 40 horas por semana; ser contra-

tado pelo período de um ano.

6. Seguir as disposições legais.

Funcionamento da Língua

1. a) conciliáveis

b) ganhar

c) realizado

2.1 Presente do Indicativo da forma activa: aceita.

Presente do Indicativo da forma passiva: é admi-

tido.

Futuro Imperfeito do Indicativo da forma activa:

prestará.

Futuro Imperfeito do Indicativo da forma passiva:

será paga.

2.2 O contrato está a ser redigido no presente eestabelece condições a respeitar pelos dois

outorgantes no futuro: os outorgantes são

agentes da acção, activos e/ou passivos (em

função das obrigações estabelecidas em cada

cláusula).

3. a fim de; desde que.

3.1 a fim de: conector de fim; desde que: conector de

condição.

4. b); c); e); f).

4.1 a) preposição; e) adjectivo numeral; f) nome

comum contável.

5. a) porque tinha carta de conduçãob) portanto irá trabalhar quarenta horas por semana

c) embora só tenha contrato por um ano

Escrita

a) O segundo contraente deverá entregar uma compo-sição musical, letra ou música, até ao último dia útilde cada mês.

b) A contratação do segundo contraente destina-se apreencher uma vaga de um compositor de músicarock  por necessidade do alargamento do mercadointernacional.

c) Como contrapartida do trabalho prestado, o primei-ro contraente pagará ao segundo, até final do mêsàquele que reporta a remuneração, o valor ilíquidode 750 E (setecentos e cinquenta euros).

FICHA 6. M e mór i a s

Orientação de leitura

1.1 f); g); e); b); d); c); a).

1.2 f) desde «Certa manhã» (ls. 1) até «identificar»

(l. 3); g) desde «Ele era» (l. 3) até «horizonte!»

(l. 6); e) desde «E não sei» (ls. 6-7) até «idênti-

co» (l. 9); b) desde «Concordámos» (l. 10) até

«desperdiçado» (l. 12); d) desde «Mas nada»

(l. 13) até «mentia» (l. 15); c) desde «Ainda hoje»

(l. 15) até «aconteceu» (l. 18); a) desde o «reen-

contro» (l. 19) até «expansivo» (l. 25).

2. a) Figura mal delineada sob a luz branca do nascer

do sol;b) valia a pena aproveitar a oportunidade;

c) o choro intenso da criança soando pelo outeiro.

3. a)

4. Deixis pessoal – «me»; «para mim»; «(eu) recor-

do»; «(eu) não posso»

«nós (concordámos)»; «connosco»; «nossa»; «(nós)

prevíamos»; «nossas».

Deixis temporal – «certa manhã»; «então»; «meses

e meses»; «já»; «depois»; «em certo momento».

Deixis espacial – «adiante»; «em certo momento»;

«ali»; «longe»; «lá».

4.1 O locutor (sujeito de enunciação) recorda uma

acção passada («certa manhã»), em que, comMaria Amélia, percorreu um espaço (colina: ali,

lá) com a intenção de dialogarem com o pai de

Juanito. Este momento é anterior ao da recor-

dação, isto é, faz parte das memórias do narra-

dor.

5. Face a Juanito: curiosidade, preocupação, carinho.

Face ao pai: curiosidade, admiração, dúvida.

Funcionamento da Língua

1. No momento em que.

2. Ela pediu que olhasse para o finório que parecia que

ia ao lado de um rei.

3.1 Claramente.

3.2 Advérbio.

3.3 b).

4. Sugestão de resposta: fugacidade; memorialista.

5.1 a) Decerto ele já não vem. / Aquele móvel pare-

ce maior visto de certo ângulo.

b) Houve, hoje, festa na escola. / Ouve bem os

conselhos dos teus pais.

c) Afinal não o conhecia, aquele rosto nunca o

vira antes. / O meu irmão virá de comboio.

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FICHA 7 . M e mór i a s

Orientação de leitura

1. a)

2. c)

3. a)

4. b)

5. b)

6. c)

7. a)

8. b)

9. c)

10. «Vou contar o que aconteceu»; «Lembro-me dovelho.»

Funcionamento da Língua

1.1 automóvel; veículo; carro.

2. «Sentados em caixotes»

3. Discurso directo/discurso da 1.a pessoa.

4. O sujeito da enunciação; Laferte; «um daquelesindivíduos».

5. Ele disse que queria agradecer-lhe em nome detodos (...) que queria dizer-lhe, além disso, que nadaaté àquele dia os tinha impressionado tanto.

6. Ele sentou-se por detrás da mesinha que o separavadaquele estranho público.

7. a) solto; b) dinâmicos; c) perturbáveis; d) agitados;e) polidos.

FICHA 8. D i á r i o

Orientação de leitura

1.1 No passado (22 de Abril, quarta-feira); na escola.1.2 O aluno Fosco «fizera barulho, pulara, cantara,

dançara», comportara-se mal.1.3 O professor decidiu fazer um «julgamento» do

comportamento incorrecto do Fosco.

2.1 «É que eles não esquecem – ou só esquecem oque os não interessa» (ls. 10-11); «E nós temosde ser exemplo de tudo – a começar, temos dedar o exemplo de bem cumprir» (ls. 11-12).

3. Os alunos participaram activamente, falando comà-vontade, aprendendo novas palavras.

4.1 «aplaudida por todos» (l. 18).4.2 Essa actividade propicia o alargamento cultural

dos alunos – conhecimento de autores impor-tantes da Literatura (Esopo e La Fontaine), bemcomo incrementa valores de cidadania.

5.1 Participante.5.2 Verbos na primeira pessoa do singular: «Assumi»,

«Já trato do assunto», «fechei», etc.; utilizaçãode pronomes pessoais da 1.a pessoa: «comigo»,«nós», «eu».

Funcionamento da Língua

1 (ele) queixou-se; homenzinho; o homem; se (...) oempregado; os seus passos.

2.1 Acto directivo – avisar/advertir.

3.1 «Seria julgado», «advogado de defesa», «advo-gado de acusação», «banco do réu», «argumen-tos», «defendeu o seu constituinte», «defesa»,«juiz», «juízo», «julgar», «audiência», «julga-mentos», «tribunal».

3.2 Justiça: justiçar, justiceiro, justo.

Escrita

Resposta livre.

F I C H A 9 . C a r t a

Orientação de leitura

1.1 É uma pequena construção de pedra, tosca,pobre. Enquadra-se numa bela paisagem dezona montanhosa, onde neva.

1.2 O emissor sente-se feliz, vive em paz espiritual,em plena realização existencial.

2. Como fuga (evasão) aos malefícios da vida urbana.

3.1 O «eu» encontra naquela pobreza materialsatisfação plena para as suas necessidades, quesão de carácter espiritual.

4.1 Gradação ascendente.4.2 O sujeito de enunciação está em êxtase.

5. São cavadores e pastores, pessoas pobres, simples,puras, bondosas, solidárias e afáveis.

6. Carta pessoal / informal.6.1 Despeço-me com saudades. Um abraço forte do

amigo, Raul.

Funcionamento da Língua

1. Deixis pessoal: «meu amigo» – tu; «fugi» – eu;«para ter» – eu; «me sabe»; «tu conheces»; «per-guntas?» – tu.

2. a) «Cheira bem» – acto assertivo.b) «Sombra, perguntas?» – acto directivo.2.1. a) Afirmar. b) Interpelar.

3. «janelinha»; «casebre».

4.1 «negro» – valor restritivo – limita a realidade dodesignado, afirma que o pão que come na serra éescuro; «pobre» – valor não restritivo – avaliasocialmente os cavadores.

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4.2 tosquíssimo, nigérrimo, negríssimo, felicíssimo,paupérrimo, máximo.

5. a) passou muitas dificuldades;b) alimento feito de farinha de centeio;c) ganhar dinheiro;d) riqueza.

5.1 A coluna vertebral está muito frágil; Vai a pas-sar uma coluna militar; A coluna central daque-le monumento grego é requintada.

F I C H A 1 0 . R e t r a t o

Orientação de leitura

1.1 O jovem reconhece no olhar da mãe a tristeza,pois ele já não é o menino de outrora.

2.1 O crescimento físico e psicológico (perda da ino-cência).

3.1 A perda concretiza-se em experiências/vivênciasinerentes ao seu crescimento, geradoras de con-flito entre mãe e filho. A recuperação está pre-sente na confidência que faz à mãe de que aligação afectiva com ela se mantém inalterável,pois o passado de menino permanece vivo nasua memória.

3.2 O «eu» poético expressa a ideia de que, no pre-sente, a memória do passado permanece.

3.3 Metáfora – As rosas brancas simbolizam a pure-za, a inocência, a fragilidade de quando ele era

menino.4. A referência a aves remete para as novas vivências/

/experiências de alguém que assume que tem delibertar-se da protecção maternal.

Funcionamento da Língua

1. Aditivo: e, ainda; conclusivo: por isso; contrastivo:

mas; de condição: se.

2.1 Passado: «traí», «perdi», «apertava», «soubes-ses», «enchesses», «esqueceste», «cresce-ram», «cresceu», «ficou», «adormeceu», «era»,«saí», «dei», «esqueci».

Presente: «sei», «sou», «ignoras», «há»,«demora», «digo», «é», «amo», «queres»,«aperto», «tens», «ouço», «sabes», «guardo»,«deixo», «vou».

2.2 Do levantamento feito, pode concluir-se que opresente e o passado alternam de forma equili-brada no poema, pelo que o sujeito poético valo-riza esses dois momentos de vida de modoidêntico.

Escrita

Resposta livre.

FICHA 1 1 . D e scr i çã o

Leitura de imagem

1.1 a) Primeiro plano e plano de fundo.b) Primeiro plano (a figura feminina).

2.1 a) É uma jovem mulher robusta, de estaturamediana, de formas arredondadas. O rosto éarredondado, emoldurado pelo cabelo bempenteado, de risco ao meio. A testa é alta e opescoço largo e pequeno. As sobrancelhas,perfeitamente desenhadas, acompanham osolhos grandes e amendoados. O nariz épequeno, mas largo; a boca também épequena, de lábios finos. Os braços sãorobustos, observando-se uma pulseira nobraço direito; as mãos são de tamanhomédio, com dedos longos, tendo um anel nodedo anelar da mão direita e outro no dedoanelar da mão esquerda. Os pulsos são lar-

gos, a cintura é média e as ancas são largas.Os ombros são arredondados, ligeiramentedescaídos. O vestido é requintado, notando-se em cada manga um grande laço; é pre-gueado a partir da cintura e com efeito defranzido na parte inferior. A postura verticalapresenta uma acentuada linha curva nasilhueta, visível na zona dorsal.

b) A atitude é reflexiva, serena e atenta, coope-rante com o pintor que a retrata. Da figurafeminina emana uma suavidade algo enigmá-tica e sedutora.

c) A expressão fisionómica é suave, o olharsério, meigo e vivo. A boca fechada apresenta

os lábios suavemente cerrados. O gesto damão direita traduz uma passividade clara,enquanto a mão esquerda segura o rosto,sem contudo o suportar. O estatismo é evi-dente, a jovem está conscientemente a posarpara o artista.

Orientação de leitura

1. a) «caracóis negros e finos», «palidez», «finura defeições», «olhos estreitos e longos», «narinas demarfim», «pupilas negras», «pestanas compri-das, luzentes», «cetim de pele».

b) «abrigo de pelica azul», «gorra de pescador domesmo material», «malinha de mão».

2. a) carente, triste, mas simpática e delicada;b) suave;c) a expressão do olhar revela inteligência e espírito

crítico;d) divertida;e) bem humorada;f) atrevida;g) misteriosa, secreta.

Escrita

Resposta livre.

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FICHA 1 2. Ca mõe s Lí r i co

Orientação de leitura

1. Introdução: 1.a estrofe.Desenvolvimento: 2.a e 3.a estrofes.Conclusão: 4.a estrofe.

1.1 Introdução: O sujeito poético lamenta-se pelaperda definitiva da amada morta.Desenvolvimento: O sujeito poético exprime umestado de espírito marcado pela revolta e pelacontrariedade.Conclusão: Para o sujeito poético, a vida nãotem sentido sem a presença da amada.

2.1 Acusa o «tu» de o ter abandonado e de não terlutado pela vida.

2.1.1 «Tão asinha esta vida desprezaste!» (v. 4);«o negro manto / Em teus olhos deitadoconsentiste» (vs. 10–11).

3. Revolta, incompreensão, mágoa, tristeza e deses-pero.

4.1 O naufrágio na foz do rio Mekong, quando opoeta viveu no Oriente. Aí perdeu a amada,Dinamene, e salvou o manuscrito de Os

Lusíadas.

5.1 perífrase: «Tão asinha esta vida desprezaste»(v. 4); metáfora: «o negro manto» (v. 10); após-trofe: «Ó mar» (v. 12).5.1.1 perífrase: lamenta que a amada tenha

morrido; metáfora: forma poética de apre-sentar a morte como algo funesto; após-trofe: grito de dor e de revolta do sujeito

poético contra o mar, responsável pelamorte da amada.

6. O poema é um soneto, constituído por catorze ver-sos distribuídos por duas quadras e dois tercetos. Oesquema rimático é ABBA/ABBA/CDE/CDE. Asrimas são interpoladas e emparelhadas, consoantese predominantemente pobres. Exceptuam-se asrimas «manto / tanto» e «consentiste / triste», quesão ricas. Quanto à métrica, os versos são decassi-lábicos.

Funcionamento da Língua

1. «esta vida desprezaste» (v. 4); «pera sempre te

apartaste» (v. 5); «perder-te» (v. 6); «negro manto»(v. 10).

2. «asinha» é uma palavra que caiu em desuso e signi-fica «depressa».

3. Antigamente escrevia-se com uma pena.

4.1 «deixaste» (v. 1): Pretérito Perfeito Simples doModo Indicativo (passado);«posso» (v. 3): Presente do Modo Indicativo (pre-sente);«sentirei» (v. 13): Futuro Imperfeito do ModoIndicativo (futuro).

4.2 «deixara» (v. 2).

5. a) frase subordinada adverbial causal;b) frase subordinada adjectiva relativa explicativa.

5.1 sujeito: nulo subentendido;complemento directo: o negro manto.

Escrita

O texto deve ser bem estruturado: introdução, desen-volvimento e conclusão.A descrição deve estar de acordo com as orientaçõesda «Descrição», Técnicas / Informação, Manual.

FICHA 1 3 . Poe si a

Orientação de leitura

1.1 a) 1.a, 2.a e 3.a estrofes; b) 4.a estrofe; c) 5.a estrofe.

2. a) «Este poeta está / Do outro lado do mar»b) «E digo ao silêncio os seus versos devagar»

3. Ambiente sombrio, silencioso e solene.

4. Espanto, grande admiração.

5.1 Um quarto representa, simbolicamente, umespaço íntimo (de confidências), secreto, revela-dor do sujeito que o habita.

5.2 No presente, o «eu» poético recorda a profundaligação afectiva com o seu quarto, evoca a felici-dade, a poesia, a magia vivenciada no passadolongínquo da sua juventude.

6.1 Recorda a tesoura esquecida nos ramos decerejeira, os bancos pintados de fresco, o tempoque fazia nesse mês de Junho.

6.2 A poesia era essencial e fundamental na vida do«eu» poético.

7. «Estes poemas caminharam comigo» – os poemasde Manuel Bandeira são referências estruturantesna vida do «eu». «Estes poemas poisaram a suamão sobre o meu ombro» – os poemas de ManuelBandeira foram uma companhia solidária e deramtranquilidade espiritual ao sujeito poético.

Funcionamento da Língua

1. «antigo», «jovem», «sombrios», «antiga», «sole-nes», «o maior», «intactas», «perdidas», «pleno»,«futura».1.1 novo, velho, iluminados, moderna, prosaicos, o

menor, impuras, ocupadas, encontradas, vazio,passada.

2. Verbo relembrar, forma verbal não finita, GerúndioSimples.

2.1 Esta forma verbal inicia a evocação de aconteci-mentos marcantes do passado longínquo (a juventude) do «eu» poético, liga o tempo pre-sente ao tempo passado – aspecto adurativo.

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3. 1.a estrofe – Presente: «reconheço», «há», «digo»;2.a estrofe – Pretérito Imperfeito: «se espantava»,3.a estrofe – «era», «lia», 4.a estrofe – «me sentava»,«acompanhavam», «decepava»; Pretérito PerfeitoSimples: «deixei»; 5.a estrofe – Pretérito PerfeitoSimples: «caminharam», «poisaram», «foram».3.1 A utilização dos verbos no Presente serve para

afirmar que no tempo presente (neste tempo), osujeito poético relembra o passado.As acções recordadas (naquele tempo) que per-manecem na memória do «eu», num tempo sus-penso, não sofrendo a erosão do esquecimento,encontram-se no Pretérito Imperfeito e noPretérito Perfeito Simples.

4. a) 3; b) 4; c) 1; d) 2.4.1 a) e c) complemento directo; b) modificador pre-

posicional; d) predicado.

FICHA 1 4 . Poe si a

Orientação de leitura

1. A repetição do Presente do Conjuntivo «Entremos»na 1.a pessoa do plural, com valor imperativo, incen-tiva à união com objectivos interventivos.

2.1 «Das mãos dadas talvez o fogo nasça» (v. 14).«talvez universal a consoada» (v. 16).

3. Solidariedade.

4. Fraternidade humana.

5.1 Resposta aberta. Tópicos: Natal = fraternidade,solidariedade, nivelamento social. O Natal nãodeve circunscrever-se a uma época.

6. Ritmo binário: bipartição do verso ao nível prosódico[ex.: «duzentos mil, doze milhões de nada» (v. 10)].Ritmo ternário: tripartição do verso. [ex.: Entremos,apressados, friorentos (v. 1)].

Musicalidade:• aliterações em «r»; «Entremos, apressados, frio-

rentos»;• aliterações em «p»: «presépio, num prédio, num

presídio / no prédio»;• repetições anafóricas de: formas verbais «Entre-

mos»; da conjunção «porque»; do advérbio «tal-

vez»;• gradação dos quantificadores numerais: «dois adois: somos duzentos, duzentos mil , dozemilhões»;

• rimas toantes e consoantes: «presépio» – «sítio»«nada» – «consoada»;

• rima interna: «Natal» – «Universal».

Funcionamento da Língua

1. grutas, presídio, Dezembro, consoada.

2. acto directivo – o sujeito poético desafia sistemati-camente o leitor («Entremos») a agir.

3. «mas» – conjunção coordenativa adversativa;«porque» – conjunção subordinativa causal.3.1 «mas» – expressão de oposição com o objectivo

de reforçar a ideia da não desistência «porque»– reiteração das causas que a justificam.

4. Advérbio.4.1 Esperança de possível concretização de um

ideal.

FICHA 1 5. En t r e vi st a

Orientação de leitura

1. Estrutura: nome do entrevistado; título; resumo;introdução; questões do entrevistador e respostasdo entrevistado.

2.1 O trabalho de Duarte Belo é fotografar o territó-rio nacional e o seu povoamento como forma de

«registo de reflexão».2.2 O entrevistado é arquitecto. O arquitecto obser-

va e reflecte sobre o lugar com o objectivo de oredimensionar artisticamente. As fotografias deDuarte Belo resultam de uma observaçãodemorada da paisagem, considerando a formacomo o Homem ocupou os espaços e comopoderá vir a ocupá-los.

3.1 Maria Leonor Nunes.3.2 Jornal de Letras.

4.1 O facto de naquele lugar encontrar testemunhosde diferentes períodos da História, desde o lon-gínquo ao mais recente (pré-romano, medieval,

contemporâneo).4.2 Criando uma ligação profunda com a paisagem,

assente na observação intensa e longa, captam-se aspectos sensíveis, peculiares da realidade.

5.1 Ele procura, no espaço que fotografa, um signifi-cado profundo da presença de diferentes povosque povoaram o território nacional e consideraas possibilidades que poderão advir na ocupaçãodesse espaço.

6. Ele complementa a imagem com o texto, construindoum discurso mais rico, que clarifica a sua mensagem.

7.1 Duarte Belo é filho do grande poeta Ruy Belo,

que lhe terá passado o gosto pelos livros.

8. Sim, porque o vocábulo «gestos» remete para apresença / interferência do Homem na paisagem eDuarte Belo capta, de modo particular, a presençahumana na paisagem.

9. a) e c)

Funcionamento da Língua

1. O registo é formal porque a entrevistadora e oentrevistado usam uma linguagem cerimoniosa, queevidencia distanciamento.

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2. Da forma como as questões estão formuladas, infe-re-se um tratamento por «senhor» (ex.: «O que lheinteressou particularmente neste trabalho…»).

3.1 Princípio da cooperação.

4. a) Acto ilocutório directivo; b) Acto ilocutório pre-sente assertivo.

FICHA 16. Artigo de apreciação crítica

Orientação de leitura

1.1 a) Do início até «no coração do conflito» (l. 53);b) «Em World Trade Center  (…)» (l. 54) até

«meio do choque e da morte» (l. 93);c) «Acusado pelos seus» (l. 94) até ao fim.

2. Stone é observado negativamente como um militantefanático de esquerda, «o radical militante de Salva-

dor , o contestatário de Nascido a 4 de Julho, o teórico

da conspiração ferrenha de JFK , o terrorista políticoque declarou (...), poucos dias depois dos atentados,que estes tinham sido ‘um grito de protesto’».

3.1 «é um filme feito não para dividir, mas sim paraunir» (ls. 39-40).

4. No Festival de Veneza.

5. a) A história verdadeira de dois polícias de NovaIorque que ficaram soterrados sob os escombrosda Torre 1.

b) Os momentos de sofrimento vividos pelas famí-lias dos dois polícias, a acção esforçada dos seuscompanheiros e dos bombeiros para os salvarem,

a heróica actuação de um marine na reserva.c) John McLoughlin e Will Jimeno; familiares dosdois polícias; membros do grupo de socorro(outros polícias) e bombeiros; Dave Karnes.

d) Torre 1, Ground Zero, escombros do edifício.e) 11 de Setembro de 2001.

6. «World Trade Center  não é apenas um filme… doque Voo 93» (ls. 96-98), «a primeira grande tentativa(…) no futuro» (ls. 99-102).

7.1 a) Linguagem objectiva: «Stone ia fazer um filmesobre (…) World Trade Center » (ls. 15-17),«Antestreado (…) Festival de Veneza» (ls. 44-45).Linguagem subjectiva: «o 11 de Setembro abor-

dado na veia JFK » (ls. 8-13), «começou de ime-diato (…) direcções» (ls. 18-20), «Os seusdetractores (…) destacados» (ls. 31-33), «OliverStone mostra a angústia das famílias» (ls. 68-69),«O que importa (…) e de entreajuda» (ls. 87-89).

b) Vocabulário valorativo: «World Trade Center éum filme (...) para unir» (ls. 39-40), «O queimporta (…) é recordar» (ls. 87-88), «World 

Trade Center  (...) É (...) a primeira grande ten-tativa de catarse de uma catástrofe nacional»(ls. 96-100). Vocabulário depreciativo «detrac-tores mais assanhados» (l. 31), «as televisões‘gastaram’» (l. 84).

8.1 Internet – meio de comunicação digital.8.2 A crítica é negativa. O título do artigo «recebido

friamente» e a reacção «fria», «quase semaplauso» do público revelam-na.

9. Stone assevera que privilegiou conscientemente osaspectos humanistas e emocionais em detrimentodos factores políticos, tal como afirmam as conclu-sões finais do texto «Dessa forma, Stone justifica(…) menos político» (ls. 12-13).

10.1 É o texto A, pois nele são dados a conhecer vá-rios pormenores importantes sobre o filme,nomeadamente as reacções do público ameri-cano, a trama, as personagens, o espaço ondedecorre a acção, etc.

Funcionamento da Língua

1.1 Registo formal predominante: «Soube-se tam-bém recentemente que foi ordenado» (ls. 6-7).embora haja registo informal «daria um filme e

peras» (ls. 9-10), «a espingardar em todas asdirecções»(ls. 19-20).1.2 a) 3; b) 1; c) 2; d) 4.

Escrita

Resposta livre.

FICHA 1 7 . Re su mo

Escrita

Cientistas norte-americanos insurgiram-se, numapetição contra a União Astronómica Internacional por

ter retirado a Plutão o estatuto de planeta.Alan Stern afirma que a União foi norteada por moti-vos políticos.Stern asseverou que os assinantes da petição rejeitama definição de planeta e apresentarão outra em 2007.Plutão passou recentemente a ser considerado umplaneta anão.A nova definição desclassifica Plutão por este não serdominante na sua órbita.

FICHA 18. Crónica jornalística e literária

Orientação de leitura

1.1 A noite estava fria e desagradável.1.2 O «eu» estava triste, desolado, derrotado.

2.1 Corajosa, sacrificada, abnegada, conformada.

3.1 «atulhada».3.2 Porque considera que há coisas privadas que

não devem ser expostas.

4. É escritor e o seu meio de subsistência é o queescreve e publica.

5.1 De uma forma clara e incisiva, fazendo críticasempre que necessário.

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6.1 «A enfermaria (…) e amplas» (ls. 58-59); «Acabeceira da cama (…) não via as iluminações»(ls. 61-63); «gritava agora uma assistente deenfermagem» (ls. 74-75).

6.2 No presente, o «eu» recorda as imagens e ossons de forma rápida e desordenada.

7.1 A solidão e o sofrimento.7.2 Parece estar a morrer.

8.1 É a designação do «espaço» reservado para assuas crónicas na revista Montepio.

8.2 O título é «Um certo Natal antigo». A acçãodecorre na época do Natal, período de tempocoincidente com a doença, tristeza e solidãovividas pelo autor.

Funcionamento da Língua

1.1 Não, porque a mulher não respondeu à pergunta,fez uma observação e uma nova pergunta que

nada tinha a ver com a questão colocada.Também encolheu os ombros e o semblantemostrou-se inexpressivo.

1.1.1 Foi a máxima da relevância. Porque a res-posta não tem uma relação de pertinênciacom a pergunta.

2.1 A polaridade negativa das frases deixa transpa-recer o estado de espírito negativo dos interve-nientes na acção.

2.2 a) Ele perguntou-lhe se os médicos ainda nãolhe tinham dito quando tinha alta.

b) Ela afirmou que ele não fizera a barba.

2.2.1 a) acto directivo (perguntou)b) acto assertivo (afirmou)

3.1 «Fôra» – Pretérito Mais-Que-Perfeito do ModoIndicativo, aspecto perfectivo; quebrara –Pretérito Mais-Que-Perfeito do Modo Indicativo,aspecto perfectivo.

3.2 Os acontecimentos tiveram lugar num passadolongínquo e apresentam-se como concluídos.

4. Roda devagar a cabeça, observa-me totalmente.

Escrita

Resposta livre.

F I C H A 1 9 . C o n t o

Orientação de leitura

1. d); a); g); e); f); b); c).

2. Tempo: «O incêndio do céu ia esmorecendo» (ls. 5-6),«A lua já estava meio palmo sobre o mar» (ls. 26-27).Espaço: «a água arroxeou-se de repente» (l. 6),«barco, uma caravela» (l. 17), «castelo de popa»(l. 24), «já estamos na água» (ls. 13-14).

3. Homem: sonhador, aventureiro, peocupado. Mulherda limpeza: bonita, decidida, sonhadora.

4. Metáfora.4.1 Para o ser humano se conhecer verdadeiramente,

deve observar o que o rodeia, abrindo-se para oexterior, para os outros. Assim, a aventura doconhecimento de si próprio implica um movi-mento introspectivo e extrospectivo (atenção do«eu» voltada para o mundo na sua realidadefísica e humana).

5. A mulher afirma indirectamente que respeita pro-fundamente as ideias do homem, porquanto, graçasa ele, tinha tomado uma decisão fundamental,mudando radicalmente o rumo da sua vida.

6. O narrador é não participante, omnisciente, subjec-tivo.

Funcionamento da Língua

1. «uma caravela», «transformada», «bonita»; «a(quero)».1.1 a) Co-referentes nominais: caravela, transformada,

bonita.b) Co-referente pronominal: a (quero).

2.1 a) acto directivo – perguntar;b) acto assertivo – afirmar.

3.

4. A mulher replicou que primeiro ele tinha de ver oseu barco que só o conhecia por fora e o homemperguntou-lhe como o encontrara, ela respondeuque havia algumas bainhas das velas que estavam aprecisar de reforço e o homem perguntou ainda seela descera ao porão, se encontrara água aberta eela respondeu que no fundo se via alguma, de mis-tura com o lastro, mas que aquilo parecia que erapróprio, que fazia bem ao barco. Então, o homemperguntou como fora que ela aprendera aquelascoisas.

5.1 1.a oração: Se não encontrares marinheiros –subordinada adverbial condicional;2.a oração: que queiram vir – subordinada adjec-tiva relativa restritiva com antecedente;3.a oração: cá nos arranjaremos os dois – subor-dinante.

5.2 a) complemento directob) sujeito simplesc) modificador adverbial

Escrita

Resposta livre.

Classe Subclasse

Primeiro adjectivo numeralo determinante artigo definidoteu determinante possessivobarco nome comum, contável

o pronome pessoalconheces verbo transitivo directo

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8/10/2019 Português 10 Ano

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