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Princípios de Marketing - cld.pt · 30-09-2010 1 Princípios de Marketing 10º MBA AESE 2010-2012...

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30-09-2010 1 Princípios de Marketing 10º MBA AESE 2010-2012 Índice 1.-Introdução 2.-BreveHistóriadoMarketing 3.-Estratégia 4.-Entenderomercado 5.-AsvariáveiseoMix 6.-Frameworks 7.-AÁreadePolíticaComercial do10º eMBA
Transcript

30-09-2010

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Princípios de Marketing

10º MBAAESE 2010-2012

Índice

1.-Introdução

2.-Breve História do Marketing

3.-Estratégia

4.-Entender o mercado

5.-As variáveis e o Mix

6.-Frameworks

7.-A Área de Política Comercial do 10º eMBA

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1.- Introdução

“...The business enterprise has two, and only two, basic functions: Marketing and

Innovation.

Marketing and Innovation produce results; all the rest are costs...”

Peter Drucker, the Practice of Management

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Definição da American Marketing Association:

“... Marketing é o processo de planeamento e execução da concepção, precificação, promoção e distribuição de ideias, produtos e serviços, que permitem criar trocas que satisfazem objectivos de pessoas ou organizações..”

Definição segundo Robert Hirsh, Marketing Professor, Weatherhead School of Management:

“...Marketing é o processo pelo qual decisões são tomadas num ambiente de negócios em

contínua mudança interrelacionada, que facilita trocas de forma a que um grupo target

de consumidores é satisfeito e os seus objectivos definidos atingidos...”

Robert Hirsh, Marketing, HauppaugeNY, Barrons Educational Series, 2000

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“...Marketing trata de criar trocas satisfatórias através de comunicação integrada com consumidores e outros públicos e que podem ter impacto na performance das organizações...”

Don Schulz, Comunicating Globally, NTC Business Books,2000

Philip Kotler:

“...A crença de que Marketing é uma forma sofisticada de Vender é um erro comum e uma visão errada de muitos profissionais de negócios...”.

Peter Drucker :

“...O objectivo do marketing é transformar a venda supérflua..”

“...O Marketing começa antes de haver um produto e prolonga-se durante a sua vida...”

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Comprar e Vender

Há sempre mais compradores do que vendedores;

Cada comprador individual é sempre mais fraco que cada vendedor individual, mas...

O poder acumulado de até uma parte dos compradores é suficiente para justificar a existência de mais do que um vendedor, ou para o colocar fora do negócio, e...

Consequentemente, os vendedores competem entre si para angariar o maior número possível de compradores...

...e curiosamente, os vendedores na tentativa de alcançar a concorrência e atrair o maior número possível de compradores, são influenciados em si, alterando regularmente a sua oferta, de modo a alcançar mais compradores, ao longo do tempo.

“...Marketing tem sido sempre uma das áreas mais desprezadas nos estudos de Negócios e nos meios intelectuais académicos...”

Seth Godin, revista Fast Company, Julho 2001, pag 84

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“... O Marketing para todos os efeitos práticos, está morto...”

Ian G. Gordon, Relationship Marketing, Wiley & Sons,1998

Marketing não é Publicidade,

Marketing não é Vendas,

Marketing não é Show Business,

Marketing não é humor,

Marketing não é criatividade,

Marketing não é Direct Mailing, nem brochuras, nem Páginas Amarelas, nem publicidade inteligente, nem telemarketing...nem...

Jay Conrad Levinson,Mastering Guerilla Marketing,Houghton Mifflin Co, 1999

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“...Tudo o que não gere resultados, não é Marketing, é uma asneira ... e uma asneira cara...”!

S.Zyman, Building Brandwidth, Harper Collins,2000

O Marketing é a área do conhecimento que estuda trocas de bens e serviços por

pagamentos!

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Alguns dados para reflexão:

Um estudo realizado em 545 empresas inglesas revela que:

Apenas 18% dos seus gestores consideram o Marketing das suas empresas como muito bom;

36% consideram-no pobre;

Outro estudo revela uma elevada insatisfação das administrações das empresas com as capacidades dos gestores de Marketing:

Eficiência global 48%

Capacidades estratégicas 60%;

Capacidade de inovação 92%

Perfil de risco 48%

Velocidade 56%

FP

2.-Breve História do Marketing

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William L. WilkePré-Marketing(antes de 1900)

Campo de estudo não individualizado;

Os estudos estão embebidos na Economia;

I- Encontrando a

Área(1900-1920)

Desenvolvimento dos Primeiros Cursos sob o nome de

Marketing; Enfase na individualização dos temas de

marketing dos da actividade económica; Focus no Mkt como

”Distribuição”.

II- Formalizando a

Área(1920-1950)

Desenvolvimento dos Princípios de Marketing;

Aparecimento de Infraestruturas de desenvolvimento de

Conhecimento: AMA, Conferencias, Jornais (Journal of

Retailing, Journal of Marketing)

III– A Mudança de

Paradigma

(Marketing como

Ciência e Gestão)

(1950-1980)

Boom do Mass Market nos EUA;

Aparecimento de duas correntes de estudo: (1)a corrente de

gestão e (2)a corrente comportamental; entrada das ciências

quantitativas como forma de desenvolvimento do

conhecimento.

IV- A Mudança

intensifica-se

(Fragmentação do

Pensamento)

(1980-2006)

Novos desafios aparecem no mundo dos negócios: focus no

curto-termo, downsizing, globalização, reengenharia,etc

Questionadas Perspectivas dominantes na filosofia dos

debates ciêntificos;

Publish or perish;

Infraestrutura do conhecimento expande-se e diversifica-se

em areas especializadas

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Nos finais dos anos 40, um Professor da Harvard Business School , Neil Borden introduziu pela primeira vez a expressão...

“Marketing Mix”, ...para se referir a um número de actividades que ,dizia

ele, os profissionais poderiam utilizar para influenciar a decisão de compra dos consumidores. Obviamente há um enorme número de actividades de Marketing com essa capacidade, que variam de negócio para negócio e de companhia para companhia. A tarefa importante , é que os profissionais sejam capazes de identificar as variáveis e coordena-las num “Marketing Mix”, de forma a maximizar os resultados. Em breve, é útil pensar nos profissionais de marketing, essencialmente como “ misturadores de ingredientes, de forma a produzir uma empresa rentável.

Borden,The Concept of the marketing Mix, 1948

Os professores e os profissionais acharam naturalmente esta definição muito útil, porque tornou muito mais fácil ensinar a estudantes e transmitir este tipo de discurso a clientes de empresas, do que as suas ambíguas definições de marketing.

Mas a verdadeira melhoria estaria para vir, uma vez que as variáveis contavam-se por centenas e como tal continuava a ser difícil transmitir de forma simples os conceitos e as acções de Marketing.

Uma década mais tarde, Jerome McCarthy, professor de Marketing e Consultor, apresentou uma mnemónica de agregação de variáveis muito simples : Os Quatro P’s

Product, Place, Promotion, Price.

O Marketing Mix de cada companhia, dizia McCarthy, consiste essencialmente na gestão destas quatro variáveis. Estas seriam as actividades de Marketing que teriam de ser planeadas e executadas como num concerto, de forma a maximizar o retorno da empresa.

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Pela conjugação destas definições, o que fazem os

profissionais de Marketing?

Misturam:

Produto – as suas características,funções e benefícios;

Place - como o produto deve ser distribuido;

Promoção - como e o que deve ser gasto em

divulgação e publicidade;

Preço – quando se deve cobrar pelo produto e quanto

se pode descontar.

Temos agora aqui algo de muito simples e objectivo!

O impacto social do Marketing

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Como vamos ensinar na Aese ?

O impacto empresarial do Marketing

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3.-Estratégia

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Estratégia da Empresa ou Estratégia de

Marketing?

O que e estratégia? O termo grego strategos tem origem militar e e

usado para descrever a arte do General! Refere-se ao plano geral para arranjar e manobrar as suas forças no sentido de derrotar o inimigo;

Carl von Clausewitz – um teórico da guerra do sec 19 - descrevia Estratégia como sendo o desenho do plano de guerra e das campanhas individuais e dentro destas o papel e envolvimento de cada um;

Mais recentemente Edward Mead Earle descrevia-a como a arte de controlar e utilizar os recursos da Nação, incluindo as Forças Armadas, com o fim de efectivamente promover e proteger os seus interesses vitais.

O mundo dos negócios sempre gostou de se retratar em analogias militares portanto o conceito de estratégia foi rapidamente absorvido: assim pensa-se em estratégia, como o plano para controlar e utilizar os recursos ( humanos, físicos e financeiros) com o fim de defender os interesses vitais da organização;

Michael Porter define estratégia como a formula como um negocio compete;

“…inevitavelmente a formula para competir envolve ser diferente, de uma forma que confira uma vantagem competitiva. A estratégia competitiva consiste em ser diferente. Deliberadamente procura um conjunto de características únicas de criar valor…”

Estratégia e portanto o plano que procura dar as organizações vantagens competitivas sobre as outras.

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Como se enquadra o Marketing na Estratégia?

Visão 1

Estratégia de Empresa

Politica de RH Politica Financeira

(…)Politica de

Marketing

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Visão 2

Estratégia de Marketing

Politica de RHPolitica Financeira

Operações(…)

o Plano de Marketing

O plano de Marketing desenha a campanha que tem como objectivo concretizar a estratégia da empresa levando uma ideia, concretizada num produto, a ser cabalmente apresentada aos consumidores.

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Tipicamente, o plano de Marketing inclui: Um resumo da situação actual: com dados relevantes,

incluindo um mapa SWOT (strenghts, weaknesses, opportunities, threats);

Analise das oportunidades de mercado: segmentos objectivo, desafios competitivos da empresa e dos seus produtos;

Objectivos financeiros e de mercado: expressos normalmente em incremento de vendas e resultados no final do período compreendido no plano e em vendas unitárias e quota de mercado;

Posicionamento dos produtos e serviços em termos dos 4 P’s, e respectivas acções no período do plano;

Orçamento mensualizado de investimentos Orçamento mensualizado de vendas Plano de monitorização de implementação das acções (…)

4. Entender o Mercado!

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Estudos de Mercado

Estudos de mercado compreendem a recolha formal, a analise e reporte de dados externos relevantes para a estratégia.

Zaltman descreve-os da seguinte forma “…são os processos de ouvir a voz do mercado e de produção de informação conducentes a boas praticas de gestão…”

Para muitos consumidores a única informaçao de relevo que dominam, relativo a um produto que vão comprar, é o seu preço.

O Comprador e o Vendedor tem inerentemente diferentes pontos de vista relativamente ao produto transacionado.

A diferença pode ser maior ou menor mas existe sempre.

Para vender com sucesso a empresa tem de ultrapassar essa diferença de pontos de vista e transcender o seu ponto de vista, para entender o ponto de vista do consumidor sobre o seu produto.

Isso implica:

ENTENDER e CONHECER o CONSUMIDOR,

ENTENDER e CONHECER o MERCADO.

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O mercado dos

Produtos em que

eu posso

ter uma

palavra a

dizer...

O mercado dos produtos

como o meuO mercado

dos meus

produtos

O que compram?

Quanto compram?

Como compram?

Quem compra?

Porque compram?

Como são?

O que compram?

Quanto compram?

Como compram?

Quem compra?

Porque não compram?

Como são?

A quem compram?

Eu Conheco

os meus

clientes!

Eu Conheco o

meu mercado!

O que comprariam?

Quantos comprariam?

Como comprariam?

Porque comprariam?

Como são?

Eu entendo o

meu mercado!

As ferramentas clássicas para estudar um mercado

são agregadas em dois grandes grupos:

Investigações Qualitativas!

Investigações Quantitativas!

Se se referem a dados disponíveis no mercado

designam-se por :

Investigações de dados secundários;

Se se referem a dados pesquisados expressamente

para o produto estudado designam-se por :

Investigações de dados primários.

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Os estudos qualitativos são essencialmente os provenientes de Focus Groups e Entrevistas pessoais;

Os estudos quantitativos baseiam-se na

informação quantificada extraida de censos, de sondagens e de inqueritos.

Precauções:

A investigação de mercado em geral assume que a obtenção de dados permite compreender os consumidores;

Assume que a explicação está nos dados.

Assume ainda que a compreenção dos consumidores aumenta com a quantidade de dados disponíveis.

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Compreender os consumidores não é uma questão de dados; é uma questão de encontrar uma explicação ou uma tese!

Compreender alguma coisa é ser capaz de explicar como um processo acontece;

Parte dessa compreensão é ser capaz de prever acontecimentos futuro. Mas a explicação esta para lá da previsão.

E a explicação nunca está nos dados.

Um exemplo:

uma pesquisa com um grupo de 400 consumidores indica que 85% consumiu leite magro pelo menos 4 vezes por semana;

Ao não ser representativa fez-se uma nova amostra, agora com 2000 consumidores e chegou-se a mesma conclusão.

Os dados são inequívocos ,os nossos consumidores são bebedores de leite magro.

Com estes dados podemos prever que no futuro estes consumidores vão continuar a consumir leite magro.

O problema com esta conclusão, é que falta uma explicação.

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Se não se entender porque bebem leite magro, estes dados podem ser inuteis e as extrapolações erradas:

Imaginemos que a explicação para o facto dos consumidores beberem leite magro é porque :

1.- querem emagrecer; 2.- é mais barato, 3.- gostam.

Se a razão for a 1, assim que emagrecerem os consumidores deixarão de consumir leite;

Se a razão for a 2, assim que o rendimento suba ou o preço dos outros leites desça, deixarão de comprar leite magro;

Se a razão for a 3 não deixarão de consumir leite.

Os dados podem servir para validar uma explicação, mas podem não ser nunca suficientes para provar uma explicação;

Pelo contrario podem ser suficientes para demonstrar que uma explicação está errada e levar-nos a procurar outra explicação.

Em conclusão:

A noção de que olhando para dados se pode encontrar uma explicação é perigosa.

Os dados podem ser inspiracionais, mas da mesma forma que a experiência ou a intuição.

No entanto só os dados podem validar ou não uma explicação baseada na experiência ou na intuição.

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É claramente difícil conhecer e entender correctamente os Consumidores e os Mercados.

O marketing é uma Ciência Social com pretensões a Ciência Exacta!

Arvore de regulação homestática

segundo António DamásioPirâmide de Maslow

Reflexos básicos

Regulação metabólica

Respostas imunitárias

Comportamentos de dor e satisfação

Pulsões e motivações

Emoções

Sentimentos

Necessidades fisiológicas

de sobrevivência

Necessidades de segurança

Necessidades de pertença

Necessidades de autoestima

Uma reflexão sobre o ser humano , o indivíduo, o ser gregário...

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“...Durante um Tesarac (Shel Silverstein) , a sociedade torna-se cada vez mais caótica e confusa, antes de se reestruturar em formas que ninguém consegue prever ou antecipar (...) É uma era em que as coisas antigas estão a morrer ou já morreram e ninguém consegue ainda prevêr o que lhes seguirá...”

Shelley Turkle e Shel Silverstein, citados por D.Lewis,D.Bridger, The Soul of new

Consumer, Nicholas Brealey Publishing,2002

:

“... Em cada 100 ou 200 anos da sociedade ocidental, ocorrem grandes transformações. Em poucas décadas, a sociedade reorganiza-se: os seus valores, as suas estruturas sociais e políticas, a sua arte, as suas instituições alteram-se...”

Peter Drucker, The Post-Capitalism Society, Harper Collins,1993

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As mudanças que tiveram lugar no século dezoito quando o centro da vida comunitária Europeia se mudou dos campos para as cidades...

Os Trabalhadores que assumiram o papel de Grupo social dominante, as escolas que sairam dos mosteiros e mudaram-se para o centro das cidades..

o latim que deu lugar aos idiomas...

“...Cinquenta anos depois, existe um mundo novo. E as pessoas nascidas nessa época, são incapazes de perceber o mundo em que viveram os seus avós e em que nasceram os seus pais....”

Peter Drucker, The Post-Capitalism Society, Harper Collins,1993

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O final do seculo XX e o início do sec XXI apresentam todos os sintomas de estar a atravessar

um novo Tesarac.

O aparecimento da nova Economia no final do século passado e o crescimento económico sem

precedentes da última década, e a fabulosa evolução das telecomunicações móveis

marcaram o início desse Tesarac.

Este Tesarac está a provocar profundas mudanças Este Tesarac está a provocar profundas mudanças em Paradigmas do Marketing Clássico:em Paradigmas do Marketing Clássico:

O Paradigma da ProcuraO Paradigma da Procura!!

O Paradigma do Poder no Processo de CompraO Paradigma do Poder no Processo de Compra!!

...alterando as...alterando as AbundânciasAbundâncias e a e a EscassezEscassez!!

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Antes, o consumo tinha como força Antes, o consumo tinha como força determinante o desejo de possuir bens materiais determinante o desejo de possuir bens materiais

que compensassem as necessidades.que compensassem as necessidades.

Os Consumidores de hoje exauriram as Os Consumidores de hoje exauriram as coisas coisas que precisamque precisam, para passar a comprar as , para passar a comprar as coisas coisas

que queremque querem..

As As necessidadesnecessidades são são substituidas pelas substituidas pelas vontades!vontades!

No mundo do Antigo Consumidor, cada aspecto importante das transacções, do preço até ao canal de distribuição, era ditado pelo fabricante ou fornecedor. Na época do Novo Consumidor, o poder está a transferir-se cada vez mais para os consumidores, que estão de forma crescente mais capazes de ditar não só o queo quecompram, mas também comocomocompram, ondeonde compram e particularmente, a que preçoa que preçocompram!

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Os últimos anos tem assistido ao aparecimento e ao rápido crescimento de um grupo de Consumidores com um significado económico importante, cujas atitudes e comportamentos de compra são diferentes de tudo o observado até então.

Sendo já uma poderosa força no mundo desenvolvido, dominam o consumo nos Estados Unidos , na Europa e na Ásia fa-lo-ão nas próximas décadas.

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Pelo facto de apresentarem um Rendimento crescente e custos per-capita decrescentes, não se pode cair na ilusão de que este factor é o único distintivo.

Os Novos Consumidores caracterizam-se por estarem permissivos a mudanças sociais profundas, mudanças significativas nas políticas de governo, alteração de espiritualidade e de ideologias políticas.

WEATHERBUSINESSBIZ TRAVELLERSCI-TECHENTERTAINMENTSPECIAL REPORTSSPORT at SI.com

Pim Fortuyn: Man of paradoxMay 9, 2002 Posted: 6:56 AM EDT (1056 GMT)

AMSTERDAM, Netherlands (CNN) -- Dutch maverick politician Pim Fortuyn was a colourful figure in what many voters complained was a

bland political landscape in the Netherlands.

The 54-year-old courted controversy with his robust style, being blunt, outspoken and flamboyant, an approach formerly unseen in Dutch

politics.

The former Marxist, sociology lecturer and newspaper coumnist stood out with his shaven-head and bright, colourful ties and was also

conspicuous travelling around in a car with blacked-out windows.

Proudly homosexual, he spoke out against immigration and high taxation and accused the Dutch government of poor performance.

Dutch police arrest a suspect over the killing of Dutch politician Pim Fortuyn. CNN's Robin Oakley reports (May

7)

In-depth: Netherlands Decides 2002

Timeline:Recent killings of politicians

Pim Fortuyin

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Os novos Consumidores podem ser encontrados em todas as idades, grupos

etnicos e , até certa extensão...em todas as franjas de rendimento.

E podem mesmo ser encontrados em Grupos

inesperados!

Não importa que produto se fabrique, serviço se preste ou bem se venda: se as empresas falharem em

compreender não só o comportamento, mas

especialmente a alma deste Novo Consumidor radicalmente diferente,

as estratégias de marketing, brilhantes na sua maioria no

passado, falharão estrondosamente por se confrontarem com o seu

desinteresse e desconfiança.

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Estes consumidores nascidos numa sociedade que não sofreu as misérias e

privações das duas Grandes Guerras, que não conheceu a escassez dos anos

consequentes, são diferentes.

Enquanto os Antigos Consumidores sofreram da escassez de dinheiro, bens, escolha , disponibilidade e informação,

os Novos Consumidores tem abundância desses mesmos meios!

Enquanto os Antigos Consumidores estavam sincronizados com a Produção em Massa e conformadosconformados com os bens disponibilizados,

cientes das vantagens imensas sobre a escassez dos anteriores anos, os Novos

Consumidores são Individualistas, Independentes, Bem Informados, envolvidos

com os bens e serviços que adquirem e exigentes!exigentes!

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Os novos tempos de abundância deram lugar a outra escassez:

A escassez do tempo;

A escassez da atenção;

A escassez da confiança!

Escassez de tempo = penúria de atenção!

A informação consome atenção!A informação consome atenção!

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Escassez de atenção

Flow time!

Impact time!

Deadline time;

Leisure time!

Kill time!

Escassez de confiança

O estudo Henley....

9 em cada 10 pessoas confiam no seu parceiro no casal;

8 em cada 10 confiam nos filhos;

3 em cada 10 confiam nos retalhistas ;

1 em cada dez confiam nos governantes!

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Consumidores sem tempo, sem atenção, passivamente desconfiados, mas com dinheiro, informação abundante e abundantes ofertas ...

....buscam autenticidade !

David Lewis, The Soul of the new Consumer,2004

A alma do Novo Consumidor

A Nova escassez:

Tempo

Atenção

Confiança

A Nova abundância:

Dinheiro

Informação

Disponibilidade

Variedade

O Novo ConsumidorIndividualista Independente Informado

A procura de

Autenticidade

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A conectividade vs tempo

A velocidade vs espaço

Intangibilidade vs massa

Em conclusão Compreender consumidores não é uma

questão de dados nem da superioridade de um método sobre outro;

A quantidade de dados coligidos, ou o nº de entrevistas que realizamos, não são em geral o factor crítico de sucesso;

Compreender os consumidores é essencialmente criar explicações para o seu comportamento, cuja origem pode ser a experiência, a intuição ou a inspiração pelos dados;

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Em conclusão

O sucesso decorre da habilidade de confrontar dados com as explicações e realizar um teste severo à explicação;

Se uma explicação sobrevive ao teste dos dados, pode ser aceite mas não provada;

Se uma explicação falha pelos dados, deve ser criada uma nova explicação e voltada a testar;

Este processo deve produzir conhecimento , nunca relatórios de pesquisa de mercado.

2005-2010

tempo

família

valores

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A família tradicional ?

estudante

casamento

divórcio

2º casamento

Todas estas alterações mudam o referencial e o enquadramento de análise, criando dificuldades adicionais (e em contínua mutação) à compreensão do mercado e dos clientes.

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Porque (não) compram os

clientes ?

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Conceito de Ehremberg

... Não interessa perceber porque compram os consumidores!

Basta constatar como compram!

...e nesse caso , das mil e uma variáveis que influenciam o compra, só duas importam:

A frequencia de compra e a penetração!

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Porque é que falham tantos produtos novos, percebidos como inovações valiosas, comprovadas por diversos, complexos e completos estudos de mercado ?

O psicólogo Daniel Kahnemahn ganhou o Prémio Nobel da Economia de 2002, devido ao seu trabalho sobre como se tomam decisões e materializado na Prospect Theory desenvolvida em conjunto com Amos Tversky, entretanto falecido.

O conceito de base de Kahnemahn e Tversky reside em analisar como as pessoas realmente se comportam e não como a teoria económica prevê como se deviam comportar,

em termos de ganhos e perdas.

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Valor Objectivo e valor Subjectivo

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5.-As variáveis e o Mix

Nos finais dos anos 40, um Professor da Harvard Business School , Neil Borden introduziu pela primeira vez a expressão...

“Marketing Mix”,

...para se referir a um número de actividades que ,dizia ele, os profissionais poderiam utilizar para influenciar a decisão de compra dos consumidores. Obviamente há um enorme número de actividades de Marketing com essa capacidade, que variam de negócio para negócio e de companhia para companhia. A tarefa importante , é que os profissionais sejam capazes de identificar as variáveis e coordena-las num “Marketing Mix”, de forma a maximizar os resultados. Em breve, é útil pensar nos profissionais de marketing, essencialmente como “ misturadores de ingredientes, de forma a produzir uma empresa rentável.

Borden,The Concept of the marketing Mix, 1948

Os professores e os profissionais acharam naturalmente esta definição muito útil, porque tornou muito mais fácil ensinar a estudantes e transmitir este tipo de discurso a clientes de empresas, do que as suas ambíguas definições de marketing

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Mas a verdadeira melhoria estaria para vir, uma vez que as variáveis contavam-se por centenas e como tal continuava a ser difícil transmitir de forma simples os conceitos e as acções de Marketing.

Uma década mais tarde, Jerome McCarthy, professor de Marketing e Consultor, apresentou uma mnemónica de agregação de variáveis muito simples : Os Quatro P’s

Product, Place, Promotion, Price.

O Marketing Mix de cada companhia, dizia McCarthy, consiste essencialmente na gestão destas quatro variáveis. Estas seriam as actividades de Marketing que teriam de ser planeadas e executadas como num concerto, de forma a maximizar o retorno da empresa.

Pela conjugação destas definições, o que fazem os profissionais

de Marketing?

Misturam:

Produto – as suas características,funções e benefícios;

Place - como o produto deve ser distribuido;

Promoção - como e o que deve ser gasto em divulgação e

publicidade;

Preço – quando se deve cobrar pelo produto e quanto se pode

descontar.

Temos agora aqui algo de muito simples e objectivo!

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Mas logo alguns defeitos foram apontados:

Como integrar os serviços nesta definição? Onde enquadrar o packaging ? Onde se enquadra a Força de Vendas ?

Kotler considerava que a definição de McCarthy dava pouco ênfase a estas questões e nos anos 60, começou a sugerir que 2 novos P’s deviam ser acrescentados: Políticas e Opinião Pública!

Faith Popcorn, uma guru americana, acrescentou que deveria ainda ser acrescentado um sétimo P, valendo por “ Política Interna”;

Faith Popcorn,EVEolution,The 8 Truths of Marketing for Women, Hypirion Press, 2000

E Lars Tvede acrescentou o oitavo P, contando por Pace, ou em tradução livre “ Timing”;

Lars Tvede,Marketing Strategies for the new Economy,Wiley & Sons,2001

Seth Godin, Marketing Vice-President da Yahoo!, ofereceu mais 4 P’s para consideração:

Permissão

Paradigma

Passalong

PracticeSeth Godin,The new P’s of Marketing,Sales and Marketing Management,Fevereiro 2001

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E no final de 2001 apareceram mais 4 P’s, - que por

acaso começam todos por A - sob a iniciativa de

Stan Rapp e Chuck Martin:

Adressability

Accountability

Affordability

Accessability

S.Rapp & C.Martin, Max-e-Marketing, McGraw-Hill,2001

E se todos acrescentam um E se todos acrescentam um

P,P,

( já vamos em 18 ):( já vamos em 18 ):

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Paciência (para aturar tanto P!) Ramiro Martins, ainda não publicado, nem vai ser, 2004

P de Produto

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Segundo Kotler a tarefa dos profissionais de marketing é produzir produtos que atingem consumidores que estão dispostos a pagar um preço para o obter. Para atingir este objectivo, tem de criar uma diferenciação relevante e distintiva nos produtos, segundo um ou mais dos seguintes tipos :

Diferenças físicas; Diferenças na aquisição; Diferenças no serviço; Diferenças no preço; Diferenças de imagem;

Como lidar com commodities?É mais fácil diferenciar dois automóveis do que diferenciar

duas marcas de sal grosso!

Um exemplo extraido do livro de Kotler:

Frank Perdue decidiu há muitos anos criar galinhas, de tal forma que fossem mais tenras que as da concorrência.

Hoje detém mais de 30% de Quota de Mercado e vende 10% mais caro que os concorrentes.

Lição: Se é possível diferenciar uma galinha morta,é possível diferenciar qualquer coisa!

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1.-Os consumidores não querem produtos ou serviços, mesmo que diferenciados. Segundo Wunderman, querem “Proviços”, ou seja produtos que actuam como serviços .

Exemplos:

Os clientes...

...querem capacidade de comunicar e não telefones;

…querem roupa limpa e não serviços de lavandaria;

…querem dentes saudáveis, não pastas de dentes.

A colaboração Consumidor-Companhia está a mudar a forma como se olha para o P de produto.

2.2.-- Os profissionais de marketing estão a perder o Os profissionais de marketing estão a perder o controlo sobre a criação de produtos. Os consumidores controlo sobre a criação de produtos. Os consumidores participam cada vez mais na concepção e no desenho dos participam cada vez mais na concepção e no desenho dos produtos.produtos.

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P de Place

A variável P de Place ocupa-se dos Canais de Distribuição. Até recentemente, as opções acerca dos canais de distribuição eram relativamente limitadas eram essencialmente da escolha dos profissionais. Segundo Kotler só há realmente duas opções: vender os produtos directamente ou vende-los através de intermediários.

Mas nos anos 90 algo aconteceu - algo que Levinson descreveu como:

“... A mais recente, maior, mais misteriosa, mais incompreendida e mais promissora oportunidade na história do marketing. Esta oportunidade destruirá o velho marketing...

Seth Godin acrescentou “ ...esta oportunidade vai mudar o marketing para sempre e o velho marketing morrerá às suas mãos...”.

Referem-se naturalmente à Internet!

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Kotler conclui:

Os consumidores de hoje tem mais modos de obter produtos, do que qualquer outro ao longo da história: Lojas – o consumidor pode comparar e tocar os

produtos;

Catálogos – o consumidor pode comparar e ver os produtos;

Home shopping, canais directos de fabricantes, lojas electrónicas, etc…

Mais canais, mais possibilidades de colocar o produto bem ou mal.

P de Preço

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Entre todas as variáveis Kotler realça que o preço é a única variável que representa receita; as restantes representam, numa primeira fase, custos!

Na fixação de preços, há essencialmente duas técnicas:

Pricing baseado nos custos;

Pricing baseado no valor.

Neste esquema simples, o pricing é tanto uma arte como uma ciência.

Mas os mercados têm mudado e hoje há que ter em conta 3 novos problemas: Os clientes querem colaborar na fixação do

preço dos seus produtos;

Os consumidores são cada vez mais ilógicos no que toca ao preço;

Os consumidores tem cada vez mais informação e são capazes de a manusear de forma lógica ou ilógica, no que respeita a preços.

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No seu livro “ Relationship Management”, Gordon refere que os clientes dificilmente aceitam o “ pegar ou largar”. Se participam na concepção do produto ou serviço, também querem participar no seu preço.

Gordon explica deste modo:

“...Dê ao consumidor um produto standard e ele esperará um preço standard. Mas se lhe oferecer opções ao produto, verificará que uns quererão mais opções que outros e outros estarão dispostos a pagar diferentes preços pelas opções. Dê-lhe um produto ainda mais tailor-made e o consumidor estará disposto a pagar ainda mais. Dê-lhe opções que ele não valorize e verificará que pretenderá que as mesmas sejam retiradas e descontadas no preço...! Se o fato não serve, não facture as alterações. Faça mesmo o fato servir...”

As novas realidades de pricing:

Digital Darwinism de Ewan I Schwartz e Now or Never de Modahl, chamam à atenção para os seguintes factos:

A Internet aumenta a percepção do consumidor da disponibilidade de produtos e serviços;

O eCommerce permite às empresas coligir mais informação com mais precisão em tempo acerca da procura.

A diferença entre preços de produtos idênticos adquiridos na Internet ou em canais tradicionais pode ser considerável, anulando em definitivo a política de preço acrescentado em função da maior ou menor disponibilidade dos produtos em termos de afastamento geográfico;

A Internet pode estabelecer preços diferentes e instantâneos para produtos idênticos. Exemplo : os leilões de viagens, ou os leilões negativos.

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P de Promoção

O P de Promoção lida com a comunicação com o consumidor através de promoções de vendas, relações públicas, força de vendas e publicidade.

David Lewis no seu recente trabalho The Soul of the New Consumer, defende que as pesquisas realizadas na última década apontam para que as campanhas publicitárias televisivas tem um efeito nas vendas que varia entre insignificante e nulo.

E comparam ... Cristovão Colombo podia ter dado um bom executivo de empresas de publicidade:

Colombo partiu de Espanha sem saber para onde ia, e ao chegar não fazia a mais mínima ideia onde estava e, no regresso não foi capaz de explicar onde esteve. Tudo isto, fê-lo com o dinheiro de outros.

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Explica:

Hoje em dia as pessoas funcionam em multitask, i.e., sentamo-nos em frente à televisão enquanto lemos o jornal, variando a nossa atenção de um meio para o outro. A avalanche de comunicação e a necessidade das pessoas de estarem ao corrente de tudo, levam-nas a uma contínua atenção parcial. Isto é: Não prestamos atenção concentrada a nenhum anúncio e menos atenção a quase todos.

Enfim:

mesmo que um anúncio seja uma obra de arte, nós só lhe prestamos atenção parcial.

6.- Framework´s

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CompetitorsCustomer needsCompany

SkillsContext Colaboradores

SegmentaçaoSelecçao

do MercadoPosicionamento

Marketing Mix

Produto Place Promoçao

Preço

CrescimentoCustomerretention

CustomerAcquisition

Lucro

Criar Valor

Capturarvalor

Retervalor

Marketing Framework

Bra

ndin

g

Forç

a d

e V

endas

Estrategia do Negocioe de

Marketing

Plano de Marketing

Estudo do Mercado

Analiseda Concorrencia

SegmentaçaoPosicionamentoDiferenciaçao

ProdutosServiços ou

IdeiasPreço

Forçade Vendas

Distribuiçao Promoçao

AquisiçaoRetençao

Desenvolvimentode clientes

Marketing Framework

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Framework

Stategy in Action

Captura de Mercado

Objectivos de

Negócio

Objectivos de

Marketing

Competência

Core

Variável

Principal

Variável

Diferencial Segmento

Alvo

Retenção

Estimular

procura

Aquisição

Roubar Quota

de Mercado

Posicionamento Comunicar

Produto

Preço

Distribuição

Comunicação

Goals

Comparar

ResultadosUnidade de

Análise

Objectivos de Marketing

Aquisição Retenção

Fonte de

Mercado

Estimular

procura

Roubar Quota

de Mercado

Acções

desejada

s

Crenças

actuais

Acções

actuais

Proposiçã

o Cliente

Crenças

desejada

s

Linha de produto

Marca

Sub Marca

Notoriedade da

categoria

Notoriedade da

Marca

Mensurável

Realista

Exequível no tempo

Simples e enfocado

Coerente e integrado

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7.- A área de Política Comercial do 10º MBA

Como vamos avaliar as Disciplinas de Política Comercial?

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Os Exames;

A Participação nas aulas;

O interesse manifestado na área.

A.-1 Modulo introdutório;

B.- 3 disciplinas de base:

-Mercados e Estratégia

-Marketing Operacional 1

-Marketing Operacional 2

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Professores:

Ramiro Martins

Gavin Eccles

Francisco Iniesta

André Morgado

Fontes de aprendizagem:

Livros Publicados The Big Picture

Revistas generalistas : Harvard Business Review;

Revistas da especialidade: Journal of Marketing; Journal of Marketing Research; Journal of Consumer Research; Advances in Consumer Research; Marketing Science;

Revistas Interdisciplinares.

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“...mas pensarmos por nossa cabeça, visto que ela existe...”


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