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Racionalização e modernidade na ótica da Escola de Frankfurt · esclarecimento segundo a E.F. A...

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01/06/2016 1 Racionalização e modernidade na ótica da Escola de Frankfurt Prof. Rafael de Lima Oliveira Ulisses e as sereias (Odisseia, Canto XII) John WATERHOUSE. Ulisses and the Sirens, 1891.
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Racionalização e

modernidade na ótica da

Escola de FrankfurtProf. Rafael de Lima Oliveira

Ulisses e as sereias (Odisseia, Canto XII)

John WATERHOUSE. Ulisses and the Sirens, 1891.

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Max Horkheimer (1895-1973) Theodor W-Adorno (1903-1969)

ESCOLA DE FRANKFURT

Instituto para Pesquisa Social

(anos 20)

- Caráter interdisciplinar.

- Crítica da sociedade à luz de um ideal dialético de humanidade desalienada.

- Contexto:

• Crise de 29/capitalismo de Estado;

• Triunfo do fascismo;

• Stalin e burocratização da URSS;

• Sociedade industrial avançada.

- Manifestações da mesma racionalidade moderna.

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Modernidade

Sentido histórico: 1453 a 1789.

Na história da Filosofia: após o Renascimento, a partir do XVII.

Projeto de uma humanidade emancipada pela razão.

Termos chave:

Razão;

Ciência e técnica;

Progresso;

Emancipação;

Sujeito;

Secularização;

Capitalismo;

Burguesia.

Eugène D

ela

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, 1830

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, 1632.

A racionalidade [instrumental] moderna

Sociedade mercantil

grega

Bacon e Descartes

Iluminismo

(Aufklärung)

Positivismo e pragmatismo

“desencantamento do mundo”

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Francis Bacon

1561-1626

René Descartes

1596-1650

“Penso, logo existo” “Saber é poder”

A exposição do método da razão instrumental...

“Saber é poder”.

Mas...

Poder nas mãos de quem?

William Blake - Isaac Newton, 1795.

COISIFICAÇÃO DO ESPÍRITO

(REIFICAÇÃO)

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DIALÉTICA (contradição interna) DO ESCLARECIMENTO

“... o esclarecimento tem perseguido sempre o objetivo de

livrar os homens do medo e de investi-los na posição de

senhores. Mas a terra totalmente esclarecida resplandece

sob o signo da uma calamidade triunfal.”

Adorno & Horkheimer. Dialética do Esclarecimento.Fra

ncis

co G

oya.

El su

eño d

e la r

azón,

1798.

Consequências da dialética do

esclarecimento segundo a E.F.

A natureza é concebida hoje como simples instrumento do homem;

“O pensamento que não serve aos interesses de um grupo constituído ou aos objetivos da produção industrial considera-se inútil e supérfluo”.

A decadência do pensamento “favorece a obediência aos poderes constituídos, sejam eles representados pelos grupos que controlam o capital, ou pelos grupos que controlam o trabalho”.

A indústria cultural “procura ‘vender’ aos homens o modo de vida que já levam e que odeiam inconscientemente, ainda que o louvem com palavras”.

“O ócio é considerado uma espécie de vício, quando vai além da medida do que é necessário para restaurar as forças e permitir retomar o trabalho com maior eficiência”.

A produção é medida “com critérios de utilidade em relação à estrutura de poder, não mais em relação às necessidades de todos”.

Adaptado de: REALE, Giovanni; ANTISIERI, Dario. História da filosofia. vol 7. São Paulo: Paulus, 2007. p. 477.


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