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Ramatis a Sobreviv%C3%AAncia Do Esp%C3%ADrito

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    A Sobrevivncia do Esprito Ramats Atanagildo - Herclio Maes

    RAMATISCom participao do esprito

    ATANAGILDO

    A Sobrevivncia doEsprito

    Obra medinica ditada pelo espritoRAMATISao mdiumHERCLIOMES

    1

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    A Sobrevivncia do Esprito Ramats Atanagildo - Herclio Maes

    Minha Homenagem

    Ao estimado confrade Comandante Edgard Armond, esprito operoso e disciplinado,trabalhadorda revelao espiritual, cujas vibraes amigas me so gratas desde o velho Egito dos Faras.

    Curitiba, fevereiro de 1959.

    Herclio Maes

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    OBRAS DE RAMATIS .

    1. A vida no planeta marte Herclio Mes 1955 Ramatis Freitas Bastos2. Mensagens do astral Herclio Mes 1956 Ramatis Conhecimento3. A vida alem da sepultura Herclio Mes 1957 Ramatis Conhecimento

    4. A sobrevivncia do Esprito Herclio Mes 1958 Ramatis Conhecimento5. Fisiologia da alma Herclio Mes 1959 Ramatis Conhecimento6. Mediunismo Herclio Mes 1960 Ramatis Conhecimento7. Mediunidade de cura Herclio Mes 1963 Ramatis Conhecimento8. O sublime peregrino Herclio Mes 1964 Ramatis Conhecimento9. Elucidaes do alm Herclio Mes 1964 Ramatis Conhecimento10. A misso do espiritismo Herclio Mes 1967 Ramatis Conhecimento11. Magia da redeno Herclio Mes 1967 Ramatis Conhecimento12. A vida humana e o esprito imortal Herclio Mes 1970 Ramatis Conhecimento13. O evangelho a luz do cosmo Herclio Mes 1974 Ramatis Conhecimento14. Sob a luz do espiritismo Herclio Mes 1999 Ramatis Conhecimento

    15. Mensagens do grande corao America Paoliello Marques ? Ramatis Conhecimento

    16. Evangelho , psicologia , ioga America Paoliello Marques ? Ramatis etc Freitas Bastos17. Jesus e a Jerusalm renovada America Paoliello Marques ? Ramatis Freitas Bastos18. Brasil , terra de promisso America Paoliello Marques ? Ramatis Freitas Bastos19. Viagem em torno do Eu America Paoliello Marques ? Ramatis Holus Publicaes

    20. Momentos de reflexo vol 1 Maria Margarida Liguori 1990 Ramatis Freitas Bastos21. Momentos de reflexo vol 2 Maria Margarida Liguori 1993 Ramatis Freitas Bastos22. Momentos de reflexo vol 3 Maria Margarida Liguori 1995 Ramatis Freitas Bastos23. O homem e a planeta terra Maria Margarida Liguori 1999 Ramatis Conhecimento24. O despertar da conscincia Maria Margarida Liguori 2000 Ramatis Conhecimento25. Jornada de Luz Maria Margarida Liguori 2001 Ramatis Freitas Bastos

    26. Em busca da Luz Interior Maria Margarida Liguori 2001 Ramatis Conhecimento

    27. Gotas de Luz Beatriz Bergamo 1996 Ramatis Srie Elucidaes

    28. As flores do oriente Marcio Godinho 2000 Ramatis Conhecimento

    29. O Astro Intruso Hur Than De Shidha 2009 Ramatis Internet

    30. Chama Crstica Norberto Peixoto 2000 Ramatis Conhecimento

    31. Samadhi Norberto Peixoto 2002 Ramatis Conhecimento32. Evoluo no Planeta Azul Norberto Peixoto 2003 Ramatis Conhecimento33. Jardim Orixs Norberto Peixoto 2004 Ramatis Conhecimento34. Vozes de Aruanda Norberto Peixoto 2005 Ramatis Conhecimento35. A misso da umbanda Norberto Peixoto 2006 Ramatis Conhecimento36. Dirio Medinico Norberto Peixoto 2009 Ramatis Conhecimento37. Umbanda P no cho Norberto Peixoto 2009 Ramatis Conhecimento

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    http://br.edconhecimento.com.br/default.asp?main=7&idl=265http://br.edconhecimento.com.br/default.asp?main=7&idl=265
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    ndice

    Invocao s Falanges do Bem 5Invocao s Falanges do Bem 6

    Explicaes 7Prembulo de Ramats 9Palavras de Atanagildo 12

    A Sobrevivncia do Esprito 14

    1. Aspectos da mediunidade . 152. O "Sentido" da vista, no Alm 233. Noes sobre o perisprito e suas delicadas funes . 294. Revitalizao do perisprito no astral - Processos empregados 385. A volio e o poder da vontade 436. As foras mentais e seus poderes 457. Um chafariz de alta funo teraputica . 518. O diabo e a sede do seu reinado 569. A msica e seus efeitos 6710. Uma academia de esperanto e sua modelar organizao . 90

    Esclarecimentos de Ramats 108

    11. A misso do Esperanto na Terra 10912. Os "Mantrans" e a Lngua 12713. O Esprito do Esperanto 13314. O Esperanto e o Espiritismo 14015. Zamenhof e o Esperanto . 14316. Sonhos e recordaes do passado 15117. Os estigmas do pecado no corpo fsico e no perisprito 170

    18. O suicdio e suas conseqncias crmicas 18719. O Espiritismo, seus princpios e sua misso sobre a Terra. 222

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    Invocao s Falanges do Bem

    Doce nome de Jesus,

    Doce nome de Maria,

    Enviai-nos vossa luz

    Vossa paz e harmonia!

    Estrela azul de Dharma,

    Farol de nosso Dever!Libertai-nos do mau carma,

    Ensinai-nos a viver!

    Ante o smbolo amado

    Do Tringulo e da Cruz,

    V-se o servo renovado

    Por Ti, Mestre Jesus!

    Com os nossos irmos de Marte

    Faamos uma orao-.

    Que nos ensinem a arteDa Grande Harmonizao!

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    Invocao s Falanges do Bem

    Do ponto de Luz na mente de Deus,Flua luz s mentes dos homens,Desa luz terra.

    Do ponto de Amor no Corao de Deus,

    Flua amor aos coraes dos homens,Volte Cristo Terra.

    Do centro onde a Vontade de Deus conhecida,Guie o Propsito das pequenas vontades dos homens,O propsito a que os Mestres conhecem e servem.

    No centro a que chamamos a raa dos homens,Cumpra-se o plano de Amor e Luz,e mure-se a porta onde mora o mal.

    Que a Luz, o Amor e o Poderrestabeleam o Plano de Deus na Terra.

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    Explicaes

    Prezado leitor.

    Eis em tuas mos uma obra medinica ditada pelo esprito de Ramats, e da qualainda participa o esprito de Atanagildo, que cumpre assim a sua promessa feitaanteriormente, quando se disps a atender-nos quanto s solicitaes sensatas queposteriormente fizssemos sobre a realidade da vida do Alm-Tmulo.

    Embora a presente obra ainda se entenda especialmente com as condies comuns davida dos espritos desencarnados, devo esclarecer que encerra novos assuntos que,

    obedecendo ao habitual sistema de perguntas e respostas dos espritos de Ramats eAtanagildo, constituem mais um acervo para o estuda dos complexos problemas do planoespiritual. Assim que certos captulos, como "Sonhos e Recordaes do passado", "AVolio", "As Foras Mentais e Seus Poderes" e "Aspectos da Mediunidade", so dedicadosparticularmente aos processos e tcnica familiar com que os espritos desencarnadosintervm durante os sonhos, como exercem a sua viso astral e operam nas suas relaesmedinicas.

    O presente livro bem um prolongamento do anterior, que se intitula "A Vida Almda Sepultura", expondo diversos assuntos que no foi possvel serem ventilados naquelaobra, o que redundaria na confeco de um volume demasiadamente grande. Ramats sugeriu

    que a presente obra fosse logo impressa, porquanto o assunto no deveria ser interrompido,uma vez que se trata de mensagem destinada especialmente nossa poca. Por isso, dei logo publicidade este novo livro e inclu nele o admirvel estudo de Ramats sobre o Esperanto,quando respondeu s inmeras perguntas que lhe haviam sido endereadas por diversosesperantistas, bastante ansiosos de conhecer o pensamento ramatisiano a tal respeito.

    Tambm alguns confrades espritas se interessavam por detalhes sobre a existncia deescolas ou instituies de Esperanto, situadas no Espao e em torno do globo terrqueo, a quese referem algumas obras medinicas. Ramats, consultado a respeito, apontou Atanagildocomo sendo o esprito mais credenciado para dar uma descrio do assunto a nosso contento.Efetivamente, logo depois Atanagildo brindou-nos com sugestiva e detalhada comunicao,

    descrevendo-nos com bastante mincia a natureza dos trabalhos e dos departamentos da"Academia de Esperanto" que faz parte da metrpole astral do "Grande Corao", onde elereside e da qual j nos contou as particularidades na obra anterior.

    O esprito de Atanagildo no participa das demais obras de Ramats, pois no livro "AVida Alm da Sepultura" apenas cumpriu a promessa de nos transmitir detalhes sobre ocenrio to discutido do mundo astral. O seu trabalho foi semelhante ao que j tem realizadooutros desencarnados, que tambm trataram do mesmo assunto par intermdio de alguns

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    mdiuns experimentados e dignos. Entretanto, Atanagildo prometeu-nos ditar, futuramente,uma srie de contos sobre acontecimentos verificados nas vidas pregressas de vrias criaturasterrenas, assim como revelar os respectivos efeitos crmicos a que se sujeitaramposteriormente.

    Depois destas singelas explicaes, s tenho a dizer que me sentirei bastanterecompensado da espinhosa tarefa medinica desde que estas pginas de advertnciaespiritual se transformem em novas esperanas para algumas almas combalidas, ou entoresultem delas algumas reflexes benfeitoras, que possam remover a dvida naqueles queainda no puderam discernir os propsitos sublimes da vida imortal.

    Embora os proventos desta obra se destinem a minorar algumas necessidadeshumanas, o meu ideal ser que ela possa conjugar o po do corpo ao conforto do po doesprito, pois s este que realmente pode transformar a alma no seu prprio guia e artficedo seu glorioso destino imortal!

    Curitiba, 20 de junho de 1958

    Herclio Maes

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    Prembulo de Ramats

    Paz e Amor.

    Ao ensejo de transmitir-vos algumas palavras no incio desta obra, que abrangediversas comunicaes enviadas do "lado de c" da vida espiritual, cabe-me o grato dever deressaltar tambm o herico trabalho dos espritas, que desde h um sculo vm divulgandoOs princpios elevados do Espiritismo codificado por Allan Kardec.

    Como o Espiritismo no apenas um conjunto de postulados doutrinrios ou simplesrepositrio cientfico, garantido somente pela pesquisa e produo de fenmenos submetidoss leis invisveis e do domnio dos desencarnados, mas, acima de tudo, admirvel ensejo derenovao espiritual sob o Cdigo Moral do Evangelho de Jesus, preciso que saibais quaisso os favorecimentos ou os prejuzos que podem se suceder aps a morte do corpo fsico,conforme seja a maior ou menor integrao da alma nesses postulados evanglicos. A porfiado esprito algemado ao organismo de carne terrena o mais eficiente fator para ele acelerara sua dinmica de pensar e desenvolver a sua pureza de sentir! Os problemas econmicos eas vicissitudes morais, que se apresentam cotidianamente perplexidade do espritoreencarnado, tm por funo obrig-lo a movimentar os recursos da razo e afinar aemotividade do corao.

    No preciso "morrer" fisicamente para se "sobreviver" espiritualmente, pois sempreviveis na eternidade, a qualquer momento, sem que se quebre o elo de sustentao interior,que garante a imortalidade de vossa conscincia espiritual. Mesmo quando submetido lei deretificao crmica, em que o esprito "dorme", asfixiado no corpo de um imbecil ou delirano corpo do doido furioso, ainda se pode comprovar a sua indiscutvel presena, quer duranteos fugazes reflexos de conscincia, quer na experimentao comum da hipnose.

    A desencarnao pode ser associada ao fato do escafandrista, que se deveste do seutraje pesado margem do rio ou do lago, para em seguida reintegrar-se na posse completados seus movimentos e emoes, que s lhe so naturais superfcie da terra. Mudais deplano vibratrio sem modificardes o vosso interior, porquanto a morte do corpo fsico no fenmeno miraculoso, que faa eclodir a sabedoria no esprito ocioso ou a ternura na almacruel. O vosso organismo carnal, semelhana de um biombo espesso, torna-se um forteinterceptador da luz do esprito; o seu desaparecimento, ou a sua desintegrao no seio daterra, favorece a alma para que esta clareie o seu campo de conscincia e ative a memriapreexistente ao nascimento fsico. O fenmeno pode ser comparado luz de uma lmpadaque se projeta a maior distncia, assim que lhe afastem os biombos ou anteparos que lhereduziam a expansividade luminosa! Na verdade, a nossa mente que se transfere de umplano vibratrio mais denso para outro mais sublimado, qual um facho de luz que deixa deiluminar a superfcie opaca de um vaso de pedra, para focalizar-se unicamente no seu lquidointerior.

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    Muitas criaturas religiosas e crentes confessas ainda confiam em que, ao desencarnar, que ho de retomar o "fio" de sua verdadeira conscincia espiritual e ento recomear ausufruir dos gozos e dos direitos que lhes ficaram suspensos durante a fase da vida terrena.Mas essa idia ser-lhes- de profunda decepo, pois aqui no h "recomeo" pelo fato de oesprito haver-se isolado na vida terrquea, e ningum gozar de um panorama agradvel e

    celestial apenas porque cumpriu certos deveres religiosos no mundo fsico. O ritmo espiritualde vossa conscincia a realidade da vossa pr6pria vida; no existem hiatos ouadormecimentos no esprito, embora no o possais comprovar atravs de conclusesexteriores; no transe, na imbecilidade, na loucura ou na morte, ele subsiste sempre na suavida interior, porque a centelha imortal que vos sustenta o pensar e o sentir.

    A reencarnao lembra o fato do viageiro que, diante do clima assaz rude, apenasenverga o traje mais pesado e protetor, sem que por isso tenha-se verificado a amnsia de suaverdadeira individualidade.

    Embora muitos recm-chegados ao Alm deparem com inmeros acontecimentosmaravilhosos, como se houvessem emigrado para um mundo de fadas completamente diversoda Terra, alguns verificam mais tarde que mesmo esses gozos to admirveis os tornamapticos, porque ainda no puderam vencer a insidiosa influncia passional do mundoterreno. Ocorre, ento, estranho paradoxo com a alma, pois que fica realmente aptica emelanclica, embora se encontre no seio de sublime ambiente celestial; lembra o exemplo daave com as asas atrofiadas pela excessiva permanncia no solo e que, sendo solta naplenitude do espao, viva angustiada pela insegurana do seu vo. As pessoas que no seiniciaram no encanto da msica fina sentem-se apticas e insatisfeitas diante das mais belasperas e sinfonias, porque ainda lhes falta o elo ou o liame interior capaz de proporcionar-lhes a necessria intimidade com as tessituras muito delicadas. O seu gosto musical ainda sefundamenta no padro acanhado das composies inferiores, por cujo motivo o jbilo s selhes desperta quando retornam a ouvir a melodia popular, de ritmo pobre e tedioso.

    Muitos seres desencarnam de modo to desesperado, ante o temor de abandonarem assuas quinquilharias materiais, que ao despertarem no Alm, mal conseguem ter conscinciada mudana do meio, pois a sua luz interior, ainda bastante reduzida devido ao trato daspaixes animais e das tolices mundanas, apresenta-lhes as formas astrais como se fossem denatureza exclusivamente fsica. Ento se torna muito dificultoso convenc-los de que no seencontram na vida terrena, pois ainda se julgam de posse dum organismo carnal, ao mesmotempo que o perisprito lhes pesa e os liga rudemente ao meio a que se imantamdesconcertados. Inmeros recursos so ento empregados para que pouco a pouco se lhesacenda novamente a chama reduzida da conscincia espiritual, livrando-os das formasenganadoras da crosta terrquea.

    Entretanto, como a morte descerra o "Vu de sis" para todos aqueles que jornadeiampela carne, tambm se apresenta ao viageiro sarcstico, invigilante ou descrente, o momentoem que despertar para a realidade do Alm-Tmulo, devendo ento se por em contato diretoe implacvel com a sua prpria conscincia. E muitos logram o ensejo de avaliar o mrito ouo demrito das fraternais comunicaes medinicas, que os espritos afetuosos lhes hoenviado para minorar-lhes as angstias da travessia perigosa, quer se suceda depois da covadeserdada do pobre ou do rico mausolu ornamentado pelos relevos do mrmore luxuoso.

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    Ento o recm-desencarnado, sem mistrios, simbolismos ou sofismas, defronta-secom a oportunidade de verificar quo sublime e vantajoso lhe resulta o culto incondicional doEvangelho de Jesus, ou ento ser-lhe- provado quo doloroso e deserdada a situao noAlm, para aqueles que se devotam excessivamente ao culto das paixes da carne provisria.

    Estas pginas medinicas, que so transmitidas atravs do crebro de um espritoencarnado, resumem-se em singela epstola fraterna e sincero convite, para que ainda emtempo favorvel, alguns encarnados reflitam seriamente nos benefcios que decorrem para oesprito em cultuar o Bem, o Amor e o Perdo, mesmo no seio da humanidade inquieta,cobiosa e interesseira do sculo em que viveis.

    Curitiba, 17 de junho de 1958

    Ramats

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    ainda possam amenizar os seus padecimentos inevitveis, caso tenham olvidado o roteirosalvador traado e vivido pelo Mestre Jesus.

    Sem pretender copiar as literatices humanas ou desejar atrair a admirao intelectualdo mundo terreno, que poderiam proporcionar as novelas do tipo "mata-tempo", congratulo-

    me com aqueles que souberem extrair destas comunicaes despretensiosas o consolo, onimo e o roteiro que a minha insuficincia espiritual ainda no me permite expor em toda asua plenitude.

    Seja convosco a paz de Jesus.

    Curitiba, 23 de junho de 1958

    Atanagildo

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    Captulo 1

    Aspectos da Mediunidade

    Pergunta: - De vez que, como dissestes alhures, o contato que tendes com omdium que vos serve se realiza atravs do seu perisprito, pensamos que esse contato comqualquer outro mdium tambm ser fcil no s de vossa parte como de qualquer outroesprito que deseje se comunicar; no assim?

    Atanagildo: - No bem assim. Ao tentar conseguir o mais apagado contato coma matria - e o que se d comigo tambm se d com muitos outros espritos - tenho quemobilizar certos recursos especiais e despender um vigoroso esforo, que s vezes me esgotae quase no me anima a prosseguir na tarefa empreendida. Desconheceis quo dificultoso setorna ainda para ns, desencarnados, realizar qualquer operao de ordem mais direta, porintermdio dos reencarnados. Enquanto os obsessores conseguem subjugar grande parte dosmdiuns invigilantes, tornando-os passivo s suas sugestes e desejos torpes, os espritos doBem defrontam com fortes obstculos para conseguir essa mesma passividade para com oservio superior!

    Pergunta: - O mdium de que vos servis neste momento sente de modo positivoo vosso contato, quando operais atravs dele, para a feitura destas comunicaes?

    Atanagildo: - Quando eu me aproximo do sensitivo, ele no sente a minhapresena de um modo material, nem a registra pelos seu sentidos fsicos do tato, do olfato ou

    da viso; realiza-se um contato espiritual, interior, nada mecnico, e diferente de choquesvibratrios exteriores. Neste momento estou transmitindo ao mdium os meus pensamentos,em resposta s perguntas que estais fazendo, mas me dirijo ao esprito do mdium, em lugarde mover-lhe as mos na mquina datilogrfica; a datilografia comandada pelo seu prprioesprito, aps perceber os meus pensamentos, o que faz atravs de sua aguada percepopsquica. No imagineis que eu esteja escrevendo a mquina, como se fosse um exmiodatilgrafo a na Terra. Ser puro engano! Eu no sei escrever a mquina, nem tampouco osabia quando vivia a na crosta; quem realmente est escrevendo o mdium, o qual recebe omeu pensamento atravs do seu perisprito e, em seguida, o transfere para o seu crebro,vestindo ento as idias que lhe transmito com os vocbulos que lhe so mais familiares.

    Pergunta: - Quereis dizer que o mdium compe com os seus prprios recursosvocabulares o texto que expressa o conjunto dos vossos pensamentos; no assim?

    Atanagildo: - o que realmente acontece com o sensitivo de que estou meutilizando neste momento, pois que se trata de um mdium intuitivo e que, ao receber osmeus pensamentos, precisa transmiti-los a vos com o seu vocabulrio familiar. Eu s poderiatransmitir-vos as minhas prprias expresses, empregando o estilo que me prprio, se

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    tivesse minha disposio, neste momento, um mdium mecnico ou sonamblico.Servindo-me de um mdium mecnico, eu atuaria nos seus centros de foras, etricos, altura do plexo braquial, e nessa regio formaria uma espcie de "crebro provisrio", quecomandaria esse grupo de gnglios, que se tornariam em um centro coordenador do brao domdium. Deste modo, ser-me-ia possvel transmitir-vos minhas palavras to exatamente

    como se estivesse sentado convosco, em corpo fsico. Com esse improvisado centro decomando ganglionar, atravs do qual eu poderia dirigir os nervos motores do brao direito domdium, os meus pensamentos fluiriam diretamente para o papel, como se fossemtransmitidos com o emprego de uma caneta viva e dcil ao meu manejo. Se me servisse deum mdium sonamblico, logo que o seu perisprito se afastasse do corpo fsico, como notranse catalptico, permanecendo ligado ao corpo apenas pelos cordes fludicos maisimportantes, ento eu agiria como se estivesse em meu corpo terreno, ou atuaria como numcaso de hipnose, servindo-me do crebro do mdium para compor os meus ditados. E, comoo esprito do sensitivo tambm ficaria afastado juntamente com o seu perisprito, no poderiaele tomar conhecimento de minha comunicao, em face de no passar pelo seu crebro. claro que, desse modo, eu tambm poderia falar e escrever com toda naturalidade, usando omeu prprio arquivo pessoal de vocbulos familiares, apondo escrita a minha assinaturacomo eu a traava no mundo material e dando-vos notcias perfeitas de minha ltimaromagem na Frana, mesmo no idioma desse pas.

    Mas, no caso do mdium que ora recebe o meu pensamento, eu s posso transmitirmensagens atravs do seu esprito, e este que deve dar-lhes redao, cuja clareza, lgica esensatez dependero da sua capacidade receptiva e da sua facilidade em escrever. Eleassemelha-se, ento, a um alfaiate que precise confeccionar o traje para um cliente que noescolheu ou no quis escolher o prprio figurino...

    Pergunta: - Se o mdium que vos serve fosse taqugrafo, poderiam estasmensagens ser recebidas com maior rapidez?

    Atanagildo: - Evidentemente assim seria, pois os sinais grficos lanados nopapel, e que retratam materialmente o meu pensamento, dependem do intermedirio e no demim, visto se tratar de mdium intuitivo, que no posso comandar, mas apenas inspirar. Eupoderia enviar-vos mensagens at por intermdio de um mdium analfabeto, mas, para isso,ele precisaria ser completamente sonamblico, o que muito raro de acontecer; no entanto,desde que se trate de sensitivo "semi-mecnico", ou "intuitivo", como o que ora escreve, bem reduzida a porcentagem do que os comunicantes podem transmitir no seu modo peculiarde se expressar, e ento predomina nas mensagens o estilo do prprio intermedirio.

    Pergunta: - Ento, quanto maior for o cabedal de conhecimentos do mdiumintuitivo e o seu desembarao no falar ou no escrever, tanto maior ser a fidelidade dascomunicaes que receber dos espritos; no assim?

    Atanagildo: - Evidentemente assim , pois, medida que o sensitivo amplia oseu arquivo de conhecimentos e tambm o seu vocabulrio, ns podemos transmitir asmensagens de modo mais claro e minucioso, tratando de coisas mais importantes e fazendo-nos compreender melhor. Assim como Paganini no lograria xito artstico se se utilizasse deum violino com uma s corda, tambm os espritos no lograro xito na transmisso de suas

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    mensagens utilizando-se de um mdium inculto. O xito das comunicaes de importnciadepende, pois, de procederem de um esprito com conhecimentos seguros e que possa seajustar a um mdium de intelecto desenvolvido e de sentimentos elevados.

    Pergunta: - Uma vez que o mdium deve vestir com os seus prprios vocbulos erecursos intelectuais o pensamento do esprito, no poder acontecer que ele componhacertas respostas valendo-se da lembrana de frases ou conceitos de outros autores, dando-os como sendo de autoria do esprito? Supondo-se que o mdium tenha excelente memriae possa associar ao que o esprito comunica aquilo que j leu anteriormente, no ser justo que algum possa considerar a comunicao do esprito como um plgio oupasticho?

    Atanagildo: - Esse acontecimento no desconhecido para ns, e a prprialiteratura esprita pode vos comprovar a sua existncia, que levada conta de "animismo", por ser fruto de associao de idias ou da chamada "memria fotogrfica", muitodesenvolvida em alguns sensitivos, inclusive este pelo qual me comunico. Muitas vezes, na

    ansiedade de registrar com exatido e fidelidade aquilo que o esprito comunica, o mdiumintuitivo aflige-se entre a necessidade de auscultar o plano do "lado de c" e a de efetuar oregistro das idias no papel, mantendo-se em transe no limiar dos dois planos, em cujomomento pode intervir o automatismo de sua bagagem mental, fazendo-o compor trechoscom matria de outra lavra, a fim de materializar melhor o pensamento do espritocomunicante.

    claro que fazemos o possvel para evitar esse fenmeno, algo desairoso para osmedianeiros intuitivos; no entanto, a nossa vida no plano astral no nos permite estar a par detoda a literatura do orbe material, de modo a podermos identificar de pronto frases, conceitosou textos que se assemelhem a outros j conhecidos. Esse trabalho, cremos, seria melhorexecutado pelo prprio mdium, ao rever o que escreveu.

    Quando transmitimos uma obra como esta, de assunto muito variado e respondendo aperguntas heterogneas e por vezes complicadas, que lanam o mdium intuitivo num estadode preocupao aflitiva, ento esse fenmeno de emerso da memria fotogrfica, muitosensvel, reproduz-se mais amide.

    Pergunta: - Cremos que esse fato poder atrair para os mdiuns intuitivos apecha de plagiadores ou copistas de outros trabalhos; no assim?

    Atanagildo: - Respeitando os direitos da realizao humana em todos os seussetores, literrios, artsticos, filosficos ou cientficos, quero lembrar-vos de que, na

    realidade, o homem sempre uma espcie de aparelho repetidor de coisas j tantas vezesrepetidas sob outras vestes mais rudes ou psicolgicas. Shakespeare, Homero, Virglio,Dante, Cervantes, Scrates, Plato e outros gnios consagrados no vosso orbe, aindacontinuam, apesar do tempo decorrido, a ser a fonte das mais altas inspiraes e dos assuntosventilados sob o figurino do sculo XX, e ningum pode se afastar do texto exato de suasconcepes! Na verdade, o indito s existe no seio do Esprito Csmico, do qual extramostudo aquilo que necessitamos, pois mesmo os acontecimentos que estais vivendo so aindanovas repeties do que outros espritos j materializaram em mundos extintos! Quando

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    algum se deixa tomar pelo orgulho de haver criado algo de novo e inslito na Terra, quasesempre ignora que outro "algum", desencarnado, sorri compassivamente por t-lo intudo eguiado at o xito final de seu empreendimento!

    Buda, 500 anos antes de Cristo, proferiu as seguintes frases: "Com f se move oHimalaia" e "Quem assiste a um enfermo assiste a mim". E Jesus, meio milnio depois,

    repetiu estas afirmaes, em outros termos, dizendo: "Porque na verdade, se tiverdes f comoum gro de mostarda, direis a este monte: passa daqui para acol, e ele h de passar" e "Naverdade vos digo que quantas vezes o deixastes de fazer a um destes pequeninos, a mimdeixastes de fazer". Zoroastro, 650 a.C., numa das passagens sublimes do "Avesta", eConfcio, 500 a.C., formulando conceitos para a "Regra de Ouro", assim disseram: "Nofaas aos outros o que no bom para ti mesmo", e Jesus, mais tarde, tambm disse: "Nofaas aos outros o que no queres que te faam". Sem dvida, no ireis considerar o sublimeRabi da Galilia capaz de um plgio, apenas porque confirmou uma regra j consagrada nomundo pelos seus predecessores!

    No sancionamos plgios ou cpias de labores dignos, do prximo, mas tambm nodeixamos de vos lembrar que, quando isso ocorrer inconscientemente, nada vem de vs, esim tudo provm de Deus.

    Pergunta: - O mdium presente sabe o que est escrevendo e percebe o assuntodo que ditado por vs sua audio espiritual?

    Atanagildo: - Sem dvida, pois ele consciente do que est fazendo; apenas,para no se equivocar, acha-se imensamente preocupado em datilografar tudo que eu lhecomunico e, deste modo, fica algo abstrado e s vezes se torna um verdadeiro e eficienteprolongamento vivo de mim mesmo. Sabe perfeitamente o que est escrevendo e fica-lhemais ou menos no subconsciente tudo aquilo que j escreveu; mas no tem noo exata doque est para vir, porque isso palpita em minha mente e ele ainda no tomou, portanto,

    conhecimento do assunto. Devido a isso, ele escreve sob a ao de duas fortes preocupaes:uma por no desejar perder a lgica do pensamento que lhe exponho e outra devido ao receiode que lhe venha a faltar coerncia no ditado. Por isso, assim que l tudo o que recebe demim e de outros espritos, desconfia de que seja uma composio de sua exclusiva lavra,porm logo se toma de surpresas ao verificar que no cogitava de tal assunto ou tese, nopretendia tal resposta nem poderia empregar certas palavras to bem ajustadas em algumaspassagens ou fraseados, que no saberia compor com tanta fluncia, quando em estado decompleta viglia. Embora o contedo da escrita lhe parea ser produto do seu pensamento eestar associado, muitas vezes, ao de obras das quais j tomou conhecimento, v-se obrigado areconhecer que h uma qualidade e uma doutrinao subjetiva, disciplinada e que ignorava,formando o elo de todos os escritos inspirados pelo esprito.

    Pergunta: - Se o mdium que vos serve consciente, por que motivo dissestesque ele semimecnico?

    Atanagildo: - Porque, se ele fosse exclusivamente intuitivo, estaria escrevendocom lentido, demorando-se no compor as frases e vacilando na exposio das idias,embora pudesse seguir um raciocnio disciplinado pela sua prpria mente. O mdium

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    intuitivo, embora escreva ou fale sob a ao dos espritos desencarnados (salvo quando muito sensvel) dificilmente identifica a nossa natureza espiritual, porque o atuamos de modoessencialmente inspirativo. J no ocorre isso com o sensitivo de que ora me sirvo, pois, almde conseguir transferir a intensa qualidade do meu cabedal espiritual para o papel, interpretacom clareza o meu pensamento e, embora a seu modo, escreve como eu desejaria que ele

    escrevesse. No tendes reparado como ele escreve velozmente, sem vacilaes, emboramuitssimo preocupado com a fixao das idias que lhe transmito e que lhe fluem aosborbotes?

    Pergunta: - Ser-vos-ia possvel caracterizar melhor essa faculdadesemimecnica do vosso mdium, neste momento?

    Atanagildo: - Em virtude de podermos acelerar as nossas vibraes (porqueestamos fora do corpo fsico) as nossas idias ultrapassam rapidamente a possibilidade deserem abrangidas totalmente pelo mdium e fixadas no papel em tempo satisfatrio. Ento,para poder captar imediatamente as minhas idias que, embora sejam produzidas numa escala

    vivssima para os vossos sentidos (alis a mais baixa vibrao que consigo graduar no astral)o mdium escreve de modo aflitivo e absorto completamente naquilo que faz, utilizando-sede todos os recursos de sua tcnica e capacidade datilogrfica, de modo a no desperdiar ofluxo inspirativo que lhe transmito.

    Eis um dos motivos por que ele obteria mais sucesso se fosse um taqugrafoexperimentado, pois empregaria um processo mais rpido para apanhar os meuspensamentos, logrando mais xito e maior apreenso do assunto. preciso que saibais que asdificuldades existentes para um entendimento mtuo entre os desencarnados e o vossomundo no decorrem de nossa culpa, pois tudo fazemos para o maior sucesso nas relaesto desejadas de ambas as margens da vida. Essas dificuldades so provenientes da volpiacom que os homens se sintonizam com as faixas vibratrias dos comunicantes das sombras,

    ao mesmo tempo que resistem s delicadas sugestes das almas benfeitoras. dificlimo reunirem-se todas as qualidades desejadas em um s mdium, tais como

    a conduta moral superior, o desinteresse utilitarista, a devoo incessante ao estudo, aperseverana, a renncia e a facilidade de escrever. Quanto ao mdium de que me sirvo,embora eu no possa dominar os seus plexos braquiais e assim comandar-lhe os nervosmotores dos braos, ou ento dominar-lhe o crebro, num transe em que o seu perisprito seafaste do corpo, sintonizo-me de tal modo com ele, numa perfeita seqncia teleptica, queos seus escritos resultam como produtos de uma s vontade disciplinada atravs de idias evocbulos afins.

    Eis porque o classifico de mdium semimecnico, pois ele executa parte do trabalhomedinico por sua conta, na ocasio de configurar as minhas idias atravs da vestimenta dos

    vocbulos e expresses que lhe so conhecidos na vida terrena. No entanto, assim que elefica absorto nessa operao e entretido no trabalho, mesmo conscientemente, eu posso situaroutra grande parte do comunicado diretamente no seu campo dinmico mental e faz-lotrabalhar sob certo automatismo dirigido por mim. Mais tarde, ento, ele descobre essa aodupla, de esprito e mdium, ao verificar que certas frases, oraes e solues filosficas oudescritivas, que registrou nos seus escritos, no as registraria se isso dependesse de suaexclusiva competncia.

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    Considero o mdium presente bastante dcil e capacitado para o trabalho queexecutamos em conjunto, pois demonstra acentuada plasticidade psquica para apreender oassunto de que desejo tratar. Ele no dificulta o meu trabalho porque, alm de compreender-me com rapidez e facilidade, sabe colocar-se muito bem na minha faixa vibratria, quandoconsigo faz-la baixar at as fronteiras da vida fsica. Se ele no me auxiliasse atravs dessa

    maleabilidade psquica, isso significaria para mim um grande tropeo no exercciomedinico, pois que seria prejudicada a maior parte de minhas idias no comunicado.Aprecio a sua submisso no trabalho, e o modo por que se sintoniza de imediato comigo,deixando fluir o curso dos meus pensamentos, sem indagaes prematuras que meperturbariam bastante na coerncia doutrinria e no ajuste lgico das respostas.

    Tenho notado que este mdium prefere transferir as suas dvidas ou anlises dostrabalhos para depois da recepo psicogrfica, ao contrrio de muitos mdiuns intuitivos ousemimecnicos que tm o pssimo hbito de opor as suas desconfianas sobre o trabalho noinstante exato da recepo medinica do Alm, o que sempre ofusca a limpidez das nossascomunicaes. Quando o mdium se toma de desconfianas ante a nossa inspirao,assemelha-se a um lago encrespado, em cujo dorso agitado no pode se refletir a luz serenado luar!

    Pergunta: - Poderamos crer que este mdium seria capaz de recepcionarfielmente o pensamento de qualquer entidade espiritual, ante a facilidade de se colocar nafaixa vibratria dos comunicantes desencarnados?

    Atanagildo: - Desconheceis o trabalho, a assistncia e os esforos tenazes-empregados de ambas as partes (mdium e comunicante) para que se obtenha xito nas presentes comunicaes. A entidade que pretende servir-se satisfatoriamente de uminstrumento medinico, capaz de receber mensagens de utilidade comum, necessita de muitotempo de trabalho junto quele que escolheu como seu medianeiro espiritual. As tarefas

    delineadas s se realizam com facilidade e sensatez depois que desaparecem quaisquerdvidas entre o comunicante e o mdium, aps se ajustarem como duas vontadesestreitamente combinadas para um mesmo servio em comum. certo, entretanto, que essaexigncia se refere mais propriamente aos mdiuns intuitivos, quando dificilmenteconseguem distinguir um esprito de outro, pois, no caso de mediunidade sonamblica,mecnica ou inconsciente, a prpria entidade comumente se distingue tcnica epsicologicamente nos seus relatos, devido a operar por um medianeiro em completo estadode passividade que, portanto, no lhe ope obstculos quanto sua real identificao.

    Devido ao fato de o mdium pelo qual me comunico ser intuitivo, necessitei trein-lopor longo tempo, com assdua assistncia, at conseguir que ele pudesse, ento, assenhorear-se de alguns traos fugitivos de minha ltima personalidade humana, vivida no Brasil. No

    entanto, a minha contextura psicolgica, o meu modo de pensar e de chegar a concluses, so podeis perceber vagamente nestas mensagens, porque ainda no temos operado emconjunto durante o tempo suficiente e exigvel para que eu possa transpor-lhe a prpriapersonalidade e estereotipar nele, com nitidez, o meu tipo espiritual exato. Eis um dosmotivos pelos quais a maioria dos mdiuns intuitivos no oferece distines de identidadenos seus escritos medinicos, que se tornam, ento, muito semelhantes entre si, embora semultiplique a variedade de assinaturas dos comunicantes.

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    Pergunta: - Quais os fatores que podem auxiliar o mdium intuitivo para queele possa distinguir a individualidade dos espritos comunicantes nos seus escritosmedinicos?

    Atanagildo: - Embora seja dificlimo distinguir os espritos comunicantes atravsdo seu estilo propriamente dito, o mdium intuitivo estudioso e sensato pode distinguir algodo seu carter, temperamento ou condicionamento psicofgico; h sempre um tom espiritualque particulariza a individualidade dos desencarnados. Quanto aos fatores necessrios para omdium poder revelar, embora de leve, a identidade de cada esprito, consistem em manterele estreita ligao psquica com o comunicante e, pouco a pouco, absorver o estilo e a ndolepsicolgica do mesmo. Que proveito h em que o mdium escreva de modo ininterrupto,sobre um mesmo assunto e num estilo nico, incontvel nmero de mensagens com centenasde assinaturas diferentes atribudas a vrios espritos desencarnados, que certamente variamem seu psiquismo e inteligncia, quando, deixados de lado esses nomes to diferentes, ocontedo e o estilo so idnticos entre si e s refletem a personalidade do mdium?

    Sem dvida, pode estar-se realizando nessa ocasio profcua aproximao de nobre

    entidade espiritual, que se sentiu atrada pela afinidade moral, sentimento e inteligncia domdium; mas acontece que pode se tratar apenas de um mesmo comunicante, por cujomotivo convm que o sensitivo mantenha uma s identidade em suas recepes, at quepossa distinguir perfeitamente a individualidade do comunicante. S assim se justificaindividualizar qualquer comunicante, isto , por meio de algum indcio de sua maneirapeculiar de pensar e sentir.

    Pergunta: - O vosso mdium deve ser considerado no crculo dessas limitaes,ou est apto para quaisquer comunicaes medinicas?

    Atanagildo: - O mdium que me serve neste momento poderia situar-se acontento em muitas faixas vibratrias, algumas de bom teor espiritual, mas ele reconheceque, por enquanto, o seu trabalho de maior xito conseqente da sua grande afinidade comRamats e comigo, que fui seu companheiro noutras encarnaes, principalmente na Grcia.Conforme j vos comuniquei alhures, a sua faculdade medinica intuitiva no lhe permitecopiar perfeitamente os estilos pessoais dos comunicantes, mas ele tem a facilidade de vestir-lhes as idias com os trajes do seu prprio conhecimento vocabular e recursos intelectuais.Quando ele estiver em condies de poder distinguir com segurana a mim, tanto quanto jdistingue a Ramats, ento os mentores ho de lhe favorecer a oportunidade de outrascomunicaes com outras entidades, que diferem bastante de ns no campo dos raciocnios eque podero se identificar por qualquer caracterstica psicolgica. Com o tempo, o mdium

    intuitivo termina "sentindo" a natureza familiar de cada comunicante e, automaticamente,fixa-lhe o estilo, o temperamento e as diversas nuances psicolgicas. Atravs de minhascomunicaes neste momento, podereis avaliar da grande dificuldade de identificao dosespritos por meio de mdiuns intuitivos, pois fao prodigiosos esforos para fazer conhecer amaior porcentagem possvel do meu tipo espiritual e revelar-vos a minha exatapersonalidade! Fao tudo para melhor me distinguir do modo de se expressar de Ramats,com cujo estilo e linguagem o sensitivo j est h longo tempo acostumado.

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    Quando as minhas idias se sintonizam com as do mdium, ele imagina que estescrevendo coisas da sua lavra; quando as minhas idias se assemelham s de Ramats, entoo sensitivo acredita estar sendo acionado pelo seu querido mentor espiritual. Imaginai, agora,que grande confuso poder fazer um mdium que se ponha a receber dezenas decomunicaes de espritos, mas sem o treino para notar as suas diferenas de cunho moral ou

    intelectual! Sem dvida, ele no conseguiria, em breve, distinguir jamais uns dos outros,devido delicadeza e caracterstica da mediunidade intuitiva, em que os mdiunsreproduzem o que sentem ou o que os inspiram, mas o fazem com os seus prprios recursoscomuns!

    Pergunta: - No seria melhor que vs e Ramats vos servsseis de um mdiumsonamblico ou psicgrafo absolutamente mecnico, a fim de que as vossas idias fossemtransmitidas com toda segurana? Isso no concorreria, outrossim para maior eficinciado trabalho, livrando-vos das influncias cerebrais de um mdium intuitivo?

    Atanagildo: - Atravs dos laos de afinidade espiritual, que desde longnquosmilnios nos ligam ao mdium presente, estamos conjuntamente empenhados numa obra deequipe, e que j foi antecipadamente combinada no Espao, muito antes que ele reencarnasse.Aquilo que muito comumente pode parecer-vos acontecimento acidental, representacuidadoso plano de ao coletiva por parte de vrios grupos de almas em contnuasreencarnaes. E, no plano em que figuro juntamente com o sensitivo que me recepcionaagora, deve ele ser "intuitivo" e no sonamblico, porque existem caractersticas que pedema sua participao consciente e ligao mais ntima com a obra. Cada um de ns assumiuuma tarefa: o mdium, como intermedirio de certas notcias e mensagens de importnciafutura e ns, aqui no Espao, coordenando-lhe o trabalho que a todos ns pertence! Resta,pois, que ele se devote sinceramente parte que lhe coube na escolha, enquanto que nsdaremos o curso espiritual do contedo, que j delineamos h muitos sculos e ansiamos

    terminar at a metade do prximo milnio.

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    Captulo 2

    O "Sentido" da vista, no Alm

    Pergunta: - Dos nossos cinco, sentidos, qual o que impera no plano em queviveis?

    Atanagildo: - No mundo astral modificam-se todas as medidas e terminologiasterrestres. No podemos, por exemplo, avaliar as distncias pelo mtodo que empregais naTerra, pois no temos qualquer apoio geogrfico em que nos basearmos, visto vivermos emoutras dimenses, que esto submetidas a uma ao energtica inalcanvel pelos mais altospadres vibratrios do mundo fsico. A nossa atuao se exerce diretamente no mundo"interno", na causa que compe as coisas e formas conhecidas no mundo terreno. Guardamosa impresso de que fomos transportados para "dentro" do prprio mundo fsico em que

    vivamos.Ns operamos na energia livre; nessa mesma energia que "desce" vibratoriamente e se

    transforma em matria, ou seja energia condensada, como a denominam os cientistasmodernos. O nosso ambiente interpenetrado por um elemento superdinmico toacentuado, que escapa a qualquer focalizao dos cinco sentidos fsicos; estamos muito almda mais alta vibrao do mundo material, assim como a luz, que no pode ser agarrada pelasvossas mos, o Sol, que no pode ser engarrafado, e os raios-X, que atravessam os tecidos eat paredes espessas!

    Pergunta: - Valendo-se desse elemento astral, qualquer esprito consegue obteresses poderes espirituais de operar na energia livre?

    Atanagildo: - A principal faculdade propulsora na nossa vida astral o podermental; quando podemos ali-lo a um sentimento crstico bem desenvolvido, descortinamosento os mais deslumbrantes panoramas para as nossas almas e encantamo-nos com ostrabalhos criadores que podemos realizar. A vontade disciplinada se nos torna o maispoderoso instrumento, que usamos como um prolongamento vivo dos nossos sentidos astrais,podendo penetrar cada vez mais nos mistrios de nossa origem e destino. Principalmentequando nos encontramos em ambientes to gratos, como seja o da metrpole do GrandeCorao, a nossa maior ou menor capacidade de viso depende fundamentalmente da maiorou menor extenso do poder de nossa prpria vontade. Por isso, nem todos os espritos de

    nossa moradia conseguem obter a mesma viso das coisas e dos seres; muitas vezes, quandosomos agraciados com a presena de notveis visitantes, provindos dos planos mais altos,certa parte dos nossos companheiros recm chegados da Terra no consegue v-los acontento, por no poder situar-se na mesma faixa vibratria elevada. O mesmo fenmenoocorre tambm nas zonas inferiores, quando descemos a elas para socorrer os espritossofredores; nem todos eles conseguem nos observar, embora afirmem que nos sentem apresena no momento em que os auxiliamos. Trata-se de um fato lgico e compreensvel: asfreqncias vibratrias espirituais muito baixas no podem sintonizar-se s vibraes muito

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    altas, do mesmo modo por que as emisses de ondas curtas, na radiofonia terrena, no podemser captadas pelos aparelhos de ondas longas.

    No momento em que estou ditando estas comunicaes, no podeis tambm registrarem vossa viso fsica a minha presena, pois estais cercados por uma faixa vibratriademasiadamente baixa e letrgica, como o a da carne. Se se tratasse de um mdium vidente

    e no do mdium de que me sirvo no momento, isto , de algum com o perisprito maisdeslocado para o "lado de c", ou que conseguisse elevar a sua freqncia vibratria comumat o nvel do plano em que atuamos, esse ento poderia identificar-nos palidamente,guardando a idia de que penetrara numa atmosfera de sonhos. E, assim como nem todos osespritos desencarnados conseguem ver-nos nas mesmas disposies astrais - porque variamseus poderes mentais e qualidades morais - os prprios videntes terrestres no entrevemcom toda exatido os mesmos fenmenos, porque tambm variam em sua capacidadevibratria, o que lhes dificulta focalizarem cenas do plano astral.

    Pergunta: - A viso do esprito desencarnado, em vossa metrpole, semelhante

    viso dos nossos olhos fsicos, na Terra?Atanagildo: - Na crosta terrena, a viso das criaturas humanas poderia ser maisou menos boa, se no ocorresse a reduo visual proveniente de enfermidades, defeitos oucansao dos olhos. Mas, enquanto a viso humana adstrita exclusivamente aos contornosdas formas fsicas e somente realizvel sob a luz solar ou artificial, no mundo astral nspodemos ver s coisas independentemente de luz, tanto no seu exterior como no interior,tendo a impresso de que as viramos pelo avesso. E o mais importante que podemosprojetar a vista em todos os sentidos, tomar conhecimento de todo e qualquer detalhe,submetendo tudo a um exame que bem poderamos designar de "viso de profundidade".Acresce que, enquanto os olhos da carne exigem uma direo, dada pelos nervos oculares,para que tenhais conhecimento daquilo que eles podem ver, transmitindo ao crebro apenas

    imagens focalizadas diretamente, a nossa vontade age de tal modo, no ambiente, que melhor"sentimos" do que "vemos". Em certas ocasies de hipersensibilidade, tenho observado quetoda a organizao do meu perisprito se transforma num maravilhoso campo visual, em quesinto as coisas provindas de todas as direes. Torno-me, assim, um centro de viso emsentido esfrico, e capto todos os fenmenos situados ao meu redor, sob a estranha impressode que vejo tudo com o poder de mil olhos! A necessidade de ver, na Terra, exige a imediatafocalizao dos olhos sobre os objetos desejados; alm disso, para que o esprito possa terconhecimento do que focalizado, est na dependncia das transformaes vibratrias que oaparelho visual deve efetuar, para a devida sensibilidade do esprito. Demais, essas vibraesprecisam atingir toda a rea do perisprito, para que ento a alma tome conhecimento do queos olhos observaram, pois estes, na realidade, significam apenas uma acessrio, ou seja um

    transformador da viso exterior para as vibraes de alta freqncia, que so receptivas organizao etreo-astral do perisprito.

    O nosso poder visual est superfcie de todo o perisprito e, assim, torna-se umcaptador de imagens em todas as direes. Em lugar de precisarmos de um par de olhos paracaptarem as imagens e as transmitirem numa freqncia vibratria acessvel ao nossoesprito, ns, no Astral, as captamos diretamente em sua fonte natural vibratria, levando-aspara a contextura do nosso perisprito e dispensando as funes complicadas da viso fsica.

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    Pergunta: - Supondo que a vossa metrpole seja um ponto astronmico, noEspao, como vereis o firmamento, ou o nosso Sol, olhando desse ponto ou local? Asensao seria a mesma que tnheis quando estveis reencarnado em nosso planeta?

    Atanagildo: - De nossa metrpole vemos o firmamento da mesma forma como ovedes da crosta terrquea, embora se nos apresente mais luminoso e to repleto de vidaquanto seja a possibilidade de penetrao interior de nossa viso espiritual. bvio que a suacor difere profundamente da cor da atmosfera fsica que envolve o globo terrqueo, porqueestamos situados na intimidade dessa viso, limitada, para vs, pelos olhos da carne. Nssentimos as coisas de outro modo e penetramos com mais eficincia em toda a sua realidadeexterior.

    Pergunta: - Dai-nos um exemplo, para que melhor compreendamos que ascoisas vistas pelos nossos olhos fsicos so abrangidas em toda a sua extenso e realidadepela viso dos espritos desencarnados. Podeis faz-lo?

    Atanagildo: - Essa maior ou menor acuidade visual interior depende muito dotipo do esprito, pois, medida que nos -elevamos para estados mais sublimes, todo o mundooculto se nos revela mais intenso e povoado de energias que antes haviam escapado nossaobservao de carter inferior.

    Suponde que vos encontrais observando um vaso contendo gua doce, quente,perfumada, e ainda eletromagnetizada. Que vedes nesse vaso, com os vossos olhos fsicos?Sem dvida, s vedes a gua e apenas notais a sua forma incolor, pois se quiserdes sentir-lhea temperatura, o perfume ou o magnetismo, ou mesmo o sabor, tereis que vos valer do tato,do olfato e do paladar. No entanto, se o meu esprito desencarnado estivesse presente nolocal, faria uso da faculdade que vos descrevi e poderia captar por todo o seu perisprito,

    simultaneamente, todas as diversas sensaes contidas no vaso d'gua, apenas usando a suavontade na percepo de vrios fenmenos ali existentes. H essa diferena, porque os cincosentidos do homem no passam de janelas vivas ou aparelhos acessrios que devemtransformar os diferentes fenmenos do mundo exterior numa vibrao que o espritodesencarnado pode recepcionar diretamente, ao passo que ele no o pode fazer.

    evidente, pois, que na posse do corpo fsico ou mesmo liberto dele, o verdadeiroreceptor de todas as sensaes e fenmenos do mundo fsico ou astral ainda o perisprito.Desse modo, aquilo que percebemos dificultosamente, quando no comando do corpo carnal,podemos captar diretamente, e sem os sentidos fsicos intermedirios, quando desencarnados.

    Pergunta: - Tendes, porventura, outra concepo do Sol, devido a possuirdesuma viso melhor que a nossa?Atanagildo: - O Sol que vedes no firmamento e que vos aquece com os seus

    raios calorferos o mesmo que banha as colnias e cidades astrais existentes em torno doglobo terrqueo; no entanto, para vs, um astro de ao mais fsica, enquanto que ns osentimos interiormente, isto , na sua plenitude astral. O nosso ambiente, por serintegralizado pela substncia astral, dispensa a ao propriamente fsica do Sol, mas recebe

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    toda a sua energia astralina, a fim de se poderem cumprir os objetivos de renovao espiritualdos desencarnados.

    Pergunta: - Como poderamos compreender melhor essa diferena de ao do

    Sol em vossa metrpole, acima de sua expresso comum por ns conhecida?Atanagildo: - Creio que no vos estranho o fato de o Cosmo todo se encontrar

    interpenetrado de uma energia que se adensa em torno dos orbes, na forma de substnciaastral. A comear pelo prprio Sol do nosso sistema, cada planeta ou asteride possui a suaatmosfera de fluido astral, que o envolve na conformidade do seu volume, rotao e idadesideral. Deste modo, a Terra requer tambm as energias fsicas do Sol, que lhe nutrem a vidafsica, ao mesmo tempo que a sua esfera astral e invisvel, sob considervel dinamismo,tambm exige essas energias, que devem entreter a sua vida interior.

    Nos cursos educativos de nossa metrpole tenho aprendido que os espritos quefindam as suas encarnaes na Terra e terminam a sua educao no mundo astral passam, emseguida, para um outro plano ainda mais interior, denominado "mundo mental concreto",

    onde ainda existe matria mental mas, de tal subtileza, que lhes atende, instantaneamente,quilo que pensam e desejam. Explicam-nos, ento, que esse mundo mental concreto tambmest muito alm da natureza vibratria do mundo astral, assim como a nossa esfera astraltambm se encontra muito alm dos fenmenos da Terra. E o Sol, co mo centro de vida esustentculo de todo o nosso sistema, continua a alimentar todos os demais mundos"interiores" de vida espiritual, assim como nutre a crosta terrestre, embora a cada umconforme a energia correspondente ao seu meio de vida. Embora o Sol seja, pois, um s, hum Sol fsico para a Terra fsica, um Sol astral para o mundo astral e um Sol mental para omundo mental concreto.

    Penso que o exemplo da gua quente, perfumada e magnetizada pode dar a idia detrs estados diferentes num s corpo: calor, perfume e eletricidade, no elemento gua, numa

    graduao cada vez mais delicada, assim como a manifestao do Sol fsico mais grosseirado que a do Sol astral e este tambm mais rude do que o Sol mental.

    por isso que, na metrpole do Grande Corao, ns haurimos a luz do Sol na suamanifestao mais pura e dinmica, porque tambm nos movemos num mundo de energiassemelhantes, como o mundo astral. Acredito que a cincia terrena j no mais duvida deque o Sol antes um foco de luz do que de calor; essa luz que se transforma em calor,assim que encontra a resistncia no "biombo" da atmosfera terrestre, e ento chega at vs naforma de raios calorferos. Assim, a energia principal pura ou dinmica do Sol a luz e no ocalor, pois este j energia degradada. Se quiserdes saber por que motivo em nosso mundoastral ns aproveitamos a energia mais elevada do Sol, s compreenderdes que, enquantorecebeis raios calorferos, que se filtram atravs do "biombo" atmosfrico da Terra, ns

    recebemos diretamente o Sol em sua dinmica natural de luz.

    Pergunta: - Poder-se-ia considerar que os olhos de carne esto para o mundoespiritual assim como os anteparos esto para a luz material?

    Atanagildo: - Os vossos olhos no so propriamente anteparos da realidadeespiritual e, pelo contrrio, significam precisos rgos que vos permitem a viso grosseira no

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    plano da matria. No devemos olvidar que os olhos carnais no so os redutores daverdadeira viso do esprito, nem causam prejuzos ao entendimento exato dos mundosinteriores, mas so o resultado de um dos mais avanados esforos da natureza fsica, a fimde que pudsseis ter noes do mundo fsico to necessrio ao nosso aprendizado sideral.

    Quando de posse dos olhos de carne, eu atuava no mundo material circunscrito

    apenas ao que devia servir de lies alma reencarnada; s podia ver os seres e as coisasdesde que meus olhos estivessem sob a iluminao da luz exterior do Sol ou da artificial daTerra. Como homem fsico, no conseguia enxergar no escuro, no tendo sequer o privilgiode que gozam os gatos, alguns outros animais e diversos insetos... E isso porque os olhos dohomem exigem a luminescncia exterior, na medida que lhe foi dada para poder cumprir asua funo vital. Mas, depois que deixei o corpo fsico, fiquei surpreendido com a precariedade dos olhos carnais e com a maravilhosa capacidade visual do espritodesencarnado, que se serve especialmente de sua vontade treinada para satisfazer aos seusanelos! Se vos utilizsseis de culos com lentes bem escuras para contemplardes as paisagensensolaradas e coloridas das enseadas de Npoles, Guanabara ou Flrida, claro que tereisuma impresso obscura e pobre da realidade; no entanto, assim que vos desvencilhsseis daslentes escuras, ficareis surpreendidos diante das indescritveis belezas que vos ofereceria aviso lmpida!

    Tambm me senti deslumbrado diante do panorama soberbo e celestial que se medeparou logo aps desencarnar e me desvencilhar dos olhos fsicos, pois embora estesprestem excelente servio no trnsito da vida material, no conseguem revelar as belezas doastral superior, que se situa num campo vibratrio muito sutil.

    Muitas almas de boa estirpe espiritual confessam que, aps a desencarnao, parecia-lhes que viviam num quarto escuro e fora-lhes acesa prodigiosa luz, que lhes descobriumunificente palcio principesco, repleto das mais deslumbrantes ddivas celestiais!

    Ns, aqui, somos tomados de imensa piedade para com os cientistas, filsofos ousbios terrenos que afirmam, enfaticamente, que nada mais existe depois da morte do corpo.Eles acham que a vida real exatamente aquela que se nota nas formas passageiras do mundoterreno. Mas, quando retornarem ao astral, muito grande lhes ser a humilhao aocomprovarem a falsidade de uma concepo to infantil!

    Pergunta: - Como que podeis ver o sensitivo, neste momento em que recebe ovosso pensamento e o passa para o papel? Qual a espcie de vossa viso, neste instante?

    Atanagildo: - Repito: meus olhos no esto mais adstritos viso limitada domundo material, que est sujeita luz solar ou artificial. A luz que me rodeia muitodiferente e ilumina tudo desde o seu interior, por cujo motivo posso penetrar at no recnditode vossas almas, inclusive a do mdium de que me sirvo. Quando olhais um homem, no

    vosso mundo fsico, s podeis v-lo na sua configurao exterior, porque a luz solar ouartificial s se derrama sobre os seus contornos. bastante que se faa noite, para que nomais o possais ver, salvo se vos utilizardes da luz artificial. Assim, enquanto os vossos olhosfsicos s permitem observar aquilo que a luz do mundo material ilumina, ns tudo podemosver, graas luz que h no interior de todas as coisas e mesmo em nossa organizaoperispiritual.

    Eu enxergo o mdium neste momento, no como ele o para vs, mas como o eraantes de se reencarnar e como ser depois de abandonar o seu corpo numa sepultura, a na

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    Terra. Vejo-o em sua figura propriamente espiritual, no seu veculo etreo-astral, que servede intermedirio entre o seu esprito e o corpo de carne. A mim, que j desencarnado edistanciado vibratoriamente do vosso mundo material, o corpo fsico no serve mais derelao, porque tenho contato com o mdium atravs do seu perisprito, que atua no mesmoplano em que eu me encontro liberto.

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    Captulo 3

    Noes sobreo perisprito e suas delicadas funes

    Pergunta: - Em face das dificuldades que na vida fsica nos impedem deconhecer com exatido a vida do esprito desencarnado, ser-vos- possvel dar-nosmelhores detalhes sobre a natureza do perisprito depois da morte do corpo fsico?

    Atanagildo: - Desde que vos compenetreis de que um esprito no nenhumfantasma compungido ou consagrado pelas lendas fantsticas do passado, ou um produtovirtual da imaginao do mdium, julgo bastante conveniente que indagueis sobre aseqncia de nossa vida espiritual, o que muito poder vos auxiliar depois da desencarnao.

    Pergunta: - Apesar de diversas obras espritas fornecerem numerosos detalhessobre a natureza e a estrutura do perisprito, ainda no conseguimos formular uma idiaexata desse corpo astral depois de desencarnado, por cujo motivo gostaramos que nosauxilisseis a clarear melhor as nossas idias a esse respeito. Podeis explicar, porexemplo, como sentis o vosso perisprito ou, ento, como ele se vos apresenta nestemomento?

    Atanagildo: - Sinto-me mais vivo; muitssimo mais vivo do que quando meencontrava algemado ao pesado escafandro de carne, que deixei na sepultura terrquea. Essecorpo sobrevivente e que denominais de "perisprito" muito mais complexo e de maiorvalor que o organismo fsico, pois o corpo de carne feito para o homem viver na Terra amdia de 60 ou 80 anos; por esse motivo, a tcnica sideral o projeta no campo de forasplanetrias dentro de uma resistncia prevista para essa mdia de vida. O perisprito, noentanto, organizao definitiva, cuja vida no pode ser medida pelo calendrio humano; asua constituio teve incio h alguns milhes de anos terrenos, durante os quais ele veio seplasmando atravs de todos os reinos da natureza e no seio de todas as espcies inferiores.

    Durante esse prolongado mas progressivo desenvolvimento, acumularam-se nele asenergias fundamentais, plasmaram-se os rgos e os sistemas etreo-astrais, at ele alcanaro progresso e a sensibilidade suficiente para servir como o mais valioso veculo intermedirioentre o mundo invisvel dos espritos, e o mundo fsico dos encarnados.

    Ainda so raras as criaturas que se apercebem da complexidade de todos os rgos eatividades do perisprito, cujo equipo tanto preexiste ao nascimento fsico como sobreviveaps a morte carnal.

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    Pergunta: - Segundo temos observado, a maioria das criaturas ainda pensa queo perisprito um corpo constitudo do ter flutuante, que esvoaa vontade do esprito eno possui qualquer organizao ou funo que lembra o corpo fsico. Que dizeis?

    Atanagildo: - No ignoro que algumas pessoas imaginam o perisprito comosendo um bloco de fumaa ou, ento, o supem igual a uma espcie de massa vaporosa e

    informe, que vagueia daqui para ali, mas que tudo v, ouve e sente, assim como se um flocode nuvem tivesse inteligncia e vida prpria.

    Se eu fosse uma dessas configuraes etricas esvoaantes, bvio que nestemomento, no poderia levar a minha mo cintura, como o estou fazendo, pois seria de crerque essa mo afundar-se-ia no seio da massa gasosa de que devia ser eu constitudo. Mas averdade que, ao apertar minha cintura etreo-astral, tenho o sentido do tato e, alm disso,uma percepo de vida muitssimo mais viva do que se estivesse no corpo fsico. Encontro-me atuando num campo vibratrio excessivamente mais dinmico e fenomenicamente maiselstico do que o o plano letrgico e pesado da matria.

    Pergunta: - Ento, por que motivo vemos os espritos to deformados nasfotografias de materializao?

    Atanagildo: - Tendes alguma razo na pergunta, pois nas fotografias dematerializao dos espritos, ou ainda durante a produo desse fenmeno, as nossas figurasparecem recortadas no acar-cande fluidificado, instveis e sem continuidade, movendo-seno seio de massas gasosas, como se realmente fssemos nuvens de algodo com movimentosespasmdicos e deformantes. Bem sei que s vezes nos vedes semelhantes a mscarascarnavalescas, cujos olhos, bocas e nariz horrendos no s assustam os nefitos, como aindaimpressionam mal muitos freqentadores de sesses de fenmenos fsicos, que ento nosjulgam egressos de um mundo mrbido e lgubre, no qual provvel que s vivamos nos

    compondo e nos desfazendo incessantemente no seio da fumaa leitosa do astral. Mas tudoisso conseqente de dificuldades no trabalho e devido aos tipos de ectoplasma de certosmdiuns, pois em muitos deles a fluidificao rude e primria, produzida em centrosorgnicos demasiadamente instintivos, sem a sutilizao vibratria suficiente para configurartodas as mincias e contornos de nossa verdadeira configurao perispiritual. Na verdade, anossa aparncia bem outra, pois os espritos, quanto mais evoludos, tanto mais se tornambelos e rejuvenescidos em seu aspecto humano: os seus modos so agradveis, e eles tmcerta graa e leveza que pode ser comparada delicadeza dos movimentos dos pssaros.

    Pergunta: - Temos observado que mesmo alguns dos espiritualistas maisestudiosos no escondem o seu constrangimento quando se lhes diz que o perispritopossui rgos muito parecidos aos que existem no corpo fsico. Que nos dizeis a respeito?

    Atanagildo: - certo que muitos espiritualistas ainda se escandalizam com essaidia, que lhes parece absurda, de os espritos desencarnados possurem ainda rgossemelhantes e bem mais complexos do que os existentes no corpo grosseiro de carne. Comose poder convencer todos os cidados do mundo terreno, ante um assunto ainda todiscutido no vosso mundo, como o o da natureza do nosso corpo desencarnado? De umlado, alguns afirmam que no passamos de massas gasosas simulando mrbidas caricaturas

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    humanas; de outro lado, h os que no nos consideram simplesmente como fumaa astral,mas tambm no querem admitir a fisiologia importantssima do perisprito e as suasemelhana com a configurao carnal, porque no podem conceber a idia de corao,pulmes ou fgado funcionando dentro de um corpo espiritual.

    H os religiosos dogmticos que nos consideram bandos de almas penadas, sofrendo

    o castigo das chamas do inferno, ou ento como felizes borboletas em eterno vo sem pouso,no seio das nuvens amigas, ou presas no cu a contemplar a "face" de Deus... H os quecrem que detestamos qualquer parente, afeto ou coisa que tenha ficado no mundo terreno do pecado e que, por isso, no abandonamos o cu para visit-los afetuosamente. Outrosconsideram-nos como prolongamento vivos de nossos ideais e responsabilidades, vivendo emambiente sensato e sem hiatos violentos, possuindo corpos adequados s relaes com o meioastral, porm temem-nos como espantalhos ou figuras doentias e caricatas de um mundomelanclico!

    Pergunta: - Mas guardais ainda a sensao de estardes ligado a um corpo com

    exigncias orgnicas semelhantes s da natureza carnal?Atanagildo: - mister compreenderdes que os rgos do corpo fsico, como jtenho dito por diversas vezes, so apenas cpias resumidas dos modelos ou das matrizesorgnicas esculpidas na substncia etreo-astral do perisprito e que h muitos milniosconstituem a sua exata fisiologia.

    Neste momento em que me comunico convosco - no tenhais dvida! - estou sentindoo meu corao a bater, num ritmo perfeito e fcilmente controlvel pela minha prpria foramental desenvolvida; posso aceler-lo ou reduzi-lo em seus movimentos de distole e sstole.Basta impor-lhe a minha vontade e esse magnfico rgo etreo-astral modificar o padro desua pulsao comum no ambiente em que vivo, coisa que ainda no podeis fazer com o vossocorao carnal, embora eu vos possa afirmar que, no futuro, o homem fsico ainda venha a

    alcanar esse resultado to admirvel.Atualmente, os homens terrenos aceleram inconscientemente os seus rgos fsicos

    quando atuam nos seus originais existentes no perisprito; mas, infelizmente, no o fazem pormaturidade espiritual e sim atravs da violncia, do desregramento ou da irascibilidade, oucomo conseqncia da clera, do dio, do cime ou do amor-prprio ofendido.

    No tendes observado, porventura, que as criaturas que mais sofrem dos intestinos, doduodeno ou do fgado so geralmente as que mais se queixam de ser muito nervosas ou deexagerada sensibilidade? A verdade que elas so mental e psiquicamente muitodescontroladas e, por isso, vivem molestando os rgos do perisprito e lesandocontinuamente as suas contrapartes fsicas.

    Pergunta: - Pensamos que o vosso atual equilbrio perispiritual devido emgrande parte aos estudos mentalistas a que vos dedicastes quando ainda vos encontrveisencarnados. No assim?

    Atanagildo: - Tenho insistido em vos dizer Que no se alcana santificao nemse consegue genialidade a toque de magia ou de ociosidade mental. Sem dvida, a Terra nossa escola primria de educao espiritual e ai daqueles que subestimam os seus valores

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    educativos, na crena ingnua de que depois iro desenvolver todos os seus poderes noAlm! Sei que muitas criaturas do vosso mundo vicejam pelo catolicismo, pelo protestantismo, pelo espiritismo e crculos esotricos, mas se desinteressam de qualquerestudo ou leitura aproveitvel, que lhes desperte outros valores alm da cmodacontemplatividade sectarista. Evidentemente, esperam o pretenso milagre que lhes compense

    a ociosidade mental e os torne senhores da mente, assim que abandonarem o corpo fsico,que acreditam ser a verdadeira causa do seu embarao psquico na Terra. Quando meencontrava encarnado pela ltima vez, estudei muitssimo a cincia da respirao ioga; entoeduquei a vontade e a apliquei poderosamente sobre todas as zonas respiratrias,conseguindo acentuado poder sobre os meus pulmes. Com esse exerccio disciplinado,consegui tambm o controle mental dos pulmes originais do meu perisprito.

    Atravs de certo mtodo ioga, que no me cumpre descrever nesta obra, eu haviatambm aprendido a descarbonizar o sangue e torn-lo mais puro, aproveitando com xitotanto o oxignio fluente da corrente arterial, como libertando imediatamente as cotasoxignicas que na corrente venosa se uniam na forma de anidrido carbnico.

    Tambm costumava inundar completamente de ar os pulmes, operando atravs darespirao baixa, mdia e alta, to familiar aos "hata-iogas", para que a mais diminutaquantidade de ar, purificado pela mente e controlado pela vontade, pudesse atingir o extremodo pice pulmonar e expulsar qualquer resduo nocivo integridade pulmonar e renovaosangnea. Como os pulmes fsicos so cpias exatas dos pulmes do perisprito, bvioque, neste exerccio energtico e perseverante, eu no s ativava os rgos carnais e purificava todo o sistema respiratrio, como ainda obtinha excelentes resultados noaprimoramento dos prprios pulmes perispirituais, que hoje me relacionam otimamente como meio astral.

    evidente, pois, que devo muito do meu equilbrio perispiritual feliz conexo entreas minhas foras mentais, algo desenvolvidas, conjugadas propositadamente ao metabolismopsicofsico respiratrio.

    Pergunta: - Podeis nos informar se os desencarnados se preocupam tambmcom a sade do perisprito, assim como procedemos para com o corpo fsico?

    Atanagildo: - Isso evidente, pois quando fui recebido na metrpole do GrandeCorao, os tcnicos examinaram as condies de minha sade etreo-astral e felicitaram-mepelo excelente estado dos meus pulmes, cuja limpidez e transparncia asseguraram-me - ofaziam parecido a dois rgos confeccionados em lmina de cristal iluminado. No registroeste fato a ttulo de vaidade tola, mas apenas para lembrar-vos de que sempre colhemos osresultados exatos de nossa boa ou m semeadura.

    No posso eximir-me de vos informar que devo muito de minha sade perispiritual ao

    fato de ser sistematicamente adverso ao uso do fumo, do lcool e das toxinas provenientes degorduras normalmente provindas das carnes de animais abatidos. Embora atravs doperisprito eu guarde ainda a sensao de possuir um corpo lembrando algo do metabolismocarnal, no vos posso descrever a plenitude do meu gozo sideral, em face da circulao astralse encontrar desimpedida de qualquer estigma terreno!

    Baseando-vos no peso e na constituio rude do corpo material, tendes razo em opordvidas ao que vos exponho; mas o homem futuro, depois que for senhor de uma fortevontade esclarecida, manejando conscientemente o seu potencial de foras mentais, saber

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    restabelecer-se, tambm, de suas enfermidades e submeter todos os seus rgos materiais direo completa do esprito.

    Pergunta: - Mas vos guiastes por alguma doutrina espiritualista ou vossubmetestes a experimentaes tcnicas, por ns conhecidas, para conseguirdes o vosso

    desenvolvimento psicomental?Atanagildo: - Examinei a fundo todas as fontes espiritualistas que me pudessem

    abrir clareiras no denso cipoal da vida humana; entreguei-me disciplinada e tenazmente sprticas respiratrias e s purificaes mentais. Aprendi a absorver o magnetismo vitalizantedo ambiente ou o tradicional "prana", como o designam os orientais, cujo treino me foiutilssimo aps a desencarnao. Adotei a alimentao vegetariana e repudiei sempre todosos alimentos intoxicantes, perniciosos sade humana, e que fatalmente seriam tambmnocivos harmonia do meu perisprito. Evitei a submisso fantica a qualquer seita, bemcomo. o arrendamento incondicional de minha pessoa a qualquer instituio religiosa, noobstante reconhecer todas as suas extraordinrias contribuies em favor da Verdade.

    Pergunta: - Quereis dizer que, embora sejamos portadores de virtudes que noselevariam a planos superiores, ainda teremos de sofrer as conseqncias de certosdescuidos comos principais rgos do corpo fsico; no assim?

    Atanagildo: - Se credes, realmente, que todos os rgos do corpo fsico soduplicatas exatas ou cpias perfeitas dos originais existentes no perisprito, tambm haveis decompreender que tanto o zelo como o descaso humanos produzem efeitos duradouros nessesrgos to delicados e valiosos. No caso do cigarro, por exemplo, embora o fumar nosignifique pecado contra Deus, h a considerar que, quando o fumo se carboniza, desprendesubstncias etreo-astrais nocivas, que ento agridem os pulmes delicadssimos e causam

    dificuldades ao esprito aps a desencarnao.

    Pergunta: - Dissestes h pouco que, quando na Terra, j haveis aprendido adominar os vossos rgos respiratrios, para o que muito contriburam os vossos estudosespiritualistas. No entanto, a maioria dos religiosos, e mesmo alguns espritas, descremde tal xito. Que nos dizeis a esse respeito?

    Atanagildo: - A vontade desenvolvida e a mente disciplinada com dignidadetanto podem remover os empecilhos do corpo fsico, como controlar as prprias operaesdos rgos autnomos e desenvolv-los a contento de uma viso sadia. claro que devemdescrer de tal possibilidade aqueles que ainda no conseguiram o domnio espiritual de simesmos, esperando talvez que algum mago de feira lhes desvende em praa pblica osmistrios que sempre foram guardados sob o respeito das instituies iniciticas, ou ospoderes conquistados por almas sensatas e hericas. Os estudos nesse sentido so sempreapreciados pelos orientais porque eles no se deixam condicionar exclusivamente aosfenmenos transitrios dos cinco sentidos.

    Como j deve ser do vosso conhecimento, alguns faquires tm sido submetidos aexperincias em determinados centros mdicos da Europa e, embora se trate de experinciascorriqueiras e por vezes at indesejveis, eles ho comprovado a fora real do pensamento ao

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    demonstrarem absoluto controle mental sobre o metabolismo de seus corpos fsicos. Convmlembrar os casos daqueles que se deixam enterrar vivos, em estado catalptico e algo parecido moderna hibernao cientfica. Magos h que aceleram ou retardam a sua pulsao cardaca, atuando deliberadamente nos centros trmicos de seus organismos, produzindo temperatura glida ou quente; outros invertem as funes peristlticas do

    intestino e apressam a diurese ou a produo de sucos gstricos e pancreticos. Se algunshomens sem grandes atributos crsticos, mas teimosos e tenazes em sua disciplina fsica,conseguem exercer domnio e controle em seus corpos carnais, dirigindo-os a seu bel-prazer, claro que esse domnio, aqui no astral, pode ser alcanado de modo mais positivo e comabsoluto sucesso, porque j estamos livres das algemas da carne.

    Esses fenmenos so conseguidos em vosso mundo pela feliz atuao da vontadetreinada sobre o perisprito e, em conseqncia, os rgos etricos deste ltimo reagem nassuas cpias fsicas sustendo funes ou incentivando o dinamismo material. Sabeis que, emhipnose, o paciente, ao receber sugestes imperiosas do hipnotizador, e agindo atravs dereflexos condicionados, atua nos seus centros trmicos e tanto pode baixar como elevar suatemperatura, sob a vontade daquele que o induz a sentir frio ou calor. Sabeis ainda que avontade do hipnotizador pode fazer regredir a personalidade adulta do hipnotizado,obrigando-o a escrever at com as prprias garatujas que lhe eram prprias na longnquainfncia.

    Se mesmo atravs de representaes corriqueiras, em palcos pblicos, ficademonstrada a capacidade mental que o homem pode atingir por meio apenas daperseverana e tenacidade, imaginai, ento, o que podemos realizar com a sabedoria doesprito, visando fins nobres!

    Pergunta: - O que nos informastes, relativamente existncia de rgos novosso perisprito, como sejam corao, fgado, estmago e intestinos, nos deixa algo

    intrigados, pois supnhamos que j estivsseis isento de qualquer funo fisiolgica, emface do o vosso corpo ser espiritual.

    Atanagildo: - Preliminarmente, cumpre-me lembrar-vos de que o meu corpoespiritual nada tem de excepcional, em relao aos vossos, seno a durabilidade, pois organizao definitiva. Acresce que a nutrio perispiritual se exerce mais pelo fenmeno daosmose magntica, por absoro e eliminao do magnetismo do meio ambiente. No entanto,conforme o grau de materialidade do esprito recm-chegado da Terra, ele exige recursosafins e grosseiros para atender ao seu metabolismo astral, ainda fortemente condicionado sfunes tambm grosseiras do corpo fsico. O perisprito possuidor de um automatismopermanente, conseqente da onda de vida que flui por ele e o alimenta, automatismo esse queteve o seu impulso inicial h muito milnios. Devido a esse poderoso impulso, que no s

    sustm coeso o perisprito como torna sensvel a sua memria etrica e alicerada aconscincia individual do esprito, no possvel destruir-se essa delicada e importanteorganizao. Embora muitas almas delinqentes sofram horrores na Terra e por isso sedesesperem, a ponto, s vezes, de pretenderem extinguir-se definitivamente como entidadesconscientes, isto lhes impossvel, em face de jamais poderem neutralizar a onda vital que seformou alhures, na mar da vida planetria. O perisprito um organismo to sbio, que capaz de corrigir quase todos os descuidos do esprito e obedecer docilmente s leisimutveis que lhe regulam o intercmbio entre o mundo espiritual e o material! Esse

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    automatismo, to sbio e eficiente, transfere-se para o corpo fsico em cada encarnao doesprito, a fim de que possam ser controlados os fenmenos que podem dispensar oconsciente.

    Pergunta: - Podeis explicar mais claramente esse "automatismo" doperisprito?Atanagildo: - Para o compreender melhor, basta notardes que, sob a ao do

    automatismo milenrio do perisprito, o homem no precisa pensar para dormir ou andar,nem precisa cogitar de promover a assimilao nutritiva e a produo de sucos ou hormnios,dispensando tambm o controle pessoal dos fenmenos excretivos de toxinas, suores esubstncias perigosas integridade fsica. O vosso corpo, neste momento em que mecomunico convosco, realiza centenas de funes, sem que vos seja preciso intervir nofenmeno; no assim? Graas a essa inteligente direo e capacidade de controleautomtico e milenrio, do perisprito, todos os dispndios e recuperaes de energias seefetuam sob elogivel disciplina e se destinam ao mais breve progresso e aperfeioamento do

    esprito. A prova da existncia desse automatismo sbio, do perisprito, podeis t-la durante oseu afastamento no processo de anestesia, quando cai a temperatura do corpo fsico ediminuem as suas funes orgnicas, como se o patro se afastasse do estabelecimento e osempregados negligenciassem no servio...

    Essas energias prprias do perisprito mais se ativam durante o Vero, estao muitoconhecida pelos astrlogos sob a designao de "Grande Crescente", em cuja poca omagnetismo perispiritual se torna mais ativo e ento as unhas, os cabelos e os plos crescemmais rapidamente do que no Inverno. H povos que obedecem to rigorosamente a esse"crescente", que possuem cabelos vigorosos e unhas fortes, porque s os cortam rasos noInverno, em perfeita harmonia com o tempo de poda da vegetao comum. Eles sabem que,se os cabelos forem cortados no Vero, perder-se- grande quantidade de seiva que, no

    crescente, sobe mais vigorosamente e depois far falta ao vigor da cabeleira.O conhecimento avanado dessa maravilhosa organizao, que o perisprito, do qual

    a maioria dos homens ainda ignora o alto valor, permitir-vos-ia solucionar muitos dosproblemas como paralisias, epilepsias, doenas desconhecidas e distrbios nervosos, porqueele realmente o principal organismo onde est sediada a onda da vida que flui pelaconstelao solar e depois atravs dos planetas e da Terra, para ento se infiltrar pelos reinosmais inferiores, nutrindo o reino vegetal, o animal e o hominal.

    Convm que destaquemos a. grande importncia e preponderncia do perispritosobre o corpo fsico, pois ele a matriz, o molde, ou seja a origem exata da organizao decarne e o "detonador" de todos os demais fenmenos corporais projetados pela mentehumana. Eis por que, em suas funes etreo-astrais, ele tambm possui corao, fgado,

    bao, rins, pncreas, estmago e intestinos, de substncia idntica do meio astral, inclusiveas reminiscncias de alguns rgos fsicos j atrofiados e alguns novos projetos de acessriosorgnicos que serviro ao homem do futuro.

    Pergunta: - Certa vez, ao tocardes ligeiramente neste assunto, empregastes aexpresso "queda especfica do perisprito"! Que quer dizer isso?

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    A Sobrevivncia do Esprito Ramats Atanagildo - Herclio Maes

    Atanagildo: - O perisprito, sob ao mental elevada, respira aprimoradomagnetismo; mas, submetido violncia psquica e emotiva, debilita-se e intoxica-se,tornando-se, ento, ponto convergente das energias do baixo astral. O seu magnetismo,quando se adensa, aumenta-lhe o peso especfico, isto , o seu peso normal e natural,fazendo-o precipitar-se nas regies infernais, enquanto que, atuado por pensamentos

    sublimes, ele se adelgaa e se purifica, elevando-se para os mundos felizes, logo em seguidaao abandono do corpo fsico. Nesse fenmeno da cincia transcendental, constata-se a justezado ensinamento de Jesus, quando afirmava que "os humildes sero exaltados e os que seexaltarem sero humilhados".

    O Mestre aludiu veladamente ao peso especfico do perisprito, que tanto se adensa naexaltao da clera ou do orgulho, come se afina e se eleva na humildade e na bondade. Aclera revela fraqueza de esprito e, portanto, comprova debilidade de carter, pois aqueleque se encoleriza perde a direo do seu comando mental em favor dos impulsos do instintoanimal; obscurece-se a sua mente e se aniquila a vontade. O arrebatamento irascvel semeia adiscrdia e conduz revolta, transformando o homem racional num louco momentneo. Porisso, quando o perisprito submetido a tal processo pelo homem exaltado e desgovernado,

    enche-se de sombras e fulgores sinistros, que depois o sobrecarregam da fuligem gasosa dobaixo astral, para onde ento se inclina em "queda especfica", devido ao aumento do seupeso magntico.

    Pergunta: - Mas bvio que, se o vosso corpo atual possui intestinos, fgado,pncreas, etc., no porque preciseis deles; no verdade? No nos parece que tenhais deatender ainda a qualquer metabolismo semelhante ao que se registrava no corpo carnalque deixastes na Terra!

    Atanagildo: - O fato de eu dizer que possuo rgos semelhantes aos do corpofsico no implica em afirmar que o metabolismo do perisprito perfeitamente idntico aodo corpo carnal. Esses rgos continuam a servir-me, mas em funes algo semelhantes sdos rgos da matria, e no iguais, pois a nutrio do perisprito outra, e bem diferente, deacordo com o mundo astral que passa a habitar. Seria inconcebvel que, de posse de um corpofludico, eu continuasse a ingerir substncias idnticas s que fornecem as mercearias, aspadarias e os aougues da Terra. Durante a absoro prnica, ou seja de energia magntica doastral - na qual eu j me havia exercitado no mundo fsico - processam-se no metabolismo doperisprito transformaes qumicas muito mais acentuadas (e de natureza transcendental) doque as que se registram para alimentao e sustento do corpo de carne. Os resduos dassubstncias astrais consumidas pelo perisprito tambm precisam ser expelidos para oexterior, dissolvendo-se no meio ambiente atravs de um processo que denominamos de"emanaes residuais". H muito tempo j me ajustei a essa alimentao magntica, e squando deso para as regies do astral inferior que me sirvo de sucos etricos de frutas, oumesmo de caldo de essncias reconfortantes, pois nos postos socorristas, prximos aoscharcos, s se encontram horrveis alimentos pastosos, que exalam um odor semelhante ao decarnes fervidas, visto que s assim se pode satisfazer o apetite de infelizes desencarnados queainda se lembram de suas alimentaes prediletas, da Terra, sofrendo atrozmente por no seacostumarem a outra alimentao.

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    Pergunta: - E esses rgos do perisprito, algo semelhantes aos do organismofsico, permanecero definitivamente no corpo perispiritual?

    Atanagildo:: - A medida que o esprito vai ascensionando para esferas maisdistanciadas da matria, os rgos do perisprito vo se atrofiando pelo desuso; mas,enquanto ele ainda necessita de encarnaes nos mundos fsicos, bvio que precisa manter

    em atividade os rgos do seu perisprito, que so as contrapartes etricas, exatas, dosmesmos rgos fsicos. Quando se trata, porm, de espritos de certa elevao, que j sehabituaram com a nutrio astral e esto entrosados na vida sutilssima do plano mental, operisprito vai se tornando - obsoleto, e ento se encaminha para o fenmeno da "segundamorte", no mundo astral, porque tais espritos no s j se imunizaram


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