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Republica Portuguesa

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Centenário da Republica Portuguesa
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O Movimento Republicano
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Page 1: Republica Portuguesa

O Movimento Republicano

Page 2: Republica Portuguesa

OS 100 ANOSOS 100 ANOSOS 100 ANOSOS 100 ANOS

DA DA DA DA

REPÚBLICA PORTUGUESAREPÚBLICA PORTUGUESAREPÚBLICA PORTUGUESAREPÚBLICA PORTUGUESA

O Movimento O Movimento O Movimento O Movimento O Movimento O Movimento O Movimento O Movimento

RepublicanoRepublicanoRepublicanoRepublicano

Page 3: Republica Portuguesa

1º Capítulo

A Sociedade Portuguesa A Sociedade Portuguesa nos Finais da Monarquia

Page 4: Republica Portuguesa

� Portugal, em finais do século IX, é ainda um país

essencialmente rural, com 70% da população a viver da

agricultura. Gradualmente, porém, começava a registar-

se uma certa diversificação económica, com uma

crescente componente fabril, sobretudo no eixo Lisboa-

Barreiro-Setúbal e Porto-Braga-Guimarães.

Page 5: Republica Portuguesa

� As novas tecnologias de informação (telégrafo e

telefone), os transportes (com destaque para o

caminho-de-ferro) e as vias de comunicação são

sectores onde se assiste, ainda que com recurso asectores onde se assiste, ainda que com recurso a

avultados empréstimos externos, a um acentuado

desenvolvimento.

Page 6: Republica Portuguesa

2º Capítulo

A Vida Política nas A Vida Política nas Últimas Décadas da

Monarquia

Page 7: Republica Portuguesa

� Na segunda metade do século XIX e início do

século XX, o regime político português era a

Monarquia Constitucional. Significa isto que o rei,

embora detendo o poder supremo e hereditário, tinha

de respeitar a lei fundamental, a Constituição.de respeitar a lei fundamental, a Constituição.

Essa lei, designada na época por Carta Constitucional,

manteve-se em vigor desde 1842, com algumas

alterações (os Actos Adicionais), até à queda do

regime, em 1910.

Page 8: Republica Portuguesa

� Essa lei, designada na época por Carta

Constitucional, manteve-se em vigor desde 1842, com

algumas alterações (os Actos Adicionais), até à queda

do regime, em 1910.

� Nos termos constitucionais, o rei detinha o poder

moderador, isto é, cabia-lhe assegurar o equilíbrio

entre todos os poderes.

Família Real PortuguesaRainha D. Amélia, Rei D. Carlos ,Príncipes D. Luís Filipe e D. Manuel

Page 9: Republica Portuguesa

� Isto dava-lhe a possibilidade de nomear e demitir

livremente os ministros, convocar, adiar ou prorrogar

Cortes (sessões do Parlamento) e perdoar ou reduzir

as penas impostas pelos tribunais.

� Ainda de acordo com a lei fundamental, a pessoa do

rei era considerada inviolável e sagrada, não estando

sujeito a responsabilidade alguma.

Page 10: Republica Portuguesa

� No entanto, entre os últimos monarcas (D. Luís, D.

Carlos e D. Manuel II) apenas D. Carlos (1889-1908)

exerceu efectivamente esses poderes, dirigindo a

política externa portuguesa e presidindo

semanalmente aos conselhos de ministros.semanalmente aos conselhos de ministros.

O retrato da Família Real(D. Luís, D. Maria Pia, Infantes D. Carlos e D. Afonso)

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3º Capítulo

A Difusão das Ideias A Difusão das Ideias Republicanas

Page 12: Republica Portuguesa

� A ideia de um regime político em que os órgãos de

poder são eleitos livremente pela população por um

determinado período e tempo é muito antiga. No

entanto, o Republicanismo enquanto doutrina

claramente definida surgiu apenas em meados do

século XIX.

Page 13: Republica Portuguesa

� Em Portugal, o primeiro grande difusor do

republicanismo foi José Félix Henriques Nogueira, na

década de 1850. As suas ideias políticas, inspiradas em

parte em Alexandre Herculano, valorizavam o papel

dos municípios e a descentralização administrativa,

mas receberam também outras influências, sobretudo

do associativismo.

Henrique Nogueira (1825-1858)

Page 14: Republica Portuguesa

4º Capítulo

O Ultimato InglêsO Ultimato Inglês

Page 15: Republica Portuguesa

� Durante a segunda metade do século XIX aumenta o

interesse europeu pela exploração e ocupação de

novos territórios, sobretudo em África.

Page 16: Republica Portuguesa

� Constituem-se então dois grandes grupos

coloniais: um, formado pelas primeiras potências

colonizadoras, que tem a sua origem em épocas mais

recuadas e integra Portugal, Espanha e Países Baixos;

outro, resultante da expansão da indústria e dos

avanços técnicos, formado pela Inglaterra, Bélgica,

França e Alemanha.

Page 17: Republica Portuguesa

� Para discutir o problema da partilha de África, que

todos desejavam controlar, realizou-se, em 1884-

1885, a Conferência de Berlim.

Criticas humoristas ao ultimato Inglês

Page 18: Republica Portuguesa

5º Capítulo

A Revolta do Porto de A Revolta do Porto de 31 de Janeiro de 1891

Page 19: Republica Portuguesa

� Terra com antigas tradições liberais, o Porto foi

também um importante centro de difusão das ideias

republicanas e a cidade que elegeu o primeiro

deputado republicano às Câmaras, José Joaquim

Rodrigues de Freitas, em 1878.

Page 20: Republica Portuguesa

� No dizer de dois dos participantes na revolta do

Porto de 31 de Janeiro, o Ultimato de 1890 foi a causa

única da revolta. 0 acontecimento, sentido com

grande indignação em todo o país, gerou uma onda

de contestação ao governo, ampliada pela linguagemde contestação ao governo, ampliada pela linguagem

violenta da imprensa e pela propaganda republicana.

Bandeira dos Revoltosos

Page 21: Republica Portuguesa

6º Capítulo

O RegicídioO Regicídio

Page 22: Republica Portuguesa

� No início de 1908 D. Carlos está na sua

propriedade de Vila Viçosa, de onde regressa à capital

no dia 1 de Fevereiro. Acompanham-no a rainha D.

Amélia e os príncipes D. Luís Filipe e D. Manuel.

� Ao chegar ao Terreiro do Paço tomam uma

carruagem aberta que os deve levar ao paço. Poucos

metros volvidos, um homem aproxima-se do monarca

e, com dois tiros à queima-roupa, mata o rei.

Page 23: Republica Portuguesa

� Outro atirador dispara também mortalmente sobre

o filho mais velho, D. Luís Filipe. Escapa incólume a

rainha e D. Manuel ferido num braço.

Visão do regicídio pelo diário francês 1e Petit Jornal. O impacte do acontecimento traduz-se numa série de reconstituições gráficas da

imprensa europeia

Page 24: Republica Portuguesa

O RegicídioO RegicídioO RegicídioO Regicídio

em em em em

Banda DesenhadaBanda DesenhadaBanda DesenhadaBanda Desenhada

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7º Capítulo

A Queda da A Queda da Monarquia

Page 38: Republica Portuguesa

� D. Manuel tinha apenas 19 anos quando foi

chamado à sucessão no trono após o assassinato do

pai e do irmão mais velho, em 1908. Segundo alguns,

o plano inicial dos regicidas consistia em matar João

Franco, mas como não o tinham encontrado, o alvo

acabou por ser o próprio rei D. Carlos.

Page 39: Republica Portuguesa

� A sua morte, em condições trágicas, provocou,

ainda assim, mais surpresa do que pesar. 0 rei era

admirado mesmo pelos seus inimigos, tinha trabalhos

reconhecidos no domínio da oceanografia e as suas

pinturas eram devidamente apreciadas, mas era umpinturas eram devidamente apreciadas, mas era um

rei distante que não causava a empatia de outros

antecessores.

D. Manuel II à chegada ao Palácio de S. Bento.

Page 40: Republica Portuguesa

� No dia 3 de Outubro de 1910 começam em Lisboa

as escaramuças. No dia seguinte, os navios de guerra

que estavam no Tejo começam a bombardear o

Palácio das Necessidades, onde se encontrava o rei.Palácio das Necessidades, onde se encontrava o rei.

Page 41: Republica Portuguesa

� Dado que corria perigo de vida, o monarca foi

aconselhado a ir para Mafra, onde viria a tomar

conhecimento da proclamação da República feita em

Lisboa, na manhã do dia 5 .

Embarque da família real para o exílio (Ericeira)

Page 42: Republica Portuguesa

8º Capítulo

O 5 de Outubro de O 5 de Outubro de 1910

Page 43: Republica Portuguesa

� Arevolução republicana, que se inicia em Lisboa na

madrugada do dia 4 de Outubro, parecia à partida

condenada ao fracasso.

� De acordo com o plano inicial, deveria ser dirigida

por um chefe militar já reformado, o vice-almirante

Cândido dos Reis, e um civil, o Dr. Miguel Bombarda,

conceituado psiquiatra.

Page 44: Republica Portuguesa

� No entanto, o Dr. Miguel Bombarda tinha sido

assassinado na manhã do dia 3 por um dos seus

doentes enquanto o almirante Cândido do Reis se

suicidou pouco depois do início das movimentações

militares, convencido da impossibilidade da vitória.militares, convencido da impossibilidade da vitória.

�Era 1 hora da madrugada do dia 4 de Outubro

quando a Revolução saiu à rua.

Page 45: Republica Portuguesa

� Às primeiras horas do dia 5 de Outubro uma

bandeira branca num automóvel que circulava na

cidade convenceu a população da vitória das forças

republicanas, que veio para a rua festejar a queda do

regime.

�Os dirigentes republicanos dirigiram-se para a

Câmara Municipal

Page 46: Republica Portuguesa

�Para a direcção do governo provisório é escolhido o

Dr. Teófilo Braga.

� A todo o país a notícia da revolução chega por

telégrafo, sendo aceite sem qualquer contestação.telégrafo, sendo aceite sem qualquer contestação.

Cartaz alusivo À proclamação da República

Page 47: Republica Portuguesa

9º Capítulo

Os Símbolos da Os Símbolos da República

Page 48: Republica Portuguesa

� Entre as preocupações do primeiro governo

provisório republicano estava a adopção de novos

símbolos nacionais que identificassem a República.

� Tratava-se não só de um corte com o passado

monárquico, mas também de um acto de

propaganda, destinado a mudar as mentalidades e a

recordar a todos a existência de um novo regime.

Page 49: Republica Portuguesa

� A Bandeira Nacional, que vinha da Monarquia

Constitucional, era um desses símbolos. Azul e

branca, apresentava as Armas Reais ao centro. Os

republicanos desejavam por isso substitui-la, de

forma a evitar quaisquer referências ao regimeforma a evitar quaisquer referências ao regime

monárquico.

Bandeira da República PortuguesaBandeira da Monarquia

Constitucional

Page 50: Republica Portuguesa

� Para o efeito, o Governo nomeou logo em Outubro

de 1910 uma comissão integrada, entre outros, pelo

pintor Columbano Bordalo Pinheiro e o jornalista e

escritor João Chagas.

Page 51: Republica Portuguesa

� A principal dificuldade consistiu na escolha das

cores da bandeira. Acabou por prevalecer o verde e

vermelho, símbolos de esperança e do combate,

respectivamente.

�Ao centro, optou-se pela esfera armilar, um símbolo

adoptado como emblema pessoal de D. Manuel I, que

também consagra a epopeia dos Descobrimentos

portugueses.

Page 52: Republica Portuguesa

� Sobre a esfera armilar assenta o tradicional escudo

branco com as cinco quinas, à volta do qual se

colocou uma faixa carmesim com sete castelos,

ambos os elementos remetendo para a conquista da

independência no século XII.independência no século XII.

�A aprovação oficial da Bandeira Nacional viria a

ocorrer em Junho de 1911.

Page 53: Republica Portuguesa

� Na mesma data em que a

Assembleia Constitucional

aprovou a Bandeira Nacional,

aprovou também o novo Hino

A Portuguesa.

Page 54: Republica Portuguesa

� Houve ainda necessidade de representar a

República por uma figura alegórica de mulher.

�O busto era destinado a ornamentar a sala

nobre dos Paços do Concelho.

Page 55: Republica Portuguesa

� A imagem da República Portuguesa

(o busto) surge sempre com o barrete

frígio, designado como “chapéu da

moda’, associado ao movimento

revolucionário do 5 de Outubro e aos

valores da Liberdade, da República e

da Democracia.

Page 56: Republica Portuguesa

� Também procedeu o Governo a uma reforma

monetária, tendo substituído a moeda antiga – o real –

pelo escudo.

�Finalmente, espaços públicos, como ruas, praças e

largos, que antes tinham nomes ligados à monarquia

passaram a ter nomes republicanos.

Page 57: Republica Portuguesa

http://www.youtube.com/watch?v=IImqZDay2http://www.youtube.com/watch?v=IImqZDay2Gs&feature=related


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