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REVISÃO DO PDM DE FERREIRA 2 ENQUADRAMENTO TERRITORIAL · 2018. 3. 19. · REVISÃO DO PDM 2....

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PERCURSO 2 ENQUADRAMENTO TERRITORIAL ABRIL 2010 REVISÃO DO PDM DE FERREIRA DO ALENTEJO
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2ENQUADRAMENTO

TERRITORIALABRIL 2010

REVISÃO DO PDM DE FERREIRA DO ALENTEJO

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REVISÃO DO PDM 2. ENQUADRAMENTO TERRITORIAL

DE FERREIRA DO ALENTEJO ÍNDICE

ABRIL 2010

indice.1

2. ENQUADRAMENTO TERRITORIAL

2.1 ESPAÇO DE REFERÊNCIA

2.2 TERRITÓRIO

2.2.1 ÁREAS TERRITORIAIS

NUT’S 3: BAIXO ALENTEJO E ALENTEJO LITORAL

2.2.1.1 BAIXO ALENTEJO

2.2.1.2 ALENTEJO LITORAL

2.2.2 GEOTECNIA

2.2.3 SOLOS

2.2.3.1 LITOLOGIA

2.2.3.2 CAPACIDADE DE USO

2.2.4 RECURSOS HÍDRICOS

2.2.4.2 RECURSOS HÍDRICOS SUBTERRÂNEOS

2.2.4.3 RECURSOS HÍDRICOS ARTIFICIAIS: PLANO DE REGA DO ALENTEJO

2.2.5 SISTEMAS ECOLÓGICOS

2.2.6 PAISAGEM

2.3 ENQUADRAMENTO SÓCIO-ECONÓMICO

2.3.1 DEMOGRAFIA

2.3.1.1 VOLUMES DEMOGRÁFICOS

2.3.1.2 DINÂMICA POPULACIONAL

2.3.1.3 ESTRUTURA ETÁRIA

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REVISÃO DO PDM 2. ENQUADRAMENTO TERRITORIAL

DE FERREIRA DO ALENTEJO ÍNDICE

indice.2

2.3.2 ESTRUTURA E DINÂMICA ECONÓMICA

2.3.2.1 EVOLUÇÃO DO PRODUTO INTERNO BRUTO

2.3.2.2 DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ACRESCENTADO BRUTO

2.3.2.3 PRODUTIVIDADE E GRAU DE ESPECIALIZAÇÃO

2.3.2.4 DESEMPENHO ECONÓMICO

2.3.2.5: FLUXOS LABORAIS

2.3.2.6 RENDIMENTO E PODER DE COMPRA

2.3.3 INDICADORES DE REFERÊNCIA ESPACIAL DA ACTIVIDADE ECONÓMICA

2.3.3.1: AGRICULTURA

2.3.3.2: ÌNDUSTRIA

2.3.3.3: TURISMO

2.4 REDES ESTRUTURANTES

2.4.1 ACESSIBILIDADES

2.4.1.1 REDE VIÁRIA

2.4.1.2 TRANSPORTES RODOVIÁRIOS

2.4.2 SISTEMA URBANO

2.4.3 INDICADORES DE PLANEAMENTO

2.5 BALANÇO

2.5.1 O ALENTEJO EM MUDANÇA

2.5.2 ENQUADRAMENTO PELO PROT ALENTEJO

2.5.3 MODELO INTERPRETATIVO

2.5.4 CONCLUSÃO:

FERREIRA DO ALENTE JO NO CENTRO DO QUE É IMPORTANTE.

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REVISÃO DO PDM 2. ENQUADRAMENTO TERRITORIAL

DE FERREIRA DO ALENTEJO EQUIPA

ABRIL 2010

equipa.1

EQUIPA

I EQUIPA BASE

A equipa base destacada pela PERCURSO para a revisão do PDM de Ferreira do Alentejo é

constituída por:

Coordenação do Plano

Arq.º Eduardo Marinho - Licenciado em Arquitectura.

- Pós Graduação em Planeamento Urbano

Dr. Plácido Maia - Licenciado em Economia

- Licenciado em Engenharia Electrotécnica

- DSSS em Economia da Produção

Intervenção Urbana

Arq.º Eduardo Martins - Licenciado em Arquitectura

Arq.ª Emília Pontes - Licenciada em Arquitectura

Arq.ª Urb. Lina Harilal - Licenciada em Arquitectura do Planeamento Urbano e do Território

Suportes Biofísicos e Ambiente

Arq. Pais. Carlos Silva - Licenciado em Arquitectura Paisagística

Eng.º Daniel Bastos - Licenciado em Engenharia do Ambiente

Eng.ª Conceição Santos Silva - Licenciada em Engenharia Florestal

Mobilidade, Circulação e Transportes

Eng.º José Paisana - Licenciado em Engenharia Civil

- Pós- Graduação em Planeamento e Exploração de Transportes em

Comum

Infra-estruturas

Eng.º João Tavares - Licenciado em Engenharia Civil

Eng. Filipe Rego - Licenciado em Engenharia Civil, ramo Hidráulica e Sistemas Hídricos

Eng.º António Valdemar Oliveira - Licenciado em Engenharia Electrotécnica

Geotecnia

Eng.º José Pinharanda - Licenciado em Engenharia de Minas

SIG

Dr.ª Célia Campos - Licenciada em Geografia e Planeamento Regional

- Pós Graduação em Planeamento Regional e Urbano

Património

Arq.ª Urb. Margarida Silva - Licenciada em Arquitectura do Planeamento Urbano e do Território

Intervenção Social, Habitação e Equipamentos

Dr.ª Lúcia Manata - Licenciada em Sociologia e Planeamento

Dr.ª Miriam Costa - Licenciada em Sociologia e Planeamento.

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REVISÃO DO PDM 2. ENQUADRAMENTO TERRITORIAL

DE FERREIRA DO ALENTEJO EQUIPA

equipa.2

Direito

João Maricato - Licenciado em Direito

Apoio técnico (topografia e desenho)

António Manuel Martins

Luís Rézio

Carlos Silva

Secretariado e apoio administrativo

Arminda Martins

Isabel Biscaia

II EQUIPA DE APOIO

Os Serviços da Câmara Municipal de Ferreira do Alentejo garantiram um apoio supletivo à

revisão do PDM através dos seguintes técnicos

Coordenação

Eng.º Álvaro Ramos - Licenciado em Engenharia Civil

- Chefe de Divisão

Ambiente e Infra-estrturas saneamento

Eng.ª Rita Paiva - Licenciada em Engenharia do Ambiente

Cartografia e Sistemas de Informação Geográfica

Eng.ª Vanda Parreira - Licenciada em Engenharia Topográfica

Documentação e Informação

Dr. Albano Rocha Fialho - Licenciado em Direito

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REVISÃO DO PDM 2. ENQUADRAMENTO TERRITORIAL

DE FERREIRA DO ALENTEJO

ABRIL 2010

2.1.1

2. ENQUADRAMENTO TERRITORIAL

A análise da integração de um Concelho num espaço territorial alargado , como se

pretende realizar neste Relatório, é um exercício essencial para a compreensão da sua

inserção geo-estratégica e, mais importante, avaliar o quadro das condicionantes

externas que possam influenciar o desenvolvimento de estratégias autónomas próprias .

A dificuldade deste exercício resulta essencialmente das diferentes dimensões ou vectores de

análise e da difícil escolha das mais importantes para a definição estratégica

Assume-se este Relatório como uma abordagem informativa traduzida num conjunto de

mapas significativos que permitam entender o posicionamento de Ferreira do Alentejo

no contexto regional , remetendo-se para o Relatório 3, Caracterização e Diagnóstico o

detalhe quantitativo dos dados associados e para o Relatório 4, Modelização , o seu

aprofundamento numa perspectiva de diagnóstico estratégico prospectivo. deduzido dos aos

Programas e Planos com incidência no Concelho

Como principais fontes recorreu-se primordialmente ao:

- Plano Regional de Ordenamento do Alentejo (PROT A)

- Plano Regional de Ordenamento Florestal do Baixo Alentejo (PROF BA)

- Plano de Bacia Hidrográfica do Rio Sado (PBH RS)

- Atlas Digital do Ambiente do Instituto do Ambiente.

Constituíu ainda fonte bibliográfica o estudo “Contributos para a Identificação e

Caracterização da Paisagem em Portugal Continental ”, Cancela de Abreu e outros, eitado

pela DGOTDU

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2.1

ES

PA

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REVISÃO DO PDMDE FERREIRA DO ALENTEJO

ENQUADRAMENTO TERRITORIAL

ABRIL 2010

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REVISÃO DO PDM 2. ENQUADRAMENTO TERRITORIAL

DE FERREIRA DO ALENTEJO 2.1 ESPAÇO DE REFERÊNCIA

ABRIL 2010

2.1.1

2.1 ESPAÇO DE REFERÊNCIA

O Concelho de Ferreira do Alentejo localiza-se numa posição central do Alentejo.

Tomando como referência a vila sede de Concelho, esta situa-se sobre eixo Sines – Beja –

Andaluzia e na bordadura da última coroa da Área Metropolitana de Lisboa distando cerca de

24 Km de Beja, 73 Km de Évora, 115 Km de Setúbal e 150 Km de Lisboa, ficando ainda

próximo do Algarve (cerca de 85 Km de Faro) e a uma distância pouco significativa da fronteira

espanhola (cerca de 57 Km).

Fig 2.1.1 Ferreira do Alentejo no centro do Alentejo

Historicamente e resultado do seu posicionamento geográfico, o Concelho de Ferreira do

Alentejo pertenceu à antiga Província do Alentejo cujos limites correspondem, na

actualidade, aos da Região Plano do Alentejo.

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REVISÃO DO PDM 2. ENQUADRAMENTO TERRITORIAL

DE FERREIRA DO ALENTEJO 2.1 ESPAÇO DE REFERÊNCIA

2.1.2

Administrativamente, foi incorporado no distrito de Beja e, mais recentemente, na NUT III

do Baixo Alentejo , sendo limitado a Norte pelo Concelho de Alvito, a Sul pelo Concelho de

Aljustrel e a Nascente pelos Concelhos de Beja e Cuba.

Faz ainda fronteira com a sub-região do Alentejo Litoral (NUT III) , nomeadamente com os

Concelhos de Santiago do Cacém e de Grandola a Poente, e de Alcácer do Sal a Noroeste.

Porque um estudo de enquadramento regional do Concelho não pode ser realizado

ignorando as suas relações socio-economicas com o Alentejo Litoral , reforçadas com o

desenvolvimento da Plataforma Portuária/industrial/Urbana de Sines para efeito deste estudo

do enquadramento regional, considera-se como espaço regional de referência a área

constituída pelas NUT´s 3 do Baixo Alentejo e do Alentejo Litoral , reflectindo as

características de encruzilhada que marcam Ferreira do Alentejo.

Fig 2.1.2 Ferreira do Alentejo e as duas sub-regiões de enquadramento

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REVISÃO DO PDM 2. ENQUADRAMENTO TERRITORIAL

DE FERREIRA DO ALENTEJO 2.1 ESPAÇO DE REFERÊNCIA

2.1.3

Do Relatório do PROT A retira-se que, “em termos de inserção inter-regional, o Alentejo tem

um posicionamento de grande proximidade ao Arco Metropolitano de Lisboa e ao Arco

Metropolitano do Algarve .

Simultaneamente, em termos transfronteiriços, há um forte relacionamento com as regiões

da Extremadura e da Andaluzia, com especial destaque para a atractividade e

polarização da cidade de Badajoz .

A contextualização territorial dos centros urbanos transmite-lhes dinâmicas e

capacidades de afirmação urbana muito diferenciadas regionalmente ”

Neste quadro, o Concelho de Ferreira do Alentejo possui uma localização geo-estratégica

singular, como elemento de ligação entre espaços diferentes , como o Alentejo Litoral e o

Baixo Alentejo a que pertence, evidenciada no PNPOT como “centralidade potencial”

Figura 2.1.3 – Localização e relações estratégicas

fonte: PNPOT, Sistema Urbano, Acessibilidades e Povoamento

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REVISÃO DO PDM 2. ENQUADRAMENTO TERRITORIAL

DE FERREIRA DO ALENTEJO 2.1 ESPAÇO DE REFERÊNCIA

2.1.4

A excelência desta localização é ainda reforçada quando se considera a proximidade de

Ferreira do Alentejo à terceira coroa metropolitana de Lisboa , a que hoje se acede

facilmente através da auto-estrada A2.

Figura 2.1.4 – Relação com a Área Metropolitana de Lisboa

fonte: PROT Alentejo

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2.2

TE

RR

ITÓ

RIO

2.2.1 ÁREAS TERRITORIAISNUT’S 3: BAIXO ALENTEJO E ALENTEJO LITORAL

2.2.1.1 BAIXO ALENTEJO2.2.1.2 ALENTEJO LITORAL

2.2.2 GEOTECNIA

2.2.3 SOLOS

2.2.3.1 LITOLOGIA2.2.3.2 CAPACIDADE DE USO

2.2.4 RECURSOS HÍDRICOS

2.2.4.1 SISTEMA HIDROGRÁFICO2.2.4.2 RECURSOS HÍDRICOS SUBTERRÂNEOS2.2.4.3 RECURSOS HÍDRICOS ARTIFICIAIS:

PLANO DE REGA DO ALENTEJO

2.2.5 SISTEMAS ECOLÓGICOS

2.2.6 PAISAGEM

REVISÃO DO PDMDE FERREIRA DO ALENTEJO

ENQUADRAMENTO TERRITORIAL

ABRIL 2010

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REVISÃO DO PDM 2. ENQUADRAMENTO TERRITORIAL

DE FERREIRA DO ALENTEJO 2.2 TERRITÓRIO

ABRIL 2010

2.2.1

2.2 TERRITÓRIO

2.2.1 ÁREAS TERRITORIAIS

NUT’S 3: BAIXO ALENTEJO E ALENTEJO LITORAL

Combinando uma vocação agrícola (olivais e pomares) e florestal (pinheiros bravos e

eucaliptos) com uma tradição industrial expressiva ao longo do Rio Sado, a que se acrescenta

o turismo e as reservas de água e de produção de energia, o Concelho de Ferreira do

Alentejo coloca-se numa posição central entre as sub-regiões.(NUTs 3) do Baixo

Alentejo , a que pertence, e do Alentejo Litoral , com que confina.

Fig 2.2.1 - Área Territorial de Referência: Ba ixo Alentejo e Alentejo Litoral

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REVISÃO DO PDM 2. ENQUADRAMENTO TERRITORIAL

DE FERREIRA DO ALENTEJO 2.2 TERRITÓRIO

2.2.2

2.2.1.1 BAIXO ALENTEJO

O Baixo Alentejo corresponde à metade sul da planície alentejana , ocupando uma área de

8 542,7 km², a maior ao nível nacional, tendo como limites, a norte o Distrito de Évora, a leste

Espanha, a sul o Distrito de Faro e a oeste o Distrito de Setúbal e abrangendo 13 Concelhos -

Aljustrel, Almodôvar, Alvito, Barrancos, Beja, Castro Verde, Cuba, Ferreira do Alentejo,

Mértola, Moura, Ourique, Serpa e Vidigueira .

Embora possuindo uma grande coerência territorial, há muito estabilizada, os limites do

Baixo Alentejo são difíceis de descortinar a Norte , pois decorrem essencialmente da

relação que o povoamento humano foi estabelecendo com o território - as fronteiras com o

Alto Alentejo mais do que físicas, são humanas e comportamentais e, sobretudo, são

políticas e administrativas, resultante da divisão do Alentejo histórico em distritos,

nomeadamente o de Beja, praticamente coincidente com o Baixo Alentejo.

A região do Baixo Alentejo “ tem como unidade morfológica natural predominante a

Peneplanície Alentejana , que se caracteriza por uma extensa superfície de aplanamento, por

vezes muito perfeita, a ponto de melhor lhe caber o nome de planície, outras vezes com

suaves ondulações, situando-se os valores dos declives maioritariamente entre os 0 e os 5%”1.

A Poente, as serras de Grândola e do Cercal constituem barreiras físicas cuja, outrora,

difícil transposição permite compreender a diferenciação territorial entre o Baixo Alentejo

e o Alentejo Litoral , sendo este, na sua faixa costeira, mais “algarvio”, por força de migrações

populacionais associadas à pesca.

A sul, as serras algarvias (Serra de Monchique, Serra do Caldeirão e Serra de Espinhaço de

Cão) são as áreas mais acidentadas e de maior altitude que ajudam a separar fisicamente

dois territórios, o Alentejo e o Algarve que historicamente foram sempre diferenciados .

2.2.1.2 ALENTEJO LITORAL

O Alentejo Litora l, com que Ferreira do Alentejo confina a Poente e com o qual mantem

relações, constituiu, sempre, uma sub-região especial no contexto alentejano .

1 Plano Regional de Ordenamento Florestal do Baixo Alentejo (PROF BA)

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REVISÃO DO PDM 2. ENQUADRAMENTO TERRITORIAL

DE FERREIRA DO ALENTEJO 2.2 TERRITÓRIO

2.2.3

Dotada de recursos naturais notáveis e com uma extensa costa atlantica, apresenta uma

localização geoestratégica excelente, entre a Área Metropolitana de Lisboa e o Algarve,

compreendendo 5 concelhos: Alcácer do Sal, Grândola, Santiago do Cacém e Sines (do

distrito de Setúbal) e Odemira (do distrito de Beja).

A paisagem, clima ou a influencia do atlântico marcam a litoralidade desta Sub-região,

reforçada pela separação física provocada pelo sistema montanhoso das serras de Grândola e

do Cercal, contribuindo para uma maior autonomização do Alentejo Litoral e a formação de

uma identidade mais forte.

Por outro lado, com excepção de Odemira, os Concelhos do Alentejo Litoral foram

integrados no Distrito de Setubal, o que gerou relações de dependência e aproximação

para Norte , que reforçou aquela identidade e algum afastamento do resto do Alentejo.

Na década de setenta do Século passado, o lançamento do complexo industrial e portuário

de Sines, provocou uma significativa alteração estrutural no Território alentejano, com a

constituição de uma nova centralidade urbana e económica no triangulo Sines - Santiago

do Cacem – S. André.

2.2.2 GEOTECNIA

Do ponto de vista geológico, a região de enquadramento de Ferreira do Alentejo divide-se (fig.

2.2.2) entre

- Zona da Ossa Morena : No limite norte, os terrenos desta zona cavalgam os da zona

centro--ibérica e estendem-se para sul, sendo limitados no território português pelo

cavalgamento de Ferreira do Alentejo-Ficalho , continuando-se por Espanha até Cazala

da Serra e vale do Guadalquivir. Abundam os materiais pré-câmbricos e câmbricos que

apresentam materiais vulcânicos e plutónicos. A idade destas rochas é da ordem dos 460 a

500 M.a., isto é, do Ordovícico.

- Zona Sul Portuguesa: Localizado a sul da zona de Ossa--Morena e caracteriza-se pelo

afloramento de materiais relativamente jovens {Devónico e Carbonífero), que em alguns

casos estão afectados por um metamorfismo de baixo grau. As rochas mais abundantes

nesta zona são sedimentares, às quais se encontram associados importantes jazigos

minerais (Faixa Piritosa Ibérica) que têm sido explorados desde a Antiguidade.

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REVISÃO DO PDM 2. ENQUADRAMENTO TERRITORIAL

DE FERREIRA DO ALENTEJO 2.2 TERRITÓRIO

2.2.4

- Zona Orla Ocidental - essencialmente constituída por materiais sedimentares

mesocenozói-cos, sobretudo calcários, argilas, arenitos, etc, com algumas intrusões

magmáticas e escoadas lávicas. Ao nível das bacias do Tejo e do Sado encontram-se

depósitos de cobertura de idade mais recente.

Ferreira do Alentejo reparte-se entre a Zona da Ossa Morena e a Zona Sul

Portuguesa,sendo o acidente geológico mais notável o calvagamento Ferreira do

Alentejo - Ficalho

Fig 2.2.2 – Carta Geológica Resumo

A título meramente informativo para compreensão do enquadramento regional, já que no

Volume 3, Caracterização e Diagnóstico procede-se a uma análise mais detalhada das

componentes geológicas e hidrogeológicas de Ferreira do Alentejo, apresenta-se um extracto

da Carta Geológica de Portugal (fig.s 2.2.3)

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REVISÃO DO PDM 2. ENQUADRAMENTO TERRITORIAL

DE FERREIRA DO ALENTEJO 2.2 TERRITÓRIO

2.2.5

Fig 2.2.3 – Carta Geológica

2.2.3 SOLOS

2.2.3.1 LITOLOGIA

A Carta Litológica do Atlas do Ambiente do Instituto do Ambiente (fig.2.2.4) considerou,

com base no tratamento da informação existente, dois parâmetros relativos à rocha-mãe - o pH

e a dureza - do que resultou a definição de cinco unidades litológicas – rochas ácidas

brandas, rochas ácidas duras, rochas básicas duras e rochas de dureza e acidez variada

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REVISÃO DO PDM 2. ENQUADRAMENTO TERRITORIAL

DE FERREIRA DO ALENTEJO 2.2 TERRITÓRIO

2.2.6

A Carta Litológica, a par da Carta Geológica e da componente hidrogeológica, no que será

analizado com maior detalhe no Relatório 3, Caracterização e Diagnóstico, permite verificar a

singularidade do subsolo de Ferreira do Alentejo no contexto do Baixo Alentejo, cuja

análise mais detalhada é remetida para o Relatório 3, de caracterização e Diagnóstico.

Fig 2.2.4 – Carta Litológica

Fonte: Atlas do Ambiente Digital, Instituto do Ambiente

2.2.3.2 CAPACIDADE DE USO

Com relevância para a agricultura, apresenta-se a distribuição da Capacidade de Uso

Agrícola do Solo para o Alentejo (fig. 2.2.5), com base no Atlas do Ambiente Digital, Instituto

do Ambiente, onde é percepcionável a localização priveligeada de Ferreira do Alentejo,

nos chamados Barros de Beja, onde as classes A e B apresentam grande proeminencia ,

em contraste com a maior parte do Alentejo, onde predominam os solos pobres.

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REVISÃO DO PDM 2. ENQUADRAMENTO TERRITORIAL

DE FERREIRA DO ALENTEJO 2.2 TERRITÓRIO

2.2.7

Fig 2.2.5 – Carta de Capacidade de Uso do Solo

Fonte: Atlas do Ambiente Digital, Instituto do Ambiente

2.2.4 RECURSOS HÍDRICOS

A área de referência considerada , definida pelas NUTs do Baixo Alentejo e do Alentejo Litoral

é dominada pelas Bacias Hidrográficas do Sado , a poente e abrangendo a totalidade do

Concelho de Ferreira do Alentejo, e do Guadiana , a Nascente, ambas abrangidas por Planos

de Bacia Hidrográfica (PBH do Rio Sado e PBH do Rio Guadiana).

Embora integralmente abrangido pela Bacia do Rio Sado, Ferreira do Alentejo também

beneficia do Rio Guadiana através do sistema de rega da Barragem do Alqueva cujo Bloco

12 cobre parte significativa do Norte do Concelho.

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REVISÃO DO PDM 2. ENQUADRAMENTO TERRITORIAL

DE FERREIRA DO ALENTEJO 2.2 TERRITÓRIO

2.2.8

2.2.4.1 SISTEMA HIDROGRÁFICO

O Plano da Bacia Hidrográfica do Sado , que constitui um dos instrumentos de referência

estratégica do PDM, tem como Área de Intervenção a bacia hidrográfica do rio Sado, o

estuário e as bacias costeiras que drenam directamente para o mar , excluindo a faixa

litoral de 500 m, que é objecto dos Planos de Ordenamento da Orla Costeira, abrangendo um

total de 8 341 km2

, dos quais 7 692 km2 correspondem propriamente à bacia hidrográfica

do rio Sado .

Citando o PBH do Rio Sado, refere-se que este rio “nasce na serra da Vigia, a 230 m de

altitude, e desenvolve-se ao longo de 180 km até à foz, no oceano Atlântico, junto a Setúbal.

Num primeiro troço, entre a nascente e a confluência com a ribeira de Odivelas, o rio corre na

direcção sul-norte, flectindo depois para noroeste, direcção que segue até à sua foz.

O Sado pode ser considerado como exemplo de um rio de planície , uma vez que, mais de

metade do seu percurso (95 km) se situa abaixo dos 50 m de altitude. O declive médio do rio é

de 1,5°/oo. O perfil longitudinal do rio apresenta dois troços distintos. O troço de montante, com

cerca de 100 km de comprimento, apresenta um declive bastante mais acentuado que o troço

de jusante, onde se verifica um alargamento do rio, formando a partir da confluência com a

ribeira de S. Martinho um complexo estuário com cerca de 100 km2

de área”.

Ainda citando o PBH RS, “tendo em vista a análise e apresentação de dados para locais

estratégicos das linhas de água, a bacia hidrográfica do rio Sado foi estruturada em quatro

zonas (Fig. 2.2.5) admitidas como áreas homogéneas na bacia do Sado, tendo por base a

delimitação das bacias hidrográficas e as características geológicas, hidrogeológicas,

geomorfológicas e ambientais, tendo sido estas zonas definidas do seguinte modo :

- Zona A, correspondente à área da bacia do Sado a norte das bacias hidrográficas da ribeira

de Alcaçovas e do Arroio da Pernada do Marco;

- Zona B, correspondente à área da bacia do Sado a sul da zona A e até às bacias

hidrográficas das ribeiras de Odivelas e de Grândola;

- Zona C, correspondente à restante área da bacia do Sado a sul das bacias

hidrográficas das ribeiras de Corona e da Figueira;

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REVISÃO DO PDM 2. ENQUADRAMENTO TERRITORIAL

DE FERREIRA DO ALENTEJO 2.2 TERRITÓRIO

2.2.9

- Zona D, correspondente às restantes áreas adjacentes à bacia hidrográfica do Sado com

destaque para as bacias costeiras e a zona limite do concelho de Setúbal, que drena para o

Tejo”.

Fig. 2.2.6 – Hidrografia: Unidades Homogéneas

Fonte: Plano de Bacia Hidrográfica do Rio Sado

Seguindo estes princípios, foram estabelecidas 38 sub-bacias (fig. 2.2.7), sendo que o

Concelho de Ferreira do Alentejo é abrangido pelas sub-bacias do Rio Sado, a Poente e

da Ribeira de Odivelas, a Norte, ambas na Zona Homogénea B, e das Ribeiras de Figueira

e de Canhestros, em toda a sua extensão Sul (pode-se considerar ainda uma estreita

faixa, na sua fronteira Sul, abrangida pela bacia da Ribeira do Roxo), na Zona C .

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DE FERREIRA DO ALENTEJO 2.2 TERRITÓRIO

2.2.10

Planta 2.2.7 – Bacias Hidrográficas

Fonte: Plano de Bacia Hidrográfica do Rio Sado

2.2.4.2 RECURSOS HÍDRICOS SUBTERRÂNEOS

Os recursos subterrâneos renováveis na bacia do Sado , distribuidos por vários aquíferos

(fig. 2.2.8) são bastante significativos, dos quais se referem, por abrangerem Ferreira do

Alentejo, os aquíferos dos Gabros de Beja e de Alvalade .

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2.2.11

Fig. 2.2.8 – Aquíferos

Fonte: Plano de Bacia Hidrográfica do Rio Sado

A figura 2.2.9, que tem como fonte o Atlas do Ambiente Digital, ilustra a produtividade dos

recursos hídricos subterrâneos, realçando-se a localização, relativamente favorável, de

Ferreira do Alentejo no contexto do Baixo Alentejo .

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DE FERREIRA DO ALENTEJO 2.2 TERRITÓRIO

2.2.12

Fig. 2.2.9 – Produtividade dos aquíferos

Fonte: Atlas do Ambiente Digital, Instituto do Ambiente

2.2.4.3 RECURSOS HÍDRICOS ARTIFICIAIS: PLANO DE REGA DO ALENTEJO

Concebido pela primeira vez como Plano Geral em 1958, o Plano de Rega do Alentejo

prevê o desenvolvimento de um conjunto de aproveitamentos hidráulicos em várias

bacias do Alentejo , funcionando como um esquema interligado, com transferências inter-

bacias, assente no empreendimento do Alqueva como origem principal de água do

sistema.

Ferreira do Alentejo é dos Concelhos que mais benefícia do Plano de Rega do Alentejo,

inicialmente através do perímetro de Rega de Odivelas , com origem na barragem do mesmo

nome a Nordeste do Concelho, mas também a sul, numa pequena área, através do perímetro

do Roxo.

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DE FERREIRA DO ALENTEJO 2.2 TERRITÓRIO

2.2.13

Mas é o sistema de Alqueva, com uma influência importantíssima na gestão dos

recursos hídricos da bacia do rio Sado, que Ferreira do Alentejo mais vai beneficiar,

através da infra-estrutura 12.

2.2.5 SISTEMAS ECOLÓGICOS

Uma primeira divisão do território português numa perspectiva ecológica foi realizada por Pina

Manique e Albuquerque segundo áreas homogéneas do ponto vista natural tendo em

conta características climáticas associadas a características geológicas, orográficas e

florísticas .

Segundo esta divisão, Ferreira do Alentejo localiza-se, de acordo com as suas características

fito-climáticas, numa zona sub-mediterranica/ibero mediterrânica (fig. 2.2.10)

Planta 2.2.10 – Zonas Ecológicas

Fonte: Pina Manique e Albuquerque, Atlas do Ambiente Digital, Instituto do Ambiente, 1985

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DE FERREIRA DO ALENTEJO 2.2 TERRITÓRIO

2.2.14

Uma delimitação mais recente, que se vem impondo como referência nos estudos do Território

e nos respectivos Instrumentos de Gestão, adopta uma perspectiva bio-geográfica fundada

no relacionamento do meio físico com o biológico de que resultou o estabelecimento de

um modelo tipológico hierárquico do território, com expressão espacial, segundo

Provincias/Sectores/Distritos .

De acordo com este modelo, Ferreira do Alentejo situa-se, em quase toda a sua extensão

na provincia Luso-Extremadurense, subsector Monchiquense/Baixo Alentejano,

Superdistrito do Baixo Alentejo, embora as margens do Rio sado, a Poente, já se situem na

Provincia Gaditano-Onubo-Algarviense, Sector Ribatagano Sadense Superdistrito Sadense (fig.

2.2.11 extraida do PBHS).

Planta 2.2.11 – Sistemas Ecológicos

Fonte: Plano de Bacia Hidrográfica do Rio Sado

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DE FERREIRA DO ALENTEJO 2.2 TERRITÓRIO

2.2.15

2.2.6 PAISAGEM

“A paisagem alentejana distingue-se, no contexto nacional, pela extensão e harmonia da

paisagem , fruto da grande uniformidade das planícies, da dimensão da propriedade, do

sistema de culturas, da baixa densidade demográfica e do modelo de povoamento. O bom

relacionamento cénico entre o património edificado e os espaços naturais envolventes

contribuem para a singularidade deste território . A qualidade ambiental e o clima quente e

seco sustentam a manutenção desta originalidade” (PROT do Alentejo, Diagnóstico Regional).

Uma primeira tentativa de classificação paisagística de Portugal foi realizada por Pina

Manique e Albuquerque, conforme publicado no Atlas do Ambiente Digital, Instituto do

Ambiente (fig. 2.2.11) seguindo uma perspectiva dominantemenente fito-geográfica .

Planta 2.2.12 – Classificação da Paisagem, segundo Pina e Albuquerque

Fonte: Atlas do Ambiente Digital, Instituto do Ambiente.

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REVISÃO DO PDM 2. ENQUADRAMENTO TERRITORIAL

DE FERREIRA DO ALENTEJO 2.2 TERRITÓRIO

2.2.16

Nesta abordagem, todo o interior alentejano, incluindo Ferreira do Alentejo, surge como

uma região de grande uniformidade paisagística, a Campina de Sequeiro que, de algum

modo, nos transporta para a imagem tradicional do Alentejo das searas.

Já em “Contributos para a Identificação e caracterização da Paisagem em Portugal

Continental”, Cancela de Abreu e outros procedem a uma abordagem mais elaborada e

actualizada, com a identificação de áreas delimitadas como Unidades de Paisagem , resultado

da análise cruzada de uma multiplicidade de factores objectivos, baseados em critérios

materiais, ou subjectivos, baseados em critérios interpretativos.

Este documento impôs-se como referência nos instrumentos de planeamento e gestão

do Território , nomeadamente nos PROT, como seja o caso do PROT Alentejo que

transpõe integralmente para para o seu dispositivo aquele zonamento (fig. 2.2.13.)

Planta 2.2.13 – Unidades de Paisagem no PROT Alentejo

Fonte: PROT Alentejo

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REVISÃO DO PDM 2. ENQUADRAMENTO TERRITORIAL

DE FERREIRA DO ALENTEJO 2.2 TERRITÓRIO

2.2.17

Neste Estudo, o Concelho de Ferreira do Alentejo aparece essencialmente repartido

entre duas Unidades de Paisagem (fig. 2.2.14), aflorando ainda, a poente, pequenas porções

de outras duas Unidades:

- A zona nascente do Concelho na Unidade de Paisagem 110 – Terras Fortes do Baixo

Alentejo , cujo padrão “é dominado por grandes propriedades, ocupadas essencialmente

por sistemas arvenses de sequeiro” que se estende para o interior do Baixo Alentejo até ao

Rio Guadiana.

- A zona ocidental do Concelho (partes das freguesias de Figueira de Cavaleiros e de

Odivelas), na Unidade 97, “Montados da Bacia do Sado” que “estabelece a transição do

interior alentejano para o litoral, confina com diversas paisagens, distinguindo-se

claramente das que se encontram a oeste” e se estende para norte ao longo do Vale do

Sado,

- A poente, pequenas áreas de acompanhamento do Rio Sado são integradas nas

Unidades 94 (Charneca do Sado) e 98 (Terras do Alto Sado) , características do Alentejo

Litoral.

Planta 2.2.14 – Unidades de Paisagem

Fonte: “Contributos para a Identificação e Caracterização da Paisagem em Portugal Continental”,

Cancela de Abreu e outros

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2.3

CA

RA

CT

ER

IZA

ÇÃ

O S

OC

IO-E

CO

MIC

A2.3.1 DEMOGRAFIA

2.3.1.1 VOLUMES DEMOGRÁFICOS2.3.1.3 DINÂMICA POPULACIONAL2.3.1.4 ESTRUTURA ETÁRIA

2.3.2 ESTRUTURA E DINÂMICA ECONÓMICA

2.3.2.1 EVOLUÇÃO DO PRODUTO INTERNO BRUTO 2.3.2.2 DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ACRESCENTADO BRUTO2.3.2.3 PRODUTIVIDADE E GRAU DE ESPECIALIZAÇÃO 2.3.2.4 DESEMPENHO ECONÓMICO2.3.2.5 FLUXOS LABORAIS 2.3.2.6 RENDIMENTO E PODER DE COMPRA

2.3.3 INDICADORES DE REFERÊNCIA ESPACIAL DA ACTIVIDADE ECONÓMICA

2.3.3.1 AGRICULTURA2.3.3.2 ÌNDUSTRIA2.3.3.3 TURISMO

REVISÃO DO PDMDE FERREIRA DO ALENTEJO

ENQUADRAMENTO TERRITORIAL

ABRIL 2010

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REVISÃO DO PDM 2. ENQUADRAMENTO TERRITORIAL DE FERREIRA DO ALENTEJO 2.3 ENQUADRAMENTO SOCIO-ECONOMICO

ABRIL 2010

2.3.1

2.3 ENQUADRAMENTO SÓCIO-ECONÓMICO

2.3.1 DEMOGRAFIA

No quadro 2.3.2 apresentam-se indicadores demograficos estimados pelo INE em 2008

para os Concelhos das duas Sub-regiões de referência , sendo que o Concelho de Ferreira

do Alentejo contribui com 3,78 % do volume populacional total destas Sub-regiões.

Em todo o Alentejo verifica-se uma clara tendencia para a perda de população , muito

embora de forma assimétrica – mais forte nas áreas mais interiorizadas, mais fraca no litoral

alentejano e em torno dos grandes centros urbanos.

2.3.1.1 VOLUMES DEMOGRÁFICOS

A distribuição da população residente actual é clara ao nível das duas sub-regiões de

referência - o Alentejo Litoral, cujos cinco Concelhos, em termos de quantitativos, se colocam

na parte superior da tabela, e o Baixo Alentejo, com excepção de Beja, na parte inferior.

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REVISÃO DO PDM 2. ENQUADRAMENTO TERRITORIAL

DE FERREIRA DO ALENTEJO 2.3 ENQUADRAMENTO SOCIO-ECONOMICO

2.3.2

Três Concelhos contribuem com maior peso para a população das duas Sub-regiões –

Beja (16.02 %), o mais populoso, Santiago do Cacém (13,74 %) e Odemira (11,82 %)

No caso do Baixo Alentejo , a distribuição populacional é bastante desigual entre os vários

Concelhos, ocupando Ferreira do Alentejo a quinta posição

Quadro 2.3.1 População estimada em 2008 dos Con celhos do Baixo Alentejo e Alentejo Litoral

CONCELHO

Área do

Concelho

(Km 2)

População

Residente

(2008)

Densidade

Populacional

(habs/ha)

Peso na

Região (%)

Beja 1138,75 34387 0,30 16,02

Santiago do Cacém 1059,64 29482 0,28 13,74

Odemira 1719,84 25365 0,15 11,82

Moura 957,73 16120 0,17 7,51

Serpa 1103,74 15455 0,14 7,20

Grândola 807,46 13979 0,17 6,51

Sines 202,59 13681 0,68 6,38

Alcácer do Sal 1465,28 13017 0,09 6,07

Aljustrel 455,65 9460 0,21 4,41

Ferreira do Alentejo 646,81 8132 0,13 3,79

Castro Verde 567,32 7782 0,14 3,63

Mértola 1279,40 7332 0,06 3,42

Almodôvar 775,45 7163 0,09 3,34

Vidigueira 314,20 5886 0,19 2,74

Ourique 660,14 5426 0,08 2,53

Cuba 171,31 4674 0,27 2,18

Alvito 264,81 2720 0,10 1,27

Barrancos 168,43 1697 0,10 0,79

Total 13758,55 214595 0,17 100,00

Fonte: estimativa do INE para 2008

A espacialização destes indicadores é ilustrada nas seguintes figuras:

- fig. 2.3.1, a distribuição da população do Baixo Alentejo e do Alentejo Litoral pelos

Concelhos abrangidos.

- fig. 2.3.2, a densidade populacional

- fig 2.3.3, o peso da população de cada Concelho no conjunto das duas sub-regiões

(relação da população concelhia com a população total das duas subregiões)

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REVISÃO DO PDM 2. ENQUADRAMENTO TERRITORIAL

DE FERREIRA DO ALENTEJO 2.3 ENQUADRAMENTO SOCIO-ECONOMICO

2.3.3

fig. 2.3.1: População est imada por Concelho (2008)

fig. 2.3.2: densidade populacional

fig. 2.3.3 peso da popul ação concelhia na população

da região

Fonte: estimativa do INE para 2008

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DE FERREIRA DO ALENTEJO 2.3 ENQUADRAMENTO SOCIO-ECONOMICO

2.3.4

2.3.1.2 VARIAÇÃO POPULACIONAL

O Baixo Alentejo e o Alentejo Litoral que em 2001 possuiam em conjunto uma população de

235 081 indivíduos (respectivamente 135 105 e 99 976), seguem uma tendência da redução

dos efectivos populacionais que nos anos 80 apresentou um valor negativo acentuado

de - 20.559, mas que se reduziu na década de noventa para – 6 458.

Porém, esta tendencia não só se mantem nos nossos dias, como se volta a agravar – com

efeito, se se considerar a estimativa populacional do INE para 2008 de 214 595 habitantes,

verifica-se uma redução provável bastante acentuada de - 20 486 índividuos em relação à

população recenseada em 2001, valor idêntico ao da década de 80.

Quadro 2.3.2 variação populacional estimada entre 2001 e 2008

CONCELHO

População

em 2001

(censos)

População

em 2008

(estimativa)

Variação

da

população

Variação

percentual

Castro Verde 7603 7782 179 2%

Sines 13577 13681 104 1%

Alvito 2688 2720 32 1%

Odemira 26106 25365 -741 -3%

Moura 16590 16120 -470 -3%

Beja 35762 34387 -1375 -4%

Santiago do cacém 31105 29482 -1623 -5%

Vidigueira 6188 5886 -302 -5%

Grandola 14901 13979 -922 -6%

Cuba 4994 4674 -320 -6%

Serpa 16723 15455 -1268 -8%

Alcácer do sal 14287 13017 -1270 -9%

Ferreira do Alentejo 9010 8132 -878 -10%

Aljustrel 10567 9460 -1107 -10%

Barrancos 1924 1697 -227 -12%

Ourique 6199 5426 -773 -12%

Almodovar 8145 7163 -982 -12%

Mértola 8712 7332 -1380 -16%

Total 235081 214595 -20486 -9%

Fonte: Censos 2001 e estimativa do INE para 2008

Com base nas estimativas do INE para 2008, admite-se que o Concelho de Ferreira do

Alentejo possua 8132 habitantes, o que representará uma perda de cerca de 878

habitantes em relação aos 9010 habitantes recenseados em 2001 (ap. menos 10%)

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DE FERREIRA DO ALENTEJO 2.3 ENQUADRAMENTO SOCIO-ECONOMICO

2.3.5

fig. 2.3.4: variação populaci onal por Concelho, 2001-2008

Fonte: Censos 2001 e estimativa do INE para 2008

2.3.1.3 DINÂMICA POPULACIONAL

Um indicador permite compreender as tendencias evolutivas da população completando a

análise da variação populacional:

- Índice de Crescimento Efectivo em 2008 : Variação populacional observada durante um

determinado período de tempo, normalmente um ano civil, no caso 2008, referido à

população média desse período (habitualmente expressa por 100 (10^2) ou 1000 (10^3)

habitantes).

Na região, estas taxas são nulas ou negativas, sendo já preocupantes em Ferreira do

Alentejo .

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REVISÃO DO PDM 2. ENQUADRAMENTO TERRITORIAL

DE FERREIRA DO ALENTEJO 2.3 ENQUADRAMENTO SOCIO-ECONOMICO

2.3.6

fig. 2.3.5: taxa de cresciment o efectivo por Concelho, 2008

Fonte: INE

2.3.1.4 ESTRUTURA ETÁRIA

A Estrutura Etária da população do Baixo Alentejo e Alentejo Litoral revela uma

população duplamente envelhecida , através de uma presença acentuada dos idosos (65 ou

+ Anos) não compensada pelos juvenis (0 – 24 Anos), enquanto o peso dos juvenis e idosos é

idêntica ao grupo da população activa (25 – 64), o que se vai reflectir nos Índice de

Dependencia e de Envelhecimento.

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DE FERREIRA DO ALENTEJO 2.3 ENQUADRAMENTO SOCIO-ECONOMICO

2.3.7

Quadro 2.3.3 População Residente em 2001 (censos) e 2008 (estimativa), segundo os Grupos Etários

2001 2008

Total 0 - 14

anos

15 - 24

anos

25 - 64

anos

65 e

mais

anos

Total 0 - 14

anos

15 - 24

anos

25 - 64

anos

65 e

mais

anos

Alcácer do Sal 13903 1783 1812 7217 3089 13017 1591 1353 6974 3099

Grândola 14603 1809 1734 7438 3623 13979 1773 1342 7231 3633

Odemira 25638 3241 3026 12750 6622 25365 3016 2621 12838 6890

Santiago Cacém 30415 3738 4338 16117 6222 29482 3360 3046 16516 6560

Sines 13368 2051 1921 7342 2062 13681 1991 1590 7871 2229

Aljustrel 10255 1309 1326 5277 2344 9460 1077 1015 5325 2043

Almodôvar 7916 904 997 3989 2029 7163 760 728 3809 1866

Alvito 2628 327 352 1289 673 2720 322 325 1435 638

Barrancos 1880 245 206 935 497 1697 224 182 866 425

Beja 35041 5033 4668 18125 7218 34387 5189 3606 18752 6840

Castro Verde 7485 1006 964 3791 1723 7782 931 897 4106 1848

Cuba 4867 699 597 2344 1229 4674 645 528 2398 1103

Ferreira Alentejo 8757 1124 1130 4335 2169 8132 1017 827 4350 1938

Mértola 8428 918 945 3841 2727 7332 676 737 3572 2347

Moura 16259 2506 2147 7930 3685 16120 2448 1885 8336 3451

Ourique 6021 637 672 2876 1839 5426 559 486 2734 1647

Serpa 16330 2284 1996 8107 3952 15455 2051 1689 8073 3642

Vidigueira 6042 873 709 2833 1635 5886 795 651 2846 1594

Fonte:INE

Seleccionaram-se dois indicadores significativos da estrutura etária da população,

particularmente da sua capacidade de renovação de efectivos, isto é, de substituição de

efectivos mais envelhecidos por outros mais novos:

- Índice de Envelhecimento : Relação entre a população idosa e a população jovem,

definida habitualmente como o quociente entre o número de pessoas com 65 ou mais anos

e o número de pessoas com idades compreendidas entre os 0 e os 14 anos (expressa

habitualmente por 100 (10^2) pessoas dos 0 aos 14 anos).

- Índice de Renovação da População em Idade Activa : Relação entre a população que

potencialmente está a entrar e a que está a sair do mercado de trabalho, definida

habitualmente como o quociente entre o número de pessoas com idades compreendidas

entre os 20 e os 29 anos e o número de pessoas com idades compreendidas entre os 55 e

os 64 anos (expressa habitualmente por 100 (10^2) pessoas com 55-64 anos).

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REVISÃO DO PDM 2. ENQUADRAMENTO TERRITORIAL

DE FERREIRA DO ALENTEJO 2.3 ENQUADRAMENTO SOCIO-ECONOMICO

2.3.8

Ambos os indicadores permitem interpretar a capacidade de reposição populacional que

em Ferreira do Alentejo baixa, apresentando um Índice de Envelhecimento já

preocupante e uma capacidade de renovação dos activos que embora positiva não deixa

de ser fraca

fig. 2.3.6: Índice de Envelhecimento por Concelho (Idosos/100 crianças), 2008

fonte: INE

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DE FERREIRA DO ALENTEJO 2.3 ENQUADRAMENTO SOCIO-ECONOMICO

2.3.9

fig. 2.3.7: Indice de Renovação da População Activa, 2008

fonte: INE

2.3.2 ESTRUTURA E DINÂMICA ECONÓMICA

Numa primeira abordagem, interessa avaliar a evolução recente do PIB per capita e da

capacidade exportadora da região onde se enquadra Ferreira do Alentejo e compará-la

com o território nacional , de forma a enquadrar o seu desenvolvimento e os efeitos próprios e

induzidos da estrutura económica. Iremos, posteriormente, desagregar a estrutura produtiva

local de acordo com os sectores mais relevantes, e dentro destes destacar as actividades que

têm mais preponderância nessa estrutura.

O Concelho de Ferreira do Alentejo encontra-se inserido numa sub-região (Baixo Alentejo) cujo

nível de vida, aproximado pelo indicador do PIB per capita, tem-se mantido modesto.

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REVISÃO DO PDM 2. ENQUADRAMENTO TERRITORIAL

DE FERREIRA DO ALENTEJO 2.3 ENQUADRAMENTO SOCIO-ECONOMICO

2.3.10

De facto, em 2004, o PIB per capita a preços de mercado, situava-se nos 11,8 milhares de

euros por habitante, representando apenas 86% da média nacional.

O Alentejo Litoral destaca-se no desempenho deste indicador devido à dinâmica gerada pela

Plataforma Industrial e Logística de Sines, factor que reflecte também a capacidade

exportadora regional.

Quadro 2.3.4 PIB per capita da região Alentejo

PIB per capita 2004

(milhares de euros/pessoa)

PT=100

TVMA 1995-2004

(Taxa de variação média

anual)

Portugal 13,7 100 6,1%

Alentejo 12,8 93,8 6,4%

Alentejo Litoral 18,4 134,8 5,2%

Alto Alentejo 12,0 87,5 7,1%

Alentejo Central 11,8 86,1 6,7%

Baixo Alentejo 11,8 86,0 6,1%

Fonte: INE, Contas Regionais

O comportamento do indicador exportações per capita é um pouco mais favorável, sobretudo

numa perspectiva evolutiva (no Baixo Alentejo a taxa de crescimento média anual entre 1999 e

2006 foi de cerca de 23%), explicada em grande parte pelo desempenho do concelho de

Castro Verde (Complexo Mineiro de Neves Corvo). Note-se com excepção deste concelho, a

maior parte dos concelhos pertencentes ao Baixo Alentejo não ultrapassam, em 2006, os 2.000

milhares de euros de exportações.

Quadro 2.3.5 Exportações per capita na Região Alentejo

Exportações per capita 2006

(euros/ pessoa) PT=100

TVMA 1999-2006

(Taxa de variação

média anual)

Portugal 3.191 100,0 6,0%

Alentejo 3.265 102,3 13,1%

Alentejo Litoral 7.030 220,3 20,5%

Alto Alentejo 1.347 42,2 5,7%

Alentejo Central 1.804 56,5 5,7%

Baixo Alentejo 2.857 89,5 22,7%

Fonte: INE, Estatísticas do Comércio Internacional

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REVISÃO DO PDM 2. ENQUADRAMENTO TERRITORIAL

DE FERREIRA DO ALENTEJO 2.3 ENQUADRAMENTO SOCIO-ECONOMICO

2.3.11

2.3.2.2 DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ACRESCENTADO BRUTO

O posicionamento económico da região do Baixo Alentejo pode também ser aferido pela

distribuição do valor acrescentado bruto (VAB) por actividade económica, pela produtividade

associada e pelo grau de especialização face ao padrão nacional.

No Baixo Alentejo, uma fatia muito substancial de VAB é gerada pelo sector primário (18,6%),

parcela que em termos relativos supera a atribuída à região Alentejo no seu todo1 (13,1%).

O VAB industrial é notoriamente gerado em maior escala pelo Alentejo Litoral, verificando-se

que no Baixo Alentejo, a parcela de VAB industrial gerado é de cerca de metade da média

nacional.

É patente nas sub-regiões analisadas do Alentejo um défice de representatividade dos serviços

prestados principalmente às empresas (em comparação com a referência nacional), factor que

é compensado na maior parte dos casos (excepção feita para o Alentejo Litoral) por uma maior

presença de actividades de serviços de proximidade prestados às pessoas (educação, saúde,

administração pública, etc.).

Gráfico 2.3.1 – Estrutura do VAB por actividade económica, 2003

13,6% 13,5% 10,2%18,6%

13,1%

38,8%

14,7%12,4%

9,4% 19,4%

18,7%

10,8%

13,6% 15,7% 14,8%13,4%

12,7%

11,6% 12,5% 13,8%12,5%

21,0%

14,7%

32,1% 32,0% 29,1% 25,4% 25,4%

10,1%

0%

20%

40%

60%

80%

100%

AL Litoral Alto AL AL Central Baixo AL ALENTEJO PT

Agricultura, caça e silvicultura; pesca Indústria

Construção Comércio a retalho

Alojamento e restauração Transportes, comunic. e comércio por grosso

Act. financ. e serviços prestados principal/ às empresas Outros serviços

Fonte: INE, Contas Regionais,2003

1 Note-se que a nomenclatura territorial de unidades estatísticas utilizada neste estudo refere-se à que vigora a partir

de 2002, em que a região Alentejo integra 5 NUTS III (inclui também a Lezíria do Tejo).

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DE FERREIRA DO ALENTEJO 2.3 ENQUADRAMENTO SOCIO-ECONOMICO

2.3.12

2.3.2.3 PRODUTIVIDADE E GRAU DE ESPECIALIZAÇÃO

No Baixo Alentejo, a produtividade e o grau de especialização (medido através do Quociente

de Localização)2 do sector primário e da indústria extractiva são significativamente elevados,

em comparação com a referência nacional (a produtividade do sector primário é 4,5 vezes

superior à média nacional, a produtividade da indústria extractiva supera em 2,7 vezes a da

média nacional, enquanto o quociente de localização de ambas as actividades económicas

supera o valor de 5), cf. quadros seguintes em que se evidenciam, comparativamente para as

quatro NUT III, as actividades económicas cuja produtividade e grau de especialização

superam com algum significado, a referência nacional.

Quadro 2.3.6 Produtividade na Região Alentejo (VAB/emprego), em que PT=1, 2003

AL Litoral Alto AL AL

Central Baixo

AL

Sector Primário 5,2 3,2 3,0 4,5 Indústria Extractiva 2,7 Indústria Química 1,9 Indústria Mecânica, Eléctrica e Electrónicas 1,3 Produção e Distribuição de Energia e Água 8,9 1,6 Transporte, Armazenagem e Comunicações 1,4 1,3 1,4 Serviços Financeiros e de Apoio às Empresas 1,2 1,2 1,3

Fonte: INXL com base em INE, Contas Regionais

Quadro 2.3.7 Quociente de Localização na Região Alentejo (calculado a partir do VAB), 2003

AL Litoral Alto AL

AL Central

Baixo AL

Sector Primário Indústria Extractiva Indústria Alimentar Indústria Química Indústria Mecânica, Eléctrica e Electrónica Indústria dos Minerais não Metálicos Produção e Distribuição de Energia e Água Educação, Saúde e outros Serv. de Proximidade Administração Pública

Legenda: 1,2≤QL<2 2≤QL<3 3≤QL<5 5≤QL<10 QL≥10

2 O Quociente de Localização (QL) mede a concentração de cada actividade económica num espaço em análise,

tendo como referência um espaço padrão, sendo calculado com base no rácio entre o peso relativo de determinada

actividade no espaço em análise e o peso relativo dessa mesma actividade no espaço padrão. Sendo o QL

calculado tendo como referência o âmbito Nacional: QL<1: sub-especialização do concelho/ região face ao país na

actividade x; QL>1: especialização do concelho/região face ao país na actividade x; QL=1: igual importância relativa

da actividade x nas estruturas produtivas do concelho/ região; QL=0: o concelho/ região não possui a actividade x.

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2.3.13

2.3.2.4 DESEMPENHO ECONÓMICO

As características do emprego e do tecido económico, nomeadamente a estrutura produtiva

sectorial, a dimensão das empresas por escalões de emprego e o grau de dinamismo

económico, fornecem algumas pistas sobre as diferenças de desempenho económico do

concelho e da região em que se insere, face ao padrão nacional.

As condições de base da estrutura produtiva, traduzidas na disponibilidade de recursos

humanos, permitem observar que o Baixo Alentejo e Ferreira do Alentejo têm um desempenho

relativo menos favorável do que a média da região Alentejo e a média nacional no que se

refere aos indicadores da “população em idade activa/população residente” e do “desemprego

registado/população em idade activa”.

Quadro 2.3.8 População residente empregada na Região Alentejo, 2001

Desemprego

registado

(unidade)

População em

idade activa

(unidade)

Pop em idade

activa/ pop

residente (%)

Desemprego

registado/ pop.

em idade activa

(%)

taxa de variação

2001-2005

taxa de variação

2001-2005 2005 2005

Portel 5,9 0,0 60,9% 10,9%

Reguengos de Monsaraz 55,8 7,4 61,8% 7,5%

Alvito -26,4 -3,5 63,4% 6,5%

Beja -13,8 -0,8 65,0% 6,2%

Ferreira do Alentejo -5,7 -5,5 63,2% 10,6%

Vidigueira -9,8 -2,7 58,4% 9,7%

AL LITORAL -7,5 -1,6 64,6% 7,4%

ALTO AL 14,0 -3,8 61,3% 7,4%

AL CENTRAL 24,0 0,1 62,8% 6,0%

BAIXO AL -6,3 -2,4 62,9% 9,1%

ALENTEJO 10,8 -2,0 63,7% 7,2%

CONTINENTE 6,5 1,9 67,3% 5,0%

Fonte: IEFP, dados do desemprego registado e INE, estimativas da população

Do ponto de vista evolutivo, verifica-se em Ferreira do Alentejo um decréscimo simultâneo

entre 2001 e 2005 do número de desempregados registados no IEFP e da população em idade

activa, este último justificado pelo duplo envelhecimento demográfico, característico da região

(menos jovens e mais idosos).

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DE FERREIRA DO ALENTEJO 2.3 ENQUADRAMENTO SOCIO-ECONOMICO

2.3.14

Note-se que a taxa de desemprego do INE relativa ao primeiro trimestre de 2008 registou no

Alentejo um valor de sete décimas de ponto percentual acima da taxa de desemprego nacional

(8,3% contra 7,6%).

Do ponto de vista da estrutura produtiva, a população residente empregada por sector de

actividade revela (em 2001) que Ferreira do Alentejo ainda detém um forte peso no sector

primário (25% no concelho contra 12% na região Alentejo e apenas 5% no país), compensado

sobretudo por uma menor presença do sector secundário.

Ferreira do Alentejo é o concelho do Baixo Alentejo com uma maior proporção de população

residente empregada afecta ao sector primário, seguido de Serpa (22,7%), Moura (19,8%) e

Mértola (18,9%). Almodôvar, Aljustrel e Castro Verde posicionam-se como os concelhos da

região do Baixo Alentejo com maior pendor industrial (acima de 30%), enquanto Beja se

destaca pelo grau de terciarização da sua economia3.

Quadro 2.3.9 População residente empregada na Região Alentejo, 2001

Distribuição sectorial (%)

Em valor absoluto

Em % face ao país/ NUTS III

respectiva Sector

primário Sector

secundário Sector

terciário

País 4.650.947 100% 5,0% 35,1% 59,9% Alentejo 323.167 6,9% 12,0% 27,9% 60,1%

Alentejo Litoral 40.960 0,9% 14,7% 27,8% 57,6%

Alto Alentejo 49.291 1,1% 11,0% 25,2% 63,8%

Alentejo Central (AC) 75.723 1,6% 12,0% 27,9% 60,1%

Baixo Alentejo (BA) 50.818 1,1% 14,9% 22,7% 62,4% Portel (AC) 2.790 3,7% 26,1% 28,3% 45,7%

Reguengos de Monsaraz (AC) 4.676 6,2% 17,9% 28,1% 54,0%

Alvito (BA) 1.017 2,0% 16,0% 24,4% 59,6%

Beja (BA) 15.178 29,9% 8,0% 14,6% 77,5%

Vidigueira (BA) 2.213 4,4% 17,9% 19,5% 62,6%

Ferreira do Alentejo (BA) 3.403 6,7% 25,0% 22,5% 52,6% Fonte: INE, Censos 2001

Devido às diferentes especializações produtivas concelhias, a distribuição da população

residente por sector empregador pode diferir da do emprego concelhio em consequência dos

movimentos pendulares laborais entre concelhos4.

3 Os concelhos escolhidos para comparação (em termos de estatísticas apresentadas em quadros ou gráficos) têm a

particularidade de beneficiarem, à semelhança de Ferreira do Alentejo, do perímetro de rega do Alqueva. 4 Os movimentos pendulares laborais correspondem a fluxos de entrada e saída de mão-de-obra com origem ou

destino no concelho de Ferreira do Alentejo que ocorrem fruto das deslocações casa-trabalho das pessoas que

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2.3.15

2.3.2.5: FLUXOS LABORAIS

A determinação (i) da estrutura de emprego do concelho com base nos principais fluxos

laborais de entrada e saída de mão-de-obra, (ii) do padrão sectorial de mobilidade laboral

associado e (iii) da configuração geográfica dos fluxos de tipo “casa-trabalho” permite aferir a

interdependência espacial entre as bacias de emprego com influência no concelho (fig. 2.3.8,

recolhida junto ao PROT do Alentejo).

Fig. 2.3.8: Fluxo Residência-Trabalho

fonte: PROT Alentejo

trabalham fora do seu concelho de residência. A frequência dos fluxos pode ser diária, mensal ou periodicidade

superior.

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DE FERREIRA DO ALENTEJO 2.3 ENQUADRAMENTO SOCIO-ECONOMICO

2.3.16

As deslocações pendulares em geral (laborais e estudantis) têm implicações no sistema de

transportes e infraestruturas viárias, do ponto vista económico e traduzem-se num indicador do

grau de integração do concelho nos territórios envolventes, permitindo medir o seu grau de

atractividade/repulsão e consequentemente fornecer pistas para a definição de uma estratégia

de desenvolvimento5.

Pela leitura dos indicadores de mobilidade, pode aferir-se que em Ferreira do Alentejo, 77% da

população residente empregada opta por (ou consegue) trabalhar no próprio concelho e que a

bacia de emprego concelhia não é suficientemente atractiva para captar em termos líquidos

mão-de-obra para o concelho (dado que o volume de mão-de-obra captada para o concelho é

inferior à mão-de-obra que sai do concelho para trabalhar). Note-se que a taxa bruta de entrada

de mão-de-obra é muito inferior à taxa bruta de saída de mão-de-obra.

Beja é o Concelho com que Ferreira do Alentejo mais se relaciona em termos de fluxos de

entrada e saída de mão-de-obra. A bacia de emprego daquele concelho motiva 36,5% das

saídas totais de mão-de-obra residente em Ferreira do Alentejo. Aljustrel é o segundo concelho

mais ligado a Ferreira do Alentejo por movimentos pendulares laborais, seguindo-se alguns

concelhos do Alentejo Litoral, Lisboa e Alvito.

Quadro 2.3.10 – Configuração geográfica dos movimentos pendulares laborais, com origem ou destino em

Ferreira do Alentejo, 2001.

Concelhos - origem das entradas de emprego em F.A.

Nº entradas

%

Concelhos - destino das saídas da população residente de F.A.

Nº saídas

%

Beja 118 28,1 Beja 281 36,5

Aljustrel 44 10,5 Aljustrel 50 6,5

Santiago do Cacém 30 7,1 Grândola 49 6,4

Grândola 21 5,0 Lisboa 42 5,5

Cuba 17 4,0 Alvito 36 4,7

Alcácer do Sal 13 3,1 Santiago do Cacém 32 4,2

Évora 30 3,9

Castro Verde 27 3,5

Total 420 100 Total 770 100 Fonte: INXL com base nos movimentos pendulares do INE, Censos 2001

5 Neste estudo, apenas foram analisados os movimentos pendulares laborais.

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2.3.17

2.3.2.6 RENDIMENTO E PODER DE COMPRA

2.3.2.6a GANHO MÉDIO MENSAL

Os indicadores de rendimento e de poder de compra permitem avaliar a capacidade económica

dos residentes e do próprio grau de desenvolvimento dos Concelhos.

Em relação ao primeiro indicador, aferido pelo “ganho médio mensal dos trabalhadores por

conta de outrém” em 2006, recolhido junto ao INE, com base em informação do Ministério do

Trabalho e Segurança Social permite verificar uma localização dos rendimentos mais elevados

(superiores a 1 000 €/mês) em Sines e Castro Verde, sem dúvida reflexo da actividade

industrial em ambos, a que se pode acrescentar Beja com mais de 800 €

Nos demais, os ganhos mensais situam-se num intervalo entre 600 e 800 €, mas em que

Ferreira do Alentejo, conjuntamente com outros Concelhos onde a presença de activos

empregues no sector primário (agricultura) é mais acentuada, ocupa uma posição na parte

inferior da tabela.

Quadro 2.3.11 – Ganho médio mensal em euros, 2006

Concelhos ordenados de acordo com o ganho médio

Sines 1389,50

Castro Verde 1180,60

Beja 808,20

Santiago do Cacém 776,70

Aljustrel 768,30

Alvito 748,80

Odemira 742,30

Alcácer do Sal 728,70

Vidigueira 711,00

Moura 702,60

Grândola 701,40

Cuba 695,80

Ferreira do Alentejo 685,20

Serpa 660,00

Almodôvar 658,50

Barrancos 640,20

Mértola 632,60

Ourique 628,90Fonte: INE

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2.3.18

Fig. 2.3.9: Ganho médio mensal dos trabalhadores por conta de outrém, 2006

Fonte: INE/MTSS

2.3.2.6b PODER DE COMPRA

O indicador “poder de compra” reflecte, numa acepação lata, o bem estar de uma população e

complementa a compreensão da sua capacidade económica dada pelo “ganho médio mensal”

analizado atrás.

Este indicador não resulta de uma definição simples, antes sendo determinado pelo INE com

base num cabaz de várias variáveis que reflectem, dominantemente, a utilização do

rendimento6, traduzindo o peso do poder de compra de cada município ou região (que decorre

do Indicador per Capita) no total do país para o qual assume o valor 100%.

6 Dispensa-se aqui uma explicação exaustiva do método de determinação dos indicadores de poder de compra, o

que pode ser encontrado no “Estudo sobre o Poder de Compra Concelhio”, publicado pelo INE, 2009

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DE FERREIRA DO ALENTEJO 2.3 ENQUADRAMENTO SOCIO-ECONOMICO

2.3.19

Tal como relativamente ao rendimento do trabalho, o poder de compra reflecte uma maior

capacidade económica nos Concelhos litorais e em Beja, sendo que apenas este e Sines

ultrapassam a média nacional, ficando Santiago do Cacém próximo.

Quadro 2.3.12 – Poder de compra com base no índice nacional = 100% , 2005

Concelhos ordenados de acordo com o poder de compra

Sines 114,53

Beja 108,06

Santiago do Cacém 94,82

Grândola 83,12

Alcácer do Sal 77,67

Aljustrel 72,21

Castro Verde 71,68

Moura 69,56

Ferreira do Alentejo 68,27

Almodôvar 65,79

Odemira 65,35

Cuba 64,87

Serpa 64,27

Vidigueira 62,02

Ourique 61,82

Alvito 58,69

Mértola 53,86

Barrancos 52,12

Fonte: INE

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2.3.20

Fig. 2.3.10: Poder de Compra, 2005

fonte: INE

2.3.3 INDICADORES DE REFERÊNCIA ESPACIAL

DA ACTIVIDADE ECONÓMICA

Apresentam-se alguns indicadores espacializáveis relativos a agricultura, indústria e turismo

que poderão contribuir para uma melhor compreensão da distribuição da actividade económica

nas duas sub-regiões consideradas

2.3.3.1: AGRICULTURA

A base produtiva do Alentejo continua a assentar “de forma predominante, na exploração dos

recursos naturais, com destaque reconhecido para a exploração da terra -de (quase) toda a

terra - pelas actividades agrícolas e florestais” (PROT do Alentejo).

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REVISÃO DO PDM 2. ENQUADRAMENTO TERRITORIAL

DE FERREIRA DO ALENTEJO 2.3 ENQUADRAMENTO SOCIO-ECONOMICO

2.3.21

No Baixo Alentejo, na sub-região onde se integra Ferreira do Alentejo, assiste-se a processos

de transformação da agricultura de alguma profundidade, proporcionado pelo incremento das

áreas de regadio determinadas pelo Alqueva, com a afirmação da vinha e da fruticulitura e, em

especial, do olival intensivo.

Ferreira do Alentejo partilha deste processo de alteração, reforçado por se tratar de um

Concelho onde se conjugam a qualidade do solo com a extensa área de regadio, originalmente

proporcionada pelo sistema de Odivelas (e, numa pequena área, do Roxo), mas a ser

reforçada a partir do Alqueva (infra-estrtura 12).

Com base na informação disponibilizada pelo INE e pela DR Agricultura e Pescas do Alentejo,

apresentam-se quatro indicadores significativos das transformações operadas e dos efeitos

sobre o posicionamento de Ferreira do Alentejo no contexto regional.:

- Área do Olival e produção de azeitona

- Área de Vinha

- Área de Fruticultura (sem vinha)

2.3.3.1a: OLIVAL E PRODUÇÃO DE AZEITONA

De acordo com dados recolhidos junto à DRAPA, Ferreira do Alentejo possuia em 2008 a

quarta área cultivada de olival na região de referência (5941,14 ha, representando 9,19% da

superfície do Concelho).

É nos Concelhos servidos pelo Alqueva que se verifica a maior incidência de cultivo de olival,

reflexo de uma alteração significativa no processo – do sequeiro tradicional, passa para o

regadio que permite culturas intensivas, processo que Ferreira do Alentejo lidera.

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REVISÃO DO PDM 2. ENQUADRAMENTO TERRITORIAL

DE FERREIRA DO ALENTEJO 2.3 ENQUADRAMENTO SOCIO-ECONOMICO

2.3.22

Quadro 2.3.13 – Área cultivada de olival, em 2008

(Concelhos ordenados segundo a área cultivada)

Area do

Concelho

(ha)

Area de

Olival em

2008 (ha)

Area

Olival/Área

do Concelho

(%)

Área de Olival

intensivo em

2008 (ha)

Area Olival

intensivo/Área

de olival (%)

Serpa 110374,00 22732,99 20,60 861,59 4

Moura 95773,00 18063,46 18,86 1035,23 6

Beja 113874,53 9698,52 8,52 717,36 7

Ferreira do Alentejo 64681,14 5941,14 9,19 1845,19 31

Vidigueira 31419,94 4278,77 13,62 445,25 10

Alcácer do Sal 146528,19 2813,42 1,92 49,53 2

Santiago 105963,65 2157,73 2,04 122,84 6

Aljustrel 45564,87 1693,64 3,72 549,74 2

Alvito 26480,57 1408,50 5,32 477,12 34

Odemira 171983,72 1201,23 0,70 10,43 1

Cuba 17131,46 914,65 5,34 676,36 74

Barrancos 16843,11 910,15 5,40 0,00 0

Mértola 127940,24 848,38 0,66 0,00 0

Castro Verde 56731,51 764,21 1,35 0,00 0

Grândola 80745,83 760,07 0,94 62,79 8

Ourique 66014,50 591,15 0,90 0,00 0

Almodôvar 77544,81 571,31 0,74 0,00 0

Sines 20259,40 8,88 0,04 0,00 0

Fonte: Direcção Regional de Agricultura e de Pescas do Alentejo

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REVISÃO DO PDM 2. ENQUADRAMENTO TERRITORIAL

DE FERREIRA DO ALENTEJO 2.3 ENQUADRAMENTO SOCIO-ECONOMICO

2.3.23

Fig. 2.3.14: % da área cultivada de olival, em 2008

Fonte: Direcção Regional de Agricultura e de Pescas do Alentejo

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REVISÃO DO PDM 2. ENQUADRAMENTO TERRITORIAL

DE FERREIRA DO ALENTEJO 2.3 ENQUADRAMENTO SOCIO-ECONOMICO

2.3.24

Por outro lado, o volume de produção de azeitona reflecte a dimensão da área de cultivo de

olival, ocupando Ferreira do Alentejo, em 2008, a quarta posição entre os Concelhos das duas

Sub-regiões de referência.

No entanto, reflexo do forte incremento da área de cultivo de olival, com a introdução maciça

de processos intensivos de produção com base no regadio, Ferreira do Alentejo é o Concelho

que apresenta maior acréscimo de produção entre 1991 e 2008.

Quadro 2.3.14 Produção de azeitona (t)

Area do

Concelho

(ha)

Area de

Olival em

2008 (ha) Produção de azeite (t)

1991 1998 2008 Moura 95773 18063,46 20858 18133 30674

Beja 113874,53 9698,52 4416 1119 23632

Serpa 110374 22732,99 14258 12309 19232

Ferreira do Alentejo 64681,14 5941,14 2882 820 13165Vidigueira 31419,94 4278,77 3566 1245 6097

Santiago 105963,65 2157,73 477 263 590

Alcácer do Sal 146528,19 2813,42 1146 492 557

Mértola 127940,24 848,38 500 248 486

Barrancos 16843,11 910,15 322 224 305

Alvito 26480,57 1408,5 1303 128 240

Cuba 17131,46 914,65 1521 163 232

Aljustrel 45564,87 1693,64 405 194 167

Grândola 80745,83 760,07 227 281 150

Almodôvar 77544,81 571,31 493 119 128

Castro Verde 56731,51 764,21 161 12 126

Odemira 171983,72 1201,23 569 92 86

Ourique 66014,5 591,15 563 165 82

Sines 20259,4 8,88 3 10 3Fonte: INE, Inquérito à Produção de Azeite

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REVISÃO DO PDM 2. ENQUADRAMENTO TERRITORIAL

DE FERREIRA DO ALENTEJO 2.3 ENQUADRAMENTO SOCIO-ECONOMICO

2.3.25

Fig. 2.3.15: Produção de azeitona, 2008

Fonte; INE, Inquérito à Produção de Azeite

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REVISÃO DO PDM 2. ENQUADRAMENTO TERRITORIAL

DE FERREIRA DO ALENTEJO 2.3 ENQUADRAMENTO SOCIO-ECONOMICO

2.3.26

2.3.3.1b: FRUTICULTURA

A fruticultura reflecte as transformações induzidas pelo regadio, com o aparecimento de novas

espécies cultivadas em relação aos tradicionais citrinos,

Ferreira do Alentejo, com 347 ha de pomar, constitui actualmente o Concelho das duas Sub-

regiões de referência com maior área de pomar.

Fig. 2.3.16: % da área de pomar em relação à área do concelho, em 2007

Fonte: Direcção Regional de Agricultura e de Pescas do Alentejo

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REVISÃO DO PDM 2. ENQUADRAMENTO TERRITORIAL

DE FERREIRA DO ALENTEJO 2.3 ENQUADRAMENTO SOCIO-ECONOMICO

2.3.27

2.3.3.1c: VINHA

Ferreira do Alentejo possui, no conjunto das duas sub-regiões, a quinta área de cultivo de

vinha, repartida entre a produção de uva de mesa e de uva para vinho.

Quadro 2.3.15 – Área cultivada de vinha, em 2008

(Concelhos ordenados segundo a área cultivada)

Area do

Concelho

(ha)

Area de Vinha

em 2008 (ha)

Area

Vinha/Área

do Concelho

(%)

Vidigueira 31419,95 1619,00 5,2

Moura 95773,00 1100,00 1,1

Cuba 17131,46 711,00 4,2

Beja 113874,534 525,00 0,5

Serpa 110374,00 388,00 0,4

Ferreira do Alentejo 64681,15 370,00 0,6

Santiago do Cacem 105963,65 275,00 0,3

Alcácer do sal 146528,19 233,00 0,2

Grandola 80745,83 206,00 0,3

Alvito 26480,58 158,00 0,6

Aljustrel 45564,88 99,00 0,2

Mértola 127940,25 47,00 0,0

Odemira 171983,72 46,00 0,0

Ourique 66014,50 15,00 0,0

Sines 20259,40 7,00 0,0

Castro Verde 56731,52 4,00 0,0

Almodovar 77544,82 2,00 0,0

Barrancos 16843,12 1,00 0,0

Fonte: Direcção Regional de Agricultura e de Pescas do Alentejo

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REVISÃO DO PDM 2. ENQUADRAMENTO TERRITORIAL

DE FERREIRA DO ALENTEJO 2.3 ENQUADRAMENTO SOCIO-ECONOMICO

2.3.28

Fig. 2.3.17: % da área de vinha em relação à área do concelho, em 2007

Fonte: Direcção Regional de Agricultura e de Pescas do Alentejo

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REVISÃO DO PDM 2. ENQUADRAMENTO TERRITORIAL

DE FERREIRA DO ALENTEJO 2.3 ENQUADRAMENTO SOCIO-ECONOMICO

2.3.29

2.3.3.2: ÌNDUSTRIA

No Sub-capíulo 2.3.2 já se procedeu a uma análise da Estrutura e Dinâmica Económica das

duas Sub-regiões de referência pelo que agora se seleccionou como indicador de referência as

Áreas Industriais de iniciativa municipal que se distribuem ao seu longo.

Não será demais salientar a importância destes espaços cujo incentivo como Parques

Empresariais Locais é previsto no PROT para o desenvolvimento das economias concelhias,

Quadro 2.3.16 – Parques Industriais/Empresariais de iniciativa municipal

(Concelhos ordenados segundo a área total dos Parques existentes 7)

Concelho ZonaIndustrial

Area da Zona

Industrial (ha)

Total da área

concelhia (ha)

Santiago do Cacem Santiago do Cacem 32,00

Alvalade-Sado 27,00

V.N.S. Andre 23,92

Ermidas 19,80

Cercal 2,75 105,48

Sines Sines 74,50 74,50

Ferreira do Alentejo Penique 48,25

Ferreira do Alentejo 9,50

Alfundão 0,85 48,60

Serpa Serpa 1 24,31

Serpa 2 1,56

Pias 3,77

Aldeia Nova S.Bento 6,21 35,86

Alcácer do Sal Alcácer do Sal 22,52

Torrão 3,19 25,71

Moura Moura 22,89 22,89

Grandola Grandola 20,00 20,00

Beja Beja 17,20 17,20

Cuba Cuba 14,20 14,20

Barrancos Barrancos 12,30 12,30

Aljustrel Aljustral 9,62

Messejana 2,34 11,96

Alvito Alvito 6,00 6,00

Almodovar Almodovar 5,34 5,34

Mértola Mértola 1 1,43

Mértola 2 1,90 3,32

Vidigueira Vidigueira 1,75 1,75

Fontes: Beja Digital + pesquisa nos sites das Câmara Municipais da Área de Referência 7 Exclue-se a Plataforma Industrial de Sines que não se insere no conceito de Parque Empresarial Local

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REVISÃO DO PDM 2. ENQUADRAMENTO TERRITORIAL

DE FERREIRA DO ALENTEJO 2.3 ENQUADRAMENTO SOCIO-ECONOMICO

2.3.30

Neste contexto, Ferreira do Alentejo possui a quarta oferta de área utilizável no conjunto das

duas subregiões, em grande parte devido à dimensão do Parque do Penique.

Fig. 2.3.18: Parques Empresariais de Iniciativa Municipal

Fontes: Beja Digital + pesquisa nos sites das Câmara Municipais da Área de Referência

De acordo com o PROFERREIRA8 comparando a dimensão, do sector secundário do concelho

de Ferreira do Alentejo, com a dos restantes concelhos do distrito de Beja, verifica-se que este

se encontra a meio do ranking dos concelhos com mais indústria (ver quadro 2.3.16), sendo

que a maior parte das unidades industriais estão sedeadas na freguesia de Ferreira do Alentejo

8 PROFERREIRA: Programa de Desenvolvimento Estratégico do Concelho de Ferreira do Alentejo, 2008

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REVISÃO DO PDM 2. ENQUADRAMENTO TERRITORIAL

DE FERREIRA DO ALENTEJO 2.3 ENQUADRAMENTO SOCIO-ECONOMICO

2.3.31

Quadro 2.3.16 – Estabelecimentos industriais no Distrito de Beja

DISTRITO DE BEJA CONCELHO ESTABELECIMENTOS ALJUSTREL 60

ALMODÔVAR 54 ALVITO 15

BARRANCOS 7 BEJA 119

CASTRO VERDE 37 CUBA 40

FERREIRA DO ALENTEJO 53

MÉRTOLA 34 MOURA 77

ODEMIRA 83 OURIQUE 28

SERPA 67

VIDIGUEIRA 41

Fonte: PROFERREIRA

O Mapa seguinte, extraido do PROT Alentejo, relaciona a dimensão da área industrial total com

o número de empresas industriais e os empregados na actividade.

Tratam-se de valores globais, incluindo as plataformas supra municipais como é o caso de

Sines, razão da diferença de “densidades” de áreas.

Em relação a Ferreira do Alentejo, ainda não foi considerado o Parque do Penique, de iniciativa

mais recente, resultado de uma alteração limitada ao PDM, que coloca o Concelho no escalão

imediato ao considerado (21-100 ha).

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REVISÃO DO PDM 2. ENQUADRAMENTO TERRITORIAL

DE FERREIRA DO ALENTEJO 2.3 ENQUADRAMENTO SOCIO-ECONOMICO

2.3.32

Fig. 2.3.19: Zonas Industriais + Emprego

Fonte: PROT do Alentejo 2.3.3.3: TURISMO

Quanto ao Turismo, com base em indicadores recolhidos junto ao INE, referenciam-se as

camas turísticas e a tipologia dos estabelecimentos.

O Quadro 2.3.16 referencia o número e tipo de Unidades Hoteleiras por Concelho em 2007

(fonte INE) surgindo, naturalmente, os Concelhos do Alentejo Litoral, com maior e melhor

oferta, apenas surgindo, no Baixo Alentejo, Beja com um número significativo de

estabelecimentos (8, dos quais 4 são hotéis e uma pousada, isto é, de padrão superior).

De acordo com esta Estatística, em 2007 Ferreira do Alentejo apenas teria três pensões

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REVISÃO DO PDM 2. ENQUADRAMENTO TERRITORIAL

DE FERREIRA DO ALENTEJO 2.3 ENQUADRAMENTO SOCIO-ECONOMICO

2.3.33

Quadro 2.3.16 – número de estabelecimentos hoteleiros por tipo e por Concelho (Concelhos ordenados por número de estabelecimento)

Concelhos Total Hotéis Pensões Estalagens Pousadas Hotéis-

Aparta mentos

Aldea mentos

Turísticos

Aparta mentos

Turísticos Odemira 17 2 9 0 1 0 0 5

Sines 8 0 6 0 0 2 0 0

Beja 8 4 3 0 1 0 0 0

Grândola 6 1 4 0 0 1 0 0

Santiago do Cacém 6 1 3 0 1 1 0 0

Alcácer do Sal 4 0 1 0 2 0 1 0

Serpa 4 0 3 0 1 0 0 0

Ferreira do Alentejo 3 0 3 0 0 0 0 0

Moura 3 1 2 0 0 0 0 0

Aljustrel 2 0 2 0 0 0 0 0

Almodôvar 2 0 1 0 0 0 0 1

Alvito 1 0 0 0 1 0 0 0

Barrancos 1 1 0 0 0 0 0 0

Castro Verde 1 0 0 0 0 1 0 0

Mértola 1 0 0 1 0 0 0 0

Cuba 0 0 0 0 0 0 0 0

Ourique 0 0 0 0 0 0 0 0

Vidigueira 0 0 0 0 0 0 0 0

Fonte: INE, 2007

Por sua vez, o quadro 2.3.17 procede à discriminação do número de camas por tipo de

estabelecimento e por Concelho, que replica as conclusões do quadro 2.3.16, salientando-se

que Beja ocupa o segundo lugar em oferta de camas apenas ultrapassada por Odemira em

resultado do maior número de apartamentos turísticos existentes neste Concelho

Quadro 2.3.167 – número de camas por ti po de estabelecimento e por Concelho

(Concelhos ordenados por número de camasestabelecimento)

Concelhos Total Hotéis Pensões Estalagens Pousadas Hotéis-

Aparta mentos

Aldea mentos

Turísticos

Aparta mentos

Turísticos Odemira 749 76 351 0 36 0 0 286

Beja 733 517 150 0 66 0 0 0

Santiago do Cacém 658 189 367 0 42 60 0 0

Sines 656 0 284 0 0 372 0 0

Grândola 467 70 92 0 0 305 0 0

Alcácer do Sal 193 0 36 0 96 0 61 0

Ferreira do Alentejo 182 0 182 0 0 0 0 0

Moura 149 76 73 0 0 0 0 0

Serpa 89 0 53 0 36 0 0 0

Castro Verde 84 0 0 0 0 84 0 0

Aljustrel 70 0 70 0 0 0 0 0

Mértola 62 0 0 62 0 0 0 0

Alvito 40 0 0 0 40 0 0 0

Almodôvar 36 0 16 0 0 0 0 20

Barrancos 33 33 0 0 0 0 0 0

Cuba 0 0 0 0 0 0 0 0

Ourique 0 0 0 0 0 0 0 0

Vidigueira 0 0 0 0 0 0 0 0

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REVISÃO DO PDM 2. ENQUADRAMENTO TERRITORIAL

DE FERREIRA DO ALENTEJO 2.3 ENQUADRAMENTO SOCIO-ECONOMICO

2.3.34

A figura 2.3.20 espacializa a informação resultante destes dois quadros, evidenciando a

importância dos Concelhos do Litoral e de Beja na oferta turística no território de

enquadramento de Ferreira do Alentejo..

Fig. 2.3.20: Oferta hoteleira

fonte: INE, 2007

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2.4

RE

DE

S E

ST

RT

UR

AN

TE

S

REVISÃO DO PDMDE FERREIRA DO ALENTEJO

ENQUADRAMENTO TERRITORIAL

ABRIL 2010

2.4.1 ACESSIBILIDADES

2.4.1.1 REDE VIÁRIA2.4.1.2 TRANSPORTES RODOVIÁRIOS

2.4.2 SISTEMA URBANO

2.4.3 INDICADORES DE PLANEAMENTO

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REVISÃO DO PDM 2. ENQUADRAMENTO TERRITORIAL

DE FERREIRA DO ALENTEJO 2.4 REDES ESTRUTURANTES

ABRIL 2010

2.4.1

2.4 REDES ESTRUTURANTES

“Em termos de inserção inter-regional, o Alentejo tem um posicionamento de charneira e de

grande proximidade ao Arco Metropolitano de Lisboa e ao Arco Metropolitano do Algarve.

Simultaneamente, em termos transfronteiriços, há um forte relacionamento com as regiões da

Extremadura e da Andaluzia, com especial destaque para a atractividade e polarização da

cidade de Badajoz. A contextualização territorial dos centros urbanos transmite-lhes dinâmicas

e capacidades de afirmação urbana muito diferenciadas regionalmente” do Relatório

Fundamental do PROT Alentejo.

2.4.1 ACESSIBILIDADES

Nesta análise toma-se como referência o modelo territorial de acessibilidades e de

conectividade previsto no PROT do Alentejo, resultante da interacção de três sistemas de

infra-estruturas de acessibilidades e conectividade:

- o sistema das infra-estruturas terrestres , estabelecendo os principais corredores e

eixos de acessibilidades terrestres e integrando as componentes rodoviárias e

ferroviárias ,

- o sistema de infra-estruturas aeroportuárias

- o sistema de infra-estruturas portuárias.

Ferreira do Alentejo apenas beneficia directamente do sub-sistema rodoviário, mas,

indirectamente, tem acesso a infra-estruturas ferroviárias (Ermidas do Sado, Beja e Cuba) e

portuárias (Sines), assim como, no futuro, aeroportuárias através do Aeroporto de Beja.

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REVISÃO DO PDM 2. ENQUADRAMENTO TERRITORIAL

DE FERREIRA DO ALENTEJO 2.4 REDES ESTRUTURANTES

2.4.2

Fig 2.4.2 Acessibilidades actuais

fonte: PROT Alentejo

2.4.1.1 REDE VIÁRIA

Em relação ao período em que foi elaborado o PDM de Ferreira do Alentejo, assistiu-se ao

desenvolvimento das infra-estruturas viárias que servem o Alentejo, em geral, e o Baixo

Alentejo e Alentejo Litoral, em particular, esbatendo fronteiras entre os municípios e, sobretudo,

entre as áreas urbanas.

Em termos viários, o Concelho de Ferreira do Alentejo é uma encruzilhada de vias que lhe

conferem grande centralidade, sendo atravessado actualmente por dois Itinerários Principais:

- IP1 (vindo pelo Litoral do Norte do País continua por Lisboa, Grândola, Faro), permitindo a

ligação de Ferreira do Alentejo à Área Metropolitana de Lisboa e ao Algarve.

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REVISÃO DO PDM 2. ENQUADRAMENTO TERRITORIAL

DE FERREIRA DO ALENTEJO 2.4 REDES ESTRUTURANTES

2.4.3

- IP 8 (Sines, Santiago do Cacem, Ferreira do Alentejo, Beja, Serpa, Vila Verde de Ficalho na

fronteira com Espanha), que no futuro será uma via rápida com quatro faixas de rodagem,

que atravessará o Alentejo, fazendo a ligação a pólos importantes como Sines, Beja e à

Andaluzia.

Fig 2.2 O Concelho de Ferreira e o PRN 2000

Normalmente focalizadas naqueles no IP8 e no IP2, sem dúvida determinantes para o

desenvolvimento de Ferreira do Alentejo, os estudos estratégicos esquecem, por vezes, a

importância do atravessamento do Concelho, no sentido Norte – Sul, pela EN. 2.

Com efeito, a EN2 não só permite ligações regionais com Montemor-o-Novo e Aljustrel, mas

também, no futuro, a ligação ao eixo Sines – Évora – Babajoz, uma vez que esteja concluido o

IC33, cujos estdudos em curso apontam para uma deslocação do seu traçado para sul,

aproximando-o ou, mesmo, interceptando o Concelho, ao qual ficará ligado através de um nó a

norte de Odivelas.

Nesta perspectiva, a EN 2 ganha, a nível concelhio, uma nova importância, fundamental para o

seu desenvolvimento, já que coloca, com maior ou menor proximidade, Ferreira do Alentejo no

cruzamento do eixo Sines – Beja – Andaluzia com o Eixo Sines – Évora – Badajoz.

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REVISÃO DO PDM 2. ENQUADRAMENTO TERRITORIAL

DE FERREIRA DO ALENTEJO 2.4 REDES ESTRUTURANTES

2.4.4

Por outro lado, através de um conjunto de Estradas nacionais e municipais, Ferreira do

Alentejo conecta-se facilmente com os Concelhos vizinhos, completando o sistema definido

pelos IP2, IP8 e IC33/EN2, acentuando a sua centralidade no contexto do Baixo Alentejo.

Fig 2.4.3 - relações Intermunicipais a partir de Ferreira do Alentejo

Para sul, através da EN2, o sistema rodoviário fundamental descrito atrás conecta-se com

Aljustrel e Castro Verde, enquanto para poente, através da EN 121, mantem-se a ligação

histórica com Santiago do Cacém, estabelecendo importantes conectividades locais entre

Canhestros, Ermidas e Abela, e para Nordeste e Norte o Concelho liga-se a Cuba, Alvito e

Montemor-o-Novo.

Concluindo, em termos de acessibilidades viárias, aliando a centralidade geográfica e posição

de charneira no contexto regional à melhoria já registada nas acessibilidades e à melhoria

ainda esperada com a execução do IP 8 e do IC 33, o Concelho de Ferreira do Alentejo

apresenta diversas vantagens locativas e comparativas, bastante atractivas para o investidor e

capazes de vertebrar e impulsionar o desenvolvimento um pouco por todo o território.

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REVISÃO DO PDM 2. ENQUADRAMENTO TERRITORIAL

DE FERREIRA DO ALENTEJO 2.4 REDES ESTRUTURANTES

2.4.5

2.4.1.2 TRANSPORTES RODOVIÁRIOS

Na região que se analisa, Beja, Santiago do Cacém e Grândola constituem interfaces de

acesso a serviços rodoviários expresso, com ligações a praticamente todo o país.

Ferreira do Alentejo é servida diariamente por duas ligações expresso a Setúbal e Lisboa e a

Beja e Vila Verde de Ficalho, serviço que é reforçado ao fim de semana.

Por outro lado, Ferreira do Alentejo encontra-se ainda ligada por serviços diários de transporte

rodoviário intermunicipal a Beja, Aljustrel, Santiago do Cacém e Sines cuja frequência, já de si

escassa, é fortemente penalizada no período de verão, já que priveligia o transporte de

estudantes.

A exemplo do que se passa pelo País, não se pode deixar de assinalar a progressiva

degradação do serviço de transportes rodoviários em Ferreira do Alentejo, seja através da

redução do número de ligações (no caso de Sines, de duas ligações diárias outrora existentes

para uma única), a quase inexistência aos fins de semana e no verão e o desaparecimento de

um conjunto de ligações intermunicipais importantes (Cuba ou Grândola, neste último caso

reduzida aos serviços expresso sem paragens nas localidades intermédias).

Por outro lado, não existe qualquer ligação coordenada, em termos de horários, aos Caminhos

de Ferro que poderia ser efectuada aos Intercidades na estação de Grândola.

2.4.2 SISTEMA URBANO

“A estrutura urbana regional enquadra-se num território rural extenso e de fraca densidade de

ocupação social e económica, constituindo o sistema fundamental de organização territorial e

de sustentação da coesão territorial” (PROT do Alentejo).

O sistema urbano da sub-região do Baixo Alentejo, eminentemente multipolar e concentrado,

centra-se em Beja, única cidade da sub-região com mais de 20 000 habitantes, enquanto o

Alentejo Litoral centra-se na cidade tripartida de Sines/Santiago do Cacem/Santo André.

A potencialidade deste Subsistema em termos resulta da sua fronteira com o último anel da

Área Metropolitana de Lisboa e de acolher importantes projectos essenciais para o

desenvolvimento regional – o complexo industrial e portuário de Sines e, espera-se, o

aeroporto de Beja, interligados através do IP8.

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REVISÃO DO PDM 2. ENQUADRAMENTO TERRITORIAL

DE FERREIRA DO ALENTEJO 2.4 REDES ESTRUTURANTES

2.4.6

Fig. 2.4.3 – Sistema Urbano

Fonte: PROT Alentejo

Trata-se de um sistema relativamente débil, dadas as escassas relações da capital de distrito

com as sedes de concelho que, por sua vez, também não possuem grande capacidade de

polarização para além dos respectivos territórios municipais, seja devida à fraca densidade

populacional, seja devido às maiores distâncias entre elas, seja ainda devido a factores

estruturantes como sejam a escassez do povoamento ou a ausencia de funções polarizadoras

ao nível dos equipamentos, do comércio ou da actividade industrial.

Os estudos efectuados mostram, efectivamente, uma grande polarização exercida por Beja que

se estende praticamente para toda a Sub-região com excepção dos Concelhos do Distrito de

Setúbal, orientados para esta cidade.

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REVISÃO DO PDM 2. ENQUADRAMENTO TERRITORIAL

DE FERREIRA DO ALENTEJO 2.4 REDES ESTRUTURANTES

2.4.7

Não obstante os índices de desenvolvimento económico e de crescimento demográfico e

urbanos atingidos, a influência do triângulo Sines/Santiago do Cacém/Santo André pouco

ultrapassa os limites dos dois Concelhos.

Fig. 2.4.4 – Polarização do sistema urbano

Fonte: PROT Alentejo

Ferreira do Alentejo localizada sobre o eixo Sines-Beja, apresenta fortes relações de

complementaridade com Beja, indissociáveis de qualquer política urbanística que se pretenda

desenvolver, e mais fracas com o polo Sines/Santiago do Cacem/Santo André.

Não obstante o bom sistema rodoviário, são débeis as relações de interdependncia com os

restantes Concelhos vizinhos, não produzindo Ferreira do Alentejo qualquer efeito polarizador

para além das suas fronteiras.

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REVISÃO DO PDM 2. ENQUADRAMENTO TERRITORIAL

DE FERREIRA DO ALENTEJO 2.4 REDES ESTRUTURANTES

2.4.8

Em conclusão, no sistema urbano do Baixo Alentejo, Ferreira do Alentejo é um Centro

concelhio, que não atinge influência supra-municipal, o que reflecte as suas relações de

dependência e de complementaridade funcional com os centros urbanos de maior centralidade,

com maior força para Beja.

2.4.3 INDICADORES DE PLANEAMENTO

Junto ao INE recolheram-se um conjunto de indicadores interessantes de avaliação dos usos

do solo calculados a partir do zonamento dos PDMs em vigor (indicadores actualizados em

2007):

- Usos urbanos, área em hectares das zonas designadas nos PDMs como urbano, urbano e

urbanizável, urbanizável, comércio e serviços, comércio e serviços existentes, comércio e

serviços propostos, edificação dispersa

- Usos para equipamentos e parques urbanos, área em hectares afecta a estes usos no

PDMs

- Usos industriais, área em hectares da zonas assim delimitadas nos PDMs

- Usos para turismo, área em hectares afecta a este uso nos PDMs.

Embora com as devidas reservas devido à diferença de critérios seguidas em cada Plano na

delimitação das Classes e Categorias de Espaço, ressalta da análise destes indicadores em

relação a Ferreira do Alentejo:

- a relativa prudencia na delimitação de espaços urbanos (282.19 m2/hab.)

- a boa relação entre áreas destinadas a equipamentos e parques urbanos (62.2 m2/hab.)

- a menor previsão de espaços industriais (38,01 m2/hab. e a ausencia de espaços para

turismo.

Naturalmente, Sines é o Concelho que apresenta maior área e capitação de espaços

industriais, seguido de Aljustrel (efeito do complexo mineiro), enquanto os Concelhos do litoral,

com relevância para Grandola (efeito da extensão de costa e de Troia) apresentam maiores

valores para o turismo, totalmente ausente na maioria dos Concelhos interiores.

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REVISÃO DO PDM 2. ENQUADRAMENTO TERRITORIAL

DE FERREIRA DO ALENTEJO 2.4 REDES ESTRUTURANTES

2.4.9

Quadro 2.4.1 – Indicadores de Planeamento

Usos Urbanos ha

Usos Industriais ha

Usos Equipamentos e Parques ha

Usos Turísticosha

Área m2 Usos Urbanos por habitante

Área m2 Usos Industriais por habitante

Área m2 Equip.s e Parques por habitante

Área m2 Usos Turísticospor habitante

Alcácer do sal 629 85 13 375 454,45 61,41 9,39 270,93

Grandola 688 107 449 928 471,17 73,28 307,49 635,53

Odemira 993 11 97 58 386,25 4,28 37,73 22,56

Santiago Cacém 1226 241 68 78 403,44 79,31 22,38 25,67

Sines 343 2304 0 367 254,72 1710,98 0,00 272,54

Aljustrel 387 706 49 0 380,79 694,68 48,21 0,00

Almodovar 444 232 62 0 565,97 295,73 79,03 0,00

Alvito 95 38 25 112 357,41 142,96 94,06 421,37

Barrancos 92 8 0 0 493,83 42,94 0,00 0,00

Beja 564 957 145 0 160,98 273,16 41,39 0,00

Castro Verde 518 0 0 0 683,56 0,00 0,00 0,00

Cuba 179 33 0 6 369,76 68,17 0,00 12,39

Ferreira Alentejo 245 33 54 0 282,19 38,01 62,20 0,00Mértola 572 25 71 8 691,32 30,22 85,81 9,67

Moura 640 47 1 0 390,67 28,69 0,61 0,00

Ourique 237 36 59 0 397,38 60,36 98,93 0,00

Serpa 782 64 1 0 479,55 39,25 0,61 0,00

Vidigueira 244 30 0 0 404,58 49,74 0,00 0,00Fonte: INE

As figuras seguintes que se apresentam sem comentários, devido à diferença de critérios que

podem estar por detrás do zonamento dos diversos PDMs e ausência de informação

complementar que permita uma melhor interpretação, visualizam a distribuição espacial destes

indicadores.

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REVISÃO DO PDM 2. ENQUADRAMENTO TERRITORIAL

DE FERREIRA DO ALENTEJO 2.4 REDES ESTRUTURANTES

2.4.10

Fig. 2.4.5 – Áreas de espaços para usos Urbanos/habitante, m2

fonte INE

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REVISÃO DO PDM 2. ENQUADRAMENTO TERRITORIAL

DE FERREIRA DO ALENTEJO 2.4 REDES ESTRUTURANTES

2.4.11

Fig. 2.4.6 – Áreas de espaços para usos Industriais/habitante, m2

fonte: INE

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REVISÃO DO PDM 2. ENQUADRAMENTO TERRITORIAL

DE FERREIRA DO ALENTEJO 2.4 REDES ESTRUTURANTES

2.4.12

Fig. 2.4.7 – Áreas de espaços para Equipamentos e Parques/habitante, m2

fonte: INE

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REVISÃO DO PDM 2. ENQUADRAMENTO TERRITORIAL

DE FERREIRA DO ALENTEJO 2.4 REDES ESTRUTURANTES

2.4.13

Fig. 2.4.8 – Áreas de espaços para usos turísticos/habitante, m2

fonte: INE

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2.5

BA

LAN

ÇO

REVISÃO DO PDMDE FERREIRA DO ALENTEJO

ENQUADRAMENTO TERRITORIAL

ABRIL 2010

2.5.1 O ALENTEJO EM MUDANÇA

2.5.2 ENQUADRAMENTO PELO PROT ALENTEJO

2.5.3 MODELO INTERPRETATIVO

2.5.4 CONCLUSÃO: FERREIRA DO ALENTEJO NO CENTRO DO QUE É IMPORTANTE.

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REVISÃO DO PDM 2. ENQUADRAMENTO TERRITORIAL

DE FERREIRA DO ALENTEJO 2.5 BALANÇO

ABRIL 2010

2.5.1

2.5 BALANÇO

2.5.1 O ALENTEJO EM MUDANÇA

“ O Alent ej o encont ra-se act ualment e numa fase de t ransição est rut ural . Perde import ância a

sua base económica t radicional - a agricul t ura ext ensiva, de sequeiro, baseada na grande

propriedade - e, consequent ement e, uma part e muit o considerável dos modos de vida, das

est rut uras de povoament o rural e urbano e ainda das paisagens que lhes est ão associadas.

Est e processo é ainda agravado por uma acent uada t endência para o envelheciment o

demográf ico e pelo avanço, nalguns casos quase dramát ico, de fenómenos de desert if icação

biof ísica e humana.

O concelho de Ferreira do Alent ej o vive, por razões conj unt urais, de forma part icularment e

int ensa, est es fenómenos: por um lado leva vant agens comparat ivas no que respeit a à

reconversão do sequeiro em regadio por via da experiência acumulada e do saber-fazer

adquirido, ao longo dos anos, nos perímet ros de rega de Odivelas e do Roxo; por out ro, a sua

maior proximidade ao l i t oral e à Área Met ropol it ana de Lisboa (AML) t ambém t em facil i t ado

o êxodo dos resident es em idade act iva.

Ao mesmo t empo emergem fenómenos novos, que cont ribuirão, se adequadament e

aproveit ados, para int roduzir modif icações igualment e profundas. Est e segundo conj unt o de

t endências pode ser apresent ado de forma sumária em t orno de quat ro ideias essenciais:

- o Alent ej o est á mais próximo de Lisboa;

- o Alent ej o t em um novo pólo com força suf icient e para reest rut urar uma part e

considerável da base económica regional e do t errit ório da região (e o concelho de

Ferreira encont ra-se bem no cent ro desse novo pólo);

- o Alent ej o est á mais abert o à int ernacional ização;

- o Alent ej o encont ra-se mais dependent e de processos globais” 1.

1 In site da Câmara Municipal de Ferreira do Alentejo: http:\\www.cm-ferreira-alentejo.pt

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REVISÃO DO PDM 2. ENQUADRAMENTO TERRITORIAL

DE FERREIRA DO ALENTEJO 2.5 BALANÇO

2.5.2

2.5.2 ENQUADRAMENTO PELO PROT ALENTEJO

O Diagnóstico Prospectivo regional do PROT Alentejo, que em muito converge com a realidade

de Ferreira do Alentejo uma vez que este Concelho reflecte as características próprias do

Alentejo que marcam este Diagnóstico, é resumido quadro 2.5.1 que se transpõe do Relatório

do PROT Alentejo, cuja análise mais detalhada será efectuada no sub.capítulo 4.2.3 do

Relatório 4 (Modelos)

Quadro 2.5.1 – Resumo dos elementos de Diagnóstico Prospectivo Regional

Fonte: PROT Alentejo

Antecipando a análise constante no Relatório 4, apresenta-se na Fig. 2.5.1 a inserção de

Ferreira do Alentejo no Modelo Territorial delineado no PROT do Alentejo que permite entender

o seu posicionamento na área territorial de referência

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REVISÃO DO PDM 2. ENQUADRAMENTO TERRITORIAL

DE FERREIRA DO ALENTEJO 2.5 BALANÇO

2.5.3

Figura 2.5.1 – Modelo Territorial do PROT Alentejo

Fonte: PROT Alentejo

2.5.3 MODELO INTERPRETATIVO

Dos indicadores de referência que se apresentaram nos subcapítulos anteriores, pode-se

inferir que a região de enquadramento de Ferreira do Alentejo é marcada por duas linhas de

separação que vão delimitar quatro grandes espaços territoriais, polarizados por Beja e

Sines/Santiago do Cacém:

- Uma primeira linha, no sentido norte sul que não acompanha os limites municipais mas sim

o das serras de Grândola, Cercal separando as duas grandes subregiões do Alentejo Litoral

e do Baixo Alentejo.

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REVISÃO DO PDM 2. ENQUADRAMENTO TERRITORIAL

DE FERREIRA DO ALENTEJO 2.5 BALANÇO

2.5.4

- Outra linha, no sentido nascente-poente, que define duas subregiões:

o A norte, correspondente aos Concelhos que se apoiam no eixo de desenvolvimento

Polo de Sines-Beja-Alqueva.

o A sul, os Concelhos exteriores a este eixo.

Ao conceito habitual de um litoral mais desenvolvido e dinâmico oposto a um interior recessivo,

que corresponde à primeira linha separadora, acrescenta-se um outro conceito, de uma faixa

norte que beneficia de condições territoriais mais propícias ao desenvolvimento, decorrente da

qualidade dos solos e do acesso à água, assim como da presença de recursos de subsolo, a

par de se apoiar no eixo Sines-Beja-V.Verde de Ficalho e nos polos que definem este eixo

(Complexo de Sines, Aeroporto de Beja e Alqueva) que se diferencia da faixa sul, mais pobre

de recursos.

A região de enquadramento de Ferreira do Alentejo repartir-se-à, em consequência, por quatro

grandes espaços com potencialidades diferenciadas

Espaço Litoral Norte Espaço Interior Norte

- Desenvolvimento Industrial e portuário induzido

pelo Complexo de Sines

- Grandes investimentos turísticos na orla costeira da

peninsula de Grândola

- Proximidade/acessibilidade à AML

- Regadio e a qualidade do solo

- Polarização induzida por Beja

- Eventuais efeitos do aeroporto e plataforma

logística de Beja

- Turismo em redor do Alqueva

- Àreas mineiras, de recursos finitos, de Aljustrel

(irregular) e de Neves/Corvo

Espaço Litoral Sul Espaço Interior Sul

- Turismo no litoral - Região com risco de desertificação

A figura 2.5.2 espacializa este modelo e evidencia o posicionamento central de Ferreira do

Alentejo, apoiado nos grandes eixos estrturantes do baixo Alentejo/Alentejo Litoral

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REVISÃO DO PDM 2. ENQUADRAMENTO TERRITORIAL

DE FERREIRA DO ALENTEJO 2.5 BALANÇO

2.5.5

Figura 2.5.2 – Modelo interpretativo

Fonte: PROT Alentejo

2.5.4 CONCLUSÃO:

FERREIRA DO ALENTE JO NO CENTRO DO QUE É IMPORTANTE .

A posição central do Concelho e a confluência no seu interior da auto-estrada A2, do IP8

e da N2, esta ligando, a Norte, ao IC33, que estruturam uma forte rede de infra-estruturas

rodoviárias, posicionam o Concelho de Ferreira do Alentejo de forma bastante

competitiva no centro de espaços e de oportunidades que não foram ainda totalmente

explorados , que lhe permite entrecruzar um conjunto de factores potenciais de

desenvolvimento, orientados para uma sustentabilidade socioeconómica e ambiental numa

perspectiva de médio /longo prazo.

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REVISÃO DO PDM 2. ENQUADRAMENTO TERRITORIAL

DE FERREIRA DO ALENTEJO 2.5 BALANÇO

2.5.6

Permite-lhe beneficiar das proximidades com um conjunto de infra-estruturas de nível

nacional e regional , que se constituem como factores estruturantes de um modelo que deverá

potenciar localmente os projectos de dimensão regional e nacional, casos do Empreendimento

de Fins Múltiplos do Alqueva, do projecto do Gás Natural, da Estrutura Portuária e Industrial de

Sines (para a qual se perspectivam novos investimentos), da Estrutura Aeroportuária de Beja e

das infra-estruturas rodo-ferroviárias em desenvolvimento.

O Alqueva tem influência directa quer nos Concelhos abrangidos pela Albufeira de

Alqueva quer naqueles que beneficiam com a instalação de novos perímetros de rega,

caso de Ferreira do Alentejo . Além disso, a Albufeira de Odivelas que é reforçada na sua

origem de água, para além da sua utilização principal (rega) constitui um espaço de lazer -

pesca desportiva e desportos náuticos.

As actividades turísticas permitem alimentar as melhores perspectivas , tendo em conta

não só a extensão da linha de costa atlântica existente na proximidade do Concelho, desde o

extremo da península de Tróia até a Lagoa de Santo André, mas também as condições

naturais e culturais existentes que podem justificar a procura por parte de fluxos turísticos com

origem na Área Metropolitana de Lisboa, nas cidades fronteiriças e na Europa.

Do quadro prospectivo regional resultante das análises contidas neste Relatório, podem-se

retirar para a definição do Modelo Estratégico de Desenvolvimento Territorial de Ferreira

do Alentejo (Relatório 4) as vantagens das:

- Boas acessibilidades

- Oportunidade para o desenvolvimento industrial

- Potencialidades da qualidade do solo e do regadio

- Vocação para novas culturas

- Capacidade para o turismo

- Qualidade Urbana

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CA

RT

OG

RA

FIA

DE

AC

OM

PA

NH

AM

EN

TO

REVISÃO DO PDMDE FERREIRA DO ALENTEJO

ENQUADRAMENTO TERRITORIAL

ABRIL 2010

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REVISÃO DO PDM 2. ENQUADRAMENTO TERRITORIAL

DE FERREIRA DO ALENTEJO CARTOGRAFIA DE ACOMPANHAMENTO

ABRIL 2010

anexo.1 Planta 2.1: Planta de Enquadramento Territorial


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