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Revista Cana S.A.

Date post: 22-Mar-2016
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Edição Mes de Março
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Além da volta dos Shows Expogrande 2013 vira patrimônio cultural da cidade 35 ETH Bioenergia passa a ser Odebrecht Agroindustrial 10 Governo luta para etanol ser visto como nova alternativa EDIÇÃO 8 | MARÇO 2013 | R$ 10,00 A maior feira do Centro-Oeste 14 Eucalipto: Nova fonte de Biocombustível EXPOGRANDE Na Internet A maior feira do Centro-Oeste
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Page 1: Revista Cana S.A.

Além da volta dos Shows Expogrande 2013vira patrimônio cultural da cidade

35ETH Bioenergiapassa a ser Odebrecht Agroindustrial

10Governo luta para etanol ser visto como nova alternativa

EDIÇÃO 8 | MARÇO 2013 | R$ 10,00

A maior feirado Centro-Oeste

14Eucalipto:Nova fonte deBiocombustível

EXPOGRANDE

Na Internet

A maior feirado Centro-Oeste

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ÍNDICE

Capa - Expogrande

37Volta dos Shows promete agitar a maior feira de agronegócio do Estado

40Patrimônio Cultural de Campo Grande

Page 5: Revista Cana S.A.

5MARÇO 2013 | CANA S.A. | A energia da informação

SUSTENTABILIDADE

7 Revolução Verde MS

14 Nova fonte de Biocombustível

ECONOMIA E MERCADO

10 Governo luta para etanol ser visto como nova alternativa

LOGISTICA

35 ETH Bioenergia passa a ser Odebrecht Agroindustrial

6 EDITORIAL

27 CANA EM FOCO

45 CANA NET

DESENVOLVIMENTO REGIONAL

8 Showtec 2013 - Inovação para o Estado

44 CTC cria série específica para região doCerrado brasileiro

ESPECIAL

18 Projeto “Viva Mulher” reúne mulheresdo setor

20 A importância da mulher para a indústriada cana

GOVERNANÇA

23 Prefeitura e Ministério discutem a pescaem Dourados

OPINIÃO

28 Clima: O insumo indispensável

JUVENTUDE

42 Juventude terá destaque em política deagroecologia e produção orgânica

INTERNACIONAL

31 Produção de energia eólica daChina supera a de energia nuclear

MARÇO 2013

Page 6: Revista Cana S.A.

6 MARÇO 2013 | CANA S.A. | A energia da informação

A Revista Cana S.A. traz para 2013 uma nova visão do setor, onde mostraremos aos nos-

sos leitores o verdadeiro potencial que nossa região carrega dentro do agronegócio, e que é através dele que geramos renda, emprego e qualidade de vida.

Esta edição carrega um mix que traduz a importância das políticas de produção, que en-volvem cada vez mais a respon-sabilidade de se crescer e desen-volver medidas politicamente corretas, sejam elas através de uma produção cada vez mais me-canizada evitando as queimadas, seja através de ações cada vez mais sustentáveis, ou até mesmo por meio de prêmios que incen-tive a inovação e a criatividade dos produtores em nosso cenário.

O Estado de Mato Grosso do Sul carrega em si uma das maio-res responsabilidades econômicas em visão de mundo, pois a cada dia são milhares de bocas que nascem no para serem alimenta-das, e o espaço de produção que nossa região herda, em questão de tamanho e fatores que privile-giam a criação de recursos ali-mentícios através de grãos, não é brincadeira.

Nossa revista mostra empre-

sas que vão além do previsível, que acreditam que sua matéria prima traz benefícios para o con-sumidor, e na contribuição para o desenvolvimento econômico e social do Brasil, como no caso da Odebrecht Agroindustrial antiga ETH.

Vamos apresentar a diversifi-cação, as tecnologias aplicadas no setor agrícola, à transformação da agropecuária convencional, a e possibilidade criar e gerar uma agropecuária ecosocial onde as estratégias sejam socioambien-tais.

Nossa equipe esteve presente em feiras e eventos que se preo-cupam em difundir e aperfeiçoar novas tecnologias para o meio rural.

A Equipe da Cana S.A. deseja a você leitor não apenas mais uma leitura, mas uma mudança de postura, onde juntamente pos-samos criar ideias, tirar dúvidas, analisar propostas, que fará de nós não apenas leitores, mas pensadores e desenvolvedores de soluções, não apenas para o agronegócio, mas para um novo modo de vida. Uma ótima leitura!

Junior CordeirosRedator-chefe

Revista Cana S.A.

EDITORIAL

Superando oPrevisível

Edição nº 8, abril de 2013www.canasa.com.br

Cana S.A. é uma publicação de Canal da Cana Jornais e Revistas Ltda-ME

CNPJ: 10.939.324/0001-43Inscrição estadual: IsentaInscr. municipal: 137.361.000

Tiragem: 5 mil exemplares Circulação: Bancas, Mailing List Vip

Diretor-ExecutivoWilson [email protected](67) 9125-6062 / 2109-8919

FinançasMarlon [email protected](67) 9962-7882

Redação e publicidadeRua Albert Sabin, 1713 Bairro TaveirópolisCEP 79.090-160Tel.: (67) 3211-2030Campo Grande-MS

Críticas, sugestões, elogios e artigos podem ser enviados para: [email protected]

ReportagemJunior Cordeiros

Fotografia de capaFoto Acrissul

Projeto gráfico: Gabriel Gomes

Page 7: Revista Cana S.A.

7MARÇO 2013 | CANA S.A. | A energia da informação

SUSTENTABILIDADE

A agricultura no esta-do de Mato Grosso do Sul é conside-rada forte e cada

vez mais conhecida pelo seu desenvolvimento, com isso o setor traz avanços e benefícios para a região. Mas será que nossa agricultura é sustentá-vel? E quem verifica e cuida desta relação ente o homem e a natureza?

Segundo a Secretária de Desenvolvimento Agrário, da Produção, da Indústria, do Comércio e do Turismo, nossa agricultura é sustentável em todas as culturas. Eles nos alertam que é importante ob-

servarmos que a diversificação e a tecnologia aplicadas no setor agrícola que a tornaram susten-tável.

A soja nos anos 70, mas que hoje já apresenta um altíssimo nível de tecnologia, o milho, produzido na safrinha, veio so-mar de forma muito sustentável na rotação das culturas, e ainda tem a cana-de-açúcar que acres-centou essa maneira de produ-zir, cuidando do meio ambiente em nosso Estado.

A Seprotur possui uma ra-diografia de como é aplicada a agricultura em diversos muni-cípios. No lugar onde achamos que precisa de uma ação temos o Instituto de Meio Ambiente do Mato Grosso do Sul (Imasul), a Policia Ambiental e a Agência

Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro)

que são órgãos fiscaliza-dores.

“Acredito que a receita tem dado certo, uma vez que estamos

trabalhando com eficiência e que a nossa agricultura está sendo muito bem desenvolvida”,

afirma Tereza Cristina Secre-tária de Desenvolvimento Agrário, da Produção, da Indústria, do Comércio e do Turismo.

Como um dos princi-pais prestador de serviços ambientais, a agricultura

trás papéis importantes

que muitas vezes deixamos de lado. Ela tem a função essencial em atender a demanda crescente por alimentos e outros produ-tos agrícolas, no sequestro de carbono, na gestão de bacias hidrográficas e na preservação da biodiversidade.

Hoje o produtor de agronegó-cio tem que pensar em transfor-mação da agropecuária con-vencional, e criar e gerar uma agropecuária ecosocial, onde as estratégias sejam socioambien-tais. Lembrar que o foco não deve se voltar apenas aos gran-des produtores, mas também pequenos e médios e ao mesmo tempo alimentar uma agricultu-ra diferenciada e transformar em uma agricultura alternativa.

É preciso pensar em um novo modelo de agricultura, precisa-mos de produtores que acredite em mudanças radicais, empresá-rios que criem novos conceitos de agricultura, em atitudes eco-logicamente correta, que pensem em responsabilidade e sensibi-lidade social. O estado precisa de uma revolução verde que nos coloque em condições ecologi-camente equilibradas diante de um patamar de desenvolvimento sustentável e estratégico para região.

Junior Cordeiros

REVOLUÇÃOVerde MS

Page 8: Revista Cana S.A.

8 MARÇO 2013 | CANA S.A. | A energia da informação

INFORME PUBLICITÁRIO

Em sua 17ª Edição, a Showtec 2013 realiza-da nos dia 23, 24 e 25 de janeiro, teve como

tema a “Diversificação do Agro para um Brasil melhor”. Realizada na sede da Fundação MS, no município de Maraca-ju, a edição do evento contou com mais de 100 expositores e cerca de 500 tecnologias demonstradas nos tradicionais Giros Tecnológicos.

Em relação ao evento o pre-feito Maurílio Azambuja em entrevista ao Canal da Cana afirmou:

“A expectativa é muito grande, pois sabemos da ca-pacidade e da competência da determinação que a diretoria da Fundação MS tem e mostra através da tecnologia existente no setor do município para todo Estado”. (FOTO)

O Showtec 2013 foi feito para difundir e aperfeiçoar novas tecnologias para o meio rural. Presente no evento auto-ridades, expositores, empresá-rios, produtores do agronegó-cio e entidades de pesquisa, a feira mostrou a certeza de que o setor esta em crescimento, e que recursos e novas tecno-logias serão valorizados nesta nova fase do setor.

Durante a feira o senador Waldemir Moka anunciou a instalação de um Centro de

Parque Fundação MS.

Tecnologia, Inovação e Infor-mação em Maracaju (MS) e a construção de uma linha ferro-viária que ligará o município sul-mato-grossense até Casca-vel (PR) com destino ao Porto de Paranaguá, como medidas para impulsionar a difusão de tecnologia e ampliação do escoamento da produção agropecuária de MS. “Mara-caju está na vanguarda e agora se consolida como um pólo de conhecimento e pesquisa. Com o Centro de Tecnologia quere-mos capacitar mais jovens para trazê-los ao campo, carente de mão de obra qualificada” assegura o senador.

O prefeito de Maracaju, Maurílio Azambuja, disse que

o Showtec é o pilar do de-senvolvimento econômico do município, que contribui para o crescimento e consolidação do Estado, e que a classe produ-tora organizada e consciente da visão empreendedora das instituições tem feito o municí-pio crescer, gerando renda aqui e para todo o Estado.

Luis Alberto Moraes No-vaes, presidente da Fundação MS, apontou que o aumento de 30% na participação de empre-sas e entidades no evento mos-tra que a tecnologia é o prin-cipal insumo para a produção rural. “São mais de 500 novas tecnologias, 200 delas volta-das para a agricultura familiar com o objetivo de disseminar

Junior Cordeiros

DESENVOLVIMENTO REGIONAL

Showtec 2013Inovação para o estado

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Senador Moka em entrevista ao Canal da Cana

9MARÇO 2013 | CANA S.A. | A energia da informação

o conhecimento e contribuir para produtividade do agronegócio”, afirmou Luis.

A Secretária Estadual de Pro-dução e Turismo, Tereza Cristina, representante do governo federal, revelou que os investimentos em irrigação são uma das grandes promessas para o setor. “Vamos dar um grande salto na nossa pro-dução. Com a destinação correta dos recursos quere-mos potencializar a agricultura e sair na frente”, indagou Tereza no discurso de abertura.

Para o presiden-te da Federação de Agricultura e Pecu-ária de MS (Sistema Famasul), Eduardo Riedel, a evolução constante do agro-negócio tem como base a capacitação. “Tivemos mais de 40 mil pessoas treinadas em 2012 e esse núme-ro deve crescer”, disse Riedel, referindo-se aos cursos levados ao campo pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar/MS).

A produção de açúcar, etanol e energia passaram a ganhar desta-que desde que começou a diver-sificação de produção em MS. A

safra que se encerrou agora em janeiro teve 37 milhões de tone-ladas de cana moída, conforme a Biosul (Associação dos Produto-res de Bioenergia de MS).

“Apesar de termos um aumen-to na moagem de cana estamos num cenário de recuperação, a produção está crescendo, mas ainda não é o esperado. Um dos fatores que mais influenciou para

que a expectativa não se estabeleces-se foi o clima”.

A feira abriu o calendário de eventos do setor no cenário na-cional, trazendo para o Estado, os primeiros recursos e investimento do agronegócio, intro-

duzindo e implantando tecnologias de produção, trazendo indústrias e levando desenvolvimento há região, gerando renda para meio de empregos diretos, e a melhora da qualidade de vida no município e no estado.

Junior CordeirosJunior Cordeiros

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10 MARÇO 2013 | CANA S.A. | A energia da informação10

Governo luta para etanolser visto como

O setor sucroenergético promete expectativas para o ano de 2013. A sa-fra que mal chegou, trou-

xe novamente uma nova novela. No primeiro capitulo veio o aumento da gasolina, seguido a subida do etanol. Tais ações levaram muitos consumi-dores a reclamarem do governo. Mas será que estamos cientes do motivo? Enquanto sociedade como devemos nos colocar diante disso?

O consumidor João Filipe Do-mingues Brasil, de 22 anos, apontou sua opinião dizendo que “O reajuste no preço de todos os produtos é normal, com os combustíveis não seria diferente, mas poderia ser muito mais barato do que é. O Brasil não é auto-suficiente na produção de petróleo, como o governo diz, ele exporta e importa petróleo, importa mais caro que exporta as refinarias,

quando tem um aumento no processo de produção, repassam a diferença de preços pras distribuidoras que tem que repassar parte do reajuste pro consumidor”.

O consumidor João Felipe, além de se mostrar entendedor do assunto afirmou, “Nos últimos anos a Petro-bras, principal refinaria e distribui-dora de petróleo do país, passou por uma crise, o que forçou o aumento do preço também em relação ao etanol, não tem motivo pra ter o preço que tem, visto que nosso etanol vem da cana de açúcar, que hoje é o principal produto agropecuário do país tem que haver defasagem em algum dos setores, da produção à distribuição”.

Anunciado no dia 29 de janeiro, o preço da gasolina revelava um aumento de 6,6% nas refinarias, e segundo a Petrobras, o reajuste tem como objetivo alinhar os preços da

gasolina aos valores praticados no mercado internacional. Mas especia-listas do setor dizem que o aumento ainda não é capaz de corrigir a defa-sagem no preço desses produtos.

A elevação do preço da gasolina fez com que o consumidor enxerga--se o uso do etanol como uma nova alternativa, mesmo assim ainda não é possível comprar álcool por menos de 70% do preço da gasolina, ponto de equilíbrio para compensar a diferença de rendimento dos dois combustíveis.

“Os aumentos dos combustíveis se deram por questões econômi-cas visando estabilizar o mercado nacional e internacional tal medida foi utilizada para evitar prejuízos, e o que resta pra nós consumidores é pesquisar preços” afirmou a consu-midora Ana Galvão, 24 anos.

Assim a mudança no preço da

ECONOMIA & MERCADO

NOVA ALTERNATIVA

Divulgação

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MARÇO 2013 | CANA S.A. | A energia da informação 11

gasolina também interferiu no preço do álcool, devido à demanda por biocombustível, levando a um novo ajuste no álcool hidratado vendido nos postos, o novo preço foi estipula-do a partir da interação entre posto e consumidor.

Tais medidas levaram o Gover-no Federal a aumentar a mistura de etanol na gasolina, passando de 20% para 25%. A mudança só entrará em vigor a partir do dia 1º de maio. Com essa medida, o governo acredita que conseguirá reduzir o impacto do aumento dos preços da gasolina, e trabalha na conclusão de um pacote de medidas que tem o propósito de retomar o interesse da indústria e do consumidor pelo combustível, enxergando o etanol como mais uma ferramenta para controlar a inflação.

A injeção de ânimo para o mercado estava no novo percentual de mistura na gasolina, que trouxe na visão do governo a ampliação do mercado para o produto. Além dos fatores positivos para o mercado o governo federal esta impulsionando o mercado no incentivo a produ-ção, onde é previsto um pacote de desoneração tributária, trazendo a redução do Imposto sobre o Produto Industrializado (IPI).

De acordo com Edson Lobão, ministro de Minas e Energia, antes de alterar a mistura o governo con-versou com representantes do setor sucroalcooleiro, que afirmaram que conseguirão atender o aumento da demanda estimado em 2 bilhões de litros.

Segundo projeções da RC con-sultores, apesar da alta nos preços da gasolina, as cotações praticadas no mercado interno ainda estão 7% menores que os preços internacio-nais. Após a alta nas refinarias, os preços da gasolina já começaram a ser reajustados nas bombas, mas em patamares superiores ao previsto pelo Ministério da Fazenda, de 4,6%,

ao que Lobão reagiu:“Vamos fiscalizar os postos de

todo o país”. As boas perspectivas para o

mercado de etanol em 2013 devem ajudar não só a Petrobras Biocom-bustíveis a reverter o prejuízo de R$ 218 milhões que amargou no ano passado, mas também o governo federal a frear a inflação no mercado interno, uma vez que a demanda pela gasolina.

Decorrente de alguns fatores, o etanol também passa a subir, o litro do combustível que custava R$ 1,89 e R$ 1,99, sobe para média de R$

2,09 na bomba. O aumento do etanol o leva a perder seu poder de competi-tividade no mercado, com a elevação de preço, é possível que o governo tenha que importar mais gasolina, e as refinarias terão de trabalhar mais, fazendo puxar a gasolina.

A causa deste aumento aponta para diversos fatores, como a forte pressão de demanda por parte das distribuidoras de combustíveis, pela elevação na transferência de etanol da região Centro-Sul para atender a demanda das regiões Norte e Nordes-te, o aumento nos volumes de etanol hidratado comprados pelas distribui-

Divulgação

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12 MARÇO 2013 | CANA S.A. | A energia da informação

impulsionar a produção de etanol no Brasil, e que o setor de etanol está passando por um estudo mais amplo que, na verdade, é uma construção de um regime específico para o etanol.

Apesar dos incentivos, a indús-tria critica deficiências estruturais do mercado brasileiro que tiram a competitividade do etanol no cenário interno e, principalmente, no externo. Uma delas, a logística, está sendo enfrentada com um alcoolduto de R$ 7 bilhões, que deverá ser inaugurado em abril na região Sudeste. Outro mais relevante, porém, é a elevada carga tributária do setor. “O governo já está agindo em questões pontuais, mas ainda precisamos de ajustes estruturais. Para que haja uma nova rodada de investimentos, são neces-sárias medidas de fundo”, disse o porta-voz da Unica, Adhemar Altieri.

“Neste momento em que o governo vai ter que produzir mais etanol para importar menos gasolina, que está causando dano à balança comercial e à Petrobras, é importante fazer a conta racional de custo--benefício. Se o prejuízo que estamos tendo com a importação de gasolina fosse investido no etanol, muito poderia melhorar a produção”, argu-menta Roberto Giannetti, ex-secretá-rio da Câmara de Comércio Exterior do governo e diretor da Fiesp.

As últimas especulações do setor afirmam que é esperado pelos empresários do setor o anúncio de um conjunto de desonerações, como a redução da alíquota de PIS/Co-fins sobre o etanol, hoje em 9,25%. Outros incentivos ainda estão em discussão, como a desonerações da folha de pagamento. No ano passado, o governo abriu linhas de financia-mento bilionárias para estocagem e renovação de canaviais.

O governo trabalha na conclusão de um pacote de medidas que tem o propósito de retomar o interesse da

indústria e do consumidor pelo com-bustível, e a União enxerga no etanol a possibilidade de contar com mais uma ferramenta para controlar a inflação. O novo regime, segundo o ministro, incluirá um conjunto de desonerações tributárias. Em contrapartida, porém, as usinas terão que atender a uma série de metas e compromissos do setor.

Junior Cordeiros

doras com a elevação no preço da ga-solina (em aparente antecipação a um eventual crescimento na demanda por etanol nas bombas), Por fim, as distribuidoras também anteciparam compras de etanol para garantir o atendimento aos postos de combustí-veis durante o feriado prolongado do carnaval em fevereiro.

A presidente da Petrobras, Graça Foster, prevê dificuldades para o setor de combustíveis em 2013, mas Miguel Rosseto, presidente da Petro-bras Biocombustíveis, está otimista em relação ao cenário para o etanol. As boas perspectivas para o mercado de etanol em 2013 devem ajudar não só a Petrobras Biocombustíveis a re-verter o prejuízo de R$ 218 milhões que amargou no ano passado, mas também o governo federal a frear a inflação no mercado interno.

A perspectiva é que a produção de cana-de-açúcar no Centro-Sul do Brasil cresça 62 milhões de toneladas na safra 2013/2014 e o percentual da safra destinado a produção de etanol deve saltar dos 51% de 2012 para 54% este ano. Com isso, a produção de etanol deve somar 27,3 bilhões de litros, volume considerado suficien-te para atender tanto a demanda interna como o mercado externo, que também promete ser maior este ano, a despeito da tentativa por parte dos produtores norte-americanos de forçar a redução das importações dos Estados Unidos.

Para enfrentar o cenário comple-tamente competitivo, o governo esta criando um pacote de medida para valorizar o interesse do consumidor com o etanol, onde será instituído um novo regime no mercado. O Ministro do Desen-volvimento, Fernando Pimentel disse em entrevista que o governo está concentrado para

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Nova fonte de

14 MARÇO 2013 | CANA S.A. | A energia da informação

Nova fonte de

SUSTENTABILIDADE

O eucalipto entra como estudo para o mercado como uma nova alternativa na produção de etanol. Pesquisadores estão

em busca cada vez mais de matérias primas que sejam fontes da produção do bio-combustível, esta é uma alternativa para ampliar e diversificar a matriz de obtenção deste combustível.

Alunos do curso de engenharia de energia da PUC de Minas Gerais descobri-ram tal façanha através do processamento de cascas de eucalipto, e apontam que seja uma alternativa a ser adotada em larga escala no país. Sob orientação do profes-sor Otávio de Avelar Esteves, o estudo acadêmico é parte de um esforço para investigar a viabilidade da matéria-prima.

Já em pesquisa de tese ao Doutorado, o pesquisador Juliano Bragado, coletou da-dos de seu trabalho desenvolvido na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), da Universidade de São Paulo (USP), em novembro de 2011 para apontar que a casca do eucalipto tem 20% menos carboidratos do que a de cana. A pesquisa aponta que hidratos de carbono suscetíveis

à fermentação (83% contra 65% da cana), o que tornaria o uso do eucalipto viável.

Hoje a competitividade no setor, conta com a existência de várias iniciativas no país e no mundo para consolidar o processo de produção de etanol celulósico a partir do bagaço e da palha da cana, mas é preciso defender que a produção do insumo, para obtido em larga escala, como a partir de cascas de eucalipto, é algo que ainda pre-cisa ser demonstrado.

Junior Cordeiros

BiocombustívelBiocombustívelThaiany Regina

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15MARÇO 2013 | CANA S.A. | A energia da informação

Thaiany Regina

Page 16: Revista Cana S.A.

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18 MARÇO 2013 | CANA S.A. | A energia da informação

reúne mulheres do setorIniciativa da Usina São Domingos visa proporcionar oportunidade de

informações em diversas áreasdade de vida, beleza, alimentação saudável, entre outros assuntos.

A coordenação do evento está a cargo do departamento de Serviço Social da Usina e do apoio do setor de ambulatório médico sob a avaliação do departamento de Recursos Humanos.

Segundo a diretora presidente da Biocana, Leila Alencar Monteiro de Souza, projetos como este resgatam valores intrínsecos da mulher colaboradora que na correria do dia a dia passam despercebidos. “É também uma oportunidade de mostrar como as atitudes influenciam em uma maior qualidade de vida, com base em escolhas simples”, salienta.

Os temas de destaque foram: ‘Orçamento Doméstico’, focando o papel da mulher com

No começo de março, a Usina São Domingos, empresa associada à Biocana (Associação de Produ-tores de Açúcar, Etanol e Energia)

realizou mais uma edição do já tradicional Projeto ‘Viva Mulher’. O evento, que acontece desde 2005, teve o Clube do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Catanduva, SP como sede este ano.

Aproximadamente 200 mulheres colabora-doras da empresa dos setores rural e adminis-trativo participaram do Projeto. A programa-ção incluiu debates sobre temas diversos do dia a dia da mulher, da família e da sociedade nas áreas de saúde, educação, cidadania, cul-tura, autoestima, lazer recreação, orçamento doméstico, prevenção, meio ambiente, quali-

ESPECIAL

Projeto “Viva Mulher”Divulgação

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19MARÇO 2013 | CANA S.A. | A energia da informação

Divulgação

suas forças, dicas específicas do dia a dia; ‘A Saúde da Mulher e Seus Desafios’, ministrado por Fabiana de Oliveira, Cientista Social da Rede Nacional de Pessoas (RNP) Vivendo com HIV/AIDS do Núcleo de Catanduva e ‘Atividade de Lazer e Recreação’ com a equipe de monitores da Secretaria de Esportes de Catanduva.

Para a colaboradora, Arlete Lopes Martins, que trabalha no departamento técnico da área administrativa, participar do Projeto

‘Viva Mulher’ representa aprendizado, reconhecimento, integração, lazer e alegria. “É a certeza de que a empresa valoriza a classe feminina. É ter oportunidade de informações de muita importância pessoal e familiar e que estes conhecimentos podem nos levar a outras pessoas do próprio convívio do dia a dia”, comentou.

A participante disse ainda que apesar de serem colaboradoras da mesma empresa nem sempre se conhecem e que o Projeto proporciona essa oportunidade de aproximação, interação, conheci-mento entre si, gera oportunidade de vínculos de amizades, alegria, prazer de aprender e possibili-dade de retransmitir tal conhecimento.

A Assistente Social da Usina, Alzira Madalos-so, enfatizou que o Projeto ‘Viva Mulher’ repre-senta crescimento e oportunidade de ver parte da grandeza do horizonte de cada participante. “As colaboradoras se sentem à vontade para sorrir, falar, chorar e dar sugestões. E também falar dos sonhos e da expectativa de que estes possam ser realizados um dia”, finalizou.

Jaqueline Stamato TaubeAssessora de Imprensa da Biocana

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20 MARÇO 2013 | CANA S.A. | A energia da informação

A Importância da MulherPara a indústria da Cana

Beth Farina, primeira mulher a presidir a UNICAIza Barbosa, coordenadora do RenovAção

Ex-professora titular do Departamento de Economia da Faculdade de Economia, Adminis-tração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA/USP). A executiva veio somar seu talento ao de outras 23 mulheres que, junto a 19 homens, compõem a UNICA, principal orga-nização representativa do setor sucroenergético nacional.

A liderança feminina também está presente nas empresas associadas à entidade. Nelas, há muitas mulheres em cargos importantes. Um ex-emplo é Guiomar Della Togna Nardini, que após o falecimento em 2003 de seu esposo, Aurélio Nardini, assumiu com presteza o Grupo Aurélio Nardini.

D. Guiomar, a atual responsável pelo Grupo Nardini “Fui bem recebida pelo setor. A indús-tria da cana, assim como os demais segmentos da economia brasileira, já percebeu que o im-portante não é se o profissional é homem ou mulher e sim se ele ou ela está apto ou apta para desenvolver determinadas atividades,” explica a executiva da Nardini.

No Grupo Virgulino de Oliveira, cooperado da Copersucar, Carmen Ruete de Oliveira foi uma das pioneiras a presidir uma empresa sucroenergética. Atualmente, ainda presente na

Já se foi o tempo em que as mulheres eram vistas simplesmente como administrado-ras do orçamento familiar. Hoje, a pre-sença delas é crescente nas mais variadas

funções e setores. Na indústria da cana não é diferente, seja na prática diária no canavial, em máquinas agrícolas ou em reuniões de negócios: elas estão sempre presentes.

Uma demonstração de que elas seguem con-quistando espaço é vista nos organogramas das empresas do setor sucroenergético, onde as mul-heres respondem por aproximadamente 9% das vagas da área agrícola e 11% quando somadas as áreas industriais e administrativas. A União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), por exemplo, é presidida pela economista Elizabeth Farina desde novembro de 2012, a primeira mul-her a liderar a entidade.

Beth Farina, primeira mulher a presidir a UNICA “O rótulo do sexo frágil não existe mais. As mulheres mostram todos os dias que são capazes de gerenciar a casa, cuidar do marido e dos filhos e, ainda assim, trilhar novos rumos e trabalhar em qualquer área. A minha vida não é diferente, assumir a presidência da UNICA foi um desafio que assumi com muito entusiasmo, determinação e energia,” explica Farina.

Page 21: Revista Cana S.A.

21MARÇO 2013 | CANA S.A. | A energia da informação

D. Guiomar, responsável pelo Grupo Nardini Carminha Ruete, a primeira a compor o Con-selho Deliberativo da UNICA

diretoria, Carmen repassou o bastão da chefia aos filhos Hermelindo Ruete de Oliveira e Carmen Aparecida Ruete de Oliveira, conhecida como Carminha, a primeira mulher a compor o Con-selho Deliberativo da UNICA.

Carminha Ruete, a primeira a compor o Con-selho Deliberativo da UNICA “Apesar da pre-dominância masculina no conselho da UNICA, nunca senti diferença por ser mulher, ao con-trário, todos sempre me receberam muito bem. Acredito que a sociedade como um todo não classifica mais as pessoas por gênero, e sim por sua competência,” completa Carminha.

As instalações da Usina São Luiz, outra cooperada da Copersucar, já serviu como espaço para as brincadeiras infantis de Adriana Maria Quagliato Vessoni e de seus irmãos. Hoje, a ex-ecutiva de Ourinhos (SP) é responsável pelo de-partamento financeiro da empresa, influenciando diretamente no dia-a-dia do complexo industrial construído pela família Quagliato.

Adriana Quagliato com as crianças do Cen-tro Cultural ‘Irmãos Quagliato” “Não imagino a minha vida sem o trabalho diário na usina. Lá cresci, lá aprendi o quanto a cana é essencial para a economia e a sustentabilidade do País,” enfatiza.

Mulheres no RenovAção

O trabalho diário no setor também faz parte da vida de Patrícia Terezinha do Prado, fun-

cionária da Usina Santo Antonio do Grupo Balbo. Aos 40 anos e sem muita instrução, os rumos profissionais da ex-cortadora de cana mudaram graças ao Projeto RenovAção. A ini-ciativa lançada pela UNICA em 2009 promove a requalificação de trabalhadores rurais do setor sucroenergético, especialmente os que atuam no corte manual da cana-de-açúcar. Hoje, com uma nova perspectiva quanto ao futuro, Patrícia exerce a função de soldadora.

A história de Patrícia é apenas uma entre tan-tas outras de superação à ameaça do desemprego com o fim do uso do fogo e a substituição da colheita manual pela mecanizada. O número de mulheres formadas pelo RenovAção aumentou de 2% no primeiro ano, em 2009, para 12% na safra 2011/2012. E a tendência é que este núme-ro seja ainda maior para a atual safra, 2012/2013.

Iza Barbosa (UNICA), coordenadora do RenovAção Para a gerente de Responsabilidade Social Corporativa da UNICA, Maria Luiza Bar-bosa, o setor, que por muito tempo foi ocupado predominantemente pelos homens, cada vez mais abre espaço às habilidades femininas. “Quando comecei a trabalhar na entidade, poucas eram as mulheres atuantes no setor. Hoje, o que vejo nas usinas muito me alegra. Cada vez mais estamos mostrando nossas qualidades profissionais, sem deixar de lado o trato com a família e com a sociedade,” destaca.

UNICA

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23MARÇO 2013 | CANA S.A. | A energia da informação

GOVERNANÇA

O superintendente do MPA (Ministério da Pesca e Aquicultura), Luiz David Figueiró, se reuniu com a secretária de Agricultura, Indústria e Comércio

de Dourados, Neire Colman, para falar sobre a piscicultura no município. Na oportunidade o superintendente entregou 20 kits de pesca que farão parte da premiação da 10ª Festa do Peixe de Dourados, que começa nesta semana, no Parque Antenor Martins.

Luiz Figueiró também garantiu que uma equipe do MPA fará plantão na festa nos dias 27 e 28 para o cadastramento dos piscicultores de Dourados e região e, a conseqüente organização, um meio de fortalecer a produção regional.

A secretária lembrou o grande interesse do prefeito Murilo e a disposição de toda a equipe em desenvolver ações em parceria com o Minis-

Prefeitura e Ministério

tério para apoiar e fomentar a produção do pescado em Dourados, destacando seu grande potencial.

Hoje existem no município em torno de 150 piscicultores, com aproximadamente 630 hect-ares de lamina d’água implantadas e em potencial para construir entre 100 e 200 hectares de novos açudes.

Outro assunto discutido foi o Frigorífico do Peixe. O prefeito Murilo protocolou projeto em Brasília para receber mais R$ 4,5 milhões para concluir a obra e equipar o prédio. Quando pron-to, o frigorífico terá papel importante no fomento da atividade para os pequenos produtores.

AssecomAssessoria da Prefeitura Municipal de

Dourados

discutem a pescaem Dourados

Dênes de Azevedo

Secretária Neire Colman com o superintendente do Ministério da Pesca e Aquicultura, Luiz David Figueiró

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27MARÇO 2013 | CANA S.A. | A energia da informação

CANA EM FOCO

21ª FENASUCRO 2013

A FENASUCRO (Feira Internacional de Tecnologia Sucroenergético) real-izada nos de 27 a 30 de agosto de 2013, realizada no Centro de Eventos Zanini, Sertãozinho, São Paulo, promovida pela Reed Multiplus e com realização do CEISE Br, traz novo layout, com exposição setorizada da feira em agrícola, processos industriais, transporte e logística e fornecedores industriais, unifican-do assim a Fenasucro, Agrocana e Forind SP. A expectativa é superar o número de 500 empresas e receber mais de 30 mil visitantes.Mais informações em: www.fenasucro.com.br/

4ª Edição Ethanol Summit 2013

O Ethanol Summit 2013 será realizado nos dias 27 e 28 de junho no Grand Hyatt Hotel de São Paulo, mesmo local do Summit 2011. O evento será objeto de um suplemento especial a ser produzido e publicado em inglês pelo jornal The Washington Post. A divulgação do suplement está sendo negociada para o mês de abril. Organizado a cada dois anos pela União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), as inscrições devem ser feitas exclusivamente pela internet, através do site oficial do evento. Saiba mais: www.ethanolsummit.com.br

16 º Prêmio Andef

O Prêmio ANDEF é uma inicia-tiva da Associação Nacional de Defesa Vegetal (ANDEF) e dos seus parceiros: FEALQ, ABRA-COM, ANDAV, INPEV e OCB. É um dos mais importantes da agricultura brasileira e, por meio de iniciativas socioambi-entais, tem a missão de unir e incentivar líderes do setor Agro em busca de uma agricultura cada vez mais sustentável para as futuras gerações do planeta. A 16º Edição do Prêmio Andef 2013 está com as inscrições abertas até o dia 30/04/2013.Para mais informações acesse: www.andefedu.com.br/premio-andef

4º Prêmio Águas Guari-roba de Jornalismo Ambiental

A premiação tem como obje-tivo incentivar a produção de reportagens sobre temas que relacionem saneamento básico à saúde e conservação do meio ambiente. O lançamento do prêmio dá início às comemora-ções do Dia Mundial da Água, 22 de Março. Os profissionais podem participar do 4º Prêmio de Jornalismo Ambiental em cinco categorias: Rádio, TV, Impresso, Web (sites de notícias ou jornais digitais) ou Fotojor-nalismo. Vale para reportagens publicadas entre os dias 18 de março até primeiro de outubro em veículos de comunicação sediados em Campo Grande.A ficha de inscrição estará disponível no link: www.aguasguariroba.com.br/premio-de-jornalismo-ambiental

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28 MARÇO 2013 | CANA S.A. | A energia da informação

OPINIÃO

Clima: O InsumoIndispensável

A maioria dos produtores nunca pensa no clima ou como ele irá se comportar antes de se iniciar na safra. Quase que a unanimidade só

pensa em que semente irá adquirir ou que fer-tilizantes ou defensivos irão comprar para a safra. Porém, de todos esses insumos tão im-portantes para o sucesso do produtor, o clima é sem duvida o mais importante, contudo, in-felizmente não dá para ir a loja e adquiri-lo.

Um exemplo típico disso é as perdas que o

excesso de dias chuvosos causou sobre a safra de soja no Mato Grosso agora no inicio do ano, pois muitos produtores com o afoito de plantar a 2ª safra plantaram suas variedades de soja para serem colhidas nesse período, e se esqueceram de que em anos de La Niña a possibilidade de que ocorram longos períodos de invernadas é muito grande, principalmente entre janeiro e fever-eiro. Outro exemplo foi em 2010, com a mesma 2ª safra, onde num ano, cujo regime de chuvas está sendo regido pelo El Niño é certo de que as chuvas acabem bem mais cedo no outono. Dito e feito, as perdas naquela safra ultrapassaram os 30%. Sabendo de tudo isso, fico aqui pensan-do que ninguém plantou alguma variedade de soja, cujas principais características sejam uma maior tolerância ao excedente hídrico só porque sabia que o verão seria extremamente chuvoso ou que não iriam plantar suas lavouras de milho e/ou algodão após a janela ideal, uma vez que estava previsto o corte prematuro das chuvas. Mas, como meu mestre em agrometeorologia, Marcelo Bento Paes de Camargo, ensinou-me, o clima é à base de toda a cultura. Pois de nada adianta ter a melhor variedade, melhor solo e

a melhor tecnologia, se o clima não ajudar... No Brasil, mesmo o Centro-oeste e Sudeste,

tendo em 2012 um clima excepcional para os grãos, as Regiões Sul e Nordeste sofreram os impactos terríveis da seca, gerando enormes prejuízos. E é esse clima de incerteza que move o mercado hoje em dia. Ministrando uma pales-tra num dia desses em São Paulo, CEO de uma grande trade proferiu o seguinte comentário: “O mercado está a cada dia muito mais climáti-co”. E isso é uma verdade. A cada susto que o clima nos prega, seja positivo ou negativo, rapidamente o mercado o absorve e transfere aos preços das commodities, levando a queda ou elevação de seus preços no cenário mundial.

E para que não sejamos pego nessa ciranda climática, o acompanhamento das condições climáticas, não só da nossa região, como em todo o Brasil e inclusive no Mundo, faz-se cada vez mais necessário. Com o advento da tecno-logia e a aquisição de supercomputadores, os modelos climáticos estão cada vez mais preci-sos e confiáveis. O grande problema no Brasil ainda continua sendo a aferição desses parâ-metros, ou seja, Estações Meteorológicas, cujo número está muito aquém do ideal. Elas não são capazes de fazer a previsão, mas servem de base para que os modelos consigam ver onde estão errando e onde estão acertando e ficar cada vez mais precisos em suas decisões. Além de tudo isso, tem ainda a mão do Meteorologista, um profissional apto a interpretar todos os “sinais” da atmosfera e traduzi-lo para uma linguagem comum, onde o mais comum dos usuários poderá saber, numa linguagem simples, como será o tempo hoje e nos próximos dias, além de que para alguns, o momento não interessa

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tanto, o que necessitam é saber como será o cli-ma num horizonte ainda mais distante – 6 a 12 meses. E é aí que o meteorologista realmente se faz necessário, pois só ele poderá traduzir o que os modelos climatológicos de longo prazo estão dizendo. Até porque além da falta de estações meteorológicas para cobrir todo o território nacional, ainda temos que lidar com os fenô-menos climáticos El Niño e La Niña que tanto mexem nos regimes de chuvas e temperaturas do planeta. Dependendo da época e da inten-sidade na qual aparecem, podem causar sérios dados ou até mesmo benefícios à agricultura. E esses fenômenos climáticos provocam mudan-ças nos regimes de chuvas e temperaturas tam-bém na América do Norte, África e Ásia. Cau-sando danos ou benefícios à produção agrícola dos países desses continentes. E consequent-emente mexendo nos preços das commodities. E acima de tudo isso, está uma variável ainda mais drástica que é a Oscilação Decadal do Oceano Pacífico, regido por inúmeros fatores, sendo um deles, a atividade solar. Quando o sol entra numa fase mais fria, a perspectiva para os próximos anos é que ocorra muito mais La Ni-ñas do que EL Niños e isso têm seus impactos, como reduções nos volumes anuais de chuvas, temperaturas mais baixas do que o normal, o mesmo acontece quando essa Oscilação está positiva, ou seja, quando o sol está mais quente, imitindo mais radiação solar. Quando isso acon-tece esperasse mais El Niños do que La Niñas.

E acabamos de entrar numa nova fase fria, igual a que foi observada entre os anos de 1947 a 1976, quando o Brasil registrou um decrésci-mo de 10 a 30% nos volumes anuais de chuvas, além da uma maior ocorrência de geadas. Ter-emos então que mudar nossa maneira de pro-duzir? Não. Apenas teremos que analisarmos melhor as previsões meteorológicas de médio e longo prazo, já que numa fase mais fria, os

volumes totais de chuvas nas estações de tran-sição – primavera e outono – deverão ficar abaixo da média, na maioria dos anos. Sendo que no Verão as chuvas irão ficar mais concen-tradas no Centro-oeste e Sudeste e no inverno no Sul e Nordeste do Brasil. Isso poderá trazer sérias consequências para a geração de ener-gia elétrica. Além de que o uso de variedades de ciclo mais curto poderá ser a chave para o sucesso em anos que as características climáti-cas sejam essas. E dessa forma, o profissional de meteorologia deverá ser ainda mais valioso, já que só ele poderá elucidar tais oscilações.

E para quem está lendo esse texto e pen-sando que a meteorologista só afeta o dia-dia da agricultura se engana. As condições climáticas influenciam todas as áreas da economia, como as vendas de bebidas e de alimentação, ves-tuário, vendas de eletrodomésticos, como ven-tiladores e ar condicionados, na geração de en-ergia elétrica, até mesmo na venda de remédios, como para resfriados. E atrás de tudo isso, está o profissional em meteorologista, que tem que ser no fundo um consultor em todas essas áreas. Assim, para quem não quer perder nada sobre o que está acontecendo e o que acontecerá com o clima no Mundo, no Brasil e é lógico, na sua Região, acesse os diversos sites meteorológicos que estão disponíveis na internet, como Somar, CPTEC, NOAA entre outros. Além disso, fique por dentro nos boletins meteorológicos divul-gados diariamente nas TVs, que servem de apoio a você produtor que leva a sério a arte de produzir alimento. E nunca se esqueça do me-teorologista, principalmente nesse dia 23, que é o seu dia! Parabéns a todos esses profissionais.

Escrito por Marco Antonio dos Santos, Agrometeorologista da Somar Meteorologia

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Produção de energia eólica da China

talvez, 100 mil megawatts até 2020. Como resposta ao desas-tre de Fukushima, o governo chinês decidiu suspender as aprovações de novos reatores e determinou a realização de uma revisão de segurança tanto nas usinas em operação quanto as que se encontravam em construção.

Posteriormente, autorida-des chinesas liberaram em outubro de 2012 os projetos já aprovados, com a condição de que daqui para frente somente serão permitidos os modelos “Geração III” que atendam às normas de segurança mais rigorosas. A China não tem experiência em operar esses

modelos mais avançados, e vários dos reatores da Geração III atualmente em construção já estão enfrentando atrasos devido a alterações do projeto pós-Fukushima ou por proble-mas na cadeia de suprimentos.

Ao longo de 2011 e 2012, a China conectou quatro reato-res nucleares que juntos, estão gerando 2.600 megawatts, elevando seu total de produção de 12.800 megawatts. Embora as autoridades ainda afirmem que a China vai chegar a 40 mil megawatts de capacidade nuclear em 2015, o atual ritmo de construção faz com que esta previsão está cada vez mais improvável. Inexperiência

INTERNACIONAL

supera a de energia nuclear

Produção de energia eólica ultrapassou a de energia nuclear, como fonte de eletri-

cidade na China. No ano de 2012, os parques eólicos estão gerando dois por cento a mais de eletricidade do que as usi-nas nucleares. Com a energia eólica na dianteira, essa lacuna com certeza deverá aumentar ainda mais ao longo dos próxi-mos anos.

Desde 2007, a geração de energia nuclear vem aumen-tando 10 por cento ao ano, ao passo que a energia eólica vem crescendo explosivamente em torno de 80 por cento por ano.

Antes do desastre nuclear ocorrido em março de 2011 no Japão, a China tinha 10,2 mil megawatts de capacidade instalada de geração de energia nuclear. Com 28 mil megawat-ts em construção em 29 rea-tores nucleares, dos quais 19 haviam sido iniciados a partir de 2009, os funcionários esta-vam confiantes de que a China chegaria a 40 mil megawatts de energia nuclear até 2015 e,

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No cenário de energia eólica a China é o país que mais investe em formas alternativas e limpas para gerar ener-gia limpa. O ranking de energia insta-lada é liderado por EUA e seguido por China e Alemanha.No ano de 2010 os investimentos chineses em energias alternativas foram três vezes maiores do que os dos EUA.

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da China com os reatores da Geração III também lança dú-vidas sobre suas perspectivas de alcançar o que o governo previa como meta para 2020 e agora a mais razoável, é de cerca de 70.000 megawatts.

As perspectivas para a ener-gia eólica na China são muito mais promissoras.

Com energia eólica ins-talada e com capacidade de produção de 19.000 megawatts ligada à rede durante 2011 e 2012, a China espera que essa mesma quantidade, seja acrescida em 2013. O problema mais frequente citado sobre a energia eólica da China é que a rede de distribuição ainda não é capaz de absorver e atender rapidamente toda energia elé-trica produzida pelas turbinas eólicas que estão localizadas em áreas ricas de vento. Os recentes esforços para expan-dir e modernizar a rede tem melhorado a situação: no final de 2012, 80 por cento dos cerca de 75.600 megawatts de capa-cidade eólica da China, foram conectados a rede.

Até 2015 a China deverá facilmente alcançar a meta pre-vista de produção de 100.000 megawatts de energia eólica conectada a rede. A Associa-ção Chinesa das Indústrias de Energia Renovável (Renewable Energy Industry Association CREIA) prevê num futuro de até 2020, que seu país terá capacidade instalada com ge-ração e distribuição de 200 mil megawatts.

Os sete mega complexos “a base de energia eólica” em

poluição (a China gasta bilhões de dólares por ano para im-portar a maior parte do urânio necessário para abastecer seus reatores nucleares). Países que enfrentam a escassez de água, como é o caso da China e ao contrário do carvão e das usinas nucleares, os parques eólicos não precisam de água para o resfriamento.

No que diz respeito às mudanças climáticas somadas a escassez de água, o vento torna-se cada vez mais atraente em comparação com fontes de eletricidades convencionais.

(Texto publicado por Earth Policy Institute, por J. Mat-thew Roney)

(Tradução livre por Edson Espíndola Cardoso, especialis-ta em agronegócio)

construção em seis provín-cias, deverão até 2020 gerar o equivalente a 138 mil megawat de energia, e, portanto, dentro das projeções do CREIA. Os recursos de energia eólica da China são impressionantes. Pesquisadores de Harvard es-timam que o potencial de gera-ção eólica da China atualmente é de 12 vezes o consumo de eletricidade no ano de 2010.

Temos que reconhecer que a energia eólica tem muitas vantagens. Os recursos eólicos são imensos e inesgotáveis; os parques eólicos podem ser construídos rapidamente, pois eles não emitem carbono que desestabiliza a temperatura da terra, e não necessitam impor-tar combustíveis fósseis que além de caros, precisam de estrutura operacional e emitem

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LOGÍSTICA

ETH Bioenergia passa a ser

Odebrecht Agroin-dustrial é a nova identidade assumida pela empresa antes

conhecida por ETH, à empresa é controlada pela Organização Odebrecht e atua na produção e comercialização de etanol, energia elétrica e açúcar. Através do etanol e da energia elétrica, produzidos a partir da cana de açúcar, a empresa acre-dita que sua matéria prima traz benefícios para o consumidor e contribui para o desenvolvi-mento econômico e social do Brasil. Hoje, a cana de açúcar é a segunda fonte de energia do

país, atrás somente do petróleo e sua importância deve cres-cer ainda mais ao longo desta década.

Em entrevista para o Canal da Cana a Odebrecht Agroin-dustrial nos fala da nova postura que a empresa assume diante dessas mudanças inter-nas, mostrando o diferencial que ela traz para o setor em 2013.

Canal da Cana - Essa mu-dança de nome veio mostrar novas atitudes da empresa? Que atitudes seriam essas?

Odebrecht Agroin-

dustrial - O que mudou foi somente a logomarca da empresa. As atitudes, valo-res e princípios empresariais permanecem os mesmos, assim como o direcionamento estratégico do nosso negócio. A mudança de marca de ETH Bioenergia para Odebrecht Agroindustrial, ocorrida no início de fevereiro, faz parte de uma estratégia da Organi-zação Odebrecht alinhada à Odebrecht Agroindustrial e a outras 14 empresas da Orga-nização (composto hoje por 17 empresas). Para a Odebrecht Agroindustrial, a mudança é

Odebrecht Agroindustrial

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positiva: a marca Odebrecht é reconhecida mundialmen-te por sua solidez, qualidade, confiabilidade e excelente relacionamento junto às comu-nidades próximas as suas áreas de atuação. Além disso, reitera a crença da Odebrecht na geração de energia limpa e renovável.

Canal da Cana - O que a empresa traz de novo e diferen-cial no setor assumindo essa nova marca?

Odebrecht Agroindus-trial - A mudança não implica em alterações na estratégia de negócios da Odebrecht Agroin-dustrial. Não é uma mudança de marca que fará a empresa decidir entrar em novos negó-cios, e sim as oportunidades que surgirem. Por isso o foco do negócio permanece inalterado: produzimos etanol e açúcar e geramos energia elétrica, tudo à base da cana-de-açúcar. Ao assumir a marca Odebrecht, a empresa segue no desafio de ser líder em bioenergia do país.

Canal da Cana - Qual recurso à empresa utilizará para captar e investir mais de R$ 1 bilhão em suas operações?

Odebrecht Agroindustrial - Os planos de investimentos da Odebrecht Agroindustrial foram definidos em 2007, data da fundação da empresa, e seguem rigorosamente o cronograma

previsto. Não será feito, a curto prazo, nenhum aporte adicional de recursos. Os recursos da Odebrecht Agroindustrial vêm dos aportes dos acionistas da empresa.

Canal da Cana - Como a empresa fará para ser referên-cia em termos de competitivi-dade, sustentabilidade e valori-zação das pessoas?

Odebrecht Agroindustrial - Nossos investimentos vão além da produção de energia limpa e renovável. Investimos num futuro melhor para as pessoas e para o país. Acre-ditamos que, com todos os investimentos que fizemos em apenas 5 anos na formação das pessoas e da comunidade, que já somos uma referência em termos de sustentabilidade e valorização das pessoas.

Na safra 2013/2014, a Odebrecht Agroindustrial dará continuidade ao maior projeto de ampliação de canaviais da história do setor. Neste período, a empresa investirá mais de R$ 1 bilhão em suas operações — sendo 90% deste investimento destinado à expansão da área agrícola.

A expectativa é cultivar mais de 100 mil novos hectares de cana-de-açúcar, totalizando 450 mil hectares plantados de

forma 100% mecanizada. Com isso, deve produzir no período 2 bilhões de litros de etanol, 2 mil GWh de energia elétrica cogerada e 700 mil toneladas de açúcar.

A Odebrecht Agroindus-trial também pretende cer-tificar com o selo Bonsucro todas as suas nove Unidades Agroindustriais (atualmente, três possuem o selo: Unidade Conquista do Pontal, Unidade Alcídia e Unidade Rio Claro). Além de permitir exportar etanol para países da União Européia e Ásia, a certificação exige cumprimento de leis, respeito aos direitos humanos e trabalhistas, garantia da susten-tabilidade na produção, preser-vação da biodiversidade e dos serviços do ecossistema, além de produtividade e melhora-mento contínuo dos processos.

Em 2013, a previsão é de contratar mais 3 mil Integran-tes, totalizando 18 mil pessoas atuando em suas operações. Além disso, pretende manter os investimentos em capacita-ção, com R$ 5 milhões inves-tidos no aperfeiçoamento e aprendizado de Integrantes — totalizando R$ 30 milhões já investidos nesse sentido desde a criação da empresa, em 2007.

Junior Cordeiros

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Volta dos Shows promete

Na noite do dia de 18 de março, foi aberto o lançamen-to da expogrande

2013. Em sua 75ª edição, a feira acontece entre os dias 11 e 21 de abril, e tem como homenageado o ex-governador de Mato Grosso do Sul, Wil-son Barbosa Martins, que terá em sua homenagem um selo comemorativo, produzidos pela parceria com a Empresa Brasileira de Correios e Telé-grafos.

Para o ano de 2013 a Acris-sul promete uma nova feira, com um formato diferente dos outros anos, para isso foi pre-ciso demolir algumas partes,

que deram origem a novos espaços dentro do parque, que contará com um espaço maior de gramado para comportar mais estandes.

A feira também traz como novidade a volta dos shows, através da promulgação da nova lei do silêncio votada pelos vereadores de Campo Grande. A parceria com o Pre-feito de Campo Grande Alcides Bernal também foi funda-mental para sancionar a lei, e conseguir transformar a Expo-grande em Patrimônio Cultural da Cidade.

Segundo Chico Maia, Presidente da Acrissul (Asso-ciação dos Criadores de MS),,

a expogrande vem lutando para ser a maior feira de agronegó-cio do país, o evento só traz benefícios à Cidade e ao Estado através da geração de empregos, de renda a economia do Estado.

O presidente também disse que estão trabalhando para realizar a melhor festa dos últimos anos, e cada vez mais melhorar a infraestrutura e segurança do Parque de Ex-posições, em 2011 foram rece-bidas aproximadamente 300 mil pessoas, e 2013 aguarda um número ainda maior.

Deve-se lembrar que a lib-eração dos shows cumpre uma série de normas, como o fim dos eventos no máximo à

CAPA

Agronegócio do Estadoagitar a maior feira de

Volta dos Shows prometeagitar a maior feira de Divulgação

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38 MARÇO 2013 | CANA S.A. | A energia da informação

CAPA

meia-noite. “É uma forma de atender também a popu-lação que mora na região”, explicou Bernal. Caso haja descumprimento, a Acrissul pode ser multada.

O Lançamento da feira contou com grandes autori-dade do Estado, entre elas a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agrário, da Produção, da Indústria, do Comércio e do Turismo (Se-protur), Tereza Cristina Cor-rêa da Costa, representando o Governo Estado., que duran-te o evento afirmou “A volta dos shows trará movimento e alegria à Expogrande, tenho certeza que será uma festa de muito sucesso”.

A Expogrande 2013 é a maior feira agropecuária do

Estado de Mato Grosso do Sul, e segundo a Acrissul responsável pela organização do evento, a expectativa é que sejam movi-mentados cerca de 200 milhões em negócios este ano, valor de 40% a mais que no ano passado.

A feira tradicional de Campo Grande gera oportunidades

econômicas, sociais, culturais, além de movimentar o mercado musical do estado, valorizando muitos de nossos cantores regionais durante o evento, além de trazer diversas atrações nacionais durante os 11 dias de evento.

Divulgação

Divulgação

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39ABRIL 2013 | CANA S.A. | A energia da informação

Mapa daExposição

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10 MARÇO 2013 | CANA S.A. | A energia da informação40

As vésperas da Ex-pogrande 2013, o Canal da Cana se colocou a entrevistar

o presidente da Acrissul Fran-cisco Maia, para saber os pro-jetos e os preparativos para a feira que é referência no estado, responsável por grandes acordos econômicos, principalmente no setor agropecuário.

A feira acontece de 11 a 21 de abril no parque de exposições Laucídio Coelho, e é responsáv-el por trazer o que a de melhor no setor, como forma de poten-cializar a agropecuária regional.

Canal da Cana – Dentro do setor agropecuário da Expo-grande o que podemos esperar para 2013?

Francisco Maia – O setor agropecuário de uma forma geral atravessa um bom mo-mento e vem segurando a onda do país, todos os superávits, ganhos de produção, tecnolo-gia de ponta, tudo onde se fala em agronegócio é onde nosso país tem se destacado, e a feira é uma grande mostra de tudo isso, do setor pecuário, do setor agrícola de um modo geral.

O evento traz inovações em maquinas e maior numero de

leilões possíveis, traz con-finamentos dentro da feira, palestras e worksohps a fim de promover o conhecimento. Durante a noite à cidade invade o parque onde damos os shows. São dez dias de festa, de negó-cios, que dinamizam a econo-mia de nosso estado.

Canal da Cana – Em relação à parceria feita com o prefeito Alcides Bernal, que recursos serão investidos?

Francisco Maia – O prefei-to sempre foi um amigo desta casa, mesmo quando deputado e vereador, sua posição sem-pre foi fortalecer a cultura da casa. São 75 anos de feiras,

onde em 10 dias os produtores mostram o que tem de melhor no agronegócio. O prefeito entende assim como nós que a Expogrande deixou de ser da Acrissul e virou um Patrimônio Cultural, o evento é da cidade, ele representa a vontade do publico de Campo Grande, e hoje cerca 87% da opinião publica quer a realização do show na Expogrande, por isso estamos trabalhando junto para cumprir as licenças ambientais, os termos de ajuste e condições estabelecidos, para que a feira aconteça da melhor maneira possível, sem polemizar, porque polêmica não é a nossa

Expogrande

Patrimônio Cultural deCampo Grande

Eraldo Filho

Francisco Maia em abertura da Expogrande

CAPA

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41MARÇO 2013 | CANA S.A. | A energia da informação

Eraldo Filho

praia, e sim trabalhar.Canal da Cana – Quais as

mudanças em relação à estru-tura da Expogrande para 2013?

Francisco Maia – Nossa área total do parque com-preende aproximadamente 180 mil metros², onde 30 mil metros² desta área são acor-dos para a construção de um grande supermercado. Muitas áreas do parque foram read-equadas, o espaço para o show, a rota de circulação, mais áreas verdes, tudo feito para maior conforto das famílias campo-grandenses.

Canal da Cana – A im-portância dos associados para a feira? Como isso entra para o setor?

Francisco Maia – A feira acontece todo ano, são 5 leilões, em torno de 25 a 30 mil

cabeças. Só ano passado foram gerados 150 milhões, es-perando muito para este ano. O evento é uma feira de negócios, fazendo com que a festa tam-bém se torne um negócio, pois acrescenta e agrega dinamismo ao comércio do parque, só no ano retrasado vieram 350 mil pessoas, agora imagine essas pessoas consumindo produtos que a feira oferece, esse ato faz com gere renda para o comer-cio, movimentando quase todos os serviços da cidade. Expo-grande é Business e faz parte da nossa economia.

A Expogrande 2013 é a maior feira agropecuária do

Mato Grosso do Sul e de acordo com a Associação dos Criadores do Mato Grosso do Sul (Acrissul), responsável pela organização do evento, a expectativa é que sejam movi-mentados cerca de 200 milhões em negócios, o valor é 40% a mais que no ano passado.

Segundo Xico Maia presi-dente da Acrissul, hoje uma das grandes barreiras é o prazo para assinar os contratos dos artistas, e que a Acrissul esta fazendo todas as adequações possíveis, principalmente em relação à licença ambiental do parque.

Francisco Maia – Durante 75 anos a feira se realizou, com shows, sem incidentes gravís-simos ou mortais. Será que isso não conta?

O Apelo do presidente foi em relação ao MPE/MS que recomendou à Acrissul a não realizar os shows e rodeios

durante a Expogrande 2013, ou em qualquer evento fu-tuto no Parque de Exposições Laucídio Coelho. O MPE alega que a realização de um evento musical significaria o descum-primento de acordo judicial assinado pela associação e que a Acrissul se comprometeu, independentemente de obten-ção de licença ambiental, a não descumprir os limites de emissão de ruídos; e a não re-alizar shows, festas, rodeios ou eventos municipais em geral.

Já os vereadores de Campo Grande liberaram a realiza-ção de shows na através da alteração da chamada “Lei do Silêncio”, medida agora está nas mãos do prefeito Alcides Bernal (PP), que já se disse favorável aos eventos musicais na feira, promovida pela Acris-sul.

Junior Cordeiros

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42 MARÇO 2013 | CANA S.A. | A energia da informação

JUVENTUDE

Em busca da criação de mais oportuni-dades para manter jovens agricul-tores no campo, governo e sociedade civil vão sugerir e debater propostas

relacionadas à juventude para serem incluídas no Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica. O encontro que aconteceu em Brasí-lia – foi a primeira atividade preparatória para a Conferência Nacional de Desenvolvimento Rural Sustentável e Solidário e dará sequência a uma série de reuniões, iniciadas em dezembro do ano passado.

O evento coloca a juventude rural como um dos públicos centrais na elaboração do Plano, que vai definir estratégias do Governo Federal para a Política Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica. “Os jovens têm protago-nismo na construção do documento, assim como as mulheres. O governo entende o perfil inovador do jovem do campo. Ele tem um olhar diferente, preocupado com o meio ambiente, com o uso responsável dos recursos naturais e está sempre aberto às novas tecnologias. Essa postura dialoga com os objetivos do Plano”, afirma a assessora especial para a Juventude do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), Ana Carolina Silva.

Entre as principais demandas da juventude rural para a elaboração das propostas estão questões como a inclusão produtiva, Assistên-cia Técnica e Extensão Rural (Ater), linhas de crédito facilitadas, educação integral voltada para agroecologia e entrada em programas de

compras governamentais. “Além do apoio à produção, questões de

formação e capacitação são fundamentais para o jovem entender melhor o processo da produção orgânica e se aproprie desse conhecimento”, ex-plica Ana Carolina. “A ideia é investir na educa-ção do jovem, de quem o presente e o futuro do rural dependem”, afirma.

Além do MDA, o evento organizado pelo Comitê Permanente de Juventude Rural do Conselho Nacional de Desenvolvimento Rural e Sustentável (Condraf) terá a participação da Secretaria Nacional de Juventude da Presidên-cia da República (SNJ), do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), dos ministérios da Agricultura, Pecuária e Abastec-imento (MAPA); da Educação (MEC); da Ciên-cia, Tecnologia e Inovação (MCT); do Desen-volvimento Social e Combate a Fome (MDS); e do Trabalho e Emprego (MTE).

Juventude terá destaque empolítica de agroecologia e produção orgânica

Assessoria MDAMinistério do Desenvolvimento Agrário

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Objetivos

O Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica visa implementar uma nova política que possibilita a melhoria de qualidade de vida da pop-ulação por meio da oferta e consumo de alimentos saudáveis e do uso sustentável dos recursos naturais. Para isso, a Política Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica tem como objetivo integrar, artic-ular e adequar programas e ações de transição agro-ecológica, produção orgânica e base agroecológica, como contribuição para o desenvolvimento susten-tável.

A versão preliminar do plano passará por um con-junto de contribuições das principais organizações da agricultura familiar e de representantes da agroeco-logia. Em abril, o documento será ser encaminhado para a presidência.

Divulgação

Divulgação

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DESENVOLVIMENTO REGIONAL

MARÇO 2013 | CANA S.A. | A energia da informação

Em sua 7ª Edição da Reunião Técnica, realizada no dia 12 de março em Dourados,

o CTC (Centro de Tecnologia Canavieira) que atua há mais de 40 anos no ramo de pes-quisas e desenvolvimento de tecnologias inovadoras para o setor canavieiro, trouxe para o estado de Mato Grosso do Sul, sua nova série de variedades, principalmente o CTC 9000, lançada em dezembro do ano passado especialmente para nosso cenário.

Nos últimos anos, o CTC foi reestruturado com o objetivo de se tornar o principal centro mundial de desenvolvimento e integração de tecnologias da in-dústria sucroenergética, capaz de vencer o desafio de dobrar, de maneira economicamente sustentável, a taxa de inovação do setor. Suas pesquisas abran-gem os elos da cadeia produ-tiva da cana, álcool, açúcar e bioenergia.

O CTC 9000 foi feito es-pecificamente para região de Cerrado brasileiro, e contém as variedades, CTC 9001, CTC 9002, CTC 9003, onde favore-cem a produtividade e tem sua adaptação às condições climáti-

cas locais e as suas peculiari-dades, como solos ácidos, baixa capacidade de armazenamento de água, chuvas intensas e con-centradas e secas com duração de até seis meses.

O gerente de desenvolvi-mento de produtos Marcos Casagrande, afirma que o grupo trabalha como uma espécie de Tripé CTC, que trata à série 100% regionalizada (Centro-Sul), tecnologias feita para regiões climáticas mais fa-voráveis e menos favoráveis e a colheita engenheirada espe-cífica para região (Ex: Material feito especificamente para o clima úmido, rústico, melho-

rado estrategicamente para a região).

Com mais de cinco mil variedades, o banco de germo-plasma de cana-de-açúcar do CTC, localizado em Camamu, na Bahia, é o maior e mais completo do mundo. O seu Programa de Melhoramento Genético, por meio de seus doze pólos regionais estrategi-camente distribuídos pelo país, permite à empresa desenvolver variedades cada vez mais produtivas e abranger 100% das condições edafoclimáticas onde a planta é cultivada, para as novas fronteiras agrícolas.

Junior Cordeiros

CTC cria série especificapara região do Cerrado brasileiro

Divulgação

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CANANET

Álcool feito de palha de cana www.canaldacana.com.br

A versão on-line da Cana S.A.

Cerveja feita da Cana-de-açúcar

Álcool feito a partir de restos da cana prepara sua chegada aos postos em 2014. Este novo combustível é produzido através da celulose encontrada no bagaço da palha da cana, no sabugo, na palha do milho e em outros resíduos agrícolas (madeira, trigo).O custo do etanol celulósico é mais baixo do que o tradicional porque não traz o componente agrícola da primeira geração, matéria-prima são resíduos, o custo agrícola se restringe ao transporte dos insumos. Embora não sejam desprezíveis, os gastos ficam menores em relação à primeira geração.Chamado de etanol de segunda geração, ele é visto como a principal alternativa para aumentar a oferta sem a necessidade de crescimento significativo da área plantada. A aposta é que custo de álcool de palha de cana diminua em três anos Brasil larga atrasado na corrida global para produzir etanol celulósico, e segundo projeções conservadoras do setor produtivo, o consumo de etanol aumentará 45% até 2020, para cerca de 48 bilhões de litros ao ano.Se comprovada a viabilidade econômica do etanol feito com resíduos da cana, a oferta do combustível crescerá o que pode evitar aumentos de preço ao consumidor, Como a tecnologia usa restos como matéria-prima, reduz a necessidade de desmatamento para elevar a produção, beneficiando o ambiente.

Criada pelo mestre cervejeiro norte-americano Garrett Oliver, da Brooklyn Bewery (Nova York), durante visita ao País em novembro do ano passado, foi lançada no mercado brasileiro no fim de janeiro a Saison de Caipira, da Wäls, com um sabor único, que lembra o fundo do tacho de rapadura a cerveja tem como ingredientes tradicionais: água, malte de cevada, lúpulo e levedura, incorporada como maté-ria-prima ao caldo de cana-de-açúcar. O projeto de produzir uma cerveja com cana-de-açúcar vinha sendo estudado desde o início do segundo semestre do ano passado e que foram investidos cerca de R$ 80 mil na criação da Saison Caipira, afirmou o domesticador de leveduras José Felipe Carneiro, que é proprietário da Wäls, junto com o irmão, Tiago Carneiro.Em 2 mil litros de Saison de Caipira foram utiliza-dos cerca de 400 litros de caldo de cana. Segundo o proprietário da cervejaria a bebida produzida tem um estilo belga Saison/Farmhouse, com teor al-coólico de 6,5%, leve acidez, aromas frutados e alta carbonatação.

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