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Revista Homo Optimus Nu. 09

Date post: 09-Apr-2018
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    Editorial

    Expediente

    DireoDr. Roberto Cesar Leite

    DepartamentoComercialMarcia Rosa Pereira(41) 3022-0293

    EditoraoEditora Corpo Mente

    Projeto Grfico, Capa

    e DiagramaoMichelle Aguiar

    Alimentos que curamInhame tem propriedades depurativase d esint o x ic ant es . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 4

    VitaminasMistura de tocoferis mais eficazna preveno contra Alzheimer . . . . . . . . . p. 5

    InscrioA s a m i . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 5

    Corpo-mentePesquisa relaciona otimismo com menorrisco de doena cardaca e AVC .. . . . . . . . p. 6

    Coluna jurdicaJuris Tantum . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 7

    ArtigoEscolas de Medicina no ensinama tratar o ser humano . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 8

    Medicina AlternativaMxico sedia o 1 CongressoI n t e r n a c i o n a l . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 9

    cidos graxosmega-3 reduz risco cardaco maisdo que as estatinas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 10

    PesquisaBaixa gordura no evita doenas . . . . . . . . p. 11

    EntrevistaSem inflamao no haveriac nc erc l n ic o . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 12

    EstudosPoder antioxidante das folhasde oliveira . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 14

    Meio ambienteMundo moderno sobrecarrega o corpode substncias txicas . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 18

    EstudosA prtica do trabalho voluntrio comopreveno de doenas degenerativas . . . p. 20

    Vitamina C intravenosaEficcia contra tumores reconhecida . . . . p. 22

    JornalistaResponsvelYannik DElboux

    MTB 36.512

    Textos eReviso GeralYannik DElboux

    FotosDivulgao

    InformaesTel/Fax: (41) 3022-0293

    E-mail:[email protected]

    A revista Homo Optimus, da Academia Sul-Americana deMedicina Integrada, publicada pela Editora Corpo Mente.A revista Homo Optimus no se responsabiliza por conceitosemitidos nos artigos assinados.

    Abril 2006

    Endereo:Rua Senador Xavier da Silva, 39Alto So Francisco, Curitiba/PRCEP 80530-060

    Sumrio

    Caros leitores,

    Comeamos o ano de 2006 com muitas atividades e novida-des na Academia Sul-Americana de Medicina Integrada (Asami), acomear pelo nome da revista. A partir desta edio, a revista pas-

    sa a se chamar Homo Optimus, em aluso ao homem do mundomoderno, que precisa otimizar sua forma de viver e pensar paraaproximar-se o mximo possvel de seu ponto de equilbrio emum meio ambiente muitas vezes desfavorvel. Nas pginas daHomo Optimus, mdicos, profissionais da sade e todas as pes-soas interessadas em viver de uma maneira mais sadavel encon-traro estudos, matrias e artigos voltados para uma medicinamais natural e humana, onde so levados em conta a individua-lidade do ser humano, o poder da alimentao e a influncia dosaspectos mentais e emocionais na sade.

    A partir desta edio, tambm lanamos novas colunas paraatender aos interesses dos leitores: Alimentos que curam, que

    visa trazer informaes sobre as propriedades teraputicasdos alimentos, Juris Tantum, uma coluna jurdica para discu-tir as questes relacionadas rea mdica levantadas pelosprprios leitores e tambm uma espao denominado Estudos,destinado publicao de pesquisas na rea de medicina esade. Alm disso, nossa revista tambm passar a circularcom maior periodicidade.

    Outra novidade que j est no ar o site www.asami.com.br,da Asami. A matria da pgina 3 explica tudo sobre o funciona-mento e utilizao do site. fundamental tambm destacarmoso 5. Encontro Internacional de Medicina Integrada, que serrealizado nos dias 29 e 30 de abril em Curitiba, no Paran, com a

    presena de especialistas estrangeiros e brasileiros renomados narea de nutrologia, imunologia, acupuntura, psiconeuroimunolo-gia e meio ambiente (veja programao na contracapa e no sitewww.asami.com.br/hotsite). No deixe de participar deste impor-tante evento cientfico! Boa leitura!

    Academia Sul-Americana de Medicina Integrada

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    33evista da Academia Sul-Americana de Medicina IntegradaRevista da Academia Sul-Americana de Medicina Integrada

    Home page da Academia Sul-Americana de Medicina Integrada

    ASAMI AGORA TAMBM TEM SITE

    Nos dias de hoje, em que a falta de tempo impe-ra e a praticidade fundamental, a internet torna-seferramenta indispensvel para atualizar-se sobre osacontecimentos em sua rea de atuao e tambmganhar novos conhecimentos. Com base nessanecessidade, a Academia Sul-Americana de Medi-cina Integrada (Asami) decidiu criar um site para

    os associados. No endereo www.asami.com.br osassociados encontram, alm de informaes sobre aAsami, estudos, publicaes e matrias sobre a me-dicina chamada de Corpo-Mente, nutrio, txicos emeio ambiente. O site tambm disponibiliza as lti-mas edies da revista da Asami para download.

    Com o funcionamento do site, fica mais fcilpara os associados estarem por dentro de todas asatividades e cursos promovidos pela Asami, alm deoutros eventos na rea de Medicina Integrada. O sitetambm possui um espao dedicado a um Frum,

    que tem como proposta discutir as principais ques-

    tes relacionadas medicina a partir de uma visointegrada do ser humano. Os usurios tambm tma oportunidade de sugerir tpicos de discusso eenviar materiais para serem publicados no site apsanlise e aprovao da equipe da Asami. Mas parautilizar livremente todo o contedo do site, inclusi-ve o Frum, preciso receber uma senha de acesso,

    fornecida pela Asami para os associados com asanuidades em dia.

    Para os interessados em fazer parte da redede conhecimento da Asami, possvel obtertodas as infomaes de como associar-se nosite e j preencher os dados para o cadastro naprpria pgina eletrnica. Acesse o endereowww.asami.com.br. Para mais informaes,dvidas, crticas e sugestes entre em contatopelos telefones (41) 3022-0293 e (41) 3019-2966ou envie um e-mail para [email protected] .

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    44 HOMO OPTIMUS Abril 2006

    A utilizao dos alimentos para fins medicinaisno nenhuma novidade. O princpio j era pre-

    conizado por Hipcrates h cerca de 2.500 anos:Que o seu alimento seja o seu medicamento e que oseu medicamento seja o seu alimento. De l pra c, amedicina evoluiu em muitos aspectos, porm aca-bou distanciando-se dos pilares bsicos que regema sade humana, como os cuidados com a alimen-tao para uma vida saudvel. Alm de ser fonte deenergia, os alimentos tm propriedades especficasque auxiliam na preveno, no tratamento e tam-bm na cura de muitas doenas. Entre os alimen-tos com importantes benefcios para a sade est

    o inhame, um tubrculo rico em amido, fonte deBetacaroteno, vitaminas C e do complexo B, clcio,fsforo e ferro.

    Por ser uma rica fonte de nutrientes, o inhame bastante disseminado como alimento imprescind-vel na dieta da primeira infncia. Alm disso, re-conhecido como um agente eficaz na preveno damalria, dengue e febre amarela. Diversas pesquisase livros sobre o tema citam que durante a coloniza-o da frica muitas aldeias foram dizimadas pelamalria quando os colonizadores brancos substitu-ram o cultivo do inhame por outros mais lucrativos,como a cana-de-acar, e os nativos foram obriga-dos a reduzir o consumo do tubrculo. Mas, almdessas propriedades, uma das principais caracters-ticas do inhame o seu poder depurativo e desin-toxicante. Na cultura popular, diz-se que o inhamelimpa o sangue. O alimento, na verdade, auxilia naeliminao das toxinas do sangue por meio da ex-creo dessas substncias atravs da pele, dos rinse do intestino. O inhame recomendado no trata-mento de diversas doenas, como reumatismo, artri-te, inflamaes, infeces e foi durante muito tempo

    empregado no tratamento contra sfilis. Tambm utilizado para aumentar a fertilidade em mulheres,

    Abstract: Besides being a source or energy, some foods have specific properties that can help in theprevention, treatment and also in the cure of many illnesses. One of those foods is the route called yam. Itsrich in starch, source of Bexarotene, vitamin C and B-complex vitamins, calcium, phosphorous and iron. Theyam is recommended in the treatment of diverse illnesses as rheumatism, arthritis, inflammations, infectionsand was for a long time used in the treatment against syphilis. Its also used to increase fertility in women,in the treatment of premenstrual syndrome and to relieve menopauses symptoms due to the presence ofphytoestrogens.

    ALIMENTOS QUE CURAM

    INHAME TEM PROPRIEDADESDEPURATIVAS E DESINTOXICANTES

    no tratamento da tenso pr-menstrual e para amenizar

    os sintomas da menopau-sa devido a presena defitoestrgenos.

    Esse poderoso tubr-culo tambm tem a pro-priedade de fortalecero sistema imunolgico.Os mdicos orientais recomendam a ingestode inhame para fortificar os gnglios linfticos.Na ndia, o sistema mdicoayurvdico tambm indica

    o consumo desse alimentopara restaurar as defesasorgnicas, principalmentecomo recurso para combaterinfeces e tumores. Mas nems de dentro para fora o inhame til, o alimento utilizado na formade cataplasma pode ser usado paratratar furnculos, abcessos, ajudar nacicatrizao de feridas, eczemas, cicatri-zes, espinhas, auxiliar a reduzir o inchaoe a dor aps fraturas e queimaduras e atmesmo para cuidar de unha encravada. O inhameque possui todas essas propriedades o tubr-culo pequeno, de casca marromou cinza, tambm conhecidocomo inhame japons ouchins. Existem outras esp-cies de inhame e tambmum tubrculo chamado carque pode ser confundido comesse alimento. Apesar de seremcomestveis, esses tubrculos no

    detm o mesmo poder curativo doinhame.

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    Uma mistura de tocoferis pode oferecer maiorproteo contra o mal de Alzheimer do que o uso

    de apenas um dos compostos da vitamina E, revelaum estudo publicado no American Journal of Clini-cal Nutrition. O termo vitamina E usado de formagenrica para designar oito compostos encontra-dos na natureza, quatro chamados de tocoferise quatro denominados tocotrienis, que tambmrecebem os prefixos alfa, beta, gama e delta paraserem identificados. O alfa-tocoferol a forma maiscomum da vitamina E encontrada nos suplementos,enquanto o gama-tocoferol a mais prevalente nosalimentos. Pesquisadores j haviam descoberto an-

    teriormente que a vitamina E obtida da dieta, e node suplementos, associada com a reduo de riscode desenvolver Alzheimer.

    Durante seis anos, os pesquisadores investiga-ram idosos de 65 anos ou mais, que preencheramquestionrios sobre seus hbitos alimentares e pas-saram por testes cognitivos e avaliao clnica para

    MISTURA DE TOCOFERIS MAIS EFICAZNA PREVENO CONTRA ALZHEIMER

    VITAMINAS

    Abstract:According to a report in the American Journal of Clinical Nutrition, mixed vitamin E tocopherolsmay offer greater protection against Alzheimers disease than vitamin E alone. In a six-year study examiningcommunity residents aged 65 and older, it was concluded that higher intakes of vitamin E and alpha

    tocopherol equivalents were found to decrease the incidence of Alzheimers.

    Para fazer parte da Academia Sul-Americana de Medicina Integrada, preencha esta ficha e envie para:Rua Senador Xavier da Silva, 39 . Alto So Francisco . Curitiba/PR . CEP 80530-060ou pelo Fax (41) 3019 2966, ou ento, mande em e-mail para [email protected]

    Anuidade = R$ 150,00Depsito na Agncia 1525 da Caixa Econmica Federal, conta n 1237-0, nominal RCL Publicaes Ltda.Obs.: ENVIAR COMPROVANTE DE DEPSITO PARA O FAX (41) 3019 2966.

    Nome: _________________________________________________________________________________________

    Especialidade: _____________________________________________ CRM: _______________________________

    Endereo: _________________________________________________ N: _______ Complemento: ______________

    Bairro: __________________________ CEP: _____________Cidade: ______________________________ UF: ______

    Tel. (residencial): ___________________ Tel. (comercial): ___________________ Fax: _________________________e-mail: _________________________________________________________________________________________

    Participe da Academia Sul-Americana de Medicina Integrada!Faa parte dessa rede de conhecimento voltada medicina do ser. O objetivo principal da Academia Sul-Americana de Medicina Integrada(Asami) funcionar como um canal de troca de informaes, conceitos e tcnicas que permitam tratar o ser humano em sua integralidade.A Asami rene mdicos e profissionais da sade das mais diversas reas, dedicados a unir conhecimentos e diferentes especialidades paraauxiliar cada paciente, conforme suas caractersticas e necessidades individuais, a alcanar o pleno bem-estar fsico, mental e emocional. AAsami tambm oferece aos associados a oportunidade de divulgar seus estudos e experincias na rea de medicina integrada, alm de des-contos em todas as atividades da Academia e nos materiais da Editora Corpo Mente. Associe-se e contribua para o progresso da cincia e paraa consolidao de uma medicina direcionada cura do ser como um todo.

    o mal de Alzheimer. O maior consumo de vitaminaE e alfa-tocoferis equivalentes foi associado a uma

    menor incidncia de mal de Alzheimer. A cada 5 mgpor dia a mais de tocoferis, os pesquisados tinhamde 26 a 44% menos chance de desenvolver Alzhei-mer. Um maior consumo de vitamina E tambm pro-porcionou proteo contra o declnio cognitivo.

    Os resultados do estudo reforaram a im-portncia da suplementao diria comvitamina E e indicaram que uma mis-tura de tocoferis pode oferecer maiorproteo contra as doenas comunsassociadas ao envelhecimento, como

    mal de Alzheimer, do que o uso de alfa-tocoferol isolado.

    Fonte:Life Extension / Morris MC, Evans DA, Tangney CC, et al. Relationof tocopherol forms to incident Alzheimer disease and to cognitivechange, American Journal of Clinical Nutrition, 2005. Feb; 81(2):508-14.

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    Academia Sul-Americana de Medicina Integrada

    CORPO-MENTE

    Novos estudos vm comprovando o que os es-pecialistas em medicina integrada j constataram,

    que a sade do ser humano est diretamente ligadaao equilbrio fsico, mental e emocional. Em umapesquisa publicada recentemente nos Arquivosde Medicina Interna, um dos jornais do JAMA( Journal of the American Medical Association),cientistas concluram que homens idosos comuma viso otimista tm menos chance de morrerde doenas cardacas e de AVC (acidente vascularcerebral). O trabalho foi realizado por pesquisado-res do GGZ Instituto Delfland de Sade Mental, naHolanda. Em um estudo anterior, o mesmo grupo de

    pesquisadores tambm encontrou um risco menorde morte por qualquer causa entre adultos que pos-suam, de forma geral, atitudes otimistas. Essa novapesquisa envolveu 545 homens com idade entre 64e 84 anos, sem a preexistncia de doena cardiovas-cular ou cncer, durante um perodo de 15 anos. Oshomens classificados como otimistas em 1985 apre-sentaram 55% menos chance de morrer de doena

    cardaca ou derrame at o ano 2000,mesmo quando considerados fatorescomo tabagismo, condies gerais desade e histrico familiar, do que osmais pessimistas por natureza.

    Para determinar o nvel de oti-mismo, os participantes tiveramque responder questionrios em

    1985, 1990, 1995 e 2000 para avaliarse possuam uma viso positiva davida e suas expectativas para o futuro.

    PESQUISA RELACIONA OTIMISMO COMMENOR RISCO DE DOENA CARDACA E AVC

    Os nveis mais elevados de otimismo tambm fo-ram associados com idade menos avanada, nvel

    mais alto de educao, aos homens que moraramcom menos freqncia sozinhos, que possuammelhor sade, praticavam mais atividade fsica eapresentaram menor ndice de depresso em 1990.Mas a razo de o otimismo afetar a sade cardiovas-cular no foi totalmente esclarecida pela pesquisa.Uma possibilidade para os investigadores que osotimistas, de forma geral, tm maior facilidade de li-dar com as adversidades da vida, como por exemploa morte de uma pessoa amada, e tendem a tambmcuidar melhor deles mesmos em caso de doena.

    Os pesquisadores tambm notaram em seusrelatrios que pode existir uma influncia genticae biolgica tanto para a sade cardiovascular comopara o otimismo ou pessimismo. Alm disso, a ati-tude otimista ou pessimista tambm poderia afetara sade por meio da influncia no sistema nervoso,imunolgico e hormonal. Outro aspecto destacadona pesquisa que o otimismo tende a diminuir coma idade. Como traos de personalidade so difceisde serem modificados, o pessimismo como fator derisco ainda um grande desafio para o tratamentomdico. A medicina integrada, que une diferentesprofissionais ligados sade fsica, mental e emo-cional, pode ser um caminho mais eficiente para apreveno.

    Fonte:Archives of Internal Medicine:http://archinte.ama-assn.orgReuters Health: www.reutershealth.com

    Abstract: The most optimistic elderly men seem to be less likely to die of heart disease or stroke whencompared with those more pessimistic by nature, reveals a Dutch study that followed 545 men between

    ages of 64 and 84 for up to 15 years. Overall, those men who were optimists in 1985, at the first test, were 55percent less likely to die of heart disease or stroke by 2000.

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    77evista da Academia Sul-Americana de Medicina IntegradaRevista da Academia Sul-Americana de Medicina Integrada

    COLUNA JURDICA

    A partir dessa edio, inaugu-ramos um espao dedicado squestes relacionadas Medici-na e ao Direito. Essas duas reasde conhecimento, que podemparecer to distantes, a cadadia estreitam laos em prol documprimento dos direitos e de-veres dos mdicos e pacientes,e tambm de uma reflexo maisampla sobre o direito sade,

    proporcionando ganhos paratoda a sociedade. O objetivo des-sa coluna funcionar como umcanal de troca de experinciasentre mdicos e nossa equipe deassessoria jurdica. A coluna nadamais do que uma despretensio-sa conversa jurdica, porm coma preocupao de responder asdvidas dos profissionais da sa-de referentes s prticas mdicas,

    com base em tratados, doutrina,interpretaes jurisprudenciais eem textos de lei.

    Como o prprio nome em la-tim sugere juris tantum significaapenas de direito; presuno queadmite prova em contrrio , nose visa aqui colocar um pontofinal em qualquer discusso, masanalisar sob os mais diversosaspectos legais as prticas mdi-cas, a conduta dos profissionais,o tratamento dispensado aospacientes e tambm as aesdas multinacionais farmacuticase dos grandes laboratrios queinfluenciam o exerccio da Me-dicina. O principal pilar de todareflexo publicada nesta colunaser o direito sade em seu sen-tido mais amplo, assegurado pelaConstituio Federal de 1988.

    Nossa Carta Magna abre com

    Jocelina Pacheco dos Santos Lima*

    os preceitos fundamentais da demo-cracia. No Ttulo I, art. 1, no incisoIII encontramos a proteo dignidade da pessoahumana. No art. 3vm os objetivos fun-damentais da Rep-blica Federativa doBrasil, dentre eles aconstruo de umasociedade livre, justa e solidria.

    No Captulo II, dos Direitos Sociais,art. 6 diz: so direitos sociais a educao, a sade, otrabalho, a moradia, o lazer, a segurana, a previdnciasocial, a proteo maternidade e infncia, a assistn-cia aos desamparados, na forma desta Constituio ecompletando um breve passeio pela ConstituioFederal, o art. 196 preceitua que A sade direito detodos e dever do Estado, garantido mediante polticassociais e econmicas que visem reduo do risco dedoena e de outros agravos e ao acesso universal eigualitrio s aes e servios para sua promoo, pro-

    teo e recuperao.Os preceitos citados so nada mais, nada menosdo que o pice da lei brasileira. a lei maior, noexiste nada acima dela. Portanto, quando a MagnaCarta fala em polticas sociais e econmicas serefere aplicao de medidas em benefcio eproteo da sade do cidado e no do capitalou do sistema capitalista. Ela, a lei maior, podeat proteger a atividade econmica, mas nun-ca em detrimento do bem fundamental que a sade do povo brasileiro.

    Muitos questionamentos nos assal-tam. nosso objetivo traz-los para dis-cusso, caro leitor.

    * Jocelina Pacheco dos Santos Lima advogada no Paran, OAB 39447. Tambm revisam eorientam o trabalho dessa coluna o juiz de Direito Dr. Francisco Cardozo Oliveira, assessordo presidente do Tribunal de Justia do Estado do Paran, e a juza do Trabalho Dra. NancyNicolas Oliveira, Juza Substituta do Trabalho, TRT 9 Regio.

    JURIS TANTUM

    Envie o seu tema e suas dvidas paraserem discutidos nessa coluna peloe-mail [email protected].

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    88 HOMO OPTIMUS Abril 2006

    O ttulo desse texto pode causar certa estra-

    nheza em muitos leitores. Afinal, o que ensinam asfaculdades e universidades nos cursos de medicina?Infelizmente, o enfoque vem sendo por muitos anosapenas tcnico. O humanismo praticamente inexis-te na maioria das instituies e o ensino volta-se, deforma geral, apenas para o tratamento das doenase no dos doentes. Os seres humanos por trs daspatologias no passam de meros coadjuvantes du-rante o processo de aprendizado da medicina. Osalunos aprendem a prescrever medicamentos, ou apartir para alternativas cirrgicas, e concluem o cur-

    so sem possuir uma viso integral do ser humano.As escolas de medicina no ensinam o mais im-

    portante, que analisar cada paciente, cada indiv-duo, como um todo, conhecer, compreender e estu-dar as relaes que existem entre o corpo, a mente,a alimentao e o meio em que a pessoa vive e asinfluncias desses aspectos na cura e preveno dasenfermidades. O ser humano visto mais como umrob, uma mquina, em que apenas o conserto daspeas suficiente para garantir pleno funcionamen-to. Partindo dessa premissa, ensina-se uma medicina

    praticamente voltada apenas para a alopatia e quetem como conseqncia o abuso e o uso indiscri-minado de medicamentos. Alm disso, tambm ob-serva-se nas escolas de medicina uma negao dastcnicas naturais, uma desconsiderao completacom relao s propriedades curativas das plantas,dos medicamentos homeopticos, das prticasancestrais e at mesmo da prpria psicoterapia.Por trs dessa conduta, que pode ser caracterizada

    como proibitiva emuitas vezes at

    coercitiva paraaqueles que

    gosta-r iam

    ESCOLAS DE MEDICINA NO ENSINAMA TRATAR O SER HUMANO

    Dr. Roberto Cesar Leite (Curitiba/PR)

    de buscar outros caminhos, escondem-se interesses

    econmicos, inclusive influenciados por multinacio-nais, como as grandes companhias farmacuticas.

    No h dvida de que a maioria das disciplinasque compem a grade curricular dos cursos de me-dicina precisam ser ministradas. preciso conheceranatomia, fisiologia, citologia, bioqumica e todas ascincias que estudam o ser humano. Porm, a medi-cina no pode distanciar-se do seu objeto principale atribuir aos remdios a capacidade de soluopara todos os problemas. Tambm fundamentalconsiderar a necessidade de equilbrio fsico, mental

    e emocional para a sade, trabalhar para recuperar ahomeostase do organismo e perceber a importnciade restabelecer a capacidade de autocura, presenteem todos os seres. Embora muitas terapias sejameficazes sobre a sintomatologia de determinadadoena, esto longe de corrigir os desequilbrios debase que existem e atuar na origem da patologia,seja na rea da mente, das emoes, da nutrio,etc. Por desconhecer outras possibilidades, muitosmdicos acabam utilizando tcnicas em algunscasos demasiadamente agressivas ou com pouco

    potencial de cura, somente para no ficarem debraos cruzados frente a uma enfermidade, quandopoderiam empregar outros recursos teraputicos.A maioria acredita que apenas o que foi ensinadodurante o curso de medicina vlido.

    Adotar outras terapias no significa abandonarnenhum tipo de medicina, mas reconhecer os li-mites de cada tcnica e as vantagens de agregarnovas possibilidades de tratamento. Lidar somentecom a doena pode representar perda de tempo, essencial direcionar esforos para a recuperao dacapacidade de autocura. A medicina uma arte quedeveria incluir o conhecimento de diferentes possi-bilidades teraputicas para poder criar um contextoteraputico efetivo, baseado na pessoa portadorada enfermidade e no somente na doena emquesto. Esse objetivo seria mais facilmente alcan-ado se a formao dos mdicos fosse diferente, seas escolas de medicina dessem maior espao parao estudo de temas como nutrio, psicossomtica,terapias no-alopticas como a fitoterapia, tcnicasda medicina chinesa, homeopatia, entre outros, fun-damentais para o exerccio eficaz da profisso. Os

    ARTIGO

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    99evista da Academia Sul-Americana de Medicina IntegradaRevista da Academia Sul-Americana de Medicina Integrada

    mdicos precisam conhecer e aplicar essas tcnicascomo substitutivas de terapias mais caras e repletasde efeitos colaterais. Os tratamentos mais txicos,embora necessrios algumas vezes, podem causardesrupturas na homeostase do organismo e predis-por o indivduo a outras doenas no futuro. Cada vezmais importante valorizar medicinas mais suaves,com menor uso de drogas, que contribuam parauma sade melhor no presente e no futuro.

    Outro ponto fundamental, e urgente, que de-veria ocupar lugar de destaque nas faculdades euniversidades o ensino da medicina preventiva. essencial orientar as pessoas para prevenir doenas.As enfermidades no caem do cu, sempre surgemaps uma srie de desequilbrios, que o mdico tema obrigao de saber identificar e ajudar a evitar. importante ressaltar que preveno no fazer umdiagnstico precoce, o conceito anterior a essa

    fase, consiste em agir antes que qualquer proble-ma se instale. A medicina preventiva reduz custos,entretanto, infelizmente, para muitos profissionaise para o sistema dominado pelas multinacionais mais vantajoso trabalhar com a doena, que muitomais rentvel.

    Algumas mudanas esto ocorrendo, como oreconhecimento de especialidades como a homeo-patia e a acupuntura, porm esse processo poderiaser acelerado com o engajamento das escolas demedicina. A transformao a partir da base a for-

    mao do mdico produziria resultados em menorprazo. De qualquer forma, o maior acesso a informa-es, pesquisas e estudos cientficos relacionados atcnicas e outras formas de terapia, facilitado sobre-tudo pela internet, tem feito com que um nmerocada vez maior de mdicos e profissionais da sadereconheam a importncia de ampliar seus conhe-cimentos para poder tratar o ser humano como umtodo.

    Abstract: The majority of medical schools do

    not teach the most important thing: to analyzeeach patient, each individual, as a whole andto be able to know, understand and study therelationships between body, mind, diet, life styleand the environment. And also to learn aboutthe influences of these aspects in the cure and prevention of diseases. To adopt other therapiesdoes not mean to abandon any type of medicine,but to recognize the limits of each techniqueand the advantages to add new possibilities oftreatment.

    O ano de 2006 comeou com o encontro

    de mdicos e terapeutas da rea de medicinacomplementar e sade integral no 1 CongressoInternacional de Medicina Alternativa, realizadonos dias 28 e 29 de janeiro na cidade deChihuahua, no Mxico. O congresso reuniucerca de 300 participantes de vrios pases,parte de um pblico bem diversificado, queincluiu mdicos de diferentes especialidades,enfermeiros, estudantes de medicina, psiclogos,defensores de tcnicas complementares e de umamedicina mais natural. Durante os dois dias decongresso, foram abordados temas como AIDS,psiconeuroimunologia, medicina e nutrio maia,

    prticas anti-envelhecimento, diagnstico pormeio de microscopia de campo escuro, dana-terapia, sade integral, entre outros.

    Em um clima de muito interesse e integrao,os participantes do 1 Congresso Internacionalde Medicina Alternativa assistiram s palestrasministradas por especialistas do Mxico, dosEstados Unidos, da Colmbia, Austrlia e tambmdo Brasil, representado pelo presidente daAcademia Sul-Americana de Medicina Integrada,Roberto Cesar Leite, que falou sobre O uso damedicina integrada no manejo das doenas

    crnico-degenerativas. O infectologista RobertoGiraldo, que esteve presente no ano passado no4 Encontro Internacional de Medicina Integrada,em Curitiba, tambm foi um dos convidados eministrou a palestra Psiconeuroimunologia.

    O evento foi promovido pelas FundaoLuisernesto de los Andes, Planeta de Luz eComunidade Planetria Janajpacha, instituiesfundadas por Luis Ernesto Espinoza Snchez(Chamal), com sede inicial em Cochabamba, naBolvia, e atualmente com sucursais em diferentespases.

    MXICO SEDIA 1 CONGRESSOINTERNACIONAL DE MEDICINA

    ALTERNATIVA

    Participantes durante palestra sobre sade integral

    DIVULGAO

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    1010 HOMO OPTIMUS Abril 2006

    CIDOS GRAXOS MEGA-3REDUZEM RISCO CARDACOMAIS DO QUE ESTATINAS

    Os cidos graxos essenciais mega-3 podem

    reduzir o risco de morte por doena cardacade maneira mais significativa do que um grupode drogas usadas para diminuir o colesterol,chamadas de estatinas, segundo um estudopublicado no Archives of Internal Medicine.Investigadores suios revisaram os resultados de97 estudos clnicos controlados randomizados envolvendo mais de 275 mil indivduos quecomparavam intervenes com medicamentos,placebo ou dieta usual. A equipe suia concluiuque as estatinas reduziram o risco de mortalidadepor problemas cardacos em 22%, enquanto que

    cidos graxos mega-3 diminuram o risco em32%. As estatinas reduziram a mortalidade geralem 13%, porm nesse caso os cidos mega-3tambm tiveram um melhor desempenho,diminuindo a mortalidade em 23%.

    Os cidos graxos mega-3, consideradosessenciais, podem proporcionar outros benefciospara a sade cardiovascular alm da reduo docolesterol ruim. Os estudos sugerem que essassubstncias podem ajudar a diminuir inflamaoe prevenir arritmia e trombose, alm de reduziro colesterol total, LDL e os nveis de triglicrides.Peixes e leos de peixe so fontes ricas em cidos

    graxos mega-3 EPA (cido eicosapentaenico)e DHA (cido docosahexaenico). O consumodesses cidos pela populao, na maior parte dospases ocidentais, situa-se bem abaixo dos nveisrecomendados pelas organizaes de sade.

    Fonte:Life Extension Studer M, Briel M, Leimenstoll B, Glass TR, Bucher HC, Effect ofdifferent antilipidemic agents and diet on mortality: a systematicreview, Arch Int Med, 2005. Apr 11;165(7):725-30. Holub DJ, Holub BJ, Omega-3 fatty acids from fish oils andcardiovascular disease, Mol Cell Biochem., 2004. Aut;263(1-2):217-25.

    Lewis A, Lookinland S, Beckstrand RL, Tiedeman ME, Treatmentof hypertriglyceridemia with omega-3 fatty acids: a systematicreview, J Am Acad Nurse Pract., 2004. Sep;16(9):384-95.

    Abstract: According to a revew published in the Archives of Internal Medicine, statins decreasedcardiac mortality risk by 22% while Omega-3fatty acids decreased risk by 32%. The overallmortality was reduced by statin drugs buy 13%,but Omega-3 fatty acids still did better, reducingthe overall mortality by 23%.

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    1111evista da Academia Sul-Americana de Medicina IntegradaRevista da Academia Sul-Americana de Medicina Integrada

    A idia de que as gorduras na alimentao soas grandes vils da sade e que foi fortemente dis-seminada nas ltimas dcadas parece estar com osdias contados. A maior pesquisa j conduzida paradescobrir os efeitos de uma dieta com baixo teorde gordura concluiu que essa medida no tem oresultado que os mdicos acreditavam. O estudoenvolveu US$ 415 milhes e fez parte da Iniciativapara a Sade da Mulher, dos Institutos Nacionaisde Sade (NIH) do governo dos Estados Unidos, omesmo programa que mostrou os riscos da repo-sio hormonal durante a menopausa. A pesquisaanalisou durante oito anos aproximadamente 49mil mulheres com idade entre 50 e 79 anos. No fimdesse perodo, as mulheres que seguiram uma dietacom pequena quantidade de gordura tiveram osmesmos ndices de cncer de mama, clon, infartoe AVC (acidente vascular cerebral) que aquelas emuma alimentao sem restries.

    Com base nesse estudo e em novas descobertasque vm sendo reveladas nesse campo, a era do fatfree (expresso norte-americana para os alimentossem gordura) deve finalmente acabar. Para os pes-

    quisadores, os resultados da pesquisa no justificamas recomendaes de dietas com pouca gordurapara a populao com a inteno de prevenir cncere doenas cardiovasculares.

    Porm consenso entre os investigadoresque para uma vida saudvel as pessoas devem

    continuar a seguir uma dieta com menosgorduras saturadas e trans e maior quantidade

    de gros integrais, frutas e vegetais.

    Alguns mdicos e cientistas questionaram oestudo e acreditam que as gorduras tm grandeinfluncia na preveno ou surgimento de doen-as cardiovasculares. Alm disso, defendem que se

    MAIOR ESTUDO J REALIZADO CONCLUI QUE

    DIETA DE BAIXA GORDURANO EVITA DOENAS

    fosse analisada uma alimentao baseada na dietamediterrnea, por exemplo, com baixa quantidadede gorduras saturadas como margarina e rica emleos como azeite de oliva, os resultados seriamdiferentes. Mas as mulheres investigadas reduziramtodos os tipos de gordura e uma dieta diferenciadano foi objeto do estudo.

    As mulheres que fizeram parte da pesquisa par-ticiparam de 18 sesses com um nutricionista trei-nado para o programa em pequenos grupos no pri-meiro ano do estudo e de quatro sesses por ano noperodo seguinte. No primeiro ano, as mulheres emdieta de baixa gordura reduziram a porcentagemde gordura para 24% das calorias dirias e no finalda pesquisa esse nmero ficou em 29%. No grupocontrole, as mulheres tinham uma alimentao, emmdia, de 35% de gordura das calorias totais e nofim esse ndice chegou a 37%. Os dois grupos con-sumiam aproximadamente a mesma quantidade decalorias dirias. Com relao s doenas cardiovas-culares, o nico fator de risco afetado foi o coleste-rol LDL, que apresentou nveis ligeiramente maioresnas mulheres com dieta rica em gorduras, porm

    no o suficiente para representar uma diferena sig-nificativa no risco dessas doenas. As mulheres queconsumiram menos gordura tiveram um ndice 9%menor de cncer de mama. A incidncia foi de 42por 10.000 em mulheres com dieta de baixa gordurae de 45 por 10.000 nas participantes em suas dietasusuais. A diferena foi considerada insignificante doponto de vista estatstico pelos pesquisadores. Ape-sar do estudo ter sido conduzido com mulheres, osresponsveis acreditam que os mesmos resultadospodem ser aplicados aos homens.

    Fonte:The New York Times: www.nytimes.comJournal of the American Medical Association:http://jama.ama-assn.org/

    Abstract: The largest study ever to ask whether a low-fat diet reduces the risk of getting cancer or heartdisease has found that the diet has no effect. The US$ 415 million study, part of the Womens Health Initiativeof the National Institutes of Health of USA government, involved during eight years 49.000 women ages 50to 79. The investigators concluded that those assigned to a low-fat diet had the same rates of breast cancer,colon cancer, heart attacks and strokes as those women who ate their regular diets.

    PESQUISA

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    1212 HOMO OPTIMUS Abril 2006

    Frente a uma agresso, oorganismo humano costumaresponder prontamente com umprocesso de inflamao e poste-rioremente com a regenerao.Na maioria dos casos, essa funo que permite o restabelecimen-to da sade e a reparao de te-cidos lesionados. Porm, no casodo cncer, segundo a teoria de-senvolvida pelo pesquisador ar-gentino Jaime Fiol, esse processopode ser o responsvel pela evo-

    luo das clulas cancergenas aneoplasias e tambm funcionarcomo agente de promoo noprocesso de metstase. Tomandopor base esse conceito, conter ainflamao e a regenerao tam-bm seriam formas de combatero desenvolvimento de um cncer.

    Jaime Fiol investigadorindependente sobre cncer eAIDS, odontologista, foi docente

    durante 10 anos na ctedra deFisiologia, Biofsica e Bioqumicana Universidade Nacional deBuenos Aires e realiza pesquisascom tumores murinos MM3 pro-vidos pelo Hospital de OncologiaAngel Roffo da mesma univer-sidade. Nesta entrevista, Fiol tambm um dos convidadosdo 5 Encontro Internacional deMedicina Integrada explica os

    principais aspectos de sua teoriae as formas de tratamento basea-das nesse novo conceito.

    SEM INFLAMAO NOSegundo sua Teoria Inflamat-ria do Cncer, quais so os prin-cipais fatores que poderiamdesencadear uma neoplasia?DR. FIOL: O cncer uma enfermi-dade de fatores mtiplos, mas doponto de vista biolgico uma ni-ca entidade e por esse motivo di-fcil estabelecer uma relao diretaentre causa-efeito. H inmeros fa-tores que podem desencadear umaneoplasia, mas de acordo com ocritrio de Rous para que se desen-

    cadeie uma neoplasia devem atuaragentes de iniciao e agentes de promoo. A teoria inflamatriadiz que em ambos os casos o pro-cesso de inflamao-regeneraocom que o organismo responde aqualquer irritao crnica pode sero agente de iniciao (por seleoou mutao) e conseqentementeo agente de promoo. Nos casosem que vrus, agentes qumicos ou

    radiaes atuem como agentes ini-ciadores, para que o cncer in situevolua para um cncer clnico devehaver o processo de inflamao-regenerao. Sem inflamao nohaveria cncer clnico. Esse concei-to fundamental.

    E qual o processo que faz comque o tumor continue a se de-senvolver?

    DR. FIOL: Suponhamos que umaclula ou um grupo de clulastornem-se malignas (por seleoou por mutao). Essas clulas ad-quirem as seguintes caractersticas:desdiferenciao biolgica, multi- plicao exasperada e autonomiade crescimento e assim vo confor-mando o cncer in situ. Quandoesse crescimento tumoral adquireum determinado tamanho (o deuma lentilha) necessita para sua

    subsistncia e progresso aportesangneo atravs da angiognese. a que a inflamao-regeneraocumpre seu papel mais impor-tante na carcinognese: apaga amembrana basal e envia vascula-rizao. O organismo faz isso parareparar a zona irritada como fariaante uma agresso qualquer (quei-madura, raspadura, fincada), masna realidade o que faz neste caso permitir que esse crescimento insitu possa tornar-se maligno, in-

    filtrar-se e propagar-se distncia(metstase). A inflamao seria aresposvel por fazer com que as c-lulas tumorais possam desenvolverum cncer clnico.

    Existe alguma forma, de acordocom seus estudos, de impedirque o tumor cancergeno sedesenvolva? Como?DR. FIOL: Se considerarmos o

    ponto anterior, devemos aceitarque no questo de matar clulastumorais para controlar o cncer,mas apontar e controlar seu abas-tecimento ou aporte. Isto : tiramosa clula tumoral do centro da cena(atuaria de uma maneira passiva)e colocamos a neovascularizao(angiognese) e o estroma do teci-do neoplsico como os responsveispelo crescimento, invaso e propa-

    gao distncia das neoplasias.O estroma e a angiognese noso tumorais e so providos peloorganismo. o ponto vulnervel docncer.

    H algum caminho para eliminaruma neoplasia sem os tratamen-tos tradicionais: cirurgia, quimio-terapia e radioterapia? Qual?DR. FIOL: Certamente a extirpa-o cirrgica de um cncer in situ

    ENTREVISTA

    DIVULGAO

    Jaime Fiol

    Dietashipocalricasauxiliam notratamentocontra ocncer

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    1313evista da Academia Sul-Americana de Medicina IntegradaRevista da Academia Sul-Americana de Medicina Integrada

    soluciona o problema. Certamentedevemos extirpar cirurgicamentemassas tumorais. Certamente quesegue vigente o critrio oncolgicoda cirurgia abrangendo uma reade segurana e os gnglios linf-ticos. Evidentemente que a radio-terapia ajuda a eliminar possveisinfiltraes tumorais e a quimio-terapia muito til em leucemias,linfomas e alguns sarcomas. Masno podemos nos limitar a esseconceito que pretende curar o cn-

    cer eliminando as clulas tumorais.Devemos tambm inibir a infla-mao-regenerao e o aporte deestroma para que o resultado sejamelhor. Uma forma de manejar es-ses aspectos do cncer atravs deuma dieta hipocalrica profunda.Os tecidos que mais sofrem ante ca-rncias profundas so aqueles quetm mais necessidades energticase sem dvida o tecido neoplsico

    ser afetado com uma dieta hipo-calrica. E se nos basearmos emestudos experimentais realizados por Mider poderamos aproveitara armadilha de nitrognio que otecido neoplsico tende ao orga-nismo quando no recebe alimen-tos para diagnstico de metsasessubclnicas ou de tumor primitivooculto e inclusive para tratamentoinjetando aminocidos marcados

    (microbombardeio radioativo).

    A forma de tratamento baseadanos conceitos da Teoria Infla-matria do Cncer tem resulta-dos comprovados?DR. FIOL: H uma extensa biblio-grafia que comprova a relaoentre dietas hipocalricas e pre-veno do cncer. Pessoalmente,os conceitos que surgem da teoriase provam em animais de experi-

    mentao com cncer de mamaespontneo e logo mantido portransplantes sucessivos em cepasde ratos singnicos. Como a evo-luo do tumor at matar o rato de quarenta dias, pode-se analisarfacilmente que os ratos alimen-tados ad libitum morrem noprazo estabelecido e desenvolvemmetstases pulmonares em 100%enquanto que os hipo-alimenta-dos duplicam a sobrevida, no de-senvolvem metstases pulmonares

    e no apresentam esplenomegaliareativa. Em seres humanos, deveriaindicar-se uma dieta antiinflama-tria antes, durante e depois dacirurgia. Ao presidente Reagan,antes de ter um carcinoma de pelena zona nasal extirpado, em plenomandato presidencial, foi reco-mendada uma dieta antiinflama-tria e basicamente vegetariana.Os titulares dos dirios diziam da

    seguinte forma: Adeus aos ham-brgueres. Mas o tema nunca foiaprofundado.

    E quando o cncer descober-to em estgio j avanado, possvel evitar as metstases?Como?DR. FIOL: Creio j ter respondidoessa pergunta nas anteriores, maspoderia falar sobre novas possibili-

    dades baseadas na teoria inflama-tria. Uma vez esgotados os trata-mentos convencionais, uma dietahipocalrica profunda afetaria,entre outras coisas, a angiognesee como as clulas tumorais segui-riam reproduzindo-se se necrosa-riam a uma distncia maior de 169milimicrons da neovascularizao.O tecido neoplsico requer aportesgrandes de glicose e respira porgliclise anaerbia. Uma carncia

    profunda de nutrientes em quan-tidade e qualidade, sem dvida, oafetar. Parece um absurdo, masdiria-se que em um organismomuito vital o cncer tambm sermuito vital.

    Por que o cncer tem uma in-cidncia to alta atualmente?O que est favorecendo para osurgimento de tantos casos?DR. FIOL: No meu entender, isso serefere a dois fatores: por um lado

    o fracasso da medicina ortodoxapara poder control-lo e por outro pelo aumento de agentes cance-rgenos, mutantes, teratognicose pelo aumento de fatores estres-santes a que estamos expostosatualmente. Deveramos perguntartambm se h mais casos ou se sodetectados mais precocemente.

    Existe alguma maneira de pre-

    venir a formao de um tumorcancergeno?DR.FIOL: As dietas hipocalri-cas, com baixo teor de gordura ehipoproticas, so eficazes para prevenir qualquer tipo de tumorcancergeno porque so dietasantiinflamatrias. Em cada casoespecial de localizao, h, obvia-mente, fatores que contribuem para prevenir. No fumar contra

    cncer de pulmo, manter a ativi-dade sexual para evitar microcal-cificaes nos casos de cncer de prstata e de mama. O consumode fibra para preveno de cncerde clon, etc, etc. O cncer uma doena dos exces-sos. Comer poucosem dvida uma maneirade prevenomuito eficaz.

    HAVERIA CNCER CLNICOafirma dr. Jaime Fiol

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    1414 HOMO OPTIMUS Abril 2006

    A oliveira uma rvore con-siderada em diferentes culturassmbolo de sabedoria, paz, abun-dncia e glria, tanto que suasfolhas eram usadas na GrciaAntiga em forma de coroa parapremiar os vencedores dos JogosOlmpicos. Na rea da sade, asfolhas de oliveira e o azeite extra-do das olivas vm sendo usadosdesde a Antiguidade devido avrias propriedades medicinaisatribudas planta, consideradaantipirtica, hipotensora, cicatri-zante, hipoglicemiante, redutorado colesterol ruim, diurtica e atlaxante. Alm dessas proprieda-des, estudos tambm apontampara a funo antioxidante das fo-

    lhas de oliveira. Um trabalho rea-lizado na Universidade Metodistade Piracicaba (Unimep) em julhode 2005 mensurou a quantidadede compostos fenlicos presentenas folhas de oliveira e avaliou acapacidade antioxidante da fra-o hidroalcolica do extrato deoliva, por meio da anlise da pe-roxidao lipdica na membranacelular de animais.

    A capacidade antioxidante dasfolhas de oliveira (ou folhas deoliva como tambm so conhe-cidas) associada presena dosflavonides compostos fenli-cos que so reconhecidos porminimizar a peroxidao lipdica ea ao dos radicais livres na sadehumana. Os efeitos causados peloexcesso de radicais livres estorelacionados ao envelhecimento

    precoce e ao surgimento de in-

    PESQUISA DEMONSTRA

    PODER ANTIOXIDANTEDAS FOLHAS DE

    OLIVEIRAmeras doenas. Atribui-se,por exemplo, s oxidaesdos cidos graxos poliinsatu-rados (como o cido linolico,presente em alta quantidade noleo de soja) uma forte influnciano estmulo ao desenvolvimentode doenas de grandeincidncia atualmente,como a arterios-clerose, as en-f e r m i d a d e scoronarianase determi-nados tipos decncer. J foi de-monstrado que indivduos queingerem maiores quantidadesde flavonides, encontrados em

    alimentos de origem vegetal (ver-duras, frutas, ch, etc) apresentamuma diminuio considerveldo risco de morte por acidentescardiovasculares (Kinsella et al.,1993).

    Os flavonides tambm es-to presentes em quantidadessignificativas no vinho tinto. Essefator poderia ser uma explicaopara o chamado paradoxo fran-

    cs: apesar de possurem umadieta alimentar rica em gorduras,os franceses sofrem menos dedoenas cardiosvasculares emcomparao a outros povos in-dustrializados, e acredita-se queo consumo maior de vinho pelosfranceses seja uma das principaisrazes por esse resultado aparen-temente paradoxal.

    O estudo realizado pelo grupo

    de pesquisa da Unimep, tambm

    cadastrado no CNPq na

    rea de pesquisa Antioxi-dantes Naturais e Sintticos,

    demonstrou que o poder antioxi-dante das folhas de oliveira podemodular os radicais livres deforma substancial. O extrato dasfolhas de oliveira apresentaramatividade antioxidante contra aocorrncia de peroxidao lipdi-ca de 30 a 40% em suspenses dehemcias, nas concentraes de

    0,5 a 2,0 mg/ml de extrato. Partin-do dessa premissa, os pesquisa-dores acreditam que as folhas deoliveira tm ao antioxidante epoderiam ser consumidas na for-ma de extrato ou chs, atuandocomo coadjuvante no tratamentode diversas patologias decor-rentes da peroxidao lipdicapor meio do ataque aos radicaislivres. Leia nas pginas seguintes

    o laudo das anlises:

    ESTUDOS

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    1515evista da Academia Sul-Americana de Medicina IntegradaRevista da Academia Sul-Americana de Medicina Integrada

    LAUDO DE ANLISE DE FITOQUMICOS

    1-Dados do produto-Nome da matria prima:- Folhas de Oliva do gnero Grapllo.Plantao no stio Cambariss- Bairro Furnas- Bueno Brando-M.G.Altitude:-1500 mts.Lat. 22 2615Longitude- 461845Produtor- Cosmo R.Pacetta- Produtor cadastrado no ministrio da

    Agricultura no. 091-2873- M.G.

    2- Procedimento-Preparo do extrato-

    As folhas de oliva secas foram maceradas em um moinho de faca. O pseco e modo foi pesado e transferido para um bquer e umedecido comsoluo hidroalcolica 70%. Transferiu-se o p umedecido para umfunil. Completou-se com quantidade suficiente de solvente e anotou ovolume utilizado. Fechou-se o funil de separao e deixou em repousopor 48 horas. Aps o extrato foi recolhido em erlenmeyer atravs degotejamento.

    3-Determinao do contedo fenlico total

    O contedo de compostos fenlicos nos extratos foi determinado peloreagente de Folin-Ciocalteau como o equivalente em cido glico.

    4- Determinao da capacidade antioxidante dos extratos O efeitoantioxidante foi determinado pela supresso dos radicais catinicos deABTS (cido 2,2 -azinobis-(3- etilbenzotiazolina) .Avaliao espectrofotomtrica.

    5- Avalialo da peroxidao lipdica- A tcniva utilizada para determinara peroxidao lipdica foi de TBARS (substncias reativas ao cidotiobarbitrico, TBA), utilizando suspenses de hemcias obtidas desangue de rato como substrato. Avaliao espectrofotomtrica.

    IEP-001

    Mantida pelo Instituto Educacional Piracicabano

    Campus Centro

    Rua Rangel Pestana, 762 13400-901

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    Tel.: (19) 3124-1515 Fax.: (19) 3124-1850

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    Tel.: (14) 3533-6000 Fax.: (14) 3533-6100

    Laudo da pesquisa com folhas de oliveira

    DIVULGAO

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    Laudo da pesquisa com folhas de oliveira

    DIVULGAO

    RESULTADOS-

    Foram encontrados-a-0.032 mg/mL de compostos fenlicos em 1.0 mL de extrato hidro-alcolico,, o que representa 3.2% de compostos fenlicos totais..b- Utilizando-se TROLOX, antioxidante clssico como padro paracomparar os valores obtidos pela ao dos extratos na formao doradical livre ABTS obteve-se uma ao antioxidante semelhante a 3,5micromolar de TROLOX.

    c- O extrato das folhas de oliva apresentaram atividade antioxidantecontra a ocorrncia de peroxidao lipdica de 30 a 40% em suspensesde hemcias, nas concentraes de 0,5 a 2,0 mg/mL de extrato.

    CONCLUSO FINAL - Comparando-se os padres apropriadosconforme descrito na metodologia o extrato hidroalcolico das folhasapresentaram alto potencial antioxidante, neutralizando radicaislivres gerados por metodologia apropriada, e sobretudo bloqueando aperoxidao lipdica , indicando benefcios j apontados na literatura.

    Santa Brbara Deste, agosto de 2005.Professoras responsveis pelas anlises

    Grupo de pesquisa cadastrado no CNPQ na rea de pesquisa-Antioxidantes Naturais e Sintticos.

    Abstract: A study developed at the Universidade Metodista de Piracicaba (Unimep) in July of 2005 mesuredthe amount of phenolic composites present in olive leves and evaluated the antioxidant capacity of thehydroalcoholic fraction of the olive extract, by analysing the lipid peroxidation in animals cellular membrane.The extract of olive leves had presented antioxidant activity against the occurrence of lipidic peroxidationfrom 30 to 40% in red cells suspensions, in 0,5 mg/ml to 2,0 mg/ml concentrations of extract.

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    INSCRIES PARA CURSO DEMEDICINA INTEGRADA ESTO ABERTAS

    Os interessados no curso de extenso em Medicina Integradaj podem se inscrever. O curso, coordenado pelaAcademia Sul-Americana

    de Medicina Integrada (Asami), voltado para mdicos.As aulas comeam em maio e sero ministradas em Curitiba, no Paran.O programa dividido em cinco mdulos, com encontros realizados nofinal de semana. O curso tem 80 horas de durao e mais informaespodem ser obtidas pelos telefones (41) 3022-0293 e (41) 3019-2966 ou

    pelo e-mail [email protected].

    Veja abaixo a relao de temas que seroabordados durante o curso.

    ALGUMAS DISCIPLINAS QUE FAZEM PARTE DO CURSO DE EXTENSO EM MEDICINA INTEGRADA

    1 Mdulo Maio

    Medicina BioxidativaMicroscopia de Campo Escuro e IsopatiaNutrologia

    2 Mdulo Junho

    FitoterapiaTerapia Neural

    Terapias IntravenosasHormnios Bioidnticos

    3 Mdulo Julho

    OligoelementosHelioterapiaNutrologiaColonterapia

    4 Mdulo Setembro

    BioressonnciaFitoterapiaProloterapiaNutrologia

    5 Mdulo Novembro

    Apiterapia

    Cinesiologia AplicadaLaserterapiaMedicina AyurvedaTerapia CelularAtualizaes em Exames Laboratoriais

    * As datas de cada mdulo ainda sero definidas.A ordem das disciplinas est sujeita alteraoe outras sero includas na programao.

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    1818 HOMO OPTIMUS Abril 2006

    MEIO AMBIENTE

    A todo instante o corpo precisa travar uma ver-dadeira batalha contra a enxurrada de substnciastxicas a que submetido no mundo atual. Os

    poluentes esto no ar, nos alimentos, em produtoscosmticos, na gua e at mesmo no solo. Estima-se que nos Estados Unidos existam cerca de 80mil substncias qumicas, a maioria ainda poucoestudada com relao aos efeitos que causam noorganismo humano. Cientistas norte-americanosacreditam que todas as pessoas carregam em seuscorpos pelo menos 700 contaminantes. Os mecanis-mos corporais naturais de desintoxicao (como osuor e outras funes desempenhadas pela pele,rim, fgado intestino e processos celulares) no sosuficientes para conter a quantidade de substnciasagressivas geradas no mundo atual.

    Para a mdica Aurea Eleutrio Pascalicchio,doutora em Sade Pblica e Sade Ambiental pelaFaculdade de Sade Pblica da Universidade de SoPaulo, a contaminao da gua, do ar, solo, mar e dosalimentos por inmeros poluentes, tais como os me-tais, produto da sociedade altamente industrializa-da, do processo agrcola, da atitude predatria coma natureza e do excesso de populao mundial. Oresultado dessa contaminao reflete-se no ndicecrescente de doenas e sintomas nem sempre fceis

    de serem associados intoxicao. Os sintomas ini-ciais so gerais e inespecficos, como cansao, doresde cabea, dores abdominais, irritabilidade, tonturas,perda de memria, insnia, dores musculares, o quedificulta o diagnstico, explica a mdica.

    As conseqncias da exposio exagerada ssubstncias qumicas e aos metais so inmeras eentre os males que podem ser desencadeados ouagravados pelo problema esto: cncer, hiperten-so, infarto, diabetes, distrbios respiratrios, infer-tilidade, alergias, anemia, depresso, distrbios de

    ateno e memria, disfunes imunolgicas, difi-culdades de aprendizado, comportamentos agressi-vos e violentos, diminuio do perodo de lactao,

    entre outros. Alm disso, o acmulo de metais noorganismo tambm est associado ao aumento doestresse oxidativo. Os metais so provavelmente os

    elementos txicos mais antigos conhecidos pelohomem. Em 370 a.C., Hipcrates j descreveu clicasabdominais em um homem que extraa metais. Oaumento dessas substncias com o passar dos anos comprovado pela anlise das reas mais geladasdo planeta. Antigamente havia pouco chumbona capa de gelo da Groelndia, entretanto, aps aadio de chumbo gasolina essa quantidadeaumentou 200 vezes.

    Aurea Pascalicchio explica que o ac-mulo de doses no organismo mais gra-ve com os txicos persistentes, como oarsnico, metais pesados e compostosaromticos halogenados (compostospoliclorados bifenlicos, inseticidascomo DDT, BHC, dieldrin e heptacloro).Esses txicos concentram-se na cadeiaalimentar e permanecem retidosnos organismos vivos porsua natureza fsica (maiorsolubilidade nas gordurasou absoro) ou por suanatureza qumica (fixao

    em certos componentes das clulas oudos tecidos) ou, ainda, por lesarem os rgosexcretores. Dessa maneira, h umaumento progressivo da subs-tncia at ultrapassar o limiarda concentrao txica e entoaparecem os sintomas e sinais deintoxicao, descreve. A mdicatambm alerta que a superposiode efeitos leva a leses irreversveis, caractersticasde certos txicos, independentemente da velocida-

    de de eliminao ou da degenerao metablica,como o caso, em geral, das substncias cancerge-nas, em que fica difcil estabelecer uma dose limiar.

    Apesar da gravidade dos efeitos do acmulo desubstncias txicas, existem meios que auxiliam nadesintoxicao do organismo. O primeiro passo,antes de qualquer tratamento ou procedimento, detectar o nvel de exposio. Testes bioqumicos desangue, urina, unhas, cabelo e outros tecidos corpo-rais medem a quantidade de metais e tambm asalteraes de minerais importantes decorrentes de

    intoxicao qumica. Tambm podem ser utilizados

    MUNDO MODERNO SOBRECARREGA

    A mdica e doutora em Sade Pblica

    Aurea Eleutrio Pascalicchio

    DIVULGAO A contaminao

    da gua, do ar, mar, soloe dos alimentos produtoda sociedade altamenteindustrializada

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    1919evista da Academia Sul-Americana de Medicina IntegradaRevista da Academia Sul-Americana de Medicina Integrada

    outros exames para mensurar o efeito da agressoao organismo por meio da anlise da funo dofgado, rim ou crebro. Aparelhos desenvolvidos na

    Europa e nos Estados Unidos tambm so utilizadospara essa finalidade por meio da mensurao de fre-qncias e correlao com meridianos de acupun-tura ou de Voll, tal como VEGA teste e VEGA check.

    Entre os tratamentos mais utilizados para adesintoxicao por metais pesados e outras subs-tncias qumicas est o emprego de agentes que-

    lantes, capazes de capturar a substncia txica,formando componentes possves de serem

    excretados pelo corpo. Tambm destaca-se o uso da homeopatia e acupuntura

    para recuperar o estado de homeosta-se do organismo e a utilizao de fito-terpicos, frmulas minerais e vitam-nicas, prescritas por especialistas. Mas

    as melhores medidas sempre sero apreveno e a promoo da sade, eco-

    nomicamente tambm vantajo-sas, mas que dependem demaior acesso informao.

    O acesso ao conheci-mento deve ocasionar a

    adoo de hbitos mais

    saudveis e que favoream o meio am-biente, como o consumo responsvel, com a

    reciclagem de resduos, busca dealimentos orgnicos, maior in-gesto de gua e reviso dos

    parmetros de necessidades,como por exemplo privilegiar

    alternativas coletivas de trans-porte ou o uso da bicicleta para reduzir

    a poluio. Veja no quadro ao lado outras medidaspreventivas que ajudam a diminuir as chances de

    intoxicao.

    Abstract: North American scientists believe that all people have in their bodies at least 700 toxics substances.The natural corporal mechanisms of detoxification (as the sweat and other functions played by skin, kidney,liver, intestine and cellular processes) are not enough to contain the amount of aggressive substancesgenerated in the current world. The consequences of that exaggerated exposition to chemical substancesand metals are innumerable and between diseases that can be unchained or be aggravated by the problemare: cancer, heart attack, diabetes, high blood pressure, respiratory problems, among others. However, thereare ways to help in the detoxification process as the use of chelating agents, homeopathy, acupucture,phytotherapics, mineral and vitaminic formulas.

    O CORPO DE SUBSTNCIAS TXICAS

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    Se, co o anteriormente, cada um de nstem um estil rprio de adoecer, poderemos tam-bm afirmar que cada um de ns tem seu prprioestilo de no entrar na doena, ou seja, de preveni-lapermanecendo, assim, em timo estado de sade.

    Refletindo sobre a possibilidade de trabalhoshumanitrios e altrustas serem o caminho para sepermanecer em estado de sade, surgiram duashipteses para serem investigadas: 1) o que levaum indivduo a realizar trabalhos voluntrios ofato de ele ter tido um despertar espiritual e, con-seqentemente, estar em busca da satisfao dassuas metanecessidades; 2) o indivduo que satisfazsuas metanecessidades mantm sua sade psquicae fsica.

    Definindo os conceitos propostos nas hipteses,temos:

    Despertar espiritual acordar para outra reali-

    dade diferente daquela que esteve at ento; sairdo mundo da iluso; a tomada de conscincia deoutros nveis da mente.

    As experincias que costumam preceder o des-pertar espiritual so aquelas que causam algumchoque emocional ou que colocam a vida em xequecomo, por exemplo, a perda de um ente querido, tersobrevivido a um acidente grave ou a uma doena,ter entrado em estado de coma, separao de laosafetivos ou matrimoniais, a dor da traio, mudanade cidade ou pas com culturas e costumes diferen-

    tes, a perda de emprego, rompimento de socieda-des, etc. Porm, Assagioli diz que, por vezes, a criseque precede o despertar espiritual se manifesta semcausa aparente e no pleno gozo da sade e prospe-ridade. A mudana comea, muitas vezes, com umacrescente sensao de insatisfao, de carncia, dealguma coisa que falta e que nada tem de materiale definido. Acrescenta-se a isso, gradualmente, umsentido de vazio com relao vida cotidiana. Assun-tos pessoais, que antes absorviam tanto a ateno eo interesse, parecem perder a importncia e o valor.

    Surgem novas preocupaes. O indivduo comea a procurar a origem e o propsito da vida, a perguntara razo de muitas coisas que antes tinha por certas a questionar, por exemplo, o sentido do sofrimentopessoal e alheio, e da justificativa possvel para tantas

    Abstract: This paper analyzed the possibility of humanitarian and altruistic works to be the way to remainin health state. For this purpose, 40 people had been analyzed, volunteers who applied Reiki. It was observedthat when the axle ego/self was restored, that means, the balance between personality and soul, thesepeople had become psichologically healthful. In result of the mental health, they had become physically, also,healthful.

    i

    desigualdades no destino dos homens. O despertarespiritual provoca as chamadas metamotivaes motivaes advindas da alma, tais como: vontadede ajudar o prximo, de diminuir a dor e o sofri-mento do outro, colocar-se a servio de Deus e dahumanidade.

    Metanecessidades necessidades da alma,tais como: sentir alegria, paz, harmonia, amor in-condicional, humildade, compaixo, sensibilidade,intuio, preencher o vazio interior, estar prximode Deus e fortalecer a f.

    As 40 pessoas que fizeram parte da amostra paraa realizao deste trabalho cientfico, todas volunt-rias que aplicavam o Reiki, ao serem entrevistadas,nos forneceram dados que vieram comprovar asnossas hipteses. Todas elas haviam passado porum despertar espiritual e haviam sido motivadas aouvir a voz interior que apontava para um trabalho

    humanitrio. Tendo restaurado o eixo ego/self, isto, o equilbrio entre a personalidade e a alma, tor-naram-se saudveis psiquicamente. Em decorrnciada sade mental tornaram-se, tambm, saudveisfisicamente.

    Dessa forma, ficaram comprovadas as hiptesesque, justapostas, nos do a seguinte frmula opera-cional:

    DESPERTAR ESPIRITUAL

    METAMOTIVAES

    TRABALHO VOLUNTRIO

    METANECESSIDADES SATISFEITAS

    SADE PSQUICA

    SADE FSICA

    E, assim, conclumos esse trabalho com a certezade que a afirmao feita por So Francisco de Assisfoi comprovada cientificamente: dando que serecebe.

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    2222 HOMO OPTIMUS Abril 2006

    Cientistas do National Institutes of Health,

    principal rgo de pesquisa mdica do governodos Estados Unidos, confirmaram o conceito deque a vitamina C seletivamente txica paraclulas cancerosas e que nveis txicos paraatingir tumores podem ser alcanados utilizandoa administrao intravenosa. O artigo, divulgadona publicao Proceedings of the National Academyof Sciences (edio de 12 de setembro de 2005),conclui: Essas descobertas do plausibilidadea utilizao do cido ascrbico em tratamentoscontra o cncer.

    Pesquisadores mdicos ortomoleculares,incluindo o ganhador do prmio Nobel Linus

    Pauling, j reconheceram h bastante tempo aimportncia da vitamina C no combate ao cncer.Cientistas associados com o Bio-CommunicationsResearch Institute (BCRI) em Winchita, Kansas,Estados Unidos, publicaram 20 artigos cientficossobre o tema. Pesquisadores do BCRI reportarampela primeira vez em 1995 que a vitamina C emquantidade suficiente seletivamente txicapara clulas de tumores. Os autores do estudoconcluram que o nvel txico para o tumor podeser alcanado unicamente pela administraointravenosa da vitamina C. Uma pesquisa

    subseqente conduzida pelo BCRI, publicada noBritish Journal of Cancer em 2001, foi a primeira adescrever em detalhes o processo farmacolgicode altas doses de vitamina C intravenosa.

    Fonte: Towsend Letter for Doctors & Patients Chen Q., Espey MG, Krishna MC, Mitchell JB, Corpe CP,Buettner GR, Shacter E, Levine M., Pharmacologic ascorbic acidconcentrations selectively kill cancer cells: Action as a prodrugto deliver hydrogen peroxide to tissues, Proc Natl Acad Sci USA,2005. Sep 20; 102 (38): 13604-9. Epub 2005 Sep 12. Cameron E, Pauling L.,Supplemental ascorbate in the supportivetreatment of cancer: Prolongation of survival times in terminalhuman cancer. Proc Natl Acad Sci USA, 1976. Oct;73(10):3685-9.hhttp://profiles.nlm.nih.gov/MM/B/B/K/Z/_/mmbbkz.pdf Casciari, J.J., Riordan NH, Schimidt, T.L., Meng, S.L., JacksonJA, Riordan HD, Cytotoxicity of ascorbate, lipoic acid, and otherantioxidants in hollow fibre in vitro tumours, British J Cancer,2001. 84(11), 1544-1550.

    EFICCIA DA VITAMINA CINTRAVENOSA CONTRA

    TUMORES RECONHECIDA

    Abstract: Scientists from the National Instituteof Health of United States have confirmed theconcepts that vitamin C is selectively toxicto cancer cells and that tumor-toxic levels ofvitamin C can be attained using intravenousadministration.

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