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Revista Orbis Latina_v4

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 Revista Orbis Latina, v ol.4, nº1, janeiro-dezembro de 2014. I SSN 223-!"!  Página 1 
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Os artigos publicados na Revista Orbis Latina são de responsabilidade plena de seus autores. Asopiniões e conclusões neles expressas não refletem necessariamente a interpretação do GIRA –Grupo de Pesquisa Interdisciplinar em Racionalidades !esen"ol"imento e #ronteiras.

Grupo de Pesquisa Interdisciplinar em Racionalidades !esen"ol"imento e #ronteiras $GIRA%&oordenação' Prof( !r( &laudia )ucia *isaggio +oares 

Conselho EditorialAnt,nio Gonçal"es de Oli"eira $-#PR%&laudia )ucia *isaggio +oares $-/I)A%

!irceu *asso $-/I)A%

0x1ol"ildres 2ueiro1 /eto $-/I)A%Gilc3lia Aparecida &ordeiro $-/I)A%

4anine Padil5a *otton $-/I)A%)ucas )autert !e1ordi $-P6PR%)ui1 Alberto 0ste"es $-#PR%

7auro &ardoso +imões $-/I&A7P%Regis &un5a *el3m $-/I)A%

Rodrigo *loot $-/I)A%

Edição e CapaGilson *atista de Oli"eira

 Revista Orbis Latina - #eb site$ 5ttps'66sites.google.com6site6orbislatina6

8olume 9 /:mero ; 4aneiro – !e1embro de <=;9.#o1 do Iguaçu – Paran> – *rasilPeriodicidade Anual.Interdisciplinar.

ISSN 2237-6976

;. &onte:do interdisciplinar com ?nfase em racionalidades desen"ol"imento e fronteiras. I. Grupo de Pesquisa Interdisciplinar em Racionalidades !esen"ol"imento e #ronteiras @ GIRA.

Endereço para correspondência: Revista Orbis Latina – 0ditor Prof. !r. Gilson *atista de Oli"eiraGrupo de Pesquisa Interdisciplinar em Racionalidades !esen"ol"imento e #ronteiras @ GIRA-ni"ersidade #ederal da Integração )atino@Americana $-/I)A%A"enida ancredo /e"es n BCD;6*loco =B 0spaço =9 +ala ;;&0P EFEBC@C= 6 PI @ #o1 do Iguaçu6Paran> – *rasilel.' HFF$9F%DFCB CDD< 6 %-mail ' orbislatinagmail.com ou gilson.oli"eiraunila.edu.br 

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 APRESENTAÇÃO

O trabal5o de edição publicação edi"ulgação da Re"ista Orbis )atina gan5ouum reforço em <=;9. A transformação do

 periJdico em proKeto de extensão  &  RevistaOrbis Latina$ div'l(a)*o e reestr't'ra)*odo #ebsite do +eridio ient/io +'bliado

 +elo IR - r'+o de es'isa Interdisi+linar em Raionalidades, esenvolvimento e 5ronteiras, edital RO%6 7 8NIL n.1 - 20139  possibilitou

aumentar a equipe com dois bolsistas'Rog3rio dos +antos &orreia e +ixto 7orel*areiro ambos do curso de &i?ncias0con,micas – 0conomia Integração e!esen"ol"imento da -ni"ersidade #ederalda Integração )atino@Americana $-/I)A%.O trabal5o dos bolsistas PRO0L@-/I)Aconta com o apoio dos membros do Grupode Pesquisa Interdisciplinar emRacionalidades !esen"ol"imento e#ronteiras $GIRA% e do professor 4oMlan

 /unes 7aciel.

A partir de <=;; a re"ista tamb3m 3editada em cartonera. A edição da Re"istaOrbis )atina em cartonera 3 feita pelosmembros do P0 &onexões de +aberescoordenado pela Prof(. !r(. !iana Ara:KoPereira durante a reali1ação da GIRA de

I!NIA+. &ada participante do e"ento podeencadernar sua prJpria edição e dar@l5e seutoque pessoal na capa em papelão. Osexemplares que sobram são distribudos para

 bibliotecas e ou programas de pJs@graduação.

Antes de entrar nos assuntos dessaedição cabe destacar que a Re"ista Orbis)atina 3 uma publicação on line com

 possibilidade de do#nloads  na ntegra em

formato  +d/.  /essa edição al3m de umaresen5a e de uma contribuição cultural são

 publicados tre1e artigos cientficosdesen"ol"idos em renomadas instituiçõeslatino@americanas cuKas tem>ticascon"ergem com as lin5as de pesquisa doGIRA.

 /o primeiro artigo 4os3 Guil5ermeda +il"a 8ieira pesquisador e professor da-ni"ersidade #ederal do Paran> $-#PR% e#aculdades Integradas +anta &ru1$#AR0+&% aborda a questão da retJricacomo arte da persuasão pelo discursofundamentalmente no campo da economia.

4os3 0dmilson de +ou1a@)ima e+andra 7aciel@)ima pesquisadores do-/I&-RII*A e -#PR no segundo artigotratam do relação entre m3dico e pacienteem estudo sobre a racionalidade na >rea dasa:de.

4o5nnM Octa"io Obando 7oran

 pesquisador da -/I)A no terceiro artigoapresenta a contribuição dos trabal5os deAaron Preston para a filosofia analtica.

 /o quarto artigo !a"id #adul e 4os30dmilson de +ou1a@)ima discutem osdesafios da interdisciplinaridade no campodo direito.

7irian *eatri1 +5neider -do+trassburg 8aldir Ant,nio Galante e /ilton7arques de Oli"eira pesquisadores doPrograma de PJs@graduação em

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!esen"ol"imento Regional e AgronegJciono quinto artigo retratam a economia docon5ecimento atra"3s de um estudo de casona -/IO0+0.

 /o sexto artigo !irceu os5iQa1ueruMa ugo 0duardo 7e1a Pinto 4os3Antonio +oares e Artur +il"a &oel5o fa1emuma discussão sobre a cooperação entreuni"ersidade e empresa ino"adoras noParan>. 

Ant,nio Gonçal"es de Oli"eira&5ristian )ui1 da +il"a e 0derson )ui1)o"ato pesquisadores da -ni"ersidade

ecnolJgica #ederal do Paran> $-#PR% nos3timo artigo estudam os conceitos emetodologias de desen"ol"imento localaplicados nas polticas p:blicas dedesen"ol"imento rural e urbano.

 /o oita"o artigo 0x1ol"ildres2ueiro1 /eto Saroline Ribeiro Andrea 7.)ourtet )uciane . 8argas e Tilliam!ellai da -/I)A tra1em temas quedebatem a interface rural e urbana nomunicpio de #o1 do Iguaçu.

Til5elm 7einers )ui1 A. 0ste"es)eonardo )eite e 0"Unio #elippe no nonoartigo apresentam e discutem um ndice dedesen"ol"imento municipal da micro e

 pequena empresa em estudo aplicado nascidades do Rio Grande do +ul.

 /o d3cimo artigo +3rgio )ui1 Su5ne 4andir #errera de )ima abordam economiacriati"a nos municpios perif3ricos do oeste

 parananense.Patricia 8illa &osta 8a1 e 8icente

Pac5eco do Programa de PJs@graduação em

&ontabilidade da -#PR no d3cimo primeiroartigo fa1em um estudo comparati"o dasdi"ulgações cont>beis das entidades doterceiro setor.

 /o d3cimo segundo artigo 7irian*eatri1 +5neider e Rafael enrique deAra:Ko trabal5am a balança comercialagrcola do Paran> pJs@crise financeira de<==E.

+il"ia 8aliente pesquisadoraargentina no d3cimo terceiro artigo fa1uma sistemati1ação das experi?ncias demineração da Argentina e 0quador no

 perodo de ;= – <=;<. /o espaço cultural Renata Peixotode Oli"eira da -/I)A apresenta a resen5ado li"ro V8itJrias na &rise' raKetJrias dasesquerdas )atino@Americanas&ontemporUneasW. /a sequ?ncia 4orgeAnt5onio e +il"a professor e pesquisador deArtes fa1 um relato da exposição VGrandesmestres da arte popular ibero@americanaW.

*oa )eituraX

 

Prof. !r. Gilson *atista de Oli"eira

0ditor

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 SUMÁRIO

 A RETRI!A !OMO A ARTE "A PERSUASÃO PELO "IS!URSO :os; 'il<erme da Silva =ieira...................................................................................................................................0 

 RA!IONALI"A"E E SA#"E $ R%5L%6>%S %? @ORNO R%LABO ?CIDOEDI%N@% :os; %dmilson de So'za-Lima e Sandra ?aiel-Lima.................................................................................................2 

$ILOSO$%A ANAL%TI!A$ L DRF@ID SIS@%?G@ID % RON R%S@ON  :o<nnH Otavio Obando ?oran...................................................................................................................................41

O !AMPO "O !ON&E!IMENTO 'UR%"I!O E OS "ESA$IOS "A INTER"IS!IPLINARI"A"E  avid 5ad'l e :os; %dmilson de So'za-Lima..............................................................................................................!3

 A E!ONOMIA "O !ON&E!IMENTO(  @%ORI DI@L 8?NO J %DONO?I ODON%DI?%N@O % O DSO 8NI=%RSI% %S@8L O O%S@% O RNG - 8NIO%S@%  ?irian Keatriz S<neider, 8do Strassb'r(, =aldir ntnio alante e Nilton ?ar'es de Oliveira...........................M

 PANORAMA "A !OOPERAÇÃO ENTRE UNI)ERSI"A"E E EMPRESA INO)A"ORAS NO ESTA"O "O PARANÁ ENTRE 1**+ E 2,,+ ire' os<iaz' @er'Ha, '(o %d'ardo ?eza into, :os; ntonio Soares e rt'r Silva Doel<o P........P.PP..."! 

 "ESEN)OL)IMENTO LO!AL$ DOND%I@OS % ?%@OOLOIS - OLF@IDS QKLIDS %

 %S%N=OL=I?%N@O R8RL % 8RKNO ntnio on)alves de Oliveira, D<ristian L'iz da Silva e %derson L'iz LovatoPP..P...................................PP110

 RUMO AO LESTE- PARA AL.M "E ON"E NAS!E O SOL- NEM RURAL/NEM UR0ANO MAS INTER$A!E "E ESPAÇOS NO MUNI!%PIO "E $O "O IUAÇU / PR %zolvildres 'eiroz Neto, Taroline Ribeiro, ndrea ?. Lo'rtet, L'iane @. =ar(as e Uilliam ellaiP..PPP..124

 %N"I!E "E "ESEN)OL)IMENTO MUNI!IPAL "A MI!RO E PEUENA EMPRESA 5 I"/MPE "O RIORAN"E "O SULUil<elm ?einers, L'iz . %steves, Leonardo Leite e %vVnio 5eli++e.............PPP.P.......................P..P...PP 613M

OS ARALOS E "ESA$IOS "A E!ONOMIA !RIATI)A NOS MUNI!%PIOS PERI$.RI!OS "O OESTE "O PARANÁ

S;r(io L'iz T'<n e :andir 5errera de Lima....................................................PPP.P.......................P..PP...P 61M3

 "I)ULAÇÃO !ONTÁ0IL EM ENTI"A"ES "O TER!EIRO SETOR$ DO?R@I=O %N@R% KRSIL % R%INO 8NIO atriia =illa Dosta =az e =iente a<eo.......................................................PPP.PPP......................PPP11

 0ALANÇA !OMER!IAL AR%!OLA PARANAENSE $ DON:8N@8R WS-DRIS% 5IN%ND%IR % 200X ?irian Keatriz S<neider e Ra/ael enri'e de raYjo..........................................................PPP.PPP..PPP1XM

 SISTEMATIA!IN "E E7PERIEN!IAS !OMPARA"AS "E LA MEA/MINER%A EM ARENTINA 8 E!UA"OR 91**,/2,12:Silvia =alientePPPPPPPP.............................................................................................PPP.PPP..PPP202

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 RESEN&A

 Livr<( )it=rias na !rise( Tra>et=rias ?as es@er?as Latin</ABeriCanas !<nteBD<rneas , a'toria de 5abrio

 ereira da Silva. %ditora onteio. 2011  Renata eioto de Oliveira......................................................................................................................................21 

 ESPAÇO !ULTURAL  A E7POSIÇÃO FRAN"ES MESTRES "A ARTE POPULAR I0ERO/AMERI!ANAG   :or(e nt<onio e Silva............................................................................................................................................220

OrientaH< a<s !<Jab<ra?<res e N<rBas Dara PbJiCaH<  Y...............................................................................222

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 A RETRI!A !OMO A ARTE "A PERSUASÃO PELO "IS!URSO

4os3 Guil5erme da +il"a 8ieiraZ

 ResB<

O presente artigo pretende apresentar a importUnciado estudo da retJrica para a economia especialmenteapJs os anos ;E=[s. O obKeti"o principal 3demonstrar que a an>lise retJrica 3 muito importante

 para entender como os economistas fa1em a suaci?ncia. /esse estudo apresentamos o princpio dastradições retJricas os equ"ocos disseminados a seurespeito e o seu alcance enquanto m3todo de an>lise.0ntre outras coisas este trabal5o 3 um guia para aretJrica na economia.

Palavras-chave' retJrica\ economia\ metodologia.

 AbstraCt 

5e present paper intends to present t5e importanceof t5e studM of t5e r5etoric of economics speciallMafter t5e ;E=[s. 5e main obKecti"e is to s5o] t5att5e r5etorical analMsis is "erM important to understand

5o] t5e economists maQe 5is science. In t5is studM]e present t5e beginning of t5e r5etorical traditionst5e spread mistaQes its respect and its reac5 ]5ileanalMsis met5od. 5is ]orQ is a guide for t5e r5etoricof economics.

e!"ords: r5etoric\ economics\ met5odologM.

Z

!outor em !esen"ol"imento 0con,mico pela -#PR. Professor e pesquisador da -#PR e da #aculdades Integradas+anta &ru1 de &uritiba. 0@mail' Kg."ieirauol.com.br 

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IN#$%&'()%

As reflexões contidas neste ensaiot?m por obKeti"o demonstrar a rele"Uncia doestudo da RetJrica no processo de aquisiçãodo con5ecimento. A questão do estudo daretJrica assume rele"Uncia na economia a

 partir dos anos ;E=[s com as publicaçõesde V@<e r<etori o/ eonomisW de !.7c&losQeM nos 0-A em ;ED e VA5istJria do pensamento econ,mico como

teoria e retJricaW um ano depois no *rasil por P3rsio Arida.  0m ambos os trabal5os as

refer?ncias ^ retJrica se fa1em a partir dastradições aristot3licas e dosdesen"ol"imentos de uma "ertentecontemporUnea da teoria da argumentaçãoque tem na figura de &5a_m Perelman um deseus principais expoentes.

Assim sendo utili1amos o conceitode retJrica como sendo aquele tratado por

AristJteles em suas reflexões sistem>ticasdo dis'rso +ers'asivo  e que foramcontinuados por Perelman no +3culo LL.0sse corte analtico do que se entende porretJrica se fa1 necess>rio ^ medida que aliteratura na >rea da #ilosofia da &i?ncia temapresentado uma multiplicidade de opiniõescom relação ao que se pretende por retJrica.

N Kustamente por isso a fim dee"itar confusões desnecess>rias queoptamos por deixar claro a origem da

tradição da qual o presente trabal5o est>filiado' a aristot3lica.

Para dar um exemplo acerca daVmultiplicidade de opiniõesW com relação aotermo VretJricaW "eKa@se a sntese elaborada

 por Gill $;9 pp. DE@D%;  das principaisdefinições segundo diferentes autores'

 ristteles A 5abilidade de a"aliar emcada caso particular os meios particularesde se persuadir algu3m de algo. Kaon O papel da retJrica 3 aplicar erecomendar os ditados da ra1ão ^imaginação com o obKeti"o de excitar e oapetite e o deseKo `do saber`eor(e Dam+bell  A retJrica`eloq?ncia 3 aquela arte ou talento parao qual o discurso 3 adaptado para o seufim. Os poss"eis fins por sua "e1consistem em iluminar o entendimento eaKudar a imaginação mo"er paixões e

influenciar o deseKo.

;  `@rad')Zes livres. A snteseapresentada por Gill $;9% tem por base as seguintesobras'

@ Aristotle. On R<etori$ @<eorH o/ Divi iso'rse trans. George A. SennedM. `/e]orQ' Oxford -P ;; I ;DFF DB@DC.@ #rancis *acon. VO/ t<e i(nitH and dvanement o/ Learnin( W 5e TorQs of #rancis*acon ed. 4ames +pedding Robert )eslie 0llis

and !ouglas !enon eat5 "ol. 9. `;EC=\ rpt. /e] orQ' Garrett ;BE 8I D 9FF.@ George &ampbell. @<e <iloso+<H o/ R<etoried. )loMd #. *it1er `&arbondale' +out5ern Illinois-P ;BD ;.@ Ric5ard T5atelM.  %lements o/ R<etori ed.!ouglas 05ninger `;E<E' rpt. &arbondale'+out5ern Illinois -P ;BD D `capital lettersomitted.@ !ouglas 05ninger. [On SHstems o/ R<etori.\&ontemporarM R5etoric' A Reader[s &oursebooQed. !ouglas 05ninger `Glen"ie] I)' +cott#oresman ;C< ;E <B.

@ !onald &. *rMant. [R<etori$ Its 5'ntion and Its So+e.\ &ontemporarM R5etoric' A Reader[s&ourse booQ ed. !ouglas 05ninger. `Glen"ie]I)' +cott #oresman ;C< ;E <B.@ I. A. Ric5ards. @<e <iloso+<H o/ R<etori`;DB' rpt. Oxford' Oxford -P. ;E; D.@ Sennet5 *urQe.   R<etori o/ ?otives  `;F='rpt. *erQeleM' -ni"ersitM of &alifornia P. ;B9D.@ Ric5ard 7. Tea"er. @<e %t<is o/ R<etori.`+out5 *end. In' RegnerM ;FD ;F.@ +onKa S. #oss Saren A. #oss and Robert rapp.Dontem+orarH ers+etives on R<etori. <nd  ed.

`Prospect eig5ts I)' Ta"eland ;; ;9@;E.

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 Ri<ard U<atelH A procura deargumentos sustent>"eis para pro"ar um

 ponto de "ista e um arranKo 5>bil deles pode ser considerado como uma

 pro"id?ncia prJpria e imediata da retJrica.`!ouglass 05ninger -m modoorgani1ado consistente e coerente de falarsobre os discursos pr>ticos.`!onald *rMant !i1 que a função daretJrica 3 aKustar as id3ias ^s pessoas e as

 pessoas ^s id3ias.`I.A. Ric5ards -m estudo dos mal@entendidos e de seus rem3dios.`Sennet5 *urQe !i1 que a retJrica est>arraigada numa função essencial doidioma trata@se de uma função que 3completamente realstica e nasce

no"amente\ o uso do idioma como ummeio simbJlico de indu1ir a cooperaçãoentre os seres `5umanos que pornature1a respondem a smbolos.`Ric5ard Tea"er A retJrica 3 a "erdadesomada a sua apresentação astuta.`+onKa #oss Saren #oss e Robert rapp+ugerem que a retJrica 3 uma ação5umana simbJlica propositi"a bem comouma perspecti"a que en"ol"e o foco no

 processo de simbolismo.

*+ ,S %$IENS &, TRA"IÇÃO  &%&ISC'$S% ,$'.EN#,#I/%

[O< tem+os, o< ost'mes]\.+ #+ C0CE$%

!esde os antigos gregos aos diasatuais o estudo da retJrica encerra uma"ariada gama de contro"3rsias e conceitos.!a Varte de +ers'adir\ ensinada aos nobres@ ora confundida com a prJpria oratJria @ ^

t3cnica de refletir sobre os fen,menos danature1a a retJrica K> foi encarada comomero conKunto de figuras de linguagemdestinada a embele1ar a argumentação $seKaela escrita ou falada ou mesmo puramente"isual%. amb3m K> foi apresentada comomero recurso de c5arlatães e enganadoresque busca"am atra"3s dessa t3cnica

 persuadir o ou"inte sobre a "eracidade deseus argumentos fosse para o VbemW ou

 para o VmalW.

+em sombra de d:"ida a retJrica seconstituiu numa ferramenta bastante :til

 para a Poltica e para o !ireito ramos emque Kamais perderam a sua rele"Uncia dadasas necessidades bastante e"identes decon"erter o p:blico a alguma causaespecfica nessas >reas. A incompreensão doseu alcance em outros usos por3m pareceter passado despercebida por s3culos.

N pro">"el tamb3m que se de"a Kustamente ^ utilidade da retJrica comoferramenta para a Poltica que para muitosessa t3cnica ten5a sido encarada como algo

 peKorati"o no que tange ao alcance do saber

e se distanciado substancialmente da esferade interesse dos cientistas em geral.!entre as di"ersas formas de

con5ecimento da 5umanidade a busca pelaobjetividade  @ que caracteri1a a pr>tica da&i?ncia @ "arreu toda a sorte de argumentosnão obser">"eis priori1ando aqueles quefossem pass"eis de maior controle. O focoda &i?ncia sempre se guiou na direção doselementos que pudessem exibir algum

 padrão mais ou menos in"ari>"el de

comportamento a fim de se prestarem ^construção de axiomas teJricos est>"eis que"ersassem sobre os fen,menos da nature1a.

 /esse sentido 3 at3 mesmocompreens"el que a arte retJricaencontrasse certa dificuldade de aceitaçãoentre os cientistas. Isso porque o discursoretJrico nunca se encaixou em nen5umadessas condições. 7esmo que em si suafinalidade extrapolasse a obtenção docon"encimento do p:blico para muitos dos

estudiosos desse ramo nada pode@se di1ercontra o fato de que não existe um dis'rso

 +adr*o  na retJrica. As t3cnicas utili1adasnos dis'rsos +ers'asivos dependem de umconKunto de argumentos e estrat3gias"ari>"eis que de"em ser escol5idas caso acaso dependendo do propJsito do oradordo p:blico que pretende atingir e docontexto em que se insere o discurso.

 /o cl>ssico di>logo entre GJrgias e+Jcrates que le"a o nome da primeira

 personagem escrito por Platão $<==F% tem@

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se a oportunidade de extrair liçõesimportantes acerca do debate sobre oalcance da retJrica ao longo dos tempos. Aarte de persuadir os auditJrios 3 anterior aPlatão 3 bem "erdade mas em sua 3poca5a"ia alcançado not>"el sucesso apJs longadifusão promo"ida pelos So/istas$professores particulares de retJrica%.

A 5istJria aponta ">rios moti"os para a censura de Platão ^ retJrica. Poder@se@ia enumerar desde os argumentos que secentra"am na ndole dos +ofistas e seu

 pouco caso com as suas V"irtudesW e Ku1osde "alores interesseiros ao alcance do

m3todo em si. Para nosso propJsito buscar@se@> dirigir a discussão para o prJpriom3todo de argumentação.

Platão apresenta sua opinião sobre aretJrica no di>logo r(ias. /um debateentre as principais personagens fica clarasua opinião. 0m dado momento a

 personagem de +Jcrates pergunta a GJrgiasacerca do que consistiria a sua ocupação `aretJrica. &omo ponto de partida do di>logo+Jcrates indaga acerca da definição da

retJrica. A seguir GJrgias prontamente l5ede"ol"e afirmando ser a retJrica a arte 'e se o'+a dos dis'rsos 'e interessam aosne(ios <'manos.

 /um exerccio Vsocr>ticoW lançandomão de uma falsa d:"ida as indagações de+Jcrates prosseguem no sentido de tentardelimitar o alcance dessa arte. +Jcratesentão questiona GJrgias se outras artes $ouci?ncias% como a medicina e a economia /inan)as por exemplo não seriam

igualmente retJricas uma "e1 que tamb3mse ocupariam de alguma esp3cie de dis'rso.

As personagens escol5idas porPlatão não foram nada acidentais. O"erdadeiro GJrgias nascido na +iclia em9<C a. & 3 tido por muitos como oVfundador da retJricaW ainda que oamadurecimento da mesma ten5a sidoatingido por AristJteles.

A personagem de +Jcrates nodi>logo escrito por Platão $<==F pp. B@C%condu1 o di>logo de forma a tentar extrair

de GJrgias uma mel5or delimitação doalcance da retJrica obKeti"ando estabeleceros limites dessa arte  e tornar menosamb('a a resposta que GJrgias deu dianteda sua indagação anterior. /uma das

 primeiras passagens do texto cuKarele"Uncia exige aqui a transcrição integralo ultimato de +Jcrates'

S1crates  0ntão di1 a respeito de qu?.A que classe de coisas se referem osdiscursos de que se "ale a retJrica1rias   Aos negJcios 5umanos+Jcrates e os mais importantes.S1crates  7as isso GJrgias tamb3m 3ambguo e nada preciso. &reio que K>ou"iste os comensais entoar nos banquetesaquela cantilena em que fa1em aenumeração dos bens e di1er que o mel5or

 bem 3 a sa:de\ o segundo ser belo\ e oterceiro conforme se exprime o poeta dacantilena enriquecer sem fraude.1rias  4> ou"i\ mas a que "em issoS1crates  0 que poderias ser assaltadoagora mesmo pelos profissionais dessascoisas elogiadas pelo autor da cantilena asaber o m3dico o pedJtriba e oeconomista e falasse em primeiro lugar om3dico' +Jcrates GJrgias te engana\ não3 sua arte que se ocupa com o mel5or bem

 para os 5omens por3m a min5a. 0 se eul5e perguntasse' 2uem 3s para falaresdessa maneira +em d:"ida responderiaque era m3dico. 2ueres di1er com issoque o produto de tua arte 3 o mel5or dos

 bens &omo poderia +Jcrates deixar des?@lo se se trata da sa:de a"er> maior

 bem para os 5omens do que a sa:de 0 sedepois dele por sua "e1 falasse o

 pedJtriba' 7uito me admiraria tamb3m+Jcrates se GJrgias pudesse mostrar

algum bem da sua arte maior do que eu damin5a. A esse do meu lado eu perguntara' 2uem 3s 5omem e com quete ocupas +ou professor de gin>stica mediria e min5a ati"idade consiste emdeixar os 5omens com o corpo belo erobusto. !epois do pedJtriba falaria oeconomista quero crer num tomdepreciati"o para os dois primeiros'&onsidera bem +Jcrates se podesencontrar algum bem maior do que arique1a tanto na ati"idade de GJrgiascomo na de quem quer que seKa. &omoX

!ecerto l5e pergunt>ramos' 3s fabricantede rique1a Responderia que sim. 2uem

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"ersados sobre os mais "ariados campos decon5ecimento podem superar os entendidosnesses assuntos diante do p:blico e lograrcon"enc?@lo de suas id3ias.

Assim o con5ecimento que seriasuperior ^s crenças poderia perder espaço

 para essas :ltimas dependendo da ocasião eda "itJria de um discurso baseado nasmesmas. 0m segundo lugar não 5> erro emadmitir tamb3m que isso abriria espaço paraque oradores mal intenionados  pudessemle"ar uma mensagem falsa adiante e da aretJrica ser uma arma  a ser"iço daenganação.

7as se fosse encarada como umaarma,  3 bem "erdade que a discussãode"esse ainda ser dirigida no sentido dediscutir se o triunfo do con5ecimento estariagarantido com a extirpação desseinstrumento do con""io dos filJsofos.Armas podem ser bem ou mal utili1adas 3"erdade mas a responsabilidade pelo seuuso de"e repousar no seu portador e não noinstrumentoX

  Assim como obser"am 0ire $<==;%

e 8alleKo $<==;% a retJrica esta"a bastanteassociada com a poltica com a arte dediscursar com eloq?ncia diante dasmultidões na 3poca em que Platão eAristJteles escre"iam seus cl>ssicostrabal5os nesse campo da filosofia $r(iase  Retria respecti"amente%. Isso tamb3mfe1 com que inclusi"e retJrica e oratJriafossem considerados sin,nimos por muitotempo. O uso da retJrica na Assembl3iagrega com finalidade poltica $campo que

costumeiramente se preocupa mais com adifusão da crença do que do con5ecimento%

 pro"a"elmente contribuiu para le"ar Platãoa uma reflexão crtica do papel da retJrica.

)a crtica de PlatJn a la retJrica seaparta por consiguiente del punto de"ista realista de que el "alor de una

 poltica 5aMa de Ku1garse por el criteriodel poder M los logros alcan1ados.&uando enKuicia en el Gorgias la Atenasde Pericles M de los grandes estadistas

que le 5aban precedido PlatJn no la

 Ku1ga por consiguiente desde la Jpticade sus logros materiales' ellos fueroncapaces como criados M ser"idores delas pasiones pero independientemente

de ello desconocan a su Kuiciocualquier principio que fuera noble M bueno $F;EcD@9%. 0se estado retJrico5asta la m3dula a pesar del poderconseguido fracasJ porque no se

 propuso la aut3ntica tarea del "erdaderoestadista que consiste en curar a un

 pueblo enfermo modificando sus pasiones M no confi>ndose a ellas M en persuadir M obligar a los ciudadanos adirigirse por el camino que les permita5acerse meKores $8A))04O <==; p.9%

 

Platão tamb3m se preocupou emdemasia com a necessidade de umadefinição acabada do que "iria a ser aretJrica e não a encontrando clara $a não ser

 pela sua associação com a  +ers'as*o%alimentou alguns preconceitos.

0m AristJteles por outro lado nota@se maior preocupação em demarcar oslimites e o alcance da rte retJrica na obra

que le"a esse mesmo nome ao estabelecer as bases para o uso e a compreensão dessa arte.Associando a retJrica a um saber

 pr>tico ou t;nia que se diferenciaria demuitas i_nias e mesmo de outras artes pornão se concentrar em algum obKeto em siAristJteles disse que a retJrica seria V  a

 /a'ldade de ver teoriamente o 'e, emada aso, +ode ser a+az de (erar a

 +ers'as*o &...9 desobrir o 'e ; +r+rio +ara +ers'adir. or isso &...9 ela n*o a+lia

 s'as re(ras a 'm (_nero +r+rio edeterminadoW $AristJteles <==F p. DD%.Para esse autor a retJrica se utili1aria defiguras de linguagem como recurso para aconquista do p:blico $o uso das met>foras

 por exemplo foi tratado formalmente nessaobra%.

Apontando para todo esse conKuntode regras explicitamente AristJtelesdemarcou os elementos principais dodiscurso persuasi"o di"idindo@os em tr?s

g?neros' o deliberativo o demonstrativo e o

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 j'dii`rio,  os quais teriam finalidadesdiferentes. Assim sendo seriam "ariados ostipos de argumentos ">lidos para acon"ersação e tamb3m as reações esperadasdos ou"intes e os efeitos despertados nestes.

 /essa cl>ssica obra de AristJteles sobre aretJrica o autor apresentou uma longadiscussão destinada a demonstrar os meiosde se pro"ar uma tese as ocasiões e osobKetos que de"eriam ser reunidos a formade apresent>@los ao p:blico etc.

0sse esforço em grande parte baseado nas experi?ncias de"e serassociado ^ tentati"a de erigir da um

m3todo de in"estigação menos question>"el – dir@se@ia mesmo dotado de alguma l(iaformal @ na medida em que demonstrouclaramente o deseKo de estabelecer e6ouidentificar um ou mais padrões deargumentação bem sucedido$s% destinado$s%a persuadir um determinado auditJrio.

A sistemati1ação de regras dodiscurso obser"ando ao mesmo tempo asinterações necess>rias aos tr?s elementosen"ol"idos' o orador  o o'vinte  e o objeto

do discurso te"e por finalidade darconsist?ncia a essa t3cnica inserindo@a nocampo das  rtes. 0sse era sem d:"ida oobKeti"o de AristJteles no seu tratado sobrea arte retJrica e a arte po3tica' retirar dassombras essa parte da dial3tica @ como oautor considera"a a retJrica @ neutrali1andode certo modo algumas acusações como asde Platão sobre o alcance do discurso

 persuasi"o.

Poder@se@ia obKetar que o uso inKusto desemel5ante faculdade da pala"ra 3 capa1de causar gra"es danos\ mas esteincon"eniente com exceção da "irtude 3comum a todos os bens e particularmenteaos mais :teis por exemplo a força asa:de a rique1a a arte militar. -m uso

 Kusto desses bens permite auferir delesgrande pro"eito. $AristJteles <==F p. D;%.

  Ainda assim ^ maneira como a personagem +Jcrates do di>logo com

GJrgias escrito por Platão essa demarcaçãoreali1ada por AristJteles impediria

classificar a retJrica como mera rotina.3 Isso poderia ser "erdadeiro se imagin>ssemosque a partir do conKunto de regrasabordadas por AristJteles qualquerindi"duo pudesse proceder mecanicamentetomando@as como um guia para a reali1açãode discursos destinados ao arrebatamento do

 p:blico. /o entanto fica claro que os

conKuntos de "ari>"eis circunscritas tanto naesfera do orador quanto na do p:blico e nado obKeto do discurso – que se constituemno cerne da pr>tica persuasi"a @ sãocomplexos e exigem 5abilidades que

superam em muito as necess>rias para areali1ação de outras tarefas tamb3mclassificadas como rotinas por Platão $comoa ir,nica passagem em este iguala a retJrica^ 'lin`ria, em r(ias%.

 /ão raro p,de@se obser"ar que aidentificação com a +ers'as*o ten5a ser"idotanto para a aceitação como para a reKeiçãoda retJrica enquanto m3todo. Isso porquecomo obser"a 8alleKo $<==;% a persuasãofoi "ista por uns como uma iluminação dos

espritos enquanto que para outros não passa"a de mera fal>cia.

Por un lado encontramos textos en losque la persuasiJn aparece re"estida con ladignidad de una diosa.9  Por otro ladoincluso en estos mismos textos no esextrao que se le califique abiertamentecomo VmentirosaW  F M que se diga de ellaque es Vla 5iKa del errorW a cuMa fuer1a no

 podemos resistirnos.  B  h!e dJnde deri"aesta ambigedad que experimentaban losgriegos ante la persuasiJn M por tantotambi3n ante la retJrica que aparece tanesencialmente ligada a ella aM quedecir en primer lugar que la persuasiJn

D  &omo o fe1 Platão em r(ias. Obs'VRotinaW como sendo mero conKunto de

 procedimentos mecUnicos9  D/.  por ex. esodo O+.  CD\ @<.  D9\

0squilo %'m. EEF. I/' 8alleKo $<==;%F D/. 0squilo , Do;/oras .C<B. I/' 8alleKo

$<==;%B

  D/.  0squilo  (amenn, DEF@B. I/'8alleKo $<==;%

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es obra del discurso M que 3ste concebidocomo l(os, es la expresiJn "erbal de laracionalidad 5umana. 0sto explica laexistencia de muc5os textos en los que la

 persuasiJn aparece en contraposiciJn a la"iolencia M a la coacciJn exteriorcaractersticas de aquellas acciones en lasque el suKeto se 5a "isto obligado a 5aceralgo en contra de su "oluntad. 0n lamedida en que la persuasiJn "a asociadaal discurso racional es interpretada comoaquel factor ci"ili1ador que consigueele"ar al 5ombre por encima de un estadosal"aKe en el que imperan sJlo la "iolenciaM la barbarie.C $8A))04O <==; p.;%

  7as a persuasão não pode de modo

algum ser redu1ida a um sin,nimo deen(ana)*o.  ers'adir  3 onvener. E +e emcampos como a poltica e a segurança asteses que se pretende difundir podem emmuitos casos buscar tirar "antagem do

 p:blico ignorante na ci?ncia não costumaser essa a moti"ação do pesquisadorindi"idual ou mesmo de um grupo de

 pesquisadores. Ainda que não se possamexcluir os deseKos particulares denotoriedade na academia e por "e1es degan5os financeiros ad"indos do triunfo deuma pesquisa em geral podemos assumir`não nos isentando das crticas doscontr>rios que as preocupações da pesquisacientfica "ão em b'sa de 'ma "erdade.

 /ão se quer di1er aqui que issorealmente  ocorra $isto 3 que a pesquisacientfica camin5a em direção ^ "erdade%mas que o pesquisador na maioria das"e1es aredita nisso. Assim sua tentati"a

de con"encer o auditJrio de que seu trabal5oes+el<a a nat'reza não pode ser encarada damesma forma que os discursos polticosdiante da Assembl3ia. As moti"ações dessesdois tipos de oradores são diferentes.  

C D/. IsJcrates ntdosis <F9. I/' Vallejo(2001)

E  Perelman e Olbrec5ts@Mteca $<==F p.D;% sugerem sutis diferenças entre esses doistermos $persuasão e con"encimento%. /o entanto

 para o autor desse trabal5o essas diferenças nãoin"alidam essa afirmação.

  a"ia@se deixado at3 aqui de ladoum ponto importante sobre o escopo da arteretJrica. Por "e1es a retJrica foi e ainda 3apresentada como a arte de +ro/erirdis'rsos eloentes. !e fato muitos são osque associam uma boa retJrica a umdiscurso bem elaborado destacado pordi"ersos recursos de linguagem enfimornamentado.

0ssa definição guardacorrespond?ncia com os primeiros discursosdos +ofistas – portanto anteriores aoaparecimento do tratado de AristJteles sobre

  As pr>ticas cientficas desonestasquando desmascaradas costumam ser se"eramente

 punidas pela Academia com o despre1o de seus pares $o que nem sempre ocorre com a poltica porexemplo%. 7ire@se nos exemplos elencados por+&)IAR $<==B% do m3dico alemão P5illipus5eop5rastus *ombastos "on o5en5eim con5ecidocomo Paracelso $;9D@;F9;% que se di1ia capa1 defabricar um ser 5umano em miniatura a partir doesperma\ do imunologista Tilliam . +ummerlin doInstituto +loan@Settering que se di1ia K> em ;C9capa1 de transplantar ">rios Jrgãos – inclusi"e entreesp3cies diferentes – e que apresenta"a como pro"a

um rato branco com um fragmento da pele em outracor $que depois se descobrira tratar de uma fraudegrosseira cuKa pele de tonalidade negra 5ou"eraresultado da aplicação de tinta de caneta 5idrogr>ficaaplicada pelo prJprio cientista.

+&)IAR $<==B% ainda aponta o caso dofsico Alan +oQal esse sim K> bastante difundido que

 por meio de uma linguagem complexa conseguiuenganar os pareceristas da prestigiada re"ista VSoial@et\  e emplacar a publicação do seu artigoVransgredindo as #ronteiras' Para umaermen?utica ransformadora da Gra"idade2uUnticaW um artigo que consistia num emaran5ado

de id3ias sem nexo que afronta"am a tradição da#sica aceita e que consistia numa esp3cie deesc>rnio para com o m3todo das ci?ncias sociais.+&)IAR $<==B%

Recentemente foi reportado na imprensaque o sociJlogo arrM &ollins da -ni"ersidade de&ardiff $Reino -nido% numa atitude muitoassemel5ada a de +oQal mas com intençãoexatamente oposta passou@se por um #sicoespecialista em ondas gra"itacionais e escre"eu umartigo sobre o assunto. 2uando submetido ^ an>lisede um grupo de fsicos `então pareceristas o referidoartigo passou pelo cri"o desses :ltimos como se fosse

fruto de um especialista na >rea. &O))I/+ $<==B%

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a retJrica – mas que atingiu destaque erefinamento com a obra de IsJcrates $9DB@DDE a.&% 5>bil e longe"o retor que sedestacou pelo seu programa de ensino

 baseado nas artes 5umanas predominantemente liter>rias $o aideia%.

IsJcrates se destacou por atacartanto os que pratica"am e ensina"am adial;tia erstia $aqueles que se propun5am^s disputas a partir de posições antag,nicasde mundo obKeti"ando c5egar a uma

 pretensão de descoberta a qual refletiria asformas particulares da leitura da nature1ae6ou que fossem capa1es de c5egar a uma

"erdade% quanto os So/istas que ensina"ama arte dos discursos polticos aos nobres.IsJcrates não acredita"a que da

dial;tia erstia pudesse emergir umcon5ecimento diferente dos demais ou queo simples fato de se arrebatar o maiorn:mero poss"el de seguidores fosse ummedidor da correção de um dadocon5ecimento. ampouco poder@se@ia fa1erqualquer Ku1o positi"o da arte dos +ofistasde ensinar discursos polticos

mecanicamente K> que as condições para adescoberta da =erdade  Kamais teriam alialgum papel a desempen5ar. $GI)). ;9%;=

;= > quem atribua aos sofistas a origemda m> reputação da RetJrica. Alguns 5istoriadoresespeculam que o fato de serem os sofistas professoresitinerantes da arte de con"encer sustentar opiniõesem p:blico – con5ecimento apreciado pelos gregosda antiguidade – ser"indo@se de t3cnicas deargumentação baseadas em figuras de linguagem eornamentação do discurso absolutamente

despreocupadas com a questão da 8erdade @cobrando por esses ser"iços `algo que não era bem"isto por +Jcatres por exemplo @ est> na origem dascrticas que Platão e IsJcrates desferiram contra essegrupo de estudiosos. Dobranszky (2005) afirma que a

 pr>tica da cobrança pelo ensino da RetJrica surgecom o sofista Prot>goras de Abdera $n. 9EB a.&.%. -mtrec5o da obra VDontra os so/istasWde IsJcratessustenta ainda essa impressão “Se eles vendessem 'mo' o'tro objeto a 'm +re)o m'ito in/erior ao se'valor, n*o ontestariam^ e 'ando eles vendem avirt'de e a /eliidade a t*o baios +re)os, +retendem ser inteli(entes e tornar-se +ro/essores dos o'tros.

Se('ndo eles, n*o +reisam de bens materiais”  .

  anto a "irtude como a sabedorianão poderiam ser atingidas apenas com oensino da retJrica para IsJcrates. O ensinoda elo_nia poderia facilitar a apreensãodesses "alores mas a conquista dos mesmosainda dependeria de certas aptidõesanteriores adquiridas pelo orador. N por issoque o programa de ensino desen"ol"ido poresse autor tamb3m engloba"acon5ecimentos oriundos de outras >reas.

Por acreditar que a elo_nia erafundamental para arrebatar o p:blico aofa1er os argumentos parecerem mel5oresque de fato o eram IsJcrates desen"ol"eu

t3cnicas que partiam do V /loreamentoW dodiscurso com o uso de /i('ras de lin('a(emque o auxilia"am a confeccionar excelentestextos. IsJcrates muitas "e1es se "aliatamb3m da t3cnica da am+lia)*o  – queconsistia em aumentar as sentenças pelo usode sin,nimos e ant,nimos para di1er omesmo que pudera ser dito com pala"rasmais simples num texto mais enxuto a fimde apresentar a mesma id3ia duas ou mais"e1es. $&O/)0 ;9 pp. ;C@;E%

  -ma marca distinti"a da retJricana "isão de IsJcrates em Dontra os so/istasera que ao mesmo tempo em queapresenta"a a retJrica como um meio de sevener 'm debate independente da causaem questão ser ou não j'sta o autor tamb3mdestaca"a ser mais f>cil obter bonsresultados em causas Kustas. Assim sendo

 poder@se@a concluir @ sem nen5umacontradição @ que independente de se partirou de obKeti"ar a =erdade de fato ter@se@a

um camin5o menos >rduo para a persuasãodo p:blico com respeito a um determinado

 ponto de "ista caso o orador esti"esse aolado da 8erdade. oKe certamente essa"isão seria considerada bastante ing?nua.

  &omo obser"ou GI)) $;9 pp.9E@F=% IsJcrates afirma"a que osa"anços da 5umanidade poderiam estartamb3m associados ^ forma de expressão e a

0m AristJteles parece bem claro

toda"ia que o prJprio m3todo sofista de ensinar aarte da persuasão 3 que 3 atacado.

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linguagem. GI)) ibid  estabeleceu um paralelo entre os pontos de "ista de IsJcratese de Platão a respeito do potencial do uso daretJrica como t3cnica de persuasão.

Para isso GI)) ibid  argumentouque os ataques empreendidos por Platão ^

 persuasão estariam baseados numa "isão particular desse autor do Vpotencial para omalW encerrado na pr>tica da retJrica.Paralelamente a autora demonstrou que adefesa de IsJcrates da elo_nia $e do seuuso para persuadir e exprimir os deseKos e os

 pensamentos do ser 5umano positi"amente%consistia num outro tipo de percepção que

"ia na retJrica um Vpotencial para o bemW baseando inclusi"e muitos dos feitos desteem sociedade. ;; 

7as ao mesmo tempo cabe notarnão deixa de ser ing?nua a "isão de IsJcratessobre alguns aspectos a que se poderia le"aro ensino da elo_nia – e tamb3m do quese pode inferir a respeito do iniciado nessaarte @ com respeito a alguns dos "aloresanteriormente mencionados.

 5or t<is it is #<i< <as laid do#n la#sonernin( t<in(s j'st and 'nj'st, andt<in(s <onorable and base^ and i/ it #erenot /or t<ese ordinanes #e s<o'ld not beable to live #it< one anot<er. It is bH t<isalso t<at #e on/'te t<e bad and etol t<e (ood. @<ro'(< t<is #e ed'ate t<ei(norant and a++raise t<e #ise^ /or t<e +o#er to s+ea #ell is taen as t<e s'restinde o/ a so'nd 'nderstandin(, anddiso'rse #<i< is tr'e and la#/'l and j'stis t<e o't#ard ima(e o/ a (ood and /ait</'l so'l. I+&RA0+ $;F9 p.FC% In'

GI)) $;9 p. F=%

  A elo_nia por fim consideradacomo uma das partes da retJrica gan5ou grande

;; [&...9 bea'se t<ere <as been im+lantedin 's t<e +o#er to +ers'ade ea< ot<er and to maelear to ea< ot<er #<atever #e desire, not onlH <ave#e esa+ed ities and mae la#s and invented arts^and , (enerallH s+eain(, t<ere is no instit'tiondevised bH man #<i< t<e +o#er o/ s+ee< <as not<el+ed 's to establis<.\ I+&RA0+  ntidosis.rans. George /orlin. )oeb &lassical )ibrarM

$&ambridge' ar"ard -P ;F9% pp. <FD@FC. In'GI)) $;9 p. F=%

"isibilidade tamb3m de"ido a 7arco :lio&cero $;=B a. & – 9D a. &% atra"3s de seus5abilidosos discursos no +enado Romano $ondeas &atilin>rias se inscre"em entre os mel5ores

exemplos desses pronunciamentos% e tamb3mdiante das multidões. Para o auditJrio uni"ersalessa arte de con"encer deri"ada da eloq?nciagan5ou com este autor maior "isibilidade. Para o p:blico sempre foi difcil distinguir entre aforma e o conte:do desses discursos e 3surpreendente que ainda 5oKe no s3culo LLIseKa essa parte da retJrica tomada pela arte em siem muitas ocasiões.

Gill $;9 p. 9;% e &O/)0 $;9 pp. <@D=% atriburam ^s conquistas deAlexandre `o Grande e seus sucessores e aconseqente difusão do modelo de educação ede sociedade gregas a extensos territJriosconquistados $praticamente todo o mundo entãocon5ecido% a causa da difusão da retJrica pelomundo.

0sse programa de educação grega queacabou se adaptando aos con5ecimentos dasci"ili1ações conquistadas e que mais tarde seriadifundido tamb3m pelos romanos contempla"aestudos de Gram>tica retJrica )JgicaAritm3tica Geometria 7:sica e Astronomia.

 A autora se inscre"e ainda entre os queatribuem ^ cultura romana de certa forma amaior responsabilidade pela difusão da retJrica pelo mundo mas com algumas adaptações ondea arte  retJrica era "ista como um misto dein"enção disposição elocução descoberta ememJria. 0sse programa ampliado con5ecidocomo  %nHlios aideia influenciou geraçõesde estudantes europeus durante a Idade 73dia eo Renascimento.

  !urante os s3culos que se seguiram scontribuições dos gregos antigos e dos romanos

a retJrica recebeu ainda outras contribuições.7as o que se assistiu ao longo desses anosforam ciclos de afastamento e de renascimentoda arte da +ers'as*o para por fim esta arte dedeliberar ser progressi"amente esquecida a partir do s3culo L8II em fa"or do m;todoartesiano e suas lon(as adeias de raz*o.

A epistemologia Qantiana e seu primado pela busca da certe1a procurou suprir afilosofia a seu modo das respostas 5> muito procuradas sobre como se apreende ocon5ecimento. /ossas mentes passaram a ser

sen5oras das decisões fontes prim>rias do

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con5ecimento. A partir de uma esp3cie de deusinterior que atra"3s de processos puramente a

 +riori,  sobre quase tudo era capa1 de Kulgarobser"ar e entender a realidade e os obKetos que

a compun5am estabeleceu@se um m3todoraional de des"endar as "erdades obKeti"as domundo.

A filosofia moderna cambiou para aoin"3s de se perguntar a respeito de como era omundo $obKeto da filosofia antiga% passar ainquirir como o ser 5umano aprendia sobre ele.A filosofia se con"erteu numa teoria docon5ecimento e a partir da tratou@se dedescobrir um modelo de aprendi1ado centradonas interações do suKeito $e maisespecificamente da mente% com o mundoexterior. O que passou a ser rele"ante para afilosofia foi descobrir os passos que le"a"am ^apreensão do con5ecimento.

7as no s3culo LL as crticas a essa"isão sobre a forma de se obter o con5ecimentoeentriidades  outrora passaram a serrea"aliadas e a perda de espaço do proKetoepistemolJgico Qantiano se deu a partir de ">riosataques e6ou reformulações dessas id3ias ,  porfilJsofos contemporUneos.

O giro ou "irada lingstica lin('isti

t'rn4 foi marcado por di"ersas contribuições emdiferentes  /ronts  e uma sntese elaborada porGIRA)!0))I $<==Ca p. ;% e $<==Cb p.;% pode ser bastante :til para estabelecer um paralelo com respeito a algumas importantescontribuições.

5d"i ittenstein *889-*9*4: +ugeriuque o n:cleo da garantia da noçãotradicional da consci?ncia era algo comouma Vlinguagem pri"adaW mas esta de fatonão poderia existir\ pois uma linguagem

 pri"ada não seria uma linguagem uma "e1

que a :nica linguagem poss"el 3 a social enosso prJprio pensamento 3 a linguagemsocial ou uma estrutura muito semel5ante aela.illard /an %+ ine *9;8-2;;;4' /atril5a de 4o5n !e]eM $;EF@;F<% eTittgenstein afirmou que a VmenteW nãoseria capa1 de ter o que atribuam a elacomo seu n:cleo duro os significados – ossubstitutos na filosofia contemporUnea dasVess?nciasW aristot3licas..artin <eideer *889-*9764:  Afirmouque a acoplagem entre V5omemW e VsuKeitoW

não era legtima. V+uKeitoW "iria da noção de

substrato do que 3 que sustenta e6ou recebee6ou põe o obKeto. A doutrina doumanismo que teria imperado namodernidade ao fa1er do 5omem o

substrato de tudo fe1 tudo se transformarem obKeto – o que 3 posto e no limite entãomanipulado pelo 5omem.illian =a>es *8?2-*9*;4: Argumentouque Vjo "erdadeiro[ $...% 3 apenas oexpediente no modo do nosso pensamentoexatamente como jo certo[ 3 apenas oexpediente no modo de nossocomportamentoW. ;<  Ou seKa quando ocomportamento de algu3m mereceapro"ação o expediente que usamos 3VcertoW isto 3 o que 3 con"eniente di1er 3VcertoW\ quando algu3m pensa $ou di1% algo

que merece concordUncia o expediente queusamos 3 V"erdadeiroW isto 3 o que 3con"eniente di1er 3 V"erdadeiroW. O termoV"erdadeiroW fica equi"alente ao termoVcertoW e ser"e para que nossa comunicaçãose efeti"e.%s @ranA@rtianos InBcio do sclo DD4:0"ocaram 7arx e #reud para di1erem que osuKeito em nossa sociedade moderna 3 em"erdade o obKeto\ ou seKa por questõesecon,micas e libidinais estaramos em umasociedade onde o que 3 "i"o se transformano que 3 morto e "ice@"ersa.

$ort!: 0m um est>gio bastantedesen"ol"ido do cru1amento americanoentre pragmatismo e filosofia analtica

 passou a pensar na linguagem comoVinstrumentoW natural de seres naturais paralidar com o mundo RortM a seu modorecon5eceu a contribuição de Adorno eorQ5eimer `franQfurtianos a respeito daid3ia de que muito da filosofia iluministaVcontin5a as sementes de sua prJpriadestruiçãoW e inclusi"e a"alia que !e]eMtamb3m teria concordado com tal insi(<tfranQfurtiano.`  oda"ia

 programaticamente RortM se colocou notrabal5o de retirar da maquinaria iluministasuas peças racionalistas que ele tomou comos elementos causadores dos principais

 problemas denunciados por Adorno eorQ5eimer de modo a preser"ar oliberalismo interno ao Iluminismo.

;< 4A70+ T. ra(matists one+tion o/tr't<. In' )Mnc5 7. P. @<e nat're o/ tr't<. 

&ambridge' 5e 7I Press <==;.

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Ao lado desses autoresGIRA)!0))I $<==Ca p. ;% não seesquece ainda das contribuições de George7oore $;ECD@;FE% e *ertrand Russell$;EC<@;C=% bem como dos Vpositi"istaslJgicosW do c5amado &rculo de 8iena quetamb3m prega"am o distanciamento de todoe qualquer VpsicologismoW.

  A sntese poderia abarcar ainda!e]eM abermas e outros. &omo esses:ltimos ainda serão c5amados ao debate nodecorrer desta tese apresentou@se aquiapenas alguns extratos das crticas da teoriado con5ecimento para atribuir@l5es a

responsabilidade pela abertura de um espaço para a "isão pragm>tica de mundo.Gala #ern>ndes e Rego $<==9 p.9%

 por exemplo se debruçaram na obra de2uine afirmando que a mesma seconstituiria no Vmaro divisrio entre o

 +erodo do a'(e do em+irismo l(io natradi)*o de Darna+ e do [Dir'lo de =ienaWe a recuperação do pragmatismoW atra"3s deuma reformulação do empirismo onde o

 papel da linguagem foi recobrando a sua

importUncia.  +em d:"ida os trabal5osVpioneirosW dos pragm>tistas &5arles Peircee Tillian 4ames o modelo lingstico deTittgenstein os escritos de !e]eMeidegger abermas e posteriormenteRortM entre outros contriburam cada um aseu modo para a crtica da teoria docon5ecimento tradicional e para oquestionamento do sistema de "erdadesobKeti"as. Alem disso recuperaram o papel

da linguagem no processo de busca eaquisição do con5ecimento bem como desua Kustificação e difusão num "erdadeiroVgiroW lingstico. ;D

  !e]eM 3 apresentado por RortM$;9% como um dos principais artficesdessa corrente que tomou força no s3culoLL e em conKunto com os trabal5os deTittgenstein e eidegger o inspirou nadifusão do relativismo @ que tem em RortM

;D

  &omo percebem Ara:Ko $<==D% e Gala#ernandes e Rego $<==9% entre outros.

um de seus mais ati"os expoentes. &omo sedefender> aqui as contribuições do

 pragmatismo foram fundamentais para oregate da retJrica. ;9 

0m a /iloso/ia e o es+el<o danat'reza RortM $;9% ataca a id3ia de que amente 5umana seKa capa1 de apreender e aomesmo tempo ter certe1a sobre oselementos do mundo real. !e fato essa

 preocupação para com a obtenção decerte1as não se configura em obKeto legtimo

 para os be5a"ioristas – corrente com a qualRortM se identifica no seu li"ro. Issosignifica entre outras coisas que o

raciocnio baseado na ra1ão pura pode sercriticado na sua rai1.As preocupações em relação com a

forma como adquirimos o con5ecimentocom o sentido dos empreendimentos5umanos que camin5am nessa direçãoatra"3s da tentati"a de descobrir as pontesque ligam a mente ao mundo exterior nãofariam sentido nesse programa de pesquisase de"eriam ser des"iadas para oV"erdadeiroW problema filosJfico' in"estigar

a maneira como o 5omem aredita possuir e Kustificar a aquisição do con5ecimento.Isto 3 explorando um pouco esse

raciocnio pode@se declarar que oempirismo tido por muitos como a base

 para o con5ecimento pode ser tão fal5oquanto qualquer outro m3todo destinado acon5ecer as leis que go"ernam Vo mundorealW. /esse processo a linguagem não

 poderia "ir a ser de forma alguma umarepresentação desse mundo real. O

con5ecimento obtido da obser"ação diretada nature1a tem a mesma origem nainterpretação particular de mundo do queaquilo que se apreende de outras fontes @como aquele con5ecimento obtido pelacultura dos po"os pelos li"ros pelaintrospecção etc. /ão se "? o VrealW\simplesmente interpreta@se os obKetos.

;9  &onforme admitido pelo prJprio

RortM$;9% no pref>cio do seu li"ro V  /iloso/ia e oes+el<o da nat'rezaW

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  Ao tornar relati"a a noção de"erdade no sentido de Vcerte1aW $tornandoilegtima a lin5a que separa o que 3 falso doque 3 "erdadeiro% e de obKeti"idade RortM$;9% tamb3m abriu espaço para uma s3riede outras questões importantes. 0ntre elas

 podem@se citar as crticas quanto ^ certe1ados fatos e do sentido dos mesmos bemcomo quanto a importUncia dos dadosempricos para que se "erifiquem ou sefalsifiquem teorias.

A importUncia da linguagemassumiu em RortM grande magnitude a

 partir do momento em que este disse que era

atra"3s de elementos dela que o ser 5umanocon"encia os demais sobre a "alidade deuma teoria. Os elementos do mundo exterior^ mente não são suficientes pois para essefim.

  Os estudos no campo da retJricaa"ançaram desde os gregos e agora se podedi1er @ com o testemun5o do tempo @ quenem as conclusões das personagens de+Jcrates e GJrgias do di>logo de Platãoacerca das diferenças significati"as entre o

con5ecimento e as crenças e tampouco asconsiderações com respeito a limitação douso da retJrica encontram um porto seguronos escritos atuais na >rea da filosofia daci?ncia. 7as 5> questões que permanecemnas sombras' a retJrica le"a ^ =erdadePrecisa dessa :ltima para dar incio aodiscurso +eria legtima como m3todocientfico A ci?ncia precisa da persuasão

+c5open5auer $;C pp.B@C%seguramente daria um VnãoW como resposta

^s duas primeiras perguntas ao menos. Isso porque a V"erdade obKeti"aW e a sua "alidadena apro"ação dos litigantes e ou"intes sãoencaradas por este autor comoVcompletamente distintasW.

O moti"o dessa distinção seriasegundo +c5open5auer ibid  deri"ado daVper"ersidade nat'ral  do ser 5umanoW e daV"aidade cong?nitaW que o tornaria resistente^ aceitação da negati"a de uma teseinicialmente sustentada em fa"or de outradefendida por um oponente. Isso porque que

tal fato poderia atestar a inferioridadeintelectual do proponente de uma tese diantedo triunfo de um Vad"ers>rioW. Assimconclua que Vo interesse pela "erdade quena maior parte dos casos de"eria ser o :nicomoti"o para sustentar o que foi afirmadocomo "erdade cede por completo o passo aointeresse da "aidade. O "erdadeiro tem que

 parecer falso e o falso "erdadeiro.W$+c5open5auer ;C p. C%

Por tudo isso 5> que se esclarecerque recortamos do passado apenas a t;niade AristJteles $<==F% ou o estudo detal5adoe categori1ado da arte retria  para uma

:nica finalidade' a de se obter a +ers'as*odos a'ditrios. N isso que torna coerente oconKunto de trabal5os que apresentam aV/o"a retJricaW de Perelman com os textossobre a retJrica da economia $com !eirdre7c&losQeM em primeiro plano como marcoanaltico%.

 /otadamente muitos pontosapresentados por Perelman e Olbrec5ts@Mteca $;B% con"ergem para a an>lise dosdiscursos retJricos de AristJteles. +eKa no

recon5ecimento dos tipos de discursos e damaneira como esses de"em se adaptar aosauditJrios di"ersos\ seKam nas partes em quese subdi"idem esses discursos e como elesde"em ser estruturados para se obter aadesão dos ou"intes nas mais "ariadascircunstUncias como tamb3m nosestratagemas adotados ao longo de cada umadessas partes do discurso $e em um semn:mero de ocasiões quando se almeKar obteruma pretensa pro"a da "erdade de uma

tese % recon5ecem@se pontos comuns entre a Nova retria de Perelman e a rte retriade AristJteles.

2+ , $E#$IC, $EC%F$, % SE'P,PE5

<.;. A no"a retJrica' Perelman e o resgateda tradi)*o aristot3lica

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 ponto de partida do discurso persuasi"o 3 buscar o aordo do auditJrio com relação ^steses apresentadas pelo orador. A discussãoda importUncia das premissas no processo

 persuasi"o tão explorada na  rte retriade AristJteles 3 retomada.

 /o mesmo sentido em que 3apresentada no cl>ssico grego a discussãoacerca do processo de esol<a das premissas3 caracteri1ado como parte integrante do

 processo argumentati"o V'ma +re+ara)*o +ara o raionio 'e, mais do 'e 'maintrod')*o dos elementos, j` onstit'i 'm

 +rimeiro +asso +ara a s'a 'tiliza)*o

 +ers'asivaW. $Perelman e Olbrec5ts@Mteca<==F p.CD%!eri"a@se tamb3m dessa noção de

aordo  a discussão sobre os Vfatos e"erdadesW contida no @ratado. Para os seusautores a noção de  /ato  est> ligada ^magnitude do aordo sobre a forma de "eros obKetos e portanto os obKetos que seinserem nessa categoria não ostentamcaractersticas prJprias independentes de um

 Kulgamento. Assim sendo algo se con"erte

em um  /ato  quando se tem um aordo  doauditJrio a respeito da forma de se "er eentender tal obKeto. a"endo obKeções a esserespeito o obKeto deixa de ostentar o stat'sde /ato.

Perelman e Olbrec5ts@Mteca $<==F%afirmam ainda que o que se obser"a commais freq?ncia na filosofia tal"e1 em"irtude da possibilidade de 5a"er desacordosobre os  /atos 3 a utili1ação dos mesmos

 para a corroboração de uma argumentação

ao in"3s de se partir deles para construirteorias. Os  /atos  passam a estar portantointeiramente ligados a alguma concepçãoanterior que pode $e de fato o fa1em%condicionar a forma de se enxergar osobKetos estabelecer aordos  sobre a formade "er na nature1a. Os autores aplicam aindatoda a sua discussão sobre os  /atos tamb3m^ noção do que "iria a ser a verdadetornando relati"a a forma de se "er esseconceito.

A =erdade na /o"a retJrica não pro"3m de um raciocnio l(io corroborado pelas Ve"id?nciasW empricas mas dadeliberação e da adesão do p:blico a partirda deliberação. !iferentemente do que

 pregou !escartes obser"am os autores do@ratado  que não 5> erro  em se deliberarsobre algo. ;C 

O @ratado da r('menta)*o  iniciaabordando elementos que poderiam serclassificados como pertencentes ^ esfera dasestrat3gias. !essa forma prima@se ali poruma exposição de esol<as a serem tomadas

 pelo orador en"ol"endo os fatos e a seleção

dos dados as premissas rele"antes os"alores a serem obser"ados obser"ando oslugares a mat3ria e a forma do discurso asfiguras de retJrica e argumentação etc. /umsegundo momento a partir da terceira partedo @ratado "?@se configuração de uma"erdadeira taxonomia dos discursosargumentati"os. N essa a parte que maissemel5ança guarda com a tradiçãoaristot3lica.

3+ N%#,S S%F$E % P,PE5 &,$E#$IC, N, EC%N%.I,

!e incio cabe esclarecer aquilo quenão se pretende empreender aqui. /essaseção o leitor não encontrar> a maior partedo "asto n:mero de trabal5os deeconomistas acerca da importUncia doestudo e da an>lise retJrica na economia.&oncorre para isso tamb3m o fato de que oredu1ido espaço desse ensaio e o seu

 propJsito :ltimo não comportariam e nãonecessitariam de uma discussão dessamagnitude.

Pretende@se por outro lado abordarinicialmente como apareceu a discussão do

 papel da retJrica na economia. Para issoapresentar@se@ão em lin5as gerais ascontribuições seminais de !. 7c&losQeM e

;C  /unca esquecendo que as Vevid_niasWnão são tratadas como sin,nimos de Vmanifestações

do real obser"adoW na /o"a RetJrica $e nem naAntiga%.

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P3rsio Arida ambas datando de ;ED 5aKa"ista que os seus desdobramentos para aconsolidação do  +rojeto retrio acredita@se esteKam K> de alguma maneiracontemplados por di"ersas outrasrefer?ncias na :ltima parte do trabal5o queest>@se por apresentar $especificamente aolongo dos captulos tr?s e quatro%.

  A discussão acerca do papel daretJrica na economia gan5ou destaque nomeio acad?mico com a publicação de @<er<etori o/ eonomis artigo publicado por!. 7c&losQeM em ;ED no  :o'rnal o/

 %onomi Literat're. /essa obra assim

como em outras subseqentes 7c&losQeMafirmou que a economia $os trabal5os eteorias pertencentes a esse ramo docon5ecimento% não diferia muito daliteratura pois esta se utili1aria de muitos deseus recursos como m3todo de "alidação deteorias.

!entre esses recursos as met>foras por exemplo são destacadas como estando presentes em um grande n:mero detrabal5os. 7c&losQeM tamb3m introdu1iu a

discussão sobre o relati"ismo de muitasverdades difundidas nos textos econ,micosquestionando o m3todo de se fa1er ci?ncia

 baseado nos mandamentos do 7odernismo$corrente que defendia entre outras coisasas e"id?ncias como um atestado da"eracidade das teorias% di1endo ser essa aforma predominante dos economistasfa1erem a sua ci?ncia.

O obKeti"o de 7c&losQeM $;ED%era c5amar atenção para a necessidade de se

 praticar uma onversa ivilizada  entre oseconomistas abrindo@se um espaço para adiscussão de pontos de "ista di"ergentesdaqueles que sustenta"am o paradigmadominante e que go"erna"am a economia$ou seKa as "isões dos membros dacomunidade dos cientistas normais%.  ;E  AsobKeções quanto ao formalismo e ase"id?ncias em conKunto com as crticas

;E #ica claro portanto que o a'ditrio de

7c&losQeM 3 composto por economistas profissionais.

quanto a possibilidade de se c5egar ^8erdade ; dessa maneira "ão se somar ^sconsiderações sobre o alcance do saberecon,mico e a impossibilidade na pr>ticade se obser"ar qualquer candidatura

 plenamente bem sucedida ^ caracteri1açãode uma lei (eral   na economia$considerações largamente difundidas emobras posteriores%.

  O trabal5o de Arida $;ED% seguetamb3m a tradição aristot3lica tratando aretJrica como arte de se obter a +ers'as*o

 pelo discurso. /essa obra – que principia por uma discussão sobre os pro">"eis

moti"os que teriam le"ado ao ressurgimentoda an>lise retJrica @ Arida apregoa o colapsoda metodologia popperiana na economia eaponta para a rele"Uncia do estudo dast3cnicas de persuasão nessa ci?ncia.

-ma das diferenças entre ostrabal5os de Arida e de 7c&losQeM est> nasistemati1ação do estudo proposto pelo

 primeiro. Arida aponta para a exist?ncia dedois VmodelosW de ensino e aprendi1ado deteoria econ,mica e de 5istJria do

 pensamento econ,mico' o modeloameriano  e o e'ro+e'  $ebati1ados comomodelo <ard siene  e  so/t siene, emversZes mais reentes do mesmo arti(o% ealardeia os equ"ocos cometidos por cadaum deles no ensino da economia.

  ApJs a apresentação dos doismodelos Arida ibid  apresenta ainda umconKunto de regras de retJrica que eleacredita poder se aplicar a toda a 5istJria do

 pensamento econ,mico.

Arida $;ED% sustentou que omodelo americano primaria pelafamiliari1ação do estudante com o est>gioVatualW do con5ecimento na sua >readespre1ando ou deixando o passado da suaci?ncia para segundo plano. Odirecionamento do ensino se daria rumo ^fronteira do con5ecimento extraindo@se do

 passado apenas aquelas contribuiçõesrele"antes ^ lu1 do ensino no presente. N

;

 Parte dessa discussão se encontra nocaptulo III do presente trabal5o.

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not>"el a correspond?ncia desse modelocom a leitura da invisibilidade dasrevol')Zes de Su5n. /esse sentido osman'ais utili1ados pelos que se encontramna fronteira ob"iamente seriam construtosda i_nia normal  para se recontar a 5istJriada maneira que mais l5e interessarfreqentemente fa1endo@a parecer umaevol')*o ontn'a das id3ias econ,micas.

Arida ibid, aponta ainda para umacaracterstica interessante do ensino

 proporcionado pelo modelo ameriano' oele"ado grau de obsolesc?ncia doscon5ecimentos da fronteira do pensamento

$fronteira essa que a"ança rapidamente%tornando in:til o con5ecimento do profissional que não se reciclar periodicamente. Pode@se da deri"ar tamb3mo moti"o do relati"o despre1o dos

 pesquisadores de fronteira pela 5istJria do pensamento econ,mico.

Isso porque a cultura da fronteiraacaba condicionando o economista a sJ"alori1ar os desen"ol"imentos no"os –sempre que respeitarem o m3todo

VadequadoW de in"estigação. A partir dasobser"ações de Arida sobre o modeloamericano ou <ard siene como foirebati1ado pode@se concluir que o mesmoreser"aria um redu1ido espaço paradeliberações argumentati"as afastadas pordemais das pr>ticas modernistas claramentedominantes entre os que se dedicam ^s

 pesquisas nessa >rea.<= 

<=  +&OP0/A-0R $<==F p. B=@B;%

`originalmente escrito em ;EF; K> alerta"a para essecomportamento dos estudantes' e ao que pareceantes mesmo de 5a"er esse tipo de definição ele seriainscrito entre os que defenderiam a "olta aoscl>ssicos. VA regra em toda a parte do mundo 3 acorKa de pessoas infames que estão sempre dispostascom todo o empen5o a piorar o que foi dito poralgu3m apJs o amadurecimento de uma reflexãodando a essa piora um aspecto de mel5ora. Por issoquem quer se instruir a respeito de um tema de"e seresguardar de pegar logo os li"ros mais no"os arespeito na pressuposição de que as ci?ncias estãoem progresso contnuo e de que na elaboração desse

li"ro foram usadas as obras anteriores. `... +empreque poss"el 3 mel5or ler os "erdadeiros autores os

4> no modelo europeu Arida ibid identifica a super"alori1ação do estudo da5istJria do pensamento econ,mico e oconseqente retorno aos cl>ssicos $aquientendidos como obras +rimas  dos

 principais fundadores% como pr>tica maisadequada para a compreensão da

 problem>tica e da filosofia de cada matri1teJrica. O retorno aos cl>ssicos e"itaria asdeturpações ine"ita"elmente contidas nasabordagens presentes $que seriam apenas

 parcialmente deri"adas das contribuiçõesoriginais% dos problemas e m3todos para osquais os construtos teJricos teriam

originalmente sido concebidos. +omentecom a "olta aos cl>ssicos seria poss"elrecuperar a rique1a da an>lise teJricainserindo@a em seus contextos e retirandoda uma compreensão mais acertada.

Arida $;ED% acredita que os doismodelos apresentam erros e acertos eaponta a necessidade de se atuar nas duasfrentes como a mel5or forma de se fa1er ateoria econ,mica a"ançar.

  2uanto ao lugar da retJrica na

5istJria do pensamento econ,mico Arida aose mostrar c3tico quanto ao papel dase"id?ncias empricas para a superação dascontro"3rsias afirmando que nen5uma delassubsidiou a "itJria de um ponto de "ista emqualquer debate acaba deixando clara arele"Uncia de uma abordagem metodolJgica

 plural. As contro"3rsias segundo o autorteriam sido solucionadas quando alguma dasteses apresentadas a seu tempo teriaalcançado maior poder de onvenimento do

auditJrio dos economistas profissionais.Alegando existir certa estabilidade

no padrão de argumentação Aridaidentificou um n:cleo de sete regras deretJrica presentes na maioria dos textosacad?micos a saber' a simplicidade acoer?ncia a abrang?ncia a generalidade aredução de met>foras a formali1ação e o atode se rein"entar a tradição. odas elas

 passaram a ser :teis aos trabal5os que

fundadores e descobridores das coisas ou pelo menosos grandes e recon5ecidos mestres da >reaW.

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 busquem identificar um padrão deargumentação persuasi"a a partir de então.

As contribuições de Arida e7c&losQeM demonstraram a importUncia daan>lise retJrica para a compreensão daforma de como os economistas fa1em a suaVci?nciaW. !e forma alguma poderamosimaginar os economistas utili1andoVa"entais brancosW e Vusando lu"asWenquanto constroem suas teorias. Osdesen"ol"imentos na >rea da economiasempre esti"eram intimamente ligados como desen"ol"imento do sistema econ,micoem seus diferentes est>gios. A força da

retJrica do paradigma dominante se fe1atra"3s dos li"ros textos dos congressoscientficos e do espaço dado a cada correntede pensamento ao longo dos tempos.

 

C%NC5'SGES

+e formos bem@sucedidos o leitorter> c5egado a conclusão de que a "erdadecom V8W mai:sculo não existe. Isto 3

lamenta"elmente não nos encontramos emuma ci?ncia capa1 de c5egar a acordos finaissobre determinados temas.

Pelo menos na >rea da economia a"erdade 3 fruto do C<nvenCiBent<  ou da

 Dersas<  dos auditJrios sobre a correçãode determinados pontos de "ista. /essesentido nunca passa de uma "erdade

 passageira. A retJrica 3 "ista nesse aspectocomo um instrumento ou uma t3cnica aser"iço do con"encimento do p:blico em

geral sobre as id3ias disseminadas a partirdo paradigma dominante mas não apenasdele.

ou"e tempos em que a retJrica foitratada como sin,nimo de enganação. Aleitura do di>logo r(ias de Platão deixae"idente que a dupla ser"entia da persuasão

 – ora podendo estar a ser"iço do bem ora domal @ acabou l5e deixando uma marca

 pesada demais para carregar.

 O ensino e o uso da retJrica e daoratJria para fins polticos tamb3mcontribuiu para o seu afastamento do elencodos m3todos cientficos. 7as foi oracionalismo o "erdadeiro di"isor de >guasque marcou o momento em que a retJricacaiu no esquecimento. Por isso mesmo naesteira das contestações pragm>tica e

 be5a"iorista no s3culo LL abriu@secamin5o para o ressurgimento da retJrica.

A retJrica não se trata portanto deuma corrente de pensamento mas sim deum instrumento. 0 não 3 correto tamb3mligar esse instrumento com alguma corrente

de pensamento especfica como algunscrticos K> o fi1eram no *rasil ao atacaremos seguidores da retJrica em di"ersosmomentos como sendo difusores deinstrumentos a ser"iço do neoliberalismo. OobKeti"o do proKeto retJrico 3 o estudo

 pormenori1ado do alcance da t3cnica.0 3 Kustamente por isso que o estudo

da retJrica enquanto t3cnica de persuasãode"eria ser estimulado entre os estudantes e

 profissionais da >rea da economia a fim de

 permitir uma mel5or leitura do que se passanesse ramo do con5ecimento em cadamomento do tempo.

Os trabal5os de Arida e 7c&losQeMc5amam a atenção para a necessidade de sedar "alor ao pluralismo metodolJgico emdetrimento da unicidade de m3todo\ Alertam

 para a necessidade de não se Kogar fora ocontraditJrio de e"itar redu1ir tudo aoformalismo frio e ^s tratati"as impessoaistão presentes no <ardore  neocl>ssico.

&5amam ainda a atenção para a necessidadede facilitar a comunicação entre oseconomistas e de se dar "o1 para aquelesque deseKam falar.

8ista de frente a retJrica passa a serassim uma ferramenta de resgate da antigaeconomia poltica e ao mesmo tempo umestudo de todos os m3todos.

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 RA!IONALI"A"E E SA#"E $ R%5L%6>%S %? @ORNO R%LABO ?CIDOEDI%N@% 

4os3 0dmilson de +ou1a@)imaZ

+andra 7ara 7aciel@)imaZZ

[8n ser <'mano en/ermo es 'n osEosa 'e sei(nora\ &LND@g@, 20029

 ResB<

0ste artigo que se situa nas fronteiras de dois camposdo con5ecimento o da racionalidade e o da sa:detem como obKeti"o refletir acerca da relaçãom3dico6paciente. Para tanto ao recorrer a umametodologia analtica centrada no conceito deracionalidade conclui que a insatisfação dos

 pacientes e de profissionais de sa:de est> associadaao fato da relação m3dico6paciente ser

 predominantemente instrumental. 0sta indicação doslimites da racionalidade instrumental abre brec5as

 para outros saberes e pr>ticas centrados naracionalidade substanti"a.

Palavras-chave' doença\ poltica social\ saberes

socioculturais\ pr>ticas m3dicas.

 AbstraCt 

5is article ]5ic5 is situated on t5e borders of t]ofields of Qno]ledge rationalitM and 5ealt5 aims toreflect on t5e medical6patient relations5ip. o t5isend ]5en turning to an analMtical met5odologMcentered on t5e concept of rationalitM finds t5at

 patient dissatisfaction is linQed to t5e fact t5atmedical6patient relations5ip is predominantlMinstrumental. 5is indication of t5e limits ofinstrumental rationalitM opens loop5oles for ot5erQno]ledge and practices focusing on substanti"erationalitM.

e!"ords' 5ealt5\ social policM\ cultural Qno]ledge\medical practices.

Z !outor em 7eio Ambiente e !esen"ol"imento pela -#PR. Pesquisador e !ocente do Programa de PJs@Graduaçãoem 7eio Ambiente e !esen"ol"imento $PPG7A!0@-#PR% e do -/I&-RII*A. 0@mail' 1ecaed5otmail.comZZ

 !outora em +ociologia pela -#PR. Pesquisadora e !ocente do -/I&-RII*A. 0@mail' maciellima.sandragmail.com

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IN#$%&'()%

Os debates em torno das relaçõesen"ol"endo profissionais de sa:de e

 pacientes "?m se intensificando a partir dastr?s :ltimas d3cadas do s3culo LL. +ãodebates que simultaneamente c5amam aatenção para as insufici?ncias de algumas

 pr>ticas m3dicas e apontam outros camin5ostra1idos de saberes construdos na sociologiado corpo e na antropologia da sa:de. Oencontro dos referidos sistemas de saberilumina no"as possibilidades de reabilitaçãoe de cura dos pacientes ^ medida que abreespaços para que esses :ltimos participemefeti"amente da gestão dos processos de

 pre"enção e de cura. /essa ordem deraciocnio este artigo apresenta@se comouma contribuição a esse debate fecundo e deextrema importUncia ci"ili1atJria. OobKeti"o aqui – refletir acerca da tensa ecomplexa relação entre m3dicos e pacientes@ não 3 esgotar a discussão mas apresentar

outros elementos ainda não desen"ol"idosem outros estudos que possam contribuir deforma efeti"a para emancipar os pacientesde seus estados de fragilidade e de"ulnerabilidade fsica e espiritual.

Para tanto em termosmetodolJgicos a pesquisa recorre a doisquadros $; e <% que selecionam algunselementos constituintes das racionalidadesinstrumental e substanti"a com "istas aanalisar pr>ticas de profissionais da sa:de.

Os dois quadros são utili1ados comorefer?ncias para identificar nas abordagensteJricas e principalmente na "i"?ncia dos

 profissionais da sa:de – e"idenciado por umrepertJrio de depoimentos coletados dealguns trabal5os K> publicados – as

 presenças ou aus?ncias das racionalidadesinstrumental e substanti"a.

Al3m da introdução e dasconsiderações finais o artigo est> di"ididoem tr?s seções. /a primeira são

apresentados os 2uadros ; e < que al3m de

 prestar esclarecimentos acerca daracionalidade ser"em de referenciais de

an>lise das abordagens teJricas e dosdepoimentos dos profissionais de sa:de. /asegunda seção a ideia força 3 recorrer aos2uadros ; e < com "istas a dialogar com umrepertJrio de depoimentos de profissionaisde sa:de sobre a relação m3dico@paciente.

 /a terceira seção são apresentados os principais indicadores das insufici?ncias das pr>ticas m3dicas centradas nasracionalidades instrumentais e as

 potencialidades de pr>ticas orientadas por

racionalidades substanti"as. /esta seçãocede@se espaço aos saberes que "ão al3m dosm3dicos. +ão os saberes emergentes e

 produ1idos a partir da antropologia dasa:de. 0les emergem não para competirmas colaborar com as pr>ticas biom3dicascon"encionais. /as considerações finais 3explicitada a importUncia das racionalidadessubstanti"as para aperfeiçoamento das

 pr>ticas m3dicas.

*+ N%#,S ,CE$C, &,$,CI%N,5I&,&E

A ideia@força desta seção 3apresentar um bre"e estado da arte acerca daracionalidade sinteti1ando@o em forma dequadros que ser"irão de modelo de an>lise

 para os depoimentos deri"ados da relaçãom3dico6paciente $seção <%.

A discussão em torno daracionalidade orienta@se a partir das mais"ariadas matri1es epistemolJgicas mas 3

 poss"el apresentar como marco 1ero paraeste debate a extensa obra do sociJlogoalemão 7ax Teber $;C=%. omando comorefer?ncia sua metodologia ideal@tpicaTeber sem esconder seu pessimismodeixou sinali1ações de que os processos deracionali1ação podem ser caracteri1ados

como a marca singular da "ida associati"a

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moderna. &umpre ressaltar que a den:nciade Teber não esta"a direcionada ^racionalidade no sentido amplo e complexoda pala"ra mas a uma forma especficadesta racionalidade a instrumental cuKaslaba t,nica 3 o c>lculo. 0sta sim ao se

 proKetar como 5egem,nica tende a anulartodas as outras formas de crenças e "aloresque não se submetam ao c>lculo. 0m sumano programa in"estigati"o de Teber acercada 7odernidade em detrimento dadimensão concreta e substanti"a predominaa dimensão abstrata da racionalidade oc>lculo instrumental.

  Isto posto a conceituação deracionalidade utili1ada aqui sinteti1ada preliminarmente no 2uadro ; tem como propJsito ir al3m do marco 1ero ]eberiano.Para tanto inspira@se em primeiro lugar naideia de raionalidade aberta de 7orin$<==D% que se recusa a aceitar o predomniode uma racionalidade instrumental sobretodas as outras formas de "i"er e sentir do

 omo sa+iens. 0m segundo lugar toma de#loriani $<==9% alguns elementos suficientes

 para pensar a racionalidade no interior deuma epistemologia da trans(ress*o cuKat,nica 3 indicar limites da racionalidadeinstrumental mas em ato contnuo apontarno"as possibilidades de abertura daracionalidade. /esta perspecti"a o sentidoda trans(ress*o  não est> associado ^capacidade de desqualificar ou destruir$inclusi"e o c>lculo fundante daracionalidade instrumental% mas deincorporar o o'tro  $)0## <==B% ^ medida

que le"a em conta suas crenças e formassingulares de se relacionar com o mundo.-ma racionalidade transgressora 3 umaracionalidade que extrapola os limites

 predeterminados pelo c>lculo instrumental.Os autores citados ser"iram de

inspiração para a elaboração dos 2uadros ;e <.  Para este artigo a racionalidadeinstrumental ser> tomada como um sistemade crenças que possibilita di>logos da mente5umana com domnios di"ersos darealidade mas que se orienta e se submete

ao c>lculo. !e forma di"ersa aracionalidade substanti"a – indicati"a deuma racionalidade aberta ou transgressora @"ai al3m da definição anterior ^ medida quese orienta não apenas a partir do c>lculomas de "alores que transcendem o c>lculoinstrumental.

!e acordo com o 2uadro ; paraal3m da contribuição de Teber asabordagens de 7orin $<==D% #loriani$<==9% )eff $<==;a\ <==;b\ <==D\ <==B% e+er"a $;B\ ;C% inspiram a compreensãonão apenas de uma racionalidadeenclausurada em si mesma mas de uma

racionalidade reencantada aberta para acomplexidade dos fen,menos associados ^"ida social e natural. N importante ressaltarque a separação entre as racionalidades –substanti"a e instrumental – expressa no2uadro ; obedece a obKeti"os did>ticos

 pois a rigor na perspecti"a de umaepistemologia da transgressão não fa1sentido qualquer separação entre elas. #alarde racionalidade substanti"a significa falarigualmente de racionalidade instrumental

 pois em termos concretos elas sãoinsepar>"eis.Al3m do 2uadro ; que auxilia na

definição das racionalidades o 2uadro <ser"e para apresentar os elementosconstituti"os e constituintes de cada umadelas o que   permite identificar aracionalidade substanti"a a partir dos limitesou nas fronteiras das racionalidadeinstrumental.

0ste 2uadro < ser> tomado como

refer?ncia na reflexão acerca dacoexist?ncia das racionalidades no debateem torno da relação m3dico6paciente $+eção<%.

A sntese acerca da racionalidadecontida nos 2uadros ; e < possibilitaretomar o di>logo com Teber cuKa an>lisetornou "is"el que nas mais "ariadas formasde coexist?ncia entre as racionalidades omundo ocidental fe1 "itoriosa a instrumental$#0R/A/!0+ <==E% le"ando as mentesmodernas ^ crença de que outras

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racionalidades são apenas mitos que precisam ser abandonados e esquecidos. Ossistemas modernos de saber constituem@se econsolidam@se orientados por essesistem>tico processo de fragmentação ou deconforme a den:ncia de TeberVdesencantamento do mundoW. PorVdesencantamentoW na perspecti"a docon5ecimento cientfico entenda@sefec5amento ou negação de espaços paraquaisquer outros sistemas de saber queresistam ao c>lculo. 0ssa 3 a g?nese doisolamento das ci?ncias modernas centradasna racionalidade instrumental face a outros

saberes tais como os saberes caracteri1adoscomo não cientficos.O complicador 3 que o isolamento

ocorre não apenas em relação aos VmitosWou saberes não cientficos mas tamb3m emrelação a outros saberes com pretensões decientificidade. Por exemplo as ci?ncias

 biofsicas isolam@se quase que totalmentedas ci?ncias interpretati"as ou5ermen?uticas. A partir dessa fuga aqualquer possibilidade de di>logo cada

sistema de saber cientfico passa a falar parasi mesmo. /o domnio especfico dasci?ncias m3dicas algumas descobertasfundamentais – apresentadas na seçãoseguinte @ para a esp3cie 5umana conferiram^s referidas ci?ncias o VdireitoW de definir oque 3 doença e o que 3 o seu contraponto asa:de. At3 aqui 5> o predomnio daracionalidade instrumental "e1 que não d>

 para falar em le"ar em conta as ang:stias ossofrimentos profundos as crenças e temores

dos pacientes pois a pala"ra final 3monopJlio dos saberes m3dicos. Outrossaberes tais como os antropossociolJgicosou os saberes escondidos dos prJprios

 pacientes tendem a ser absolutamentedesconsiderados ou quando muito tratadoscom desd3m.

2+ N%#,S ,CE$C, &, $E5,()%.O&IC%P,CIEN#E

+e na seção ; foram elaborados doisquadros que sinteti1am os limites e as

 possibilidades da racionalidade para refletiracerca da relação m3dico6paciente nestaseção a ideia@força 3 recorrer aos quadroscom "istas a dialogar com algunsdepoimentos de pacientes diante das formasde tratamento recebidas dos m3dicos.

A racionalidade que orienta as pr>ticas m3dicas con"encionais est>centrada na crença de que a doença precisaser definida em termos obKeti"os e que orestabelecimento do corpo ser> feito porinterm3dio de inter"enções cientficas tais

como medicamentos cirurgias etc. /essemodelo fundante do saber m3dico não 5>espaço para outras racionalidades pois o

 pressuposto 3 o de que as soluçõescientficas são suficientes para de"ol"ercondições saud>"eis aos pacientes. Amedicina proKeta@se como possibilidadeobKeti"a de garantir a felicidade plena do

 paciente. A definição do bin,miosa:de6doença bali1ada apenas pelas ci?nciasm3dicas torna@se insuficiente ^ medida que

redu1 o ser 5umano ^ dimensão biolJgica desua exist?ncia e neste particular algunsindicadores da insufici?ncia dos saberesm3dicos são repertoriados na abordagemsociolJgica de Giddens para quem

a relação assim3trica de poder entre m3dicose pacientes est> no centro da escol5a decertas pessoas de se beneficiar da medicinaalternati"a. 0las sentem que o papel dosVpacientes passi"osW não l5es forneceinformações o bastante sobre seu tratamento

e sua cura $GI!!0/+ <==F p.;<%.

 /ote@se que o trec5o torna "is"el ainsatisfação de alguns pacientes ao seremtratados não como seres que pensam"i"enciam e refletem sobre suas doençasmas como simples obKetos de inter"ençãoexterna dos m3dicos. /o fundo o trec5ore"ela que os pacientes descontentes comeste tipo de tratamento estão pleiteando odireito de participar ati"amente dos

 processos de cura. /ão 3 por acaso que

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alguns pacientes por ra1ões religiosas oufilosJficas reKeitam o n:cleo duro damedicina ortodoxa o tratamento do corposeparado da mente. Para estes pacientes queabandonaram a crença na separação entrecorpo e mente a medicina ortodoxa emergecomo mais um obst>culo ^ medida que nãoest> acostumada a escutar suas ang:stiasntimas e profundas. /este sentido deacordo com o 2uadro < $seção ;% ficae"idenciada a presença do elementoconstituinte n:mero F da racionalidadesubstanti"a a descentrali1ação do processode cura do paciente.

 /o estudo de &aprara e #ranco$;% são repertoriados algunsdepoimentos de m3dicos que se tornaram

 pacientes e depois decidiram relatar comoas citadas experi?ncias possibilitaram umarea"aliação de suas pr>ticas centradasapenas na perspecti"a m3dica ref3m de umaracionalidade instrumental. -m dos relatos 3de um neurologista contando uma de suasa"enturas em montan5as norueguesas queao ser perseguido por um touro caiu e

fraturou uma das pernas. A partir dacomeçou sua metamorfose no que se refereaos papeis sociais. Para ele o significado

 profundo da mudança de papeis foidram>tico "e1 que "i"enciou

a sistem>tica despersonali1ação que se "i"equando se 3 paciente. As prJprias "estes sãosubstitudas por roupas brancas

 padroni1adas e como identificação umsimples n:mero. A pessoa fica totalmentedependente das regras da instituição

 perdem@se muitos dos seus direitos não se 3mais li"re $+A&S+ citado por &APRARA e#RA/&O ; p. BF=%.

0m perspecti"a muito prJxima dotrec5o acima outro m3dico um clnicogeral explicita como a "i"?ncia como

 paciente transformou radicalmente a sua percepção acerca da pr>tica m3dica. 0mseus termos

no espaço de uma a duas 5oras transformei@me de um estado saud>"el a uma condição

de dor de incapacidade fsica. #ui internado.0u era considerado um m3dico tecnicamente

 preparado e respeitado pelos colegas noentanto como paciente tornei@me

dependente dos outros e ansioso. Ofereciam@me um suporte t3cnico em que eu mesubmetia a um consider>"el n"el dedepend?ncia $G0IG0R citado por&APRARA 0 #RA/&O ; p. BF=%.

O terceiro exemplo 3 o de umendocrinologista conceituado que sedescobre atingido por uma doençadegenerati"a a esclerose lateral. ApJs secon"encer de que não mais adianta"aesconder dos seus pares buscou tratamento

 Kunto a um especialista. 0ra o incio dodesencanto face ^ frie1a do seu antes colega.0m seus termos

fiquei desiludido com a maneira impessoalde se comunicar com os pacientes. /ãodemonstrou em momento nen5uminteresse por mim como pessoa que esta"asofrendo. /ão me fe1 nen5uma perguntasobre meu trabal5o. /ão me aconsel5ounada a respeito do que tin5a que fa1er ou doque considera"a importante

 psicologicamente para facilitar oenfrentamento das min5as reações a fim deme adaptar e responder ^ doençadegenerati"a. 0le como m3dico experientemostrou@se atencioso preocupado somenteno momento em que me apresentou a cur"ada mortalidade da esclerose $RA*I/ eRA*I/ citado por &APRARA e #RA/&O; p. BF=%. 

Os relatos tornam "is"eis como aformação m3dica con"encional permanececentrada apenas em aspectos biolJgicosfisiolJgicos clnicos negligenciando outrosdomnios da condição e da exist?ncia5umana tais como a traKetJria 5istJrica nãoapenas do paciente em questão mas dosgrupos sociais aos quais este"e ou continua"inculado $+I&AR! ;E 7A&A!O;C\ 7OR0IRA #I)O <==F\ 7A&I0)@)I7A <==9 e <==\ 7A&I0)@)I7A eRA+IA <=;<\ &O+A e A080!O <=;=\*A))0+0R et al. <=;; entre outros%.

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m3dicos de monopoli1arem as definições ede estabelecerem fronteiras entre sa:de edoença. Outros sistemas de saber – distintosda medicina – passam a ser caracteri1adoscomo não competentes ou não autori1ados adiscursarem sobre o bin,mio sa:de6doença.al posicionamento fec5ado uma "e15egem,nico deixou de fora as contribuiçõesda +ociologia do corpo e da Antropologia dasa:de que admitem que tudo que afetar ocorpo ou o esprito $sa:de e doença% ^medida que passa pela mediaçãosociocultural tende a ir al3m da medicina.

 /ote@se que ir al3m da medicina não

significa neg>@la mas complement>@la.

3+ % 5',$ &, $,CI%N,5I&,&ES'FS#,N#I/,

 /a seção < os depoimentos tornaram"is"eis as insatisfações que emergem darelação m3dico@paciente. Os pacientes nãose sentem como seres 5umanos mas comoVcoisasW e neste sentido a relaçãom3dico6paciente deixa de ser um problema

apenas indi"idual de cada paciente para setransformar um alerta a todos os profissionais da sa:de acerca destacomplexa relação com pessoas fragili1adas e"ulnerabili1adas pela enfermidade. !andoseguimento a esta lin5a de raciocnio aideia@força desta seção 3 indicar que nasfronteiras de pr>ticas regidas por umaracionalidade instrumental emergem outrossaberes que podem colaborar com os

 processos de gestão da cura dos pacientes.

D.; 070RG/&IA !0 O-RO++A*0R0+

anto a sociologia do corpo quanto aantropologia da sa:de ao incorporar ideias e

 pr>ticas de grupos di"ersos classificadascomo aberrações patologias des"ios frutosda ignorUncia e do VatrasoW cultural "ãoal3m das racionalidades instrumentais queorientam o uni"erso da ci?nciacon"encional.

Ao en"eredar por esse mundo aindanão aceito pelos profissionais da sa:de aantropologia por exemplo incorpora outrasracionalidades prJprias ^s no"as

 possibilidades de entendimento e da gestãodos processos de cura dos pacientes. Aantropologia da sa:de admite a exist?ncia deuma "ariedade de percepções e tratamentosadotados pelos reabilitandos e ao fa1er issorompe com o pensamento unidimensionalque apenas admite uma :nica formareputada uni"ersal e correta para areabilitação. O ano de ;C= 3 o ano daemerg?ncia da antropologia da sa:de no

*rasil não para competir e sim cooperarcom a sa:de p:blica e com a medicina. Paratentar explicitar momentos de poss"eisaproximações e de distanciamentos entre o

 biolJgico e o sociocultural as formulaçõesantropolJgicas tomaram como refer?nciaanaltica o corpo a sa:de e a doença. Issoexplica no que concerne ^s agendas de

 pesquisa das ci?ncias sociais interessadas nodebate da sa:de a incid?ncia de temasestudados tais como'

<. Representações da sa:de\D. Representações das doenças\9. Representações do corpo em

diferentes grupos populacionais\F. Os significados de doenças

especficas como AI!+5ansenase tuberculosedefici?ncias fsicas e mentaistanto para os doentes quanto paraos que deles cuidam.

A partir das parcerias en"ol"endosaberes socioculturais e m3dicos muitasabordagens antes autodeclaradas m3dicascomeçaram a importar $#)ORIA/I <==D%conceitos metodologias e t3cnicas usadas erein"entadas por antropJlogos e sociJlogoscom "istas a aumentar a efic>cia dos

 processos usados para sal"ar pessoas. N poss"el caracteri1ar este processo como umcompromisso entre os dois domnios desaber pois tanto as ci?ncias m3dicas quantoas ci?ncias antropolJgicas retornam de tais

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ais demonstrações podem emergircomo modestos alertas a futuras polticas

 p:blicas orientadas ^ gestão do bin,miosa:de6doença. +e por um lado inter"enções

orientadas pela racionalidade instrumental por serem centrali1adas e unidimensionaissão mais r>pidas por outro inter"ençõesnegociadas embora mais demoradas podemser mais sJlidas em termos emancipatJrios.Pode ser que o principal segredo de umagestão bem sucedida do bin,miosa:de6doença esteKa associado ^ capacidadede VescutarW e respeitar as diferenças

 biolJgicas e socioculturais dos pacientes.&ontudo 3 oportuno enfati1ar que não setrata em nome dos saberes dos pacientes deabandonar os a"anços fundamentais damedicina mas de estimular a coexist?ncia acomplementaridade de saberes com "istas aum obKeti"o mais amplo' a auto@reali1ação afelicidade dos pacientes pois conforme a

epgrafe que tradu1 de forma mpar a ideia@força deste artigo [c... 'n ser <'manoen/ermo es 'n osEosa 'e se i(nora\$)A/& <==< p. i%.

$,CI%N,5I&,&E INS#$'.EN#,5 $,CI%N,5I&,&E S'FS#,N#I/,

;. !a abordagem sociocultural de +er"a asracionalidades instrumentais emergem de ações baseadas V`... no c>lculo orientadas para oalcance de metas t3cnicas ou de finalidadesligadas a interesses econ,micos ou de podersocial atra"3s da maximi1ação dos recursosdispon"eisW $+0R8A ;C p.;<<@D%.

<. !e abordagens socioambientaiscomplementares as racionalidadesinstrumentais estão associadas a'a% 7enor preocupação com a complexidade\

 b% nfase no c>lculo abstrato\c% nfase no Vuni"ersalW\

d% Pouca preocupação com a incorporação dooutro\e% nfase no antagonismo\f% 7uita atenção ao dualismo que separa a

sociedade da nature1a\g% nfase no global.

;. !a abordagem sociocultural de +er"a asracionalidades substanti"as emergem de açõesorientadas V ... para duas dimensões\ nadimensão indi"idual referem@se ^ auto@reali1ação compreendida como concreti1açãode potencialidades e satisfação\ na dimensãogrupal referem@se ao entendimento nasdireções da responsabilidade e da satisfaçãosocioambientalW $+0R8A ;C p.;<<@D%.<. !e abordagens socioambientaiscomplementares as racionalidades substanti"asestão associadas a'

a% 7aior preocupação com a complexidade\

 b% nfase no c>lculo concreto\c% nfase nas singularidades\d% 7aior preocupação com a incorporaçãodo VoutroW\e% nfase na complementaridade\f% Pouca atenção ao dualismo que separa asociedade da nature1a\g% nfase no local.

',&$% * - $,CI%N,5I&,&E S'FS#,N#I/, E INS#$'.EN#,5H%N#E: Inspirado e adaptado a partir de +0R8A ;B\ +0R8A ;C\ )0## <==;a\ )0## <==;b\ )0## <==D\)0## <==B\ 7ORI/ <==D\ #)ORIA/I <==9.

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E5E.EN#%S C%NS#I#'IN#ES EC%NS#I#'#I/%S &, $,CI%N,5I&,&E

INS#$'.EN#,5

E5E.EN#%S C%NS#I#'IN#ES EC%NS#I#'#I/%S &,S $,CI%N,5I&,&E

S'FS#,N#I/,

;. CRlclo – Ações centradas no imediatismo da biomedicina sem preocupações com os pacientes\

;. ,to-realiMação @ ampliação de espaços para odesen"ol"imento das potencialidades prJprias aos

 pacientes\ !ireito ^ "ida para todos.

<. Hins – Para os fins não 3 necess>rio Kulgamento 3tico\ o n:cleo duro da ati"idade de

gestão da sa:de6doença 3 o m3dico não o paciente.

<. Entendi>ento @ ações pelas quais estabelecem@se consensos coordenando ati"idades comuns sob a

3gide da responsabilidade e da satisfação dos pacientes\cooperação entre as racionalidades en"ol"idas semnegação dos conflitos\

D.  .aKi>iMação de recrsos @ busca da efic>ciae da efici?ncia m>ximas na gestão dasa:de6doença sem preocupações com as ang:stiase sofrimento dos pacientes.

D. =la>ento tico dos >eios e @ins @ deliberação baseada na emerg?ncia da capacidade de se indignarface a poss"eis abusos contra os pacientes\ embora om3dico seKa importante o n:cleo duro da ati"idade degestão 3 o paciente\

9. <eterono>ia A disputa excessi"a entre asracionalidades proporciona a emerg?ncia deobst>culos ^ coexist?ncia dos saberes m3dicos edos pacientes\

9. ,tono>ia @ condição plena de coexist?ncia dossaberes m3dicos e dos pacientes respeitando@se suasdiferenças.

F. CentraliMação – /egação deliberada ou "eladade espaços para participação dos pacientes no

 processo de gestão do bin,mio sa:de6doença.

F. &escentraliMação – Ampliação de espaços para a participação efeti"a dos pacientes nos processos degestão do bin,mio sa:de6doença\

B. Escolha – +empre que ocorre 3 determinada pela "ontade dos profissionais da sa:de não pelasnecessidades dos pacientes.

B. Escolha +empre que ocorre não 3 determinada pela "ontade dos profissionais da sa:de e sim pelasnecessidades dos pacientes\

',&$% 2 - E5E.EN#%S C%NS#I#'IN#ES E C%NS#I#'#I/%S &,S $,CI%N,5I&,&ESH%N#E: Inspirado e adaptado a partir de +0R8A ;B +0R8A ;C\ )0## <==;a\ )0## <==;b\ )0## <==D\)0## <==B\ 7ORI/ <==D\ #)ORIA/I <==9.

$EHE$NCI,S

A7ORI7 +. . +. P. de\ 7OR0IRA .\ &ARRARO . 0. A #ormação de Pediatras e /utricionistas' a dimensão 5umana. $ev+ Ntrição ".;9 n.< &ampinas maio6ago.<==;.

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#)ORIA/I !. Conheci>entoQ .eio ,>iente e loaliMação. &uritiba' 4uru> <==9.

 . Episte>oloia ,>iental%@icina de #eoria e .etodoloia. &uritiba' !outorado em

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A mediados del siglo LL dice Preston lafilosofa analtica crea que 5aba trado lare"oluciJn a la 5istoria de la filosofa queera el inicio de una nue"a era filosJfica.Incluso remarcaban que la 5istoria de lafilosofa 5aba tenido dos grandes 5itos' el

 primero con !escartes que despla1J laontologa por la epistemologa M el segundoque se diJ con el  (iro lin('stio  en losanos tempranos del siglo LLespecficamente en la d3cada del D= dondeel lenguaKe "iene a ser materia de estafilosofa M se acepta que lo que a5ora se

llama Vfilosofa analticaW est> conectadacon esta segunda re"oluciJn `Apud Prestonde &larQe' ;C `Preston' p. 99. acQermismo estima que antes de ;C= elmo"imiento analtico crea firmemente queestaba limpiando los establos de Augas.

-n efecto importante de la recientein"estigaciJm es que nos 5a capacidado

 para "isuali1ar la importante diferencia delas jmicrorre"oluciones[ en el mo"imientoanaltico. +in embargo no se puede perder

de "ista el 5ec5o que la filosofa analticafue @ en otro tiempo @ popularmente un pensamiento que 5aba 5ec5o unaVmacrorre"oluciJnW en la 5istoria de lafilosofa en general donde las "arias fasesdel mo"imiento analtico eran popularmentetomadas por ser fases de semeKante5istoria de la filosofa. Precisamente porqueellos eran comprendidos estar trabaKandodentro de los par>metros de un nue"or3gimen instituido por esta

jmacrorre"oluciJn[ analtica.A5ora esta macrorre"oluciJn esta

fundamental ruptura con el pasado esusualmente comprendida como 5abertomado un lugar dentro del giro del sigloLL `Preston' p. 99. 0n los meKores das dela filosofa analtica un n:mero de filJsofosanalticos 5icieron esfuer1os por colocar lafilosofa analtica como continuaciJn deltodo `subr ' OO de la filosofa porasimilaciJn de la 5istoria de la filosofa a sumo"imiento $Preston' p. 9F;%

0n general los filJsofos occidentalesdecimos nosotros en este p>rrafo cuando5aM una filosofa que le"anta su 5ori1onte enoccidente modificando la perspecti"adominante corren para indicar que es unaVnue"a eraW filosJfica. 0n el mo"imientoanaltico es notorio porque ellos llegaroncon toda una parafernalia bomb>stica. 0nsuma la montaa pariJ un ratJn mutante. 0sas con las filosofas es as con la ciencia Mun largo et cetera. Pero lo triste es que elratJn sigue creMendo que naciJ coronado noes mutante M el resto padece de amnesia.

&uando en general se 5abla de la crisis dela filosofa analtica prosigue Preston se5ace en el sentido nominati"o es notorioeste uso desde ;9= para expresar una nue"aaproximaciJn a la filosofa en el mundoanglosaKJn. 0. /agel lo usa en sentidonominati"o M no en el sentido adKeti"al.!esde ;9 Art5ur Pap usa el t3rminojfilosofa analticaW para referirse a unajescuela de pensamiento[ `Preston' p. 9FF.

ArguMe Preston que no se entiende porque

la fase actual del mo"imiento analtico sesigue llamando janaltica[ con relaciJn a la primera fase cuando 5aM un ob"io cambioen la perspecti"a. 0ste cambio denominati"o para el adKeti"al es un cambio dedefiniciJn esencial `Preston' p. 9FB. acQeren sus escritos de filosofa lo usa en sentidoadKeti"al `Preston' p. 9FB.

0l error esencial de la tendenciacontempor>nea de la filosofa analtica esque cambian el significado superponen el

significado de un fenJmeno que sedesarrollJ a fines del LIL M muMtempranamente durante el siglo LL`Preston' p. 9F. Para decirlo de otramanera. +e basan en una popular opiniJnde la filosofa analtica que existe a5oracomo escuela de filosofa M cuMa ruta5abra sido tra1ada muM tempranamente enel siglo LL. )os 5istoriadorescontempor>neos de la filosofa analtica

 parecen tener la creencia en la existencia deuna escuela de filosofa analtica que seexpresa en el presente M que basta re"isar

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el concepto de 3l `Preston' p. 9B=. +inembargo es claro que 5aM una superposiciJnconceptual.

ubo un cambio desde el inicio de lafilosofa analtica que 5asta ;9= incluauna serie de tendencias M pasJ a ser unaespecie de escuela que se basa en unm3todo desde esta d3cada\ M 5aM un cambiode sentido del concepto tomando uno porotro\ entonces no se entiende la supuestacontinuidad entre una M otra como tampocoest> claro como se puede superar una crisisde una escuela que no existe `Preston' p.

9BD que es simplemente una ilusiJn.+in contar con el 5ec5o manifiesto @ prosigue el crtico @ que la tendenciacontempor>nea del mo"imiento analtico$que comien1a por la d3cada del 9= del sigloLL% inicialmente asimilaba la 5istoria de lafilosofa al mo"imiento analtico a5oraasimila la filosofa analtica a la 5istoria dela filosofa. )a tendencia contempor>neadel mo"imiento analtico en su fasetemprana se extinguiJ con la filosofa

lingustica cuMos proponentes suministraronsu leit motiv. 0l destino de la tendenciacontempor>nea est> con todo no decidido`Preston' pp. 9F;@9F<

0n sntesis decimos nosotros laafirmaciJn de la tesis siguiente esrealmente dr>stica' la escuela analtica esuna ilusiJn.

el n:cleo duro de la argumentaciJn prestoniana radica en esto';% +e pasJ entre ;== M ;9= de una serie de

tendencias M confluencia de tendencias paradenominar la filosofa analtica a unaescuela de pensamiento que se basa en unm3todo\<% aM un cambio de sentido del conceptotomando uno por otro no 5aM continuidadsin embargo se presume 3sta\D% !el paso inicial de deglutir la 5istoria dela filosofa como un todo al modestoreconocimiento de considerar la filosofa Mmo"imiento analticos como parte de la5istoria de la filosofa de occidente.

- Con@or>is> in ,nal!tic Philosoph!: %nshapin Philosophical Fondaries andPreVdices+-

0n este artculo nuestro autor argumentala siguiente respuesta a la pregunta' h&Jmoes que la filosofa analtica existe no siendouna escuela de filosofa Aqu Prestonampla el contexto de explicaciJn de su

 primer artculo $Prolegomena%. Apelar> para desen"ol"er su respuesta a la 5ipJtesisdel conformismo es decir que es unaentidad social unificada por memes

interaccionales M que se mantienen portrasmisiJn en alta frecuencia.0l meme es una unidad de informaciJn

cultural tal como una idea o pr>cticacultural que es trasmitida "erbalmente o poracciJn repetida desde una mente a otra.

 precisa m>s el autor' los memes puedentrasmitirse ciegamente m>s o menosespoleados como un proceso mec>nico sobreel instinto 5umano un poco meKor que lacomprensiJn 5umana. 0sta es la nociJn de

conformismo 5umano. /o es algo conciente gua la conductasin anunciarse por s misma. 0s imitaciJn. encierra ob"ias "entaKas entre ellasfacilita la interacciJn con otros seres5umanos. +on resistentes al cambioselecti"os conser"adores M posibilita launidad de "arios grupos 5umanos concriterios de inclusiJn M exclusiJnconceptual. As un primer momentoantimetafsico del mo"imiento analtico

 puede 5aber sido un meme interaccionaladoptado para pertenecer a la jescuela[.

As esta escuela analtica no se unifica por los filosofemas se unifica por memesinteraccionales. 7as las moti"acionescambian. Indica P. acQer que antes de lad3cada del C= del siglo LL europeo elmo"imiento analtico tena fer"orre"olucionario M una creencia apasionadaen que ellos estaban limpiando los establosfilosJficos de Augas con el m3todolingustico $idea que Ma 5emos indicadoantes' OO%. 0l giro al an>lisis lingustico @

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en la d3cada del 9= @ 5i1o aparecer lacreencia que la unidad del mo"imiento "enadel giro lingustico M pasJ a ser un boomsocial en la segunda postguerra mundial.

!eK>ndose de lado que el an>lisis tenaotros sentidos antes de esta d3cada del 9=5aM que decir sin embargo que es unailusiJn. )a filosofa analtica nunca fue

 poseda por alguna doctrina definida nuncalogrJ una unidad filosJfica como nunca fueuna escuela de filosofa.

+e responde a la pregunta inicial hcJmoes que la filosofa analtica existe no siendo

una escuela de filosofa' Vt5e conformist5Mpot5esis @t5e "ie] t5at t5e original unitMof analMtic p5ilosop5M ]as grounded ininteraccional memes propagated bM normconformism @ is t5e most plausibleexplanation for t5e p5enomenaW `Preston' p.<<.

h#ue la propagaciJn de los memesinteraccionales los que dieron la "isiJn deunidad de la filosofa analtica A diferenciade A. Preston decimos nosotros el

5istoriador de la filosofa estadounidense*ruce SuQlicQ indica la ra1Jn de unamanera dura M plausible de aquello que

 permitiJ el paso en esta decisi"a d3cada del9= del siglo LL usamericano de m:ltiplestendencias antes del 9= a una escuela con undominante m3todo en la d3cada del F= diceas'

V)os pragmatistas cl>sicos 5aban pensado quela filosofa poda cambiar el mundo\ lageneraciJn de entreguerras tena la

 preocupaciJn que aquella no 5aba cambiado elmundo\ por ;F= los filJsofos se 5abanlimitado al papel de encogerse de 5ombros M

 plenamente. Al enfati1ar que la filosofa estabaalrededor del lenguaKe los filJsofos indicabanuna nue"a impotencia. )a dimensiJn de suimpotencia fue la tri"iali1aciJn de otros camposde la filosofa. Aunque los analticos nodespla1aron los m>s tradicionales temas de lafilosofa como significati"amente el

 positi"ismo lJgico empero ignoraron los temascuando estos temas podan ignorarseW `SuQlicQ'

 p. <9B

  precisamente con la actitud deindiferencia'

V4ustamente con esta opciJn de encogerse de5ombros por los estadounidenses durante lamarea alta de la Guerra #ra contra elcomunismo desde ;9F 5asta la tempranad3cada de ;B= pudo construirse como unaV"erdaderaW filosofa. )os analticos definieronestrec5amente los lmites de la filosofadelimitando las pocas cuestiones que fuerontomadas como constitui"as del pensamientouni"ersitario M marginali1aron muc5as otras. 0lan>lisis fue la filosofa del imperial occidentedemocr>tico conKuntamente con su socio menorGran *retaa. /o solo el aspecto polticotambi3n el metafsico fueron deKados de ladodesapareciJ as el alma de la in"estigaciJnalrededor de la naturale1a de la filosofaW`SuQlicQ' p. <9C.

)a ra1Jn fue poltica estima este5istoriador de la filosofa. #ue parte de laluc5a contra el comunismo en un procesoiniciado en la d3cada del 9= del siglo LLestadounidense. SuQlic dice m>s toda"a'la reducciJn tem>tica de la filosofa a una

delimitaciJn tem>tica antoKadi1a de losanalticos unido a su m3todo apuntaron adesosar   lo medular de la filosofa' lain"estigaciJn respecto al ser.

+e puede pensar entonces decimosnosotros que hlo que en los pragm>ticoscl>sicos comen1J como una legtimarei"indicaciJn de la naturale1a espacio@temporal de la comprensiJn del ser por elentendimiento desde la d3cada del 9= M porra1ones polticas es intrumentali1ada esta

filosofa con /ines +oltios   H lo /ilos/io se torna otro medio de realizar la +oltiah,o hdJnde ambas se me1clan M seinstrumentali1an mutuamente con  /ines  Mano teJricos sino polticos M dentro de ellosse delimitan los filosJficos

Por consiguiente la reducciJn de lafilosofa analtica como la negaciJn tem>ticaM metafsica de la filosofa fuecentralmente un 5ec5o poltico Msecundariamente un 5ec5o filosJfico. Pero

el 5ec5o poltico significJ el apuntalamientodel 5ec5o filosJfico – el sistema

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uni"ersitario en general M la filosofaacad3mica en particular como punta dentrode la punta del iceberg poltico@econJmico @caracteri1ado por la reducciJn a simplemetodologa filosJfica M reducciJn de lanaturale1a de la tem>tica filosJfica.

Aqu 5ar3 una digresiJn sobre la "ieKarelaciJn de mediano M largo alcance de lafilosofa con el poder poltico relaciJn quecobra diferentes matices en el proceso de la5istoria de la filosofa que "a de formastoscas a sofisticadas mas siemprefa"orecidas las filosofas dominantes por un

contexto poltico represi"o o que emergencomo dominantes M se asientan posterior MfilosJficamente teniendo como puntoinicial un contexto represi"o.

0n perspecti"a 5istJrica de mediano Mlargo alcance 5aM que decir que el triunfodel idealismo filosJfico el tesmo cristianoentre el siglo I M el L8I fue gracias a larepresiJn poltica que deKo "i"ir lo trabaKadoM depurado filosJficamente contra elmaterialismo M 5edonismo.

0ntre el siglo L8I M L8III gracias a larepresiJn feudal @ M de los aspirantes burgueses al poder @ lo fue contra todo pensamiento pantesta M materialista que semanifestara. 0n el siglo L8III M LIL por elcerco que impuso la ilustraciJn liberalempirista a lo )ocQe M !wAlambert.

0n el siglo LL prosigue con la censura Ker>rquico filosJfica de la instituciJnuni"ersitaria M la actual industria filosJficauni"ersitaria @ M los constantes saltos

reduccionistas aqu grosso modomencionados @ 5asta llegar al extremo m>sestrec5o del embudo que pretendemonopoli1ar seleccionar M administrarsectariamente la filosofa a tra"3s de j)a[filosofa analtica en la esfera uni"ersitaria'jo est>s conmigo o contra m[. 0cofilosJfico anglosaKJn del eco polticoanglosaKJn estadounidense.

0n Am3rica )atina M los caribes el proceso de mediano M largo alcance fue otrola filosofa naciJ 5ec5a o fue implantadaal modo occidental 5isp>nico o portugu3s o

ingl3s o franc3s u 5oland3s' arrasando contodo lo precolonial e imponiendo partir @naturalmente @ del jpunto cero[ occidental Mcristiano.

Impuesto el modelo de sistemauni"ersitario el modelo de conocimiento Mel modelo de "aloraciJn M uso delconocimiento sobre el dic5o sistema semontan las camadas posteriores queciertamente tambi3n e"olucionan.

)o conflicti"o entre el corto M mediano pla1o 5aM que obser"arlo en los procesosdesarrollados en estas fec5as' constituciJn

de los estados nacionales en las re"olucionesindependentistas los caudillismos la fase positi"ista los golpes militares etc. )arelaciJn poder poltico M filosofa M

 b>sicamente filosofa uni"ersitaria en elsiglo LL latinoamericano M caribeo fueuna relaciJn apenas de conflicto en elaspecto coMuntural no as "isto en el5ori1onte del mediano M largo alcance.

Retomando la exposiciJn. A la lu1 de estacuestiJn se podra leer la importancia que

asume el trabaKo de Preston para una seriede interrogantes M del retorno de la :ltimafase del mo"imiento analtico a lametafsica la autoconciencia M la 5istoria.

)a ruptura fenomenista generada por elnaturalismo el materialismo M elinmanentismo usamericano $los +ellarsArmstrong et al% con la tradiciJnfenomenista inglesa de )ocQe@umesignificara dentro de la misma tradiciJnfilosJfica usamericana iniciada desde los

cuarenta en un sentido poltico Mfrancamente pro@sistema liberal significarareitero en la d3cada del = M la primerad3cada del siglo LLI estadounidense unaut3ntico fracaso 5istJrico. )o sera as aldesarrollarse una tendencia la naturalista Mmaterialista en contra de la tradiciJnfenomenista anglosaKona estadounidenseencarnada por el pragmatismo los analticosM los pragm>tico@analticos.

0s m>s decimos nosotros tem>ticamente5abran ido m>s all> @@con el inmanentismoel naturalismo M el materialismo@@ de lo que

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ellos mismos pensaron como procesofilosJfico general. Para decirlo de otramanera. +e desataron nue"as fuer1asespirituales M polticas dentro de este climade posguerra donde el inmanentismo elnaturalismo Mel materialismo pasaron atener maMor consistencia porque se refor1Jla autoridad de la ciencia M el naturalismocientista.

+e impondra estimo una re"isiJn m>sdetenida de los e"entos en el campo de laacti"idad de las uni"ersidades usamericanasM sus departamentos de filosofa M

5umanidades afectadas por la posguerraentre ;9F M ;F= es sabido en t3rminosgenerales que desde ;9C se "i"iJ en -+Aun clima muM tenso polticamente respectoal comunismo  por :ltimo saber en

<< *elfrage &edric' 5e American Inquisition ;9F@;B=' AProfile of t5e 7c&at5M 0ra VAs *elfrage s5o]s t5is era openedlong before 7c&art5M. 5e ouse -n@American Acti"ities&ommittee $-A&% began in ;DE under t5e c5airmans5ip of7artin !ies to set t5e pattern 7c&art5M ]as to follo] and t5e+mit5 Act ]as first successfullM used against anti]ar politicaldissidents members of t5e +ocialist TorQers PartM in ;9=. $/e]orQers old enoug5 to "ote t5en ]ill probablM date t5e beginning

]it5 t5e Rapp@&oudert &ommittees "icious attacQ on &itM &ollegeand t5e ot5er members of our &itM -ni"ersitM sMstem.%W RecensiJnde Annette . Rubinstein  7ont5lM Re"ie]  +ept ;=' 5ttp'66findarticles.com6p6articles6mim;;D<6isn9"9<6aiDC;ED6pg<6\  Por nuestra parte tenemos que decir que *elfrage fue undisidente comunista ingl3s deportado de -+A durante elmacartismo\ Otros autores tambi3n remiten el suceso filosJfico Msocial@filosJfico al macartismo un estudio que relacionadirectamente poltica M filosofa es la recensiJn de 4. 4 0merson'jReisc5s booQ bM and large confirms mM speculations aboutanalMtic p5ilosop5Ms rise to dominance in American uni"ersities @@t5oug5 in one maKor respect it requires me to c5ange mM "ie]. Its5ould be read along ]it5 7c&umbers ime in t5e !itc57iro]sQis 7ac5ine !reams and $presumablM% +c5recQers /oI"orM o]er $]5ic5 I 5a"ent read Met%. 5ese booQs s5o] 5o]t5e politicallM@moti"ated incenti"es bot5 positi"e $fello]s5ips and

targeted grants% and negati"e $firings t5reats of prosecution%mo"ed p5ilosop5M and ot5er academic disciplines in directionscompatible ]it5 liberal inter"entionism and ]it5 anti@populistadministrati"e liberalism. P5ilosop5M in particular mo"ed in t5edirection of speciali1ation scientism "alue@neutralitM and politicalnon@in"ol"ement @@ rat5er t5an to]ard anM substanti"e political"ie] ]5et5er liberal or conser"ati"eW $"er bibliografa%\Igualmente Reisc5' V5e point I ]ould liQe to maQe todaM is t5at]5en I claim as I belie"e t5at t5e cold ]ar ]as largelMresponsible for transforming logical empiricism from a sociallMand culturallM engaged proKect into a sociallM and politicallMsterili1ed proKect t5e dMnamics dri"ing t5at transition ]ere inmanM cases po]erful and personal. P5ilosop5ers of science didnot out of curiositM or desire for professional ad"ancement putt5eir fingers in t5e air and decide to scale bacQ t5eir political"ie]s. Rat5er t5eM ]ere intimidated and bullied if not bM +idneM

ooQ or t5e #*I t5en bM a Vclimate of fearW in ]5ic5 one ]ordfrom a student or colleague suggesting t5at one[s politics ]ereunsa"orM could sno]ball into a life and career@c5angingin"estigationW $p. ;C% $"er bibliografa%

t3rminos m>s amplios acerca del lugar5istJrico de la filosofa usamericana engeneral M de 2uine en particular desde lad3cada del F= dentro de este clima de

 postguerra que parece fue de profundas Mencontradas contradicciones.

esto nos lle"a a un nue"o conKunto deinterrogantes'  h0l neopragmatismo analtico rortMano<D 

 pretendera ser una cuestiJn reno"ada deese "ieKo programa fenomenista donde suantirrepresentacionalismo sera apenasinsistir en algo Ma presente en los

fenomenistas ingleses cl>sicos. hlaepistemologa naturali1ada de 2uine 5a deser "alorada solamente en el orden filosJficoo es ine"itable asumir el clima de la 3pocaPor :ltimo hes confiable esta filosofacomo tal como filosofa apoltica hcu>l esla ra1Jn por la que Preston estima m>sadelante que los filosofemas se sostienen

 por su "alor racional M no por seguros. en t3rminos m>s generales hno es un mitoque la filosofa los filJsofos M los

 profesores de filosofa son neutros0l intento de las ontologas naturalistas decientistas M filJsofos usamericanos prosigocon todas sus limitaciones 5istJricas frente ala "ieKa tradiciJn ontolJgica europea serasin embargo el serio intento de refor1ar unalnea dura filosJfica' la inmanentistanaturalista M materialista .

 /o rei"indicar este aspecto inmanentista Mnaturalista – no materialista @ de los

 pragmatistas cl>sicos es negar

 precisamente lo central del &lub de7etafsica de ar"ard' su naturalismo M su

<D  Pogrebinsc5i 5amM. +er> o neopragmatismo pragmatista Interpelando Ric5ard RortM. 0n'  Novos %st'dos, no.C9. &0*RAP &entro *rasileiro de An>lise e PlaneKamento' *rasil.7ar1o. <==B'5ttp'66]]].cebrap.org.br6imagens6Arqui"os6seraoneopragmatismo.pdf se indica de manera muM clara que RortM es antirrealista adiferencia de los pragmatistas cl>sicos que eran realistas M V0msegundo lugar para o pragmatismo cl>ssico a experi?ncia 3 umconceito que ultrapassa a esfera da linguagem podendo at3 mesmoatingir formas pr3@lingsticas ou não@lingsticas ao passo queRortM ao se engaKar na "irada lingstica de fato opera a

substituição de um conceito pelo outro fa1endo a linguagemocuparno neopragmatismo a posição que a experi?ncia antes ocupa"a no pragmatismoW

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Qantismo de estacionamiento dr>stico delser pensar M pensamiento en el espacio@tiempo. 0s ponerse de espaldas a su propiatradiciJn filosJfica. h/egar elneopragmatismo analtico rortMano es

 precisamente afirmar el pragmatismocl>sico. 0n :ltima instancia entonces helneopragmatismo analtico es efecti"amenteM dentro de la misma tradiciJnestadounidense una continuaciJn de latradiciJn pragm>tica la distancia entreRortM M Putnam como neopragm>ticosanalticos hes solamente filosJfica aM

aqu "arias cosas que no est>n claras.8ol"amos a Preston que est> deKando ensu reflexiJn infinidad de posibilidadesreflexi"as M pol3micas del proceso espiritualusamericano. #inalmente decir que

 primariamente la unificada filosofaanaltica fue un conKunto de tendencias deconductas que trabaKaban sobre pr>cticasfilosJficas pero que no estaban fundados enfilosofemas comunes que pudiesen estarsuKetos a un escrutinio filosJfico.

A5ora bien hqu3 capacitaaxiolJgicamente a esta filosofa analtica para ser el est>ndar filosJfico en el mundoacad3mico hdecidir qu3 es un buen trabaKofilosJfico M qu3 no lo es 0sta labor de Kue1inquisidor o guarda@frontera o entomJlogode palabras anula e"identemente a los queno se suKetan al molde.

&omo es bien sabido la filosofaacad3mica occidental del siglo LL fue

 polari1ada entre filJsofos analticos M

continentales. Polari1aciJn que contin:aaunque Ma no con el 3nfasis propios delesplendor de esta filosofa en las d3cadas de;C=@=. Polari1aciJn de la cual el mismo7. !ummett se sorprende `Apud Preston de7. !ummett' Ori(in o/ nalHti

 <iloso+<H, ;D &ambrigde@ar"ard.Al final M podemos usar esta afirmaciJn

de Preston como sntesis los memesinterrelacionales se tornaron normas para elconformismo<9 en cuanto los filosofemas se

<9 0sta dura crtica de Preston al conformismo filosJfico se puede extender al referirse al conformismo del 5ombre dedicado a

sostienen por seguros M no por sucomprensiJn racional. Pero 5abra queindicar que la crtica filosJfica de Prestonest> resaltando el lado acad3mico@filosJficoM no explcitamente el poltico poltica que

 parecera estar implcita e intensamente presente en la tradiciJn filosJficaestadounidense. As M este es tambi3n un

 problema la teora de los memesinteraccionales podra aplicarse al ladoacad3mico@filosJfico que resulta contrarioal establecido por la tradiciJn analtica.

- I>plications o@ $ecent orAs in the<istor! o@ ,nal!tic Philosoph!.@

0n este material el autor trata dedesen"ol"er las siguientes cuatro ideas

 b>sicas';% 0l mo"imiento analticoaproximadamente tiene grandes fases.<% )a primera fase aMudJ a constituir una

 perspecti"a recibida de la filosofa analticaque aunque errJneo fue central para el

suceso del mo"imiento.

la acti"idad acad?mica' WO mod's vivendi  do <omo aademi's pressiona constantemente para a adaptação. Ainda que ten5aconsci?ncia crtica do campo acad?mico são ">rias as armadil5as presentes no cotidiano. /a "erdade as exig?ncias administrati"as burocr>ticas e acad?micas impõem pr>ticas e discursoslegitimadores que nos cercam por todos os lados. 0stamos suKeitos^ lJgica da concorr?ncia' somos assalariados submetidos a regrase normas burocr>ticas que regem o nosso dia@a@dia. +e porexemplo queremos passar de um n"el para outro na escala dacarreira de"emos apresentar a produção no perodo e somar on:mero de pontos exigidos. +e menospre1armos esse procedimento teremos preKu1os financeiros acumuladosWAntonio O1a da +il"a' j+omos todos delinqentes acad?micos

em Re"ista 0spaço Acad?mico n EE setembro de <==E sitio]eb' 5ttp'66]]].espacoacademico.com.br6=EE6EEo1ai.pdf. estolle"a tambi3n a problemas que la re"ista Nat're 9FD E=@E< $;4une <==E% reporta M denuncia indicando que 5aM un ele"adondice de falsificaciones efectuados seg:n se acomode a losintereses del cientfico o con el silencio de las instituciones para noafectar su status cientfico un comentario interesante tambi3n de)uis )a #uente en j#alsificaciJn M plagio' fraude en la cienciaW$Kunio <B del <==E%'5ttp'66andreanaranKo.]ordpress.com6<==E6=B6<B6falsificacion@M@ plagio@fraude@en@la@ciencia6 0n realidad este conformismo estimoafecta toda la acti"idad institucional@cognosciti"a M con un clarosentido poltico. Personalmente encuentro que la "ieKa relaciJn deideales morales-ideas-+roeso a/etivo est> rota M se quiere aislare imponer la segunda sin relaciJn con las otras en absoluto M m>sabiertamente en funciJn del mercado. 0sto engendra

anti5umanismo M falta de escr:pulos en el orden acad3mico. &onla globali1aciJn imperialista de la d3cada del E= del siglo LL enadelante ad"iene reconocible M m>s fuerte ese nue"o esprituanti5umanista egosta e inescrupuloso.

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D% 0n la segunda M tercera fase define lafilosofa analtica de 5acer Kusticia alrededordel ascenso exitoso de la filosofa analticaespecialmente concernido a la significaciJn5istJrica de la errJnea perspecti"a recibida.9% )a filosofa analtica es una ilusiJn.

8eamos a5ora un poco m>sdesplegadamente estas tres grandes fases dela perspecti"a prestoniana de lo que se llamael mo"imiento M filosofa analtica.

)a primera fase abarca de ;==@;F= queel autor llama de jperspecti"a de la tesislingusticaW )a segunda fase abarca de ;F=@

;B= a ;E= que es de crtica a la perspecti"a recibida. la tercera fase queabarca de ;= en adelante que es de unanue"a aproximaciJn 5istJrica que consisteen aplicarla especficamente a la 5istoria dela filosofa del mo"imiento analtico por smisma. prosigue.

)a primera fase estu"o marcada poralgunas caractersticas no centrar3 en todasresaltar3 solamente las centrales.

)a primera caracterstica es que este

filosofa tu"o por estandarte filosJfico seranti5istJrica M antimetafsica\ esto lle"a a lasegunda caracterstica que el nue"o Mcorrecto camino de la filosofa 5aba sidodescubierto este descubrimiento era elan>lisis del lenguaKe\ la tercera afirma losfundadores seran G. 7oore *. Russell M ).Tittgenstein\ cuarta los trabaKos de filosofaanaltica trabaKaron con esta perspecti"arecibida\ quinta las diferencias de

 perspecti"as obser"adas en los filJsofos

analticos fueron consideradas como crticas pro"enientes de gente jfuera del lugarW no pertenecientes al mo"imiento M deKadas delado para acentuar la unidad en el an>lisisdel lenguaKe como el :nico an>lisis serio\ Mla caracterstica m>s fundamental era unmodo de acti"idad filosJfica.

A5ora bien hqu3 era este un>nimem3todo analtico practicado Puede sertomada la definiciJn de 4. O. -rmson quere"elara la centralidad de la interpretaciJndominante a mitad del siglo LL. h2u3 dice-rmson'

$a% )a pr>ctica del m3todo analtico no tienedefinido un trasfondo dogm>tico del todoconcernido con el an>lisis filosJfico que eraentendido solamente como una tarea.$b% 0l an>lisis solamente mienta unadescripciJn precisa de algo escogido M queen"uel"e reescribir en una "a diferente Mapropiados t3rminos las declaraciones quefundan los enigmas filosJficos `ApudPreston de 4.O. -rmson' P5ilosop5icalAnalMsis Oxford p. 8II%. R. +tra]son diraen ;BD que el an>lisis filosJfico est>

 preocupado con el significado $Apud

Preston de V&onstruction and AnalMsisWdentro de la antologa de A. AMer' 5eRe"olution in P5ilosop5M )ondon ;BD\ elsublineado es de Preston.

As decimos nosotros el an>lisis dellenguaKe como tarea no pretende ser unatotalidad por el contrario es an>lisis de algoespecfico. 0n la perspecti"a de -rsom latarea del an>lisis del lenguaKe nunca

 pretendiJ entre sus tareas reducir lacomprensiJn del ser la totalidad de este ser.

+u lugar especfico fue una meKorcomprensiJn del ser por medio de la tarea deesclarecimiento del lenguaKe capacidad dela que est>bamos dotados por el an>lisis dellenguaKe. *astante simple claro M directo.

&oncluMe as nuestro autor la e"aluaciJnde esta fase primera. 0sta perspecti"arecibida dice que la filosofa analticaoriginJ una ruptura re"olucionaria con lagran tradiciJn de la filosofa M se dara enel giro del siglo LL. )a ruptura adem>s fue

alimentada con la percepciJn que el m3tododel an>lisis del lenguaKe era lo correcto parala in"estigaciJn filosJfica M quefinalmente 5aba sido descubierto. A estafase la llama Preston de Vperspecti"a de latesis lingusticaW. nosotros decimos' lafase de la aboluti1aciJn del an>lisislingustico o la fase de la reducciJn absolutaal an>lisis lingustico.

)a segunda fase incorpora desafos que5acen imposible persista la perspecti"arecibida. 0n las d3cadas del B= M C= delsiglo LL usamericano el car>cter de la

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filosofa como an>lisis lingustico comien1aa ser deKado de lado $fall a]aM% emergiendola metafsica como una empresa legtima.0n las d3cadas siguientes i.e del C= M el E=la actitud anti5istJrica de la filosofaanaltica comien1a una apertura delmo"imiento.

0l espacio comen1J a ser generado desdedentro de la perspecti"a del mo"imiento porin"estigadores que reali1aron trabaKos m>scentradamente 5istJricos sobre la propia5istoria de la filosofa $Apud Preston de 4.*. +c5nee]ind <==9%. A inicios de la

d3cada del = una nue"a aproximaciJn5istJrica fue adoptada por los filJsofosinteresados en aplicarla a la 5istoria de lafilosofa analtica por s misma. 0s la etapade la Vnue"a olaW en 5istoria. 0ste caminotiene representantes maMores' om *ald]inans +luga /ic5olas Griffin Peter acQerRaM 7onQ Peter Mlton ans@4o5annGlocQ M 7ic5ael *eaneM.

0ste nue"o camino significa no solamenteel uso de una nue"a aproximaciJn 5istJrica

empero el 5ec5o que resulta de sus estudiosest> frecuentemente en la perspecti"arecibida o 5eredada del periodo

 proto5istJrico. )a perspecti"a recibida o5eredada contin:a en la actualidaddesen"ol"i3ndose pero en una formaalterada i.e moldeando M aKustando eldesarrollo de esta filosofa analtica durantela segunda mitad del siglo LL.

sobre este punto quiero 5acer unadigresiJn. 0s moti"o de intriga para nosotros

entender hqu3 significa la afirmaciJn decontinuar desen"ol"i3ndose de maneraalterada +ignifica acaso'a% h)a continuaciJn reno"ada de latendencia de la filosofa lingustica quesigue siendo maMora M  +redominante en elmundo acad3mico@filosJficoestadounidense M anglosaKon

 b% h+e refiere a la tendencia que trabaKa conla idea de  s'+er+osiin de sentidos que

 Kustifica la tesis crtica de la ilusiJnc% h0l re"isionismo $del cual 5abla despu3sPreston% es la "ariante dominante dentro de

las "ariantes que salen de dentro delmo"imiento analtico o finalmented% h+e trata de la tendencia maMoritaria Mdominante de la filosofa lingusticausamericana que trabaKa con lasuperposiciJn de sentidos como parte de su5erencia para Kustificar su tendencia comojfilosofa lingustica[

7e inclino a dar una respuesta afirmati"aa la :ltima interrogante es decir que siguesiendo dominante la filosofa lingustica quetrabaKa molde>ndose M adem>s trabaKandocon la superposiciJn de sentidos. Pese al

ataque bastante se"ero de Preston nosabemos infeli1mente qu3 tan fuerte siguesiendo esta lnea dominante pese a lastendencias disidentes o disidentesindi"iduales dentro de sus propias filas. Almenos el Profesor anna discordara lafilosofa analtica como an>lisis dellenguaKe est> jintelectualmente "igorosoinstitucionalmente garanti1ado[ `anna' D=

Prosigamos la exposiciJn de Preston. 0staVnue"a olaW 5a descubierto que dentro de

los representantes de la proto5istoria delmo"imiento analtico 5ubo profundasdiferencias sobretodo en lo relacionado conlo que era el an>lisis filosJfico M los obKetosdel an>lisis. As uno de los principalesanalticos como G. 7oore no concibe losobKetos del an>lisis filosJfico como todolingustico M rec5a1a tambi3n lainterpretaciJn lingustica en sus propiostrabaKos `Apud Preston de G. 0. 7oore VAReplM to 7M &riticsW in +c5ilpp $0d% ;9<

 pp. FDF@BCC en particular de la p>gina BB=en adelante.

Pero la cita en cuestiJn se puede obtenertambi3n si se 5ace una bre"e re"isiJn delartculo de Preston sobre VG.0. 7ooreWescrito para el Internet 0ncMclopedia ofP5ilosop5M `subttulo 9' P5ilosop5ical7et5odologM. )a cita tomada por PrestondeKa bastante especificado el rec5a1o de7oore de adscribirlo al m3todo lingustico.!ice all Preston'

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V7oore rec5a1a que su idea de an>lisis 5aMa sidoen alg:n importante sentido jlingustico.[ j0n miuso[ insiste 3l jel anali1anda puede ser un

concepto o idea o proposiciJn M no unaexpresiJn "erbal[ `Apud Preston de 7oore;9<b BBD f

prosigue la cita en cuestiJn'

Vo nunca entend el uso de la palabra`jan>lisis[ en la lnea que el analHsand'm

 podra ser una e+resin verbal. &uando 5e5ablado en el anali1anda de algo que Mo 5eexpresado como anali1anda 5a sido siempre unaidea o concepto o proposiciJn M no  unaexpresiJn "erbal\ es decir si Mo 5ablJ en elanali1anda de una jproposiciJn[ estar3 usandojproposiciJn[ en tal sentido M no como expresiJn"erbal $tampoco oraciJn por eKemplo% puedeser jproposiciJn[ en ese sentido. `7oore ;9<bBB;W25

&on una clara referencia M eKemplo de la rini+ia ;tia'

 V/uestro examen de la metafsica de 7oore enla secciJn <b deKa claro que la proposiciJn de7oore no es una entidad lingustica hde dJnde

entonces esta malcomprensiJn -n bre"eexamen de los trabaKos de 7oore e"idencia queel uso de t3rminos como jsignificado[jdefiniciJn[ M jpredicado[ indica que 3l estabatrabaKando con la mirada puesta en su acti"idadfilosJfica M estaba comprometido en unaempresa lingustica. -n particular M clarsimoeKemplo es de  rini+ia %t<ia 7ooreidentifica el obKeto de su estudio en t3rminosclaramente  (ramatiales  $...% j7M discussion5it5erto 5as fallen under t]o main 5eads. -ndert5e first I tried to s5e] ]5at jgood[ t5eadKecti"e jgood[ means[ $7oore ;=Da &5. F

y EB%[ 0n este caso parece que 7oore mismocombinJ un adKeti"o lingstico de la entidadjbueno[ con uno conceptualW

#inali1ando as Preston'

V&on su caracterstica 5umildad fue r>pido enconsiderarse parcialmente responsable por la

<F Voda a an>lise assim como toda a definição consisteem duas partes um analHsand'm  e um analHsans. O analHsand'm3 a noção que precisa ser explicada e esclarecida de"ido ao fato de5a"er nela algo que não 3 compreendido. O analHsans 3 a parte da

an>lise que explica e esclarece o analHsand'm seKa ao decomp,@loem partes seKa ao especificar suas relações com outras noçõesW+ergio *iaggio' extos de filosofia sitio ]eb'5ttp'66sbgfilosofia.blogspot.com6<[email protected]

interpretaciJn lingustica de su m3todo joofrec[ admite 3l jen an>lisis dados el uso queesta palabra jsignifica[ M as d una falsa

impresiJn $Y%[ j+in embargo el error persiste Malgunos intelectuales repiten el error M a fuer1ade martillar que es un error el mensaKe al final

 parecera comprendidoW `7oore ;9<b BB9 f

Otro caso sigue argumentando Prestones el propio Tittgenstein que trabaKa elan>lisis en un sentido en la fase temprana Mresulta "isible otro en la :ltima fase\consid3rese tambi3n a los positi"istaslJgicos\ M a los partidarios del jan>lisisordinario del lenguaKe[ de Oxford.

As 5aba diferentes concepciones de loque significaba una entidad lingustica qu3era el lenguaKe M cJmo funcionaba $poreKemplo la referencia el significado etcetera% M que el significado de todos estos

 podra ser a la larga filosofa. Por poner uneKemplo "eamos lo que arguMe R. 7onQ.!ice 3l que el jgiro lingustico[ de Russellde ;;< en lJgica M matem>ticas no loconduce a tomar el camino de la

metafilosofa lingustica. que m>s bien losfilJsofos no buscaban a5ora $la 3pocadescrita' OO% el an>lisis de sentencias. Asla lJgica no tiene despu3s de todo lasignificaciJn filosJfica a la que 3ltempranamente 5aba ad5erido.

0s rele"ante indicar esto continua elautor porque a pesar de estas referenciassobre todo la reali1ada por 7oore en ;9<no le impide 5ablar a Art5ur Pap en el anode ;9 es decir siete aos despu3s de la

supuesta junidad de la filosofa analtica[. adem>s este autor ac5aca a 7oore que eltipo de an>lisis que reali1aba 3l era elan>lisis del lenguaKe en el sentido de launidad de la filosofa analtica. Asunto quesiendo claramente incorrecto es afirmadosin embargo M de modo repetido por Pap Motros proto5istoriadores de la filosofaanaltica.

+e une a esta crtica de Preston @ decimos@ la referencia que 5ace GlocQ afirma 3l

que en efecto fue decisi"o Art5ur Pap parala difusiJn de la llamada filosofa analtica

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 pero lo 5abran sido tambi3n -rmson+ellars M #eigl `GlocQ' 9E

0s claro que estas diferencias existentesen la proto5istoria del mo"imiento analtico$;==@;F=% son consideradas tri"iales porlos partidarios de esta proto5istoria. )os

 partidarios de la jnue"a ola[ sin embargo5an usado M usan estas diferencias paraminar la perspecti"a recibida o 5eredada enla b:squeda de nue"os caminos deconceptuali1aciJn de la filosofa analtica.

Pasa Aaron Preston luego a caracteri1arla tercera fase que denomina de j5istoria

analtica['$;% rabaKan en >reas consideradas como elcora1Jn de la filosofa analtica' filosofa dellenguaKe metafsica M epistemologaestudiadas como un todo M conreconstrucciones de perspecti"as de susfiguras 5istJricas M es as porque se abordanestas reconstrucciones tradicionalmentefuera de contexto M asimiladas sesgada ManacrJnicamente por esta corriente.$<% )a j5istoria analtica[ se puede

caracteri1ar como una aplicaciJn de lastradicionales aproximaciones analticas dela 5istoria de la filosofa a la 5istoria de lafilosofa analtica por s misma$D% rabaKa como tendencia dentro de los

 par>metros de la perspecti"a recibida o5eredada M en algunos casos a despec5o de5aber sido se"eramente sacudidos por losdescubrimientos de la Vnue"a olaW en5istoria del mo"imiento analtico.

0s paradigm>tico citar el caso de 7.

!ummett $Ori(ins o/ nalHti <iloso+<H;D% la influencia de la perspecti"arecibida o 5eredada puede ser discernida enla elecciJn de definir la filosofa analtica ent3rminos de una perspecti"a metafilosJficaen"ol"iendo el an>lisis del lenguaKe' )o quedistingue la filosofa analtica en las di"ersasmanifestaciones desde otras escuelas es lacreencia principalmente que un lugarfilosJfico del pensamiento puede serobtenido a tra"3s de un lugar filosJfico dellenguaKe\ M secundariamente que uncompre5ensi"o lugar solamente puede ser

obtenido de esta manera `Apud Preston de!ummett' ;D' f. 9 o como dir> despu3sen la obra del ano indicado' Vel axiomafundamental de la filosofa analtica es quees la :nica "a de an>lisis de pensamiento Ma tra"3s del an>lisis del lenguaKeW `ApudPreston de !ummett' ;D' p. ;<E. 0stelibro de !ummett fue escrito muc5o antesque los 5istoriadores de la jnue"a ola[llegasen a la escena filosJfica.

7as esto es se"eramente contestado porla jnue"a ola[ que emerge de dentro delmo"imiento analtico. RaM 7onQ por

eKemplo afirma que la definiciJn de 7.!ummett fracasa al caracteri1ar a *.Russell como filJsofo analtico M esto esimportante porque *. Russell es consideradoun patriarca de la filosofa analtica. )aestrategia de 7onQ consiste en reducir alabsurdo la definiciJn de !ummett. -nargumento similar podra ser usadocolocando a G. 0. 7oore en lugar deRussell. )a interpretaciJn de !ummett sobre#rege 5a sido tambi3n contestada por 4.

acQer.)a influencia de la perspecti"a recibidao 5eredada se nota tambi3n en lamonumental 5istoria de la filosofa analticade +cott +oames' <iloso+<ial nalHsis int<e @#entiet< Dent'rH $Princeton <==D <"ol% que al igual que !ummett tiene la"entaKa de 5aber sido escrita despu3s que la

 perspecti"a de la 5istoria de la jnue"a ola[5aba comen1ado a ser noticia filosJfica.+oames no es conciente de la perspecti"a de

la 5istoria de la jnue"a ola[ M es m>scauteloso que !ummett en ofrecer unadefiniciJn de las doctrinas de la filosofaanaltica.

+oames esqui"a una definiciJn doctrinalde la filosofa analtica en cambio 5abla deuna jpista de influencia[ comen1ando por7oore Russell M Tittgenstein. 0mperoesta no puede ser realmente $raMado dePreston% la concepciJn de la filosofaanaltica de +oames porque 3l no puede

 Kustificar lo que ex5ibe selecti"amentecomo la trama central de la 5istoria del

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desarollo de la filosofa analtica. uellasde la influencia pueden f>cilmente serseguidas m>s all> del dominio canJnico dela filosofa analtica si nosotros lacomprendemos en t3rminos 5istJricos otem>ticos.

+in embargo se nota arbitrariedades en eltrato que 5ace de Peano o #rege lo querefleKa j5uellas de influenciaW que sugierem>s bien una concepciJn diferente $raMadode Preston% de la filosofa analtica. &uando+oames neglige a #rege es conciente que 3lest> deKando Vun innegable boquete en la

5istoriaW de la filosofa analtica `ApudPreston de +oames' <==D' p. 9B<. !ecualquier modo #rege cae fuera del periodo

 propuesto por 3l `Apud Preston de +oames'<==Db' p. 9B;. Por consiguiente alcomen1ar con G. 0. 7oore es esa su

 perspecti"a de la 5istoria recibida o5eredada.

Respecto a las definiciones sigue Prestonde las corrientes de la filosofa analticaans@4o5ann GlocQ $<===% 5a propuesto una

taxonoma definicional'$;% !octrinal $perspecti"a de los filJsofosanalticos%$<% opical $tJpicos que les interesan%$D% 7etodolJgico $m3todos que usan%$9% 0stilstico $estilo de sus filosofemas%$F% Gen3tico $en t3rminos de qui3ninfluenciJ a qui3n%$B% Parecidos de familia $conKunto decaractersticas ninguna de las cuales escondiciJn suficiente M necesaria para la

filosofa analtica%7as esta tipologa gen3rica no recoge

nada de lo que llamaramos una escuelamo"imiento o tradiciJn. )a toxonoma deGlocQ es apenas e"aluati"a.

!esde la perspecti"a doctrinal 5aM dossubtendencias respecto a la perspecti"arecibida o 5eredada' $a% radicional comoen el caso de !ummett $b% )a re"isionista.Ambos toman la perspecti"a recibida o5eredada como correcta. A5ora bien estasson las definiciones que la jnue"a ola[destruMe en la 5istoria de la filosofa

analtica. -n caso de re"isionismo es RaM7onQ quien con una "aga concepciJn dean>lisis M as definiendo la caractersticade la filosofa analtica sugiere considerar a#rege Russell 7einong M usserl.

+ugerir a los dos :ltimos "a contra latradiciJn recibida. Otro punto delre"isionismo de 7onQ se locali1a en que usael jan>lisis[ en sentido amplio de la fasetemprana del mo"imiento analtico. Parareferirse a !. #ollesdal por eKemplo cuMosan>lisis est>n comprometidos con laclaridad del argumento M KustificaciJn

$opuesto a por eKemplo eidegger M!errida% resultaran as tambi3n analticosAristJteles !escartes Aquino\ o como ).4. &o5en argumenta' se in"estiga problemasnormati"os de la ra1Jn M el ra1onamiento.

Pero esta perspecti"a abierta del t3rminojan>lisis[ usado por los re"isionistas es

 problem>tica. )a ra1Jn obedece a que setrata de una perspecti"a refinada de la

 perspecti"a recibida o 5eredada. /o re"isanni critican la perspecti"a 5istJrica recibida

 por el contrario la refinan as sea tomandoel t3rmino jan>lisis[ de la fase posterior Mus>ndolo para medir en la fase inicial delmo"imiento analtico.

Para decirlo de otro modo losre"isionistas asumen la perspecti"a recibidao 5eredada M con ella parten a colocar elconcepto de jan>lisis[ de la fase tempranadel mo"imiento analtico. Pero a esta tarea@@que Ma es un problema@@ se une otro queafecta a la perspecti"a re"isionista' no

explica el meteJrico 3xito del mo"imientoanaltico que nunca fue una filosofaunitaria.

)a 5istoria de la filosofa occidentalcontempor>nea comien1a sus trabaKos condos asunciones M una conclusiJn' $a% lafilosofa analtica es una escuela defilosofa M $b% la filosofa analtica seorigina en la fase temprana del siglo LL. M

 para ello se basan en la perspecti"a recibida.Por tanto $c% este conKunto de perspecti"asno es aceptado por todos M s por algunosque ordinariamente los 5ace estar ubicados

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dentro de los filJsofos analticos $poreKemplo de la perspecti"a recibida o5eredada%.

Pero es el caso que $c% no puede serrec5a1ada porque es la fuente el centro delargumento. 0ntonces nos quedamos con $a%M $b%. Pero es el caso que $a% es unadefiniciJn no doctrinal M $b% es lacaracterstica del re"isionismo. !e estamanera si rec5a1amos $a% M $b% hlle"a arec5a1ar $c% si rec5a1amos la definiciJntradicional

)a respuesta no es simple M Aaron

Preston para responder a la interrogante propone la salida que llama de Vperspecti"ailusionistaW 0sta perspecti"a la define de lamanera que sigue' Vnosotros aceptamos quela perspecti"a recibida no corresponde Mnunca 5a correspondido a algo en realidadWPor consiguiente la perspecti"a ilusionistaes una gua que 5abilita a un grupo no@filosJfico de alguna suerte que "iene adominar la filosofa acad3mica en "ariasregiones geogr>ficas por enmascaramiento

como una escuela filosJfica.)a perspecti"a ilusionista rec5a1a $a% si lafilosofa analtica es una ilusiJn comoordinariamente se concibe luego ella no esuna escuela filosJfica por tanto $b% es falsa.)a perspecti"a ilusionista aclara el uso tantode la perspecti"a recibida o 5eredada M la"ariante re"isionista de este mo"imientoanaltico. !e esta manera el ilusionismoconsigue aclarar la perspecti"atradicionalista dura M blanda.

- ,nal!tic Philosoph! I+ E+ P4+-

+e presume comen1amos nosotros que lafilosofa analtica resulta radicalmenteantimetafsica. Pero "eamos que dice 4aime

 /ubiola'

V0n las :ltimas d3cadas la tradiciJn analtica 5adescubierto que la comprensiJn en filosofa esesencialmente 5istJrica M sus componentes 5an

comen1ado a considerar la 5istoria del propiomo"imiento analtico en el contexto de la5istoria general de la filosofaW `/ubiola' 9

apud A. /e5amas' @rends in Reent merian <iloso+<H' p. <;.

0s claro sin embargo que /ubiola est>queriendo sua"i1ar las cosas.a por esta 3poca en que se coloca la

e"aluaciJn de /ubiola el a"ance de lacrtica al mo"imiento analtico crticadesarrollada desde dentro de este mismomo"imiento M formados en la mismatradiciJn @ M que se expresa en la fasequinta de ese mo"imiento analtico @ estabalargamente en desen"ol"imiento.

este abordamiento sua"i1ado tiene que

"er con la posiciJn de /ubiola' solamente puede 5aber resurgir de la filosofaanaltica desaguando en la filosofa

 pragm>tica no cl>sica i.e en elneopragmatismo analtico.

+obre este punto Aaron Preston reali1auna e"aluaciJn bastante informati"a Msint3tica de este mo"imiento analticointernacional M concluMe de las etapas del

 proceso de la filosofa analtica lo que sigue.)a primera est> dominada por la

re"oluciJn de 7oore M Russell' el realismode &ambridge M el giro lingstico\ lasegunda es la caracteri1ada por la presenciade Russell M el temprano ). Tittgenstein' ellenguaKe ideal M el atomismo lJgico\ latercera etapa es del positi"ismo lJgico el&rculo de 8iena M 2uine\ la cuarta es del:ltimo ). Tittgenstein M la filosofa dellenguaKe ordinario\ la quinta es la era deleclecticismo que es posterior a la d3cada del

B= del siglo LL caracteri1ada por el autor por tres aspectos' a% la muerte de la filosofalingstica b% el renacimiento de lametafsica c% el renacimiento de la 5istoria.

sobre todo la e"aluaciJn de la :ltimaetapa @que se desen"uel"e desde mediadosde la d3cada del E= del siglo LL @ 8eamosespecficamente la :ltima fase M lo queresalta conclusi"amente Preston de lasetapas precedentes como notascaractersticas generales'

$a% +olamente 5a quedado ser en algunoscrculos analticos una buena t3cnica para el

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esclarecimiento o pro"eer de un suficienteni"el de claridad `Preston' AnalMticP5ilosop5M' F. a.$b% ApoMa no sin esfuer1o el trabaKorelacionado con los tradicionales sistemasmetafsicos M considera las cuestionesmetafsicas como un importante campo desus sub@disciplinas por cierto todo esto

 bastante contrario a su tradicionalorientaciJn antimetafsica.

+e suma a ello la apertura 5acia lametafsica que se inicia con las reflexionesde 2uine M en las d3cadas del B=@C= del

siglo LL con !. !a"idson. !e estae"aluaciJn somera no es difcil percibirentonces de modo bastante neto dos cosas';% el tr>nsito del naturalismo M cientismorgido para la apertura a la metafsica M <%de la filosofa del lenguaKe transitar a lametafsica propiamente `Preston' AnalMticP5ilosop5M' Fb.

Por :ltimo el renacimiento del inter3s porla 5istoria del mo"imiento analtico quecomien1a con la rebelda a inicios de la

d3cada del C= del siglo LL usamericano se prolonga a las d3cadas siguientes @ en elcontexto del mo"imiento analtico @denunciando la actitud anti@5istJrica de lasetapas pre"ias de este mo"imiento.

)a denuncia se centra en un Vpaquete de pr>cticasW que Preston describe en cinco puntos';% )a tendencia a sustituir lasreconstrucciones racionales de los filJsofosen la 5istoria de la filosofa por una

 perspecti"a propia del comentarista\<% )a tendencia a centrar el inter3sfilosJfico en un n:mero reducido defilJsofos\D% !entro de este n:mero reducido defilJsofos la tendencia a centrar en algunos

 pocos trabaKos con exclusiJn de otros M delos seleccionados 5acerlo pensando enaquellos m>s prJximos a la filosofaanaltica\9% )a tendencia trabaKar con obras M"ersiones en ingl3s ignorando la literaturasecundaria\

F% )a tendencia a presentar las posicionesfilosJficas del reducido n:mero de autoresde la 5istoria de la filosofa como si fuerancontempor>neos.

!e esta manera @ decimos nosotros @ esteVpaquete de pr>cticasW se desen"ol"a Mdesen"uel"e en medio de una comprensiJncaracteri1ada por la ignorancia total deltratamiento de la 5istoria de la filosofacomo ciencia M del tratamiento de losfilJsofos sin ning:n criterio metodolJgicoexcepto el arbitrario para acercarse a 3l

 bastando fuese un acercamiento analtico o

supuestamente analtico. Para decirlo de unamanera directa la i(norania en materia de<istoria de la /iloso/a se olo omobrillante virt'd /ilos/ia.

As anacronismo subKeti"ismointerpretati"o en nombre del an>lisisfilosJfico deformaciJn neta de los

 problemas filosJficos que atacJ el filJsofosituado en su contexto M 3poca deformaciJnneta del filJsofo para encaKarlo a como delugar en el 5ori1onte analtico M

sobre"aloraciJn de ciertos textos filosJficosdescontextuali1ados del proceso lJgico M poretapas del pensamiento de un filJsofo

 pasaron como nue"as M mara"illosas"irtudes filosJficas.

"ol"iendo a una interrogante prestoniana anteriormente mencionada hM dedJnde procede M qui3n determinJ Mdetermina que estas j"irtudes[ fuesen lasdominantes M hqui3n determina que esas"irtudes que a:n dominan sean las "irtudes

 para e"aluar las in"estigaciones filosJficas procedentes de otras tendencias M que no seencuadran en sus inter3s o lnea de estudio

#inalmente hsi la filosofa analtica est>"iciada por el conformismo interaccional Mno se sustenta en la demandas racionales

 para el an>lisis filosJfico sino m>s bienorientadas por el conformismo hpor qu3 no

 pensar que su tarea no es otra cosa que decensores o guarda@fronteras del territorio dela filosofa. hde cu>ndo aqu un guarda@fronteras es un pensador

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- ,nal!tic Philosoph!: #he <istor! o@ anIllsion+-

PrefaceIntroduction' 5e Peculiar &areer ofAnalMtic P5ilosop5MPart I' 5e &rises in AnalMtic P5ilosop5M  ;. 5e IdentitM &risis in AnalMticP5ilosop5M  <. A &risis ]it5in t5e &risis' 5e Problemof Re"isionist istorM  D. Against Re"isionism  9. On t5e rail of an Illusion

Part II' +cientism and t5e 0mergence ofAnalMtic P5ilosop5M  F. 5e Root of t5e Illusion of -nitM  B. 5e Root of t5e Illusion of Promise C. &onclusion@ /otes@ *ibliograp5M@ Index

)os argumentos centrales de Preston 5ansido colocados a lo largo de las p>ginas

anteriores. 0ste libro es una explicaciJn m>sdetenida de su perspecti"a. 7as no sale deln:cleo duro de la reflexiJn expuesta';% &omo fue que se pasJ entre ;= M ;9=de una serie de tendencias para denominar lafilosofa analtica a una escuela de

 pensamiento que se basa en un m3todo\<% aM un cambio de sentido del concpetotomando uno por otro no 5aM continuidadsin embargo se presume 3sta\D% !e una inicial asimilaciJn como un todo

de la 5istoria de la filosofa al mo"imientoanaltico a5ora 3ste pasa a ser parte de la5istoria de la filosofa de occidente\9% )a resistencia a que esta filosofa se

 pueda mantener obedece a los memesinterrelacionales que se tornaron normas

 para el conformismo en cuanto losfilosofemas se sostienen por seguros M no

 por comprensiJn racional\F% )a posiciJn de Preston es la Vperspecti"ailusionistaW que consiste en que Vnosotrosaceptamos que la perspecti"a recibida no

corresponde M nunca 5a correspondido aalgo en realidadW\B% )a jnue"a ola[ dentro de la orientaciJnanaltica 5a rescatado un conKunto decuestiones' metafsica autoconciencia e5istoria M a su "e1 5a denuncido de modocrtico una serie de imposturas de la

 perspecti"a recibida o 5eredada.

- $esponse to so>e points in 5arAin+-

0l crtico dice Preston indica una seriede puntos'

,4 Afirma )arQin que Preston no 5aestablecido con claridad la existencia de unajconcepciJn tradicional[ $&% $tambi3nconcepciJn recibida o 5eredada' OO% de lafilosofa analtica $#A%

Respuesta de Preston'@ o no argumento que ella implicJ un

ni"el de fuerte consenso que definira lafilosofa analtica como esencialmenteen"ol"iendo un compromiso con la tesislingustica. Realmente lo que argumento es

que durante los anos formati"os de lafilosofa analtica ella fue unaonver(enia de o+iniones $M un onsensosJlo en este sentido% alrededor de que la #Afue'a% -na escuela de filosofa\

 b% Originado alrededor del giro del sigloLL\c% &on el trabaKo de 7oore M Russell\d% 0n una ruptura re"olucionaria de amboscon el idealismo brit>nico M la jfilosofa

tradicional[\e% -nificada por la aceptaciJn de la tesislingustica $la perspecti"a que la filosofa estotalmente o largamente materia del an>lisislingustico%\f% ema trado al siglo LL por las figuras deTittgenstein\ el &rculo de 8iena\ el campode lenguaKe ordinario de la escuale deOxford.

0stas seis caractersticas son miscomponentes de la &. Afirmo que la #Atiende a ser usada en ese camino que esaltamente consistente con esta &.

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Por otra parte los dos caminos @ elan>lisis lingustico M la con"ergencia @fueron practicamente equi"alentes en lostiempos tempranos de la #A M esto tu"oconsecuencias para la pr>ctica filosJfica

 posterior. +e impuso el camino que lafilosofa es como un todo M ampliamentean>lisis lingustico. Pero asumiendo engeneral los filJsofos analticos que elestudio del lenguaKe es central.

#inalmente )arQin no obser"a algo sobrelo que llamo la atenciJn M es que despu3scasi ninguno de los trabaKos de la #A

rec5a1a nada del peligro de mirar comounidad la #A. 0sto no limita a los autores atrabaKar como si la #A fuese una unidad. 0sm>s en cada uno de los casos la perspecti"ade la tesis lingustica @ con el resultado deque todos esos tempranos autores realmentedemostraron una con"ergencia de opiniJn delo que #A es @ como & consigue capturar.

Para decirlo de otra manera estimo Mo demanera sint3tica los tiempos tempranos dela #A fueron de una con"ergencia de

opiniones respecto a la importancia que lafilosofa es acti"idad del an>lisis lingusticodonde lo central es el lenguaKe que incluMe a7oore Russell Tittgenstein el &rculo MOxford mas ellos no reducan suabordamiento al an>lisis proposicional.

Por tanto M es rele"ante al an>lisis dellenguaKe que era lo com:n a la tesis de lacon"ergencia "a m>s all> de la tesis de lareducciJn al m3todo lingustico que seraequi"alente @ usando los t3rminos de 7oore

@ a expresiJn "erbal u joraciJn[. Pudierons ambos coexistir. Al final se impuso latesis del an>lisis lingustico entendido ensentido reduccionista.

h2u3 tenemos para decir nosotrosentonces de la posiciJn de -rsom quePreston sigue en su reflexiJn al remitir a lasdos caractersticas Respecto a lacaracterstica $a% se puede decir que la tesisde la con"ergencia no se aferraba al dogmaque asuma que el m3todo analtico

 pretenda tener el estatuto del ser o aspirabaa mostrarse como tal\ la tesis de la

con"ergencia sugera en todos los casos quese trataba centralmente de una tarea.Respecto a $b% pretenda esclarecer losenigmas filosJficos con el fin de entendermeKor el problema del ser.

Por el contrario la reducciJn al m3todolingstico @ seg:n la comprensiJn de7oore en nuestra comprensiJn M e"aluaciJnde estos argumentos de Preston @ pretendela reducciJn del ser o en su defecto ocuparel lugar del ser M todo lo dem>sabsolutamente todo lo dem>s queda fuerade su inter3s. Por tanto este reduccionismo

como m3todo lingustico pretende ser M esuna continuaciJn antimetafsica Manti5istJrica que s tu"o la primera fase dela #A.

)a recuperaciJn de la metafsicaautoconciencia e 5istoria proseguimosnosotros obedece a una lnea alternati"aque emerge de dentro de la a:ncontempor>neamente dominante filosofadel m3todo analtico en el sentido duro esdecir reduccionista del an>lisis del lenguaKe

$o de reduccionismo al mero an>lisis proposicional%. es una recuperaciJn queemerge desde mediados de la d3cada del E=del siglo LL estadounidense. Pero es clarotambi3n que esa lnea revisionista 'eemer(e de dentro del territorio analtio

 para recuperar los temas antes indicados noes 5omog3nea $raMado OO%.

Por eKemplo 7onQ parece un re"isionistacomo lo sugiere el mismo Preston quetiende puentes al m3todo lingustico en

sentido duro es decir lle"a esta perspecti"adel m3todo lingustico $el an>lisis

 proposicional% para re"isar el periodoformati"o de la #A M medir las otrasalternati"as con la "ara de ese an>lisis.

0n tanto que @4 GlocQ con larecuperaciJn de los temas aludidos tiende

 puentes abiertamente a la filosofacontinental. dentro de esta apertura quetiende puentes a la filosofa continental est>el mati1 de acQer que parecera ser m>smoderado.

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#inalmente hpor qu3 se impuso esta tesislingustica M tu"o el 3xito que tu"o 0s un

 problema a resol"er.

F4  )arQin argumenta que Mo no soMcon"incente en mostrar que la tesislingustica fue parte de la concepciJntemprana de la #A de la jconcepciJnoriginal[\ as el mo"imiento desde laconcepciJn original con la concepciJntradicional se unifican en el proceso de esta#A.

Responde Preston'

2ui1> la perspecti"a de la filosofaanaltica no demanda una nue"a "erdad pero s un Vnue"o insig5t dentro de la "ieKa"erdadW M parece parte de la #A comooriginal plataforma metafilosJfica M astambi3n de la concepciJn original de la #A.Pero ello Vno es todo $raMado de Preston% enla plataforma original M en la concepciJnoriginalW )a especfica restricciJn a unameta como quiere )arQin esto es conseguiruna jcomprensiJn profunda[ del

conocimiento que Ma se posea Ma estabaconectada con el m3todo lingustico. asel camino de la jcomprensiJn profunda[est> probado precisamente por elesclarecimiento del significado de lost3rminos.

Por tanto si )arQin propone a esta metacomo la alternati"a de la tesis lingustica Mser el compromiso central de estajconcepciJn original[ de la #A en su faseinicial no es realmente una alternati"a

$raMado de Preston% en absoluto lo esapenas como corolario de la tesis lingustica.

0n la actual 5istoria de la #A prosiguePreston la meta del jconocimiento

 profundo[ est> trabaKada para serlo pormedio del an>lisis lingustico. lo soncomo dos aspectos de una misma monedaM no pueden ser separados uno de otro sinuestra meta es comprender lo que las

 personas piensan actualmente alrededor dela #A.

+in embargo la idea que la filosofa esuna materia que jdepende del conocimiento

de lo Ma posedo[ no es pri"ati"o de la #A.Puede decirse que est> tambi3n presente en"arios teJlogos medie"ales. Porconsiguiente )arQin est> errado cuandoafirma que este jconocimiento profundo[resulta una fuerte candidata para Kustificarla tesis lingustica M como lo central en launificaciJn de la concepciJn original de la#A con esta tesis en la fase formati"a.

- In &e@ense o@ Illsionis> - * $epl! toFean!+-

)a r3plica de *eaneM trabaKa sobre el problema de la concepciJn tradicional M eluso que 5ace Preston de algunos autores queno podran colocarse como 3l lo 5ace. Preston no es muM con"incente en materiade lo que se podra llamar jdesacuerdosteJricos[.

Respuesta de Preston';. )a concepciJn tradicional es falsa porqueella siempre en cada momento de sudesen"ol"imiento 5i1o lo siguiente' a%

PresentJ todo an>lisis canJnico comorespaldado en la tesis lingustica b% IncluMJa Russell M 7oore en su lista de analticoscanJnicos. +in embargo los dos :ltimos norespaldaron la tesis lingustica. !e estamanera en cada etapa del desarrollo laconcepciJn tradicional su contenidotrascendiJ siempre a la etapa en la cual sedaba. presentaba todas las etapas comounificadas en un todo una escuela llamadafilosofa analtica. )o cual es falso.

<. Respecto a los desacuerdos teJricosutili1o una estrategia multilateral paraexplicar la jilusiJn de unidad[. )a jilusiJnde unidad[ de la concepciJn tradicional no

 puede pro"eer de una completa explicaciJndel ascenso de la filosofa analtica. 0igualmente 5aM casos muM claros de que lasdiferencias fueron negadas o simple eincreblemente glosadas.

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- In &e@ense o@ Illsionis> - 2 $epl! toPincocA+-

Reproc5a PincocQ a Preston que Kunte el3xito filosJfico de la filosofa analtica conel 3xito social de la misma para explicar latesis de la ilusiJn que sostiene.

0l primer argumento dice que el sucesofilosJfico es ra1onablemente comprensibleM el modo como se acerca mi perspecti"a alfoco doctrinal es rele"ante para explicar el3xito filosJfico de este mo"imiento pero no

 para explicar el 3xito social que es producto

de factores 5istJricos /o se pueden me1clarexcepto si se asume que el foco doctrinalexplica tambi3n el 3xito socialfilosJficamente `subraMados OO.

0mpero es el caso que como PincocQreconoce que los an>lisis canJnicossobre"i"ieron al desarrollo M promulgadassus perspecti"as fue determinante para el3xito en la esfera social de la filosofaanaltica. A5ora bien si asumimos los dosmedios sin me1clar los dos fines podemos

 presumir que el medio dos Kuega alg:n papel respecto a la meta dos. podemos5acer esto sin "iolar la demanda crtica denuestro oponente. se 5ace de la maneraque sigue' la situaciJn 5istJrica afectJtambi3n al grupo que sostena estas

 posiciones M por tanto 5ace rele"ante elfactor 5istJrico causal. "alida mi posiciJnsobre la ilusiJn. 0n suma la ilusiJn es un5ec5o 5istJrico M lJgico no solamentelJgico M como tal expresara su 3xito.

-sa PincocQ un segundo argumento quedice m>s o menos esto' si nosotros estamosintentando enfrentar el problema `del 3xitosocial sin apelar al argumento 5istJricocausal como quiere Preston' OO einicialmente asumimos que la filosofaanaltica es una escuela filosJficacaracteri1ada por la perspecti"a recibida o5eredada `foco doctrinal' OO entoncesnosotros podemos concluir que la filosofaanaltica no existe.

0l obKeto apropiado en Preston est>desligado de nuestra asunciJn `teJrica

5eredada o foco doctrinal' OO que lafilosofa analtica es en alg:n ni"el escuelafilosJfica. as continua a tentar resol"er el

 problema `la KustificaciJn del 3xito social'OO pero usando otra estrategia.

0n suma digo Mo el argumento 5istJricode Preston no tiene el rango del filosJficono est>n en el mismo ni"el por tanto elargumento 5istJrico no es con"incente

 porque es un argumento extra filosJfico.Respondo a la argumentaciJn de PincocQ'

de elementos fundidos en la 5istoria de lafilosofa analtica @ que se extienden como

estructuras ontolJgico sociales @ que le danunidad constituMen un obKeto social Mestablecen el Kuego del lenguaKe comojfilosofa analtica[\ resulta de laintencionalidad colecti"a originaria pormedio de lo que interiormente la filosofaanaltica "iene a ser como un obKeto socialM as la jfilosofa analtica[ adquiere elfundamental significado M referencia que5ace posible @ M continua a 5acer posible @el intercambio M reflexiJn alrededor de la

#A.#inalmente parecera que la filosofaanaltica se acerca a un pre"alenteescolasticismo como lo 5a puesto de relie"e@4 GlocQ que dice m>s o menos esto'@ +e ocupan de un estrec5o conKunto detemas M autores\ se despreocupan deargumentar porque son importantes esosautores M temas\ tienden a tratar temasfundamentales como colocados fuera detiempo M para todo\ M $a% predilecciJn por la

tecnificaciJn sin pertinencia de su utilidad\$b% la actitud general 5acia aquellos quienesno se conforman a sus "arios est>ndares M

 preconcepciones quienes disienten odemandan explicaciones por eKemplo sonsimplemente no profesionales `ApudPreston de GlocQ' <==9\ Mler *urge' ;\Robert +olomon' ;\ *ruce Tils5ire'<==<\ 4o5n )ac5s' <==9\ Se"in 7ulliganPeter +imon M *arrM +mit5' <==B

0sto re"ela que es una abierta tendencia @dentro de la filosofa analtica @ asumir quesu camino de 5acer filosofa es superior a las

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filosofas alternati"as. 0stas di"isiones sonlle"adas m>s all> de la misma filosofa.

Asi por eKemplo *urge durante el periodo de presidencia de la !i"isiJn Oestede la AsociaciJn Americana de #ilosofadeclarJ $;% que la filosofa analticaadem>s de tener una "isiJn deflacionariadel 5umanismo lo tena M tiene tambi3n dela filosofa con respecto a un conKunto detemas centrales de ella. +u creencia deencarnar lo correcto M la consiguientecreencia en su superioridad que se basanen una ilusiJn.

 Hinal+ 

)o m>s llamati"o de la reflexiJn dePreston es que nos coloca tras la pistarelati"a a que la tradiciJn estadounidense dereflexiJn que tomaba el espacio@tiempoQantiano M el naturalismo dar]iniano

 parecera ser deKado exprofeso fuera de la perspecti"a filosJfica posterior `elreduccionismo al an>lisis proposicional.

Preston no dice que esa filosofa noexiste dice que dentro de su propio senoalberga una corriente autocrtica M que nada

 Kustifica su pretenciosa superioridad.Peor a:n si se basan en una ilusiJngenerada por ellos mismos como filosofalingustica $como reducciJn al an>lisis

 proposicional%. +in contar con las arbitrariasreducciones tem>ticas de la filosofa por losrespecti"os autores M el estilo de reflexiJn.

A la lu1 de la reflexiJn de SuclicQ M

 Kuntando su reflexiJn con esta de Preston noes difcil obser"ar que la filosofa analticaque emerge desde los fines de los 9= M F=en adelante del siglo LL usamericano

 parecera estar dominada por el abandonode la 5erencia naturalista M de la lecturaQantiana de la Drtia de la razn +'ra5ec5a por Peirce M los cl>sicos del

 pragmatismo usamericano.Parecera encerrarse en una pretensiJn

metodologi1ante escol>stica aparentemente

liberada de referentes metafsicos. declarar que su m3todo filosJfico es elm3todo por excelencia.

Pero se e"idencia igualmente que ladesidencia filosJfica dentro del mismomo"imiento analtico los seguidores de lafilosofa continental M las otras corrientesfilosJficas $feministas marxistas negros etcetera% se mantienen en la 5erenciafilosJfica usamericana inaugurada por los

 pragmatistas cl>sicos respecto a !ar]in MSant. As los meKores exponentes de lafilosofa estadounidense pareceran

encontrarse fuera del mo"imiento analticocon"ertido en reduccionismo al an>lisis proposicional.

esto trae a cuento que la filosofa deorientaciJn analtica en Am3rica )atinasigue repitiendo los "ieKos tJpicos de suorigen como filosofa analtica como si estacorriente analtica estu"iese o siguiesedesen"ol"i3ndose en su momento deesplendor. 0n suma lo que en el mundo esanglosaKon es amplia luc5a intelectual en

A. ). es glosa o interglosa mas apolticaatemporal M anti5istJrica respecto al propiosuelo que pisa.

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Filiora@Ba

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#armelant 4. $<==D%' #he <onor $oll: ,>erican Philosophers Pro@essionall! InVred

&rin the .cCarth! Era ! =ohn .cC>er4Q In: .arKis>-#haKisQ dic 3*

http:"""+>ail-archive+co>>arKis>-thaKisXlists+econ+tah+ed>s;;679+ht>l4

GlocQ @4 $<=;;%' % Le @iloso@ia analBticaYQ PensoQ Porto ,lere+

anna R $<==F%'  ant ! los @nda>entos de la @iloso@ia analBticaQ 'NISIN%SQ São

5eopoldo+

SuQlicQ *. $<==D%' , <istor! o@ Philosoph! in ,>erica *72;-2;;; Oxford -ni"ersitM Press-S@-+A.

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5ttp'66prote"iblog.tMpepad.com6outsidep5ilosop5M6<==C6;;[email protected]

7iro]sQi P. $<==9%' o] Positi"ism 7ade Pact ]it5 t5e Post]ar +ocial +ciences in ,>ericaIn' Galileo &urso dictado en septiembre en la -ni"ersidad de la Rep:blica -ruguaM$5ttp'66galileo.fcien.edu.uM6o]Positi"ism7adePact.5tm%

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LL secolo Acta P5ilosop5ica 8III6< ; ;C@<<< ]eb site'5ttp'66]]].una".es6users6ArticuloD.5tml.

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Preston A $<==F%' &on@or>is> in ,nal!tic Philosoph!: %n shapin PhilosophicalFondaries and PreVdices  $5ttp'66blogs."alpo.edu6apreston6files6<==E6=;6conformism@in@[email protected]%

Preston A $<==F%' #<E I.P5IC,#I%NS %H $ECEN# %$ IN #<E <IS#%$[ %H

,N,5[#IC P<I5%S%P<[ *ertrand Russell +ocietM 2uarterlM no. ;<C August ;;@D=

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Preston A $<==E%' $esponse to so>e points in 5arAin\s N&P$ revie".$5ttp'66blogs."alpo.edu6apreston6files6<==E6=96response@to@larQins@ndpr@re"ie].doc%

Preston A $<==E%' In &e@ense o@ Illsionis> * $epl! to Fean!Q Fertrand $ssell Societ!

arterl!  @orthco>in $5ttp'66blogs."alpo.edu6apreston6files6<==E6=;6replM@[email protected]%Preston A $<==E%' In &e@ense o@ Illsionis> - 2 $eplies to <ardcastle and PincocAQFertrand $ssell Societ! arterl!Q @orthco>in$5ttp'66blogs."alpo.edu6apreston6files6<==E6=;6replM@to@5ardcastle@[email protected]%

Reisc5 George $<==<%' 7c&art5Mism in P5ilosop5M or t5e Trat5 of +idneM ooQ In' <%P%SQ.ontreal$5ttp'66]eb.arc5i"e.org6]eb6<==D=D<D<<=D=6pages.ripco.net6{reisc5g6oposmtl==D.pdf%

RortM R $<==B%' V/aturalismo M quietismoW 0n' &iRnoia "olumen )I /o. FB 73xico maMo.

 

 Reebido em 0!E04E2014 +rovado em 13E0ME2014

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 % C,.P% &% C%N<ECI.EN#% ='$0&IC% E %S &ES,HI%S &,

IN#E$&ISCIP5IN,$I&,&E

!a"id #adulZ

4os3 0dmilson de +ou1a@)imaZZ

VN descabida a proposição de que a interdisciplinaridade 3 rara no !ireito. 0u mesmoque sou ributarista con"erso frequentemente com meu colega que sJ se interessa peloPre"idenci>rioW. $-m Ad"ogado em uma palestra sobre Interdisciplinaridade e !ireito%

VImaginemos que na 5ora em que o mercado est> mais c5eio de gente com um pun5aldebaixo do braço eu te dissesse' Polo neste momento adquiri um poder mara"il5oso eme tornei tirano. +e eu ac5ar que de"e morrer imediatamente qualquerdestes 5omens que "?s a no mesmo instante ele morrer>\ se for de parecer que 3

 preciso partir a cabeça de qualquer deles na mesma 5ora ficar> com a cabeça quebrada\ou rasgar@l5e as roupas e estas serão rasgadas tão grande 3 o meu poder nacidadeW$P)AO%.

$es>o

0ste artigo se propõe a analisar e refletir sobre os

desafios sugeridos pela interdisciplinaridade nocampo do con5ecimento Kurdico especialmente noque se refere ^s limitações de uma epistemologia

 positi"ista@estruturalista em estabelecer di>logos comos demais campos disciplinares do con5ecimento.Para tanto compara@se o recorte de obKeto proposto

 pela "isão 5egem,nica com o obtido a partir deoutras teorias enfati1ando@se o Realismo 4urdico e o#uncionalismo. 0 toma@se como pontos derefer?ncias noções ad"indas do campo do&on5ecimento Ambiental questionando@se acercadas "antagens e obst>culos ao di>logo com estecampo eminentemente interdisciplinar. -m dos

ac5ados do artigo 3 que a episteme positi"istaQelseniana não maximi1a a fecundidade em umdi>logo interdisciplinar e 5> sugestões que umaabordagem realista mostrar@se@ia mais aberta.

Palavras-chave' epistemologia\ con5ecimentoambiental\ realismo Kurdico\ positi"ismo.

,stract

5is article intents analM1ing e ponder t5e c5allenges

implied bM t5e interdisciplinaritM in t5e studies of)a] especiallM regarding t5e limits of a structural@

 positi"ist epistemologM. #or t5at purpose ]ecompare t5e obKect definition as understood bM t5e5egemonic "ie] ]it5 t5e definitions acquired fromdi"erse sources\ mostlM t5ose form legal realism andt5e functionalism. As a frame]orQ ]e do taQenotions from 0n"ironmental +cience pondering t5ead"antages and difficulties of t5e dialogue ]it5 suc5field clearlM interdisciplinarM. Amongst t5ereali1ations of t5is article is t5at a positi"istSelsenian epistemologM does not maximi1e t5efecunditM of an interdisciplinarM dialogue and t5ere

are suggestions t5at a legal realist approac5 ]ould pro"e more fruitful.

e!"ords: epistemologM\ en"ironmentalscience\ legal realism\ positi"ism.

Z !outorando em 0pistemologia Ambiental no Programa de PJs@Graduação em 7eio Ambiente e !esen"ol"imento$PPG7A!0@-#PR%. 7estre em !ireito 0mpresarial e &idadania $-/I&-RII*A%. )in5a de In"estigação'0pistemologia e !ireito $&/Pq6-/I&-RII*A%. 0@mail' dmf=D=gmail.com.

ZZ  !outor em 7eio Ambiente e !esen"ol"imento pela -#PR. Pesquisador e !ocente do Programa de PJs@Graduação em 7eio Ambiente e !esen"ol"imento $PPG7A!0@-#PR% e do -/I&-RII*A. 0@mail'1ecaed5otmail.com

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8eKamos por exemplo a proposta daepistemologia funcionalista elaborada entreoutros por /orberto *obbio. 0m j!a0strutura a #unção[ obra na qual *obbiooferece fundamentos de uma epistemefuncionalista ele defende que noçõesestruturalistas e funcionalistas não sãonecessariamente antag,nicas. al ideia –como a maioria das ideias ad"ogadas por*obbio – 3 absolutamente "erdadeira.&onquanto se aceite que todo o corpus legalse direciona ao mesmo propJsito realmentea "isão funcionalista e a estruturalista

 podem coexistir e co@funcionar semdificuldades.Infeli1mente isto não ocorre. /a

realidade o ordenamento Kurdico dequalquer pas 3 obra conKunta de in:meroscoautores e não 5> porque Kulgar que elestodos e elas todas busquem os mesmos finsa despeito de diferenças poltico@ideolJgicas. Os defensores dafuncionalidade do ordenamento Kurdico –mesmo quando crticos do positi"ismo de

forma gen3rica – podem propor que apesarde 5a"er diferenças entre os di"ersosindi"duos que cumprem a função delegislar cabe ao cientista Kurdico buscarcoadunar essa di"ersidade sob a rubrica deum ordenamento Kurdico uno e 5armoniosoo que se nota pela tradição doutrin>ria decitar um ente abstrato c5amado jlegislador[.0sta solução se enquadra muito bem no

 pensamento Qelseniano mas ser> adequadano corpus teJrico funcionalista *obbio de

fato busca tra1er a figura fictcia dojlegislador[ – o que se enquadra com sua

 proposta de coexist?ncia entrefuncionalismo e estruturalismo – ao di1erque o !ireito pode ser entendido comoferramenta de controle social utili1ada pelojlegislador[ mas não explica como compilaruma mirade de pensamentos e posturas sobeste ttulo.

Ademais 3 difcil estabelecer um paradigma funcionalista que ignore os fatossociais K> que para que se perceba a funçãode uma lei ou instituto fa1@se mister buscar

seus efeitos no grupo $sistema% social eobser"ar o des"elar da norma. 0 3 aindamais difcil estabelecer um positi"ismoestruturalista que le"e em conta os fatossociais K> que estes são irrele"antes no quetange a "alidade da norma – que 3 o foco doestruturalismo. 2uanto ^ possibilidade deutili1ação de ambas epistemologiasconcomitantemente mas de forma estanqueapesar de parecer solução inabal>"el aindarestaria o problema de qual das duas

 preponderaria em caso de conclusões nãoconcordantes

O fato 3 que para Selsen a jci?ncia)egal[ de"e tratar estritamente da norma buscando descre"?@la sem qualquer Kulgamento moral ou sem le"ar em contaquaisquer fatores exJgenos. &omo "imostal postura tra1 muitas "antagens aosaplicadores da norma e muito poucas aocientista Kurdico. Partindo@se do pressupostoque eteris +arib's uma episteme maisfecunda de"e ser pri"ilegiada e que a&i?ncia do !ireito e o fen,meno Kurdico

 podem ser tratados como entes distintos pode@se concluir que o recorte estruturalistanão 3 o ideal.

Isto posto de que outra forma poder@se@ia recortar o obKeto do !ireito &omo emmuitas questões podemos buscarinspirações nos cl>ssicos. A forma adequadade se definir conceitos foi uma das

 preocupações recorrentes de começar comPlatão $seção <B<d e seguintes% em ojPoltico[ obra classificada como parte final

da segunda tetralogia. rata@se de obraatpica no corpus plat,nico na qual +Jcratestem menor participação. 8isa distinguir o

 poltico do sofista e do filJsofo. Os trec5oscitados foram declarados pelo Vestran5oW$S5enJs% principal interlocutor quecorrigia o Ko"em +Jcrates que 5a"ia

 proposto di"idir os tipos de pastores emVpastores de bestasW e Vpastores de5omensW'

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Parece@me não ser prudente recortar uma parte pequena que não seKa uma esp3cie\ deum conKunto maior a parte de"e ser esp3cie.

+eparar de um sJ golpe o obKeto dain"estigação 3 plano excepcionalconquanto Kusta a separação\ e tu esti"estesob a percepção de estar correto pois "isteque c5egarias a j5omem[\ o que te le"ou aapressar muitos passos. 7as tu não de"eriaster cortado parte tão pequena caro amigo\ 3mais seguro cortar ao meio\ o qual 3 ocamin5o mais pro">"el para ac5ar a classe.Atenção a este princpio 3 de "italimportUncia no processo analtico<B.

0 mais adiante'

Ou supon5a que ao separar n:merosdecidisses separar de1 mil de todo o restofa1endo dele uma esp3cie fa1endo dosn:meros menores outra esp3cie dando@l5esum nome :nico. u poderias argumentartratar@se de uma sJ classe por terem omesmo nome. 2uando por outro lado teriasuma classificação num3rica mel5or e mais

igualit>ria e mais lJgica se os ti"essesdi"idido em pares e mpares\ ou no caso dagrei 5umana em mac5os e f?meas\ sJrecortando os )dios e #rgios ou qualqueroutra tribo contrapondo@as ao resto domundo quando não mais pudesses cingir

 partes que fossem tamb3m classes<C.

Os dois trec5os recortados das

inquietações de Platão nos aKudam a perceber que o processo de recorte de umconceito e do obKeto de um campo decon5ecimento ainda que compartil5ementre si certos princpios fundamentais nãosão necessariamente os mesmos. /esta

 perspecti"a o proKeto Qelseniano de limitaro obKeto do !ireito ^ norma positi"a procedeisola uma parte muito pequena do fen,meno

 Kurdico forçando uma separação entre anorma e seu efeito social.

<B P)AO O Poltico. radução prJpria.<C Idem.

A partir de uma obser"açãocuidadosa pode@se notar que a norma nãoexiste de forma isolada mas apenas comoente "i"o no sistema social e como muitosconceitos cientficos sJ pode ser obser"ada

 por seus efeitos. Al3m disso a norma passa por um constante processo deressignificação mesmo quando positi"ada enão 3 poss"el desintric>@la do tecido socialsem danific>@la. )ogo 3 difcil Kustificar eexcluir da apreciação do estudioso do!ireito a função dos Ku1es e tribunaissistemas respons>"eis em :ltima instUncia

 pela concreti1ação da norma bem comotodo o sistema$s% social respons>"el pelo seuestado "i"o. /este aspecto 5> grande"antagem na aplicação dos conceitosad"indos do Realismo 4urdico /orteAmericano que "? nas decisões dos Ku1es etribunais o "erdadeiro obKeto da &i?ncia

 Kurdica – de acordo com &omp?ndio deIntrodução ^ &i?ncia do !ireito p.CF de7aria elena !ini1 os principais autores dacorrente são 4o5n &5ipmann GraM Sarl /.

)le]ellMn e 4erome #ranQ. A estesinclumos Oli"er Tendell olmes que podeser "isto como um precursor do pensamentoRealista. Apesar de uma consider>"ele"olução a corrente Realista /orteAmericana ainda limita considera"elmenteseu obKeto se comparada aos autoresRealistas !inamarqueses 0specificamentena obra de Alf Ross que K> incluem atotalidade do grupo social como parte doorganismo $+istema% Kurdico. Apesar de K>

 bastante abrangente cremos que 3 poss"elir al3m de forma a obter uma definição maisampla que as de ambas as correntes.

> ainda outra lacunadesconsiderada por Selsen a norma 3constituda por mais que "alidade $como

 propõe os positi"istas% e efic>cia $noçãocentral no Realismo% mas tamb3m fa1 parteda norma seus efeitos as mudanças que o)egislador pretende alcançar ao criar ouanular ou alterar certa lei. 0sta faceta dofen,meno Kurdico pode ser explorada a

 partir de uma teoria $0pistemologia%

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funcionalista conforme discutidoanteriormente.

)onge de ser o :nico aceit>"el ou poss"el o recorte estruturalista@Qelseniano3 apenas um dentre muitos maisimpressionante pela sua estreite1a que porsua fecundidade. 7as não 5a"eria "antagensem manter@se a pure1a do !ireito Afinal seo !ireito se aproximar demasiadamente deoutras ci?ncias sociais isto não pode minarsuas bases teJricas Antes de enfrentarmostal questão con"3m terminar este di>logosobre o recorte epist?mico do obKeto com

algumas sugestões paradigm>ticas\ quando orecorte do obKeto "isa ^ estreite1a atend?ncia 3 a formação de grandes ">cuosteJricos nos quais restam fen,menos quenen5uma ci?ncia busca abraçar 3 o caso do!ireito quando se at3m a uma "isãoestruturalista. 2uanto mais amplo o recortedo obKeto menor este espaço entre ossaberes e portanto mais f>cil e fecundo odi>logo entre eles\ este 3 o caso de uma

 perspecti"a realista do !ireito que em sua

"ersão mais abrangente cria di"ersos pontosde contato com a +ociologia e a 0conomia.7as nos parece que se pode ir mais adiantee propor um recorte ainda mais amplo noqual a troca de conceitos e estruturas seKamaximi1ada.

3+ $E&'CI%NIS.% EIN#E$&ISCIP5IN,$I&,&E

D.; O 70!O !A j&O)O/IA|O[

A noção de que impedir o fluxo deideias entre diferentes campos docon5ecimento 3 não apenas salutar masindispens>"el para garantir ajindepend?ncia[ do campo 3 em geraldescabida e em se tratando de qualqueroutra ci?ncia a ideia de que os estudiosos se"eriam despidos de sua autonomiaepistemolJgica no momento que aceitassemdialogar com outros campos carece dereparos profundos. O caso do !ireito pode@

se defender ser uma exceção uma "e1 queos operadores do sistema Kurdico $Ku1es osmembros do 7inist3rio P:blico etc.% go1amde consider>"el poder poltico e suas açõesse mal aKambradas podem causar s3rios

 preKu1os.!esta noção primeiramente "ale

reiterar que todas as crticas e propostas presentes neste estudo "oltam@se aepistemologia do !ireito como ci?ncia $i.e.qual o m3todo e obKeto mais fecundos aoalcance do cientista Kurdico% e não se

 pretende aplic>"el aos meandros do

fen,meno Kurdico $entendido como "etoranacr,nico dos sistemas Kurdicos5istJricos%. !esta forma apesar de 5a"erfortes argumentos acerca da necessidade dereestruturar o funcionamento do poder

 Kudici>rio não nos propomos tempo presente a estudar a mat3ria ou sobre elaopinar.

  Ainda assim pode@se argumentarque mesmo aceitando@se a separação entreci?ncia e fen,meno caberia ao cientista

 Kurdico a função de teori1ar acerca dasnormas a serem utili1adas pelos aplicadoresde forma a garantir que a aplicação da leiocorra com certo rigor com o m>ximo desegurança Kurdica. al sugestão parece@nossuperestimar a função da Academia e suainflu?ncia no sistema Kurdico mas mesmose esta influ?ncia for tomada por garantidanão 5> nen5um impedimento em um campode saber se di"idir em jci?ncia aplicada[ ejci?ncia pura[ $O termo jpura[ não tem

relação neste contexto com o pensamento deSelsen opondo@se a japlicada[%.

Resta claro por3m que al3m dequestões pr>ticas não se demonstrou aindaser o isolamento do !ireito uma necessidadeteJrica.

D.< O !I+&-R+O !O !IR0IO

0m uma palestra proferida emmeados de <=;< ti"emos a oportunidade dedialogar acerca de algumas das

 preocupações epist?micas que se "?m

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deslindando no presente texto com certonclito Professor que apresentou um :nico

 por3m fortssimo argumento contra ainterdisciplinaridade. /o di>logo o doutomestre respondeu a nossa defesa de umamaior aproximação do !ireito com asdemais &i?ncias – especificamente fala"a@sede +ociologia e 0conomia – com fero1sentença cuKo teor epist?mico nos c5amou aatenção' V+e o discurso do !ireito for omesmo que o da economia ou da sociologiao !ireito 5a"er> se tornado economia esociologiaW. O impacto e profundidade de tal

 pensamento – como não poderia deixar deser – nos le"aram a meditar nesta concepção pelos minutos que se seguiram afinal a possibilidade de o !ireito se "er absor"ido por estes outros campos do saber de"e serle"ada a s3rio. Por isso parece adequadoexpor aqui os meandros de nossosquestionamentos acerca do !iscursocientfico e do !ireito em particular.

Pode@se considerar o discurso – oudiscursos – de um campo de con5ecimento

como sendo um conKunto de noçõescorrentes sustentadas por uma metodologia eepistemologia recon5ecidas como ">lidas. A

 partir desta definição parece claro que o professor Ramidoff esta"a com a ra1ão. /omomento que uma ci?ncia se limitar aemular o discurso de outra ela sem d:"ida

 perder> sua autonomia esta noção aponta para a eterna confusão entre autonomia que pressupõe interdepend?ncia entre seres esistemas "i"os e isolamento sin,nimo de

infantili1ação e morte. Autonomia 3 "idaisolamento 3 morte. 2ualquer temor emrelação ^ coloni1ação 3 uma rei"indicaçãode con5ecimento morto não de umcon5ecimento "i"o. +e o obKeto de estudo do!ireito for redefinido em um recorte maisamplo 5a"er> pontos de contato com outroscampos $con5ecimento de fronteira% enestes pontos pode 5a"er aproximação oumesmo isofonia dos discursos\ mas taligualdade limitar@se@> aos pontos de contatonão 5a"endo quaisquer ra1ões para supor

que o !iscurso Kurdico em sua integralidadeser> jcoloni1ado[ por outros saberes.

Parece portanto que foi prematuroaceitar sem reser"as a propostaepistemolJgica isolacionista do nclitodoutor. -ma ci?ncia pode aceitar – e defato aceita – concepções que l5es sãoexJgenas sem por isso se desnaturar. /ão se

 pretende com isso negar ser poss"el que umcampo do saber se altere perca suaimportUncia 5istJrico@social ou mesmo seKaabsor"ido por outro campo\ o que sedefende aqui 3 a in"alidade de uma regra

geral que propon5a que qualquer isofonia –mesmo que parcial ou fronteiriça – seKasuficiente para dar@se todo um campo comoid?ntico a seu interlocutor. Pode@se ir maislonge e afirmar@se que um campo decon5ecimento pode sim absor"er noçõesexJgenas – mesmo em seu n:cleoepistemolJgico – sem perder sua nature1aindi"idual\ eem+li (ratia o conceitomoderno de >tomo foi primeiro aceito entrefsicos e sJ apJs profundas discussões

aceito tamb3m pelos qumicos\ a partir deentão longe de ser jabsor"ida[ pela fsica aqumica "em fa1endo constantes progressosenquanto campo de saber aut,nomo. 0ste:nico exemplo K> bastaria para garantir ain"alidade da regra geral mas podemos citarainda o nexo entre 7alt5us !ar]in e 7arxcomo exemplo da potencial fecundidade dainter@polini1ação de conceitos cientficos.

A prJpria 5istJria da teori1ação edescoberta do j>tomo[ demonstra que mais

que se isolar os campos de con5ecimentotendem a e tem muito a lucrar ao serelacionarem. Os primeiros a teori1ar oconceito de >tomo foram os filJsofos5elenos )eucipo e !emJcrito bem comocertos msticos Indianos. /o perodomoderno Antoine )a"oisier ore"olucion>rio qumico franc?s do final dos3culo L8III prop,s a noção de elementoda qual 4o5n !alton fsico e qumico ingl?sderi"ou a noção moderna de >tomo. O>tomo foi "isto pelos qumicos da 3pocacomo um construto teJrico $lei da proporção

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definiti"a% despro"ido de exist?nciaconcreta. -ma "e1 abraçado pela fsicain:meras pesquisas foram feitas buscando

 pro"ar a exist?ncia material dos >tomosnoção que encontra"a forte oposição entrealguns qumicos. Os prJximos a aceitar oconceito de >tomo foram os engen5eiros ouquase. O fsico )ud]ig *olt1mann utili1ou aentão contro"ersa ideia de >tomo para criaruma no"a definição de jentropia[ noçãocentral da termodinUmica campo originado

 pelo trabal5o de engen5eiros no s3culo LIL.&uriosamente o conceito de jentropia[ foi

abraçados pelos fsicos relati"sticosdedicados ao estudo do tempo e 3 a :nicaexplicação cientfica para porque o passadoantecede o futuro. Assim a noção de >tomofec5ou um circulo e retornou ^s suas origensfilosJficas.

Outro problema associado ^xenofobia epistemolJgica 3 que eladesconsidera o outro fator constituinte deum campo de con5ecimento' a metodologia.!ois campos podem manter sua autonomia

m:tua apesar de produ1irem discursossemel5antes $ou mesmo id?nticos%conquanto os produ1am a partir demetodologias diferentes.

Parece@nos que os obst>culos ao!ireito engaKar@se em um di>logointerdisciplinar são de nature1a di"ersamais ligados ^ forma como os cientistas

 Kurdicos e operadores do !ireito "eem suafunção no grupo social do que a qualquer

 preocupação de nature1a mais teJrica.

?+ , .I#IHIC,()% &% &I$EI#%

> in:meros registros de sociedadesda antiguidade cl>ssica que K> possuamsistemas Kurdicos bastante a"ançados$GI)I++0/ ;C% o que torna ra1o>"elsupor – apesar de não 5a"er qualquere"id?ncia direta @ que o conKunto de "etoressociais aos quais c5amaremos de fen,meno

 Kurdico data pelo menos da [email protected] em "ista a antiguidade e pre"al?ncia

deste fen,meno 3 algo difcil calcular@l5e aorigem e importUncia.

7as não de"emos ingenuamente crerque o direito ten5a se manifestado nãoapenas ubiquamente mas tamb3muni"ocamente. Apesar de os di"ersos grupossociais que nos deixaram registrosabundantes e di"ersos de 3pocas antigas nosterem indicado a exist?ncia de processossociais que podemos correlacionar ^ noçãomoderna de !ireito – regras que "isamindu1ir ou proibir comportamentos com oscastigos correspondentes ao seu

descumprimento por exemplo – cadasistema Kurdico 3 recon5ecido comoexemplar :nico com tantas peculiaridadesquanto similitudes. /oções ad"indas dos!ireitos da Antiguidade não raro discordamentre si de forma e"idente. 8ide ".g. otratamento Romano e eleno aocomportamento 5omossexual ou a obsessãoculin>ria 5ebraica.

N claro portanto que o fen,meno Kurdico antecede em muito as primeiras

tentati"as de uma ci?ncia Kurdica. 7esmoque consideremos o cJdigo de -r@/ammucomo exemplo de ci?ncia Kurdica aindaassim não podemos negar tratar@se deelaboração sobre concepções preexistentes.+e como 3 mais tradicional sJconsiderarmos os Kurisprudentes Romanoscomo os primeiros cientistas Kurdicosaumenta ainda mais a distUncia entre os doisconstrutos que pretendemos diferençar. 0isso por si sJ K> basta para Kustificarmos uma

diferenciação radical teJrica entre taisconceitos.

-ma questão que mereceria maisestudo seria a da origem do !ireito apesardas consider>"eis dificuldades materiais.0sta pesquisa teria mais que "alor 5istJrico @

 por si sJ K> de grande importUncia @ isto porque 5> a fal>cia de que a origem de umainstituição e seu uso são id?nticos$/iet1sc5e ;<;%. Assim usa@se aubiquidade do fen,meno Kurdico comofundamento moral para sua importUncia nãoapenas como sistema multifacet>rio que 3

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mas como o ente conforme se manifesta5odiernamente. +eguindo essa lin5a deraciocnio pode@se c5egar a propor que aforma corrente do !ireito 3 indispens>"el ^+ociedade e mesmo que sem o 0stado ogrupo social seria incapa1 de estabelecer ummnimo de inter@relacionamento pacfico ouseKa o !ireito $em sua forma correntequalquer que seKa% 3 entendido comogarantidor da pa1 de esprito do indi"iduo.endo em "ista taman5a mitificação não 3de admirar que qualquer alteração propostamesmo que de "i3s exclusi"amente

epist?mico seKa "ista como temer>ria.7as 5> outra possibilidade. +upondoque a função natural dos sistemas Kurdicos

 proto@estatais ten5am sido cooptadas por"etores centrali1antes seria natural que ouso do sistema se "isse alterado. /o entantonão 5> que se supor que o sistema originalten5a sido completamente absor"ido pelono"o sistema 5egem,nico podendo o gruposocial ter mantido "estgios dos sistemasoriginais. +e for esse o caso a importUncia

do 0stado e do !ireito como sistemas decontrole social podem ter sidoconsidera"elmente maKorados por algumascorrentes filosJficas.

N bastante difcil estabelecer no presente momento 5istJrico qual dentreestas duas "isões tem mais m3rito sefa1endo necess>rias maiores e mais

 profundas pesquisas. )imitar@nos@emos aapontar apenas que a segunda proposta semostra mais fecunda ao explicar o porqu? da

"ariação de sistemas Kurdicos atra"3s da5istJria.

7as "amos considerar adar('mentand'm tant'm que a "isãocontratualista esteKa correta e qualqueralteração mesmo indireta no sistema

 Kurdico seKa arriscadssima\ não seria entãomais seguro deixar de lado no"as propostase concentrar nossas forças na manutençãodo  stat' 'o inclusi"e no que tange ao

 positi"ismo /ão parece ser o caso. 7esmoque tomemos por garantido essa "isão dasociedade como tendendo a um caos e"itado

apenas pela interfer?ncia do 0stado não se pode desconsiderar o fato de que não 3 odireito positi"o $nem por extensão suaan>lise% o respons>"el por coordenar a "idasocial. A norma enquanto entidade "i"a sJexiste de forma dinUmica e por isso sJ

 pode ser entendida a partir do meio social.

C%NSI&E$,(GES HIN,IS

A questão que "is>"amos responderVquais as limitações geradas por umaepistemologia positi"ista no que tange a

correlação entre o !ireito e o &on5ecimentoAmbientalW no decorrer deste estudo partedo pressuposto de que a &i?ncia do !ireitoteria maior fecundidade teJrica se selibertasse de noções positi"istasestruturalistas e deontolJgicas e seestabelecesse a partir de noções realistaseminentemente ontolJgicas.

*uscou@se demonstrar que 5> umobKeto muito mais amplo e prolfico que amera norma positi"ada ao alcance do

cientista Kurdico cuKo estudo se "?negligenciado por conta de pr3@noções5erdadas da tradição estruturalista e que talobKeto pode ser analisado de forma efica1

 por quem ten5a uma compreensão dosistema Kurdico e do !ireito positi"oconquanto não seKa paralisado pelo temorem relação ao di>logo interdisciplinar.

!e fato o suposto obKeto do !ireitosegundo uma episteme positi"ista 3constitudo por um recorte abrupto cuKos

limites são recon5ecidos pela pr>xis senão pela teoria. N sJ notar que para facilitar odifcil processo de interpretação 3 pr>ticacomum buscar@se na Kurisprud?ncia o que seentende pelo conte:do de uma norma. 0sta

 pr>tica se d> por que a norma positi"a 3 umatentati"a de cristali1ação da norma que 3ente "i"o constantemente resignificado e o

 Kui1 3 o operador mais prJximo que olegislador dos "etores sociais respons>"eis

 pela ressignificação.Assim se a partir da epistemologia

estruturalista a interdisciplinaridade 3 difcil

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e mesmo indeseKada a partir de umaepisteme de base realista ainterdisciplinaridade se torna não apenasnatural mas extremamente ben3fica. 0 3 a

 partir de uma "isão realista que se propõe odi>logo com a &i?ncia Ambiental cuKo foconas decisões ci"ili1atJrias 3 terreno f3rtil

 para se entender os processos pelos quais ofen,meno Kurdico se transforma e 3transformado.

$e@erências

*O-R!I0- Pierre. % poder si>1lico+ .ed. Rio de 4aneiro' *ertrand *rasil <==B.

GI)I++0/ 4. Introdção <ist1rica ao &ireito. )isboa' #undação &alouste GulbenQian ;C.

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 Reebido em 12E0ME2014 +rovado em 10E0!E2014

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, EC%N%.I, &% C%N<ECI.EN#%' !A 0ORIA &APIA) -7A/O

0&O/O7IA !O &O/0&I70/O 0 O &A+O !A -/I80R+I!A!00+A!-A) !O O0+0 !O PARA/v @ -/IO0+0Z

7irian *eatri1 +5neider ZZ

-do +trassburgZZZ

8aldir Ant,nio GalanteZZZZ

 /ilton 7arques de Oli"eiraZZZZZ

$es>o

O papel das uni"ersidades no processo dedesen"ol"imento regional tem recebido crescenteatenção e est> sendo considerado elemento c5a"e decrescimento e desen"ol"imento das regiões. Assimsendo o principal obKeti"o deste artigo 3 a"aliar atraKetJria da -ni"ersidade 0stadual do Oeste doParan> – -/IO0+0 no desen"ol"imento regional.-tili1ou@se de um ferramental metodolJgicoexploratJrio e a guisa da literatura tendo comoaporte teJrico a eoria do &apital umano e a0conomia do &on5ecimento. Os principais resultados

sugerem que a -/IO0+0 tem e"oludo nesses:ltimos <= anos desde a sua criação ampliando aoferta de "agas na graduação e na pJs@graduação temfomentado politicas de qualificação docente\

 produ1indo patentes ampliando con"?nios comempresas e uni"ersidades tanto nacional comointernacional e tem contribudo com formação equalificação de mão de obra cumprindo assim seu

 papel com indutora de desen"ol"imento regional.

Palavraschave: capital 5umano\ economia docon5ecimento\ -/IO0+0\ educação. 

,stract

-ni"ersities 5a"e been increasinglM important toregional de"elopment and are being considered a QeMfactor in t5is process. 5us t5is paper e"aluates t5eimpacts of -/IO0+0 $Test Paran> +tate-ni"ersitM% on regional de"elopment processes. 5eresearc5 is based on bibliograp5M sources using t5e5eorM of uman &apital and Sno]ledge 0conomM.It is stated t5at -/IO0+0 5as experiencedformidable gro]ing during t5e last t]entM Mears sinceits foundation and 5as managed to increase graduateand post graduate education. 7oreo"er it 5as carried

out qualification programmers of its lecturers produced patents increased cooperation agreements]it5 companies and ot5er uni"ersities bot5 nationaland international educated ]orQ force andconsequentlM fulfilled its purpose to boost regionalde"elopment.

e!"ords:  5uman capital\ Qno]ledge economics\-/IO0+0\ education.

Z Pesquisa executada com financiamento da +0I6#undação Arauc>ria.ZZ !outora em Processos de Integração ransnacional pela -ni"ersidad de )eJn – 0span5a. Professora AdKunta do&urso de &i?ncias 0con,micas e do Programa de PJs@Graduação em !esen"ol"imento Regional e AgronegJcio da-/IO0+0@oledo. Pesquisadora do Grupo G0P0&. *olsista Produti"idade da #undação Arauc>ria. 0@ mail'[email protected] !outorando em em !esen"ol"imento Regional e AgronegJcio $-/IO0+0@oledo%. Professor da -/IO0+0 –-ni"ersidade 0stadual do Oeste do Paran> mestre em controladoria e contabilidade estrat3gica – #0&AP 6#A&0+P especialista em controladoria e ger?ncia financeira – -/IO0+0. 0@mail' strassburgunioeste.br ZZZZ !outorando em em !esen"ol"imento Regional e AgronegJcio $-/IO0+0@oledo%. 7estre em 0conomiaRural pela -ni"ersidade #ederal do &ear> @ -#&. Professor na -/IPAR e -/IO0+0 #rancisco *eltrão. 0@mail'

"galante5otmail.comZZZZZ  !outorando em em !esen"ol"imento Regional e AgronegJcio $-/IO0+0@oledo%. Professor da-ni"ersidade #ederal do ocantins $-#%. 0@mail' niltonmarquesmail.uft.edu

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uma perspecti"a microecon,mica.$*0&S0R ;B9%.

amb3m 3 interessante a perspecti"a marxista na discussão. +egundoesta lin5a de pensamento a teoria do capital5umano incorporou a tradição neocl>ssicaao tratar trabal5o como um produto do meiode produção. 0ssa corrente reKeita oraciocnio simplista de Vtrabal5o5omog?neoW e concentrou sua atenção nadiferenciação da força de trabal5o. amb3mincorporou ^ an>lise econ,mica asinstituições sociais b>sicas $como a relação

educação x famlia% que na teorianeocl>ssica são relegadas para a esferacultural.

Por outro lado a perspecti"amarxista contesta o fato de que o trabal5onão ser categoria na an>lise neocl>ssica "iracapital ou seKa o conceito de classe social 3eliminado enquanto conceito econ,mico.-m sistema escolar não poderia "irar umreprodutor de um bem econ,mico uma "e1que as 5abilidades estão relacionadas e são

determinadas pelas condições da exist?ncia5umana. &omo a educação funciona para perpetuar uma ordem social @ uma teoria dosrecursos 5umanos de"eria abranger tanto ateoria de produção quanto de reproduçãosocial.

Outro interessante aspectoressaltado pelos marxistas 3 de que a firmanão 3 uma Vcaixa@pretaW em cuKo interior otrabal5o 3 o principal interesse. A firma temuma dimensão sJcio@poltica onde seres

reali1am' a transformação de mat3ria prima\transmissão de 5abilidades e tipos decon5ecimento de um trabal5ador para outroalterando 5abilidades e con5ecimentos\abstrai@se o poder do capital sobre otrabal5o ao imaginar que os sal>rios sãodeterminados de forma exJgena ^ firma\atributos como raça sexo idade etniaconsiderados irrele"antes pela teoria docapital 5umano são a"aliados comoimportantes pelos capitalistas.

Pelo prJprio processo de e"oluçãoem função das mais di"ersas contribuições a

teoria do capital 5umano acabou sendoVsubstitudaW pelo conceito de 0conomia do&on5ecimento $ Tno#led(e %onomH% quesurge a partir do grande a"anço dasind:strias intensi"as em con5ecimento emcontraponto ^ tradicional ind:stria intensi"aem capital. 0ssa ind:stria caracteri1a@se pela

 produção de bens e ser"iços intensi"os emcon5ecimento que contribuem para umacelerado a"anço t3cnico e cientfico assimcomo uma r>pida obsolesc?ncia. !estaca@seum componente@c5a"e dessa lin5a de

 pensamento uma ligação profunda entre

capacidade intelectual e insumos fsicos ourecursos naturais. 0ssa no"a ind:stria tem acapacidade de refa1er a nature1a do trabal5oe da economia.

0xistem tr?s lin5as de pesquisadentro do guarda@c5u"a desta teoria' O

 primeiro enfoque @ mais antigo – 3 dos anosB= com as no"as ind:strias baseadas emcon5ecimento e seu papel na mudançaecon,mica e social com importUnciacrescente dos ser"iços. $7A&)-P ;B<\

PORA ;CC\ +A/*A&S 0 /O0))0;=%.A principal ideia unificadora desta

"ertente do trabal5o 3 a centralidade docon5ecimento teJrico como fonte deino"ação $*0)) ;CD%. 0 por fim destaca@se nesta lin5a de pesquisa uma no"a teoriado crescimento na economia a qual enfati1aa importUncia do con5ecimento para ocrescimento econ,mico obser"ando que asdescobertas diferem de outros insumos

 porque elas são não competiti"as e sãocombust"el para mais ino"ação. $RO70R;EB ;=%.

O segundo enfoque dispensa muitoesforço para analisar o quanto esses setoresintensi"os em con5ecimento realmentecontribuem para o crescimento da

 produti"idade $*R/4O)#++O/ 0 I<===\ GOR!O/ <===%. !e"ido ^ expansãodas ind:strias intensi"as em con5ecimentoacompan5ado de aumento da produti"idadeocorreu uma e"olução macroecon,mica e domercado financeiro incomum na d3cada de

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;= e boa parte da literatura discute o fatode a economia do con5ecimento ser operadade forma diferente da tradicional. #a1em

 parte deste quadro de pensamento pesquisasmuito recente em sociologia e economia dotrabal5o relati"a aos no"os postos detrabal5o que surgem e em como estes aindase ligam ^ VantigaW economia $SO&A/ 0*AR)0 ;%.

-m terceiro tipo de perspecti"a serelaciona mais com a gestão enfoca o papelda aprendi1agem e da ino"ação contnuadentro das empresas $!R-&S0R ;D

 /O/ASA 0 AS0-&I ;F PR-+AS;C%. Algumas organi1ações parecem ser particularmente boas em produção decon5ecimento e transfer?ncia e os

 pesquisadores estão interessados emcompreender o porqu? e se essas pr>ticas

 podem ser replicadas. 0ssa lin5a tentaentender as implicações sociolJgicas eecon,micas mais amplas como a"aliar se ocon5ecimento 3 codificado ou t>cito e quetipos de arranKos sociais aumentam ou

impedem a geração e transmissão decon5ecimento $&OTA/ et al . <===%. /oentanto a pesquisa emprica sistem>ticasobre o tema ainda 3 escassa e não temlidado com suas implicações pr>ticas para oemprego.

&onstata@se na economia mundial principalmente nas nações maisdesen"ol"idas a partir dos anos ;C= umaclara transição nas economiasindustriali1adas para economia de ser"iços'

a economia pJs@industrial. 0ssa mudançaest> calcada num processo de aceleração da

 produção do con5ecimento. &omo exemplosdessa mudança um carro cone da "el5aind:stria 5oKe repleto de itens de altatecnologia relati"os ^ segurança poluiçãoentretenimento e performance etc. ou entãocomputadores produ1idos na vsia sãoequipados com soft]ares sofisticadosimensamente mel5ores que 5> ;= anos.Ocorreu claramente um processo decon"ersão na demanda de bens tang"eis por

 bens intang"eis.

-m dos desafios que se interpõe naatualidade 3' como medir o quanto asociedade est> realmente dependente de

 produção de con5ecimento 0xistem ">riasdireções a serem seguidas' medir ações decon5ecimento 5umano e organi1acional\medir o In"estimento em P!\in"estimento em ecnologia da informaçãoe comunicação\ reformas organi1acionaisou ainda o 0stoque de Patentes. +ãocaractersticas dessa no"a fase daorgani1ação industrial a diminuição do custode mercadorias e difusão de seu uso e ainda

a obsolesc?ncia programada odesen"ol"imento de no"os produtos. -mexemplo do impacto desse processo 3 a#inlUndia que em ;B= era uma economia

 baseada em madeira e papel 5oKe 3 a sededa /OSIA maior detentores de patentes nosetor no mundo.

Outra faceta importante desse processo 3 o fato de que a 0conomia do&on5ecimento gera organi1ações $firmas%diferentes como exemplo pode@se citar a

Plataforma )inux o ProKeto Genoma aorgani1ação de trabal5o se tornou muitomais flex"el eficiente e produti"a.

Al3m da #inlUndia pode@se citar oexemplo da &oreia do +ul com um terço doPI* brasileiro tem gerado ino"açõestecnolJgicas sobretudo na no"a economiacriati"a complementa@se aqui os igresAsi>ticos $4apão &oreia do +ul ai]an+ingapura% in"estiram em educação eobti"eram substanciais mel5ores no s3culo

LIL e 5oKe dominam boa parte da ino"açãotecnolJgica mundial.

0m se tratando de *rasil /ati"idade$<==;% no que di1 respeito ^ produçãocientifica e tecnolJgica brasileira esta K>apresenta bons resultados compat"eis com aaplicação de recursos nesse setor. /oentanto coloca a autora que 3 precisoa"ançar muito mais na relação -ni"ersidadee empresa6sociedade 3 preciso que osgestores das -ni"ersidades empresasgo"ernos de"em tomar consci?ncia efeti"ados amplos benefcios ad"indos da pesquisa

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ino"ati"a tecnolJgica $P!%. /ão 3 a faltade recursos que impossibilita a pesquisamas sim a falta de planeKamentoadministrati"o no setor de tecnologia.

2+ 'NI/E$SI&,&EQ&ESEN/%5/I.EN#% E E.P$ES,:eKperiências e contriiçUes

A origem da interação entre auni"ersidade e o setor produti"o foi dado

 pela obra de +c5umpeter de ;;; que

deixou e"idente al3m do papel da ino"açãocomo fator de produção na empresa oesprito empreendedor e a destruiçãocriadora no processo do desen"ol"imentoecon,mico e social que completam a teoriadesen"ol"imentista de +c5umpeter $;EE%.

As primeiras colaborações entreuni"ersidade empresa e sociedadeaconteceram no incio do s3culo LIL nos0stados -nidos em pesquisas que foramdirecionadas para solução de problemas nas

>reas de qumica e el3trica. Apartir daquelemomento as uni"ersidades deixaram de serapenas instituições de ensino e transmissãodo con5ecimento e se transformaram eminstituições de pesquisa aplicada.

A pesquisa foi ligada ^ educação den"el superior nos 0stados -nidos 0uropa etamb3m mais tarde no *rasil. Asuni"ersidades que se dedica"amexclusi"amente ^ pesquisa aplicada deramincio a ">rias instituiçõs de renome

internacional como o Instituto deecnologia da 7assac5ussets $7I% criadocom o obKeti"o de desen"ol"er pesquisaaplicada para ind:stria tecnolJgica queagrega diferentes campos do con5ecimento.#oi o primeiro passo para criação do setorindustrial nos arredores da uni"ersidade.amb3m 3 o caso cl>ssico da -ni"ersidadede +tanford que originou o Silion =alleH,ou o 8ale do +ilcio agregando em um lJcusgeogr>fico agrega empresas de altateconologia de inform>tica e robJtica como

oo(le a++le I*7 entre outras$0SOTI ;9%

 /a 0uropa 3 a partir da crisemundial de ;CD que se "erifica um impulso

 para a criação de ag?ncias dedesen"ol"imento regional preocupadas emincrementar as trocas de con5ecimento entreos centros de produção tecnolJgica e

 produti"a e as empresas de no"astecnologias $8I0IRA 0 S-// <==;%. A"inculação da ati"idade de pesquisa com asuni"ersidades na 0uropa ocorre desde oincio do s3culo principalmente na

Aleman5a. A -ni"ersidade de *erlimfundada em ;=E abriga cientistas e tornacompulsJria a ati"idade de pesquisa nodesen"ol"imento da carreira docente.

+ão muitas as uni"ersidadeseuropeias com experi?ncias derelacionamento com o setor pri"adosociedade e uni"ersidade ao longo dos3culo. 0m ;C< foi criado o parquetecnolJgico de Dambrid(e Siene ar   naInglaterra. /a #rança o mais importante 3 o

So+<ai nti+olis criado em ;B. /aAleman5a existem mais de <F parquestecnolJgicos desen"ol"idos desde ;CBcom o obKeti"o de "incular as pesquisas dauni"ersidade e empresas e comunidadelocal. /a 0span5a o relacionamento entreuni"ersidade e empresa mercado detrabal5o tem sido condu1ido pelo +istema

 /acional de Ino"ação por instrumentos polticos de >reas especficas como acientfica a tecnolJgica a financeira e a

 produção. O 4apão a partir de ;C=ideali1ou e implantou as cidadestecnolJgicas sendo a cidadede suQuba omel5or exemplo. endo como obKeti"os dele"ar o desen"ol"imento econ,mico para>reas afastadas das grandes cidades\ indu1iro in"estimento local\ concentrarin"estimentos conKuntos nodesen"ol"imento de tecnologias nacionais. A&oreia do +ul nos anos E= crious seu centrode alta tecnologia o @aedo Siene @o#nconsiderado o primeiro valleH  tecnolJgicodo pas. 0ssas são algumas das in:meras

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experi?ncias de parceria entre uni"ersidadeempresa e sociedade que "em sedesen"ol"endo ao redor do mundo $8I0IRA0 S-// <==;%.

2+* EKperiênicas e contriiçUes no Frasile no ParanR

 /a Am3rica )atina a primeira-ni"ersidade foi fundada no 73xico em;FDE no &5ile em ;CDE e no *rasilsomente na d3cada de ;<= que se deu a

 primeira criação da uni"ersidade brasileira –

a -ni"ersidade do *rasil 5oKe -ni"ersidade#ederal do Rio de 4aneiro – -#R4. A criaçãoda -ni"ersidade de +ão Paulo – -+Pocorreu em ;D9.

 /o incio a pesquisa e o estudosuperior eram destinados apenas ^formação da elite dirigente brasileira. /osanos F= criou@se a +ociedade *rasileira parao Progresso da &i?ncia @ +*P& com ointuito de consolidar a relação entre aci?ncia e a ind:stria nacional. &riou@se

tamb3m o &onsel5o /acional de Pesquisa –&/Pq com obKeti"o de implementar uma poltica nacional de ci?ncia e tecnologica.0m ;F; foi criada a &omissão deAperfeiçoamento de Pessoal de 0nsino+uperior – &AP0+ $80)O ;B%.

 /a d3cada ;B= foi criada a-ni"ersidade de *raslia – -n* que temcontribuido com o processo de crescimentoe desen"ol"imento da pesquisa e ini"açãono contexto regional. 8ale destacar a

-ni"ersidade de &ampinas $-nicamp%reali1ou con"?nio com a elebr>s para odesen"ol"imento de fibras Jticas e oInstituto de Geofsica da -ni"ersidade#ederal da *a5ia $-#*A% que atuou em

 parceria no desen"ol"imentode pesquisasgeolJgicas com a 8ale do Rio !oce$7A+I0IRO 0 +0RRA <==;%.

 /o *rasil embora não exista algonos padrões da califJrnia a região de&ampinas 3 caracteri1ada nos moldes doSilion =alleH  californiano sendo consensoque a oportunidade criada na região est>

relacionada aos centros de pesquisa e ^s boas uni"ersidades presentes na >rea bemcomo a interações entre uni"ersidade eempresa e comunidade local. &ontudo "alee"itar concentrar todos os esforçosexclusi"amente em mecanismos deinteração uni"ersidade6empresa apontados

 para ind:strias de alta tecnoloiga. Srugman$;; p. F9% V aponta que a alta tecnologia 3obKeto da moda $...% e at3 mesmo ind:striasde alta tecnologia respondem a forçasecon,micas fora de modaW.

0m ;CB reali1ou@se feita uma

 parceria entre a -nicamp e a &ompan5ia de!esen"ol"imento ecnolJgico a &odeteccom obKeti"o de gerar no"as tecnologias eincenti"ar a criação de pequenas ind:striasde base tecnolJgicas e incenti"ar a criaçãode ind:strias de grande porte. 0ssa foi ainiciati"a pioneira no *rasil que deu incioao primeiro parque tecnolJgico brasileiro.

 /os anos E= o &/Pq elabora arranKosinstitucionais que resultaram na criação dos

 /:cleos de Ino"ação tecnolJgica as

Incubadoras e os Parques ecnolJgicos.*uscous@se tamb3m incenti"ar o surgimentode Parques ecnolJgicos em +anta 7aria$R+% 4oin"ille $+&% +ão &arlos $+P%&ampina Grande $P*% e 7anaus $A7% eoutros parques tecnolJgicos espal5ados pelo*rasil.

 /a opinião de /ascimento $;E%esses parques tecnolJgicos proporcionarama união de diferentes entidades p:blicas e

 pri"adas em torno de proKetos e interesse

comuns tendo em "ista uma aptidãoregional e a capacitação cientfico@tecnolJgica K> instalada. 7as recentementetem@se destacado grandes -ni"ersidades em

 parceria com grandes ramos do agronegJciocomo 3 o caso da -+P @ 0scola +uperior deAgricultura )ui1 de 2ueirJ1 – 0+A)2 e a-ni"ersidade #ederal de 8içosa – -#8.&om a abertura econ,mica do pas ">riasforam as medidas go"ernamentais "isandoao maior desen"ol"imento e aproximaçãoentre as uni"ersidades e empresa.

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 /ão se pode deixar de mensionar a&OPP0@-#R4 – Instituto Alberto )ui1&oimbra de PJs@Graduação e Pesquisa de0ngen5aria este Instituto tem constirudodesde ;BD data da sua fundação cominumeras pesquisas e tornou@se o maiordentro de ensino e pesquisa em engen5ariada Am3ria )atina. +egundo #urtado $;EE%in:meros fatores contriburam para osucesso da &OPP0 e para sua maturidadeinstitucional. #atores internos e externosexplicam seu sucesso mas a grandecaracterstica de sua 5istJria organi1acinal

foi ter conseguido consolidar relaçõesestrat3gicas por no"as lin5as de açãoinstitucional adequadas ^s mudançasocorridas no ambiente externo.

&om relação ao 0stado do Paran>5> um discusso desde a d3cada de ;=desqualificando o papel das uni"ersidadesestaduais paranaense no processo dedesen"ol"imento regional di1endo que estasconstituiam um ele"ado custos parasociedade no entranto foi preciso a"ançar

al3m deste argumento abstrato afirmando oinestim>"el in"estimento6retorno para asociedade que a uni"ersidade porporciona.Ri11i $<=;=% argumenta que foramnecess>rios estudos cientficos que não sJ

 permitissem uma "isão sist?mica e deinteração das uni"ersidades com asociedade bem como registrassem algunsaspectos econ,micos que realçassem as"antagens e os impactos positi"os sobre on"el de renda e emprego onde as

uni"ersidade se locali1am.!entre os estudos feitos destaca@se

no que tange ao impacto econ,mico dasInstituições P:blicas de 0nsino +uperior

 paranaense. 0m que resultdos obtidosapontam para um forte impacto registrandomultiplicadores de <D9 e <FD para renda eemprego respecti"amente ou seKa para cadaunidade de recursos financeiro aplicado emin"estimento custeio ou pessoal os outros;D9 a ;FD são acrescentados na renda eemprego $RO)I/ S-R0+SI <=;=%.

O sistema estadual de ensinosuperior do Paran> 3 constitudo por ;F;Instituições de 0nsino +uperior das quais <<são p:blicas e ;< pri"adas $I/0P <=;=%. OParan> det3m praticamente F=z do total dasI0+ da região sul do pas e maisexatamente B;;;z delas estão situadas emterritJrio paranaenses. -m ponto importantea ser mensionado 3 o peso das instituições

 p:blicas estaduais no Paran> 999z dasI0+ p:blicas estaduais da região sul estãolocali1adas neste estado. +ão ao todo ;CI00+ paranaenses que apresentam a

seguinte composição' F uni"ersidadesestuduais – -0PG -0) -07 -/IO0+00 -/I&0/RO – e ;< faculdadesestaduais a saber' 4acara1in5o $D%\ &uritiba$<%\ Apucarana\ *andeirante\ &ampo7ourão\ &orn3lio ProcJpio\ Paranagu>\Parana"a\ e -nião da "itJria. 0stas ;<faculdades compõem a -/0+PAR sendo asua integração obKeto de processo dereestruturação promo"ido pela +ecretaria de0stado da &i?ncia ecnologia e 0nsino

+uperior do Paran> $+0I <=;D%.Outro fato importante a sermencionado 3 a e"olução do corpo docentedas uni"ersidades paranaense em <===tin5a ;9.;D= docentes o que representa"aDF<z do toal de docentes da região sul. 0m<==D esse percentual aumentou para D9Fsendo este crescimento um claro sinal daimportUncia do ensino superior para o estadodo Paran>. 0m relação ao n:mero dedoutores no Paran> em <=== 5a"ia <.9EE

deles no 0stado o que siginifca que DF<zdo total de doutores na Região +ul esta"amalocados em I0+ paranaenses. 0m <==Desse percentual aumentou para DCBz.2uando se trata apenas do Paran> o n:merode doutores nas I0+ p:blica estadual estãoem torno de B9z do total de doutores nas-ni"ersidades estaduais o que significa queuma poltica por parte das I00+ paranaensecom a mel5oria da qualificação profissionalde seu corpo docente $+0RRA <=;=%.

 /o que se refere a colaboraçãoentre uni"ersidades e empresas segundo

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+erra $<=;=% o intercUmbio 3 positi"o do ponto de "ista da uni"ersidade a obtençãode recursos para financiar pesquisas aincorporação de alunos estimula oaprendi1ado pr>tico e possibilita a suainserção no mercado de trabal5o e oaumento do con5ecimento pr>tico dastecnologias utili1adas no setor produti"o sãoos pontos mais destacados.

0xemplos pr>ticos são asincubadoras de empresas no Paran> que

 procuram aliar a tecnologia que est> sendodesen"ol"ida dentro da uni"ersidade ^ sua

transformação em produto para o mercado. /o Paran> existem ">rias incubadores deexcel?nica entre as quais citam@se' i%Incubadora ecnolJgica de &uritiba –I/0&60&PAR\ ii% incubadoraInternacional de 0mpresas de +oft]are –II0+6&I+\ iii% Incubadora ecnolJgica de+ão 7ateus do +ul – I+6P0RO*Rv+\ i"%Incubadora Agroindustrial de &asca"el –#-/!00&\ "% Incubadora Ind:strial de)ondrina – I/&I)\ "i% Incubadora

ecnolJgica de 7aring> – -07\ "ii%Incubadora 0mpresarial ecnolJgica doIguaçu – IAI6-/IO0+0\ "iii% eIncubadora Internacional de 0mpresas de*ase ecnolJgica da -ni"ersidade 0stadualde )ondrina – I/-0)\ e ix% Incubadora do&efet6Pato *ranco que mat?m "nculo cominstituições de ensino e pesquisa comogestoras ou promotoras das incubadoras.0stas recebem apoio como assissoriasespeciali1adas utili1ação de laboratJrios

an>lise e pareceres t3cnicos concedidos pordocentes das uni"ersidades progrma deest>gio e de "isitas nas incubadoras e"entose trabal5os conKuntos dentre outros$+AI/+A&S <==;%.

Outras ag?ncias e #undaçõestamb3m tem contribuido e formado parceriacom uni"ersidades estadual paranaensecomo 3 o caso do +er"iço *rasileiro e Apoio0mpresarial – +0*RA0 parceiro com "isãoempresarial por sua experi?ncia com ^smicro e pequenas empresas que tem lançadoeditais e apro"ado proKetos importantes para

ala"ancagem comercial e expansão denegJcio em todo territJrio paranaense.

#inanaciadora /acional de ProKetos – #I/0P parceiro go"ernamental $federal%que tem lançado editais "oltados ^ ino"açãotencolJgica tanto nas >reas m3dica

 biolJgica energ3tica como tamb3mdiretamente ligado a desen"ol"imento da>rea de ecnologia de Informçãoen"ol"endo a produção de games edesen"ol"imento de  so/t#are. A #undaçãoArac>ria ag?nica go"ernamental estadualque tem contribuido por meio de editais com

a disseminação e conscienti1açãoempreendedora e "isão de ino"açãotecnolJgica participando com recursosdestinados a mo"imentos de incubadoras e

 parques tecnolJgicos atra"3s dein"estimentos de recursos Kunto a estainstituição para reali1ação de e"entos e#ors<o+s de empreendedorismo ser"indode forma nacional a rede de incubadoras e

 parques tecnolJgicos.Instituto Agron,mico do Paran> –

IAPAR instituição do go"erno estadual tem por obKeti"o de coordenar toda pesquisaagropecu>ria desen"ol"ida no estado. &ontacom cerca de ;9F t3cnicos de n"el superiorsendo que mais de E=z deles são mestres edoutores. A 0mbrapa6soKa 3 a unidade da0mpresa *rasileira de PesquisaAgropecu>ria instituição do go"ernofederal dedicada ^ pesquisa da soKa. emcerca de C= pesquisadores e todos comformação de mestrado e doutorado.

 /a constatação de Rolim et al$<=;=% essas ag?ncias fundaçõesinstituições são exemplos de atuação Kuntoao setor produti"o e pela importUncia deseus laboratJrios na prestação de ser"iço ^comunidade.

3+ 'NI/E$SI&,&E E %&ESEN/%5/I.EN#% $EI%N,5: ocaso da 'NI%ES#E

A -ni"ersidade 0stadual do Oestedo Paran> 3 uma instituição p:blica de

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ensino superior multicampi com sede nomunicpio de &asca"el. 0m ;; a )ei0stadual n .BBD6; a transformou emautarquia a #undação -ni"ersidade 0stadualdo oeste do Paran>. 0 em ;9 foi criada a-ni"ersidade 0stadual do Oeste do Paran>-/IO0+0 di"idida em 9 campusabrangendo toda a região oeste do Paran>.Os campus ficam situados nos municpiosde &asca"el #o1 do Iguaçu oledo e7arec5al &Undido Rondon. 0m ;E foiincorporada ^ -nioeste a #A&I*0)#aculdade de #rancisco *eltrão municpio

situado na região sudoeste do estado. &om aintegração do &ampus de #rancisco *eltrãoa -nioeste se consolidou como uma-ni"ersidade Regional focada nodesen"ol"imento regional e socialabrangendo as regiões Oeste e +udoeste do0stado do Paran>.

A -nioeste "em promo"endo aemancipação social e econ,mica das regiõesem que est> inserida atendendo asexpectati"as do desen"ol"imento regional.

0nquanto Instituição p:blica de pesquisa eensino superior atua como agente deintegração de difusão do con5ecimento e de

 promoção do desen"ol"imento 5umano esocial orientando suas ações para pri"ilegiaras peculiaridades inerentes ^ microrregiãode cada &ampus.

 /esse sentido a di"ersidade decursos de graduação ati"idades de pesquisae extensão ofertada em cada unidadeuni"ersit>ria possibilitou a "erticali1ação do

ensino atuando tamb3m na pJs@graduaçãoiniciando o primeiro curso de mestrado em;C. 0m <==C a -/IO0+0 esta"a com Ecursos de mestado e ; de doutorado e a

 partir deste ano 5ou"e uma grandeexpansão c5egando em <=;D com < cursosde mestrado e F de doutorado.

O ensino de graduação e pJs@graduação apresentam ações que catalisamos esforços na mel5oria dos indicadoressociais ambientais e econ,micas das regiõesem que atua. /a >rea da pesquisa a-/IO0+0 tem implementado importantes

 proKetos de pesquisa para o desen"ol"imentoregional. As pesquisas em sua maioria sãofinanciadas por empresas pri"adas e Jrgãosou instituições estaduais e federais defomento pesquisa.

3+* <ist1rico da p1s-radação na'NI%ES#E: inovaçãoQ ciência etecnoloia

Os <= anos de 5istJria da -nioestea serem completados em de1embro de <=;9se caracteri1am tamb3m pela g?nese e

sedimentação da "erticali1ação do ensinocaracteri1ada pela ampliaçao da oferta decursos strito sens'. Apartir da tmida ofertade um primeiro curso de mestrado no&ampus de &asca"el em ;C na >rea de0ngen5aria Agrcola tanto que somente em<=== o curso de agronomia de 7arec5al&Undido Rondon o seguiu. /a d3cadasubsequente o processo de formação doquadro docente dos cursos da infanteinstituição mel5oria no ambiente da

uni"ersidade e dos Jrgaos de fomento produ1iu crescimento sem precedentes da pJs@graduação na I0+.

0m <=;D o &ampus de &asca"eloferta"a de1 mestrados e dois doutorados. O&ampus de oledo fe1 sua primeira ofertaem <==D com o mestrado na >rea de!esen"ol"imento Regional e AgronegJcio.-ma d3cada depois no ano de <=;Dapresenta"a a segunda maior oferta decursos da instituição sendo oito mestrados e

tr?s doutorados.A realação dos cursos ofertados

mestrado e doutorado em cada campus bemcomo a data de incio da oferta contam no2uadro ;.

0m uma d3cada e meia a -nioesteformou cerca de <= mestres e doutores osquais passaram a atuar na prJpriainstituição em I0+ pri"adas da região e do

 pas empresas ou como aut,nomos seKamno Paran> ou em outros estados dafederação. 0ssa contribuição 3 muitoimportante "isto que estas pessoas possuem

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alta qualificação e contribuem para maior produti"idade mudança nos processos produti"os desen"ol"imento de produtos e processos estando em consonUncia com ano"a "ertente do desen"ol"imento' aeconomia do con5ecimento.

3+2 Prodção interna dos docentes

N inequ"oca a rele"antecontribuição da -nioeste atra"3s daqualificação de estudantes quer seKa nagraduação ou na pJs@graduação. Por3m sua

contribuição "ai al3m de formar pessoasuma "e1 que os docentes possuem no seurol de ati"idades responsabilidades al3m doensino quais seKam a pesquisa e a extensão.

O processo de pesquisa se fa1 emdi"ersas modalidades. 8isam o incrementono con5ecimento em cada >rea docon5ecimento os quais são publicados emformas de artigos li"ros relatJrios

 pareceres patentes produtos e ser"iços quesao aplicados no ensino na extensão e

c5egam ao mercado para a produção de bensou ser"iços com efici?ncia superior. /oquinqu?nio <==E@<=;D a produção cientficados docentes da pJs@graduação superou osF= mil ttulos $2uadro <%.

O corpo docente que atua"a na pJs@graduação da -nioeste em <=;D supera"a9<= profissionais atuaando nos mais de D=

 programas  strito sens'  nos cinco campiuni"ersit>rios distribuido na seguinte forma'o &ampus de &asca"el com o maior

n:meros de docentes $;F9%\ a seguir oledo$;<F%\ 7arec5al &Undido Rondon $C%\#rancisco *eltrão $D% e #o1 do Iguaçu $<F%.

3+3 , 'niversidade e as e>presas:cooperação e estRios

O obKeti"o desta seção 3 descre"ere analisar os con"?nios firmados pela-nioeste em termos de cooperação eest>gios. Os con"?nios são relia1ados com oobKeti"o de formar parcerias com empresasda esfera p:blica ou pri"ada O/Gs

associações institutos ou fundações queestão interessados a estabelecer ligação coma complementação e difusão docon5ecimento e a aplicação pr>tica daquiloque 3 ensinado em sala de aula. 0stescon"?nios podem ser estabelecidos com ousem interesses financeiros. Os con"?nios sãoassinados com o intuito de reali1ação deest>gios no *rasil e no exterior pesquisas

 palestras #ors<o+s "isitas t3cnicasmel5oramento de produtos ou ser"içostrocas de experi?ncias e possuem um papelimportante no desen"ol"imento do ensino

aprendi1agem. VA uni"ersidade tem comomissão a formação de recursos 5umanos e areali1ação de pesquisas de car>tereminentemente exploratJrio quecomplementam essa tarefa e aumentam on"el geral de con5ecimentos dispon"eis

 para a sociedadeW. $7ORA0+ \ +A);9 p. ;=;%.

As empresas procuram profissionais que possuam um perfil "oltado para as suas necessidades preparado para

enfrentar as dificuldades e turbul?nciaencontradas no mundo dos negJcios.Para que estes obKeti"os possam ser

alcançados 5> necessidade da união destesdois entes que poderão ser beneficiados comesta ação como tamb3m poderão influenciarno crescimento e no desen"ol"imento daregião onde estão inseridos. !esta forma o

 pensamento brasileiro est> no sentido deVque o crescimento econ,mico por si sJ 3capa1 de pro"ocar as indispens>"eis

mudanças sociais. O aumento de produti"idade e da qualidade sJ ser>conseguido com a formação t3cnica eeducação condi1entes portanto não 5a"er>ino"ação tecnolJgica sem o preparoadequado do 5omemW. $+A/O+ \ +-GA<==; p. E%.

Assim pode@se di1er que um pode beneficiar o outro e "ice@"ersa construindo Kuntos pilares sJlidos neste relacionamentode cooperação. !esse modo Vaocompararem os resultados das empresasassociadas com os de suas concorrentes

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estabeleceram a id3ia de que a participaçãoem redes de cooperação pode ser entendidacomo um instrumento de gan5os decompetiti"idade para empresas de menor

 porteW mesmo porque o compartil5amentode informações e das necessidades que cadaum ten5a se transforma em um fatorfundamental para que se consiga a"anços e

 possibilidades de mel5oria como a reduçãode custos aumento de produti"idade e delucros e consequentemente a ala"ancagemdos negJcios. $80R+&OOR0 \*A)0+RI/ <==E p. 9%.

 /este sentido 7oraes e +tal $;9%enfati1am que'

a uni"ersidade tem como foco primordial o in"estimento na geraçãode con5ecimentos Kustificando atecnologia como necess>ria aodesen"ol"imento da sociedade emgeral\ K> a empresa focali1a suaatenção na geração de lucros sem oque ela não sobre"i"e e não reali1a suafunção social de criar empregos e

atender ^s car?ncias da sociedade.$7ORA0+\ +A) ;9 p. ;==%.

&omo complemento 7oraes e +tal$;9% destacam algumas "antagens tanto

 para a -ni"ersidade como para o setor pri"ado enfati1ando que estas são "is"eis para todos. A -ni"ersidade consegue captarrecursos adicionais para que as suasati"idades de pesquisa principalmente

 possam ser desen"ol"idas com n"el de

excel?ncia conseguindo adquirir eacompan5ar os a"anços tecnolJgicos quesão tão necess>rios para a reali1ação das

 pesquisas.Outro fator 3 a questão de com

estes recursos pode@se manter a in"estigaçãode ponta em seus laboratJriosacompan5ando os a"anços em termosmundiais al3m de conseguir reter os

 pesquisadores mais capacitados pois estes possuem condições de trabal5o. Possuir

condições de associar ao ensino proKetos dealta tecnologia 3 de suma importUncia para

que estes feitos possam refletir na sala deaula e consequentemente no grau decon5ecimentos absor"ido pelos alunos. 4> as"antagens para o setor pri"ado tamb3m são

 boas e camin5am no sentido de conseguirdesen"ol"imento tecnolJgico com menorin"estimento possibilitando a atuali1açãotecnolJgica de forma constante tendo ocontato com profissionais altamentequalificados com experi?ncias e que

 possam contribuir de alguma forma comesta integração $cooperação%.

Outro ponto importante 3 que as

empresas integradas podem ter acesso aoslaboratJrios e seus experimentos e ^ biblioteca da -ni"ersidade. 0stas são"antagens significati"as que podem

 proporcionar um gan5o importante no progresso tanto da uni"ersidade com ^sempresas en"ol"idas na cooperação.

!entre os moti"os pelos quais asuni"ersidades e empresas assinam con"?niosest> a reali1ação de est>gios onde osacad?micos terão a oportunidade de aplicar

os seus con5ecimentos no dia a dia dasempresas conseguindo aumentar oaprendi1ado unindo a teoria com a pr>tica.

 /este sentido serão analisados alguns dadossobre os con"?nios firmados pela -nioesteentre <==E e <=;D conforme demonstradosnos gr>ficos ; < D e 9.

O Gr>fico ; apresenta a quantidadede con"?nios firmados pela -nioeste em<=;D com pases da 0uropa vsia vfricaAm3rica do /orte e Am3rica do +ul. O

obKeto principal destes con"?nios est>relacionado a protocolos de cooperaçãot3cnico@cientfico e de produção acad?micaque "isa o recebimento e encamin5amentode acad?micos e professores "isitantes paraa reali1ação de pJs@graduação strito sens'em n"el de mestrado doutorado e

 principalmente pJs@doutorado pesquisasetc. Os pases que se destacaram em termosde quantidade de assinaturas de con"?niosforam a It>lia $C% Argentina $B% 0span5a$B% Portugal -+A e 8ene1uela $9%.

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Os con"?nios internacionais sãoimportantes para o desen"ol"imento dosalunos e professores que estarão

 participando e se en"ol"endo diretamentecom o seu obKeto. Al3m de conseguir estar

 bem prJximo das metodologias etecnologias de ponta utili1adas em outros

 pases pode@se tra1er ino"ações a seremaplicadas em nosso meio.

0m relação aos con"?nios comentidades estabelecidas no territJrionacional a -nioeste assinou no perodo de<==E@<=;D B= con"?nios. Analisando o

desmembramento entre os anos no Gr>fico< "erifica@se um crescimento significati"ode D<Cz ao se comparar <==E com <=;D.!estacando que a quantidade de con"?nios"em aumentando ano apJs anodemonstrando o empen5o e interesse da-nioeste neste tipo de relação com asdi"ersas entidades.

0stes con"?nios foram firmadoscom empresas Jrgãos do go"erno bancosfaculdades e uni"ersidades p:blicas e

 pri"adas escolas p:blicas e pri"adas etc. OobKeto principal dos con"?nios nacionaisest> relacionado a oportunidade para aefeti"ação de protocolos acordos decooperação de concessão de prestação deser"iços de repassa de direitos e de termosde depJsito com a intenção de estabelecerum canal para a reali1ação de est>giosintercUmbios de cooperação t3cnicaacad?mica financeira cultural de aKuste de

 propriedade intelectual etc.

Alguns destes con"?nios tamb3m pre"?em o en"ol"imento de recursosfinanceiros para custear e dar condições paraser colocado em pr>tica os termos acordadose estes "alores estão apresentados noGr>fico D. A -nioeste tamb3m temconseguido um aumento gradati"o decon"?nios en"ol"endo recursos financeirosisto significa que a uni"ersidade est> emcondições e fornecer uma contrapartida aaltura daquilo que o setor externo necessita.&omo destaque est> o ano de <=;< que

alcançou recursos no "alor de R};=.BEC.FE9E.

Os recursos obtidos pela -nioeste por interm3dio dos con"?nios no perodo de<==E a <=;< totali1aram o montante de R}<E.9;C.==<FE são "alores significati"osauxiliam a uni"ersidade a cumprir com o seu

 papel de propagador do con5ecimento. Ao"erificar o Gr>fico D "isuali1a@se umcrescimento de DB9D9z ao ser compara osanos de <==E e <=;< demonstrando assim odesempen5o da -nioeste na busca porcon"?nios que en"ol"am recursos

financeiros. 0stes recursos são pro"enientesde Jrgãos de fomento do go"erno #ederal e0stadual fundações e empresas p:blicas e

 pri"adas.Para ilustrar o "olume dos recursos

financeiros en"ol"idos no Gr>fico 9 estesforam fragmentados pelo "olume derecursos destinados para cada um.

!os ;=9 con"?nios quecontempla"am recursos financeiros noreferido perodo CB $CDz% en"ol"iam

recursos de at3 R} <==.===== a cima deste"alor at3 R} 9.===.===== estão os outros <E$<Cz%. /a maioria deles são desen"ol"idoscom poucos recursos significando que estãoen"ol"idos neles di"ersos professores ealunos contemplando tamb3m di"ersoscursos. +e consideramos os con"?nios com"alores at3 R} ;.===.===== estes somam B$<Dz% ficando apenas E $CCz% comrecursos acima deste "alor.

Os dados apresentados demonstram

a r>pido crescimento na interrelação da-/IO0+0 com entidade de fomentoempresa organismos nacionais einternacionais e com a sociedade.

3+? I>pactos sore os eressos da p1s-radação da 'nioeste

 /esta seção serão apresentadosalguns indicadores dos egressos dos cursosde pJs@graduação da -nioeste algumasinformações sobre o seu local de atuação

 profissional e de que forma estão

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contribuindo para o desen"ol"imento sociale econ,mico da região. &on5ecer osegressos e de que forma eles atuam nomercado 3 altamente significati"o comoinstrumento de acompan5amento do papelda uni"ersidade perante a sociedade.

As organi1ações exigem dos profissionais um esprito empreendedor eque ten5am condições de ino"arcontinuamente dessa forma as instituiçõesde ensino superior tem um importante papelna formação e qualificação de capital5umano para o mercado de trabal5o e para a

"ida pessoal de cada um. Para 7ac5ado$<==;% as -ni"ersidades de"em associar seucon5ecimento formal com a realidade "i"ida

 pelos seus acad?micos num mundo realformando seres pensantes crticosconscientes do seu papel social numasociedade capitalista.

Titte $<==B% ressalta que segundo oque 3 disposto na )ei n. .DB6B aeducação superior de"e "incular@se aomundo do trabal5o e pr>tica social e ainda

mais de"e formar profissionais nasdiferentes >reas de con5ecimento aptos parainserção em no"os setores profissionais.Para que possa garantir um bom profissionalque coloca no mercado de trabal5o a-ni"ersidade necessita a"aliarconstantemente o ensino que oferta sendoque para se obter um /eedba   do ensinoapresndi1agem e a formação pr>tica 3necess>rio estabelecer um canal decomunicação entre egressos e a

-ni"ersidade.!essa forma Titte $<==B% afirma

que identificando@se o perfil pessoal e profissional pode@se obter um  /eedbaquanto ^ influ?ncia do curso em seudesempen5o profissional na >rea.+c5]art1am e &astro $;;% completamressaltando que o estudo de egressosrecupera questões ligadas ao ensino e aadequação dos currculos ^ situação

 profissional. 7ac5ado $<==; p. 99% afirmaque a principal contribuição social de umauni"ersidade de"e ser com seus egressos. +e

não tem condições de manter esses egressos prJximos ao seu ide>rio ela est>desperdiçando um altssimo capital5umanoW.

A seguir serão analisados apenasos egressos programas de pJs@graduaçãostrcto sensu da -nioeste. O &ampus de#rancisco *eltrão possui =D $tr?s% cursos de

 pJs@graduação' em 0ducação Geografia eGestão e !esen"ol"imento Regional destesapenas o curso de Geografia possuiegressos. 0ntre <=;= e <=;D foram formadosE< mestre em geografia dos quais C; são

geJgrafos correspondendo a EBz do totalde mestres. !entre o total destacado 5> 9Fmestres que se encontra trabal5ando como

 professores em escolas faculdades euni"ersidades p:blicas e pri"adas da regiãoatuando principalmente no ensino m3dio. Osdemais estão distribudos em outras >reas docon5ecimento como pesquisador de Jrgãos

 p:blicos banc>rios e consultores.O &ampus de &asca"el possui o

maior n:meros de programas de pJs@

graduação com ;= cursos distribudos nasgrandes >reas do con5ecimento. 0ntre ;Ce <=;D defenderam suas disertações e tesesB;= mestres e doutores. Os cursos atuam emdiferentes campos do saber. Os egressos sãodas >reas de *ioci?ncias e +a:de $;B%\&onser"ação e 7aneKo de Recursos /aturais$DD%\ 0ducação $F%\ 0nergia na Agricultura$DE%\ 0ngen5aria Agrcola $<CD%\ )etras$;;%\ Profissional em )etras e Odontologia.Os cursos de mestrado em administração e o

de &i?ncias #armac?uticas ainda nãoti"eram egressos pois os cursos são no"os.

!este total de egressos FBCz$D9B% estão atuando na >rea de ensinosuperior em -ni"ersidades e #aculdades etamb3m no ensino m3dio. &abe ressaltarque os cursos de 0ngen5aria Agrcola e)etras do total de mestres e doutores ;BE$B<z% e ;;= $FCz% respecti"amente estãoexercendo suas ati"idades no ensino e

 pesquisa nas -ni"ersidades e #aculdades ouseKa estão formando e qualificando no"os

 profissionais para o mercado de trabal5o.

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Por outro lado pouco se obser"ou a atuaçãodos egressos em iniciati"a pri"adas agrande maioria estão atuando no setor

 p:blico e de ensino.O segundo &ampus com maior

n:mero de programas de pJs@graduação 3oledo com um total de E cursos e <Fegressos entre <==D e <=;D' O 7estrado em*ioenergia formou D alunos destes < estãoatuando na >rea de ensino\ &i?nciasAmbientais formou F tamb3m com <atuando na >rea de ensino\ &i?ncias +ociaisformou E com F trabal5ando em

-ni"ersidades e #aculdades e 0nsino73dio\ O curso de !esen"ol"imentoRegional e AgronegJcio tem o maiorn:meros de mestres e doutores formadoscom ;D= no total destes E< estão atuandocomo a maioria dos egressos em-ni"ersidades e #aculdades ;= estãoatuando em empresas pri"adas ecooperati"as agropecu>rias da região$+adia6*R# &ooper"ale )ar &oamo entreoutras% como gerentes diretores e

 presidentes. O programa de 0ngen5aria2umica formou CC alunos destes apenas ;=estão atuando na >rea de ensino e ;= estãotrabal5ando em empresas pri"adas na >reade f>rmaco.

0xemplificando uma empresa quetem contratado engen5eiros formados pela-nioeste 3 a Prati !ona !u11i empresa doramo de medicamentos com grande

 potencial de crescimento e in"estimento para região. Os demais egressos estão

distribudos em diferentes >reas docon5ecimento. O curso de #ilosofia te"e C<egressos dos quais D< estão no ensino\Recursos pesqueiros F destes <= egressosestão atuando na disseminação docon5ecimento $ensino%\ estão trabal5andoem empresas pri"adas de pesca e os demaisnos setores de pesquisa Jrgãos estaduais emunicipais.

Por fim os cursos de 7estrado em+er"iço +ocial de 0ngen5aria 2umicaainda não possuem egressos. Ao todo o&ampus de oledo formou entre <==D e

<=;D nos cursos de pJs@graduação <Fmestres de doutores conforme K> descritodeste total ;<D $9<z% estão com suasati"idades ligadas a >rea de ensino e

 pesquisa em -ni"ersidades e #aculdadesesta tem sido at3 o momento a grandecontribuição da -nioeste para odesen"ol"imento do capital 5umano quetende a gerar no"os con5ecimentos emdi"ersas >reas do saber.

O &ampus de 7arec5al &UndidoRondon possui F cursos de pJs@graduaçãostricto sensu formando entre <=== e <=;D

;=; mestres e doutores. O curso com maioregressos 3 o de Agronomia com EE destesD estão atuando em -ni"ersidades e#aculdades. #oi "erificado tamb3m queatuam em &ooperati"as associações Jrgãode pesquisa estadual e municipal. O

 programa de istJria com ; egresso\Geografia E\ ootecnia 9 e!esen"ol"imento Rural +ustent>"el 3 umcurso no"o que ainda não tem egressos.

Por fim o &ampus de #o1 do

Iguaçu tem os seguintes cursos de pJs@graduação' 0ngen5aria de +istemas!inUmicos e 0nerg3ticos iniciou suasati"idades em <=;= e K> formou ;; mestresna >rea de engen5aria =9 quatro estãoatuando em -ni"ersidades e #aculdades Dem empresas pri"adas e os demais em outrossetores. O grande potencial deste curso 3 a

 parceria entre a -nioeste e a Itaipu*inacional que tem gerado pesquisa na >reade energia especificamente an >rea de

 bioenergia. O mestrado em +ociedade&ultura e #ronteira iniciou em <=;= possui<D mestres formados dos quais ;; estãoatuando na >rea de ensino $-ni"ersidade e#aculdade% e os demais estão trabal5andoem Jrgãos estaduais municipais empresa

 pri"adas e prefeituras.Assim conforme foi obser"ado a

>rea de atuação dos egressos oriundos da-nioeste est> concentrada em sua maioriana >rea de ensino seKa ela em-ni"ersidades #aculdades 0nsino 73dio ealguns deles no 0nsino #undamental.

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Poucos desses profissionais estão emempresas pri"adas ou seKa a -nioesteainda est> formando seu capital 5umano

 para serem futuros multiplicadores decon5ecimento e saber. Isto pode ser reflexodos obKeti"os de cada um uni"ersidade esetor pri"ado. A uni"ersidade foca nodesen"ol"imento do saber do con5ecimentoe isto se concreti1a no longo pra1o.

Por sua "e1 a iniciati"a pri"adafoca na produção no aumento de capacidadee lucro imediato. 0sta questão precisa sermel5or trabal5ada para que os resultados

com as parcerias uni"ersidades e empresas possam ter mel5ores resultados.

3+ Interação niversidade-co>nidade:Prora>a de eKtensão niversitRria

&onsta no artigo 9D da )!*'

Artigo 9D. A educação superior tem porfinalidade'I @ estimular a criação cultural e odesen"ol"imento do esprito cientfico e do

 pensamento reflexi"o\II @ formar diplomados nas diferentes >reasde con5ecimento aptos para a inserção emsetores profissionais e para a participaçãono desen"ol"imento da sociedade

 brasileira e colaborar na sua formaçãocontnua\

III @ incenti"ar o trabal5o de pesquisa ein"estigação cientfica "isando odesen"ol"imento da ci?ncia e datecnologia e da criação e difusão dacultura e desse modo desen"ol"er o

entendimento do 5omem e do meio em que"i"e\

I8 @ promo"er a di"ulgação decon5ecimentos culturais cientficos et3cnicos que constituem patrim,nio da5umanidade e comunicar o saber atra"3sdo ensino de publicações ou de outrasformas de comunicação\

8 @ suscitar o deseKo permanente deaperfeiçoamento cultural e profissional e

 possibilitar a correspondenteconcreti1ação integrando oscon5ecimentos que "ão sendo adquiridos

numa estrutura intelectual sistemati1adorado con5ecimento de cada geração\

/I - esti>lar o conheci>ento dosprole>as do >ndo presenteQ e>particlar os nacionais e reionaisQ

prestar serviços especialiMados Jco>nidade e estaelecer co> esta >arelação de reciprocidade]

/II - pro>over a eKtensãoQ aerta Jparticipação da poplaçãoQ visando Jdi@são das conListas e ene@Bciosresltantes da criação cltral e dapesLisa cientB@ica e tecnol1ica eradasna institição+ $grifo nosso%. $)!* @ )eiD9 de <= de de1embro de ;B%.

0m decorr?ncia desse instrumento

legal a extensão uni"ersit>ria<E

caracteri1a@se como processo instrumentali1ador entre ateoria e a pr>tica a qual 3 progressi"amentemais c5amada a contribuir ^ aproximaçãorecproca entre o ambiente acad?mico e osdi"ersos setores da sociedade. O ambienteexterior ^ uni"ersidade tem se aKustado aosefeitos da globali1ação e das transformaçõest3cnico@cientficas@informacionais deladecorrentes. O 0nsino e a pesquisa buscamcompreender o no"o ambiente e propor

modelos e camin5os para dar conta dasati"idades nesse ambiente em mudança. /esse contexto a extensão uni"ersit>ria fa1a conexão entre o saber uni"ersit>rio e anecessidade da sociedade atra"3s de no"asrelações e o desen"ol"imento de no"os

 produtos processos e patentes.Por essa ra1ão em que pese as

dificuldades decorrentes da sua fr>gilautonomia e diante de uma traKetJria tardiasobretudo quando comparada ^s

uni"ersidades centen>rias de outros pases auni"ersidade brasileira capitaneada pelosetor p:blico tem expressi"os desafios emrelação ao seu compromisso social com a

<E -sa@se o conceito da Poltica /acionalde 0xtensão -ni"ersit>ria elaborado no #Jrum dePrJ@Reitores de 0xtensão das Instituições P:blicas de0ducação +uperior *rasileiras $#ORPRO0L%' VA0xtensão -ni"ersit>ria sob o princpio constitucionalda indissociabilidade entre ensino pesquisa eextensão 3 um processo interdisciplinar educati"o

cultural cientfico e poltico que promo"e a interaçãotransformadora entre -ni"ersidade e outros setoresda sociedadeW $R0/0L <=;< p. ;F%.

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educação com a ci?ncia e tecnologia com aarte e cultura e com a cidadania. $R0/0L<=;<%.

!entre as di"ersas ati"idades que asempresas e a sociedade podem usufruirmediante a extensão uni"ersit>ria muitas"e1es sob uma estrutura administrati"a:nica temos' a extensão' programas queutili1am o patrim,nio especfico docon5ecimento recursos 5umanos e materiaisda uni"ersidade\ +er"iços de atendimento ^comunidade interna' são ser"iços e

 benefcios que qualquer empresa possui de

atendimento a funcion>rios professores eestudantes\ Atendimento ^ comunidadeexterna' a uni"ersidade pode ter como uma

 poltica a execução de proKetos de car>ter permanente ou tempor>rio que secaracteri1em como ações externas ^uni"ersidade\ Ações comunit>rias' sãoaquelas prJprias das grandes empresas deresponsabilidade social para mel5orar omeio em que se situam e "alori1ar a imageminstitucional dentre outros. $)O*O <==;

 p. B%. A -nioeste 3 uma instituição Ko"em completando deu "ig3simoani"ers>rio em <=;9 tendo seu quadrot3cnico e conKunto de ati"idades ainda emestruturação. Ainda assim possui centenasde ati"idades de extensão entre proKetos

 programas e"entos prestações de ser"içosdentre outros. ais ati"idades en"ol"emcentenas de estudantes professores eagentes uni"ersit>rios que prestam ser"iços

^ comunidade e empresas nas cidades que possuem campus uni"ersit>rio e cidades"i1in5as.

?+ C%NSI&E$,(GES HIN,IS

O presente artigo buscou umasntese da e"olução do conceito de0conomia do &on5ecimento e de suacontribuição para cooperação flex"el einterati"a entre as empresas bem como

a"aliar o papel da -nioeste na geração decon5ecimento.

A perda de energia da ind:striatradicional nos anos ;B= abre espaço para ofortalecimento do conceito de &apitalumano fortalecendo o fator trabal5o e seu

 potencial produti"o adquirido "ia processoeducacional. Por essa concepção o capital5umano 3 algo produ1ido isto 3 o ser5umano 3 um ati"o sobre o qual se reali1aum in"estimento.

A concepção de capital 5umanoe"oluiu da tradicional ind:stria intensi"a em

capital para o conceito de 0conomia do&on5ecimento o qual aflora do grandea"anço das ind:strias intensi"as emcon5ecimento que contribuem para umacelerado a"anço t3cnico e cientfico assimcomo uma r>pida obsolesc?ncia. /esta 5>uma ligação profunda entre capacidadeintelectual e insumos fsicos ou recursosnaturais e algumas organi1ações são muito

 profcuas na produção de con5ecimento etransfer?ncia. Os casos do "ale do silcio

nos 0-A /JQia na #inlUndia sao exemplosde sucesso da economia do con5ecimentoonde o in"estimento em P! implica nadiminuição do custo de mercadorias edifusão de seu uso e ainda a obsolesc?ncia

 programada o desen"ol"imento de no"os produtos e a reser"a do mercado e processos"ia patentes al3m da interelação mais

 produti"a e flex"el entre organi1ações.Por sua "e1 a -nioeste tem

 buscado contribuir com o desen"ol"imento

da região onde se insere atra"3s deincrementos na qualificação de pessoas e naoferta de ser"iços e produtos tecnolJgicos.Apesar de existir 5> menos de "inte anosatua na graduação pJs@graduação na

 pesquisa e na interação com a comunidade eempresas.

A -nioeste oferta cerca de B=cursos de graduação D= de pJs@graduação

 strito sens' centenas de programas e proKetos de extensão de1enas de patentes eseu corpo docente produ1 mil5ares de

 produtos cientficos anualmente. !essa

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$e@erências

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 Reebido em 14E0E2014 +rovado em 23E0E2014

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P,N%$,., &, C%%PE$,()% EN#$E 'NI/E$SI&,&E E E.P$ES,IN%/,&%$,S N% ES#,&% &% P,$,N^ EN#$E *998 E 2;;8

!irceu os5iQa1u eruMaZZ

ugo 0duardo 7e1a PintoZZZ

4os3 Antonio +oaresZZZZ

Artur +il"a &oel5oZZZZZ

$es>oO processo ino"ati"o requer uma go"ernança por parte dasempresas. &omo um dos instrumentos de fonte de ino"açãodas empresas 3 a cooperação com as uni"ersidades einstitutos de pesquisas. A cooperação entre uni"ersidade einstitutos de pesquisas e empresa ser"e para diminuir osriscos associados o desen"ol"imento tecnolJgico formaçãode recursos 5umanos e transfer?ncia de tecnologia. 0m

termos de empresas ino"adoras do 0stado do Paran> tem@se uma quantidade representati"a mas uma parcela poucosignificati"a reali1a ino"ação "oltado para o mercadonacional e internacional ou seKa a grande parte dasempresas ino"adoras no 0stado do Paran> esta focada naino"ação para a prJpria empresa. Al3m disso uma parcela pouco significati"a das empresas ino"adoras tem umagrande importUncia nas ati"idades de Pesquisa e!esen"ol"imento $P!% aquisição externa de pesquisa edesen"ol"imento e aquisição de outros con5ecimentosexternos o que pode limitar o processo ino"ati"o no m3dioe longo pra1o dessas empresas. -ma caractersticamarcante nas empresas ino"adoras paranaenses 3 a altaimportUncia para aquisição de m>quinas e equipamentos por conta da depreciação das m>quinas e equipamentos busca do aumento da produti"idade do capital e do trabal5oe incorporação de no"as tecnologias por interm3dio dem>quinas e equipamentos. Apesar de um conKunto de açõesde polticas p:blicas para incenti"ar a ino"ação e acooperação entre os agentes a interati"idade entre asempresas ino"adoras paranaenses e as uni"ersidades einstitutos de pesquisas ainda esta em um processo deamadurecimento por conta do grau de go"ernança exigidoem um processo de cooperação da estruturação do portfolio de con5ecimento das uni"ersidades e dosinstitutos de pesquisas e da capacidade insuficiente deabsorção de con5ecimento e do in"estimento em P!restrito das empresas ino"adoras paranaenses. /essesentido uma pequena parcela das empresas ino"adoras

 paranaenses reali1a cooperação com as uni"ersidades einstitutos de pesquisas sendo que o foco da cooperaçãoentre uni"ersidades e institutos de pesquisas e empresastem sido em teste e Pesquisa e !esen"ol"imento.Palavras-chave:  interação\ Paran> cooperaçãouni"ersidade e empresa.

,stract5e inno"ation process requires t5e go"ernance bMenterprises. As one of t5e instruments of source ofinno"ation bM enterprises is cooperation ]it5 uni"ersitiesand researc5 institutes. 5e cooperation amonguni"ersities researc5 institutes and enterprises ser"es toreduce risQs related to tec5nological de"elopment 5umanresource training and tec5nologM transfer. In terms of

inno"ati"e enterprises in t5e +tate of Paran> *ra1il it 5as arepresentati"e quantitM but a fe] significant proportioncarries inno"ation focused on t5e national and internationalmarQet in ot5er ]ords t5e most inno"ati"e enterprises int5e +tate of Paran> is focused on inno"ation to t5eenterprise itself. In addition it 5as a small participation ofinno"ati"e enterprises in t5e +tate of Paran> t5at 5as madeResearc5 and !e"elopment $R!% in@5ouse acquisition ofexternal researc5 and de"elopment and acquisition of ot5erexternal Qno]ledge ]5ic5 s5ould limit t5e inno"ation process in t5e medium and long term in t5ese enterprises. AstriQing feature in inno"ati"e enterprises in t5e state ofParan> is t5e importance for t5e acquisition of mac5inerMand equipment due to t5e depreciation of t5e assets$mac5inerM and equipment% to increase t5e producti"itM ofcapital and labor and incorporation of ne] tec5nologiest5roug5 mac5inerM and equipment. !espite t5e efforts of public policM actions to encourage inno"ation andcooperation bet]een agents t5e interacti"itM bet]een t5eParan> inno"ati"e firms and uni"ersities and researc5institutes is still in incipient p5ase due to t5e le"el ofgo"ernance required in a process cooperation t5estructuring of t5e portfolio of Qno]ledge from uni"ersitiesand researc5 institutes and insufficient capacitM forabsorbing Qno]ledge and restricted in"estment in R ! ofParan> inno"ati"e firms. AccordinglM a small proportion oft5e inno"ati"e enterprises in t5e state of Paran> conductscooperation ]it5 uni"ersities and researc5 institutes andt5e focus of cooperation among uni"ersities and researc5

institutes and companies 5a"e been testing and Researc5and !e"elopment.

e!"ords' interaction Parana +tate cooperation bet]eenuni"ersities and firms.

Z Artigo apresentado no L8 &ongresso )atino Ibero Americano de Gestão de ecnologia Porto Portugal em <=;D.ZZ !outor em Integração da Am3rica )atina $-+P%. Pesquisador em Propriedade Industrial do Instituto /acional daPropriedade Industrial. 0@mail' teruMainpi.go".br ZZZ  !outor em Integração da Am3rica )atina $-+P%. Professor das #aculdades integradas +anta &ru1. 0@mail'me1asantacru1.br ZZZZ 7estre em Administração pela -ni"ersidade Positi"o. !iretor das #aculdades integradas +anta &ru1. 0@mail'

direcaosantacru1.br ZZZZZ 7estre em !esen"ol"imento 0con,mico pela -#PR. Professor das #aculdades integradas +anta &ru1 e ser"idorda Paran> #omento. 0@mail' coel5osarturterra.com.br 

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Introdção

O processo de ino"ação tecnolJgica 3fundamental para a competiti"idade dasfirmas. /o entanto as ati"idades ino"ati"asrequerem in"estimentos constantes econtinuas em Pesquisa e !esen"ol"imento$P!%. A relação entre uni"ersidade eempresa "em no sentido de compartil5ar osriscos da ati"idade de P! busca outrasfontes de con5ecimento e a transfer?ncia detecnologia desen"ol"ida na uni"ersidade einstituto de pesquisa a empresa. Para as

empresas ino"adoras o uso docon5ecimento gerado nas uni"ersidades einstitutos de pesquisas 3 rele"ante nasempresas principalmente nos setores

 baseado em con5ecimento $Pa"itt ;E9%.O processo de cooperação entre

uni"ersidade e empresa 3 complexo pois alJgica das uni"ersidades e institutos de

 pesquisas 3 a produção de con5ecimento e alJgica da empresa 3 a otimi1ação dos gan5osecon,micos no curto pra1o e m3dio pra1o

$PlonsQi ;%. Al3m disso o processo decooperação entre uni"ersidades e empresasexige uma go"ernança das relações e umaestrutura mnima das partes en"ol"idas parareali1ação acompan5amento e repartiçãodas tarefas e dos benefcios econ,micos$Porto <==;\ <==9%.

 /o *rasil e no 0stado do Paran> umaunidade da federação locali1ado na regiãosul do *rasil essas relações ainda estãoinsipientes pois o processo ino"ati"o no

*rasil tem uma contribuição restrita ao processo de cooperação pois as empresasino"adoras no *rasil e no 0stado do Paran>são um agrupamento restrito no tecidoindustrial. O 0stado brasileiro temincenti"ado a relações por meio de polticas

 p:blicas como poltica industrial $PolticaIndustrial ecnolJgica e &om3rcio 0xteriorPoltica de !esen"ol"imento Produti"o e*rasil 7aior% e poltica cientfica etecnolJgica $Plano de Ação em &i?nciaecnologia e Ino"ação e 0strat3gia /acionalde &i?ncia ecnologia e Ino"ação%. 0sses

desdobramentos t?m como ação regulaçõesespecficas como a )ei de Ino"ação $)ei;=CD6<==9% que tem le"ado asorgani1ações p:blicas e pri"adas de ensinoci?ncia e tecnologia no *rasil a organi1aremseu portfolio de con5ecimento e tecnologiaestruturação das relações com as mpresas

 p:blicas e pri"adas e a gerenciarem a produção do con5ecimento cientfico etecnolJgico.

 /o *rasil e no 0stado do Paran> asuni"ersidades e institutos de pesquisas estãoestruturando seu portfolio de con5ecimento

e sua estrutura administrati"a para poderreali1ar transfer?ncia de tecnologia eacordos de cooperação. /o 0stado doParan> as empresas ino"adoras paranaensesutili1am e consideram muito poucoimportante a relação com as uni"ersidades einstitutos de pesquisas reflexo de umin"estimento pouco significati"o emino"ação e de concentrar setores de baixa em3dia intensidade tecnolJgica no 0stado doParan>. Al3m disso a relação entre

uni"ersidades e institutos de pesquisa comempresas ino"adoras paranaenses estão"oltadas para P! e ensaio de teste do

 produto.Apesar de um conKunto de ações de

 polticas p:blicas para incenti"ar a ino"açãoe a cooperação entre os agentes ainterati"idade entre as empresas ino"adoras

 paranaenses e as uni"ersidades e institutosde pesquisas ainda esta em um processo deamadurecimento por conta do grau de

go"ernança exigido em um processo decooperação da estruturação do portfolio decon5ecimento das uni"ersidades e dosinstitutos de pesquisas e da capacidadeinsuficiente de absorção de con5ecimento edo in"estimento em P! restrito dasempresas ino"adoras paranaenses.

&omo conclusão o trabal5o obser"a@seque o processo cooperati"o entreuni"ersidades e empresas ino"adoras

 paranaenses tem uma participaçãorelati"amente baixa e a ati"idade ino"ati"adas empresas paranaenses 3 pouco rele"ante.

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Al3m disso 3 necess>rio estruturar asorgani1ações p:blicas e pri"adas de ensinoci?ncia e tecnologia e as empresas

 paranaenses para promo"er a cooperaçãomas o processo de cooperação "ai dependerda necessidade das empresas da oferta detecnologia e da capacidade de entrega dasorgani1ações p:blicas e pri"adas de ensinoci?ncia e tecnologia. O obKeti"o do artigo 3apresentar o perfil de cooperação entreuni"ersidades e empresas ino"adoras no0stado do Paran> no perodo de ;E a<==E. A metodologia desse estudo ser>

descriti"a baseada nos dados da Pesquisa deIno"ação ecnolJgica reali1ada peloInstituto *rasileiro de Geografia e0statstica $PI/0&6I*G0% e contexto darealidade paranaense nos anos <===. Oartigo esta estruturado da seguinte forma'

 primeiramente far@se@> um embasamentoteJrico da importUncia da cooperação entreuni"ersidade e empresas. /a segunda parteabordar@se@> o contexto brasileiro dacooperação uni"ersidade e empresa nos anos

<===. /a terceira parte discutir@se@> o perfilda cooperação entre uni"ersidades einstitutos de pesquisas com as empresasino"adoras paranaenses no perodo de ;Ea <==E.

Cooperação entre niversidade e e>presano processo inovativo: >a reve revisãoda literatra

O proceso ino"ati"o tem se tornado cada

"e1 mais complexo pois os proKetos deino"ação requerem um planeKamento decurto m3dio e longo pra1o\ recursos5umanos altamente qualificado para odesen"ol"imento de processo e produtoseficientes e ati"idades de Pesquisa e!esen"ol"imento constante e contnua$!osi ;EE%.

&omo existe a necessidade de promo"erum processo ino"ati"o as firmasapresentam di"ersas estrat3gias de atuaçãomas com intuito de otimi1ar os riscos ecustos associados ao desen"ol"imento

tecnolJgico. Assim as firmas podemreali1ar ati"idades de P! interna e6ouexterna ^ firma aquisição de con5ecimentoexterno e compra de bens de capital comtecnologia incorporada.

0sses encamin5amentos por parte dafirma decorrem da necessidade de minimi1aros riscos relati"os ^ ati"idade ino"ati"a oscustos inseridos no desen"ol"imento internoe6ou externo ^ firma de tecnologia e otrabal5o colaborati"o como forma de acessoa fonte de ino"ação.

A cooperação uni"ersidade e empresa 3

um instrumento deseK>"el para ambas as partes com intuito de minimi1ar os riscosassociados ao desen"ol"imento detecnologia por parte das empresas e asdelegam parte do desen"ol"imentotecnolJgico e testes para as uni"ersidades einstitutos de pesquisas. Por seu turno asuni"ersidades e os institutos de pesquisast?m interesse na cooperação com asempresas por conta do acesso aos recursosfinanceiros e não financeiros das empresas e

ao processo de aprendi1ado tecnolJgico nos proKetos colaborati"os $7o]erM e +ampat<==F%.

A uni"ersidade tem uma função dedesen"ol"imento de con5ecimento b>sico eaplicado formação de recursos 5umanos edesen"ol"er ati"idades de disseminação decon5ecimento por meio de ati"idades deextensão. /esse sentido a lJgica dasuni"ersidades não 3 a otimi1ação do lucromas a criação de desen"ol"imento de

con5ecimento para os problemas cientficose tecnolJgicos formação de recursos5umanos e ati"idades de extensão.

A publicidade dos resultados das pesquisas reali1adas pelas uni"ersidades einstitutos de pesquisas ocorre em perodicosacad?micos congressos anais e li"ros. -ma

 parte significati"a do in"estimento ad"3m deorgani1ações p:blicas.

As empresas são consideradas como olo's  da ino"ação. em como obKeti"o aotimi1ação do lucro por isso seu processode ino"ação busca lucros extraordinarios

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sc5umpeterianos redução de custos de processo aumento de produti"idade docapital e do trabal5o e o aumento da

 participação do mercado nacional einternacional.

Apesar de deseK>"el a cooperaçãouni"ersidade e empresas ela 3 um processodifcil na sua execução pois exige@sse umago"ernança por parte das partes en"ol"idasna execução do obKeto da cooperação comresultado satisfatJrio $Porto <==;\ <==9%.

 Ao mesmo tempo a operacionali1ação dacooperação entre uni"ersidade e empresa 3

complexo o que necessita de uma estrturade go"ernança dos das partes en"ol"idas para a reali1ação da cooperação. Al3mdisso sob o guarda c5u"a dessasorgani1ações uni"ersidade e empresa existeuma diferença de casa uma dessasorgani1ações $PlonsQi ;%.

+ob a Jtica das empresas a "isão daempresa em relação a ino"ação 3diferenciada pois existem uma tipologia deempresas relacinada ao processo ino"ati"o

$#reeman e +oete ;C%'0mpresas ofensi"as. +ão aqueleas empresasque apresentam um risco maior relati"o ao

 processo ino"ati"o. &aso obten5am exitoapresentarão lucros extraordin>rios poiselas são  /irst to move  na oportunidadedecorrente do a"anço tecnolJgico. 0ssasempresas apresentam uma integraçãoconsolidada com parte do mundo da ci?nciae tecnologia alto in"estimento em P! e acapacidade para percepção e exploração

muito r>pida de no"as oportunidades.0mpresas defensi"as. +ão empresas

ino"adoras mas não são as  /irst to move.0las apresentam departamentos de P! e adiferença em relação as empresas ofensi"as3 o timin( da adoção da ino"ação por contada necessidade do aprendi1ado e por reali1aruma an>lise de risco\0mpresas imitati"as. +ão empresas queapresentam uma capacidade de engen5aria ede reali1ar engen5aria re"ersa de produtoe6ou processos. 0las reali1am imitação de

 produtos e6ou processos atra"3s da

exploração de "antagens especficas taiscomo a mão@de@obra barata o baixo custode produção e o acesso a subsdio do 0stado.0las inserem produtos e6ou processos nomomento que o padrão tecnolJgico esti"erestabili1ado apresentando algumasino"ações incrementais no processo

 produti"o e6ou no produto\0mpresas dependentes. +ão empresas quenão apresentam departamento de P!. 0lasatuam sob encomenda de produção de bens

 por outras empresas pois elas dependem dasespecificações t3cnicas das empresas e

apresentam um papel subordinado ereali1ação de  joint vent'res  com empresasglobais como forma de acesso ^ tecnologia eser um representante local da empresaglobal\0mpresas tradicionais. +ão empresas cominserção em setores de baixo dinamismotecnolJgico e sem in"estimento em P!\0mpresas oportunistas. +ão empresas queapro"eitam nic5os ou oportunidade demercado. 0las apro"eitam demandas

especficas sem a necessidade de reali1argastos em P! mesmo em setoresintensi"os em P!.

amb3m 3 importante considerar adinUmica setorial pois setores intensi"os emcon5ecimento como setores farmac?uticoeletroeletr,nico e aeroespacial tem uma

 propensão de reali1ar relacionamento comas uni"ersidades e institutos de pesquisas emrelação aos setores baseados nosfornecedores e intensi"os em escala. Isso se

de"e que os setores intensi"os emcon5ecimento necessitam de resultados dasci?ncias b>sicas para promo"er suasati"idades ino"ati"as que os demais setores$Pa"itt ;E9\%.

4> as uni"ersidades apresentamdiferenciações na sua atuação. -ma parterestrita das uni"ersidades se dedica ^s

 pesquisas b>sicas e aplicadas. Os professores e pesquisadores apresentamcursos de graduação e pJs@graduação strit'

 sens' recon5ecido internacionalmente. -maoutra parte das uni"ersidades atua somente

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na formação de alunos para o mercado detrabal5o e são uni"ersidades queapresentam um papel social importanteessas uni"ersidades reali1am pesquisas emalgumas >reas que tem "antagenscompetiti"as e 3 recon5ecida pelo sistema.amb3m exiustem as faculdades isoladasque atuam estritamente na formação derecursos 5umanos nos cursos de graduação eespeciali1ação e atuam regionalmente edestina a dar uma compet?ncia geral aosseus alunos.

!iante dessa 5eterogeneidade dos agentes

e dos obKeti"os de cada uma das partes ainteração entre uni"ersidade e empresa 3complexa mas "ista ao ol5ar da empresacomo uma oportunidade de aprendi1adotecnolJgico diminuição dos riscosassociado ao in"estimento e sercomplementar a sua ati"idade de P!.

 /o prJximo item discutir@se@> o contexto paranaense dos anos = e <=== abordando o perfil da economia paranaense.

ConteKto do Estado do ParanR nos anos*99; e 2;;;

O 0stado do Paran> esta situado no sul do*rasil. A economia paranaense apresentoumudanças significati"as desde os anos E=com a "inda de in"estimentos diretosexternos no setor eletreletr,nico eautomoti"o principalmente na Região7etropolitana de &uritiba. A aberturacomercial nos anos = le"ou uma

reestruturação do tecido industrial brasileiroe paranaense e ao mesmo tempo obser"a@sea "inda de um conKunto de in"estimentodireto externo no setor automoti"o naRegião 7etropolitana de &uritiba $#unari<==E%.

O PI* paranaense acompan5ou atend?ncia brasileira de crescimento ao longodos anos <=== mas mantendo uma

 participação relati"amente constante comalgumas oscilações no perodo de <==< a<=;< ao redor de Bz conforme a tabela ;.0sse crescimento do PI* 3 em parte

explicada pelo aumento dos preços dasommodities no mercao internacional pelasações de transfer?ncia de renda promo"ida

 pelo go"erno federal e pelos in"estimentosdiretos externos e no"os in"estimentosreali1ados pelos agentes no 0stado doParan>.

Ao mesmo tempo a crise econ,micainternacional apJs <==E e os gargalos daeconomia brasileira t?m apresentado umataxa de crescimento pouco significati"odesde <=;=. -ma parte da explicação 3 oalto custo da mão@de@obra crescimento

limitado da produti"idade e o ambienteinstitucional limitado para tomada dedecisão dos empres>rios.

+egundo o Instituto Paranaense de!esen"ol"imento $IPAR!0+% em <=;= osetor industrial representa"a <C9Bz do"alor adicionado bruto\ K> o setor de ser"içose com3rcio com mais de B9=Bz e aagropecu>ria E9Ez. /esse sentido aeconomia paranaense 3 baseada em >reas de

 baixo e m3dio "alor adicionado e

apresnetando uma estrutura produti"a e deser"iços baseada nos custos de produçãocom conte:do tecnolJgico limitado na maior

 parte da estrutura produti"a.A estrutura econ,mica paranaense 3

 baseada em produtos agrcolas e produtosem setores industriais baixa e m3diaintensidade tecnolJgica na sua maioria$+catolin et al  <==%. /esse sentido aestrutura produti"a paranaense reflete aestrutura produti"a brasileira.

0m termos do processo ino"ati"o no0stado do Paran> apresenta@se uma m3diarelati"amente maior que a m3dia brasileirade empresas que ino"am no perodo de <==;a <==E. +egundo a tabela < obser"a@se que ataxa de ino"ação foi de D;D9z em ;E@<=== para 9<BCz no perodo de <==B@<==E. &abe destacar que a participação deempresas paranaenses ino"adoras no total deemprsas ino"adoras no *rasil aumentou deED<z no perodo de ;E@<=== para;=DFz em <==D@<<=F com uma redução

 para FBz no perodo de <==B@<==E. Isso

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se de"e que entre ;E@<=== e <==D@<==F ataxa de crescimento de empresas ino"adorasno 0stado do Paran> foi maior que a taxa decrescimento de empresas ino"adoras no*rasil mas no perodo de <==B@<==Eocorreu o fen,meno contr>rio por isso aqueda da participação das empresasino"adoras paranaenses.

&omo pode ser obser"ado na tabela Dexiste um grupo de empresas ino"adoras

 paranaenses de processos e produtosrelati"amente menor em relação ^s empresasino"adoras. 0ntretanto a taxa de ino"ação

de produto e processo tem um crescimentode ;;DCz em ;E@<=== para <=<Cz queacompan5a a tend?ncia da taxa de ino"açãoapresentada na tabela <.

7esmo que a taxa de ino"ação apresenteum relati"o aumento no perodo de ;E@<==E obser"a@se que a maior parte dasino"ações reali1adas pelas empresasino"adoras paranaenses são internas ^s elasmesma com o aperfeiçoamento de no"os

 processos e6ou produtos. 0ssa 3 uma

situação que não garante a competiti"idadedessas empresas pois os concorrentes noUmbito internacional buscam participação nomercado penetração em no"os mercados eredução de custo.

&onforme a tabela D um grupo restrito deempresas ino"adoras paranaenses reali1aino"ações de produtos e processo "oltados

 para o meercado que oscilou de <<z em;E@<=== para DEz em <==B@<==E na

 parte de produto. 4> as empresas ino"adoras

 paraneneses em processos "oltado para omercado nacional diminuem de <;<z dasemmpresas no perodo de ;E@<=== para;=Cz\ em <==D@<==F e 5ou"e um aumento

 para <B<z em <==B@<==E.As empresas ino"adoras paraneneses são

um grupo redu1ido o que limita a inserçãode produtos ino"adoras dessas empresas nomercado nacional e muito menos nomercado internacional. 0ssa situaçãodemonstra que existe um limitado grupo deempresas ofensi"as no 0stado do Paran>que reali1a in"estimento constante e

continuo em Pesquisa e !esen"ol"imento eassumir o risco do processo ino"ati"o. Al3mdisso no 0stado do Paran> tem@se umquadro restrito de empresas ofensi"as edinUmicas do ponto de "ista da ino"açãocom uma inserção no mercado internacional.

0ssa situação 3 acentuada pelo ambientemacroecon,mico com taxas de Kuros parafinancimento do capital de giro e rolagem desuas d"idas. 0m contrapartida o *rasilapresenta fontes de financiamento para para

 bens de capital e in"estimento em P!quer seKa pelo *anco /acional de

!esen"ol"imento 0con,mico e +ocial$*/!0+% quer seKa pela #inanciadora de0studos e ProKetos $#I/0P% e outrasag?ncias de fomentos p:blicos e pri"ados.

Assim a decisão do empres>rio noin"estimento produti"o e em ino"ação "aidepender da expectati"a que tem dademanda potencial da estabilidade doambiente regulatJrio e dos custos detransação relacionado desde a capitação dosrecursos financeiros para in"estimento at3 a

destinado do produto e ser"iço ao mercadoconsumidor.As empresas ino"adoras como todas as

empresas querem minimi1ar o risco no processo ino"ati"o. !essa forma o ambienteinstitucional inst>"el e custo de transaçãonão estimulam as empresas a reali1aremin"estimentos produti"os e em P! uma"e1 que elas podem utili1ar a capacidadeinstalada na produção de bens comcapacidade ociosa restrita.

Ao mesmo tempo como reflexo deminimi1ação de risco associado ao processoino"ati"o obser"a@se na tabela 9 que a

 participação de empresas que consideram asati"idades internas de P! rele"antediminuiu de <=FEz em ;E@<=== paraE<<z. 0m contrapartida 5ou"e umaumento consider>"el de empresasino"adoras que tem uma rele"Uncia baixa enão reali1ou ati"idades de P! interno deBB;<z em ;E@<=== para ;=Fz. 0ssequadro demonstra que uma partesignificati"a do tecido industrial

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 parananense reali1a ino"ação somente noUmbito da firma e com inserção limitada nomercado internacional.

Al3m disso esse quadro de baixaimportUncia nas ati"idades de P! dasempresas paranaenses apresenta umatend?ncia no m3dio e longo pra1o de umreflexo de perda relati"a de compet?nciainterna de promoção de desen"ol"imentotecnolJgico o que pode le"ar a uma perdada capacidade de geração de ino"açãotecnolJgica no m3dio e longo pra1o.

0ssa situação poderia ser amini1ada pela

cooperação com os demais agentes mas aimportUncia relati"a das empresasino"adoras paranaense a aquisição externade P! e aquisição de con5ecimentosexternos t?m sido relati"amente baixa aimportUncia. Isso pode ser "erificado umaumento da baixa importUncia na aquisiçãoexterna de P! de D;Dz em ;E@<===

 para CB<z em <==B@<==E. 4> a aquisiçãode con5ecimento externo para te"e umaumento de ECCz em ;E@<=== para

<<Bz em <==B@<==E.abela 9 Grau de importUncia dasempresas ino"adoras parananenses entre;E e <==E sobre ati"idades internas dePesquisa e !esen"ol"imento Aquisição0xterna de Pesquisa e !esen"ol"imentoAquisição de Outros con5ecimentos0xternos e Aquisição de 7>quinas e0quipamentos.

0m contrapartida o processo deatuali1ação tecnolJgica das empresas

ino"adoras do 0stado do Paran> tem sido principalmente pela aquisição de m>quinas eequipamentos tendo uma rele"Uncia de maisde B=z das empresas ino"adoras. Apesardisso 5ou"e uma diminuição do percentualentre <==;@<==D e <==B@<==E ou seKa deC;EFz para B99<z. Isso reflete o contextoecon,mico do pas que apesar de ter umaumento do consumo de bens de consumodur>"el e não dur>"el não se tradu1iu namesma proporção o in"estimento produti"oe em P!.

0ssa situação no 0stado do Paran> podeestar relacionada com seu perfil de produçãoem setores de baixo e m3dio conte:dotecnolJgico e pela atuação em setores deagronegJcios. Al3m disso o ambienteinstitucional e econ,mico não temala"ancado a cooperação entre os agentes

 para reali1ação de cooperação no 0stado doParan>.

 /o prJximo item ser> a"aliado o processo de cooperação das empresasino"adoras paranaenses com asuni"ersidades e institutos de pesquisas entre

;E e <==E.Cooperação entre niversidade e e>presainovadoras do Estado do ParanR nos anos9; e 2;;;

A cooperação como elemento de fonte deino"ação pode ser rele"ante para asempresas conforme o setor produti"o ecomo moti"ação da reali1ação dacooperação. Para tanto as empresas

 brasileiras e os institutos de pesquisas euni"ersidades brasileiras t?m buscado asinterações no entanto as lJgicas de cadaagente e a ati"idade ino"ati"a limitada por

 parte das empresas no *rasil tem sidorestrita.

 /os anos = e <=== foram criadosmecanismos para estimular a cooperaçãoentre uni"ersidade e empresa. !essa cabedestacar alguns mecanismos'

a% )ei de Inform>tica $)ei E<9E6;;

alterada pelas leis ;=;CB6<==; e;;=CC6<==9%. 0ssa lei concede isenção doImpostos sobre produtos Industriali1adosdesde que as empresas in"istam no mnimo9z de seu faturamento bruto em P!interno e externo ^ firma. !essa formaincenti"am@se proKetos cooperados entreempresas e uni"ersidades e institutos de

 pesquisas no *rasil $eruMa <==9%. b% )ei de Ino"ação $)ei ;=CD6<==9%.

0ssa lei cria os mecanismos para estimular acooperação entre uni"ersidades eorgani1ações de pesquisas p:blicas e as

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empresas no *rasil. 0ssa lei define os parUmetros mnimos de remuneração dolicenciamento e transfer?ncia de tecnologiae acordos de cooperação t3cnica entre

 pesquisadores departamentos dos pesquisadores e a organi1ação p:blica e acriação do /:cleo de Ino"ação ecnolJgicacomo parte do organograma para reali1ar agestão do con5ecimento e a promoção datransfer?ncia de con5ecimento do meioacad?mico para o meio empresarial.

c% )ei do *em $)ei ;;;B6<==F%. 0ssa leioperacionali1a os incenti"os fiscais as

empresas para incenti"ar o in"estimento emP! e estimula processo de cooperaçãoentre uni"ersidades e organi1ações de

 pesquisas brasileiras com empresas de todosos setores industriais e de ser"iços.

 /o entanto apesar desses marcosinstitucionais não se tem uma respostaimediata por parte dos agentes en"ol"idos.Primeiro as uni"ersidades e as organi1açõesde pesquisas no *rasil tem estruturado seus

 /:cleo de Ino"ação ecnolJgico

 procedimentos de interação com asempresas e o modelo de negJcio. 0mcontrapartida as empresas trabal5am comexpectati"a de retornos do in"estimento

 produti"o e de P!. !essa forma caso ocen>rio econ,mico não seKa fa"or>"eldificilmente as empresas reali1arão talin"estimento.

&omo na segunda metade dos anos <===o cen>rio internacional tem sido de umacrise econ,mica de proporções sist?mica

5ou"e uma redução de consumo de bens prim>rios e de bens intermedi>rios por partedos agentes locali1ados nos pasesdesen"ol"idos $epicentro da crise% e umaumento dos preços das ommodities  porconta do aumento da demanda dos c5inesese pelo aumento da demanda de alimentos emtodos os pases principalmente os pasesemergentes.

amb3m internamente os empres>riosestão inseridos em um ambienteinstitucional com alto custo de transação

 pois os marcos regulatJrios são difusos e de

difcil compreensão para os in"estidores.Al3m disso o sistema tribut>rio brasileiro 3robusto pois existem tributos no Umbitofederal estadual e municipal e comaliquotas diferenciadas de acordo com o

 bem produ1ido e ser"iço prestado. /o Umbito do 0stado do Paran> foi a

 promulgação em <=;< da )ei 0stadual deIno"ação )ei ;CD;96<=;< regulamentadaem <=;D. Assim 3 um marco recente paraos agentes paranaesnses usufruerem doestmulo go"ernamental poiss os agentes

 precisam estudar o estmulo mpara "er se 3

"i>"el de acordo com suas necessidades.As empresas ino"adoras no 0stado doParan> t?m considerado a cooperação comas uni"ersidades e institutos de pesquisas

 pouco priorit>rio na elaboração de suasestrat3gias. 0ntre as ra1ões para tal situaçãotem sido que as fontes de informação nãot?m sido rele"ante para o processoino"ati"o. &onforme a tabela F "erifica@seque existe um alto n:mero de empresasino"adoras paranaenses que "?em a

uni"ersidade e os institutos de pesquisascomo fonte de informação de baixa ounen5uma rele"Uncia para utili1ar no

 processo ino"ati"o com mais de EBFz no perodo entre ;E e <==E.

Al3m disso somente poucas empresasconsideram a uni"ersidades e institutos de

 pesquisas como fontes de alta rele"Uncia para a ati"idade ino"ati"a das empresas oque reforça o contexto da tabela 9 quesomente poucas empresas buscam

con5ecimentos externos ^s empresas.Os institutos de pesquisas e uni"ersidades

 paranaenses foram constitudos na segundametade do s3culo passado. /o entanto como ad"ento da )ei de Ino"ação $)ei;=CD6<==9 e da )ei 0stadual ;CD;96<=;<%elas passam a estruturar o ser"iço detransfer?ncia de tecnologia e os acordos decooperação t3cnica com as empresas

 p:blicas e pri"adas do 0stado do Paran>.&abe destacar que as diferentes missões

das uni"ersidades institutos de pesquisas edas empresas ainda apresentam empecil5os

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estrat3gia de negociação e consciento1ar osagentes internos en"ol"idos nesse modelo denegJcio.

Ao mesmo tempo a lJgica dasuni"ersidades e institutos de pesquisas

 p:blicas e pri"adas no *rasil e no 0stado doParan> precisam calibrar as expectati"as

 pois nem toda a oferta de con5ecimentogerado nas uni"ersidades e institutos de

 pesquisas ter> necessariamente umademanda.

~ necess>rio "erificar nos futurosestudos o tipo de cooperação entre

uni"ersidade e empresa reali1ada bem comoseus resultados e impactos tanto para asuni"ersidades e institutos de pesquisas como

 para as empresas ino"adoras e nãoino"adoras paranaenses. Al3m dissoexistem ser"iços t3cnicos e de transfer?nciade tecnologia importante para as empresasque podem ser reali1adas pelasuni"ersidades e institutos de pesquisas e o

 perfil das empresas que demandamcooperação com as uni"ersidades e institutos

de pesquisas.

A*0)A ; PRO!-O I/0R/O *R-O !O 0+A!O !O PARA/v 0 !O *RA+I) A PR0|O+&ORR0/0+ 0/R0 <==< 0 <=;< 0 A PARI&IPA|O !O PARA/v /A &O7PO+I|O !O PI**RA+I)0IRO.

Ano Paran> *rasil ParticipaçãoPI* a Preços &orrentes PI* a Preços &orrentes PARA/v6*RA+I)

$R} mil5ões% $R} mil5ões% $z%<==< EE.9=C ;.9CC.E<< FE

<==D ;=.9F ;.B.9E B99

<==9 ;<<.9D9 ;.9;.9E BD;

<==F ;<B.BCC <.;9C.<D F=

<==B ;DB.B;F <.DB.9E9 FCC

<==C ;B;.FE< <.BB;.D9F B=C

<==E ;C.<BD D.=D<.<=D F;

<== ;E.< D.<D.9=9 FEC

<=;= <;C.<= D.CC=.=EF FCB

<=;; $;%<9;.E= $<%9.;9D.=;D FE9

<=;< $;%<FB.FB $<%9.9=<.FDC FE9

#onte' IPAR!0+ e I*G0 /ota' ; ProKeção do IPAR!0+ < &>lculo baseado nas &ontas /acionais rimestrais

 

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A*0)A <. ALA !0 I/O8A|O !O+ +0OR0+ 7A/-#A-RA!O+ /O *RA+I) 0 /O 0+A!O !OPARA/v 0 A PARI&IPA|O !A+ 07PR0+A+ I/O8A!ORA+ /O OA) !A+ 07PR0+A+

I/O8A!ORA+ /O *RA+I) 0/R0 ;E 0 <==E 07 POR&0/AG07.

Perodo

axa de Ino"açãono 0stado do

Paran>

axa de Ino"açãono *rasil

Participação das firmas do 0stadoParan> no total das firmas ino"ati"as

no *rasil

;E@<=== D;D9 D;EC ED<

<==;@<==D DB9 DDFD D=

<==D@<==F 9=9E DDFC ;=DE

<==B@<==E 9<BC DCE9 FB

#onte' PI/0&6I*G0

A*0)A D ALA !0 I/O8A|O !0 PRO!-O 0 PRO&0++O ALA !0 I/O8AI8I!A!0 PARA O70R&A!O /A&IO/A) !0 PRO!-O 0 PRO&0++O /O 0+A!O !O PARA/v /O P0RO!O !0 ;E A<==E 07 POR&0/AG07. 

Perodo

axa deIno"ação de produto e processo

axa deino"ati"idade

de Produto

axa deino"ati"idadede Processo

;E@<=== ;;DC << <;<<==;@<==D ;FD <B ;CF

<==D@<==F ;E9C <F9 ;=C

<==B@<==E <=<C DE <B<

#onte' PI/0&6I*G0

A*0)A 9 GRA- !0 I7POR•/&IA !A+ 07PR0+A+ I/O8A!ORA+ PARA/A/0/+0+ 0/R0 ;E 0<==E +O*R0 AI8I!A!0+ I/0R/A+ !0 P0+2-I+A 0 !0+0/8O)8I70/O A2-I+I|O 0L0R/A!0 P0+2-I+A 0 !0+0/8O)8I70/O A2-I+I|O !0 O-RO+ &O/0&I70/O+ 0L0R/O+ 0A2-I+I|O !0 7v2-I/A+ 0 02-IPA70/O+ .

Perodo

Ati"idades internas dePesquisa e

!esen"ol"imento

Aquisição externa dePesquisa e

!esen"ol"imento

Aquisição de outroscon5ecimentos

externos

Aquisição de m>quinas eequipamentos

Alta 73dia*aixae não

reali1ouAlta 73dia

*aixae não

reali1ouAlta 73dia

*aixae não

reali1ouAlta 73dia

*aixae não

reali1ou

;E@<=== <=FE ;DD= BB;< DB D;E D;D CF9 9BC ECC F9E< <F= <==

<==;@<==D ;FF= DB; E=EB 9; =F= 9FF BC ;FD ;B9 C;EF E< ;ED=

<==D@<==F ;9DE <E< E<E; ;CF == CDF ;=DB <DE EC<C BEE9 ;CD< ;DE9

<==B@<==E E<< =CD ;=F ;C; =BC CB< B<< ;F< <<B B99< ;9<E <;D=#onte' PI/0&6I*G0

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A*0)A F PARI&IPA|O !A+ 07PR0+A+ I/O8A!ORA+ PARA/A0/+0+ POR GRA- !0I7POR•/&IA !A+ -/I80R+I!A!0+ 0 I/+I-O+ !0 P0+2-I+A+ &O7O #O/0 !0I/#OR7A|O 07PR0GA!A 0/R0 ;E 0 <==E.

Perodo Alta 73dia *aixae não@rele"ante

;E@<=== <EE <9 ECEC<==;@<==D 9E <C <<D<==D@<==F FDD D9E ;;E<==B@<==E 9FE EEE EBF9

#onte' PI/0&6I*G0

A*0)A B PARI&IPA|O !0 07PR0+A+ I/O8A!ORA+ 2-0 R0A)IA7 &OOP0RA|O &O7A)G-7 AG0/0 0 O GRA- !0 I7POR•/&IA !A &OOP0RA|O 0/R0 07PR0+A+ I/O8A!ORA+PARA/A0/+0+ &O7 A+ -/I80R+I!A!0+ 0 I/+I-O+ !0 P0+2-I+A+ 0/R0 ;E 0 <==E 07POR&0/AG07.

Perodo

Participaçãode empresasino"adoras

com algumacooperaçãocom agentes

Grau de importUncia decooperação entre empresas

ino"adoras e uni"ersidades einstitutos de pesquisas

ipo de cooperação deempresas ino"adoras com

uni"ersidades e institutos de pesquisas

e institutos de pesquisa

Alta 73dia*aixa e não@

rele"ante

P! eensaios

 paratestes de produto

Outras

ati"idades decooperação

;E@<=== ;=F9 9DD D;;B B9F;  <==;@<==D 9D= D<; CFF E<9 ;=CB DFE<==D@<==F E<< <<EC ;E=; F;; <;DB <9B<<==B@<==E ;;<D C;= ;9<< CEBE <=C B;D#onte' PI/0&6I*G0

$e@erências

!O+I G. $;EE%. SorcesQ procedres and >icroecono>ic e@@ects o@ innovation 4ournal of0conomic )iterature "ol. LL8I pp. ;;<=@;;C;.

#R007A/ &. #echnolo!Q polic!Q and econo>ic per@or>ance: 5essons @ro> =apan PinterPublis5ers' )ondon and /e] orQ ;EC.

#R007A/ &. +O00 ). #he Econo>ics o@ Indstrial Innovation Drd ed. 7I Press&ambridge ;C.

#-/ARI A. P. &esconcentração prodtiva reional do Frasil: anRlise do ParanR *97;-2;; !issertação de 7estrado &ampinas <==E

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7OT0R !.\ +A7PA *. /. $<==F%. 'niversities in national innovation s!ste>s In'#AG0R*0RG 4. 7OT0R !.&. /0)+O/ R.R. $0ds.% 5e Oxford andbooQ ofInno"ation. Oxford -ni"ersitM Press Oxford pp. <=–<D.

 /0)+O/ R. e TI/0R +. In search o@ se@l theor! o@ innovation Researc5 PolicM.8olume B Issue ; p. DB@CB Kaneiro ;CC.

PA8I S. Sectoral patterns o@ technical chane: #o"ards a taKono>! and a theor!Researc5 PolicM 8olume ;D Issue B Pp. D9D@DCD ;E9.

P)O/+SI G. A. Cooperação niversidade-e>presa: > desa@io co>pleKo. Re"ista deAdministração "ol. D9 n 9 pp. F@;< ;

PORO G. +. , decisão e>presarial de desenvolvi>ento tecnol1ico por >eio dacooperação e>presa-niversidade ese de doutorado -ni"ersidade de +ão Paulo <==;.

  . CaracterBsticas do processo decis1rio na cooperação e>presa-niversidade Re"istade Administração &ontemporUnea "olume =E n D p. <@F< <==9

+&AO)I/ #.\ +I7A T. . PA-)A /. 7.\ A/AA A.\ )AG0 7\ 7O-RA R.,nRlise do alanço de paa>entos do Estado do ParanR e a i>portbncia dos ,P5s no @lKode co>rcio ProKeto An>lise do mapeamento e das Polticas para o ArranKos Produti"os )ocaisno +ul +udeste e &entro Oeste do *rasil Rio de 4aneiro <==.

00&0 !. 4. Pro@itin @ro> technoloical innovation: i>plications @or interationQcollaorationQ licensin and plic polic!. Researc5 PolicM "ol. ;F p. <EF@D=F ;EB.

0R-A !. . , loaliMação tecnol1ica e o siste>a de inovação arentino e rasileirodo setor de eLipa>entos de teleco>nicaçUes -ni"ersitM of +ão Paulo' P5! t5esis +ãoPaulo *ra1il <==9.

 Reebido em 2!E0!E2014 +rovado em 1ME0E2014

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DESENVOLVIMENTO LOCAL: CONCEITOS E METODOLOGIAS -POLÍTICAS PÚBLICAS DE DESENVOLVIMENTO !AL E !BANO

Ant,nio Gonçal"es de Oli"eiraZ

&5ristian )ui1 da +il"aZZ

0derson )ui1 )o"atoZZZ

$es>o

O crescimento populacional e a demanda dasociedade por ser"iços p:blicos que "isem o *em0star +ocial est> cada "e1 mais em "ogaconsequentemente o go"erno precisa desen"ol"er

 polticas p:blicas eficientes e efica1es que possuam acapacidade de manter os ser"iços p:blicos K>ofertados al3m de ino"ar em outros ser"iços. !iantedeste cen>rio questiona@se' As polticas ruraiscausam impactos para o desen"ol"imento urbano!esta forma este estudo tem como obKeti"odemonstrar o quando as polticas p:blicas "oltadas

 para o desen"ol"imento rural agregam ao

desen"ol"imento urbano ou seKa in"estigar quais sãoos impactos que essas polticas p:blicas causam naeconomia e no desen"ol"imento urbano. Pararesponder a esta indagação o presente estudo seutili1ar> da metodologia de nature1a aplicada deforma qualitati"a e com fins exploratJrios tendocomo embasamento pesquisas bibliogr>ficas. Por fimconcluiu@se que as polticas rurais afetam de maneirasignificati"amente positi"a o desen"ol"imentourbano pela depend?ncia que 5> em ambos os setoreso rural e o urbano.

Palavras-chave: desen"ol"imento local\ polticas de

desen"ol"imento rural\ polticas de desen"ol"imentourbano.

,stract

Population gro]t5 and demand of societM for publicser"ices aimed at Telfare is increasinglM in "oguet5erefore t5e go"ernment needs to de"elop efficientand effecti"e public policies t5at 5a"e t5e abilitM toQeep public ser"ices alreadM offered in addition toinno"ate in ot5er ser"ices. In t5is scenario t5equestion is' Rural policies 5a"e impacts for urbande"elopment 5us t5is studM aims to demonstrate]5en public policies for rural de"elopment add urbande"elopment ie to in"estigate ]5at are t5e impactst5at t5ese policies 5a"e on t5e economM and urbande"elopment. o ans]er t5is question t5is studM uses

t5e met5odologM applied nature of qualitati"e andexploratorM purposes 5a"ing as basis bibliograp5icsearc5es. #inallM it ]as concluded t5at rural policiesaffect significantlM positi"elM urban de"elopmentt5roug5 reliance t5at is in bot5 sectors rural andurban.

e!"ords' local de"elopment\ rural de"elopment policM\ policies for urban de"elopment.

Z !outor em 0ngen5aria de Produção. *ac5arel em &i?ncias &ont>beis e em !ireito. Professor do Programa de PJs@Graduação em PlaneKamento e Go"ernança P:blica $PGP6-#PR%. utor do Programa de 0ducação utorial emPolticas P:blicas $P0670&%. 0@mail' agoli"eirautfpr.edu.br ZZ PJs@doutor em administração. *ac5arel em &i?ncias 0con,micas. Professor dos Programas de PJs@graduação emPlaneKamento e Go"ernança P:blica $PGP6-#PR% e em ecnologia $PPG06-#PR%. 0@mail'

c5ristiansil"autfpr.edu.br ZZZ  7estrando do Programa de PJs@Graduação em PlaneKamento e Go"ernança P:blica – -#PR. *ac5arel em+istemas de Informação. 0@mail' ederson.lo"atogmail.com

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*+ IN#$%&'()%

O sistema embrion>rio de qualquerlocalidade urbana acontece nodesen"ol"imento rural no entanto emmuitas situações brasileiras não se 3 poss"elat3 mesmo a identificação deste contexto derural6urbano tendo em "ista a baixadensidade demogr>fica existente e a falta dodesen"ol"imento das duas localidades. 8?se então essas denominações mais de cun5oteJrico e legal do que propriamente pr>tico

ou seKa o rural se confunde com o urbano pela proximidade e pela falta dedesen"ol"imento como K> dito.

0ssa realidade 3 destacada por 8eiga$<==D% segundo o qual'

O caso extremo est> no Rio Grande do +ulonde a sede do municpio -nião da +erra 3uma VcidadeW na qual o &enso !emogr>ficode <=== sJ encontrou ;E 5abitantes. /adagra"e se fosse extra"agante exceção. /oentanto 3 absurdo supor que se trate de

algumas poucas aberrações incapa1es deatrapal5ar a an>lise da configuraçãoterritorial brasileira. !e um total de F.F=Csedes de municpio existentes em <===5a"ia ;.;CB com menos de < mil 5abitantesD.EEC com menos de ;= mil e 9.B9< commenos de <= mil todas com estatuto legal decidade id?ntico ao que 3 atribudo aosinconfund"eis n:cleos que formam asregiões metropolitanas ou que constitueme"identes centros urbanos regionais.

0sse cen>rio poderia ser muitodiferente se não 5ou"essem tantosmunicpios sendo constitudos sem uma

 plataforma consistente que comportasse omnimo de condições necess>rias efa"or>"eis ao desen"ol"imento local eregional.

 /o &enso !emogr>fico de <=;= asituação se apresenta da seguinte forma' deum total de F.FBF sedes de municpioexistentes em <=;= 5a"ia apenas ;;C com

menos de < mil 5abitantes <.F;D com

menos de ;= mil e D.;9 com menos de <=

mil. !iante desse no"o cen>rio pode@se"erificar que apJs ;= anos 5ou"e umcrescimento populacional consider>"el uma"e1 que em n:meros semel5antes aos do anode <=== para <=;= temos ;.;F; municpioscom menos de 9.B== 5abitantes ou seKa

 praticamente o mesmo n:mero demunicpios apontados em <.=== com maisdo dobro de 5abitantes. -nião da +erra quefoi apontada em <.=== com apenas ;E

5abitantes 5oKe conta com ;.9EC 5abitantes.Apenas dois municpios brasileirosapresentam menos de ;.=== 5abitantes omunicpio de *or> em +ão Paulo que contacom E=F 5abitantes e o municpio de +errada +audade em 7inas Gerais com E;F5abitantes.

 /o entanto proporcionalmente aomontante de municpios de cada d3cada a

 partir de ;F= at3 <=;= pode@se "erificarque em termos percentuais as diferenças

apresentadas nas estatsticas são poucascomo pode ser "erificado atra"3s da tabela;.

Por outro lado um fator inicialmente positi"o 3 a taxa de desocupação conforme3 demonstrado na abela < que consiste no

 percentual de pessoas desocupadas emrelação ^ população economicamente ati"a.0sse 3 um problema que atinge todos os

 pases independentemente do seu grau dedesen"ol"imento e 3 um fator primordial

 para determinar os n"eis de pobre1a.amb3m 3 um indicador de qualidade quereflete a capacidade do sistema econ,micoem absor"er a demanda por trabal5o.

0m tempo outro dado importante aser destacado 3 o I!7 – ndice de!esen"ol"imento umano 7unicipal –conforme abela D @ que 3 formado pelam3dia geom3trica da expectati"a de "ida aonascer escolaridade da população adulta

 pelo fluxo escolar da população Ko"em e pela renda +er a+ita.

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Apesar da e"olução apresentadadesde ;; at3 <=;= se aceita a situação emque se encontram os <.<DD municpios como

 boa tem@se então ;.D municpios noestado de *aixo e 7uito *aixo!esen"ol"imento. Para <=;D de acordo como IP0A – Instituto de Pesquisa 0con,micaAplicada cerca de C9z dos municpios

 brasileiros se encontram nas faixas de73dio e Alto !esen"ol"imento. O restante<Fz est> entre aqueles que apresentaram*aixo ou 7uito *aixo !esen"ol"imentoumano um total de ;.9D;. A região

 /ordeste ainda 3 a que concentra o maiorn:mero de municpios no grupo de *aixo!esen"ol"imento umano $B;Dz%. /o

 /orte do pas estes somam 9=;z assim pela falta de desen"ol"imento a escasse1 derique1as e de condições mnimas dequalidade de "ida sugerem iniciati"as dogo"erno $polticas p:blicas% para que 5aKarealmente um desen"ol"imento local. 0ssas

 polticas "isam "iabili1ar os poss"eisnegJcios K> existentes e a criação de no"os

 proporcionando condições de formação decooperati"as processos produti"osqualificação t3cnica de maneKo do solo ou decriação de animais dom3sticos entre outros

 poss"eis arranKos "isando no primeiromomento o crescimento econ,mico pormeio da geração de emprego e de rendamel5orando gradati"amente a qualidade de"ida das pessoas.

&onforme 7artins $<==<% o &omit?0con,mico e +ocial das &omunidades

0urop3ias $&omit? ;F% descre"e odesen"ol"imento local como um processoque reno"a a economia e que "isa dar maisdinamismo ^ sociedade local buscando damel5or forma poss"el o apro"eitamento dosrecursos endJgenos obKeti"ando ocrescimento da economia a criação deemprego e a mel5oria da qualidade de "ida.

 /este caso obser"a@se uma clara preocupação com a geração de emprego erenda que tem sido a t,nica na 0uropaaparecendo de forma contundente tamb3maqui no *rasil.

0sse processo econ,mico e dedinamismo social pro"?m das polticas

 p:blicas de desen"ol"imento que analisamos pontos fortes e fracos de determinadalocalidade.

!e acordo com a &onstituição#ederal de ;EE art. B V+ão direitos sociaisa educação a sa:de a alimentação otrabal5o a moradia o la1er a segurança a

 pre"id?ncia social a proteção ^ maternidadee ^ infUncia a assist?ncia aos desamparados`...W $*RA+I) ;.EE%. !esta forma 3 maisdo que claro o !ireito #undamental de todo

o cidadão a igualdade de condições o quenão 3 poss"el de ocorrer sem que 5aKadesen"ol"imento.

Assim percebe@se o quanto se fa1necess>rio a inter"enção do 0stado noatendimento a essas necessidades para que ocidadão possa ter as condições mnimas dedireito. )ogo polticas p:blicas dedesen"ol"imento local de"em ser postas em

 pr>tica para que o cidadão possa enfimcorresponder a essa condição e de forma

 progressi"a interagir com o processotornando@se parte do progresso e dodesen"ol"imento.

!esta forma este estudo "isa Kustamente demonstrar o quando as polticas p:blicas "oltadas para o desen"ol"imentorural agregam ao desen"ol"imento urbanoou seKa in"estigar quais são os impactos queessas polticas p:blicas causam na economiae no desen"ol"imento urbano.

Para o alcance dos resultados

 pretendidos este estudo tem por obKeti"oanalisar as polticas de desen"ol"imentorural e quais os seus impactos para odesen"ol"imento urbano limitando@se ouni"erso estudado ^ aplicação das polticasaplicadas na esfera p:blica municipal

 brasileira.&omo m3todo o presente estudo

apresenta dois crit3rios b>sicos quanto aosfins e quanto aos meios. 2uanto aos fins a

 pesquisa 3 de nature1a aplicada eexploratJria. Aplicada porque tem comofinalidade a resolução de problemas reais ao

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contribuir para o debate acerca daaplicabilidade efeti"a das Polticas de!esen"ol"imento Rural e suasconsequ?ncias para o !esen"ol"imento-rbano. A pesquisa 3 exploratJria pois

 proporciona maior familiaridade com o problema de forma a explicit>@lo.

2uanto aos meios de in"estigação a pesquisa tem como fonte principal oembasamento em pesquisas bibliogr>ficasatra"3s da utili1ação de li"ros re"istas leise artigos cientficos sobre odesen"ol"imento local.

 /o tocante ^ fundamentação desteestudo o mesmo esta embasado em dados bibliogr>ficos constitudos por meio de pesquisas em artigos cientficos li"ros e principalmente em dados abstrados dainternet. /este mati1 são "alori1ados osconceitos m3todos e polticas p:blicas dedesen"ol"imento local bem como a relaçãoentre o desen"ol"imento rural e urbano.

Para tanto o presente estudo sedi"ide em tr?s partes principais de an>lise

sendo a primeira "oltada para os conceitos em3todos de desen"ol"imento local asegunda preocupada em in"estigar algumas

 polticas p:blicas "oltadas aodesen"ol"imento local e por :ltimo o estudose prende a analisar o correlacionamentoentre o desen"ol"imento rural e urbanoaKudando a responder ao problema quequestiona se as polticas p:blicas impactam

 para o desen"ol"imento urbano.

2+ &ESEN/%5/I.EN#% 5%C,5:H$,.EN#%S C%NCEI#',IS.E#%&%5IC%S

Pode@se definir o desen"ol"imentolocal como sendo o conKunto de di"ersasdinUmicas que se relacionam $socialecon,mica poltica e cultural% atuantes emum territJrio demarcado por caractersticas

 prJprias que indu1em mudanças qualitati"asnaquela estrutura.

+egundo *arquero $<==;% odesen"ol"imento municipal alia duas ações$produti"idade e competiti"idade% de formaa mo"er a dinUmica econ,mica a seu fa"orao mesmo tempo em que busca mel5orar adistribuição de renda conser"ando outrasdinUmicas fundamentais $recursos naturaisaspectos 5istJricos e culturais% que tamb3mfa"orecem o crescimento.

A partir de tais premissas e ainda deacordo com *arquero $<==;% odesen"ol"imento econ,mico local tamb3m

 pode ser definido como um processo de

crescimento e mudança estrutural em faceda transfer?ncia de recursos das ati"idadestradicionais para as modernas bem como doapro"eitamento das economias externas edas ino"ações que ele"am o bem@estarsocial. 0ste conceito baseia@se na teoria deque as localidades não apro"eitam atotalidade dos seus recursos dispon"eis quedeterminam o seu potencial dedesen"ol"imento.

 /essa mesma lin5a 7elo $;E%

aponta que o processo de desen"ol"imento precisa ter uma "isão comum onde asiniciati"as econ,micas sociais culturais

 polticas e ambientais culminem para amesma missão. /esse tril5o odesen"ol"imento local 3 na "erdade uma"ontade comum de mel5orar a "ida das

 pessoas alicerçada na confiança dos prJprios recursos e na capacidade decombin>@los de forma lJgica para aobtenção de um futuro prJspero.

!esta feita o que se obser"a 3 que para se iniciar o desen"ol"imento local 3necess>ria uma "ontade coleti"a de mel5orara qualidade de "ida das pessoas que "i"emtanto na >rea rural quanto na urbana buscaridentificar as potencialidades existentesnessas localidades e em muitos casosideali1ar a busca pela sinergia entre aslocalidades e regiões intensificando oapro"eitamento da capacidade econ,mica decada região sem com isso mudar ou perderas suas caractersticas prJprias conser"andoos recursos naturais culturais e 5istJricos o

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que pode ser ainda mais um fator quecontribui indiretamente para o crescimento edesen"ol"imento local.

oda"ia alguns fundamentos dodesen"ol"imento são discut"eis equestion>"eis como por exemplo afirmarque o desen"ol"imento de pasessubdesen"ol"idos sJ ser> atingido seigualado ao desen"ol"imento dos pases

 prJsperos. al fundamento le"a a entenderque para se alcançar esse n"el os pases emdesen"ol"imento de"eriam seguir asmesmas regras dos pases K> desen"ol"idos

economicamente.Ocorre que em "irtude das di"ersasespecialidades de cada localidade não seaplica com a mesma efici?ncia um m3todoou um conceito simplesmente porque emoutro local ten5a se conquistado resultados

 positi"os.+ob o mesmo prisma RI+ $;B%

comenta que quando se trata dedesen"ol"imento não se pode querer pularetapas e antecipar os passos futuros de

maneira a ignorar a realidade local pois estarealidade tem implicações prJprias e peculiares. Ou seKa o desen"ol"imento de"eser entendido a partir dos aspectos locaisaspectos estes que t?m significado em umterritJrio especfico.

Para 7artins $<==<% odesen"ol"imento local não de"e ser

 percebido apenas como um crescimentoecon,mico e material tão pouco "oltadoapenas para os fins $bem estar social

qualidade de "ida etc.% mas sim na formaque o cidadão interage nesse processomudando a condição de apenas benefici>rioem um agente condutor dodesen"ol"imento. /este mati1 ele destacaque'

O "erdadeiro diferencial dodesen"ol"imento local não se encontra emseus obKeti"os $bem@estar qualidade de "idaendogenia sinergias etc.% mas na postura

que atribui e assegura ^ comunidade o papelde agente e não apenas de benefici>ria do

desen"ol"imento. Isto implica re"er aquestão da participação. $7ARI/+ <==<%.

0mbora demande certa dificuldadede se mostrar efeti"o por Kustamente 5a"er anecessidade de participação do indi"duonum processo que em alguns momentos 3

 pouco dotado de democracia este conceitoestimula a construção da consci?ncia doindi"duo como cidadão dotando@o de umasensibilidade das diferenças e necessidadesda comunidade o que sem d:"ida sãocaractersticas difceis de serem construdastoda"ia não imposs"eis e que uma "e1

conquistadas atribuem ao desen"ol"imentolocal certa consist?ncia.

 /este sentido "oltando aosensinamentos de 7artins $<==<% obser"a@seque 3 importante ter um ol5ar sobre a

 participação popular enquanto resultado deum processo de construção social – e nãocomo um mero requisito metodolJgico naestrat3gia de sensibili1ação popular @ queest> ^ deri"a de fatores 5istJricos e culturaise que assim a participação em princpio

 parece manter uma relação direta com o quese denomina de capital social.

 /esta perspecti"a "?@se a preocupação de desen"ol"er um senso de participação popular o nascimento de umacultura onde o indi"duo entenda que 3necess>rio a sua participação een"ol"imento em todos os processos que ole"em a contribuir para a construção de umestado mel5or de qualidade de "ida. 0 3

neste processo de construção social que oindi"duo cresce e se desen"ol"e proporcionando condições fa"or>"eis aodesen"ol"imento local.

 /a "isão de 7a5bub -l aq $;CE%o desen"ol"imento de"e ser um processoque combate os males causados pela

 pobre1a obKeti"ando a igualdade de opções enão apenas de renda. )ogo a oportunidadede escol5a o direito ^ liberdade e a

 perspecti"a de qualidade de "ida formam

 pois o cerne do conceito dedesen"ol"imento 5umano.

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N nesse conceito que se firma ocapital social capa1 de não apenas buscarmecanismos e desen"ol"er processos para odesen"ol"imento mas acima de tudo capa1de manter tal condição.

&onsoante se obser"a Ro1as $;E%contribui com a tem>tica !e formacon"ergente a 7a5bub -l aq $;CE% e7artins $<==<% descre"endo que'

 %l esarrollo Loal se onstit'He omo 'ninstr'mento /'ndamental de ar terorientador H ond'tor res+eto de las sol'iones +ro+'estas omo estrate(ias de

 s'+erain de la +obreza, es laor(anizain de 'na om'nidad en torno a'n +lan de desarrollo territorial dentro de'na +ers+etiva de onstr'in soial. %sto si(ni/ia 'e las medidas +lanteadas +or 'n or(anismo determinado en /'ninde ataar la +obreza 'edan en el vao sino +asan +or la inter+retain, lare/orm'lain, H el om+romiso de laom'nidad H a' 'm+le s' +a+el /'ndamental el esarrollo Loal.

Assim o desen"ol"imento local

constitui a organi1ação ao redor de um planeKamento que obKeti"a odesen"ol"imento com "istas ^ construçãosocial gerando um instrumento primordialcom caractersticas de orientação econdução de superação da pobre1a. /oentanto não se trata apenas de atender ^snecessidades materiais mas sim de buscar e

 promo"er as qualidades existentes nacomunidade de forma que interaKa no

 processo com intensidade e compromisso. /este contexto o ideal 3 somar as

qualidades e potenciali1ar odesen"ol"imento "isando ^ integração deoutras localidades e comunidades para asuperação das ma1elas da pobre1a em suasdi"ersas facetas.

3+ P%50#IC,S PF5IC,S &E&ESEN/%5/I.EN#% 5%C,5

Ao tratar de polticas p:blicas primeiramente de"em@se estabelecer dois

conceitos que deri"am de quem emana a poltica e para qual obKeti"o 3 criada. /o primeiro caso trata@se de poltica p:blicaestatista e no segundo de poltica p:blicamultic?ntrica.

+egundo +ecc5i $<=;= p. <% Valgunsatores e pesquisadores defendem aabordagem estatista enquanto outrosdefendem abordagens multic?ntricas no quese refere ao protagonismo noestabelecimento de polticas p:blicasW. Omesmo autor tra1 a lume que a abordagemestatista considera as polticas p:blicas de

forma analtica como sendo umVmonopJlio de atores estataisW no qual oque determina se uma poltica 3 ou não

 p:blica 3 a personalidade Kurdica doformulador ou seKa uma poltica sJ 3

 p:blica quando emanada de ator estatal. /ão obstante na "isão de poltica

 p:blica multic?ntrica )ima $<=;<% entendeque VO importante não 3 quem formula a

 poltica que pode ser qualquer um mas aorigem do problema a ser enfrentado esta 3

a sua caracteri1ação fundamental. Assimuma poltica recebe o adKeti"o de Vp:blicaWse o problema que tenta enfrentar 3

 p:blico.Woda"ia independentemente da

definição que se faça de poltica p:blica a"erdade 3 que as polticas p:blicas afetam

 profundamente a "ida das pessoas logo as polticas p:blicas bem como as di"ersasformas de organi1ações formais e informaisfortalecem o desen"ol"imento local. O

 processo ocorre graças ^s metodologias deindução do desen"ol"imento econ,mico esustent>"el resultado sobretudo damobili1ação de recursos.

!esta forma nas pala"ras de Ge5len$<==9% o desen"ol"imento local'

`... resulta da potenciali1ação da participação dos benefici>rios atra"3s deiniciati"as comunit>rias promo"endo

 parcerias com o 0stado $nos tr?s n"eis% ecom empresas pri"adas. #undamenta@sesobretudo nas potencialidades dos recursos5umanos institucionais e naturais que

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compõem o patrim,nio sociocultural outamb3m c5amado capital social. Parte@se dediagnJsticos para identificar potencialidades

e gargalos at3 a formulação de uma propostaglobal de desen"ol"imento comoantecipação do futuro a ser atingido e asescol5as de estrat3gias operacionali1adas em

 planos integrados de desen"ol"imento. 0ste3 o cen>rio em que polticas p:blicas dedesen"ol"imento se fundem com o social

 para "alori1ar as diferenças e conquistarqualidade de "ida e ambientes sustent>"eis.

Por outro lado 3 importante lembrarque muito embora a -nião ou o 0stado

apresentem polticas p:blicas agr>rias com ointento de mel5orar a qualidade de "ida das pessoas que "i"em na >rea rural por "e1escabe aos municpios a tarefa de executarefeti"amente essas polticas mesmo tendouma modesta receita "oltada para este fim.

Al3m de não possurem recursossuficientes para atender a demanda alia@se aesta dificuldade uma administração que nãoatende as expectati"as do p:blico al"oadequadamente pelo despreparo do seu

efeti"o administrati"o. /esse mesmo diapasão eixeira$<==<% fa1 uma interessante obser"ação aocomentar que apesar do aumento de suacapacidade financeira a participação dosmunicpios na receita tribut>ria global nãosupera os ;E ou <=z. !estaca ainda que namaioria dos municpios os recursos prJpriosnão ultrapassam os Fz do total da receita.+omando@se a esta situação est> o fato de

 possuir uma fr>gil base econ,mica

concomitantemente com a inefici?nciaadministrati"a. &ontudo apesar destasdificuldades assumem ">riasresponsabilidades das outras esferas

 p:blicas o que os obriga a negociar recursosnos di"ersos programas federais ouestaduais. !esta forma a autonomia dereali1ar polticas prJprias sem "inculaçãoaos programas federais e estaduais 3mnima.

-ma iniciati"a aut,noma do go"erno

federal para atender a essa demanda constana lei #ederal n E.;C;6; que dispõe sobre a

 poltica agrcola a qual conforme art. ;fixa os fundamentos define os obKeti"os e ascompet?ncias institucionais pre"? osrecursos e estabelece as ações einstrumentos da poltica agrcolarelati"amente ^s ati"idades agropecu>riasagroindustriais e de planeKamento dasati"idades pesqueira e florestal. $*RA+I);;%.

!e acordo com eixeira $<==<% a leidescentrali1a a execução dos ser"iços deapoio ao setor rural mas centrali1a aelaboração da poltica de desen"ol"imento

rural pre"endo ações de abrang?ncia amplacomo planeKamento cr3dito mecani1açãoou infraestrutura. !estaque@se que apesar daexist?ncia de um &onsel5o /acional asações são da responsabilidade do 7inist3rioda Agricultura com diminuta interfer?nciado &onsel5o. 2uanto aos recursos pre"?@seum #undo /acional de !esen"ol"imentoRural sem nen5uma determinação derepasse a municpios ou controle do&onsel5o.

0 mais ainda de acordo com omesmo autor a pauta agrcola e agr>riaimpõe al3m da rei"indicação pela posse daterra as questões de 5abitação transporte ealimentação $0IL0IRA <==<%. )ogodiante das necessidades locais e regionaistorna@se necess>rio uma poltica agrcola de

 base municipal a partir de alguns eixos'a% apoio ^ reforma agr>ria – dotar osassentamentos de infra@estruturasocial e produti"a mediar o

escoamento da produção\ b% desen"ol"imento da agriculturafamiliar\c% alimentação e abastecimento\meio ambiente\d% condições de mel5oria decondições de "ida da populaçãorural\f% adequação do currculo escolar.-ma importante conquista nesse

tril5ar foi o PRO/A# $Programa /acionalde #ortalecimento da Agricultura #amiliar%

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estagnação – associados ^ incapacidade deos agricultores em economia desubsist?ncia aumentarem a produti"idade

da terra. `...Os fatores de estagnação produ1em a emigração de parte outotalidade do acr3scimo populacionalresultado do crescimento "egetati"o. Para+inger no lugar de destino estariam osfatores de atração que orientariam os fluxose os locais para onde se destinariam. O

 principal fator de atração seria a demanda por força de trabal5o tamb3m entendidacomo Voportunidades econ,micasW. /olocal de destino a emigração produ1ida

 pelos fatores de mudança teria uma mel5or probabilidade de sucesso e mobilidade

social.W

-m fator de grande rele"Uncia paraas polticas p:blicas de desen"ol"imento 3 ofator de depend?ncia conforme 3demonstrado na tabela D que considera ara1ão entre a população inati"a $= a ;9 anose BF anos ou mais de idade% e a população

 potencialmente ati"a ou dispon"el para asati"idades produti"as $;F a menos de B9anos de idade%. O resultado 3 expresso em

 percentual u seKa o n:mero de pessoas emidades potencialmente inati"as para cadagrupo de ;== pessoas potencialmente ati"as.A ra1ão de depend?ncia 3 um indicador degrande importUncia para a calibragem das

 polticas p:blicas não sJ pre"idenci>riasmas tamb3m no campo de educação sa:de etrabal5o. 0ste indicador não sJ acompan5a ae"olução do grau de depend?ncia econ,micade uma população como tamb3m sinali1a o

 processo de reKu"enescimento ouen"el5ecimento populacional. 0ssassituações significam mais encargos para asociedade e merecem a atenção dosformuladores de polticas. $I*G0%

+ %FSE$/,(GES E. %'#$%SES#'&%S,C<,&%S &E PES'IS,S&E .ES., %' P$DI.,N,#'$E,

 /o desenrolar do presente estudo pode@se obser"ar que o desen"ol"imentolocal se fa1 com a participação das pessoas

com o compromisso da sociedade e com polticas p:blicas que tratem o conKunto derecursos dispon"eis na trans"ersalidadeterritorial indo al3m das fronteiras dosmunicpios sem contudo causar dano aosaspectos culturais 5istJricos e ecolJgicos.

 /esse mesmo "i3s pode@se destacaro importante trabal5o reali1ado por 7artins$<==<% que tal5ou a questão dodesen"ol"imento local tratando dasquestões conceituais e metodolJgicasfocando na participação do indi"duo no

 processo de construção de uma sociedade

mel5or que "isa não somente a conquista de bens materiais mas de solidificação de umasociedade com um ol5ar mais democr>tico e5umanista.

 /outra "isão cabe mencionar oestudo reali1ado por Ge5len $<==9% quedebate as questões relacionadas ^ polticas

 p:blicas e6ou sociais com a finalidade demostrar que polticas p:blicas eficientesdispensam polticas sociais compensatJriasdiscutindo por exemplo a reforma agr>ria

sob a Jtica de uma poltica p:blica social.Ainda neste mesmo lume entende@seoportuno mencionar a pesquisa de )ima$<=;D% que aborda a poltica dedesen"ol"imento territorial implantada no*rasil desde o ano de <==D por interm3dioda +ecretaria de !esen"ol"imentoerritorial do 7inist3rio do!esen"ol"imento Agr>rio $+!67!A%onde são analisados os fundamentos

 pressupostos diretri1es e conceitos

nucleares do programa PRO/A $Programade !esen"ol"imento +ustent>"el doserritJrios Rurais% al3m 3 claro da an>lisedos cen>rios que antecederam ao programa.

0mbora com obKeti"os distintos percebe@se que 5> uma estreita relação entreesses tr?s estudos e este aqui apresentado

 pois consoante se obser"a o cerne germinalse encontra na questão das polticas p:blicasde desen"ol"imento local que "isam amel5oria de qualidade de "ida das pessoas.

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6+ C%NSI&E$,(GES HIN,IS

A discussão empreendida nessetrabal5o contribuiu para ampliar o debatesobre as tem>ticas que en"ol"em odesen"ol"imento seKa ele rural ou urbanoanalisado sob um ol5ar que buscou ascaractersticas territoriais culturais5istJricas econ,micas entre outras queexercem influ?ncia sobre seu processo decrescimento.

N e"idente que fatores formais por"e1es causam preKu1os a uma grande

 parcela da população que "i"e nas >reasmenos desen"ol"idas no *rasil e quedependem intensamente da inter"enção dogo"erno para que as mesmas possammel5orar a qualidade de "ida que a prJpria&onstituição #ederal l5es garante.

&omo estudado as polticas p:blicasde"em ser pensadas em termos demunicipalidade buscando uma sinergiaentre as diferentes ati"idades econ,micascomo tamb3m rompendo as fronteiras

territoriais para que com o en"ol"imento docidadão possa@se extrair o m>ximo do potencial de cada setor e de cada regiãoala"ancando assim o desen"ol"imento localsem com isso afetar as caractersticas decada localidade.

7ais do que realmente a efici?nciadas polticas p:blicas 3 necess>rio oen"ol"imento das pessoas ou seKa odesen"ol"imento sJ ocorre se produ1ido

 pelo cidadão. 0le não ocorre deri"ado

diretamente do crescimento econ,mico massim resulta das relações 5umanas emana da"ontade do po"o das escol5as feitas com ointento de mel5orar a qualidade de "ida.

2uando as pessoas esti"eremen"ol"idas nos processos e polticas

 p:blicas de desen"ol"imento perceberão elutarão para manter a condição de cidadão eque as far> se sentirem parte do processo

 buscando cada "e1 mais fa1er com que as polticas implantadas deem certo.

N essencial estimular e proporcionarum ambiente poltico ou seKa de

 participação democr>tica de planeKamento participati"o – como 3 exemplo o orçamento participati"o @ e gestão compartil5ada pormeio de audi?ncias p:blicas. Para isso 3recomend>"el a adoção de soluçõesinstitucionais ino"adoras tais como acriação de fJruns consel5os comit?sconsJrcios ag?ncias ou pactos dedesen"ol"imento local.

 /a mesma lin5a de"e@se estimular o protagonismo Ku"enil. Os Ko"ens maisempreendedores são os primeiros a sair doterritJrio em busca de no"as e maiores

oportunidades causando o ?xodo rural.Portanto para reter talentos 3 precisoestimular a cultura empreendedora entre os

 Ko"ens e apoiar suas iniciati"as ao mesmotempo em que 3 necess>rio buscarempreendimentos tecnolJgicos industriaisentre outros que desafiem a perman?nciadestes Ko"ens.

Assim ao questionar se as polticasrurais causam impactos para odesen"ol"imento urbano concludo o

 presente estudo pode@se perceber apJs aan>lise dos dados conceituais apresentadosque as polticas p:blicas criadas em prol dodesen"ol"imento rural impactam

 positi"amente no desen"ol"imento urbano pois estão interligadas pela depend?ncia queum exerce ao outro. -ma dessas e"id?ncias3 que o *rasil se mostra muito mais rural doque se di1 se "isto por uma Jtica menosformalista e mais realista principalmente sedeixado de lado os grandes centros urbanos.

7as at3 mesmo nos grandes centrosurbanos 3 question>"el a sua exist?ncia senão fosse o setor rural e "ice@"ersa assimte o embricamento do setor rural produ1indo

 para a exist?ncia e manutenção do urbanocomo o urbano ino"ando em aspectostecnolJgicos e industriais que "isam ^mel5oria do desen"ol"imento rural.

Percebe@se inega"elmente que o presente tema tem um esprito inquietante eque pela sua nature1a possibilita e estimulano"os estudos que em muito podem elucidaro con5ecimento acad?mico muito mais

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ainda "em a colaborar com a AdministraçãoP:blica quanto a gestão das polticas p:blicade desen"ol"imento municipal.

Ante o exposto sem a presunção deesgotar o assunto sugere@se como temas

 para maior aprofundamento da questão' i% polticas p:blicas de desen"ol"imentosustent>"el ou polticas sociais\ ii% acontribuição da sociedade para a construçãodo bem@estar social\ iii% polticas p:blicasintermunicipais "oltadas aodesen"ol"imento local.

&oncluindo fa1 necess>rio que a

 população torne@se mais participati"a no processo de desen"ol"imento seKa ele rural

ou urbano e que as polticas p:blicas busquem integrar os territJrios de forma participati"a para que se somem asqualidades existentes de cada localidadecom gan5os para todos. -ma boa iniciati"ade participação popular neste processo 3

 buscar con5ecer quais são as especialidadesdo local onde se "i"e in"estigando eanalisando quais são os pontos fortes efracos tamb3m dos seus municpios"i1in5os para com isso poder cobrar dosrepresentantes polticos uma postura mais

 proati"a diante da inefici?ncia

administrati"a.

A*0)A ; @ P0R&0/-A) !0 7-/I&IPIO+ POR /k70RO !0 A*IA/0+A*IA/0+ ;F= ;B= ;C= ;E= ;; <=== <=;=Ate <=== =;B =F9 ;9< ;9 ;< ;; <;<!e <==; a F=== D99 F; ;F<D ;F<E ;F; <<<9 <;<B!e F==; a ;==== ;E9E <DF9 <BCC <DE <D9 <DE< <;CE!e ;===; a <==== D<FB D=B< <DD <C; <E< <F; <F;E!e <===; a F==== DBFE <ED; <= <;EF <=B< ;C9 ;EC9!e F===; a ;===== BCE F;C DC B=; BD< F9C FE97ais de ;===== <=; <D; <DE DFB 9;B 9=C F=

#onte' I*G0 &enso demogr>fico ;F=6<=;=

A*0)A < @ ALA !0 !0+O&-PA|O 07 P0R&0/-AI+P0RO!O <==D <==9 <==F <==B <==C <==E <== <=;=ALA ;<D ;;F E ;= D C E; BC

#onte' I*G0 Pesquisa 7ensal de 0mprego @ P70

A*0)A D – !0+0/8O)8I70/O -7A/O 7-/I&IPA)Perodo ;; <=== <=;=

&lassificação / de

municpiosz

 / demunicpios

z / de

municpiosz

7uito Alto = == ; == 99 =E

Alto = == ;DD <9 ;.EE DD73dio 9D =E ;.9F; <B; <.<DD 9=;*aixo C9F ;D9 ;.BF< <C ;.DBC <9B

7uito *aixo 9.CCC EFE <.D<E 9;E D< =B

#onte' !esen"ol"imento dos autores com base no Atlas do !esen"ol"imento umano no *rasil <=;D.

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A*0)A 9 @ RAO !0 !0P0/!/&IAvR0A P0RO!O;B= ;C= ;E= ;; ;B <===

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$'.% ,% 5ES#E] P,$, ,5O. &E %N&E N,SCE % S%5] NE.

$'$,5-NE. '$F,N%Q .,S IN#E$H,CE &E ESP,(%S N%.'NIC0PI% &E H% &% I',(' - P$ 

0x1ol"ildres 2ueiro1 /etoZ

Saroline RibeiroZZ

Andrea 7. )ourtetZZZ

)uciane . 8argasZZZZ

Tilliam !ellaiZZZZZ 

$es>o

O texto articula os resultados de pesquisa na interface periurbana do municpio de #o1 do Iguaçu PR a partir da pesquisa e orientação de bolsistas deiniciação cientfica. O trabal5o que apresentanuances de ensaio enreda os elementos da pesquisacom os referenciais teJricos e os di>logos com osorientandos$as%. /este sentido o trabal5o ser>organi1ado a partir de tr?s eixos a% o ordenamento

territorial lastreado pelo debate sobre lJgica do Plano!iretor abrangendo reflexões sobre planeKamento egestão do territJrio municipal\ b% o conceito deinterface periurbana e c% os resultados da pesquisa a

 partir dos di>logos com as entre"istas.

Palavras-Chave' interface periurbana\ ordenamentoterritorial\ planeKamento do territJrio\ plano diretor.

$es>en

0l texto articula los resultados de la in"estigaciJn enla interfa1 de la ciudad de #o1 periurbana de Igua1:PR de la in"estigaciJn M la orientaciJn de la beca deiniciaciJn cientfica. )a obra que presenta la pruebamatices implica elementos de in"estigaciJn con losmarcos teJricos M di>logos con los pupilos $as%. 0neste sentido el trabaKo se organi1a a partir de los treseKes% debate la ordenaciJn del espacio apoMada porPlan 7aestro de reflexiones que abarcan la

 planificaciJn M gestiJn del territorio municipal\ b% elconcepto de interfa1 periurbana M c% los resultados de

 b:squeda de los di>logos de las entre"istas.

Palaras clave' interfa1 peri@urbana\ la gestiJn delterritorio\ la planificaciJn territorial\ el Plan0strat3gico.

Z !outor em 0ngen5aria Agrcola pela -/I&A7P. Professor e pesquisador da -ni"ersidade #ederal da Integração)atino@Americana. 0@mail' queiro1.netounila.edu.br ZZ *olsista #undação Arauc>ria – PRO*I& <=;D@<=;9. Acad?mica do curso de !esen"ol"imento Rural e +egurançaAlimentar da -ni"ersidade #ederal da Integração )[email protected] *olsista #undação &/Pq – PRO*I& <=;<@<=;D. Acad?mica do curso de &i?ncias 0con,micas da -ni"ersidade#ederal da Integração )[email protected]  8olunt>ria de Iniciação &ientfica – PRO*I& <=;D@<=;9. Acad?mica do curso de !esen"ol"imento Rural e

+egurança Alimentar da -ni"ersidade #ederal da Integração )[email protected] 8olunt>rio de Iniciação &ientfica – PRO*I& <=;D@<=;9. Acad?mica do curso de !esen"ol"imento Rural e+egurança Alimentar da -ni"ersidade #ederal da Integração )atino@Americana.

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*+ Introdção

O municpio de #o1 do Iguaçuapresenta na contemporaneidade umaconfiguração territorial desen5ada pelosdeterminismos ambientais e polticos quedemarcaram ao longo do tempo as di"ersasfronteiras. O rio Paran> em si um marco defronteira com o Paraguai a oeste. Ao sul orio Iguaçu que define os contornosfronteiriços com a Argentina. Oscondicionantes da ação do 0stado a partir da

id3ia do desen"ol"imento tendo em "ista a produção de energia pela usina de ItaipucuKo lago ao /orte fe1 fluir a concretude deterras construções e 5istJrias. Por outrolado o Parque /acional do Iguaçuimportante marco como unidade deconser"ação ambiental a sua Kurisdiçãodesfec5a os limites territoriais do municpio.#o1 do Iguaçu 3 na contemporaneidadeuma relquia do dinamismo do espaço.

 /a porção leste do municpio

encontramos um estoque de terras que permite ainda a composição de usos particularmente o residencial e ser"iços deconotação turstica. /o Rumo )estedesnubla a interface periurbana sendo

 poss"el constatar a simultaneidade do uso eocupação do solo onde rural e urbano semetamorfoseiam dando uma conotação de5ibridismo ao espaço. /em rural nemurbano mas a possibilidade da interface doespaço concomitantemente uma construçãosocial certa imposição do fluxo de ummercado de terras e o desnudar daslimitações da administração p:blica frente acomplexidade territorial.

Os processos de construção dasentre"istas foram estruturados a partir dosdi>logos com os$as% orientandos$as% que

 participaram efeti"amente da composiçãometodolJgica. rabal5amos com roteiros deentre"istas an>lise do discurso e re"isão

 bibliogr>fica. Assim o trabal5o 3 aexpressão do processo de ensino@

aprendi1agem da pesquisa para os discentes

e a descoberta das di"ersas fronteiras do usoe ocupação do solo que compõem aconfiguração territorial do municpio de #o1do Iguaçu e os discursos dos entre"istados.

2+ &o ordena>ento do territ1rio Ji>4possiilidade de Vrisdição do rralpelo >nicBpio

A dimensão do ordenamento

territorial no *rasil encontra@se lastreada pelo marco Kurdico – inciso IL do artigo <;da &onstituição de ;EE – que legitimacomo uma obrigação do 0stado mas poucodi1 a respeito do seu conte:do. 0ste fatocondu1 a uma multiplicidade de perspecti"asde poltica territorial como um en"oltJrio doespaço de redes fluxos espaços naturaisrurais e urbanos $*0RO/0 et al . <==B%.)ogo de"emos ressaltar que Va importUnciado espaço $que 3 palco fonte de recursos

recurso em si `locali1ação arenareferencial simbJlico6identit>rio econdicionador\ que 3 substrato materiallugar e territJrio% na suamultidimensionalidadeW não pode sernegligenciada conforme +ou1a $<==9 p.B;%.

Ao estabelecermos um bre"e5istJrico dos processos brasileiros deordenamento territorial planeKar poderepresentar o smbolo do autoritarismo

 principalmente do perodo militar $d3cadasde ;B= a ;E=% o que se pode creditar aodistanciamento da compreensão da realidadesJcio@poltica e ambiental do territJrio.

 /este contexto os poderes locais fustigados por uma crise financeira do 0stadoenfati1a"am a solução de problemasimediatos e pontuais notadamente ossociais apesar da retJrica dodesen"ol"imento. 2uanto ^s ações do

0stado 3 fact"el questionar' quem 3 osuKeito da ação e quem sofre a ação Assim

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3+ estão >nicipal: capacidade decontroleQ >as ne> se>pre deplaneVa>ento do territ1rioY

O acesso aos recursos e os usos quesão feitos dos mesmos constituem a base dosdramas 5umanos gerados pela dificuldade deacesso aos bens e ser"iços p:blicos em dadoterritJrio. 0ncontramos ainda as dimensõesligadas ao acesso e ao uso dos recursosfuncionando como um pano de fundo dos

 programas de aKuste estrutural e das medidasde Vdescentrali1açãoW ou de Vgo"erno

localW acompan5adas de uma forte pressãoa fa"or da propriedade pri"ada. Assim aescala do lugar deixa aflorar intrigantescontradições no Kogo do poder e no uso doterritJrio.

A escala de"e ser considerada para acompreensão dos processos numa

 perspecti"a espacial. Portanto tãoimportante como saber que as coisas mudamcom o taman5o 3 saber exatamente o quemuda e como $&astro <==B%. /ão se trata de

uma medida de proporção dos processosmas de medida dos espaços de pertin?nciados processos. O problema da escala 3importante quando se quer caracteri1ar oselementos de um determinado sistema$&5ristofoletti ;CE%. /este sentido oselementos naturais e sociais ocorrem porn"eis de escala isto 3 a repercussão dasações e interações modificam localmente aestrutura do sistema articulando@se a outrosn"eis escalares.

 /a perspecti"a de ar"eM $<==B% osistema – compreende tr?s componentes' ;%um conKunto de elementos\ <% um conKuntode ligações $relações% entre esses elementos\D% um conKunto de ligações entre o sistema eseu ambiente.

2uando um modo de apropriaçãodefine um estado dos sistemas de relaçõesterritoriais os processos de decisãoexprimem sua dinUmica. omar uma decisãosignifica assumir uma opção com base em

 princpios racionais. 7as que tipo deracionalidade -ma racionalidade

instrumental $pragm>tica% A racionalidadecrtica substanti"a $ra1ão que reflete sobreas contradições e os conflitos% -mam>lgama de ambas as racionalidades +eKacomo for a racionalidade nas decisões douso do solo e da terra não 3necessariamente restrita ao econ,mico e ao

 pragmatismo. /a teoria da tomada de decisão

+imon $;FC%\ citado por 4o5nston $;EB%\desen"ol"e o conceito da racionalidadelimitada' as decisões são tomadas em uma

 base racional mas em relação ao ambiente.

A decisão depende de como o ambiente 3 percebido por aquele que de"e tomar adecisão. )ogo a percepção pode sercompletamente diferente tanto da VrealidadeobKeti"aW quanto do mundo tal como ele 3"isto. Assim de acordo com 4o5nston$;EB% a maneira pela qual as pessoas "?emos riscos e as oportunidades dos seusambientes inseguros desempen5a um papelsignificati"o em suas decisões o que refleteno gerenciamento de recursos. Ao analisar a

tomada de decisão 4o5nston $;EB%descre"eu os seguintes pressupostos';. As pessoas são racionais quandotomam decisões. -m tipo de

 pressuposto como este pode ser ou prescriti"o – ou descriti"o docomportamento real. Admite@se quea segunda opção 3 a mais pertinente

 para uma gestão sJcio@espacial.<. As pessoas fa1em escol5as. 7uitasdecisões são ora tri"iais ora

5abituais de modo que a elas sededica pouca ou nen5uma reflexãoantes que seKam tomadas. Algumasdecisões principais relacionadas como espaço e seu uso podem tamb3mse tornar 5abituais mas essecomportamento usualmente sJ sedesen"ol"e apJs uma s3rie deescol5as conscientes e pode le"ar auma resposta estereotipada asituações futuras similares.D. As escol5as são feitas com base nocon5ecimento. +J muito raramente

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 pode um tomador de decisão agrupartodas as informações rele"antes parasua tarefa e freqentemente ele 3incapa1 de assimilar e usar todasaquelas de que se dispõe.9. A informação 3 a"aliada de acordocom crit3rios predeterminados. 0muma escol5a de tipo 5abitual ocrit3rio 3 o que K> existia antes masem uma escol5a refletida ainformação precisa ser ponderada deacordo com o contexto.-m planeKamento do territJrio de"e

 procurar entender a "ariabilidade deelementos de um contexto os seus aspectosambientais sociais 5istJricos econ,micosculturais e polticos. /o arcabouço dos

 planeKamentos espaciais o Plano !iretormunicipal surge como mecanismo deresolução de questões sJcio@ambientais ecomo estrat3gia de polticas e ações de

 planeKamento sJcio@espacial. &aracteri1am@se como plaus"eis ações p:blicas de

 planeKamento que incorporem um processo

dialJgico de gestão territorial e da realidadeaproximando@se do contexto da população etamb3m das demandas ambientais. )ogoseria fact"el uma gestão social doterritJrio Para enJrio $;E% uma gestãosocial deri"a@se da lJgica da solidariedadecomunit>ria referendada na participaçãodialJgica agir comunicati"o negociaçãosobre a situação e exposição deargumentações.

A ação 5umana sobre o territJrio

embora muitas "e1es percept"el a ol5o nuquanto a seus efeitos 3 difcil de sera"aliada quanto as suas causas especficas esobre tudo quanto ^ intensidade e freq?nciade atuação dos processos resultantes isto 3^ quantificação e monitoramento dos seusefeitos qualitati"os. Os maiores problemasresidem no acompan5amento da influ?nciade cada tipo de uso do solo nodesencadeamento de um processo cuKosefeitos resultam da soma de ">rias ações5umanas. N o caso tamb3m da a"aliação dofator tempo raramente existem registros

fi3is da cronologia relati"a ^ implantaçãodos di"ersos tipos de uso e ocupação dosolo bem como os impactos ambientais.Assim 3 que a quantificação e omonitoramento de todas as "ari>"eisen"ol"idas no espaço no desencadeamentoe na e"olução do uso e ocupação do solo eda terra se por um lado 3 deseK>"el e :til

 por outro esbarra na falta de recursos dosagentes p:blicos e pri"ados. &ontudo odinamismo da ocupação do solo 3acompan5ado por mudanças igualmenter>pidas nas caractersticas de acesso aos

 bens e ser"iços p:blicos exigindo agilidadena solução dos problemas gerados ou dainformação de ações bem sucedidas

 principalmente na escala local. -m enormedesafio sobre as questões territoriaisconsiste portanto na identificação esatisfação em base sustent>"el dasnecessidades genunas de uma dadacomunidade respeitando@se a suadi"ersidade e potencialidade ino"adora demudança e o conKunto das configurações

territoriais.A configuração territorial que para+antos $;C% 3 o territJrio mais o conKuntode sistemas de obKetos e sistemas de açõesacrescenta no"os elementos ao paradigma daregionali1ação em que o contexto local 3 o

 ponto de partida para as ações e a integraçãodo espaço pode se estruturar a partir de pelomenos tr?s enfoques como analisaAbramo"aM $<==D%' o de sistemas

 produti"os racionalmente uni"ersais mas

"alori1ando a racionalidade do lugar\ a promoção de Vmeios ino"adoresW quedependem dos atributos locais e por fim os

 processos de "alori1ação das relaçõessociais no Umbito das comunidades. 7attei$<==B% afirma que uma an>lise daarticulação entre o espacial osocioecon,mico e o ambiental re"ela algunselementos importantes das no"as funçõesdas >reas periurbanas e dos referenciaisambientais. 0ssa articulação ocorre por umlado pela forma e intensidade de uso dosolo $"ari>"el espacial% e por outro pelas

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 pr>ticas sociais econ,micas e culturais das populações $"ari>"el socioecon,mica e quetamb3m 3 espacial%.

Assim o rural normalmenteassociado ao setor agrcola onde osmoradores recol5em o Imposto erritorialRural $IR% de Kurisdição federal sãorelati"amente deslocados da administraçãomunicipal no que concerne o territJrio uma"e1 que para os cofres p:blicos $em termosde gestão% o que importa 3 o Imposto Prediale erritorial -rbano $IP-%. )ogo o espaçorural se torna um espaço dissonante no

Umbito fiscal do municpio. O escopo daquestão 3 o processo de interação urbano@rural para al3m da classificação das formas eestruturas mas dos processos fluxosconte:dos ações e escalas.

?+ &a dicoto>ia rral-rana Jco>pleKidade perirana

A interface periurbana um espaçoterritorialmente importante apresenta

 principalmente questões de sustentabilidadee condições ambientais $inter@relacionandolocal de moradia e os locais de trabal5o% queafetam a capacidade de sustento e qualidadede "ida da população que 5abita estas >reas.!e acordo com Allen $<==B p. DC9%

embora não 5aKa consenso sobre adefinição de interface periurbana 5>uma crescente conscienti1ação entre profissionais e instituições ligadas ao

desen"ol"imento de que os traços ruraise urbanos tendem a coexistir cada "e1mais nas cidades – e al3m dos seuslimites.

A despeito de sua composição social5eterog?nea e de r>pidas transformações asinterfaces periurbanas são freqentemente5abitadas por grupos de menor poderaquisiti"o desde aqueles que "i"em deser"iços de base urbana at3 pequenos

agricultores atingidos pelos processosdinUmicos da utili1ação da terra e das

mudanças do mercado. As populações das>reas rurais@urbanas são particularmente"ulner>"eis aos impactos e aspectosnegati"os dos sistemas rurais e urbanosadKacentes. 0stas populações acabamexpostas aos problemas de realidadesambguas que em muitos casos nãoconseguem "aler@se de ser"iços p:blicoscomo saneamento b>sico coleta de lixo"ias pa"imentadas escolas energia outransporte. > uma dinUmica urbana@ruralque sub"erte a lJgica das polticas p:blicassetoriais e expõe demandas espaciais

complexas $A))0/ <==B%.-m fato importante que distingue ainterface periurbana 3 que geralmente aterra sofre pressão resultante de ">rios

 processos de uso inde"ido e especulaçãocrescente $renda da terra%. /o *rasil foiestruturado um mercado de terrastransacion>"eis ^ semel5ança da negociaçãode ati"os no mercado financeiro$!0)GA!O ;EF%. Portanto as mudançasdo uso do solo nas interfaces periurbanas

estão relacionadas em partem ^especulação imobili>ria e podemcorresponder ^s estrat3gias relati"amenteVespontUneasW das pessoas $tanto nas >reasrurais como nas urbanas% para terem acesso^s terras prJximas de meios e oportunidadesdi"ersificados de trabal5o moradia acessoaos ser"iços p:blicos. -m "erdadeiroV5olograma de uso do soloW – sistemas deinterações de ">rios processos dedesen"ol"imento o que inclui desde

resid?ncias ati"idades industriaisentremeados de terrenos desocupados$geralmente mantidos para finsespeculati"os% a mudança de uso do soloagrcola e >reas de proteção ambiental econflitos que surgem na oposição espaço@tempo das ações das polticas p:blicas e dosinteresses econ,micos.

 /este contexto o espaço naturalsofre a pressão crescente das ações 5umanasque desencadeiam importantes impactosambientais. 0mbora a "ariedade dos

 processos dificulte ou comprometa

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generali1ações 3 fact"el di1er que ocorremalterações das redes 5idrolJgicas naturaissubstituição do solo e da "egetação naturalou seminatural problemas de saneamentocom risco ^ sa:de impactos de construções$aeroportos estradas locais dedescarregamento de lixo estações deesgoto%. A interrupção ou sobreposição dossistemas comunit>rios de gerenciamento doespaço natural e as mudanças das pr>ticasagrcolas bem como a dinUmica urbanale"am ^ perda e ^ degradação do solo dasterras culti">"eis. Assim sendo os

elementos que atuam nos sistemas de uso dosolo e da terra de"em ser entendidas ^ lu1 deuma s3rie complexa de interações urbanas@rurais le"ando@se em consideração

 principalmente as fontes problemas eoportunidades $A))0/ <==B%.

A maneira de se colocar um problema de gestão depende em parte darepresentação que fa1emos do contexto noqual este problema emerge ou do qual nJs ofa1emos emergir ao tentarmos formali1>@lo.

Para 7ilton +antos $;E<% a expressãocontexto 3 geralmente tradu1ida comosignificando uma abstração extrada daobser"ação de fatos particulares. 7as comocada fato particular ou cada elemento

 particular sJ tem significado a partir doconKunto em que estão includos e inseridosesse elemento ou esse fato 3 que terminasendo abstrato enquanto o real passa a ser ocontexto. 7as o contexto sJ 3 real namedida em que 3 atual. Isso quer di1er que

as expressões 5umanidade empresa 0stadoambiente infra@estrutura urbano ruralsomente podem ser entendidos ^ lu1 de suaistJria e do presente. Ao longo da istJriatoda e qualquer "ari>"el se ac5a eme"olução constante.

O estudo das interações entre osdi"ersos elementos do espaço 3 um dadofundamental da an>lise o permite a"ançar noentendimento do territJrio. /a medida emque a função 3 ação a interação supõeinterdepend?ncia entre os elementos.Atra"3s do estudo das interações

recuperamos a totalidade social isto 3 oespaço como um todo e igualmente asociedade como um todo. Pois cada açãonão constitui um dado independente masum resultado do prJprio processo social$+A/O+ ;E<%.

+ , constrção dos discrsos sore oterrit1rio a partir das entrevistas

+* % planeVa>ento co>o orde> a visãodo poder pTlico

PlaneKamento para os entre"istados 3a condição para a execução de obKeti"os"oltados para a Vorgani1açãoW

 principalmente do espaço urbano. O planeKamento "isto por este foco tra1 a possibilidade de corrigir o passado mesmoque o presente em curso não demonstremudanças consider>"eis no arranKo doterritJrio no que tange principalmente oacesso aos bens e ser"iços p:blicos. O

 passado 3 tudo aquilo que de uma forma ou

de outra condu1iu ao VcaosW contemporUneode uso e ocupação do solo en"ol"endotamb3m uma agenda ambiental. Assim

 planeKar 3 em si traçar uma perspecti"a defuturo. O pano de fundo das consideraçõesdos entre"istados 3 urdido por doisaspectos' a inger?ncia do poder p:blico emrelação ao territJrio $perda de controle% e a

 possibilidade do Plano !iretor em apontarcamin5os.

8isto desta forma o planeKamento 3

a composição de "ari>"eis constat>"eis emensur>"eis que são passi"eis de seremalteradas e rearranKadas por uma legislação.2uando os entre"istados trabal5am oconceito de planeKamento do territJrio "em ^tona a id3ia de ordenamento mesmo a partirda metodologia participati"a dos Planos!iretores atuais. 

> um descolamento da realidade aser planeKada no que se refere a articulaçãode "ari>"eis sist?micas. O territJrio tratadocomo estrutura função e forma masdistante da interconexão de processos. O

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 planeKamento não 3 tratado como umVcampo de açãoW onde 3 poss"el estudarsimultaneamente o espaço o tempo asestrat3gias' institucionais e coleti"as.

+2 Setor i>oiliRrio entre a lei de>ercado e a renda da terra

O "alor da terra em si não seencontra nela mas surge a partir dacombinação de m:ltiplas "ari>"eis e o "alormuda ao longo do tempo. &omo analisadoanteriormente lote terra casa não possuem"alor intrnseco mas são representações de

"alores no que tange o espaço. 0sta 3 umacondição para a construção de um mercadode terras o arranKo momentUneo $o tempo 3a composição das expectati"as futuras% daimposição sobre a coleti"idade domonopJlio da renda absoluta. O mercadoimobili>rio de #o1 não foge a esta regra etem na porção )este do municpio o seuestoque de terras.

)ogo tendo este pressuposto comoreferencial o car>ter de transformar o

estoque de terras de um municpio em umefeti"o mercado de terras 3 a combinaçãode m:ltiplas "ari>"eis a partir do ide>rio da

 propriedade. Alegamos que este "alor\ – a propriedade – que não 3 intrnseco a terramas constitudo pela perspecti"a monet>ria

 presente e futura\ gera a expectati"a detransformação no uso e ocupação do solo eda terra principalmente na interface

 periurbana.&onsiderando o estoque de terras

dispon"el para a ocupação em umarealidade complexa como o territJriomunicipal de #o1 do Iguaçu pautado pelarepresentação da propriedade como "alor ede fato como monopJlio constrJi@se ummercado onde a terra 3 um ati"o. O ati"o 3 a

 possibilidade de negociação de um estoquede rique1a ou pretensão de monetari1ação deum bem. O uso especulati"o da terra o usonão produti"o 3 uma forma de "alori1ação

 baseada em expectati"as. A representaçãode acordo com &5artier $;; p.;E9%Vcentra a atenção sobre as estrat3gias

simbJlicas que determinam posições erelações e que constroem para cada classegrupo ou meio um ser percebido construti"oda sua identidade.W

A noção de estoque de terra em umdeterminado territJrio 3 formada pelamaterialidade mas 3 abstrata como o

 prJprio territJrio. &orrobora@se em +oKa$;C; p. ;% o conceito de territorialidadeVum fen,meno de comportamento associado^ organi1ação do espaço em esferas deinflu?ncia ou em territJrios nitidamentedelimitados que assumem caractersticas

distintas e podem ser considerados pelomenos em parte como exclusi"os de quemos ocupa e de quem os define.W A interface

 periurbana 3 um V5ologramaW dasterritorialidades que amalgamam o territJriomunicipal.

Assim o discurso Jb"io do mercadoimobili>rio em #o1 do Iguaçu atende asregras gerais de transformar o estoque deterras em uso parte necessidade de moradia

 parte terras dispon"eis mas o am>lgama se

d> pelo corol>rio da propriedade. O Rumo)este 3 o que est> dispon"el no municpio 3a interface de espaços.

+3 .oradores da inter@ace perirana a contradição e o @ncionalis>o

Por entre os di>logos dos$as%entre"istados$as% desnubla@se a contradição

 prescrita pela prJpria ação da gestãomunicipal. A percepção dos$as%moradores$as% fica restrita aos aspectos da

 paisagem e da designação do uso do solo pela prefeitura o que configura um conflitoentre a  +r`is e a definição de uso do solosem o espaço.

+urge tamb3m a configuração entreo fluxo $uso e ocupação% e a percept"elestrutura est>tica do rural agrcola. /estestermos a interface periurbana 3 arepresentação das ambigidades territoriaisno municpio de #o1 do Iguaçu 5aKa "ista as

 possibilidades dos moradores utili1aremambos os espaços $A))0/ <==B%. Paraos$as% entre"istados$as% o que mais l5es

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c5ama a atenção 3 a sobre"alori1ação dos preços dos terrenos no decorrer dos :ltimos<= $"inte% anos a intermit?ncia da oferta deser"iços p:blicos e a tranqilidade. > certainformalidade dos registros dos imJ"eis

 pois muitos não possuem escritura. O quecaracteri1a este espaço como interfacetamb3m de Kurisdição territorial nomunicpio. Perpassa este problema adistinção entre a Kurisdição municipal no quetange o IP- e a Kurisdição #ederal no queconcerne ao IR. 0ste 3 o escopo doconflito' 5> um problema $tal"e1 o falso

 problema% a que Kurisdição pertenço Ruralou urbana 7ais do que responder esta problem>tica 3 necess>rio "erificar o que 3 oterritJrio para a administração p:blica emtermos contigidade na prestação dosser"iços p:blicos.

A partir das entre"istas 3 poss"elameal5ar a id3ia de uma polari1ação dourbano em relação ao rural. !o ponto de"ista demogr>fico urbano e rural sãocaracteri1ados de forma distinta 5a"endo

uma sobre"alori1ação do urbano $local detrabal5o la1er compras ser"iços% emdetrimento do rural – local de produção. 

6+ ConsideraçUes Hinais

> no planeKamento territorial certocorteKar com a ideia de ordenamento. O quefa1 lembrar *audrillard $;;% ao analisar af>bula de *orges sobre um dado imp3rio

onde os cartJgrafos desen5a"amminuciosamente o mapa que acaba"a porencobrir o prJprio territJrio. /o *rasil oordenamento territorial antecede o prJprioterritJrio $"isto em uma perspecti"acomplexa% atra"3s de uma mirade delegislações e normas que suplantam o planoisto 3 o planeKamento 3 relegado aoesquecimento em prol das norma que nãoencontram abrigo na realidade complexa efluida.

Assim o espaço municipal seconfigurou e se configura como o embate

entre o p:blico e o pri"ado' de um lado o0stado sua burocracia impregnada deagentes que "isam interesses nem sempre

 p:blicos o setor pri"ado $setor imobili>rio%que reforça "ia discurso da propriedade anecessidade de expansão da demandadescolada da totalidade. )ogo são parcelasdo solo urbano ou rural que a partir dademanda se caracteri1am em pseudo@configurações territoriais pois não 5> umainteração com o todo do municpio.

N preciso c5amar a atenção para aimportUncia do papel do 0stado e a sua

 poss"el omissão quanto ^ dimensãoespacial. !e fato a tensão entre p:blico$coleti"o% e pri"ado parece sermomentaneamente resol"ida quando ocidadão "islumbra a propriedade $lote casaapartamento terreno isto 3 a terra% comouma forma de fa1er parte da cidadania.!estarte o acesso ao espaço se fa1 "ia

 propriedade o que poderia explicar aVomissãoW do 0stado por um lado e aVlJgica da desordemW a partir dos interesses

do capital imobili>rio no espaço urbano e dalJgica da concentração fundi>ria no espaçorural. /ão 5> portanto uma dial3tica da

 +r`is espacial.0m contrapartida 5> perspecti"as que

se "islumbram na contemporaneidade uma"e1 que o Vespaço "i"idoW tra1 ao territJriono"os problemas e questões. 7esmo queseKam no"as@"el5as questões retrabal5adas oque denota certa insatisfação com a falta deum plano de um plano de ação nas di"ersas

escalas' municipal estadual e federal. 7asqual seria o papel do 0stado > certainformalidade espacial no municpio de #o1do Iguaçu que demonstra uma racionalidadeconstruti"a tanto de foro popular quanto deaspectos que tangem a renda da terra e certaneutralidade t3cnica do planeKamento emrelação ^ produção social do espaço. 2ualseria portanto a ordem no caso brasileiroAs similaridades do não entendimento da

 +r`is do espaço podem tra1er em seuescopo uma lJgica. &ontudo seriam"irtualidades de uma lJgica ou a imposição

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de uma ordem tanto para o espaço urbanoquanto para o espaço rural

A questão abrange as ações dasociedade por um lado os modelos teJricos

 por outro e a coordenação por parte do0stado entre o p:blico e o pri"ado. > semembargo a questão de escala' uma tensãoentre a escala microssocial $cotidiana% e amacrossocial $aspectos econ,micos einteresses globali1antes e tamb3m uma

 perspecti"a cotidiana%. 0m meio a estacomplexidade dinUmica surge a figura doVe+ert W que atua como um tomador de

decisão $tanto no espaço urbano quantorural% distante da realidade mas amparado por modelos matem>ticos. Assim des"elauma questão aterradora camin5amos dacontradição ao funcionalismo

!e tão amplo 3 o espectro deste5olograma sJcio@espacial $onde as partesestão inscritas no todo e "ice@"ersa% queincorremos em certa ang:stia ao constatarque as partes tendem de forma sub@reptciaa suplantar o todo isto 3 a prJpria

totalidade espacial. O urbano passa a predominar como lJgica capitalista sobre oconceito de espaço seKa em relação ao ruralou mesmo ^ cidade. 7as tal"e1 o :nicoelemento que parece sobre"i"er maisfortemente da diferenciação rural@urbana 3o menor taman5o dos aglomerados

 populacionais no rural e o setor econ,micoagrcola o que não quer di1er muita coisa anão ser confirmar o Jb"io. 

$e@erências

A))0/ A. 0xperi?ncias internacionais de articulação entre o planeKamento ambiental e ainterface rural@urbana. In' . #errit1rioQ a>iente e polBticas pTlicas espaciais 6 7arlia+teinberg et alli. *raslia' Paralelo ;F e )G0 0ditora <==B.

*A-!RI))AR 4. Si>lacros e si>laçUes. )isboa' RelJgio ![>gua ;;.

*0RO/0 ). #. Perspecti"as do ordenamento territorial no *rasil' de"er constitucinal ouapropriação poltica. In' . #errit1rioQ a>iente e polBticas pTlicas espaciais 6 7arlia+teinberg et alli. *raslia' Paralelo ;F e )G0 0ditora <==B

A*RA7O8A R. % @tro das reiUes rrais. Porto Alegre' -#RG+ <==D

&A+RO I. 0. O problema da escala. In' . eora@ia: conceitos e te>as Paulo &3sar da&osta Gomes Roberto )obato &orr?a 6 organi1adores E( ed. Rio de 4aneiro' *ertrand *rasil<==B.

&A+RO I. 0. eora@ia e polBtica: territ1rioQ escalas de ação e institiçUes . <( ed. Rio de4aneiro' *ertrand *rasil <==.

&RI+O#O)0I A. ,spectos da anRlise sistê>ica e> eora@ia . Re"ista Geografia Rio&laro D n. B p. ;@D; out. ;CE.

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0N&ICE &E &ESEN/%5/I.EN#% .'NICIP,5 &, .IC$% E

PE'EN, E.P$ES, I&-.PE &% $I% $,N&E &% S'5

f

Til5elm 0duard 7il]ard de A1e"edo 7einers*

)ui1 Alberto 0ste"esZZ

)eonardo de 7agal5ães )eiteZZZ

0"Unio do /ascimento #elippeZZZZ

$es>o

A promoção de polticas de desen"ol"imento localcom foco em resultados carece de indicadores que

 permitam o acompan5amento de sua efeti"idade. Osndices de desen"ol"imento municipais ndicessint3ticos que captam determinados aspectos dodesen"ol"imento local ser"em de refer?ncia para odiagnJstico e monitoramento dos resultados da açãodo desen"ol"imento local destacando@se comoimportantes instrumentos de planeKamento. O ndicede !esen"ol"imento 7unicipal da 7icro e Pequena0mpresa @ I!@7P0 tem como propJsito orientar asestrat3gias e polticas locais de promoção

empresarial com o obKeti"o de captar as condiçõesfa"or>"eis ^ implantação e crescimento dos pequenosnegJcios locais. A aplicação da metodologia do I!@7P0 no Rio Grande do +ul apresenta os municpioscom os mel5ores ambientes de negJcios para oflorescimento das 7P0ws bem como ser"e dereferencial para a promoção de polticas dedesen"ol"imento local com base na )ei Geral da7icro e Pequena 0mpresa.

Palavras-Chave' desen"ol"imento local\ micro e pequena empresa\ ndices de desen"ol"imentomunicipal.

,stract

5e promotion of public policM de"elopmentfocusing on results needs indicators for monitoringits effecti"eness. 5e indices of municipalde"elopment sMnt5etic indices t5at capture certainaspects of local de"elopment ser"e as reference fort5e diagnosis and monitoring of t5e results of t5eaction of public management suc5 as important toolsfor planning. 5e I!@7P0 @ 7unicipal !e"elopmentIndex of 7icro and +mall 0nterprise 5as as proposeto guide t5e strategies and local policies of economic

 promotion aiming to capture t5e fa"orable conditions

for t5e establis5ment and gro]t5 of small local businesses. ApplMing t5e met5odologM of t5e I!@7P0 for Rio Grande do +ul +tate s5o]s t5emunicipalities ]it5 t5e best business en"ironmentsfor t5e flouris5ing of 7P0s and ser"es as a

 benc5marQ for t5e promotion of local de"elopment policies based on t5e General )a] of 7icro and+mall 0nterprise.

e!"ords' local de"elopment\ micro and smallfirms\ local de"elopment index.

H 8ersão preliminar desse artigo foi publicado originalmente em <=;= como texto de discussão no PPG!0 –-#PR.Z !outorando em !esen"ol"imento 0con,mico $-#PR%. Professor e pesquisador na -ni"ersidade Positi"o. 0@mail']il5elmipqppr.org.br ZZ !outor em 0conomia $-ni"ersit> !i +iena%. Professor e pesquisador na -#PR. *olsista Produti"idade do &/Pq.0@mail' este"esufpr.br ZZZ 7estre em !esen"ol"imento 0con,mico e professor substituto da #aculdade de 0conomia da -ni"ersidade

#ederal de 4ui1 de #ora. 0@mail' leonardo.leiteufKf.edu.brZZZZ 7estre em !esen"ol"imento 0con,mico. 3cnico do Instituto *rasileiro da 2ualidade e Pesquisa $I*2P%. 0@mail' e"anio.felippepr.senai.br 

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*+ Introdção

O ad"ento da )ei Geral para 7icro ePequena 0mpresa $)ei &omplementar;<D6<==B% foi aclamado como fundamental

 para o desen"ol"imento sustent>"el dosempreendimentos desse porte no *rasil.Por3m para a efeti"a implementação da )ei3 necess>rio o acompan5amento emonitoramento das ações pre"istas para suaimplementação. &om este propJsito o I*2Pe o +0*RA0 desen"ol"eram a metodologia

do ndice de !esen"ol"imento 7unicipal da7icro e Pequena 0mpresa – I!@7P0O I!@7P0 capta e mede o ambiente

de negJcios dos 7unicpios com um ndicesint3tico que "isa subsidiar as estrat3gias eações programas de desen"ol"imento localcom base na )ei Geral da 7icro e Pequena0mpresa.

4ustifica@se a elaboração de ndicesmunicipais e sint3ticos de desen"ol"imentocomo forma de orientar e monitorar os

resultados de polticas p:blicas Programasde desen"ol"imento e promoção socialcomo exemplo o Programa )eite das&rianças e os ProKetos apoiados pela#undação /acional de !esen"ol"imento0ducacional por exemplo utili1am comorefer?ncia para destinação de seus recursos$escala de prioridade% e monitoramento deseus resultados o I! – ndice de!esen"ol"imento umano. /esse sentido

 pretende@se que o I!@7P0 torne@se tamb3mum referencial para o poder p:blicomunicipal na elaboração e acompan5amentode polticas de apoio ^s 7P0s.

O obKeti"o do I!@7P0 3 pro"er odiagnJstico e monitoramento do ambienteinstitucional dos municpios que fa"oreça odesen"ol"imento local com base nas 7icroe Pequenas 0mpresas por meio de umndice sint3tico de Umbito municipal deforma a medir e captar a mel5oria desse

ambiente subsidiando o planeKamentoestrat3gico municipal definindo plano de

ações locais para o desen"ol"imento

econ,mico local baseado na promoção demicro e pequenas empresas0ntende@se como ambiente

institucional o conKunto de fatores externos ^firma e estrutura produti"a que fa"orecem acriação e desen"ol"imento de micro e

 pequenas empresas expressas nas normas polticas redes de ação estrat3gica e noselementos sJcio@culturais existentes em cadacidade e região. Parte@se do suposto que taisfatores atuam como condicionantes externos

importantes que fa"orecem a germinação eflorescimento das 7P0s.0m um ambiente de globali1ação dos

mercados das estruturas produti"as acompetiti"idade 3 um fator fundamental

 para a sobre"i"?ncia empresarial. Acompetiti"idade est> ligada a fatores como a

 produti"idade a ino"ação de produtos e processos produti"os no Umbito da firma.7as a competiti"idade não de"e ser

 percebida como uma questão estritamente

microecon,mica condições internas dafirma. &ada "e1 mais percebe@se acompetiti"idade não como um desafioisolado da firma mas como um fatorsist?mico ou seKa como resultado decondições internas combinadas comcondições externas que fa"oreçam ocrescimento da produti"idade e a ino"açãoempresarial. !e acordo com economistas doInstituto Alemão de !esen"ol"imento $IA!%@ Slaus 0sser Tolfgang illebrand !irQ7essner e 4ƒrg 7eMer@+tamer'

)as crecientes exigencias a las empresas "ande la mano con requerimientos cada "e1maMores a su entorno. )as empresas queact:an en el mercado mundial Ma nocompiten de una manera descentrali1ada M5asta aislada sino como conglomeradosindustriales es decir como gruposempresariales organi1ados en redes decolaboraciJn. )a din>mica de su desarrollodepende en gran medida de la eficacia de

cada una de las locali1aciones industriales"ale decir del contacto estrec5o M permanente con uni"ersidades instituciones

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educati"as centros de in"estigaciJncientfica e tecnolJgica instituciones deinformaciJn M extensiJn tecnolJgicas

entidades financieras agencias deinformaciJn para la exportaciJnorgani1aciones setoriales no estatales Mmuc5as otras entidades m>s. $0++0R S. etal. p. 99%

A atenção para o entornocompetiti"o tamb3m est> presente nasan>lises de #rancisco Albuquerque sobredesen"ol"imento local apoiado na promoçãodas 7P0s. Para o autor a competiti"idadeempresarial depende de tr?s tipos de ações'aquelas desen"ol"idas no interior dasempresas ^quelas reali1adas Kunto a suarede de empresas $clientes e fornecedores% e^quelas orientadas para a formação de umVentorno propcio para o acesso aos ser"içose insumos de apoio ^ competiti"idade queesta se reali1e nos mercados locais ouinternacionais.W $A)*-R2-0R2-0 p.F=%.

O 0squema a seguir elaborado porAlburquerque indica que no esforço em

 busca da competiti"idade a empresa nãoatua no "a1io mas apJia@se nadisponibilidade de ser"iços e estruturas doterritJrio onde se encontra tais como' adotação de sistemas sociais b>sicos $sa:de eeducação sistemas de infra@estrutura localsistemas ino"ação e informação tecnolJgicacultura local fa"or>"el ^ criati"idade eempreendedorismo oferta de ser"iços deapoio ^ ati"idade empresarialassessoramento e acesso a cr3dito e

financiamento al3m de regime fiscaldiferenciado.

2+ $e@erências da Constrção do I&-.PE

O I!@7P0 3 um ndice sint3ticocom construção semel5ante a outros ndicesque buscam ser"ir a propJsitos demonitoramento e a"aliação de n"eis dedesen"ol"imento. /esse sentido sua

construção foi inspirada no I! @ ndice de!esen"ol"imento umano elaborado pelo

Programa das /ações -nidas para o!esen"ol"imento P/!-6O/- desde ;=e que no *rasil foi aplicado na dimensãomunicipal pelo P/-!6*rasil IP0A e #4P a

 partir de ;B\ no I#!7 @ ndice #irKan de!esen"ol"imento 7unicipal elaborado em<==E\ nos ndices de &ompetiti"idadeelaborados pelo Torld 0conomic #orum o*&I $*usiness &ompetiti"eness Index%elaborado por 7ic5ael Porter desde <==; e oG&I $Global &ompetiti"eness Index%elaborado por +ala@i@7artin desde <==9\ eno I&0@# – ndice de &ompetiti"idade

0stadual @ #atores elaborado pela #006R+$#undação 0stadual de 0statstica% e7o"imento *rasil &ompetiti"o em <==B.

oma como refer?ncia principal oI! ndice de desen"ol"imento que

 procura expressar o obKeti"o dodesen"ol"imento de alargar as

 possibilidades de escol5a das pessoasatra"3s da ampliação de suas capacidades. OI! le"a em conta tr?s dimensões b>sicasda exist?ncia 5umana' uma "ida longa e

saud>"el o acesso ao con5ecimento e um padrão de "ida digno 0stas tr?s dimensõessão mensuradas no I! pelos indicadores'esperança de "ida ao nascer taxas dealfabeti1ação e de escolaridade e PI* percapita aKustado. Ressalta@se que o I! nãode"e ser "isto como uma medida defelicidade ou um indicador do mel5orlugar para se "i"er\ ou uma medidacompreensi"a de todos os aspectos dodesen"ol"imento 5umano. N importante

ressaltar que o conceito de desen"ol"imento5umano 3 maior e mais amplo do que suamedida. Aspectos como direitos 5umanos

 participação não@discriminação não sãoincludos no I! mas são essenciais para odesen"ol"imento 5umano.

Os ndices sint3ticos são construdos buscando captar dimensões relacionadas aoconceito analisado. /esse caso os ndicesde desen"ol"imento 5umano baseiam@se noseu conceito $uma "ida longa e saud>"elcom acesso a con5ecimento e com um

 padrão de "ida digno% captando as

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$D% +ubsidiar o Programa de!esen"ol"imento )ocal com basena )ei Geral da 7P0

A )ei Geral tem como propJsito oincenti"o ^ criação manutençãoregulamentação e expansão das 7P0s. Paraisso pre"? instrumentos de inclusão eformali1ação de pequenos negJcios desimplificação e desoneração tribut>ria deestmulo ao cr3dito e ^ capitali1ação deassociati"ismo e representati"idade deampliação de mercado pelas comprasgo"ernamentais de acesso ^ ino"ação ou

seKa tornar o ambiente mais fa"or>"el aos pequenos negJcios.Assim para atender tais propJsitos

foram definidas as tr?s dimensões do I!@7P0

a% ,>iente E>presarial:  clima denegJcios que fa"oreça a criação deno"os empreendimentos formais asobre"i"?ncia e expansão dasempresas instaladas e a taxa deempreendedorismo\

 b% ,>iente do .ercadoCons>idor:  dinUmica de geraçãode emprego e renda que define adimensão do mercado consumidorlocal e impacta fa"ora"elmente naexpansão das 7P0 municipais\

c% ,>iente Institcional:  condiçõesdo entorno municipal que criam ascondições b>sicas de um ambienteinstitucional fa"or>"el aodesen"ol"imento e competiti"idade

das 7P0.

O I!@7P0 3 composto por ndices parciais que captam cada uma das tr?sdimensões propostas'@ I!0' ndice parcial de desen"ol"imentoempresarial@ I!7' ndice parcial de desen"ol"imento domercado consumidor local@ I!I' ndice parcial de desen"ol"imento doambiente institucional

Os ndices parciais por sua "e1 sãoelaborados com a composição de

indicadores obKeto que explicam a dimensãode desen"ol"imento.

3+ .etodoloia de &esenvolvi>ento doI&-.PE

&om a definição das dimensões e"ari>"eis partiu@se para a coleta de dadossecund>rios por municpio para asubseqente aplicação de t3cnicas de0statstica 7ulti"ariada como $i% a an>lisegr>fica e descriti"a das "ari>"eis de cada

ndice sint3tico $ii% a an>lise decomponentes principais $iii% an>lise fatoriale $i"% a an>lise de aglomeração e robuste1finali1ando com o c>lculo do !@7P0.

Os dados secund>rios foramcoletados no sentido de captaradequadamente os obKeti"os que cadaVindicador obKetoW se propun5a. Ao todoforam coletadas B= "ari>"eis brutasdiferentes que no final foram redu1idas

 para ;C que estão apresentadas abaixo.

 /o primeiro ndice parcial I!0 paracaptar os efeitos do primeiro VindicadorobKetoW calculamos a taxa de criação deestabelecimentos com base nos dados daRelação Anual de Informação +ocial $RAI+%do 7inist3rio do rabal5o e 0mprego$70%D=. Para apurar o segundo indicadorcalculamos a taxa de inati"idade deestabelecimentos tamb3m com base nosdados de RAI+. 0m relação ao terceiro equarto indicadores utili1amos informações

do PI* real municipal seKa atra"3s de suataxa de crescimento ou atra"3s de seu "alorem n"el.

2uanto ao segundo ndice parcialI!7 utili1amos para capturar os efeitos do

 primeiro Vindicador obKetoW a taxa decrescimento do estoque de "nculosempregatcios cuKa fonte foi a RAI+. A

D=  !e"e@se salientar que a RAI+ contemplainformações apenas do setor formal da economia

tanto celetistas quanto estatut>rios. 0ntretanto comonão existe outra base de dados para tais informaçõesnos atentamos para pre"enir poss"eis distorções.

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Vdimensão da massa salarialW foi medidaatra"3s do "alor das remunerações totaisrecebidas pelos empregados do setor formaltamb3m com base na RAI+. O indicadorsubseqente foi calculado a partir da taxa decrescimento do item anterior. 4> o terceiroVindicador obKetoW Vdimensão do mercadolocalW foi calculado a partir do "aloradicionado fiscal no com3rcio. Para a Vrenda

 per capitaW utili1amos o "alor total dosrendimentos recebidos por toda a populaçãoinformação dispon"el apenas no &0/+O de<=== e aplicamos a taxa de crescimento do

PI* per capita para "erificar uma proxM paraesse Vindicador obKetoW nos anos maisrecentes. O :ltimo indicador foi obtidoatra"3s da população estimada pelo I*G0atra"3s de interpolação censit>riaD;.

O :ltimo indicador parcial I!I demais difcil mensuração as informaçõescoletadas foram as seguintes. A Vqualidadeda educaçãoW foi mensurada atra"3s de umam3dia entre o ndice de !esen"ol"imento da0ducação *>sica $I!0*% at3 a 9( s3rie e o

I!0* entre F( e E( s3rie informaçõesdispon"eis pelo Instituto /acional de0nsino e Pesquisa 0ducacional $I/0P%ligado ao 7inist3rio da 0ducação. Osegundo Vindicador obKetoW foi obtidoatra"3s da soma de todo o pessoalempregado em ati"idades de &i?nciaecnologia e Ino"açãoD<. 4> o terceiroVindicador obKetoW ligado ^s finanças

 p:blicas correspondeu ao grau de geraçãode recursos tribut>rios prJpriosDD.O Vsistema

D; /esta estimati"a o I*G0 le"a em consideração a população oficial obtida atra"3s do &0/+O <=== eatra"3s da contagem populacional de <==C.D< Para calcular o pessoal empregado em ati"idadesde &I utili1amos crit3rio definido por !ini1 $<===%no qual o pessoal empregado de acordo com algunscJdigos da &lassificação *rasileira de Ocupação$&*O% constituem emprego em &I. Os cJdigos sãoos seguintes' <=;< <=D;@;F <=D;@<F <;D <=D;@;=D=;; D;; D;B <=;F <;; <=D< <;9 D;< D;D D;9D;E D== <=;; <=D= <=DD << <=D9 D< D=;<<=D;@=F <;< <=D;@<= e D;C.DD Grau de geração de recursos tribut>rios prJprioscorresponde ^ seguinte relação' receita tribut>riasobre receita corrente mais receita de capital menos

financeiroW foi mensurado atra"3s don:mero de postos e ag?ncias banc>rias deacordo com informações do *anco &entraldo *rasil. Por sua "e1 VcomunicaçãoWcorrespondeu ao n:mero de postos decorreios. O seguinte Vindicador obKetoW foiobtido atra"3s de uma ponderação entre afase de implementação da )ei Geral da7icro e Pequena 0mpresa e da implantaçãoou não do Plano !iretor 7unicipal. Por fimVassociati"ismoW foi calculada a partir don:mero de entidades empresariaisassociati"as de arranKos produti"os locais e

ag?ncias de desen"ol"imento regional.ApJs a coleta de todas estasinformações partimos para a aplicação det3cnicas de estatstica multi"ariada para oc>lculo dos ndices parciais e do ndice finalo I!@7P0.

0m um primeiro momentoreali1amos a an>lise gr>fica e descriti"a dosdados que 3 importante para "erificar seeles assumem uma distribuição normal. Nfundamental ressaltar que embora a

suposição de normalidade não seKanecess>ria para a aplicação da an>lise decomponentes principais como salienta4o5nson e Tic5ern $;E% ela 3 deseK>"el

 para a aplicação de alguns testes estatsticos. /este sentido esta an>lise concluiu quealgumas "ari>"eis de"eriam ser modificadas

 para se aproximar de uma distribuiçãonormal. 0ntão reali1amos dois tipos detransformações com algumas "ari>"eis'aplicação do logaritmo natural ou

multiplicação por uma constante.A prJxima etapa metodolJgica

consistiu na an>lise de componentes principais $A&P%. !e acordo com 4on5son eTic5ern $;E% os principais obKeti"osdesta an>lise são redu1ir o n:mero de"ari>"eis e analisar qual conKunto de"ari>"eis explicam a maior parte da"ariabilidade total da amostra. Ascomponentes principais são combinaçõeslineares das "ari>"eis originais e são

operações de cr3dito.

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calculadas em ordem decrescente deimportUncia tal que a primeira componente

 principal 3 a combinação linear comm>xima "ariUncia. Portanto se existirem p"ari>"eis originais existirão p componentes

 principais. 0ntretanto frequentemente amaior parte da "ariabilidade total do sistema

 pode ser explicada por um n:mero pequenoQ p de componentes principais. Assimestas Q componentes principais podemsubstituir as p "ari>"eis originais e manter

 praticamente a mesma quantidade deinformações.

0sta ferramenta 3 muito :til comom3todo auxiliar em an>lise fatorial e an>lisede agrupamentos que serão os prJximos

 passos da construção do [email protected] an>lise fatorial foi utili1ada para

calcular os pesos de cada "ari>"el naelaboração dos ndices sint3ticos. Paraestimar estes pesos $escores fatoriais% e as"ariUncias especficas aplicamos o m3tododas componentes principais $fator principal%

 para os carregamentos fatoriaisD9.!entro da

an>lise fatorial utili1amos a estatstica deSaiser@7eMer@OlQin $S7O% para testar se as"ari>"eis possuem adequação amostral. Porfim caso o n:mero de fatores fosse maiorque um reali1amos a rotação deles pelocrit3rio "arimax para obter uma estrutura

 para os pesos tal que cada "ari>"el ten5a peso alto em um :nico fator e pesos baixosnos outros.

O :ltimo passo metodolJgico deconstrução dos ndices parciais consiste na

an>lise de agrupamentos $clusters%. OobKeti"o 3 formar clusters para osmunicpios ga:c5as e "erificar se taisaglomerados apresentam correlação com oranQing dos municpios obtidos a partir dosndices parciais. A id3ia 3 que taisaglomerados seKam formados a partir daan>lise de "i1in5ançaDF  dos "etores

D9 -ma descrição tecnicamente detal5ada destem3todo pode ser encontrada em 4o5nson e Tic5ern

$;E% p>ginas F<< a FD=.DF O m3todo utili1ado para a formação dos clusters 3o de Tardws )inQage que se trata de um tipo de

constitudos pelas "ari>"eis que oscompõem. N esperado que os municpiosaglomerados nos clusters de alto $baixo%desempen5o tamb3m apresentem asmel5ores $piores% colocações do ndice.-ma alta correlação nesse sentidocorroboraria o resultado de desen"ol"imentoempresarial para os municpios.

#inalmente a construção do ndicefinal o ndice de !esen"ol"imento7unicipal da 7icro e Pequena 0mpresa$I!@7P0% consiste no c>lculo da m3diasimples dos tr?s ndices parciais'

A distribuição deste ndice 3analisada graficamente na #IG-RA 9abaixo. A maioria dos municpios ga:c5os$CFz% situa@se na faixa m3dia abaixo do"alor =F=9. Porto Alegre 3 o municpio commaior I!@7P0 com =C;9. A capital possuia prima1ia nos tr?s ndices parciais $I!0

=EB=\ I!7 =EED e I!I =9=<% seguido por &axias do +ul e /o"o amburgo comrespecti"amente =BB= e =BDD. /as tr?s:ltimas posições estão 7ampituba $=DED%+ão Pedro das 7issões $=DC;% e Roncador$=DB%. Portanto o menor "alor para o I!@7P0 foi =DB e o maior =C;9 com am3dia de =9CF.

!entro desta distribuição criamoscinco categorias de acordo com o n"el dedesen"ol"imento para a micro e pequena

empresa para cada municpio a partir dosmomentos da distribuição. Assim existemcinco categorias poss"eis tanto pro I!@7P0 quanto para os demais ndices parciais'alto m3dio@alto m3dio m3dio@baixo e

 baixo. -ma lista detal5ada com os ndices para cada um dos municpios ga:c5os bemcomo suas respecti"as posições no ranQingdo 0stado podem ser encamin5adas para os

an>lise de cluster 5ier>rquico.

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leitores interessados mediante requisiçãoaos autoresDB.

?+ Principais $esltados

Os Resultados da aplicação do I!@7P0 e seus ndices parciais sãoapresentados de forma redu1ida nos mapas.

A comparação dos resultados do I!@7P0 $7apa ;% com o le"antamento do I!

 – ndice de !esen"ol"imento umano eI!0+0 – ndice de !esen"ol"imento+ocioecon,mico $7apas < e D% permite

 perceber a adesão entre o !esen"ol"imentoumano +ocioecon,mico o!esen"ol"imento )ocal e o!esen"ol"imento 0mpresarial. A correlaçãoentre os "alores do I!@7 e o I!@7P0atingiu FEz. A #igura F permite perceber acorrelação entre os dois conceitos.. Por umlado o !esen"ol"imento )ocal propicia oambiente institucional e o entornocompetiti"o que gera o ambiente denegJcios fa"or>"el para o desen"ol"imento

empresarial e ^ expansão do mercado bemcomo produ1 o &apital +ocial fa"or>"el para promoção do !esen"ol"imento umanolocal. O !esen"ol"imento 0mpresarial daregião permite que seKam gerados recursosfinanceiros para apJias as iniciati"as e

 proKetos de !esen"ol"imento local e promo"e a geração de renda e empregonecess>rios para que os cidadãos ten5amacesso a um padrão de "ida digno.#inalmente 3 o !esen"ol"imento umano

que forma o capital 5umano necess>rio parao !esen"ol"imento 0mpresarial e!esen"ol"imento )ocal são as pessoas quetransformam o municpio $local% e que sãoempreendedoras.O c>lculo do I!@7P0 e a "erificação deuma correlação significati"a $FEz% entre oI!@7P0 e o I! compro"am estaargumentação pois se "erifica geralmenteentre os municpios de maior I! umacondição 5umana mais adequada para oDB A lista não compõe o conte:do do presente artigo

 por moti"o de limitação de espaço.

florescimento de desen"ol"imentoempresarial e para a criação de condiçõesfa"or>"eis para o surgimento de no"osnegJcios.

+ ConclsUes

Os resultados obtidos com aconstrução e aplicação do I!@7P0 no RioGrande do +ul permitem os seguintesdestaques'a% As regiões de menor I! $&oredes#ronteira /oroeste &eleiro e 73dio Alto

-ruguai /ordeste 8ale do Rio Pardo eAlto 8ale do *otucara% são coincidentescom regiões de menor I!@7P0 e menor I!I$!esen"ol"imento Institucional%. Isso indicade alguma forma a necessidade deestabelecer ações que apJiem odesen"ol"imento local com "istas afortalecer o desen"ol"imento 5umano. b% As regiões de maior I!0$!esen"ol"imento empresarial% coincidemcom grandes eixos econ,micos do Rio

Grande do +ul' Região 7etropolitana +erra8ale do aquari Produção #ronteira Oeste$no 0ixo +anta 7aria – -ruguaiana% e +ul$no 0ixo Pelotas@Rio Grande%.c% O papel dos ArranKos Produti"os )ocais$AP)s% ou seKa do associati"ismo como

 propulsoras do !esen"ol"imento0mpresarial e )ocal com ações promotorasdo empreendedorismo e condiçõesfa"or>"eis decorrentes de polticas deintegração produti"a e instrumentos de

apoio.d% !estacam@se nas posições de Alto e73dio Alto I!@7P0 relacionado ^ dinUmicados AP)s $Pesquisa I*2P6+0*RA0@R+0mpreendedorismo segundo AP)s% em&axias do +ul@&arlos *arbosa $7etal@7ecUnico% Gra"ata $7etal@7ecUnico%Passo #undo $7>quinas e ImplementosAgrcolas% Panambi $7etal@7ecUnico%+oledade $Gemas e 4Jias% Rio Grande $PJloPortu>rio% Pelotas $&onser"as% +anta &ru1do +ul $7al5as% )aKeado $&arnes% +anta

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7aria $Ind. Alimentos% *ag3 $Ind.Agroalimentar%.e% As condições mais fa"or>"eis aoempreendedorismo presente nas cidades

 pJlos regionais e regiões metropolitanascomo Porto Alegre e sua Região7etropolitana $com destaque riunfo&anoas 0steio Gra"ata e &ac5oeirin5a%&axias do +ul /o"o amburgo +ão)eopoldo +anta 7aria )aKeado +anta&ru1 do +ul -ruguaiana Passo #undo0rec5im Pelotas e Rio Grande quefuncionam como centros econ,micos

 polticos e uni"ersit>rios regionais.7etade dos municpios $<9E de 9B%são classificados como de 73dio *aixo e*aixo I!@7P0 com redu1ido dinamismoecon,mico baseados na agricultura desubsist?ncia na pecu>ria de baixo

rendimento municpios com perdas de população $?xodo% decorrente da falta de perspecti"a de emprego eempreendedorismo demandando ações de

 promoção de desen"ol"imento local eecon,mico.

#IG-RA ; @ A 07PR0+A 0 O 0/OR/O &O7P0II8O 0RRIORIA)

#onte' A)*-R2-0R2-0 #. $<==; p.F;%

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#IG-RA < – 0+R--RA !O I!

A*0)A ; – /!I&0 !0 !0+0/8O)8I70/O PARA 7I&RO 0 P02-0/A 07PR0+A $I!@7P0% DC

/!I&0I/!I&0 PAR&IA)

!I70/+0+ I/!I&A!OR O*40OI&-.PE

I&E&riação de 0mpresas

+obre"i"?ncia de 0mpresas

8olume dos /egJcios

0xpansão dos /egJcios

0mpreendedorismo

I&. &riação de 0mpregos

Poder de &ompra

0"olução do Poder de &ompra

!imensão do 7ercado )ocal

Renda per capita

População

I&I 2ualidade da 0ducação

&i?ncia ecnologia e Ino"ação

&apacidade de In"estimento P:blico 7unicipal

+istema #inanceiro

&omunicação

7ecanismos de Apoio a 7P0' )G7P0 e P!7

Associati"ismo

#O/0' I*2P

DC A definição das "ari>"eis e fJrmula de c>lculo encontra@se em anexo.

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#IG-RA 9 @ !I+RI*-I|O I!@7P0 0 /!I&0+ PAR&IAI+

#onte' +0*RA06R+ e I*2P

7APA ; – I!@7P0 – „/!I&0 !0 !0+0/8O)8I70/O 7-/I&IPA) !A 7I&RO 0 P02-0/A 07PR0+A

#onte' +0*RA06R+ e I*2P

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7APA < – I!@7 – /!I&0 !0 !0+0/8O)8I70/O -7A/O 7-/I&IPA)

#onte' O/-6P/-!6IP0A6#4P

7APA D – I!0+0 – /!I&0 !0 !0+0/8O)8I70/O +O&I0&O/7I&O !O RIO GRA/!0 !O +-)

#onte' #00

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7APA 9 – I!0 – /!I&0 !0 !0+0/8O)8I70/O 07PR0+ARIA)

#onte' +0*RA06R+ e I*2P

7APA F – I!7 – /!I&0 !0 !0+0/8O)8I70/O !0 70R&A!O

#onte' +0*RA06R+ e I*2P

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7APA B – I!I – /!I&0 !0 !0+0/8O)8I70/O I/+I-&IO/A)

#onte' +0*RA06R+ e I*2P

#IG-RA F @ !0+0/8O)8I70/O )O&A) 07PR0+ARIA) 0 -7A/O

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$e@erências

A)*-R2-0R2-0 #. &esenvolvi>ento Econ`>ico 5ocal: ca>inhos para a constrção de>a nova aenda polBtica. Rio de 4aneiro' */!0+ <==;.

0++0R Slaus et al. &ompetiti"idad sist?mica' nue"o desafo para as empresas M )a poltica.$evista de la Cepal +antiago do &5ile n. F ago. ;B.

#0067*&. ndice de Co>petitividade Estadal $elat1rio EKectivo. Porto Alegre' #00<==B.

#00. 0ndice de &esenvolvi>ento Socioecon`>ico do $io rande do Sl: 2;;6. Porto Alegre'#00 $5ttp'66]]].fee.tc5e.br6sitefee6pt6content6estatisticas6pgidese.p5p consulta em Kul5o

<==%.#00. de !esen"ol"imento +ocioecon,mico do Rio Grande do +ul – idese. Porto Alegre' #00<==D. &oc>entos HEE n+ 8 

#IR4A/. IH&. 0ndice HirVan de &esenvolvi>ento .nicipal . Rio de 4aneiro' #IR4A/<==.

AIR 4. #.\ A/!0R+O/ R. 0.\ AA7 R. ). e *)A&S T. &.  ,nRlise .ltivariada de&ados. Artmed 0ditora +.A. F ed. +ão Paulo <==F.

I*2P6+0*RA0@PR – 0ndice de &esenvolvi>ento .nicipal da .icro e PeLena E>presa.Paran>' <==E.

I*2P6+0*RA0@R+ – 0ndice de &esenvolvi>ento .nicipal da .icro e PeLena E>presa+Rio Grande do +ul' <==.

I!+6P-&7inas67inist3rio das &idades. Constrção do Siste>a Nacional de Indicadorespara Cidades. *raslia' 7inist3rio das &idades <==F.

70I/0R+ T.0. e 7A&0!O 7. .atriM das /antaens Co>petitivas Sistê>icas da $eião.etropolitana de Critia. Re"ista de 0conomia' -#PR <==D.

P/-!6O/-. 0ndice de &esenvolvi>ento <>ano. 8>rios /:meros ;;@<==C

P/-!6IP0A6#4P. .apa do &esenvolvi>ento <>ano no Frasil. *raslia' P/-!6IP0A<==9.

+&AO)I/ #.!. Siste>a de indicadores de desenvolvi>ento dos >nicBpios paranaenses.Proto Alegre' -#RG+ ;E $!issertação de 7estrado%.

TOR)! 0&O/O7I& #OR-7. #he loal Co>petitiveness $eport 2;;8-2;;9. Genebra'T0# <==E.

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,NED% * &EHINI()% &,S /,$I^/EIS0N&ICE /,$I^/E5 &EHINI()% C^5C'5%

I!0 &riação de 0mpresas

axa de criação de estabelecimentos'7ede quantos estabelecimentosformais foram criados no municpiode um ano em relação ao ano anterior.

axa ln 0stabelecimentos<==C – ln0stabelecimentos<==B\ P0RO!O' <==B@<==C #O/0' RAI+ $!ados *rutos%

+obre"i"?ncia de0mpresas

axa de inati"idade ' N uma proporção que mede a quantidade deestabelecimentos sem "nculosempregatcios $inati"os% sobre aquantidade total de estabelecimentos.

 /:mero de 0stabelecimento sem "nculode trabal5o 6/:mero total deestabelecimentos\ P0RO!O' <==C#O/0' RAI+ $!ados *rutos%

8olume de /egJcios

PI* real' Representa a soma dos bense ser"iços finais produ1idos nomunicpio deflacionados para o ano base.

PI* Real do municpio a preços demercado em R} mil $deflacionado a R} doano <=== pelo deflator implcito do PI*nacional%\ P0RO!O' <==B #O/0'

I*G0 e IP0A!AA

0xpansão dos /egJcios

axa de crescimento do PI* real' N a"ariação do PI* real de um ano emrelação ao ano anterior.

axa ln PI*<==B – ln PI*<==F\P0RO!O' <==F #O/0' I*G0 $!ados*rutos%

0mpreendedorismo

axa de 0mpreendedorismo' mede arelação entre estabelecimentos e população do municpio

axa 0stabelecimentos <==C6População<==C #O/0' RAI+ $!ados *rutos% eI*G0 $&ontagem Populacional e0stimati"as%

I!7 &riação de 0mpregos

axa de criação de empregos' 7edequantos empregos formais foram

criados no municpio de um ano emrelação ao ano anterior.

axa 0mprego<==C – 0mprego<==B 673dia 0mprego <==B<==C\ P0RO!O'

<==B@<==C #O/0' RAI+ $!ados*rutos%

Poder de &ompra

7assa +alarial' N a soma dasremunerações pagas pelosestabelecimentos formais domunicpio.

+oma das Remunerações pagas pelosestabelecimentos formais do municpiocom refer?ncia ^ de1embro de <==Ccon"ertida em Reais pelo sal>rio mnimoda 3poca' P0RO!O' <==C #O/0'RAI+ $!ados *rutos%

0"olução do Poder de&ompra

axa de crescimento da massasalarial' 7ede o crescimento do totaldas remunerações dos trabal5adoresdo setor formal de um ano em relaçãoao ano anterior.

axa ln 7assa +alarial<==C – ln 7assa+alarial<==B\ P0RO!O' <==B@<==C#O/0' RAI+ $!ados *rutos%

!imensão do 7ercado)ocal

8alor adicionado fiscal do com3rcio '

!iferença entre 8alor das +adas e8alor das 0ntradas das Ati"idades&omerciais do 7unicpio base parac>lculo do I&7+

8alor Adicionado #iscal dos

estabelecimentos comerciais domunicpio– Acumulado anual em R} milcorrentes\ P0RO!O' <==C #O/0'+0#A

Renda per capita0stimati"a de "alor da renda porresidente do municpio recebidadurante o ano e R+ corrente

Renda otal 0stimada 6 População\P0RO!O' <==C #O/0' I*G0 $!ados*rutos%

População

População residente no municpio. População residente no municpio nacontagem populacional I*G06<==C $paramunicpios com população at3 ;== mil5abitantes% e estimati"a do I*G0%\P0RO!O' <==C #O/0' I*G0

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0N&ICE /,$I^/E5 &EHINI()% C^5C'5%

I!I 2ualidade da 0ducação

Refere@se a uma m3dia das notas do

municpio no ndice de!esen"ol"imento da 0ducação *>sica$I!0*%.

2ualidade na 0ducação' /ota 73dia do

I!0* – ndice de !esen"ol"imento da0ducação *>sica $9( s3rie e E( s3rie%\P0RO!O' <==C\ #O/0' I/0P670&

&i?ncia ecnologia eIno"ação

N o n:mero total de trabal5adoresen"ol"idos em ati"idades de ci?nciatecnologia e ino"ação.

8nculos de emprego formal emestabelecimentos com ati"idadecaracteri1ada como &i?ncia ecnologia eIno"ação\ P0RO!O' <==C #O/0'RAI+ $!ados *rutos%

&apacidade deIn"estimento P:blico

7unicipal

Grau de geração de recursos prJprios 'Participação da receita tribut>ria prJpria na Receita &orrente )quida

Participação da Receita ribut>ria7unicipal PrJpria na Receita &orrente)quida\ P0RO!O' <==C. #O/0'+/6#I/*RA $!ados *rutos%

+istema financeiro

N o n:mero de postos e ag?ncias

 banc>rias no municpio.

 /:mero de ag?ncias e postos banc>rios\

P0RO!O' 4ul5o6<== #O/0'!0+IG6*A&0/ $!epartamento demonitoramento do +istema #inanceiro e deGestão da Informação @ *anco &entral do*rsil

&omunicaçãoN o n:mero total de postos e ag?nciasdos correios no municpio.

Postos e ag?ncias de correio\ P0RO!O'<== #O/0' 0& $!ados *rutos%

7ecanismo de Apoio ^7P0

7ede o grau de implementação da )eiGeral das 7P0 e do Plano !iretor7unicipal.

Implementação da )ei Geral e Plano!iretor 7unicipal– gradação de = a ;$C=z do indicador 3 a adesão implementação da )ei Geral e D=z aoPlano !iretor 7unicipal%\ P0RO!O'<== #O/0' +0*RA06R+

Associati"ismo

N o n:mero de entidades associati"asno municpio' sindicatos filiados ^s#ederações da Ind:stria &om3rcio eAgricultura\ associações comerciais eempresariais\ arranKos produti"oslocais\ cooperati"as agropecu>rias\cUmaras de dirigentes loKistas\associações de 7P0 e ag?ncias dedesen"ol"imento local.

 /:mero de entidades representati"as eassociações empresariais\ P0RO!O'<== #O/0' #ederações 0mpresariais

#onte' I*2P6+0*RA0

 Reebido em 2!E0!E2014 +rovado em 10E0E2014

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%S ,$,5%S E &ES,HI%S &, EC%N%.I, C$I,#I/, N%S.'NIC0PI%S PE$IHO$IC%S &% %ES#E &% P,$,N^

+3rgio )ui1 Su5n*

4andir #errera de )imaZZ

$es>o

0ste artigo tem o obKeti"o de Videntificar os gargalos edesafios da 0conomia &riati"a nos municpios perif3ricosdo Oeste do Paran>V. Pautou@se na compreensão da0conomia &riati"a a partir do seu fundador 4o5n o]Qinsfocada no bem intang"el que gera rique1as e que 3 aeconomia que mais cresce no mundo. Para talfundamentou@se em dados de fontes secund>rias emespecial de bibliografias e fontes oficiais de Jrgãos do0stado bem como em dados prim>rios col5idos nos <=municpios com população inferior a C.=== 5abitantes. O p:blico al"o foi uma amostra intencional de ;D liderançasrepresentantes de Jrgãos p:blico@pri"ados institucionais ecidadãos totali1ando assim <B= pesquisados. Oinstrumento de pesquisa foi um question>rio com questõesobKeti"as e subKeti"as aplicado in loo e acompan5ado deentre"ista. &onstatou@se no total que os municpiosregistraram na :ltima d3cada uma densidade demogr>ficanegati"a de ;Cz $;.FBD 5abitantes%. 2ue os maioresgargalos concentram@se na dificuldade com a mão de obraespeciali1ada perdendo a força de trabal5o de Ko"ens etalentos para os polos regionais que oferecem maiores

oportuni@dades de empregos renda estudos e outros. emainda alta depend?ncia do setor prim>rio em especial daagropecu>ria bem como de recursos p:blicos federais eestaduais assim como ">rios registram indicadoresecon,mico sociais crticos de PI* I! municpiosdormitJrios etc. 4> o maior desafio 3 para com ocon5ecimento e recon5ecimento de aptidões "ocação eoportunidades seguido da educação "oltada ^scompet?ncias criati"as ino"adoras. Por3m os diferentesatores acreditam na 0conomia &riati"a como umaalternati"a de desen"ol"imento socioecon,mica e culturalque a di"ersificação de ati"idades >reas e estruturasre:nem forças e e+ertises que podem auxiliar e ala"ancaros municpios perif3ricos de"endo ser um proKeto

estruturante e uma poltica p:blico@pri"ada e institucionalcolocadas em pr>tica pelas seus ">rios atores p:blico@ pri"ados institucionais e cidadãos.

Palavras-Chave' economia criati"a\ gargalos\desen"ol"imento socioecon,mico\ oeste paranaense.

,stract

5is article aims to identifM bottlenecQs and c5allenges oft5e &reati"e 0conomM in perip5eral municipalities ofParan>. It ]as based on t5e understanding of t5e creati"eeconomM from its founder 4o5n o]Qins focused on t5eintangible asset t5at generates ]ealt5 and is t5e fastestgro]ing economM in t5e ]orld. #or t5is purpose t5e studM]as based on data from secondarM sources especiallM bibliograp5ies and official sources from t5e state as ]ell ason primarM data collected in <= municipalities ]it5 lesst5an C=== in5abitants. 5e studM subKetc ]as a purposi"esample of ;D leaders represen@tati"es of public and pri"atesectors institutional and public bodies totaling <B=respondents. 5e researc5 instrument ]as a questionnaire]it5 obKecti"e and subKecti"e questions applied Vin locoWand follo]ed bM an inter"ie]. 5e findings s5o]ed t5at t5etotal of t5e counties recorded a negati"e densitM of ;.Cz$;FBD in5abitants% in t5e last tem Mears . 5e maKor problems are concentrated in t5e difficultM ]it5 qualifiedlabor losing ]orQforce of Moung talent for t5e regionalcenters ]5ic5 offer better opportunities for emploMment

income and ot5er studies. 5ere is a 5ig5 dependence on primarM sector in particular on t5e agriculture as ]ell asfederal and state public resources. 7ost of t5e cities recordcritical social and economic indicators of G!P !I. +omeof t5ese municipalities are dormitories cities. 5e biggestc5allenge is to understand and recognise sQills "ocationand opportunities follo]ed bM education directed toinno"ati"e creati"e sQills. o]e"er t5e different actors belie"e in t5e &reati"e 0conomM as an alternati"e to t5esocio@economic and cultural de"elopment\ t5e belie"e t5atdi"ersification of acti"ities areas and structures gat5erforces and expertise t5at can 5elp to le"erage t5e perip5eralmunicipalities.It s5ould be a structuring and design ProKectand a public pri"ate and institutional policM put into

 practice bM 5is "arious actors.

e!"ords' creati"e economM\ bottlenecQs\ socio@economicde"elopment\ east of Parana.

Z  !outor em !esen"ol"imento Regional e AgronegJcio pela -/IO0+0. Professor da #AG &asca"el. 0@mail'sergiolQfag.edu.br ZZ !outor em !esen"ol"imento Regional $-ni"ersit3 du 2u3bec ^ &5icoutimi &anad>%. Pro@Reitor de PlaneKamento

e !ocente da -ni"ersidade 0stadual do Oeste do Paran>. 0@mail' Kandirunioeste.br ou KandirbrMa5oo.ca

 Revista Orbis Latina, vol.4, nº1, janeiro-dezembro de 2014. ISSN 223-!"!  Página 1;3 

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*+ IN#$%&'()%

0ste artigo tem como obKeti"o

Videntificar os gargalos e desafios da0conomia &riati"a dos municpiosDE 

 perif3ricosD  da região Oeste do Paran>Wcom população inferior a C.=== 5abitantes.

rata@se de um tema rele"anteinstigante e um desafio 5aKa "isto a suaabrang?ncia e complexidade deaplicabilidade a partir de uma an>liseemprica por buscar um no"o camin5o paraa economia dos municpios perif3ricoscomo territJrios dotados de personalidade

 Kurdica e com autonomia administrati"a.Abre dessa forma um "asto leque dealternati"as e aplicações utili1ando poucosrecursos naturais e por outro oferecendooportunidades ino"adoras para odesen"ol"imento dos municpios e daregião ou seKa sobre eles e para eles coma"anços no campo 5umano pelo trabal5orenda produção circulação repartição econsumo das rique1as.

A 0conomia &riati"a 3 um termo bastante no"o e incipiente no *rasil. -mconceito subKeti"o em e"olução e gradati"ae"id?ncia. em sentido familiar mas ainda

 pouco compreendido. N abordado de ">riasformas "isões e conceitos. 0n"ol"e umno"o Keito de pensar agir relacionar@se e"ender soluções em bens produtos eser"iços com "alor agregado pelo imaterial e

DE A literatura trata de &idades &riati"as o

qual se estendeu neste artigo a dimensão demunicpios utili1ando a sua respecti"afundamentação teJrica.

D 7unicpios perif3ricos foram consideradosquatro crit3rios que estão imbricados e de"em seranalisa dos em conKunto' es"a1iamento populacionalsubordinação territorial depend?ncia econ,mica eindicadores sociais crticos $&O+A e RO&A<== <=;=.

Associou@se o conceito Perif3rico a relaçãode subordinação e depend?ncia aos municpios sedesdas microrregiões' &asca"el oledo e #o1 do Iguaçue a alguns outros com complexos agroindustriais

dentro da 7esorregião Oeste do Paran>.

intang"el tamb3m presente no material buscando assim empreender di"ersificar edinami1ar a economia.

A prioridade da escol5a dosmunicpios perif3ricos ocorreu em função dasua maior necessidade fa1endo@se umaalusão ao paciente doente que mais necessitado profissional m3dico. Os referidosmunicpios apresentam uma grandedepend?ncia de recursos financeiros emateriais externos bem como de empregoseducação sa:de e outros tornando@osextremamente dependentes e "ulner>"eis.

Os municpios perif3ricos sãoespaços delimitados urbano@rurais queapresentam di"ersas questões preocupantescomo o es"a1iamento populacional fortesubordinação e depend?ncia dos municpios"i1in5os mel5or estruturados e aos polosregionais bem como aos recursos p:blicosfederais e estaduais al3m do setor prim>rio.

7uitos apresentam indicadoresecon,micos sociais crticos como I! PI*e renda  +er a+ita, ndice IPAR!0+ de

!esempen5o 7unicipal $IP!7% , Ra1ão de!epend?ncia $z% e ">rios caracteri1adoscomo municpios dormitJrios.

!os F= municpios da mesorregião;< deles $<9z% tem população inferior aF.=== 5abitantes enquadrados como

 pequenos municpios segundo o ProKeto de)ei ;D<C6;; em tramitação no &ongresso

 /acional e a maioria possuem menos de<=.=== 5abitantes. +ofreram ou sofrem aindacom o decr3scimo populacional acentuando

assim as "ari>"eis e car?ncias quanto ao seudesen"ol"imento socioecon,mico local eregional.

8ale destacar que o estudo se Kustifica pela sua importUncia ainda que amaioria das prefeituras dos municpios

 perif3ricos estabelecem uma forte relação dedepend?ncia de transfer?ncias de rendas da-nião e do 0stado e por isso não se

 preocupam em articular e incenti"ar odesen"ol"imento local a partir de suas

 Revista Orbis Latina, vol.4, nº1, janeiro-dezembro de 2014. ISSN 223-!"!  Página 1;4 

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na sua economia e nas suas relaçõesinternacionais entre outros.

A mesorregião Oeste do Paran> 3composta por F= municpios e temaproximadamente ;<;; mil5ões de5abitantes. As =D microrregiões &asca"eloledo e #o1 do Iguaçu os quais dãotamb3m o nome a sua respecti"amicrorregião possuem BB; mil 5abitantes oque equi"ale a FFz da população tendo osdemais 9C municpios FF= mil 5abitantes9Fz da população.

4> os municpios de &asca"el e #o1

do Iguaçu t?m aproximadamente BCz eBDz da população de sua microrregiãorespecti"amente enquanto oledo temapenas D<z da população da suamicrorregião.

Por3m no futuro al3m doagronegJcio o Oeste Paranaense poder> serdestaque em no"as e diferentes >reas eati"idades pois a economia 3 dinUmica e osseus efeitos mudam com o tempo seimplementadas no"as formas de produção

circulação repartição e consumo de rique1as$bens e ser"iços%. Para tal comin"estimentos em talentos criati"os eempreendedores com no"as bases

 produti"as amparadas em polticas p:blicase institucionais ações e outros lançam@seassim no"as frentes para o crescimento edesen"ol"imento socioecon,mico. !iantedo qual então como  problema de pesquisaquestiona@se' 2uais são os maiores fatoresimpactantes para o desen"ol"imento dos

municpios perif3ricos do Oeste do Paran>Assim sendo tem com obKeti"o

identificar os maiores fatores limitadores problemas e desafios enfrentados pela0conomia &riati"a nos municpios

 perif3ricos da mesorregião Oeste do Paran>com população inferior a C.=== 5abitantes.

A amostra selecionada de pesquisa 3composta pelas suas lideranças sendo

 priorit>rios' prefeito do municpio\ presidente da cUmara de "ereadores\

secret>rio da ind:stria e com3rcio\ presidente da Associação &omercial eIndustrial do municpio\ empres>rio daempresa mais forte instalada no municpio$faturamento e ou n:mero de empregados%com 5istJrico e ra1es locais\ presidente deconsel5o do desen"ol"imento rural 6ambiental e ou da agricultura\ presidente demo"imento social representati"o eabrangente\ profissional liberal' contadorad"ogado engen5eiro ou outro\empreendedor di"ersificado no municpio\

 presidente de sindicato patronal ou dos

trabal5adores mais representati"o e naaus?ncia liderança religiosa e ou presidenteda igreKa catJlica como a maisrepresentati"a\ artista formal e ou informaltradicional no municpio ou secret>rio$a% dacultura ou educação do municpio\ gestor 6gerente de cooperati"a de produção cr3ditoou financeira\ representante t3cnico da07A0R' agr,nomo ou t3cnicoagropecu>rio.

&omo +uplentes ou substitutos – no

caso de aus?ncia e impossibilidades foramincludos em n:mero mnimo' secret>rio de planeKamento administração e ouequi"alente e o gerente 6 gestor da Ag?nciado rabal5ador no municpio.

O grupo de pesquisados selecionados pela amostra intencional de ;D liderançasem cada um dos <= municpios perif3ricos

 pesquisados comp,s então os dados prim>rios com a totali1ação de <B=question>rios cuKos resultados seguem

adiante.

2+ H'N&,.EN#,()% #E$IC,

A 0conomia &riati"a iniciou em;9 na Austr>lia com o discurso proferido

 pelo então primeiro@ministro do pas PaulSeating sob o ttulo de VDreative NationW edepois foi desen"ol"ido e aplicado naInglaterra com maior ?nfase durante a

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d3cada de ;= para tornar o pas maiscompetiti"o no mercado internacional

 proporcionando fortes in"estimentos p:blico@pri"ados.

 /o entanto a 0conomia &riati"a foise ampliando e sendo utili1ada em maiorintensidade nos di"ersos pases da 0uropadestacando@se o Reino -nido assim a

 prJpria Inglaterra e Aleman5a 0span5aIrlanda olanda #inlUndia e outros pases.

 /o continente asi>tico em especialna ndia &5ina Rep:blica da &oreia7al>sia ailUndia +ingapura e )bano\ na

vfrica pode@se citar o pas da vfrica do +ulentre outros.al economia est> "oltada aos ati"os'

intang"eis imateriais e incorpJreos aocapital intelectual a 5abilidade e o talento\ afusão do con5ecimento tecnologia , no#-<o#, educação e experi?ncia\ a criati"idade eino"ação a capacidade intelectual aimaginação e as ideias as expertises entreoutras transformado@as em bens e ser"içosos quais geram receitas lucros e rique1as$#O/+0&A R0I+ <=;< p. <9%.

 /o *rasil a 0conomia &riati"ac5egou em <==9 como protagonista de umimportante encontro que se desenrola"a em+ão Paulo a &onfer?ncia das /ações -nidas

 para o &om3rcio e o !esen"ol"imento$-/&A! LI% que funcionou comocatalisador dos debates para aumentar a

 penetração de produtos e ser"iços nos pasesem desen"ol"imento dos mercados de pasesdesen"ol"idos sendo o guarda@c5u"a das

discussões e como um fJrum polticoenquanto a Organi1ação 7undial do&om3rcio $O7&% como a grande arena denegociações.

A 0conomia &riati"a compreendeum conKunto de ati"idades profissões eocupações formas de fa1er e empreendercom senso de ino"ação\ um imenso

 potencial de mercado de diferentes bensintang"eis ou imateriais bem comotamb3m presentes em bens tang"eis e

materiais. !os bens e ser"iços originaisfrutos da rique1a da nossa di"ersidadecultural e 3tnica ou seKa com a cara do*rasil 0stados e 7unicpios.

4> os municpios da mesorregiãoOeste do Paran> tem a sua economia muito"oltada aos segmentos agrcola e pecu>rio$agronegJcio% e os municpios perif3ricosmuito mais nas mat3rias primas dasommodities agrcolas sendo portanto osmesmos muito sens"eis ^s mudanças eretrações do setor prim>rio da economia. /oentanto a agropecu>ria do Oeste Paranaense

 possui uma forte articulação com aagroind:stria e sua inserção no mercadointernacional fatores que "?m garantindon"eis de rentabilidade mais ele"ados aos

 produtores em detrimento das ati"idadesmais dependentes da inter"enção estatal e"oltadas quase que exclusi"amente aoatendimento do consumo dom3stico$IPAR!0+ <==9 p. C9%.

amb3m referenciado por )ima etal. $<=;; p. ;;=% a polari1ação se reflete na

concentração expressi"a do PI* regional nosmunicpios de oledo &asca"el e #o1 doIguaçu. oledo e &asca"el polari1am cada"e1 mais os municpios do seu entorno.Apesar dos gan5os em produti"idade e daexpansão do setor de ser"iços nosmunicpios perif3ricos um estudo de+c5neider e )ima $<==B% aponta ofortalecimento da capacidade de polari1açãode &asca"el. 4> oledo mant3m umaeconomia urbana dinUmica apesar dos

municpios da sua microrregiãoapresentarem um a"anço gradual econtinuado ao longo do tempo.

!iferente de ambos os municpios#o1 do Iguaçu mant3m sua economia urbanadinUmica assentada no com3rcio inter@regional na produção de energia e noturismo. A situação de #o1 do Iguaçu podeser transposta para os municpios lindeiroscuKa estrutura produti"a e comercial "em semodificando nos :ltimos anos para o bem e

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 patrim,nio local e outros produtos frutos daeconomia e do con5ecimento os quais

 podem ser incorporados nos bens materiaisda economia tradicional e moderna com"alor agregado. /o"os interesses acomplementar e ou explorar.

0n"ol"e uma no"a forma de "ermuito do que K> existe que tal"e1 não era

 percept"el buscando agora intensific>@lasob diferentes >reas ati"idades e estruturasinquietações Jrgãos e setores por processosde transformação contnua apro"eitando asdiferentes potencialidades

5eterogeneidades singularidades osimbJlico e os diferenciais que em geralfa1em@se de pequenos a grandes negJcioscomo conexões e empreendimentosati"idades formais e informais por meio docon5ecimento cultura arte tecnologia eoutros assimilados e transformados em bense ser"iços com impactos em "aloresecon,micos sociais culturais e ambientais.

N uma no"a e "ital força em todos osUngulos da cadeia produti"a\ um no"o

modelo de negJcio com capilaridade deações para atender necessidades e o sucessode municpios estados e regiões. Assimuma no"a forma de considerar e priori1ar osrecursos produti"os de uma sociedade emque Va criati"idade passa a ser o grandeati"o diferencial da economiaW $OTSI/+<==;%.

#rente ^ di"ersidade da 0conomia&riati"a essa pesquisa caracteri1ar> osmunicpios perif3ricos da região Oeste do

Paran> no seu territJrio delimitado a sua população seus atores e suas representações produti"as laborais e sociais. As refer?nciasde produção do municpio dentre os setoresda economia $prim>rio secund>rio eterci>rio9= incluindo a 0conomia &riati"a% eos seus destaques nas ati"idades

9= A 0conomia &riati"a pelas ">rias formas deser"iços se assenta fortemente no setor terci>rio daeconomia. Pro"3m da sociedade ci"il e sua forte

 presença manifesta@se no espaço urbano.

econ,micas bem como as suas maioresdificuldades problemas desafios e

 priori1ações em geral para ala"ancar ocrescimento e o desen"ol"imentoecon,mico endJgeno.

+alienta@se que a identificação orecon5ecimento o fomento e a difusão dasiniciati"as criati"as ino"adoras eempreendedoras da sociedade ci"ilcontribuirão para o impulso da 0conomia&riati"a nos municpios. 0sse 3 o obKetorele"ante de estudo.

Assim a 0conomia &riati"a

en"ol"e um di"erso e ele"ado grau deno"idades nos quais a criati"idade atuacomo combust"el para ino"ações naeconomia dos municpios ante o papel demoti"ar e criar no"os negJcios processosorgani1acionais arquiteturas empresariais einstitucionais que fundamentem edesen"ol"am fatores de produção setores eagentes econ,micos e sociais institucionais

 produtos e ser"iços entre outrosconcreti1ando@se quando encontram acesso

a lin5as de cr3dito e financiamentoinfraestrutura regulação e mercadosinternos e externos conforme o caso comretorno monet>rio.

Por outro esta pesquisa defronta@secom as contradições da atualidade em quese depara de um lado entre desigualdadesdepend?ncia e crises e do outro deoportunidades potencialidades e liberdade\de desen"ol"er e desen"ol"er@se para nãosucumbir a obscuridades locais\ de

reposicionar o micro no macro territJrioetc.

&oloca@se em cena um direito5umano o qual amplia as necessidades5umanas ao mesmo tempo em que expõe asfragilidades conKunturais para que essasnecessidades seKam apropriadas.

Assim sendo esse trabal5o de pesquisa se Kustifica por tratar de uma no"ae puKante alternati"a para o crescimento e odesen"ol"imento dos municpios perif3ricos

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da Região Oeste do Paran> e dada a suaabrang?ncia compreende uma grandeestrat3gia para o s3culo LLI focada nacriati"idade como um recurso que quantomais se utili1a mais se tem e se desen"ol"enas dimensões econ,micas sociaisculturais simbJlicas e ambientais.

O tema da 0conomia &riati"a não foianalisado de"idamente na dimensão dosmunicpios perif3ricos da Região Oeste doParan> que pode gerar pelo seu dinamismoum efeito em cadeia no seudesen"ol"imento local e regional

utili1ando@se dos elementos intang"eis eimateriais para poder a"ançar pois en"ol"ea economia das cidades dos respecti"osmunicpios repensando e re"itali1ando oseu desen"ol"imento espacial e econ,mico@social endJgeno.

As ideias que geram lucros "iamercado ocorrem pela criati"idademediante ações cogniti"as de imaginação

 prospecção e criação "ira ino"ação com"alor uni"ersal sendo que Vnesse sistema

social de "alores se refletem todas ascondições de "ida de um pas pois nele sãoexpressas em particular todas ascombinaçõesW $+&-7P00R;C p.BC%.

ais ideias são oriundas de suacultura tradições gostos prefer?ncias5>bitos manifestações em produtos eser"iços entre outros. amb3m se entende

 por desen"ol"imento as mudanças da "idaecon,mica aquelas que surgem de dentro do

sistema em que o fen,meno fundamental dodesen"ol"imento econ,mico aparece nafigura do empres>rio ino"ador do agenteecon,mico que tra1 no"os produtos para omercado.

&ondição esta que ocorre por meiode combinações mais eficientes dos fatoresde produção bem como a reali1ação eaplicação pr>tica de alguma in"enção ouino"ação tecnolJgica materiali1ada in3ditaou não resultante da combinação de forças

coisas e recursos pelos seus agentestransformando ideias em criati"idadein"enção e ino"ação.

Para +c5umpeter $;E< p. ;9% agrande maioria das combinações'

não brotar> necessariamente das ati"idadesantigas nem tomar> imediatamente o seulugar mas aparecer> ao seu lado e competir>com elas na qual o aparecimento de um oude poucos empres>rios facilita oaparecimento de outro e estes pro"ocam oaparecimento de mais outros em n:merosempre crescente em que a assimilação dasino"ações produ1 um efeito duradouro emque a corrente de bens 3 enriquecida e a

 produção parcialmente reorgani1ada.

3+ $ES'5#,&%S

As lideranças pesquisadas apontaramquantitati"amente ">rios problemas oufatores crticos na atualidade que impactamno crescimento e desen"ol"imento dos seusmunicpios perif3ricos e da Região Oeste doParan>. !e uma forma geral foram

identificados em maior grau Kunto aosmunicpios dos quais ">rios re:nem baixosindicadores I! PI* +er a+ita, ndice deIPAR!0+ de !esempen5o 7unicipal$IP!7% Ra1ão de !epend?ncia $z%municpios dormitJrios  e por outroapresentam potencialidades conformesegue'

3+* aralosQ Prole>as e &i@icldadesda Econo>ia Criativa nos .nicBpios

Peri@ricos do %este do P$ 

7uitos são os gargalos problemas edificuldades enfrentadas pelos municpios

 perif3ricos os quais são relati"os adiferentes questões conforme constantes na#igura ;.

!e acordo com a #igura ; destacam@se "ariados gargalos ligados a questões decar?ncia de mão de obra geração deempregos e renda\ a migração para

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municpios e regiões com forças centrpetasaos polos regionais e ao 0stado\ as gestões

 p:blico@pri"adas e institucionais\ pesquisassobre os "etores proKetos rei"indicatJriosfinanceiros e materiais em geral\ derecursos incenti"os e perspecti"as\ bemcomo ao setor prim>rio $agricultura

 pecu>ria e sil"icultura%\ logsticalocali1ação geogr>fica aos indicadoresecon,mico sociais interesses etc. pormunicpio perif3rico.

8erifica@se quantitati"amente asmaiores barreiras locais e regionais

manifestadas em ordem decrescente pelosmunicpios de' RamilUndia !iamante do+ul !iamante do Oeste +ão Pedro doIguaçu+ão 4os3 das Palmeiras &ampo*onito Iguatu Ibema e )indoeste etc.

Indicaram como principaisobst>culos pela ordem decrescente' adificuldade com a mão de obraespeciali1ada bem como atração retenção emanutenção da força de trabal5o demandadade Ko"ens e estudantes mel5or escolari1ados\

da geração de no"as oportunidades deemprego "agas e substituições que 3 baixae pequena o que desencadeou no passadoforte mo"imento migratJrio de e"asão ees"a1iamento populacional dos pequenosmunicpios para os municpios polos ecentros regionais economicamente maisdinUmicos.

0m especfico sobre as migrações eem maior quantitati"o dos Ko"ens e da forçade trabal5o salienta@se que para re"erter o

abandono e impedir o es"a1iamento populacional 3 uma tarefa complexa erequer ações de diferentes atores locais eregionais bem como de polticas p:blicascomprometidas com a população.

0n"ol"e um papel atuante do 0stado por meio dos seus di"ersos Jrgãos bemcomo da sociedade organi1ada dasentidades representati"as e dos cidadãos

 pensarem em ações que se materiali1em em

 polticas "oltadas para atender aos anseioslocais e regionais.

0ste es"a1iamento 3 ruim para osmunicpios que perdem população porque"? sua força de trabal5o ser redu1ida al3mde perder recursos destinados pelo go"ernofederal e estadual que são repassadosconforme o n:mero de 5abitantes.

Para +antos $<==E p. DC% a migraçãointerna V3 resultante ao mesmo tempo daatração que a cidade exerce e da repulsão docampo causas que estão imbricadas.W Osmunicpios que se industriali1aram e6ou se

tornaram importantes centros comerciais ede prestação de ser"iços em ra1ão dosin"estimentos direcionados passaram aatrair a população que deixa"a ora o campoe as cidades carentes em recursos einfraestrutura em geral em busca de

 perspecti"as maiores e mel5ores prJximas.Apontam tamb3m para a extrema ou

alta depend?ncia tanto da agricultura e da pecu>ria ou seKa ao setor prim>rio daeconomia assim como a suKeição

econ,mica aos recursos p:blicos federais eestaduais e das transfer?ncias de renda emgeral.

0ntão os municpios perif3ricossem estrat3gias para inserção na dinUmicaregional e nacional não apresentamcapacidade de manter a sua população eoferecer renda e mel5ores condições de"ida se tornaram assim dependente dosfundos de participação estabelecidos pelogo"erno federal e estadual permanecendo

sobremaneira na condição de espera de passi"idade como se aguardando por ummilagre. Portanto com restritas

 possibilidades nfimas de crescimento $tantoecon,mico como populacional% apresentamassim grandes dificuldades paraestabelecerem polticas p:blicas e açõesconcretas comprometidas com a produção oemprego a renda e o bem estar da

 população.

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Indicaram tamb3m os pesquisadosdentre seus maiores fatores crticos' a faltade ProKetos municipais para a obtenção derecursos p:blicos federais e estaduais tantofinanceiros como materiais\ dos Indicadores+ociais crticos' emprego renda +er a+itaI!\ da segurança p:blica en"ol"endo acriminalidade e drogas ao bem estar eoutros\ dos 7unicpios ou &idades!ormitJrios de in:meros trabal5adores emmo"imento pendular di>rio\ as nãoconformidades da Gestão P:blica' entrediscursos polticas e ações pr>ticas nos

municpios perif3ricos.Ainda a utili1ação inadequada dos potenciais recursos produti"os domunicpio\ a falta de estudos e pesquisas na>rea sobre os seus "etores eixos e aptidões\as questões de miscigenação cultural e3tnica como dificuldades para a integração ereali1ação de ações conKuntas na forma decooperati"ismo e associati"ismo. amb3maos recursos tecnolJgicos a deseKar de'energia tecnologia telefonia internet e

outros bem como aos problemas deinfraestrutura no sistema de transportesdeslocamento e estradas logstica comprasestoques e outros.

 /o entanto ante os di"ersos gargalosapontados entende 7. !a"is $<==E p. ;E9%entre outras que' Va construção de uma0conomia &riati"a sustent>"el ocorre desdeque 5aKa "ontade poltica "isão criati"a e areinstrumentação de infraestruturaW.

0sclarecendo Vsustent>"elW pela

utili1ação inteligente dos recursos naturais eambientais $terra >gua energia ar plantasmatas rios etc% no presente e semcomprometer a sua utili1ação e anecessidade das gerações futuras\

 produ1indo e preser"ando@os para odesen"ol"imento econ,mico e social sem

 portanto agredir o meio ambiente a nature1ae a ecologia a fauna e flora etc.

Por fim as questões de estagnaçãoecon,mica a subordinação territorial aos

municpios maiores polos micro emesorregiões e aos problemas do Plano!iretor do municpio que atribuem ao0stado a responsabilidade pela gestãoterritorial bem como da redução dasdesigualdades disparidades e exclusões'locais e regionais enfim pela gestão em

 prol de qualidade de "ida etc.

3+2 &esa@ios para os .nicBpiosPeri@ricos

&onforme a abela ; dentre os

maiores desafios apontados pelas liderançasconstatou@se primeiramente o &on5ecimentoe Recon5ecimento de Aptidões abilidadese alentos caractersticos dos municpios

 perif3ricos que podem e de"em seridentificadas estimulados e reforçadoscomo insumo de produção intang"eltransborde$m% para outros setores e >reasancoradas em polticas p:blicas consistentesdas di"ersas gestões e esferas p:blico@

 pri"adas e institucionais dos municpios.

0m segundo lugar a 0ducação para&ompet?ncias &riati"as ino"adoras denature1a t3cnica atitudes e posturas5abilidades sociais e de comunicação acompreensão das dinUmicas socioculturaismercados e as no"as formas de trabal5o.2ue esta qualificação seKa tamb3m com"istas ao longo pra1o fundamentado em

 planeKamento estrat3gico planos denegJcios etc com o muito para crescer emostrar ao mundo pois criar e ou ino"ar 3

uma ação e condição importante enecess>ria para a manutenção da capacidadede concorr?ncia no mercado sobre"i"?nciae "ida longa.

!epois em terceiro o )e"antamentode Informações e !ados mensur>"eis de

 pesquisa en"ol"endo caractersticasnature1a oportunidades potenciaislimitações e impactos da 0conomia &riati"aformal e informal assim como das cadeias

 produti"as tecnologias e soluções para os

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municpios perif3ricos e outros cuKo processo de"e ser contnuo e conKunto al3mde uma sJ secretaria de 0stado.

+ão tamb3m desafios aInfraestrutura de &riação Produção&irculação 6 !istribuição e o &onsumo de

 bens e ser"iços @ pela di"ersidade de pr>ticasculturais processos produti"os e cadeias

 produti"as tecnologias e outros que permitem bem como exigem no"osmodelos e regulação de negJciosextremamente diferentes do passado comimpacto macroecon,mico no municpio e na

região. 0m seguida pelas inter"enções earticulações intersetoriais com os parceiros –institucionais ag?ncias de fomento cr3ditofinanciamento e desen"ol"imento "ia

 bancos p:blicos e pri"ados $*anco do*rasil &aixa 0con,mica #ederal $&0#%*anco /acional de !esen"ol"imento0con,mico e +ocial $*/!0+% etc Jrgãos

 bilaterais e multilaterais empresas"inculadas e outros. 2ue seKam a"aliados e

 priori1ados no"as formas e m3tricas definanciamento dos intang"eis em geral$designer soft]ares cinema m:sica menos

 burocracia% tornando a 0conomia &riati"acada "e1 mais intensa para mudar emel5orar a competiti"idade brasileiraestadual regional e at3 municipal.

Por fim a &riação e Adequação dos7arcos )egais e Institucionais – dalegislação brasileira normati"a con"ençõese leis sobre a produção e direitos'

intelectuais trabal5istas pre"idenci>riostribut>rios administrati"os e constitucionais

 para as ati"idades >reas e setores criati"osentre outros en"ol"endo a sua proteçãore"itali1ação e adequação "ia instrumentoslegais. 2ue promo"am a "alori1ação damarca *rasil $um pas de di"ersas cores e"alores a alegria do po"o suaespontaneidade informalidadedespoKamento e certo descomprometimentoetc%\ enfim do Plano *rasil 7aior.

!estarte 3 um programa de go"ernocom desafios id?nticos ao Programa #omeero $*rasil +em 7is3ria% em função doseu mapeamento e identificação noterritJrio\ as di"ersidades locais e regionais\o apoio fomento e recursos para redu1irdesigualdades promo"er a inclusão social eo maior bem estar entre outros.

8ale lembrar que as di"ersasmanifestações e expressões da 0conomia&riati"a não sempre são recentes a exemplodas bancas de "enda de re"istas e de li"rosou mesmo do artesanato e outros os quais

são re"alori1ados na rede do com3rcio eintegram o processo e6ou at3 modismos. !amesma forma a cultura entra no campo dasnecessidades e no consumo por3m não 3 tãoenf>tica e priori1ada pelas pessoas bemcomo no campo da inter"enção do 0stado

 para a sua promoção e "alori1ação.Portanto espera@se que a 0conomia

&riati"a seKa uma alternati"a atuando comouma estrat3gia efeti"a a partir do go"ernocuKas lideranças saibam da sua importUncia e

que a mesma perpassa todas as secretarias esetores da economia local e regionalmanifestando o a"anço conceitual para aefeti"a implementação mediante polticasde gestões agressi"as conKuntas eintegradas pois a 5istJria por si sJ não ir>esperar por um milagre para uma mudançado stat's 'o local e regional.

2uestionadas as lideranças face ^snecessidades atuais de recuperaçãoecon,mico social dos municpios perif3ricos

e da Região Oeste do Paran> se a  0conomia&riati"a re:ne forças tecnologias ee+ertises em curto m3dio e longo pra1o

 para ala"ancar o crescimento e odesen"ol"imento socioecon,mico com"antagens competiti"as dinUmicas osmesmos se manifestaram positi"amenteconforme abela <.

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3+3 , Econo>ia Criativa $eTne HorçasQ#ecnoloias e EKpertises

2uestiona@se se a 0conomia &riati"are:ne forças e condições para impulsionar ocrescimento e o desen"ol"imento dos7unic@pios Perif3ricos K> que as ind:striastradicio@nais e modernas foram e são aindaas que mais contribuem na transformaçãodas realidades dos municpios e regiões.

!e acordo com a abela ;agrupados entre Vsim e em parteV Dz dos

 pesquisados foram fa"or>"eis e acreditam na

0conomia &riati"a. Apontaram nas suas Kustificati"as pela ordem que precisam deapoio e incenti"o\ da atuação protagonista e

 proati"a das lideranças e dos Jrgãoscompetentes\ bem como de diagnJsticosestrat3gia "isão e planeKamento daslideranças e pensando no futuro at3aproximados D= anos para a 0conomia&riati"a ser aplicada. amb3m quenecessitam de proKeto$s% ino"adores eestruturantes para a recuperação econ,mico@

social\ de polticas p:blicas e uma gestãorespons>"el de con5ecimentos no"os eoportunidades para mudanças\ de0mpreendedorismo e In"estimentos porrecursos financeiros e materiais. Apontaramtamb3m para que se acreditasse e"alori1asse mais a força do po"o que 3 boana economia local de"endo orient>@la econscienti1>@la\ para o adequadocrescimento e desen"ol"imento com uma"isão mais ampla em ">rios aspectos da

cidade municpio e da região\ dos pequenosaos grandes negJcios da dedicação e

 persist?ncia.!e"em os atores locais e regionais

reunirem sinergias e le"ar o plano aosin"estidores e empres>rios\ ao PoderP:blico Prefeitura seus Jrgãos e polticas

 prJ@ati"as e protagonistas de iniciati"a parano"as ind:strias empresasempreendedores ser"iços ati"idades eempregos\ a reali1ação de &onsJrcios

Intermunicipais com os 7unicpios"i1in5os e da região pelo di>logonegociação e interesses coleti"os.

Ainda pela necessidade de a"aliaçãomais detal5ada entendida e trabal5ada deassuntos no"os e experi?ncias\ de incenti"osfinanceiros "i>"eis e para as pequenasempresas\ das di"ersas rendas geradasmesmo pequenas\ passando pela agricultura

 pecu>ria agronegJcio e suas condiçõesfa"or>"eis\ pelos alentos e &aça@alentosre"elados e retidos\ pelo fortalecimentoecon,mico@social "i>"el local e

regionalmente\ pelas parcerias p:blico@ pri"adas e institucionais sindicatosassociações e consel5os.

Reforçando as afirmações deirsc5man $;B;% o processo dedesen"ol"imento econ,mico se caracteri1aao transformar economias retardat>rias ema"ançadas pois se espera que os municpiose regiões re:nam forças de atração emanutenção de pessoas e dos talentosempreendedores em lugares bons para se

morar e "i"er porque oferecem condições para tal redu1indo por outro asdesigualdades e diferenças locais eregionais.

O en"ol"imento e interação daslideranças para a exploração e mobili1açãodas potencialidades e aptidões dosmunicpios perif3ricos e do quanto sãocapa1es\ tendo a educação qualificação eespeciali1ação profissional como umdiferencial competiti"o bem como para

superar os seus gargalos entre outros.amb3m amparado na classificação

dada por So">cs $<==E p. ;=<% a 0conomia&riati"a como sendo'

um pilar que de"eria ser considerado deuma alta prioridade e uma tarefa urgentenão apenas para a preser"ação e para a

 promoção das culturas mas tamb3m para ocombate ^ pobre1a na região o que pode seralcançado mediante a consci?ncia e a"ontade poltica.

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incenti"os fiscais tribut>rios creditcios eoutros\ aos no"os empreendimentoscriati"os locais e regionais amparados emaptidões 5abilidades "ocações e e+ertises

 para no"as >reas e bases produti"as\ priori1ando os "alores dos seus pioneirosagricultores migrantes e suas origens.0nfim as no"as oportunidades baseadas nocapital social intelectual e 5umano da sua

 população.As ações que por sua "e1

ala"anquem e impulsionem as cadeias produti"as\ a instalação de ArranKos

Produti"os )ocais $AP)s% da 0conomia&riati"a nos municpios perif3ricos com oapoio logstico na produçãocomerciali1ação e distribuição de bens eser"iços locais regionais nacionais e noexterior\ cuKo protagonismo ocorra pelainiciati"a e atuação das suas lideranças

 p:blico@pri"adas e institucionais domunicpio.

Ações estas que promo"am atraçãoretenção e manutenção de pessoas e

especialidades no municpio cuKasaplicações tornem@se um ProKeto deRefer?ncia 0strat3gica e de !inamismointegradas ao &alend>rio ampliado dePromoções 0"entos #eiras #estas +5o]s eoutros de frequ?ncia periJdica e ou anualdo municpio contemplando assim um

 +ort/lio de produtos e ser"iços com maior"alor agregado para os municpios

 perif3ricos.

+inteti1ando conforme #onseca Reis$<==E p. 9C% a 0conomia &riati"a'

 parece apresentar de fato potencialsignificati"o para promo"er odesen"ol"imento socioecon,micoapro"eitando um momento de transição de

 paradigmas globais que tra1emoportunidades para reorgani1ar os recursose a distribuição dos benefcios econ,micos.

  Portanto a 0conomia &riati"aadequadamente aplicada obser"ando a

realidade e necessidade de cada municpiocom criati"idade originalidade e ino"ação

 pelos di"ersos talentos profissionais eexecuti"os em geral nos seus respecti"osmunicpios constituir@se@> num escopo quegerar> no"as formas de produtos e ser"içoscom "alor agregado repercussões noterritJrio dos micro e pequenos aos grandesempreendimentos e negJcios criati"os osquais abrirão no"as perspecti"as rendas ereali1ações em diferentes ati"idades >reas eestruturas etc di"ersificando e dinami1andoa economia contemporUnea e futura dos

municpios perif3ricos e da Região Oeste doParan>.&om base em #onseca Reis $<==E p.

9E% cabe a nJs então

decidir se queremos criar as condições paratransformar a di"ersidade e os talentoscriati"os dos pases em desen"ol"imento emum ati"o econ,mico ou se preferimos

 perpetuar no aman5ã as disparidades5istJricas com as quais con"i"emos 5oKe.&ondição esta que se estende tamb3m aos0stados 7unicpios &idades !istritos

8ilas Po"oados etc. /ecess>rio então tornar a 0conomia

&riati"a uma estrat3gia de desen"ol"imentono conKunto das ati"idades >reas setores eestruturas lderes na geração de empregoexportação e competiti"idade das economiasem geral priori1ando o recurso intang"elimaterial incolor e indolor que 3inesgot>"el como reflexo constante docon5ecimento e experi?ncias diferente dos

recursos naturais. 0stes são necess>rios ao5omem e se encontram na nature1a sendonão reno">"eis $minerais petrJleo e g>souro e ferro energia 5idroel3trica etc% e osreno">"eis $florestas >gua e solo etc%requerendo medidas de consumo racionalcomedido ponderado poupando recursos

 para as gerações futuras.4> os recursos ou bens intang"eis e

imateriais na forma de con5ecimentosacumulados compet?ncias saberes e

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e+ertises  em ati"os se reno"am e semultiplicam a medida do seu usotransformam cen>rios realidades econdições aqu3m ou de subdesen"ol"imento

 para al3m das expectati"as e interesses p:blico@pri"adas e institucionais tornando@se assim uma "antagem competiti"a de "alore rele"Uncia para o desen"ol"imento dosmunicpios perif3ricos e da região Oeste doParan>.

?+ C%NSI&E$,(GES HIN,IS

Ao cabo do estudo perceberam@se">rios contrastes nos resultados. !e umlado muitos são de consenso repetiti"osconfirmando realidades contextos e ações

 principalmente quanto ^ contribuiçãoecon,mica e social da 0conomia &riati"aum grande ati"o diferencial de capitalintang"el para a di"ersificação da base

 produti"a do emprego rendamunicpio6cidade dormitJrio e outros

ratificando assim a pesquisa. Por outroexpressi"as diferenças e desigualdades aexemplo dos indicadores econ,micossociais assim como do que possuem deati"idades >reas e estruturas na atualidadenos seus municpios.

2uanto aos fatores crticos e gargalosnos municpios e respondendo ao problemade pesquisa conclui@se que ">rios são os

 problemas destacando@se pela ordem' adificuldade com os recursos 5umanos

especiali1ados bem como de atrair reter emant?@la nos municpios. Registram a perdada força de trabal5o principalmente dos

 Ko"ens e estudantes\ bem como a e"asão ees"a1iamento populacional pela migração

 para as cidades e para os centros e polosregionais.

Apresentam dificuldade de geraçãode empregos e substituições os quais sãoem pequeno n:mero. 8>rios municpiosregistram indicadores econ,mico@sociais

crticos de PI*  +er a+ita I! empregotaxas de pobre1a e segurança p:blica. 8>riascidades e municpios são altamentedormitJrios a exemplo de Ouro 8erde doOeste +ão 4os3 das Palmeiras *raganeM eoutros.

Registram alta depend?nciaecon,mica de recursos p:blicos $federais eestaduais% e das transfer?ncias de rendaal3m disso 5> falta de proKetos para aobtenção de recursos financeiros e materiais.Assim como de estudos e pesquisas nas>reas de interesse "etores e eixos de

desen"ol"imento local e regional al3m dautili1ação inadequada dos potenciaisrecursos produti"os ante gestões p:blicasinadequadas entre discursos polticas eações pr>ticas.

 /o Oeste do Paran> dentre os seus<= municpios por3m classificados entre osmais perif3ricos ou retardat>rios deprimidosou estagnados tem@se' !iamante do +ul!iamante do Oeste RamilUndia Ibema +ão4os3 das Palmeiras +anta ):cia +ão Pedro

do Iguaçu )indoeste entre outros.2uanto ^  percepção dos atores sobreações e desafiosQ a pesquisa concluiu comele"ados ndices percentuais na

 possibilidade de di"ersificação e ampliaçãoda base produti"a dos municpios perif3ricosda Região Oeste do Paran> por meio da0conomia &riati"a de"e ocorrer medianteatuação proati"a e efeti"a de suas lideranças

 p:blico@pri"adas institucionais e cidadãoslocais e regionais.

&oncluiu@se que a 0conomia &riati"are:ne forças e pode auxiliar mediante oapoio ^s 7icro e Pequenas 0mpresas e aos

 /egJcios &riati"os dos municpios\ bemcomo o fortalecimento de Ati"idades vrease 0struturas nos 7unicpios e da Região.amb3m com a di"ersificação da *aseProduti"a e de +er"iços do$s% municpio$s%\a Instalação de Parque$s% Industrial$is% e porsua "e1 das 0mpresas e Ind:strias &riati"ase o incio de suas ati"idades\ o Programa de

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7icrocr3dito a Kuros redu1idos 6 subsidiados para fomentar a 0conomia &riati"a e outros.

Ainda com o apoio e fomento aos profissionais micro e pequenas empresas eaos negJcios criati"os do municpio. Peloincenti"o ^ educação formação equalificação profissional ino"adora\ bemcomo ^s ind:strias e agroind:strias\mediante um ProKeto 0struturante domunicpio sendo a 0conomia &riati"a uma

 poltica p:blica s3ria e comprometida como desen"ol"imento econ,mico socialcultural e ambiental local e regional entre

outros. 

#onte' Resultados de pesquisa <=;D.

#IG-RA ; – 7AIOR0+ GARGA)O+ 0 !I#I&-)!A!0+ PARA &O/+O)I!AR O- 0LPA/!IR A+AI8I!A!0+ vR0A+ 0 0+R--RA+ !A 0&O/O7IA &RIAI8A /O O0+0 !O PR.

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IR+&7A/ Albert. Estratia do desenvolvi>ento econ`>ico. +ão Paulo' #undo de&ultura ;B;.

OTSI/+ 4o5n. #he Creative Econo>!\. 0ngland <==; re"ised <==C. . #he Creative econo>!  – <o" people >aAe >one! @ro> ideas. )ondon' Penguin*ooQs <==;.

I/+I-O Paranaense de !esen"ol"imento 0con,mico e +ocial. 5eitras reionais:>esorreiUes eorR@icas paranaenses: s>Rrio eKectivo. – &uritiba' IPAR!0+ <==9.

SO8v&+ 7>t3. , Econo>ia Criativa e a Erradicação da PoreMa na ^@rica:P$INC0PI%S E $E,5I&,&ES+  In #O/+0&A R0I+ Ana &arla $org%. 0conomia &riati"acomo 0strat3gia de !esen"ol"imento' uma "isão dos pases em desen"ol"imento. +ão Paulo'Ita: &ultural <==E. <BC.

)I7A 4andir #errera de\ 0*0RAR! Paulo enrique de &e1aro\ *ARRO+ Augusto )ui1ecQ. %s #errit1rios Econ`>icos no %este do ParanR: '>a ,nRlise do se Cresci>ento noinBcio do sclo DDI. &i?ncias +ociais em Perspecti"a ;=@;E ' ;;; – ;<< ; sem. <=;;.

7. !A8I+ Andrea.  , Econo>ia Criativa co>o Estratia para o Cresci>ento e$eeneração de $iLeMas na =a>aica e no Carie.  In #O/+0&A R0I+ Ana &arla $org%.0conomia &riati"a como estrat3gia de desen"ol"imento' uma "isão dos pases emdesen"ol"imento. +ão Paulo' Ita: &ultural <==E.

P0RRO-L #rançois. % conceito de p1lo de cresci>ento. In' +&TAR7A// 4. $Org.%.0conomia regional e urbana' textos escol5idos. *elo ori1onte' &edeplar ;CC.

+A/O+ 7ilton. .anal de eora@ia rana. +ão Paulo' 0!-+P <==E.

+&…/AG Rodolfo da Rosa. ,tono>ia @inanceira >nicipal: contradição o realidadeYRe"ista 4us /a"igandi eresina ano ;9 n. <D9 B de de1. <==. !ispon"el em'5ttp'66Kus.uol.com.br6re"ista6texto6;DCC. Acesso em <D6;;6<=;=.

+&-7P00R 4osep5 Alois. #eoria do &esenvolvi>ento Econ`>ico: '>a investiaçãosore lcrosQ capitalQ crditoQ Vros e o ciclo econ`>ico . radução 7aria +il"ia Passos. Abril&ultural ;E< $Os economistas% e 0ditora /o"a &ultura +ão Paulo ;C.

 . #eoria do &esenvolvi>ento Econ`>ico: '>a investiação sore lcrosQ capitalQcrditoQ Vros e o ciclo econ`>ico+ radução 7aria +il"ia Passos. Abril &ultural ;E< $Oseconomistas% e 0ditora /o"a &ultura +ão Paulo ;C.

+&v Olga da &onceição Pinto\ RIPP0) Ricardo\ )I7A 4andir #errera de. #rans@or>açãoprodtivaQ raniMaçãoQ indstrialiMação e >iração no %este do ParanR+  rabal5oapresentado no L8II 0ncontro /acional de 0studos Populacionais A*0P reali1ado em&axambu@7G – *rasil de <= a <9 de setembro de <=;=.

 Reebido em 1XE0E2014 +rovado em 2ME0E2014

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 "I)ULAÇÃO !ONTÁ0IL EM ENTI"A"ES "O TER!EIRO SETOR$DO?R@I=O %N@R% KRSIL % R%INO 8NIO

Patricia 8illa &osta 8a1*

8icente Pac5ecoZZ

$es>o

O presente estudo obKeti"a "erificar as informaçõescont>beis di"ulgadas pelas entidades do terceiro setorem dois pases' *rasil e Reino -nido. #oramanalisadas as demonstrações cont>beis dispon"eisnos sites de duas entidades representati"as do setorde "oluntariado cada uma locali1ada em um dos

 pases selecionados para o estudo. 2uanto ^metodologia trata@se de um estudo de caso. Osresultados do estudo indicam que a entidade

 brasileira restringe@se a di"ulgar os demonstrati"os b>sicos indicados pela legislação "igente enquanto aentidade britUnica inclui notas explicati"as e o

 posicionamento do &onsel5o Administrati"odeixando claro para o leitor quais as ações que aentidade planeKa reali1ar e quais K> reali1ou. 0spera@se que este estudo inicie o debate sobre a di"ulgaçãode informações cont>beis nas entidades brasileirasdemonstrando uma possibilidade de abordagem.

Palavras chave' demonstrações cont>beis\ entidadessem fins lucrati"os\ terceiro setor\ "oluntariado.

,stract

5is studM aims to "erifM t5e financial informationdisclosed bM t5e t5ird sector entities in t]o countries'*ra1il and t5e -nited Singdom. Te analM1edfinancial statements a"ailable in t]o entitiesrepresenting t5e "oluntarM sector eac5 located in oneof t5e countries selected for t5e studM. Regarding t5emet5odologM it is a case studM. 5e studM resultsindicate t5at t5e *ra1ilian entitM is restricted to maQet5e basic statements indicated bM la] ]5ile t5e*ritis5 entitM includes notes and positioning of t5eAdministrati"e &ouncil maQing it clear to t5e reader]5at actions t5e entitM plans to 5old and ]5ic5alreadM accomplis5ed. It is 5oped t5at t5is studM ]ill

initiate t5e debate on t5e disclosure of financialinformation in *ra1ilian organi1ations demonstratinga possible approac5.

e!"ords' financial statements\ nonprofitsorgani1ations\ t5ird sector\ "olunteering.

Z !outoranda do Programa de PJs@Graduação em &ontabilidade @ -ni"ersidade #ederal do Paran> – -#PR. 0@mail' patrcia."illaufpr.br ZZ !outor em 0ngen5aria de Produção pela -+#&. Professor do Programa de PJs@Graduação em &ontabilidade da

-ni"ersidade #ederal do Paran> – -#PR. 0@mail' "pac5ecoufpr.br 

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* IN#$%&'()%

O terceiro setor V3 composto por umdi"ersificado grupo de instituições queatuam no fornecimento de bens e ser"iços

 p:blicos tendo como obKeti"o principal amel5oria das condições de "ida de todos osindi"duosW $*0IO) 4k/IOR <==F p.;=%.

&onsiderando tal car>ter de atender asnecessidades coleti"as e indi"iduais asentidades componentes do terceiro setorapresentam particularidades buscando uma

regulamentação prJpria que atenda suascaractersticas b>sicas. /este sentido esteestudo pretende analisar as estruturasfundamentos e normas relati"as ^s pr>ticascont>beis destas organi1ações do terceirosetor tanto nacionais quanto internacionaisem especial a legislação britUnica sobre asentidades sem fins lucrati"os.

&onforme +antos $<=;= p. ;B% orecente a"anço tecnolJgico e asnecessidades informacionais exigem Vdos

setores p:blico e pri"ado bem como doterceiro setor metodologias cada "e1 maismodernas e eficientes de gerenciamentosugerindo no"as t3cnicas que permitam umamel5or orientação e efic>ciaorgani1acionalW.

0ntretanto Vembora o terceiro setorseKa frequentemente explorado como umno"o campo de estudo ^s ino"açõesadministrati"as pouco se tem em termos decon5ecimento sobre o desen"ol"imento de

teorias "oltadas especificamente ao terceirosetorW $+A/O+ <=;= p. ;B%.

Para #erreira e #erreira $<==B p. =;%Vas discussões recentes relacionadas aoterceiro setor t?m suscitado algumasconfusões que estão tornando complicadosos esforços de defini@lo e compreende@lo deforma mais clara e obKeti"a na realidade

 brasileiraW. !iante dessa dificuldade#errare1i $<==C p. ;=E% afirma que Voconceito de terceiro setor tem uma

imbricação com a noção de associati"ismoO/Gs aKuda m:tua "oluntariado esociedade ci"il cuKo debate 3 ricoabrangente e "ariadoW.

&om relação ao cen>rio brasileiro+antos $<=;= p. ;F% afirma que Vasentidades sem fins lucrati"os passaram adesempen5ar papel de fundamentalimportUncia para o *rasil na medida em queconstituem parte da solução para os

 problemas sociais do desen"ol"imentoW.Para este autor a sociedade "em seconscienti1ando de que precisa participar

dessas soluções e muitas organi1ações t?matuado com propriedade nesse sentido.0ntretanto +antos $<=;= p. ;F% ainda

afirma que'

Para superar os desafios que podem ameaçarsua exist?ncia e sua efici?ncia administrati"atais entidades de"em acrescentar as suas

 pr>ticas de contabilidade no"os instrumentosque assegurem o cumprimento dos seusobKeti"os institucionais tais como' trabal5ar

 por meio de redes sociais criar mecanismos

mais efica1es de controle que possibilitema"aliar o impacto das ações executadas egan5ar maior "isibilidade di"ulgando o

 produto do trabal5o reali1ado.

#erreira e #erreira $<==B p. ;<%tamb3m discorrem sobre a questãoconceitual das organi1ações do terceirosetor afirmando que Vse apresenta confusade"ido ao fato de existirem in:merasdenominações que são utili1adas paraidentificar as organi1ações que fa1em partedo terceiro setorW. Para estes autores

O terceiro setor $...% não te"e ao longo de seu processo de institucionali1ação como campode estudos especfico a atenção de profissio@nais e pesquisadores de uma determinada lin5aou >rea do saber. O con5ecimento acumuladoem relação ^s organi1ações que compõem osetor e as informações e con5ecimentos queestão surgindo tamb3m não são – e tal"e1 nemten5am condições de ser – compilados ou

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agrupados de forma uniforme ou mesmo obKe@ti"a.

 /este sentido questiona@se' quais assimilaridades e di"erg?ncias entre adi"ulgação de informações cont>beis deduas entidades uma brasileira e outra

 britUnica representati"as do terceiro setorO obKeti"o geral do presente estudo 3analisar as di"erg?ncias ou congru?nciasentre a di"ulgação de informações cont>beisnacionais e internacionais referentes aoterceiro setor. Para tanto busca@se "erificaras estruturas fundamentos e normasnacionais das pr>ticas de contabilidade parao terceiro setor\ "erificar as estruturasfundamentos e normas internacionais das

 pr>ticas de contabilidade para o erceirosetor em particular a legislação britUnica\ ecomparar os modelos nacionais einternacionais mediante a reali1ação de umestudo de caso com empresas do terceirosetor locali1adas nos pases selecionados.

O presente estudo Kustifica@se pois

conforme Oli"eira $<==% o conceitonormati"o de terceiro setor não existe no*rasil. 0ste autor considera que a legislação"igente no pas 3 Vesparsa difusamultifacetada confusa e fragmentadaW$O)I80IRA <== p. =9% o que dificultasua implementação. Al3m disso a regulaçãodas ati"idades do erceiro setor Vcompete ^Jrgãos p:blicos di"ersos com superposiçãode compet?ncias normati"as e com baixo ounen5um poder de comunicação intersetorialW

$O)I80IRA <== p. =9%.!iante disso estudos com foco noterceiro setor auxiliam na resolução de

 problemas referentes ^s organi1ações buscando mel5orias e otimi1ação de no"as pr>ticas.

2 H'N&,.EN#,()% #E$IC,

 /este estudo serão analisadas as pr>ticas cont>beis nacionais e internacionais

 para o erceiro setor conforme a literatura aseguir.

<.; !i"ulgação de informações cont>beis para entidades do terceiro setor brasileiras

Para +ousa $<=;= p. <E% a lei querege as ati"idades das entidades do terceirosetor 3 a n .C= de <D de março de ;.4> a &ontabilidade para entidades sem finslucrati"os 3 regida pela IG <==< $<=;9%emitida pelo &onsel5o #ederal de&ontabilidade e que se refere ^ aplicação das

 /ormas *rasileiras de &ontabilidade paraestas organi1ações.anluca $<=;9 p. =;% define o

terceiro setor como sendo Vas organi1açõesnão go"ernamentais $sigla O/G% que nãot?m finalidade de lucro mas congregamobKeti"os sociais filantrJpicos culturaisrecreati"os religiosos artsticosW.

 /a classificação do &onsel5o #ederalde &ontabilidade $<==E p. <D% as entidadesde Interesse +ocial componentes do erceiro

setor apresentam as seguintes caractersticas b>sicas'a% promoção de ações "oltadas para o

 bem@estar comum da coleti"idade\ b% manutenção de finalidades não@lucrati"as\c% adoção de personalidade Kurdicaadequada aos fins sociais $associaçãoou fundação%\d% ati"idades financiadas por sub"en@ções do Primeiro +etor $go"ernamen@

tal% e doações do +egundo +etor $em@ presarial de fins econ,micos% e de particulares\e% aplicação do resultado das ati"ida@des econ,micas que por"entura exerçanos fins sociais a que se destina\f% desde que cumpra requisitos espec@ficos 3 fomentado por ren:ncia fiscaldo 0stado.Para a consecução das finalidades aque se propõem essas entidades ado@

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di1em respeito principalmente ^nomenclatura de algumas contas a seremutili1adas pois o Patrim,nio )quido de"eescriturado como Patrim,nio +ocial e osrecursos recebidos para atender ati"idadesou proKetos especficos de"em serescriturados de forma separada em contas de#undos.

4> +antos $<=;=% indica que a )ei n‚..C= de <D de março de ; dispõe sobrea qualificação de pessoas Kurdicas de direito

 pri"ado sem fins lucrati"os comoOrgani1ações da +ociedade &i"il de

Interesse Publico institui e disciplina oermo de Parceria e da outras pro"id?ncias.Para o autor esta lei criou uma no"aqualificação para pessoas Kurdicas de direito

 pri"ado sem fins lucrati"os.O !ecreto n‚ D;==6 dispõe sobre a

 prestação de contas destas instituiçõesindicando que'

Art.;;. Para efeito do disposto no art. 9inciso 8II alneas c e d da )ei n o .C=de ; entende@se por prestação de contasa compro"ação da correta aplicação dosrecursos repassados ^ Organi1ação da+ociedade &i"il de Interesse P:blico.  y;o As prestações de contas anuais serãoreali1adas sobre a totalidade das operações

 patrimoniais e resultados das Organi1açõesda +ociedade &i"il de Interesse P:blico.  y<o A prestação de contas ser> instrudacom os seguintes documentos'  I @ relatJrio anual de execução deati"idades\  II @ demonstração de resultados doexerccio\  III @ balanço patrimonial\  I8 @ demonstração das origens eaplicações de recursos\  8 @ demonstração das mutações do

 patrim,nio social\  8I @ notas explicati"as das demonstraçõescont>beis caso necess>rio\ e  8II @ parecer e relatJrio de auditoria nostermos do art. ; deste !ecreto se for ocaso.

Para PeMon $<==B% a /*& – ;=relaciona aspectos cont>beis especficos ementidades di"ersas como #undações0ntidades que Recebem +ub"enções+indicais e Associações de &lasse entreoutras. /a /*& – ;=.; para as0ntidades +em #inalidade de )ucros estãoestabelecidos crit3rios e procedimentos dea"aliação de registros dos componentes e"ariações patrimoniais e de estruturação dasdemonstrações cont>beis. 0stas normas sedestinam tamb3m a orientar o atendimento^s exig?ncias legais sobre procedimentos

cont>beis a serem cumpridos pelas pessoas Kurdicas de direito pri"ado sem finalidadede lucros especialmente entidades

 beneficentes da assist?ncia social para finsde emissão do V&ertificado de 0ntidade de#ins #ilantrJpicosW da compet?ncia do&onsel5o /acional de Assist?ncia +ocial –&/A+.

4> para o &onsel5o #ederal de&ontabilidade $<==E% os procedimentos deescrituração das transações praticadas pelas

0ntidades de Interesse +ocial no *rasil emalguns aspectos diferem dos utili1ados paraas demais entidades Kurdicas conformedisciplinado pelas /ormas *rasileiras de&ontabilidade $/*& ;=.9 – #undações e

 /*& ;=.; – 0ntidades sem finalidadesde lucros% nos seguintes aspectos'

Prestação de Contas-ma das principais obrigações dos administra@dores das 0ntidades de Interesse +ocial 3 pres@tar contas primeiramente ao prJprio Jrgão de@liberati"o da entidade e por fim ao Poder P:@

 blico por meio dos di"ersos Jrgãos go"erna@mentais de acordo com a nature1a Kurdica t@tulos e certificados que pleiteia ou possui.

Prestação de contas 3 o conKunto dedocumentos e informações disponibili1ados

 pelos dirigentes das entidades aos Jrgãosinteressados e autoridades de forma a

 possibilitar a apreciação con5ecimento e Kulgamento das contas e da gestão dosadministradores das entidades segundo as

compet?ncias de cada Jrgão e autoridade na

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 periodicidade estabelecida no estatuto socialou na lei. $&#& <==E p. CE%

&onforme +antos $<=;= p. D<% asdemonstrações cont>beis das 0ntidades deInteresse +ocial apresentam terminologiasespecificas diferentes das entidades de finslucrati"os. Os demonstrati"os cont>beismnimos para as 0ntidades *eneficentes deAssist?ncia +ocial são' *alanço Patrimonial!emonstração de +uper>"it ou !3ficit!emonstração de 7utação do Patrim,nio+ocial !emonstração das Origens eAplicações de Recursos e /otas

0xplicati"as. +e a entidade ti"erobrigatoriedade de auditoria então tamb3mnecessita do Parecer da Auditoria.

Para o &onsel5o #ederal de&ontabilidade $<=;<% – IG <==< osseguintes itens de"em ser obser"ados'

&e>onstraçUes contReis;. As demonstrações cont>beis que de"emser elaboradas pela entidade sem finalidade delucros são o *alanço Patrimonial a !emons@

tração do Resultado a !emonstração das 7u@tações do Patrim,nio )quido e a !emonstra@ção dos #luxos de &aixa conforme pre"istona /*& G <B ou na seção D da /*& G;=== quando aplic>"el.<. /o *alanço Patrimonial a denominação daconta &apital de"e ser substituda por Patri@m,nio +ocial integrante do grupo Patrim,nio)iquido\ e a conta )ucros ou PreKu1os Acu@mulados por +uper>"it ou !3ficit. /as !e@monstrações do Resultado das 7utações doPatrim,nio )quido e dos #luxos de &aixa as

 pala"ras lucro ou preKu1o de"em ser substitu@

dos por super>"it ou d3ficit do perodo.D. /a demonstração do resultado de"em serdestacadas as informações de gratuidade con@cedidas e ser"iços "olunt>rios obtidos e di@"ulgadas em notas explicati"as por tipo de ati@"idade.9. /a demonstração dos fluxos de caixa asdoações dos associados de"em ser classifica@das nos fluxos das ati"idades operacionais.

ApJs a indicação das caractersticasda legislação brasileira sobre as informações

cont>beis relati"as ao terceiro setor o prJximo tJpico tra1 a legislação britUnicareferente a estas entidades para posteriordiscussão.

<.< !i"ulgação de informações cont>beis para entidades do erceiro +etor britUnicas

&onforme Oli"eira $<== p. DD% as bases constitucionais e legais referentes aoerceiro setor na Inglaterra são'

&5arities Acts de;< ;D e <==B\&ompanies Acts of ;EF ;= and <==B\rustee Acts of ;<F and <===\Industrial and Pro"ident +ocieties Acts of;BF and <==<\Income and &orporation axes Act of ;E\#inance Acts of ;= <===\Race Relations Act of ;CB\ eumanRig5tsAct of ;E.

+egundo #erreira $<=== p. =F% naInglaterra utili1a@se o termo setor "olunt>rio$vol'ntarH setor % que enfati1a a falta decoerção na adesão ^s organi1ações ou

 participação e o papel dos "olunt>rios.ende a pri"ilegiar a forma associati"a e aexcluir as cooperati"as e as mutualidades

 bem como as organi1ações que apesar de pri"adas são de adesão obrigatJria ou possuem uma autoridade legal $e ^s quais osautores preferem c5amar 2-A/GO ou seKa'asi-non(overnmental or(anisations%. 0mcontrapartida não se restringe ^s formasorgani1acionais podendo por "e1es

abranger as iniciati"as de "oluntariado quese expandem para o setor p:blico. Por "e1esdesigna tamb3m a >rea da famlia e dacomunidade.

Para #erreira $<=== p. ;=;% VnoReino -nido existe um peso importante dasorgani1ações de educação mas na >rea doensino superior o que se de"e sobretudo ^smedidas de pri"ati1ação le"adas a cabo naera atc5erW. Assim

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 /o Reino -nido as polticas de passi"idadereflectiram@se sobretudo nos benefcios uni@"ersais em especial nas pensões e benefci@

os para a infUncia e apostou@se na selecti"i@dade com um grande aumento dos benefci@os dependentes de condição de recursos. Asclasses m3dias foram encoraKadas a optar

 por formas pri"adas de seguro $como foi ocaso das pensões% e "erificou@se uma ?nfasenas medidas de acti"ação ou ]orQfare li@mitando@se a duração dos benefcios de de@semprego e condicionando@os a crit3rios es@tritos de acti"ação. $#0RR0IRA <=== p.;=9%

#erreira $<=== p. ;=F@;=B% aindaafirma que as restrições legais a pr>ticas decampan5as ou ad"ocacia por parte dasorgani1ações não@lucrati"as no Reino-nido 3 feita pela entidade que regula estasorgani1ações a D<aritH Dommission sendo

 portanto mais arbitr>ria. &onforme iltonet al. $<=;<% as entidades do terceiro setorna Inglaterra são definidas em "olunt>riasou de caridade. As entidades de caridade sãodefinidas pelo D<arities t   de <==B e

de"em trabal5ar para'a4 a pre"enção ou o al"io da pobre1a\

4 o a"anço da educação\c4 o a"anço da religião\d4 o a"anço da sa:de ou o

sal"amento de "idas\e4 o a"anço da cidadania ou do

desen"ol"imento comunit>rio\@4 o a"anço das artes da cultura da

identidade e das ci?ncias\

4 o a"anço dos esportes amadores\h4 o a"anço dos direitos 5umanosda resolução de conflitos ou dareconciliação ou a promoção de 5armoniareligiosa ou racial da igualdade ou dadi"ersidade\

i4 o a"anço da proteção ou mel5oriaambiental\ o auxlio aos necessitados porra1ões de Ku"entude idade m> sa:dedefici?ncia ,nus financeiros ou outrasdes"antagens\

V4 o a"anço do bem@estar dosanimais\

l4 a promoção da efici?ncia dasforças armadas da &oroa ou da efici?nciados ser"iços policial de bombeiros deresgate ou de ambulUncia\ e

>4 quaisquer outros propJsitos que possam ser considerados an>logos aoslistados ou imbudos do mesmo espritodaqueles listados ou que como tais ten5amsido considerados sob o direito das<arities.

Assim o termo V"oluntariadoW 3

utili1ado para definir uma ação pri"ada ouseKa a ação que não esteKa sob a direção dequalquer autoridade que det3m o poder do0stado. -ma organi1ação "olunt>ria 3aquela na qual os seus trabal5adores não são

 pagos ou remunerados 3 iniciada ego"ernada por seus prJprios membros e não

 possui controle externo $I)O/ et al.<=;<%.

Para ilton et al.  $<=;<% umaorgani1ação não@go"ernamental sem fins

lucrati"os $O/G% 3 uma tarefa orientada ecomposta de pessoas com interessescomuns para executar uma "ariedade deser"iços e funções 5umanit>rias tra1endo

 preocupações dos cidadãos aos go"ernosmonitorando a poltica e a implementaçãode programas e incenti"ando a participaçãoda sociedade ci"il a n"el da comunidade.

!e acordo com Oli"eira $<==% asc5amadas vol'ntarH or(anizations t?m emcomum o fato de serem formadas por duas

ou mais pessoas com "istas ^ persecução deum obKeti"o comum de interesse p:blico esem fins lucrati"os. +e o obKeti"o dedeterminada vol'ntarH or(anizationqualificar@se como uma <aritable +'r+ose$enumeradas em lei% tal organi1ação pode

 pleitear o seu registro Kunto ^ autoridadereguladora competente como <aritH.

4> as <aritable +'r+oses  são propJsitos que apresentam duascaractersticas b>sicas' prestam@se ao

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 benefcio do p:blico em geral $no ingl?s +'bli bene/it % e enquadram@se numa dasdo1e categorias listadas na lei. Para o autor5> pelo menos tr?s formas Kurdicasadmitidas para as <arities na Inglaterra ePas de Gales'

a4 as Dom+anies Limited bH 'arantee quesão sociedades de responsabilidade limitada\quando ten5am por obKeto a promoção de<aritable +'r+oses e seKam registradascomo tais perante a autoridade competentesão c5amadas <aritable om+anies\ sãoregidas atualmente pelo Dom+anies t de<==B\4 as 8ninor+orated ssoiations que nãot?m responsabilidade limitada de sorte queos seus membros são solidariamenterespons>"eis pelos d3bitos que elascontrarem\ ec4 os @r'sts que são organi1açõesencarregadas da gestão de um patrim,niodotadas de gestores nomeados paramandatos sem duração fixa\ se a gestão do

 patrim,nio 3 feita para <aritable +'r+oses3 recon5ecido como um <aritable tr'st.&OLI=%IR, 200", +. 3X9

!e acordo com +alamon $;B% oReino -nido possui predominUncia de

 proKetos na >rea de educação para entidadesrelacionadas ao terceiro setor. O segundomaior campo de atuação 3 de cultura e la1er.

Para o  National Do'nil /or=ol'ntarH Or(anisations  – /&8O $<==9%os dois itens essenciais relati"os ^contabilidade do terceiro setor britUnico são

 o'ntabilitH  e ranspar?ncia.

 o'ntabilitH 3 considerado como Kustificarações ou decisões e dar um registrosatisfatJrio ou explicação. Isto pode incluirtanto a descrição de um e"ento ouexperi?ncia e um registro financeiro dedespesas e receitas. Implica tamb3m umarelação' a de que 5> uma parte que 3 de"idauma explicação ou Kustificação e que tem ode"er de dar@l5e. Al3m disso na medida emque se trata de uma relação entre duas oumais partes implica que existe uma

linguagem comum de prestação de contas eum conKunto comum de expectati"as sobre oque 3 en"ol"ido. 4> a transpar?ncia possuimaior ?nfase nas organi1ações balanceandoo ,nus entre ser 5onesto e transparente.

Assim para Sendall $<=== p. =<%o impacto da regulamentação do go"erno noterceiro setor britUnico indica que'

† O setor do "oluntariado e da comunidadeindependente e di"ersificada 3 fundamental

 para o bem@estar da sociedade\† /o desen"ol"imento e execução da poltica edos ser"iços p:blicos o go"erno e o setor t?m

 pap3is distintos mas complementares\† > um "alor adicionado em trabal5ar em parceria no sentido de metas e obKeti"oscomuns\† O go"erno e o setor t?m diferentes formasde prestação de contas mas "alores comunsde compromisso com a integridadeobKeti"idade transpar?ncia 5onestidade eliderança.

Para a D<arities Dommission  $<==F%no Reino -nido e Pas de Gales os atos do

Go"erno que regulamentam as D<arities sãoo D<arities t  $<==B% e os regulamentos daD<arities Dommission. A &omissão 3respons>"el pela super"isão e regulação dasentidades de caridade e manter um registro

 p:blico destas organi1ações. odas asorgani1ações de"em pro"er registroscont>beis al3m de preparar um registro deentradas e sadas e o balanço.

!e acordo com o D<arities Re('lation$<==E%

A prestação de contas de"e ser constituda por@$ a% uma declaração de ati"idades financeiras mostrando o total de recursos recebidos eaplicação dos recursos Kuntamente comquaisquer outros mo"imentos no total dosrecursos da caridade durante o exercciorele"ante\ e$ b % um balanço que mostra o estado decoisas da caridade como no final do exercciofinanceiro correspondente .

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A prestação de contas de"e ser elaborada deacordo com os seguintes princpios'$a % a declaração de ati"idades financeiras

de"em dar uma imagem "erdadeira eapropriada dos recursos recebidos e aplicaçãodos recursos da caridade no exercciofinanceiro correspondente\$ b% o balanço patrimonial de"em dar umaimagem "erdadeira e apropriada da situaçãofinanceira de caridade no final do exercciofinanceiro correspondente\$...%

O prJximo tJpico tra1 a metodologiado estudo para então discutir os aspectos

semel5antes e di"ergentes das duas pr>ticascont>beis de terceiro setor.

3 P$%CE&I.EN#%S.E#%&%5IC%S

 /este tJpico serão analisados osaspectos metodolJgicos do trabal5o comocar>ter metodolJgico estrat3gias de

 planeKamento da pesquisa amostra

selecionada e tratamento e an>lise de dados.A teoria de base do presente estudoengloba as estruturas normas e fundamentosdas pr>ticas de contabilidade para asentidades do terceiro setor em Umbitonacional e internacional. A pesquisa parte do

 pressuposto de que as pr>ticas cont>beisdi"ergem para entidades sem fins lucrati"oslocali1adas em diferentes pases.

A abordagem metodolJgica do presente estudo 3 interpretati"ista pois se

 baseia na "isão de que Va realidade socialnão tem exist?ncia concreta mas 3 produtoda experi?ncia subKeti"a e intersubKeti"aW$7acedo e *oa"a <==E p. =9%.

8erifica@se que em talabordagem a estrat3gia de pesquisa adotada3 o estudo de caso que tamb3m ser> adotadono presente estudo. &onforme in $;9% areali1ação de um protocolo de estudo decaso 3 fundamental pois auxilia oin"estigador a antecipar problemas. /este

estudo em particular o protocolo fornecido pelo autor foi adaptado conforme as seçõesindicadas no 2uadro =;.2uanto ^ abordagem com relação ao

 problema o presente estudo constitui@se emqualitati"o pois serão reali1adas an>lisesmais profundas em relação ao fen,menoestudado "isando destacar caractersticasnão obser"adas pelo estudo quantitati"o e aan>lise detal5ada de um ambiente de umsuKeito ou de uma situação em particular$Raupp e *euren <==D\ GodoM ;F%.

0m relação ^ abordagem quanto ao

obKeti"o do estudo buscou@se um estudodescriti"o pois "isa estimar as percepções edescobrir associações entre as "ari>"eisa"aliando e coletando dados sobre ">riosaspectos do fen,meno pesquisado $&ooper e+c5indler <==D%.

2uanto ^ amostra foram selecionadasduas entidades representati"as do terceirosetor que atuam com ser"iço "olunt>rio. Arepresentante brasileira 3 a O/G Parceiros8olunt>rios K> a britUnica 3 a Domm'nitH

Servie =ol'nteers @ &8+. +erão analisadosos reportes financeiros e a legislação "igenteno ano de <=;<6<=;D.

Os dados qualitati"os foram analisa@dos ^ lu1 da teoria selecionada buscando@seinterpretar os resultados das legislações "i@gentes conforme as definições teJricas sobreo terceiro setor. A abordagem interpretati@"ista do estudo proporcionar> a "erificaçãoda teoria com a amostra definida.

? ,N^5ISE &%S &,&%S E&ISC'SS)%

9.; O caso brasileiro' a O/G Parceiros8olunt>rios

A primeira empresa analisada foi aParceiros 8olunt>rios uma Organi1ação

 /ão@Go"ernamental sem fins lucrati"os

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apartid>ria criada em Kaneiro de ;C poriniciati"a do empresariado do Rio Grandedo +ul. &om a missão de ser um mo"imentodisseminador da cultura do "oluntariadoorgani1ado no *rasil "isa pessoascomunidades e uma sociedade maissolid>ria. A O/G lidera proKetos e

 programas como' 8olunt>rio Pessoa #sica8olunt>rio Pessoa 4urdica Parceiros 4o"ens8olunt>rios e Organi1ações da +ociedade&i"il.

 /o site da instituição 3 poss"elconsultar os demonstrati"os financeiros do

ano encerrado em D; de de1embro de <=;<. /o arqui"o de tr?s p>ginas "erifica@se o*alanço Patrimonial com as contas deAti"o Passi"o e Patrim,nio +ocial\ a!emonstração do +uper>"it do exercciocom Receitas !espesas e ResultadoOperacional e #inanceiro\ !emonstraçãodas 7utações do Patrim,nio +ocial\ e!emonstração dos #luxos de &aixa.

9.< O caso britUnico' Domm'nitH Servie

=ol'nteers

O documento referente ^sdemonstrações cont>beis e financeiras daDomm'nitH Servie =ol'nteers  possui 9;

 p>ginas. /a capa 5> a indicação de que 3uma compan5ia limitada e do seu registro naD<arities Dommission. A p>gina doiscont3m um ndice do relatJrio e a seguir 3disposta uma indicação das refer?ncias ealguns detal5es administrati"os da entidade

como local das operações membros doconsel5o e empresa de auditoria dasdemonstrações.

As prJximas ;< p>ginas indicam orelatJrio do &onsel5o Administrati"o cominformações e explicações sobrerendimentos fundos e uma an>lise sobre asati"idades da entidade e seu impacto nasfinanças. O relatJrio tra1 a opinião dosconsel5eiros sobre os impactos da economianas finanças da entidade deixando o leitor

seguro de que o seu trabal5o 3 promo"er omel5or interesse para a &+8.

A seguir 3 disposto o parecer dosauditores independentes conforme dispostono Dom+anies t  de <==B. As p>ginas nasequ?ncia tra1em os demonstrati"osconsolidados a saber' !emonstrati"osconsolidados das Ati"idades #inanceiras –receitas e despesas\ *alanço Patrimonial e#luxo de &aixa consolidado. As notas queseguem as demonstrações tra1em indicati"osdas polticas cont>beis formas de c>lculosdas receitas e despesas\ informações sobre

funcion>rios como sal>rios e impostos ec>lculos das contas de fundos.

?+3 Co>paração entre o caso rasileiro eo ritbnico

Obser"a@se que 5> uma grande dife@rença entre as disposições das informaçõescont>beis entre as duas entidades do terceirosetor. A entidade brasileira restringe@se aapresentar o b>sico como o *alanço Patri@

monial a !emonstração do +uper>"it doexerccio a !emonstração das 7utações doPatrim,nio +ocial e a !emonstração dos#luxos de &aixa. 0stes demonstrati"os sãoimportantes para a compreensão das finan@ças da entidade entretanto exigem que oleitor ten5a algum con5ecimento pr3"io so@

 bre os conceitos nele utili1ados como recei@tas financeiras e patrim,nio social.

4> o reporte financeiro da entidade bri@tUnica cumpre a legislação local ao indicar

os demonstrati"os consolidados e suas de"i@das notas explicati"as. Al3m disso tra1 um

 posicionamento do &onsel5o Administrati@"o o que pode indicar ao leitor as ações quea entidade tomar> facilitando uma pre"isãode seu futuro.

Ao analisar as duas entidades nota@seque a entidade brasileira poderia apro"eitaro momento da di"ulgação dos seus reportesfinanceiros para indicar ao leitor informa@ções mais detal5adas como seus proKetos

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atuais planos para ações futuras e direciona@mentos cont>beis e financeiros que a entida@de possui. Isto poderia deixar as informa@ções cont>beis mais claras e atrair mais in@"estidores e "olunt>rios pois teriam a certe@1a que a entidade 3 s3ria e utili1ar> os recur@sos da mel5or maneira poss"el.

C%NSI&E$,(GES HIN,IS

0ste estudo te"e por obKeti"o analisaras di"erg?ncias ou congru?ncias entre adi"ulgação de informações cont>beis

nacionais e internacionais referentes aoterceiro setor. Para tanto "erificou@se asestruturas fundamentos e normas das

 pr>ticas de contabilidade para o terceirosetor no *rasil e no Reino -nido para entãocomparar os modelos nacionais einternacionais mediante a reali1ação de umestudo de caso com empresas do terceirosetor locali1adas nestes dois pasesselecionados.

Os resultados do estudo indicam que a

entidade brasileira restringe@se a di"ulgar osdemonstrati"os b>sicos indicados pelalegislação "igente. 0ntretanto a entidade

 britUnica inclui notas explicati"as e o posicionamento do &onsel5oAdministrati"o deixando claro para o leitorquais as ações que a entidade planeKareali1ar e quais K> reali1ou.

!iante disso "erifica@se que aimportUncia de se analisar as entidades doterceiro setor remetem ^ sua caracterstica

social e ^ sua prJpria e"olução. &onforme#erreira e #erreira $<==B p. ;E%'

O tema terceiro setor e o conceito a ele atribu@do "?m causando tamb3m – paralelamente ^sua e"olução em termos de exposição nas m@dias e em termos de representati"idade de in@teresses – gra"es distorções de identidade e deenquadramento das organi1ações que ocompõem ou que são pass"eis de se incorpo@rar a ele. Al3m disso tal"e1 seKa imprJprio

5oKe tentar atribuir um papel especfico oumesmo tentar discutir o papel das organi1a@ções do terceiro setor enquanto fomentadoras

da democrati1ação e6ou redemocrati1ação doespaço p:blico como ambientes de resgate dacidadania solidariedade bem estar social ecomo solucionadoras dos di"ersos problemase ma1elas sociais.

0ste trabal5o possui a limitação deanalisar apenas duas entidades de cada setor.&ontudo o foco maior 3 iniciar o debatesobre a di"ulgação de informações cont>beisnas entidades brasileiras demonstrando uma

 possibilidade de abordagem. Portantosugere@se que estudos futuros analisem maisentidades brasileiras aprofundando estasdiscussões e tra1endo soluções e mel5oras.

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O)I80IRA Gusta"o 4ustino de. Perspectivas sore o >arco relat1rio para o terceiro setor – cen>rio internacional. +emin>rio' erceiro +etor – cen>rios e desafios <==.

PAR&0IRO+ 8O)-/vRIO+. $elat1rio ,nal+  <=;<. !ispon"el em'5ttp'66]]].parceiros"oluntarios.org.br6&omponentes6Parceiros6RelatorioAnual.asp. Acesso em'=B6=96<=;9.

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 Reebido em 0XE0E2014 +rovado em 1!E0E2014

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F,5,N(, C%.E$CI,5 ,$0C%5, P,$,N,ENSE' &O/4-/-RA

P+@&RI+0 #I/0/&0IRA !0 <==E

7irian *eatri1 +5neider Z

  Rafael enrique de Ara:KoZZ

Resumo

O obKeti"o deste artigo 3 demonstrar a importUncia doagronegJcio do Paran> para a economia do 0stado.Para tanto 3 reali1ado uma descrição detal5ada dasexportações do setor entre <=== e <=;D al3m decomparações com o agronegJcio a n"el nacional.0sse perodo 3 marcado pela crise financeira de <==Eque afetou negati"amente todas as economias mascontribui para obser"armos o comportamento do

agronegJcio em momentos ad"ersos. Os resultados sere"elaram surpreendentes pois o agronegJcio serecuperou mais rapidamente que o setor industrialal3m de gan5ar maret-s<are de produtos de maior"alor agregado mesmo em um cen>rio de ele"adas

 barreiras comerciais.

Pala"ras@c5a"e' com3rcio internacional\ agronegJcio paranaense\ crise de <==E\ barreiras comerciais.

,stract

5e obKecti"e of t5is article is to demonstrate t5eimportance of Parana‡s agribusiness to +tateeconomM. o accomplis5 t5e obKecti"e it‡s done adetailed description of agribusiness exports bet]een<=== and <=;D besides comparisons ]it5 t5enational agribusiness. 5is period is marQed bM t5e<==E financial crisis ]5ic5 negati"elM affected alleconomies but contributes to obser"e t5e be5a"ior ofagribusiness in ad"erse times.

SeM]ords' international trade\ Parana agribusiness\financial crisis $<==E%\ trade barriers.

Z !outora em Processos de Integração ransnacional pela -ni"ersidad de )eJn – 0span5a. Professora AdKunta do&urso de &i?ncias 0con,micas e do Programa de PJs@Graduação em !esen"ol"imento Regional e AgronegJcio da-/IO0+0@oledo. Pesquisadora do Grupo G0P0&. *olsista Produti"idade da #undação Arauc>ria. 0@ mail'[email protected]  Graduado em &i?ncias 0con,micas pela -ni"ersidade 0stadual do Oeste do Paran>. Pesquisador assistente de

 proKetos ligados a agricultura brasileira suas relações com o exterior e as polticas implementas no desen"ol"imento

do setor. 0@mail' rafael5arauKo5otmail.com

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*+ IN#$%&'()%

Atualmente o com3rciointernacional responde por uma fatiarelati"amente importante da economia detodos os pases inclusi"e a dos pases maisfec5ados ao exterior como a &5ina oumesmo o *rasil. Atra"3s dos fluxoscomerciais os pases financiam a compra demercadorias ou ainda tornam o pas atraenteno cen>rio internacional para captarin"estimentos na economia dom3stica casodo *rasil.

O mundo capitalista experimentouum "olume crescente do com3rcio inter@

 pases apJs a criação do GA $GeneralAgreement on rade and ariffs% em ;9Cnão por acaso pois o GA se tornou ummarco regulatJrio com intuito de diminuir o

 protecionismo comercial instigando os pases que tin5am por obKeti"o buscar no"osmercados no Umbito internacional.

A reestruturação da economiamundial como reflexo do /e] !eal no 0-Ae o Tellfare +tate na 0uropa planeKadoscomo resposta a crise de ;< e instauradodurante e apJs a II guerra mundialdesencadearam um desen"ol"imentoecon,mico ainda não "isto na 5istJriaapoiado no desen"ol"imento econ,micosocial e institucional dos pases queculminou em uma no"a ordem no Umbitointernacional.

0sse no"o paradigma se consolidouapJs a Rodada de negociaçõesinterministeriais do -ruguai com a criaçãoda Organi1ação 7undial de &om3rcio$O7&% em ;F. A O7& se tornou umJrgão supranacional cuKo obKeti"o 3 deele"ar os fluxos comerciais diminuindo o

 protecionismo e e"itando o neoprotecismoal3m de regular as disputas comerciais erestringir ações desleais e comportamentos"iesados dos agentes en"ol"idos.

A O7& regula as disputas

comerciais le"ando em consideração duasclausulas b>sicas' fa"orecer as /ações emdesen"ol"imento e garantir maior acesso amercados por parte destas. eoricamenteesse fato permite que as nações emdesen"ol"imento conquistem no"osmercados possibilitando um incremento desuas "endas ao exterior financiando asimportações principalmente de bens decapital assim como atração de di"isas parain"estimentos em infraestrutura e capital

social b>sico.0m conKunto ^ busca internacional

 por um com3rcio internacional mais amplo eabrangente no caso do *rasil 5ou"eramfatores internos que possibilitaram umincremento do com3rcio com o exterior' aabertura do mercado com o Plano &ollor ocontrole da inflação com o Plano Real e aestabilidade macroecon,mica instaurada por#ernando enrique &ardoso que permitiramin"estimentos de longo pra1o no pas. Aabertura econ,mica e a reforma monet>riaforam fundamentais para o processo dedesen"ol"imento econ,mico do *rasil poiso atrofiamento da economia que seconfigurou durante a d3cada de E=restringiu a competiti"idade de todos ossetores da economia.

0ntretanto 3 5istJrica adepend?ncia do +etor externo brasileiro comrelação ^s di"isas internacionais

 principalmente por parte do setor agrcolarespons>"el por atrair di"isas para o pas efinanciar o processo de desen"ol"imentoecon,mico em n"el regional e nacional. exceção das d3cadas de F= B= e C= nasquais o setor industrial foi o carro c5efe daeconomia brasileira suportado por"olumosos subsdios e protecionismogo"ernamental o setor agrcola 3 o maisdinUmico da economia. Isso 3 e"idenciadonos momentos ad"ersos como a crise de

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<==E onde o setor industrial sofreu umaqueda de DCz das exportações e o setoragrcola apenas <<z e tamb3m serecuperando mais rapidamente que o setorindustrial que at3 os dias atuais apresenta

 proKeções du"idosas de"ido aocomprometimento da sua competiti"idade$+0&0L67!I& <=;D%.

+eguindo a tend?ncia nacional odesen"ol"imento regional tamb3m seconfigurou dessa forma ou seKa 3 catalisado

 pelo setor agrcola ou o agronegJcio nocaso do 0stado do Paran> essa liderança da

economia pelo agronegJcio 3 ainda maise"idente pois em <=;D o agronegJcio foirespons>"el por C9z das exportações do0stado $Agrostat – 7APA <=;9%.

Al3m disso o saldo do agronegJcio paranaense gira em torno de -} ;;B bil5ões di"isas que financiam odesen"ol"imento econ,mico do 0stado.0ssas di"isas são direcionadas para osin"estimentos em infraestrutura educaçãosa:de 5abitação e permite que o 0stado

destine em forma de subsdios recursos para o setor industrial.

2+ FENEH0CI%S &% C%.O$CI%IN#E$N,CI%N,5

As an>lises acerca das relaçõescomerciais entre pases 3 um dos ramos maisantigos da economia internacional pois asrelações econ,micas entre as nações

 basea"am@se nas trocas de mercadorias eentender com profundidade a relação entrecom3rcio e a formação da rique1a nacionalse tornou necess>rio.

0xistem di"ersas teorias acerca dascausas e efeitos do com3rcio internacionalsobre a economia dom3stica entretanto

 podemos seguir uma lin5a teJrica. +egundoGonçal"es $;E% as ideias mercantilistasle"am a entendermos que quanto maior o"alor de mercadorias exportado maior seria

a rique1a do pas pois 5a"eria um saldo positi"o da balança comercial que seria emmetais preciosos. 0sse super>"itdeterminaria que sua moeda se "alori1asseno exterior barateando ainda mais asimportações portanto as exportaçõesde"eriam ser incenti"adas.

4> !a"id ume percebe que arelação da balança comercial com o estoquemonet>rio 3 o in"erso ou seKa quanto maioro saldo positi"o da balança comercial maiora entrada de metais preciosos que por sua"e1 terminam por des"alori1ar a moeda pois

se 5> aumento da oferta de um bem oeteris +arib's 5> redução do preço. Apesar de asteorias serem simples elas permeiam osmanuais de estudos da economiainternacional at3 os dias de 5oKe integrandoa base da doutrina econ,mica.

Para Kustificar o com3rcio entreduas nações Adam +mit5 $;ECD% descre"eque se 5ou"esse diferença no tempo detrabal5o empregado para a produção de duasmercadorias o com3rcio internacional seria

"antaKoso para os dois pases. Isso se de"eao fato de aumentar a produti"idade atra"3sda especiali1ação na produção ainda5a"eria um gan5o de bem estar para a

 população de"ido ao emprego racional dosfatores de produção.

!a"id Ricardo estendeu essemodelo e c5egou ao conceito das "antagenscomparati"as conceito utili1ado at3 os diasde 5oKe e que explica grande parte dosdeterminantes das caractersticas da pauta

exportadora de um pas. As "antagenscomparati"as segundo Senen $;E% 3 adiferença sistem>tica entre VestruturasW decustos e preços para produ1ir umamercadoria que por sua "e1 Kustifica que ocom3rcio bilateral 3 sempre mais "antaKosoque uma autarquia.

0sses modelos foram ampliados pelos autores neocl>ssicos que testam eexplicam essas teorias com linguagemmatem>tica. Os teoremas de ecQsc5er@

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o consumidor final 3 preKudicado pois temde pagar um preço mais ele"ado poralimentos dado que o preço dos produtosagrcolas nacionais dos pasesindustriali1ados 3 mais ele"ado que os

 produtos importados.

3+ % ,$%NECI% N,,#',5I&,&E

0m se tratando de setor agrcola as polticas comerciais são mais agressi"as pois a segurança alimentar 3 item c5a"e de

qualquer planeKamento econ,mico. O protecionismo exacerbado sobre o +etor 3um resqucio das duas grandes guerrasmundiais do +3c. LL e ainda perdura at3 osdias de 5oKe principalmente em tempos decrises do sistema capitalista.

0ntretanto o agronegJcio naatualidade "em demandando no"as polticasno Umbito comercial. ApJs a re"olução"erde da d3cada F= que ala"ancou a

 produti"idade da agricultura\ uma

abordagem teJrica mais aprofundada por4o5n !a"is e RaM Goldberg que deram uma"isão sist?mica ao +etor\ esses fatos aliadosa globali1ação determinaram a integraçãoglobal das cadeias alimentares. !esse formao agronegJcio se re"elou ser de extremaimportUncia a todos os pases determinandoum tratamento diferenciado com relação ^s

 polticas destinadas ao +etor.!esde o incio da d3cada de ;= o

agronegJcio "em se desen"ol"endo em um

cen>rio mais dinUmico tanto em n"elnacional quanto internacional. 0m umambiente de maior integração dos mercadosno Umbito internacional fruto dos planosneoliberais de  7argaret5 5atc5er naInglaterra e  Ronald Reagan nos 0stados-nidos na d3cada de ;E=.  A polticaneoliberal afetou as estrat3gias p:blicas eempresariais assim como a determinação de

 preços e margens pelas empresas do ramoagroindustrial. 0sse fato demandou no"os

arranKos institucionais e empresariais paradar suporte compat"el ^s necessidades do+etor .

0xplicitando essa mudança)ourenço $<==<% descre"e que a demandado consumidor antes 5abituada com oconsumo massificado passou a exigir maisopções e "ariedades demandando mudanças

 pelo lado da oferta. As agroind:strias passaram a buscar a ino"ação atra"3s dadiferenciação dos produtos alimentcios"isando a praticidade e a busca poralimentos mais saud>"eis que por sua "e1

ala"ancou as receitas do +etor. Isso instigouainda mais o desen"ol"imento de produtosfinais ao consumidor como a lin5a de

 produtos lig5t diet cortes especiais decarnes alimentos com redu1ido teor degordura e uma infinidade de produtos paramicro@ondas. 

0ssa dinUmica internacional gerouimpactos amplificados sobre o agronegJcio

 brasileiro que at3 o incio dos anos de ;=se resumia a exportação de commodities. A

abertura econ,mica ao exterior e aestabili1ação da economia por #& permitiram a estruturação do setoragroindustrial e possibilitou que o +etorconquistasse mercados de produtos commaior "alor agregado no exterior.

A busca do go"erno pela solide1 daeconomia brasileira em um cen>riointernacional globali1ado determinou umrearranKo do meio empresarial. 0ste que

 buscou a todo custo

VaKuste moderni1antes nas estruturas degestão e de produção das plantas fabris eorgani1ações comerciais e de ser"iços sob

 pena de comprometimento de suascondições de sobre"i"?ncia em um cen>riorepleto de no"as e complexas exig?ncias eat3 incongru?ncias embutida na receita daglobali1açãoW $)O-R0/|O et al. <==<

 p. ;;%.

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3+ 1 O Agr<neg=Ci< Paranaense

O agronegJcio paranaenseapresenta algumas peculiaridades ,

 principalmente pela "elocidade do seudesen"ol"imento. A ocupação do 0stado sedeu por completo na d3cada de <= e asligações "i>rias entre o interior e as

 principais cidades na d3cada de ;F=.0ntretanto a fertilidade do solo e a mão deobra familiar determinaram uma

 produti"idade acima da m3dia e formação

de pequenas propriedades. A cultura do caf3e posteriormente a soKa produtos com potencial exportador ele"aram o 0stado aser recon5ecido no cen>rio nacional.

0ntretanto para gan5arcompetiti"idade no cen>rio internacional oagronegJcio necessitou de uma r>pidaestruturação para superar o atraso nodesen"ol"imento da agricultura paranaense.Para tanto o agronegJcio do 0stado passou

 por grandes fusões e concentrações de

empresas formação de associações ecooperati"as com o intuito de obter gan5osde escala operacional e de produção. 0ssecamin5o se mostrou necess>rio para suprir od3ficit logstico existente e resistir ^acentuada competição intercapitalista emum ambiente mais integrado mundialmentecom r>pidas transformações de consumo.

&aixeta@#il5o $<=;=% Kustifica or>pido crescimento do agronegJcio no0stado atra"3s dos in"estimentos de

fornecedores de mat3ria@primaarma1enadores e ind:strias de

 processamento que "em se agrupando emtorno das 1onas de produção agrcolafocali1ando a redução de custo en"ol"idosno processo do supplM c5ain dos +istemasAgroindustriais $+AG% maisespecificamente os custos de transporte.

O agronegJcio do estadosurpreende pois em um contexto defronteira agrcola saturada redução do

financiamento p:blico desde a d3cada de;E= e d3ficit relati"o de infraestruturalogstica o agronegJcio mais que dobrouseu "olume exportado de <==B a <=;Daumentando de -} B; bil5ões para -} ;DF

 bil5ões exportados. 0m <=;D o agronegJciofoi respons>"el por C9z de todo o "alorexportado pelo 0stado $Agrostat @ 7APA<=;9%.

A di"ersificação do +etor est>estampada na pagina do Instituto Paranaensede !esen"ol"imento 0con,mico'

VO Paran> 3 o maior produtor nacional degrãos apresentando uma pauta agrcoladi"ersificada. `... A soKa o mil5o o trigoo feiKão e a cana@de@aç:car sobressaem naestrutura produti"a da agricultura localobser"ando@se em paralelo forte a"ançode outras ati"idades como a produção defrutas. /a pecu>ria destaca@se aa"icultura com <BDz do total de abatesdo Pas. 0 nos segmentos de bo"inos esunos a participação do 0stado atinge9Dz e ;Cz respecti"amenteW$IPAR!0+ <=;D%.

A mudança estrutural da pautaexportadora do 0stado que at3 a d3cada de;= se resumia a exportação deommodities e passou a exportar produtosfinais mais elaborados e prontos para oconsumo e"idencia que o agronegJcio doParan> camin5a na direção correta. A busca

 por produ1ir produtos de maior "aloragregado possibilita o acesso a no"osmercados assim como o aumento da

 produti"idade ele"a a competiti"idade doestado tanto em n"el nacional quantointernacional.

0ntretanto o cen>rio internacionalque al3m de ser marcado por polticascomerciais mais agressi"as tamb3m semostra inst>"el pois a crise de <==E te"eimpactos significati"os sobre a renda dos

 produtores dom3sticos e afetou osin"estimentos no setor. 0sses fatosculminaram em um retardamento do

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 processo de desen"ol"imento doagronegJcio do Paran>.

?+ , C$ISE HIN,NCEI$, 5%F,5 &E2;;8

+egundo *resser@Pereira et al  .$<=;<% a crise de <==E 3 a pior crise desde;<. A "ertente QeMnesiana descre"e que acrise de <==E foi reflexo da liberali1açãofinanceira implementada pela polticaneoliberal de ;E=.

V`... no contexto da re"oluçãoconser"adora liderada por Ronald Reagane 7argaret5 5atc5er – aumentou aliberdade das instituições financeiras deescol5er onde e como operar a includosmercados que eram tradicionalmentereser"ados aos grandes bancoscomerciais.W $&AR!I7 !0 &AR8A)O<==E p. ;%

partir do momento que osespeculadores começaram a agir no mercadoimobili>rio atra"3s das instituições queantes eram limitadas a não operar nessemercado segundo &ardim de &ar"al5o$<==E% um "alor astron,mico deempr3stimos foi feito em 5ipotecasW.

As instituições flexibili1aramdemasiadamente as normas para concedertais cr3ditos e portanto ceder empr3stimosa pessoas que na "erdade não tin5amcapacidade de quitar suas d"idas. Ascarteiras de empr3stimos e financiamentos

expandiram a uma "elocidade nãocompat"el com a expansão do setor real daeconomia. &om ele"ado montante de d"idade alto risco por parte da população aliado aum momento de desaquecimento daeconomia americana o calote foi ine"it>"ele ocorreu de forma sist?mica e generali1ada.

VA crise tomou contornos sist?micos a partir da fal?ncia do )e5man *rot5ers no0-A em setembro de <==E. 0ssa fal?nciaacarretou a paralisação das operações

interbanc>rias e a desconfiança dosin"estidores nos sistemas financeiros seespal5ouW resultando em uma contração de

cr3dito com alcance mundial $#ARI<=;< p. DF%.

&om a estrangulação dos canais decr3ditos e perda de rique1a por parte dasfamlias resultado da des"alori1ação dos

 pap3is comerciali1ados e diminuição degastos dos agentes o crculo "icioso da

 pobre1a est> iniciado. &om menor poderaquisiti"o a população passa a demandarquantidades menores de produtos e de

ser"iços.O relatJrio de inflação *anco&entral do *rasil $*&*% referente aosegundo semestre de <== descre"e o cicloda crise' a demanda retrada por bens eser"iços acaba por ele"ar os estoques dasempresas "areKistas que diminuem os

 pedidos aos atacadistas e por sua "e1 passama diminuir o "olume de pedidos ^sind:strias. &om a ati"idade industrial emdeclnio as proKeções do cen>rio econ,mico

futuro são negati"as como reflexo osin"estimentos em #ormação *ruta de&apital #ixo $#*&#% são redu1idos. 2uandoredu1ido os "olumosos in"estimentos em#*S# 5> a desaceleração da economia.

&om o crculo da pobre1a iniciadoo go"erno norte americano instaurou

 polticas monet>ria e fiscal expansionistas.amb3m passou a desestimular asimportações como tentati"a de reter renda

 para o mercado dom3stico.A des"alori1ação do dJlar como

tentati"a de ele"ar o "olume de exportaçõese o fec5amento das VportasW para asimportações afetam indiscriminadamentetodas as economias do planeta que acabam

 por absor"er os impactos da crise.0ntretanto as economias emdesen"ol"imento são as mais afetadas poiso super>"it comercial 3 fonte de recursos

 para o desen"ol"imento econ,mico.

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Os impactos da crise sobre o *rasile primordialmente sobre o agronegJcio doParan> serão demonstrados com o suporteda estatstica descriti"a que contribui paradar mais conte:do emprico a pesquisa.

+ , I.P%$#NCI, &%,$%NECI% P,$, , EC%N%.I,&% P,$,N^

Inicialmente 3 relatada acontribuição do agronegJcio para aeconomia paranaense a tabela ; descre"e os

"alores exportados pelo Paran> e a participação relati"a das exportações doagronegJcio sobre o total exportado peloParan> para o perodo de <=== a <=;D ereali1a um comparati"o com a participaçãodo agronegJcio nacional sobre o totalexportado pelo Pas.

 /o cen>rio nacional em <=== oagronegJcio foi respons>"el por DCz dototal exportado K> em <=;D era proporção

 passou para 9;z. 0m <==E essa proporção

c5egou ao ponto mnimo durante o perodoanalisado de DBz. A crise de <==E ele"ou a proporção para seu ponto m>ximo de 9<zisso re"ela um fato semel5ante ao queocorre com o agronegJcio do Paran> queem momentos ad"ersos 3 o setor maisdinUmico.

4> o agronegJcio do 0stado em<=== foi respons>"el por BCz da receita do0stado com exportações e financiar grande

 parte das importações dos insumos e

 produtos de alto "alor agregado que oParan> importa. 7esmo com essa larga

 proporção o agronegJcio continuouaumentando sua participação com exceçãodos perodos de <==F a <==C de"ido a umaqueda das exportações de soKa e deri"ados.ApJs a crise financeira internacional equeda do ritmo do com3rcio global oagronegJcio se mostrou dinUmico e sofreuimpactos menores com relação ^ perda dereceita.

0m um cen>rio ad"erso oagronegJcio do 0stado sofreu perdamomentUnea $em <==% de <;z de receitascom as exportações K> os demais setoresexportadores ti"eram queda de DCz no "alorexportado como reflexo da crise. 0m <=;D oagronegJcio foi respons>"el por C9z dasexportações paranaenses recebendo mais de-} ;DF bil5ões com "endas ao exterior.Al3m disso o saldo da balança doagronegJcio 3 mais de B==z maior que asimportações como podemos "erificar nogr>fico seguinte.

A lin5a com marcadorestriangulares ilustra o saldo do agronegJcio positi"o e cerca de -} ;; bil5ões em <=;;<=;< e <=;D. Apesar das importações doAgronegJcio terem aumentado na :ltimad3cada de pouco mais de -} F== mil5ões

 para -} ;.F== mil5ões em <=;D aindaassim as importações do AgronegJciorepresentaram apenas ;Fz das exportaçõesdo +etor.

  A seguir 3 ilustrada a balança

comercial desagregada por principais produtos que em forma agregada são' soKamil5o cana de aç:car e frango.

0m <=;D o complexo soKaalcançou cifras de -} B; bil5ões comexportações e foi respons>"el por 9Fz dasexportações do agronegJcio. 0m segundolugar o setor de carnes com ;Ez e -} <F

 bil5ões seguido pelo complexosucroalcooleiro com ;=z de participação e-} ;D bil5ões.

!entre esses produtos sãoanalisados os sete principais produtos da

 pauta exportadora do agronegJcio em <=;Dque Kuntos representam cerca de E<z dototal exportado pelo AgronegJcio.

0ntre o perodo de <=== a <==Etodos os produtos apresentam tend?ncia decrescimento das exportações assim como ^exceção do aç:car de cana em bruto todossofreram queda do "alor exportado comoreflexo da crise. v partir de <==

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no"amente todos os produtos apresentamcrescimento das exportações.

0ntretanto 5> uma modificaçãoestrutural na pauta exportadora doagronegJcio do 0stado. 0m <=== os

 principais produtos exportados são a soKa emgrãos e farelo de soKa que Kuntosrepresentam cerca de 9Fz do totalexportado pelo agronegJcio. !urante esse

 perodo os produtos mais elaborados como acarne de frango e seus deri"ados Jleo desoKa cereais farin5as e preparações e oaç:car de cana representaram menos de

;Ez. 4> em <=;D a soKa em grãos e ofarelo de soKa perderam importUncia relati"ae representam cerca de 9;z do totalexportado enquanto que os produtos demaior "alor agregado ele"aram suaimportUncia relati"a para 9Fz.

0m um cen>rio internacional deele"adas barreiras comerciais

 principalmente sobre os produtos agrcolasmais elaborados o agronegJcio do 0stado

gan5ou maret-s<are de produtos de maior"alor agregado. Isso 3 fruto do dinamismodo +etor mesmo porque 3 recon5ecido od3ficit relati"o de infra@estrutura no estadodo Paran> que termina por ele"ar os custosde transporte determinando que o setortrabal5e com uma logstica mais cara emenos eficiente.

Reali1ada a an>lise da pautaexportadora do agronegJcio são "erificadosno gr>fico 9 os principais pases

compradores dos produtos do 0stado paratanto serão utili1adas amostras bienais poisrelatam mudanças mais significati"as paraos fins desta pesquisa.

A &5ina se destaca como principal parceira do agronegJcio paranaense. Isso"em ocorrendo de"ido ^ crescente demandac5inesa pela soKa do 0stado sendo a

 principal compradora do produto. Aestabilidade dessa demanda 3 fruto doincremento da renda da população c5inesa

que esta saindo do meio rural e indo para osgrandes centros urbanos do pas como ogr>fico F demonstra $TOR)!*A/S<=;D%. 0sse processo 3 o ?xodo rural c5in?so mesmo que aconteceu no *rasil emd3cadas anteriores.

O gr>fico ilustra o processo do?xodo rural c5in?s. 0m <=;; a &5ina setornou uma nação em sua maior parteurbana com BCE mil5ões de pessoasmorando nos centros urbanos mas aindacom BB= mil5ões de pessoas morando nomeio rural baseados em condições de

subsist?ncia $TOR)!*A/S <=;D%.&om mais pessoas morando emcentros urbanos com maior acesso a renda emaior disponibilidade de produtos aoconsumo principalmente de alimentos a

 população determina uma maior demanda por alimentos de base proteica. 0m maior parte deri"ados de oleaginosas e cereais pois 3 relati"amente a fonte proteica demenor custo sendo ainda utili1ados naformulação de rações animais para a

 produção de carnes e alimento l>cteos.&om uma população urbana emcrescimento e todas as >reas culti">"eis na&5ina K> ocupadas a importação dealimentos 3 uma forma de atender essademanda dom3stica. Outra questão 3 queessa restrição fsica espacial determina queas terras culti">"eis seKam destinadas aoculti"o de alimentos com maior "aloragregado como al5o feiKão frutas entreoutros.

0sses fatos colaboram para que a&5ina seKa a principal compradora de soKado Paran> e desde <=;= importa mais deC=z de todo o produto destinado aomercado externo. Ainda os c5ineses sãoimportadores est>"eis do Jleo de soKa e defrango in nat'ra  $&O70L – IPAR!0+<=;<%.

Outro importante comprador doagronegJcio do Paran> 3 0stados -nidosem <==F e <==B foi o principal demandante

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GRv#I&O <' PRI/&IPAI+ PRO!-O+ 0LPORA!O+ P0)O AGRO/0G&IO !O PARA/v !0 <=== A<=;D 07 /80) AGR0GA!O 07 *I)0+ -} #O*.

#onte' 0laboração prJpria dados dispon"eis no Agrostat – 7APA <=;9.

GRv#I&O D' +NRI0 !0 GRv#I&O+ !O+ PRI/&IPAI+ PRO!-O+ 0LPORA!O+ P0)O AGRO/0G&IO!0 <=== A <=;D 07 *I)0+ -} #O*.

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#onte 0laboração prJpria dados dispon"eis em A)I&0T0* <=;9.

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GRv#I&O 9' +NRI0 !O+ PRI/&IPAI+ PA+0+ !0 !0+I/O !A+ 0LPORA|0+ !O AGRO/0G&IOPARA/A0/+0 PARA O+ P0RO!O+ +0)0&IO/A!O+ <==D <==F <==C <== <=;; 0 <=;D $07 *I)0+-} #O*%.

#onte' 0laboração prJpria dados dispon"eis no Agrostat – 7APA <=;9.

$e@erências

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7I/I+NRIO !O !0+0/8O)8I70/O I/!k+RIA 0 &O7NR&IO 0L0RIOR.

Farreiras tcnicas Rs eKportaçUes: O que são e como super>@las. I/70RO <==<. <<p.7I/I+NRIO !O !0+0/8O)8I70/O I/!k+RIA 0 &O7NR&IO 0L0RIOR $7!I&%6+0&R0ARIA !0 &O7NR&IO 0L0RIOR $+0&0L%.

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 Reebido em 30E0!E2014 +rovado em 1ME0E2014

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SIS#E.,#I,CIN &E EDPE$IENCI,S C%.P,$,&,S &E 5,

.E,-.INE$0, E. ,$EN#IN, [ EC',&%$ *99;-2;*24

+il"ia 8alienteZ

$es>o

0ste trabal5o te"e sua primeira "ersão publicadacomo relatJrio de pesquisa intituladoV+istemati1aciJn de experiencias comparadas de lamega@minera en Argentina M 0cuadorW como partedo est>gio reali1ado na -ni"ersidad Andina +imJn*ol"ar 0quador durante os meses de Kun5o e Kul5ode <=;<. 0ste artigo re:ne e organi1a as informaçõesde fontes secund>rias sobre o desen"ol"imento demega@mineração na Argentina e no 0quador a partirdos anos no"enta em diante a fim de compararexperi?ncias que operam em diferentes territJriossimultaneamente. 0ssas expressões no espaçoatuali1am o modelo territorial de longa data na região

ligada ^ reprimari1ação de recursos naturais. /estecaso apropriação da nature1a se desen"ol"e nocontexto dos c5amados go"ernos de esquerda ou

 progressistas no"os. Ao longo deste trabal5o "amosmostrar como Argentina e 0quador exploram seusterritJrios de forma semel5ante atra"3s de marcosregulatJrios que norteiam o desen"ol"imento destaati"idade.

Palavras chave:  recursos naturais\ reprimari1ação\apropiação da nature1a\ mineração.

$es>en

0ste trabaKo tu"o su primera "ersiJn en el Informe deIn"estigadora Asociada titulado V+istemati1aciJn de

experiencias comparadas de la mega@minera enArgentina M 0cuadorW en el marco de la pasantareali1ada en la -ni"ersidad Andina +imJn *ol"ar@sede 0cuador@ en los meses de Kunio M Kulio de <=;<.0ste artculo re:ne M sistemati1a informaciJn a partirde fuentes secundarias sobre el desarrollo de la mega@minera en Argentina M 0cuador desde la d3cada delno"enta en adelante con la finalidad de compararexperiencias que operan en diferentes territorios ensimultaneidad. 0stas expresiones en el espacioactuali1an un modelo territorial de larga data en laregiJn ligada a la reprimari1aciJn de los recursosnaturales en este caso nue"amente mineros como en

el perodo colonial sJlo que en el presente laapropiaciJn de la naturale1a se desarrollo en elcontexto de los llamados gobiernos progresistas o denue"a i1quierda. A lo largo de este escritorecorreremos la manera en que Argentina M 0cuadorde manera similar acondicionaron sus territoriosmediante marcos normati"os para el desarrollo deesta acti"idad finali1ando el mismo con interrogantesacerca de la minera por "enir en la regiJn.

Palaras Claves:  reprimari1aciJn de los recursosnaturales\ apropiaciJn de la naturale1a\ minera por"enir.

Z !ra. en Geografa. In"estigadora de &O/I&06&>tedra' eora M 7etodologa de la In"estigaciJn en Geografa.!epartamento de Geografa. -ni"ersidad /acional de &Jrdoba @ &>tedra' Geografa 0conJmica M Poltica.!epartamento de Geografa. -ni"ersidad /acional de la Patagonia Austral. sc"alientegmail.com

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@ Poseer recursos antes ignorados $o noexplotados a la escala actual% de alto "alorestrat3gico\@ +er 1onas marginadas del espacio nacionalaisladas de las din>micas regionales einternacionales\@ &ontar con poca atenciJn gubernamentald3biles estructuras de poder M poca

 presencia empresarial\@ Presentar baKa producti"idad laboral baKosni"eles de competiti"idad M altaconflicti"idad social

0stos espacios se incorporan a las

din>micas globales de acumulaciJn por "ascomo la desregulaciJn poltica M econJmica.!elgado Ramos $<=;<% afirma que buena

 parte de los a5orros M especulaciJnincluMendo los fondos de pensionescanadienses se dirigen a industrias deenerga metales minerales "isuali1ando elagotamiento de las reser"as en consonanciacon la "isiJn glotona del desarrollo basadaen la escase1 de los recursos9;. 0sa demandade minerales Kustifica la proMecciJn del

capital 5acia vfrica M )atinoam3rica.0n la d3cada del no"enta en Am3rica)atina se propiciaron procesos de expansiJndel capital instalando una din>micageopoltica que e"idencia ri"alidades de

 poder en los territorios entre los que sedestacan la gran rique1a en recursosminerales energ3ticos forestales de

 biodi"ersidad pesqueros 5idr>ulicos e5dricos demandados por las grandes

 potencias. 0sta din>mica tiene

manifestaciones particulares a escala globalcontinental regional nacional Msubnacional.

0n esta din>mica la soberana poltica de pases M pueblos queda integrada de manerasubordinada debido al control del territorio M

9;  !esde la +egunda Guerra 7undial la -niJn0uropea experimenta dependencia de mineralesestrat3gicos M crticos minimi1ando esta situaciJnenfati1ando en el rol de &5ina como el gran

consumidor. Respecto a la demanda de minerales seencuentran en el siguiente orden' ; -niJn 0uropea< &5ina D 4apJn. $!elgado Ramos <=;<'D%.

de los recursos naturales a la lJgica de laIntegraciJn M !esarrollo +ustentable

 propiciado por el discurso neoliberal queminimi1a la entrega de porciones delterritorio diciendo que no toda la superficiese explota $8illamar <=;;';ED%.

 )a experiencia Argentina muestra queen el <==9 se lan1J el Plan /acional 7ineroArgentina pas con 7inera consolidandola minera como poltica de 0stado iniciadauna d3cada atr>s $a principios de losno"enta9<% basada en la construcciJn deescenarios propicios para la in"ersiJn

oportunidades de exportaciJn para la granminera pese a los cambios de gobierno.$5ttp'66]]].diarioc.com.ar6politica6)an1amientodelPlan7inero/acional6FE9C%.

0n el caso ecuatoriano el fomento institu@cional de la minera met>lica a gran escalase remonta al igual que en Argentina a lad3cada de los no"enta a partir de la "igenciae implementaciJn de la )eM de 7inera en;;. !e acuerdo a la nue"a constituciJnaprobada en el ao <==E la mega@minera

desata conflictos dado que las >reas destina@das para ello est>n asentadas en 1onas concaractersticas sumamente fr>giles por susfuertes pendientes la gran "ariedad de floraM fauna fallas tectJnicas sobre territoriosindgenas como los 2uic5uas del 0cuadoren tierras agrcolas campesinas densamente

 pobladas en 1onas costeras en 1onas que ti@enen una alta plu"iosidad en lugares de im@

 portancia arqueolJgica M con frecuencia lasuma de estas caractersticas se re:nen en

una sola 1ona.+obre 3stos M otros aspectos que dan

contenido a la sistemati1aciJn deexperiencias comparadas de la mega@minera en Argentina M 0cuador obKeto deeste trabaKo ampliaremos a lo largo de eneste informe.

9< +"ampa M Antonelli $<==% entienden la expansiJnde la mega@minera a cielo abierto en la d3cada del

no"enta como poltica de estado potestad exclusi"ade las grandes empresas transnacionales presentacontinuidad entre el <==D M <==C.

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,ntecedentes en la te>Rtica

0ntre los antecedentes numerosos

estudios sobre la mega@minera en Argentinacomo en 0cuador se 5an reali1ado en la:ltima d3cada desde di"ersos camposdisciplinares.

0n Argentina el estudio de esta tem>ticamoti"J numerosos trabaKos desde lasciencias sociales. Podemos citar entre losaportes desde la geografa los trabaKos deGJme1 )ende M 8el>1que1 $<==< a% GJme1)ende $<==F% #ern>nde1 M GJme1 $<==F%+c5]eit1er $<==E <== <=;= <=;;% desde

la geografa en di>logo con la antropologalos trabaKos de 8aliente $<== <=;= <=;;<=;<% desde la comunicaciJn social aRodrgue1 Pardo $<==% desde la ciencia

 poltica a 7ac5ado Ar>o1 $<==E M <==% Mfinalmente desde equipos interdisciplinariosmencionaremos los trabaKos reunidos Mcoordinados por +"ampa M Antonelli $<==<=;<% por citar algunos. 0n cuanto aantecedentes en estudios comparati"os decasos mencionar3 el proMecto aprobado M enmarc5a en el cual participo como co@directora9D.

Podramos sinteti1ar que los citadosestudios desde un an>lisis crtico anali1anlas formas que adopta el discurso5egemJnico M los nue"os mecanismos deexpropiaciJn M dominio por parte de lastransnacionales encontrando en los >mbitoslocales espacios de luc5a M estrategias deresistencia baKo la forma de asambleas de

auto@con"ocados.0n 0cuador los estudios que puedenconsiderarse como antecedentes est>nreunidos en la obra V7as all> deldesarrolloW producto del trabaKo del VGrupoPermanente de rabaKo sobre Alternati"as al

9D  ProMecto de In"estigaciJn Plurianual del&O/I&0 <=;;@<=;D' VRe@estructuraciJn producti"aM territorial en >mbitos perif3ricos del capitalismoglobal M estado nacional. 0l caso de la mega@mineraen las pro"incias de &atamarca M +anta &ru1 un

estudio comparati"oW. !irector del proMecto' !r.AleKandro +c5]eit1er.

!esarrollo coordinado por la oficinaregional de la #undaciJn Rosa )uxemburgen 2uito. 0l grupo de trabaKo aglutinamuKeres M 5ombres de oc5o pases deAm3rica )atina M 0uropa aunque se centraen los an>lisis de 0cuador *oli"ia M8ene1uela. +e busca articular la producciJnde "arias disciplinas acad3micas M corrientesde pensamiento ˆ ecologista feministaeconomista anticapitalista socialistaindgena M occidental subalternoˆ quecuestionen el concepto mismo de desarrolloM busquen construir alternati"as al actual

modelo de desarrollo 5egemJnicoW $)ang M7oQrani –comp@ <=;;';<%.  0n el mismo el captulo correspondientea Alberto Acosta denominadoV0xtracti"ismo M neoextracti"ismo' !oscaras de la misma maldiciJnW anali1a elestrec5o "nculo que existe para Am3rica)atina entre las pretensiones de desarrollo Mel extracti"ismo as como las consecuencias

 polticas M sociales de este "nculo.  &omparten los trabaKos reunidos en esta

obra citados como antecedentes elcuestionamiento de las bases ideolJgicas deuna 5istoria lineal de progreso M dedesarrollo. 0stas manifestaciones pueden serledas como proMectos polticos dedescoloni1aciJn seg:n GudMnas $en )ang M7oQrani –comp@ <=;;';C%.

0n general los estudios reali1ados tantolos procedentes de >mbitos acad3micoscomo de realidades extraacad3micas $poreKemplo los mo"imientos sociales% tratan

sobre las implicancias polticasambientales econJmicas por citar algunasde la mega@minera en que la actual fase delcapitalismo en >mbitos perif3ricos el cual semanifiesta desde la perspecti"a decolonialcomo una neo@coloni1aciJn del mundo quesupone una reordenaciJn sist3mica eintelectual e impone un nue"o patrJnespacial primario@exportador@exJgeno. 0neste contexto los territorios se re@estructuran econJmica M territorialmente Mse reconstruMen de este modo en sutemporalidad.

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Presentaci1n de los escenarios:siste>atiMaci1n de eKperienciasco>paradas

)a cordillera de los Andes es el sectordonde se despliega la mega@minera enAm3rica )atina.

0n Argentina la cordillera de los Andesrecorre m>s de ;= pro"incias ricas enMacimientos minerales entre las quesobresalen las pro"incias de &atamarca +an4uan M +anta &ru1 por el "olumen en

 producciJn de minerales metalferos producto del desarrollo de la minera a granescala en estas pro"incias.

0n 0cuador los Macimientos de 4unn enla cordillera de ois>n M &ordillera del&Jndor se encuentran en >reas muM ricas enrecursos 5dricos que ser>n contaminados

 por efectos de la minera. )a &ordillera del&Jndor tiene importantes Macimientos deoro plata M otros minerales.

V!e acuerdo a la informaciJn del 7inisterio de0nerga M 7inas la cantidad destinada para laacti"idad minera sera cinco millones de 5ect>reaseso constituMe el <=z del territorio nacional deellas dos millones de 5ect>reas son >reas

 protegidas M bosques protectores estos bosquesdesempean papeles importantsimos no solo porsu gran biodi"ersidad sino por que son inmensosreser"orios naturales de agua atraen la llu"ia son

 protectores de las cuencas 5idrogr>ficasmantienen la calidad de los suelos purifican elaire fiKan el &O< es decir son santuarios naturalesirrempla1ables para el 0cuadorW

$5ttp'66noalamineria.]ordpress.com6algunos@aspectos@sobre@la@mineria@en@el@ecuador %.

0n general uno de los impactos m>s noci@"os de la minera met>lica a gran escala es ladeforestaciJn M la perdida de la biodi"ersi@dad adem>s de la p3rdida del recurso 5dri@co.

)uego de esta bre"e presentaciJn se in@corporan mapas de los casos de estudio.

+eguidamente en el cuadro adKunto se

 procede a la sistemati1aciJn de las experien@cias en ambos pases que dieron lugar al de@

sarrollo de la mega@minera desde la d3cadadel no"enta $siglo LL%.

&omo podemos obser"ar en el cuadro losinicios de los no"enta significaron la imple@mentaciJn de un modelo econJmico neoli@

 beral basado en la explotaciJn de los recur@sos naturales no reno"ables modelo deagro@negocios M grandes proMectos de infra@estructura que en Argentina recibieron ladenominaciJn de proMectos IIR+A $Integra@ciJn de la Infraestructura Regional +urame@ricana%.

)a d3cada del no"enta significJ no sJlo el

acondicionamiento del marco normati"o para que una d3cada m>s tarde se desarrollede manera multiplicadora la mega@mineraen la regiJn M con ello un modelo territorial

 basado en la apropiaciJn de la naturale1a\sino la creaciJn de ministerios subsecretar@as tratados M proMectos fortalecieron el de@sarrollo de la mega@minera. A su "e1 lassucesi"as modificaciones a la leM de minerano significaron modificaciones sustanti"assituaciJn que fortaleciJ el modelo instalado.

Escenarios @tros: L >inerBa por ve-nirY

!os pases latinoamericanos el 0stadoPlurinacional de *oli"ia M 0cuador 5an co@locado la descoloni1aciJn M la desneolibera@li1aciJn como elementos imprescindibles

 para apuntalar su transiciJn 5acia el 5ori@1onte del 8i"ir *ien 6 *uen 8i"ir una alter@nati"a ci"ili1atoria que implica a la "e1 el

desmantelamiento del capitalismo M del pa@triarcado $)eJn <=;<';%.

)a &onstituciJn del 0cuador sigue el mo@delo econJmico de +umaQ &amaa que enaMmar> corresponde al +umaQ Sa]saM delos quec5uas. +e trata de un nue"o conceptoV8i"ir *ienW que recoge lo meKor de las

 pr>cticas de las sabiduras de los conocimi@entos de los pueblos M nacionalidades ind@genas. 0s un concepto de comunidad dondenadie puede ganar si su "ecino no gana. Perola concepciJn capitalista es exactamente loopuesto' para que Mo gane el resto del mun@

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do tiene que perder. /o 5aM ganancia sin p3rdida $Y%W $+ousa +antos <==';;%+

+obre este concepto se basJ la nue"a&onstituciJn de 0cuador M marca el rumbode la minera por "enir. &oncretamente elArt. FC inc. 9 F B C ;; ;B e in fine esta@

 blecen la modalidad de explotaciJn de losrecursos naturales\ demostrando la experien@cia de 0cuador que el desarrollo de la mine@ra a gran escala resulta incompatible con elartculo sealado.

0n "igencia de la constituciJn anterior $de;E% los proMectos "iolaban

sistem>ticamente "arios derec5osconstitucionales en fa"or de lascomunidades M de los pueblos indgenasafectados por decisiones de riesgoambiental como el derec5o a la consulta

 pre"ia informada la integridad fsica elderec5o a la resistencia M organi1aciJnsocial al acceso a la informaciJn M peticiJn.0n este perodo empresas transnacionales5an adquirido concesiones M 5andesarrollado trabaKos de prospecciJn M

exploraciJn minera en "arios sitios de lageografa ecuatoriana como la &ordilleradel ois>n en la pro"incia de Imbabura los

 p>ramos andinos de arqui en la pro"inciadel A1uaM M especialmente la &ordilleradel &Jndor en el sur de la Ama1onaecuatoriana pro"incias de 7orona +antiagoM amora &5inc5ipe99.

acia el ao <==B la mo"ili1aciJn de la /acionalidad +5uar en el norte de la&ordillera del &Jndor de sectores

campesinos mesti1os de comunidadesSic5]a +araguro en el sur de esa &ordillera&uenca del ro /angarit1a M de losgobiernos locales de la regiJn impidieron eldesarrollo de las acti"idades mineras en1onas donde se pretende implementar99 0n ; se aprueba la )eM de GestiJn Ambiental MestableciJ en su artculo B que Vpor excepciJnW se

 podra reali1ar explotaciJn de recursos no reno"ablesen >reas naturales protegidas. A su "e1 la )eM#orestal M de conser"aciJn de flora M fauna sil"estres

 pro5ibiJ la constituciJn de derec5os reales en elsistema de >reas naturales protegidas siendo el ttulominero por leM un derec5o real.

 proMectos de minera a cielo abierto comoundaMme Tarints +an &arlos Panant1aentre otros.

&on la nue"a &onstituciJn se aprueba lanue"a )eM 7inera que representa para elgobierno de &orrea un a"ance para despegarel sector minero9F. V)eM minera tiene como:nico obKeti"o poner el marco legal para dar"a libre a la minera a cielo abierto sin sufi@cientes controles ambientalesW$5ttp'66]]].inred5.org6 %

0n consonancia con lo expresadoanteriormente la nue"a )eM de 7inera fue

adoptada "iolando el artculo FC de la&onstituciJn M el artculo B de la&on"enciJn ;B de la OI por tanto al no5aberse seguido el procedimiento ordenado

 por la &onstituciJn es que la )eM de 7ineraes inconstitucional M debe ser declaradacomo tal por esta &orte &onstitucional.

Algo similar ocurre en Argentina a casidos aos de 5aber sido aprobaba por el &on@greso de la /aciJn la )eM de Glaciares. 0staleM protege los reser"orios de agua M limita

la acti"idad minera a cielo abierto conside@rada contaminante en los ambientes glacia@res M peri@glaciares. Recordemos que impor@tantes emprendimientos mineros se encuen@tran en este ambiente $sector cordillerano%como el pol3mico Pascua )ama. #inalmentese expidiJ la &orte +uprema de 4usticia Mdesde el da D de Kulio del corriente ao sedeKaron sin efecto las medidas cautelaresque frenaban su aplicaciJn9B.

9F

  )a )eM 7inera aprobada por la Asamblea /acional incluMe ;FE artculos siete disposicionesgenerales nue"e transitorias M dos finales. 0n lneasgenerales como lo explicaron "arios asamblestas dela comisiJn de desarrollo econJmico M producciJn la)eM regula el otorgamiento de concesiones mineras.cuestionado la aprobaciJn de esta )eM argumentosque desde luego son legtimos debido a que elsistema de aprobaciJn M los contenidos de "ariosartculos de la leM son contrarios a la &onstituciJn Mlos Instrumentos Internacionales de protecciJn dederec5os 5umanos.9B  )as medidas cautelares a5ora re"ocadas 5aban

sido pedidas por las empresas mineras *arricQ0xploraciones Argentina +A M 0xploraciones7ineras Argentinas +A as como por el sindicato

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decir transitar desde el uni"erso $como:nica manera de estar en este caso :nicamanera de reali1ar minera a gran escala

 baKo un modelo extracti"ista basado en laapropiaciJn de los recursos naturales% 5aciael pluri"erso es decir 5acia un mundodonde quepan otros mundos $0scobar<=;<';C%\ M en este quepan otros mundossean resituados los mo"imientosindigenistas M de resistencia M no"alori1adas sus luc5as en un determinadomomento 5istJrico con fines polticossiendo posteriormente subsumidos por esos

mismos gobiernos.0n t3rminos de este autor no implicaabandonar toda forma de extracti"ismo sino

 pasar a un extracti"ismo sensato quedi"ersifique las cadenas producti"asabandonando as el actual extracti"ismo quedenomina depredador basado en la

 permanente acumulaciJn por desposesiJnque implica un despoKo de los bienescomunes como un despoKo gradual delfuturo $!elgado Ramos <=;<'D%.

A modo de cierre se incorpora un extractodel boletn 4usticia Ambiental9E concordantecon el pensamiento otro que se proclamaque permite pensar en otra minera por"enir diferente a la que est>n lle"ando acabo los gobiernos latinoamericanos desdela d3cada del no"enta en adelante.

VPara un desarrollo de la minera tiene quecontarse con un marco legal apropiado que seacapa1 de garanti1ar que los derec5os tales comoal agua a la soberana alimentara a la propiedad

la consulta pre"ia ambiente sano derec5os de lanaturale1a salud M otros que est3n encontraposiciJn con la extracciJn minera M que

 puedan "erse afectados no se"ulnerenW$disponible en 5ttp'66]]].inred5.org6%.

0sos derec5os son los que le reclamaGudMnas no ol"idar a los gobiernos

 progresistas latinoamericanos como loexpresa en la cita que abaKo se incorpora'

9E  *oletn de comunidades que luc5an por unareparaciJn ambiental integral

V)a i1quierda latinoamericana de las d3cadas de;B= M ;C= era una de las m>s profundas crticasdel desarrollo con"encional. &uestionaba tanto

sus ideas fundamentales incluso con un talanteanti@capitalista M rec5a1aba expresionesconcretas en particular el papel de ser meros

 pro"eedores de materias primas consider>ndolocomo una situaciJn de atraso. ambi3ndiscrepaba con instrumentos e indicadorescon"encionales tales como el P*I M se insistaque crecimiento M desarrollo no eran sinJnimos.0l progresismo actual en cambio no discute lasesencias conceptuales del desarrollo. Por elcontrario festeKa el crecimiento econJmico Mdefiende las exportaciones de materias primascomo si fueran a"ances en el desarrolloW.

Resultan esclarecedoras las reflexiones deGudMnas $<=;D% para entender el desarrollode la mega@minera en diferentes pases de)atinoam3rica como experiencias muMcercanas.

#inalmente en esta sistemati1aciJn se procurJ comparar estas experienciasdesarrolladas en dos pases que compartende "astos recursos naturales en el sectorcordillerano M que pese a sus m:ltiples

diferencias tu"ieron en los no"entagobiernos de corte neoliberal transitando enlos dos mil 5acia gobiernos rotulados comola nue"a i1quierda o la i1quierdasocialdemJcrata o re"olucionaria que comosostiene GudMnas comparten la idea de

 progreso como elemento central paraorgani1ar el desarrollo la economa M laapropiaciJn de la naturale1a. +obre esta:ltima pretendimos dar cuenta en esteartculo.

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.apa 2: Pro!ectos >ineros en ,rentina

#uente' 5ttp'66]]].lanaciJn.com.ar @ s>bado D= de Kulio de <=;;

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Presidencia de #ernando !e la R:a $;@<==;%'modificaciones a la leM de in"ersiones minerasmediante la leM <9.<B.

Presidencia de RamJn Puerta $<;@;<@<==;6<D@;<@<==;%Presidencia de Adolfo Rodrgue1 +aa $<D@;<@<==;6;@;@<==<%Presidencia de 0duardo &amao $;@;@<==<6<@;@<==<%Presidencia de 0duardo !u5alde $<@<@<==<6<F@F@<==D%2;;2 !e"aluaciJn de la moneda. +alida de la con"erti@

 bilidad2;;3: modificaciones a la leM de in"ersiones minerasmediante la leM <F.;B;

Presidencia de /3stor Sirc5ner $<==D@<==C%0n 2;;?  se aprueba el Plan /acional 7ineroArgentina pas con 7inera plan bianual $<==9@<==B%. 7odificaciones a la leM de in"ersiones minerasmediante la leM <F.9< del gobierno de Sirc5ner Presidencia de &ristina #ern>nde1 de Sirc5ner $<==C@<=;;%

Presidencia de &ristina #ern>nde1 de Sirc5ner $<=;;@ %0n Oct. de <=;; por los decretos 9;C6=D M CFD6=9 se es@tablece que las empresas estaban autori1adas a no in@gresar al pas el ;==z de las di"isas obtenidas por susexportaciones M no pagaban ninguna carga o impuesto

 para transferir capitales al exterior del pas.

l D de Kulio de <=;< la &orte +uprema de 4usticia deKasin efecto las medidas cautelares que frenaban su apli@caciJn de la )eM de Glaciares.

;F de Abril de <==E los Art. ; M < del 7andato mi@nero quitJ la concesiJn M declarJ la caducidad delas concesiones mineras

Presidencia de Rafael &orrea $<==@<=;D% /ue"a leM de minera entra en "igencia el Kue"es <de enero de <==

<==<@<==F' <===@<==<' Presidencia de )ucioGuti3rre1<==F@<==C' Presidencia de Alfredo Palacio<==C@<==' Presidencia de Rafael &orrea;F de Abril de <==E los Art. ; M < del 7andatominero quitJ la concesiJn M declarJ la caducidadde las concesiones mineras

<==@<=;D' Presidencia de Rafael &orrea

 /ue"a leM de minera entra en "igencia desde su publicaciJn en el Registro Oficial /o. F;C del Kue"es < de enero de <==0l ?-*-2;*; se dispuso la creaciJn de la 0mpresa

 /acional 7inera $0nami 0P% como una sociedadde derec5o p:blico para gestionar el sector con

 personalidad Kurdica patrimonio propio Mautonoma presupuestaria financiera econJmicaadministrati"a M de gestiJn.

0l F de mar1o de <=;< se firmJ el primer contratode minera a gran escala M a cielo abierto en el pascon la empresa minera 0cuacorriente $0&+A% de

capital c5ino. cantJn 0l Pangui pro"incia de a@mora &5inc5ipe en el sur@oriente

Presidencia de Rafael &orrea $<=;D@ %

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Grafiti en A"enida B de !iciembre 2uito 0cuador#oto' +il"ia 8aliente <D de Kunio de <=;<

Grafiti en la ciudad de Andalgal> &atamarca Argentina.#oto' 4orgelina *ertea maMo de <=;=

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Hentes consltadas

 0ibJi<graQa

vl"are1 de #lores Raquel M Ri"era )u1 $<=;;% )os despla1amientos for1ados de poblacionesindgenas en la frontera &olombo@"ene1olana a ra1 de los megaproMectos de desarrollo. 0n+ando"al Palacios 4uan 7anuel vl"are1 de #lores Raquel M #ern>nde1 7oreno +ara $coord%Planes eoestraticosQ desplaMa>ientos ! >iraciones @orMadas en el Rrea del pro!ecto dedesarrollo e interaci1n de .esoa>rica. Primera 0diciJn no"iembre de <=;;. +P0&.

&ubillos Garca Adriana $<=;;% )os espacios de reser"a en el territorio mesoamericano'reflexiones teJricas. 0n +ando"al Palacios 4uan 7anuel vl"are1 de #lores Raquel M #ern>nde17oreno +ara $coord% Planes eoestraticosQ desplaMa>ientos ! >iraciones @orMadas en el

Rrea del pro!ecto de desarrollo e interaci1n de .esoa>rica . Primera 0diciJn no"iembrede <=;;. +P0&.

!elgado Ramos Gian &arlo $<=;<% VAm3rica )atina' extracti"ismo fronteras ecolJgicas Mgeopoltica de los recursosW. 0n $evista ,>rica 5atina en .ovi>iento: EKtractivis>oQcontradicciones ! con@lictividad. / 9CD. 7ar1o de <=;<. Ao LLL8I. II 3poca. PublicaciJnInternacional de la Agencia )atinoamericana de InformaciJn. 2uito. I++/ /o ;D=@;<D=. pp ;@9.

0scobar Arturo $<=;<% Vhransformaciones M6o transiciones Post@estracti"ismo M pluri"ersoW. 0n$evista ,>rica 5atina en .ovi>iento: EKtractivis>oQ contradicciones ! con@lictividad . /9CD. 7ar1o de <=;<. Ao LLL8I. II 3poca. PublicaciJn Internacional de la Agencia)atinoamericana de InformaciJn. 2uito. I++/ /o ;D=@;<D=. pp ;9@;C.

GudMnas 0duardo $<=;D% VIMLierda ! proresis>o: la ran diverencia en ,5,I ,.5,-#IN, <96;<6<=;D disponible en 5ttp'66alainet.org6acti"e6C==C9langes)ang 7iriam M 7oQrani !unia –comp@. $<=;;%. .Rs allR del desarrollo. #undaciJn Rosa )u@xemburg6AbMa ala. 2uito. I+*/' CE@9<@=@=FD@.

)eJn Irene $<=;<% V&olonialismo M !escoloni1aciJn' nue"as "ersionesW. 0n $evista ,>rica5atina en .ovi>iento: 5a descoloniMaci1n inconclsa. / 9C9. Abril de <=;<. Ao LLL8I. II3poca. PublicaciJn Internacional de la Agencia )atinoamericana de InformaciJn. 2uito. I++/ /o;D=@;<D=. pp ;@9.

)eJn Os"aldo M *urc5 +allM $<=;<% V0cuador' !i>logo esqui"oW. 0n $evista ,>rica 5atinaen .ovi>iento: EKtractivis>oQ contradicciones ! con@lictividad. / 9CD. 7ar1o de <=;<. AoLLL8I. II 3poca. PublicaciJn Internacional de la Agencia )atinoamericana de InformaciJn.2uito. I++/ /o ;D=@;<D=. pp <B@<.

+"ampa 7aristela M Antonelli 7irt5a – editoras @ $<==% .inerBa transnacionalQ narrativas deldesarrollo ! resistencias sociales. *iblos. *uenos Aires.

+ousa +antos *oa"entura $<==% VO &5ina o +umaQ Sa]saMW. 0n $evista ,>rica 5atina en.ovi>iento: .as allR de la crisis. / 99;. #ebrero de <==. Ao LLL8I. II 3poca. Publicaci@Jn Internacional de la Agencia )atinoamericana de InformaciJn. 2uito. I++/ /o ;D=@;<D=. pp;=@;9.

8aliente +il"ia $<=;;% V&inR>ica socio-econ1>ica ! territorial de la provincia deCata>arca en la dcada del 9;+ I>pacto socio-a>iental de Pro!ectos de ran Escala

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 principais mudanças polticas sociais eecon,micas pelas quais passaram estes

 pases ao longo das :ltimas d3cadas e porisso se tornaram "i>"eis eleitoralmente. Istoimplica di1er seguindo este argumento quenão existe uma onda rosa uma guinada aocentro do espectro ideolJgico mas umaadaptação ^ modernidade [email protected] partidos c5egaram ao poder

 Kustamente por desen"ol"erem estruturasabertas a estas transformações.

!iante do exposto o autor procurar>compreender ao longo deste trabal5o como

alguns partidos de esquerda c5egaram ao poder na região in"estigando basicamente aexperi?ncia &5ilena atra"3s do Partido+ocialista\ o 7o"imento Al +ocialismo$7A+% da *ol"ia\ o atual Partido +ocialista-nido da 8ene1uela $P+-8%\ O P>triaAlti"a M +oberana $PAI+% do 0quador\ a#rente +andinista e )ibertação /acional$#+)/% da /icar>gua\ a #rente #arabundo7art para a )ibertação /acional $#7)/%de 0l +al"ador e a #rente Ampla $#A% do

-ruguai.A an>lise prossegue no segundo captuloda obra Organi1ação centrando@se emaspectos importantes para a compreensão dofuncionamento destes partidos na Am3rica)atina da forma como se estruturaminternamente e sua dinUmica relacional coma sociedade o que contribui para umaimportante comparação entre as esquerdaslatino@americanas e 0uropeias. /estecaptulo o autor centra sua an>lise nas

caractersticas fluidas e abertas dasestruturas organi1ati"as destes partidosrespons>"eis por seus aspectosmo"imentistas fracionistas e frentistas que

 procuram absor"er no"os e amplos grupossociais. +eguindo algumas tipologiassugeridas pela literatura sobre PartidosPolticos o autor afirma que os principais

 partidos de esquerda na região possuiriam portanto elementos de partidos at<-all   e profissional eleitoral !essa forma estes partidos de esquerda teriam adotado formasde pluralismo organi1ati"o tornando@se

mais capa1es de representar amplas massasdesen"ol"endo estruturas abertas ao

 processo de democrati1ação em seus pasesdiferindo@se das esquerdas tradicionais pornão apresentarem uma organi1ação tãocentrali1adora. 0stes partidos se adaptaramaos no"os tempos e ao contexto latino@americano se distanciando de modelos daesquerda tradicional leninista ou classista demassas. !esta forma aumentaram suacapacidade de representação. Importanteressaltar que tamb3m se c5ama atenção paraaspectos cruciais como a crescente

institucionali1ação destes partidos e o papelcentral de suas lideranças em sua maioria personalistas e com forte apelo midi>ticoapelo este que seria funcional ^s no"asformas de fa1er poltica.

 /o terceiro captulo do li"ro Ideologia eIdentidade são buscados pontos de contatoentre estas no"as esquerdas enquantosalientam@se os pontos de afastamento dasmesmas com relação ^s esquerdastradicionais.

 /o que se refere aos aspectos ideolJgicosreforça@se a id3ia de afastamento domarxismo@leninismo em uma clara busca deindepend?ncia teJrica e autonomia destes

 partidos que procuram adaptar@seapresentando um crescente policlassismo ereforçando elementos identit>rios como

 po"o etnia e nação. Ao contr>rio das "el5asesquerdas estas seriam plurais e5eterodoxas at3 mesmo superando a id3iade classe criando um no"o espaço

simbJlico para sua adaptação. /o captulo sobre !emocracia o quarto

do li"ro o autor c5ama a atenção para o fatode que estas no"as esquerdas tamb3m sediferenciam por apresentarem umacompreensão mais positi"a da democraciarepresentati"a. !este modo não seriamconsiderados partidos anti@sistema por queoptaram pela "ia eleitoral al3m disso emalguns casos quando no poder preser"aramos mecanismos de democraciarepresentati"a associando@os a mecanismosde !emocracia !ireta.

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ESPAÇO CULTURAL

  

 A E7POSIÇÃO FRAN"ES MESTRES "A ARTE POPULAR I0ERO/AMERI!ANAG 

4orge Ant5onio e +il"aZ

A expressão artstica popular da Am3rica )atina 3 um traço cultural do &ontinente que emconstUncia re"ela criadores :nicos de mãos an,nimas ou não. +ão originalssimos porque nãoseguem tend?ncias +eu estilo 3 auto criado não copiam e se impõem esteticamente por puranecessidade de expressão. +eus obKetos são como di1 Octa"io Pa1 Vlindos porque são :teisW5erança de um tempo em que o belo era pregnUncia natural da "ida pr>tica. A maioria prescindede educação artstica das escolas ou academias e produ1em arte por insist?ncia da "ontade edeseKo de expressão. Aprendem a 5erança cultural de seus pais a",s. +uas peças são :nicas e porisso estabelecem um estro de "erdade entre si e o suKeito seu produtor. 0le 3 um artista latinoamericano como /icolasa Pascual 7artine1 mexicana de Oaxaca. 7estre da arte popular comtecidos e lin5as /icolasa dedica@se a confecção de 5uipiles "este superior quadrada de origemindgena. Instruda pela sua mestra 0pifania 8icente aprendeu o ofcio de tecelã em um tearindgena de cintura. +eu trabal5o conKuga a praticidade do "estir com a bele1a da disposição

geom3trica da trama em forma personalssima. !e *oMac> &ol,mbia "em a 7estra Rosa 7aria4ere1 com suas torres de barro adorrnadas com figuras 5umanas da "ida popular de seu passantos e figuras. Ainda criança elabora"a "asil5as utilit>rias "istosas e originais. Isso não l5efacilitou a "ida at3 o recon5ecimento que ao c5egar tornou@a uma artista do po"o que temdificuldade de atender a pedidos de peças e con"ites para exposições em embaixadas e centrosculturais de "ariados pases. 4orge &aridad de +anto !omingo Rep:blica !ominicana nasceuem famlia de tradicionais artesãos. &om a resina de Umbar produ1 peças para utili1ação ou parao adorno. &riou o 7useu do •mbar em seu pas e a #undação para o !esen"ol"imento doArtesanato onde transmite seu trabal5o a crianças e Ko"ens. !ominando o cobre e a dure1a da

 prata o c5ileno mapuc5e )oren1o Antonio &ona /a5uel5ual cria qualitati"a Koal5eriacontemporUnea influenciada pela tradição ancestral de seu po"o. 0diltrudis /oguera de obatiParaguai "iaKa constantemente expondo figuras de taman5o exagerado moldadas na argila emetapas com resultado est3tico impressionante pela originalidade expressi"a. 0ssa rique1a latinaemergente das mãos de seus artistas expressa o cotidiano informa sobre costumes e tradições demaneira imaginati"a e :nica. +er"em ^ finalidade do adorno para embele1ar a realidade duramuitas "e1es e em geral "isando alguma utilidade. Impressionantes são as alegorias "erticais em

 barro multicolorido de Oscar +oteno de 7atepec 0stado do 73xico. -sando barro amarelo e"ermel5o da região de Ocotitl>n constroi "erdadeiras catedrais de bele1a e apuro t3cnico tendosuas obras K> adentrado grandes coleções particulares e de museus do mundo. +uas >r"ores da

Z  Professor e pesquisador da -ni"ersidade #ederal da Integração )atino@Americana $-/I)A%. 0@mail' Korge.sil"aunila.edu.br 

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OrientaH< a<s !<Jab<ra?<res e N<rBas Dara PbJiCaH<

A  Revista Orbis Latina est> aberta a colaborações de pesquisadores de qualquer

 parte do planeta. Os artigos resen5as e demais contribuições de"em girar em torno detem>ticas que en"ol"am racionalidades desen"ol"imento ou fronteiras abordagens e perspecti"as de car>ter interdisciplinar. rata@se de uma re"ista online formatada em pdf publicada exclusi"amente em ambiente "irtual $internet% de acesso irrestrito. Os artigosresen5as e demais contribuições publicadas implicam na transfer?ncia de direitos do$s%autor$es% para a re"ista. N de extrema importUncia salientar que não são pagos direitosautorais pelos textos publicados.

 

Os artigos resen5as e demais contribuições en"iadas para publicação na  RevistaOrbis Latina são apreciados por pareceristas pelo sistema blind revie#.

A  Revista Orbis Latina  $#eb site$  5ttps'66sites.google.com6site6orbislatina6% receber> textos que conten5am as seguintes caractersticas'

i% Artigos &ientficos – Os textos de"em conter no mnimo F e no m>ximo D=laudas em formato Uord  ou equi"alente. Os artigos de"em obrigatoriamenteapresentar ttulo resumo $D== pala"ras no m>ximo% e pala"ras@c5a"e $mnimotr?s e m>ximo de sete% em pelo menos dois idiomas introdução conclusão erefer?ncias. /a fol5a de rosto de"er> aparecer o ttulo e o$s% nome$s% do$s%autor$es% com respecti"a identificação em nota de rodap3 $titulação instituiçãode origem titulação e correio eletr,nico. A formatação do artigo de"e ser emtaman5o A9 margens <F cm fonte times ne# roman  ;D e6ou arial ;< e

espaçamento simples.ii% Resen5as – As resen5as de"em conter no mnimo D e no m>ximo <F laudas em

formato ]ord ou equi"alente. /a fol5a de rosto de"er> aparecer os dados doli"ro e o nome do autor da resen5a com respecti"a identificação em nota derodap3 $titulação instituição de origem titulação e correio eletr,nico. Aformatação de"e ser em taman5o A9 margens <F cm fonte times ne# roman;D e6ou arial ;< e espaçamento simples.

iii% !emais &ontribuições – As contribuições de car>ter cultural de"em conterno m>ximo ;= laudas em formato ]ord ou equi"alente. /a fol5a de rostode"er> aparecer o ttulo e os dados do autor com respecti"a identificação emnota de rodap3 $titulação instituição de origem titulação e correio eletr,nico.A formatação de"e ser em taman5o A9 margens <F cm fonte times ne#roman ;D e6ou arial ;< e espaçamento simples.

Os autores de artigos resen5as e demais contribuições de"em encamin5ar suascolaborações "ia correio eletr,nico $e@mail% para' gilson.oli"eiraunila.edu.br ouorbislatinagmail.com

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