Date post: | 17-Mar-2016 |
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HEAD
wings
LET’STALKABOUT
EYEs
And minds...
Idealização: Mirton
Realização: Mirton e Pecê Lopes
Colaborações: Juliana Alves, Flávio Stambowsky, Karine Tito,
Irakerly Filho, Márcio e Talita Bi-gly, Josélia Neves, Hudson Melo, Validuaté, Sanatiel Costa, Durvalino Filho, Fraga, Solda, Mariel Werneck, Lúcia Santos, Tatiana Cesso, Masha Rumyant-seva, Aline Neves, Paulo Taba-tinga, Cícero Manoel, Phylippe Moura, Rafael Solano, Igor Drey, Pecê Lopes, Mirton.
Diagramação: Xeque Marketing.
Revisão: José Quaresma
Quer participar? Envie um email com sugestões para:[email protected]
Twitter: twitter.com/revistaterezona
Gostou? Então curta nossa página no FACEBOOK.https://www.facebook.com/pages/Terezona/241481812558254
Thanks:
Quando embarquei nessa náu, não imaginava que a tripulação se for-
maria tão rápida. Queria agradecer a todos que colaboraram com a realiza-ção da TEREZONA.
Ela nasce com levíssimos toques de Bakunin, destruir as "coisas" (o Estado estagnado) e não as "pessoas". Nes-sa desordem, organizaremos nossos orientes e navegaremos pelo caos ar-tístico. Deixo aqui meu grande e cari-nhoso MUITO OBRIGADO!
Mirton
#EDITORIAL
Por Pecê Lopes
Tudo ao mesmo tempo agora! É tempo de convergir, com-
partilhar, de redes sociais, e o que mais interessar – cabendo ou não em 140 caracteres.
A convergência leva tudo para a grande rede. Podemos há muito ler notícias nela, lá a rádio toca, vê-se TV . Agora, nossa revista vai ao ar. Isso. A TEREZONA vai ao ar. Não irá para o papel. Ela é lançada ao mundo agora, pu-blicada em seu computador, note ou netbook, IPad, celular.
A sustentabilidade não é moda. É necessidade! Mas a consciência ecológica não é tudo aqui. Vamos desbravar tendências e suas pos-sibilidades.
Reforçamos: a revista é nossa! Vamos levar à prática concei-tos atuais de interação. Ela será zona de compartilhamento, zona de coletividade.
Aqui você poderá ler, ver, clicar, sugerir... Publicar matérias, poe-mas, fotos. Será uma verdadeira zona de arte para ver o que não se vê por aí.
A TEREZONA é uma revista ele-trônica com foco em arte e com-portamento. Uma revista para de-leite visual, para entretenimento e para discussão. E que se lança agora, para você ter uma zona de prazer, de informação, de arte, de vida. Não se acanhe e participe, recomende, faça conosco.
#pronto_falei
Por @mirton3
Resolvi estrear essa colu-na que vai ser um espaço
de críticas ou elogios a um serviço da sua cidade, país ou planeta. Vamos lá!
Tudo acaba em pizza e arte.
Quem não lembra de como era difícil degustar uma boa pizza na cidade há alguns anos pretéritos? A
deficiência de galerias de arte então, nem se fala, aliás, essas andam sumidas por aqui até os dias de hoje.
Meu destaque vai para a pizzaria Ateliê do Chef, que investe nos pontos que citei: Sabor e Arte. A casa foi uma grata surpresa no meu retorno a Teresina. A minha avaliação como cliente foi:
• Uma pizza deliciosa com uma massa fina, crocante e com ingredientes frescos que lembraram até as típicas pizzarias paulistanas (Castelões, 1900, etc). Perfeita até para aqueles que, cometem o crime do catchup e maionese, saboreá-la apenas com azeite de oliva;
• Atendimento atencioso;• Espaço aconchegante;• Espaço disponível para eventos artísticos;• Boa música ( Ah! Como é bom ouvir coisa nova e de
qualidade com um "volume educado".
Fica minha dica para quem curte tudo isso. Minhas con-gratulações a Gunnar Campos, um jovem que investe e busca sempre melhorar os serviços oferecidos.
Av Dom Severino, 1631 - Fátima(86) 3232-6000 Teresina - Pi.
Hudson Melo
grafite
ponto de vistaportifolio
filme musica
Teresina - São Paulo - São Luis - Curitiba - Chicago - Rússia
gastronomia
Hudson Melo
Validuate
textos Poemas Visuais
instagramadores
portifolioMasha rumyantseva
HUDSON
MELOCordel & Street Art na medida certa
Fotos: Mirton Entrevista:Pecê Lopes
A arte urbana se originou no
fim da década de 1960 e início
da década de 1970, na Fila-
délfia, onde grafiteiros pionei-
ros como Cornbread e Cool
Earl trabalhavam, e ganhou
notoriedade em Nova York,
onde grafiteiros como Taki183
e Stan153 deram vida à “Es-
cola Nova-Iorquina” de grafite
moderno.
Atualmente, grandes talentos
se espalham pelo mundo.
E Hudson Melo, ou Magão,
está certamente nesse rol. O
trabalho dele tem se destaca-
do onde quer que ele o apre-
sente, com traço a mão livre
sob influência da street art, ele
usa ilustrações, cores, tintas e
materiais inusitados. Conferi-
mos a exposição de Hudson
que aconteceu no Ateliê do
chefe, no mês de Julho. Senti-
mentos, cores e diversas influ-
ências para seu deleite visual.
Seus traços negros e ro-
bustos lembram a xilogra-
vura. Ela é uma inspiração?
HM_ Sim! Xilogravura é
uma das principais fon-
tes na montagem do meu
trabalho, tanto pelas co-
res como pelas formas do
traço bruto e verdadeiro.
A street art é muito ligada
ao hip hop – arte original-
mente de guetos e grupos
bem definidos. Mas, “sua
street art” parece não ter
fronteiras ou amarras. Ver-
dade? Fale um pouco so-
bre isso.
HM_ Apesar de gostar
muito desse movimento
e saber que o grafite se
fortaleceu muito através
do hip hop, meu trabalho
tem uma forma mais solta
e sem amarras mesmo.
Onde podemos ver seus
trabalhos?
HM_ Meus trabalhos
exercitam no expectador
um olhar aguçado então
pode estar em muitos lu-
gares inusitados mas, a
rua, é o ambiente natural
dos meus trabalhos.
As ruas podem ser tratadas
como uma galeria de arte?
HM_ Sim, a rua é um su-
porte incrível, cheio de
texturas novas, ambien-
tes onde muita arte pode
transitar.
Foto: arquivo pessoal
Fotos SP: Juliana AlvesGráfico: Tudo Sobre Arte - Ed. SextanteTexto: Mirton Fotos PI: Márcio Bigly
Se os muros da minha cidade pudessem gritar em alto e bom tom, seria mais ou menos isso que
ouviríamos.
O grafite é uma das mais belas formas de expressão urbana, uma arte que ilustra pontos ociosos valori-zando a cultura e dando um pouco de beleza para quem passa por ele.
Como artista e publicitário, me revolta a má utilização dos muros com propagandas, cada uma mais tene-brosa que a outra. Os reclames já tem seu o espaço: Outdoors, TV, rádio, jornais,etc. Ainda precisam "to-mar" os muros da cidade transformando-os em um grande e caótico "classificado"?
Por isso, eu digo: mais grafites e menos propaganda!
Cornbread e Cool Earl começam a pintar suas marcas em Filadélfia.
Taki183 aparece no New York Times quando a explosão do grafite domina a cidade.
Basquiat dá início a seu projeto SAMO ( Same Old Shit - A mesma porcaria de sempre ), com pintu-ras com tinta spray nas paredes dos prédios de Manhattan
1968 1971 1977
Haring cria suas imagens registradas: o Bebê Radiante e o Corredor.
O grupo de arte de guerrilha urbana AVANT produz uma série de cartazes de cola de trigo e os espalham por toda cidade de Nova York
O Projeto para as Artes de Washington exibe a obra de Fekner e Fab Five Freddy na exposição " Arte das Ruas".
cont.
1980 19811980 - 1984
SP
SP
Blek le Rat pinta ile-galmente o Louvre com estênceis de ratos, tanques de guerra e figuras humanas.
Fairey dá início à sua campanha artística de adesivos "Andre, o Gi-gante tem um Bando", que foram distribuídos por skatistas e se espalharam pelos Estados Unidos.
O artista de rua parisiense "Invader" começa a afixar marcas de cerâmica Space Invader em paredes, pontes, monumentos e estações de metrô. Ele prossegue marcando 35 cidades.
1984 1989 1998
Espo (Stephen Powers), Reas ( Todd James) e Twist (McGreen) produzem a mos-tra "Marca Indelével" no Insti-tuto de Arte Contemporânea da Filadélfia.
O primeiro festival de rua é organizado em Melbourne, na Austrália. Ele se concentra principalmente na arte feita com estêncil.
A arte de rua enfeita a facha-da da galeria Tate Modern, na primeira exposição londrina de arte urbana.
2000 20082004
SP
THE
THE
SP
sem prazo de VALIDADEUma conversa
Fotos: Aline Neves Entrevista:Pecê Lopes
Dentro da embalagem, produtos que não perecem: criatividade, música sem
preconceito e poesia. E parece que com dosagens que vêm se aprimoran-
do a cada disco, a cada música nova. A banda Validuaté vem colocando um pro-
duto de qualidade em prateleiras carentes de música que alimente de verdade.
Conquistando o cenário de seu estado e começando a mostrar a cara fora dele,
o pessoal da banda fala aqui sobre sua música, suas ambições, realidade das
rádios e apoios do poder público, além dos planos para o futuro próximo e par-
cerias que devem pintar.
TZ_Os jornalistas e o público
tem uma necessidade e ação
espontânea de querer rotular
o que ouvem. Trabalho difícil
pra quem ouve Validuaté. En-
tão, “o que é Validuaté”?
Thiago E – A gente nunca se
auto-intitulou com nenhum rótu-
lo. Até porque, quem acompa-
nha o trabalho da banda sabe
que a gente sempre defendeu
e praticou essa diversidade. A
gente sempre fica aberto e dis-
ponível pra fazer música em
qualquer gênero que seja. Se
a gente achar que vai ser legal
gravar um disco só de samba a
gente faz, só de reggae, só de
rock pesado, a gente faz... Mas
olha só o que acontece. No co-
meço tocávamos mais algo tipo
baião misturado com rock, e por
a gente ser do Piauí, a galera
já dizia que era música regio-
nal. Mas, se fosse um paulista
fazendo baião com rock ele não
seria regional. Se for um cara de
Curitiba misturando baião com
rock ele não é regional. Só di-
zem que regional é do Nordes-
te, como se São Paulo ou Rio
não fosse de região nenhuma.
Então, a gente não é preocupa-
do com essa coisa de rótulo e
não liga pra isso. Tem uma mú-
sica do Arnaldo Antunes que
diz assim “Somos o que somos
/ Somos o que somos / Inclassi-
ficáveis”.
TZ_ Sem medo de errar, hoje,
a Validuaté é a banda da vez
na cidade. O que vocês ainda
querem conquistar por aqui,
no estado? O que almejam
neste cenário?
Quaresma – Acho que o rádio...
Tocar mais também pelo estado.
E a gente tem começado agora
e está sendo muito bom. Toca-
mos em Piripiri, Picos... Em Par-
naíba a gente formou um públi-
co incrível que a gente não tinha
idéia. Piripiri foi muito bom tam-
bém, muita gente, mais do que
em muita festa que a gente faz
aqui em Teresina. E tem muito
mais coisa pra gente fazer.
TZ_ Tomando o gancho da rá-
dio. Como vocês avaliam a rá-
dio no cenário em que vivem?
John Well – Converso muito so-
bre isso com meus amigos e mi-
nha família... O rádio não só do
Piauí, mas do Brasil todo, tem
esse lance de tocar mais coisa
que a gente nem sabe de onde
vem. E a gente praticamente é
obrigado a ouvir. Então deixa
muito a desejar, parece que não
dão muito valor.
Vazin – Porque macaco gosta
mais de banana? Porque não
dão outra coisa pra ele! (risos
generalizados)
TZ_ Há até uma Lei que obri-
garia as rádios a ter uma par-
cela mínima de músicas lo-
cais...
Quaresma – ...Uma vez ouvi
Fullreggae às três horas da
manhã numa grande rádio
da cidade...
TZ_ ...Será que eles estão
cumprindo a cota de madru-
gada e a gente não sabe?
Todos – Risos...
Thiago E – Outro dia a gen-
te tava até conversando sobre
isso... Se a música piauiense
deu esse salto nos últimos cin-
co anos não teve nenhum dedo
político. Ou seja, era uma coisa
pra andar junto, mas não anda.
Então se a gente tem um cer-
to respaldo, se a gente é vis-
to – assim como várias outras
bandas – é mérito dos próprios
músicos. Por exemplo: a gente
botou um projeto na Lei A. Tito
Filho e até hoje falta a gente re-
ceber a última parcela de um
projeto que a gente botou há
anos atrás...
TZ_ Há quanto tempo estão
esperando?
Thiago E – O projeto é de 2007.
E era pra gente receber a par-
cela referente à divulgação do
CD. Ou seja, era o dinheiro que
a gente iria fazer banner, divul-
gar o CD...
TZ_Divulgar inclusive eles...
Thiago E – Exatamente!
Vazin – O disco foi lançado há
dois anos e já acabou! Na ver-
dade, a Lei A Tito Filho é uma
iniciativa boa. É um exemplo
que o poder púbico tem como
fazer e pode fazer as coisas.
Agora, a omissão é muito gran-
de. O dinheiro circula, as verbas
estão por aí... Mas, a conversa
é muito grande e ninguém vê
nada. É justamente por isso que
estamos em movimento.
TZ_ Já falamos do que ainda
querem por aqui. Mas, e os
planos de ampliar fronteiras.
Como estão?
Quaresma – A gente já está
com uma parceria com o AN-
DRÉ VALUCHE – produtor que
trabalha no Rio e em São Pau-
lo. E ele já está articulando para
criar espaços dentro da cidade
de São Paulo, dentro do esta-
do de São Paulo, no interior,
em SESCs, teatros... O que era
uma necessidade mínima que a
gente tinha. Tipo, porque a gen-
te não sai? Porque a gente não
tem nada marcado ainda fora.
Porque não tem como a gente ir
lá e ainda batalhar por um show,
batalhar por um espaço... Ago-
ra há projetos de fazer um DVD
e fazer o terceiro disco. Esses
próximos projetos é que devem
procurar um espaço para a ban-
da no mercado nacional.
TZ_Não faz muito tempo vo-
cês lançaram clipes, agora
falam de planos para lançar
DVD. Como está o planeja-
mento para isso?
Quaresma – O plano maior é
mesmo o DVD. A gente ainda
vai ver direitinho como fazer,
mas já ta surgindo uma idéia de
local, equipamento, orçamen-
to... Já tem participações confir-
madas...
TZ_ Pode adiantar quem se-
riam?
Quaresma – Ah, o Zéu Britto
disse logo que chegamos a São
Paulo: “O DVD está garantido,
viu?”...
Thiago E – E a gente vai ten-
tar trazer também o Isaac Bar-
david, o (Jorge) Mautner – que
tocou com a gente no Trilhos, de
repente o Arnaldo Antunes tam-
bém... que a gente já fez uma
música – eu e Joniel Veras –
pensando para ele cantar.
TZ_ Bom. Pra concluir. Até
onde vai Validuaté?
Thiago E – Validuatéééé quan-
do Deus quiser! (risos)
http://www.validuate.com/
http://www.myspace.com/validuate
@Validuate
Portifolio
Nesse primeiro número da TEREZONA, tivemos
a honra de conhecer o tra-balho da ilustradora russa MASHA RUMYANTSEVA, que gentilmente abriu seu portfólio para nos mostrar seus belos trabalhos de ilustração e colagem.
Masha Rumyantseva
Fot
o Ilu
stra
tiva
SOLDAAlgumas Idéias para Peças de Teatro
João Maria tenta de-sesperadamente es-
crever uma peça de tea-tro para participar de um concurso. Folheia livros, consulta anotações. A campainha toca, ele vai atender. É Fausto, acom-panhado do Diabo. João Maria esperava Godot, mas não diz nada. Faus-to, que firmara um pacto com o Diabo, quer que João Maria o ajude a pro-curar Margarida, expres-
são de pureza e virtude. João Maria se recusa. Tem que lavar toda a lou-ça e levar as crianças no colégio.
Mefistófeles, escondido atrás da cortina, ouve toda a conversa. Miste-riosamente, o telefone toca.É Goethe. Começa o bate-boca. A mulher de João Maria reclama do barulho. João Maria ven-de a alma a Goethe, que
lhe promete a juventude eterna, a satisfação dos desejos e dois ingressos para o show da Rita Lee. A empregada, encarnan-do o conflito humano en-tre a matéria e o espírito,
ignorando a situação, pede aumento.
Surge Godot, não se sabe de onde, represen-tando as obras de cunho universal. Alguém ten-ta servir o cafezinho. As luzes se apagam. Mefis-tófeles passa a mão na empregada. Tumulto. O inspetor Poirot invade o apartamento. Fica no ar aquele cheiro de carta rasgada.
***
Bentinho e Capitu es-tão almoçando. Em ou-tra mesa do restaurante, Tom Jones, o andarilho generoso e irreverente,
interrompe o licor e ob-serva a salada dos Ir-mãos Karamazov. É sá-bado. Um baiano reclama da feijoada.
***
Um rei é assassinado. No velório, os presentes re-fletem sobre as paixões humanas, a harmonia social e a moral da so-ciedade. Três feiticeiras horrendas mandam um pombo-correio para Rio-baldo, General do Exér-cito Real, avisando que ele será o futuro sobe-rano do Nordeste. Sem saber de nada, Riobaldo come o pombo. Chove em todo o sertão. Riobal-do, com disenteria, mata o Rei Duncan, tornando o clima sombrio. Intriga. Medo. Violência. Todos vão ao McDonald’s mais próximo.
***João é noivo de Maria. Trocam carícias no velho sofá desbotado. O re-trato do pai os observa. Dona Rosinha prepara o jantar. Dalton Trevisan passa pela sala na ponta dos pés, tropeça num lu-gar comum e cai nos bra-ços do vampiro de Curi-tiba. Mistério. Tchekov e Maupassant zombam dos leitores. Trevisan, observador atento dos pormenores da realida-de, se afoga. Um moço em Curitiba só tem um remédio: afogar-se. Pára a música, fecham-se as cortinas e ninguém mais toca no assunto.
***
O Grande Vazio da Alma Humana está na sala vendo televisão. A Fanta-sia Exótica Magistral vol-ta da feira e encontra os
Traços Primitivos fazen-do algazarra no banhei-ro. O Grande Vazio per-gunta pelo salsão. Não havia salsão na feira. A Fantasia Exótica chama todo mundo e faz uma descrição do mundo tal como ele realmente é. Tolstoi, apavorado, foge de casa. O Compêndio
de Gramática explica que o artigo é a parte da palavra que serve para exprimir a extensão em que o substantivo será tomado. Pânico no pal-co. A omissão do Artigo Definido acaba incrimi-nando a Formulação do Plural, que foge do país.
O Grande Vazio da Alma Humana continua vendo televisão
Texto: Solda
http://cartunistasolda.com.br/
@soldasolda
Poesia ilustrada
Foto: Mirton Obra sem título: Cícero Manoel
Autor: Durvalino Filho Ilustração: Sanatiel Costa
Foto e poema: Paulo Tabatinga
Poema: Lúcia Santos
por falar em futebolvenha jogarsob meu lençol
A escuridãoé a luz
em ponto morto
Autor: Fraga Foto: Mariel Werneck
Irakerly FilhoEditor chefe da revista YAY!Hype Magazine
Dono de um olhar insuperável e de um bom gosto indiscutível.
Sua sintonia com o novo e o clássico é encantadora. Seguimos Irakerly nas redes sociais e na vida real.Afirmamos: Ele é verdadeiro! Um dos nossos "instagramadores" favorito.
Siga no Instagram >> @irakerly
Maravilhas e curiosidades de uma brasileira em Chicago.Tatiana Cesso é uma paulistana verdadeira. Jornalista, foi editora de cultura da revista Estilo. Hoje, mora em Chicago e escreve para revistas como: Trip, Playboy e Marie Claire. Teremos um link direto com suas descobertas "instagramadas" do seu blog WONDERBEANS. Para ver mais, siga Tati no instagram: @wonderbeans
De um feijão, uma feijoada!
The Cloud Gate, ou "O Portão
das Nuvens" em português,
o imenso feijão de mercurio feito
por Anish Kapoor, foi responsável
pela minha primeira palpitação de
amor por Chicago.
Refletindo um imenso skyline de
prédios históricos e toda a agita-
ção do centro da cidade, o Feijão
é dessas obras de arte que fazem
o espectador interagir, filosofar,
viajar. Olhando para ele, pensei
naquela velha fábula do "João e
o Pé de Feijão", do menino po-
bre que bota toda sua fé em um
suposto grão mágico. Depois de
cultivá-lo, vê nascer em seu quin-
tal um pé tão grande que o leva
para um mundo além das nuvens,
comandado por um gigante.
Dai que João entra escondido na
casa do grandalhão, ganha a sim-
patia de sua esposa para depois
roubá-los e matá-los. O final é fe-
liz para João, que está mais para
anti-heroi infantil, que foge com
a galinha dos ovos de ouro, sem
conflito moral ou punição. Não é
maluco?! Dá para relacionar essa
fábula com mil historias do ameri-
can dream...
Anyway, outras idéias me brota-
ram do Cloud Gate. Matéria prima
do mais popular prato brasileiro,
quando vejo aquele feijão imen-
so no meio da cidade, confesso
que me sinto confortada, familia-
rizada. "Dez entre dez brasileiros
preferem feijão...", costumo cantar
baixinho quando passo por lá. A
música vem da abertura da nove-
la Feijão Maravilha, de 1979. Eu
só tinha 2 aninhos, mas registrei
muito bem o sassarico das Frené-
ticas.
Com feijão pra cá, feijão pra lá,
pintou a idéia do WonderBeans,
um blog para falar das minhas
descobertas, uma brasileira curio-
sa em Chicago. A semente foi lan-
çada. De um feijão pretendo fazer
uma feijoada! Servido?
Calvin Jones
Eu não sabia nada sobre Cal-
vin Jones até me deparar
com o mural assinado por ele na
79th street, lado sul de Chicago.
Na enorme parede lateral de um
teatro desativado, está lá uma
das maiores obras do artista nas-
cido na cidade, em 1934. Stevie
Wonder, Sam Cooke e Louis Ar-
mstrong são alguns dos músicos
retratados por ele na pintura com
ares de colagem, conectada por
estampas de inspiração africana.
Um verdadeiro show de street
art!
Existem mais seis murais de Cal-
vin Jones em Chicago. Visitei
também o que fica na 41th street
com Drexel Avenue, mas estou
em falta com os outros que pa-
recem ser tão fantásticos quanto
os que fotografei acima. Quem
puder ver ao vivo, eu recomendo!
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aKarine TitoArquiteta@karinetito
SEM CULPA
Especializado em gastronomia light, o novo restô Buganville abre as portas seguindo tanto as propostas de delivery quanto de self-service. Funcionando de segunda a segunda com um cardápio que tem pelo me-nos 15 tipos de saladas, uma variedade de molhos opcionais e também carnes vermelhas magras, carnes brancas, peixes e massas artesanais, sem adição de temperos prontos, creme de leite, manteiga e óleos. As opções de prato para delivery mudam todos os dias e há sempre uma boa surpresa esperando por você. Vai lá.Rua Prof. Joca Vieira, 1311, tel. (86) 3234 2873
UM AMOR DE JÓIA
Fashionistas, tremei. A designer de moda Rita Prado não para. Além das roupas que vestem as meninas mais antenadas por aí a fora, ela agora se prepara para lançar sua primeira linha de jóias. Totalmente inspirada na sua lua de mel em Londres, a coleção já surge com pinta de sucesso. São peças em prata, com detalhes em couro e veludo que vão fazer sua cabeça, pescoço e orelhas. Do tipo “tem que ter”.Rua Des. José Lourenço, 258, tel. (86) 3233 7561/9432 5415 www.ritaprado.com.br
CASA NOVA
A partir de agosto os descolados vão bater ponto na sala 02 do número 1821, da Av. Sen. Area Leão. É que a Superfreak Store, loja dos sócios Sérgio Donato e Jana Lobo, abre as portas em novo endereço. Que lugar é esse? A Superfreak é um espaço multidisciplinar que vende camiseta como objeto de arte e também objetos de design importados, toy art e acessórios geeks de pirar. Lá você encontra marcas de camiseta como: Camiseteria, AMP, Reverb City, Hotel Tees, Chico Rei, El Cabriton, além de objetos de design Fred e Corrupiola. Pra quem tem muito estilo.Av. Sen. Area Leão, 1821, sala 02, tel. (86) 3233 5580 www.superfreakstore.com.br
Flávio StambowskyMúsico / Guitarrista@Fstambowsky
Admirável Mundo Novo Baiano
Talvez eu seja o pior cinéfilo do mundo. Não entendo nada, nada. Nem da linguagem, nem de roteiro, fotografia, trilha, montagem...
Tenho horror à festa do Oscar e é mais fácil eu saber o prato preferido da Cláudia Leitte a reconhecer artistas da telona que toooodo mundo sabe quem é.
Mas me chame pra ver um documentário musical que vou correndo com você e ainda fico sendo aqueles chatos que comentam bobagens a cada cena.
Penso que recentemente tivemos dois acima da média. Refiro-me ao dos Titãs, “A vida até parece uma festa”, com edição de dar vertigem; e o “Lóki”, sobre o Arnaldo Batista, pela linda homenagem ao “incompreen-dido” doidão dos Mutantes.
E nesta minha estreia em Terezona destaco o sensacional “Os Filhos de João”, cujo subtítulo é o título – trocadilho – desta coluna.E é claro que este João, padrinho maior da banda, é o nosso maior ar-tista de todos os tempos João Gilberto Prado Pereira de Oliveira.
A história é bem conhecida: o sítio, a atitude hippie e a excelência dos músicos e tal. Mas vê-se ali um olhar muito maduro e terno, principal-mente de Moraes Moreira e de Pepeu.
Dá pra morrer de rir e de se encantar com uma coisa que infelizmente andamos meio desacostumados, que é música brasileira de primeira. Tocada e contada por nossos mestres. E no cinema!
Novos Baianos foi a vitória eterna da qualidade sobre a preguiça mu-sical, da fonte de água límpida Pepeu Gomes sobre todos os guitarristi-nhas e, sem dúvida, do melhor proveito pop que alguém podia tirar de João Gilberto.
Infelizmente, creio que muita gente vai ter dificuldade de ver. Pois, nem todas as cidades contam com cinemas sensíveis a esse tipo de cinema. Se não conseguir ver na telona, é esperar sair em DVD. Vale muito uma busca para conseguir esse o DVD. Ferro na boneca!
“Só entro no jogo porque estou mesmo depois de esgotar o tempo regu-lamentar.” (“A menina dança” – Galvão/Moraes Moreira)
Juliana AlvesArquiteta@azaroseu
Se você gosta de rock n’ roll o bas-
tante para se interes-sar pela sua origem e história já sabe que Charles Hardin Holley (ou Buddy Holly para os íntimos, tipo eu, você e alguns de nós) foi um dos pioneiros da coisa toda e influenciou um monte de gente no negócio. Você também deve saber que a carreira do moço durou pouco, visto que ele morreu num aci-dente aéreo (sim aquele mesmo que matou o cara do La Bamba - Ritchie Valens) apenas um ano e meio depois de ter se tornado um sucesso. O que talvez você não saiba é que este ano Buddy Holly, se estivesse vivo, faria 75 anos; e que alguém (no caso o selo Fantasy Records/Concord Music Group) achou que lançar um álbum tributo ao jovem gênio do iêiêiê, com a participação de nomes de peso da música atual, seria uma ótima idéia. De fato, foi.
Obviamente os fãs mais puristas (ou exigentes) vão encontrar alguns equí-vocos ao longo das 19 faixas que compõem o disco. Quem não é fã purista, tampouco exigente, também. Falar mal de Paul McCartney é peca-do, mas dizer que Lou Reed destroçou “Peggy Sue”, por exemplo, não.Mas os acertos nos discos estão em maioria, e é isso que conta. The Black Keys abre bem o disco com a sua versão do hit “Dearest”; Fionna Apple & Jon Brion arrasam a seguir com “Every Day” e Florence + The Machine fica responsável pela expe-rimentação com a faixa “Not Fade Away”. No mais, Cee Lo Green entre-ga uma versão animada de "(You're So Square) Baby, I Don't Care"; Zoo-ey Deschanel entra com a fofura em “Oh Boy”, Patti Smith arrasa corações em “Words of Love” e a versão de Ju-lian Casablancas para “Rave On” é melhor que o disco novo do Strokes inteiro. Indicado para sábados enso-larados com banho de piscina.
Por Phylippe Moura
Começar a #terezona com um top 10 do primeiro semestre de 2011 é
uma responsabilidade grande.O critério: filmes que eu vi até junho.En-tão, vamos lá.
Four Lions
Gênero: Comédia Ano: 2010País: Inglaterra
O humor inglês em sua melhor forma. Quatro mulçumanos que moram em Sheffield, Inglaterra, viajam para o Pa-quistão em busca de treinamento de homem-bomba.O resultado é uma atrapalhada atrás da outra que deixa qualquer fã de Monty Python chorando de rir.
Enterrado vivo
Gênero: Suspense Ano: 2010País: Espanha
O filme, sem spoiler: um rapaz, de uns 30 anos, foi enterrado vivo. Isso mesmo. Em um caixão. Lá dentro deixaram pra ele um celular, um isqueiro e aqueles canudinhos que iluminam festa flúor. O sufoco dentro do caixão dura 1 hora e meia. Destaque pra atuação de Ryan Reynolds e a segurança de ritmo do di-retor Rodrigo Cortés.
127 horas
Gênero: DramaAno: 2010País: Inglaterra/EUA
Se Ryan Reynolds segura as pontas dentro de um caixão, James Franco, em “127 horas” segura as dele tam-bém numa única locação. Ele, Franco, é um alpinista, que fica preso ao acaso no meio das montanhas com água, ali-mentação e tudo a conta gotas. É que uma rocha caiu sobre o braço dele e uma hora ele decide sair cortando o...Assista! Destaque também para Danny Boyle, que cria fugas na edição em um trabalho difícil em uma única locação
durante boa parte do filme.
O Vencedor
Gênero: DramaAno: 2010País: EUA
O melhor trabalho de um ator está em “O Vencedor”. Christian Bale é um vi-ciado visceral. É como se ele pegasse o elenco inteiro, colocasse em suas cos-tas e saísse correndo pelo roteiro do co-meço ao fim do filme. Co-pilota dessa jornada tem uma Melissa Leo em per-feita forma, um talento descoberto em
Hollywood lá pelo 10 round.
Inverno da Alma
Gênero: DramaAno: 2010País: EUA
Outro excelente trabalho de atuação é o da novata Jennifer Lawrence, que também põe o elenco nas costas e se manda durante o filme inteiro. Ela vive uma garota de 17 anos que se torna pai e mãe da família que está diante de per-der a casa. É um dos filmes mais emo-cionantes do ano e vem da safra inde-pendente, com jeito de gente grande, do cinema americano.
Trabalho Interno
Gênero: DocumentárioAno: 2010País: EUA
“Trabalho Interno” faz parte daquele li-vro seu que você deixa em um lugar especial e sempre que algo acontece você dá uma relida pra entender mais a situação. Ele pode ser também aque-le CD ou música que te faz recordar de algo. “Trabalho Interno” é a enciclopédia
Foto: Divulgação
da economia mundial, esmiuçada por dentro e por fora em cada um dos inte-grantes da catastrófica crise mundial e recessão do bolso do Tio Sam. Histórico e indispensável.
Quando Partimos
Gênero: DramaAno: 2010País: Alemanha
“Quando Partimos” segue a vida de Umay, jovem, casada, com um filho. Umay é mulçumana e sem aguentar a submissão que lhe é obrigatória dian-te do marido ela foge para Alemanha, onde moram seus pais. Lá, Umay se vê diante de uma nova vida, se vê diante de direitos que jamais teria sentido o gosto antes. “Quando Partimos” deixa Umay, entre a família, regrada na cultura mul-çumana e o mundo de oportunidades que engolem seus olhos fora do radica-lismo islâmico imposto às mulheres.
I Saw The Devil
Gênero: TerrorAno: 2010País: Coréia do Sul
A melhor escola de suspense mora no Oriente. A melhor escola de puro san-gue mora no Oriente. E, por favor, não cause nenhum problema aos orientais, principalmente um sul-coreano, eles são perfeitos em vingança. “I Saw The Devil” é da escola vingativa do cinema de horror dos sul-coreanos. Um cinema moderno, com planos arrojados e tra-mas avassaladoras. O único problema de “I Saw The Devil” pode ser de chegar um americano querendo direitos para
um remake.
Em Um Mundo Melhor
Gênero: Drama
Ano: 2010País: Dinamarca, Suécia
O grande conflito do personagem An-ton, médico voluntário em um hospital improvisado na África é mostrar ao filho que na vida você deve ser correto, ético. O filho de Anton sofre bullying na esco-la, o que para reagir diante da situação todos os caminhos aparecem, menos o correto e ético. “Em Um Mundo Melhor” venceu a categoria de Melhor Filme Estrangeiro em 2011 no Oscar, catego-ria essa, diferente das outras, tem nos mostrado grandes filmes fora do eixo
Hollywood.
Dente Canino
Gênero: DramaAno: 2009País: Grécia
Uma família. Uma casa distante da ci-dade. Três filhos criados como bichos. Não tem TV, não tem telefone, compu-tadores. No máximo um banho de pis-cina, às vezes uma música. Um filme fundo capaz de extrair as mais comple-xas análises sobre o ser humano. Veja e faça você a sua, de um dos filmes mais assustadores do ano.
Em cartaz por aí...
Gainsbourg é um monstro da arte francesa. Talen-
toso desenhista desde mole-que, entrou para o mundo da música, do cinema e agarrou todas as vertentes artísticas. Em “Gainsbourg – O homem que Amava as Mulheres” ele ganha vida através do ator Eric Elmosnino, que ficou inacreditavelmente idêntico a Serge Gainsbourg.
Diante das peripécias do ga-rotinho Gainsbourg até suas relações com estrelas do ní-vel de Brigitte Bardot, o di-retor Joann Sfar cria um universo fantástico, eviden-ciando ainda mais a veia da arte que percorria dentro do astro francês.
Biográfico e ousado “Gains-bourg – O homem que Amava as Mulheres”, é o filme pra você que tá por aí. #ficadica.
Senna
O documentário percorre todas as etapas da vida de Ayrton Senna, um dos maiores ídolos brasileiros.
Procure assistir a versão esten-dida. São mais de duas horas e depoimentos emocionantes de Ron Dennis e repórteres da imprensa mundial relatando vi-sões fora do eixo cego apaixo-nado de pasquim brasileirinho.
Ao invés de assistir o Rubi-nho em 17º, pega carona com Senna.
Estômago
A comédia com tempero de tragédia grega mais gostosa do Brasil. O filme que revelou o ator João Miguel para o mun-do, com cozinhas deliciosas e boas doses de riso.
“Estômago” é o cinema bra-sileiro na medida certa, sem passar dos limites do rasteiro, como em muitas produções por ai.
Por Pecê [email protected]
@pc_lopes
É tempo em que “celebridades” instantâneas são tratadas como artistas e “artistas” parecem teimar em ser tão instantâneos quanto essas ce-
lebridades. Vejo tais celebridades ditando moda e esses artistas temendo até mesmo dar opinião. Estou cheio de ver todos eles colocados na mol-dura da arte, serem chamados de artistas. Na minha visão, o público em geral não tem mais ideia do que é exatamente cultura, arte e entretenimen-to (seja qual nível ou objetivo tenha). Algumas diferenças e definições são importantes, e nos ajudam a compreender muita coisa.
Uma vez ouvi um artista plástico – perdoe por não lembrar seu nome – dizer em uma reportagem de TV: “a verdadeira arte tem que incomodar”. Fiquei feliz por ouvir aquilo e incomodado até hoje com as variantes e a verdade de seu julgamento.
Mas, o que é arte afinal? Essa discussão é ótima, quase propriamente uma arte. Mas, fugindo dessa discussão sinuosa, hoje, o que realmente me incomoda – no pior dos sentidos – é a velocidade que as coisas são montadas, alastradas, espetacularizadas e... foi. Já era! Já tem outra coisa ali. E acolá. E, assim, o que se entende em geral por cultura, ou “produtos culturais”, cai numa banalidade sem precedentes.
O grande veículo da atualidade – a Internet – com blogs, tubes e redes so-ciais está sendo palco de criação/destruição de muita coisa – muitas vezes em troca de alguma visibilidade, likes ou seguidores. Esse é o maior palco da velocidade atroz que me refiro. E nessa velocidade burlesca, sobretudo, o internauta passa batido (ou longe de) por muita coisa boa e que poderia lhe interessar, educar, emocionar... Incomodar – ou seja, tirar do conforto, da inércia. Mudar um pouco a vida. Inevitavelmente, a pergunta vem à tona: e a culpa dessa fragmentação e rasidão do que se chama de “arte” e “cultura” é dos meios de comunicação atuais? É da Internet?
Claro que não! E digo mais, discussão semelhante vem sendo feita há anos e anos e anos... Só que com outros “vilões”. Quando foram reprodu-zidas as primeiras bolachas de goma-laca, alguns músicos eruditos – por
exemplo – criticaram tal reprodução em massa dizendo que aquilo não era arte. Para estes, quando a mú-sica era colocada naquele disco vi-rava outra coisa. Pois, arte mesmo seria ver/ouvir as músicas executa-das em câmaras, por músicos, ali, em carne e osso. E assim foi com o rádio, a TV...
Então, quem será o culpado (tro-vões e trilha sinistra)? Ou culpados? Mole: eu, você, o amigo aí do seu lado, quem só reclama, quem tem preguiça, quem é alheio,... Todos nós. Fato: a culpa não é nem nunca foi da ferramenta e sim de quem a usa. Mas, isso todo mundo já sabe. Mas, precisamos entender o poder disso.
É bom que fique claro, o meio não é o problema. Não me vejam como um velho ranzinza levantando as tochas contra a internet. Pelo con-trário, ela pode vir a ser a solução. Ou ajudar nisso. Como disse antes, a ferramenta não faz sem alguém para manipulá-la. A Internet pode ser usada para ajudar na divulga-ção, discussão e até produção de arte de qualidade.
Eu, você, o internauta, blogueiro, tuiteiro, tem uma potencialidade de mobilização que é menosprezada. Já tivemos prova disso, infelizmen-te muitas vezes em causas pífias e/ou levantadas pelo sentimento de linchamento. Claro, então, devemos ter a motivação certa. E acredito que devemos também tirar um pou-co o pé do acelerador. Darmos mais tempo para curtir um livro, um disco, uma foto, um texto sequer... Sem ter que sair correndo sem tempo de di-gerir aquilo pra outra coisa. A arte tem que ser saboreada. Prazer...
Esse cenário pode mudar. Podemos mais. Pra mim, o copo está meio cheio. E pra você?
A gente queria
te homenagear, mas sem ponte
estaiada.
então...
#Parabéns_Teresina #siga_sempre_em_frente_com_o_melhor
#Rock’da’house / #Superfreak / Yay!hype_magazine / #validuaté / #trinco
/ #atun / #Cerveja_Gelada / #champagne_no_gelo / #Céu_azul / #Rock_
adn_Roll / #mosh_party / pôr_do_sol / #amizades / #corso / #gastrono-
mia / Sanatiel_costa/ #cícero_Manoel / #Hudson_melo / #cajuína / #noi-
tes_de_lua_cheia / #cerâmica / #núcleo_do_dirceu / #artes_de_março /
Poesia_Tarja_preta / #calor_humano ...
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