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revista Touché! maio/2010

Date post: 28-Mar-2016
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Resvista Touché! Maio de 2010
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Page 1: revista Touché! maio/2010
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Page 3: revista Touché! maio/2010

editorial

Mônica Tozetto, editora

[email protected]

índice

Distribuição Gratuitaexpediente

Produção: Laser Press Comunicação Integradawww.laserpress.net – 11 4587-6499Diretor Executivo: André Luiz de Barros LeiteEditora: Mônica Tozetto

Textos: Mônica Tozetto (MTB 33.120)e Luciana Sanfins (MTB 57.245)Designer: Alexandra TorricelliDepto. Comercial: Mariza de SouzaImpressão: Rip Editores - (19) 2121.7188Tiragem: 6.000 exemplares

artigos

páginas 20, 21 e 22

FERNANDO Balbino

ANDRÉ Barros

GODOFRÊDO Sampaio

entrevista

página 5

PedroBigardi

Diz a canção que um diafeliz às vezes é muito raro.Não se estivermos em Mon-te Verde, a pouco mais deduas horas de Jundiaí. O pa-raíso não está tão longe as-sim. Clima propício, paisagensromânticas, comida boa e op-ções para algumas horas depura diversão. Por tudo isso,a cidade foi a capa da Touché!deste mês, já olhando para odia dos namorados. Não dápra perder.

A ideia é mesmo fugir darotina, experimentar novossabores e aceitar os desafioscomo aquela maluquice de en-

Um diaFELIZ

carar montanha acima algu-mas centenas de metros es-carpados e de difícil acesso.Tudo por uma boa paisagem.Para Fernando Pessoa, tudovale a pena quando a alma nãoé pequena.

Assim, em seu quarto nú-mero Touché! segue à risca aproposta de encontrar boasopções para aproveitar o quea vida oferece de melhor. Via-gens relativamente curtascom destinos surpreendentesaparecem como uma pitada deentusiasmo para as pessoasque estão num corre-corresem fim. Sempre que uma pro-

posta de viagem surge, osprazeres se multiplicam.

Primeiro é o planejamen-to, as possibilidades, o que estáoculto. Depois disso viver ple-namente a experiência do des-tino, deixar o deslumbramen-to tomar conta sem compro-misso. Por fim o eterno retor-no ao universo das lembranças,de manter para sempre um lu-gar. “Sempre teremos Paris”,é o que diz Humprhey Bogarta uma impecável IngridBergman em Casablanca. En-tão, prepare as malas e progra-me-se. Um dia feliz, às vezes émuito raro...

ambiente

página 8

A arte dedecorar

página 11

O preçoda viagem

Elasaceitaramo desafiopágina 10

coluna pet

Animais deestimação

página 9

turismo

Namore emMonte Verde

página 12

leitura / vivência

Um jundiaiensena embaixadano Sri Lanka

página 18

Page 4: revista Touché! maio/2010

noSITE

4 touché!

i n t e r n e t

w w w. r e v i s t a t o u c h e . c o m . b r

O site da Revista Touché de maio publica umespecial da pequena vila de Monte Verde, situa-da no município de Camanducaia, Minas Geraise conhecida como o melhor destino de romancedo Brasil.

TEMASINTERESSANTES

Tem alguma boa ideia parareportagem na revista Touché!?Acesse o site em “Fale conosco” eenvie sua sugestão.

CARTASDO LEITORComentários, críticas, elogi-

os e outras sugestões são bemvindos. No site, acesse “Faleconosco” para dar sua palavra.

HOTÉIS

RE

STA

UR

AN

TE

S

TRILHAS

COMPRAS

DICAS

ECOTURISMO

Page 5: revista Touché! maio/2010

g e n t e

5touché!

Preservar o tempo livre, olazer, a família. Disputar comserenidade, consciência eequilíbrio. Esses são os prin-cípios que o deputado Esta-dual Pedro Bigardi sempre fezquestão de manter e acreditaque foram essenciais parachegar onde está, hoje, aos 50anos. Nesta entrevista, eleconta um pouco de sua traje-tória e de coisas simples quelhe dão prazer, como colocara gravata borboleta no seucachorro vira-lata FranciscoLeite e brincar no bloco Re-fogados, no carnaval.

CARREIRA POLÍTICAEquilíbrio permeou

Por Mônica Tozetto

Equilíbrio permeouCARREIRA POLÍTICA

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6 touché!

A infânciaPedro Bigardi - Nasci no

Vianelo e sempre morei lá, atéhoje. Na minha infância, o bair-ro era descampado, ainda esta-va em processo de urbanização.Me lembro com saudade dasbrincadeiras na rua – que erade terra e de nadar, junto commeus irmãos, no Rio Guapeva.As festas juninas, e outras tam-bém, reuniam toda a vizinhan-ça na rua. Outra coisa que mar-cou foi o futebol. Existia umaturma de um lado do rio. Dooutro, era outro pessoal. Tínha-mos umas brigas boas, disputasacirradas, valendo até jogar coco.Gostava muito também de ou-vir rádio quando meus irmãosestavam na escola. Meu pai ti-nha um rádio enorme, de ummetro e meio de altura. E, naminha família todos trabalha-vam, de um jeito ou de outro.Até os meus 13 ou 14 anos, fuivendedor de pipocas no ColégioAnchieta.

A vida em família.PB – Nossa família era as-

sim: meu pai trabalhando mui-to e minha mãe cuidando da fa-mília. Mas tínhamos – e aindatemos – uma união extrema, atéhoje, tanto irmãos quanto pri-mos. A gente sempre saía junto.Fazíamos muitas festas. Aindafazemos! Lembro do primeirodia da televisão na nossa casa.Era preto e branco. Virou umevento, não tinha nem lugarpara sentar. Família grande, so-mos em sete irmãos. Quando nãohavia TV em casa, íamos até acasa do meu avô. Ele morava naFernando Arens, numa casaenorme. A gente ia à pé. Os ir-mãos maiores carregavam osmenores.

O apoio de um pai sem-pre presente.

PB – Quando eu era bempequeno meu pai (já falecido)tinha uma mercearia no Via-nelo. Sempre foi muito traba-lhador e dedicado à construçãoda família. A honestidade tam-bém era um traço forte na suapersonalidade. Lembro das mi-nhas primeiras campanhas, es-

pecialmente em 1996. Ele pe-gava um grande pacote de pa-pel e ia embora, entregando,conversando. Voltava pra casavermelho. E já tinha uma certaidade. Ele discutia comigo polí-tica, dava opiniões. Era uma es-pécie de liderança do bairro, umhomem tradicional. Tão conhe-cido que, em certa campanhapolítica, Jânio Quadros foi até amercearia convidar meu pai ase candidatar a vereador. Masele não quis. Ele se foi em 2003.Infelizmente não pode ver osfrutos dos seus ensinamentos.

A mãe, o esteio.PB – É engraçado, a gente

vai descobrindo as coisas ao lon-go do tempo. Minha mãe pare-cia uma pessoa frágil, mas, naverdade, ela era a pessoa fortena casa. Cuidava da casa, dos fi-lhos, supria a ausência do meupai, que trabalhava muito. Hoje,com 86 anos, continua sempreligada em tudo, atualizada.

Educação para o futuro.PB – Primeiro estudei no

SESI e depois fui para o Siqueirade Moraes. Na adolescência, fuipara o Colégio Vasco Venchia-rutti, o colégio técnico, onde fizedificações. Foi ali que comeceia me transformar, a ter abertu-ras na vida. Crítica, formação –tanto profissional como pessoal.Foi um referencial. Lá haviauma discussão política forte.Nosso lema era: “Liberdade comresponsabilidade”. Isso, no final

da década de 70, fim da ditadu-ra e início da democratização noPaís, era o máximo. O colégiorespirava liberdade.

O início na vida políticaPB – Meu interesse pela

política teve início no ColégioTécnico. Lá, havia uma oposi-ção forte ao governo da época.Acompanhava também o Jornalde Segunda e o trabalho doErazê (Martinho). Em 1977 melembro de uma reunião pelaAnistia na Câmara Municipal.Ariovaldo Alves fez um discur-so belíssimo. Fui sozinho e acom-panhei tudo. A partir daí, tudoevoluiu naturalmente. O ambi-ente da Prefeitura (onde traba-lhava) também ajudou muito. Agente escuta falar de prefeito,vereador e acaba vivendo umpouco num clima de política. Em1984 participava de um grupode teatro e ensaiávamos no Sin-dicato dos Bancários e no PT.Nessa época então comecei a veralguma coisa, mas ainda tinhadúvidas quanto à política parti-dária. Até que fui fazer um cur-so de formação política, mesmosem ser filiado ao PT. No grupoestavam o Erazê Martinho, ZéDirceu. Até o Lula lembro deter participado. Fiquei atuan-do um período no partido, ain-da não filiado. Depois de umtempo acabei me filiando eparticipava, principalmente,ajudando algumas figuras,como Antônio Galdino, Erazêe Carlão Kubtiza.

Dedicação à vida pro-fissional.

PB – Fui servidor público avida inteira. Depois de forma-do, fui trabalhar em Caieiras,1978. Passado de um ano vimpra Jundiaí, já concursado, comodesenhista. E construí minhacarreira profissional na cidade,como técnico, engenheiro. Foram22 anos. Depois, fui pra Campi-nas, onde fiquei dois anos e meiocomo secretário de Obras e Pla-nejamento. Trabalhei tambémem Várzea, na secretaria de obras.Ao mesmo tempo que estive li-gado ao poder público, desenvol-via meus próprios projetos.

O nascimento do candi-dato.

PB – A projeção do meunome aconteceu quando fui paraFUMAS, trabalhar ao lado doPadre André. Com a reurba-nização de favelas, ganhei visi-bilidade. Nessa época o Galdino(Antônio) estava um pouco des-contente. Então, no dia 2 de no-vembro de 1995 me chamoupara conversar. Disse que acre-ditava no meu nome e queria melançar para candidato a prefei-to. Isso foi numa sexta. No do-mingo haveria um encontroonde indicariam o Mauro Menu-chi. Já eram favas contadas, deacordo com ele e todos estavamfechados com o nome do Mauro,o que era normal, por ele ser umbom vereador, um bom nome,quadro importante no Partido.Mas nesse dia, o Galdino pediua palavra e me lançou. Foi umsusto geral, nem meus amigossabiam. A prévia aconteceu ummês e meio depois. Eu não tinhaapoio de ninguém, além doGaldino. Até o meu eu tinhadúvidas. Foi uma campanhamodestíssima, com o PT comple-tamente rachado. Ganhei porsete votos.

O florescimento do can-didato.

PB – A primeira campanhafoi duríssima, mas tive 14% dosvotos, o maior percentual do PTaté então na cidade. Fiquei emterceiro lugar. Fui candidatooutras vezes, sempre crescendo.Atuei como presidente do PT emdois mandatos. E a política vi-rou parte da minha vida. Nacampanha de 2000, quando meuvice foi Gerson Sartori, fizemos67 mil votos e ficamos em se-gundo lugar.

Preservando os momen-tos de lazer.

PB – Uma das coisas que ain-da mais gosto de fazer é jogarfutebol. Quando estou jogando,esqueço de tudo, elimino total-mente o estresse. Aliás, façoquestão de controlar a agenda.Não acho que seja necessárioreservar 24 horas para a políti-ca. Gosto de ficar com a minha

A primeira

campanha foi duríssima,

mas tive 14% dos votos,

o maior percentual do

PT até então na cidade.

Fiquei em terceiro

lugar. Fui candidato

outras vezes, sempre

crescendo. Atuei como

presidente do PT em

dois mandatos. E a

política virou parte da

minha vida.

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7touché!

família, de passear com o cachor-ro, tomar um chope, ir ao cine-ma, visitar minha mãe, fazer umchurrasco. Também continuo comminhas aulas no curso de GestãoAmbiental, no Anchieta. Procu-ro manter tudo isso, até para nãoatrapalhar a história da minhavida. Isso é o que faz com que eucontinuo sendo quem sou.

A admiração pela esposa.PB - Como minha mãe, a

Margarete é a pessoa forte dafamília. Ela foi meu alicercequando, por exemplo, eu pedidemissão da Prefeitura deJundiaí – onde não tinha maisclima para trabalhar – e assu-mir um cargo em Campinas. Elaacreditou na minha capacidadee mais: afirmou que enfrentarí-amos o que viesse juntos. Foi essaforça que me permitiu seguir emfrente. E ela também semprepreservou sua carreira, até hoje.

Pedro Bigardi, o pai.PB – A relação com a Patrí-

cia, minha filha, é muito forte.Quando ela era pequena e aMargarete (esposa) estava estu-dando, eu trocava fraldas e cui-dava dela. Na minha primeiracampanha, em 1996, precisava

levantá-la para que colocassepanfletos nas caixas de correio.E hoje, aos 18 anos e cursandoJornalismo na PUC, continua meacompanhando em tudo.

O prazer do primeiromandato.

PB - Fiquei admirado com oprazer que o mandato vem meproporcionando. Minha expec-tativa, na verdade, não era dasmaiores. Achava que ia ter pou-co tempo, entrando no meio,além da minha inexperiência.Mas estamos conseguindo mui-tas realizações. Estou conse-guindo atender toda a demandado PCdoB em visitar as cidades– são perto de 50 e venho ob-tendo a liberação de recursos deuma maneira que achava quenão ia conseguir. Pensava queseria demorado, enroscado. Te-nho um conjunto de leis queacredito possuírem consistência,como a da nota fiscal paulista eda educação – PEC. E outrasque, mesmo sendo polêmicase possam não ser aprovadas,atingiram o objetivo de susci-tarem o debate. Para mim, asleis precisam ter algum signi-ficado político forte, algumainterferência na vida do cida-dão que seja visível. Alémdisso, escolhi algumas áreasonde estou atuando mais, comomeio ambiente, esporte, edu-cação e habitação.

Sociedade x AssembleiaPB – Eu acho que a capaci-

dade de realização do deputadoé muito grande, mas depende desua presença política naassembleia, de estar ali no de-bate e ao lado disso, continuarligado à sociedade. Não pode terum olhar unilateral. Esse é se-gredo do sucesso do processo.

Definição como políticoPB – A política chegou para

mim como um processo natural,uma consequência de tudo quefiz na minha trajetória pública.Não foi uma luta desenfreadaem busca de um cargo. Por isso,encaro as disputas com muitaserenidade. Ganhar ou perder,isso pra mim é tudo muitotranquilo. Hoje me sinto muitorealizado dentro desse papel.

O plano espiritual navida do político

PB – Sou cristão, católico esempre fui muito religioso, des-de moleque. Fiz alguns cursosde formação religiosa que pu-deram abrir minha mente parauma grande compreensão espi-ritual. Respeito muito as religi-ões de uma maneira geral. Aliás,não gosto quando vejo uma reli-gião sendo usada para outro fimque não o da espiritualidade.

Os planos para o futuroPB – Ainda não consegui

pensar em campanha. Estoucentrado no mandato, mesmoporque, por uma exigência daassembleia – entre abril e maiopreciso liberar todos os recur-sos que estão sendo encaminha-dos. Tenho também que acom-panhar as leis, essas coisas. En-tão fica difícil pensar em cam-panha antecipadamente, comodas outras vezes. Lá pra junhopretendo fazer um planejamen-to e aí, vou pensar mais no perío-do eleitoral. Mas estou centradono mandato, até porque é isso quevai me dar a base para qualqueracontecimento político.

A relação com a regiãoPB – Uma coisa que desco-

bri forte no meu mandato foi aminha relação com a região

(Jundiaí e entornos). Gosto da-qui, sempre atuei por aqui. Porisso, meu trabalho está centradoaqui. Na assembleia sou conhe-cido como o Embaixador deJundiaí. E de verdade, tenhotentado defender esse espaço.

O partidoPB – Devo muito ao PT,

quase tudo. Mas o PCdoB me de-volveu a alegria de fazer políti-ca, que eu vinha perdendo nafase final do PT. Foi um períodode desgaste, que é natural. OPCdoB tem uma relação inter-na das mais sadias possíveis eisso me faz muito bem.

Um jeito próprio de serPB – Em todas as campanhas

que passaram pela minha vida,havia a discussão de formaçãode imagem. Eu sempre ouvi eaté usei muita coisa. Mas sem-pre procurei seguir uma linhamais natural possível. Criar umaimagem que não seja minha achoruim. Algumas pessoas me en-sinaram isso. Exemplos foram oErazê (Martinho) e o Galdino(Antônio), completamente dife-rentes e importantes para minhaformação. Do Galdino, eu pe-guei um pouco da organização,da determinação. O Erazê sem-pre foi irreverente, aparecia derepente com uma fala que ques-tionava tudo. Era o improvável.Peguei um pouco dele. Outrobom exemplo que procuro colo-car na minha carreira é o Toninho(Antonio da Costa Santos), que foiprefeito de Campinas (já faleci-do). Acredito que uma crítica con-tundente pode ser feita de ma-neira absolutamente tranquila,equilibrada. E é muito mais for-te do que um discurso gritado. Oimportante é as pessoas entende-rem a mensagem.

A política chegou

para mim como um

processo natural, uma

consequência de tudo

que fiz na minha

trajetória pública. Não

foi uma luta

desenfreada em busca

de um cargo. Por isso,

encaro as disputas com

muita serenidade.

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8 touché!

a m b i e n t e

A arte deDECORAR

A arte deDECORAR

Shopping M oferece assessoria para que os ambientes da casa reflitam a personalidade dos donos

“A decoração não se re-sume apenas na venda deum móvel, mas sim, naconcretização do sonho deuma casa decorada com har-monia e com o jeito do cli-ente”. A afirmação é da ar-quiteta Tatiana ElizabethDomingos de Sousa, queorienta os clientes doShopping M quando o as-sunto é decoração. Ela coor-dena o pessoal de móveis eexecuta toda a parte de pro-jetos na loja, há sete anos.

A profissional diz queem seu cotidiano não existerotina. “Esclareço as dúvi-das dos clientes, analiso op-ções de móveis, cores, deta-

lhes, além de desenvolverprojetos. Nunca um ambien-te é igual ao outro”, comen-ta. Para chegar ao que o cli-ente deseja, é preciso umaconversa sincera, além, cla-ro, do feeling profissional.“Precisamos conhecer a per-sonalidade de dona da casa,o que ele gosta de fazer, serecebe amigos, assiste TVetc”, conta. A maneira de sevestir, o estilo de cada um eseus costumes influenciamna escolha do ambiente.

O processo para a com-posição de cores do ambien-te também é minucioso.Para decidir o tom do sofá,também é preciso saber

qual será a cor de toda acasa: parede, tapete, cortinae outros itens que vão com-por o espaço. “A decoração éum elo, temos que analisara casa toda, se não algo ficafora da proposta”, avalia.

Outras vezes, o clientenão se preocupa com o am-biente em si, mas no acon-chego que proporcionará,da energia que vai transmi-tir. “Temos que sentir tudoisso no bate-papo”, afirma.Definir um projeto comple-to pode levar mais de ummês, pois é necessário apre-sentar opções que se ade-quem ao bolso de cada um.“Sim, levamos as necessida-

des financeiras em conside-ração”, ressalta.

Formada em Arquiteturapela PUC Campinas, Tatianasempre desejou uma áreaonde fosse possível criar li-vremente. Hoje, depois de 10anos, se sente realizada pro-fissionalmente. “Estou pre-sente numa fase de sonhos navida de cada um e isso é gra-tificante”, conclui.

Por Luciana Sanfinsse

rviç

o

Shopping MMóveis & Decoração

R. Baronesa do Japi, 452 -Centro - Jundiaí/SPFone: (11) 4522.2882Segunda a sexta das10h às 20h, sábado das9h às 17h

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9touché!

Há quem diga que não, master um animal de estimação éum dos investimentos mais sau-dáveis. Pesquisas demonstramque os bichinhos, além de en-cher a casa de alegria e sorrisos,trazem outros benefícios, comoo controle da pressão arterial,freqüência cardíaca, nível deansiedade. Oferece aos seus pro-prietários aquilo que jamais nin-guém – ou nada – pode ofere-cer: amor incondicional, fideli-dade e carinho. Idosos que pos-suem animais de estimação, porexemplo, vivem mais templo, demaneira mais saudável e agra-dável. São mais ativos e felizes,lidando melhor com o estresse.

E é exatamente o trabalho

c o l u n a p e t

UMA ESCOLHA DE SAÚDEAnimais de estimação

de cuidar dos pets que melhoraa saúde. Na sua manutenção –alimentação, limpeza, água fres-ca, toque, carinho, é que há oaumento da serotonina e a libe-ração de beta-endorfinas, redu-zindo o estresse e trazendo inú-meros benefícios. Mas, para quea vinda do bicho seja só um prazer,escolher uma raça adequada é im-portante. No Brasil, são 432 raças,segundo levantamento da Confe-deração Brasileira de Cinofilia. Osmais populares são os cães: umapopulação de 30 milhões contra 14milhões de gatos. Veja algumas su-gestões de animais que se adéquamà personalidade do dono.

EsportistaSe você gosta de esportes,

escolha um animal que tambémgoste de exercícios físicos.

• BORDER COLLIE – Cãoindependente e suporta bemmomentos de solidão. Sua altu-ra máxima é de 53cm e o preçomédio: R$ 800,00

CriançaA raça deve ter temperamen-

to calmo e tolerante, capaz deignorar excessos infantis com aplacidez de um monge budista.

• LABRADOR – Reagebem às brincadeiras infantis,mesmo às menos delicadas. Éfisicamente resistente. Alturamáxima: 55cm. Preço médio:R$ 900,00

Pessoa que mora sozinhaEscolha uma raça que reaja

MALTÊS

LABRADOR

BU

LL

DO

G I

NG

S

BORDER COLLIE

bem sozinha e exija menos cui-dados.

• BULLDOG INGLÊS –Encara bem a rotina de aparta-mento. Não ocupa muito espaçoe é silencioso em comparação aoutras raças. Altura máxima:35cm. Preço médio: R$ 2000,00

Pessoa com tempolivre de sobra

Cachorros pequenos e de-pendentes do contato humano,que não desgrudam dos donose precisam de cuidados diários.

• MALTÊS – Adora passarhoras nos braços do dono, emsilêncio. Seus pelos brancos pre-cisam de escovação diária. Al-tura máxima: 20cm. Preço mé-dio: R$ 700,00.

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10 touché!

Por Luciana Sanfins

Programa de três meses une especialidades no auxílio à perda de peso

O Desafio Touché lançado emabril, em parceria com o EspaçoAgir, já selecionou as participan-tes que farão parte do Programade Emagrecimento. Sueli Cota-relli (55) e Regiane Francisco (30)estão decididas a emagrecer comsaúde e, mais do que isso, melho-rar a alta estima.

Uma equipe de profissionais iráacompanhá-las: Cíntia de C. Gi-menes, nutricionista; Ana CláudiaPenna, educadora física; AdrianaSartori, psicóloga; Jaqueline Olivei-ra, fisioterapeuta.

Sueli Cotarelli fez diversosregimes, emagreceu e engordounovamente e estava desanimadacom os 145 quilos. “Quando li so-bre o desafio na revista, achei queseria uma chance para mim, comose fosse a última. Resolvi abra-çar a ideia”, comenta.

O histórico da obesidade deSueli está ligado a questões emo-cionais, como acontece também

com algumas mulheres. “Eu co-loco as minhas emoções na co-mida. Talvez quando estivessetriste, o mais sensato fosse an-dar alguns quilômetros, mas euprefiro andar dois passos e abrira geladeira”, conta.

Na adolescência foi jogado-ra de basquete e conseguia man-ter o peso adequado. Mas quan-do o seu filho nasceu com com-plicações de saúde, Sueli preci-sou alimentá-lo a cada meia horae, para conseguir ficar acorda-da, ela comia. “A partir daí, pas-sei dos 100 quilos e quando ten-tava emagrecer, era mais difí-cil. Não voltei a praticar espor-tes devido a problemas no ner-vo ciático. Pensei em desistir”,lembra.

Agora, ela está disposta amudar a sua alimentação e vi-ver com mais saúde. Os planospara o futuro são simples: ser fe-liz e retomar a sua carreira pro-

fissional.Regiane Francisco também

tem uma trajetória rodeada porregimes e questões emocionaisamparadas pela comida. Ela acei-tou participar do desafio porquenão consegue mais emagrecer.Atualmente, com 81 quilos, dizque o máximo que consegue per-der são três quilos. “O meu pesoestacionou. Em um descuidoganho os três quilos”, conta.

Quando começou a fazer di-eta pesava 58 quilos, passava odia concentrada no regime, maspor sofrer de sonambulismo, jáacordou com um pacote de bola-chas nas mãos. Na gravidez, en-gordou 35 quilos e, anos depois,uma separação conjugal colabo-rou para que Regiane ganhassemais alguns quilos. Nos últimosmeses, estava usando remédiospara emagrecer, mas os resulta-dos não apareceram. “O medi-camento não diminuiu o meu

apetite. Apenas senti os efeitoscolaterais”, explica.

Ela está decidida a emagre-cer e muito feliz com a oportu-nidade de ser acompanhada porprofissionais capacitados. “Que-ro voltar a ser o que eu era”, co-menta. Após o programa, eladeseja viajar. “Quero fazer umcruzeiro e ficar de biquíni semme importar com os olhares”,planeja.

Regiane Francisco

Elas aceitaram oDESAFIO

Sueli Cotarelli e equipe da esquerdapara a direita: Cíntia, Adriana,

Jaqueline e Ana Cláudia

Page 11: revista Touché! maio/2010

As obras do rodoanel impressionam. Por vários aspectos, mas nãoconsigo deixar de me fascinar pelo poder da engenharia, sua capacidadede solucionar problemas e avançar. Ideia antiga, que remonta à década de50, o Rodoanel foi possível graças à parceria do governo do Estado como Federal, utilizando financiamentos abrigados dentro do PAC (Progra-ma de Aceleração do Crescimento).

Além de desobstruir as principais artérias da cidade de São Paulo, oRodoanel deve tornar a viagem para o litoral mais rápida, segura e con-fortável. Porém, não menos barata. O tilintar das moedas na praças depedágio paulistas também impressionam pelo sua grandiosidade. Mas aí éque o fascínio vira revolta. Para alguns destinos, o preço pago pela vergo-nhosa taxa chega a superar os gastos com combustível e em 2009 osmotoristas desembolsaram nada menos que 4,5 bilhões de reais para cir-cular pelas estradas.

A indignação aumenta à medida que a distância diminui e chegou aocúmulo com a mais nova praça de pedágio em nossa região, em construçãona bucólica estrada de Itatiba, um destino de não mais de 30 quilômetros.Mas há outros exemplos, como Itu, Campinas, Atibaia (também recém inau-gurado) ou mesmo São Paulo, todos em média a 60 quilômetros de Jundiaí.

Além disso, o caixa das concessionárias deve engordar ainda maiscom o anúncio recente de que motocicletas também passarão a pagarpedágios nas estradas paulistas. Hoje 21,6 milhões de veículos (automó-veis, caminhões e ônibus) pagam pedágio. Com a inclusão de 4,2 milhõesde motos o número de pagantes aumentará em 20%.

Saber que o valor cobrado em nossas rodovias é doze vezes maior doque as Federais e que há uma previsão de mais 60 praças a médio prazoaceleram a necessidade dos contribuintes em reagir ao apetite do gover-no e das concessionárias. Por isso fiz questão de me envolver pessoal-mente em manifestações que alertam para esses abusos e convido vocêleitor para também unir-se a nós nesse protesto. Viajar com a família éuma das atividades que considero mais prazerosa, porém entendo que jápagamos impostos em demasia que nos permitiriam tranquilamente ro-dar pelas estradas com uma tarifa muito mais razoável.

VIAGEMO preço da

Por Gerson Sartori*

*Gerson Sartori, que foi vereador, presi-diu a Comissão Municipal de Emprego, o PTde Jundiaí, além de ter ocupado outros car-gos no meio sindical colocou o [email protected] à disposição paraos cidadãos que queriam se manifestar tam-bém sobre os pedágios

11touché!

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t u r i s m o

EM QUALQUER IDADE

12 touché!

Por Mônica Tozetto

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Namorados de cabelos brancos. Namorados usando piercings. Namo-rados com uma criança pelas mãos. Namorados de meia idade. Namora-dos escalando pedras. Monte Verde, uma pequena vila localizada no mu-nicípio de Camanducaia (MG) é assim: propícia para o romance, não im-porta a idade, credo, condição social. Um local onde o afeto impera, su-blime, como tem que ser.

Também não é preciso se preocupar com o que se vai fazer. Se vocêacabou de conhecer seu amor, invista num bom hotel, porque vai ficarbastante tempo lá. Se a cegonha visitou você há pouco tempo, não sepreocupe. Há opções de hospedagem onde o pequeno vai se divertir mui-to. Ele também vai gostar de caminhar nas ruas, olhando os cavalos e oscães. E vocês vão ter alguns minutos para trocar olhares cúmplices.

Namore em Monte Verde

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13touché!

Casal de meia idade, sem filhos ou os fi-lhos preferiram ficar em casa? Há restauran-tes com uma infinidade gastronômica incrí-vel para provar. Doces para as sogras. Mimospara quem ficou em casa. Depois, um vinho,lareira, confidências, lembranças.

Ah, você foi numa turma de casais! Legal.Tem lugares descolados, com um som ambi-ente maravilhoso e cartas de cervejas. Vocêsvão rir muito, falar bobagens, brincar. De-pois, separam-se e cada um vai para o seuquarto. Tem tempo para tudo!

Já sei! Você curte uma aventura. Não sepreocupe. Há de sobra. Trilhas para ex-plorar de moto, cavalo ou à pé. E, claro, aaventura de descobrir o prazer de encan-tar o parceiro.

Você já tem netos? Que bom, mas conti-nue namorando. Namorar rejuvenesce. Na-morar enche os olhos de brilho. Passeie demãos dadas com aquele que foi seu compa-nheiro de toda uma vida. Olhem juntos asestrelas, o crepitar do fogo na lareira. Falemdos sonhos realizados. Do orgulho dos filhoscriados. Da beleza em que se estão transfor-mando os netos.

Sem querer parecer clichê, o amor preci-sa ser constantemente cuidado. E Monte Ver-de, com certeza, é o lugar certo para isso. Aequipe de reportagem foi composta por umcasal que namora há bastante tempo: 23 anos.E é impressionante como o tempo volta quan-do a gente está sozinho, andando de mãosdadas. As palavras são desnecessárias. O ca-rinho é palpável. Abraçados, a gente olha prafrente, como se visse o futuro. E no futuro,estamos assim: juntinhos, pra sempre.

Feliz Dia dos Namorados!

Veja no site opções de hotéis, restaurantes, passeios, compras e trilhas

Passando pelo portal de Monte Verde, sentido cidade,à sua esquerda, está a sede da Associação de Hotéis ePousadas de Monte Verde – AHPMV. O objetivo da enti-dade é fornecer apoio total ao turista. E o serviço, de fato,é impecável. Além da simpatia no atendimento, está acompetência. A associação, inclusive, levou o primeirolugar no concurso promovido pelo Ministério de Turis-mo, como melhor gestão turística. O prêmio será entregueno 5º Salão de Turismo, que acontece entre 26 e 30 demaio, no Anhembi.

Através também do trabalho da Associação, MonteVerde ganhou o selo de Melhor destino de romance doBrasil, pelo Viaje Aqui, da Editora Abril. No guia 4Rodas, o selo de Melhor Destino de Inverno. Outraação que vem sendo um sucesso é o Natal em MonteVerde, que teve início em 2008 e ilumina toda a cida-de. No primeiro ano, o investimento foi apenas de R$30 mil, através de um trabalho árduo da Associação.No ano passado, já conseguiram R$ 150 mil e para2010, está previsto R$ 400 mil.

No site w w w. r e v i s t a t o u c h e . c o m . b r

Uma associação atuanteO gerente da AHPMV, Marcos Paulo de Souza

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Lençóis perfumados, roçarde corpos, banho, café da manhã.Estamos prontos para subir aTrilha da Pedra Redonda,indicada para toda a família. OAndré preparadíssimo, com tê-nis no pé. Eu, segundo ele, pa-recendo a Penélope Charmosa.Botas de verniz. A outra que eutinha na mala era mais delicadaainda. Seguimos o mapa, erra-mos o caminho e enfim, estacio-namos frente à subida – o iníciodela. Fácil, pensei. É apenasuma subida íngreme, que asminhas pernas exercitadas emposturas de Yoga certamentedariam conta. Primeiros obstá-culos. Barro, cocô de cavalo. Abotinha vai sentindo. É precisoolhar para não escafundar o pé.

Ah, mas tudo bem. Fácil.Tem motos por aqui. No máxi-mo vou sujar os pés. Depois, agente limpa e fica tudo novo denovo. De repente, o caminho seafunila. E tem início, então, ATRILHA. Tudo aquilo de antesera aperitivo. E você sobe, sobe,sobe e sobe. O pé escorrega.Você jura que nunca mais vaifazer aquele passeio de novo.Justo você, que odeia aventu-ras. Cruza com aqueles engra-çadinhos que falam: lá em cimatem teleférico. Outros, maisiluminados: moça, falta pouco.O marido dá a mão. Não, ele tepuxa com a mão.

E a trilha termina. Terminano paraíso. Vá!

Quem gosta de cachorros também vai seencantar com Monte Verde. Os animais, comcerteza, possuem a alma mineira. Pacatos emansos, ficam soltos pelas ruas. Mas com umaeducação espantosa. Não sujam o local e tam-bém não atrapalham o turista. Dormem en-costados a portas, nichos nas paredes. Vez ououtra, passeiam pelas lojas. Se o pedestre brin-car, eles aceitam. Se não, tudo bem, tambémnão avançam. É comum você entrar num re-cinto e encontrar um pequeno vira-lata (a mai-oria) enrodilhado num tapete. Se você quiserolhar a mercadoria atrás dele, tem que erguero pé. Ele não vai sair e nem o dono da loja vaimandar que saia. Eles são prioridade. Mastambém o cão não vai se incomodar se vocêesbarrar nele. No máximo, vai levantar a ca-beça com curiosidade – mas pouca.

Subindo naPedra Redonda

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HIS

RIA

15touché!

Encravada na Serra da Mantiqueira, Monte Verde, localizada no muni-cípio de Camanducaia, foi o cenário escolhido para a lua-de-mel de Verner eEmilia Grinberg, em 1938. Quando chegaram, o local era só uma fazenda demineiros, com cerca de quatro famílias. Para eles, o lugar lembrava sua terranatal, a Letônia. Era o paraíso que o casal sonhava. Nesse mesmo dia com-praram uma área de 5 alqueires. Depois, foram comprando outras áreas mai-ores, num total de 400 alqueires.

A ideia do nome Monte Verde também foi do casal, que relacionaramGrinberg – em alemão Grün Berg – que traduzido, significa Monte Verde.No início, para se chegar, era preciso pegar um trem de São Paulo até Vargem.Depois, seguir de jardineira até Joanópolis ou Extrema, estradinhas de terraaté o Sítio Cachoeirinha. Finalmente, trilhas estreitas – cerca de 10 quilôme-tros – a cavalo.

Depois que comprou o primeiro pedaço de terra, o casal arregaçou asmangas para transformar Monte Verde no paraíso turístico de hoje. Um localperfeito para namorar, se aventurar ou simplesmente contemplar. E parachegar, não é mais tão complicado!

Para quem faz muito tempo que não vai a Monte Verde, uma notíciaboa e outra ruim. Para quem nunca foi, também. A boa é que a estradaque liga Camanducaia a Monte Verde – cerca de 30 quilômetros – estáganhando asfalto. Esse era um dos piores trechos a se atravessar para chegar àcidade. Acredita-se que até julho, o serviço todo estará concluído. A ruim é que,saindo de Jundiaí, o turista ganhou dois pedágios, que totalizam R$ 11,80.

Estrada nova e pedágio

HIS

RIA

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Com cerca de 16 espécies, a Casa dos Beija Flores éuma das atrações do Hotel Itapuá, uma antiga fazenda deReflorestamento. Os pássaros se alimentam nos bebedou-ros espalhados na casa principal há mais de 25 anos. Deacordo com um dos proprietários, Luiz Felipe Ciscattohá todo um cuidado nesse processo. A água, que é adoçadacom açúcar cristal – por ser menos refinada – é trocadatrês vezes por dia. Uma vez na semana, todos os bebedou-ros passam por esterilização, para evitar o aparecimentode fungos, muitas vezes fatais para os bichinhos.

A antiga Fazenda Itapuá tem também outras históri-as. Diz a lenda que a moça que toma água da fonte locali-zada ao lado da igrejinha de pedra, não demora e ficagrávida. Quem quiser tentar, fica aí a dica.

Uma das mais saborosaspicanhas que já provei. Umambiente muito agradável eum atendimento nota 10.Se for tomar cerveja, peçapara ser servido pelo garçonJoão Carlos. No começo agente assusta quando eletomba o copo para derra-mar o líquido. Mas depois,pede bis.

www.itapuamonteverde.com.br

Casa dos beija-flores

Rancho da PicanhaAv. Monte Verde, 1040

(ao lado do Banco Bradesco)

Touché Recomenda

A 1.200 metros do Centro de Monte Verde, a pousada é nova,mas muito bem estruturada. O atendimento é impecável e a roupade cama perfumadíssima. Destaque também para a arquitetura epaisagem. Consulte tarifas através do site.

Pousada Bucanevewww.pousadabucaneve.com.br

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17touché!

Com uma decoração típica, peça pelo joelho defumado.O prato é na medida para duas pessoas, bem servido e deli-cioso. Av. Monte Verde, 620

Touché Recomenda

Dona de uma carta de cer-vejas com mais de 90 títulos, aCasa de Chá Beija-Flor tambémoferece aos seus clientes um car-dápio de “comidinhas” de altagastronomia, idealizado poruma das sócias, Wendy. As cer-vejas ficam por conta de FábioJoly, que presenteia os frequen-tadores com as mais deliciosascuriosidades. Como a cervejaSamichlaus, da Áustria, quepossui um teor alcoólico de 14%

Casa de Chá Beija-Flore é envazada apenas no dia deSanta Klaus, de manhã até a noi-te. A La Trappe é umaTrappistenbier, feita pelos mon-ges trapistas, que possuem seismosteiros no mundo todo. E umainfinidade de outras marcas. Nãotem como deixar de encontraruma que agrade aos mais exi-gentes paladares.

Falando em paladares exi-gentes, as porções da Beija-Flornão fazem feio à mais rara cerve-

ja. Recomendamos pasteizinhosde shimeji com shitaake, palitosde truta e rolinhos de salmão. Nãodeixe de comer também o Javalix,um sanduíche produzido com pãoproduzido na casa e que leva car-ne de javali, cebolas carameladase chutney de abacaxi.

Um dos carros chefes dacasa, porém é o Petit Gateau commorangos. O bolo quente dechocolate é maravilhoso. O re-cheio é no ponto e a textura, fres-

ca e macia. Acompanha sorve-te de creme, coulis de moran-go, morango picados echantilly. Irresistível! Vale apena sair de Jundiaí só paracomer esse doce.

A Casa de Chá Beija Floresexiste há 17 anos e também ser-ve o chá colonial completo, comprodutos idealizados e desen-volvidos na cozinha de Wendy.O cardápio é extenso. Av. Mon-te Verde, 756.

Localização privilegiada e uma vista deliciosa. O cardápio évariado e oferece rodízio de fondue. Destaque para o fondue gre-lhado de carnes, muito charmoso e bem saudável. Experimente atruta da casa, com molho de pinhão (prato de época). Perfeito!Av. Monte Verde, 635

Restaurante Lla Scaciatta

Restaurante Alpes Du Village

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l e i t u r a / v i v ê n c i a

Marcelo Cid nunca pretendeuser diplomata. Queria ser funcio-nário público e ponto. De famíliahumilde, nasceu em Jundiaí em1975 e sempre estudou em esco-las públicas, inclusive o ColégioAgrícola – ETEVAV, onde se for-mou como técnico em Segurançado Trabalho. Dono de uma men-te brilhante, porém, conseguiuuma bolsa de estudos para cur-sar Relações Internacionais, naPUC São Paulo. Nessa mesmaépoca, freqüentou o curso deLetras da USP, com enfoque emLatim.

Durante sua vida como es-tudante universitário, traba-lhou como tradutor, professor deinglês. “Até professor universi-tário fui, por um tempo”, reve-la. E, depois de formado suameta seria o funcionalismo pú-blico, mesmo que muitos cole-gas comentassem sobre o con-curso para diplomata e estives-sem prestando a prova.

Com o diploma nas mãos,Cid mudou de ideia. Passadosdois anos e depois de três tenta-tivas, em 2003 passava no con-curso. Rumou, então, para o Ins-tituto Rio Branco, em Brasília eestagiou no Departamento Con-sular do Itamaraty. Lá, traba-lhou na Divisão de Documenta-ção e Arquivos, quando ficou sobsua responsabilidade a Biblio-teca do Ministério.

De acordo com o Cid, foi nadivisão de Estados Unidos eCanadá que o trabalho verda-

Um jundiaiense na

NO SRI LANKAdeiramente diplomático come-çou. Depois, ele ficou algunsmeses no Uruguai e voltou àBrasília. Em 2008 foi para o SriLanka, onde o Brasil havia aca-bado de abrir sua embaixada.

Na verdade, a carreira émuito variada. “Um diplomatapode trabalhar com administra-ção, finanças, relações bilateraisentre outras. O leque é exten-so”, explica. No Sri Lanka, em-baixada pequena, a rotina émuito irregular, porque todas astarefas devem ser divididas en-tre os funcionários. Isso compli-ca quando alguém sai de fériasou está indisponível. Lá ele fazde tudo um pouco, mas se con-centra na administração, emitin-do contratos, cuidando do pes-soal, compras, pagamentos etc.Trabalha também nos contatosdiplomáticos com o governo lo-cal e assuntos consulares, aten-dendo os poucos brasileiros quevivem no país. “Atendo tambémos cingaleses que precisam devisto para o Brasil”, diz.

Há dois anos no país, Ciddeve ainda ficar alguns meses,depois vai para Berlim. Para ele,a estada no Sri Lanka foi inte-ressante por diversos aspectos.Viu a história se desenrolar nafrente de seus olhos (leia depoi-mento). Em nível pessoal, achouo período mais tenso e difícil doque esperava. Porém, o que vaiguardar na lembrança será ocarinho de um local acolhedor eque ainda considera exótico.

EMBAIXADA

“Cheguei no Sri Lanka nummomento crucial de sua histó-ria, no ponto culminante de 30anos de lutas fratricidas entretâmeis radicais e cingaleses. OSri Lanka é composto basica-mente dessas duas etnias, a mai-oria cingalesa (budista, com lín-gua própria) e a minoria tâmil(hindu, ligados à cultura do sulda Índia). Quando cheguei, ogoverno de Mahinda Rajapaksatinha endurecido na luta contraos terroristas do LTTE(Liberation Tigers of TamilEelam), cujo objetivo era criarum estado tâmil no norte do SriLanka (país muito pequeno). Ogoverno não poupou esforços,comprando armamento de di-versos países e enviando milha-res de soldados para a batalha.

DEPOIMENTOS

Os terroristas tâmeis obviamen-te revidaram, aumentando osataques terroristas no país, emuito sangue correu em Co-lombo, capital do país, com ho-mens-bomba explodindo emônibus e trens lotados. Meu co-tidiano nesses dois anos foi bemtenso. Quando meu carro para-va ao lado de um ônibus, eu que-ria sair logo dali... No final daguerra, um avião do LTTE, car-regado de explosivos, em mis-são suicida foi jogado contra umprédio do Exército cingalês –isso tudo muito perto de ondeeu moro. A guerra acabou emmaio de 2009, com a morte dolíder do LTTE, Prabhakaram eo desmantelamento do grupo.Talvez ainda haja grupos arma-dos esperando o renascimentodo LTTE ou o surgimento de umnovo líder, mas o fato é que ago-ra o país está bem mais tranqüi-lo. Há menos soldados nas ruase os turistas estão voltando. Umdos resultados da guerra, oumelhor, da vitória do presiden-te Rajapaksa, foi seu fortaleci-mento político, o que redundaàs vezes em radicalização deseus seguidores contra a opiniãocontrária (jornalistas forammisteriosamente assassinadosno auge da guerra)”

Marcelo Cid

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19touché!

Movido pela certeza deque “os fins justificam osmeios”, o anti-herói acabanos convencendo de que estácerto e é o mocinho da his-tória, sem percebermos queseus métodos não são lámuito justos. Exemplos nãofaltam. Um dos mais famo-sos anti-heróis é RobinHood. Tudo bem dar aospobres, mas roubar dos ri-cos? Ou o simpático pirataJack Sparrow que, para sal-var a própria pele, acabaajudando todo mundo semquerer. Bella anda em dúvi-da se fica com o românticovampiro Edward Cullen oucom o charmoso lobisomemJacob Black, dois seres que,em essência, são comedores

Érica TomaziniFormada em

Produção Editorial,trabalha na área política

O anti-heróiLITERÁRIO

de gente.Em “Os Unicórnios”, de

Marcelo Cid, mais uma vezsomos apresentados a al-guém simpático e charmoso,mas cheio de razões questio-náveis. “Atrás de toda fortu-

na há um crime?” pergun-ta-se Artur Borges ao apre-ciar sua preciosa biblioteca,fruto do que ele chamou degatunagem literária. Depoisde perder sua coleção de li-vros em um incêndio, esseprofessor universitário re-solve recuperá-la, desta vez,com livros roubados. É cla-ro que torcemos para queele nunca seja pego e consi-ga uma biblioteca fantásti-ca, cheia de raridades lite-rárias.

O livro traz, ainda, outratrama paralela: a busca por umoriginal inédito que fará a famada editora onde Borges traba-lha. Haverá de fato o tal ma-nuscrito a ser descoberto? Nos-so querido gatuno será des-

l i t e r a t u r a

mascarado? O que são osunicórnios? Suspense e um to-que de romance dão o acaba-mento à obra.

É um livro sobre o amorfísico aos livros, sobre o de-sejo de tê-los em mãos, detocá-los, possuí-los, sentir atextura de suas páginas, seucheiro, seu peso. E, além dotátil prazer, um amor espi-ritual, desejoso de devorara alma que cada palavracontém.

O anti-herói é um tipo bastante interessante. Não há quem não se apaixone porsua personalidade forte e sua determinação em conseguir tudo o que busca, mesmoque seja para si mesmo - o que é sempre o caso. É o mais humano dos personagens,aquele com quem mais nos identificamos, e é por isso que a literatura e o cinemavivem lançando mão dele sempre que querem nos pegar.

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20 touché!

v i v e r b e m

Fernando BalbinoGraduado em Educação Física

pela UNESP de Rio Claro,mestre em Filosofia da

Educação pela UNIMEP,doutor em Ciências Sociais

pela PUC de São [email protected]

O QUE NOS FAZ FELIZ?

O filme Avatar e os novosrumos da qualidade de vida:

O filme, recordista de bilhe-teria e com grandes inovaçõestecnológicas, pode nos ajudar apensar sobre nosso estilo devida: no mundo globalizado ecom mais gente nas redes de in-formação, questionamentosquanto a qualidade de vida sãoos mesmos em qualquer lugardo mundo. De certa forma, to-dos os que vivem nos grandescentros urbanos do planeta es-tão sujeitos aos mesmos estilosde vida: muito trabalho, poucaatividade física, pouco lazer,stress, problemas de saúde, vidade consumos e outros questio-namentos que se fazem sobre avida na atualidade. Estudosapresentam indicadores sobre abaixa qualidade de vida em to-dos os países, apesar do melhoracesso as tecnologias e bens ma-teriais. E quem está livre detudo isto? Somos todos prisio-neiros das mesmas dificuldadesnesta grande aldeia global.

Como no filme, a vida co-tidiana nos aponta a confronta-ção entre os incríveis avançosoriundos da tecnologia com asnecessidades básicas da existên-cia de nossa espécie. Para JamesCameron, criador do filmeAvatar, a mensagem mais im-

Incrível pensar em milhões de pessoas, por todo o mundo, assistindo e conversando sobre o filme

Avatar. O mundo fica menor e mais igual a cada dia que passa. Assustador e ao mesmo tempo

fabuloso, as mesmas coisas são feitas em diferentes lugares da Terra. Voltando a Avatar, pessoas

ocupam parte do tempo debatendo a tecnologia 3D utilizada no filme e o enredo de conflitos

apresentados entre terráqueos cheios de tecnologias, que destruíram seu próprio planeta e buscam

usurpar de um povo alienígena, seu bem mais precioso: a vida simples, em contato com animais,

entidades e a natureza. Novamente, em mais um filme de enredo previsível, o confronto entre o

máximo da tecnologia e os valores que talvez realmente interessem.

portante de sua obra é transmi-tir a urgência de preservação doplaneta terra, o que pode ser fei-to através da vida em comunhãocom a natureza, residindo o pa-radoxo no fato de que sem a exis-tência e utilização de computa-dores e câmeras especiais dealtíssima tecnologia o filme sim-plesmente não aconteceria. Tal-vez por isto, algumas pessoas secolocam de maneira bastantecética sobre a vida realmente termelhorado com toda esta “neces-sidade” de consumir e obter maistecnologia. Provavelmente elasestejam corretas, ao menos emalguns aspectos.

E o que fazer? Embora oconceito de qualidade de vidaseja diferente de pessoa parapessoa, talvez a negação ou aomenos o uso moderado de algu-mas modernidades sejam asúnicas formas de se viver me-lhor. Nesta esteira estão movi-mentos como Consumo Consci-ente, Slow Food, Ciclovias,Reciclagem, Vida Simples, en-tre inúmeras outras propostasde resistência as regras e dita-mes do mercado. Se não resol-vem, ao menos começam o de-bate sobre a necessidade de al-gum equilíbrio interior.

Por vivermos em sociedade,devemos estar atentos e não cairna ilusão de que nossa felicida-de está embutida nos produtosque adquirimos. Empresas pro-metem que determinados con-sumos e estilos de vida são im-periosos para se ter uma vidamais feliz, saudável e com maislongevidade. Será? Desconfie!Resistir é necessário e refletirimperioso. Se não nos falta in-formação, conhecimento e ciên-cia sobre o que fazer para obtermais qualidade de vida, por quenão somos uma população maisfeliz? Também porque estamossujeitos as necessidades impos-tas pelas pressões da sociedade.

Se o livre pensar avança, seliberdade de escolha é uma rea-lidade, há uma distância inter-planetária entre o que verdadei-ramente precisamos, o que que-remos e o que conseguimos fa-zer com e por nossa qualidadede vida. Hábitos e comporta-mentos estão sempre relacio-nados a sociedade em que sevive, estilo de vida, trabalho,condição econômica e culturalde um povo ou pessoa. Cadarecorte histórico aprisiona ouliberta o homem para esta ouaquela atividade, valorizando

determinados hábitos em de-trimento de outros, não nos es-quecendo que sempre existeuma grande manipulação doque realmente importa.

Mas alguns conseguem fu-rar este cerco. Seja também umdeles. Se por um lado o filmeAvatar foi o mais comentado e amaior bilheteria de todos ostempos, por outro perdeu o Os-car de melhor filme para umaprodução bem mais barata, con-siderada mais inteligente, comuma mensagem e proposta ino-vadora e, por incrível ironia dodestino, o filme concorrente nas-ceu na mesma casa, feito pela ex-mulher de Cameron. Vamos bus-car o que realmente nos interes-sa e o que é verdadeiramenteimportante para nossa qualida-de de vida! E boa sorte!

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21touché!

t e c n o l o g i a

André Barros zera o volumedo seu iphone quando está nocinema. Mas não desliga. Três

filhos em casa parecem superara ideia de qualquer etiqueta.

Ninguém nunca falou que eleera coerente.

[email protected]

As mudanças provo-cadas pela revolução digitalparecem não cessar a trans-formação do nosso cotidia-no. Vamos incorporando no-vidades velozmente, e sómesmo quando paramospara refletir, quando olha-mos para trás nos damosconta dessa nova realidade.Enquanto muitas ações es-tabeleceram parâmetrosmais agradáveis anossa vida, ou-tra infelizmen-te tornaram ac o n v i v ê n c i amuito maiscomplica-

Etiqueta DIGITALda. Quase insuportável.

Assim defendo a ideia dauma etiqueta digital. Quan-do digo etiqueta porém nãome refiro a algo que serácolocado nas mercadoriaspara baixar estoques, verpreços ou outras moder-nidades. Estou afirmandoque a preservar o ambienteque nos envolve, manter aboa educação, respeitar as

pessoas sãoatitudes quep r e c i s a m

migrar também para os no-vos tempos.

Em se tratando de hábi-tos quase insuportáveis, umrelativamente novo vem me-recendo minha atenção oumelhor, meu ódio. Ele vemdos celulares onde já não épossível falar de uma manei-ra convencional, ao pé do ou-vido como se diz. Agora épreciso gritar longe dos bo-cais e também escutar de umamaneira aberta, lembrandoos não menos nefastos oktoq.A esfera privada dos celula-res, que é verdade já incomo-davam em lugares como tea-tro, cinemas e restaurante, es-vaiu-se para dar lugar a algo

ainda mais tenebroso.Conversas privadas

romperam o cochicho ese transformaramem exibições pú-blicas, com o seuamigo do ladocompart i lhandoseus negócios, suaspiadas, seus na-moros e outrasinconveniências.

Adoro tecnologia e acho queuma das suas maiores vir-tudes e contribuir para a ex-pressão das pessoas, mesmodaquelas mais tímidas,introvertidas que muitasvezes até pouco saem parase divertir. O problema équando o uso de determina-das tecnologias incomoda ooutro, lembrando que a nos-sa liberdade termina quan-do a do seu vizinho começa.

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22 touché!

t a s t e

Godofrêdo SampaioMédico, escritor e aficionado

por vinhos, charutos e boa [email protected]

Nada fica sempre igual noOUTONO DE CAMPINAS

O azul profundo das noites de outono reflete o romantismo desta estação, que parece criada

para encontros, flertes e celebrações. A temperatura elevada do verão dá lugar aos primeiros sopros

do frio que antecede o inverno. Certa vez, li uma frase atribuída ao Dalai Lama sobre o outono que

dizia que nesta estação “nada fica sempre igual”. É essa atmosfera que melhor define as noites de

outono em Campinas. São casas elegantes, gente de bom gosto e de tratos finos, afinal, tudo muda

a partir do equinócio de março no hemisfério sul.

Campinas fica aqui ao lado.Perto da Malota, da ChácaraUrbana, da Ponte de São João.Quase faz fronteira com o Ca-xambú, mas, de concreto, nosliga em apenas trinta minutospor duas rodovias com aparên-cia de avenidas centrais. Aquiestamos nós, buscando diversão,descontração, novos rumos. Naoutra ponta da pista abre-se umametrópole com o jeito manso dointerior e inúmeras opções paragastar algumas boas horas denosso tempo. Se você decidir poruma noite agradável, num baragitado ou num restauranteintimista, por um destilado ouum bom vinho, anote essas di-cas e siga a rota em direção aointerior do estado.

Os inúmeros restaurantespremiados de Campinas possu-em o sotaque dos lugares maisbadalados do mundo. Dos pra-tos típicos brasileiros à cozinhainternacional, tem opção para

todos os anseios. Muitos dessesestabelecimentos estão no cor-redor entre os bairros doCambuí, Gramado, Sousas e Jo-aquim Egídio. É no Cambuí quefica o Olivetto Restaurante eEnoteca – (Av Coronel SilvaTelles, 843 - Fones 19 3294-8133 e 3294-8017), o lugar ide-al para saborear pratos bem ela-borados, acompanhados de ex-celentes vinhos. Uma vez pormês a casa promove um jantarde harmonização composto deentrada, três pratos, sobremesae seis vinhos distintos. É umaboa oportunidade para quemdeseja começar na difícil arte deharmonizar pratos e bebidas.

O Baracat Restaurante eBuffet, na Rua Coronel Francis-co de Andrade Coutinho, 177,Cambuí – Fones 19 3295-7575e 3251-3716, é outro restauran-te premiado. O cardápio é bemeclético, porém elaborado combase nas culinárias francesas e

italianas. No último final de se-mana do mês a casa promove umjantar gourmet, quando são ser-vidos os novos pratos criadospelo Chef restauranteur MarcoBaracat, acompanhados de vi-nhos selecionados para cada oca-sião. Também na linha dos fran-ceses, embora com o toque daculinária mediterrânea, o pre-miadíssimo Le Troquet (RuaRei Salomão, 161 – Fone 193258-1993) é uma referência daalta gastronomia da cidade. LeTroquet significa a troca, comér-cio de mercadorias, porém aquidenota o sentido de troca entrepessoas, ou melhor, lugar de en-contros.

No quesito bares, botecos ecomidinhas, o primeiro desta-que é o badalado Bar do Marce-linho (Rua Heitor Penteado,1113, Joaquim Egídio – Fones19 9229-1381 e 9226-8319). Éo point certo para uma boa cer-veja e pratos da culinária brasi-

leira. Os caixotes de madeiradispostos sobre a calçada, ondese pode apreciar o movimentodo bairro, contracena com a fa-chada do casarão onde fica o bar.No estilo mais elegante, oSeoRosa do bairro Gramado(Alameda dos Vidoeiros, 433 –Fone 19 3251-8555) é a refe-rência quando a questão é umbom petisco no lugar apropria-do para paquerar. Nessa mesmalinha, o Buteco São Bento (RuaDr. Emílo Ribas, 619 – Cambuí– Fone 19 3259-1674) é umacasa charmosa, originária dogrupo paulistano Dona Flor Bar.Tem boa programação musical,é frequentada por gente bonitae dispõe de cardápio inusitado.Se a pedida for agito, esse é oendereço que você procura. Comares de boemia, o Astor (Rua Dr.Emílio Ribas, 470 – Cambuí –Fone 19 3254-0704) é um barcom sedução cosmopolita, quesegue as tendências da matrizpaulistana instalada na VilaMadalena. Para quem gosta deum chope bem tirado, ou de umdestilado para acompanhar co-midinhas, não deve perder tem-po procurando outro endereço.

São locais como estes quefazem de Campinas uma cidadesingular. Certamente você jádeve ter frequentado outras ca-sas com características seme-lhantes, mas, tente uma das op-ções aqui incluídas e saberá porque “nada fica sempre igual” nooutono de Campinas.

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