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Season_6

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Sexta edição da revista revista brasileira sobre seriados.
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24 HORAS. PRISOn BREAK. LOst. Comparamos 3 grandes shows, veja os resultados! www.revistaseason.wordpress.com Nº6 Set/Out.2008 A LEI PROIBE AS LEGENDAS? Prison Break, pode ser cancelada por falta de audiência?
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24 HOR

AS.

PRISOn

BREAK

.

LOst.

Comparamos 3 grandes shows, veja os resultados!

www.revistaseason.wordpress.com

Nº6 Set/Out.2008

A LEI PROIBE AS

LEGENDAS?

Prison Break, pode ser cancelada por falta de audiência?

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QUARTA TEMPORADA

FOX

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ÍNDICE número 6 ¬ setembro/outubro de 2008

¬LOST7. Ficha dos personagens.13. Kate Austen, uma vida de fuga.23. Estações Dharma - O Espe-lho.42. Porque gosta de pizza?52. Saiba porque muitos fãs não vão curtir o último capítulo de Lost.

¬DEXTER16. Monstros também têm senti-mentos.

¬PUSHING DAISIES18. Doce sabor da morte.

¬SEÇÃO FLASHBACK20. Arquivo X - A verdade está lá fora.

¬PRISON BREAK15. Será realmente o fim do tú-nel para uma série tão aclamada pelos fãs brasileiros?

¬NIP/TUCK24. A beleza é uma maldição.

¬ENTREVISTA26. Pedro Araujo fala sobre seus

projetos e sobre o “Blog na TV”.

¬BAND OF BROTHERS31. Companhia de heróis.

¬SEASON30. “Legendar”, é crime?

¬CAPA35. Prison Break, Lost e 24 Ho-ras: batalha justa pela liderança.

¬CSI40. Investigação criminal.

¬BÔNUS SEASON44. Sussuros no vento.

¬SUPERNATURAL50. Ser ou não ser? Eis a ques-tão.

34O Óraculo de Desmond

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CONVIDO VOCÊ LEITOR a brindar esta nova edi-

ção recheada de grandes sucessos da televisão

de hoje e de ontem. Como seriam os seriados

atuais sem a influência dos pioneiros? Talvez

nestas páginas você encontre alguns detalhes lá

de 1980 que podem estar presentes hoje no seu

seriado preferido, grandes produtores sabem

aproveitar os mínimos detalhes e transportá-los

para nossa realidade. Isso leva a um “combate”

entre as emissoras quanto a público, orçamento

gasto, audiência e tantos outros fatos que sim-

bolizam a aceitação e fascinação das pessoas

pelo que estão visualizando. A Season vem evo-

luindo, a equipe Season unida vem evoluindo,

estamos expandindo nossas páginas graças a

confiança que nos está sendo concedida. A cada

nova edição atentamos o nosso olhar para o de-

sejo de vocês leitores e esperamos corresponder

positivamente aos requisítos do sucesso. Grande

abraço a todos.

Janssen Barufe Miane Nabarro

- [email protected]

>: EDITORIAL¬LOST7. Ficha dos personagens.13. Kate Austen, uma vida de fuga.23. Estações Dharma - O Espe-lho.42. Porque gosta de pizza?52. Saiba porque muitos fãs não vão curtir o último capítulo de Lost.

¬DEXTER16. Monstros também têm senti-mentos.

¬PUSHING DAISIES18. Doce sabor da morte.

¬SEÇÃO FLASHBACK20. Arquivo X - A verdade está lá fora.

¬PRISON BREAK15. Será realmente o fim do tú-nel para uma série tão aclamada pelos fãs brasileiros?

¬NIP/TUCK24. A beleza é uma maldição.

¬ENTREVISTA26. Pedro Araujo fala sobre seus

projetos e sobre o “Blog na TV”.

¬BAND OF BROTHERS31. Companhia de heróis.

¬SEASON30. “Legendar”, é crime?

¬CAPA35. Prison Break, Lost e 24 Ho-ras: batalha justa pela liderança.

¬CSI40. Investigação criminal.

¬BÔNUS SEASON44. Sussuros no vento.

¬SUPERNATURAL50. Ser ou não ser? Eis a ques-tão.

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[EXPEDIENTE]EDITOR GERAL

JANSSEN BARUFE MIANE NABARRO

DIRETOR GERALVICTOR DARMO

DESIGN JANSSEN BARUFE MIANE NABARRO

JADER MIANE NABARRO

PUBLICIDADEDANIEL AUGUSTO SILVA VARELLA

COLUNISTASANGENOR SANTOS

CAIO WERNER GROSSL DE MELLOLUANA CAROLINA COSTA COELHO

LUIZ EDUARDO GUEDESMARCUS ALMEIDA DE SOUZA

TIELI NAKAMURATHIAGO BASTOS

THIAGO DE SOUZA LIMAVAGNER WOJCICKOSKI

VICTOR DARMO

REVISÃO FINALMARCUS VINÍCIUS DE MORAES

TRADUÇÃO E ADAPTAÇÃO

THIAGO DE SOUZA LIMA

COLABORADORESDANIEL NEGREIROS ARAÚJO

DANIELLE M.FÁBIO HOFNIKKELLI SOUZA

LUCAS BENICÁ PEREIRALUIGI FONTENELLETATIANE STORCH

APOIOBLOG NA TV

CALDEIRÃO DE SÉRIESCOMENTÁRIOS EM SÉRIE

DARKUFODUDE WE ARE LOST

FORA DE SÉRIEISFREEPOP

LOST ESCOTILHA BRASILLOST IN LOST

LOSTPEDIAPORTAL LOST BRASIL

QUER CAFETEORIAS LOST

Quer ser parceiro, anunciar ou se

corresponder com a [email protected]

No orkutRevista Season

revistaseason.wordpress.com

Revista

seas noo nseas

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Richard Alpert recruta pessoas para a Mittelos Bioscience Corporation. Porém, apesar disso ser verdade ou não, ou mesmo se existe uma Mitte-los Bioscience, ele foi chamado em

questão quando se revelou que ele é um dos Outros. É provavelmente o membro mais velho do Time O. Richard estava presente no hospital logo após o nascimento de Locke, observan-do-o em uma incubadora através de uma ja-nela. Alguns anos mais tarde, ele visitou Locke que estava sob cuidados de pais adotivos, e lhe aplicou um teste. Oferecendo-lhe uma luva de baseball, um livro de leis, um vidro com cinzas, uma bússola, uma revista em quadri-nhos e uma faca, disse à Locke para escolher os objetos que lhe pertenciam. Locke inicialmente pegou o vidro com cinzas e a bússola, para a felicidade de Richard. Assim que Locke pegou a faca, Richard indignado alegou que foi uma res-posta errada, e retirou-se apressadamente. Vários anos atrás, Richard encontrou Ben pequeno na selva. Embora que isso tenha ocor-rido mais ou menos 30 anos atrás (Ben tinha 10 anos, e agora tem 40) Richard parecia ter a mes-ma idade que tem agora. A única diferença física era seu cabelo comprido. Ben pergunta a Richard se ele é um dos hostis, e Richard pergunta se ele sabe o que esse termo significa. Ben diz a Richard que está procurando por sua mãe, e que teve visões dela. Ben pede para ir com ele. Ri-chard diz que se ele realmente quiser ir com ele, ele pode, mas precisa pensar mais a respeito. Ben então volta para seu acampamento. Vários anos depois, Richard participou da purgação. É revelado que Ben trabalhava secre-tamente com ele. Quando Ben e Richard se reú-nem depois da purgação, Richard está claramen-te perturbado pelas ações que ele e seu povo cometeram, matando os membros da Iniciativa Dharma. Ele pergunta a Ben se ele quer que eles busquem o corpo de seu pai, e Ben diz para dei-

xá-lo lá. Ele trabalhava com Ethan Rom para recru-tar Juliet no seu laboratório, que ele dizia existir em uma área perto de Portland. Porém, depois, ele disse que o laboratório nao ficava “exatamen-te” em Portland. Junto com Ethan, Richard leva Juliet para um aeroporto misterioso e no salão da Herarat Aviation. No terminal aéreo Richard e Ethan dão um suco de laranja com tranqüilizantes para Ju-liet, o qual ela bebe. Logo depois do acidente do vôo 815, Ri-chard está no mundo exterior, aonde ele filma a irmã de Juliet e seu sobrinho. Richard não apare-ce, mas Ben se refere a ele pelo nome. De volta Richard estava na vila dos Outros, e foi pedido, por Ben para ir chamar o “Homem de Tallahassee.” Depois acompanhou Ben para pegar Locke capturado, e os dois levaram Locke para uma sala onde o pai de Locke, Anthony Coo-per, estava prisioneiro em uma cadeira de rodas. Mais ou menos uma semana depois, de-pois de Locke falhar em matar seu pai como um pedido de Ben, Richard vai conversar com Locke e explica a ele que Ben sabia que ele não conse-guiria matar seu próprio pai, e estava tentando envergonhá-lo na frente de todos os Outros para que eles não pensassem que Locke é “especial”

¬ FICHA DOS PERSONAGENS por Luiz Eduardo

Richard, Vincent e Boone

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como haviam pensado quando eles ouviram que a paralisia de Locke foi curada quando ele che-gou na ilha. Durante essa conversa com Locke, ele questiona a liderança de Ben, dizendo que ele está perdendo tempo com o trabalho nas mulhe-res grávidas, e diz a Locke que existem razões bem mais importantes para eles estarem na ilha. Ele encoraja Locke a matar seu pai para acelerar o processo e sugere que ele deveria recrutar al-guém para fazer isso. Ele então dá a Locke um arquivo sobre a vida de Sawyer, e pede que ele leia e convença Sawyer a matar Cooper ao invés de Locke. Um dia depois, Richard pergunta a Ben se ele deveria levar o gravador de volta a es-tação médica para Juliet. Ben fica bravo, e diz que pensava que Richard já havia feito isso. Ben percebe que seu gravador está sumido. Mais tar-de, Richard está presente quando Locke chega ao acampamento e quando Locke alega que Ben o levará para ver Jacob. Quando Locke começa a bater em Mikhail, nem Tom e nem Richard aten-dem a ordem de Ben para ajudar Mikhail. Quando Bem retorna, Richard o pergunta sobre sua ida ao Jacob. Richard parece se pre-ocupar quando Ben reivindica que Locke sofreu um “acidente” na jornada, e está presente quan-do Ben diz a Pryce para levar imediatamente sua equipe ao acampamento dos Losties, o que é me-lhor do que esperar até a noite seguinte, como tinha sido combinado no plano original. Richard estava pre-sente quando Ben foi con-tatado por Bonnie que avi-sou sobre a presença de Charlie na Escotilha Sub-marina. O líder dos Outros mandou que Bakunin fos-

se até lá. Logo depois ele ficou sabendo sobre a explosão das tendas na praia e no dia seguinte, resolveu interceptar os sobreviventes no caminho para a Torre de Rádio para convencê-los a não usarem o telefone de Naomi. Richard disse que não era uma boa idéia, pois o Outros já estavam estranhando os planos de Ben, de terem que dei-xar suas casas e sobre o que tinha acontecido com Jacob e com Locke. Mas o líder dos outros estava irredutível e disse que iria mesmo assim. Richard lembrou-o do fato que seria um contra quarenta, mas Ben estava mesmo decidido a ir. Richard intercepta Sayid e Kate enquanto eles procuram por Jack. Ele fala para eles abai-xarem suas armas, revelando que eles estavam cercados por vários Outros. Richard fez um acor-do com Sayid e Kate, propondo que se eles aju-dassem os Outros a resgatar Ben, eles poderiam sair da ilha usando o Helicóptero. Depois da em-boscada contra os mercenários, e uma luta corpo a corpo de Sayid contra Keamy, Richard salvou Sayid atirando nas costas de Keamy. Depois de Richard contar a Ben sobre o trato, Ben decide deixar Kate e Sayid irem, e Richard e seu grupo irem em direção ao acampamento secundário, 2 milhas a leste da Orquídea para esperar por Lo-cke.

Richard conversando com Locke sobre Sawyer.8

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Vincent é o labrador amarelo de Walt. Ele pertencia a Brian Porter, o pai ado-tivo de Walt. Após a morte de Susan, mãe de Walt, Michael tomou Vincent de Brian sem sua permissão. Quando

Walt questionou, dizendo que Vincent pertencia a Brian, Michael disse a Walt que Brian deu o ca-chorro a ele. Ele fez isso tanto pra consolar seu filho quanto por causa do seu descontentamento em relação a Brian. Durante o vôo 815 da Oceanic, Vincent es-tava provavelmente no compartimento de baga-gem do avião. Vincent foi visto primeiro por Jack depois do acidente vagueando livre na floresta. Walt gas-tou a maior parte do seu tempo, logo que caiu na ilha, procurando por Vincent, criando assim con-flito com Michael, que queria que ele ficasse por perto. Quando Michael mencionou sobre Vincent para Jack, Jack revelou que o cachorro estava bem. Depois, Vincent retornou ao acampamento quando Locke usou o apito que ele tinha cons-truído. Locke levou Vincent a Michael para que ele o levasse a Walt, fazendo assim com que se reconciliasse com seu filho. Quando Walt partiu com Michael pra bus-car resgate na balsa, ele deixou Vincent sob os cuidados de Shannon. Vincent tentou nadar até Walt, mas logo retornou a praia, talvez sentin-do que algo de ruim iria acontecer com a balsa e com Walt. Nos dias seguintes, Vincent serviu como uma fonte de conforto e distração para Shannon, que tinha recentemente sofrido a per-da de seu irmão, Boone. Após a morte de Shannon, o seqüestro de Walt e desaparecimento de Michael, Vincent fez companhia a Ana-Lucia quando ela se juntou aos sobreviventes na praia. A amizade deles du-rou pouco, sendo que Michael matou Ana Lúcia quando retornou. Vincent também estava presente antes de Charlie atacar Sun, embora ele não tenha latido nem a defendido. É possível que, se ele ainda estive por perto, tenha reconhecido Charlie e por isso não viu nenhuma razão para fazer alarde. Vincent fez amizade com vários persona-gens na ilha, e não tem um “dono” próprio por esse motivo. Ele foi visto com Sawyer, que esta-va o alimentando e cuidando dele. Ele encontrou as estátuas da Virgem Maria na tenda de Sa-

wyer e levou até Charlie. Vincent surgiu da floresta ante Hurley e Charlie com um esqueleto de braço humano em sua boca. A mão segurava um chaveiro com uma chave e um pé de coelho. Ele conduziu Hurley por dentro da floresta, e eventualmente até a Kombi da Dharma de onde tirou a chave e o esqueleto. Vincent permaneceu com Hurley, Charlie, Jin e Sawyer enquanto eles olhavam a kombi, e depois embarcou com eles na jornada onde Hurley con-seguiu que a kombi funcionasse. Vincent retirou a coberta de Paulo e Ni-kki quando estavam paralisados e enquanto os sobreviventes presumiam que estavam mortos e preparavam seu enterro. É muito provável que Vincent soubesse que ainda estavam vivos, le-vando em conta a alta percepção própria dos ca-chorros. Mais tarde, quando os sobreviventes vão deixar o acampamento para irem até a torre de rádio, Hurley fica encarregado de levar Vincent em sua coleira. Mais tarde nota-se que Vincent, enquanto passa pelas rochas, não quer continu-ar o caminho, tentando puxar Hurley para longe, claro isso também pode ser um erro de gravação, mas labradores geralmente gostam de água. Vincent é levado junto para a parte da frente do avião, aonde ele vai com o grupo de Lo-cke, já que Claire e Hurley, que estão cuidando do cachorro, escolhem esse grupo. No dia seguinte, o grupo de Locke encontra a pára-quedista Char-lotte no rio. A ruiva explica que tem um trans-ponder, que serviria para o grupo do cargueiro a encontrar, o que Locke responde que eles não

Vinc

ent

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querem ser encontrados. Alguém, possivelmente do grupo de Locke, amarra o transponders no corpo de Vincent e esse sai pela floresta e é en-contrado pelo grupo de Jack, que pensa que era Charlotte. Dias depois, Vincent é visto sendo acari-ciando por Jin e Sun, visto que o cachorro havia voltado para a praia quando foi solto por Locke. Três dias depois, Vincent é quem descobre o cor-po de Ray no mar. Ele começa a latir para chamar a atenção do pessoal e Bernard vai ver o que está acontecendo. Assim, Bernard grita por ajuda e Vincent continua latindo para o corpo.

Boone Carlyle era filho de Sabrina Carlyle e enteado de Adam Rutherford, que se casaram quando ele tinha 10 anos. Bo-one é meio-irmão de Shannon Ruther-ford, que é dois anos mais nova que

ele. Quando Boone tinha seis anos de idade, ele possuia uma babá chamada Theresa, que que-brou o pescoço ao cair das escadas respondendo ao seu chamado. De acordo com Shannon, ele não dá crédito a armas, ainda assim acompanha desfiles, apesar de Boone negar tal informação. Ela também conta a Hurley que ele é um político de orientação Liberal. Depois do acidente do vôo 815, Boone, na ocasião com 22 anos de idade, ajudou Jack a salvar vários passageiros da explosão dos destro-ços do avião. Enquanto estava disposto a ajudar, fez muitas coisas erradas no pânico do momen-to. Ele aplicou respiração boca-a-boca em Rose, soprando ar em seu estômago, antes que Jack o impedisse e mandasse que ele pegasse algumas canetas para fazer um traqueotomia. Mais tarde naquele dia, Boone ofereceu uma barra de cho-colate a Shannon e ela recusou dizendo que ia comer algo melhor no barco de resgate. Ansioso para se redimir, Boone ficou com a responsabili-dade de ficar de olho nos sobreviventes feridos enquanto Jack foi até o cockpit. No dia seguinte, ele foi com Sayid, Kate, Charlie, Shannon, e Sawyer até um local mais alto para mandar uma mensagem angustiada.

Eles estavam andando pela selva quando foram atacados por um urso polar. Sawyer atirou nele e o matou, e eles continuaram na busca por um

local para enviar a mensagem, mas eles não con-seguiram obter um sinal. Na volta, eles tentaram encontrar um si-nal, Boone roubou a arma de Sawyer, que estava sonolento, e quando perguntaram o ele o porquê de ter feito isso, ele respondeu que alguém de-veria ficar de guarda com a arma. O grupo en-tregou a arma a Kate pensando que ela era de confiança. Quando eles chegaram à praia, Shan-non avisou que Mars estava agonizando, para a reprovação de Boone. Um dia depois. Boone pediu a Jack que confortasse Rose, pois acreditava que seu mari-do havia morrido no acidente. Ele disse a Shan-non que ela não conseguia se virar sozinha, o que fez com que a moça flertasse com Charlie só para que ele pegasse um peixe para ela. Quando Charlie voltou com o peixe, Boone disse que ela era muito manipuladora. Naquela noite, ele aju-dou Hurley e Claire na apresentação do memorial em homenagem àqueles que não tinham sobre-vivido ao acidente. No sétimo dia, Boone viu Joanna se afo-gando em alto mar. Boone foi o primeiro a entrar na água na tentativa de salvá-la, mas também começou a se afogar. Jack entrou na água e con-seguiu salvar Boone, mas não conseguiu voltar a tempo para salvar a mulher. Boone ficou mui-to desapontado e culpou a si mesmo pela morte

Boone Carlyle

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de Joanna. Ele ficou bastante irritado com Jack, perguntou por que ele tinha ido atrás dele e de Joanna e tentou se mostrar útil, pensando em alternativas para conseguir água e comida. Os outros sobreviventes interpretaram erroneamen-te isso como uma tentativa de Boone roubar tudo o que restava para si mesmo. Ele chegou ser acu-sado e atacado até que Jack interveio sem eu favor. Foi tratado por um breve momento de modo estranho, foi aceito de volta no grupo, de-pois de provar que a atitude que tomou era ape-nas para ajudar. Ele ajudou os sobreviventes em vários projetos, incluindo a tentativa de Sayid em triangular o sinal da transmissão de Rousseau e ajudou os sobreviventes a se mudarem para as cavernas. Quando que os remédios para a asma de Shannon sumiram, Boone foi até o suprimento particular de Sawyer em busca de-les, mas o golpista atacou o ga-roto e bateu nele, que correu até as cavernas e contou para Jack. Sawyer realmente não tinha os remédios, mas Sun pôde ajudar Shannon usando algumas plantas nativas da Ilha. Quando Hurley construiu um Campo de Golfe, Boone convidou Shannon a ir com ele para ver Jack, Hurley, Michael, e Charlie jogarem. No jogo, Boone apostou com Sawyer dois frascos de bronzeador para Shannon na jogada de Jack, que acabou ven-cendo a aposta. Quando Hurley tentou fa-zer um censo dos sobreviventes que estavam na Ilha, Boone in-formou a ele que Sawyer tinha a lista dos passageiros. Ele pergun-tou o porquê de fazer o censo e o milionário respondeu que a causa era o ataque que Claire tinha so-frido nas cavernas. Shannon se recusou a se mudar para lá, para a tristeza de Boone. Boone fez parte de uma busca que foi realizada para en-contrar Claire depois que ela foi

seqüestrada por Ethan. Mais tarde, Boone e Lo-cke se separam de Jack e Kate, e começaram um vínculo. Eles falaram sobre suas vidas antes do acidente, mas Boone não acreditou que Locke trabalhava numa Companhia de Caixas. Durante a busca, eles tropeçaram na porta da escotilha quando Locke atirou a lanterna para Boone que a perdeu por não poder vê-la por causa da chuva. Boone continuou trabalhando com Locke para tentar entrar na escotilha, usando destroços para tentar quebrar o vidro. Mentia para Shannon quando ela perguntava o que ele estava fazendo na companhia de Locke, já que ele passava muito tempo longe da praia. Shannon começou se re-lacionar com Sayid, fazendo Boone ficar bastan-te ciumento, especialmente quando ela cantava para o novo namorado. Boone disse a Locke que os sobreviven-tes já estavam ficando desconfiados, já que eles

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sempre diziam que iam caçar, mas nunca traziam o javali. Locke replicou dizendo: “O que estamos fazendo é mais importante.” Com o passavam muito tempo juntos, Locke começou a perceber os sentimentos de Boone por Shannon. Quando o rapaz disse que estava indo con-tar à irmã sobre a escotilha, Locke o drogou e o amarrou a uma árvore a quatro milhas do acam-pamento. Enquanto estava amarrado, Boone experimentou uma alucinação onde era caçado pelo monstro que matou sua irmã violentamen-te. A experiência ajudou Boone a “desencanar” de Shannon. Ele também foi a primeira pessoa a quem Locke confidenciou sobre sua paralisia e cura. Quando Michael, e Walt brigaram no 25º dia, o garoto encontrou refúgio em Boone e Lo-cke, que o ensinou a manejar uma faca de modo correto. Mais tarde naquele dia nas cavernas, ele pediu insistentemente que Shannon o ajudasse a ir com Locke para procurar o cachorro perdido do garoto, Vincent. De qualquer forma, contaram com a ajuda de Claire. Sabendo que Ethan poderia voltar por Claire, os sobreviventes decidiram manter pes-soas de guarda dia e noite. Boone se voluntariou para ajudar, mas Scott foi assassinado por Ethan, que veio atacar da selva e não do oceano. Depois que Charlie matou Ethan numa ação de captura que acabou falhando, as coi-sas começaram e ficar difíceis na Ilha. Sayid foi até Boone para explicar que ele e Shannon es-tavam ficando cada vez mais próximos. Boone ficou agressivo, e Sayid explicou que não estava pedindo a permissão dele. Boone então disse a Sayid que ela tinha uma queda por “caras que pudessem cuidar dela” e iria deixá-lo em breve.No 36º dia, Boone e Locke acabaram de escavar a escotilha, mas ainda mantinham segredo para os sobreviventes. Os dois viram os números na parte de cima dela, sem saber o quão importante eles eram. No 40º dia, Locke levou Boone até o avião cheio de drogas que ele tinha visto em seu sonho. Como Locke estava tendo dificuldades para andar, ele disse que Boone deveria subir no penhasco para investigar. Boone descobriu que o avião era realmente um aeroplano nigeriano usado para o transporte de drogas e que dentro havia muitas Estátuas da Virgem Maria todas recheadas de he-

roína. Quando ele tentou fazer contato usando o rádio do avião, acabou fazendo contato com Ber-nard, sem saber que aquele que estava do outro lado também estava na Ilha. O aeroplano então começou a cair com Boone dentro e ele acabou sofrendo um grave acidente. Locke carregou Bo-one, que estava gravemente ferido, de volta para a caverna e quando chegou lá, Jack perguntou o que havia acontecido e ele disse que o rapaz tinha caído de um despenhadeiro. Jack batalhou desesperadamente, com a ajuda de Sun, para salvar Boone, mas por cau-sa da mentira de Locke, Jack não podia salvá-lo. Chegou até mesmo a tentar uma transfusão usando seu próprio sangue. Jack percebeu que a perna de Boone tinha sido esmagada e tentou amputá-la, mas o rapaz o impediu sabendo que morreria de qualquer forma. Boone morreu mais tarde naquele mesmo dia. Suas últimas palavras foram: “Diga a Shannon...”

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¬ LOST por Marcus Almeida

Katherine Austen, uma vida de fulga

Enganar, Usurpar, mentir e por que não matar, diversas razões podem explicar atitudes de bom ou mau caráter de uma pessoa, estas razões em busca da fuga pessoal aumentam quando o indivíduo é colocado sob pressão e precisa cobrir seu

erro na maioria com outro pior, daí qualquer ação pode ser explicada como golpe de sobrevivência. Quando entramos no universo de Lost sem-pre que revemos um episódio aprendemos mais sobre a história da ilha e de seus habitantes, às vezes um olhar despercebido pode revelar tantas coisas, mais em nenhum outro episódio se pode analisar a ampla capacidade de uma persona-gem mudar de atitudes por minuto como foi no quarto quarto da quarta temporada: Eggto-wn, onde as peripécias de Katherine Austen, um verdadeiro pupilo na arte do engano assim como Dexter Morgan o novo enigma dos seriados, ambos possuem o domínio persuasivo e sem receio fazem uso dele. Normalmente estas e outras ações ficaram mais evidentes em determinados momentos do episódio Eggtown, Kate mostra total frie-za social, na verdade seu grande medo é de passar o resto de sua vida sofrendo e sozinha como sua mãe, talvez este seja o motivo de sua personalidade forte e selvagem que, ape-nas o amor consegue domar. Mas, esse amor não seria o amor encubado pelo doutor Jack muito menos o desejo carnal pelo ex-pre-sidiário Sawyer, mas pelo pequeno Aaron o qual ela tomou como seu filho e pra ele ela abriu seu coração como Kate jamais tinha feito antes. Um episódio sem grandes aconte-cimentos, sem mortes, brigas ou gran-des mistérios como o episódio anterior, Eggtown vem apenas focando a vida pessoal de Kate. No início do episodio nossa heroína se depara com seu pior medo, encarar o juízo e ser condenada por fraude, incêndio culposo, agressão contra um oficial federal, agressão com

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arma letal, roubo de veículo, roubo de proprie-dade alheia e por fim homicídio doloso, mesmo depois de todas essas acusações ela se decla-ra inocente, pela afeição angelical de sua face e seus modos qualquer alma caridosa poderia declará-la inocente, não foi tão fácil driblar a justiça mas ela consegue parcialmente a liberda-de, talvez seria menos doloroso se ela tivesse es-cutado Miles e ficado permanentemente na ilha, mas a curiosidade e falta de confiança falou mais alto e Kate se vê encurralada por seus erros. Por um instante de fraqueza emocional um

reencontro que poderia facilitar sua vida se não fosse tão orgulhosa,

sua mãe poderia não depor contra ela e mais uma vez Katherine escolhe o cami-nho mais difí-cil para so-

lucionar os problemas, o que importa é que no final das contas os fãs de Kate poderão conhecer um pouco mais de sua ambígua personalidade e conhecer alguns dos motivos pelo qual ela sem-pre se encontra fugindo de si mesma, na verdade depois de tudo, amores mal resolvidos, aventu-ras, rejeições, Kate não sabe mais quem ela é de verdade sua personalidade foi difundida entre seus disfarces, e com isso ela se perdeu. Justa-mente aí que entra o maior mistério da sardenta, quem é Katherine Austen? De uma coisa podemos ter certeza,mãe do Aaron ela não é, amar o Sawyer ela não ama, vontade de ficar na ilha ela não tem, a única coi-sa que aparentemente é real na história de Kate é seu amor platônico por Jack, saber até quando essa busca desenfreada pela razão da sua exis-tência vai durar é uma tarefa difícil, porém não impossível. Somente as mentes pensadoras de Lost poderão dizer se Kate é fugitiva da polícia ou do seu próprio eu.

[email protected]

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¬ PRISON BREAK por Luana Coelho

Será mesmo o fim do túnel para uma série tão aclamada pelos fãs brasileiros?

Lincoln Burrows (Dominic Purcell) está no corredor da morte e brevemente será executado, após ser culpado por um as-sassinato que seu irmão, Michael Scofield (Wentworth Miller), tem convicção de que

ele não cometeu. Michael assalta um banco, pro-positalmente, para ser preso e levado para Fox Rivers, a mesma prisão onde se encontra seu ir-mão. Ao chegar lá, Michael, um engenheiro civil com as plantas da prisão tatuadas em seu corpo, começa a executar um elaborado e complexo pla-no para libertar Lincoln e provar sua inocência. A série Prison Break, que teve sua estréia no dia 29 de agosto de 2005, é transmitida pela FOX e foi premiada pelo evento Saturn Award em 2006, entre vários outros prêmios, como a Me-lhor Série Network TV, está atualmente em sua 4ª temporada e obteve recorde de audiência nas três temporadas anteriores. Entretanto, apesar de todo o sucesso conquistado com as tempo-radas passadas, Prison Break vem passando por um processo bastante complicado: a possibilida-de de cancelamento. É sabido que para continuar no ar uma sé-rie necessita de, pelo menos, 5 milhões de espec-tadores por episódio lançado, ou seja, caso haja um número menor do que o estipulado, o seriado inevitavelmente será cancelado. Prison Break es-tava caminhando para esse trágico desfecho com os primeiros episódios da 4ª temporada, chegou a possuir cerca de 5,8 milhões de espectadores em “Shut Down”, 3º episódio, mas, felizmente, sua audiência vem subindo desde esse último, apesar de ainda ter que aumentar consideravel-mente para se ver livre do risco de cancelamen-to. Não se sabe seguramente qual o grande motivo para a situação em que a série se en-contra, já que muitos dos fãs brasileiros afirmam que a 4ª temporada é uma das melhores, porém, existe a possibilidade de o fracasso do seriado Terminator: The Sarah Connor Chronicles ter afe-tado a sua audiência, já que ele é exibido logo

antes de Prison Break. Foi revelado que o canal está bastante desapontado com Terminator e os seus baixos números registrados no intervalo de-mográfico de 18 a 49 anos e que, provavelmen-te, irá cancelar a série ainda no decorrer dessa temporada, mudando Prison Break para um novo horário de modo a tentar salvá-la. Obviamente, tudo o que resta aos fãs bra-sileiros é continuar assistindo e acompanhando essa série tão intrigante e contagiante e fazendo a sua parte para que a idéia de cancelamento seja definitivamente extinta, de forma que Prison Break possa continuar com seu enredo fascinante da mesma maneira que vem fazendo, aumentan-do mais ainda, e rapidamente, a sua audiência.

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¬ DEXTER por Tieli Nakamura

O que esperar de uma das temporadas mais aguar dadas da atualidade: Dexter Season 3.

A primeira temporada de Dexter nos mostrou um homem seguro de si e de seus propósitos na vida: matar foragi-dos da lei. Já na segunda temporada, Dexter

começa a questionar seus propósitos e entrando em contato cada vez mais com seus – supostos – sentimentos, nosso querido vilão põe em pro-va aquilo que foi o alicerce de toda sua vida até então: o código de Harry, seu pai e mentor. Então, o que esperar da terceira tempora-da? Para aqueles que acompanham a série e estão ansiosos para saber o que está por vir nessa temporada, o produtor executivo da série, Clyde Phillips, nos conta que o código mantém-se constante na vida do personagem, assim como o seu pai, que não deixará de estar de alguma forma presente no subconsciente do filho. Mas agora o código evolui e toma mais o formato da-quele que o usa, pois sem ele, Dexter talvez en-trasse em um colapso que o faria perder-se e ser pego. Novos personagens também entram na trama da tumultuada vida do personagem. O mais influente deles será Miguel Prado, um pro-motor assistente da cidade de Miami, que logo no primeiro episódio se envolverá com Dexter de uma maneira mais intrínseca do que ele gosta-ria (ou imaginaria!). Outro personagem novo é Quinn, um investigador que entrou para compor o time após a morte de Doakes. Dizem que será o novo caso amoroso de Debra - e esperamos que dessa vez dê certo, pois a moçoila tem acu-mulado casos “matadores” ao longo da trama... Agora, o que os fãs da série mais aguar-dam é a tal surpresa misteriosa que o produtor promete que irá mudar para sempre a vida do nosso querido assassino. As especulações suge-rem que Dexter vai ser pai - por mais absurdo que isso seja para esta cara que vos escreve.

Oras, se ele sofreu uma investigação daque-las na segunda temporada e passou ileso pois não tinham nenhuma prova ou evidência contra ele, não me parece cabível que ele se descui-daria logo com uma gravidez de Rita, que po-deria facilmente ser evitada por ele com algum preservativo... Mas isso é só a minha opinião! Ainda correm boatos de que Dexter-pai seria uma nova versão de Harry, ensinando seu có-digo de ‘ética’ ao herdeiro, com direito a flash-backs e flashforwards da linhagem Morgan. O que podemos prever de antemão, com certeza, é que este seriado vai fazer você gru-dar seus olhos na tela (seja ela do computador ou da TV), aguardar ansiosamente pelo próximo episódio e torcer incessantemente para que o mocinho acabe de vez com o bandido! Ou seria o bandido contra o bandido?

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¬ PUSHING DAISIES por Caio Werner

O doce prazer da morte

No dia 25 de Abril de 2001, começa-vam as seções do filme O Fabuloso Destino de Amélie Poulain na França, e as portas estavam, então, abertas para a criação do seriado Pushing

Daisies. A série, do diretor Bryan Fuller, inspirada no filme de Amélie Poulain estreou no dia 3 de Outubro de 2007. Amor, destino, vida, morte, ciúmes, inves-tigação; todos esses elementos compõem a his-tória de Pushing Daisies. A série nos impressiona desde o começo, em sua abertura. Da expressão americana “to push up the daisies”, que significa estar morto e enterrado vêm o nome da série, aparecendo entre margaridas, girassóis, campos verdes e maravilhosos, tudo colorido com um nome de significado mortal. Essas cores trazem mensagens subliminares: o uso abusivo do ama-relo, do vermelho, laranja e outras cores, nos re-metem a sensações extasiantes e alegres, cada qual com seu significado, provado em estudos sobre psicologia da cor.

A história da série é intrigante: Ned, um confeiteiro de tortas, tem o dom de trazer as pessoas de volta a vida com um simples toque, porém, se tocar mais uma vez na pessoa, a mes-ma morrerá para sempre. Entretanto, se deixar a pessoa viva por mais de um minuto, outro ser vivo, que esteja perto, acabará morrendo. Ned tomou consciência de seus atos ainda criança: sua mãe morreu quando ele deixou uma mosca viva por mais de um minuto, mas reviveu-a. Po-rém, quando foi dar um beijo de boa noite em seu filho, tocou-o e acabou morrendo para sem-pre. Deixando sua mãe viva por aquela tarde, o pai de uma amiga muito querida de Ned, Char-lotte Charles, acaba morrendo e Ned aprende os limites de seu dom. Já adulto, Ned é dono de uma casa de tortas que está falindo quando é descoberto pelo investigador Emerson Cod, que contrata Ned para resolver casos inexplicáveis, afinal, quem melhor para dizer quem o matou senão o próprio morto? A história começa realmente quando Ned

precisa descobrir quem matou sua amiga de in-fância e dona de seu pri-meiro beijo, Charlotte, a qual ele chama de Chuck. Desesperado e ansioso pelo amor que sente a moça, ele deixa-a viva e outra pessoa morre em seu lugar. Ned e Chuck sentem um amor enor-me um pelo outro, mas por ironia do destino, não podem se tocar. A garo-ta entre na aliança entre o confeiteiro e o investi-gador, ajudando a des-vendar casos absurdos e também contam com a ajuda da confeiteira Olive Snook, que trabalha com

Cena de bertura de Pushing Daisies18

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Ned e o ama escondidamente. Esse amor de Chuck e Ned é algo que há muito não se vê na televisão, não é um amor car-nal e vivo como vemos todos os dias na televisão, mas um amor ingênuo e leve, pois o casal não pode se tocar. Pushing Daisies teve 9 episódios em sua primeira temporada, atrapalhada pela greve dos roteiristas, mas volta no dia 1º de Outubro de 2008 com 24 episódios em sua segunda tempo-rada. Críticas positivas vêm sendo dadas a série que concorreu a dois importantes prêmios no úl-timo Emmy: melhor ator em uma série de comé-dia (Lee Pace – Ned) e melhor atriz coadjuvante em uma série de comédia (Kristin Chenoweth – Olive) e levando o prêmio de melhor direção por uma série de comédia. Seu formato é inusitado, com músicas e cenário estilo Amélie Poulain e lembrando os fil-mes do diretor Tim Burton, a série agarrou os corações de milhares de telespectadores com sua comédia leve e sua paixão grandiosa; o designer Michael Wylie disse que o que ele faz para série é transformá-la quase em uma ilustração, algo grande e mais brilhante do que a vida. A série passa nos Estados Unidos pela mesma rede que Lost, Grey’s Anatomy, Ugly Bet-ty e outros, a ABC e reprisa atualmente sua pri-

meira temporada no canal de TV paga Warner Channel. Por experiência própria, digo que Pushing Daisies é apaixonante, os cenários, as cores, a trilha sonora, os roteiros e os impecáveis atores; trouxe um novo jeito de tratar o assunto de mor-te, com comédia e leveza, levando o telespecta-dor a ter a oportunidade de viajar nos sonhos e ilusões que compõem essa grande série que é Pushing Daisies.

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A confeiteira Olive cuida do cachorro Digby

O amor intocável de Ned e Chuck

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¬ ARQUIVO X por Thiago Bastos

A verdade está lá fora

Foi com esse pensamento que o diretor/criador/produtor/roteirista e idealizador da série Chris Carter lançou em 1993 uma das séries que viria a se tornar o grande fenômeno de ficção científica da década

de 90: Arquivo X. A série, apesar de ser rotulada como fic-ção, também aborda outros ramos como ação, suspense, aventura, romance, investigação e até mesmo comédia. Arquivo X contava com um protagonista - o ator David Duchovny, como o agente especial do FBI Fox Mulder - e uma atriz coadjuvante - Gillian Anderson, como a agente especial do FBI Dana Scully. Com o passar do tempo, rapidamente a agente Scully passou a ser peça fundamental da série, sendo tratada também como protagonis-ta. Mulder era formado em psicologia e era conhecido por seus amigos dentro do FBI como “Spooky Mulder” (Mulder assombrado) por seu estranho modo de pensamento que todos os ca-sos em que trabalhava tinham um fundo para-normal ou ufológico. Mulder dizia ainda que, du-rante sua infância, sua irmã Samantha tinha sido abduzida por alienígenas e desde então nunca mais tinha voltado. Através da ânsia de encontrar a irmã é que ele tenta entender o que há de tão misterioso nos casos em que aborda. Já Scully é uma médica formada que larga a carreira na medicina para trabalhar no FBI. Com todo seu ceticismo de cientista, ela é designada pelos altos diretores da Agência de Investigação a trabalhar com Mulder e fazer relatórios mais plausíveis dos casos misteriosos aparentemente resolvidos pelo agente. Ao primeiro contato entre os dois surge

uma certa barreira por parte do agente, per-cebendo que sua nova parceira estava ali para desmerecer todo o seu trabalho. E este clima na verdade é amenizado durante o desenrolar da série. Logo em um de seus primeiros casos den-tro da sessão do FBI designada a explicar mor-tes violentas e casos inexplicáveis, os agentes se deparam com uma base militar secreta. Em que encontram uma nave com tecnologia e aparência não-humanas. A partir deste ponto, o perfil dos dois agentes começa a ser mais claro: enquanto Mulder diz que a nave só pode se tratar de um objeto alienígena, Scully diz que nada mais era que o desenvolvimento de aviões com alta capa-cidade de espionagem feita pelo governo ameri-cano (que, durante a série, foi revelado como um dos grandes vilões, ocultando a verdade sobre fatos paranormais para própria proteção da es-pécie humana). Porém a série não tratava apenas de ETs e naves espaciais. Em alguns episódios os agen-tes se deparam com espécies de seres vivos não conhecidas, como uma espécie de inseto voador capaz de digerir seres humanos, ou ainda um fungo que se instala no sistema respiratório. Já outros casos envolvem religião (um dos assuntos sempre abordados), clonagem, projetos secretos, inteligência artificial, telepatia e clarividência, en-tre outros. Na segunda temporada de Arquivo X um fato inesperado acontece: a atriz Gillian Ander-son fica grávida, e os roteiristas dão logo um jei-to de afastar a agente Scully. Num episódio que se estabelece uma caçada a naves alienígenas, a agente é abduzida por engano, no lugar de ou-tra pessoa. Dentro da nave, fazem experimen-tos com ela, e durante um bom tempo a agente

Seção Flashback

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se encontra desaparecida. Esta foi uma fase de grande repercussão, pois afinal a maioria dos fãs esperava que Mulder, o agente que acredita e até tem desejo de ser levado por outros seres, fosse para a nave no lugar de Scully. Tempos de-pois a agente retorna sem nenhuma explicação, deixada em um local abandonada. Mais tarde ela descobre que afinal não foi abduzida e sim leva-da por pessoas dentro do governo que implan-taram algo parecido com um chip em seu corpo para desmoralizar o trabalho do agente Mulder. A série originalmente foi feita para acabar em cinco temporadas. No final da quinta tem-porada, os diretores de grande escalão do FBI e do governo, ao verem que o agente Mulder está descobrindo coisas demais, decidem pôr um fim nas investigações inexplicáveis do FBI, culminando com o incêndio que leva embora todas as provas encontradas de que es-tes fatos paranormais realmente existiam. Bom, como na verdade tudo que é bom tem mais é que durar mais mesmo... É decidido continuar com a série. Isto com uma jogada que atraiu ainda mais fãs para a série: o Filme. Nele, que pode e deve ser encarado como um episódio da série, os agentes são designados a trabalhar com o setor do FBI que desvenda atentados ter-roristas. Em um desses atentados, um prédio é explodido. Durante a investigação, Fox observa que den-tro do prédio, o FBI escondia provas da existência de corpos alienígenas e o agente, junto com sua parceira viajam em busca de respostas. Ao final do filme, o FBI decide reabrir seus arquivos X, pois assumem que ainda existe muito a se escla-recer. De volta à série, a sexta temporada é conhecida pelos fãs como a temporada mais engraçada de todas, e alguns episó-dios realmente tem um cunho mais descontraído do que o normal. Como o do triângulo das bermudas, em que Mulder é sal-

vo por um navio e dentro, se vê transportado para séculos atrás de distância. Neste episódio, ele conhece uma “Scully” de outra época e to-dos os principais personagens da série também aparecem... Na verdade são os seus tatatatata-tatataravós. Ele dá um beijo em “Scully” e ela retribui com um soco no queixo. Outro episódio de destaque é o que o agente morre, porém este episódio falava de viagem no tempo e no fim, tudo volta ao normal.

FOX MULDER [DAVID DUCHOVNY]

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A temporada seguinte mostrou o tão esperado beijo entre os agentes na virada de ano 1999-2000. Porém, se isso alegrou os fãs, outra no-tícia, culminaria no começo do fim da série: o afastamento do ator David Duchovny, que ale-gava estar muito preso a série e queria ser re-conhecido por outros trabalhos fora o “agente Mulder”. Então como sumir com o personagem? Fácil: abdução. Afinal era isso o que Mulder sem-pre esperou desde o início de sua busca: a prova concreta de vida inteligente fora da Terra. O FBI então manda um novo parceiro para a agente Scully: o novato agente Doggett, interpretado por Robert Patrick. Este personagem, ao contrá-rio do que muitos pensavam, foi bem aceito pelo público, claro com uma certa queda de audiência da série. Agora os papéis de cético e “assom-brado” se invertem, já que a agente Scully, den-tro de sete anos dentro dos arquivos X, acredita

em muitas coisas que seu parceiro só de pensar já ficaria com o cabelo em pé. E assim Doggett transforma-se no olhar científico da série, discor-dando muitas vezes de sua própria parceira. No final da oitava temporada a agente surpreende a todos dizendo: “Estou grávida!!!” E quem era o pai? Claro que era o agente Mulder. Na nona e última temporada a agente é afastada da investigação dos casos do FBI e é transferida para a sala de aula: ela é agora pro-fessora dos novos recrutas da agência. E uma nova personagem é apresentada: a agente Mô-nica Reyes (Annabeth Gish). Mulder e Scully continuaram aparecendo ocasionalmente na série (neste ponto ele já ti-nha sido trazido de volta pelos homenzinhos ver-des). Porém o fato de os arquivos X serem inves-tigados por dois outros agentes nunca agradou muito aos fãs. E a série acabou sendo encerrada

na nona temporada com o episódio especial intitulado “A Verdade”. E termina com Mul-der e Scully juntos no último episódio. Com todos os altos e baixos ficam as sau-

dades de uma das séries mais precurso-ras do gênero de investigação e ficção

científica da década de 90 e início dos anos 2000 que deu origem ao gênero de investigação de casos paranormais que acompanhamos até hoje em séries como “Su-pernatural”, “C.S.I.”, “House”, “Medium”, “LOST” e até mesmo a novíssima série “Fringe”, criti-cadas por muitos como uma có-pia da série dos agentes, já que aborda a história de uma inves-tigadora e seu parceiro que se deparam com fatos inexplicá-veis e tentam explicá-los. O futuro da série nos aguar-dava ainda surpresas. Uma de-las ocorreu recentemente com o filme “Arquivo X – Eu Quero Acreditar”. Válido para rever os

agentes com a mão na massa de novo, porém ainda longe dos altos

tempos da série. Para os que são fãs, e para aqueles que ainda virão a ser, a

série - e os personagens - sempre esta-rão nos nossos corações.

DANA SCULLY [GILIAN ANDERSON]

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A Chama, estação de comunicação da Iniciativa DHARMA, era dividida em três ambientes: área externa, área in-terna e subsolo, e localizava-se, apa-rentemente, próxima à divisão de um

rio em duas partes. Na parte externa da estação havia somen-te um celeiro para o gado, já na interna, existia uma área doméstica, um local para depósitos, e uma sala onde se encontrava um misterioso com-putador. Na sala principal, via-se um tapete que escondia uma passagem que levava ao subsolo, onde havia manuais de orientação e mais um de-pósito. A sala estava programada para autodes-truição através de alguns explosivos existentes no subsolo da mesma. No momento em que Lo-cke inseriu o código “77” no computador da es-tação, iniciou-se uma contagem regressiva para autodestruição, o que aconteceu instantes depois de Kate e Locke saírem do local. No lado de fora da estação, mais especifi-camente no telhado da casa, havia uma antena para comunicação com o mundo exterior, no en-tanto a mesma não estava em funcionamento. Havia também um grupo de alto-falantes com um poste de luz, não se sabia o porquê de es-tarem ali, nem se estavam funcionando, apesar de que na mensagem gravada por Marvin Candle era indicado que tanto o satélite quanto o sonar estavam inativos. Na sala de estar, Mikhail Bakunin man-tinha-se de guarda e foi descoberto por Locke, Kate, Sayid e Danielle. Havia no ambiente um pôster de Nadia Comaneci, ginasta romena ga-nhadora de uma medalha de ouro, Mikhail afir-mou que nomeara seu gato em homenagem à ginasta. Coincidentemente ou não, Nadia uniu-se a uma academia de ginástica chamada “A Cha-ma” em 1967. Na sala dos computadores, havia uma má-quina com um jogo de xadrez em sua tela, o qual protegia o acesso manual para algumas funções do computador. A vitória no jogo resultava na exibição de um vídeo que falava sobre o menu

da máquina. O sistema do computador contava com uma série de códigos numerados: 24 – Suprimentos.32 – Ativar o uplink da estação.38 – Acessar comunicação com o mundo exte-rior.56 – Acessar o sistema de sonar. No caso de haver uma tentativa de co-municação com o mundo exterior, no momento em que o sistema estivesse inoperável e, após isso, houvesse a tentativa de acessar o sonar da estação, quando o mesmo também estivesse inoperável, um novo menu surgiria oferecendo a seguinte opção:77 – Reportar a invasão pelos elementos hostis. Esse código ativava a contagem regressi-va que resultaria na autodestruição da estação, através dos dispositivos explosivos C-4 existentes em sua área subterrânea.

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¬ LOST por Luana Coelho

Estações Dharma: A Chama

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¬ NIP/TUCK por Thiago Bastos

A beleza é uma maldição

Nip/Tuck é uma série que acompanha a vida de dois cirurgiões plásticos: os doutores Sean McNamara (Dylan Walsh) e Christian Troy (Julian Mc-Mahon).

O que diferencia a série de outras do gê-nero são os temas abordados com um alto grau de dramaticidade como obsessão por beleza, traição, homossexualidade e cenas quase que explícitas de sexo. Durante a série podemos acompanhar o desenrolar da vida dos dois amigos e parceiros de trabalho. Sean é o cara sério, pai de família, com um casal de filhos e com esposa perfeita. Com o desgaste da relação, o relacionamento dos dois vai-se acabando. Já Christian é o galã bem de vida que só quer saber de mulheres, dinheiro e sexo, não necessariamente nesta or-dem. A relação dos dois, porém, é abalada quando o Sean descobre que seu filho mais ve-lho é na verdade fruto de um relacionamento de sua mulher com o amigo Christian que ocorreu antes do casamento. Um dos temas freqüentemente abordado pela série é a violência. Exemplo disso é o episódio em que um gangster manda os doutores des-fazerem todas as plásticas que o cafetão pagou para sua mulher, como lábios, seios, lipo e tudo mais... E os cirurgiões fazem isso com armas apontadas para suas cabeças. Em relação à homossexualidade, o próprio doutor Christian se pega apaixonado pelo colega de trabalho e isso o deixa mais confuso ainda. A partir deste momento ele começa a freqüen-tar uma psicóloga que diz que na verdade ele não está simplesmente apaixonado pelo amigo, mas sim que a vida “certinha” do companheiro de trabalho lhe inspira como se fosse um sonho inalcançável. Na terceira temporada surge um ícone da série o “talhador”: um maníaco mascara-do que segue e esfola suas vítimas, todas elas muito bem selecionadas, já que eram sempre

pessoas belíssimas que já tinham passado por uma intervenção cirúrgica. Um dos principais suspeitos de ser o talhador era o próprio doutor Troy, já que em muitas vítimas era encontrado seu cartão de trabalho. O doutor chega a se en-tregar, porém seus amigos e os próprios teles-pectadores se perguntam se seria ele mesmo. É claro que o final dessa parte da saga você acom-panhará na série. Uma das participações mais chocantes é da personagem Ava (Famke Janssen), uma mu-lher que tinha sido casada com um cirurgião plás-tico. Mais tarde descobre-se que este cirurgião tinha um amigo de trabalho que o amava, porém como ambos eram homens, este relacionamento não iria acontecer. Então este seu amigo decide fazer a cirurgia de troca de sexo para os dois fi-carem juntos e ficam. Pois este era o passado de Ava. Eles adotam uma criança como filho. Mais tarde descobre-se que o motivo de os dois não estarem mais casados era uma traição de Ava: ela tinha relacionamentos sexuais com o próprio filho menor de idade já que como o pênis do filho era menor que o do marido, não a feria. Essa foi mais uma das épocas mais per-turbadoras da série. Com o fim da quarta temporada, o dou-tores mudam-se para Hollywood e estabelecem seu novo consultório. Lá, são convencidos por um canal de TV a se deixarem ser filmados com o intuito de realizarem um Reality Show de suas vidas, tanto pessoais quanto profissionais. A série atualmente está em sua quinta temporada e a previsão é de no mínimo sete, já que se pode contar também que a é recordista em audiência em seu horário no canal FX dos estados Unidos. Se você procura uma série perturbadora e intrigante, não tem medo de sangue e agüen-ta bem dramas psicológicos, delicie-se com Nip/Tuck.

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PEDRO ARAUJO DIRETO DO “BLOG NA TV”

Pedro Araujo, carioca, mas mora em São Paulo desde 2001. Formado em publi-cidade pela ESPM, atualmente trabalha com Planejamento Digital na LongPlay 360. Amante da internet, tecnologia,

esportes, bares e amigos.

Season - Como e quando você integrou a equipe do “Blog na TV”?

Pedro - Desde a sua criação em abril de 2007. Junto com a Gisele, sou co-fundador do Blog NaTV. Éramos conhecidos da comunidade Lost no Orkut. Eu fazia todos os meus comentários sobre episódios lá e participava ativamente dos tópicos. A Gisele, nessa mesma época já estava matutando a idéia de criar um blog sobre seria-dos. Como muita gente na comunidade era fã dos meus comentários - ela inclusive - foi feito o convite para que eu pensasse em participar de um blog. Aceitei e a partir daí fomos tocando tudo juntos: nome, layout, temas... Desde então, a Gisele é mais focada na produção de conteúdo, além de ser a editora da equipe de comentaris-tas; e eu me divido entre produção de conteúdo também e a parte técnica do site, que aí envol-ve layout, plugins, programação, divulgação etc. além de atuar na prospecção de parcerias para o blog.

SE - O que te levou a isso?

PA - Queria compartilhar com mais e mais pesso-

as os meus comentários sobre Lost, mostrar ou-tras leituras e dinâmicas sobre essa série. Ainda mais que eu não concordava com algumas coi-sas que outros blogs já existentes diziam. Acei-tei a oportunidade para poder falar sobre outras séries que eu gostava também. Tendo um blog e chamando os outros fãs das diversas séries pra comentar conosco, era algo mais fácil do que ir publicando de comunidade em comunidade no orkut, como eu fazia antigamente. Além disso, o blog reuniria num mesmo local também, os fãs de diversas séries, criando uma comunidade ativa de debates.

SE - Era uma equipe desde o início ou você e a Gisele Ramos criaram e depois a equipe foi formada?

PA - No início, éramos somente nós dois. Po-rém, é humanamente impossível que apenas duas pessoas consigam assistir e comentar so-bre todas as séries, além de equilibrar isso com vida profissional e pessoal. Dessa forma, fizemos uma campanha entre nossos leitores e em várias comunidades do Orkut, convocando os fãs de séries que não eram comentadas no Blog NaTV, para que eles mesmos o fizessem. Tivemos um retorno bem positivo. Após uma seleção entre os candidatos, várias séries novas entraram no por-

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tfólio do blog graças a essa equipe que foi criada de novos autores. Hoje a equipe é mais enxuta, mas estamos bem contentes com o resultado. Estamos pensando ainda na possibilidade de fa-zer um novo recrutamento.

SE - Algum dia imaginou que o site toma-ria à proporção que tem hoje, tendo esse grande fluxo de acessos?

PA - Sim. Pra falar a verdade, ainda nem che-gamos onde imaginamos que podemos estar. Ti-vemos um crescimento bem rápido. E reconhe-cimento também. Com apenas um ano de existência, já estáva-mos entre os três blogs mais acessados sobre séries do Brasil (que não estão hospedados sob nenhum portal), sendo que esses dois à frente e muitos outros já têm muito mais tem-po de estrada. Desper-tamos o interesse de anunciantes, que nos procuram para divulgar suas séries, produtos e promoções, além do Yahoo, que nos sele-cionou para seu proje-to, o Yahoo! Posts.

SE - Quais seus planos para o futuro? Pre-tende incrementar o site com mais algumas novidades?

PA - Como disse anteriormente, sabemos que há um potencial enorme a ser explorado ainda e estamos trabalhando para que o Blog NaTV possa crescer mais e mais. Temos sim alguns projetos em mente, como uma possível seleção de novos colaboradores, algumas melhorias no conteúdo, uma pesquisa para saber dos leitores suas críticas, dúvidas, sugestões, além de estar sempre buscando novas parcerias para o blog, inclusive uma que está pra vir logo mais, com o blog Teorias Lost. Temos ainda a Iniciativa Lost, que realizou o Dharma Day no mês de setembro

em São Paulo, e que em breve deve trazer mais novidades aí.

SE - Qual seu seriado preferido e o que mais lhe chama atenção nele?

PA - Essa é fácil. Dexter! Eu tinha Lost como série favorita, mas tive que dar o braço a torcer. Como se não bastasse o enredo que é ótimo e a interpretação impecável de Michael C. Hall, a série desse psicopata que todos adoramos tem algo que pouquíssimas séries hoje em dia têm: um roteiro amarradinho, episódio a episódio,

com trama bem dis-tribuída ao longo da temporada, sem aque-les famosos “episódios enrolação”. Eu sempre destaco também que as temporadas são excelentes, pois elas se fecham em si pró-prias, como se cada uma fosse uma série diferente. É uma série literalmente afiada!

SE - De todas as sé-ries que você acom-panha, existe um personagem pre-ferido? Algum que você fica maravi-lhado em ver inter-

pretar?

PA - Benjamin Linus. Mestre da persuasão e dis-simulação, Ben é um personagem daqueles que dá gosto de ver. Foi juntamente com Desmond, a mais rica aquisição de Lost após a primeira tem-porada. Seus diálogos são sempre os melhores da série. A interpretação de Michael Emerson é digna de Emmy, embora não tenha ainda recebi-do nenhum, mesmo após duas indicações conse-cutivas.

SE - Fizemos atualmente uma matéria sobre legendas free que, não são ilegais. Como você vê esse trabalho? Qual sua relevância dentro do mundo dos seriados?

“As pessoas que baixam as séries são formado-

res de opinião, ajudam a série a ficar conhecida,

despertam a curiosidade de quem tem TV paga. E é um processo irrever-sível, a TV tem que se

acomodar a isso.”

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PA - “As pessoas que baixam as séries são forma-dores de opinião, ajudam a série a ficar conhe-cida, despertam a curiosidade de quem tem TV paga. E é um processo irreversível, a TV tem que se acomodar a isso.” Sim. Aspas, pois apesar de ser exatamente esse o meu pensamento, quem disse isso foi ninguém mais ninguém menos, que o diretor de um dos maiores canais de TV paga do Brasil, Paulo Barata, do Universal Channel. Sem as legendas, essa rápida e gigantesca propagação das séries pela internet não seria possível. Graças a nós, os tradutores, sincronizadores e revisores, milhares de fãs podem acompanhar suas séries favoritas, sem o martírio de esperar anos até que os canais de TV tragam esses seriados para cá. Além disso, por mais que as equipes de legendas sejam denominadas amadoras, elas trabalham com muito mais profissionalismo e dedicação. As legendas feitas pelos fãs são melhores, mais fiéis e não somem do nada ou aparecem como “ia6kl-bkaeptjju3fffffffffyyyyy...”, como tem acontecido (e muito!) nos canais da TV a cabo.

SE - Algumas pessoas dizem que os rotei-ristas e produtores estão se perdendo dian-te do emaranhado de mistérios e ligações que aparecem a cada episódio, o que acha disso?

PA - Eu diria que essas pessoas são um bando de chatas. Lost é uma série de mistérios. Se tirar os mistérios, sobre o quê? Discordo totalmente dessa opinião. Temos sim novos mistérios sur-gindo, mas também várias respostas já vieram e essas pessoas simplesmente fecharam os olhos pra isso. Lost é uma série para pessoas inteligen-tes; como não conseguem comentar com emba-samento, apelam pra essas críticas infundadas, apenas com intenção de causar polêmica e apa-recer.

SE - Dentro desse conceito, você acredita que Lost esteja realmente perdendo audi-ência desde a primeira temporada ou acre-dita que a cada episódio fica ainda mais in-crível vê-lo?

PA - Levar em conta apenas os números da TV americana para considerar a audiência de Lost

é um erro grave. É óbvio que a audiência na TV está caindo, mas não só por causa das pessoas que desistem da série, esses são uma parcela pequena. Lost tem uma legião de fãs que são fi-éis. Ocorreu que a forma de assistir a série é que mudou. As pessoas agora podem baixar da inter-net, podem gravar e assistir na hora que quiser com sistemas como o TiVo, podem comprar pelo iTunes ou em DVDs. Houve migração dos meios, graças ao avanço das tecnologias. Lost perdeu audiência, como qualquer outra série também perde com o passar do tempo, mas seu sucesso é indiscutível, visto que mesmo quando não está no ar, as pessoas não param de falar sobre essa série.

SE - Qual maior mistério em Lost e quando você gostaria de vê-lo revelado?

PA - Não creio que exista “o maior mistério”. Lost é uma soma deles. A Dharma, Ben, Widmore, a Oceanic, o avião plantado no fundo do mar, a ilha... É como um grande quebra-cabeça, onde os mistérios estão todos unidos e um completa o outro.

SE - Qual seu personagem preferido e qual sua relevância dentro do grupo dos sobre-viventes?

PA - De novo, Benjamin Linus. A sua relevância dentro do grupo dos sobreviventes é total, prin-cipalmente para Locke, pois embora ele não seja um nativo da ilha – apesar de ter dito isso – é o cara que mais entende todos os mistérios da ínsula. E praticamente todas as ações dos sobre-viventes do vôo 815 são influenciadas por Ben. É aquela coisa que Alex nos contou na terceira temporada: “ele faz você agir pensando que essa é a sua vontade, mas na verdade é a dele.”

SE - Quem você gostaria de ver “morto” por não fazer um papel que realmente traga in-teresse aos telespectadores?

PA - Morto? Acho que ninguém, mas queria que alguém não tivesse morrido: Rousseau. Acho que ela fará falta. Mesmo que ela ainda volte à série em flashbacks, creio que ficou faltando falar mui-ta coisa sobre ela. Fora que era uma personagem

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especial, pois aparentemente ela é a única que esteve na ilha sem ser da Dharma e nem dos Hostis (que depois ela própria criou o termo “ou-tros”). Inclusive ela estava na ilha na época da purgação, mas partiu sem nos dar a sua versão dos fatos.

SE - O que espera das últimas duas tempo-radas que teremos pela frente?

PA - Gostaria que as próximas temporadas fos-sem um mix explicando mais sobre Charles Wid-more e sua obsessão pela ilha e a saga de Ben e Jack tentando convencer os demais a retornar à ínsula misteriosa. Não sei, mas arrisco dizer que eles conseguirão. Talvez Ben não consiga, já que a ilha não permitiria, pois ele a moveu, mas os Oceanic 6 sim. Afinal, eles ainda precisam resga-tar os demais que ficaram na ilha. E claro, expli-car como Locke morreu.

SE - O que gostaria que ocorresse no final, no último episódio?

PA - Não me aventuro a escrever um roteiro de como eu imagino que possa acontecer, mas em

minha opinião, seria fantástico se no final da sé-rie, em vez de ir respondendo os mistérios um a um, a série nos desse uma resposta única que fosse uma dica de como solucionar todos eles, e nós telespectadores termos que ir voltando e achando as respostas de cada um desses misté-rios. Isso nos possibilitaria uma experiência úni-ca, ao assistir a série inteirinha novamente, mas sob uma perspectiva completamente diferente.

SE - Por fim, deixe uma mensagem para to-dos aficionados por Lost e séries em geral que acompanham seu trabalho no “Blog na TV”.

PA - Caros fãs de Lost e leitores da Revista Se-ason, nunca se esqueçam que somos seres pri-vilegiados. Gostar dessa série e entendê-la em seus mínimos detalhes é para poucos. Continuem acessando o Blog NaTV para saber de todas as novidades e comentários sobre essa e outras sé-ries. E não percam o próximo Dharma Day. As-sim que tivermos mais informações, elas serão amplamente divulgadas. Grande abraço a todos. Namastê!

Mestre da persua-são e dissimulação, Ben é um persona-gem daqueles que

dá gosto de ver. Foi juntamente com Desmond, a mais rica aquisição de

Lost após a primeira temporada. Seus diá-logos são sempre os melhores da série.

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Quer assistir um episódio novo de uma nova série, ou de uma série que você acompanha há tempo, um filme que ainda não está nas locadoras? Mesmo o idioma original não sendo o portu-

guês, pode procurar meu amigo: certamente vai haver uma legenda para você. Por trás desta legenda, pessoas com per-fis bastante diversos. Na maior parte das vezes, gente com não mais de 20 e poucos anos, com muitas horas de sono perdidas, trabalhando em grupo, mas cada um no seu silêncio - e não re-cebendo um centavo pelo trabalho. Tudo isso por quê ? Por que são fãs das séries, por que é um desafio interpretar um texto para a sua língua, por que dá orgulho ver o seu nome (na grande parte das vezes nicknames) atrelado a algo de qualidade, e admirado por muitos. Até aqui, tudo muito lindo. Ameaças ron-dam de tempos em tempos os sites de legendas, nivelando a legendagem gratuita à invasão de um computador de uma rede bancária. Foi apro-vado em 10 de julho deste ano um projeto de lei substitutivo proposto pelo senador Eduardo Azeredo que tipifica e criminaliza diferentes tipos de ação criminosa em redes privadas ou públicas de computadores. Nesse projeto, a legendagem especificamente não está incluída. Trocando em miúdos, aparentemente quem usa o computador para o bem, nada tem a temer. Mas não é bem assim. Atrela-se a legenda-gem gratuita a pirataria. É justo se voltar contra redes on-line de jovens tradutores que se

unem pelo prazer de legendar seus seriados fa-voritos baixados da internet porque estes demo-ram meses para chegarem no Brasil ? As chances da lei contra os crimes ciber-néticos assustar quem mantêm esses sites e fechar seus endereços para sempre é alta. Mas todos sabemos que movidos pelo mesmo desa-fio, outros sites pipoquem na internet na mesma velocidade que outros teriam sido fechados. É uma bola de neve, que não derreterá nunca... porque se fosse assim, os sites que disponibili-zam as letras das musicas deveriam ser fechados também...ou não? Não seriam “legendas” para as letras das músicas? Afinal de contas, traduzir um texto para o seu idioma é crime? É, minha gente... bom era o tempo que se emprestava livros para os amigos lerem de graça (sim, ele não pagou os direitos ao autor como você), gravar aquele filme de madrugada no videocassete, assistir e emprestar para o vizi-nho, ou ir à loja de discos e gravar fitas K-7 com as seleções preferidas e escutar bem feliz no seu carro, sem ter medo de ser taxado de “pirata”, e correndo o risco de levar um cutucão de cacetete no ombro.

[email protected]

?LEGENDARÉ CRIME

Texto Kelli SouzaDesign Janssen Barufe

LEGENDAR NÃO É CRIME

LEGENDERS CRIMES CIBERNÉTICOS

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Muita gente não conhece este seriado, mas é muito bom, interessente e passa a enten-der os sentimentos dos soldados naquela época, muita gente quer guerra ou dizem que queriam estar na segunda guerra mundial, pois eu diria não à guerra e nem queria estar lá. Para quê? O que eu vou ganhar com isso? Na verdade meus amigos vou apenas perder, e perder muitos por causa de uma guerra? Imagi-ne, você consegue fazer amizade com cinco sol-dados e viraram praticamente irmãos um ajudan-do ao outro e derrepente todos os seus amigos morrem com planos de voltar para casa, você iria se sentir sóbrio, solitário, abandonado sem nin-guém ao seu lado. Sobre o Band Of Brothers...um Major cha-mado Richard Winters da Companhia Easy, 506º, Regimento da 101ª Divisão de pára-quedistas do exército norte-americano, que está vivo até hoje e carrega um fardo muito pesado por seus amigos morrerem na guerra, Richard é um dos mais idolatrados pelos EUA, mas o que é mais emocionante é uma frase que o neto perguntou a ele uma vez: “Vovô você foi um herói na guerra? Vovô disse - Não..... mas eu servi numa compa-nhia de heróis.” Isso que fico impressionado com os so-breviventes, de não estarem sastifeitos por seus entes queridos terem morrido na segunda guerra mundial, isso mostra um, tamanho imenso, de valor por seus amigos, imagine a consciência de Richard como deve estar hoje em dia, vivo até hoje quase todos os seus amigos mortos. Vamos falar um pouco sobre o Capitão Herbert Sobel, muitos o julgaram pelo fato de ser medroso e confuso, mas quem fez a Compa-nhia Easy? Sobel. Quem treinou-os? Sobel. Quem deixou os soldados mais atentos em suas missões? Sobel. Por fim Herbert Sobel fez a com-panhia Easy, mesmo confuso não sabendo fazer a sua estratégia como Richard Winters sabia, mas Sobel não desmonstrou nenhuma fraqueza qualquer, era durão com os soldados e quanto

aos soldados odiarem ele, ai vai mais um estado mental sobre a disciplina, Sobel era durão por que? Para fazerem tudo o que ele mandava e chegar no tal horário do treinamento em ponto, se não chegassem iria ser punido, se Sobel fos-se ao contrário, bonzinho todos iriam aproveitar dele, “Ah ele é bonzinho se eu chegar dez minu-tos ele não vai fazer nada comigo por que ele é bozinho.” O que é que os soldados iriam aprender se Sobel fosse gente fina? Iriam ser tudo relaxa-do e desligados. Imagine se você fosse um médico da com-panhia? Ainda mais em Bagstone, você está em uma trincheira e derrepente escuta o seu chama-do, você está lá congelando de frio e vai ter que se levantar no meio de um bombardeio de mor-teiro e tiros para socorrer um soldado, tudo bem você conseguiu passar da fase de tiros e bombas, mas e agora o soldado vai fazer ele sobreviver de certeza? Tem alguns que você conseguirá salvar e muitos não, mas como você não gostaria de fa-lhar com nenhum deles, imagine como seria seu estado psicológico hoje em dia, arrependido por não ter conseguido salvar os soldados. Isso que digo meus amigos, vocês podem até gostar da guerra na hora, mas estarão prepa-rados para a consequência?

Os soldados da companhia Easy:Capitão Lewis Nixon (1918-1996), Filho dos do-nos da empresa Nixon Nitration, teve problemas com alcoolismo durante a guerra, após a qual consegue livrar-se do vício, casa-se várias vezes até encontrar Grace (descendente de asiáticos), com quem viveu até o fim de seus dias.

Major Richard Winters (1918-), nasceu em Lan-caster, Pennsylvania. Após a guerra, trabalha na Nixon Nitration (empresa dos pais de Nixon ) até o dia em que abre seu próprio negócio, uma ino-vadora ração para animais.

Capitão Ronald Speirs (1920 - 11 de Abril de

¬ BAND OF BROTHERS por Luigi Fontenelle

Companhia de heróis

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2007), nasceu em Edburgh, Escócia, Reino Uni-do. Tornou-se militar de carreira após a guerra, tornando-se diretor da prisão Spandau, na Ale-manha. Chega ao posto de Tenente-Coronel an-tes de ir para a reserva.

Capitão Herbert Sobel (1912-1987), nasceu em Chicago, Illinois. Após a guerra, deu baixa e guar-dou mágoa dos integrantes da Easy Company, tendo se recusado a participar dos encontros anuais, apesar dos vários convites. Suicidou-se em 1987.

1° Tenente Lynn “Buck” Compton (1921-)

2º Tenente C. Carwood Lipton (1920-2001), nas-ceu em Huntington, West Virginia.

Cabo Joseph Liebgott, (1915–1992), motorista de táxi em São Francisco antes e após a guerra.

2º Sargento William “Wild Bill” Guarnere. (1922-), nasceu em South Philadelphia, Pennsylvania.

1° Tenente Harry Welsh (1918-1995), de Luzer-ne County, Pennsylvania. Após a guerra, casa-se com Kitty Gorgan e torna-se diretor de uma es-cola.

SFC. Donald Malarkey (1921-), nasceu em Asto-ria, Oregon. Sargento Denver “Bull” Randleman, (1920 – 26

de Junho de 2003), nasceu e foi criado em Rec-tor, Arkansas.

Sargento Warren “Skip” Muck (morto em 1945, em Bastogne)

Segundo Sargento John Martin, (1922-2005), nasceu em Columbus, Ohio, morreu em 2005. Após a guerra voltou para seu emprego na ferro-via, depois tornou-se empresário e enriqueceu.

Cabo Eugene “Doc” Roe, enfermeiro (1921–1998), nascido em Bayou Chene, Louisiana

Donald Hoobler ( morreu em 1945, nas Ardenas, após ser atingido por um disparo da Luger que levava no cós das calças. )

Cabo Edward “Babe” Heffron (1923-)

Primeiro Sargento Floyd “Tab” Talbert (1923–1982)

Walter “Smokey” Gordon

Cabo Myron “Mike” Ranney (após a guerra con-tinuou no exército, tendo servido nas forças es-peciais até reformar-se. Faleceu de câncer em 1988)

Cabo Albert Blithe (1923–1967)

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Segundo Sargento Darrel “Shifty” Powers (1923- )

Cabo Lester “Leo” Hashey(1925–2002)

Coronel Robert F. Sink (1905-1965)

Cabo Robert “Popeye” Wynn (1921–2000)

Alex Penkala (morreu em 1945, atingido por dis-paro da artilharia, juntamente com Skip Muck)

Sargento Burton P. “Pat” Christenson (1922–1999)

Cabo Alton Moore (1920–1958)

Sargento Charles E. “Chuck” Grant (1915–1985) Matt Hickey como cabo Patrick O’Keefe (1926–2003)

Cabo James Miller ( morreu em 1944, na Holanda )

James H. “Mo” Alley, Jr. (1922- ), nativo de Mount Ida, no Arkansas.

Cabo John A. Janovec ( morreu em 1945, na Ale-manha, em um acidente automobilístico, quando a guerra na Europa já havia acabado. )

Cabo Allen Vest (1925–2001)

Antonio C. Garcia (1925–2005)

Joseph Ramirez

Segundo Tenente Jack E. Foley (1922- )

Cabo Wayne A. “Skiny” Sisk (1922–1999)

Cabo Roy Cobb

Cabo Earl “One Lung” McClung (1923- )

1° Tenente Thomas Meehan III (morto em 1944)

1° Tenente Norman Dike (Após a campanha nas Ardenas, Norman Dike tornou-se ajudante de or-dens do General Maxwell Taylor.)

Segundo Tenente Henry Jones (morto em 1947.)

[email protected]

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¬ LOST por Rogevan Santos

Oráculo de Desmond

Intrigante... Sem dúvida essa é uma das palavras que melhor define a série Lost e seus personagens. Um a um eles foram revelando-se ao público e nos envolvendo em suas histórias de vida dentro e fora da

ilha. Um desses personagens é o Desmond. Ele é o visionário, literalmente! Ele chegou e disse a que veio, é o profeta do apocalipse da ilha e sem trocadilhos, sabe exatamente antes dos demais o que vai acontecer. Pensando bem, o dom que o Desmond carrega exerce um fascínio sobre nós os meros mortais. Afinal, qual de nós nunca se imaginou dono desse dom? O de ver aquilo que ninguém ainda nunca viu? Desmond tornou-se interessante quan-do saiu correndo de repente e salvou Claire das águas, e, logo em seguida protegeu com o taco de golfe a cabana onde Aaron dormia de um raio fulminante que viria logo em seguida, e, que só Ele viu antes...Assistimos seu flashback e então entendemos que tratava-se de um profeta. Na Grécia antiga, as pessoas visitavam o oráculo de DELPHOS para saber do futuro, uma espécie de embrião do exoterismo dos dias atu-ais. A Bíblia diz que o profeta era na essência da palavra, a boca de Deus na terra, era o responsá-vel por alertar o povo e até ao Rei, que não raro o visitava e dele ouvia conselhos. Sem trocadilhos ou comparações com o li-vro sagrado, Desmond não seria um personagem chave dando pistas seguras e confiáveis sobre o final dessa trama? Creio que não custa nada aos mais de-savisados olharem com maior interesse pra esse personagem. Já sabemos que Lindelof tem essa capacida-de e essa faceta, a de deixar pistas importantes ao longo da série. Será que desmond sabe o final de tudo? Eu não me surpreenderia se Desmond fosse o emissário de Lindelof, ou omaior deles... Vale sempre ressaltar que para o perso-nagem em questão esse dom não algo tão bom assim, seus conflitos de consciência o levam a

questionar-se sobre o que seria realmente me-lhor, interferir ou não no futuro. Façam suas apostas, procurem pistas, o fi-nal tão enigmático pode estar bem perto de seus olhos ou de seus ouvidos. O Oráculo de lost anuncia... Grandes reve-lações vêm por aí!!!

[email protected]

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¬ CAPA Lost x Prison Break x 24 Horas, saiba porque fazem tanto sucesso

O que podemos esperar de uma grande série de TV? Que seja bem aceita pelo público, conse-qüentemente com um grande nível de audiência e que futura-mente vença prêmios importan-

tes se “graduando” no âmbito televisivo. Porém, esse sucesso dificilmente é alcançado sem que haja grandes investimentos na produção e prin-cipalmente em elenco – obviamente um bom ro-teiro e estória também são relevantes. Agora, pensemos em três seriados atuais que arrastam multidões, pessoas fanáticas que viram as madrugadas na espera de um novo epi-sódio que, praticamente está disponível simulta-neamente ao canal de TV onde é exibido. Lost, Prison Break e 24 Horas já são fenômenos de acolhimento pelo público. Lost caminha para sua quinta tempora-da que estreará provavelmente em janeiro de 2009 exibido pela ABC, Prison Break estreou sua quarta temporada no dia 01 de outubro de 2008 exibido pela FOX e 24 Horas que caminha para sétima temporada e estreará em janeiro de 2009 também pela FOX. Aparentemente as três não têm muito em comum quanto ao conteúdo que apresentam, Lost retrata a “luta” dos sobreviventes no vôo 815 da Oceanic que caiu numa ilha com proprie-dades um tanto quanto exóticas. Já Prison Break e 24 Horas tem algo em

comum, na maioria das vezes as situações en-volvem o Governo, suas armações ou armadi-lhas, porém enquanto Michael Scofield e Lincoln Burrows fogem para provar sua inocência, Jack Bauer luta incansavelmente contra o terrorismo.

AUDIÊNCIA / PÚBLICO

Um seriado, filme, telejornal ou qualquer outra coisa que seja transmitida necessita inva-riavelmente de público, de audiência. Então , se o público sente-se insatisfeito, irá parar de acom-panhar o show e conseqüentemente os produto-res terão um problemão para realinhar o rumo e o fluxo da trama. O público engloba a faixa etária dos teles-pectadores, um fator relevante, pois os produto-res podem alterar e conduzir a trama de forma que possa atrair tanto público adulto quanto ado-lescentes ou até infantil, mas obviamente não se pode alcançar a todos tendo em vista que procu-ram por assuntos e diversão de forma diferencia-da. A quem diga que Lost vem perdendo au-diência devido ao infindável número de mistérios não resolvidos e agora mais recentemente há ru-mores de que Prison Break possa ser cancelado devido ao baixo nível de audiência, o que pesso-almente acredito ser muito improvável, mas va-mos aos números:

24 HORAS

6 temporadas144 episódiosExibido em 54 paísesPúblico média de 49 anosAudiência 69,31 milhões nas 6 temporadas exibidas

LOST

4 temporadas83 episódiosExibido em + de 70 paísesPúblico média de 43 anosAudiência 59,39 milhões nas 4 temporadas exibidas

PRISON BREAK

4 temporadas 63 episódiosExibido em + de 40 paísesPúblicoAudiência 30,40 milhões nas 3 temporadas exibidas 35

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ORÇAMENTO

Vivemos num mundo capitalista em que, muitas coisas que precisamos fazer requerem gastos. Com os seriados ou filmes, não é dife-rente, milhões são investidos para que se possa fazer uma mega produção e ter um grande retor-no. Eis que surge um grande abismo, como saber e o investimento terá o retorno esperado ou até mesmo supere isso? Infelizmente não se pode prever a aceitação do público, o risco de se ter um enorme prejuízo é inevitável. Esse risco pode se transformar num fra-casso capaz de destruir a carreira de um produtor ou quem quer que esteja en-volvido e pior ainda “sujar” o nome da empresa no meio televisivo, fazendo com que perca obviamente credibilidade. Uma curiosidade, a rede ABC não andava bem das pernas e teve um gran-de impulso quando lançou o seriado Lost juntamente com Desperated Housewifes, os níveis de negócios atingiram marcas sem precedentes com publicidade e o grande investimento em marketing.

ELENCO

Os personagens (atores) são a “cara” do show, literalmente dão vida ao roteiro e a trama, produzidos pelos ro-teiristas e materializados pela equipe em geral. Filmagem, cenário entre outros as-pectos são focados direta e indiretamen-te na desenvoltura dos atores. Por este motivo é fundamental que, o responsável pelo núcleo dos perso-nagens estude e selecione a pessoa ide-la para cada interpretação. Vejamos 24 Horas, é tamanho sucesso do ator Kiefer Sutherland que por onde vemos seu ros-to certamente associamos à série, sem dúvida criou-se uma identidade e isto é fascinante tanto para vida profissional do ator quanto para própria marca da emis-sora de TV. Lost não foge a isso, porém há uma diferenciação, não se pode conside-

rar - pelo menos por enquanto - um personagem principal onde a estória se focaliza no mesmo. A árvore genealógica, digamos assim, do elenco tem muitas ramificações, no entanto, os artistas, principalmente do grupo que “mais aparece” in-terpretam seus papéis brilhantemente. Destaco especialmente o infalível Benjamin Linus (Micha-el Emerson), o doutro Jack Shephard (Matthew Fox), a fugitiva Kate (Evangeline Lilly), o dude Hurley (Jorge Garcia), Sawyer (Josh Holloway), Sayid (Naveen Andrews), enfim, apesar de “des-conhecidos” até então acredito que o seriado não seria o mesmo sem essas grandes figuras. Em Prison Break vemos a trama focalizada

LOSTEstima-se entre 10 e 14 milhões o di-nheiro gasto no episódio piloto que foi o mais caro da história da televisão.

PRISON BREAKValor médio de U$ 2 milhões dóllares por episódio na primeira temporada, total de aproximadamente U$ 24 milhões.Média de U$ 1,4 milhões para cada epi-sódio da segunda temporada, totalizan-do aproximadamente U$ 30,8 milhões.Média de U$ 3 milhões por episódio na terceira temporada, gasto em torno de U$ 39 milhões.

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De acordo com o site In-ternet Movie Database, o melhor episódio de Lost foi o último da terceira tempo-rada “Through the Looking Glass”, de Prison Break o 21 da primeira tempora-da “Go” e de 24 Horas foi escolhido o 24 da primeira temporada “11:00 p.m.-12:00 a.m.”

nos irmãos Michael Scofield (Wentworth Miller) e Lincoln Burrows (Dominique Purcell), Miller dá um banho de interpretação, é incrível a dramati-cidade com que faz suas cenas. Dominique tam-bém exerce grande papel, mas talvez por ser a força bruta, o contra peso da inteligência, não tenha tanto destaque - apesar que isso muda um pouco a partir da terceira temporada. Destaque para Sara Tancredi (Sarah Way-ne Callies), os fugitivos C-NOTE (Rockmond Dun-bar), Fernando Sucre (Amaury Nolasco), Haywire (Silas Weir Mitchell ) e T-BAG (Robert Knepper), no qual estes dois últimos são uns dos melhores atores que já vi atuando - juntamente com Mi-

chael C. Hall (Dexter Morgan), que hoje não está na lista.

PREMIAÇÕES Quem não se sente maravilhado ao rece-ber um prêmio ou bonificação? Nem que seja um simples elogio. No cinema americano o Oscar, Globo de Ouro ou o Emmy são grandes ala-vancadores de carreiras, veja os prêmios mais importantes recentemente de 24 Horas, Lost e Prison Break:

Emmy Awards2007 - Melhor mixagem de som em série dramá-tica (24 Horas)

2005 - Melhor série drama de televisão (Lost)

Globo de Ouro2006 - Melhor Drama TV - Melhor Ator em Drama TV - Wentworth Miller (Prison Break)

2006 - Melhor série drama de televisão (Lost)

2002 - Melhor ator em série de televisão - drama (Kiefer Sutherland)2004 - Melhor série de televisão - drama (24 Ho-ras)

ALMA Award2008 - Melhor ator numa série de drama, Jorge Garcia (Lost)

2008 - Melhor ator numa série de drama, Amaury Nolasco (Prison Break)

2008 - Melhor atriz num série de drama, Marisol Nichols (24 Horas)

A lista completa pode ser encontrada no site Internet Movie Database - www.imdb.com

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www.revistaseason.wordpress.com

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¬ CSI por Daniel Varella

Investigação Criminal

Trabalhar com evidências, investigar cenas de crimes procurando rastros do suspeito, é isso que faz a equipe CSI. Um simples fio de cabelo pode determinar o culpado, um pequeno fragmento de bala mostra

a arma do crime, para essa equipe a menor das provas pode ser a chave para o sucesso da inves-tigação. CSI é gravado na cidade de Las Vegas, está iniciando a 9ª temporada que já é sucesso na TV, sua estréia superou outras séries de muito prestígio. A série retrata uma equipe que investiga cenas de crimes, e para isso cada tem sua espe-cialidade e sua tarefa. A equipe é responsável por ir à cena do crime coletar evidências interrogar suspeitos e fazer a análise dos materiais encon-trados. Todo o material coletado, como fotogra-fias, pedaços de unha e amostras de sangue, tudo é analisado e são feitos testes com a mais alta tecnologia, como por exemplo, comparar DNA, fragmentos de balas, as causas da morte e com o resultado em mãos formam possíveis perfis das vítimas e dos culpados e terminam a investigação apontando um suspeito, é nessa hora que capitão Jim Brass entra em cena para prender os crimi-nosos. Mas não é sempre assim, algumas vezes alguns criminosos conseguem escapar por falta de alguma prova convincente, e em outros casos a morte de uma pessoa é um simples acidente doméstico ou outro fato, mas que não existe um criminoso a ser culpado. CSI é totalmente impre-visível, em alguns momentos os telespectadores já acham ter a certeza do verdadeiro culpado, mas no último instante aparece uma prova que pode mudar totalmente o rumo da investigação.Tudo o que eles fazem na série as técnicas e equipamentos usados condizem com a realidade o único diferencial está no tempo, já que alguns testes levam segundos para serem feitos na série e na realidade levariam dias para sair o resulta-do. Mas essa equipe de CSI tem seus dias contados, já que o protagonista da série Gil Gris-som (William Petersen) irá deixar o elenco fixo

depois de 8 temporadas e ele aparecerá ocasio-nalmente em alguns episódios, e para seu lugar o mais cotado é Laurence Fishburne ele mesmo o Morpheus de Matrix. Outro que está deixando a série é o perito Warrick Brown (Gary Dourdan) que não renovou seu contrato para a 9ª tem-porada e para isso os roteiristas acabaram por matar seu personagem no último episódio da 8ª temporada, não vou contar aqui como aconte-ceu sua morte porque aposto que algumas pes-soas ainda não viram o grande final. Lembramos também que Sara Sidle (Jorja Fox) saiu da série para continuar com projetos pessoais, mas em um episódio aparece Grissom falando com ela no celular, e então será que ela volta? Os roteiristas já garantiram que eles não serão substituídos e esquecidos na realidade, novos personagens se-rão acrescentados a série. A série recebe críticas por causa de suas fortes cenas de violência e imagens pesadas, mas os fãs ainda consideram a melhor série policial. Portanto, se você gosta de uma série com ação, suspense, ótimos personagens e um bom roteiro que prende o telespectador com certeza CSI é o mais recomendado.

[email protected]

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POLICE DO NOT CROSS

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¬ LOST por Vagner Wojcickoski

Porque gosta de pizza?

Não raramente me impressiono com a capacidade que as pessoas têm de criticar coisas que não conhecem bem, ou conhecem pouco. Impres-siona pela arrogância e pelo despeito

em relação ao trabalho que as pessoas fazem pra desenvolver determinada coisa. Dessa maneira as pessoas poupam a si mesmos de ter uma postura crítica em relação a quaisquer coisas. Obviamente é muito mais fácil e agradável não ter posição nenhuma, do que ir realmente a fundo a ponto de poder opinar. E a discussão acaba sempre se voltando para o gos-to. O gosto meu que é diferente do teu. Afinal, o que seria do amarelo se todos gostassem do verde? Sempre, em qualquer situação, em relação a quaisquer tipos de coisas, algo vai ser melhor pra alguém, e pior pra outrem. E é isso que define o que é bom do que é ruim? Algo precisa ser unanimidade para que possa reconhecer se é bom ou não? Para ilustrar melhor isso, no início do filme “Náufrago”, Tom Hanks entrega um CD para um guri na empresa de entregas, e diz: “É Elvis Presley, 50 milhões de pessoas não podem estar erradas!” Levando isso em consideração, é preciso reconhecer se algo é bom ou não, se tem valor como arte, sendo música, pintura, literatura, ci-nema ou TV, mesmo que não goste. Certamente ao clicarem no link para fazer o download da Revista Season, ou para lê-la on-line, predispõe que gostem de Lost, em primeiro lugar, e em segundo da Revista, e mais adiante, que gostam de ler, e de conhecer a opinião de outras pessoas. Parece óbvio, mas é realmente o óbvio que incomoda. Quem já parou pra pensar sobre porque gosta de Lost? Talvez seja um pouco mais difícil de responder, do que se a pergunta fosse: “Por-que gosta de pizza?”. Hum...porque é bom! Por-que tem vários sabores, posso escolher o sabor que mais me agrada, posso comer quando qui-ser, porque consigo reunir meus amigos em uma

pizzaria, e conversamos a noite inteira, enquanto as calabresas, quatro queijos e portuguesas vão descendo sobre nossas cabeças e descendo so-bre nossos estômagos. Lost tem um pouco disso, vários ingredien-tes que se misturam, e criam uma trama viciante e gostosa de assistir. Pra nós “fanáticos” (uso o termo entre as-pas, pra não criar um tom pejorativo), que espe-ramos o ano inteiro pela próxima temporada ser lançada, e ficamos especulando sobre os misté-rios, sobre as perguntas sem respostas, têm um gostinho ainda melhor, das novidades, de coisas boas que estão por vir. Uma relação diferente, portanto, daqueles que descobrirão na prateleira de uma locadora de blue-rays ou qualquer outra tecnologia que possa substituir os pré-históricos DVD’s, daqui há uns 5 ou 10 anos, todas as 6 temporadas de Lost completa, do início ao fim, e poderão assistir “tudo de uma vez”, “numa taca-da só”, a seu bel prazer... De qualquer maneira os ingredientes con-tinuarão os mesmos, principalmente levando em consideração que é uma série atemporal, sem determinação de datas e com poucos eventos históricos atuais que possam remeter a uma data específica. Talvez daqui há alguns anos seja difícil pra um adolescente entender porque o Sawyer põe a culpa no Sayid quanto à queda do avião nos primeiros episódios de Lost, mas certamente a memória da sociedade não deixará morrer esse conflito entre americanos e iraquianos. Toda a atmosfera criada entre os sobre-viventes nos remete a esse clima de hostilidade, com certa obrigação de sociabilidade, pela situa-ção em que se encontram e pela necessidade de sobrevivência. Grande parte do público de Lost se imagi-na em determinadas situações, como num gran-de acampamento, que não tem dia nem hora pra acabar, onde os dias se sucedem iguais, em que as situações são criadas pelos próprios persona-gens, e principalmente pelo personagem princi-

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pal, a ilha. Nós, na condição de espectadores in-teragimos na trama, criando hipóteses para as soluções dos problemas, e nos surpreendemos com os rumos que a trama segue. Nada de anor-mal pra quem assiste séries de TV, ou a filmes “hollywoodianos”. Mas Lost vai além, transpondo a barreira da TV, e criando uma atmosfera diferenciada, e complementada por outros meios, como a inter-net e o celular por exemplo. Os sites, blogs e fóruns sobre Lost transpiram informações sobre os personagens, sobre os mistérios, sobre a ilha, sobre a trama. Diria que é praticamente impos-sível ter informações específicas sobre determi-nados assuntos, como a Iniciativa Dharma, por exemplo, assistindo apenas aos episódios na TV, dia após dia, temporada após temporada. E é essa experiência fascinante de criar um entrete-nimento virtual para qualquer hora do dia, e não apenas para cada episódio que sempre merece durar mais, que Lost nos proporciona. Talvez por isso muitas pessoas ainda re-sistam à assistir a série, por não ter “tempo” de acessar a internet, ou não ter acesso à mesma. E por esse motivo, acabam levando a série como um “filme que não termina nunca”. Quando meu pai terminou de assistir a pri-meira temporada de Lost, ele disse: “bah tchê, esse filme é muito enrolado”. :) Percebi que tal-vez não valesse a pena explicar que não era um

filme, e que ter vários caminhos, vários perso-nagens, vários mistérios a serem desvendados, não era exatamente enrolação. Mesmo assim, ele assistiu até o fim da quarta temporada, e me perguntou essa semana: “oh guri, vai demorar muito pra lançarem mais desse filme?” :) Drama, suspense, ação, aventura, roman-ce, interatividade, muitos momentos “what the f...?” que deixam todo mundo indignado, mas que logo nos envolve em outro instigante misté-rio (como quando encontram o avião no fundo do oceano sem sobreviventes, quando Michael atira em Ana Lucia e em Libby, ou o Jack jogando fu-tebol americano com os Outros), nos fazem ficar vidrados na frente da TV, e na frente do compu-tador, e o pior (ou melhor), a criar uma revista que daria uma atenção especial a série. “Gostar ou não gostar, eis a questão.” Tal-vez seja a maneira como a gente espera, e rece-be as informações que os episódios nos passam, e até que ponto estamos realmente a fim de des-cobrir o que há por trás de tudo isso. Ponderem, critiquem, entendam tudo o que Lost nos instiga, e continuem aguardando ansiosamente pelas próximas temporadas. Enquanto isso, assistam Arquivo X desde o ínicio, ou uma temporada de 24 horas pra rela-xar.

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Na próxima edição...

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¬ SUPERNATURAL por Danielle M.

Ser ou não ser? Eis a questão.

Ser o que? Ahh, ser divertido e ponto final. Do mesmo povo envolvido em X Files (Ar-quivo X), SN é uma série honesta e bacana até a última ponta.

A saga dos irmãos Winchester (sim, nome de arma, hohohohoho) é muito simples de resu-mir: Eles seguem adiante o negócio da família - matar coisas bizarras, fora do comum, estra-nhas, sinistras, esquisitas, sem sentido, do diabo e quantos outros sinônimos possíveis nessa situ-ação. Tudo começa na infância dos irmãos, quando sua mãe é misteriosamente assassinada. Anos depois, Sam, tem a mesma sina, sua namo-rada, Jessica, também é morta. Não podendo fugir do destino de matança sinistras, Sam não corre mais dos negócios da família e alia-se a Dean para caçar o demônio responsável pelas mortes de sua mãe e namora-da. Além de, claro, procurar seu pai, que sumiu sem deixar muitas pistas, o único que sabe como deter a tal criatura sobrenatural. Sobrenatural, aliás, foi a tradução escolhi-da para Supernatural no SBT (sim, eu sei, não é a emissora que traduz). Melhor assim. Triste sina foi a de Nip/Tuck, exibida como “Estética”. Ao longo dessa cruzada em busca do pai e da criatura demoníaca, os irmãos Winchester dirigindo o seu Impala 67 (carrinho irado, viu!), encontram outras situações sobrenaturais, além de gatinhas de todas as etnias. No piloto da série, a primeira criatura é aquela lenda urbana manjada em quase todos os países, a tal noiva/mulher de branco. Essa é uma grande sacada da série: pegar lendas urbanas, referências pop de outros seriados, como por exemplo, Buffy e é claro, Arquivo X. No mesmo piloto, há uma deliciosa referência a Scully e Mul-der (que voltará a se repetir na 2a temporada, no 2.7, com mais piadinhas, no episódio com a participação de Linda Blair, ela mesma, a garota possuída de O Exorcista). Por essas e outras, So-

brenatural já foi chamada de “genérico de Arqui-vo X”. Eu considero isso um elogio! A rivalidade entre os irmãos também é mote para as histórias. Sam não aceita muito bem as regras do papai e Dean, por outro lado, as se-gue cegamente. Quando finalmente encontram seu pai, os conflitos, a rejeição, todos aqueles sentimentos reprimidos são liberados. Lutar com o pai? Esquecer e tocar a vida adiante? Essas são algumas questões que Sam leva consigo. Sam, alias, tem um poder ainda não muito definido. Um “medium’? Poder de premonição? Poder mais ativo, de fato? Seja qual for, é cer-to que a criatura demoníaca sabe e deseja ter o irmão caçula para si, daí a morte das mulheres mais importantes da vida de Sam. A season finale da 1a temporada é de per-der o fôlego. Após um terrível acidente causado pelo demônio (que possui mais uma vez o corpo de um inocente), Sam, Dean e o papai Winches-ter são deixados a própria sorte. Na 2a temporada, os irmãos abrem a por-ta do inferno e liberam o que não deveria e Dean está condenado. Na 3a temporada, Dean é morto e ficamos sem ar. E agora? Depois da melhor season finale possível, com Dean levado ao inferno à mando de Lilith , arrastado e estripado pelo cão do dia-bo. O que mais poderíamos esperar? Uma open season infinitamente superior a passada. Já começo destacando o excelente tra-balho de edição de som, mais do que as próprias imagens, o som nos deu uma medida exata do que estava acontecendo e nos coloca bem no cli-ma soturno da série. Me senti no próprio inferno de Hellraiser. A 4a temporada começa com uma evo-lução na série. Efeitos, trilha sonora e roteiros, amadureceram. O medo e questões filosóficas de como agir sob ele, são o mote desta season. Co-meço soturno e promissor. Será que a interven-ção divina se fará presente nesta season?

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Não há como não se divertir com SN. Pe-gue sua pipoca e refrigerante e manda ver. É muito difícil não se divertir com Superna-tural. Assim como também é impossível não re-parar nos irmãos, que são fofos, sensuais ...além do papai, nooooossa, que coroa! Meu irmão pre-ferido é o Dean! Gato, gato! Com seu Impala 67 e uma trilha sonora maravilhosa, Supernatural já está na 4a tempo-rada!

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¬ LOST por Victor Darmo

Porque muitos fãs de Lost NÃO vão curtir o último capítulo.

Essa afirmação não beira o sensaciona-lismo de mais um título de matéria para atrair a atenção do leitor. De acordo com o caminho trilhado por Lost até agora, uma das maiores séries de suspense e

aventura da atualidade promete frustrar boa parte de seus telespectadores devido ao descompromisso dos produtores com a chamada “fórmula” dramatúrgica. Esta pode possuir inúmeras variantes, mas todas deri-vadas da forma clássica que simplificadamente apre-sentada abaixo: Apresentação dos personagens, apresentação do(s) drama(s) com espinha dorsal, plots e subplots, argumento dos capítulos. E os três mais impactantes: tensão, clímax, revelação e peripécia. Vamos explicar resumidamente, para enten-dermos onde Lost se atropela: Na apresentação dos personagens e exposi-ção dos dramas, conhecemos quem é quem na trama, ainda que os personagens possam sofrer alteração de caráter e de importância de acordo com o andar da obra. É neste momento que entendemos que Jack é um médico caído numa ilha junto com outras dezenas de pessoas, que tomaria sobre si a missão de messias do grupo que se salvou e usaria de sua bondade, espírito aguerrido e conhecimentos médicos em prol do resga-te do grupo. Este “momento” num filme, seriado ou nove-la acontece geralmente no primeiro capítulo, e se es-tende até o terceiro, da ordem dos personagens mais importantes para os de apoio. Em Lost, a apresenta-ção do drama e dos personagens centrais é clara nos primeiros capítulos, mas o diferencial fica por conta de que sobre nenhum personagem podemos jogar um julgamento final: estão constantemente expostos aos nossos olhos, desnudados em flashbacks, que ora os absolvem, ora os condenam e o caráter de muitos pa-rece habitar no mundo da amoralidade, ou seja, ausên-cia de moral. Outro diferencial é a contínua apresentação de novos personagens. Como parte do mistério proposto sobre quem seriam os Others, o aparecimento de no-

vos personagens adquire uma função no todo, mas es-capa da linha tênue do digerível pela trama ao exagero. O pico desta contínua inflação de gente e subtramas explodiu com a chegada de Rodrigo Santoro, como um dos sobreviventes da ilha. Quebrando os princí-pios básicos da verossimilhança, o telespectador teve que engolir que seu personagem era mais um sobrevi-vente e, portanto, estava no universo de Lost desde o primeiro capítulo, ainda que jamais tivesse aparecido ou sido citado. O público reagiu de tal maneira que o personagem teve que ser morto já em sua terceira aparição e os produtores se desculparam publicamente pela “gafe”. Como plots e subplots entendemos as tramas paralelas que se desenrolam em torno da trama cen-tral. Um exemplo dela é a paixão de Ben por Juliet, que em nada interferem na espinha dorsal “o que é a Dharma” ou “será que vão sair da ilha?” Tensão e climax são aqueles picos de emoção que eclodem na trama e nos dá a sensação clara de que algo muito grande e decisido está para acontecer. É como a tensão máxima suportada por uma corda an-tes de se romper. O rompimento seria a revelação. O “quem matou?” É um exemplo clássico de revelação. Junto com a revelação (pouco antes ou pouco depois) vem a peripécia, que seria uma reviravolta na trama. O personagem que estava morto reaparece vivo empu-nhando uma arma contra o mocinho também cai como um bom exemplo clichê. Lost também derrapa feio no excesso de “clí-max fakes”. Quando possuídos pela trilha de suspense e ganchos deixados propositalmente pelos produtores, caímos na armadilha de achar “é hoje que a coisa vem à tona!” o episódio se encerra sem revelar nada. Na seqüência, o telespectador relembra todo o episódio e reflete: no que acrescentou este capítulo? Em nada! Ou seja, episódios desprendidos da linearidade cen-tral e ainda com clímax fakes pipocaram nas últimas temporadas e podem ser um dos motivos para a perda brutal de audiência da série nos últimos anos. Mas a gafe pior de Lost ficará sem dúvidas so-bre as revelações e peripécias finais. Acorrentados aos

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contratos, os produtores continuam a esticar a trama e se prendem na própria teia dos mistérios “menores” como artifício de baixo calão para manter a atenção dos fãs. Isso sem falar do exagero de cenas que não se explicam em ordem cronológica. É exatamente aí que encontramos a grande tra-gédia de Lost. Com a miscelânea de mistérios a se-rem explicados, ganchos da vida dos personagens que começam e não terminam, e toda a série se passando agora no presente, passado e futuro, o rio de Lost se-guirá para a última temporada não mais um rio, mas um tsunami de pendências a serem resolvidas às pres-sas. A gigantesca onda devastará a própria trama. Será como passar um tsunami por um córrego. Quanto da água passará e quanto transbordará e não chegará ao curso final? Esse transbordo serão aquelas inúmeras (de-zenas?) de enganosas coincidências a qual nos acos-tumamos desde a primeira temporada a buscar uma lógica. Alguém estava com a televisão ligada no plano de fundo de uma cena, e passava na tevê algum ou-tro personagem da série. Lembram? O que isso quer dizer?! Qual a relação entre os personagens?! Nenhu-ma. Kate encontra seu cavalo na ilha. Era mesmo o cavalo dela ou um parecido? Vai saber! “Chegamos ao fim e pronto” dirão os produtores. Parece duro de acreditar, mas a conta matemá-tica não deixa brecha para dúvidas. Imaginemos que tenhamos, até o presente mo-mento (quarta temporada) mais de 80 pontos que não se esclareceram em si mesmo, sendo pelo menos 10 destes, de suma importância para o desfecho da trama. Isso quer dizer que pelo menos uns dez episódios da última temporada deixariam de ser episódios apenas para ficar “explicando” forçosamente as incontáveis deixas enigmáticas ao longo da série mais para pren-der audiência que outra coisa. Fugiria completamente à idéia de qualquer produtor com certa sanidade, já que os fãs esperam empolvorosos pela revelação dos mistérios centrais da trama. Acredito que os últimos três episódios trarão a nós finalmente estes desfechos principais e sim, muita coisa ficará clara. Mas para que o eixo principal da trama seja devidamente destroçado diante de nossos olhares canibais, os outros capítulos que os antecedem servirão como preparo para a chegada deste fim. Todo fim de série é como um nascimento, onde tudo cami-nha para ele.

Nesse evento, apenas aqueles “mistérios e coincidências” que os roteiristas consigam trançar com o fim, voltarão à baila para esse precioso momen-to final. Os outros (sem trocadilhos, risos) ficarão sem explicação, mas não sem destino: a criatividade de cada um. Segundo o próprio produtor e diretor geral da série JJ Abrams, muita coisa continuará pendente no ar mesmo depois do final que só será possível atra-vés de uma explicação pessoal do fã. É uma tragédia da qual já se anteviam os ris-cos. Séries de suspense já foram vítimas do próprio surto de pendências e tiveram o mesmo fim. Arquivo X, a série de ficção-científica mais famosa até Lost, chegou a desfilar no ranking das séries mais vistas do planeta. O programa durou 10 temporadas e rendeu um filme para o cinema. Mas a série, que explorava a existência ou não de vida extraterrestre com tom investigativo, acabou ganhando do meio para o final episódios com universo à parte do original. A dupla Molder e Scully deixaram de aturar em dupla (que era a fórmula da série) devido à gravidez da atriz, per-sonagens coadjuvantes que viraram monstros também apareceram e até casos de fantasmas os dois detetives acabaram investigando. Ou seja, a série que chegou a levantar polê-mica de uma ligação dos ETs com o governo Norte Americano, se descaracterizou com episódios beiran-do a trash “Os Mutantes” e a linha mistério barato de Scoobi-Doo. E para fechar com chave-de-ouro, não conseguiram concatenar todos os ganchos no fim da série. Toda boa idéia é como uma bexiga vazia. O argumento é o ar, o “gás” da trama. Ele pode inflar a boa idéia, dando lhe forma, peso e fazê-la subir, cha-mando olhares de todos. Mas o exagero pode ser fatal. Ar demais e o balão estoura.

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Revista

seas noo nseasApresenta

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