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SECRETARIA DO ESTADO DA EDUCAÇÃO …...melhorem a interpretação de texto e a escrita e...

Date post: 18-Nov-2020
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SECRETARIA DO ESTADO DA EDUCAÇÃO – SEED

SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO – SUED

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE

ÚLRIKA GLUITZ SCHNEIDER

UNIDADE DIDÁTICA DE LÍNGUA PORTUGUESA

A IMPORTÂNCIA DA LEITURA NA ESCOLA BÁSICA COM TEXTOS SOBRE

BULLYING

CURITIBA

2016

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ÚLRIKA GLUITZ SCHNEIDER

UNIDADE DIDÁTICA DE LÍNGUA PORTUGUESA

A IMPORTÂNCIA DA LEITURA NA ESCOLA BÁSICA COM TEXTOS SOBRE

BULLYING

Material da unidade didática apresentado ao

Programa de Desenvolvimento Educacional-PDE

da Secretaria Estadual de Educação-SEED.

Orientado pela Professora Drª Cláudia Garcia

Cavalcante, da Universidade Federal do Paraná –

UFPR – Setor Litoral.

CURITIBA

2016

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FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO

PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA

TURMA: PDE/2016

Título: A Importância da Leitura na Escola Básica com Textos Sobre Bullying

Autor Úlrika Gluitz Schneider

Disciplina/Área Língua Portuguesa

Escola de Implementação do Projeto

Escola Estadual República Oriental do Uruguai

Município da escola Curitiba

Núcleo Regional de Educação

Curitiba

Professor Orientador Professora Drª Cláudia Garcia Cavalcante

Instituição de Ensino Superior

UFPR

Relação Interdisciplinar Língua Portuguesa, Arte e Ciências.

Resumo Esta unidade didática foi desenvolvida visando despertar o gosto

pela leitura, por meio de textos sobre bullying. Para motivar os

alunos, utiliza-se os livros: “Perseguição”, de Tânia Alexandre

Martinelli, “Ponte Para Terabítia”, de Katherine Patterson e “ Se

liga, Charles!”,de Vincent Cuvellier. A leitura deve ser sempre

mediadora e colaborar como instrumento de ensino-aprendizagem

e não um ato imposto, mas uma proposta motivadora, que

contribua no sentido da transformação do sujeito leitor, em busca

de melhores perspectivas de vida cidadã. O objetivo é usar

estratégias de ação pedagógica para motivar os alunos para a

leitura e, conscientizá-los, sobre a disseminação do bullying no

espaço escolar que se caracteriza por ser um conjunto de

comportamentos agressivos que uma pessoa sofre. As vítimas,

muitas vezes, ficam fragilizadas e acabam se isolando e vivendo

de forma marginalizada. Nas escolas, o bullying causa

constrangimento em vários níveis e pode deixar sequelas físicas e

psicológicas graves. Às vezes, o bullying deixa marcas profundas,

traumas eternos e irreparáveis.

Palavras-chave Leitura; Bullying; Conscientização.

Formato do Material Didático

Unidade Didática

Publico Alvo Alunos do 6º ano do Ensino Fundamental

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INTRODUÇÃO

Na organização desta unidade didática, desenvolvida no Programa de

Desenvolvimento Educacional (PDE/PR), os alunos irão ler obras literárias infanto-

juvenis com temas sobre bullying, para desenvolver o hábito de leitura e formar

leitores. Pretende-se com isso trabalhar a consciência crítica perante a

disseminação do bullying no ambiente escolar. Assim, busca-se o constante

envolvimento do aluno.

Por meio da leitura de gêneros narrativos com temas sobre bullying, esta

unidade didática pretende minimizar o bullying no ambiente escolar de uma escola

pública do Estado do Paraná, para que o aluno possa evoluir como educando e

transformar-se em cidadão consciente, crítico, inserido no mundo com direitos e

deveres.

O objetivo geral desta proposta é propiciar condições para a formação de um

leitor-cidadão, para que a leitura seja um ato de transformação do sujeito/leitor e

acima de tudo, um ato voluntário, prazeroso e benéfico para o educando. Para tanto,

propõe-se iniciar as atividades desta proposta, na biblioteca da escola, que se

destaca por apresentar livros diversos, ambiente favorável, bibliotecários dedicados

e receptivos para receber professores e alunos. Os objetivos específicos consistem

em promover o conhecimento cultural através da leitura, mediar para que os alunos

melhorem a interpretação de texto e a escrita e compreender como o bullying tem se

manifestado no contexto escolar. Pretende-se exercitar as atividades propostas e

avaliar as realizadas no decorrer da implementação da proposta, observando o

progresso na leitura e a conscientização do fenômeno bullying no ambiente escolar.

Portanto, esta unidade didática consiste de atividades que serão realizadas

com os alunos do 6°ano do Ensino Fundamental da Escola Estadual República

Oriental do Uruguai, no bairro Capão da Imbuia, em Curitiba, Paraná. Serão

elaboradas atividades referentes ao bullying e leitura com metodologias inovadoras.

Essas, têm o propósito de conscientizar o aluno em relação ao seu próprio papel

enquanto sujeito agressor ou vítima de bullying no meio social em que vive, tendo

como principal instrumento a leitura. Por meio da leitura, pretende-se fazer uma

reflexão sobre o bullying no espaço escolar e formar leitores conscientes, críticos,

que saibam lutar por uma sociedade democrática com direitos e deveres.

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1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

O presente trabalho tem por objetivo apresentar uma produção didática sobre a

importância da leitura na escola básica com textos sobre bullying. Nela, serão

abordados os seguintes temas: a leitura, o bullying, e o cyberbullying, que se fazem

o nosso objeto de estudo. Com base em Fante (2005), Neto (2011) e Silva (2010),

vamos compreender como o bullying se manifesta no espaço escolar e nos

ambientes virtuais, bem como, quais as consequências desses atos na vida dos

nossos alunos. O bullying é considerado uma prática do ser humano e atinge

pessoas de todas as idades. As vítimas são afetadas de tal modo, que muitas vezes,

vivem de forma marginalizada. Os jovens são os mais afetados em ambientes

escolares e redes sociais. Neto (2011). Às vezes, nem mesmo os pais sabem da

violência que os filhos sofrem, e para evitar esse desconhecimento, é preciso que

conversem com os seus filhos e que os educadores fiquem atentos aos seus

alunos.

Por meio da leitura de textos sobre o tema proposto, pretende-se minimizar o

bullying nas escolas e despertar o gosto pela leitura. Acredita-se que, a leitura é de

fundamental importância para a constituição do caráter do homem. Além disso, é

fonte de prazer, conhecimento e diversão. Por isso, vamos desenvolver no presente

trabalho várias estratégias de motivação, com base em Solé (1998), para sustentar e

fundamentar a nossa proposta de formação de leitores.

1.1 Concepção de leitura segundo os documentos oficiais.

De acordo com as Diretrizes Curriculares da Educação Básica do Estado do

Paraná (2008, p.280) “compreende-se a leitura como um ato dialógico, interlocutivo,

que envolve demandas sociais, históricas, pedagógicas e ideológicas de

determinado momento”. Portanto, acredita-se que o professor deve propiciar aos

seus educandos textos das diferentes esferas sociais, para que eles tenham acesso

ao saber, informação e a cultura letrada. Para o educador Freire (2003, p.11) “a

leitura do mundo precede sempre à leitura da palavra e a leitura desta implica a

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continuidade da leitura daquela.” Nesse sentido, é importante colocarmos os alunos

em contato com o mundo por meio da leitura, para que ele possa, por meio dos

livros e de acordo com a sua realidade, fazer a interpretação necessária e atribuir

sentido e significado para a sua vida.

Solé (1998) comenta que o conhecimento de mundo da criança é de extrema

importância para o seu desenvolvimento intelectual e a aprendizagem. O meio em

que a criança vive também interfere no seu crescimento. A criança cresce

interagindo com o meio e é ali que ela também se desenvolve e aprende. Todo esse

conhecimento é de fundamental importância para ela ter sucesso na aprendizagem.

Na escola, ela acrescenta informações e vai desenvolvendo as suas aptidões em

busca do sucesso como cidadão independente e livre. Quanto mais conhecimento

de mundo a criança tiver, melhor, pois saberá interagir de forma sábia e inovando

para a aprendizagem acontecer.

Solé (1998) também enfatiza que um dado relevante a ser trabalhado é a

motivação. Pois, segundo Lobato (1936, p.32), a leitura não pode ser imposta, que

dizia que, isto seria como “vacinar o sujeito” contra leitura. É preciso cultivar o hábito

da leitura, inovando com estratégias que emocionem, convençam, informem,

motivem e despertem o interesse nos alunos pela leitura. Se o professor for leitor,

com certeza, saberá motivar seus alunos a ler livros indicando boas referências e

fazendo comentários referentes a autores e obras. Dessa forma, estará motivando

seus alunos e incentivando-os a procurar livros em bibliotecas ou até mesmo pedir

de presente em datas comemorativas.

A autora afirma que:

Não devemos esquecer que o interesse se cria, se suscita e se educa e que

em diversas ocasiões ele depende do entusiasmo e da apresentação que o

professor faz de uma determinada leitura e das possibilidades que seja

capaz de explorar. (SOLÉ, 1998, p. 43)

Cabe ao professor usar a inteligência, a criatividade e acima de tudo saber

conquistar o seu aluno, sendo exemplo, porque só um grande leitor pode formar

leitores.

Ainda de acordo com Solé (1998, p.92)

Motivar as crianças para a leitura não consiste em que o professor diga:

“Fantástico! Vamos ler!,” mas em que elas mesmas o digam – ou pensem.

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Isto se consegue planejando bem a tarefa de leitura e selecionando com

critério os materiais que nela serão trabalhados, tomando decisões sobre as

ajudas prévias de que alguns alunos possam necessitar, evitando situações

de concorrência entre as crianças e promovendo, sempre que possível,

aquelas situações que abordam contextos de uso real, que incentivem o

gosto pela leitura e que deixem o leitor avançar em seu próprio ritmo para ir

elaborando sua própria interpretação – situação de leitura silenciosa.

Nesse sentido, para conseguir fazer um trabalho produtivo, o professor, em

sala de aula, deve estar atento para cada aluno, com um olhar especial, com suas

particularidades, suas necessidades, e atendê-lo de forma individual quando

necessário, para instruí-lo e orientá-lo, para que a leitura ocorra de forma

espontânea, dando ênfase, para que cada aluno leia de acordo com o seu ritmo. No

decorrer da nossa implementação, vamos propor a leitura de livros, mas esperamos

que o aluno, durante o nosso trabalho, procure leituras de forma voluntária, que

busque livros em bibliotecas, peça livros de presente e leia por prazer. Uma série de

fatores interfere no processo de formação de leitores e ensino e aprendizagem.

Formar leitores neste mundo tecnológico é uma tarefa árdua, mas não impossível. O

livro ainda possui algo de mágico. Pode-se levar a qualquer canto. O livro ainda é

especial.

1.2 Bullying

De acordo com Neto, (2011, p.21) “O bullying é um conjunto de

comportamentos agressivos e repetitivos de opressão, tirania, agressão e

dominação de uma pessoa ou grupos sobre outra pessoa”. As vítimas geralmente

precisam de ajuda psicológica para superar os problemas que vivenciam, com o

trauma e o sofrimento são deixadas marcas profundas e às vezes, irreparáveis.

Atualmente, o bullying, está presente em todos os espaços sociais, assim como nas

escolas. Neto (2011, p.21) afirma que, “O bullying escolar, são atitudes agressivas,

intencionais e repetidas, que ocorrem , causando dor e angústia, e executadas

dentro de uma relação desigual de poder, tornando possível a intimidação da

vítima.”. Muitas vezes, as vítimas ficam tão fragilizadas que acabam se isolando de

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todos e vivendo de forma marginalizada. De acordo com Neto (2011, p.25): “O

bullying escolar é um importante problema de saúde pública, que atinge 20% a 40%

da população de estudantes e exige demandas crescentes de atenção e

intervenção.”. No entanto, muitas pessoas ainda não tomaram conhecimento da

importância e da gravidade desse problema.

1.2.1 Bullying Digital ou Cyberbullying

Com o surgimento do mundo globalizado ou tecnológico surgiu outro tipo de

bullying. O bullying digital ou cyberbullying. Muitos estudantes, professores e

pessoas em geral são vítimas desse tipo de bullying diariamente.

De acordo com Silva,

Os praticantes do cybebullying se utilizam de todas as possibilidades que os recursos da moderna tecnologia lhes oferecem: e-mails, blogs, fotoblogs, MSN, youtube Skype, Twitter, MySpace, Facebook, torpedos... Valendo-se do anonimato, os bulies virtuais inventam mentiras, espalham rumores, boatos depreciativos e insultos sobre outros estudantes, os familiares desses e até mesmo professores e outros profissionais da escola. Todos podem se tornar vítimas de um bombardeio maciço de ofensas, que se multiplicam e se intensificam de forma veloz e instantânea, quando disparadas via celular (torpedos) e internet. (SILVA, 2010, p.127)

Muitas vítimas têm suas vidas destruídas pelos seus agressores, que

divulgam mundialmente seus atos de crueldade. De acordo com Silva (2010, p.128):

”Os praticantes de cyberbullying participam, inclusive, de fóruns e livros de visitas

virtuais para deixar mensagens depreciativas sobre o assunto em questão ou opinar

de forma inconveniente”. Muitas pessoas que sofrem bullying passam por sofrimento

físico e psicológico que em muitos casos, deixa traumas eternos.

Segundo Neto (2011, p.62) “O bullying é um fenômeno universal, existe em

todas as escolas, já é percebido entre os estudantes desde a educação infantil e

suas consequências afetam a todas as crianças e adolescentes, sem exceção.” O

autor afirma que, é um problema complexo e que não é simples encontrar soluções

para diminuir o bullying escolar. Para reduzir esse fenômeno nas escolas, é preciso

que toda comunidade escolar se conscientize e participe de forma concreta fazendo

um trabalho continuado adotando políticas antibullying na formação dos alunos.

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Portanto, a escola é o local onde os educandos passam grande parte do seu

dia, é primordial que esse tempo seja agradável, saudável e que todo o ambiente

seja favorável para que o ensino e aprendizagem aconteça. É preciso que todos os

educadores envolvidos e presentes na vida escolar estejam atentos, para cada

aluno, com um olhar especial, para que vidas não sejam destruídas, mas sim, que

cada aluno possa ali, crescer, sonhar e construir no mundo real uma vida plena,

digna e feliz.

METODOLOGIA

Essa unidade-didática foi desenvolvida com o propósito de despertar o gosto

pela leitura, formar leitores, e conscientizar o aluno referente o fenômeno bullying no

ambiente escolar. Iremos utilizar os livros “Perseguição”, de Tânia Alexandre

Martinelli, “Ponte para Terabítia”, de Katherine Patterson, e “ Se liga, Charles!” de

Vincent Cuvellier, com a temática bullying.

A produção propõe momentos de leitura, escrita, aulas de vídeo e filme.

Assim, a partir da leitura de livros, podemos desenvolver outras maneiras para o

aluno expressar as suas emoções, seus sentimentos e fazer reflexões sobre

assuntos relevantes do seu cotidiano.

As atividades propostas com a leitura de livros, nesta unidade-didática, têm o

propósito de motivá-los para a leitura, minimizar o bullying na escola e contribuir

para o processo de ensino e aprendizagem do educando. A leitura propicia ao aluno

pensar, refletir, questionar, discutir e interagir em grupo construindo a aprendizagem.

Assim, o professor, deve contribuir como mediador para o aluno buscar o

conhecimento

Espera-se que a produção dessa unidade-didática possa despertar e aguçar a

vontade de ler dos alunos, para que se sintam instigados em ir a busca de livros e

conscientizá-los perante a disseminação do bullying no ambiente escolar.

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ESTRATÉGIAS DE AÇÕES

O projeto será realizado no primeiro semestre de 2017, com os alunos do 6°

ano do Ensino Fundamental da rede Estadual de Ensino do Estado do Paraná, na

Escola Estadual República Oriental do Uruguai, no Bairro Capão da Imbuia, em

Curitiba, Paraná. Os alunos têm entre dez e onze anos de idade, e as aulas

acontecerão cinco vezes por semana, no período normal de aula, da manhã, entre

07h30min e 11h50min.

Inicialmente, a professora apresentará para os alunos o projeto, relatando

sobre a importância da leitura nas nossas vidas e os reflexos futuros que a leitura

pode nos provocar. Em seguida, falará sobre o fenômeno bullying no ambiente

escolar. Relatará alguns casos e explicará as consequências que o bullying pode

provocar.

Após a fala, a professora apresentará aos alunos os livros que serão lidos

durante a aplicação do projeto. Falará que serão lidos os livros: “Se liga, Charles!”,

de Vincent Cuvellier, “Perseguição”, de Tânia Alexandre Martinelli e “Ponte para

Terabítia”, de Katherine Patterson. A leitura dos livros será realizada em sala de

aula. (o aluno que quiser ler o livro em casa, já poderá fazer a leitura.) Os livros são

adquiridos pelos alunos da escola, pois já consta da lista do material escolar a

compra de um livro de literatura por trimestre. A professora explicará que todos os

livros tratam da temática bullying e foram especialmente escolhidos, porque a

história se desenrola no ambiente escolar. Além disso, são livros infanto-juvenis, de

acordo com a faixa etária.

Concluída a leitura dos livros, será realizado um debate em grupo, em sala de

aula, para fazerem uma reflexão e perceberem o que o texto provocou nos leitores.

Em seguida, discutirão o tema bullying presente nos livros, e os alunos irão relatar

oralmente colocando seus pontos de vista sobre situações parecidas com o livro.

Serão realizadas atividades inovadoras como: visita guiada à biblioteca; publicidade

do livro; passaporte do leitor e baú mágico.

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Outras atividades serão realizadas, como: ilustração por meio de desenhos e

recortes, que redimensionem os sentidos do tema bullying, filmes, relacionadas com

os temas dos textos lidos.

Com o desenvolvimento de todas as atividades, espera-se que o aluno

adquira o gosto pela leitura e busque diversão, prazer, aliado ao conhecimento.

Além disso, seja um cidadão consciente para lidar com o fenômeno bullying

presente na sociedade.

RECURSOS

Computador, papel, pen-drive, livros, xerox, tinta, máquina fotográfica, etc. Se

necessário, outros para o desenvolvimento do projeto.

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TEMPO

A Implementação do Projeto de Intervenção Pedagógica na Escola ocorrerá no 3°

período, início de fevereiro de 2017, com o retorno do professor PDE à escola para

implementação de seu Projeto.

CRONOGRAMA DA IMPLEMENTAÇAO DO PROJETO NA ESCOLA EM

2017

Atividade 1 Visita guiada à biblioteca 2 aulas

Atividade 2 Leitura de gêneros narrativos 2 aulas

Atividade 3 Reflexão e vídeo 1 aula

Atividade 4 Atividade lúdica 1 aula

Atividade 5 Produção de cartazes sobre bullying 2 aulas

Atividade 6 Leitura do livro “Perseguição” 5 aulas

Atividade 7 Atividade Oral 1 aulas

Atividade 8 Você decide 1 aula

Atividade 9 Leitura do Livro Ponte para Terabítia 6 aulas

Atividade 10 Caça Palavras 1 aulas

Atividade 11 Publicidade do livro 2 aulas

Atividade 12 Passaporte do leitor 2 aulas

Atividade 13 Baú mágico 1aula

Atividade 14 Questões escritas 1 aula

Atividade 15 Questões escritas 1 aula

Atividade 16 Produção de vídeo 3 aulas

Total de Aulas 32 aulas

ATIVIDADES

ATIVIDADE 1 - VISITA GUIADA À BIBLIOTECA (adaptado de Costa, 2007, p. 133)

Professor, antes de iniciar a atividade com o livro, leve os seus alunos para

conhecer a biblioteca da escola. Apresente-os à bibliotecária e fale sobre a

importância desse espaço. Deixe manipular os livros para que se sintam motivados

a procurá-los nas horas vagas. Permaneça algum tempo no local para que

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percebam o clima, a tranquilidade, o cheiro, etc. Fale sobre a importância que a

leitura tem nas nossas vidas. Incentive-os a levar livros para ler em casa. Após a

escolha do livro, peça para que os alunos sentem em roda, e leia uma história.

Sugestão: Livro: Se liga, Charles! Autor: Vincent Cuvellier

Professor, nesta página só há um trecho da história, pois de acordo com os direitos

autorais, não é permitido colocarmos o texto integral, nem mesmo as imagens,

portanto, transcrevemos apenas a página 7 do livro. O livro possui no total 90

páginas e a história é sobre um garoto que sofre bullying na escola. No decorre do

livro temos várias ilustrações que são importantes para o leitor fazer a leitura. Na

página 6, por exemplo, consta uma informação do personagem Charles, que usa

óculos e tem cabelos espetados.

Vincent Cuvellier nasceu em 1969 em Brest, na França. Em 1986 escreveu seu

primeiro livro. Publicou o livro “Se liga, Charles!” em 2007.

http://pitadasepitacosnalingua.blogspot.com.br/2009/06/vincent-cuvellier_5968.html - Acesso em

19/09/2016

“Charles tem nome de velho, cabeça de velho, hábitos de velho. Mas não é velho. É

um cara da minha classe. Ele costuma se sentar na minha frente. Conheço de cor

suas orelhas, grandes orelhas de abano, suas largas costas curvadas e seus

cabelos tão curtinhos que ele até parece careca.

Aqui, ninguém fala muito com ele. Só para pedir emprestada uma borracha, um lápis,

uma folha, bala, o resultado de uma conta de divisão, dinheiro. Perguntar a hora,

qualquer coisa...”

Vincent Cuvellier, Se liga, Charles! , p.7, 2007.

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ATIVIDADE 2 - LEITURA DE LITERATURA JUVENIL

Os livros, “perseguição”, de Tânia Alexandre Martinelli, “ponte para Terabítia” de

Katherine Patterson e “se liga Charles!”, de Vincent Cuvellier, são livros de Literatura

Infanto-juvenil. É um ramo da literatura que se dedica principalmente aos leitores

entre dez a quinze anos de idade. As obras literárias juvenis, geralmente,

apresentam temas de interesse aos adolescentes com personagens da mesma faixa

etária dos leitores. O conteúdo é de fácil entendimento e os textos apresentam mais

de cem páginas. Nos livros citados, são todas narrativas em prosa que tratam da

temática bullying. O enredo da história se desenvolve no ambiente escolar, lugar

comum entre os personagens e os leitores dos livros. Os livros foram indicados por

professores e pedagogos conceituados que aprovaram o conteúdo e a qualidade

das obras.

Professor, vamos ler o livro “Perseguição” de Tânia Alexandre Martinelli. Antes de

iniciar a leitura, poderá, a partir do título e ilustrações, formular hipóteses referentes

à história e perguntas sobre o hábito de ler. A história do livro é composta por 102

páginas, e iremos dividí-la para a leitura em aulas.

Tânia Alexandre Martinelli nasceu em Americana, em Julho de 1964. Publicou seu

primeiro livro em 1998, e a partir de então se dedica integralmente à literatura.

Publicou o livro “Perseguição” em 2009, pela editora Saraiva. A autora possui outros

livros publicados, tanto juvenis, quanto infantis.

Fonte: http://camaradolivro.com.br/autores_det.php?id=70 - Acesso em 19 set. 2016

Questões orais: (adaptado de Solé, 1998, p. 184)

a. O que será que esse título “Perseguição” sugere?

b. As ilustrações do livro podem nos dar algumas pistas? Quais?

c. Vocês têm o hábito de ler? O que vocês gostam de ler?

d. Vocês já leram algum livro com assunto parecido?

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Professor, leia com os alunos o livro “Perseguição”, de Tânia Alexandre Martinelli,

até a página 25. Depois, peça para que releiam os trechos abaixo e desenvolvam

esta atividade oralmente, levando-os a refletirem sobre as ações de bullying

praticadas no início da história e oriente-os para que respondam às questões abaixo.

“Denílson e Caio na frente, Fred um pouco mais atrás, os três passando pelo estreito

corredor onde ficava a carteira do Léo. Tão logo chegavam perto, a simulação de um

tropeço, um esbarrão, ou algo semelhante, como se tudo não passasse de inocente

brincadeira.

-Opa! – e o súbito arremesso dos objetos ao chão.

Era um opa cínico, dissimulado, muitos alunos riam abertamente sem motivo para

disfarces.

- Desculpa aí, Leitão.

Um desculpa aí debochado, quase nojento de ouvir.

-Pede desculpa não, Denílson! Não vê que a carteira dele é que tá torta, na

passagem? Arruma isso aí, Gordo! – “e Caio ria, um prazer desmesurável.” (p.5)

Tânia Alexandre Martinelli, Perseguição, p.5, 2011

“-Olha lá, Gordo.

Léo mirou a lousa e imediatamente passou a mão. Tive tempo de ler antes que o

registro sumisse num rastro de pó: “Leofante”.

Mas esse episódio fora pouco para a turma do Denílson, tão acostumada a atazanar

a vida dos colegas. No dia seguinte, a palavra Leofante estampava todo o quadro.

Letras grandes, pequenas, imensas. Impossível que o Léo apagasse tão

rapidamente como da outra vez, ia precisar do apagador.

MOMENTO DE LEITURA

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- Cadê o apagador? – Léo perguntou, não se dirigindo a ninguém em específico.”

(p.12)

Tânia Alexandre Martinelli, Perseguição, p.12, 2011

ATIVIDADE 3 – ORAL REFERENTE AOS FRAGMENTOS DOS TEXTOS

a. Por que o protagonista não reagia quando sofria bullying?

b. Você já sofreu bullying?

c. Como Léo se sentiu com o registro na lousa, feito pelos colegas?

d. Os colegas ajudaram Léo a sair dessa situação constrangedora?

ATIVIDADE 4 - ATIVIDADE LÚDICA

Reúna os alunos em grupos de 4 membros (ou a seu critério). Distribua um doce

fechado para cada aluno (bala, bombom, etc). Oriente para que abram com apenas

uma mão e sem usar a boca. Se não conseguirem abrir o doce, podem pedir ajuda

de uma das mãos de um dos colegas. Em seguida, os alunos deverão estabelecer

uma relação entre a tarefa de abrir o doce com uma das mãos e o sofrimento da

vítima de bullying em se sentir sozinha e incapaz de reagir.

Professor, o vídeo abaixo é de um curta metragem (de 10 minutos) sobre bullying

que ocorre com alunos, servirá para construir uma discussão e reflexão sobre o

tema. Reúna os seus alunos em uma roda para um debate sobre o tema bullying e

instigue-os para que coloquem seus postos de vista e experiências vivenciadas.

Faça a mediação contribuindo para uma boa discussão em grupo. Assista ao vídeo:

QUE PAPO É ESSE: BULLYING – curta de animação (Disponível em:

<https://www.youtube.com/watch?v=KKShIZAYF4I> Acesso em 22/09/2016.

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Professor, é importante que o aluno perceba durante essa atividade, que a interação

e a colaboração do grupo é necessária, da mesma forma, a vítima de bullying,

precisa de ajuda para conseguir reagir e superar seus traumas.

ATIVIDADE 5 - PRODUÇÃO DE CARTAZES SOBRE BULLYING

O cartaz é um suporte, feito geralmente em cartolina ou papel, afixado em locais

públicos. Sua principal função é a de divulgar informação visualmente, para isso ele

deve ser bem apresentado.

Link: https://veele.wordpress.com/elaboracao-de-cartazes Acesso em 07/12/16.

Reúna os alunos em grupos de 3 membros (ou a seu critério)e oriente-os à

confecção de cartazes sobre bullying para exposição no mural da escola.

ATIVIDADE 6- LEITURA DO LIVRO PERSEGUIÇÃO (Adaptado de Solé, 1998,

p.187)

Professor, divida o livro “Perseguição” em número de páginas para cada aula. Essa

estratégia pode favorecer que a leitura seja realizada em 5 aulas. No decorrer da

leitura, faça intervalos para comentários referentes à história do livro. Verifique

também se os alunos estão acompanhando a leitura. Deixe um tempo livre, quando

necessário, para reflexões e perguntas. Seja mediador e fique atento para que todo o

grupo participe. Assim que concluir a leitura, poderá iniciar a atividade 7. Deixe a

leitura livre, dessa forma, o aluno que quiser, já pode ler o livro em casa.

NÃO PRATIQUE

BULLYING!

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ATIVIDADE 7-ORAL REFERENTE AO VÍDEO E O FRAGMENTO DO TEXTO

Professor, assista à reportagem do Globo Repórter. Promova uma discussão em

grupo referente às ações de quem pratica bullying e as consequências da vítima que

sofre bullying. Reportagem sobre bullying e perseguição – Globo Repórter (com

duração de 14 minutos) (Disponível em:

<https://www.youtube.com/watch?v=M6EQh7WeVHI> Acesso em 22/09/2016. Em

seguida, releia os trechos das páginas 44 e 47, sobre a história do livro.

“O título: “Medusa: direto de Grécia para a formatura”

Era o meu rosto, mas tinham me transformado em uma repugnante figura, as

famosas serpentes em vez de cabelos, dois chifres pontiagudos. O corpo, dentro de

um maiô profundamente decotado, peitos enormes, mal cabendo nele, também não

era meu.

Li comentário por comentário:

1- Adorei a foto da medusa! Sabia que ela é o símbolo da rejeição, incapaz de amar

e ser amada?Li isso em algum lugar, não me lembro de onde.

2- Nossa! Dá só uma olhada nos cabelos! Combinou legal com a Malu esponja de

aço.

3- Uau! Que medo! Será que não vou ser transformado em pedra também? Rá, Rá,

Rá.

4- Hmmm... Corpão bonito... CDF peituda!

5- Chega. Não tem cinco. Não vou reproduzir mais nenhum comentário, eram todos

mais ou menos nesse estilo.

Senti-me um lixo. Pior que lixo. Agora, até foto minha na internet?” (p.44)

(Tânia Alexandre Martinelli, Perseguição, p.44, 2011)

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“Mais um instante, e Leo chega até a paraninfa. A professora Rita, sorrindo, estende

uma das mãos a fim de cumprimentá-lo. Leo copia o gesto, mas a mão não encontra

a da professora, encontra a pilha de diplomas caprichosamente dispostos em cima

da mesa. O braço os remove dali muito rapidamente, numa só passada. Tudo ao

chão. No instante seguinte, com duas mãos e uma força inacreditável, vira a mesa.

Ouvem-se os primeiros gritos.

Espanto. Desespero. Alguns professores levantam-se assustados, alguns caem com

o impacto violento, Leo toma uma das cadeiras vazias e parte em direção à nossa

turma, uma fúria incontrolável, pronto para estraçalhar quem aparecesse no

caminho. E assim vai fazendo uma varredura, atingindo os da primeira fila, e da

seguinte, e da seguinte. Instintivamente me afasto, indo para o fundo e ficando rente

à parede. Nem todos fazem o mesmo, para alguns não há tempo, tropeçam, caem,

amontoam-se uns por cima dos outros. A cadeira da frente ainda firme na mão de

Leo. Ele, enfurecido, louco, uma força que talvez nunca soubesse que tinha. O braço

ergue, desce, não quer saber onde acerta. E acerta, machuca diversas pessoas.

Alguém arrisca detê-lo. Inútil. Também seus pés chutam cadeiras, alunos, o que

aparece pela frente. Gritos de horror e pânico. O salão transforma-se no caos.

Ouço:

- Filho, não! Leo! Para, Leo! Para!

Mas ele não ouve ninguém, está determinado a acabar com tudo. E com todos.

- Leo!Leo!

As pessoas vão se juntando, um segura, outro também, e depois, não tanto tempo

depois, mas para nós uma eternidade, o domínio. Leo, cansado, vencido.” (p.47)

Tânia Alexandre Martinelli, Perseguição, p.47, 2011

Responda as questões abaixo oralmente:

a. Que tipo de bullying Malu sofreu perante seus colegas? Por que ela sofria

bullying?

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b. Segundo a sua opinião, os adolescentes estão preparados para usar a tecnologia

em benefício próprio?

c. Por que Leo teve essa atitude explosiva no dia da formatura?

d. A família do Leo sabia dos seus reais problemas? Explique.

ATIVIDADE 8 - VOCÊ DECIDE

No final da história, Malu consegue superar seus medos e traumas com a ajuda de

amigos, porém o Leo, já não tem a mesma sorte. Use a criatividade, a imaginação e

crie outro final para esta história. Agora você decide. Finalize a história produzindo

um texto narrativo.

ATIVIDADE 09 - LEITURA DO LIVRO PONTE PARA TERABÍTIA

Professor, vamos iniciar a leitura do livro “Ponte para Terabítia”, de Katherine

Patterson. O livro possui 160 páginas e iremos ler em sala de aula (o aluno que

quiser, já pode ler o livro em casa). Assim que a leitura do livro for concluída, os

alunos poderão realizar as demais atividades. No decorrer da leitura faça o mesmo

processo realizado no livro Perseguição, como os intervalos para comentários e

recapitulação sempre que necessário.

Katherine Patterson nasceu em 31 de outubro de 1932, na China. É uma escritora de

literatura infantil e, Ponte para Terabítia, um de seus livros premiados, já foi adaptado

para a televisão e para o cinema.

https://pt.wikipedia.org/wiki/Katherine_Paterson Acesso em: 19 set. 2016

ATIVIDADE 10 - CAÇA-PALAVRAS

No caça-palavras, há 10 palavras que se referem ao incentivo da leitura, e mais 10

que se referem ao bullying. Localize-as e, em seguida, escreva um texto

argumentativo de 8 a 10 linhas sobre o tema.

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Bullying: trauma, agressão, física, psicológica, isolamento, sofrimento, cyberbullying,

tristeza, dor, solidão.

Leitura: aprendizagem, conhecimento, diversão, benefício, livros, aventura, sonhar,

aprender, prazer, alegria.

B R T Y I M H S D R B E N E F I C I O R E S

D F T R A U M A J K V X S D F G N H E C M E

A X C V G N E R M Y T S C A L E G R I A X R

Y S D H J I L F I S I C A F E T D N K I L O

H D F G S S C R T N C H I N H E X E V S S C

L I V R O S A E V T S O F R I M E N T O V R

C V D X F A E V A V E N T U R A X S N L S L

N E X N R R J B G E T N X S V B R T E A D V

S R A C H R T I R N K T E C W A V R X M V C

C S A C C O N H E C I M E N T O A A X E R L

H A D G B S C X S N F R M U T I N C S N Y J

M O R A B S E T S O N H A R B V E D R T N N

L I T E F V E S A P R E N D E R N Y D O R T

R N P S I C O L O G I C A L N E T G C V I S

L S X C F T B N S A E V L R I M E T R T N B

I Q S E D R F B H Z R X E A C B G R I A S A

V C C Y B E R B U L L Y I N G N C I S V N W

E Y H J P R A Z E R C X N Y J M W S I E X B

S Q S C R F B Y S F A L S O L I S T N N C T

C S O L I D A O C I A Z E V Y N E E H X V N

Y P L M I S V B F S A N S A T L N Z J E W X

P S I C O N I G N A P R E N D I Z A G E M T

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TEXTO ARGUMENTATIVO

O texto argumentativo tem como principais características a apresentação de um

raciocínio, a defesa de uma opinião ou ideia. O autor deve usar argumentos, como

fatos e dados para justificar a sua opinião.

Link: http://comofazerumaboaredacao.com/texto-dissertativo-argumentativo/ Aceso em 07/12/16

MOMENTO DE MOTIVAÇÃO.

ATIVIDADE 11 - PUBLICIDADE DO LIVRO (adaptado de Costa, 2007, p. 134)

Professor, cada aluno, durante a aula, fará uma propaganda sobre um livro que leu e

do qual tenha gostado, apresentando-o aos seus colegas. O aluno terá 2 minutos

para convencê-los a ler o livro, explicando oralmente ou escolhendo trechos do livro

para ler e falar da emoção que sentiu, despertando o gosto para a leitura.

A leitura é fonte de prazer e conhecimento, convida o leitor a mergulhar e

descobrir os segredos da alma, suas fragilidades, o motivo da sua existência. A

leitura de bons livros contribui na formação do caráter do homem, portanto é

necessário que o aluno tenha acesso aos livros e é preciso motivá-los para que os

procure como fonte de conhecimento e formação.

ATIVIDADE 12 - PASSAPORTE DO LEITOR (adaptado de Costa, 2007, p. 137)

Professor, nesta atividade, os alunos, juntos com o/a professor/a de Língua

Portuguesa e Arte, irão confeccionar um passaporte/leitor com cartolina e folhas em

branco. O passageiro/leitor viajará por histórias de diferentes livros e países e

registrará no passaporte as emoções que sentiu ao ler o livro, por meio de desenhos

e textos. O aluno também fará um autorretrato com a contribuição da professora de

Arte.

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ATIVIDADE 13 - BAÚ MÁGICO (adaptado de Costa, 2007, p. 134)

Professor, os alunos com a professora de Ciências e Língua Portuguesa irão

pesquisar sobre produtos recicláveis. Farão uma coleta desses materiais para trazer

à escola e colocar dentro do baú (caixa de leite, de sapatos, garrafas pets, etc.) Em

seguida, eles irão usar esses materiais recicláveis, para criar seu personagem

(boneco) preferido do livro “Ponte para Terabítia”, usando a criatividade e a

imaginação.

ATIVIDADE 14 - QUESTÕES ESCRITAS REFERENTES AO LIVRO PONTE PARA

TERABÍTIA

No livro “Ponte para Terabítia”, Leslie sofreu bullying porque os pais não tinham

televisão em casa. Releia o trecho da p. 48 e 49 e responda às questões abaixo.

“- Senhora Meyers...

- Sim, Leslie...

Deus do céu, se a senhora Meyers continuasse arreganhando aquele sorriso,

daquele jeito, ia acabar rachando a cara ao meio.

- E se alguém não puder assistir ao programa?

- Diga a seus pais que é um dever, para nota. Eu tenho certeza de que eles vão

deixar.

- E se...

A voz de Leslie falhou. Depois, ela sacudiu a cabeça para o lado e deu um pigarro.

As palavras saíram mais fortes do que nunca.

- E quem não tiver televisão em casa?

“Leslie, Leslie, não diga isso. Você pode assistir na minha.”

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Mas já era tarde demais para salvá-la. As exclamações de descrença já não estavam

mais sendo sussurradas, porém se erguiam bem alto, como uma muralha, um

paredão barulhento de desprezo.

A senhora Meyers apertou os olhos e piscou.

- Bom, nesse caso... – Ela hesitou, piscando cada vez mais, dava pra ver que estava

pensando num jeito de salvar Leslie. – Nesse caso, a pessoa pode escrever uma

redação de uma página sobre algum outro assunto. Não pode, Leslie?”

Katherine Patterson, Ponte para Terabítia, p. 48 e 49, 1977.

a) Qual foi o sentimento de Leslie diante dos colegas, quando todos zombaram

dela?

b) Pelo fato de Leslie não ter televisão em casa, ela era menos informada referente

ás noticias mundiais e reportagens do que os colegas? Justifique.

c) Por que os pais de Leslie não queriam televisão em sua casa? Explique. Você

concorda?

d) Você já passou por algum fato semelhante, por não possuir um objeto, tablet ou

celular mais moderno? Como você se sentiu? Comente.

e) Que ações concretas e imediatas você sugere para minimizar o bullying na

escola?

ATIVIDADE 15 - QUESTÕES ESCRITAS REFERENTES AO LIVRO, “PONTE PARA

TERABÍTIA.”

Professor. Releia o trecho da página 55 comentando com os alunos o que esse

reino (Terabítia) significava para Leslie e Jess. Depois, responda às questões.

DIGA NÃO AO

BULLYING!

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“Venha chamou ela. _ Vamos descobrir um lugar para construir nosso castelo,

nossa fortaleza.

Só tinham dado uns poucos passos para dentro do bosque, do outro lado do

riachinho, quando Leslie parou.

_ Que tal aqui? _ perguntou.

_ Ótimo! _ concordo Jess, aliviado porque não iam se embrenhar no fundo do

bosque.

É claro que, se precisasse, ele iria mais dentro com Leslie, porque não era covarde

e não se importaria de explorar até um pouco mais adiante, indo mais longe pelo

meio das colunas de pinheiros, cada vez mais escuras e altas. Mas como um lugar

permanente, a que eles iriam sempre, aquele era o lugar que também escolheria _

onde ainda havia uns arbustos mais baixos e floridos, e dava para brincar de

esconder entre os carvalhos e os pinheiros. Um lugar em que o sol se derramava

em raios dourados pelo meio das árvores e vinha aquecer seus pés, como um

banho morno.”

Katherine Patterson, Ponte para Terabítia, p. 55, 1977.

a. No reino Terabítia, Jess era o rei e Leslie a rainha. O que isso significava para

ambos?

b. Você tem alguma lugar secreto ou refúgio quando fica triste? Onde costuma ficar?

Com quem conversa?

c. Releia a frase.”Um lugar em que o sol se derramava em raios dourados pelo meio

das árvores e vinha aquecer seus pés, como um banho morno”. Explique o sentido

da expressão “como um banho morno”, empregado no contexto.

d. No livro, “Ponte para Terabítia”, os pais de Leslie eram escritores, e ela

costumava ler revistas, jornais, livros, etc. Você gosta de ler? O que você costuma

ler? Comente.

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ATIVIDADE 16 – PRODUÇÃO DE VÍDEO

Professor, os alunos irão produzir um vídeo sobre ações antibullying. Esta atividade

poderá ser realizada em grupos de 4 membros que podem ser formados por

afinidade ou a critério do professor. A atividade pode ser realizada na escola com a

orientação do professor, com o uso do celular dos próprios alunos ou ferramentas

tecnológicas da escola. O objetivo é fazer um feedback após todo o trabalho

realizado e verificar a conscientização dos alunos perante o fenômeno bullying.

PARA SABER MAIS DO ASSUNTO

Filme: Ponte para Terabítia

Vídeo. História Em Quadrinhos da Turma da Mônica: Refletindo sobre Bullying.wmv

(Disponível em:<https://www.youtube.com/watch?v=ih65cKbBJ8E > Acesso em

22/09/2016 – 14h11)

Vídeo. A menina que odiava livros. https://www.youtube.com/watch?v=geQl2cZxR7Q

Acesso em: 16/10/2016.

AVALIAÇÃO

A avaliação deve ocorrer durante toda a realização da implementação da

unidade-didática, permitindo ao professor verificar se as atividades propostas

atingiram o seu objetivo, com atividades de leitura baseados nos livros

“Perseguição”, de Tânia Alexandre Martinelli, “Ponte para Terabítia”, de Katherine

Patterson, e “Se liga, Charles!”, de Vincent Cuvellier. Serão elaboradas atividades de

escrita e de oralidade, para uma reflexão referente ao bullying existente no ambiente

escolar, como também, atividades de incentivo à leitura.

PARE COM O

BULLYING!

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É importante o professor estar atento quanto à participação de todos os alunos,

identificando os que apresentam dificuldades em qualquer aspecto da língua, para

que assim possa fazer um trabalho individual com esse aluno, ajudando-o dessa

forma avançar nos estudos e na vida.

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REFERÊNCIAS

ALMEIDA, Geraldo Peçanha de. Eu me chamo Pedro. Você me chama Baleia. Curitiba: Pró-infantil, 2008. COSTA, Marta Moraes da. Metodologia da leitura infantil. Curitiba: Ibpex, 2007. COSTANTINI, Alessandro. Bullying, como combatê-lo? : prevenir e enfrentar a violência entre jovens. Tradução de Eugênio Vinci de Morais. São Paulo: Itália Nova Editora, 2004. CUVELLIER, Vincent. Se liga, Charles! São Paulo, SP Brasil, 2007. FANTE, Cléo. Fenômeno bullying: como prevenir a violência nas escolas e educar para a paz. 2. ed. verv. Ampl. Campinas, São Paulo: Verus Editora, 2005. FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler: em três artigos que se completam. São Paulo. Cortez, 2003. KLEIMAN, Angela. Texto e leitor. São Paulo: Pontes, 1997. LOBATO, Monteiro. Memórias de Emília. São Paulo: Companhia Editora Nacional,1936. MARTINELLI, Tânia Alexandre. Perseguição. São Paulo: Saraiva, 2011. NETO, Aramis Antonio Lopes. Bullying, saber identificar e como prevenir. São Paulo Brasiliense, 2011 PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Língua Portuguesa para a educação Básica. Curitiba: SEED, 2008. PATERSON, Katherine. Ponte para Terabítia. São Paulo: Saraiva, 2006. PEREIRA, Sônia Maria de. Bullying e suas implicações no ambiente escolar. São Paulo: Paulus, 2009. SILVA, Ana Beatriz Barbosa. Bullying, mentes perigosas nas escolas. Rio de Janeiro: Objetiva, 2010 SOLÉ, Isabel. Estratégias de leitura. Porto Alegre: Penso, 1998.

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VIDEOGRAFIA Refletindo sobre Bullying.wmv (Disponível em:<https://www.youtube.com/watch?v=ih65cKbBJ8E > Acesso em 22/09/2016 – 14h11) Reportagem sobre bullying e perseguição - Globo Repórter (Disponível em:<https://www.youtube.com/watch?v=M6EQh7WeVHI> Acesso em 22/09/2016 – 14h29) QUE PAPO É ESSE: BULLYING - curta de animação (Disponível em:<https://www.youtube.com/watch?v=KKShIZAYF4I> Acesso em 22/09/2016 – 14h33) A menina que odiava livros. https://www.youtube.com/watch?v=geQl2cZxR7Q Acesso em: 16/10/2016.

Fantástico: pais e professores lutam para acabar com o bullying.

<https://www.youtube.com/watch?v=J_MJPGZBQJg> Acesso em 18/10/16.


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