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Sermão Nº 299, Pecado Imensurável, por Charles Haddon Spurgeon

Date post: 08-Apr-2016
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PECADO IMENSURÁVEL C. H. SPURGEON

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Traduzido do original em Inglês

Sin Immeasurable — Sermon Nº 299

The New Park Street Pulpit — Volume 6

By C. H. Spurgeon

Via SpurgeonGems.org

Adaptado a partir de The C. H. Spurgeon Collection, Version 1.0, Ages Software.

Tradução e Capa por William Teixeira

Revisão por Camila Almeida

1ª Edição: Março de 2015

Salvo indicação em contrário, as citações bíblicas usadas nesta tradução são da versão Almeida

Corrigida Fiel | ACF • Copyright © 1994, 1995, 2007, 2011 Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil.

Traduzido e publicado em Português pelo website oEstandarteDeCristo.com, com permissão de

Emmett O’Donnell em nome de SpurgeonGems.org, sob a licença Creative Commons Attribution-

NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International Public License.

Você está autorizado e incentivado a reproduzir e/ou distribuir este material em qualquer formato,

desde que informe o autor, as fontes originais e o tradutor, e que também não altere o seu conteúdo

nem o utilize para quaisquer fins comerciais.

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Pecado Imensurável (Sermão Nº 299)

Pregado na manhã de Sabath, 12 de fevereiro de 1860.

Por C. H. Spurgeon, em Exeter Hall, Strand.

“Quem pode entender os seus erros?” (Salmo 19:12)

O que sabemos é como nada em comparação com o que nós não sabemos. O mar de sa-

bedoria lançou de si uma concha ou duas sobre a nossa praia, mas as suas vastas profun-

dezas nunca foram conhecidas a cada passo do pesquisador. Mesmo as coisas naturais

que conhecemos são apenas matérias superficiais. Aquele, que mais tem viajado pelo vasto

mundo e descido às suas minas mais profundas, ainda assim deve estar ciente de que ele

tenha visto, somente uma parte da mera crosta deste mundo; que, em relação ao seu vasto

centro, seus fogos misteriosos e segredos de fundição, a mente do homem não os tem

ainda concebido! Se você olhará para cima, o astrônomo irá dizer-lhe sobre as estrelas não

descobertas, que a grande massa de mundos que formam a Via Láctea e as massas abun-

dantes de nebulosas, que esses grandes grupos de mundos desconhecidos, infinitamente

excedem o pouco que podemos explorar, como uma montanha excede um grão de areia!

Todo o conhecimento que os homens mais sábios podem, eventualmente, atingir em toda

uma vida não é mais do que aquilo que a criança pode retirar do mar, com sua pequena

xícara, em comparação à imensidão das águas que enchem os seus canais até a borda.

Pois, quando nos tornamos mais sábios, temos que vir para o limiar do conhecimento; não

demos, senão um passo nessa corrida da descoberta que vamos ter que perseguir por toda

a eternidade. Este é igualmente o caso no que diz respeito às coisas do coração e às coisas

espirituais, que diz respeito a este pequeno mundo chamado homem. Não sabemos nada

sobre as coisas, senão superficialmente. Se eu falar com você sobre Deus, de Seus atri-

butos, de Cristo, de Sua expiação, ou de nós mesmos e do nosso pecado, devo confessar

que ainda não conhecemos nada, senão o exterior; que não podemos compreender o com-

primento, a largura, a altura de qualquer um desses assuntos!

O assunto desta manhã: nosso próprio pecado e o erro dos nossos próprios corações, é

aquele que às vezes pensamos que conhecemos, mas do qual podemos sempre ter a cer-

teza de que só começamos a conhecer, e que, quando nós aprendermos o máximo que al-

guma vez conheceremos na terra, a questão ainda será pertinente: “Quem pode entender

os seus erros?”. Agora, nesta manhã me proponho em primeiro lugar, muito brevemente,

de fato, a explicar a questão; em seguida, em maior extensão impressioná-la em nossos

corações; e, finalmente, vamos aprender as lições que ela nos ensina.

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I. Primeiro, então, deixe-me EXPLICAR A PERGUNTA: “Quem pode entender os seus erros?”

Todos nós reconhecemos que temos erros. Certamente não somos tão orgulhosos a ponto

de imaginarmos que somos perfeitos. Se pretendemos perfeição, somos completamente

ignorantes, pois cada profissão da perfeição humana surge da perfeita ignorância! Qualquer

noção de que somos livres do pecado deve ao mesmo tempo ensinar-nos que abundamos

no mesmo. Pois, ao justificar a minha vanglória de perfeição, devo negar a Palavra de Deus,

esquecer a Lei e exaltar a mim mesmo acima do testemunho da verdade de Deus! Por isso,

eu digo, nós estamos dispostos a confessar que temos muitos erros, mas quem de nós

pode entendê-los? Quem sabe com precisão o quanto uma coisa pode ser errada mas, nós

imaginamos ser uma virtude? Quem entre nós pode definir o quanto de maldade está

misturado com a nossa retidão, o quanto de injustiça com a nossa justiça? Quem é capaz

de detectar os componentes de cada ação, de modo a ver a proporção de motivo que a

constituiria certa ou errada? Seria realmente um homem astuto aquele que é capaz de

desmascarar uma ação e dividi-la nos motivos essenciais que são seus componentes. On-

de achamos que estamos certos, quem sabe, não estejamos errados? Mesmo onde com o

escrutínio mais rigoroso, chegamos à conclusão de que fizemos uma coisa boa, quem entre

nós pode ter certeza de que não foi enganado? Não pode a boa aparência estar tão desfi-

gurada com motivação interna, a ponto de se tornar um mal real?

Quem pode entender os seus erros, de modo a sempre detectar uma falha quando é come-

tida? As sombras do mal são perceptíveis a Deus, mas nem sempre perceptíveis para nós.

Nossos olhos ficaram tão cegos e sua visão tão arruinada pela Queda, que a absoluta tene-

brosidade do pecado nós podemos detectar, mas somos incapazes de discernir os tons de

sua escuridão. E ainda assim a menor sombra de pecado é perceptível a Deus e cada som-

bra nos separa do Perfeito e nos faz ser culpados de pecado. Quem entre nós tem esse

método apurado de julgar a si mesmo, de modo que ele deve ser capaz de descobrir o pri-

meiro traço de mal? “Quem pode entender os seus erros?”. Certamente ninguém reclamará

uma sabedoria tão profunda como esta. Mas, passemos às questões mais comuns por que,

talvez, nós possamos entender melhor o nosso texto. Quem pode discernir o número de

seus erros? A mente mais poderosa não poderia contar os pecados de um único dia! Tal

qual a multidão de faíscas de uma fornalha, assim são inumeráveis as iniquidades de um

único dia. Podemos antes contar os grãos de areia da praia do mar, do que as iniquidades

da vida de um homem. Uma vida mais purificada e limpa é ainda tão cheia de pecado como

o mar é cheio de sal; e quem é aquele que pode pesar o sal do mar, ou pode detectá-lo,

uma vez que se mistura com cada partícula de água? Mas se ele pudesse fazer isso, ele

não poderia dizer quão grande quantidade de mal satura toda a nossa vida e quão inúmeras

são as ações, pensamentos e palavras de desobediência que nos afastam da presença de

Deus e fazem com que Ele abomine as criaturas que as Suas próprias mãos fizeram!

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Mais uma vez, mesmo se pudéssemos contar o número de pecados humanos, quem, en-

tão, poderia estimar sua culpa? Perante a mente de Deus a culpa de um pecado é indes-

critível e nós estupidamente chamamos de coisa pequena, a culpa de um pecado merece

o Seu desprazer eterno! Até que uma iniquidade seja lavada com sangue, Deus não pode

aceitar a alma e levá-la ao Seu coração como Seu próprio filho. Embora Ele tenha feito o

homem e seja infinitamente benevolente, ainda assim o Seu senso de justiça é tão forte,

severo e inflexível, que para fora Sua presença, Ele lançará o Seu filho querido, se um único

pecado permanecer sem perdão! Quem, então, entre nós pode dizer a culpa da culpa, a

hediondez da ingrata rebelião que a homem iniciou e continuou contra o seu Criador sábio

e compassivo? O pecado, como o inferno, é um poço sem fundo! Oh, irmãos e irmãs, jamais

viveu um homem que realmente soube como ele era culpado! Se tal ser pudesse estar

plenamente consciente de toda a sua culpa, ele carregaria o inferno em seu coração. Não,

penso muitas vezes que dificilmente os condenados ao inferno podem conhecer toda a

culpa de sua maldade, ou então até mesmo o seu forno seria aquecido sete vezes mais do

as chamas de Tofete, seria ampliado para uma profundidade imensurável! O inferno que

está contido em um único mau pensamento é indescritível e inimaginável! Só Deus conhece

a escuridão, o horror das trevas, que está condensado em um mau pensamento!

Outrossim, eu penso que o nosso texto queria transmitir-nos esta ideia. Quem pode enten-

der o agravamento peculiar de sua própria transgressão? Ora, respondendo à pergunta por

mim, eu sinto que, como ministro de Cristo eu não consigo entender os meus erros. Colo-

cado onde multidões ouvem a Palavra através de meus lábios, minhas responsabilidades

são tão tremendas que no momento em que eu penso nelas, uma montanha cai sobre a

minha alma! Houve momentos em que eu quis imitar Jonas e tomar um navio e fugir para

longe da obra que Deus tem confiado a mim, porque sou consciente de que eu não sirvo

como devo. Quando eu tenho pregado mais sinceramente, eu vou para o meu quarto me

arrepender por eu ter pregado de maneira tão fria. Quando eu choro por suas almas e quan-

do eu agonizo em oração, eu ainda estou consciente que eu não lutei com Deus como eu

deveria ter lutado e que eu não tenho sentido pelas suas almas como eu deveria sentir. Os

erros que um homem pode cometer no ministério são incalculáveis! Não há inferno, eu pen-

so, que deve estar quente o suficiente para o homem que é infiel aqui! Não pode haver uma

maldição horrível demais para ser arremessada sobre a cabeça do homem que leva os

outros a se desviarem quando ele deveria guiá-los no caminho da paz, ou que lida com as

coisas sagradas como se fossem coisas que não têm peso e são de pequena importância.

Traga aqui qualquer ministro de Cristo que vive e se ele está realmente cheio do Espírito

Santo, ele irá dizer-lhe que quando ele está abatido pela solenidade de seu ofício, ele desis-

tiria da obra, se ele se atrevesse; que se não fosse por algo superior, impulsos misteriosos

que o impulsionam para a frente, ele tiraria a mão do arado e abandonaria o campo de

batalha. Senhor tenha misericórdia de seus ministros, pois, mais do que todos os outros

homens, nós precisamos de misericórdia!

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E agora eu tomo qualquer outro membro da minha igreja, e qual é a sua posição na vida,

qualquer que seja sua educação, ou as providências peculiares pelo que vocês passaram,

eu insistirei nisso de que há algo de especial sobre o seu caso, que faz seu pecado um tal

pecado que não se pode entender como é vil! Talvez você tenha tido uma mãe piedosa que

chorou por você na sua infância e te dedicou a Deus, quando você estava em seu berço.

Seu pecado é duplamente pecado! Há nisso uma tonalidade escarlate que não pode ser

encontrada em um criminoso comum. Você tem sido dirigido desde a sua mocidade no ca-

minho da justiça e tem se desviado, cada passo que você deu não foi um passo para o in-

ferno, mas um passo lá! O seu pecado é mais grave do que o dos outros. Outras dezenas

de homens correm apressadamente, mas onde há um centavo depositado para outros pe-

cadores, há libras colocadas em sua conta, pois você conhece o seu dever, mas você não

o cumpre. Aquele que rompe do seio de uma mãe para o inferno, vai para as suas profun-

dezas! Não há no inferno nenhum grau de tortura ou profundeza que deva certamente ser

reservado para o homem que pisoteia as orações de uma mãe, para sua própria perdição.

Ou você pode nunca ter de prestar conta por isso; mas você pode ter um agravamento

igual. Você que tem estado no mar, senhor, Muitas vezes você este em perigo de naufragar.

Você teve livramentos milagrosos. Agora, cada um desses naufrágios foi um aviso para

você. Deus o trouxe até as portas da morte e você prometeu que se Ele salvasse a sua

alma miserável você levaria uma vida nova, que você começaria a servir ao seu Criador.

Você mentiu para o seu Deus! Seus pecados antes de proferir esse voto foram malignos o

suficiente; mas agora você não apenas quebra a Lei, mas a própria aliança que voluntaria-

mente você fez com Deus na hora da aflição! Talvez alguns de vocês, tenham caído de um

cavalo, ou tenham sido atacados por febre, ou de outras formas foram levados até às portas

da morte, que solenidade está ligada à sua vida agora! Ele que vestiu a balaclava1 e ainda

voltou vivo, aquele que teve sua vida poupada, onde centenas morreram, deve a partir des-

se momento se considerar um homem de Deus, salvo por uma providência singular para

fins singulares! Mas, também, tiveram seus escapes, se não são tão surpreendentes, ainda

assim casos certamente tão especiais da bondade de Deus! E agora, a cada erro que você

cometer torna-se indescritivelmente mau e sobre você eu posso dizer: “Quem pode enten-

der os seus erros?”.

Mas eu poderia esgotar a congregação, trazendo um por um. Aí vem o pai; senhor, os seus

pecados serão imitados por seus filhos! Você não pode, portanto, compreender os seus

erros, porque são pecados contra sua própria prole, você peca contra os filhos que

procederam de suas próprias entranhas! Aqui está o magistrado; senhor, os seus pecados

__________

[1] Balaclava: (palavra ucraniana) Peça de malha feita para aquecer ou defender a cabeça, que a cobre toda até o

pescoço, com uma abertura apenas para os olhos (Dicio.com.br). Aqui provavelmente faz referência à cobertura de

cabeça que usavam aqueles que estavam prestes a serem executados por um determinado motivo.

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são de uma cor peculiar, pois, estando em sua posição, seu caráter é visto e conhecido, e

faça o que você fizer se tornará a desculpa de outros homens. Trago um outro homem que

não possui nenhum ofício no Estado e que, talvez, é pouco conhecido entre os homens,

mas, senhor, recebemos a graça especial de Deus; você teve rico gozo da luz do semblante

de seu Salvador. Você tem sido pobre, mas Ele te fez rico, rico em fé! Agora, quando você

se rebelou contra Ele, os pecados dos favoritos de Deus são pecados de fato! Iniquidades

cometidas pelo povo de Deus tornam-se tão grandes como o alto Monte Olimpo e alcançam

as próprias estrelas! Quem de nós, então, pode entender os seus erros, seus agravos

especiais, seu número e sua culpa? Senhor, sonda-nos e conhece os nossos caminhos!

II. Tenho, portanto, tentado brevemente explicar o meu texto; agora eu buscarei IMPRESSI-

ONÁ-LO NO CORAÇÃO, como Deus, o Espírito Santo me ajudar.

Antes que um homem possa entender os seus erros existem vários mistérios que ele deve

saber. Mas cada um desses mistérios, em minha opinião, está além de seu conhecimento

e, consequentemente, a compreensão de toda a profundidade da culpa do seu pecado deve

estar muito além do poder humano. Agora, o primeiro mistério que o homem deve entender

é a Queda. Até que eu saiba o quanto todos os meus poderes estão degradados e depra-

vados, quão completamente a minha vontade está pervertida e meu juízo desviou-se da

retidão, quão real e essencialmente ímpia minha natureza se tornou, não pode ser possível

que eu conheça toda a extensão da minha culpa. Aqui está um pedaço de ferro colocado

sobre a bigorna. Os martelos são brandidos sobre ela vigorosamente. Milhares de faíscas

estão espalhadas por todos os lados. Suponha que seja possível contar cada centelha, que

cai da bigorna; ainda que pudéssemos adivinhar o número de faíscas produzidas, quantas

ainda se encontram latentes e escondidas na massa de ferro? Agora, irmãos e irmãs, a sua

natureza pecaminosa pode ser comparada com a barra de ferro aquecida. As tentações

são os martelos; seus pecados as faíscas. Se você pudesse contá-los (o que você não po-

de), ainda assim quem poderia contar a multidão de iniquidades em gestação, ovos do

pecado que jazem adormecidos em suas almas? No entanto, você deve saber isso antes

de saber toda a pecaminosidade de sua natureza! Nossos pecados visíveis são como pe-

quena amostra que o fazendeiro traz para o mercado. Há celeiros cheios em sua casa. As

iniquidades que vemos são como as ervas daninhas sobre a superfície do solo; mas foi-me

dito, e de fato o tenho visto, que se você cavar seis pés na terra e revolver o solo fresco, ali

será encontrada no solo a seis pés de profundidade, as sementes das ervas daninhas nati-

vas à terra.

E assim, não devemos pensar apenas nos pecados que crescem na superfície, mas se pu-

déssemos revolver o nosso coração até seu núcleo e cerce, iríamos encontrá-lo como

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totalmente envolvido com o pecado como cada pedaço de podridão está com vermes e pu-

trefação! O fato é que o homem é uma massa cheirando à corrupção. Toda a sua alma é,

por natureza, tão degradada e tão depravada, que nenhuma descrição pode ser dada a ela,

pois nem mesmo línguas inspiradas podem dizer plenamente quão vil e infame ela é! Um

antigo escritor disse uma vez da iniquidade interior como sendo um aquífero que está

escondido nas profundezas da terra, Deus já rompeu as fontes do grande abismo e, então,

eles cobriram as montanhas vinte côvados para cima. Se Deus retirasse Sua graça

restringidora e abrisse em nossos corações todas as fontes do grande abismo da nossa ini-

quidade, seria uma inundação tão espantosa que cobriria os mais altos cumes das nossas

esperanças e todo o verme dentro de nós seria afogado em temor e desespero! Nenhuma

coisa viva poderia ser encontrada neste mar de mal. Isso cobriria tudo e engoliria toda a

nossa humanidade! Ah, diz um velho provérbio: “Se o homem tivesse que usar seus peca-

dos na testa, ele puxaria o chapéu por sobre os olhos”. Aquele velho romano que disse que

gostaria de ter uma janela para o seu coração, para que todo homem pudesse ver seu inte-

rior, não se conhecia, pois se ele houvesse tido tal janela, ele logo teria implorado por um

par de persianas e ele as teria mantido fechadas, tenho certeza que ele nunca teria visto o

seu coração, pois ele teria sido levado à loucura delirante! Deus, portanto, poupa todos os

olhos, exceto os Seus próprios desta visão desesperadora: um coração humano desvelado.

Grande Deus, aqui nós fazemos uma pausa e clamamos: “Eis que em iniquidade fui for-

mado, e em pecado me concebeu minha mãe. Eis que amas a verdade no íntimo, e no

oculto me fazes conhecer a sabedoria. Purifica-me com hissopo, e ficarei puro; lava-me, e

ficarei mais branco do que a neve” [Salmos 51:5-7].

A segunda coisa que será necessária entendermos, antes que possamos compreender os

nossos erros é a Lei de Deus. Se eu apenas descrever a Lei, por um momento, você muito

facilmente verá que você nunca pode esperar, por qualquer meio compreendê-la totalmen-

te. A Lei de Deus, como lemos nos Dez Grandes Mandamentos, parece muito simples,

muito fácil. Quando chegamos, no entanto, a colocar até mesmo seus preceitos expostos

em prática, descobrimos que é quase impossível para nós mantê-los plenamente. A nossa

surpresa, no entanto, aumenta, quando descobrimos que a Lei não significa apenas o que

diz, mas que tem um significado espiritual, uma profundidade oculta na letra que à primeira

vista nós não descobrimos. Por exemplo, o mandamento: “Não cometerás adultério”, signifi-

ca mais do que o simples ato, ele se refere à fornicação e a impureza de qualquer forma,

tanto no ato, quanto na palavra e no pensamento. Não, para usar a própria exposição de

nosso Salvador: “Qualquer que atentar numa mulher para a cobiçar, já em seu coração

cometeu adultério com ela” [Mateus 5:28]. É assim, com cada mandamento, a letra nua não

é nada comparada com todo o significado grandioso e rigidez severa da regra. Os manda-

mentos, se assim posso dizer, são como as estrelas, quando vistas a olho nu, parecem ser

pontos brilhantes, mas se pudéssemos nos aproximar deles, veríamos que eles são mun-

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dos infinitos, maiores até mesmo do que o nosso sol, de tão grandiosos que são. Assim é

com a Lei de Deus: parece ser somente um ponto luminoso, porque a vemos à distância,

mas quando chegamos mais perto onde Cristo permaneceu e estimou a Lei, como Ele a

via, então nós encontramos que ela é grande, incomensurável! “O teu mandamento é

amplíssimo” [Salmos 119:96]. Pense em seguida, por um momento na espiritualidade da

Lei, em sua extensão e rigor. A Lei de Moisés condena por ofensa, sem esperança de per-

dão e o pecado, como uma pedra de moinho, é amarrado ao redor do pescoço do pecador

e lançado nas profundezas. Porém, muito mais a Lei trata de pecados de pensamento,

imaginar o mau é pecado! Do fluir do pecado através do coração sai a mancha de impureza

por trás dele. Esta Lei, também, estende-se a cada ato, nos acompanha ao nosso quarto

de dormir, vai conosco para a nossa Casa de Oração, e se descobre mesmo o menor sinal

de hesitação do estreito caminho da integridade, ela nos condena! Quando pensamos na

Lei de Deus, podemos com razão ficar sobrecarregados com horror, e nos sentando dizer:

“Deus, tem misericórdia de mim, pois guardar esta Lei está totalmente fora do meu poder;

até mesmo conhecer a plenitude do seu significado não está dentro da capacidade finita.

Portanto, grande Deus, purifique-nos de nossas falhas secretas, salve-nos por Sua graça,

pois pela Lei nunca poderemos ser salvos”.

Nem mesmo ainda se você soubesse dessas duas coisas, você seria capaz de responder

a essa pergunta; pois para compreender os nossos próprios erros, devemos ser capazes

de compreender a perfeição de Deus. Para se ter uma ideia completa de como o pecado é

sombrio, você deve saber como Deus é brilhante. Vemos as coisas por oposição. Você terá

em um momento que apontar para uma cor que parece perfeitamente branca; ainda é pos-

sível que algo seja ainda mais branco; e quando você acha que já chegou à própria perfei-

ção de brancura, você descobre que ainda há nela uma sombra e que algo pode ser encon-

trado para branqueá-la elevando sua pureza. Quando nos colocamos em comparação com

os apóstolos, descobrimos que não somos o que deveríamos ser. Mas se pudéssemos nos

colocar, lado a lado com a pureza de Deus, oh que manchas! Oh quantas contaminações

encontraríamos em nossa superfície! O Deus imaculado está diante de nós e como o fundo

brilhante revela a escuridão de nossas almas iníquas! Antes que você possa conhecer a

sua própria corrupção, os olhos devem olhar para a glória inexprimível do caráter Divino.

Perante Ele nem os céus são puros, Ele encontra loucura nos anjos, você deve conhecê-

lO antes que você possa conhecer a si mesmo! Não espere, então, que você alcance um

perfeito conhecimento das profundezas do seu próprio pecado!

Mais uma vez, aquele que deseja entender os seus erros em toda a sua hediondez deve

conhecer o mistério do inferno. Devemos caminhar até aquele monte queimando, ficar no

meio da chama ardente; não, senti-lo! Devemos sentir o veneno da destruição, pois faz o

sangue ferver em cada veia. Temos de ter os nossos nervos convertidos em estradas de

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fogo, ao longo do qual os pés quentes da dor devem viajar, correndo como relâmpagos.

Devemos conhecer a extensão da eternidade e, em seguida, a agonia indescritível da ira

eterna de Deus, que habita nas almas dos perdidos, antes que possamos conhecer o cará-

ter terrível do pecado! Você pode mensurar melhor o pecado pela punição. Dependendo

disto, Deus não submeterá suas criaturas a uma dor maior do que a justiça absolutamente

demanda. Não existe tal coisa como tortura soberana ou inferno soberano. Deus não tortura

sua criatura como um tirano; Ele dará a ela, somente o que ela merece e, talvez, até mesmo

quando a ira de Deus é mais feroz contra o pecado, Ele não pune o pecador, tanto quanto

o seu pecado poderia merecer, mas apenas o quanto ele exige. De qualquer forma, não

haverá um grão a mais de absinto no copo dos perdidos do que a pura justiça absoluta-

mente requer! Então, oh meu Deus, se Tuas criaturas devem ser lançadas no lago que arde

com fogo e enxofre, se é para um poço sem fundo que as almas perdidas devem ser condu-

zidas, então que coisa horrível o pecado deve ser! Eu não posso entender esta tortura, por

isso eu não consigo entender a culpa que a merece. No entanto, estou consciente de que

a minha culpa a merece, ou então Deus não teria me ameaçado com ela, porque Ele é justo

e eu sou injusto. Ele é santo, justo e bom, e Ele não me puniria por meus pecados mais do

que os meus pecados absolutamente merecem.

Ainda outra vez, um último esforço para impressionar essa questão do meu texto em nossos

corações. George Herbert diz mui docemente: “Aquele que quiser conhecer o pecado,

deixe-o olhar para o monte das Oliveiras, e ele verá um Homem tão espremido com a dor

que toda a Sua cabeça, Seu cabelo, Suas vestes estavam ensanguentadas. O pecado era

aquela força e impiedade que infligiu dor para perseguir seu sustento através de cada veia.”

Você tem que ver Cristo, suando, por assim dizer, grandes gotas de sangue! Você precisa

ter uma visão dEle com o cuspe escorrendo pelo Seu rosto, com as costas rasgadas pelo

chicote amaldiçoado. Você deve vê-lO indo em Sua jornada dolorosa por Jerusalém. Você

deve contemplá-lO a desmaiar sob o peso da cruz. Você deve vê-lO como os cravos são

conduzidos através de Suas mãos e através de Seus pés. Seus olhos cheios de lágrimas

devem assistir a agonia das sombrias agonias da morte. Você deve beber da amargura do

absinto misturado com fel. Você deve estar na escuridão com sua própria alma triste até à

morte. Você deve gritar terrivelmente assustando a terra: “Lama Sabactâni”, você também,

deve, como Ele fez, sentir toda a pesada ira do Deus Todo-Poderoso. Você deve ser moído

entre as mós superiores e inferiores de ira e vingança; você deve beber o cálice até às

últimas borras e como Jesus bradar: “Está consumado”, ou de outra forma você nunca po-

derá conhecer todos os seus erros e entender a culpa do seu pecado. Mas isso é clara-

mente impossível e indesejável. Quem quer sofrer como o Salvador sofreu; suportar todos

os horrores que Ele suportou? Ele, bendito seja o Seu nome, sofreu por nós! O cálice está

vazio! A cruz ergue-se não mais para nós morrermos nela! Extinta está a chama do inferno

para sempre para o verdadeiro crente! Deus não mais está irado com o Seu povo, pois Ele

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aniquilou o pecado pelo sacrifício de Si mesmo! No entanto, eu digo novamente, antes que

possamos entender o pecado, devemos conhecer toda aquela terrível ira de Deus, que

Jesus Cristo suportou! Quem, então, pode entender os seus erros?

III. Espero ter a sua atenção paciente, apenas por mais alguns momentos enquanto eu faço

a aplicação prática, passando às lições que são tiradas de um assunto como este.

A primeira lição é: eis a loucura de toda a esperança de salvação pela nossa própria justiça.

Venham aqui, os que confiam em si mesmos. Olhem para o Sinai, completamente em cha-

mas, tremor e desespero! Vocês dizem que têm boas obras. Infelizmente, suas boas obras

são más, não têm vocês sido maus? Vocês negam que já pecaram? Ah, meu ouvinte, você

está tão obcecado a ponto de declarar que todos seus pensamentos foram castos, todos

os seus desejos celestiais, todas as suas ações puras? Oh, homem, se tudo isso fosse ver-

dade, se você não tivesse pecados de comissão, ainda que seria de seus pecados de omis-

são? Você já fez tudo o que Deus e que seu irmão poderiam requerer de você? Oh estes

pecados de omissão! O faminto que você não tem alimentado, o nu que você não tem

vestido, os doentes e os que estão na prisão, que você ainda não visitou, lembre-se que

era por pecados como estes que os bodes foram encontrados na mão esquerda, finalmente!

Não pelo que fizeram, mas pelo que não fizeram, pois pelas coisas que eles deixaram de

fazer esses homens foram lançados no lago de fogo! Oh, meu ouvinte, acabe com sua jac-

tância! Retirem as plumas de vossos capacetes, vós rebeldes, e venham com a vossa glória

arrastando na lama, e com sua roupa brilhante manchada, e agora confessem que vocês

não têm nenhuma justiça própria, que vocês são todos imundos e cheios de pecado!

Se apenas uma lição prática fosse aprendida, seria suficiente para compensar a reunião

desta manhã e uma bênção seria transmitida para todo o espírito que tivesse aprendido.

Mas agora chegamos a outra: quão vãs são todas as esperanças de salvação por nossos

sentimentos. Temos um novo legalismo contra o qual lutar em nossas Igrejas cristãs. Há

homens e mulheres que acham que não devem crer em Cristo até que eles sintam seus

pecados até um ponto demasiado angustiante! Eles acham que devem sentir um certo grau

de tristeza, um alto grau de senso de necessidade, antes que possam vir a Cristo. Ah, alma,

se você nunca pudesse ser salva até que você conhece toda a sua culpa, você nunca seria

salva, pois jamais pôde conhecer isso! Eu lhe mostrei a absoluta impossibilidade de ser

capaz de descobrir as alturas e profundidades inteiras de seu próprio estado perdido. Oh

homem, não tente ser salvo por seus sentimentos! Venha tome a Cristo como Ele é, venha

a Ele assim como você está! “Mas, senhor, posso ir? Eu não sou convidado para ir”. Sim,

você é: “Quem quiser, venha”. Não acredito que os convites do Evangelho são dados ape-

nas para alguns. Eles são, alguns delas, convites ilimitados. Este é o dever de todo homem

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crer no Senhor Jesus Cristo. É o dever sagrado de cada homem confiar em Cristo, e não

por causa de qualquer coisa que o homem é ou não é, mas porque ele é ordenado a fazê-

lo! “E o seu mandamento é este: que creiamos no nome de seu Filho Jesus Cristo” [1 João

3:23]:

“Oh, acredite na promessa verdadeira,

Deus para você, Seu Filho deu.”

Confie agora em Seu precioso sangue, e você será salvo e você verá Sua face no céu! Não

espere ser salvo pelo sentimento, pois sentimentos perfeitos são impossíveis e um perfeito

conhecimento da nossa própria culpa está muito além do nosso alcance! Venha, então, a

Cristo, de coração duro como você está, e tome-o como para ser o Salvador do seu coração

duro. Venha, pobre consciência de pedra, pobre alma gelada, venha como você está! Ele

vai aquecê-la, Ele derreterá você:

“A verdadeira crença e o verdadeiro arrependimento,

Toda graça nos aproxima;

Sem dinheiro,

Venha a Jesus Cristo e compre.”

Entretanto, novamente, há outra doce inferência, e certamente esta poderia muito bem ser

a última, que graça é esta que perdoa o pecado, o pecado tão grande que a maior capaci-

dade não pode compreender sua atrocidade? Oh, eu sei que os meus pecados vão desde

o leste até o oeste, buscando elevarem-se até aos céus eternos como montanhas apontam

para o Céu. Mas, então, bendito seja o nome de Deus, o sangue de Cristo é maior do que

o meu pecado! Essa inundação sem limites do mérito de Jesus é mais profunda do que as

alturas das minhas iniquidades! Meu pecado pode ser grande, mas o Seu mérito é ainda

maior. Eu não consigo conceber a minha própria culpa, muito menos expressá-la, mas o

sangue de Jesus Cristo, Filho amado de Deus, nos purifica de todo pecado! Há infinita cul-

pa, mas há infinito perdão! Iniquidades sem limites, mas méritos ilimitados a ultrapassam

totalmente! E se os seus pecados foram maiores do que a largura do céu, Cristo é maior

do que o Céu! O céu dos céus não pode contê-lO. Se os seus pecados eram mais profundos

do que o inferno sem fundo, ainda assim a expiação de Cristo é ainda mais profunda, pois

Ele desceu mais profundo do que jamais nenhum homem mergulhou, nem mesmo os

homens condenados em todo o horror de sua agonia, pois Cristo foi até o fim da punição e

mais profundo seus pecados nunca poderão mergulhar! Ah, o amor sem limites, que cobre

todos os meus defeitos! Meu pobre ouvinte, creia em Cristo agora. Deus te ajude a crer!

Que o Espírito agora lhe capacite a confiar em Jesus! Você não pode salvar a si mesmo.

Todas as suas esperanças de auto-salvação são ilusórias. Desista delas agora; venha e

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tome a Cristo! Justamente como você está, caia em Seus braços. Ele vai conduzi-lo. Ele te

salvará. Ele morreu para fazer isso e Ele vive para realizá-lo. Ele não lançará fora o espírito

que se lança em Suas mãos e faz dEle seu tudo em Todos.

Eu penso que não devo detê-lo por mais tempo. O assunto demanda uma mente muito mai-

or do que a minha e melhores palavras do que eu possa reunir agora. Mas se tiver lhe atin-

gido, eu sou grato a Deus. Deixe-me repetir uma e outra vez o sentimento que eu desejo

que todos vocês recebam, é apenas este: somos tão vis que nossa vileza está além da

nossa própria compreensão, mas, no entanto, o sangue de Cristo tem infinita eficácia, e

quem crê no Senhor Jesus é salvo, sejam seus pecados muitíssimos, ainda assim aquele

que crê não será perdido, sejam seus pecados mui poucos.

Deus abençoe a todos vocês, por amor de Cristo.

ORE PARA QUE O ESPÍRITO SANTO use este sermão para trazer muitos

Ao conhecimento salvador de JESUS CRISTO.

Sola Scriptura!

Sola Gratia!

Sola Fide!

Solus Christus!

Soli Deo Gloria!

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10 Sermões — R. M. M’Cheyne

Adoração — A. W. Pink

Agonia de Cristo — J. Edwards

Batismo, O — John Gill

Batismo de Crentes por Imersão, Um Distintivo

Neotestamentário e Batista — William R. Downing

Bênçãos do Pacto — C. H. Spurgeon

Biografia de A. W. Pink, Uma — Erroll Hulse

Carta de George Whitefield a John Wesley Sobre a

Doutrina da Eleição

Cessacionismo, Provando que os Dons Carismáticos

Cessaram — Peter Masters

Como Saber se Sou um Eleito? ou A Percepção da

Eleição — A. W. Pink

Como Ser uma Mulher de Deus? — Paul Washer

Como Toda a Doutrina da Predestinação é corrompida

pelos Arminianos — J. Owen

Confissão de Fé Batista de 1689

Conversão — John Gill

Cristo É Tudo Em Todos — Jeremiah Burroughs

Cristo, Totalmente Desejável — John Flavel

Defesa do Calvinismo, Uma — C. H. Spurgeon

Deus Salva Quem Ele Quer! — J. Edwards

Discipulado no T empo dos Puritanos, O — W. Bevins

Doutrina da Eleição, A — A. W. Pink

Eleição & Vocação — R. M. M’Cheyne

Eleição Particular — C. H. Spurgeon

Especial Origem da Instituição da Igreja Evangélica, A —

J. Owen

Evangelismo Moderno — A. W. Pink

Excelência de Cristo, A — J. Edwards

Gloriosa Predestinação, A — C. H. Spurgeon

Guia Para a Oração Fervorosa, Um — A. W. Pink

Igrejas do Novo Testamento — A. W. Pink

In Memoriam, a Canção dos Suspiros — Susannah

Spurgeon

Incomparável Excelência e Santidade de Deus, A —

Jeremiah Burroughs

Infinita Sabedoria de Deus Demonstrada na Salvação

dos Pecadores, A — A. W. Pink

Jesus! – C. H. Spurgeon

Justificação, Propiciação e Declaração — C. H. Spurgeon

Livre Graça, A — C. H. Spurgeon

Marcas de Uma Verdadeira Conversão — G. Whitefield

Mito do Livre-Arbítrio, O — Walter J. Chantry

Natureza da Igreja Evangélica, A — John Gill

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Natureza e a Necessidade da Nova Criatura, Sobre a —

John Flavel

Necessário Vos é Nascer de Novo — Thomas Boston

Necessidade de Decidir-se Pela Verdade, A — C. H.

Spurgeon

Objeções à Soberania de Deus Respondidas — A. W.

Pink

Oração — Thomas Watson

Pacto da Graça, O — Mike Renihan

Paixão de Cristo, A — Thomas Adams

Pecadores nas Mãos de Um Deus Irado — J. Edwards

Pecaminosidade do Homem em Seu Estado Natural —

Thomas Boston

Plenitude do Mediador, A — John Gill

Porção do Ímpios, A — J. Edwards

Pregação Chocante — Paul Washer

Prerrogativa Real, A — C. H. Spurgeon

Queda, a Depravação Total do Homem em seu Estado

Natural..., A, Edição Comemorativa de Nº 200

Quem Deve Ser Batizado? — C. H. Spurgeon

Quem São Os Eleitos? — C. H. Spurgeon

Reformação Pessoal & na Oração Secreta — R. M.

M'Cheyne

Regeneração ou Decisionismo? — Paul Washer

Salvação Pertence Ao Senhor, A — C. H. Spurgeon

Sangue, O — C. H. Spurgeon

Semper Idem — Thomas Adams

Sermões de Páscoa — Adams, Pink, Spurgeon, Gill,

Owen e Charnock

Sermões Graciosos (15 Sermões sobre a Graça de

Deus) — C. H. Spurgeon

Soberania da Deus na Salvação dos Homens, A — J.

Edwards

Sobre a Nossa Conversão a Deus e Como Essa Doutrina

é Totalmente Corrompida Pelos Arminianos — J. Owen

Somente as Igrejas Congregacionais se Adequam aos

Propósitos de Cristo na Instituição de Sua Igreja — J.

Owen

Supremacia e o Poder de Deus, A — A. W. Pink

Teologia Pactual e Dispensacionalismo — William R.

Downing

Tratado Sobre a Oração, Um — John Bunyan

Tratado Sobre o Amor de Deus, Um — Bernardo de

Claraval

Um Cordão de Pérolas Soltas, Uma Jornada Teológica

no Batismo de Crentes — Fred Malone

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2 Coríntios 4

1 Por isso, tendo este ministério, segundo a misericórdia que nos foi feita, não desfalecemos;

2 Antes, rejeitamos as coisas que por vergonha se ocultam, não andando com astúcia nem

falsificando a palavra de Deus; e assim nos recomendamos à consciência de todo o homem,

na presença de Deus, pela manifestação da verdade. 3 Mas, se ainda o nosso evangelho está

encoberto, para os que se perdem está encoberto. 4 Nos quais o deus deste século cegou os

entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória

de Cristo, que é a imagem de Deus. 5 Porque não nos pregamos a nós mesmos, mas a Cristo

Jesus, o Senhor; e nós mesmos somos vossos servos por amor de Jesus. 6 Porque Deus,

que disse que das trevas resplandecesse a luz, é quem resplandeceu em nossos corações,

para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Jesus Cristo. 7 Temos, porém,

este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus, e não de nós. 8 Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados.

9 Perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos;

10 Trazendo sempre

por toda a parte a mortificação do Senhor Jesus no nosso corpo, para que a vida de Jesus

se manifeste também nos nossos corpos; 11

E assim nós, que vivemos, estamos sempre

entregues à morte por amor de Jesus, para que a vida de Jesus se manifeste também na

nossa carne mortal. 12

De maneira que em nós opera a morte, mas em vós a vida. 13

E temos

portanto o mesmo espírito de fé, como está escrito: Cri, por isso falei; nós cremos também,

por isso também falamos. 14

Sabendo que o que ressuscitou o Senhor Jesus nos ressuscitará

também por Jesus, e nos apresentará convosco. 15

Porque tudo isto é por amor de vós, para

que a graça, multiplicada por meio de muitos, faça abundar a ação de graças para glória de

Deus. 16

Por isso não desfalecemos; mas, ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o

interior, contudo, se renova de dia em dia. 17

Porque a nossa leve e momentânea tribulação

produz para nós um peso eterno de glória mui excelente; 18

Não atentando nós nas coisas

que se veem, mas nas que se não veem; porque as que se veem são temporais, e as que se

não veem são eternas.


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