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Sessão do especialista Valor do lensômetro versus … · A Essilor International é a líder...

Date post: 07-Oct-2018
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Contra-capa Capa SAC 0800 727 2007 | www.essilor.com.br A Essilor International é a líder mundial em design, fabricação e personalização de lentes oftálmicas. Atuando nos cinco continentes, a Essilor oferece uma ampla gama de lentes das marcas Varilux ® , Crizal ® e Essilor ® para correção da miopia, hipermetropia, astigmatismo e presbiopia. PG5 Informativo Essilor Sessão do especialista Valor do lensômetro versus potência do usuário, um exemplo de cálculo. Figura 5. Vamos considerar uma lente visão simples com prescrição de +4,00 para visão de longe. Essa lente foi calculada de acordo com a potência do usuário, levando-se em conta um ângulo pantoscópico de 12°. Isso significa que, nas condições retratadas na figura, a potência do usuário é exatamente +4,00. Figura 6. Se o lensômetro fosse alinhado sobre o eixo óptico, ou seja, tivesse girado 12° em relação à situação real de medição, haveria uma consistência entre as dioptrias do lensômetro e do usuário, mas essa situação não é representativa da forma como a lente é verificada no lensômetro, porque a base não fica totalmente em contato com a lente. Figura 7. A figura retrata as condições reais de medição no lensômetro. A lente da base do aparelho está totalmente em contato com a lente verificada. O trajeto dos raios é perpendicular à lente. Devido ao ângulo pantoscópico, o trajeto dos raios no lensômetro é diferente do trajeto no olho do usuário, por isso a medida apresentada pelo lensômetro não será +4,00. A medida do lensômetro para uma lente monofocal de +4,00, inclinada em 12° e calculada para o usuário, será +3,77 (+0,17, 90°). Podemos fazer a mesma experiência para diferentes valores de inclinação, sempre recalculando a lente para o usuário e levando em conta o ângulo de inclinação. Para a mesma lente calculada com dioptria do usuário de +4,00, a medida do lensômetro irá variar dependendo da inclinação inicial da lente. A tabela a seguir fornece as medidas do lensômetro de acordo com a inclinação, de 0° a 15°. Essa experiência pode ser reproduzida com um lensômetro, inclinando-se a lente com a potência do usuário, na frente da base. Figura 5 Figura 6 Figura 7 ÂNGULO ( o ) ESFÉRICO (D) CILÍNDRICO (D) EIXO ( o ) 0 4.00 0.00 - 3 3.99 0.01 90 6 3.94 0.04 90 9 3.87 0.10 90 12 3.77 0.17 90 15 3.64 0.27 90 5 cód.: 106980 DMK MAI/10
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Contra-capa Capa

SAC 0800 727 2007 | www.essilor.com.br

A Essilor International é a líder mundial em design, fabricação e personalização de lentes oftálmicas. Atuando nos cinco continentes, a Essilor oferece uma ampla gama de lentes das marcas Varilux®, Crizal® e Essilor® para correção da miopia, hipermetropia, astigmatismo e presbiopia.

PG5

Informativo Essilor

Sessão do especialista

Valor do lensômetro versus potência do usuário, um exemplo de cálculo.Figura 5. Vamos considerar uma lente visão simples com prescrição de +4,00 para visão de longe. Essa lente foi calculada de acordo com a potência do usuário, levando-se em conta um ângulo pantoscópico de 12°. Isso significa que, nas condições retratadas na figura, a potência do usuário é exatamente +4,00.

Figura 6. Se o lensômetro fosse alinhado sobre o eixo óptico, ou seja, tivesse girado 12° em relação à situação real de medição, haveria uma consistência entre as dioptrias do lensômetro e do usuário, mas essa situação não é representativa da forma como a lente é verificada no lensômetro, porque a base não fica totalmente em contato com a lente.

Figura 7. A figura retrata as condições reais de medição no lensômetro. A lente da base do aparelho está totalmente em contato com a lente verificada. O trajeto dos raios é perpendicular à lente.

Devido ao ângulo pantoscópico, o trajeto dos raios no lensômetro é diferente do trajeto no olho do usuário, por isso a medida apresentada pelo lensômetro não será +4,00. A medida do lensômetro para uma lente monofocal de +4,00, inclinada em 12° e calculada para o usuário, será +3,77 (+0,17, 90°).

Podemos fazer a mesma experiência para diferentes valores de inclinação, sempre recalculando a lente para o usuário e levando em conta o ângulo de inclinação. Para a mesma lente calculada com dioptria do usuário de +4,00, a medida do lensômetro irá variar dependendo da inclinação inicial da lente.

A tabela a seguir fornece as medidas do lensômetro de acordo com a inclinação, de 0° a 15°.

Essa experiência pode ser reproduzida com um lensômetro, inclinando-se a lente com a potência do usuário, na frente da base.

Figura 5

Figura 6

Figura 7

ÂNGULO (o) ESFÉRICO (D) CILÍNDRICO (D) EIXO (o)

0 4.00 0.00 -

3 3.99 0.01 90

6 3.94 0.04 90

9 3.87 0.10 90

12 3.77 0.17 90

15 3.64 0.27 90

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cód.

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Cyrill Guilloux - Céline TorracintaRevisão técnica: José Hamilton Machado

Resumo

Não há dúvida, a surfaçagem digital abriu novos horizontes no design das lentes para inquestionáveis benefícios para os usuários, benefícios cujo escopo nunca havia sido imaginado. Pela primeira vez, os projetistas de lentes sentem-se capazes de dar total precisão de potência ao usuário.

O objetivo do projetista de lentes é fornecer ao usuário uma lente que corresponda à prescrição conforme medida pelo oftalmologista. A “potência do usuário” é a dioptria vista pelo usuário quando olha através das lentes montadas na armação.Os lensômetros são instrumentos que foram projetados originalmente para medir as dioptrias de lentes monofocais (VS) no centro óptico. Principalmente pelo fato do trajeto dos raios ópticos variar, o lensômetro não mede a dioptria percebida pelo usuário.Se a lente é calculada de forma a corresponder à medição no lensômetro, então a dioptria do usuário sofrerá um desvio da prescrição quando a lente for montada e colocada na frente do olho. Para oferecer uma lente multifocal que corresponda perfeitamente à prescrição em condições de uso normais para todas as direções do olhar, ela precisa ser individualmente maximizada e deve ser produzida através da surfaçagem digital. Como conseqüência, dois conjuntos de valores dióptricos são impressos na etiqueta da lente multifocal, um para a prescrição do usuário e outro para a verificação no lensômetro.O cálculo da potência do usuário somado à precisão da surfaçagem digital constituem a melhor forma de atender às verdadeiras expectativas dos usuários.

Aprimorando a performance.A PRESCRIÇÃO DO USUÁRIO DEFINE O FOCO PARA CADA DIREÇÃO DO OLHAR O LENSÔMETRO NÃO MEDE A POTÊNCIA DO USUÁRIO

COMO VERIFICAR AS LENTES NO LENSÔMETRO NECESSIDADE DE DUPLA INFORMAÇÃO NOS CERTIFICADOS DAS LENTES MULTIFOCAIS PRODUZIDAS COM A POTÊNCIA DO USUÁRIO

Como dar total precisão de potência ao usuário no design da lente.

O extenso conhecimento acumulado pelas indústrias líderes nas ciências da visão foi historicamente limitado pelas dificuldades tecnológicas que devem ser levadas em conta, no nível da fabricação. A razão disso está no fato de que com a surfaçagem tradicional ficávamos limitados a superfícies esféricas ou tóricas na face interna das lentes. Como uma superfície esférica possui apenas seu raio como parâmetro variável, a superfície interna da lente era usada para ajustar a potência óptica apenas para o ponto de visão de longe.Assim, a função da face externa era mais difícil de controlar para os projetistas de lentes. Isso significava que antes do aparecimento da surfaçagem digital, os projetistas de lentes sempre estiveram limitados pela incapacidade de levar em conta a totalidade de parâmetros básicos necessários para controlar a direção do olhar em relação às lentes. Assim, parâmetros de primeira ordem em termos de conforto visual, como aqueles induzidos pela rotação do olho ao redor do seu eixo (CRO/centro de rotação do olho) não eram observados. Tais parâmetros podem ser os mais diversos, como movimentos do olho, variabilidade do diâmetro da pupila, comprimento real do olho, parâmetros de armações com os mais variados estilos, características comportamentais, sejam elas induzidas pela ametropia ou não...Atualmente, com a surfaçagem digital, é possível fornecer ao projetista da lente parâmetros que correspondem quase que perfeitamente à percepção que o usuário tem da sua dioptria em condições reais, ou seja, usando óculos reais. Se o projetista conhece a função do sistema visual para cada indivíduo, aí sim é possível expandir os limites e trabalhar no limite físico da lente oftálmica.

Isso é certo. Os usuários poderão ver cada vez melhor nas próximas décadas e estamos apenas no início de uma nova era de criação de produtos oftálmicos com máxima performance. Segundo os especialistas de mercado, espera-se que o crescimento dos produtos mais sofisticados seja pelo menos 4 vezes maior em valor do que dos produtos no segmento de preço mais acessível, em quase todos os países.Obviamente, isso terá um preço que a complexidade das superfícies ópticas terá que pagar.Embora a verificação da dioptria da lente continue sendo um procedimento relevante do ponto de vista da garantia da qualidade, o resultado numérico dessa medição pode, em muitos casos, estar um pouco diferente da prescrição esperada do usuário.Como será explicado posteriormente em mais detalhes, essa diferença baseia-se na significativa diferença entre o posicionamento da lente em relação ao eixo óptico do lensômetro (uma das superfícies da lente é apoiada sobre a base do lensômetro deixando os raios perpendiculares) e o posicionamento da lente montada na frente do olho. Lembre-se de que o sonho dos projetistas de lentes é adaptar a prescrição medida à direção do olhar do usuário em todos os pontos na superfície da lente...É por isso que conceituadas indústrias ópticas como a Essilor começaram a imprimir nas etiquetas nos envelopes e certificados das suas lentes premium, tanto a prescrição do usuário quanto os valores esperados do lensômetro em posições de medição padrão. Essa tendência não deve diminuir... Assim, é essencial evitar confusões geradas pela dupla informação de dioptria e, acima de tudo, entender o que a verificação da lente realmente mede. Esperamos que este informe técnico seja de grande ajuda.

Os exames de refração fornecem a prescrição em determinadas condições (figura 1a). A direção do olhar do usuário é perpendicular à lente de prova, e define o foco para os projetistas de lentes. Estimando, ou sabendo, a posição relativa do olho em relação à lente montada, o projetista da lente criará superfícies ópticas que irão recriar as condições ideais determinadas pelo exame oftalmológico para cada direção do olhar. Na verdade, um ponto da superfície irá corresponder perfeitamente a uma direção do olhar, em determinadas condições - a distância entre o olho e a lente montada na armação (figura 1b). Consequentemente, a geometria de uma “lente real” é bastante diferente da geometria da lente de teste.

A figura 4 representa a diferença entre o trajeto dos raios no lensômetro e o trajeto dos raios para o usuário com óculos. As diferenças nos valores podem ser bastante significativas.Como se pode ver, os trajetos dos raios do lensômetro e do usuário são muito diferentes.Consulte a Sessão do Especialista na próxima página para ver um exemplo de cálculo das diferenças nos valores obtidos.

Os lensômetros são instrumentos de controle usados para verificar a dioptria, o astigmatismo e o prisma em determinado ponto (ou seja, em uma pequena área da lente). As condições de uso do lensômetro são muito específicas (figura 2): • a base do lensômetro deve estar perpendicular à superfície da lente;• a lente é posicionada sobre a base do lensômetro;• o diâmetro da abertura do instrumento é fixo; • os raios vêm do infinito.

Embora já se possa encontrar no mercado referências às diferenças entre a prescrição do usuário e os valores no lensômetro, isso ainda não é muito comum e constante, A dupla informação tem sido subestimada pelos fabricantes. No entanto, quando os projetistas de lentes começarem a aproveitar todas as possibilidades que a surfaçagem digital oferece, isso resultará em diferenças muito mais significativas do que atualmente. Assim, a dupla informação se tornará cada vez mais necessária no segmento de lentes mais sofisticadas.

Na etiqueta do certificado demonstrado ao lado (quadro vermelho), a primeira linha fornece a prescrição do usuário, enquanto que a segunda linha fornece a dioptria a ser encontrada no lensômetro.

>Para concluir e conforme descrito neste artigo, as novas tecnologias de surfaçagem digital permitem que as lentes sejam desenvolvidas a partir da perspectiva do usuário e do uso da lente corretiva. Isso é inédito. Assim, os projetistas de lentes podem proporcionar uma série de melhorias no conforto visual do usuário, cujos limites são inimagináveis.

> As principais premissas gerais usadas pelos projetistas são:

• um CRO (Centro de Rotação do Olho) posicionado a 25,5 mm da lente (o CRO é importante porque o olho gira ao seu redor para explorar os objetos);• uma inclinação vertical da lente de 10° a 12° (por essa razão e devido à geometria da lente, as incidências sobre a lente de raios que penetram o olho geralmente não são perpendiculares às superfícies da lente...);• e ainda, para as lentes avançadas, uma estimativa do tamanho da pupila em função da direção do olhar e da distância do objeto observado pelo olho, na medida em que o tamanho da pupila é fundamental para maximizar a peformance óptica;• uma estimativa das distâncias dos objetos em função da direção do olhar.

Historicamente, os lensômetros foram projetados para medir as dioptrias de lentes monofocais (VS) no centro óptico, onde não há prisma e onde o lensômetro permanece alinhado com o eixo óptico do olho. Nesta configuração, obviamente o trajeto dos raios é bastante semelhante ao trajeto dos raios do usuário. Esta situação também ocorre quando o deslocamento do centro óptico da lente compensa a inclinação vertical da lente “T” (figura 3).Para lentes com superfícies complexas, ou prisma, obviamente a coisa muda de figura.

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Condições no exame de refração

Condições na vida real (Óculos)

• Lentes de prova• Superfícies: esférica-tórica• Orientação: sem inclinação• No eixo: alinhada com o eixo óptico

• Lentes montadas• Superfícies: pelo menos uma superfície asférica• Orientação: inclinação horizontal e/ou vertical• Fora do eixo: lente descentralizada

Figura 2 Figura 3

Figura 4

Posição de uma lente sobre o lensômetro Como verificar lentes monofocais

Base do lensômetro

Trajeto dos raios para o usuário

Trajeto dos raios no lensômetro

Figura 1a Figura 1b

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Informativo Essilor


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