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8/19/2019 Sgc Enem 2015 Extensivo Filosofia 02
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FILOSOFIA
Professor Dênis da Silva Carvalho
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A aurora da filosofia:Os pré-socráticos
A maioria dos primeiros filósofos queriam encontrar oprincípio de todas as coisas existentes. Aristóteles
Afresco em Paestum, com cena de banquete, século V a.C.
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A cidade grega e a filosofia
O declínio dos mitosEssa passagem ocorreu, no entanto, durante longo processo histórico,
sem um rompimento brusco e imediato com as formas de conhecimentosutilizados no passado.
Os primeiros gregos compartilhavam de crenças míticas, enquanto
desenvolviam o conhecimento racional que caracterizaria a filosofia. Essa
transição do mito à razão “significa precisamente que já havia de um lado,
uma lógica do mito e que, de outro lado, na realidade filosófica ainda está
incluído o poder do lendário” .
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O mito se opõe ao logos como a fantasia à razão, como a palavraque narra à palavra que demonstra. Logos e mito são duas metadesda linguagens, duas funções igualmente fundamentais da vida do
espírito. O logos , sendo uma argumentação, pretende convencer. Ologos é verdadeiro, no caso de ser justo e conforme à “lógica”; éfalso quando dissimula alguma burla secreta (sofisma). Mas o mitotem por finalidade apenas si mesmo. Acredita-se ou não nele,conforme a própria vontade, mediante um ato de fé, caso pareça “belo” ou verossímil, ou simplesmente porque se quer acreditar. O
mito, assim, atrai em torno de si toda a parcela do irracionalexistente no pensamento humano; por sua própria natureza, éaparentado à arte, em todas as suas criações.
GRIMAL, Pierre. A mitologia grega , p. 8-9.
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Mitologia grega
Os gregos cultuavam uma série de deuses:
Zeus Hera Ares Atena Entreoutros
Além de heróis ou semideuses
Teseu Hércules Perseu Entreoutros
Relatando a vida desses deuses e heróis e seu envolvimento com oshomens, os gregos criaram uma rica mitologia, isto é, um conjuntode lendas e crenças que, de modo simbólico, fornecem explicações
para a realidade universal.
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Mito de Édipo
Laio, Rei de Tebas e marido de Jocasta, vivia amargurado por não terfilhos, pelo que, decidiu consultar o Oráculo, tendo-lhe, este, advertidoque filho que gerasse havia de o assassinar. Apesar das advertências,Jocasta engravida e Laio, quando o bebé nasceu, ordenou a um servoque o pendurasse pelos pés numa árvore, para que este morresse. Daí o
nome Édipo (que significa pés inchados).
O servo de Laio, desrespeitando as ordens, acabou por colocar a criançanum cesto e jogou-a ao rio, acabando este, por ser resgatado por um reiduma terra distante, que o elegeu como seu filho. Este, já homem,também consultou o Oráculo, o qual o aconselhou a evitar a sua pátria,pois iria ser o assassino de seu pai e marido de sua mãe.Desconhecendo as suas origens e pensando-se filho de Pôlibo e Mérope,reis de Corinto, Édipo decidiu partir rumo a Tebas. Durante o seupercurso, e no meio de uma encruzilhada, deparou-se com um velho como qual manteve uma acérrima discussão acabando por matá-lo.
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Chegado a Tebas decifrou o enigma da Esfinge (monstro com cabeça demulher e corpo de leão), que impossibilitava a entrada na cidade, e comonunca ninguém o havia decifrado, a Esfinge jogou-se ao mar, tendoÉdipo libertado a cidade da sua maldição. Creonte, irmão de Jocasta,havia prometido a mão desta a quem libertasse a cidade da Esfinge,ganhando assim, Édipo, o direito a casar com Jocasta, agora viúva.
Casaram, Édipo foi proclamado Rei e tiveram dois filhos e duas filhas,reinando sem grandes dificuldades, até ao dia em que se instala a pestena cidade e Édipo decide consultar o Oráculo, que lhe refere que a pestecessaria quando fosse expulso o assassino de Laio. Édipo dispôs-se a
encontrá-lo, mas quando se apercebeu que ele próprio fora o assassinode Laio, seu pai, e o esposo de sua mãe, e vendo que apesar de fugircontra a profecia esta acabou por se realizar, arrancou os olhos e deixoua sua pátria.
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Uma reflexão sobre as questões da culpa e da responsabilidade dos
homens perante as normas e tabus (comportamento que, dentro dos
costumes de uma comunidade, é considerado nocivo e perigoso,
sendo por isso proibido para seus membros).
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O exercício da razão na pólis grega
Utilização do logos (a razão) pararesolver problemas da vida estávinculado ao surgimento da pólis.
Pólis forma de organização social e
política desenvolvida entre os séculos VIII e VI a.C.
Pólis
Criada pelo cidadãos
Cidadãos dirigiam a cidade
Organizada e explicada de forma racional
Partenon
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A prática constante da discussão política em praça pública pelo
cidadãos fez com que, com o tempo, o raciocínio bem formulado econvincente, se tornasse o modo adotado para se pensar sobre todasas coisas, não só as questões políticas.
Segundo o historiador Jean-Pierre Vernant, onascimento da filosofia “relaciona-se demaneira direta com o universo espiritual quenos pareceu definir a ordem da cidade e secaracteriza precisamente por (...) umaracionalização da vida social”. Para Vernant, a razão grega é filha da cidade.
VERNAT, Jean-Pierre, As origens do Pensamento grego, p. 77 e 95.
Planta da Acrópole de Atenas
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Pré-socráticos
Os primeiros filósofos gregos
Período pré-socrático é a fase inaugural da filosofia grega.
O período pré-socrático abrange o conjunto das reflexões filosóficasdesenvolvidas desde Tales de Mileto (623-546 a.C.) até oaparecimento de Sócrates (468-399 a.C.).
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Os pensadores de Mileto: A busca da substância primordial
Objetivo dos primeiros filósofos
Construção de umaCosmologia
Explicação racional esistemática das
características do universo.
Princípio substancial ousubstância Primordial
“Matéria prima” de que todasas coisa são feitas, (arché emgrego)
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Tales de Mileto (623-546 a.C.)
A filosofia teve como berço a cidade de Mileto.
Tudo é água.
Para Tales, somente a água permanecebasicamente a mesma, em todas as
transformações dos corpos, apesar deassumir diferentes estados – sólido,liquido e gasoso.
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Anaximandro de Mileto (610-547 a.C.)
Anaximandro de MiletoDiscípulo de Tales.Geógrafo, matemático,astrônomo e político.
Nem água nem algum elemento, mas alguma
substância diferente, ilimitada, e que delanascem os céus e os mundos neles contidos.
Para Anaximandro, esse princípio é algo que
transcende os limites do observável, ou seja, nãose situa numa realidade ao alcance dos sentidos.Por isso. Denominou-o ápeiron, termo grego quesignifica “o indeterminado”, “o infinito”. O ápeiron seria a “massa geradora” dos seres, contendo emsi todos os elementos contrários.
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Anaxímenes de Mileto (588-524 a.C.)
Anaxímenes.
E assim como nossa alma, que é ar, nosmantém unidos da mesma maneira o ventoenvolve todo o mundo.
Tentando uma conciliação entre as concepções de Tales e as de Anaximandro , concluiu ser o ar o princípio de todas as coisas. Issoporque o ar representa um elemento “invisível e imponderável, quase
inobservável e, no entanto, observável: o ar é a própria vida, a forçavital, a divindade que “anima” o mundo, aquilo que dá testemunho àrespiração” .
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Pitágoras de Samos (570-490 a.C.)
Todas as coisas são números.
Para Pitágoras, a essência de todas as coisas reside nos números, osquais representam a ordem e a harmonia. Segundo o historiador ThomasGiles, “pela primeira vez se introduzia um aspecto mais formal naexplicação da realidade, isto é, ordem e a constância” . Assim, a essência
dos seres, a arché, teria uma estrutura matemática da qual derivariamtodas problemas como: finito e infinito, par e ímpar, unidade emultiplicidade, reta e curva, círculo e quadrado e etc.
No “fundo de todas as coisas” a diferença entre os seres consiste,
essencialmente, em uma questão de números (limite e ordem das coisas).
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Heráclito de Éfaso
Tudo flui, nada persiste, nem permanece omesmo. O ser não é mais que o vir-a-ser.
Heráclito de Éfeso
Concebi a realidade do mundo como algo
dinâmico, em permanente transformação.Para ele, a vida era um fluxo constante,impulsionado pela luta de forças contrárias:ordem e desordem, o bem e o mal, o belo e ofeio, a construção e desconstrução, a justiça ea injustiça, o racional e o irracional, a alegria ea tristeza e etc.
Primeiro grande representante dopensamento dialético.
“Não podemos entrarduas vezes no mesmo
rio, pois suas águas serenovam a cada instante.Não tocamos duas vezeso mesmo ser, pois estemodifica continuamentesua condição”. Heráclito
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Parmênides de Eléia (510-470 a.C.)
O ente é; pois é ser é nada não é.
Dois caminhos para compreensão da realidadePrimeiro é da filosofia, da
razão, da essência.
Segundo é da crendice, daopinião pessoal da
aparência enganosa.
Caminho da essência para compreender a realidadea) Existe o ser, e não é
concebível sua nãoexistência.
b) O ser é; o não-ser nãoé
Princípios lógicos de identidade e de não-contradição
É no mundo dailusão, dasaparências e dassensações que oshomens vivem seucotidiano.
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Zenão de Eléia (488-430 a.C.)
O que se move sempre está no mesmolugar.
Discípulo de Parmênideselaborou argumentospara defender a doutrinado seu mestre.
Com seus argumentos pretendia demonstrar
que a própria noção de movimento era inviávele contraditória.
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Empédocles de Agrigento (490-430 a.C.)
A unidade de tudo aquilo que se ama
Pois destes (os elementos) todos se
constituíram harmonizados , e por estes quepensam, sentem prazer e dor.
Defendia a existência de quatro elementos primordiais, queconstituem as raízes de todas as coisas percebidas:
o fogo, a terra, a água e o ar.Os elementos sãomovidos e misturadosde diferentes maneirasem função de dois
princípios
Amor – responsável pela força de atração e união e pelomovimento de crescente harmonização das coisas;
Ódio – responsável pela força de repulsão e desagregaçãoe pelo movimento de decadência, dissolução e separação
das coisas.
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Demócrito de Abdera (460-370 a.C.)O átomo e a diversidade
O homem, um microcosmo
Responsável pelo desenvolvimento doatomismo , afirmava que todas as coisas queformam a realidade são constituídas departículas invisíveis e indivisíveis – átomos.
Fatores básicos para as diferentescomposições dos átomos
Figura Ordem Posição
Concepção mecanicista
acaso necessidade
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Pré-socráticosOs primeiros filósofos gregos
Pitágoras de Samos (570-490 a.C.)
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Heráclito de Éfaso
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Os pensadores eleáticos: A reflexão sobre o ser e o conhecer
A partir dessa discussão sobre os contrários, sobre o ser e o não-ser,que se iniciaram a lógica (os estudos sobre o conhecer) e aontologia (os estudos sobre o conhecer) e suas relações recíprocas.
Parmênides de Eléia (510-470 a.C.)
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Zenão de Eléia (488-430 a.C.)
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Pré-socráticosOs primeiros filósofos gregos
Empédocles de Agrigento (490-430 a.C.)
Demócrito de Abdera (460-370 a.C.)