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8/19/2019 Sgc Enem 2015 Extensivo Filosofia 06
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FILOSOFIA
Professor Dênis da Silva Carvalho
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As transformações da moralRelação entre sociedade e indivíduo pode ser considerada dialética,pois ocorre uma relação mútua influência entre dois polos:
• por um lado, o indivíduo, um ser singular, é levado,
através da educação, à universalidade expressa noscostumes e normas morais. Isso significa que cadaindivíduo assimila os princípios morais consolidadoscomo próprios do ser humano até então.
• por outro lado, os indivíduos, não assimilandopassivamente esses princípios, podem contestá-losou interferir em sua formulação, de acordo com asnovas condições histórico-sociais, e acabar por
transformar as normas e costumes morais.
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Ética na História Concepções filosóficas sobre o bem e o mal
Moral Construção socialConstrução
histórica
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Ética na História Antiguidade: a ética grega
A questão da ética começou a ser motivo de preocupação na época deSócrates, considerado “pai da moral”.É importante observar como os principais filósofos gregos trataram essaquestão.
• Os sofistas afirmavam que não existem normas e verdades
universalmente válidas. Tinham, portanto, uma concepção éticarelativista ou subjetivista.• Ao contrário dos sofistas, Sócrates sustentou que existe um saberuniversalmente válido, que decorre do conhecimento da essênciahumana, a partir da qual se pode conceber a fundamentação de umamoral universal. E o que é essencial no ser humano?A sua alma racional.O homem é, essencialmente, razão. E é na razão que se devem,portanto, fundamentar as normas e costumes morais. Por isso, dizemosque a ética socrática é racionalista. O homem que age conforme a razão
age corretamente.
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• Platão desenvolveu o racionalismo ético iniciado por Sócrates,aprofundando a diferença entre corpo e alma. Argumentava que o corpo,por ser a sede dos desejos e paixões, muitas vezes desvia o homem deseu caminho para o bem. Assim, defendeu a necessidade de purificação
do mundo material, para se alcançar a Idéia de Bem.Segundo Platão, o homem não consegue caminhar em busca daperfeição agindo sozinho.Necessita, portanto, da sociedade, da polis. Noplano ético, o homem bom é também o bom cidadão.• Depois do período clássico grego, o estoicismo desenvolveu uma ética
baseada na procura da paz interior e no autocontrole individual, fora doscontornos da vida política. Assim, o princípio da ética estoicaé a apathéia: a atitude de aceitação de tudo o que acontece, porquetudo faria parte de um plano superior guiado por uma razão universalque a tudo abrangeria.
Ética na História Antiguidade: a ética grega
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Antiguidade: a ética gregaÉtica na História
• A ética do epicurismo, de forma semelhante, tinhacomo princípio a ataraxia: a atitude de desvio da
dor e procura do prazer espiritual, que contribuipara a paz deespírito e o autodomínio. Minimizando a influênciados fatores exteriores sobre o bem-estar espiritual,Epicuro observou: “O essencial para nossafelicidade é nossa condição íntima e dela somossenhores”.
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Ética na História A ética do equilíbrio de Aristóteles
Aristóteles Reflexão ética racionalista, porém sem odualismo corpo-alma platônico.
Questão fundamental, para Aristóteles:Para o quê tendemos?
FELICIDADEA felicidade maior para Aristótelesse encontraria na vida teórica, quepromove o que há de mais
especificamente humano: a razão.
“A virtude moral é um meio-termoentre dois vícios, um dos quais
envolve o excesso e outrodeficiência, e isso porque a suanatureza é visar à mediania naspaixões e nos atos.”
ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco, livro II.
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Ética na História Idade Média: a ética cristã
Ética Cristã Ética Grega
Divergem em dois pontos:
• O abandono do racionalismo — a ética cristãabandonou a idéia de que é pela razão que se alcança a
perfeição moral e centrou a busca dessa perfeição noamor a Deus e na boa vontade.
• A emergência da subjetividade — acentuando atendência já esboçada na filosofia de estoicos eepicuristas, a ética cristã tratou a moral do ponto de vistaestritamente pessoal, como uma relação entre cadaindivíduo e Deus, isolando-o de sua condição social eatribuindo à subjetividade uma importância desconhecida
até então.
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Ética na História Idade Média: a ética cristã
Santo Tomás de Aquino (século XIII)
Recuperou da ética aristotélica a ideia de felicidadecomo fim último dos homens, mas cristianizou essanoção quando identificou Deus como a fonte dessa
felicidade.
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Ética na História A ética do livre-arbítrio de Santo Agostinho
Livre-arbítrio: a noção de que cada indivíduo pode escolher livremente entre aproximar-se de Deus ou afastar-se Dele.Diante disso, acentuou-se o papel da subjetividade humana nas coisas do mundo. Olivre-arbítrio é o meio pelo qual o homem realiza a sua liberdade, usando-a para o bemou para o mal.
Santo Agostinho (século III)
Liberdade
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Ética na História Idade Moderna: a ética antropocêntrica
Humanismo
Nova concepção moral, centrada na
autonomia humana.
Iluminismo
moral deve ser fundamentada não maisem valores religiosos, mas em valores
oriundos da compreensão acerca do queseja a natureza humana.
Período
Moderno
Concepção de natureza racional, queencontra em Kant a formulação mais bem-
sucedida.
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Ética na História A ética do dever de Kant
Kant
Razão humana
Razão legisladora
Dever= liberdade
o indivíduo que obedece a uma norma moral atendeà liberdade da razão, isto é, àquilo que a razão,no uso de sua liberdade, determinou como correto.
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Ética na História Idade Contemporânea: a ética do homem concreto
A reflexão ética na Idade Contemporânea(séculos XIX e XX) se desdobrou em uma sériede concepções distintas acerca do que seja a
moral e sua fundamentação. Seu ponto comumé a recusa de uma fundamentação exterior,transcendental para a moralidade, centrandono homem concreto a origem dos valores edas normas morais.
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Ética na História A fundamentação histórico-social de Hegel
Hegel (1770-1831)Ética: história e relação do indivíduocom a sociedade são fundamentais paraas decisões morais.
Moral: conteúdos diferenciados ao longo da história dassociedades, e a vontade individual seria apenas um doselementos da vida ética de uma sociedade em seu conjunto. Amoral seria o resultado da relação entre o indivíduo e o conjunto
social. E em cada momento histórico, a moral se manifestariatanto nos códigos normativos como, implicitamente, na cultura enas instituições sociais.
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Ética na História A fundamentação ideológica de Marx
Marx (1818-1883)
Moral: produção social que atende a
determinada demanda da sociedade. Eessa demanda deve contribuir para aregulação das relações sociais.Transformação das relações sociais aolongo do tempo: transformam-se osindivíduos e as moralidades que regulam
essas relações.Diante disso, Marx compreende a moralcomo uma forma de consciência, própriaa cada momento do desenvolvimento daexistência social.
Moral, para Marx, seria:
ideologia dominante emsociedade, pois difundedeterminados valores que sãonecessários à manutenção dessasociedade. É a fundamentaçãoideológica da moral.
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Ética na História A ética discursiva de Habermas
Habermas (1929)
Ética discursiva: fundada no diálogo e noconsenso entre os sujeitos. O que se buscarianesse diálogo é a razão que, tendo sido
reconhecida pelos participantes do diálogo,sirva como fundamentação última para a açãomoral.
Aposta de Habermas na linguagem e nacapacidade de entendimento entre as pessoas nabusca de uma ética democrática e nãoautoritária, baseada em valores validados e
aceitos consensualmente.