+ All Categories
Home > Documents > Souza; Filho, 1983

Souza; Filho, 1983

Date post: 08-Nov-2015
Category:
Upload: gislaine-albuquerque
View: 237 times
Download: 0 times
Share this document with a friend
Description:
Artigo
Popular Tags:
11
BoI. IG, Instituto de Geociências, USP, V. 14:1-11,1983 GEOLOGIA E GENESE DOS DEPOSITOS DE MANGANÊS DA PROVINCIA DE ARACOIABA - PACAJÜS, CEARA por JOSÉ VI TORINO DE SOUZA Universidade Federal do Ceará e EVARISTO RIBEIRO FILHO Departamento de Geologia Econômica e Geofísica Aplicada - IG.USP ABSTRACT The manganese deposits of Aracoiaba-Pacajus district are located in northeast of the State of Ceará, Brazil. The protore and the ore of some of the manganese deposits studied occur between belts of manganiferous rocles extending 60 by 15 km. The Precambrian regional rocks consist of gneisses, garnet-sillimanite-quartzites, metabasites and some pegmatites. These are the host rocks of the manga- niferous rocks. AlI these rocks belong stratigraphica1ly and structurally to the Caicó Complex and are part of the Jaguaribeana folding belt. The silicatic protore is composed of spessartite, rhodonite, quartz, manganocummingtonite with subordinated amounts of pyrite and pyrrhotite. The granulite facies of the regional metamorphism was superimposed by amphibolite facies. The original sediments which altered to forrr. the protore were deposited in a restrict basin of reducing condition and un- derwent the action of two different phases of metamorphism. Surface weathering altered the protore forming an ore consisting of an assemblage of manganese oxides such as lithiophorite, pyrolusite, mangano-nsutite and aMn02' The ore presents typical depositional and pos-depositional textures, which show that the ore was formed by replacement and cavity filling. The manganese content of the ore varies from 18 to 38%. The reserves of the district are 2.500. 000 metric tons, making econo- mic explotation viable with a small, local siderurgical industry in Ceará. The manganese minerals were formed according to the following sequence: spessartite, lithiophorite and/ou cryptomelane, manga- nite, pyrolusite, mangano-nsutite. INTRODUÇÃO Os planos de expansão da indústria side- rúrgica nacional, por ampliação das que já existem, bem como por implantação de novos polos industriais regionais, estão a exigir conhe- cimentos pormenorizados das características e reservas dos minérios de manganês do país. Se é verdade que alguns dos depósitos de manganês estão convenientemente estudados, tais como os da Serra do Navio, de Lafaiete e até mesmo os da província mineral de Carajás, outros que foram pesquisados somente com o propósito de satisfazer as exigências imediatas para o início de lavra. Alguns outros estão cita- dos em trabalhos de reconhecimento geológico e/ ou de cadastramento de jazidas. Os depósitos de manganês da Província de Aracoiaba-Pacajús, 1 cujas ocorrências já eram conhecidas em 1957 (Coelho, 1957), não haviam ainda sido estuda- das com os objetivos propostos neste trabalho. Aqui, pretende-se relatar a caracterização para- genética e textural do protominério oxidado, definir sua gênese e interpretar a ação do intem- perismo, bem como opinar sobre o seu possível aproveitamento econômico. LOCALIZAÇÃO A província manganífera de Aracoiaba-Pa- cajús está situada a 70 km de Fortaleza, no su- deste do Estado do Ceará. Os depósitos de manganês desta província ocorrem em faixas dobradas de rochas meta- mórficas, com direções N-NE e S-SW, que se estendem em área aproximada de 60 km por 15 km de largura.
Transcript
  • BoI. IG, Instituto de Geocincias, USP, V. 14:1-11,1983

    GEOLOGIA E GENESE DOS DEPOSITOS DE MANGANS DA PROVINCIA DE ARACOIABA - PACAJS, CEARA

    por JOS VI TORINO DE SOUZA

    Universidade Federal do Cear e

    EVARISTO RIBEIRO FILHO Departamento de Geologia Econmica e Geofsica Aplicada - IG.USP

    ABSTRACT

    The manganese deposits of Aracoiaba-Pacajus district are located in northeast of the State of Cear, Brazil. The protore and the ore of some of the manganese deposits studied occur between belts of manganiferous rocles extending 60 by 15 km. The Precambrian regional rocks consist of gneisses, garnet-sillimanite-quartzites, metabasites and some pegmatites. These are the host rocks of the manga-niferous rocks . AlI these rocks belong stratigraphica1ly and structurally to the Caic Complex and are part of the Jaguaribeana folding belt. The silicatic protore is composed of spessartite, rhodonite, quartz, manganocummingtonite with subordinated amounts of pyrite and pyrrhotite. The granulite facies of the regional metamorphism was superimposed by amphibolite facies. The original sediments which altered to forrr. the protore were deposited in a restrict basin of reducing condition and un-derwent the action of two different phases of metamorphism. Surface weathering altered the protore forming an ore consisting of an assemblage of manganese oxides such as lithiophorite, pyrolusite, mangano-nsutite and aMn02' The ore presents typical depositional and pos-depositional textures, which show that the ore was formed by replacement and cavity filling . The manganese content of the ore varies from 18 to 38%. The reserves of the district are 2.500 .000 metric tons, making econo-mic explotation viable with a small, local siderurgical industry in Cear. The manganese minerals were formed according to the following sequence: spessartite , lithiophorite and/ou cryptomelane, manga-nite, pyrolusite , mangano-nsutite.

    INTRODUO

    Os planos de expanso da indstria side-rrgica nacional, por ampliao das que j existem, bem como por implantao de novos polos industriais regionais, esto a exigir conhe-cimentos pormenorizados das caractersticas e reservas dos minrios de mangans do pas.

    Se verdade que alguns dos depsitos de mangans j esto convenientemente estudados, tais como os da Serra do Navio , de Lafaiete e at mesmo os da provncia mineral de Carajs, outros h que foram pesquisados somente com o propsito de satisfazer as exigncias imediatas para o incio de lavra . Alguns outros esto cita-dos em trabalhos de reconhecimento geolgico e/ou de cadastramento de jazidas. Os depsitos de mangans da Provncia de Aracoiaba-Pacajs,

    1

    cujas ocorrncias j eram conhecidas em 1957 (Coelho, 1957), no haviam ainda sido estuda-das com os objetivos propostos neste trabalho. Aqui, pretende-se relatar a caracterizao para-gentica e textural do protominrio oxidado, definir sua gnese e interpretar a ao do intem-perismo, bem como opinar sobre o seu possvel aproveitamento econmico.

    LOCALIZAO

    A provncia manganfera de Aracoiaba-Pa-cajs est situada a 70 km de Fortaleza, no su-deste do Estado do Cear.

    Os depsitos de mangans desta provncia ocorrem em faixas dobradas de rochas meta-mrficas, com direes N-NE e S-SW, que se estendem em rea aproximada de 60 km por 15 km de largura.

  • SOUZA, J .V. & FILHO, E.R. Bol.lG. lnstitutode Geocincias, USP, V.14 :1-11,1983

    ~ eltapipoca

    o

    4-1-' o

    eS . L . Curu~H_~ / .. ~Caucaiae-

    e Pentecoste

    4,?-<

    FORTALEZA

    eGo/. Sampaio ----

    ~ . r:C:L .\~ '00

    0:1,0 palm7'" ./"T ALA , r_--'tC~.:'5a..1 I ajus Beberibe .. , q;,'

  • Geologia e Gnese dos depsitos de mangans da provncia de Aracoiaba - Pacajs, Cear

    GEOLOGIA REGIONAL

    Todas as ocorrncias de rochas mangan-feras aqui investigadas esto dentro da "faixa de dobramentos Jaguaribeana" (Brito Neves, 1975).

    As faixas de rochas metamrficas dobra-das, que esto confinadas entre o Macio Pi-ranhas a Sudeste e o macio de Troia a noroes-te , apresentam seqncia lito-estratigrfica mui-to complexa. A compreenso desta complexida-de tem sido dificultada pela intensidade de ao dos processos erosivos e de intemperismo.

    As rochas pr-cambrianas regionais so migmatitognaisses, mrmores e calcrios, grano-dioritos, biotita gnaisses , hornblenda gnaisses, biotita muscovita gnaisses, anfiblio xistos, quartzitos, quartzitos micceos, metabasitos e rochas de depsitos ortomolssicos.

    Na feio tectnica observa-se claramente um autntico mosaico de falhas transcorrentes que provocaram o deslocamento de rochas me-tamrficas , caracterizadas como de fcies anfi-boltica.

    As idades determinadas por radiometria, pelos mtodos Rb-Sr e K-Ar em rocha total, confirmam a existncia de rochas do ciclo Transamaznico e do ciclo Brasiliano, ou seja, rochas com idades entre 550-2.000 m.a. As ida-des de 2.000 m.a. foram obtidas em gnaisses e migmatitos da regio de Quixad, pertencentes ao Complexo Caic.

    O ciclo Brasiliano, com idade aproximada de 650 m.a. est representado na regio por rochas metassedimentares do Grupo Cear (Ka-washita et al ., 1976 e Brito Neves , 1975).

    Os depsitos de mangans esto associa-dos com a seqncia de metassedimentos pr--cambrianos, constituda de migmatito-gnaisses localizados na base e de gonditos no topo da seqncia. Intercaladas entre gnaisses e gonditos esto rochas tais como almandina-sillimanita quartzito, quartzito e metabasitos. Os gonditos, com direo NlOoW e mergulho de 50-700 para nordeste, esto associados a blocos dobrados de rochas metamrficas, com eixos de direo N150 E. O lineamento da falha transcorrente que corta a rea conhecido como lineamento Senador Pompeu.

    Na regio que corresponde rea estuda-da so conhecidas 5 (cinco) "Superfcies" ou tipos de relevo, que correspondem ao mesmo nmero de nveis ou estgios de eroso: Super-

    3

    fcie de Tabuleiros, Superfcie Sertaneja, Super-fcie de Suaves Ondulaes, Superfcie de Ele-vaes de Pequeno Porte e Superfcie de Eleva-es de Mdio Porte.

    As Superfcies de Tabuleiros correspon-dem a superfcies aplainadas de cobertura ceno-zica, cuja formao data do Pleistoceno Infe-rior (MABESOONE et al ., 1975). Possuem alti-tudes variando de 30 at 80 m.

    Quase ao mesmo nvel do topo da super-fcie anterior , se forma o extenso pediplano da rea de rochas cristalinas (BRAGA, 1977), que foi denominada de Superfcie Sertaneja por MABESOONE et. al ., (Op.Cit .) e corresponde Superfcie Velhas de KING (1956) ; essa super-fcie corresponde simultaneamente ao nvel de abraso de rochas cristalinas e ao nvel de depo-sio de areias cenozicas (ANDRADE et . al ., 1965). Sua altitude varia de 80 a 110 m.

    As Superfcies de Suaves Ondulaes, constitudas de cangas manganferas ou gnais-ses, possuem altitudes que variam de 100 a 115 m. Os testemunhos destas superfcies represen-tam comumente pequenas ocorrncias de man-gans.

    As superfcies de elevaes de Pequeno Porte rompem a homogeneidade da Superfcie Sertaneja, com altitudes entre 130 e 150 m e so modeladas por gnaisses. Um exemplo tpico a pedreira do Serrote Pelado, localizado 1 km ao sul do Serrote Curupira.

    As Superfcies de Elevaes de Mdio Porte possuem feies marcantes na rea; so resduos de gnaisses e quartzitos que modelam morros e serrotes cujas altitudes variam de 160 a 380 m. So exemplos tpicos desta superfcie os serrotes de Curupira (386 m) e Ocara (270 m).

    A regio de Serragem, distrito de Curu-pira (Aracoiaba) corresponde precisamente zona de transio da Superfcie de Tabuleiros para a Superfcie Sertaneja, dificultando sua distino pelas altitudes.

    PETROGRAFIA

    Em Serragem e Lagoa do Riacho ocorrem migmatito gnaisses de textura granoblstica, compostos de quartzo (70%), pertita (3%), plagioclsio (14%), biotita 4%), almandina (5%), sillimanita 1 %) e apatita 1 %).

    No Serrote Pelado, prximo a Serragem,

  • SOUZA, J.V . & FILHO, E.R.

    o

    BACIA DO

    PARNABA

    25

    km

    75

    BoI. IG. Instituto de Geocincias, USP, V. 14:1-11, 1983

    _ 400 --

    o Cober turas fanero- o Granitos ps-tect- / Lineamento ? Folha de empurra0 ... . zicas. x x nicos ~ Fossos malssicas lli'{:?\':J Macios medianos / Folha (F) /" Folha normol _: /~; .. Dir.O de fOlioOo [';.,::.;(1 Coberturas dobra- D Faixas de dabro-

    " //

    .,/.', . dos dos macios mentos ,"" Folha transcorrente ~ IndicaOO de v.r90Oo

    4

  • Geologia e Gnese dos depsitos de mangans da provncia de Aracoiaba - Pacajs, Cear

    'oCOrre migmatito-gnaisse de textura granbls-tia" composto de quartzo (65%), almandina (3%), biotita (12%), plagioclsio (14%), sillima-nita 3%) e ortoclsio (

  • SOUZA, J.V . & FI LHO, E.R. BoI. IG. Instituto de Geocincias, USP, V. 14:1-11, 1983

    MINERAIS MIGMATITO- QUARTZITO MIGMATITO META- META- PROTO-GNAISSE BSICO BASITO BASITO MINIORIO

    QUARTZO X X X X X X BIOTITA X ' X' X X SILLlMANITA X ' X' PLAGIOCLSIO X X X X X ORTOCLAslO X' PERTITA X ALMANDINA X ' X' MICROClINA X X X X ORTOPI ROX~N 10 X' X X' ClINOPI ROX~NIO X ' X' HORNBLENDA X ' X i i MAGNETITA X X ILMENITA X X APATITA X GRAFITA X X ESPESSARTITA X Mn-CUMMINGTONITA X RODONITA X PIRITA X PIRROTITA X

    Associaes mineralgicas caracterizadas como de alto grau de metamorfismo.

    Tabela 1 - Paragnese das rochas metamrficas da provncia manganfera de Aracoiaba-Pacajs, Cear

    MINRIO

    o nuneno composto de criptomelana, pirolusita, litioforita e mangano-nsutita .

    As texturas mais comuns no minrio so as seguintes :

    Textura reliquiar - mostra cristais de espes-sartita alterados e/ou substitudos por aMn02 e por hidrossilicatos de ferro (Fotomicrogr. 1 ). Textura zonada - na qual cristais alterados de espessartita so zonados por goethita e criptomelana. Textura ps-deposicional "em retalhos" -na qual so observadas partculas de quartzo englobadas por cristais de pirolusita pseu-domorfa segundo groutita e/ou manganita. Textura ps-deposicional - na qual a litio-forita associada espessartita aparece altera-da em pirolusita. (Fotomicrogr. 2). Textura coloforme - com minerais suprge-nos de mangans , sl1ica e xidos de ferro. (Fotomicrogr. 3).

    6

    PARAGNESE

    A paragnese dos minerais de minrio de mangans da regio estudada est ilustrada na figo 3 , tabelas 2 e 3.

    QUALIDADE, TEORES E RESERVAS DE MINRIO

    o protominrio da provncia manganfera de Aracoiaba-Pacajs pode ser classificado em trs tipos .

    1 - Protominrio sem alterao ou pouco alterado, com teores de Mn entre 1 e 13%.

    2 - Protominrio alterado com teores de Mn entre 18 e 39%.

    3 - Protominrio com alterao de tran-sio para minrio , com teores de Mn entre 13 e 18%.

    Somente o tipo 2 pode ser considerado minrio , e portanto avaliado para possvel aproveitamento econmico.

  • Geologia e Gnese dos depsitos de mangans da provncia de Aracoiaba - Pacajs, Cear

    Fotomicrogr. 1 - Textura reliquiar zonada com espessartita (GR) substituda por criptome-lana (CRIP) e por xidos e hidrxidos de Fe . 75x .

    Fotomicrogr. 2 - Textura ps-deposicional. Litioforita (LI) de transformao de espessar-tita (GR). Pirolusita (PI) substituindo litioforita (Li) . 28x .

    7

  • SOUZA, J.V. & FI LHO, E.R .

    ESPESSARTIT A

    LITIOFORIT A

    j MANGANITA

    OU GROUTITA j

    PIROLUSITA

    BoI.IG. Instituto de Geocincias, USP, V.14:111, 1983

    Fotomicrogr. 3 -Textura coloforme formada por criptomelana (CRIP), xidos e hidrxidos de Fe, slica (SI) e pirolusita (PI), Gretas de contrao (Fl. 75x .

    CRlPTOMELANA PIROLUSITA MANGANO N-SUTITA

    Fig. 3 - Seqncia de formao dos minerais de mangans de Aracoiaba-Parajs.

    8

  • Geologia e Gnese dos depsitos de mangans da provncia de Aracoiaba - Pacajs, Cear

    PROCESSOS DE FORMAO MINERAIS SUBSTITUiO I

    PREENCHIMENTO DE CAVIDADE E LATERIZAO

    LlTIOFORITA

    XIDOS DE FERRO

    CRIPTOMELANA I

    PIROLUSITA I ~ MANGANO-NSUTITA

    CRIPTOMELANA II

    PIROLUSITA II

    Tabela 2 - Sucesso dos minerais oxidados da provncia mangan iera de Aracoiaba-Pacajs, Cear

    PARAGNESE MINERAIS SEDIMENTAR J METAMRFICA I SUPERGNICA

    CARBONATO

    OUTROS SILlCATOS

    PIRITA - -

    QUARTZO ~ ESPESSARTITA

    RODONITA -

    Mn-CUMMINGTONITA -

    PIRROTITA -

    LlTIOFORITA

    XIDOS DE Fe -

    CRIPTOMELANA I

    PIROLUSITA

    Mn-NSUTITA

    CRIPTOMELANA II

    PIROLUSITA 11

    Tabela 3 - Evoluo das paragneses sedimentar, metamrfica e supergnica do gondito da provncia manganfera de Aracoiaba-Pacajs, Cear

    9

  • SOUZA, J.V. & FI LHO, E.R.

    o tipo 2 representa 50% do conjunto e, juntamente com o tipo 3, constitui 77% do material manganfero pesquisado. Considerados juntamente, os protominrios do tipo 2 e 3, tm teor mdio de 23% Mn.

    Conforme especificaes do mercado, o minrio estudado de baixa qualidade . Isto o normal para depsitos oxidados formados a partir de protominrios silicticos intemperiza-dos e de enriquecimento suprgeno. Como con-seqncia, o minrio no se enquadra como do "tipo metalrgico de baixo grau", por ter bai-xos teores de Mn e altos teores de Al2 0 3 + + Si02 ; nem se enquadra como do "tipo qumi-co ou eletroltico", que exige teores de Mn02 entre 75% e 85%.

    AMOSTRAS Mn Fe

    1 23,2 4,80 2 13,1 3,90 3 35,6 4,40 4 28,8 5,40 5 15,1 5,90 6 8,6 7,50

    TEORES 20,7 5,30 MDIOS Segundo BRAGA et. aI. (1977).

    BoI. IG. Instituto de Geocincias, USP, V. 14:1-11 , 1983

    As reservas totais de "minrio" com teor m-dio de 25% Mn so da ordem de 3,106t. Com lavra seletiva, em alguns dos depsitos seria possvel o aproveitamento de "minrios" com teores mdios de 28% Mn, mas evidentemente as reservas seriam diminudas.

    Em vista das consideraes feitas, o aprovei-tamento das rochas manganferas desta regio do Cear somente seria vivel . caso houvesse uma mudana nas condies para utilizao de minrio de baixo teor e de reservas pequenas. Ainda assim, os minrio-gonditos investigados teriam uso em siderrgicas implantadas no Cea-r e prximas s jazidas, posto que, sem pre-encher estes requisitos, no teriam as mnimas condies de competir com minrio de melho-res fontes de suprimento.

    Si02 AI 2 0 3 Si02 + P AI 2 0 3

    21,1 10,9 32,0 0,22 35,5 10,9 46,4 0,03 13,4 10,7 24,1 1,07 15,4 11,0 26,4 0,07 41,8 12,2 54,0 0,76 47,7 13,8 61,5 0,93

    29,1 11,5 40,6 0,51

    Tabela 4 - An lises qumicas de "minrios" de mangans da provncia manganfera de Aracoiaba-Pacajs, Cear (% em peso)

    BIBLIOGRAFIA

    ANDRADE, G.O. e LINS, R.C. - 1965 - Introdua morfoclimatologia do Nordeste do Brasil. Arq. Inst. Cien. Terra , 3 (4) : 17-28.

    BRAGA, A.Q.G. et. a!. - 1977 - Projeto Fortaleza - Convnio D.N.P.M.fC.P.R.M., 1 e 2. Indito. Recife.

    BRITO NEVES, B.B. - 1975 - Regionalizao geotectnica do pr-cambriano nordestino. IG-USP. Tese de douto-ramento. So Paulo.

    COELHO, F.C.P. - 1957 - Mangans do Estado do Cear. D.G.M.fD.N.P.M. - Relatrio Anual do Diretor. Rio de Janeiro .

    HOLTROP, LF. - 1965 - The manganese deposit ofthe Guiana Shield. Econ. Geol., 60 (6): 1.185-1.212.

    10

  • Geologia e Gnese dos depsitos de mangans da provncia de Aracoiaba - Pacajs, Cear

    KA WASHlTA, K. et. alo - 1976 - The behavior of sofid - source mass spectrometer with glass tube and age deter-mination on some rocks from the state of Cear (Brasil) . An. Ac. Bras. Cincias, 48 (1) : 79-86.

    K1NG, L.C. - 1956 - A geomorfologia do Brasil oriental. Rev. Brasil. Geogr., 18 (2): 147-256.

    MABESOONE, J.M. e CASTRO, C. - 1975 - Desenvolvimento geomorfolgico do Nordeste brasileiro. S.B.G. -Ncleo Nordeste, BoI. 3: 5-36.

    RIBEIRO FILHO, E. e LINS MARINHO, J.M. - 1982 - Prospeco magnetomtrica em depsito silictico de man-gans com jacobsita, no Cear. BoI. IG-USP. No prelo .

    ROY, S. - 1965 - Comparative study of the metamorphosed manganese protore ofthe world, the problem ofthe nomenclature of the gondites and kodurites. Econ. Geol., 60 (7) : 760-786.

    SOUZA, J.V. de - 1979 - Geologia e gnese do protominrio e do minrio da Prov(ncia Manganfera de Ara-coiaba-Parajs, no Estado do Cear, IG-USP. Tese de doutGramento. So Paulo.

    11


Recommended