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Tese Marcos Della Nina COMPLETO€¦ · ligament (CCL) in dogs the ideal treatment for this common...

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MARCOS ISHIMOTO DELLA NINA

Avaliação termográfica comparativa da articulação d o joelho íntegro e de cães

submetidos a duas técnicas de osteotomia corretiva para estabilização

articular após ruptura de ligamento cruzado cranial

São Paulo

2012

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MARCOS ISHIMOTO DELLA NINA

Avaliação termográfica comparativa da articulação d o joelho íntegro e de cães

submetidos a duas técnicas de osteotomia corretiva para estabilização

articular após ruptura de ligamento cruzado cranial

Tese apresentada junto ao Programa de Pós-Graduação em Clínica Cirúrgica Veterinária da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo para obtenção do título de Doutor em Ciências

Departamento:

Cirurgia

Área de concentração:

Clínica Cirúrgica Veterinária

Orientador:

Prof. Dr. Cássio Ricardo Auada Ferrigno

São Paulo

2012

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Autorizo a reprodução parcial ou total desta obra, para fins acadêmicos, desde que citada a fonte.

DADOS INTERNACIONAIS DE CATALOGAÇÃO-NA-PUBLICAÇÃO

(Biblioteca Virginie Buff D’Ápice da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo)

T.2672 Della Nina, Marcos Ishimoto FMVZ Avaliação termográfica comparativa da articulação do joelho íntegro e de

cães submetidos a duas técnicas de osteotomia corretiva para estabilização articular após ruptura de ligamento cruzado cranial / Marcos Ishimoto Della Nina. -- 2012.

97 f. : il. ; 1 cd-rom.

Tese (Doutorado) - Universidade de São Paulo. Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia. Departamento de Cirurgia, São Paulo, 2012.

Programa de Pós-Graduação: Clínica Cirúrgica Veterinária. Área de concentração: Clínica Cirúrgica Veterinária. Orientador: Prof. Dr. Cássio Ricardo Auada Ferrigno.

1 Termografia. 2. Ligamento cruzado. 3. Cães. 4. Joelho. I. Título.

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FOLHA DE AVALIAÇÃO

Nome: DELLA NINA, Marcos Ishimoto

Titulo: Avaliação termográfica comparativa da articulação do joelho íntegro e de cães

submetidos a duas técnicas de osteotomia corretiva para estabilização

articular após ruptura de ligamento cruzado cranial

Tese apresentada junto ao Programa de Pós-Graduação em Clínica Cirúrgica Veterinária da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo para obtenção do título de Doutor em Ciências

Data:____/____/____

Banca Examinadora Prof. Dr. _____________________________________________________ Instituição: _________________________ Julgamento: __________________ Prof. Dr. _____________________________________________________ Instituição: _________________________ Julgamento: __________________ Prof. Dr. _____________________________________________________ Instituição: _________________________ Julgamento: __________________

Prof. Dr. _____________________________________________________ Instituição: _________________________ Julgamento: __________________

Prof. Dr. _____________________________________________________ Instituição: _________________________ Julgamento: __________________

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DDeeddiiccaattóórr iiaa

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Aos meus pais,

Milton Della Nina e Etuko Della Nina

E meus irmãos Rafael e Bianca

pelo apoio incondicional, confiança e amor

que me possibilitaram ser uma pessoa melhor

e usá-los sempre como exemplo

em minha vida pessoal e profissional

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À

Renata Altafin Parmejani

por sua paciência

estando sempre ao meu lado

me apoiando em todos os momentos

e sempre me protegendo com seu amor e carinho

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Aos meus colegas

Vanessa Ferraz , Kelly Cristiane Ito , Daniela Izquierdo, Olicies da Cunha,

Adriana Valente Figueiredo, Márcio Poletto Ferreira , Jaqueline França, Denis

Prata, Renato Albuquerque de Oliveira Cavalcante e Ísis dos Santos Dal-Bó

que com sua ajuda e companheirismo

me possibilitaram estar sempre me desenvolvendo

e adquirir uma segunda família

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Aos Professores

Marcelo de Campos Pereira ,

Silvia Renata Gaido Cortopassi

pela amizade, conselhos

e pelo exemplo constante de ótimos profissionais

e seres humanos maravilhosos

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Ao Professor

Cássio Ricardo Auada Ferrigno

pela confiança em meu trabalho

e por me orientar em todos os aspectos

se tornando além de professor um grande e valorizado amigo

Muito obrigado

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AAggrraaddeecciimmeennttooss

Ao Departamento de Cirurgia da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da

Universidade de São Paulo pela oportunidade e incentivo no desenvolvimento deste

trabalho.

A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo pelo apoio e incentivo

imprescindível para a realização deste trabalho.

Aos enfermeiros do Serviço de Cirurgia de Pequenos Animais do HOVET –

FMVZ/USP, Cledson Lelis dos Santos , Jesus dos Anjos Vieira e Otávio

Rodrigues dos Santos pela dedicação, empenho e amizade.

As médicas veterinárias do Serviço de Cirurgia de Pequenos Animais do HOVET –

FMVZ/USP, Viviane Sanches Galeazzi , Tatiana Soares da Silva , Patrícia Ferreira

de Castro , Sandra Aparecida Rosner e Andressa Gianotti Campos pela

amizade, convivência e ajuda nas horas complicadas de rotina hospitalar.

A médica veterinária Silvana Maria Unruh e técnicos Hugo Idalgo , Reginaldo

Barboza da Silva , Benjamin Ribeiro de Souza e Katia Margareth Massonetto do

Serviço de Radiologia do HOVET – FMVZ/USP, pela ajuda irrestrita no

desenvolvimento deste trabalho.

Aos colegas pós-graduandos, residentes e estagiários do Departamento de Cirurgia

pela amizade e companheirismo.

Aos amigos pela colaboração e apoio durante a realização deste trabalho.

Aos secretários do Departamento de Cirurgia, Belarmino Ney Pereira , Alessandra

Sousa e Lívia dos Santos Gimenes pela grande ajuda e disponibilidade constante

e imediata.

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A equipe da biblioteca da FMVZ/USP, Elena Tanganini , Rosângela Rodrigues

Pereira , Elza Maria Rosa Faquim , Solange Santana , Rosa Maria Fischi , Maria

Fátima dos Santos e Fernanda Cesar Ribeiro pela presteza, convivência e

amizade.

A meus grandes amigos Leonardo Bruno Ribeiro Costa , Ivan Bergonsini

Fernandes , Fernando Chucid , Eduardo Rodrigues de Oliveira , João Luis

Krumenerl Junior , Luis Fernando Melo , Luis Eduardo Lucarts e todos os outros

que por motivo de espaço físico me impede de citá-los, mas que sabem quem são,

meu muito obrigado pela amizade e companheirismo.

A todos que, direta ou indiretamente, colaboraram para a realização deste trabalho.

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RESUMO

DELLA NINA, M. I. Avaliação termográfica comparativa da articulação d o joelho íntegro e de cães submetidos a duas técnicas de ost eotomia corretiva para estabilização articular após ruptura de ligamento c ruzado cranial. [Thermographic evaluation of the normal canine stifle and comparative study of Tibial tuberosity advancement and Tibial plateau leveling osteotomy techniques]. 2012. 97 f. Tese (Doutorado em Cièncias) – Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2012.

A grande casuística relacionada à afecção ortopédica denominada ruptura do

ligamento cruzado cranial na articulação fêmoro tíbio patelar canina tem gerado

diversos estudos avaliando a biomecânica articular, fatores extrínsecos ao paciente

e características metabólicas que poderiam influenciar na predisposição e no

prognóstico dos pacientes acometidos por esta afecção. As dificuldades em

identificar os diferentes níveis de instabilidade articular durante o diagnóstico e de

estabilidade após o tratamento proposto, seja cirúrgico ou conservativo, provocou o

desenvolvimento de diversas técnicas visando um melhor diagnóstico e estabilização

articular pós operatória. Apesar da ampla variedade de técnicas cirúrgicas

atualmente descritas para a insuficiência do ligamento cruzado cranial (LCC) em

cães o tratamento ideal para esta freqüente condição ortopédica permanece

indeterminado. Foram avaliados através da termografia infravermelha 30 pacientes

caninos acima de 20 quilos sendo divididos em três grupos, o primeiro composto por

dez animais hígidos onde foram analisados termograficamente os joelhos bilaterais a

fim de padronizar valores térmicos de joelhos caninos normais, o segundo grupo

composto por dez pacientes diagnosticados com instabilidade da articulação fêmoro

tíbio patelar unilateral que foram submetidos a técnica cirúrgica de TTA para

estabilização articular e o terceiro grupo composto por dez animais com diagnóstico

de instabilidade da articulação fêmoro tíbio patelar unilateral que foram submetidos a

técnica cirúrgica de TPLO para estabilização articular. Os grupos TTA e TPLO foram

avaliados termograficamente em período pré operatório e nos momentos 30, 60 e 90

dias de pós operatório. Aos 30 dias de pós operatório houve diferença estatística

com o grupo TPLO obtendo valores superiores ao grupo TTA. No período de 60 e

90 dias, não encontramos diferenças estatisticamente significantes nos valores

comparativos dos membros operados em relação ao contralateral hígido podendo

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indicar que as duas técnicas cirúrgicas são capazes de trazer a articulação operada

a uma condição de normalidade do ponto de vista termográfico.

Palavras-chave: Termografia. Ligamento cruzado. Cães. Joelho.

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ABSTRACT

DELLA NINA, M. I. Thermographic evaluation of the normal canine stifl e and comparative study of Tibial tuberosity advancement and Tibial plateau leveling osteotomy techniques. [Avaliação termográfica comparativa da articulação do joelho íntegro e de cães submetidos a duas técnicas de osteotomia corretiva para estabilização articular após ruptura de ligamento cruzado cranial]. 2012. 97 f. Tese (Doutorado em Ciências) – Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2012.

The large number of cases related to the orthopedic condition called cranial cruciate

ligament rupture in dogs has generated several studies evaluating the joint

biomechanics, metabolic and environment characteristics that could influence the

susceptibility and prognosis of patients affected by this condition. The difficulties in

identifying the different levels of joint instability during diagnosis and joint stability

after surgical or conservative treatment led to the development of several surgical

techniques aiming a better diagnosis and joint stabilization. Despite the wide variety

of surgical techniques currently described for the insufficiency of the cranial cruciate

ligament (CCL) in dogs the ideal treatment for this common orthopedic condition

remains uncertain. We evaluated using infrared thermography 30 canine patients

over 20 kg. They were separated into three groups: the first group were consisted of

ten healthy dogs, where we evaluated thermographycally their bilateral stifle in order

to acquire thermal values of normal canine knees, the second group had ten patients

diagnosed with instability of one stifle and were operated using the surgical technique

called TTA and the third group were consisted of ten animals with a diagnosis of

instability of unilateral stifle who underwent surgical procedure using the surgical

technique called TPLO. The TTA and TPLO groups were evaluated

thermographycally before surgery and at times 30, 60 and 90 days postoperatively.

At 30 days evaluation we found significant differences between the TPLO and the

TTA groups. At 60 and 90 days evaluation there were no significant differences

between the operated limb in both groups and their contralateral not affected stifle.

This results may indicate that both surgical techniques can bring the stifle back to

normal thermographic parameters.

Key words: Thermography. Cruciate ligament. Dogs. Stifle.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Imagens termográficas de joelho direito do animal 3 em posição

caudal (A), cranial (B), lateral (C) e medial (D) com suas respectivas

análises...................................................................................................

63

Figura 2 –

Imagem do animal 3 do grupo controle durante utilização da esteira

terrestre canina com o médico veterinário responsável ........................

64

Figura 3 –

Imagens termográficas de joelho direito do animal 3 em posição

caudal (A), cranial (B), lateral (C) e medial (D) com suas respectivas

análises após utilização de esteira ........................................................

65

Figura 4 –

Imagem do programa de análise de imagens FLIR QuickReport®,

fornecido pela empresa FLIR®, durante avaliação termográfica do

membro pélvico direito em posição caudal ............................................

66

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Análise estatística utilizando-se o teste de Mann-Whitney dos valores

médios da temperatura aferida em graus Celsius nos joelhos do grupo

controle comparando os momentos em repouso e após a utilização da

esteira com média geral, desvio-padrão (DP), valores mínimos e

máximos com intervalo de confiança de 95% - São Paulo - 2012 .........

70

Tabela 2 –

Análise estatística utilizando-se o teste t de Student não pareado dos

valores médios da temperatura aferida em graus Celsius nos joelhos

do grupo controle comparando os joelhos direito e esquerdo, desvio-

padrão (DP), valores mínimos e máximos com intervalo de confiança

de 95% - São Paulo - 2012 ....................................................................

70

Tabela 3 –

Análise estatística utilizando-se o teste t de Student não pareado dos

valores médios da temperatura aferida em graus Celsius nos joelhos

do grupo controle comparando os joelhos direito e esquerdo após a

utilização da esteira, desvio-padrão (DP), valores mínimos e máximos

com intervalo de confiança de 95% - São Paulo - 2012 ........................

70

Tabela 4 –

Análise estatística utilizando-se o teste t de Student não pareado dos

valores médios da temperatura aferida em graus Celsius nos joelhos

do grupo TTA e TPLO comparando os joelhos com ruptura do

ligamento cruzado denominados de lesado e sem ruptura do

ligamento cruzado denominados de integro, desvio-padrão (DP),

valores mínimos e máximos com intervalo de confiança de 95% - São

Paulo - 2012 ...........................................................................................

71

Tabela 5 –

Análise estatística utilizando-se o teste t de Student não pareado dos

valores médios da temperatura aferida em graus Celsius nos joelhos

do grupo TTA e TPLO comparando os joelhos com ruptura do

ligamento cruzado denominados de lesado e sem ruptura do

ligamento cruzado denominados de integro após a utlização da

esteira, desvio-padrão (DP), valores mínimos e máximos com

intervalo de confiança de 95% - São Paulo - 2012 ................................

71

Page 20: Tese Marcos Della Nina COMPLETO€¦ · ligament (CCL) in dogs the ideal treatment for this common orthopedic condition remains uncertain. We evaluated using infrared thermography

Tabela 6 – Análise estatística utilizando-se o teste Mann-Whitney dos valores

médios da temperatura aferida em graus Celsius nos joelhos

operados comparando-se os joelhos do grupo TTA com os do grupo

TPLO aos 30 dias de pós operatório com seus respectivos desvio-

padrão (DP), valores mínimos e máximos com intervalo de confiança

de 95% - São Paulo - 2012 ....................................................................

71

Tabela 7 –

Análise estatística utilizando-se o teste Mann-Whitney dos valores

médios da temperatura aferida em graus Celsius nos joelhos

operados comparando-se os joelhos do grupo TTA com os do grupo

TPLO aos 30 dias de pós operatório após utilização da esteira com

seus respectivos desvio-padrão (DP), valores mínimos e máximos

com intervalo de confiança de 95% - São Paulo - 2012 ........................

71

Tabela 8 –

Análise estatística utilizando-se o teste t de Student não pareado dos

valores médios da temperatura aferida em graus Celsius nos joelhos

comparando-se os joelhos operados do grupo TTA com os

contralaterais íntegros aos 30 dias de pós operatório com seus

respectivos desvio-padrão (DP), valores mínimos e máximos com

intervalo de confiança de 95% - São Paulo - 2012 ................................

72

Tabela 9 –

Análise estatística utilizando-se o teste t de Student não pareado dos

valores médios da temperatura aferida em graus Celsius nos joelhos

comparando-se os joelhos operados do grupo TTA com os

contralaterais íntegros aos 30 dias de pós operatório após utilização

da esteira com seus respectivos desvio-padrão (DP), valores mínimos

e máximos com intervalo de confiança de 95% - São Paulo - 2012 ......

72

Tabela 10 –

Análise estatística utilizando-se o teste Mann-Whitney dos valores

médios da temperatura aferida em graus Celsius nos joelhos

comparando-se os joelhos operados do grupo TPLO com os

contralaterais íntegros aos 30 dias de pós operatório com seus

respectivos desvio-padrão (DP), valores mínimos e máximos com

intervalo de confiança de 95% - São Paulo – 2012 ...............................

72

Tabela 11 –

Análise estatística utilizando-se o teste t de Student não pareado dos

Page 21: Tese Marcos Della Nina COMPLETO€¦ · ligament (CCL) in dogs the ideal treatment for this common orthopedic condition remains uncertain. We evaluated using infrared thermography

valores médios da temperatura aferida em graus Celsius nos joelhos

comparando-se os joelhos operados do grupo TPLO com os

contralaterais íntegros aos 30 dias de pós operatório após utilização

da esteira com seus respectivos desvio-padrão (DP), valores mínimos

e máximos com intervalo de confiança de 95% - São Paulo – 2012 .....

73

Tabela 12 –

Análise estatística utilizando-se o teste Mann-Whitney dos valores

médios da temperatura aferida em graus Celsius nos joelhos

operados comparando-se os joelhos do grupo TTA com os do grupo

TPLO aos 60 dias de pós operatório com seus respectivos desvio-

padrão (DP), valores mínimos e máximos com intervalo de confiança

de 95% - São Paulo - 2012 ....................................................................

73

Tabela 13 –

Análise estatística utilizando-se o teste Mann-Whitney dos valores

médios da temperatura aferida em graus Celsius nos joelhos

operados comparando-se os joelhos do grupo TTA com os do grupo

TPLO aos 60 dias de pós operatório após utilização da esteira com

seus respectivos desvio-padrão (DP), valores mínimos e máximos

com intervalo de confiança de 95% - São Paulo - 2012 ........................

73

Tabela 14 –

Análise estatística utilizando-se o teste Mann-Whiyney dos valores

médios da temperatura aferida em graus Celsius nos joelhos

comparando-se os joelhos operados do grupo TTA com os

contralaterais íntegros aos 60 dias de pós operatório com seus

respectivos desvio-padrão (DP), valores mínimos e máximos com

intervalo de confiança de 95% - São Paul..............................................

73

Tabela 15 –

Análise estatística utilizando-se o teste t de Student não pareado dos

valores médios da temperatura aferida nos joelhos comparando-se os

joelhos operados do grupo TTA com os contralaterais íntegros aos 60

dias de pós operatório após utilização da esteira com seus

respectivos desvio-padrão (DP), valores mínimos e máximos com

intervalo de confiança de 95% - São Paulo - 2012 ................................

74

Tabela 16 –

Análise estatística utilizando-se o teste Mann-Whitney dos valores

médios da temperatura aferida em graus Celsius nos joelhos

Page 22: Tese Marcos Della Nina COMPLETO€¦ · ligament (CCL) in dogs the ideal treatment for this common orthopedic condition remains uncertain. We evaluated using infrared thermography

comparando-se os joelhos operados do grupo TPLO com os

contralaterais íntegros aos 60 dias de pós operatório com seus

respectivos desvio-padrão (DP), valores mínimos e máximos com

intervalo de confiança de 95% - São Paulo - 2012 ................................

74

Tabela 17 –

Análise estatística utilizando-se o teste t de Student não pareado dos

valores médios da temperatura aferida em graus Celsius nos joelhos

comparando-se os joelhos operados do grupo TPLO com os

contralaterais íntegros aos 60 dias de pós operatório após utilização

da esteira com seus respectivos desvio-padrão (DP), valores mínimos

e máximos com intervalo de confiança de 95% - São Paulo - 2012 ......

74

Tabela 18 –

Análise estatística utilizando-se o teste Mann-Whitney dos valores

médios da temperatura aferida em graus Celsius nos joelhos

operados comparando-se os joelhos do grupo TTA com os do grupo

TPLO aos 90 dias de pós operatório com seus respectivos desvio-

padrão (DP), valores mínimos e máximos com intervalo de confiança

de 95%- São Paulo - 2012 .....................................................................

75

Tabela 19 –

Análise estatística utilizando-se o teste Mann-Whitney dos valores

médios da temperatura aferida em graus Celsius nos joelhos

operados comparando-se os joelhos do grupo TTA com os do grupo

TPLO aos 90 dias de pós operatório após utilização da esteira com

seus respectivos desvio-padrão (DP), valores mínimos e máximos

com intervalo de confiança de 95% - São Paulo - 2012 ........................

75

Tabela 20 – Análise estatística utilizando-se o teste t de Student não pareado dos

valores médios da temperatura aferida em graus Celsius nos joelhos

comparando-se os joelhos operados do grupo TTA com os

contralaterais íntegros aos 90 dias de pós operatório com seus

respectivos desvio-padrão (DP), valores mínimos e máximos com

intervalo de confiança de 95% - São Paulo - 2012 ................................

75

Tabela 21 –

Análise estatística utilizando-se o teste t de Student não pareado dos

valores médios da temperatura aferida em graus Celsius nos joelhos

comparando-se os joelhos operados do grupo TTA com os

contralaterais íntegros aos 90 dias de pós operatório após utilização

Page 23: Tese Marcos Della Nina COMPLETO€¦ · ligament (CCL) in dogs the ideal treatment for this common orthopedic condition remains uncertain. We evaluated using infrared thermography

da esteira com seus respectivos desvio-padrão (DP), valores mínimos

e máximos com intervalo de confiança de 95% - São Paulo - 2012 ......

76

Tabela 22 –

Análise estatística utilizando-se o teste t de Student não pareado dos

valores médios da temperatura aferida em graus Celsius nos joelhos

comparando-se os joelhos operados do grupo TPLO com os

contralaterais íntegros aos 90 dias de pós operatório com seus

respectivos desvio-padrão (DP), valores mínimos e máximos com

intervalo de confiança de 95% - São Paulo - 2012 ................................

76

Tabela 23 –

Análise estatística utilizando-se o teste t de Student não pareado dos

valores médios da temperatura aferida em graus Celsius nos joelhos

comparando-se os joelhos operados do grupo TPLO com os

contralaterais íntegros aos 90 dias de pós operatório após utilização

da esteira com seus respectivos desvio-padrão (DP), valores mínimos

e máximos com intervalo de confiança de 95% - São Paulo - 2012 ......

76

Tabela 24 –

Valores médios de temperatura em graus Celsius aferida nos joelhos

dos pacientes do grupo controle no período pré e pós esteira - São

Paulo - 2012 ...........................................................................................

77

Tabela 25 –

Valores médios de temperatura em graus Celsius aferida nos joelhos

dos pacientes do grupo TTA no período pré operatório, 30, 60 e 90

dias de pós operatório durante avaliações pré e pós utilização da

esteira - São Paulo - 2012 .....................................................................

77

Tabela 26 –

Valores médios de temperatura em graus Celsius aferida nos joelhos

dos pacientes do grupo TPLO no período pré operatório, 30, 60 e 90

dias de pós operatório durante avaliações pré e pós a utilização da

esteira - São Paulo - 2012 .....................................................................

77

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LISTA DE ABREVIATURAS

a.C. Anno Domini

BID Bis in die

D direito

DP desvio-padrão

E esquerdo

F fêmur

IR Raio infravermelho

FMVZ Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia

Kg Quilograma

LCCr Ligamento cruzado cranial

m metro

MG miligrama

mm milímetro

PGE2 Prostaglandina E2

PGI2 Prostaciclina

AO Osteoartrose

RLCCr Ruptura do ligamento cruzado cranial

s segundo

SRD sem raça definida

TTA Avanço da tuberosidade tibial (Tibial tuberosity advancement)

TPA Ângulo do platô tibial

TPLO Nivelamento do platô tibial (Tibial plateau leveling osteotomy)

TPS Declive do platô tibial

TID Ter in die

µm Micrometro

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LISTA DE SÍMBOLOS

% porcentagem

°C graus Celsius

° graus

= igual

± aproximadamente

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 27

2 REVISÃO DE LITERATURA ........................................................................................... 29

2.1 Sistema esquelético ........................................................................................................ 29

2.2 Ligamento cruzado cranial ............................................................................................. 30

2.3 Biomecânica do ligamento cruzado ............................................................................. 32

2.4 Fatores biológicos afetando o processo de degeneração do ligamento cruzado cranial ...................................................................................................................................... 33

2.5 Osteotomias corretivas para estabilização da insuficiência do ligamento cruzado cranial ...................................................................................................................................... 34

2.6 Termografia ...................................................................................................................... 41

3 HIPÓTESES ........................................................................................................................ 47

4 OBJETIVOS ........................................................................................................................ 49

5 LIMITAÇÕES ...................................................................................................................... 51

6 SIGNIFICÂNCIA CLÍNICA ................................................................................................ 53

7 MATERIAL E MÉTODO .................................................................................................... 55

7.1 Material biológico ............................................................................................................ 55

7.2 Avaliação radiográfica .................................................................................................... 56

7.4 Descrição do protocolo pré-operatório, pós-operatório e anestésico ..................... 57

7.5 Descrição da técnica cirúrgica de avanço da tuberosidade tibial (TTA) ................ 59

7.6 Descrição da técnica cirúrgica de osteotomia do platô tibial (TPLO) ..................... 60

7.7 Descrição da aquisição de imagem infravermelha .................................................... 61

7.8 Procedimentos de avaliação ......................................................................................... 66

7.9 Análise estatística ........................................................................................................... 67

8 RESULTADOS ................................................................................................................... 70

99 DDIISSCCUUSSSSÃÃOO ....................................................................................................................... 79

1100 CCOONNCCLLUUSSÕÕEESS ................................................................................................................ 87

REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 89

AAPPÊÊNNDDIICCEE ............................................................................................................................. 95

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IInnttrroodduuççããoo

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27

1 INTRODUÇÃO

A grande casuística relacionada à afecção ortopédica denominada ruptura do

ligamento cruzado cranial na articulação fêmoro tíbio patelar canina tem gerado

diversos estudos avaliando a biomecânica articular, fatores extrínsecos ao paciente

e características metabólicas que poderiam influenciar na predisposição e no

prognóstico dos pacientes acometidos por esta afecção. As dificuldades em

identificar os níveis de instabilidade articular durante o diagnóstico e de estabilidade

após o tratamento proposto, seja cirúrgico ou conservativo, provocou o

desenvolvimento de técnicas visando melhor diagnóstico e estabilização articular

pós operatória.

As técnicas de osteotomias corretivas para correção da instabilidade causada

pela ruptura do ligamento cruzado cranial têm se tornado uma opção cirúrgica mais

frequente na rotina clinico cirúrgica ortopédica de pequenos animais devido a

características como possibilitar boa estabilidade biomecânica nos joelhos operados,

provocando um retorno mais rápido a deambulação do paciente. Apesar das duas

técnicas mais comuns de osteotomias corretivas denominadas de TTA e TPLO,

visarem a mesma estabilização biomecânica articular, suas técnicas diferem no

modo como esta estabilidade é alcançada, sendo que diversos trabalhos

compararam biomecanicamente e clinicamente os pacientes submetidos a estes

procedimentos visando a obtenção de dados que determinassem a superioridade de

uma técnica em relação a outra.

O presente trabalho visa, de forma inédita, avaliar a possibilidade de

utilização da termografia infravermelha no diagnóstico da ruptura do ligamento

cruzado cranial e avaliar, comparativamente, por meio da termografia os joelhos

caninos operados, utilizando-se a técnica de avanço da tuberosidade tibial (TTA) e

de osteotomia para o nivelamento do platô tibial (TPLO) nos momentos pré e pós

operatórios visando a aquisição de dados que possibilitem um maior entendimento

sobre o comportamento termográfico de cada técnica e estabelecer parâmetros que

possam auxiliar o médico veterinário a decidir pela melhor opção cirúrgica para o

seu paciente.

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2 REVISÃO DE LITERATURA

A revisão de literatura consultada encontra-se dividida como se segue:

2.1 Sistema esquelético

O sistema esquelético é composto de ossos individuais e tecido conectivo,

sendo parte importante do organismo, tanto biomecanicamente quanto

metabolicamente (JEE, 2001).

O objetivo principal do esqueleto apendicular é suportar o indivíduo e não

falhar quando submetido a altas cargas. O ideal seria que cada componente ósseo

pudesse ter o maior diâmetro possível, porém o tecido ósseo é altamente ativo

metabolicamente, gerando um elevado gasto de energia de forma diretamente

proporcional ao seu tamanho e massa, gerando um conflito entre a necessidade de

suporte de cargas e redução do peso para economia energética (RUBIN; LANYON,

1982). A característica de cada componente ósseo é influenciada por fatores

genéticos que se desenvolverão independente de estímulos funcionais e fatores

mecânicos que são dependentes do ambiente de cada indivíduo (RUBIN; LANYON,

1982).

Os ossos longos como o fêmur, consistem de uma área central composta em

sua maior parte de osso cortical denominado de diáfise, e duas áreas de diâmetro

maior e arredondadas nas pontas denominadas de epífises. Conectando estas duas

áreas existe uma região cônica chamada de metáfise. A região epifisária e

metafisária óssea, compostas em sua maioria por tecido ósseo esponjoso, suportam

a cartilagem articular, sendo normalmente submetidas a cargas durante o apoio e

deambulação do animal (JEE, 2001).

O tecido ósseo possibilita a inserção de tecido muscular, que por sua vez

realiza movimentos de alavanca a fim de facilitar a resposta motora.

As áreas ósseas mais influenciadas pelos fatores mecânicos são as de maior

significância estrutural, como a presença e tamanho de cristas, tuberosidades,

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espessura de cortical o tamanho e direcionamento do tecido esponjoso e grau de

curvatura do eixo ósseo (RUBIN; LANYON, 1982).

Cada região anatômica possui ossos com características específicas de

acordo com as forças a que são submetidos e as necessidades locais, sejam elas de

sustentação, deambulatórias ou mistas.

Em trabalho realizado por Inauen et al. (2009) avaliando 219 joelhos caninos,

tentou-se correlacionar a conformação da tuberosidade tibial em relação a uma

maior probabilidade de ocorrência de ruptura do ligamento cruzado cranial, sendo

que seus resultados demonstraram que quanto menor o diâmetro da tuberosidade

da tíbia, maior o risco de ruptura do ligamento cruzado cranial pelo paciente.

2.2 Ligamento cruzado cranial

Um dos primeiros relatos do ligamento cruzado na área veterinária foi

publicado no ano de 1870 no livro The Descriptive Anatomy of the Horse and

Domestic Animals, onde foi descrito a presença dos ligamentos colaterais,

ligamentos cruzados e meniscos em animais (VAUGHAN, 2010).

Em sua anatomia normal o ligamento cruzado cranial se origina no aspecto

axial do côndilo femoral lateral, se estendendo diagonalmente pelo espaço articular

até sua inserção na área intercondilea cranial do platô tibial (HAYASHI; MANLEY;

MUIR, 2004; ROOSTER; BRUIN; BREE, 2010).

A inserção na região tibial é delimitada em sua porção cranial pelo ligamento

meniscotibial cranial do menisco medial e na porção caudal pelo ligamento

meniscotibial do menisco lateral (ROOSTER; BRUIN; BREE, 2010).

No ligamento cruzado cranial fibras colágenas se organizam em fascículos e

a medida que o ligamento vai percorrendo o trajeto no sentido proximal em direção

distal, fascículos crânio mediais rotacionam externamente em espiral, sendo que no

momento de flexão fascículos crânio mediais envolvem os fascículos caudo laterais

(HAYASHI; MANLEY; MUIR, 2004).

Rooster, Bruin e Bree (2010) descrevem que o ligamento cruzado cranial é

composto por duas porções de diâmetros e comprimentos distintos, sendo sua

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porção cranio medial considerada menor e atuante durante os movimentos de flexão

e extensão e a porção caudo lateral de diâmetro maior atuando apenas no

movimento de extensão, porém Hayashi, Manley e Muir (2004) referem como

simplista esta descrição devido ao fato de cada segmento de cada porção do

ligamento possuir múltiplas regiões que sofrem diferentes tensões e distribuições de

cargas durante a locomoção.

Segundo Vasseur, Pool e Arnoczky (1985) o comprimento do ligamento

cruzado cranial tem correlação positiva com o peso corpóreo, sendo reportados

tamanhos médios de 13,5 a 18,77 milímetros.

O núcleo do ligamento cruzado cranial é composto de uma íntima sinovial, e

tecido conectivo. Exames de microscopias eletrônicas demonstraram a presença de

pequenos orifícios na membrana sinovial ligamentar, sugerindo que a nutrição

ligamentar pode provir, em parte, do líquido sinovial (ROOSTER; BRUIN; BREE,

2010).

A vascularização provém, em sua maior parte, de ramificações da artéria

genicular, que se origina da artéria poplítea e penetra na cápsula articular em região

caudal, sendo que as estruturas vasculares da região proximal são mais abundantes

(ROOSTER; BRUIN; BREE, 2010). Segundo trabalho de Kobayashi, Baba e Ushida

(2006) a vascularização que provém da inserção óssea é mínima se comparada com

a predominância nutricional dos tecidos moles regionais ao ligamento cruzado

cranial.

Cook (2010), em seu trabalho de revisão, cita que o joelho deve ser

considerado um órgão, pois todos os tecidos compreendidos em sua biologia, e não

só o ligamento cruzado cranial, devem funcionar concomitantemente e de forma

harmônica, tanto do ponto de vista biológico como biomecânico para que exista uma

manutenção da saúde articular possibilitando uma função perfeita sem dor. Portanto

para o autor o ligamento cruzado cranial não pode ser desvinculado da cápsula

articular, liquido sinovial, ligamento cruzado caudal, cartilagem articular, meniscos e

demais estruturas envolvidas.

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2.3 Biomecânica do ligamento cruzado

Uma das principais funções dos ligamentos no organismo é transmitir as

forças de um componente ósseo para outro em direção longitudinal. Sua

composição viscoelástica possibilita que sua capacidade de alongamento aumente

durante cargas ininterruptas (SAMPLE; JUNIOR; MUIR, 2010).

A presença do ligamento cruzado cranial é indispensável para a estabilidade

da articulação do joelho. Suas funções incluem limitar o deslocamento cranial da

tíbia em relação ao fêmur, rotação interna tibial e hiperextensão articular (KORVICK;

PIJANOWSKI; SCHAEFFER, 1994).

A presença de cargas constantes e excessivas pode resultar em rupturas por

fadiga e sobrecarga, sendo que o efeito acumulativo das cargas repetitivas deve ser

correlacionado com a magnitude das forças impostas ao ligamento em cada fase do

passo, podendo exacerbar um desequilíbrio dinâmico gerado por outros fatores

como os conformacionais (GRIFFON, 2010).

Devido à área limitada de inserção ligamentar, não é possível que as duas

bandas do ligamento cruzado cranial possuam a mesma característica biomecânica,

a origem e inserção do ligamento cruzado cranial são considerados pontos

isométricos (KIM et al., 2011), devido a este fato é necessário que técnicas

cirúrgicas intracapsulares e extracapsulares utilizem pontos isométricos articulares

(SAMPLE; JUNIOR; MUIR, 2010). Hulse et al. (2010) em seu trabalho realizou

comparação de diversos pontos anatômicos comumente utilizados em técnicas

extracapsulares, chegando a conclusão que os pontos mais isométricos para

estabilização articular são a área fabelar distal e região caudal ao tendão do

músculo extensor longo dos dedos.

Kim et al. (2011) objetivaram em seu estudo avaliar a distância entre o ponto

de origem e inserção do ligamento cruzado cranial durante diferentes angulações

articulares avaliados através de exames radiográficos, chegando a conclusão que

existia diferença estatisticamente significante apenas quando se comparava entre

angulações de 90 e 120 graus.

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2.4 Fatores biológicos afetando o processo de degeneração do ligamento cruzado

cranial

A afecção denominada ruptura do ligamento cruzado cranial é considerada

uma dos maiores problemas ortopédicos correlacionados ao joelho canino na

atualidade (HOFFMANN et al., 2006; MORGAN et al., 2010; YEADON;

FITZPATRICK; KOWALESKI, 2010).

Uma dificuldade recorrente encontrada nos trabalhos pesquisados foi a

avaliação da deterioração articular previamente à lesão do ligamento cruzado

cranial. Tepic, Damur e Montavon (2002) citam como necessário avaliar a causa

primária da ruptura do ligamento, diferenciando o trauma da deterioração gradativa

devido a articulações não saudáveis, podendo assim implementar melhor

planejamento clínico e cirúrgico para o paciente.

Existe uma predisposição em muitos experimentos em investigar a articulação

do joelho após a ocorrência da ruptura do ligamento cruzado cranial, esquecendo de

discutir a etiopatogenia inicial da afecção, avaliando os mecanismos humorais e

imunopatológicos que possam predispor este ligamento a uma possível ruptura

inclusive do ligamento contralateral (ROOSTER; BRUIN; COX, 2010).

Segundo Cook (2010) descreve em seu trabalho de revisão, infecções,

doenças do desenvolvimento, afecções imunomediadas, problemas hormonais ou

alterações de células primárias ou de matrix como causas ou fatores associados a

doença do ligamento cruzado cranial, sendo possível determinar alterações

degenerativas articulares em intervalos de até dois anos prévios ao momento da

ruptura.

O ligamento cruzado cranial é composto por uma microestrutura de fibras

colágenas de diversos tipos, com preponderância de colágeno tipo I. A estrutura

ligamentar é recoberta por uma fina membrana sinovial e apesar de se localizar em

região intra articular é considerada uma estrutura extrasinovial, havendo uma

comunicação com o meio intra articular através de pequenos poros na membrana

sinovial ligamentar, cuja função é filtrar a comunicação articular com a estrutura

ligamentar (ROOSTER; BRUIN; COX, 2010; COOK, 2010). Se em determinado

momento esta barreira perder sua função, ocorre uma liberação de mediadores

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inflamatórios, enzimas degradativas, proliferação celular, recrutamento de células do

sistema imune, inflamatório e produção de anticorpos anticolágenos (COOK, 2010).

Uma vez produzidos anticorpos intra articulares o colágeno recém produzido

aumenta o processo inflamatório com a formação de imunocomplexos resultando em

ativação do sistema complemento e de fagócitos, causando degeneração ligamentar

e proliferação sinovial (GRIFFON, 2010; ROOSTER; BRUIN; COX, 2010).

Alguns indícios durante dosagem de expressão de mRNA de citocinas nas

células do líquido sinovial em joelhos de cães com rupturas do ligamento cruzado

cranial unilateral, revelaram que a expressão de interleucina 8 tende a ser maior em

joelhos que vão ser acometidos pela ruptura do ligamento cruzado cranial nos 6

meses subseqüentes (COMERFORD; SMITH; HAYASHI, 2011).

As anormalidades biomecânicas e biológicas, encontradas nos pacientes

acometidos por esta afecção, potencializam e exacerbam suas características e

efeitos simultaneamente, causando um ciclo degenerativo perpétuo (COOK, 2010).

2.5 Osteotomias corretivas para estabilização da insuficiência do ligamento cruzado

cranial

A deficiência do ligamento cruzado cranial resulta em instabilidade rotacional

e de translação cranial da tíbia em relação ao fêmur, os procedimentos cirúrgicos

objetivam neutralizar as forças de cisalhamento tíbio femorais (BOUDRIEAU, 2009).

Apesar da ampla variedade de técnicas cirúrgicas atualmente descritas para a

insuficiência do ligamento cruzado cranial (LCC) em cães (CONZEMIUS; EVANS;

BESANCON, 2005), o tratamento ideal para esta freqüente condição ortopédica

permanece indeterminado. Segundo Boudrieau (2009) a taxa de sucesso dos

procedimentos cirúrgicos para estabilização da instabilidade articular causada pela

insuficiência do ligamento cruzado cranial é maior que 90%, independente da

técnica cirúrgica escolhida, sendo a escolha da técnica baseada mais na preferência

do profissional do que em evidências.

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Segundo Tepic, Damur e Montavon (2002) a falha ou resultados indesejados

comumente observados após o tratamento com os procedimentos tradicionais de

estabilização passiva promoveu um incentivo para o desenvolvimento de uma

abordagem alternativa para a instabilidade do joelho causada pela insuficiência do

LCC.

Korvick, Pijanowski e Schaeffer (1994) em seu trabalho avaliando a

cinemática articular de cinco cães nos momentos prévios e após a ruptura do

ligamento cruzado cranial determinaram que no momento do início da fase de cadeia

aberta do passo a tíbia retorna em sua posição próxima ao normal até o final da fase

de balanceio, onde a tíbia já começa a apresentar um deslocamento cranial em

relação ao fêmur devido a contração da musculatura do quadríceps. O deslocamento

tibiofemoral se mantém durante o apoio. Segundo os autores os cães avaliados

tentavam compensar a instabilidade articular reduzindo a carga externa e

aumentando a flexão durante o ciclo do passo, sendo que consideraram que a

estabilidade durante a fase de balanceio do passo não é dependente da integridade

do ligamento cruzado cranial, diferentemente da fase de apoio.

Estudos na área humana demonstraram um aumento na translação da

instabilidade articular de acordo com a variação do declive do platô tibial (TPS),

carga axial e ângulo de flexão do joelho (BOUDRIEAU, 2009).

O teste de gaveta é considerado um teste estático enquanto o teste de

compressão tibial é dinâmico. Os testes dinâmicos visam mimetizar as forças e

instabilidades dinâmicas que normalmente ocorrem durante o apoio (KIM et al.,

2008).

Slocum foi o primeiro autor a citar que a magnitude do deslocamento cranial

tibial está diretamente correlacionada com o ângulo caudodistal do platô tibial

canino. A quantificação do platô tibial é definido pelo ângulo formado pelo declive do

côndilo medial tibial e a linha perpendicular ao eixo axial da tíbia, sendo que a média

do ângulo do platô tibial (TPA) em cães normais está na faixa de 18 a 24 graus (KIM

et al., 2008).

Segundo Hayashi, Manley e Muir (2004) apesar de serem relatadas

alterações anatômicas em tíbia proximal em cães afetados pela doença do ligamento

cruzado, diversos cães com grandes angulações do platô tibial não irão desenvolver

a ruptura do ligamento cruzado cranial. Este fato foi corroborado por outros autores

que não obtiveram resultados estatisticamente significantes na correlação entre

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idade, tempo de ruptura do ligamento cruzado cranial e angulação do platô tibial,

considerando uma simplificação da afecção atribuir como fator causal apenas a

característica anatômica da tíbia proximal (ZELTZMAN et al., 2005).

Schnabl et al. (2009) avaliaram ângulos do platô tibial de 89 joelhos felinos e

correlacionaram com ocorrência de ruptura do ligamento cruzado nestes indivíduos,

o ângulo médio de TPA dos pacientes não acometidos pela afecção foi de 21,6

graus, sendo estatisticamente significante dos valores de 24,7 graus encontrados

nos indivíduos com ruptura do ligamento cruzado cranial, concluindo que nos

indivíduos avaliados um maior TPA pode ser correlacionado como um dos fatores

predisponentes a ocorrência da ruptura.

Em trabalho com peças anatômicas foram comparadas as mensurações de

quatro observadores de diferentes níveis de experiência, que totalizaram um total de

96 mensurações por observador, chegando a conclusão que não houve diferenças

estatisticamente significantes entre as avaliações, sendo possível a partir de

avaliações radiográficas em posições especificas a determinação precisa do declive

anatômico do platô tibial (AULAKH, 2011).

A determinação da TPA é indispensável para o planejamento cirúrgico das

osteotomias corretivas, sendo que rotações excessivas do platô tibial podem causar

sobrecargas no ligamento cruzado caudal e rotações insuficientes a manutenção da

instabilidade articular, sendo o procedimento cirúrgico imediato indicado para a

prevenção da evolução da degeneração articular, especialmente em cães maiores

que quinze quilos (ERTELT; FEHR, 2009; AULAKH, 2011).

Segundo Boudrieau (2009) não foram produzidos estudos definitivos que

demonstrem a superioridade da técnica de nivelamento do platô tibial por osteotomia

(TPLO) em relação ao avanço da tuberosidade tibial (TTA), sendo muitas vezes

escolhida por serem técnicas mais atuais.

Os primeiros relatos da técnica de avanço do tendão patelar ocorreram em

1976 por Maquet com finalidade de diminuir a pressão patelofemoral, reduzindo a

morbidade de osteocondrites no joelho e condromalácias patelares em humanos

(ETCHEPAREBORDE et al., 2010).

Em modelos experimentais foi possível determinar que o avanço de dois

centímetros do tendão patelar reduz a pressão patelofemoral em aproximadamente

50% durante a fase do passo (ETCHEPAREBORDE et al., 2010).

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O avanço da tuberosidade tibial (TTA) foi desenvolvido para neutralizar as

forças craniais de cisalhamento (compressão tibial cranial) responsável pela

subluxação tibial cranial ocorrida durante o momento do passo (TEPIC; DAMUR;

MONTAVON, 2002).

Com base em uma teoria biomecânica que assume que as forças totais de

reação na articulação femorotibial tornam paralelo o tendão patelar durante a

deambulação, a TTA tenta eliminar o deslocamento cranial tibial ao alinhar o tendão

patelar perpendicularmente ao platô tibial quando o joelho assume uma ângulação

de suporte de peso (TEPIC; DAMUR; MONTAVON, 2002; MONTAVON; DAMUR;

TEPIC, 2002; KIM et al., 2009). Estudos clínicos iniciais reportam resultados muito

promissores, com 90-95% dos proprietários indicando excelentes resultados

funcionais após a TTA (HOFFMAN; MILLER; OBER, 2006; APELT; KOVALESKI;

BOUDRIEAU, 2007).

O posicionamento indicado para a realização do exame radiográfico para o

planejamento da TTA determina que o joelho esteja em 135 graus de flexão,

segundo Bush et al. (2011), a falha no posicionamento angular pode levar a um

cálculo subestimando do avanço da tuberosidade da tíbia se a angulação for menor

que 135 graus, ou superestimado se estes valores angulares ideais forem

ultrapassados.

A percepção do sucesso clínico com a TTA implica que o procedimento está

gerando estabilidade adequada do joelho; no entanto, existem poucos estudos com

o objetivo de validar as teorias biomecânicas da TTA, ou determinar as potenciais

vantagens ou desvantagens biomecânicas desta nova técnica. Experimento

utilizando cadáveres demonstrou que a TTA aparenta neutralizar o deslocamento

cranial tibial durante a deficiência do LCC, em condições de suporte de peso, mas as

avaliações nesses estudos foram realizados exclusivamente a partir de radiografias

latero-mediais ou indicadores numéricos, e os efeitos da TTA em relação a rotação

axial tibial não puderam ser avaliados (APELT; KOVALESKI; BOUDRIEAU, 2007).

Miller et al. (2007) em estudo avaliando os efeitos da realização da técnica de

TTA utilizando espaçador de 9 milímetros em seis membros pélvicos de cadáveres

caninos, chegaram a conclusão que a TTA conseguiu reduzir o deslocamento cranial

tibial, porém não foi possível a estabilização completa do joelho, os autores indicam

que este resultado adverso pode ser devido a falta de padronização das peças de

ensaio e rotação tibial durante o ensaio biomecânico.

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Uma vantagem correlacionada com a técnica de TTA é supostamente diminuir

a pressão retropatelar enquanto mantêm a estabilidade dinâmica articular

(GUERRERO et al., 2011).

Preocupações têm sido levantadas sobre a capacidade dos procedimentos de

osteotomias tibiais, incluindo a TTA, em evitar a excessiva rotação interna da tíbia

associada à deficiência do LCC do joelho. Considerando que o modelo biomecânico

da TTA é uniplanar (TEPIC; DAMUR; MONTAVON, 2002), a perda de restrição

passiva contra a excessiva rotação interna da tíbia associada com a insuficiência do

LCC pode não ter sido abordada.

Enquanto os outros procedimentos de osteotomia tibial, como a osteotomia de

nivelamento do platô tibial (TPLO), concedem uma estabilidade funcional através da

diminuição da inclinação caudodistal do platô tibial (SLOCUM; SLOCUM, 1993;

MONTAVON; DAMUR; TEPIC, 2002), a TTA não interfere com o alinhamento

normal da superfície articular femorotibial. Isto é uma potencial vantagem

biomecânica sobre os outros procedimentos de osteotomia tibial porque o

restabelecimento normal do contato mecânico articular é um aspecto importante

para a cirurgia articular, especialmente para as articulações de suporte de peso

(RODNER; ADAMS; DIAZ-DORAN, 2006; ANDRIACCHI; MUNDERMANN; SMITH,

2004). Entretanto, distúrbios menores na distribuição das pressões de contato na

cartilagem articular pode induzir uma osteoartrite progressiva na articulação afetada

(ANDRIACCHI; MUNDERMANN; SMITH, 2004).

Segundo Kim et al. (2009) existem poucos trabalhos que investigam os reais

efeitos da TTA na mecânica de contato femorotibial.

Em estudo realizado comparando-se um grupo de quarenta procedimentos de

TTA realizados em pacientes com ruptura do ligamento cruzado cranial com

sessenta e cinco pacientes hígidos, avaliaram-se os pacientes em plataformas de

força durante um período de seis meses de pós operatório. Os autores concluíram

que todos os pacientes, excetuando os acometidos por complicações pós

operatórias, submetidos à técnica de TTA alcançaram níveis de 90% de apoio

comparado aos pacientes não acometidos pela afecção (VOSS et al., 2008).

Guerrero et al. (2011) avaliaram o efeito da TTA em relação a mecânica de

contato e alinhamento patelofemoral, para isto foram avaliados nove membros

pélvicos de cadáveres da espécie canina, onde foram utilizados sensores de

pressão que aferiram parâmetros como força de contato, área de contato e pico de

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força e pressão. Os resultados possibilitaram aos autores concluir que a técnica

cirúrgica restabeleceu o alinhamento normal fêmoro tibial e patelo femoral,

diminuindo em 20% e 15% as forças e pressão retropatelares respectivamente.

Resultados semelhantes foram descritos por Hoffman et al. (2010) que

concluíram que a TTA além de reduzir a força retropatelar, também inibiram com

eficiência a translação tibial cranial e diminuiu a carga imposta ao tendão patelar,

corroborando os achados clínicos pós operatórios que descrevem como raros os

casos de tendinites do ligamento patelar nos pacientes.

Kim et al. (2009) em seu trabalho experimental em cadáveres utilizando oito

membros pélvicos de cães entre 28 a 35 quilogramas, inseriu sensores de pressão

em áreas de meniscos e de contato fêmoro tibial, adquirindo dados de forças e áreas

de distribuição de contato e pressão intra articular em joelhos submetidos a técnica

de TTA. Seus resultados mostraram que a TTA permitiu o restabelecimento de todos

os padrões de contato prévios a ruptura do ligamento cruzado cranial,

aparentemente sendo uma técnica interessante no que tange a manutenção da

saúde articular do paciente.

Em 1984, Slocum postulou que a instabilidade craniocaudal do joelho em

deficiências do LCC poderia ser eliminada com o nivelamento do platô tibial com

orientação caudodistal, e o nivelamento do platô tibial por osteotomia (TPLO) se

tornou um dos procedimentos ortopédicos mais realizados pelos médicos

veterinários na América do Norte.

Os recentes desenvolvimentos no tratamento cirúrgico da insuficiência do

ligamento cruzado cranial (RLCC) nos cães, propiciaram um conceito inovativo e

clinicamente bem sucedido na promoção da estabilidade funcional ou dinâmica das

articulações com o LCCr deficiente (SLOCUM; SLOCUM, 1993).

Alterando a conformação proximal do platô tíbial a biomecânica articular pode

ser modificada, sendo assim, a estabilidade não mais depende da principal estrutura

estabilizadoras da articulação, mas sim de vetores de força (SLOCUM; SLOCUM,

1993).

A osteotomia para o nivelamento do platô tibial atualmente é um dos

procedimentos cirúrgicos mais executados, no mundo, para o tratamento da

insuficiência do RLCCr, e foi proposta no intuito de eliminar a pressão tibial cranial

reduzindo a inclinação caudo-distal orientada pelo platô tibial, diminuindo

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conseqüentemente, a pressão tibial cranial e a necessidade da reconstrução

restritiva intra ou peri-articular (SLOCUM; SLOCUM, 1993).

Apesar da falta de estudos que documentem dados clínicos objetivos em

longo prazo, a TPLO é, atualmente, considerada por muitos cirurgiões veterinários

como a melhor opção cirúrgica para o insuficiência do LCCr em cães de raças

grandes, com resultados clínicos excelentes em aproximadamente 90% dos casos.

(SLOCUM; SLOCUM, 1993; PRIDDY; TOMLINSON; DODAM, 2003)

Apesar de popular, pouco se sabe a respeito das implicações da TPLO. A

maioria das pesquisas foi focada exclusivamente em determinar os efeitos da TPLO

sobre a cinemática articular. Em dois estudos experimentais separados, em que

modelo biomecânico simulou o LCCr deficiente, foram eliminadas a subluxação tibial

cranial quando a TPLO foi executada em condições ideais (WARZEE; DEJARDIN;

ARNOCZKY, 2001; REIF; HULSE; HAUPPTMAN, 2002).

Existem complicações relatadas após a realização da técnica de TPLO, entre

elas a ocorrência de luxações de patela iatrogênicas sendo o tempo médio de

diagnóstico de 14 semanas no pós operatório. Entre os fatores causais desta

complicação está a ruptura ou deiscência da sutura do retináculo ou da cápsula

articular e desvio do eixo axial tibial (ARTHURS; LANGLEY-HOBBS, 2007)

As principais técnicas empregadas para avaliar a cinemática articular

impossibilitavam a verificação do movimento (subluxação tibial cranial) nos diversos

graus de liberdade à exceção da rotação (articulação em flexão) no plano sagital.

Warzee, DeJardin e Arnoczky (2001) tentaram quantificar a rotação axial passando

um fio tibial transcondilar de kirschner guiado sobre um papel, mas a exatidão de

sua metodologia era pouco clara. O efeito da TPLO na estabilidade rotação axial

indica que o LCCr nos cães serve como um restritor passivo contra a rotação tibial

interna.

O desenvolvimento e a progressão da osteoteoartrose (OA) são intrínsecos e

dependentes do grau de transmissão fisiológica da carga através das mudanças

uniformes na superfície da cartilagem articular (ANDRIACCHI; MUNDERMANN;

SMITH, 2004). Apesar de sabido que a OA pode ser induzida por movimentos

articulares anormais (ANDRIACCHI; MUNDERMANN; SMITH, 2004), uma

compreensão melhor do efeito das alterações no plano sagital causadas pela TPLO,

pode fornecer uma introspecção adicional a respeito dos mecanismos inerentes a

sua progressão continuada.

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O tratamento ideal para o insuficiência do LCCr deve não somente restaurar a

estabilidade articular, mas também restabelecer simultaneamente os mecanismos de

contato normais.(ANDRIACCHI; MUNDERMANN; SMITH, 2004). A TPLO pode

causar estresse de contato e deslocamentos indesejáveis, em razão das mudanças

resultantes do alinhamento e da estabilidade fêmoro-tibial naturais sob o apoio.

Certamente, os estudos experimentais humanos relatam que as modificações

da inclinação antero-posterior do platô tibial influenciam adversamente na

distribuição do estresse de contato femorotibial (RODNER; ADAMS; DIAZ-DORAN,

2006).

2.6 Termografia

A associação entre temperatura e doença era mencionada desde as primeiras

referências na história da humanidade. Em 1500 a.C. já existiam descrições de

processos febris e inflamatórios. Hipócrates, no ano de 460 a.C., descreveu a

importância da avaliação térmica de diversas partes do corpo humano (ANDRADE

FILHO, 1999).

Os tecidos podem apresentar um incremento de temperatura no caso de

processos inflamatórios ou infecciosos, ou diminuição quando acometida por

processos isquêmicos. Tal diferença pode ser avaliada pela técnica semiológica de

palpação apenas com variações térmicas maiores que 2 ºC, devido a dificuldade do

ser humano em distinguir diferenças de temperatura menores que estes valores

(BRIOSCHI; MACEDO; MACEDO, 2003).

O raio infravermelho (IR) é uma radiação não visível do espectro

eletromagnético com comprimento de onda entre 0,75 a 100 µm, emitido por todos

os corpos acima de – 273 ºC, indicando o grau de agitação molecular (BRIOSCHI et

al., 2007).

A termografia, ou imagem pelo calor, surgiu durante a Segunda Guerra

Mundial com o aperfeiçoamento dos filmes infravermelhos, com sensibilidade abaixo

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do espectro visível. Após o término da guerra iniciou-se a utilização desta tecnologia

com outras finalidades.

A temperatura da pele é influenciada pela atividade microcirculatória

controlada pelo sistema neurovegetativo simpático e pela produção de calor

conduzida para a superfície gerada em tecidos mais profundos, normalmente até 6

milímetros de profundidade (BRIOSCHI et al., 2007).

A pele, em geral, possui uma simetria térmica entre os lados homólogos do

corpo (dimídios) indicativo de normalidade (GARCIA, 2004). Em ambiente

termoneutro, os dimídios são considerados quase que simétricos, com alguns

décimos de graus de diferença (± 0,3 ºC), sendo que uma diferença de pelo menos

0,5 ºC entre o ponto-gatilho miofascial e seu ponto simétrico do lado oposto é

considerada assimetria térmica com significância diagnóstica (BRIOSCHI et al.,

2007). Por estes motivos a avaliação termográfica cutânea padronizada

internacionalmente é realizada comparando-se sempre as metades correspondentes

(dimídios) do corpo humano (BRIOSCHI; MACEDO; MACEDO, 2003).

A termografia é considerada um teste não invasivo e não destrutivo de

sensoriamento remoto que se baseia na detecção da radiação térmica emitida por

todos os corpos de temperatura não nula (HOLST, 2000).

Os primeiros trabalhos realizados utilizando-se a termografia foram na área

de oncologia, quando foram observados que tumores mamários na espécie humana

causavam aumento na temperatura da pele (CHRISTIANSEN; GEROW, 1990).

Embora ainda seja pouco usada no Brasil, em países da America do Norte a

termografia vem encontrando largo emprego na área médica. Beneliyahu (1989)

descreve que atualmente não existem motivos para que um médico atualizado e

consciente submeta seu paciente a múltiplas radiações ionizantes de raios-X ou

densitometria óssea, quando pode utilizar um exame não invasivo, indolor e bem

tolerado, como a termografia.

Cook et al. (2005) descreveram que os maiores problemas relacionados a

utilização da termografia como meio diagnóstico são a falta de especificidade na

identificação da região e natureza da doença e a dificuldade em se estabelecer os

parâmetros normais como referência.

Segundo Cook et al. (2005), apesar da termografia não substituir o raio-X

como meio diagnóstico, pode ser um importante exame adjuvante na avaliação

clinica e no exame radiográfico, aumentando a sensibilidade do exame clínico,

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auxiliando na localização da lesão e evitando exposições radiográficas

desnecessárias.

Apesar da termografia infravermelha representar um grande avanço

diagnóstico e possibilitar muitas vantagens na detecção térmica, ainda possui

algumas variáveis que podem alterar sua acurácia. O exame deve ser conduzido em

ambiente interno com temperatura, umidade e outras fontes infravermelhas

controladas, sendo que a acurácia do exame ainda altamente dependente da

experiência e habilidade do operador (KWEE, 2008).

Loughin e Marino (2007) realizaram estudo avaliando termograficamente os

membros torácicos e pélvicos de 10 cães normais visando estabelecer protocolos e

avaliara o efeito da tricotomia prévia nos resultados dos exames, e chegaram a

conclusões de que apesar da presença de pêlos na região avaliada reduzir a

temperatura média local, não impediu uma correta avaliação comparativa entre os

dicótomos, e que os resultados das avaliações médias de temperatura não sofreram

alterações estatisticamente significantes entre os grupos de sessenta minutos e vinte

e quatro horas pós-tricotomia.

Em estudo realizado avaliando 32 pacientes acometidos por infecções em

tecidos moles, comparando-se o local infectado com a região contralateral integra,

demonstrou que as áreas infectadas apresentavam temperatura média superior de

2,9 graus Celsius em relação área não infectada, os autores chegaram a conclusão

da viabilidade do exame termográfico de quantificar o aumento de temperatura

causado por processos infecciosos (CAPRARO et al., 2008).

Tenorio et al. (2008) demonstraram a possibilidade de utilização do exame

termográfico no reconhecimento de falhas de perfusão em retalhos cutâneos,

permitindo ao cirurgião atuar rapidamente e de forma precoce, pois as alterações

vasculares foram detectadas previamente a mudanças macroscópicas do tecido.

Em estudo avaliando-se 110 pacientes entre dois e 77 anos de idade a

termografia demonstrou ser extremamente útil na detecção de nódulos tireoideanos

de indicação cirúrgica, detectando uma diferença de 0,9 graus Celsius entre nódulos

benignos e malignos (ALVES et al., 1988).

O tecido ósseo e cartilagíneo são estruturas adaptadas a forças

compressivas, de cisalhamento e de torção. Sua taxa de renovação é relativamente

lento e dependente de coordenação entre as funções de crescimento, degradação e

renovação (RECHENBERG, 2002).

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O processo inflamatório articular resulta em ruptura de membranas celulares,

liberando componentes lipídicos que serão convertidos em ácido araquidônico pela

fosfolipase A. O ácido araquidônico, por sua vez, será incorporado a cascata da

prostaglandina, devido a ação da ciclooxigenase, resultando na formação de PGE2 e

PGI2. As prostaglandinas sensibilizam os nociceptores articulares causando dor ao

paciente (ILOWITE, 1992).

Nas patologias inflamatórias por trauma, reumáticas ou infecciosas, teremos a

produção e liberação das prostaciclinas e bradicinina, potentes vasodilatadores que,

por sua vez irão provocar a liberação de substância P e óxido nítrico, causando um

aumento significativo da emissividade dos raios infravermelhos (hiper radiação)

(ANDRADE FILHO, 1999).

A termografia tem sido utilizada para avaliações, tanto em fase pré-clinica ou

clínica, de artrites e processos inflamatórios, obtendo resultados rápidos e confiáveis

(COLLINS, 1974; SANCHEZ, 2008).

Foi demonstrado que em processos inflamatórios crônicos como em artrites

reumatóides, ocorriam mudanças termográficas na temperatura da pele sobre o

local, que refletiam mudanças concomitantes em processos químicos e celulares na

articulação (RING; COLLINS, 1970).

Segundo Newton e Lipowitz (1985), apesar da doença degenerativa articular

ser uma doença com componentes inflamatórios dos tecidos articulares, o aumento

da temperatura local é de difícil avaliação através da palpação, inclusive em fases

agudas, porém relatam que através de avaliações termográficas foi possível detectar

estas alterações.

Durante avaliação termográfica em pacientes acometidos por osteoartrite em

mão, notou-se um aumento de temperatura local em fases iniciais da doença,

seguido por uma redução em fases tardias, o que indicaria a avaliação termográfica

como uma boa ferramenta diagnóstica da severidade e fase da doença (VARJÚ et

al., 2004).

Bird et al. (1977) realizaram estudo avaliando termograficamente 41 pacientes

com osteoartrite bilateral em joelho submetidos a tratamentos unilaterais com

metotrexato ou hexacetonino de triancinolona. Os resultados indicaram que

termograficamente foi observado maior redução da temperatura nos joelhos dos

pacientes tratados com hexacetonino de triancinolona.

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Um et al. (2005) induziram um processo de osteoartrite em joelhos de 8 cães

que foram posteriormente divididos em dois grupos, um grupo tratado com

acupuntura e outro sem tratamento. Através da avaliação termográfica infravermelha

foi possível detectar uma redução a níveis normais da temperatura nos joelhos de

cães do grupo tratado, ao contrario do grupo não tratado onde a temperatura se

manteve elevada. Através deste trabalho os autores referem a termografia

infravermelha como um recurso valioso no acompanhamento de tratamentos de

osteoartrites.

Warashina et al. (2002) avaliaram 974 joelhos em pacientes humanos,

relacionando os resultados termográficos com os sintomas, sinais físicos e exames

radiográficos em casos de osteoartrite, e demonstraram que reduções no espaço

articular tibiofemoral medial eram concomitantes a aumentos na temperatura local, a

presença de osteofitos maiores e quadros de dor também eram correlacionados com

aumentos térmicos. Os autores chegaram a conclusão de que o aumento de

temperatura pode ser relacionado a sinais clínicos e radiográficos de joelhos com

osteoartrite.

Através desta revisão de literatura observou-se que a utilização da

termografia infravermelha tem aplicabilidade tanto na área humana como em

medicina veterinária. O estudo termográfico aplicado a ortopedia é relatado na área

médica humana desde a década de cinqüenta (LOUGHIN; MARINO, 2007), porém

em medicina veterinária estes estudos ainda não aproveitaram todo o potencial

deste meio diagnóstico, que têm a grande vantagem de ser um exame

extremamente seguro e pouco invasivo ao paciente.

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HHiippóótteesseess

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3 HIPÓTESES

As hipóteses deste estudo foram:

• Seria possível diagnosticar a ruptura do ligamento cruzado cranial por

meio da termografia infravermelha.

• Se existiria diferença no comportamento termográfico entre as técnicas

cirúrgicas de TTA e TPLO no período pós-operatório.

• Existiriam diferenças termográficas significantes entre os joelhos

operados e os íntegros.

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OObbjjeett iivvooss

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4 OBJETIVOS

Com objetivos fundamentalmente experimentais, mas extrapoláveis às

condições terapêuticas, investigou-se o mapeamento termográfico da articulação

fêmoro-tibio-patelar íntegra, do joelho acometido por ruptura do ligamento cruzado

cranial e após a utilização de técnica de estabilização articular de osteotomia para

avanço da tuberosidade tibial (TTA) e técnica de estabilização articular de

osteotomia para o nivelamento do platô tibial (TPLO).

Foram avaliados, comparativamente, os valores médios de temperatura

encontrados nos joelhos em cada grupo experimental e os valores médios entre os

grupos, verificando se existem diferenças termográficas entre o joelho íntegro, com

insuficiência do ligamento cruzado cranial e reparados com as técnicas de TPLO e

TTA

Correlacionou-se os resultados termográficos com os resultados clínicos e

radiográficos de cada animal nas diferentes fases de recuperação dos animais,

possibilitando comparar termograficamente as duas técnicas de osteotomias

corretivas para a insuficiência do ligamento cruzado cranial canino, amplamente

utilizadas na rotina cirúrgica veterinária mundial.

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LLiimmii ttaaççõõeess

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5 LIMITAÇÕES

• Dificuldade de padronização no tempo transcorrido entre a lesão do

ligamento cruzado e o procedimento cirúrgico.

• Controlar diferenças metabólicas individuais.

• Possibilidade de interferência de massa muscular durante a aquisição

de imagens.

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SSiiggnnii ff iiccâânncciiaa CCll íínniiccaa

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6 SIGNIFICÂNCIA CLÍNICA

Verificar a possibilidade de utilização de exame termográfico na rotina clínico

cirúrgica para a identificação de pacientes acometidos por ruptura do ligamento

cruzado cranial.

Comparar, por meio de exames termográficos no período pós-operatório, as

técnicas mais comuns de osteotomia corretiva para estabilização da articulação

fêmoro tíbio patelar (TTA e TPLO), avaliando se existe vantagem de uma das

técnicas sobre a outra em relação ao comportamento termográfico, possibilitando ao

médico veterinário ortopedista dados fidedignos para melhor decisão cirúrgica.

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MMaatteerr iiaall ee MMééttooddoo

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7 MATERIAL E MÉTODO

7.1 Material biológico

Foram avaliados 30 joelhos bilaterais de animais da espécie canina, de raças

diversas, com peso acima de 20 quilos, sem predileção de sexo, com idades

variando entre um e sete anos. Todos os animais foram provenientes do Serviço de

cirurgia de pequenos animais do departamento de cirurgia da Faculdade de

Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo.

A inclusão dos pacientes no estudo foi aprovada pela comissão de ética da

Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo,

protocolado sob o número 1734/2009. Todos os proprietários receberam, por escrito,

uma descrição completa do experimento incluindo objetivos e riscos diretamente

correlacionados com o estudo e foi requisitado que assinassem autorização para a

participação de seu animal (Apêndice B).

Os dez animais do grupo controle utilizados neste estudo não possuíam

nenhum diagnóstico prévio de doença óssea ou nutricional, sendo este um critério

de exclusão do trabalho. Foi utilizado um roteiro de avaliação para anamnese

completa dos principais sistemas e histórico completo (Apêndice A).

Os vinte pacientes incluídos no grupo TTA e TPLO foram encaminhados da

rotina do Serviço de Cirurgia do departamento de cirurgia, com suspeita de

claudicação em membro pélvico decorrente de instabilidade da articulação fêmoro

tíbio patelar por ruptura do ligamento cruzado cranial.

Em todos os animais foram realizados anamnese e exame físico para aferição

de parâmetros como temperatura corpórea, frequências cardíaca e respiratória, grau

de hidratação, palpação de linfonodos, coloração das mucosas ocular e jugal e

palpação abdominal. Nenhum dos pacientes avaliados no estudo possuía qualquer

alteração em sistema respiratório, circulatório, nervoso, digestório, urinário e

ototegumentar. Em seguida, os animais foram submetidos a exame ortopédico para

averiguar a estabilidade articular bilateral da articulação fêmoro tíbio patelar nos

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animais do grupo controle e a instabilidade unilateral nos pacientes incluídos no

grupo TTA e TPLO. A existência de instabilidade articular bilateral de joelho ou

qualquer outra afecção ortopédica concomitante, detectada em qualquer fase da

avaliação, excluía o paciente do estudo.

7.2 Avaliação radiográfica

Radiografias médio-laterais e crânio-caudais foram realizadas em cada

membro para avaliar evidência radiográfica de afecções articulares em todos os

pacientes com ruptura do ligamento cruzado cranial.

Todos os pacientes foram sedados para correto posicionamento durante

exame radiográfico, o protocolo anestésico utilizado foi individualizado de acordo

com cada paciente, porém o protocolo principal foi a utilização de acepromazina1

(0,05 mg/kg) e meperidina2 (3 mg/kg), aplicado 15 minutos previamente a realização

do exame.

Durante o exame radiográfico em posição médio-lateral, foram posicionadas

no mesmo chassi radiográfico as articulações fêmoro-tibio-patelar e tíbio-társica,

sendo realizados dois posicionamentos a fim de possibilitar o cálculo de angulação

do platô tibial. Cabe ressaltar que, no primeiro, o ângulo de ambas as articulações

devem ser de aproximadamente noventa graus, e no segundo o ângulo da

articulação fêmoro-tibio-patelar deve ser de aproximadamente cento e trinta e cinco

graus.

O ângulo tibial do platô foi medido em cada membro nas radiografias médio-

laterais e o nível da rotação requerido para conseguir uma angulação de platô tibial

de aproximadamente 5° calculado usando-se previamen te os métodos relatados por

Slocum e Slocum (1993), onde a quantificação do platô tibial é definido pelo ângulo

formado pelo declive do côndilo medial tibial e a linha perpendicular ao eixo axial da

tíbia.

1 Acepran 1% 20 ml – Univet 2 Dolosal 50mg/2ml – Cristália

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7.3 Delineamento experimental

Foram avaliados os joelhos em condições controladas, utilizando-se três

grupos, um grupo composto por 10 animais hígidos sem sintomatologia clínica de

claudicação aparente, ausência de sinal radiográfico de alteração articular ou com

histórico de moléstia articular prévia, o segundo grupo foi composto por 10 cães com

sintomatologia de claudicação e avaliação clínica indicativa de ruptura de ligamento

cruzado cranial unilateral, avaliação radiográfica e confirmado por artrotomia que

foram submetidos a técnica de estabilização articular de osteotomia para avanço da

tuberosidade tibial (TTA), o terceiro grupo foi composto por 10 cães com

sintomatologia de claudicação e avaliação clínica indicativa de ruptura de ligamento

cruzado cranial unilateral por exame clínico, radiográfico e confirmado por

artrotomia, que foram submetidos a técnica de estabilização articular de osteotomia

para o nivelamento do platô tibial (TPLO).

O exame clínico realizado para diagnóstico da ruptura do ligamento cruzado

consistiu no teste de gaveta e teste de compressão tibial, testes amplamente

utilizados para o diagnóstico de instabilidade da articulação fêmoro-tibio-patelar na

espécie canina.

Os animais dos grupos II e III foram avaliados termograficamente,

radiograficamente e clinicamente no momento pré-operatório, pós-operatório

imediato, 30, 60 e 90 dias de pós-operatório.

7.4 Descrição do protocolo pré-operatório, pós-operatório e anestésico

Todos os animais utilizados no estudo foram provenientes do Serviço de

Cirurgia de pequenos animais do Departamento de cirurgia da Faculdade de

Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo e tiveram indicação

do cirurgião responsável para a realização do procedimento de estabilização da

articulação fêmoro-tibio-patelar com ruptura do ligamento cruzado cranial.

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O protocolo de preparação pré-operatória foi jejum alimentar de 12 horas e

jejum hídrico de 8 horas prévias ao horário do procedimento cirúrgico.

O protocolo anestésico utilizado foi individualizado de acordo com o paciente,

seguindo as indicações do Serviço de Anestesia do Departamento de Cirurgia da

Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo. O

protocolo anestésico principal foi a utilização de acepromazina3 (0,05 mg/kg) e

meperidina4 (3 mg/kg) como medicação pré-anestésica, sendo aplicadas por via

intramuscular. Após tricotomia e cateterização das vias de acesso venosas a

anestesia foi induzida com a utilização de propofol5 (5mg/kg) pela via intravenosa. A

manutenção anestésica durante o procedimento foi realizada com isofluorano em

oxigênio a 100% e anestesia peridural com lidocaína6 (4mg/kg), fentanil7 (0,002

mg/kg) e morfina8 (0,1 mg/kg). Após o término do procedimento, com o animal ainda

em ambiente cirúrgico, foi aplicado cetoprofeno9 (1 mg/kg) e dipirona10 (25 mg/kg)

por via intravenosa.

Todos pacientes foram liberados do centro cirúrgico com penso

esparadrapado Robert-Jones modificado por 3 dias e prescrição de carprofeno11 (2,2

mg/kg BID), dipirona12 (30 mg/kg TID), cloridrato de tramadol13 (2mg/kg TID) e

cefalexina14 (25 mg/kg TID) durante 10 dias de pós-operatório.

Os animais receberam indicação de repouso total nos primeiros 30 dias de

pós-operatório.

3 Acepran 1% 20 ml – Univet 4 Dolosal 50mg/2 ml – Cristália 5 Propofol 10 mg – Biosintética 6 Xylestesin 2% 20 ml sem vasoconstritor - Cristália 7 Citrato de fentanila 0,1mg/2ml – Janssen-Cilag Farmacêutica Ltda 8 Dimorf 1mg/ml – Cristália 9 Ketofen 1% - Merial 10 Dipirona sódica 500mg/1ml – Biosintética 11 Rimadyl – Pfizer 12 Dipirona sódica 500 mg – Aché 13 Tramal – Pharmacia 14 Cefalexina 500 mg – Eurofarma

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7.5 Descrição da técnica cirúrgica de avanço da tuberosidade tibial (TTA)

A técnica de TTA foi realizada com o animal em decúbito dorsal com preparo

rotineiro de campo operatório, e iniciou-se o ato cirúrgico com a exposição medial da

articulação do joelho para a avaliação de lesões no menisco medial, nos pacientes

onde foram constatadas tais lesões foram realizadas meniscectomias. Os ligamentos

cruzados cranial e caudal foram avaliados, e nos casos onde observou-se qualquer

lesão diferente de uma ruptura total do ligamento cruzado cranial, o paciente foi

excluído do estudo. Posteriormente foi dissecada a superfície medial da tíbia, e

elevado o corpo do músculo sartório e a aponeurose do músculo gracilis, semi-

membranoso, e semi-tendinoso. As incisões iniciaram-se a poucos milímetros caudal

e paralelo à tuberosidade da tíbia e se estenderam distalmente até a diáfise da tíbia.

Em seguida foram realizados os furos para inserção dos “prongs”, com guia

especial para orientar a broca de 2,0mm na direção correta. Foi realizada em

seguida a osteotomia parcial da crista tibial, mantendo ainda sua integridade na face

mais proximal, que foi finalizada somente após a fixação da placa com os “prongs”

que é a etapa seguinte.

Finalizando, foi fixada um “cage” de número (3, 9 ou 12 mm) dependo do caso

para manter a cunha da osteotomia aberta, para finalmente fixar a placa à tíbia com

dois parafusos 2,7mm.

Antes da síntese foram realizados os enxertos esponjosos no espaço da

osteotomia.

Realizou-se a sutura da cápsula articular com fio absorvível, no padrão

simples separado, e sutura de fascia, planos musculares em padrão continuo e pele

com fio de nylon15 no padrão simples separado.

15 Nylon – Brasuture suturas cirúrgicas

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7.6 Descrição da técnica cirúrgica de osteotomia do platô tibial (TPLO)

A técnica de TPLO foi realizada utilizando abordagem crânio-medial na região

compreendida entre a borda distal da patela e a crista tibial. Incisão de pele,

artrotomia seguindo a mesma linha da incisão de pele, realizando a incisão da

cápsula articular, fibrocartilagem parapatelar medial, fascia medial e músculo vasto

medial e parte cranial do músculo sartorio. Em seguida foi realizada a avaliação da

integridade dos meniscos lateral e medial e do ligamento cruzado cranial, havendo

ruptura meniscal foi realizado a meniscectomia, se observado qualquer lesão

ligamentar diferente de uma ruptura total do ligamento cruzado cranial, o paciente foi

excluído do estudo.

Em seguida realizou-se a divulsão da região medial da crista tibial para a

realização do corte circular em região proximal caudal da tíbia. Após a realização da

osteotomia, o platô tibial foi rotacionado até adquirir uma angulação de

aproximadamente 5 graus em relação ao eixo mecânico da tíbia. Após a rotação foi

implantado uma placa16 de aço cirúrgico de TPLO para a estabilização da

osteotomia.

Realizou-se a sutura da cápsula articular com fio absorvível, no padrão

simples separado, e sutura de fascia, planos musculares em padrão continuo e pele

com fio de nylon no padrão simples separado.

16 Synthes® - Switzerland

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61

7.7 Descrição da aquisição de imagem infravermelha

Foi utilizada uma câmera de aquisição de imagens infravermelhas

termográficas com o modelo Thermacam T400®17 com sensitividade térmica de 0,05

graus Celsius.

Os animais foram mantidos por 15 minutos dentro de uma sala com

temperatura controlada no intervalo de 20 a 24 graus Celsius com a finalidade de

padronizar a temperatura ambiente e permitir ao paciente se adaptar a temperatura

ambiental antes do início da coleta de imagens.

A sala de aquisição de imagens infravermelhas foi padronizada em relação a

corrente de ar <0,2 m/s.

Todos os parâmetros da sala de exames foram controlados por um termo-

higrômetro digital com sensor de temperatura e umidade de recintos internos da

marca Incoterm® e um anemômetro digital da marca Incoterm®.

A câmera foi posicionada a aproximadamente 30 cm de distância da área de

avaliação.

Como medida preparatória para aquisição de imagens, foi realizada, com

vinte e quatro horas de antecedência ao exame, a tricotomia da região da

articulação fêmoro-tibio-patelar do membro avaliado em todos os grupos e do

membro contralateral nos animais com ligamento íntegro.

Foram coletadas imagens da região da articulação fêmoro-tibio-patelar

bilateral em posicionamento lateral, medial, cranial e caudal (Figura 1).

Imediatamente após a primeira avaliação os animais foram posicionados na

esteira terrestre canina e encorajados a utilizá-la por um período de 5 minutos a uma

velocidade de 2m/s (Figura 2). Foi adotado um protocolo de acompanhamento de 2

médicos veterinários além do proprietário no momento da avaliação em esteira, este

procedimento visou um maior grau de segurança durante a avaliação do paciente,

um dos médicos veterinários auxiliava o equilíbrio e direção do paciente na esteira

enquanto o outro médico veterinário acompanhava a aceleração, manutenção e

desaceleração gradativa o aparelho. Em seguida os animais foram novamente

colocados por 15 minutos na sala de avaliação e coletadas as imagens da região da

17 Flir Systems® - USA

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articulação fêmoro-tibio-patelar bilateral em posicionamento lateral, medial, cranial e

caudal (Figura 3).

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Figura 1 – Imagens termográficas de joelho direito do animal 3 em posição caudal (A), cranial (B), lateral (C) e medial (D) com suas respectivas análises

Fonte: Della Nina (2012).

D C

B A

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Figura 2 – Imagem do animal 3 do grupo controle durante utilização da esteira terrestre canina com o médico veterinário responsável

Fonte: Della Nina (2012).

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65

Figura 3 – Imagens termográficas de joelho direito do animal 3 em posição caudal (A), cranial (B), lateral (C) e medial (D) com suas respectivas análises após utilização de esteira

Fonte: Della Nina (2012).

D C

B A

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66

Figura 4 – Imagem do programa de análise de imagens FLIR QuickReport®, fornecido pela empresa FLIR®, durante avaliação termográfica do membro pélvico direito em posição caudal

Fonte: Della Nina (2012).

7.8 Procedimentos de avaliação

Para a avaliação dos resultados, adotou-se a medição dos valores

encontrados durante a aquisição das imagens infravermelhas dos joelhos dos

animais.

A imagem do joelho, em cada posicionamento, foi posteriormente dividido em

quatro regiões de mesma área. Cada área foi avaliada pelo software de imagens

incluído no sistema da câmera infravermelha, onde coletou-se a temperatura média

da região (Figura 4). Esta avaliação teve como objetivo reduzir as possíveis

discrepâncias termográficas pontuais em cada região, tornando a avaliação e

comparação entre os indivíduos mais fidedigna.

Como método de padronização, a sequência de avaliação consistiu na

identificação da área a ser avaliada correspondendo à delimitação anatômica da

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articulação fêmoro tíbio patelar. Em seguida duas linhas foram traçadas no sentido

perpendicular e paralelo ao eixo mediano da articulação com a finalidade de facilitar

a delimitação dos quatro quadrantes de avaliação, em seguida as quatro áreas de

análise eram inseridas, respeitando o limite das linhas previamente traçadas, para

em seguida apagar as linhas iniciais e manter apenas as áreas de análise.

Os valores médios de temperatura em cada posicionamento foram

comparados entre os grupos e entre os animais de cada grupo nos diversos

momentos de avaliação.

Os resultados obtidos pela aquisição das imagens infravermelhas, em cada

etapa, foram comparados aos resultados das avaliações clínicas e radiográficas

concomitantes.

Todos os valores obtidos foram analisados estatisticamente para se

determinar o nível de significância dos resultados dentro de cada grupo e da

correlação entre eles.

7.9 Análise estatística

Os resultados foram analisados através do programa computacional Instat

(GRAPHPAD, 1998) sendo anteriormente verificada a normalidade dos dados pelo

teste de Kolmorov e Smirnov.

Os dados que seguiam o padrão de uma curva de Gauss e passaram no teste

de normalidade foram submetidos à análise utilizando-se o teste não pareado, não

paramétrico de t de Student. Os dados que não atenderam a estas premissas foram

submetidos à transformação logarítmica [Log(X+1)] ou quadrática [RQ(X+1/2)],

utilizando o teste não pareado, paramétrico de Mann-Whitney.

Foi utilizado o nível de significância de 5% para todos os testes realizados.

Foram analisados comparativamente os membros direito e esquerdo em

momentos prévio e após a utilização da esteira do grupo controle e dos grupos TTA

e TPLO nos momentos pré operatório, 30, 60 e 90 dias de pós operatório.

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68

Avaliou-se os dados adquiridos comparando estatisticamente os membros

operados dos grupos TTA e TPLO nos momentos pré operatório, 30, 60 e 90 dias de

pós operatórios.

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RReessuull ttaaddooss

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70

8 RESULTADOS

Com o intuito de facilitar a compreensão dos dados encontrados optou-se por

apresentar os resultados em forma de tabelas com os valores termográficos de cada

animal (apêndice C, em CD-rom), discriminando dados coletados do grupo controle,

grupo TTA e grupo TPLO e a análise estatística dos resultados (Tabela 1 a 26).

Tabela 1 - Análise estatística utilizando-se o teste de Mann-Whitney dos valores médios da temperatura aferida em graus Celsius nos joelhos do grupo controle comparando os momentos em repouso e após a utilização da esteira com média geral, desvio-padrão (DP), valores mínimos e máximos com intervalo de confiança de 95% - São Paulo - 2012

Grupo controle Repouso Esteira

Média 33,34 33.83

DP 2,195 1,795

Mínimo 27,3 28,7

Máximo 38,1 37,3

Valor de P 0,0084 Fonte: Della Nina (2012). Tabela 2 - Análise estatística utilizando-se o teste t de Student não pareado dos valores médios da

temperatura aferida em graus Celsius nos joelhos do grupo controle comparando os joelhos direito e esquerdo, desvio-padrão (DP), valores mínimos e máximos com intervalo de confiança de 95% - São Paulo - 2012

Grupo controle Direito Esquerdo

Média 33,32 33,36

Desvio padrão (DP) 2,171 2,226

Mínimo 27,3 27,3

Máximo 37,2 38,1

Valor de P 0,8668 Fonte: Della Nina (2012). Tabela 3 - Análise estatística utilizando-se o teste t de Student não pareado dos valores médios da

temperatura aferida em graus Celsius nos joelhos do grupo controle comparando os joelhos direito e esquerdo após a utilização da esteira, desvio-padrão (DP), valores mínimos e máximos com intervalo de confiança de 95% - São Paulo - 2012

Grupo controle Direito Esquerdo

Média 33,8 33,8

Desvio padrão (DP) 1,866 1,799

Mínimo 28,7 28,8

Máximo 37,3 37,3

Valor de P 0,9923 Fonte: Della Nina (2012).

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Tabela 4 - Análise estatística utilizando-se o teste t de Student não pareado dos valores médios da

temperatura aferida em graus Celsius nos joelhos do grupo TTA e TPLO comparando os joelhos com ruptura do ligamento cruzado denominados de lesado e sem ruptura do ligamento cruzado denominados de integro, desvio-padrão (DP), valores mínimos e máximos com intervalo de confiança de 95% - São Paulo - 2012

Grupo TTA/TPLO Lesado Integro

Média 32,82 33,31

Desvio padrão (DP) 1,794 1,822

Mínimo 27,5 27,3

Máximo 36,1 36,9

Valor de P 0,0006 Fonte: Della Nina (2012). Tabela 5 - Análise estatística utilizando-se o teste t de Student não pareado dos valores médios da

temperatura aferida em graus Celsius nos joelhos do grupo TTA e TPLO comparando os joelhos com ruptura do ligamento cruzado denominados de lesado e sem ruptura do ligamento cruzado denominados de integro após a utlização da esteira, desvio-padrão (DP), valores mínimos e máximos com intervalo de confiança de 95% - São Paulo - 2012

Grupo TTA/TPLO Lesado Integro

Média 33,84 34

Desvio padrão (DP) 1,693 1,735

Mínimo 28,8 28,4

Máximo 37,8 37,7

Valor de P 0,2409 Fonte: Della Nina (2012). Tabela 6 - Análise estatística utilizando-se o teste Mann-Whitney dos valores médios da temperatura

aferida em graus Celsius nos joelhos operados comparando-se os joelhos do grupo TTA com os do grupo TPLO aos 30 dias de pós operatório com seus respectivos desvio-padrão (DP), valores mínimos e máximos com intervalo de confiança de 95% - São Paulo - 2012

30 dias TTA TPLO

Média 33,08 33,53

Desvio padrão (DP) 1,831 1,497

Mínimo 27,6 29,6

Máximo 37,7 37,6

Valor de P 0,0988 Fonte: Della Nina (2012). Tabela 7 - Análise estatística utilizando-se o teste Mann-Whitney dos valores médios da temperatura

aferida em graus Celsius nos joelhos operados comparando-se os joelhos do grupo TTA com os do grupo TPLO aos 30 dias de pós operatório após utilização da esteira com seus respectivos desvio-padrão (DP), valores mínimos e máximos com intervalo de confiança de 95% - São Paulo - 2012

30 dias pós esteira TTA TPLO

Média 33,76 34,12

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Desvio padrão (DP) 2,132 2,093

Mínimo 26,6 26,6

Máximo 37,6 38

Valor de P 0,1087 Fonte: Della Nina (2012). Tabela 8 - Análise estatística utilizando-se o teste t de Student não pareado dos valores médios da

temperatura aferida em graus Celsius nos joelhos comparando-se os joelhos operados do grupo TTA com os contralaterais íntegros aos 30 dias de pós operatório com seus respectivos desvio-padrão (DP), valores mínimos e máximos com intervalo de confiança de 95% - São Paulo - 2012

30 dias TTA Operado Integro

Média 33,08 32,34

DP 1,831 1,890

Mínimo 27,6 28,5

Máximo 37,7 36,9

Valor de P 0,0004 Fonte: Della Nina (2012). Tabela 9 - Análise estatística utilizando-se o teste t de Student não pareado dos valores médios da

temperatura aferida em graus Celsius nos joelhos comparando-se os joelhos operados do grupo TTA com os contralaterais íntegros aos 30 dias de pós operatório após utilização da esteira com seus respectivos desvio-padrão (DP), valores mínimos e máximos com intervalo de confiança de 95% - São Paulo - 2012

30 dias TTA pós esteira Operado Integro

Média 33,76 33,05

DP 2,132 1,967

Mínimo 26,6 28,2

Máximo 37,6 36,6

Valor de P 0,0024 Fonte: Della Nina (2012). Tabela 10 - Análise estatística utilizando-se o teste Mann-Whitney dos valores médios da temperatura

aferida em graus Celsius nos joelhos comparando-se os joelhos operados do grupo TPLO com os contralaterais íntegros aos 30 dias de pós operatório com seus respectivos desvio-padrão (DP), valores mínimos e máximos com intervalo de confiança de 95% - São Paulo - 2012

30 dias TPLO Operado Integro

Média 33,53 32,74

Desvio padrão (DP) 1,497 1,979

Mínimo 29,6 28

Máximo 37,6 37,2

Valor de P 0,0002 Fonte: Della Nina (2012).

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Tabela 11 - Análise estatística utilizando-se o teste t de Student não pareado dos valores médios da

temperatura aferida em graus Celsius nos joelhos comparando-se os joelhos operados do grupo TPLO com os contralaterais íntegros aos 30 dias de pós operatório após utilização da esteira com seus respectivos desvio-padrão (DP), valores mínimos e máximos com intervalo de confiança de 95% - São Paulo - 2012

30 dias TPLO pós esteira Operado Integro

Média 34,12 33,56

DP 2,093 2,093

Mínimo 26,6 26,9

Máximo 38 37,6

Valor de P 0,0140 Fonte: Della Nina (2012). Tabela 12 - Análise estatística utilizando-se o teste Mann-Whitney dos valores médios da temperatura

aferida em graus Celsius nos joelhos operados comparando-se os joelhos do grupo TTA com os do grupo TPLO aos 60 dias de pós operatório com seus respectivos desvio-padrão (DP), valores mínimos e máximos com intervalo de confiança de 95% - São Paulo - 2012

60 dias TTA TPLO

Média 31,76 32,51

DP 2,690 1,859

Mínimo 25,4 27,4

Máximo 37,1 36,6

Valor de P 0,0127 Fonte: Della Nina (2012). Tabela 13 – Análise estatística utilizando-se o teste Mann-Whitney dos valores médios da

temperatura aferida em graus Celsius nos joelhos operados comparando-se os joelhos do grupo TTA com os do grupo TPLO aos 60 dias de pós operatório após utilização da esteira com seus respectivos desvio-padrão (DP), valores mínimos e máximos com intervalo de confiança de 95% - São Paulo - 2012

60 dias pós esteira TTA TPLO

Média 32,04 33,40

DP 2,331 2,101

Mínimo 25,7 27,6

Máximo 37 37.8

Valor de P < 0,0001 Fonte: Della Nina (2012). Tabela 14 - Análise estatística utilizando-se o teste Mann-Whiyney dos valores médios da

temperatura aferida em graus Celsius nos joelhos comparando-se os joelhos operados do grupo TTA com os contralaterais íntegros aos 60 dias de pós operatório com seus respectivos desvio-padrão (DP), valores mínimos e máximos com intervalo de confiança de 95% - São Paulo - 2012

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60 dias TTA Operado Integro

Média 31,76 31,66

DP 2,690 2,338

Mínimo 25,4 25,5

Máximo 37,1 36,3

Valor de P 0,7287 Fonte: Della Nina (2012). Tabela 15 - Análise estatística utilizando-se o teste t de Student não pareado dos valores médios da

temperatura aferida em graus Celsius nos joelhos comparando-se os joelhos operados do grupo TTA com os contralaterais íntegros aos 60 dias de pós operatório após utilização da esteira com seus respectivos desvio-padrão (DP), valores mínimos e máximos com intervalo de confiança de 95% - São Paulo - 2012

60 dias TTA pós esteira Operado Integro

Média 32,04 32,04

DP 2,331 2,426

Mínimo 25,7 20,7

Máximo 37 37,1

Valor de P 0,9963 Fonte: Della Nina (2012). Tabela 16 - Análise estatística utilizando-se o teste Mann-Whitney dos valores médios da temperatura

aferida em graus Celsius nos joelhos comparando-se os joelhos operados do grupo TPLO com os contralaterais íntegros aos 60 dias de pós operatório com seus respectivos desvio-padrão (DP), valores mínimos e máximos com intervalo de confiança de 95% - São Paulo - 2012

60 dias TPLO Operado Integro

Média 32,51 32,25

DP 1,859 2,063

Mínimo 27,4 26,6

Máximo 36,6 36,7

Valor de P 0,2954 Fonte: Della Nina (2012). Tabela 17 - Análise estatística utilizando-se o teste t de Student não pareado dos valores médios da

temperatura aferida em graus Celsius nos joelhos comparando-se os joelhos operados do grupo TPLO com os contralaterais íntegros aos 60 dias de pós operatório após utilização da esteira com seus respectivos desvio-padrão (DP), valores mínimos e máximos com intervalo de confiança de 95% - São Paulo - 2012

60 dias TPLO pós esteira Operado Integro

Média 33,398 33,54

DP 2,101 2,266

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Mínimo 27,6 25,8

Máximo 37,8 38,1

Valor de P 0,2111 Fonte: Della Nina (2012). Tabela 18 - Análise estatística utilizando-se o teste Mann-Whitney dos valores médios da temperatura

aferida em graus Celsius nos joelhos operados comparando-se os joelhos do grupo TTA com os do grupo TPLO aos 90 dias de pós operatório com seus respectivos desvio-padrão (DP), valores mínimos e máximos com intervalo de confiança de 95%- São Paulo - 2012

90 dias TTA TPLO

Média 31,48 32,28

DP 2,437 1,802

Mínimo 24 28

Máximo 35,2 36,5

Valor de P 0,0255 Fonte: Della Nina (2012). Tabela 19 - Análise estatística utilizando-se o teste Mann-Whitney dos valores médios da temperatura

aferida em graus Celsius nos joelhos operados comparando-se os joelhos do grupo TTA com os do grupo TPLO aos 90 dias de pós operatório após utilização da esteira com seus respectivos desvio-padrão (DP), valores mínimos e máximos com intervalo de confiança de 95% - São Paulo - 2012

90 dias pós esteira TTA TPLO

Média 32,25 33,32

DP 2,669 1,311

Mínimo 25,5 30,3

Máximo 36,8 36,5

Valor de P 0,0024 Fonte: Della Nina (2012). Tabela 20 - Análise estatística utilizando-se o teste t de Student não pareado dos valores médios da

temperatura aferida em graus Celsius nos joelhos comparando-se os joelhos operados do grupo TTA com os contralaterais íntegros aos 90 dias de pós operatório com seus respectivos desvio-padrão (DP), valores mínimos e máximos com intervalo de confiança de 95% - São Paulo - 2012

90 dias TTA Operado Integro

Média 31,48 31,23

DP 2,437 2,336

Mínimo 24 25,8

Máximo 35,2 35,5

Valor de P 0,3495 Fonte: Della Nina (2012).

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Tabela 21 - Análise estatística utilizando-se o teste t de Student não pareado dos valores médios da

temperatura aferida em graus Celsius nos joelhos comparando-se os joelhos operados do grupo TTA com os contralaterais íntegros aos 90 dias de pós operatório após utilização da esteira com seus respectivos desvio-padrão (DP), valores mínimos e máximos com intervalo de confiança de 95% - São Paulo - 2012

90 dias TTA pós esteira Operado Integro

Média 32,253 32,149

DP 2,669 2,507

Mínimo 25,5 26,5

Máximo 36,8 36,4

Valor de P 0,7203 Fonte: Della Nina (2012). Tabela 22 – Análise estatística utilizando-se o teste t de Student não pareado dos valores médios da

temperatura aferida em graus Celsius nos joelhos comparando-se os joelhos operados do grupo TPLO com os contralaterais íntegros aos 90 dias de pós operatório com seus respectivos desvio-padrão (DP), valores mínimos e máximos com intervalo de confiança de 95% - São Paulo - 2012

90 dias TPLO Operado Integro

Média 32,277 32,22

DP 1,802 1,862

Mínimo 28 28,3

Máximo 36,5 36,7

Valor de P 0,7628 Fonte: Della Nina (2012). Tabela 23 - Análise estatística utilizando-se o teste t de Student não pareado dos valores médios da

temperatura aferida em graus Celsius nos joelhos comparando-se os joelhos operados do grupo TPLO com os contralaterais íntegros aos 90 dias de pós operatório após utilização da esteira com seus respectivos desvio-padrão (DP), valores mínimos e máximos com intervalo de confiança de 95% - São Paulo - 2012

90 dias TPLO pós esteira Operado Integro

Média 33,32 33,40

DP 1,311 1,304

Mínimo 30,3 30,6

Máximo 36,5 36,3

Valor de P 0,6083 Fonte: Della Nina (2012).

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Tabela 24 - Valores médios de temperatura em graus Celsius aferida nos joelhos dos pacientes do grupo controle no período pré e pós esteira - São Paulo - 2012

Grupo controle Pré esteira Pós esteira

Animal 1 34,12 34,12

Animal 2 32,61 33,65

Animal 3 35,04 34,99

Animal 4 36,20 36,07

Animal 5 32,53 33,17

Animal 6 29,44 31,92

Animal 7 33,30 34,17

Animal 8 31,54 31,53

Animal 9 34,64 35,23

Animal 10 33,97 33,48 Fonte: Della Nina (2012).

Tabela 25 - Valores médios de temperatura em graus Celsius aferida nos joelhos dos pacientes do grupo TTA no período pré operatório, 30, 60 e 90 dias de pós operatório durante avaliações pré e pós utilização da esteira - São Paulo - 2012

Grupo TTA Pré esteira Pós esteira

Pré operatório 33,06 34,11

30 dias 33,08 33,76

60 dias 31,76 32,04

90 dias 31,48 32,25 Fonte: Della Nina (2012).

Tabela 26 - Valores médios de temperatura em graus Celsius aferida nos joelhos dos pacientes do grupo TPLO no período pré operatório, 30, 60 e 90 dias de pós operatório durante avaliações pré e pós a utilização da esteira - São Paulo - 2012

Grupo TPLO Pré esteira Pós esteira

Pré operatório 32,56 33,48

30 dias 33,53 34,12

60 dias 32,51 33,40

90 dias 32,28 33,32 Fonte: Della Nina (2012).

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DDiissccuussssããoo

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79

99 DDIISSCCUUSSSSÃÃOO

O joelho canino é uma área extremamente complexa no que tange as

estruturas anatômicas e biomecânica articular a fim de possibilitar um funcionamento

adequado às necessidades de cada indivíduo. No presente trabalho foi possível

avaliar joelhos de diferentes raças caninas e observar que existem características

genéticas importantes atuando não apenas na conformação óssea que compõem a

articulação fêmoro tíbio patelar, como citado por Rubin e Lanyon (1982), mas

também influenciando o desenvolvimento de tecidos moles adjacentes, como padrão

muscular e posições de apoio que podem influenciar na predisposição destes

animais a apresentar a doença do ligamento cruzado cranial.

Concordamos com Hayashi, Manley e Muir (2004) e entendemos que os

fatores ambientais também atuam na predisposição dos cães em apresentar a

ruptura do ligamento cruzado cranial, pois cargas constantes e excessivas

provocadas por exercícios com sobrecarga, obesidade ou deambulação em áreas

que desfavoreçam a estabilidade articular podem causar lesões constantes e

exacerbar desequilíbrios pré existentes como os conformacionais (GRIFFON, 2010).

Durante a avaliação inicial dos animais foi possível determinar com precisão a

instabilidade articular do joelho através dos testes de gaveta e de compressão tibial

como citados por Kim et al. (2008), sendo que em todos os pacientes foi confirmado

durante o procedimento cirúrgico o diagnóstico clínico, demonstrando a eficiência e

facilidade dos testes na rotina clinico cirúrgica ortopédica.

Os critérios de exclusão utilizados no estudo foram considerados como

adequados, sendo que a metodologia de avaliação dos pacientes permitiu a

exclusão dos animais que indicassem alguma afecção sistêmica ou ortopédica que

pudessem interferir no resultado da avaliação termográfica. Segundo a avaliação

dos autores os animais incluídos no trabalho representaram um grupo homogêneo

de indivíduos no que se refere a individualização da afecção ruptura do ligamento

cruzado cranial, possibilitando coletar dados termográficos mais fidedignos.

A realização do exame radiográfico em posicionamentos descritos por Slocum

e Slocum (1993) foi imprescindível para o cálculo do ângulo do platô tibial de cada

animal, possibilitando a escolha e planejamento da técnica cirúrgica.

Recomendamos a realização dos exames diagnósticos por imagem com o paciente

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sedado ou sob anestesia geral no caso de pacientes muito agitados ou irascíveis,

em nosso estudo a sedação foi adequada para a realização de todos os

posicionamentos, porém ficou evidente a necessidade de técnicos e médicos

veterinários experientes para o correto posicionamento do animal na mesa

radiológica. A falha no posicionamento do membro durante o exame irá

invariavelmente provocar maior dificuldade e aumentar a porcentagem de falhas no

planejamento pré operatório.

Os procedimentos cirúrgicos de avanço da tuberosidade tibial (TTA) e de

osteotomia para o nivelamento do platô tibial foram realizados sem intercorrências

trans operatórias ou complicações maiores no período pós operatório. Sendo

observados alguns casos de complicações menores como edema, seroma e

deiscência de pontos isolados de pele, sendo todas tratadas de forma conservativa e

obtendo resolução nos primeiros 10 dias após o procedimento cirúrgico. O tempo

cirúrgico médio entre as duas técnicas foi semelhante, isto se deveu ao fato da

equipe cirúrgica principal ser experiente e composta pelos mesmos cirurgiões em

todos os procedimentos do estudo.

Concordamos com Arthurs e Langley-Hobbs (2007) quando citam que

algumas complicações podem ocorrer se não forem respeitadas certas regras

durante a realização das osteotomias corretivas, entre as complicações mais graves

citam desvios varus ou valgus, causando instabilidades patelares iatrogênicas no

paciente. Durante os procedimentos foram tomadas todas as precauções para

diminuir a taxa deste tipo de complicação e não foram detectadas alterações no eixo

axial tibial causada pela técnica cirúrgica nos animais avaliados.

O protocolo analgésico utilizado foi adequado a todos os animais do estudo,

não sendo necessária a readequação de dose ou modificação medicamentosa,

possibilitando a redução do estresse e facilitando o manejo no período pós

operatório imediato.

Concordamos com Embaby et al. (2002) quando citam que a termografia é

uma tecnologia de detecção de calor não invasiva que permite a interpretação da

temperatura corpórea. A conversão da radiação infravermelha emitida de uma

superfície em impulsos elétricos visualizáveis em padrões de imagens coloridas

proporciona uma ótima ferramenta diagnóstica com diversas vantagens em relação a

outros meios diagnósticos por imagem, entre elas a rápida aquisição das imagens

termográficas reduzindo o tempo de exame, ausência de necessidade de sedação

Page 82: Tese Marcos Della Nina COMPLETO€¦ · ligament (CCL) in dogs the ideal treatment for this common orthopedic condition remains uncertain. We evaluated using infrared thermography

81

prévia do paciente e por produzir imagens semelhantes a uma imagem fotográfica

normal, facilitando sua visualização e interpretação por técnicos menos experientes.

Diversos trabalhos demonstram as vantagens e aplicações da termografia na

medicina veterinária. Colak et al. (2010) relataram a possibilidade de avaliação e

detecção precoce de mastite subclínica utilizando a termografia, indicando que

afecções inflamatórias que alterem o metabolismo e vascularização regionais geram

resposta direta sobre a pele do paciente, entendemos que o trabalho de Colak et al.

(2010) enfatiza uma característica, que não deve ser ignorada, da avaliação

termográfica que é a dificuldade em se diferenciar afecções inflamatórias de

infecciosas, sendo em muitos casos um meio diagnóstico de triagem e

complementar a outros exames.

Concordamos com Harper (2000) que indica a termografia infravermelha

como um meio diagnóstico complementar, que auxilia na localização da afecção e

permite uma análise mais rápida e precisa sobre o protocolo a ser implementado,

sendo um meio de avaliação importante tanto no período diagnóstico como para o

momento de avaliações subseqüentes durante o tratamento.

Durante o presente trabalho observaram-se algumas características da

termografia infravermelha que são relatadas em diversos estudos como: baixo custo

do exame, facilidade de utilização do equipamento, possibilidade de realização do

exame na rotina hospitalar devido à facilidade de mobilidade do equipamento

envolvido e baixo estresse gerado ao paciente durante a avaliação (KWEE, 2008;

SANCHEZ, 2008).

A esteira terrestre canina foi utilizada para a realização dos testes com cães

hígidos a fim de padronizar a velocidade ideal e protocolos de utilização do aparelho,

a partir destas avaliações foi possível padronizar a velocidade de ensaio em 2 km/h,

sendo considerada uma velocidade segura para pacientes hígidos e em processo de

recuperação do procedimento ortopédico. O tempo de utilização para cada avaliação

foi determinado em 5 minutos, tempo este que se mostrou adequado para uma

correta avaliação da deambulação do paciente e utilização controlada da articulação

fêmoro tíbio patelar operada. O período de avaliação durante a esteira foi adequado

a todos pacientes, incluídos no grupo controle ou no grupo operado, sendo que em

nenhum momento houve necessidade de intervenção para readequar o paciente a

uma nova velocidade ou tempo de percurso pré estabelecido, demonstrando que os

parâmetros utilizados foram adequados para a avaliação dos pacientes nas

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condições deste estudo, sendo que na literatura pesquisada não se encontrou um

padrão para este tipo de exame.

Os testes na sala de avaliação demonstraram uma ótima capacidade de

padronização do meio ambiente sem maiores necessidades de adaptações,

indicando a possibilidade de adequação do ambiente de aquisição de imagens na

rotina clínica ortopédica em ambiente hospitalar. Tomou-se o cuidado de evitar a

movimentação excessiva do paciente ou que ele assumisse posição de decúbito

lateral, mantendo contato da região a ser fotografada com o piso frio. O

posicionamento da câmera termográfica de aproximadamente 30 cm de distância da

área de avaliação demonstrou possibilitar uma área de aquisição de imagem

adequada para abranger em sua totalidade a articulação fêmoro tíbio patelar e

possibilitar uma acuidade na identificação das subáreas e coleta de dados do

paciente.

Todas as imagens coletadas analisadas pelo programa de análise FLIR

QuickReport® (Figura 4), foram dividida em quatro regiões de mesma área, esta

divisão visou diminuir o erro de avaliação em região de joelho e permitiu adquirir

dados mais fidedignos sobre a diferença de temperatura entre os momentos de

avaliação, possibilitando diferenciar a média de temperatura entre as articulações

fêmoro tíbio patelares nos diversos momentos de avaliação como avaliar diferenças

térmicas regionais na região anatômica. Cada região foi avaliada

independentemente, possibilitando a coleta de dados como temperatura máxima,

mínima e média. O programa utilizado possibilitou a análise de cada imagem

termográfica de forma simples e direta.

A tricotomia dos locais de avaliação demonstrou ser importante na melhor

delimitação anatômica da articulação fêmoro tíbio patelar e de seus pontos de

referência utilizados para a análise termográfica. Discordamos, em parte, de

Infernuso et al. (2010) que em seu trabalho experimental comparando joelhos de

cães hígidos e com ruptura do ligamento cruzado cranial, relatou que a tricotomia

prévia é desnecessária para a correta avaliação termográfica da articulação fêmoro

tíbio patelar canina. Em nossa avaliação experimental observamos que é possível a

análise de joelhos não tricotomizados, porém a avaliação é dificultada em pacientes

que possuam um pelâme mais denso, como é o caso de raças de origem asiática ou

que tenham pêlos longos, sendo a tricotomia um procedimento de pouca

complexidade e gera poucas complicações frente às vantagens observadas.

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O grupo controle foi composto por indivíduos de diversas raças, com maior

proporção de cães da raça Doberman (40%), fato que não interferiu nas avaliações,

pois assumimos que a temperatura média de um indivíduo é padronizada pela

espécie e não pelas raças dentro de um mesmo grupo. Foram avaliados os joelhos

bilaterais com o objetivo de padronizar um valor médio de temperatura para a área

de estudo e possibilitar a comparação entre os valores térmicos entre as articulações

fêmoro tíbio patelares de um mesmo indivíduo, possibilitando a detecção de

variações decorrentes de características individuais, coletivas ou de interferências

externas ao indivíduo. O resultado estatístico dos dados coletados demonstrou que

no momento inicial de avaliação não existiam diferenças significantes entre o

membro direito e esquerdo dos indivíduos do grupo controle no que tange os valores

térmicos coletados antes e após a utilização da esteira. Este resultado corroborou os

diversos estudos na área humana e veterinária (SANCHEZ, 2008; INFERNUSO et

al., 2010).

A análise comparativa do grupo controle antes e depois da utilização da

esteira demonstrou diferenças estatísticamente significantes, ou seja, a

movimentação controlada da articulação fêmoro tíbio patelar provocou um aumento

na temperatura superficial do joelho, isto pode se dever a diversos fatores como

vasodilatação reflexa superficial e aumento da atividade metabólica intraarticular.

(BECHER et al., 2008).

O comportamento termográfico dos indivíduos do grupo controle demonstrou

que o método de avaliação estava padronizado e que as aferições dos grupos TTA e

TPLO poderiam ser realizadas utilizando-se o mesmo protocolo.

O resultado estatístico da comparação do joelho lesionado com o contralateral

hígido dos animais dos grupos TTA e TPLO no momento pré cirúrgico demonstrou

uma diferença estatisticamente significante entre os valores de temperatura,

resultado este que seria esperado devido à ocorrência de uma afecção unilateral

presente, porém chamou a atenção o fato da média de temperatura, em valores

absolutos, ser maior no membro hígido. Alguns fatores que podem estar

correlacionados com este resultado são o fato de que em todos os casos o tempo

decorrido da lesão inicial do ligamento cruzado cranial era maior que 15 dias, sendo

que após o período inflamatório inicial a claudicação do paciente se deve mais a

instabilidade biomecânica articular do que a uma reação inflamatória, que em

períodos mais tardios se torna quiescente, com períodos de agudização provocada

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pela degeneração articular decorrente da instabilidade local. Outro fator que não

pode ser esquecido é a falta de apoio com redução de carga imposta ao joelho

afetado, sendo notório a existência de um acréscimo na temperatura articular em

membros após a mobilização, em trabalho experimental realizado em humanos por

Becher et al. (2008), avaliou-se o incremento da temperatura intra articular em

indivíduos submetidos a exercícios controlados e observou-se um aumento de 2,1°C

nos primeiros 15 minutos de atividade. Nos pacientes avaliados é possível inferir que

a menor temperatura da articulação afetada pode ter correlação com a menor

utilização e menor carga imposta a este membro em relação ao membro pélvico

contralateral.

A avaliação estatística destes pacientes no pré operatório após a utilização da

esteira indicou que as diferenças entre a temperatura dos membros pélvicos após o

exercício controlado não era significante, fato este que pode indicar a real influência

do apoio no resultado estatístico encontrado antes do paciente ser submetido à

esteira. Neste momento da avaliação existe um movimento controlado e devido a

condições que fogem ao seu controle, o paciente tem a tendência a apoior mais o

membro afetado do que em condições normais de sua rotina diária, o que poderia

explicar a nova condição térmica do membro afetado.

Os resultados após a utilização da esteira corroboram com os resultados

encontrados por Infernuso et al. (2010), que em seu trabalho não encontrou

diferenças significantes entre os valores térmicos do joelho de pacientes hígidos e

com ruptura do ligamento cruzado cranial, indicando que a utilização dos valores

térmicos absolutos da avaliação termográfica não seriam confiáveis no diagnóstico

desta afecção.

Alguns dias prévios ao retorno de 30 dias realizou-se a tricotomia da região

do joelho bilateral do paciente a fim de reduzir o efeito do pelame na avaliação e

possibilitar uma comparação com os dados coletados no momento pré operatório.

No trigésimo dia repetiu-se a avaliação termográfica utilizando-se o mesmo protocolo

do período pré operatório.

Os resultados encontrados no momento de 30 dias foram que não houve

diferença estatística significante entre os grupos TTA e TPLO no que tange a

comparação entre os joelhos operados antes e após a utilização da esteira. Porém

encontramos diferenças estatisticamente significantes nos valores comparativos dos

membros operados em relação ao contralateral hígido em ambos os grupos, tanto no

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momento pré esteira como após o exercício controlado. Estes resultados

demonstram que aos 30 dias de pós operatório as duas técnicas cirúrgicas se

comportam de forma semelhante no que tange o possível componente inflamatório e

de apoio. Possivelmente o aumento dos valores de temperatura nos joelhos

operados em relação ao contralateral pode ser devido a um componente inflamatório

cirúrgico residual e uma adequação articular a nova condição biomecânica no pós

operatório.

Segundo Capraro et al. (2008) processos infecciosos também poderiam

causar um aumento de temperatura, no caso dos animais avaliados não foram

detectados nenhum sinal clínico ou radiográfico que indicasse um processo

infeccioso ativo, sendo descartada esta hipótese.

O comportamento e resultados estatísticos encontrados nos momentos de 60

e 90 dias dos grupos TTA e TPLO foram semelhantes, porém divergiram totalmente

dos resultados do período de 30 dias de pós operatório. Houve diferença estatística

significante dos valores térmicos entre os grupos TTA e TPLO no que tange a

comparação entre os joelhos operados antes e após a utilização da esteira, sendo

que o grupo TPLO obteve valores médios de temperatura superiores ao grupo TTA.

Diferentemente do período de avaliação anterior, aos 60 e 90 dias, não encontramos

diferenças estatisticamente significantes nos valores comparativos dos membros

operados em relação ao contralateral hígido em ambos os grupos, tanto no momento

pré esteira como após o exercício controlado. Estes resultados demonstram que a

partir dos 60 dias de pós operatório as duas técnicas cirúrgicas se comportam de

forma diferente no que tange o possível componente inflamatório e de apoio. Neste

momento da avaliação não se pode inferir sobre um componente inflamatório

cirúrgico residual devido ao tempo de pós operatório, mas existem diferenças

biomecânicas decorrentes da técnica cirúrgica de TTA e TPLO que podem

influenciar nesta diferença de comportamento térmico.

O fato de não existirem diferenças estatisticamente significantes entre os

joelhos operados do grupo TTA e TPLO e seus respectivos joelhos contralaterais

pode indicar que as duas técnicas cirúrgicas são capazes de trazer a articulação

operada a uma condição de normalidade do ponto de vista termográfico.

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CCoonncclluussõõeess

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1100 CCOONNCCLLUUSSÕÕEESS

A partir dos resultados obtidos no presente estudo concluímos que:

• A avaliação termográfica se mostrou um método diagnóstico de fácil

padronização.

• A termografia demonstrou ser inespecífica para a diferenciação de joelhos

com ruptura do ligamento cruzado cranial em cães.

• A partir do 60 dias de pós operatório a técnica de TTA e TPLO demonstrou

possibilitar a articulação um retorno a condição termográfica de normalidade.

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RReeffeerrêênncciiaass

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APÊNDICE A - Página da ficha de avaliação dos animais incluídos no estudo onde se realizava as anotações relativas à anamnese inicial

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APÊNDICE B - Página da ficha de consentimento dos proprietários autorizando a inclusão de seu animal no estudo.


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