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The Brazilian Post - Issue 86 - Portuguese

Date post: 09-Mar-2016
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The Brazilian Post - Issue 86 - Portuguese
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April 07th – 20th 2013 LONDON EDITION www.brazilianpost.co.uk • Issue n. 86 Com o crescimento da relevância internacional do Brasil, universidades britânicas promovem programas de estudo para aprofundar a compreensão sobre o país. O The Brazilian Post conversou com estudantes de mestrado e doutorado para mostrar nesta edição como a conexão entre Brasil e Reino Unido cresce no ambiente acadêmico. Leia mais nas páginas 2 e 8 >> COMUNIDADE: p05 Gringo no Brasil? Saiba como preservar as raízes brasileiras de crianças vivendo no exterior GUIA: p15 O aclamado dançarino brasileiro Jean Abreu está de volta com o espetáculo Blood UKstudy.com University Partners INVISTA NO SEU FUTURO PROFISSIONAL! FAÇA A SUA GRADUAÇÃO E PÓS NO REINO UNIDO COM A AJUDA GRÁTIS E HONESTA DA UKstudy! CONTATE [email protected] | www.ofertasukstudy.com.br | UKstudyBrazil ESTUDANDO O BRASIL NO REINO UNIDO
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Page 1: The Brazilian Post - Issue 86 - Portuguese

April 07th – 20th 2013

LONDON EDITION

www.brazilianpost.co.uk • Issue n. 86

Com o crescimento da relevância internacional do Brasil, universidades britânicas promovem programas de estudo para aprofundar a compreensão sobre o país. O The Brazilian Post conversou com estudantes de mestrado e doutorado para mostrar nesta edição como a conexão entre Brasil e Reino Unido cresce no ambiente acadêmico.

Leia mais nas páginas 2 e 8 >>

COMUNIDADE: p05Gringo no Brasil? Saiba como preservar as raízes brasileiras de crianças vivendo no exterior

GUIA: p15 O aclamado dançarino brasileiro Jean Abreu está de volta com o espetáculo Blood

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ESTUDANDO O BRASIL NO REINO UNIDO

Page 2: The Brazilian Post - Issue 86 - Portuguese

02 | April 07th – 20th 2013

Capa

Além do crescente número de estudantes brasileiros no Reino Unido, hoje é comum ouvir falar de grupos de estudos

sobre o Brasil em universidades por aqui, como por exemplo o King’s College e a Universidade de Oxford. A relevância do Brasil no cenário internacional é indiscutivelmente um motivo que impulsiona estas iniciativas e estimula acadêmicos de diversas nacionalidades a aprofundar temas verde e amarelo. Confira o texto de Guilherme Reis nas páginas 2 e 8 desta edição.

Seu filho é brasileiro aqui e gringo no Brasil? Para você que se identifica com a pergunta, entenda na matéria

de Nathália Braga (página 5) como trabalhar com a língua por herança (é aquela não falada no local que se vive) no dia a dia. E mostra exemplo de mães brasileiras que encararam este desafio e, desde 2009, coordenam o Clube dos Brasileirinhos. Uma iniciativa que desenvolve o aprendizado, não apenas da língua portuguesa, mas também da cultura brasileira de muitos filhos de brasileiros que vivem em Londres.

Na página 4, o destaque é para o anúncio de uma parceria firmada pelo Ministério da Cultura do Brasil, o Museu Nacional da República e o Victoria & Albert Museum, o maior museu de artes decorativas e design do mundo.

Em muitos países, incluindo o Brasil, a rede 4G ainda está engatinhando. Aqui na Inglaterra o desenvolvimento das redes 3G e 4G foi um pouco lento e agora o país investe em estudos acadêmicos de ponta para se tornar pioneira da próxima geração, a rede 5G. Leia mais na página 10.

Com estrelas do futebol brasileiro, como Ronaldo e Bebeto, o templo do futebol brasileiro é reaberto e “a bola volta a rolar no Maracanã”. A matéria do jornalista Renato Brandão (página 13), conta como foi o clima da reabertura do estádio, entre festa e polêmicas.

É através do nosso conteúdo que sempre enfatizamos a conexão

já estabelecida entre Brasil e Reino Unido. Demonstrando a nossa confiança no posicionamento do Brasil internacionalmente. E, ao mesmo tempo, críticos com as contradições que existem em nosso país.

Divirta-se com muita informação de cultura, esporte, política, educação e muito mais, sempre destacando a conexão que a terra tupiniquim está alcançando!

Keep in touch!

Ana [email protected] Chefe

EDITORIAL

ALÉM DOS ESTEREÓTIPOS

Ampliando o conhecimento sobre o Brasil no Reino UnidoCentros voltados a assuntos brasileiros em universidades britânicas reforçam relevância do país no cenário mundial

Por Guilherme Reis

Mathilde Chatin é francesa e mora em Londres desde 2011. No ano passado, deu início ao seu programa de

PhD, no qual examina a possibilidade de o Brasil se tornar uma potência internacional, analisando se o país pode desafiar o conceito de que capacidade militar é fundamental para um Estado se elevar como potência mundial.

“O título da minha pesquisa é Brasil: uma nova potência sem força militar? A intenção é demonstrar que o Brasil vai confirmar ou invalidar esse conceito de poder, além de compreender se o país pode ou não se tornar uma potência sem fins militares, e sim pelo reconhecimento econômico. Avaliando as características de poder pelo exemplo do Brasil, a ideia é determinar se o país pode ilustrar uma evolução de critério, com a perspectiva de crescimento econômico do Brasil e seu papel mais importante na política internacional, combinada com sua

limitada capacidade militar”, explicou Mathilde ao TBP.

Ela contou ainda que esteve no Brasil em 2009 e que pretende voltar ao país mais duas vezes este ano, com o intuito de fazer mais pesquisas em sua área de estudo “Quero trabalhar no ambiente da política e das relações internacionais, por isso pretendo continuar a desenvolver meu conhecimento sobre a América Latina e o Brasil em especial”, disse.

Mathilde é uma entre os oito estudantes do programa de PhD do King’s Brazil Institute, instituto voltado

a estudos sobre o Brasil do King’s College London. Pioneira na promoção da cultura e história do Brasil na Inglaterra, a universidade, através do Brazil Institute, expressa de maneira muito clara o crescente interesse internacional sobre nosso país.

O diretor do King’s Brazil Institute, professor Anthony Pereira, contou ao TBP que a universidade tem uma longa relação com o ensino da língua portuguesa, desde a década de 1860, e que isso fez a instituição ser um local natural para a promoção de estudos sobre o Brasil. “Com a criação do Brazil Institute, em 2010, o King’s vai além da literatura e da história para promover pesquisa, ensino e eventos sobre o Brasil contemporâneo, principalmente sob a perspectiva da ciência social”, afirmou Anthony.

O professor comentou ainda sobre o fato de muitos estudantes não-brasileiros conhecerem pouco sobre o país, sendo a maioria familiarizada apenas com imagens populares como o samba, o futebol, as praias, a capoeira etc. “Não há nada de errado com os estereótipos – eles normalmente são positivos e fazem as pessoas quererem saber mais sobre o Brasil. Mas nós tentamos fazer com que elas olhem mais profundamente para o país, para sua diversidade, complexidade e rápido processo de mudança”.

Continua na página 8 >>

Estudos sobre o Brasil fazem com que os europeus entendam melhor o país em sua complexidade

Page 3: The Brazilian Post - Issue 86 - Portuguese

Brasil | 03

PAÍS MULTICULTURAL

Cultura afro-brasileira e democracia

Por Ruy dos Santos Siqueira*

De autoria da ex-deputada Esther Grossi (PT/RS) e promulgada pelo então presidente Lula em 2003, a lei que prevê a inclusão

da história da África e da cultura dos afro-brasileiros nas escolas brasileiras, além de uma grande conquista dos afrodescendentes, foi também uma vitória da sociedade em geral. Uma conquista de todos os brasileiros que vislumbram um país onde seus espaços públicos se traduzam em um lugar de todas as ontologias e culturalidades do Brasil miscigenado.

Com o advento da lei, o conteúdo programático das diversas disciplinas passou a considerar o estudo de história da África e dos africanos e da cultura afro-brasileira, além da população indígena, na formação da sociedade brasileira, reinscrevendo a contribuição dessa parcela da população nas áreas sociais, econômicas e políticas no contexto sócio-histórico. Essa inclusão representou uma ruptura com a caricatura escravagista de o negro ser racialmente inferior e o índio, indolente.

É importante destacar que esta iniciativa fazia parte das ações afirmativas aplicadas nos primeiros anos do governo Lula, uma vez que o Brasil havia assinado compromissos de enfrentamento e combate ao racismo.

Dez anos transcorridos da promulgação da lei e significativos avanços ocorreram, mas os ventos continuam a assoprar lentamente em termos de eficácia. Por vezes, tais medidas são assombradas pelo espectro do fundamentalismo cristão e do conservadorismo político, que se

assumem como guardiões da resistência em face ao fenômeno crescente da consciência histórica e política do povo afro-brasileiro que, aos poucos, vai prospectando-se na busca da sua identidade.

Não se pode deixar de comemorar o seu decênio. Tê-la como marco legal é um alento e um desafio. Um alento, pois a partir desse momento não cabe mais sustentar a tradicional pedagogia monolítica e monocultural, até então mera reprodutora do cânone ocidental, que trazia na sua retórica escolar a ideia de um determinismo social ou darwinismo cultural. No reverso, há de se reconhecer que a partir do início de sua vigência, tanto o poder público como parte da sociedade civil têm se mobilizado para impulsionar a sua implementação.

De acordo com o Censo 2010, a população negra e parda é a maioria no Brasil: 50,7% - ou 97 milhões de pessoas

Por um lado, tornou-se um desafio quando se defende a sua aplicação com

mais celeridade e visibilidade. A maioria dos governantes e gestores públicos padece de um olhar político e pedagógico ultrapassado, principalmente revestido de um imaginário social, mental e simbólico autoritário e plutocrático.

Desconstruir a imagem e o caricato do homem negro e mulher negra, oriundos de uma pressuposta África, equivocadamente descrita como lugar das savanas e da fome não é uma tarefa fácil. Ainda, em tempos pós-moderno, soa estranho no Brasil vozes saudosistas e dos escombros históricos, dizendo que o lugar do afro-brasileiro se restringe a uma senzala, pré-determinado e fadado a tarefas subalternas.

Inserir a história da África e da cultura afro-brasileira nos currículos escolares, para a maioria dos intelectuais tradicionais e governantes, é algo muito indigesto. É mais fácil que os Estados federados e os municípios imponham a leitura obrigatória da bíblia, como acontece em diversas partes do Brasil, o que coloca em xeque a própria ideia de Estado laico.

Não resta dúvida de que a inclusão da história da África e da cultura afro-brasileiro nas escolas brasileiras abriu o caminho para o debate nas universidades e nas instâncias governamentais. Saiu do gueto e, de forma recorrente, se apresenta na ordem cotidiana, seja para apoiar iniciativas de implementação por parte de diversos governantes e gestores públicos, ou para denunciar a omissão de outras autoridades que resistem à adoção de políticas de implementação da lei.

Indubitavelmente, a lei já produziu efeitos positivos para o conjunto da sociedade em termos de seu reconhecimento e sua importância no processo civilizatório brasileiro.

Vale destacar que, com a introdução da lei, o universo literário e editorial se revelou escasso em termos de publicações. Isso obrigou as autoridades governamentais a redobrar suas atenções em termos de elaboração de conteúdo programático e bibliográfico. Mesmo ainda não tendo alcançado a maioria das escolas brasileiras, a partir de então, qualquer política pedagógica percorre necessariamente pelo crivo dessa lei.

Outro efeito da lei, timidamente positivo, é o seu caráter pedagógico e psicológico. Há fortes sinais de mudança no comportamento dos afro-brasileiros, claramente se aceitando como cidadãos descendentes da diáspora africana. É visível a melhora da autoestima do povo, mesmo diante de um país onde o racismo existe sem explicitar ou punir o racista.

É inegável perceber que a lei propiciou ao nosso complexo sistema de ensino um novo enfoque em suas literaturas e livros didáticos que tradicionalmente tratavam o negro apenas na condição de escravo, sem levar em conta a sua capacidade de produção intelectual, artística e científica, mesmo em tempos após a Lei Áurea.

Portanto, as conquistas trazidas por essa lei nos levam a deduzir que parte da sociedade brasileira ainda resiste ou ainda não incorporou na sua vivência as características de um Brasil multiétnico e multicultural, o que é de vital importância para a convivência mais justa e harmoniosa dos brasileiros. Isso só será possível em um Estado de direito democrático e laico.* Arte-Educador, Especialista em Direito Legislativo e ex-Secretário da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados

Há sinais de mudança no comportamento dos afro-brasileiros, claramente se aceitando como cidadãos descendentes da diáspora africana

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Brasil | 04 | April 07th – 20th 2013

“O Brasil tem um poder cultural incrível. Ao mesmo tempo em que é português, é africano e indígena também, sem contar a imigração. É um país com nível de impacto cultural muito alto” – Martin Roth

BRASIL-UK

Ministério da Cultura faz parceria inédita com o Victoria & Albert MuseumDa redação

A ministra da Cultura, Marta Suplicy, recebeu na manhã de 25 de abril, em seu gabinete, em Brasília, a visita de Martin

Roth, diretor do Victoria & Albert Museum – o maior museu de artes decorativas e design do mundo.

O encontro foi um desdobramento da visita ministerial a Londres, em dezembro último, para tratar de proposta de parceria de longo prazo entre o V&A, o Museu Nacional da República e o Ministério da Cultura.

A parceria será por quatro anos, podendo ser estendida. “Nova vida para o Museu Nacional que será totalmente reformado”, declarou a ministra durante o encontro.

Na reunião, Martin Roth apresentou proposta de realização de um ciclo de exposições e debates, a serem realizados conjuntamente pelo V&A, de Londres, e o Museu Nacional da República, de Brasília, entre a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016. A ousadia da iniciativa está na união de esforços para conectar o espírito utópico e inovador da proposta arquitetônica de Brasília com a ideia de museu do século 21.

“O Brasil tem um poder cultural

incrível. Primeiro, a formação do povo brasileiro: ao mesmo tempo em que é português, é africano e indígena também, sem contar a imigração. É um país com nível de impacto cultural muito alto. A primeira vez que eu fui ao Brasil foi em 1998. O Brasil daquela época e o de agora são completamente diferentes. As pessoas não estão de

certa forma ‘deprimidas’ como estavam naquela época, elas estão empolgadas com a situação atual do Brasil. E vocês têm muito potencial para contar grandes histórias para o mundo. A arte brasileira é muito empolgante”, disse Roth em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo.

ExposiçõesA primeira ação discutida é uma exposição sobre design, arquitetura, moda, ciência e tecnologia, a ser realizada no Museu Nacional da República, conectando o Brasil e a criatividade e diversidade brasileira às várias faces e visões do mundo

contemporâneo.A ambição do projeto é criar uma

plataforma de conexão entre cultura e inovação, partindo da centralidade de Brasília como ponto de encontro da diversidade brasileira e internacional. Na sequência, temas como a dança e a ideia de futuro poderão servir de base para outras exposições até 2016.

O V&A possui um imenso acervo e expertise internacional, e pretende unir-se ao MinC e a criadores brasileiros para construir conjuntamente um roteiro da história e do futuro do design, da moda e da arquitetura.

O IBRAM será o ponto de contato

nessa parceria, conectando a proposta com os objetivos da política do setor de museus no Brasil e visando à complementação do legado dessas ações para o fortalecimento do setor museológico brasileiro.

Além da exposição planejada para o Museu Nacional da República, irá ao país em janeiro do ano que vem a exposição “David Bowie Is”, que bateu o recorde entre museus britânicos de ingressos vendidos antecipadamente (40 mil). Os artigos do cantor, atualmente expostos no Victoria & Albert Museum, serão exibidas em São Paulo, no Museu da Imagem do Som.

V&A Museum e Museu Nacional da República: parceria será de 4 anos

Page 5: The Brazilian Post - Issue 86 - Portuguese

05

Comunidade

Por Nathália Braga

Morar fora do Brasil é, por si só, uma decisão que carrega muitos fatores emocionais. Ao mesmo

tempo em que se vive longe, existe a ligação não apenas com os familiares que ficaram, mas também com as raízes da nossa cultura e da nossa língua. Além disso, ter um filho em um país estrangeiro, não raramente com um parceiro de outra nacionalidade, traz à tona um desafio ainda maior que é o de não só educar, mas também passar adiante a cultura brasileira em todos os aspectos possíveis.

Dentro deste cenário, a língua de herança – que é aquela não falada no local onde se vive – é o que muitos brasileiros almejam deixar para seus filhos. Afinal, é preciso se comunicar com os avós, tios e primos que vivem no Brasil e fazer a criança sentir que pertence a este meio. Por outro lado, o inglês falado nas ruas e até mesmo dentro de casa, quando não um terceiro idioma, pode dar a impressão de que a criança ficará confusa e não falará propriamente nem uma língua e nem outra.

Mas para a presidente e fundadora da Associação Brasileira de Iniciativas Educacionais no Reino Unido (Abrir), Ana Souza, este é um dos grandes mitos quando se fala em educação multilíngue. “Misturar duas línguas não significa que a criança não saiba nem uma e nem outra. É um processo natural de desenvolvimento linguístico”, explica a especialista.

Na realidade, aprender dois idiomas ao mesmo tempo pode ajudar no desenvolvimento cognitivo da criança. “Melhora o desenvolvimento do cérebro e na maneira de pensar, sendo ela geralmente mais flexível desde pequenininha, pois a criança percebe que pode dar nomes diferentes para um mesmo objeto. Ela tende a ser mais flexível quando conversa com outras pessoas, aberta a outras ideias e a aprender”.

Dia a diaImplantar o português no cotidiano quando se vive em um país de língua inglesa não é simples. Afinal, nas ruas, nos parquinhos e principalmente na escola é o inglês que irá predominar. A solução, então, é os pais usarem seus respectivos idiomas dentro de casa. Se ambos forem brasileiros, mais fácil. Mas brasileiros casados com ingleses ou com pessoas de outras nacionalidades podem tranquilamente seguir o mesmo método, conhecido como OPOL (one-parent-one-language).

A importância de saber sobre a cultura brasileira e se comunicar em português

“Quando o casal tem nacionalidades diferentes, é recomendável que o pai fale a língua dele e a mãe, a dela. Desta forma, se, por exemplo, o pai é polonês e a mãe é brasileira e eles falam inglês entre eles, a criança será exposta a três idiomas de uma só vez desde os meses que passou no ventre materno. Sim, porque é importante criar o hábito OPOL desde que o casal se descobre grávido! Parece excessivo e exaustivo para um bebê tão indefeso, mas a ciência tem mostrado que as crianças têm uma capacidade de absorção e aprendizado de idiomas surpreendente, desde o útero da mãe”, afirma a tradutora e membro do Institute of Linguists de Londres, Luciana Paquet.

Outra dica da tradutora é inserir a leitura no processo de aprendizado. É então que os livros bilíngues aparecem como uma útil ferramenta. “Pai e mãe podem ler a mesma história em dois idiomas diferentes. A criança vai absorvendo novos vocabulários nos dois idiomas, aprendendo suas estruturas gramaticais e se familiarizando ao universo bilíngue sem perceber”.

Clube dos BrasileirinhosOk. Falar em português e incentivar a leitura dentro de casa são etapas

importantes no incentivo ao aprendizado da língua. Mas mesmo assim há casos de crianças que não se sentem motivadas o bastante para falar em português – elas são capazes de entender o que está sendo dito em português, mas respondem em inglês, muitas vezes gerando frustração para a parte brasileira do casal.

Mas a especialista da Abrir explica que é preciso ter paciência e não desanimar. “Isso não significa que ela está rejeitando a língua, apenas está fazendo o que é mais natural”, diz Ana, ressaltando que é para ajudar os pais que várias atividades da Abrir são direcionadas. Uma delas é o apoio a escolinhas e grupos onde o português e a cultura brasileira são ensinados. Ao total, são dez instituições em todo o Reino Unido.

Um exemplo é o Clube dos Brasileirinhos, criado em 2009 e que atualmente tem cerca de 30 alunos, divididos em três salas: quatro a seis anos; sete e oito anos e nove a onze anos. As aulas acontecem aos sábados, das 10h30 às 12h30 em uma escola localizada próxima à estação St. Johns Wood.

O Clube segue o calendário das escolas britânicas e, portanto, o conteúdo das aulas é programado para cada trimestre (term). Assim como o valor da trimestralidade, que varia de acordo com o número de semanas, sendo que atualmente é no valor de £ 138.

No Clube, as crianças aprendem português e a cultura geral do Brasil. Durante a visita do The Brazilian Post, as crianças ouviam atentamente a professora falar sobre as regiões do Brasil e suas particularidades.

É exatamente dessa forma que elas não só desenvolvem o aprendizado, mas também fazem novas amizades e se sentem motivadas a usar o que

aprenderam dentro da sala de aula. “Queremos que estas crianças tenham um nível tão bom de português quanto elas tem de inglês”, diz a brasileira e uma das responsáveis pelo Clube dos Brasileirinhos, Silvia Fermo.

A brasileira Márcia Pryn mora em Londres há sete anos e é casada com um francês. A filha do casal tem nove anos e começou a frequentar as aulas para melhorar o português. “No primeiro dia de aula ela não queria entrar na sala, mas depois não queria sair. Vou observar como ela se sai e quero que ela aprenda também a nossa cultura”, diz Márcia.

Quem já pode observar bons resultados é a angolana Neusa Neves, que também tem uma filha de nove anos que antigamente frequentava aulas de português em outro local e que, após conhecer, preferiu o Clube dos Brasileirinhos. “A comunidade brasileira é bem mais calorosa. Minha filha está bem mais confiante para falar português e percebo que se sente mais à vontade também”, comemora.

Independente da metodologia utilizada, a língua de herança é um dos presentes mais bonitos que os pais podem deixar para seus filhos – afinal, é uma ligação eterna com suas próprias raízes.

LÍNGUA DE HERANÇA

Seu filho é brasileiro em Londres e gringo no Brasil?

ServiçoABRIR www.abrir.org.uk

Clube dos Brasileirinhoswww.clubedosbrasileirinhos.com

Livros bilíngues J.N Piquetwww.jnpaquet-books.com

Crianças aprendem português e a cultura geral do Brasil

Page 6: The Brazilian Post - Issue 86 - Portuguese

Comunidade | 06 | April 07th – 20th 2013

Crossword

Answers

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CLUE 1

LAJOCKEYCTEWAERIALANDLIPANIACUTS

SPHERESAAIDEDSIP

FOURADINELESSERHRSTPILOTABEDLOOREPEALKBTRBTTI

KRYPTONITEELMMINER

G

T

Added to (conjunc-

tion)The fifthvowel

Balls To employ

A verysmall

amount ofa drink

Perky

Helped Seedingmachine

To placethe foot

onTo give adinner for

Human Re-

sources(abbr.)

The 19thletter of

thealphabet

Aprecious

stone

A platform(for acoffin)

Analuminumcontainer

PrimeMinister(abbr.)

Nickel(symbol)

"The End":the last

phrase in old movies

Type oftree

cultivatedfor shade

A digger

A longwoman'sdress or

robe

A fictionaltype of

rock thatis harmful

toSuperman

To operatea plane

Financial obligation

Cancel-lation

In bed

Number 4

Smaller

Words of a song

Snakelike fish An evil pirate who isthe enemy of Peter

Pan in theplay and

book by J.M. Barrie

Collection ofgeographical maps

Toilet(British)

Basic unitof matter

Regions

Incisions

Anantenna(British)

Not dry

Past of "to die"

A French philosopher,playwright and

novelist who was aleading exponent ofexisten-tialism

To ride aracehorse

3/loo — sip. 4/bier. 5/beryl — drill — pilot. 6/jockey.

OMBUDSMANEsta é a seção em que o Brazilian Post ouve a opinião do leitor sobre a matéria de capa da edição anterior. Você pode enviar a sua opinião também, participe! Envie um e-mail para [email protected]

“A oportunidade de realização de grandes eventos no Brasil é definitivamente uma boa notícia. Acho que muitas pessoas no Reino Unido conhecem o país apenas pelas florestas, favelas e pelo crime. Percepção é tudo e o Brasil poderia fazer com o dinheiro e turismo. A Copa do Mundo e as Olimpíadas certamente são um presente para o Brasil e um bom momento para mostrar que tem mais a oferecer.”

- John Rowlands, Liverpool - UK

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Page 7: The Brazilian Post - Issue 86 - Portuguese

Comunidade| 07

PERFIL

Carla Fachim: Jornalista full time Texto e Foto: Rômulo Seitenfus

A jornalista Carla Fachim havia produzido uma reportagem de cobertura da tempestade que destruiu uma cidade, no sul do

Brasil. Ao término do trabalho, recebera folga no dia em que o esposo fazia aniversário. Ela havia preparado uma festa surpresa e fora até o salão de beleza para colorir os cabelos, para aproveitar as horas de descanso. Com a tinta aplicada, teve de atender a um telefonema da empresa televisiva; precisava retornar ao trabalho. O Jornal Nacional aguardava por mais uma reportagem sobre o assunto. Ela pede então ao cabeleireiro para agilizar o processo; sua matéria abriria o telejornal e a multifacetada Carla ainda teria de chegar a tempo da festa, mostrando que é possível brilhar em diversos papéis.

Editora e apresentadora do Bom Dia Rio Grande - telejornal matutino da RBS TV, Rede Brasil Sul de Televisão – também faz parte do grupo de repórteres da TV Globo em âmbito nacional. Atuando há 17 anos, conquistou o público ao apresentar um estilo mais informal, um jornal mais conversado, mais próximo aos fatos e menos sensacionalista.

De férias em Londres, a jornalista fala para esta reportagem como concilia a carreira com as relações pessoais e revela ter de renunciar alguns importantes momentos.

“O jornalismo é uma profissão vocacionada. Você não é profissional somente em horário comercial; não temos dia, hora, lugar, para filtrarmos o que realmente é notícia. Ocorre abnegação de muitas coisas, até mesmo de convivência com a minha família. São escolhas e sei que acertei em todas, até agora”, expressa.

Por dois anos consecutivos, 2011 e 2012, conquistou o reconhecimento da Revista Press, especializada em notícias envolvendo jornalistas e seus trabalhos. Foi escolhida por um júri popular que a elegeu com votos efetuados pela internet, e com a ratificação do grupo especializado de jurados - formado por jornalistas renomados, autoridades e líderes de vários setores.

No ano passado, a editora convocou apresentadores e repórteres - de alguns programas da emissora – para literalmente correrem, vencendo o sedentarismo.

“Começamos caminhando e aos poucos evoluímos para a corrida. Em três meses de preparação já participamos, na época, de uma prova de revezamento na Maratona de Porto Alegre. Estimulamos e incentivamos os telespectadores sobre a importância da atividade física, nos desafiamos a começar; o público se identificou com as nossas dificuldades, fraquezas, dúvidas. Também tivemos preguiça e dor, esclarecemos questões com profissionais qualificados. No fim do ano o projeto foi premiado pelo Grupo RBS pela iniciativa inédita de mostrar,

por cinco meses, o apresentador como protagonista de uma situação, com um resultado impactante no retorno do telespectador e na audiência”.

Neste ano, Carla envolverá repórteres das 12 emissoras do Grupo RBS no interior do seu estado, que motivados por ela e sua equipe começaram a caminhar e correr no ano passado. “Agora queremos ser padrinhos dessas pessoas e juntos vamos correr no dia 6 de outubro na Corrida pela Vida, do Instituto do Câncer Infantil, em Porto Alegre. A gente fez esse link com a corrida do câncer, porque é comprovado que praticar exercícios físicos regularmente elimina os riscos de muitas doenças”, explica.

Entre tantas experiências e cenas inesquecíveis no ofício de repórter, Carla

relembra os momentos que marcaram sua trajetória.

“A mais triste foi estar numa temporada na Rede Globo em São Paulo e participar da cobertura do desastre aéreo com o avião da TAM. Sem dúvida, foi uma das piores experiências emocionais que vivi como jornalista. Perdi amigos no acidente, vi os corpos sendo resgatados, as chamas, senti o cheiro da morte, a tristeza das famílias. Impossível não se abalar e muito menos esquecer”, conta emocionada.

A apresentadora também relembra o começo da carreira, na RBS TV Cruz Alta. Ela é a autora da série de reportagens que na época denunciou fatos sobre a Febre Aftosa no Rio Grande do Sul.

“O que me marcou negativamente foi ver de perto o tamanho do prejuízo

financeiro e emocional que a Febre Aftosa provocou em milhares de famílias. Fiz a cobertura completa e acabei me envolvendo com as pessoas que tratavam os animais infectados como parte da família. Eu e os cinegrafistas Elias Gotaski, Sérgio Espíndola e João Maurício acabávamos nos expondo a situações perigosas. Algumas vezes tivemos de fugir da polícia, nos esconder nos galpões de assentados de Jóia (RS), e até levamos choques em cercas elétricas para escapar da fiscalização e mostrar o que a Secretaria da Agricultura fazia com as famílias. Tortura psicológica total, sem piedade com o sofrimento dos que perderam da noite para o dia, em muitos casos, a única fonte de sustento. Mostramos tudo o que conseguimos captar”.

Page 8: The Brazilian Post - Issue 86 - Portuguese

08 | April 07th – 20th 2013

MortIMer, MarketIng &

MedIa Ltd

CEO

Marcelo Mortimer

[email protected]

EDiTOrA ChEfE

Ana Toledo

[email protected]

EDiTOrES

Guilherme Reis

Kate Rintoul

rELAÇÕES PÚBLiCAS

Roberta Schwambach

[email protected]

DEPArTAMENTO COMErCiAL

Leonardo Altomar (074 6692 6782)

DiAGrAMAÇÃO

Roman Atamanczuk

DiSTriBUiÇÃO

Emblem Group LTD

COLABOrADOrES

Carolina Beal

Christiano Holanda

Cibele Porto

Daniela Barone

Jamie Jubon

Nathália Braga

Rafael Cabral

Ricardo Somera

Rômulo Seitenfus

Saulo Caliari

Shaun Cumming

Tico Silvério

Zazá Oliva

PUBLiCADO POr

Mortimer, Marketing & Media LTD

14 Widgeon Close, London – E16 3EF

Company number: 8043939

>> Continuação da Página 2

Anthony explicou que, para não ficar restrito ao eixo Rio - São Paulo, o King’s tem feito parcerias com universidades de outras regiões do Brasil, como a PUC-RS e as universidades federais de Curitiba e Minas Gerais.

Outro “gringo” que começa a ver o Brasil com olhos mais atentos e críticos é o alemão Georg Berger, estudante do programa de MA do Brazil Institute. “O programa oferece uma variedade de módulos, desde cultura até economia e política, que é o meu caso. Estudamos tudo desde os trabalhos internos da política brasileira até questões mais detalhadas como violência e segurança pública, desenvolvimento econômico e desigualdade, corrupção e questões raciais”, contou Georg ao TBP.

Além dessas questões mencionadas, todos os estudantes desse programa têm aulas sobre a história do Brasil, desde o tempo colonial até hoje.

Brasileiros Não são apenas “estrangeiros” que

estão estudando o Brasil no Reino Unido. A qualidade do ensino britânico, aliada à visão mais globalizada do mundo que é proporcionada pela experiência fora da terra natal, faz com que muitos brasileiros optem por expandir suas credenciais acadêmicas estudando o Brasil por aqui, com a vantagem de trazer na bagagem todo o conhecimento natural e na maioria das vezes diferenciado sobre o país.

No próprio King’s College, a paulistana Grace Iara Souza, de 28 anos, está desenvolvendo sua pesquisa de PhD sobre as políticas ambientais brasileiras. “Estou investigando como o Brasil ‘internaliza’ os compromissos assumidos em tratados internacionais de meio-ambiente (como o de Protocolo de Kyoto, por exemplo), através de políticas de desenvolvimento e preservação ambiental. E ainda pretendo investigar quais são as percepções locais das pessoas que moram nos chamados ‘recursos naturais globais’, como a Amazônia Brasileira, referente a tais tratados e a ‘internalização’ dos mesmos”, contou ao TBP.

Grace, que também fez graduação e mestrado no King’s College, afirmou que “estudar o Brasil no Reino Unido é uma experiência interessante”. “A influência internacional proporciona novas nuances ao debate, seja ele econômico, político, social ou ambiental. O estudo de ecologia política voltado para as Relações Internacionais era, até então, pouco explorado no Brasil e isso me incentivou a querer fazer o mestrado e agora o doutorado aqui no Reino Unido”.

A doutoranda contou ainda que cerca de 80% das pesquisas existentes sobre a Amazônia são publicadas por acadêmicos internacionais que muitas vezes não representam a posição brasileira e, por não terem acesso a publicações nacionais em língua portuguesa, acabam por omitir detalhes importantes sobre a nossa realidade.

“Ser uma brasileira estudando o Brasil no Reino Unido é uma chance de ser uma das pontes que ligam os dois mundos, especialmente agora, momento

em que o Brasil tem aumentando cada vez mais a sua relevância internacional”, argumentou Grace.

“Ser uma brasileira estudando o Brasil no Reino Unido é uma chance de ser uma das pontes que ligam os dois mundos” – Grace Iara Souza

Sobre o fato de haver certo receio no ambiente acadêmico brasileiro em relação a pesquisadores estrangeiros, Grace afirmou que “ainda existe uma mistura de sentimentos”. “Enquanto muitos – principalmente os que tiveram ou ainda participam de colaborações internacionais ou que fizeram parte dos seus estudos no exterior – são extremamente incentivadores e abertos à colaboração, existem ainda alguns

poucos que possuem uma visão mais protecionista e questionam, sempre que possível, a nossa decisão em vir estudar no exterior”, completou.

Outro brasileiro do Brazil Institute, o paulistano Darcio Pimenta, que está no programa de MA, disse que não teve problemas em relação a isso. “As conversas e as trocas de informações com pesquisadores do Brasil é sempre muito produtiva. Estamos na mesma direção, desenvolvendo e pesquisando soluções para melhorar nosso país”, afirmou ao TBP.

Darcio contou ainda que ao terminar o MA pretende contribuir com o fortalecimento dos pequenos negócios no Brasil através de conexões empreendedoras entre os dois países. “O Brasil é uma referência cultural e econômica onde existem muitas oportunidades de negócios”, disse.

Oxford Considerada e melhor universidade do Reino Unido e a quarta melhor do mundo, a Universidade de Oxford também conta com um programa de estudos sobre o Brasil, que abrange áreas de Relações Internacionais, Política Comparativa, Língua e Cultura e Meio-ambiente.

De acordo com diretor do Brazilian Studies Programme, Thimoty Power, há hoje 35 estudantes brasileiros em Oxford, sendo que 30 deles estão na pós-graduação e 13 são bolsistas do programa do governo federal Ciência Sem Fronteiras (saiba mais no box abaixo).

FIQUE DE OLHO

Programa do governo federal brasileiro que oferece bolsas de estudo em universidades fora do Brasil, o Ciência sem Fronteiras pretende trazer dez mil estudantes brasileiros para o reino Unido nos próximos quatro anos.

a maioria das bolsas é voltada para cursos de pós-graduação, mas é possível encontrar oportunidades em todas as modalidades, como graduação sanduíche (metade no Brasil e metade em outro país).

acesse o site www.ciênciasemfronteiras.gov.br, entre no link “Países” e selecione o reino Unido para ver as oportunidades existentes por aqui.

anthony Pereira, diretor do king’s Brazil Institute, afirmou ao TBP que a universidade “tem trabalhado duro para atrair mais

estudantes brasileiros”. dois anos atrás, havia 50 estudantes brasileiros no king’s College; hoje são mais de cem. a instituição, que está cadastrada no programa Ciência Sem Fronteiras e oferece outras oportunidades de bolsas, quer atrair brasileiros para todos os cursos, segundo anthony. Informações úteis neste endereço: http://goo.gl/uio3t.

diversas outras universidades britânicas conveniadas ao programa têm focado nos estudantes brasileiros, entre elas a própria Universidade de oxford (mais informações no endereço: http://goo.gl/7rftr), a Birmingham City University (http://goo.gl/m9IpH) e a Middlesex University London (http://goo.gl/U6wwu).

Page 9: The Brazilian Post - Issue 86 - Portuguese

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Pelo fato de o sistema político no Reino Unido não ser proporcional, o partido Trabalhista precisa fortalecer sua base eleitoral no sul para que tenha maioria em nível nacional

Com agenda de direita, Ukip se firma como quarto partido britânicoPor Guilherme Reis

O Ukip (Partido da Independência do Reino Unido) vai mudar a cara da política britânica, disse o líder da legenda,

Nigel Farage, no início do mês. Ele se referia aos resultados alcançados pelo seu partido nas eleições municipais britânicas, que definiu 2.300 conselheiros (similar ao posto de vereador no Brasil) em 34 cidades, a maioria no sul (menos Londres) e na zona central da Inglaterra. Com 23% dos votos conquistados, foi o melhor resultado para um partido que representa a quarta força no Reino Unido desde a segunda guerra mundial. “As pessoas que votam em nós estão rejeitando o sistema e têm razões para isso. Os três partidos [Conservador, Trabalhista e Liberal-democrata] parecem iguais, soam iguais e são constituídos por pessoas que nunca trabalharam no mundo real”, disse Farage.

O maior revés nessas eleições foi para o partido Conservador, do primeiro-ministro David Cameron. Apesar de os conservadores terem alcançado 25% dos votos, perderam mais de 320 conselheiros – uma derrota já era prevista pelo partido, que esperava perder 300

conselheiros. “Entendo as razões pelas quais pessoas que nos apoiavam não nos apoiam agora. Vamos tomar medidas necessárias para recuperar esse apoio”, afirmou Cameron depois de confirmados os resultados.

É justamente nessas “medidas necessárias” que está o xis da questão para o partido conservador. O Ukip, com uma agenda antieuropeia e contra a imigração, ganhou muitos dos eleitores conservadores tradicionais, que em tempos de crise têm aflorados seus sentimentos nacionalistas – durante a campanha o Ukip defendeu que, com a atual relação de pertencimento com a União Europeia, cerca de 27 milhões de pessoas iriam invadir as ilhas para se aproveitar da generosa cobertura social britânica.

Não foi a toa, portanto, que o primeiro-ministro David Cameron anunciou no começo do ano que, após as eleições para o Parlamento, em 2015, haverá no Reino Unido um referendo no qual a população dirá se quer continuar ou não como membro da União Europeia.

Isso mostra claramente uma divisão na direita britânica, e David Cameron terá de se equilibrar para não deixar-se levar pela agenda do Ukip, por mais que possa lhe render mais votos, já que

faz coligação com o partido Liberal-democrata – que nas eleições municipais teve 14% dos votos.

O partido Trabalhista, por sua vez, alcançou 29% dos votos. Mas, apesar do aparente bom resultado, tem situação complexa. Pelo fato de o sistema político

no Reino Unido não ser proporcional, o parlamento não reflete a quantidade de votos de cada partido, mas sim a quantidade de distritos eleitorais conquistados. Deste modo, levando em conta que os trabalhistas têm sua base de apoio mais forte no norte, faz-se necessária uma posição mais contundente do partido no sul, que é mais conservador, para que se alcance uma maioria em nível nacional.

De qualquer maneira, fica nítido certo desgaste em relação à política no Reino Unido, como lembrou o líder trabalhista, Ed. Miliband, que afirmou “há no país um sentimento anti-política”. Ou seja, apesar de a maioria discordar das medidas de austeridade que ferem o estado de bem-estar social adotadas por David Cameron, poucos acreditam que os trabalhadores podem ser uma alternativa.

Resta agora saber até que ponto o resultado dessas eleições levará os demais partidos a endurecerem suas políticas ao sabor da direita. Uma nova lei imigratória elaborada pelos conservadores está a caminho e, certamente, refletirá o que foi visto nas urnas – é previsto que até os trabalhistas apoiem o projeto, com algumas restrições.

ELEIÇÕES MUNICIPAIS

Page 10: The Brazilian Post - Issue 86 - Portuguese

10 | April 07th – 20th 2013

TecnologiaALTA CONECTIVIDADE

Universidade britânica lidera o desenvolvimento do 5GPor Rafael Cabral

Depois de ficar para trás no desenvolvimento e na aplicação das redes 3G e 4G, a Inglaterra aposta em

pesquisas acadêmicas de ponta para se tornar pioneira da próxima geração da internet móvel (5G). Por meio de uma parceria público-privada entre o governo inglês e um grupo de importantes empresas do setor de telecomunicações, a Universidade de Surrey, na grande Londres, ganhará ainda neste ano um moderno centro de inovação dedicado a investigações acerca do 5G, aliando os maiores especialistas da academia e da indústria.

“Estamos trabalhando em todas as etapas do desenvolvimento do 5G, em todo o sistema - o desenvolvimento da arquitetura da rede, a estrutura do acesso via rádio, rede sem fio e também na investigação de outras tecnologias promissoras. O projeto de Surrey está focado no desenvolvimento de várias dessas tecnologias, em garantir que possamos ter a propriedade intelectual dos padrões e em ajudar a implantá-los

mais rapidamente do que o esperado”, garante em entrevista o engenheiro Rahim Tafazolli, diretor do centro de pesquisa na Universidade de Surrey.

Ele explica que o maior desafio do 5G não é uma melhoria na velocidade

da conexão, mas aprimorar a infraestrutura e com isso criar uma melhor experiência de navegação para o usuário. “A velocidade não é a maior questão a ser resolvida, mas sim alguns problemas estruturais. Estamos voltados a criar melhor utilização do espectro de rádio e melhor aproveitamento de energia no sistema. Isso deve gerar redes de alta capacidade que sejam mil vezes melhores que o atual 4G”, aposta.

De acordo com Tafazolli, um terço do projeto está sendo bancado pelo UK Research Partnership Investment Fund (UKRPIF), enquanto o restante do investimento vem de um consórcio formado por grandes companhias globais (Telefónica, Fujitsu, Rohde-Schwarz, Internacional AIRCOM, Huawei e Samsung).

Com um aporte de 35 milhões de libras no final do ano passado (R$ 110 milhões), o centro espera acelerar a pesquisa e a concretização dos padrões. Até o final de 2013, a expectativa é lançar um campo de testes para os experimentos no pós-4G e 5G, área que abrangerá 4 km quadrados, com velocidade acima de 1 Gbit/segundo em cada célula. O local poderá ser usado por estudantes, pesquisadores e pelas próprias empresas financiadoras.

A importância econômica do assunto é evidente - uma rede de alta capacidade desenvolvida no velho continente pode ajudar a atrair empresas de alto rendimento e empregos. A própria União Europeia anunciou em fevereiro a liberação de 50 milhões de euros (R$ 130 milhões) para diversos projetos de pesquisa locais que, em várias escalas, buscam acelerar o desenvolvimento da banda larga móvel de altíssima velocidade.

De acordo com o engenheiro Luis Rodriguez-Rosello, chefe do gabinete de “redes do futuro” da Comissão Europeia, o interesse europeu pelas redes de banda larga de altíssima velocidade não é novo, mas ganhou fôlego com o financiamento anunciado no começo de 2013.

“A Europa tem o dinheiro, a vontade e a experiência para se tornar pioneira da tecnologia 5G. De 2007 a 2013 os investimentos passaram dos 700 milhões de euros (R$ 1,8 bilhão) em projetos que investigam as futuras redes, metade desses fundos tendo sido investidos em tecnologias sem fio que contribuíram para o desenvolvimento do 4G e agora do pós-4G e 5G”, afirma.

Quando concretizada, a rede 5G deve transformar a experiência do usuário da internet móvel, criando uma comunicação que passará a ser mais visual (conversas em vídeo em vez de áudio), possibilitando uma rede totalmente ubíqua (disponível em todos os lugares) e abrindo caminho para a implantação efetiva da chamada “internet das coisas” (máquinas e objetos conectados). No entanto, isso não deve acontecer tão cedo: as previsões mais otimistas são de que a tecnologia chegue ao mercado por volta de 2020.

Quinta geração da internet móvel será mil vezes melhor que 4G, diz pesquisador

Projeto do centro de inovação da Universidade de Surrey

Page 11: The Brazilian Post - Issue 86 - Portuguese

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Page 12: The Brazilian Post - Issue 86 - Portuguese

Esporte | 12 | April 07th – 20th 2013

EsporteLIGA DOS CAMPEÕES

Final alemã em Londres

Por Jamie Jubon

Bayern de Munique e Borussia Dortmund farão a tão esperada final da Liga dos Campeões no estádio de Wembley, em

Londres, no final de maio, depois de terem derrotado nas semifinais os gigantes espanhóis Barcelona e Real Madrid, respectivamente. Os dois clubes alemães tiverem atuações brilhantes nas semifinais e farão, pela primeira vez, uma final com duas equipes da Alemanha.

O atacante polonês do Borussia, Robert Lewandowski, se tornou o primeiro jogador a marcar quatro gols

em uma semifinal de Liga dos Campeões, na vitória de seu time por 4 a 1 contra o Real Madrid de José Mourinho na Alemanha, enquanto o Bayern, também em casa, aplicou uma goleada de 4 a 0 contra o Barcelona.

O Real chegou perto de reverter o placar no jogo de volta, no Santiago Bernabeu, com gols de Benzema e Sergio Ramos – ficou faltando mais um gol para o time espanhol se classificar no critério de gols marcados fora de casa. Mas o jovem time do Borussia soube segurar a partida e garantir a classificação da equipe para a final da Liga dos Campeões pela primeira vez em 16 anos.

Já o Barcelona optou por deixar o craque Lionel Messi no banco na partida de volta, com medo de o jogador sofrer uma lesão mais séria, mas também foi um sinal de que a classificação já estava decidida. Isso ficou provado com a vitória de 3 a 0 do Bayern em pleno Camp Nou, que marcou um placar agregado impressionante: 7 a 0.

Já houve finais com dois times espanhois, italianos e ingleses; agora, pela primeira vez, os dois finalistas são da Alemanha. A expectativa é que 150 mil alemães venham para Inglaterra, apesar de as duas equipes terem disponíveis “apenas” 50 mil ingressos. Isso mostra o tamanho da expectativa criada para a partida.

O que tem sido dito pelos especialistas é que o sucessos do Bayern e do Borussia marca o resurgimento do futebol alemão, que deve dominar o futebol europeu nos próximos anos.

O futebol inglês, por sua vez, passa por um momento delicado, com Machester United e Chelsea não tão fortes como foram em anos anteriores, assim como os dois gigantes da Espanha, que não conseguiram fazer frente ao futebol intenso de Bayern e Borussia.

O Bayern é um time consistente; cada jogador sabe exatamente seu papel dentro de campo, o que faz o sistema de jogo beirar a perfeição. O técnico Jupp Heynckes tem grande mérito na criação desse time, e o desafio do novo técnico que assumirá após a final da Liga dos Campeões, ironicamente o ex-comandante do Barcelona, Pep Guardiola, será bastante grande.

Melhorar o atual Bayern de Munique será muito difícil, principalmente se a equipe vencer a Liga dos Campeões e a Copa da Alemanha, fazendo uma temporada perfeita, que já conta com o título do Campeonato Alemão.

O sucesso do Bayern faz com que a Bundesliga se fortaleça como um dos campeonatos mais interessantes do mundo. O problema, porém, é a diferença financeira da equipe para seus rivais, inclusive o Borussia.

O time de Dortmund sofrerá para manter seus jogadores para a próxima temporada. Mas, tendo em vista que o

clube quase foi à falência alguns anos atrás, a situação atual é bastante louvável.

Em vez de gastar fortunas para criar um time do zero, o Borussia apostou nos jogadores formados em casa, o que deu muito certo e fez nascer uma nova geração de jogadores alemães.

No entanto, nem tudo é perfeito. O craque Gotze, por exemplo, já assinou contrato com o rival Bayern de Munique, time que irá defender na próxima temporada.

O mesmo deve acontecer com outros jogadores da equipe. Portanto seria memorável se a equipe levantasse o troféu da Liga dos Campeões.

Concluindo, apesar do domínio atual, será difícil para os clubes alemães manterem o domínio na Europa. Os clubes ingleses e espanhóis certamente vão gastar milhões na janela de transferência para não ficarem para trás na disputa continental.

De qualquer maneira, Bayern e Borussia merecem muitos créditos por uma temporada incrível e com toda justiça farão a final da Liga dos Campeões. Quando os dois times pisarem no gramado de Wembley, dia 25 de maio, o público certamente verá as duas melhores equipes da Europa.

ROBBEN (BAyERN)

GOTzE (BORUSSIA)

Page 13: The Brazilian Post - Issue 86 - Portuguese

Esporte | 13

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Por Tico Silvério

Apesar de ainda estarmos respirando as lembranças de Londres 2012, os Jogos Olímpicos do Rio 2016 já começam a entrar em pauta, mesmo restando três anos para o

evento. Rio 2016 será a primeira Olimpíada realizada em

um país da América do Sul. Uma grande conquista para a parte sul do continente americano, e uma vitória em termos esportivos e socioeconômicos para o Brasil. As novidades, porém, não ficam apenas no país que irá sediar os jogos, mas também na inclusão de dois novos esportes.

O Comitê Olímpico Internacional aprovou a inclusão do rugby e do golfe. Com isso, Rio 2016 manterá as 26 modalidades disputadas em Londres 2012, somando 28 modalidades no total. Mas, apesar de serem novidades em 2016, o rugby e o golfe já foram esportes olímpicos. O golfe foi disputado em 1900, em Paris, e em 1904, em Saint Louis. Já o rugby foi disputado entre 1900 e 1924.

O golfe é um esporte que tem uma ligação fortíssima com a aristocracia, sendo associado às classes com maior poder aquisitivo. Grande parte dos historiadores acredita que o esporte tenha origem britânica, o que explicaria sua grande popularidade por aqui.

Nas Olimpíadas do Rio, a modalidade será disputa na forma Stroke Play, ou seja, 72 buracos, sendo 18 buracos por dia. O Brasil não tem nenhuma tradição no esporte, mas a inclusão da modalidade nos jogos

alavanca um crescimento significativo de novos campos de golfe.

Mas, em comparação aos hermanos argentinos, que têm golfistas como José Cóceres, Roberto DeVicenzo, Eduardo Romero, Ángel Cabrera e Ricardo González, que figuram entre os melhores da América Latina, o Brasil está apenas engatinhando no esporte.

O rugby, apesar de ser praticado em 21 estados brasileiros, é ainda menos popular do que o golfe, mas mundialmente é um esporte bastante conhecido. A Copa do Mundo de Rugby é o terceiro maior evento esportivo do planeta, ficando atrás apenas da Copa do Mundo de futebol e das próprias Olimpíadas.

No Rio 2016 a modalidade que fará parte dos jogos será a do Rugby Sevens, na qual cada time tem sete integrantes e o jogo é dividido em dois tempos de sete minutos cada.

Com elementos parecidos ao futebol americano, no rugby só é possível passar a bola para o lado ou para trás, e os avanços no campo acontecem quando os atletas correm carregando a bola.

Novamente, como ocorre no golfe, os argentinos tem mais tradição do que os brasileiros nesse esporte. A Argentina conquistou o terceiro lugar na Copa do Mundo de Rugby de 2007, disputado na França, derrotando duas vezes a forte seleção local.

O Brasil, por ser sede dos Jogos, terá atletas em todas as modalidades. Apesar de não ter nenhuma tradição no golfe e no rugby, os torcedores esperam que os três anos que restam para os jogos sejam suficientes para que o Brasil pelo menos chegue à frente dos hermanos.

RIO 2016

Golfe e rugby: de novo esportes olímpicos

Golfe foi esporte olímpico em 1900 e 1904

Page 14: The Brazilian Post - Issue 86 - Portuguese

Esporte | 14 | April 07th – 20th 2013

TEMPLO DO FUTEBOL

Bola volta a rolar no MaracanãPor Renato Brandão

Após muita espera e algumas polêmicas, a bola voltou a rolar no templo do futebol mundial. Fechado desde setembro de

2010, o Maracanã recebeu no final de abril seu primeiro evento-teste antes do amistoso entre Brasil e Inglaterra, agendado para dia 2 de junho – que marcará a reinauguração oficial da arena, que será o palco da final da Copa das Confederações e da Copa do Mundo.No novo gramado do Maracanã, jogaram os times dos astros Ronaldo e Bebeto. Participaram da festa outros sete campeões mundiais e atletas de trajetória destacada no mais importante estádio do futebol brasileiro. A partida comemorativa terminou em 8 a 5 para o time do Fenômeno.

Antes da “pelada”, artistas da música popular brasileira animaram o público, além de servirem de teste tanto para o moderno sistema de som como também dos quatro telões de alta definição.

Na cerimônia do Hino Nacional, a maioria dos torcedores vaiou a cantora Fernanda Abreu, vestida com uma camisa do Vasco da Gama, Eduardo Dussek, vestido de Botafogo, e Ivan Lins, de Fluminense. Somente Sandra de Sá, vestida de Flamengo, foi poupada.

Distribuídos pelas arquibancadas e tribunas, estiveram operários da obra e seus familiares, jornalistas, convidados de honra e autoridades, entre os quais a presidenta Dilma Rousseff, o governador fluminense Sergio Cabral, o prefeito carioca Eduardo Paes e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Apenas 30% da capacidade máxima do estádio foi liberada, e o jogo-exibição foi visto por pouco mais de 25 mil presentes. O Maracanã será reaberto com sua capacidade total e venda de ingresso ao público somente no amistoso contra os ingleses. Até lá, o estádio deverá receber pelo menos mais dois eventos-teste, a depender das negociações entre o governo estadual do Rio de Janeiro, a federação de futebol local e os principais clubes do Rio.

PolêmicasNão foi somente o clima de festa que marcou a reabertura do Maracanã. Do lado de fora, alguns trabalhadores da reforma do Maracanã atuaram livremente como cambistas, vendendo a até R$ 100 ingressos distribuídos gratuitamente a eles pelo governo fluminense para o evento-teste. Segundo a Agência Brasil, cinco deles foram presos.

Também foram multadas dezenas de veículos estacionados em local proibido e apreendidas bebidas e alimentos comercializados com ambulantes não autorizados.

Essa fiscalização atende aos interesses da Fifa, que exigiu do governo federal brasileiro que lhe concedesse

“áreas de restrição comercial”. Durante o Mundial, está proibido o comércio informal próximo das arenas, centro de treinamento e hotéis escolhidos pelas delegações dos países e as seleções nacionais.

Ainda do lado de fora, centenas de manifestantes protestaram contra o polêmico projeto de privatização do estádio. Embora tivesse começado pacífico, o ato terminou em um confronto entre os manifestantes e a polícia, que apartou a demonstração por meio de tiros de borracha, gás de pimenta e gás lacrimogêneo.

Esse foi apenas mais um capítulo do tumultuado processo de reformas do estádio Jornalista Mário Filho, iniciado em 2010.

A primeira controvérsia veio à tona em agosto daquele ano, quando o Ministério Público Federal tentou interromper a demolição da marquise original do estádio, por conta de o Maracanã ser tombado pelo patrimônio histórico brasileiro.

Engenheiros do consórcio construtor alegaram que a antiga estrutura estava comprometida pela corrosão progressiva e sua manutenção poderia colocar em risco a segurança dos torcedores.

Meses depois, a marquise foi demolida, mas essa demolição elevou os custos de reconstrução de R$ 705 milhões para R$ 931 milhões, gerando novas críticas de setores da sociedade civil.

Outra grande polêmica irrompeu no ano passado, quando o governo estado do Rio de Janeiro, que bancou a maior parte da reforma (o outro montante foi financiado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento, o BNDES), anunciou

que concederia a administração do Maracanã à iniciativa privada.

Manifestantes protestaram contra a iniciativa e o Ministério Público estadual tentou suspender o processo de licitação, sob a alegação de que a concessão poderia ferir o patrimônio público. Segundo os termos da licitação, o governo estadual receberá um aluguel anual mínimo de R$ 4,5 milhões por 33 dos 35 anos da concessão. Graças a uma vitória na Justiça, o processo teve continuidade.

Dois consórcios disputam a gestão administrativa do Maracanã por 35 anos, e o vencedor deve ser conhecido ainda neste mês.

O estudo de viabilidade do novo Maracanã prevê, para esse período, lucros de até R$ 1,4 bilhão ao vencedor da licitação, que terá direito à exploração econômica do estádio e também do ginásio Maracanãzinho. Além disso, fica autorizado a demolir equipamentos públicos nos arredores do estádio, como o estádio de atletismo Célio de Barros e o parque aquático Júlio Delamare, além de uma escola municipal e um presídio.

O antigo Museu do Índio, que funcionou no local de 1910 até 1978, será ser restaurado. Ocupado por etnias indígenas por seis anos até recentemente, o casarão, batizado de Aldeia Maracanã pelos seus moradores, foi desocupado em uma ação tumultuada, marcada por choques entre forças policiais e manifestantes.

RepaginadoPor dentro, o novo Maracanã lembra muito pouco o estádio construído para a Copa do Mundo de 1950.

A antiga marquise foi substituída por uma nova cobertura feita de membrana tensionada, com 60,4 metros de comprimento, que cobre cerca quase 100% dos novos assentos do estádio.

A maior inclinação das arquibancadas, que teve unificados os setores superior e inferior, garante melhor visibilidade ao torcedor. Em contrapartida, ela sepultou de vez o antigo e popular setor geral, onde os torcedores pagavam menos e costumavam ver em pé os jogos no estádio (a bem da verdade, a geral já havia sido descaracterizada em anos recentes desde que foram inseridas cadeiras no piso de concreto).

Além de modernas, todas as cadeiras do Maracanã são retráteis e numeradas. Porém, a capacidade do estádio, que ao longo de mais de 60 anos recebeu públicos de mais de 100 mil pessoas nos seus momentos mais gloriosos, foi reduzida para 78.639 espectadores.

AtrasosA pouco mais de um mês antes do início da Copa das Confederações, somente a área interna do Maracanã está pronta. Dezembro havia sido estabelecido pela Fifa como o mês limite para a entrega das seis arenas da competição. No caso do estádio carioca, sua entrega oficial ocorrerá somente no final deste mês.

Estão pendentes obras externas ao estádio, como construção de bilheterias e iluminação, além de intervenções na pavimentação e drenagem.

Todas estas obras devem custar ao menos mais R$ 500 milhões aos cofres públicos, elevando os gastos do Maracanã em mais de R$ 1 bilhão.

Novo Maracanã lembra muito pouco o estádio construído para a Copa do Mundo de 1950

Page 15: The Brazilian Post - Issue 86 - Portuguese

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After several successful shows around the UK, the Brazilian dancer Jean Abreu is back with his brand-new show: Blood. In an interview with The Brazilian Post, Jean talks about the inspiration for the show and what dance means to him. Turn the page and discover more…

>> Read more on page 16

Depois de alguns sucessos pelo Reino Unido, o dançarino brasileiro Jean Abreu está de volta com seu novo espetáculo:

Blood. Em entrevista ao The Brazilian Post, Jean fala de onde veio a inspiração para o show e sobre o que a dança significa

para ele. Vire a página e aproveite!

>> Leia mais na página 16

‘PURE wAyS OF ExPRESSING EMOTIONS’

Page 16: The Brazilian Post - Issue 86 - Portuguese

Special | 16 | April 07th – 20th 2013

Blood, a celebration of the strange beauty of life

Jean Abreu is part of the select group of Brazilian dancers who have achieved success outside their country. Based in London for

15 years, he studied at the Laban Dance Centre and started up his own company in 2003. After a few success runs with shows around the UK like Inside (2012) he is back with his brand-new show, called Blood.

“Blood is inspired by the work of Gilbert and George. I was fortunate in meeting them at the Venice Biennale in 2005 and we remained good friends. I love their dance sculpture from 1981 but it was

their series The Fundamental Pictures that led me to want explore spiritual, scientific and philosophical questions about the body, but in many ways Blood has evolved to be a lot more then that during the process of making the piece”, explained Jean to The Brazilian Post.

Blood utilises cutting-edge motion-capture technology and animation to heighten the audience’s experience of the body in motion. On a pure white set, swathes of red corpuscles bloom from an arm gesture, concentric circles emerge from a whisper or shout, and a stick-man

alter-ego shadows phrases of dance.This ground-breaking new solo will

be created with an outstanding team of collaborating artists including Italian software artists Mirko Arcese and Luca Biada, award-winning production designer Alan Macdonald, critically-acclaimed composer Paul Wolinski, voice coach Nia Lynn and dramaturge Lootie Bibby-Johansen.

Expressing ideas “My work combines a European contemporary dance language and Latin traditions which

takes my movement language to new and unique places”, told Jean.

“Dance is one of the earliest forms of communication known by man, and it is one of the most pure and raw ways of expressing emotions and ideas. It is a key for me, and hopefully to my audience, to open the door to another way of seeing and feeling. Dance allows me to express my identity or my many identities”, he added.

Blood will be shown in three different venues in the UK in May and June. There are five shows in total. Check out the box and do not miss it!

Blood, uma celebração da estranha beleza da vida

Jean Abreu faz parte do seleto grupo de dançarinos brasileiros que alcançaram sucesso fora de seu país. Vivendo em Londres há

15 anos, estudou na Laban Dance Centre e abriu sua própria companhia em 2003. Após alguns sucessos no Reino Unido, como o show Inside (2012), ele está de volta com seu novo espetáculo: Blood.

“Blood é inspirado no trabalho de Gilbert e George. Eu tive sorte de conhecê-los na Bienal de Veneza em 2005 e desde então somos bons amigos. Foi a série The Fundamental Pictures que me levou a

explorar questões espirituais, científicas e filosóficas do corpo, mas de muitas maneiras Blood se tornou muito mais do que isso durante o processo de elaboração da peça”, explicou Jean ao the Brazilian Post.

Blood utiliza tecnologia de captura de movimentos e animação para aumentar a percepção do público em relação ao corpo em movimento. Em um fundo branco, faixas de glóbulos vermelhos florescem com o movimento de um braço, círculos concêntricos emergem de um sussurro ou grito, entre outros

efeitos.O espetáculo foi criado por Jean em

conjunto com um time que inclui os artistas italianos Mirko Arcese e Luca Biada, o designer Alan Macdonald, o compositor Paul Wolinski, a cantora Nia Lynn e o dramaturgo Lootie Bibby-Johansen.

Expressando ideais “Meu trabalho combina a linguagem

da dança contemporânea europeia com a tradição latino-americana, o que leva minha linguagem corporal para lugares

únicos”, disse Jean. “A dança é uma das formas mais

antigas de comunicação e uma das maneiras mais puras de expressar emoções e ideias. É fundamental para mim, e espero que também para meu público, abrir a porta para outras maneiras de ver e sentir. A dança me permite expressar minha identidade”, completou.

Blood será apresentado em três cidades britânicas em maio e junho, inclusive em Londres. Haverá cinco shows no total. Imperdível!

BLOODColchesterSat, 18 May at 7.30pm

Lakeside theatre

tickets: £12

www.lakesidetheatre.org.uk

LeicesterWednesday 22 and thursday 23 May at

7.45pm

Curve theatre

tickets: £10

www.curveonline.co.uk

Londonthursday 27 & Friday 28 June at 7:45pm

Linbury Studio theatre at the royal

opera House Covent garden

tickets from £8.50 to £20

www.roh.org.uk

Page 17: The Brazilian Post - Issue 86 - Portuguese

Showbiz | 17

CELEBRIDADES E AFINS

O Brasil é cool ou o quê?Por Carolina Beal

Esta quinzena foi das celebridades internacionais, que agitaram o mundo com suas notícias e também andaram visitando

o Brasil. Sim, porque agora o Brasil é “cool”... Ou será que a indústria de celebridades só quer mesmo é vender produtos para os novos ricos brasileiros?

Nigella X AtalaGente, eu não tenho nada contra a apresentadora de TV Nigella Lawson, mas talvez porque eu seja uma mulher, não consigo ver nada deste tal jeito de “food porn” que os jornais denominam que seja o estilo dela. Digamos que ela tem seu charme, mas para falar a verdade, a única coisa que vejo de sexy ali é que a garota tem dois peitões, a única forma de justificar o fetiche inglês em relação à chef. Mas eis que a mulher foi ao Brasil lançar outro livro e, claro, que existiam fãs brasileiros (?!).

Bem, ao menos, Nigella foi simpática e fez pouco caso dos restaurantes badalados da cidade de São Paulo, indo parar no mercadão (ela adorou as frutas brasileiras e nós que moramos aqui em Londres entendemos o porquê, certo?) e na padaria da esquina (onde se esbaldou com cozinha – nhamiiiiii!). A moça também agendou uma visita a uma churrascaria enquanto estiver no Rio de Janeiro.

Ok, Nigella é simpática e não fica de frescura de comer nossa comida (coisa rara entre os ingleses!), mas eu ainda sou mais a favor do tatuado Alex Atala, que conquistou o 6º lugar entre os 50 melhores restaurantes do mundo nesta semana, segundo a lista da revista Restaurant.

Padoca VIPE olha que nossas padarias andam desbancando as churrascarias!!! Outra celebridade a visitar o Brasil esta semana também escolheu a padaria da esquina para provar as especialidades brasileiras. A fashionista Sarah Jessica Parker mal havia chegado à São Paulo e foi direto conhecer o bairro onde ficou hospedada, fazendo o pit stop tradicional paulistano: tomou seu café da manhã na padoca.

A atriz de Carrie, de Sex and The City, se serviu no Buffet do local, consumindo

diferentes tipos de pães, queijos, frios, salada de frutas, sucos e café! Ah, e a atriz também foi à uma churrascaria jantar no mesmo dia! É, pessoal, tem gente que é magra de natureza mesmo, né? Inveja!!!!

VegetarianoOutro britânico a visitar as terras tupiniquins é o ex-beatle Paul McCartney, que fez shows em Belo Horizonte e Goiânia e irá se apresentar em Fortaleza. No ano passado, ele havia tocado em Florianópolis e Recife. Mas Paul, que é vegetariano, claro que não visitou uma churrascaria, nem sequer resolveu ir a uma padaria. O ex-beatle prefere manter seu estilo inglês e, geralmente, pede para seu camarim vinho tinto francês, chá inglês, leite de soja, mel orgânico, limão e gengibre frescos, frutas orgânicas com uvas, bananas, laranjas e outras frutas da estação; seleção de nozes orgânicas, bagels e marmite! (Credo! Alguém come aquela coisa?). Ok, Paul McCartney só está perdoado porque... bem, ele é o Paul!

RapidinhasAcabou-se as brincadeiras com a inteligência portuguesa! Justin Bieber teve que cancelar sua apresentação em Portugal, já que as vendas dos ingressos foram péssimas, segundo o site TMZ. Parabéns à Portugal, por não cair nesta enganação!

O cantor Latino vai se casar novamente, em outubro. Segundo a noiva, a celebração vai acontecer para poucos convidados. Gostaria de saber como ele consegue arrumar tanta louca pra casar com ele (depois de já ter 5 filhos!)! Hmmm, acho que suspeito porquê, já que a lua de mel será nas Maldivas: “Existe lugar mais romântico do que as Maldivas? Não tem. Só são nove dias de relax porque o Latino tem shows já marcados”, explicou Rayanne Morais (Alguém sabia que o Latino ainda faz shows?).

Parece que o cantor anda escolhendo os nomes de suas noivas nas garrafinhas da Dolly!

Mídias sociaisTodo mundo sabe que a Coca-Cola fez uma promoção andou personalizando as latinhas com nomes de brasileiros,

certo? Há um vídeo circulando na internet (estou até atrasada em divulgar, mas se você ainda não viu, não perca!), produzido por um grupo de comédia chamado “Porta dos Fundos”.

Procure no canal deles pelo vídeo “Na Lata” ou acesse o link: http://goo.gl/Gtc2bMe diga depois em que prateleira seu nome deve estar.

Nigella Lawson lança livro no Brasil

Page 18: The Brazilian Post - Issue 86 - Portuguese

A Gringo’s View | 18 | April 07th – 20th 2013

INFLATION

Brazilians not drinking beer?By Shaun Cumming

The global economic crisis has not left Brazil unscathed. During the worst of times in 2008 to 2011, Brazil was the ‘darling’ economy,

continuing to display strong growth results and growth of jobs, while it also overtook Britain to become the world’s 5th largest economy. Times were good, but there’s been a sudden stall recently and, over the last six months in particular, things have not been looking as rosy. Dilma and co would do well to act now.

Data releases have been bleak. GDP grew 2.7 percent last year, well below its Latin American peers, as local manufacturers struggled with heavy taxation, high labor costs and a strengthening currency. Industrial output declined 2.1 percent in January from the month before. Thankfully, unemployment still remains at record lows.

The stall is having some unusual effects. Inflation is one example; this can be seen most clearly in the case of the humble tomato. The staple vegetable is used in many dishes in Brazil (particularly in Italian-influenced dishes of Sao Paulo). Prices have increased by as much as 150% in the last year. Inflation is a hugely sensitive issue because of the ‘hyperinflation’ of the 1980s. Again, Dilma must act now. Some restaurants in Sao Paulo have taken action, banishing tomatoes from their menus or replacing them with tinned or dried tomatoes. They are almost as expensive, per kilo, as fresh cuts of beef. Of course, there are several factors for the rapid rise in price. Heavy rains, high fuel prices, high demand and, a reduction in the area used for agriculture are all cited as reasons.

Rising tomato prices is an unusual example of a sensitive economic issue

that the government needs to deal with. Meanwhile, consumers are providing more evidence of troubles that could be building – but I’d never have expected the next anecdote.

A few years ago, a famous beer magazine asked me to examine Brazil’s beer market, the types of beer and what people like to drink. What I found was a vibrant beer culture – Brazilians love beer and drink vast amounts of the stuff, more so than any other country I’d visited. Brazilians perhaps drink more beer than those in my home country of Scotland (famous for the Loch Ness monster, and drinking!). Furthermore, the market was growing and becoming more dynamic. Imported beer was becoming increasingly popular with the rich, while the booming middle class were gaining a taste for increasingly expensive brands. Anheuser-Busch InBev, the world’s largest beer maker,

scrambled to take the market and give it what it wanted.

With this in mind, imagine my amazement at the companies’ latest report, which says that demand weakened dramatically in the first three months of 2013. Beer volumes have fallen by an enormous 8.2% over that time. What has happened? Are Brazilians not drinking beer anymore?

But looking closer at the information, there are other reasons. Carnival, for example, was earlier in the year than it usually is which had a certain impact. Poor weather was also to blame. But the company made a worrying observation. “We believe that consumption was also negatively impacted by high food inflation and a slowdown in the growth of disposable income.”

I’m not buying it. I much prefer to blame an early carnival and poor weather. Brazilians not drinking beer? No way.

Traduzido por Marielle Machado

A crise econômica global não deixou o Brasil ileso. Durante o pior dos tempos, em 2008 e 2009, o Brasil continuou

a apresentar fortes resultados de crescimento e aumento do número de oportunidades de emprego, e ao mesmo tempo ultrapassou a Grã-Bretanha para se tornar a quinta maior economia do mundo. Foram bons tempos, mas todo esse progresso deu uma estagnada repentina e, nos últimos seis meses, as coisas não parecem mais tão boas. Dilma e companhia devem agir agora.

Alguns dados são desanimadores. O PIB cresceu 2,7% no ano passado, bem abaixo de seus vizinhos latino-americanos, já que os fabricantes locais lutam contra pesados impostos, altos custos trabalhistas e uma moeda que fica cada dia mais forte. A produção industrial caiu 2,1% em janeiro em relação ao mês anterior. Felizmente, o desemprego ainda permanece em níveis

recordes.Essa parada tem criado efeitos

incomuns. A inflação é um exemplo, mais especificamente, um simples tomate. Um vegetal tão básico e que é usado em muitos pratos no Brasil (principalmente em pratos com influência da cozinha italiana em São Paulo). Os preços aumentaram em até 150% no último ano. A inflação é uma questão extremamente sensível por causa da “hiperinflação” da década de 1980. Mais uma vez, Dilma deve agir agora. Alguns restaurantes em São Paulo tomaram medidas extremas, banindo tomates de seus menus ou os substituindo por tomates enlatados ou secos. O preço do quilo de tomate estava quase tão caro que o da carne bovina. Claro, existem vários fatores para o rápido aumento dos preços. As fortes chuvas, os preços elevados de combustível, alta demanda e uma redução na área utilizada para o plantio são citadas como algumas das razões.

O aumento do preço do tomate é

um exemplo incomum de uma questão econômica delicada que o governo precisa cuidar. Enquanto isso, os consumidores estão fornecendo mais evidências de problemas que podem estar por vir - mas eu nunca imaginaria o que estava para acontecer.

Há alguns anos atrás, uma famosa revista sobre cerveja me pediu para analisar o mercado brasileiro, os tipos de cerveja e o que as pessoas gostam de beber. O que eu encontrei foi uma cultura vibrante - os brasileiros adoram cerveja e bebem em grandes quantidades, mais do que qualquer outro país que eu já visitei. Talvez até mais do que o meu país de origem, a Escócia (famosa pelo monstro do lago Ness, e por beber!). Além disso, o mercado foi crescendo e ficando mais dinâmico. Cerveja importada foi se tornando cada vez mais popular entre os ricos, enquanto a classe média em expansão foi ganhando gosto por marcas cada vez mais caras. Anheuser-Busch InBev, a maior fabricante de cerveja

do mundo, lutou para tomar conta do mercado e oferecer o que o brasileiro gosta.

Você pode imaginar o meu espanto quando soube do último relatório da empresa, que diz que a demanda enfraqueceu dramaticamente nos primeiros três meses de 2013. Volumes de cerveja caíram um enorme 8,2% ao longo desse tempo. O que aconteceu? Os brasileiros não bebem mais cerveja?

Mas olhando mais de perto, há outras razões. O Carnaval, por exemplo, foi mais no início do ano do que geralmente é, o que teve um certo impacto. O mau tempo também teve culpa. Mas a empresa fez uma observação preocupante. “Acreditamos que o consumo também foi afetado negativamente pela alta inflação de alimentos e uma desaceleração no crescimento da renda disponível.”

Eu não acredito nisso. Prefiro culpar um carnaval precoce e o mau tempo. Brasileiros que não bebem cerveja? De jeito nenhum.

Page 19: The Brazilian Post - Issue 86 - Portuguese

Travel | 19

DAyS OFF

Get that holiday feeling, here in London

feriados são momentos perfeitos para relaxar, recarregar as baterias e tirar da cabeça os problemas do trabalho. Apesar

de esses dias serem mais escassos aqui na Inglaterra, eles existem sim! E, mesmo nos finais de semana, não é preciso pegar um avião para outro país para aproveitar essas horas de descanso; que tal buscar opções dentro de Londres?

Parques

Foi a era Vitoriana a responsável por criar a cidade de Londres que nós conhecemos e amamos. Durante esse período foi construído o London Underground e aprimorada a arquitetura, além de outro legado muito importante: uma rede de belos parques.

Durante o verão é possível aproveitar todo o fim de semana descobrindo os segredos desses espaços abertos, seja dando uma volta pelo Green Park, no centro da capital, uma caminhada no Zoo do Regents Park ou até mesmo um piquenique no Serpentine Lake.

Também há opções na grande Londres. É só pegar o ótimo Overground e explorar o bairro de Hampstead, por exemplo. Lojas independentes e restaurantes cercam o parque, o que dá um visual bem diferente do que das high streets.

No sul de Londres também têm parques bem acessíveis. Você pode inclusive alugar uma bike e ir até lá pedalando. Tente o Brockwell Park em Herne Hill, o Burgess Park ou o Crystal Palace.

The Lido

O Lidos foi construído em Londres na década de 1930, no auge da Art Deco, uma época em que nadar era uma atividade bastante popular. Infelizmente desde a década de 1970 muitas dessas piscinas foram fechadas. Mas ainda há algumas em Brixton, Tooting, Finchley e no London Fields.

No telhado

Londres pode paracer pequena em relação a Nova York nesse quesito, mas a capital britânica abraçou a tendência de terraços relaxantes nos últimos anos. Ótimos bares estão sendo abertos no topo de prédio e realizando diversos tipos de eventos (como um clube de cinema que abriu para o verão, mais informações em What’s On na página 21).

O principal conselho para todos aqueles que pretendem curtir o verão em Londres é manter a cabeça aberta e sair pelas ruas para explorar a cidade. Descubra novos cantos e partes surpreendentes da cidade!

holidays are a wonderful time, you can relax, re-charge your batteries and have some space away from the business of

work. But you don’t necessarily have to fly to another country to enjoy this kind of break; why not find a way to bring some fun and relaxation into your life in London?

The Victorians created the London we know and love, building the underground and also the wonderful period architecture, they also left another wonderful legacy: a network of beautiful parks.

During the summer whole weekends can be spent discovering the magical secrets of these open spaces, whether you travel into central London to explore Green Park, see the zoo homed in Regents Park or perhaps take a dip in the Serpentine Lake.

In greater London there are also marvelous neighborhood parks. Try taking the fantastic Overground service and spending a day in Hampstead, the heath is huge and you can walk in the footsteps of many literary geniuses of London. The independent shops and restaurants that surround the park are also a welcome change from generic high streets.

South London also has many parks that are easily reachable; you could even cycle to them. Try Brockwell Park in Herne Hill, Burgess Park and the infamous Crystal Palace.

The Lido: outdoor swimming with Art Deco flair

Lidos were built in London in the 1930s, at the height of the Art Deco period at a time when swimming was very popular. Unfortunately from the 1970s onwards many of these beautiful pools were closed and filled as more people chose to take advantage of cheap travel to Europe.

Thankfully not all of the Lidos were lost, there are still fantastic pools including ones in Brixton, Tooting, Finchley and London Fields.

Head to the roof:

London might be a little bit behind New York in terms of rooftop relaxation but in the last few years we have really embraced this trend. Bars are increasingly opening on fantastic roof terraces and hosting events (such as film clubs this summer, see ‘What’s On’ on page 21 for more details).

The main advice to anyone looking to enjoy the summer in London is to be open minded and up for exploring, discover new places and try out different parts of the city.

Franks Campari Bar

The Lidos’ swimming pool

Page 20: The Brazilian Post - Issue 86 - Portuguese

London by Night | 20 | April 07th – 20th 2013

Tabida & Familia zanola

Baldin, Torcedor Fiel!!

Batala Banda de Percussao

Isso é Londres!

Monica & Pedro

Raphael e Marilia

Mario e Tabida Quennehen

Final de semana com feriado e muito agito! Confira os cliques de Ronaldo Batalini

Douglas e Gladys The best staff

Page 21: The Brazilian Post - Issue 86 - Portuguese

What's On | 21

The world in Regent’s Street Festival Usually thronged with double decker buses and serial shoppers, Sunday 12 May brings some much needed fun to Regent Street as it hosts its own street party. The festival is part of an international celebration when shops and restaurants come together to entertain audiences with goods and tastes of different countries. Throughout the day, the famous Regent Street will be free of all traffic and fully dedicated to the public, allowing everyone to enjoy what the festival has to offer: world music, art, food and fashion.

Among the attractions are tango lessons with Argentine teachers, world fashion shows, professional henna tattoos, Turkish coffee and music, martial arts, Chinese dance and much more.

When: 12 MayWhere: Regent StreetTransport: Oxford Circus and Picadilly Circus stations

Em maio tem o festival O Mundo na Regent Street. O festival faz parte de uma celebração internacional em que lojas e restaurantes se unem para entreter o público. Durante todo o dia, a tão famosa Regent Street vai ser totalmente dedicada ao público, ou seja, não haverá trafego algum, permitindo que todos possam aproveitar o que o festival tem pra oferecer: música, arte, comida e moda.

Entre as atrações, aulas de tango com professores argentinos, moda e desenhos de henna feitos por profissionais egípcios, comida, café, música da Turquia, artes marciais, dança chinesa e muito mais.

Quando: 12 de maioOnde: Regent StreetTransporte: Estações Oxford Circus e Picadilly Circus

The Campana Brothers are Brazilian furniture designers who are

internationally recognised for creating exquisite luxury objects from simple

materials, including cardboard, rope and scraps of wood. Having earned

international acclaim with their Vermelha chair in the late 1990s, this month the David Gill Gallery is giving

you the chance to see more of their innovative industrial design. The ideas

and fantastic items on display in this show will fascinate all, not just interior design buffs, as the designers combine

baroque style with Brazilian culture for very interesting results.

When: Until 15 JuneWhere: David Gill Gallery, 2-4 King

Street, SW1Y 6QPTransport: Green Park and Piccadilly

Circus stations

Os irmãos Campana (Humberto e Fernando) são designers brasileiros de reconhecimento internacional, conhecidos pelo dom de dar luxo e riqueza a peças feitas com materiais simples. A galeria David Gill traz móveis feitos pelos artistas que combinam o estilo barroco com a cultura brasileira, exibindo um resultado muito interessante.

Quando: Até 15 de junho Onde: David Gill Gallery, 2-4 King Street, SW1y 6QPTransporte: Estações Green Park e Picadilly Circus

Rooftop Film Club Rooftop Film Club is back for

another season of classics and new releases shown on the best rooftops in London. Though these events aren’t all style over substance as organisers go to great lengths to ensure films can be enjoyed on the large high quality screens with high quality wireless headphones also provided for a cinema experience. The ticket price also includes a freshly cooked burger or hot dog.

The emphasis is definitely on feel good fun and nostalgia with films including Amelie, Top Gun, Snatch, The Notebook, Mean Girls, The Big Lebowski, Jaws, Leon, Back to the Future and 80s teen classic, Flight of the Navigator. For more

information and to buy tickets visit www.rooftopfilmclub.com.

When: Until 30 September Where: Queen of Hoxton (EC2A 3LT) and The Roof Gardens (W8 5SA)

Rooftop Film Club está de volta com mais uma temporada de clássicos e lançamentos nos melhores terraços de Londres, exibidos em tela grande e fones de ouvido wireless de alta qualidade. O ingresso inclui hambúrguer ou cachorro-quente.

Na lista de filmes estão Amelie, Top Gun, Snatch, The Notebook, Mean Girls, The Big Lebowski, Jaws, Leon, Back to the Future, Flight of the Navigator e outros. Para mais informações, como a programação e ingressos, acesse o site www.rooftopfilmclub.com.

Quando: Até 30 de setembroOnde: Queen of Hoxton (EC2A 3LT) e The Roof Gardens (W8 5SA)

London Burlesque Festival The London Burlesque Festival is the largest event of its kind in the world and is back for its seventh edition this May. This year’s event will include club nights with many burlesque and cabarets shows performed by local and international stars. Feeling tempted? Visit the website for more information and to buy tickets (hurry, the events sell out fast!) www.londonburlesquefest.com.

When: May 10th – 19th Where: Multiple venues

O Festival Burlesque de Londres está de volta, na sua sétima edição, sendo o maior do mundo na categoria. Em 2013 serão dez noites com muitos shows e cabarés por toda a cidade, com estrelas locais e internacionais. Acesse o site para mais informações e compra de ingressos (se ainda tiver algum): www.londonburlesquefest.com.

Quando: De 10 a 19 de maio Onde: Vários pontos da cidade

By Cibele Porto

Campana Brothers

Page 22: The Brazilian Post - Issue 86 - Portuguese

Entertainment | 22 | April 07th – 20th 2013

VIRADA CULTURAL

24 hours of culture in Sao Paulo

Por Ricardo Somera

Nos dias 18 e 19 de maio acontece em São Paulo a 10ª Virada Cultural. Inspirado na “Nuit Blanche” de Paris,

o evento acontece desde 2004 e agita a programação cultural da cidade durante 24 horas. Música, teatro, artes plásticas, cinema entre outros tipos de manifestações culturais podem ser conferidas gratuitamente em todos os cantos da cidade.

Em 2013, o destaque é a volta do maior grupo de rap do Brasil, os Racionais MC’s. A última vez que o grupo se apresentou no evento teve atrasos e confusão entre público e a polícia militar paulista. Dessa vez eles se apresentarão às 15 horas do domingo no palco Julio Prestes e prometem fazer um show histórico.

Gal Costa, Criolo, Gaby Amarantos, Boss in Drama, Mos Def e Jorge Mautner estão as principais atrações musicais.

A peça “As Três Velhas”, do autor chileno Alejandro Jodorowsky e estrelada

pela atriz Maria Alice Vergueiro (do vídeo Tapa na Pantera), será encenada na praça Rosa (antiga Praça Roosevelt) às 3h45 da manhã. A peça, que está entre as mais elogiadas pelo público e crítica no ano passado, foi financiada por crowdfunding e agora será apresentada gratuitamente.

Todos os museus da cidade ficarão abertos 24 horas gratuitamente e as unidades do SESC também terão programação durante todo o dia (e a noite) de graça.

Entre as atrações britânicas estão Carlton Coffee, Nektar e David Jackson. A programação internacional conta com uma grande diversidade de artistas como Eliades Ochoa (Cuba), George Clinton e P. Funk (EUA) e Grupo Dagadana (Polônia).Infelizmente não é possível ver tudo, mas se você estiver em São Paulo nesses dias não deixe de fazer sua programação antecipadamente para não se perder no meio da multidão de atrações e pessoas que invadirão a cidade a procura de cultura e diversão.

By Ricardo Somera

São Paulo will host the tenth edition of Virada Cultural (roughly translated as Culture Round Up) Between 18 and 19 May. Inspired

by the Parisian “Nuit Blanche”, the event brings 24 hours of music, theatre, films and other cultural events to the biggest Brazilian city, and best of all, everything is for free.

For 2013, the highlight is the return of the greatest Brazilian rap group, Racionais MC’s. The last time this group appeared at the event, there were delays and confrontations between the audience and the military Police.

Gal Costa, Criolo, Gaby Amarantos, Boss in Drama, Mos Def and Jorge Mautner are among the highlights.

The play “As três velhas” (The Three Elders), written by the Chilean Alejandro

Jodorowsky and starring Maria Alice Vergueiro, will be shown outside in the Praça Rosa (Pink Square). Met with audience and critical acclaim, as the best production of 2012, the play was funded by crowdfunding and will be shown for free during Virada Cultural.

Sao Paulo’s many museums and galleries will aslo stay open for the whole 24 hours, with special events throughout the day and night.

Among the British attractions are Carlton Coffee, Nektar and David Jackson. Other international highlights include Eliades Ochoa (Cuba), George Clinton and P. Funk (USA) and Dagadana Group (Poland).

With so much happening in such a short time, the only downside is that it it is not possible to see everything, but if you are planning to go to Sao Paulo, any part of this event is unmissable!

Page 23: The Brazilian Post - Issue 86 - Portuguese

fashion | 23

Nazifa, 18T-shirt: Piece GigCardigan: Charity ShopShorts: VintageSandals: Urban OutfittersMusic: House, TechnoBest thing about London: “the nightlife”

Nicola, 20Sunglasses: Andrea BacciNecklace: H&MTop underneath: VintageJumper: made by herselfJeans: H&MSocks and Sandals: PrimarkMusic: electronic, hip hopBest thing about London: shopping

Holly, 26Sunglasses: VintageDress: ToastBoots: Urban OutfittersMusic: AmberStatesBest thing about London: music, food

Chiara, 20Sunglasses: Ray-BanScarf: Camden MarketTop: friend’s cutted by herselfJeans: Levi’s at Vintage ShopBackbag: PrimarkSneakers: AdidasMusic: “depends of the mood”Best thing about London: “it is just lovely”

Lili, 20Jumper: from a street market in AmsterdanJacket: AmbikaJeans: TopshopSneakers: NikeMusic: Hip HopBest thing about London: “there is always something to do”

Spring is finally here!

With the sunshine and rising temperatures comes dresses, lighter jackets, the chance to get your legs out, more smiles and new sense of happiness in people! As you can see in this week’s best looks from the streets...To see more, visit www.zazaoliva.com

A Primavera chegou!

A Primavera chegou e com ela chegaram os vestidos, jaquetas mais leves, pernas de fora, o sorriso e a leveza das pessoas!Confira o que está nas ruas!Para ver mais, acesse www.zazaoliva.com

instangram: @zazaoliva | facebook: facebook.com/zazaoliva

Page 24: The Brazilian Post - Issue 86 - Portuguese

feel Good | 24 | April 07th – 20th 2013

SACRED CHAT

Are you desperately seeking approval?

Do you find yourself craving the approval of others and doing ‘whatever it takes’ to attain it? Maybe it’s in how you dress, or

perhaps you find yourself running around at social events, madly trying to please everyone. Or maybe it’s saying ‘yes’, when you want to say ‘no’ to that extra job, or going along with others even though you don’t really want to.

We’ve all been there, at one time or another, but this type of behaviour can become a real problem if it becomes our habit. Why? Over time, living for the approval of others can have quite a detrimental effect on our lives.

You may find yourself completely over-worked because you can’t say ‘no’, and suffering with exhaustion. You may

find yourself going along with something you don’t feel comfortable about, just so you can be ‘one of the gang’ and not be rejected. Or you might be juggling so many balls, trying to keep everyone happy, that you’re completely stressed out and no longer enjoying your own life. In reality, it is an impossible task to make sure everyone approves of you all the time.

A key question to ask yourself is: ‘does attaining the approval others or praise dictate your choices and actions’? It may have begun as wanting to make someone happy, or simply wanting to avoid rejection. Only now, after being concerned about approval for so many years, you find that you are no longer sure who you are and what you stand for. Your state of mind depends on whether you get a nod

of approval, a word of praise or a scowl of disapproval. Your choices in life relate to what you think others will approve of, and this does not necessarily relate to what is most beneficial for yourself or others.

How does this compare to you? Is it time to stop, take a deep breath and re-discover who you are?

It may seem a bit scary to stop, after spending so much time seeking approval from others. Don’t worry whether you are good enough or be afraid of rejection. After all, being dependent on the approval of others means there is a high cost to pay: you will live in fear or find yourself doing something that you know is wrong.

If you feel that something isn’t quite right it may well be that you are going against your innate values. Start

exploring your inner value system; have you compromised them in order to attain approval? To make decisions based on your own values is to honour yourself.

Here’s a clue on how to start getting re-acquainted with yourself. Imagine how you would be if you didn’t need the approval of others? What would you be doing? What sort of person would you be? Take time out to re-discover your innate qualities of peace, love, happiness and wisdom. The morning is a good time to sit quietly, meditating or reflecting.

When we start living by our innate values and inner qualities we find that others’ start treating us with more respect, and may even start following our lead.Inner Space (www.innerspace.org.uk)

Buscando aprovação

Diga a verdade: às vezes nos pegamos buscando a aprovação dos outros e fazendo todo o possível para atingir isso,

não é mesmo? Isso muitas vezes se manifesta na maneira de nos vestir, ou quando tentamos agradar todo mundo. Há também aquelas situações em que dizemos “sim” quando na realidade queremos dizer “não”.

Todos nós já passamos por isso, e uma hora ou outra isso vai acontecer de novo. Tal atitude, se virar um hábito, pode se tornar um sério problema. Por quê? Porque viver baseado na aprovação dos outros pode, com o tempo, ter um efeito prejudicial em nossas vidas.

Podemos nos encontrar

sobrecarregados de tanto trabalho se não soubermos dizer “não”. Podemos aderir a comportamentos com os quais não nos sentimos confortáveis só para fazermos “parte da turma”. Ou podemos nos encontrar em situações insustentáveis porque queremos agradar a todos, não tendo tempo para cuidar da própria vida. Sim, é impossível ter a aprovação de todos o tempo todo.

Uma questão essencial é: nossas ações estão sendo tomadas para atrair a aprovação dos outros? Isso pode ter começado num simples gesto para fazer alguém feliz, ou para evitar rejeição. Agora, depois de tanto tempo preocupados com a aprovação dos outros, não sabemos mais quem somos e o que queremos. Nosso

estado mental depende do que os outros vão achar, se vão aprovar ou não nossas atitudes. Nossas escolhas são baseadas no que os outros vão pensar, mas isso não significa que serão mais benéficas para nós mesmos nem para os outros.

E aí? Está na hora de parar, respirar fundo e redescobrir quem somos, não é mesmo? Pode parecer um pouco assustador, depois de tanto tempo buscando a aprovação dos outros. Não se preocupe em ser rejeitado. Afinal, viver de acordo com o que os outros vão pensar tem um preço alto: viver com medo, fazendo algo que você sabe que é errado.

Se você sente que alguma coisa não está certa, pode ser porque você está indo contra seus valores. Comece

explorando seus valores, o que você julga correto e incorreto, você comprometeu seus valores para atrair a aprovação dos outros? Tomar decisões de acordo com a própria consciência é honrar a si mesmo.

Aqui vai uma dica para começar: imagine como você seria se não buscasse a aprovação dos outros. O que você estaria fazendo? Que tipo de pessoa você seria? Tire um tempo para redescobrir suas qualidades. As manhãs são ótimas para sentar, meditar e refletir.

Quando começamos a viver de acordo com nossos próprios valores e qualidades, descobrimos que os outros passam a nos tratar com mais respeito, podendo até mesmo seguir nossas atitudes. Inner Space (www.innerspace.org.uk)

Page 25: The Brazilian Post - Issue 86 - Portuguese

food | 25

Sugar: Rush to Find an Alternative By Raquel Britzke

it might make life sweeter but we all know that sugar is far from being friend to our health.

The problem with sugar, especially refined, is that it is 100% calorie and has no nutritional value. Besides the risk of getting fat, there is another point that underscores the need for moderation. The lack of nutrients causes it to be digested almost instantly, which causes a rapid rise in blood glucose levels and optimizes the deposition of fat cells. Changes in glucose, however, are not exclusive of sugar. All foods that have carbohydrates in your constitution also cause this effect - to a greater or lesser degree.

When consumed regularly in large quantities, or pure, sugar triggers a series of biochemical reactions that can lead to obesity, hypertension, diabetes and even some cancers.

If you can’t cut sugar out of your diet completely, try replacing it with brown sugar or honey, both of which contain more vitamins and minerals than white. The disadvantage is that, as they exhibit a lower sweetening power, people are sometimes tempted to use them in larger

quantities.You can try sweetener, but choose

well. In an experiment, scientists found that rats submitted to high doses of the sweetener called cyclamate showed an increased incidence of leukemia. Like any chemical, artificial sweeteners should be taken with caution. Some sodium present in the composition can increase the retention of liquids and blood pressure levels.

The best option in the market now is the stevia because it is natural and has the least impact on the body.

Açúcar, adoçante ou mel?

Por Raquel Britzke

Todos nos sabemos que o açúcar esta longe de ser amigo da nossa saúde. O problema do açúcar, especialmente o refinado, é que

ele é 100% calorias vazias, ou seja, sem valor nutricional. Quando consumido regularmente em grandes quantidades, ou puro, ele inicia uma seria de reações bioquímicas que levam a obesidade, hipertensão, diabetes e mesmo alguns canceres.

Fora o risco de engordar, temos outros motivos para moderar o consumo de açúcar. A falta de nutrientes faz com que ele seja digerido quase que instantaneamente, causando um aumento rápido nos níveis de glicose no sangue e aumentando o deposito das células de gordura. Mudanças nos níveis de glicose, por outro lado, não são exclusivamente causadas pelo açúcar. Todos os alimentos que sao constituídos por carboidratos causam esse efeito, em maiores ou menores proporções.

A açúcar também pode ser substituído por açúcar mascavo ou mel. A vantagem é que enquanto o açúcar branco não possui vitaminas ou minerais, o açúcar mascavo e o mel possuem. A desvantagem é que eles possuem um poder de adoçar menor, fazendo com que usemos maiores quantidades.

Tente os adoçantes, mas escolha bem! Ratos que foram submetidos a altas doses do adoçante ciclamato mostrando uma alta incidência de leucemia. Como qualquer químico, adoçantes artificiais devem ser usados com cuidado. O sódio presente na composição desses adoçantes pode aumentar a pressão arterial e retenção de líquidos. A melhor opção atualmente é a Stevia por ser natural.

HEALTH SAÚDE

Last week we celebrated May or Labour Day in a country where workers interests and rights have been a concern ever since it became

the birthplace of the Industrial Revolution. The UK had the most elaborated political, economic and intellectual structures to lead this revolution ahead of the rest of Europe to lead this revolution.

The awareness of workers rights still sets an example to the rest of the world.Today is no different, many people from around the world come to the UK in search of a better life through work. Among them are we Brazilians.

Once here the idea that Brazilians

are work-shy has been proved little more than myth. We are recognized and valued as efficient workers and also creative employees. With this we earn not just money but a cultural background that will be helpful in all our lives.

The founders of Casa Brasil came here 24 years ago and adopted this philosophy of life and work. We prospered, and proudly stamp the name of our country and its colors onto the consciousness of London, being highly recognized today!

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Essa semana comemoramos o Dia do Trabalhador e não haveria lugar mais propício do que aqui, na Inglaterra, o berço da

Revolução Industrial. Esse país estava em melhores condições políticas, econômicas e intelectuais que o resto da Europa para liderar essa revolução, e o fez.

O trabalho aqui assumiu uma condição que o resto do mundo ainda demoraria para ver. Hoje não é diferente. Gente do mundo inteiro vem para Londres em busca de uma vida melhor através do trabalho. Muitos conseguem, entre tantos, nós brasileiros.

Aqui o mito de que o brasileiro

não gosta de trabalhar cai por terra. Somos reconhecidos como mão de obra eficiente e criativa; somos valorizados. E todos ganhamos com isso, não apenas dinheiro, mas uma bagagem cultural que nos será útil por toda nossa vida.

A Casa Brasil, veio pra cá há 24 anos e adotou essa filosofia de vida e trabalho. Prosperou, e com orgulho estampa o nome do nosso país e suas cores, sendo hoje altamente reconhecida!

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Casa Brasil - proud to work for the Brazilian community

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