Date post: | 24-Jan-2018 |
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Health & Medicine |
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Turnout in ballet dancer´s and its relationship to
musculoskeletal injuries: review from the
literature
Maria João Leite (IFE MFR CHP-HSA)
XII Congresso da SPAT
25.09.2015
Introdução Medicina da dança
Ramo especializado da Medicina Desportiva
Questões básicas de investigação racional cientifico para a
prevenção e tratamento de problemas músculo-esqueléticos associados
Turnout: Habilidade básica no ballet clássico necessária para a
execução de movimentos
Definição: rotação externa das extremidades inferiores de modo a que o eixo
longitudinal dos pés esteja 180º, rodado afastando um do outro.
Introdução Os movimentos ocorrem ++ RE Anca
Turnout ideal: RE 70º anca BL, RE tibial 5º BL, RE pé 15º BL
Poucos bailarinos conseguem o turnout ideal sem
compensações ao longo da cadeia cinemática (excessiva
lordose lombar, anteversão pélvica, retroversão femural,
rotação externa tibial, pronação da subastragalina), sendo este
um dos mais sérios erros de treino associado com lesões de
ballet
Turnout compensado: diferença entre turnout funcional e
graus de RE passiva da anca compensações das restantes
articulações para turnout ideal sem RE da anca adequada
Introdução
Lesões por lordose lombar e anteversão pélvica: Lombalgia inf. e
espondilólise
Lesões por RE excessiva (“Screwing”) do joelho: Lesão do LLM, do
joelho Lesões MI e dor patelofemural
Lesões por pronação excessiva do pé: Posteromedial shin splints,
Tendinite de Aquilles,Tendinite do Flexor do hallux, Tendinite do tibial
posterior, Fasceite plantar, Impingement anterior, Hallux valgus e #
metatársicas, apófisite do calcâneo
3 critérios de qualidade para turnout funcional:
1) Manter o centro do J sobre a linha média do pé
2) Manter um peso equitativo sobre ambos os pés
3) Distribuição do peso sobre calcâneo, cabeça do 1º e 5º MT
Introdução
Os rastreios para estudo do turnout devem ser efectuados pelos
11 anos dado que o ângulo de anteversão femural não parece
estar afectado pelo treino de dança após esta idade
O turnout ideal requer relações anatómicas especificas do
MMI, incluindo alinhamentos esqueléticos, mobilidade
articular e flexibilidade dos tecidos moles aditivos a anos de
treino.
Avaliação de uma possível associação entre graus de
turnout, rotação externa passiva da anca, turnout
compensado e lesões músculo-esqueléticas em bailarinos.
Avaliar as diferentes variáveis modificáveis passíveis de
influenciar os graus de turnout em bailarinos.
Objectivos
Foram pesquisadas bases de dados electrónicas usando as plavras-chave: ballet AND injuries, ballet AND turnout; ballet AND hip external rotation.
Posteriormente os estudos foram analisados relativamente a medições do turnout e/ou turnout compensado, RE passiva e/ou activa da anca e lesões músculo-esqueléticas auto-reportadas; de modo a que fosse possível extrair a correlação entre lesões atraumáticas na prática de ballet clássico, o grau de turnout funcional e as variáveis modificáveis passíveis de influenciar o mesmo.
Metodologia
80 publicações
6 estudos seleccionados
Resultados
Abordagens terapêuticas
Gastos relacionados
Relatos de casos
Outras lesões músculo-
esqueléticas não relacionadas
com o turnout
Objectivo: Compreensão do turnout pela relação entre RE e turnout funcional nas 5 posições de ballet clássico
População: 20 bailarinas 11-14 A (3 anos de treino)
Método: Estudo transversal. Medições: 1. RE passiva da anca avaliada em pronação com goniómetro. 2. Turnout avaliado (linha da intersecção entre 2 eixos longitudinais do pé)
Resultados: RE da anca é significativamente menor que o turnout nas 5 posições, sem diferença significativa do turnout nas 5 posições
Conclusões: A RE da anca não deve ser usada como preditor do turnoutfuncional
Resultados
Resultados
Objectivo: Comparar as AA tornozelo e anca e FM dos musc da anca em bailarinas 8-11 A e controlos
População: 77 bailarinas e 49 controlos
Método: Estudo caso-controlo. Medições: 1. RE e RI passiva da anca avaliada em supinação com inclinómetro. 2. Dorsiflexão da TT em posição step-stance (standing-lunge) com pés distanciados pela distância entre ombros avaliada com inclinómetro e distância pé-parede. 3. Comprimento dos músculos do compartimento dorsal da perna usando um inclinómetro. 4. Turnout avaliado sobre transferidor de 10 a 100º (distância entre D2 e D3). 5 . FM em isometria dos flexores, abd, ad, RI e RE da anca com dinamómetro
Resultados: RE:RI maior nos bailarinos, bem como o RE non-hip. Bailarinos com maiores graus de DF. A FM dos diferentes grupos da anca foi igual em ambos os grupos
Conclusões: Um estudo longitudinal permitirá definir se as AA da anca e TT nos bailarinos são geneticamente pré-determinados e incapazes de melhoria com posterior treino de ballet
Resultados
Objectivo: Comparar relação entre turnout , RE passiva da anca e lesão dos MMI e lombar auto-reportados em bailarinos
População: 30 bailarinas: grupo com lesões reportadas (14) e sem lesões reportadas (16)
Método: Coorte retrospectivo. Medições: 1. Turnout (intersecção entre linha longitudinal do pto médio do calcâneo e ponto médio da cabeça dos MT) 2. RE e RI passiva em pronação com goniómetro 3. Turnout compensado: diferença entre turnout e soma de RE passiva da anca BL
Resultados: Diferença estatisticamente significativa entre o turnoutcompensado do grupo de lesionados 25,4 (± 21,3º) e não lesionados 4,7º (±16,3º)
Conclusões: Os bailarinos com elevado turnout compensado estão sob maior risco de lesão dos MMI e lombar
Resultados
Objectivo: Comparar diferenças na RE e RI da anca, FM dos RE anca, entre bailarinos e não bailarinos e entre o lado dto e esq.
População: 34 bailarinas e 37 não bailarinos
Método: Estudo caso-controlo. Medições: 1. FM dos RE da anca em cadeira isocinética (30º/s) 2. Trabalho realizado 3. AA na RI e RE da anca
Resultados: Bailarinos com maior FM RE da anca nos extremos da RE. Os bailarinos demonstraram uma maior diferença entre o lado dto e esqrevelando alterações na cadeia cinemática e podendo predispor a lesões
Conclusões: Os bailarinos têm maior FM dos RE (demonstrado por desvio na curva de força dos bailarinos),podendo tal corresponder a uma resposta de treino adaptativa relacionada com força de ângulo especifica
Resultados
Objectivo: Estabelecer a relação entre aspectos do turnout e hx de lesão, e determinar a utilidade clinica de vários métodos usados para investigar o turnout
População: 24 bailarinas (15-22 A)
Método: Estudo transversal. Medições: 1. Turnout funcional 2. AA na RI e RE da anca (supina) 3. lag da RE activa 4. Turnout compensado 5. Diferença turnout estático e dinâmico
Resultados: O nº e severidade das lesões não traumáticas foram associadas com aumento do turnout compensado, mas não com AA de RE da anca. Não foi encontrada relação entre o turnout funcional e a AA de RE da anca
Conclusões: As medidas funcionais do turnout (estático e dinâmico) são mais relevantes que as AA da RE da anca para a prevalência de lesões atraumáticasde ballet. O controlo do turnout nas bailarinas de ballet clássico deve ser investigado dinamicamente e em posições funcionais
Resultados
Objectivo: Avaliação da anteversão femural e RE passiva da anca no turnout funcional. Idade de inicio, anos e duração de treino avaliados para estratificar influência na Anteversão femural, RE passiva anca e turnout em bailarinas
População: 64 bailarinas (14-25 A)
Método: Estudo transversal. Medições: 1 Turnout funcional 2. Anteversão femural (teste de Craig) 3. AA RE da anca (pronação)
Resultados: Associação estatisticamente significativa RE passiva anca e turnoutfuncional. Correlação negativa entre anteversão femural e RE passiva da anca. Idade de inicio de treino associado a maior FT (11-14 A) e TO. Anos de treino sem associação com FT e PER, mas com TO (aumento TO por técnicas compensatórias)
Conclusões: FT associada com PER (correlação +) 11-14. O treino intensivo associado a maior TO.
Conclusões O risco de lesão no ballet foi associado com o overturning ,
realçando a importância de avaliar o turnout como contribuidor potencial para lesões atraumáticas e de sobrecarga de lesões do ballet clássico
A rotação externa da anca não deve ser usada como preditora do turnout funcional.
O stress rotatório pode levar a elevado stress articular que aumenta o risco de forças deletérias na coluna, joelho e outras estruturas da extremidade inferior. O joelho é reportado como a articulação mais frequentemente lesionada.
Estudos sugerem que uma maior amplitude de movimentos vista tanto na RE como no turnout em bailarinas mais velhas resulta do treino ou de uma selecção (apenas as bailarinas com maior amplitude se tornam bailarinas profissionais) ou talvez por uma combinação de ambos os factores
Conclusões
Treino > 6h/semana (idade 11-14 A) está associado com
maior retroversão femural, estando esta geometria esquelética
associada com maior RE anca que pode permitir um > TO,
usando menos mecanismos compensatórios e
consequentemente reduzir o risco de lesão
O efeito do treino na FT diminui após os 16 A e/ou 2 A após a
menarca (remodelação óssea).
Aumento do TO por maior nº de horas de treino, deve-se a
técnicas compensatórias
Conclusões
Os professores devem encorajar os bailarinos com elevados
graus de turnout compensado para diminuir o seu turnout,
recorrendo a estratégias preventivas focadas no fortalecimento
(isométrico a níveis baixos de contracção voluntária máxima) e
controlo da RE anca em posições funcionais (bem como
abdutores, extensores e DF).
Estudo longitudinal ou coorte de bailarinas jovens que possa
ajudar a elucidar as lesões crónicas não traumáticas e os
factores que levam a cronicidade e recorrência, estudos futuros
que ajudem a explorar os mecanismos biomecânicos