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UNIVERSIDADE ANHANGUERA - UNIDERP ROBERTA … · The socioeconomic profile of these students was...

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UNIVERSIDADE ANHANGUERA - UNIDERP ROBERTA MACHADO PEREIRA DORNELES PERCEPÇÃO DA SAÚDE AMBIENTAL DE GRADUANDOS DE ENFERMAGEM DO ENSINO A DISTÂNCIA CAMPO GRANDE – MS 2010
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UNIVERSIDADE ANHANGUERA - UNIDERP

ROBERTA MACHADO PEREIRA DORNELES

PERCEPÇÃO DA SAÚDE AMBIENTAL DE GRADUANDOS DE ENFERMAGEM DO ENSINO A DISTÂNCIA

CAMPO GRANDE – MS 2010

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ROBERTA MACHADO PEREIRA DORNELES

PERCEPÇÃO DA SAÚDE AMBIENTAL DE GRADUANDOS DE ENFERMAGEM DO ENSINO A DISTÂNCIA

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-graduação em nível de Mestrado Acadêmico em Meio Ambiente e Desenvolvimento Regional da Universidade Anhanguera-Uniderp, como parte dos requisitos para a obtenção do título de Mestre em Meio Ambiente e Desenvolvimento Regional. Orientação: Prof. Dr. Gilberto Luiz Alves Prof. Dr. José Sabino

CAMPO GRANDE – MS 2010

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SUMÁRIO

RESUMO........................................................................................................... i ABSTRACT ....................................................................................................... ii 1 INTRODUÇÃO .............................................................................................. 1 2 REVISÃO DE LITERATURA ........................................................................ 3 2.1 ENSINO SUPERIOR E A EDUCAÇÃO AMBIENTAL .................................. 3 2.2.A EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA ..................................................................... 7 2.3 SAÚDE AMBIENTAL ................................................................................... 11 3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS....................................................... 21 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ..................................................................... 23 5 CONCLUSÃO ................................................................................................ 48 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................. 50 APÊNDICES .................................................................................................... . 56 ANEXO ............................................................................................................. 61

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RESUMO

Este trabalho procurou detectar a percepção de graduandos do quinto semestre do

Curso de Enfermagem a distância, vinculado a uma instituição de ensino superior de

Campo Grande – MS, em relação aos fatores ambientais que interferem na saúde

humana. Por meio de um questionário semi-estruturado, caracterizou o perfil

socioeconômico desses acadêmicos; verificou as noções de educação ambiental

que eles obtiveram no Ensino Médio e demonstrou ser satisfatório o grau de

consciência desses sujeitos em relação à influência dos fatores ambientais,

selecionados a partir de revisão da literatura especializada, sobre a saúde humana.

A análise documental da unidade didática Ecologia, Saneamento e Saúde serviu

para discutir o seu conteúdo e as suas práticas, inclusive de avaliação, bem como

para permitir o reconhecimento de que as atividades programadas contemplaram o

proposto no Plano de Ensino e na ementa da unidade didática, tendo condições,

ainda, de contribuir para a elevação do grau de consciência ambiental dos

estudantes. O trabalho evidenciou, por fim, que a área de Enfermagem pode exercer

um papel importante no combate aos fatores de degradação ambiental que

interferem na saúde humana.

Palavras-Chave: Saúde Ambiental; Educação Ambiental; Educação a Distância;

Enfermagem

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ABSTRACT

This study tried to identify the students perception about the fifth semester of the

Nursing Distance Course, linked to a College in Campo Grande - MS, in relation to

environmental factors that interfered on human health. The socioeconomic profile of

these students was checked through a semi-structured questionnaire. The concepts

about environmental education that they received in high school were verified and

proved satisfactory degree of awareness of these subjects in relation to the influence

of environmental factors. It was selected from the literature about human health. The

documentary analysis of the subject Ecology, Sanitation and Health was used to

discuss their content and their practices, including evaluation, as well as allowing the

recognition that the programmed activities contemplated the proposed Plan of

Education and the menu of the subject. It also has conditions to contribute increasing

the degree of environmental awareness of students. Finally, the present study

showed that the area of Nursing can play an important role in combating

environmental degradation factors that affect human health.

Keywords: Environmental Health, Environmental Education, Distance Education,

Nursing.

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1 INTRODUÇÃO

Este trabalho nasceu de minha preocupação com a formação dos acadêmicos

do Curso de Enfermagem do Centro de Educação a Distância da Universidade

Anhanguera-Uniderp. Como Enfermeira e Coordenadora Adjunta do primeiro curso

de Enfermagem do país que utiliza a metodologia de ensino a distância, senti a

necessidade de analisar um dos aspectos de suma importância que permeia o

cuidado de enfermagem, tanto no plano da coletividade, quanto no individual: o

conjunto dos fatores ambientais que interferem na saúde humana.

Em paralelo, é necessário levar em conta que a globalização vem

favorecendo a discussão de temas de relevância mundial, como as questões

ambientais e as relações destas com o bem-estar dos indivíduos.

Nesse contexto, a educação ambiental (EA) constitui uma das abordagens da

educação, que propõe atingir as pessoas por meio de um processo pedagógico

participativo permanente, buscando estimular uma consciência crítica sobre a

problemática ambiental (DIAS, 1994).

Várias são as formas utilizadas para promover a EA e, nesse sentido, novas

metodologias e ferramentas têm sido incorporadas ao processo ensino-

aprendizagem como, por exemplo, a utilização das tecnologias de informação,

principalmente na modalidade de ensino a distância.

Almeida (2002) afirma que as tecnologias de informação trouxeram novas

esperanças para a educação a distância (EAD) em razão das facilidades de design e

produção sofisticados, rápida emissão e distribuição de conteúdos, interação com

informações, recursos e pessoas. Em outro trabalho, essa mesma autora ressalta as

tecnologias como estratégia para democratizar e elevar o padrão de qualidade da

formação de profissionais e a melhoria de qualidade da educação brasileira

(ALMEIDA, 2003).

O processo de ensino-aprendizagem desenvolvido no interior da universidade

exerce um papel social de grande importância, na medida em que pode contribuir,

se eficaz, para ensejar mudanças no sistema social, político, econômico e cultural da

sociedade (OPITZ, 2008).

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A área da Saúde, de um modo geral, pode visualizar de forma mais

aprofundada as questões ambientais pela prática interdisciplinar de modo a valorizar

a compreensão da relação homem-saúde-ambiente por meio da observação e da

relação teoria e prática. Essa abordagem permite discussões e trocas de

informações entre as diferentes áreas de conhecimento que tratam de aspectos

fundamentais na promoção e prevenção da saúde animal e humana (SCHMIDT,

2007).

Diante dessas considerações, deve ser colocado em discussão o

conhecimento adquirido pelos futuros profissionais da Enfermagem sobre a saúde

ambiental, ministrado no sistema de ensino a distância.

Assim, visando contribuir para o tratamento da questão, esta monografia

traçou os seguintes objetivos:

Geral

- Identificar os diferentes níveis de influência de fatores que interferem na

saúde ambiental segundo os acadêmicos de Enfermagem que ingressaram no

sistema de ensino a distância em uma instituição universitária privada de Campo

Grande, MS.

Específicos -

- Identificar o perfil dos acadêmicos.

- Examinar os conteúdos propostos sobre saúde ambiental no Plano de

Ensino e seus desdobramentos como questões metodológicas e de avaliação

adotadas pelo curso de graduação em Enfermagem na modalidade de ensino a

distância.

- Verificar como os acadêmicos avaliam a influência na saúde humana dos

seguintes fatores: uso indevido dos solos; impermeabilização do solo; falta de áreas

verdes; queimadas; desmatamento e erosão; ruas sem pavimentação; sistema de

limpeza pública; sistema de drenagem urbana; controle da poluição sonora, da água,

do ar e do solo; planejamento territorial; sistema de abastecimento de água; sistema

de coleta, tratamento e disposição final adequada de esgotos; sistema de coleta,

tratamento e disposição final adequada de resíduos sólidos; controle de artrópodes e

roedores; aquecimento global; aumento da população e movimentação humana.

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2. REVISÃO DE LITERATURA

Para dar sustentação a este trabalho, foram buscadas informações em bases

de dados e referências científicas específicas sobre o assunto.

2.1 Ensino Superior e a Educação Ambiental

A Constituição brasileira e diferentes documentos nacionais e internacionais

preconizam o direito a uma vida saudável, constituindo um dos direitos fundamentais

da pessoa. Nesse sentido, a contribuição dos profissionais de saúde é de

significativa relevância, o que levanta a questão referente ao processo de formação

de quadros (SANTOS, 2009).

No âmbito legal, a EA foi instituída pela Lei Federal nº 6.938, de 31 de agosto

de 1981. O Ministério da Educação e Cultura (MEC) emitiu, em 1987, o Parecer n.

226/87, no qual enfatizou a interdisciplinaridade da EA e a sua recomendação para

todos os níveis de ensino. A Constituição brasileira de 1988, no art. 225, § 1°, VI,

previu, além de outras medidas direcionadas para a garantia de um equilíbrio

ambiental, a obrigação do Poder Público de promover a EA em todos os níveis de

ensino e a conscientização pública para a preservação do meio ambiente. Em 1991,

o MEC institucionalizou a EA como disciplina curricular.

Em 1994 foi criado o Programa Nacional de EA. O caráter multidisciplinar da

EA foi preceituado na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional,

preconizando que essa educação deve ser ministrada em todos os níveis de ensino.

Em 1999, foi sancionada a Lei n° 9.795, que instituiu a Política Nacional de EA.

De acordo com a Lei n° 9.795, em seu art. 1º, entende-se a EA como sendo

processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade.

Porto (1996) assinala seis objetivos da EA: a conscientização, o

conhecimento, as atitudes, as habilidades, a capacidade de avaliação e a

participação. No presente trabalho, são enfatizados os objetivos de conhecimento

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uma vez que propiciam aos indivíduos e aos grupos sociais uma compreensão

básica sobre o ambiente como um todo, bem como sobre os problemas a ele

relacionados. Essa compreensão leva à aquisição de valores sociais, vínculos

efetivos fortes para com o ambiente e motivação para participação ativa na sua

proteção e melhoria, atitudes necessárias à solução dos problemas ambientais.

Ruiz et al. (2005) afirmam que a EA é um processo no qual as pessoas

participam e assumem o papel de elemento central no diagnóstico dos problemas e

busca de soluções, tornando-se personagens transformadores, por meio do

desenvolvimento de habilidades e formação de atitudes, de conduta ética e

condizente ao exercício da cidadania.

Segundo Dias,

A EA se caracteriza por incorporar as dimensões sociais, políticas, econômicas, culturais, ecológicas e éticas. A interrelação da ética, da política, da economia, da ciência, da tecnologia, da cultura, da sociedade, da ecologia, pode sugerir um ponto de partida no momento de refletir quais seriam os grandes problemas que tocam as populações, tanto no âmbito macro, quanto no micro revelando, portanto, uma permanente complexidade do pensar e do agir ambiental (DIAS, 1994, p.8).

Para Branco (1998), a EA é todo o processo cultural que objetive a formação

de indivíduos capacitados a coexistir em equilíbrio com o meio. Processos não

formais, informais e formais já estão conscientizando muitas pessoas e intervindo

positivamente, se não solucionando, despertando para o problema da degradação

crescente do meio ambiente.

Rabelo (2007) acredita que a educação superior, pública ou privada, deveria

ser pensada como uma grande possibilidade de promover um saber acadêmico da e

para a vida. A educação profundamente tecnicista, voltada para objetivos práticos e

compromissada com o modo de produção dominante, sofre com as pressões e

expectativas de uma sociedade tecnológica, consumista, neoliberal e sujeita a riscos

(RABELO, 2007).

Percebe-se a importância da Instituição de Ensino Superior, como descreve

Morales, ao enfatizar que

a universidade, como instituição de investigação e centro de educação técnica e superior, tem papel essencial na reconfiguração de mundo e, portanto, deve assumir a responsabilidade maior no processo de produção e incorporação da dimensão ambiental nos sistemas de educação e formação profissional. Deve também propiciar aos profissionais educadores ambientais, fundamentos teórico-práticos indispensáveis para compreender,

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analisar, refletir e reorientar seu fazer profissional numa perspectiva ambiental (MORALES, 2007, p.284).

No entanto, Leff reconhece que

as instituições educacionais e universidade pública enfrentam políticas econômicas que orientam o apoio à educação, à produção de conhecimentos e à formação profissional, em função de seu valor no mercado. Isto tem criado obstáculos à transformação do conhecimento nas instituições educacionais para incorporar o saber ambiental à formação de recursos humanos que sejam capazes de compreender e resolver os problemas socioambientais do nosso tempo (LEFF, 2001, p. 223).

Morin (2006) alerta para o fato de que somente as mudanças estruturais e

legais nas instituições (reforma do ensino) não são eficazes. Deve acontecer,

juntamente, a reforma do pensamento daqueles que estão envolvidos no processo

educacional. Essa reforma do pensamento, por sua vez, deve levar à compreensão

da complexidade ambiental, que envolve as inter-relações multidimensionais da

sociedade (grifo da autora).

Velasco (2002), quando menciona ser preferível ter ao menos um espaço

garantido para a EA, na forma de disciplina, do que não ter nada em absoluto,

observa que não ofertar conteúdos disciplinares relacionados à EA, na graduação,

pode ser interpretado como perda de espaço de reflexão que implica impossibilidade

de novas propostas pedagógicas.

Dias (1994) aponta que

no setor educacional, principalmente nas universidades, a dimensão ambiental ainda não foi incorporada de modo sistêmico, e, nas universidades privadas, a distância é ainda maior. Além de não exibirem claramente uma política ambiental, a prática preponderante, quer nas suas atividades acadêmicas ou administrativas, assenta-se sob uma visão fragmentada e utilitarista dos recursos ambientais, perdendo-se perigosamente a visão global (DIAS, 1994, p.357).

A urgência de mudanças comportamentais da sociedade contemporânea,

diante do consumo desenfreado das empresas, do uso inadequado dos recursos

naturais, da omissão dos governos e do desrespeito à legislação ambiental, torna

premente a adoção de EA nas universidades, um local onde, a priori, se formam

muitos daqueles que proximamente terão o poder de tomar decisões (JACOBI,

2002).

Uma EA continuada, radicada na formação do cidadão, desde o ensino

fundamental até a universidade, poderá contribuir com a sustentabilidade do planeta,

se investir em ações coletivas e não individualizadas, indo além de atitudes simples

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como evitar sujar as ruas ou reaproveitar embalagens, embora estas sejam práticas

louváveis. Jacobi (2002, p.6) alerta que “o mais desafiador é evitar cair na

simplificação de que a EA poderá superar uma relação pouco harmoniosa entre os

indivíduos e o meio ambiente mediante práticas localizadas e pontuais, muitas vezes

distantes da realidade do aluno”. Esse desafio poderá ser enfrentado quando se

adotar uma postura realista sobre os limites da EA no tocante à mudança social,

estendendo a discussão aos estudantes universitários, para que estes tenham a

oportunidade de compreender a teia de relações na qual estão inseridos.

Para Santos (2009), a prevenção de doenças e a promoção da saúde estão

intimamente relacionadas com a questão ambiental, o que impõe ao enfermeiro

compreender a problemática ambiental em toda a sua complexidade. Esse é um

motivo que torna imprescindível a inserção da EA como componente curricular

obrigatório nos cursos de ensino superior de Enfermagem.

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2.2 A EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA (EaD)

A EaD é uma modalidade educacional na qual a mediação didático-

pedagógica nos processos de ensino e aprendizagem ocorre com a utilização de

meios e tecnologias de informação e comunicação, com estudantes e professores

desenvolvendo atividades educativas em lugares ou tempos diversos (BRASIL,

2005).

Moran (1994) acredita que a EaD é mais adequada para a educação de

adultos, principalmente para aqueles que já têm experiência consolidada de

aprendizagem individual e de pesquisa, como acontece no ensino de pós-graduação

e também no de graduação.

As atuais possibilidades das novas Tecnologias da Informação e da

Comunicação (TIC) incentivam o rápido crescimento da educação a distância como

uma modalidade de ensino que permite aproximar o saber do aprendiz, levando em

conta os limites individuais de aprendizado, as distâncias espacial, temporal,

tecnológica e socioeconômica, promovendo a interação dos indivíduos, inclusive,

com o meio ambiente. O aprendiz, então, pode aprender no seu contexto imediato,

planejar, no tempo e no espaço, suas atividades de estudo e seguir o seu ritmo de

aprendizagem (VIEIRA, 2002).

Sabe-se que a EaD ultrapassa o uso puro e simples de tecnologias e as

fronteiras físicas e temporais. Para Lévy (1999), a EaD está associada diretamente à

interatividade. A interatividade, segundo o autor, vai além da consideração trivial que

ressalta a participação ativa do sujeito que recebe a mensagem, em uma transação

de informações.

Dessa forma, não basta receber a mensagem, é necessário que ela seja

reconhecida como importante e útil para o crescimento e que se faça dela um querer

buscar mais. No contexto da EaD é evidente, então, que a mensagem seja

perpetuada por idas e vindas, de trocas e de intercâmbios. Uma conexão, uma rede

de informações, deverá ser construída com todos os envolvidos nesse processo

(PEROSA, 2003).

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Um sistema de educação a distância engloba diversos componentes, como a

aprendizagem, o ensino, a comunicação, a instituição, o desenho, o gerenciamento

e toda a estrutura editorial. Experiências têm mostrado que projetos em EaD

necessitam de um adequado planejamento, que vai desde pensar o projeto até a

sua execução final, sempre permeado por constantes avaliações, responsabilidade e

criatividade (PEROSA, 2003).

O desenvolvimento de uma metodologia pedagógica que objetive repensar o

papel do professor e do aluno no processo de ensinar e aprender deve ser

constantemente revisado e atualizado (MAIA, 2005).

A educação a distância decorre da necessidade de novas propostas de

estudo pelas quais o aluno não tem uma delimitação geográfica para buscar sua

formação. Por isso, estudos sobre a utilização das ferramentas disponíveis nos

ambientes virtuais de aprendizagem tornam-se necessários para que os recursos

empregados não sejam um limitador à aprendizagem no meio virtual (PUERTA,

2008).

Almeida (2003) frisa que a EaD não é apenas uma solução paliativa para

atender alunos situados distantes geograficamente das instituições educacionais

nem trata da simples transposição de conteúdos e métodos de ensino presenciais

para outros meios. Os programas de EaD podem ter o nível de diálogo priorizado ou

não segundo a concepção epistemológica e respectiva abordagem pedagógica.

Belloni (2002.p.123) define educação a distância como sendo “parte de um

processo de inovação educacional mais amplo que é a integração dessas novas

tecnologias de informação e comunicação nos processos educacionais”.

A qualidade de um curso a distância depende de vários aspectos, desde o

modelo de aprendizagem ou da base epistemológica em que foi construído, até o

grau de comunicação permitido, o ambiente virtual utilizado, a experiência do

professor com as novas tecnologias, o público-alvo, os objetivos e a organização do

curso e, principalmente, o conhecimento dos conteúdos ministrados

(ALMEIDA,2002).

Na área da saúde, o uso da Internet na busca de fontes de informação,

realização de pesquisas, acesso à base de dados de artigos, teses e periódicos, uso

de programas de simulação para treinamento de habilidades e tomada de decisões

constituem objeto de estudos e interesse. A oportunidade de utilizar a Web e realizar

o aperfeiçoamento profissional constante e de qualidade por meio do acesso a sites

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de universidades e revistas científicas, além de permitir o contato entre profissionais

para troca de informações e da realização de cursos a distância, tornou-se condição

fundamental para capacitação de pessoal (RODRIGUES, 2008a).

No ensino de Enfermagem, a adoção das novas tecnologias de comunicação

vem acompanhando, também, o desenvolvimento tecnológico e pedagógico com

ampliação de sua aplicação na graduação, na pós-graduação e na educação à

saúde (SPERANDIO, 2002).

Diante das infinitas possibilidades que a Internet e seus recursos oferecem às

pessoas, estes podem e devem ser empregados em benefício da prática profissional

de Enfermagem. Para tanto, o desenvolvimento de ambientes virtuais de

aprendizagem em Enfermagem deve ser planejado e organizado, com bom senso e

responsabilidade (RODRIGUES, 2008b).

2.2.1 A Educação a Distância e o Curso de Enfermage m na Anhanguera-

Uniderp

De acordo com o Projeto Pedagógico do Curso de Enfermagem (2008), é

utilizada metodologia do ensino a partir da geração de imagens em estúdios de

televisão, localizados em Campo Grande, MS, com transmissão simultânea de áudio

e vídeo, em tempo real, via satélite. O estudante assiste, nas cidades-polo, a aulas

ministradas por professores a distância, que são especialistas, mestres ou doutores.

O aluno participa, nas unidades de recepção, de atividades com a presença de

professores presenciais, os quais são responsáveis pela aplicação dos trabalhos,

avaliações, acompanhamento de estágio obrigatório, atividades complementares,

estudos de caso e orientações diversas.

O objetivo principal do curso é o de formar enfermeiros generalistas que

atuem sobre os problemas mais prevalentes no perfil epidemiológico nacional e

promovam a saúde integral do ser humano com qualidade e responsabilidade.

A metodologia utilizada conta com aulas teóricas, via satélite, no polo de

ensino, duas vezes na semana, alternadas com aulas práticas em laboratórios,

atividades práticas nas diferentes unidades de saúde e de atenção às pessoas onde

o enfermeiro possa atuar, todas acompanhadas por um professor local, enfermeiro,

e com um período de autoestudo orientado. São preenchidos, assim, todos os dias

da semana com atividades do Curso.

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São ao todo seis polos que oferecem o Curso de Enfermagem com um total

de 391 alunos: Tucuruí – PA; Barretos – SP, Campo Grande – MS, Corumbá – MS,

Dourados – MS e Ponta Porã – MS.

Em cada polo há três laboratórios: um laboratório multifuncional que

contempla em sua estrutura física características que permitem estudos práticos em

anatomia, fisiologia, histologia, microbiologia, citologia, parasitologia, patologia,

genética, farmácia e bioquímica; um laboratório de enfermagem, organizado de

modo a desenvolver habilidades técnicas específicas, necessárias à capacitação do

acadêmico para a prática em unidades hospitalares e unidades básicas de saúde,

na atenção e no cuidado ao paciente de baixa, média e alta complexidade, que

simula o ambiente do leito hospitalar e o ambiente de um posto de enfermagem

hospitalar; e um laboratório de informática, composto de computadores com acesso

à Internet cujo objetivo é o de oferecer apoio às atividades práticas, ao período de

autoestudo a distância dos acadêmicos e às pesquisas complementares. Cada

laboratório possui um técnico específico para auxiliar os acadêmicos e professores

nas atividades práticas.

Além disso, o acadêmico conta com o apoio do portal eletrônico onde, via

Internet, pode tirar suas dúvidas por intermédio da tutoria, participar de chats, fóruns,

entre outros (Projeto Pedagógico do Curso de Enfermagem, 2008).

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2.3 SAÚDE AMBIENTAL

Os problemas ambientais existentes na sociedade, tais como a degradação

da água, do ar e do solo, do ambiente doméstico e de trabalho, têm impactado de

modo significativo a saúde dos indivíduos. Isto ocorre porque são evidentes os sinais

de deteriorização do ambiente em escala planetária. A degradação progressiva dos

ecossistemas, a contaminação crescente da atmosfera, solo e água, bem como o

aquecimento global são exemplos dos impactos das atividades humanas sobre o

ambiente. Esses problemas são exacerbados em situações locais quando se

acumulam fontes de riscos decorrentes de processos produtivos passados ou

presentes, como a disposição inadequada de resíduos industriais, a contaminação

de mananciais de água e as péssimas condições de trabalho e moradia (BRASIL,

2007a).

O grande número de fatores ambientais que podem afetar a saúde humana é

um indicativo da complexidade das interações existentes e da amplitude de ações

necessárias para melhorá-los. Porém, os programas de melhorias no ambiente têm

ações bastante diferenciadas daquelas de atenção médica, ainda que não possam

estar desvinculadas delas (RIBEIRO, 2004).

Em resposta a essa nova demanda da sociedade, é importante considerar

que a relação entre o ambiente e o padrão de saúde de uma população define um

campo de conhecimento referido como “Saúde Ambiental” ou “Saúde e Ambiente”.

Segundo a Organização Mundial da Saúde, essa relação incorpora todos os

elementos e fatores que potencialmente afetam a saúde, incluindo, entre outros,

desde a exposição a fatores específicos, como substâncias químicas, elementos

biológicos ou situações que interferem no estado psíquico do indivíduo, até aqueles

relacionados com aspectos negativos do desenvolvimento social e econômico dos

países (BRASIL, 2007a).

A referência normativa relativa à saúde ambiental no País encontra-se

expressa na Constituição Federal de 1988, por meio dos seguintes artigos:

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- Art. 23, incisos II, VI, VII e IX, que estabelece a competência comum da

União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios de cuidar da saúde,

proteger o meio ambiente, promover programas de construção de moradias e a

melhoria das condições habitacionais e de saneamento básico, além de combater a

poluição em qualquer de suas formas e preservar as florestas, a fauna e a flora;

- Art. 196, que define a saúde como

direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem a redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação”;

- Art. 200, incisos II e VIII, que fixa como atribuições do Sistema Único de

Saúde (SUS), entre outras, a execução de “ações de vigilância sanitária e

epidemiológica, bem como as de saúde do trabalhador” e “colaborar na proteção do

meio ambiente, nele compreendido o do trabalho”.

- Art. 225, no qual está assegurado que

todos tem direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Publico e a coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para a presente e futuras gerações.

No âmbito do setor saúde, ao definir, no art. 6º, o campo de atuação do SUS,

a Lei nº 8.080/90 inclui as ações inerentes à vigilância sanitária; vigilância

epidemiológica; participação na formulação da política e na execução de ações de

saneamento básico; colaboração na proteção do meio ambiente, nele

compreendido, o trabalho; controle e fiscalização de serviços, produtos e

substâncias de interesse para a saúde; participação no controle e na fiscalização da

produção, transporte, guarda e utilização de substâncias e produtos psicoativos,

tóxicos e radioativos, entre outras (BARCELLOS, 2002).

Com a evolução da legislação, ampliou-se a consciência de que a saúde,

individual e coletiva, nas suas dimensões física e mental, está intrinsecamente

relacionada à qualidade do meio ambiente (RIBEIRO, 2004).

As modificações ambientais, tanto as mais abrangentes quanto as mais

específicas, afetam de forma geral a distribuição das doenças. Os vínculos entre

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desenvolvimento econômico, condições ambientais e de saúde são muito estreitos,

porque as condições para a transmissão de várias doenças são propiciadas pela

forma com que são realizadas as intervenções humanas no ambiente (PIGNATTI,

2004).

A saúde ambiental pode ser compreendida como

Campo de práticas intersetoriais e transdisciplinares voltadas aos reflexos, na saúde humana, das relações ecogeossociais do homem com o ambiente, com vistas ao bem-estar, à qualidade de vida e à sustentabilidade, a fim de orientar políticas públicas formuladas com utilização do conhecimento disponível e com participação e controle social (BRASIL, 2007, p. 18).

Articula-se a esse entendimento, a Atenção Primária Ambiental (APA), que,

em 1999, a OPAS definiu como sendo

Uma estratégia de ação ambiental, basicamente preventiva e participativa em nível local, que reconhece o direito do ser humano de viver em um ambiente saudável e adequado, e a ser informado sobre os riscos do ambiente em relação à saúde, bem-estar e sobrevivência, ao mesmo tempo em que define suas responsabilidades e deveres em relação à proteção, conservação e recuperação do ambiente e da saúde (OPAS, 1999, p. 28).

A Política Nacional de Saúde Ambiental (PNSA) procura operar a partir do

conceito e da estratégia relacionados e tem como objetivos proteger e promover a

saúde humana e colaborar na proteção do meio ambiente, por meio de um conjunto

de ações específicas e integradas com instâncias de governo e da sociedade civil

organizada. Visa fortalecer sujeitos e organizações governamentais e não

governamentais no enfrentamento dos determinantes socioambientais das doenças

e na prevenção dos agravos decorrentes da exposição humana a ambientes

adversos, de modo a contribuir para a melhoria da qualidade de vida da população

sob a ótica da sustentabilidade (BRASIL, 2004).

Outra instância importante é o Sistema Nacional de Vigilância Ambiental em

Saúde (SINVAS, que compreende o conjunto de ações e serviços prestados por

órgãos e entidades públicas e privadas relativos à vigilância ambiental em saúde,

visando ao conhecimento e à detecção ou prevenção de qualquer mudança nos

fatores determinantes e condicionantes do meio ambiente que interferem na saúde

humana, com a finalidade de recomendar e adotar medidas de prevenção e controle

dos fatores de riscos relacionados às doenças e outros agravos à saúde.

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14

A Vigilância Ambiental em Saúde realiza ações que proporcionam o

conhecimento e a detecção de qualquer mudança nos fatores determinantes e

condicionantes do meio ambiente que interferem na saúde humana, com a finalidade

de identificar as medidas de prevenção e controle dos fatores de risco ambientais

relacionados às doenças ou outros agravos à saúde. Para sua implementação, a

Fundação Nacional de Saúde (FUNASA) vem articulando, com outras instituições

dos setores público e privado que compõem o SUS e demais integrantes das áreas

de meio ambiente, saneamento e saúde, a adoção de ações integradas com o

propósito de exercer a vigilância dos fatores de risco ambientais que possam vir a

afetar a saúde da população (BRASIL, 2001).

Schmidt (2007) chama a atenção para a importância de se evidenciarem as

desigualdades sociais. Para ele, o ambiente, à medida que é explorado, pode se

tornar forte gerador de desigualdades ecológicas estreitamente ligadas à saúde da

população.

Para esta autora, a formação profissional de quadros para fazer o

enfrentamento dos problemas associados à questão ambiental, ainda não ocupa

posição de importância em estudos que relacionem estratégias de promoção em

saúde na relação entre homem-ambiente.

Diante da exposição realizada, percebe-se o que Morita (2007) enfatiza ao

afirmar que o educador deve preparar um profissional enfermeiro atuante, de modo

que acompanhe as transformações sociais com competência para atender as

exigências do mercado de trabalho de forma consciente, engajada e comprometida

com o objetivo de seu trabalho.

Na Enfermagem, o envolvimento com a saúde ambiental “favorece a

possibilidade de trocar experiências, formular propostas e construir saberes

fundamentais para compreender a abrangência do cuidar”, este entendido não

apenas como questão de assistência individual, mas como uma “dimensão do agir

coletivo e interdisciplinar capaz de garantir a saúde humana e ambiental (VARGAS,

2007, p. 454).

Ribeiro (2004) afirma que a Saúde Ambiental atual baseia-se no

reconhecimento da existência e das necessidades de todos os seres humanos e no

encontro de soluções dentro dos princípios de equidade e de universalidade.

O cuidado e o desenvolvimento sustentável são temáticas convergentes que

devem estar presentes na atuação do enfermeiro como membro da equipe de

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saúde. Para tanto, é preciso que, desde a sua formação, o profissional de saúde, em

geral, e de enfermagem, em particular, entre em contato com a reflexão e a

discussão sobre a problemática ambiental, condição sine qua non para

redimensionar e problematizar a complexidade que envolve a ocorrência do

processo saúde-doença (VARGAS, 2007).

O profissional de Enfermagem, ao incorporar uma postura crítica e

comprometida com a questão ambiental, torna-se um ator social importante na

proposição e concretização das mudanças necessárias para garantir um futuro

melhor para esta e as próximas gerações.

2.3.1. Fatores Ambientais e a Influência na Saúde

São apresentados a seguir, de acordo com a bibliografia especializada,

alguns fatores ambientais de importância à saúde humana.

2.3.1.1 Uso Indevido dos Solos

A comunidade reconhece o uso indevido do solo como um dos fatores mais

importantes, pois origina muitos conflitos quando não são respeitadas as

disposições dos planos reguladores do uso do solo. É comum encontrar atividades

produtivas localizadas em bairros residenciais ou populações periféricas vivendo

próximas do lixo, de indústrias e de torres de alta tensão. Outro problema frequente

é o uso de terrenos agrícolas para a expansão das cidades (OPAS, 1999).

2.3.1.2. Impermeabilização do solo

Para Vaz (2010), as enchentes têm prejudicado a vida e a saúde de inúmeras

famílias. São causadas, na maioria das vezes, pela impermeabilização do solo. Após

a chuva, a água não consegue infiltrar-se no solo e, conseqüentemente, acaba por

sobrecarregar rios e inundar galerias de esgotos, atingindo as residências.

A impermeabilização do solo também pode aumentar a quantidade de

poluentes presentes nos rios. Por causa da diminuição da infiltração da água no

solo, a água, que retornaria ao rio limpa, acaba servindo para o transporte de

poluentes e resíduos sólidos (VAZ, 2010).

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2.3.1.3. Falta de Áreas Verdes

Mass et al. (2009) mostram que o papel do espaço verde no ambiente para a

saúde é relevante. O estudo relata que as pessoas moradoras próximas a jardins,

parques e outros espaços arborizados apresentavam as menores taxas de uma

série de doenças. A maior relação encontrada foi de desordens de ansiedade e

depressão, além de doenças respiratórias.

2.3.1.4. Queimadas

Para Arbex (2004), a população atingida pelos produtos gerados pelas

queimadas, por via de regra, corresponde aos indivíduos com maior grau de pobreza

e com menor possibilidade de acesso aos serviços de saúde, o que faz piorar sua já

precária qualidade de vida.

2.3.1.5. Desmatamento e Erosão

À erosão e deterioração da camada superficial do solo, como consequência

de cultivos intensivos, deve se somar a prática cada vez mais frequente de aquisição

de terra vegetal. Essa prática vem gerando grupos especializados que “limpam” a

superfície do solo. Esses fatores estão associados a situações de pobreza e à falta

de educação e de sensibilidade ambiental (OPAS, 1999).

2.3.1.6. Ruas sem Pavimentação

A emissão de material fragmentado, a sujeira das estruturas e habitações e

os problemas de trânsito associados diretamente à carência de pavimento geram

efeitos sentidos pela população. A pavimentação é uma necessidade social a ser

resolvida. No entanto, em muitos casos, não é satisfeita adequadamente pelos

serviços do Estado (OPAS, 1999).

2.3.1.7. Drenagem Urbana

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Tucci (2008) afirma que o escoamento pluvial pode produzir inundações e

impactos nas áreas urbanas em razão de dois processos, que ocorrem isoladamente

ou combinados: 1) as inundações de áreas ribeirinhas – inundações naturais que

ocorrem no leito maior dos rios por causa da variabilidade temporal e espacial da

precipitação e do escoamento na bacia hidrográfica – 2) e as inundações em razão

da urbanização – inundações que ocorrem na drenagem urbana por causa do efeito

da impermeabilização do solo, canalização do escoamento ou obstruções ao

escoamento.

A existência de vetores transmissores de doenças, contaminação da água,

risco de acidentes, transbordamentos e degradação estética são alguns dos efeitos

observados. Esses problemas têm como causa principal a falta de recursos e de

competência dos governos locais para enfrentar a situação. Outra razão é a falta de

educação das pessoas que adotam práticas que terminam por obstruir os processos

de limpeza (OPAS, 1999).

2.3.1.8. Poluição

Em se tratando da poluição do ar, primeiramente destaca-se o que o

Conselho Nacional do Meio Ambiente define como poluição atmosférica:

Entende-se como poluente atmosférico qualquer forma de matéria ou energia com intensidade e em quantidade, concentração, tempo ou características em desacordo com os níveis estabelecidos e que torne ou possa tomar o ar impróprio, nocivo ou ofensivo à saúde; inconveniente ao bem estar público; danoso aos materiais, à fauna e flora; prejudicial à segurança, ao uso e gozo da propriedade e às atividades normais da comunidade (CONAMA, 1990, p. 15.937 do D.O.U.).

De acordo com Duchiade (1992), vários estudos vêm comprovando, em

diversas partes do mundo, a influência da poluição do ar na mortalidade.

A poluição sonora também é considerada um dano à saúde, uma vez que, de

acordo com estudo realizado por Lacerda (2005), influencia a qualidade de vida da

população urbana, gerando reações psicossociais efetivas, como irritabilidade e

insônia. Essas reações podem estar na base de doenças graves, como disfunções

cardiovasculares, podendo interferir na saúde e no bem-estar dos indivíduos, em

particular, e de uma população urbana, como um todo, gerando um problema de

saúde pública.

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2.3.1.9. Planejamento Territorial

O processo de urbanização, ou seja, o processo de formação de uma cidade

deve ser planejado. Uma cidade não se regula por si mesma, seja porque os

recursos naturais são finitos, seja porque os recursos financeiros são insuficientes

diante dos prejuízos causados à saúde humana, ao meio ambiente e à qualidade de

vida (SEGUNDO, 2003).

2.3.1.10. Saneamento

Para Silva (2009), 80% de todas as moléstias e mais de um terço dos óbitos

dos países em desenvolvimento são causados pelo consumo de água contaminada

e, em média, até um décimo do tempo produtivo de cada pessoa se perde por causa

das doenças relacionadas à água, especialmente em virtude da falta de saneamento

básico. As doenças relacionadas à água estão entre as causas mais comuns de

morte no mundo e afetam, mais intensivamente, países em desenvolvimento. Dentre

as doenças veiculadas pela água, as mais comuns são leptospirose, giardíase,

amebíase, diarréias infecciosas, esquistossomose, ascaridíase, cólera, febre tifóide

e hepatite A (SILVA, 2009).

Cerca de 230 mil pessoas morrem todo ano no Brasil por exposição a fatores

de risco ambiental, como poluição, água não tratada e grandes estruturas urbanas.

É necessária a clareza de que a saúde pública é mais do que o somatório da

saúde das pessoas. É a ferramenta para o desenvolvimento sustentável, social e

econômico e está estreitamente relacionada com a paz, educação, habitação e

equidade, pois o saneamento ambiental tem efeito imediato na diminuição de muitas

enfermidades ao romper o círculo vicioso que se estabelece quando o paciente é

medicado e devolvido para o ambiente insalubre (SILVA, 2009).

2.3.1.11. Resíduos Sólidos

Os resíduos sólidos urbanos, gerados pela sociedade em suas diversas

atividades, resultam em riscos à saúde pública, provocam degradação ambiental,

além das conseqüências sobre os aspectos sociais, econômicos e administrativos

envolvidos na questão (SIQUEIRA, 2009).

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Diversos autores relacionam casos de doenças aos resíduos sólidos.

Entretanto, a influência dos resíduos urbanos se faz sentir, principalmente, por vias

indiretas. Ou seja, é pela conexão resíduos sólidos-vetor-homem que se pode

explicar as trajetórias pelas quais pode ocorrer a transmissão de doenças oriundas

da coleta e/ou disposição inadequada daqueles (DEUS, 2004).

Em relação à saúde pública, os resíduos sólidos urbanos ocupam papel

estratégico na estrutura epidemiológica de uma cidade. Como componente indireto,

destaca-se na linha de transmissão de doenças provocadas pela ação dos vetores,

que encontram no habitat do lixo condições adequadas para a sua proliferação. Na

interface com as questões ambientais, os resíduos contaminam ar, águas

superficiais e subterrâneas e, consequentemente, o solo (SIQUEIRA, 2009).

A incorreta disposição final do lixo urbano, além de provocar poluição do solo,

colabora para a poluição das águas e do ar. A poluição das águas acontece por

meio de fenômenos naturais, como a lixiviação, percolação, arrastamento, solução,

entre outros. (SIQUEIRA, 2009).

2.3.1.12. Aumento da População

A Organização das Nações Unidas prevê que até o ano de 2050 deverão

nascer 3 bilhões de pessoas. Isso significa que a as demandas retiradas do meio

natural também aumentarão, principalmente no que diz respeito às necessidades

alimentares e de energia. A ONU prevê, ainda, que essas pessoas nascerão em

regiões do globo onde as reservas de água e de terras cultiváveis já diminuíram

consideravelmente (PLANETA, 2010).

Outro fator importante a ser considerado no aumento populacional é a

ampliação da expectativa de vida dos homens, aumentando assim o quantitativo de

consumidores que irão requerer maior quantidade de recursos naturais e de

serviços, como os de saúde.

2.3.1.13. Migração

A migração contribui para um dos problemas urbanos que é o aumento

descontrolado da periferia das cidades. Os bairros onde os migrantes se alojam,

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geralmente, estão desprovidos de segurança, de infraestrutura tradicional de água,

esgoto, drenagem, transporte e coleta de resíduos sólidos (TUCCI, 2008).

A análise da distribuição da população e de sua migração torna-se elemento

fundamental para caracterizar o tipo e a organização da assistência médico

sanitária. O conhecimento da natalidade, fertilidade e nupcialidade permite avaliar a

necessidade de leitos, de maternidades, assim como de serviços pré-natais

(YUNES, 1071).

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3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

A pesquisa realizada é de caráter descritivo e exploratório.

Foi desenvolvida nas cidades-polos do Centro de Educação a distância que

oferecem o Curso de Enfermagem da Universidade Anhanguera – Uniderp, sediada

na cidade de Campo Grande, Mato Grosso do Sul.

O projeto foi enviado para a direção do Centro de Educação a Distância da

referida instituição e, após a obtenção das autorizações necessárias, foi iniciada a

coleta de dados no período de 12 a 15 de abril de 2010. A população constituiu-se

de 114 acadêmicos efetivamente matriculados, que cursaram a unidade didática

Ecologia, Saneamento e Saúde, assim distribuída: Ponta Porã - MS: 16 alunos;

Dourados - MS: 06 alunos; Corumbá - MS: 46 alunos; Campo Grande - MS: 46.

Foi elaborado um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (Apêndice A)

e, para a sua assinatura, foram emitidas orientações aos acadêmicos esclarecendo

o objetivo da pesquisa ao lado de instruções sobre o preenchimento do questionário,

sobre o anonimato e independência da pesquisa e sobre o contato da pesquisadora

para eventuais dúvidas. Após a leitura e explicação do Termo de Consentimento, 21

acadêmicos livremente desistiram da pesquisa, constituindo-se a amostra final,

portanto, de 93 acadêmicos.

Um dos instrumentos utilizados foi o questionário (Apêndice B) composto de

perguntas semiestruturadas e distribuídas em duas partes; a primeira com 27

questões fechadas e semiabertas de análise socioeconômica; a segunda parte, com

uma tabela de fatores ambientais locais e globais, abordados no conteúdo da

disciplina de Ecologia, Saneamento e Saúde, solicitava que o acadêmico

assinalasse o grau de influência de cada fator em relação à saúde humana. Os

graus considerados foram os seguintes: grau zero (sem influência), grau um (pouca

influência), grau dois (influência regular), grau três (muita influência) e grau quatro

(extrema influência).

O questionário socioeconômico foi adaptado com base no questionário do Instituto

Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), aplicado aos

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acadêmicos de Ensino Superior no Exame Nacional de Desempenho dos

Estudantes (ENADE).

A escolha dos instrumentos partiu dos objetivos deste trabalho. O acadêmico,

ao indicar para cada fator ambiental elencado um grau de influência sobre a saúde

humana, estaria demonstrando, ao mesmo tempo, o seu grau conhecimento sobre a

relação correspondente.

O questionário foi aplicado em sala de aula em dia de atividade teórica das

turmas. Após o preenchimento pelos acadêmicos, o termo de consentimento e o

questionário foram digitalizados pelo professor-tutor presencial, por meio de

aparelho de leitura óptica (scanner), e os arquivos gerados enviados ao endereço

eletrônico criado para o recebimento do material pela pesquisadora. Os arquivos

foram impressos e foram realizadas a tabulação e a interpretação dos dados

obtidos.

Outras fontes de informações empíricas foram constituídas de documentos,

como o Plano de Ensino da unidade didática Ecologia, Saneamento e Saúde (Anexo

A), os roteiros de atividades teóricas e práticas das aulas e as estratégias de

avaliação aplicadas no módulo em que constavam questões da unidade didática

analisada neste trabalho.

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4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Os resultados foram analisados e discutidos conforme os itens a seguir.

4.1. ANÁLISE DOS DADOS OBTIDOS A PARTIR DA APLICAÇÃ O DO

QUESTIONÁRIO

4.1.1 ANÁLISE SOCIOECONÔMICA

A análise levou em conta, de início, uma discussão realizada por Leal (2010),

para quem o planejamento de ensino, as fases, os passos, as etapas, as escolhas

implicam situações diversificadas, que estão presentes durante o acontecer em sala

de aula, em um processo de idas e vindas. O diagnóstico é compreendido como

uma situação de análise; de reflexão sobre o circunstante, o local, o global. O

contexto didático-pedagógico, assim tratado, permite averiguar a quantidade de

alunos, os novos desafios impostos pela sociedade, as condições físicas da

instituição, os recursos disponíveis, as possíveis estratégias de inovação, as

expectativas do aluno, o seu nível intelectual, as suas condições socioeconômicas

(retrato sociocultural do aluno), a cultura institucional, a filosofia da universidade e/ou

da instituição de ensino superior, enfim, as condições objetivas e subjetivas em que

o processo de ensino acontece (grifo da autora).

Com esse pressuposto, a análise se iniciou com a descrição do perfil dos

acadêmicos:

a) Quanto à idade: 6% dos acadêmicos têm abaixo de 20 anos; 34%, entre

20 a 30 anos; 50%, entre 31 e 40 anos e 10% têm entre 41 e 50 anos e. A média

geral de idade dos acadêmicos foi de 32,3 anos (Figura 1).

Em um estudo semelhante, com 47 alunos de ensino a distância, Mendonça e

Ferreira (2007) encontraram resultados semelhantes. A maioria dos estudantes

possui mais de 30 anos.

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24

b) Quanto ao sexo: predominou em 91% o sexo feminino contra 9% do sexo

masculino. Este é um resultado comum nos cursos de Enfermagem, pois a profissão

é considerada essencialmente feminina. É o que confirma pesquisa realizada por

Spíndola (2008).

Dados semelhantes também foram encontrados na pesquisa de Mendonça et

al. (2007): a maioria dos entrevistados era do sexo feminino. Essas informações

expressam a existência de um espaço no mercado de trabalho para a mulher. Mas,

segundo os autores, a conquista desse espaço está marcada por uma contradição,

pois, na maioria das vezes, a mulher precisa realizar jornada dupla de trabalho pela

necessidade de dar atenção à família (MENDONÇA, 2007).

Os resultados da pesquisa desses autores também conferem com os dados

encontrados nesta pesquisa quanto ao estado civil: 44% dos entrevistados

responderam que são casados; 38%, são solteiros, 8% são separados, 6% são

viúvos e 4%, outro tipo de união.

c) Quando à moradia : 58% responderam que moram com o cônjuge e filhos;

34%, com os pais; 4%, com amigos (compartilhando despesas ou por favor) e 4%

disseram morar sozinhos.

Figura 1 – Gráfico da idade em anos dos acadêmicos do Curso de Enfermagem.

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d) Renda mensal familiar: 51% dos alunos responderam possuir até 3

salários mínimos de renda; 40% afirmaram receber de 3 a 10 salários mínimos; 5%,

de 10 a 20 salários mínimos; 3%, de 20 a 30 salários mínimos e 1% afirmou ter

renda familiar que vai além de 30 salários mínimos.

No estudo de Castro (1999), que teve como amostra 535 acadêmicos de

cursos de Ciências Biológicas, Matemática, Letras e Pedagogia, a maioria (45%) dos

entrevistados declarou possuir renda mensal entre 4 e 9 salários mínimos.

Comparativamente, tal renda, na amostra desta pesquisa, equivale à segunda

colocação na porcentagem de respostas.

e) Quanto ao número de pessoas que moravam na mesma ca sa, eles

afirmaram: 6% não moram com nenhuma pessoa; 34%, com uma 1 ou 2 pessoas;

42%, com 3 ou 4 pessoas; 14%, com 5 ou 6 pessoas; e 4% afirmaram que mais de 6

pessoas dividem a mesma casa.

f) Com relação ao sustento da família: 33% dos acadêmicos afirmaram que

trabalham e contribuem para o sustento da família; 29% não trabalham e a família é

que financia seus gastos; 16% disseram que trabalham e recebem ajuda da família

para seu sustento; 13% trabalham e se sustentam totalmente; 9% deles afirmaram

que trabalham e são os principais provedores financeiros na família.

Para efeito de comparação, um estudo de Castro (1999) apontou que 76%

dos alunos exercem alguma atividade remunerada. O estudo não indicou qual a

participação desta renda no sustento da família (Figura 2).

Figura 2 – Gráfico da porcentagem de acadêmicos quanto à sua contribuição na renda familiar.

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g) Quanto à entidade mantenedora do curso que realizar am no ensino

médio: 58% afirmaram ter estudado em escola pública; 18% em escola pública, na

maior parte; 12% fizeram todo o ensino médio em escola privada; 8% metade em

escolas públicas e metade em escola privada e 4% afirmaram ter estudado o ensino

médio, na maior parte, em escola privada.

h) Quanto ao conhecimento de língua inglesa: 36% afirmaram que seus

conhecimentos nessa língua são praticamente nulos; 28% leem, mas não escrevem

e não falam a referida língua; 13% disseram ler, escrever, mas não falam a língua

inglesa; 12% leem, escrevem e falam razoavelmente, enquanto 11% afirmaram que

leem, escrevem e falam bem.

i) Quanto ao conhecimento de língua espanhola: 26% afirmaram possuir

conhecimento praticamente nulo; 26% afirmaram conhecer e ler, porém sem

escrever ou falar; 22% afirmaram conseguir ler, escrever, porém não falar; 20%

afirmaram ler, escrever e falar razoavelmente, enquanto 6% disseram ler, escrever e

falar bem a língua espanhola.

j) Quanto à quantidade de livros lidos no presente ano excetuando-se os

livros escolares: 13% afirmaram não ter lido nenhum livro; 52% afirmaram ter lido

no máximo 2 livros; 27%, de 3 a 5 livros; 5%, de 6 a 8 livros e 3% afirmaram ter lido

9 ou mais livros no presente ano.

k) Com relação ao conteúdo dos livros lidos: 32% afirmaram que leem

livros técnicos; 26%, livros de autoajuda; 28%, outros tipos de obras; 8% leem não

ficção enquanto 6% leem livros de ficção.

É necessário destacar os itens j e k quanto ao tipo de leitura dos

entrevistados. A quantidade e o conteúdo dos livros apontados pela maioria podem

se referir aos próprios livros-texto utilizados no curso ou a leitura de trechos de um

livro pode ter sido considerada como a leitura completa da obra. Acrescente-se,

também, que o levantamento foi realizado no mês de abril. Logo, quanto à pergunta

sobre a quantidade de livros lida no referido ano, os números poderiam ter sido

maiores se fosse realizada ao final do ano letivo.

l) Com relação à frequência com que liam jornal: 39% afirmaram que leem

algumas vezes na semana; 38% raramente lêem; 18% afirmaram ler diariamente;

3% nunca leem jornal e 2% leem aos domingos.

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m) Quanto aos assuntos mais lidos nos jornais: 72% responderam que

leem todos os assuntos; 13% mais sobre cultura e arte; 9% sobre política e

economia; 5% sobre outros assuntos e 1% lê sobre esportes.

n) Quanto ao meio de informação mais comum utilizado: a TV teve 54%

das respostas; 31% afirmaram ser por meio da Internet; 12% por meio dos jornais;

2% por meio de revistas e 1% pelo rádio (Figura 3).

o) Quanto à frequência com que utilizavam a biblioteca da Instituição em

que estudam: 27% afirmaram nunca frequentá-la; 53% afirmaram raramente

frequentá-la; 19% a utilizavam com razoável frequência e apenas 1% a utilizava com

muita frequência.

p) Quanto às fontes mais utilizadas ao realizar as ati vidades de pesquisa

para as disciplinas do Curso: 49% afirmaram utilizar livros e/ou periódicos de sua

propriedade; 43% afirmaram utilizar a Internet e 8% a biblioteca de outra instituição.

Nenhum aluno afirmou utilizar a biblioteca da própria instituição em que estuda ou

não realizar pesquisas no curso.

q) Com relação às horas de estudo semanais, excetuando as horas de

aulas: 52% afirmaram estudar de 1 a 2 horas; 33%, de 3 a 5 horas; 8%, de 6 a 8

horas; 6% afirmaram estudar mais de 8 horas semanais, enquanto 1% afirmou

Figura 3– Gráfico da porcentagem dos meios de informação mais utilizados pelos acadêmicos.

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apenas assistir às aulas, não realizando horas de estudo além das horas de aula

(Figura 4).

No geral, considera-se pouca a quantidade de horas despendidas para o

estudo pela maioria dos acadêmicos. Tal fato pode estar relacionado aos encargos

paralelos de trabalho dos acadêmicos. É expressivo relembrar que a maioria é

composta por mulheres, que podem estar realizando jornada dupla de trabalho.

r) Com relação à frequência de utilização do computado r: 3% afirmaram

nunca utilizar o computador; 8%, raramente; 15%, às vezes; 41% afirmaram que o

utilizam frequentemente e 33%, sempre.

s) Com relação ao acesso à Internet: 2% afirmaram não possuir acesso;

11%, às vezes e 87% afirmaram possuir acesso à rede mundial de computadores.

t) Quanto ao local onde mais utiliza o computador: 71% deles afirmaram

que o utilizam em casa; 18% o utilizam no trabalho; 2% o utilizam na instituição de

ensino, enquanto 9% em outros locais.

Esse resultado também foi encontrado na pesquisa de Mendonça (2007). A

maioria (57,44%) dos alunos utilizava o computador em casa.

u) Quanto à finalidade da utilização do computador: 80% dos acadêmicos

afirmaram que utilizam para realização de trabalhos escolares; 15%, para trabalhos

profissionais e nenhum acadêmico afirmou utilizar o computador para comunicação

via e-mail, operações bancárias ou para compras eletrônicas.

v) Quanto à classificação dos próprios conhecimentos e m informática :

1% afirma possuir um conhecimento muito ruim; 20%, um conhecimento ruim; 70%

Figura 4 – Gráfico da porcentagem das horas de estudos dos acadêmicos além das horas de aula.

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acreditam possuir um bom conhecimento em informática; e 9% afirmam possuir um

conhecimento muito bom.

x) Quanto à pretensão de trabalhar na cidade em que o acadêmico está

realizando o Curso de Enfermagem: o resultado demonstrou que 75% pretendem

trabalhar na cidade em que cursaram o ensino superior de Enfermagem, enquanto

25% não possuem essa pretensão.

A intenção da maioria em trabalhar na cidade em que está realizando o curso

é um dado positivo, pois, além de revelar o desejo do acadêmico de engajar-se

profissionalmente, demonstra que o curso está realizando o seu objetivo maior ao

produzir profissionais qualificados para atuar na área de saúde nas regiões

pleiteadas. Os futuros profissionais de Enfermagem poderão contribuir tanto na

análise dos níveis de impacto dos problemas de saúde na região, quanto na

aplicação de recursos para a sua superação.

y) Quanto à área e subárea da Enfermagem em que eles d esejavam de

atuar: 47% desejam atuar na área hospitalar; 29%, na atenção básica e 24%, em

outras áreas. As especialidades pretendidas mais citadas foram: 1) na área

hospitalar – Urgência e Emergência, Unidade de Terapia Intensiva, Pediatria e

Infectologia; 2) e na atenção básica – Programa de Saúde da Família, Saúde Mental

e Vigilância Sanitária.

z) Com relação à intenção, após a conclusão do curso, de realizarem um

curso de pós-graduação: 90% dos acadêmicos responderam afirmativamente,

enquanto 10% afirmaram não desejar realizar um curso de pós-graduação. As áreas

de interesse citadas, no que se refere a estudos ulteriores de pós-graduação, foram:

Urgência e Emergência, Unidade de Terapia Intensiva, Pediatria, Programa de

Saúde da Família, Centro-Cirúrgico, Geriatria e Saúde do Trabalhador.

A atuação do enfermeiro na atenção básica está consideravelmente mais

relacionada à ação de prevenção aos agravos de saúde da comunidade, cenário em

que os fatores ambientais são mais perceptíveis e associados (saneamento básico,

poluição, ruas sem pavimentação, entre outros). Na área hospitalar, as ações de

enfermagem voltam-se à realização de cuidados mais diretos e específicos ao

indivíduo em seu processo de adoecimento, aos fatores ambientais mais

relacionados ao ambiente físico do hospital (ambiente arejado, iluminado, ventilado)

e à preocupação com os resíduos sólidos do serviço de saúde.

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30

Outra pergunta que os acadêmicos responderam foi se obtiveram algum tipo

de educação ambiental no ensino médio. Somente 17 alunos responderam

afirmativamente. As respostas estão sintetizadas no Quadro 1.

Quadro 1 – Respostas dos acadêmicos sobre noções de educação ambiental recebidas durante o Ensino Médio. - “Participação de estudo sobre meio ambiente, desmatamento, e tudo sobre lixo,

esgoto sanitário.”

- “Em geografia, participei sobre essa orientação em palestras realizadas e estudos

sobre o meio ambiente, vigilância sanitária e esgoto, desmatamento e outros.”

- “Em estudos sociais (matéria). Tive orientação em sala de aula. Participei de

passeatas e palestras.”

- “Tive na 7ª e 8ª série, tratamento de água, reciclagem e coleta de lixo.”

- “Tratamento de água, coleta seletiva, reciclagem, trabalho: como fazer filtro com

material reciclável, no ensino médio: programa de saúde.”

- “Palestra sobre incêndio.”

- “Sobre reflorestamento.”

- “Sobre incêndio.”

- “Na educação ambiental foram vistas as formas de reciclagem de materiais, para

diminuir a poluição de gases poluentes (combustíveis de carros), poluição sonora

entre outros.”

- “Através de palestras.”

- “Não me lembro.”

- “Assisti a palestras educativas, sobre reciclagem e desmatamento.”

- “Palestras, trabalhos. O assunto que me recordo: desmatamento, saneamento.”

- “Assisti um documentário sobre formas de descarte do lixo. E suas consequências

na saúde e na vida do planeta.”

- “Participei de um projeto sobre reciclagem e plantamos algumas mudas de árvores

no pátio da escola.”

Percebe-se pelas respostas constantes no Quadro 1 que os objetivos da

educação ambiental, expostos na revisão da literatura especializada deste trabalho,

encontram-se bastante aquém do esperado. Destaque-se o número pequeno de 17

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respostas em uma amostra de 93 acadêmicos. Destaque-se, também, o domínio de

temas sem conexão com o contexto social e cultural do aluno, ou seja, o domínio de

temas “soltos” sobre assuntos diversos dentro da temática ambiental. Note-se,

ainda, pelas respostas dadas pelos acadêmicos, a não associação dos temas

trabalhados com a saúde humana.

A análise socioeconômica realizada mostrou que os acadêmicos

entrevistados revelam noções e atitudes semelhantes às constatadas em outros

estudos com acadêmicos de ensino a distância.

O grau de conhecimento revelado pelos acadêmicos de Enfermagem é

importante para efeito de planejamento de ações sobre saúde ambiental, pois

revela, também, o grau de consciência das relações que vivem em seu meio social e

o seu preparo para o enfrentamento dos problemas ambientais que nele interferem.

4.1.2 ANÁLISE DE FATORES AMBIENTAIS E A SAÚDE

A segunda parte do questionário respondido pelos acadêmicos envolvia uma

tabela em que eles deveriam correlacionar fatores ambientais locais e globais

listados, atribuindo o grau de influência de cada um deles na saúde das pessoas. As

opções de respostas eram: 0 (sem influência), 1 (pouca influência), 2 (influência

regular), 3 (muita influência) e 4 (extrema influência).

Para facilitar a análise dos dados, os graus “extrema influência” e “muita

influência” foram agrupados, assim como os graus “pouca influência” e “nenhuma

influência”. Os diferentes graus de influência atribuídos a cada um dos fatores foram

analisados e os resultados são apresentados a seguir (Figura 5).

Os itens foram divididos entre fatores locais e globais.

De acordo com a OPAS (1999), apesar de existirem problemas ambientais

globais, como as mudanças climáticas, a diminuição da camada de ozônio, entre

outros, estes sempre têm repercussões nacionais, regionais e locais. Do mesmo

modo, existem problemas regionais que têm repercussões locais. A maioria dos

problemas ambientais é de natureza local e tem repercussão direta na saúde e na

qualidade de vida dos habitantes do município correspondente.

Na média geral, a maioria dos acadêmicos (68%) identificou todos os fatores

como sendo de muita/extrema influência para a saúde. Parece, pelos resultados,

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32

que os estudantes possuem um conhecimento geral e específico mínimo dos itens

relacionados com à saúde.

Entre os fatores locais, os acadêmicos atribuíram os seguintes graus de

influência ao “uso indevido dos solos”: 14% afirmaram que ele possui pouca ou

nenhuma em relação à saúde humana; 12%, influência regular e 74% afirmaram

possuir muita/extrema influência.

Esse resultado confirma exatamente o que pensa a Organização Pan-

Americana de Saúde (1999) sobre a matéria.

Com relação ao “solo impermeável”, 62% dos acadêmicos citaram este fator

como de muita/extrema influência para a saúde; 22% afirmaram ser de regular

influência e 16% atribuem nenhuma/pouca influência.

A importância desse fator foi reconhecido por Vaz (2010), conforme a revisão

bibliográfica realizada.

Outro item apontado para que os acadêmicos atribuíssem o grau de influência

sobre a saúde humana foi a “falta de áreas verdes na comunidade”. Segundo os

resultados, 10% dizem não haver ou haver pouca influência desse fator sobre a

saúde; 8% nele reconhecem influência regular e 82% dos acadêmicos afirmam ser

as áreas verdes de muita/extrema influência para a saúde humana.

Figura 5 - Grau de influência de fatores associados à saúde humana, segundo os acadêmicos do quinto semestre do Curso de Enfermagem.

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O estudo de Mass et al. (2009) confirmou a importância da presença de áreas

verdes na saúde da localidade que pesquisou.

Os acadêmicos também identificaram estreita relação das “queimadas” com a

saúde das pessoas: 95% entenderam que esse fator exerce muita/extrema

influência; 2%, influência regular e 3%, pouca ou nenhuma influência.

Arbex (2004) já demonstrada que esse fator relaciona-se à saúde, situação

agravada pelo fato das populações atingidas pelas queimadas terem menor acesso

aos serviços de saúde.

O fator “desmatamento e erosão” é reconhecido por 8% como de pouca ou

nenhuma influência; 6% lhe atribuem regular influência e 86% admitem que ele

exerce muita/extrema influência sobre a saúde humana.

O desmatamento e a erosão foram apontados no rol dos fatores que

influenciam a saúde humana, pois são reconhecidos, nessa condição, por estudo da

Organização Pan-Americana de Saúde (1999).

“Ruas sem pavimentação” foi outro fator apontado: 73% acreditam haver

relação entre ele e a saúde; 16% consideram sua influência regular e 11% lhe

atribuem pouca/nenhuma influência.

Com relação à “limpeza pública”, 74% atribuíram grau de influência

muita/extrema; 17%, regular e 9%, nenhuma ou pouca.

Com referência à “drenagem urbana”, 78% mencionaram ser de

muita/extrema influência para a saúde das pessoas; 11% perceberam influência

regular nessa relação e 11% viram no fator pouca ou nenhuma influência.

Tucci (2008) menciona a relação do escoamento pluvial com as inundações

(ribeirinhas e urbanas) em consequência de diversos fatores como

impermeabilização do solo, canalização do escoamento e obstruções ao

escoamento da água das chuvas. Vaz (2010) vê o escoamento pluvial como fator

que interfere na saúde da comunidade.

A “poluição sonora, do ar, da água e do solo”, também foi fator relacionado no

questionário, sendo atribuída a ele, por 74% dos acadêmicos, muita/extrema

influência à saúde; 20% indicaram influência regular e 6% pouca ou nenhuma

influência.

Entre os estudos que evidenciam a estreita relação entre as diversas

manifestações de poluição e a saúde do homem podem ser citados os de Duchiade

(1992) e Cançado (2010).

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Outro fator analisado foi o “Planejamento Territorial”: 66% dos acadêmicos

reconheceram nele muita/extrema influência; 22%, influência regular e 12%, pouca

ou nenhuma influência sobre a saúde humana.

Segundo (2003), já demonstrou ser necessário o planejamento de uma

cidade, entre outros motivos para que não haja prejuízos à saúde humana, ao meio

ambiente e à qualidade de vida das pessoas.

Os acadêmicos também perceberam a relação entre o “abastecimento de

água” e a saúde: 76% deles acreditam ser esse fator de muita/extrema influência;

17% lhe atribuem influência regular e 7%, pouca ou nenhuma influência sobre a

saúde.

O “sistema de coleta, tratamento e disposição final adequada de esgotos” foi

fator relacionado como de muita/extrema influência por 86% dos alunos; 10%

acreditam ter regular influência e 4%, pouca ou nenhuma influência.

Os resultados obtidos sobre a importância do saneamento em relação à

saúde das pessoas são consistentes com as conclusões do estudo de Silva (2009).

O “sistema de coleta, tratamento e disposição final adequada de resíduos

sólidos” também foi analisado: 81% dos que responderam ao questionário acreditam

que este fator tem muita/extrema influência na saúde humana.

Em correspondência, Deus (2004) e Siqueira (2009) demonstraram que os

resíduos sólidos possuem papel estratégico na estrutura de saúde.

Outro fator local considerado foi a presença de mecanismos de “controle de

artrópodes e roedores” na comunidade: 71% dos acadêmicos afirmam que esse item

possui muita/extrema influência na saúde humana, 19% dizem que essa influência é

regular e 10%, pouca ou nenhuma.

Aos estudantes de Enfermagem foram listados, ainda, fatores de abrangência

global para que indicassem o seu grau de influência na saúde das populações

locais.

O primeiro fator foi o “aquecimento global”. Dos acadêmicos que responderam

ao questionário, 88% acreditam que esse fator tem muita/extrema influência na

saúde humana, 9% dizem ter influência regular e 3%, pouca ou nenhuma influência.

Outro fator foi o “aumento da população” mundial: 79% dos acadêmicos

atribuem a ele um grau de muita/extrema influência na saúde, 14% afirmam ser

regular sua influência, enquanto 7% dizem que possui pouca ou nenhuma influência.

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Também foi listado o fator “movimentação humana (migrações)”: 61% dos

acadêmicos o relacionam como sendo de muita/extrema influência na saúde; 22%

acreditam ser de influência regular e 17% dizem que possui pouca ou nenhuma

influência.

A importância desses fatores para a saúde foi demonstrada por Tucci (2008)

e Planeta (2010).

Nesta pesquisa, entre os fatores que influenciam a saúde humana,

predominaram, segundo os acadêmicos, as queimadas, o aquecimento global, a

presença/ausência de áreas verdes, o desmatamento e a erosão, o esgoto e o

aumento da população. A todos esses fatores foram atribuídos graus de muita e

extrema influência por mais de 70% dos acadêmicos. (Figura 5).

Em atividade realizada neste ano de 2010, na unidade didática de Estatística

Aplicada à Saúde, o professor de EaD aplicou no primeiro semestre do Curso de

Enfermagem o mesmo questionário utilizado nesta pesquisa, envolvendo idêntica

relação de fatores ambientais que influenciam a saúde humana. Pôde-se perceber

menor nível de consciência dos estudantes do primeiro semestre, pois aumentaram

os números de respostas envolvendo nenhuma ou pouca influência e influência

regular dos fatores ambientais associados à saúde humana. Como a unidade de

Ecologia, Saneamento e Saúde é oferecida no segundo semestre do Curso, é

cabível supor que o maior grau de consciência dos acadêmicos do quinto semestre

se deve ao fato, também, de já terem cursado essa disciplina.

As Figuras 6, 7 e 8 demonstram as diferenças observadas nas respostas dos

acadêmicos do primeiro e do quinto semestres e os graus de influência que atribuem

aos fatores associados à saúde.

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Figura 6 – Relação comparativa das respostas dadas pelos acadêmicos do primeiro e quinto semestres de Enfermagem sobre o grau de muita/extrema influência dos fatores ambientais na saúde humana.

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Figura 7 – Relação comparativa das respostas dadas pelos acadêmicos do primeiro e quinto semestres de Enfermagem sobre o grau regular de influência dos fatores ambientais na saúde humana.

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Figura 8 – Relação comparativa das respostas dadas pelos acadêmicos do primeiro e quinto semestres de Enfermagem sobre o grau de influência “nenhuma/pouca” dos fatores ambientais na saúde humana.

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É interessante observar, nas Figuras 6, 7 e 8, que as respostas, apesar de

revelarem graus diferentes de consciência dos acadêmicos das duas turmas

consideradas, no que se refere à influência dos fatores ambientais na saúde

humana, apresentam simetria. Os fatores ambientais vistos como de muita e

extrema importância, entre os acadêmicos do quinto semestre, são os mais

importantes, também, para os acadêmicos do primeiro semestre. O mesmo se dá

também em relação aos fatores menos importantes. Daí a simetria e o paralelismo

das linhas nas Figuras em consideração.

4.2. ANÁLISE DOCUMENTAL

A análise documental envolveu os documentos a seguir discriminados.

4.2.1. PLANO DE ENSINO DA UNIDADE DIDÁTICA ECOLOGIA , SANEAMENTO

E SAÚDE

O planejamento é um ato político-pedagógico, pois revela intenções. Essas

intenções externam o que se deseja realizar e o que se pretende atingir (LEAL,

2005).

Nas discussões sobre a dimensão pedagógica da prática de ensino do

professor universitário, o planejamento é um dos temais mais presentes. Contudo, o

que se observa, muitas vezes, é a ênfase na ação de planejamento como um

conjunto de etapas definidas mecanicamente, seguidas sem questionamento e sem

crítica. No planejamento, a escolha de procedimentos e recursos se inclui no âmbito

das decisões prioritárias do educador, reduzindo o significado da metodologia para o

trabalho pedagógico (FORESTI, 2008). Essa é a visão que procura se impor no

planejamento do Curso de Enfermagem à Distância.

Em conformidade com essa visão, o Plano de Ensino da Unidade Didática

Ecologia, Saneamento e Saúde é encimado por um cabeçalho que identifica a

Instituição de Ensino, o professor, o Curso, o módulo, o período letivo, o semestre, o

turno e a unidade didática. Em seguida, detalha a carga horária da unidade didática.

No caso da unidade didática em referência, a sua composição é a seguinte: teleaula

– 4 horas-aula; atividade teórica presencial – 04 horas-aulas; atividade prática

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presencial – 4 horas-aula; seminário integrador – 5 horas-aulas e atividade de

estudo a distância – 8 horas-aula, totalizando 25 horas-aula.

No Plano de Ensino consta, ainda, a ementa da unidade didática. Segundo

Leal (2005), a ementa é um resumo dos conteúdos que deverão ser desenvolvidos

em uma disciplina ou em um projeto pedagógico. No presente caso, a ementa é a

seguinte:

Análise e descrição dos fatores ambientais e suas relações com o ser humano. A relação entre o meio ambiente e a saúde coletiva. Caracterização e reflexão sobre o saneamento básico e ambiental e suas relações com a saúde (Plano de ensino do Curso de Enfermagem do CEAD, 2008).

O conteúdo programático, descrito no Quadro 2, detalha os assuntos que

devem ser abordados na unidade.

Quadro 2 – Conteúdo Programático da Unidade Didática Ecologia, Saneamento e Saúde

• Noções básicas de ecologia;

• Ambientes urbanos e problemas de saúde pública;

• Áreas de abrangência do saneamento ambiental;

• Tratamento de água e esgotos;

• Noções básicas sobre os resíduos sólidos, em geral, e de saúde, em especial, seus tipos, locais de geração, manuseio, descarte, coleta, tratamento e disposição final.

Para Leal (2005), o professor deve, na seleção dos conteúdos, considerar

critérios como validade, relevância, gradualidade, acessibilidade,

interdisciplinaridade, articulação com outras áreas, cientificidade, adequação. Além

do conhecimento científico, o professor, por exercer uma função formadora, deve se

preocupar, também, com o desenvolvimento de atitudes e incorporação de valores

pelo estudante como, por exemplo, solidariedade, respeito, ética, cooperação e

cidadania.

No conteúdo da unidade em referência, como sugestão, poderiam ser

acrescentados os itens das políticas públicas de educação ambiental e saúde

ambiental, assim como vigilância ambiental e a atuação do enfermeiro inserido

nessas políticas e programas.

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41

Da mesma forma são descritas as habilidades e competências que deverão

ser desenvolvidas pelos acadêmicos durante a realização da unidade didática

(Quadro 3).

Competência, segundo Mello (2003), “é a capacidade de mobilizar

conhecimentos, valores e decisões para agir de modo pertinente numa determinada

situação”. A ideia de mobilização implica pensar em algo prático. Sobre isso Mello

(2003) também chama a atenção afirmando que “a competência só pode ser

construída na prática. Não só o saber, mas o saber fazer. Aprende-se fazendo,

numa situação que requeira esse fazer determinado”.

Para Pestana (1999):

Entende-se por competências cognitivas as modalidades estruturais da inteligência, ações e operações que o sujeito utiliza para estabelecer relações com e entre os objetos, situações, fenômenos e pessoas que deseja conhecer. As habilidades instrumentais referem-se, especificamente, ao plano do “saber fazer” e decorrem, diretamente, do nível estrutural das competências adquiridas e que se transformam em habilidades (PESTANA, 1999, p.9).

Quadro 3 – Habilidades e competências associadas à Unidade Didática Ecologia, Saneamento e Saúde

• Reconhecer a inter-relação entre meio ambiente e saúde pública, especialmente nas cidades, e os veículos transmissores de moléstias resultantes da falta de saneamento ambiental;

• Compreender os processos e etapas da captação, tratamento e distribuição de água potável, bem como os processos que envolvem o tratamento das águas servidas;

• Reconhecer a importância do correto manejo dos resíduos sólidos gerados especialmente nos serviços de saúde;

• Compreender as etapas do gerenciamento dos resíduos de saúde para sua correta aplicação profissional a fim de resguardar a saúde daqueles que os manuseiam e do meio ambiente.

Fato importante a ser destacado neste item do plano de ensino é com relação

à ênfase dada às relações ambientais no meio urbano. Apesar de a maioria da

população residir nas cidades, é no contexto rural que se inicia grande parte da

quebra da relação harmônica dos ecossistemas que envolvem o homem. Exemplo

disso é o aparecimento de doenças a partir do desmatamento para a expansão da

agricultura e da pecuária.

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O Quadro 4 descreve como o plano de ensino organiza os recursos didáticos

e os procedimentos metodológicos utilizados na unidade.

Quadro 4 – Descrição dos procedimentos metodológicos do Plano de Ensino da Unidade Ecologia Saneamento e Saúde

As aulas são transmitidas via satélite, ao vivo, e ocorrem por meio da

exposição dialogada, utilizando-se lousa digital, PowerPoint, trechos de filmes,

documentários, entrevistas, danças, teatro, música, poesia e situações-problema os

quais contextualizam os conhecimentos sistematizados durante as aulas. A

interatividade ocorre durante a teleaula, via MSN. Os acadêmicos, com o auxílio do

professor-tutor presencial, enviam questões para dirimir dúvidas e ampliar

conhecimentos.

Com o avanço das novas tecnologias da informação e comunicação (NTIC),

os recursos na área do ensino se tornaram valiosos, principalmente do ponto de

vista do trabalho do professor e do aluno, não só em sala de aula, mas, também,

como instrumentos de pesquisa. Ao planejar, o professor deve levar em conta as

reais condições dos alunos, os seus recursos e os disponíveis na instituição de

ensino, a fim de organizar situações didáticas em que possam ser utilizadas novas

tecnologias, como datashow, transparências coloridas, hipertextos, bibliotecas

virtuais, Internet, e-mail, sites, teleconferências, vídeos, e outros recursos mais

avançados (LÉVY, 1993).

Importante destacar, neste item, que os procedimentos metodológicos

descritos referem-se apenas à atividade de teleaula, ou seja, à aula teórica. Não são

descritos neste Plano de Ensino os procedimentos referentes às aulas práticas e ao

estudo a distância.

Após os procedimentos metodológicos, o Plano de Ensino descreve o sistema

de avaliação. A fórmula matemática utilizada para o cálculo da média final de cada

acadêmico é a seguinte:

No caso, M1 é a média do módulo; PE, a prova escrita do módulo e AM, a

Avaliação Parcial do Módulo. Os detalhes do sistema de avaliação são descritos na

Tabela 1.

M1=6PE + 4AM ≥ 7 10

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TABELA 1 – Sistema de pontuação da avaliação modular utilizada no Centro

de Educação a Distância (2008). Avaliação Parcial do Módulo PESOS

1. Portfólio (0 a 4) 4 2. Avaliação do professor tutor presencial (0 a 2)

4

3. Autoavaliação do aluno (0 a 1) 4 4. Seminário integrador (0 a 3) 4 5. Prova escrita (0 a 10) 6

O aluno é considerado aprovado sem exame se obtiver M1 igual ou superior a

7, em escala que varia de zero a dez, e se respeitar o limite mínimo de frequência de

setenta e cinco por cento das aulas teóricas e práticas. A frequência é registrada on

line, no portal, pelo professor tutor presencial. Caso o aluno que não tenha atingido a

média 7, mas sua frequência foi igual ou superior a setenta e cinco por cento, tem

direito ao exame final (EF) do módulo. O exame consiste de uma prova teórica e/ou

prática dos conteúdos relacionados aos objetivos específicos do módulo.

A média aritmética é calculada com base na nota obtida no exame final e na

média um (M1), resultando na média dois (M2). Quando igual ou superior a 6, o

aluno está aprovado no módulo. O aluno que não alcançar a média 6 no exame final

ficará de dependência do módulo.

Permeia a sistemática exposta o reconhecimento de que há muito para se

estudar sobre avaliação. Ela procura realizar as articulações necessárias para

promover testes, provas, relatórios, e outros instrumentos a partir de uma concepção

de avaliação que diz respeito ao aluno como sujeito da aprendizagem. Articulada ao

planejamento, a avaliação procura ser ação dinâmica, interativa, programada antes

de se iniciar o processo de ensino, mas que se ajusta às necessidades constatadas

durante o processo. Intenta realizar-se como ação reflexiva, que exige do professor

permanente investigação e atualização didático-pedagógica (LEAL, 2005).

Após o sistema de avaliação, o Plano de Ensino lista a bibliografia básica e

complementar recomendada para a unidade didática (Quadro 5).

Quadro 5 – Bibliografia básica e complementar da Unidade Didática Ecologia, Saneamento e Saúde (2008).

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Bibliografia Básica: FORATTINI, O. Ecologia, epidemiologia e sociedade . São Paulo: Artes Médicas, 2004. GERVÁSIO, M.S.P. Ecologia, Saneamento e Saúde. In: EDUCAÇÃO SEM FRONTEIRAS: Enfermagem . v. 2 Campo Grande: UNIDERP, 2008. GOMES, S. L. Engenharia ambiental e saúde coletiva . Salvador: EDUFBA, 1995. PHILIPPI, J.R. A. (Ed.). Saneamento, saúde e ambiente : fundamentos para um desenvolvimento sustentável. Barueri: Manole, 2005. Bibliografia Complementar: TORRES, H; COSTA, H. (org.). População e meio ambiente : debates e desafios. São Paulo: SENAC, 2000. BRAGA, B. et al. Introdução à engenharia ambiental . São Paulo: Prentici Hall, 2002.

Assim como se constatou no exame do conteúdo, a bibliografia não

contempla aspectos específicos e essenciais da educação ambiental, da saúde

ambiental e da atuação do enfermeiro nas relações envolvidas.

O último item do Plano de Ensino descreve o cronograma de aulas, os

respectivos títulos dessas aulas e as datas em que devem ser ministradas.

Com relação ao Plano de Ensino, verifica-se que atende, no geral, ao que é

preconizado pelo projeto político-pedagógico do Curso e pela ementa da unidade

didática. Porém, necessita ser aperfeiçoado, em especial pela incorporação de

alguns aspectos mencionados, ao longo da análise, neste trabalho.

4.2.2. ROTEIROS DE ATIVIDADES

Para cada atividade a ser desenvolvida, o professor a distância elabora um

roteiro, que o acadêmico deverá realizar com o auxílio do professor-tutor presencial.

Foram analisados os roteiros das atividades postados no portal aos

acadêmicos. Em todos os roteiros havia a identificação da Instituição de Ensino, do

Curso, do Módulo, da Unidade Didática, do professor e do tipo de atividade a ser

desenvolvida, além da descrição de como ser realizada. Para cada atividade, os

acadêmicos deveriam anotar em um portfólio suas considerações a respeito.

O portfólio é uma coleção das produções do aluno. Logo, reúne as evidências

do grau de aprendizagem realizado. É organizado pelo estudante para que, em

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45

conjunto com o professor, possam ambos acompanhar o controlar o processo de

avaliação. O portfólio é um procedimento que permite aos alunos participar da

formulação dos objetivos de sua aprendizagem e avaliar seu progresso. Eles são,

portanto, participantes ativos da avaliação, selecionando as melhores amostras de

seu trabalho pra incluí-las no portfólio (VILLAS BOAS, 2004).

Para cada teleaula foram postados os seguintes arquivos:

• Um roteiro de atividade a distância.

O roteiro de atividade a distância é uma atividade de leitura de um texto e

posterior elaboração de um resumo de seu conteúdo. O acadêmico também opina a

respeito da leitura. O texto escolhido, no caso em referência, foi extraído da revista

Exame, publicada no ano de 2000 e que versava sobre o seqüestro de carbono.

• Um roteiro de atividade teórica presencial.

Essa atividade foi planejada para que a turma, com o apoio do professor

presencial, realizasse a tarefa de assistir ao documentário Ilha das flores.

do final da década de 1980 [...] que aborda a problemática do lixo no município de Porto Alegre-RS. Ele faz uma dicotomia entre o desenvolvimento racional do homem (e, o avanço que isto lhe trouxe frente às outras espécies), mas, por outro lado, comparando com as conseqüências deste mesmo desenvolvimento para a sociedade como um todo (Roteiro de Atividade presencial, 2008).

Após a projeção, os acadêmicos deveriam se reunir em grupos de 3 a 4

membros e realizar atividade de troca de idéias, tecendo considerações e

comentários sobre os principais aspectos problemáticos da relação homem e

ambiente vistos no filme. Em seguida, eles deveriam elaborar um texto, de no

mínimo 20 linhas, descrevendo os aspectos que mais lhes chamaram a atenção no

documentário, traçando um paralelo com a sua própria cidade, identificando

problemas, causas e soluções.

• Um roteiro de atividade prática.

A atividade prática determinada foi uma visita técnica dos acadêmicos à

estação de tratamento de água; à estação de tratamento de esgoto e ao aterro

sanitário da cidade. Acompanhados pelo professor-tutor presencial, os objetivos da

visita priorizavam a observação das formas de captação, de tratamento e de

distribuição da água; das formas de captação, de tratamento e destino do esgoto;

das formas de alocação dos diversos tipos de lixo, da disposição dos resíduos

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sólidos dos serviços de saúde; de segregação e aproveitamento do lixo inorgânico

(papel, vidro, plástico e metal); bem como a identificação dos principais vetores

encontrados, com posterior revisão bibliográfica sobre quais patogenias estariam a

eles relacionadas. Após a visita, os acadêmicos deveriam elaborar um relatório de 3

a 5 páginas, contendo a descrição dos resultados de suas observações e a revisão

de literatura já apontada.

• Um roteiro para o Seminário Integrador.

Essa atividade também constou de uma visita técnica. Os acadêmicos,

acompanhados pelo professor-tutor presencial, deveriam visitar um serviço de saúde

para conhecer o Plano de Gerenciamento dos Resíduos de Serviços de Saúde

(PGRSS) e descrever as observações quanto às ações de manejo de resíduos

sólidos: segregação; acondicionamento; coleta; armazenamento; transporte e

disposição final. Deveriam observar as características e os riscos dos resíduos, as

ações de proteção à saúde, ao meio ambiente e os princípios de biossegurança do

local visitado. Após a visita, os acadêmicos deveriam elaborar um relatório contendo

análise crítica das observações.

De acordo com Assis (2004), a visita técnica já é bastante difundida na maior

parte dos cursos de graduação que utilizam a paisagem como campo para as

discussões teóricas. O Curso de Enfermagem a distância, levando em conta sua

importância, procura utilizá-la como recurso metodológico para a formação de

profissionais, pois tem clareza que o espaço geográfico é essencial como base para

o desenvolvimento de estudos e pesquisas.

A visita técnica permite rever conceitos teórico-metodológicos e estimula o

diálogo em sala de aula, além de incorporar a descrição da paisagem, associada ao

campo de desenvolvimento da ciência geográfica, criando condições para a

confirmação e problematização de conceitos científicos a partir das observações

realizadas. Esse tipo de trabalho possibilita o conhecimento do mundo ou do

entorno, o que significa compreender a sua estrutura espacial e os fenômenos que

nela ocorrem. Ao se conhecer o território e as relações sociais que lhe

particularizam, são criadas condições favoráveis à emergência de identidade e o

sentimento de pertencimento ao meio em que se vive (ASSIS, 2004).

4.2.3. ATIVIDADES DE AVALIAÇÃO

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A avaliação escrita do módulo Processo Saúde e Doença abrange questões

de todas as unidades que o integram. Além da unidade Ecologia, Saneamento e

Saúde, incluem-no, ainda, as unidades didáticas Transmissão e Defesa Imunológica,

Cadeia de Transmissão de Doenças e Mecanismos Fisiopatológicos. A avaliação

escrita do módulo contemplou um total de 13 questões, entre as quais 3 se referiram

à unidade didática Ecologia, Saneamento e Saúde.

Destas três questões, uma abordou o conteúdo de Noções Básicas de

Ecologia e, as outras duas, de Resíduos Sólidos do Serviço de Saúde.

Percebe-se que as atividades, bem como a avaliação, contemplaram o

proposto no Plano de Ensino e obedeceram à ementa da unidade didática.

Portanto, pela análise documental foi possível reconhecer que os objetivos e

metodologias propostos pela unidade didática Ecologia, Saneamento e Saúde,

foram sistematicamente perseguidos ao longo de seu desenvolvimento.

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5. CONCLUSÃO

A par da caracterização do perfil socioeconômico dos acadêmicos do quinto

semestre do Curso de Enfermagem a distância e da análise documental da unidade

didática Ecologia, Saneamento e Saúde, que evidenciou a aplicação da metodologia

de ensino utilizada no curso, podem ser arroladas as principais conclusões da

pesquisa realizada:

1) Os acadêmicos do quinto semestre do Curso de Enfermagem a distância

apresentaram satisfatório grau de consciência dos níveis de influência de

fatores ambientais que interferem na saúde humana. Consideraram de

muita/extrema influência à saúde humana todos os fatores ambientais.

2) A comparação de resultados obtidos por levantamentos realizados entre

alunos do quinto e primeiro semestres evidenciou que o grau de

consciência dos alunos do quinto semestre em relação à influência dos

fatores ambientais é mais aguçado. Pode-se supor que a diferença se

deve, também, ao efeito desencadeado pelos estudos realizados na

Unidade Didática Ecologia, Saneamento e Saúde, ainda não desenvolvida

pelos alunos do primeiro semestre.

3) Mesmo em face das diferenças dos resultados, verifica-se que, em ambos

os casos, os fatores ambientais associados à saúde humana tidos como

mais influentes são comuns. O mesmo se dá com os menos influentes.

4) Quanto à análise da Unidade Didática Ecologia, Saneamento e Saúde, é

recomendável que não privilegie o ambiente urbano, pois muitas das

patologias nele presentes derivam de alterações no campo, conexão que

deve ser exposta claramente ao futuro profissional de Enfermagem.

Pequenos ajustes de conteúdo e da bibliografia de referência, apontados

ao longo da análise, também merecem pequenos aperfeiçoamentos.

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Ficou patente, ainda, que a profissão de Enfermagem pode exercer atuação

de extrema importância no âmbito da saúde ambiental. Espaços ainda precisam ser

conquistados, mas, em paralelo, ampliam-se os desafios colocados pela sociedade,

desde a produção, a distribuição e o consumo de bens e serviços até as formas de

estruturação do Estado e seus aparelhos. A ideia de crescimento vem se

transformando tendo em vista uma nova concepção de desenvolvimento. A

incorporação de temas no trato da saúde pública, como a degradação ambiental – a

poluição das águas, do ar e do solo –, os desastres naturais, os acidentes com

produtos perigosos, as substâncias químicas e seus efeitos à saúde da população

indicam um novo grau de consciência dos homens, que exige mudanças pensadas a

partir de planejamento territorial visando, sobretudo, assegurar o bem estar das

futuras gerações.

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como opção: perfil de graduandos de duas instituições de ensino. Rev. bras. enferm., Brasília, v. 61, n. 2, abr. 2008 .Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext &pid=S0034-71672008000200004&lng=pt&nrm=iso >. acessos em 18.jan.2010.

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58. VELASCO, S. L. Algumas reflexões sobre a PNEA (Política Nacional de Educação Ambiental, Lei nº9795 de 27/04/1999). Revista de Educação Ambiental da FURG, 2002.

59. VIEIRA, F.M.S. Considerações Teórico-metodológicas para Elaboração e

Realização de Cursos Virtuais. Departamento de Ciência da Computação – Unimontes, 2002. Disponível em < http://www2.abed.org.br/visualizaDocumento.asp?Docu mento_ID=27 > Acesso em 23.09.2010.

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APÊNDICES

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TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Eu,.............................................................................................................................................. portador(a) do documento RG Nº..................................... UF:..............., declaro ter sido

informado de que estarei participando espontaneamente de um estudo de cunho acadêmico,

que tem como objetivo conhecer os diferentes níveis de apreensão dos conteúdos de saúde

ambiental em pelos acadêmicos de enfermagem que ingressaram no sistema de ensino a

distância em uma instituição.

Neste questionário consta uma tabela de relação de fatores ambientais (locais e globais) com a saúde humana e relação destes com as atividades desenvolvidas na unidade didática de Ecologia, Saneamento e Saúde que mais influenciaram na escolha.

Estou ciente que ao participar desta pesquisa, estarei garantido eticamente e poderei desistir a qualquer momento, inclusive sem nenhum motivo, bastando para isso, informar minha decisão à pesquisadora. Minha participação é voluntária e sem interesse financeiro, não estando correndo riscos ou prejuízos de qualquer natureza. Os dados referentes a minha pessoa serão sigilosos e provados, sendo que poderei solicitar informações durante todas as fases da pesquisa, inclusive após a publicação da mesma.

A pesquisa está sendo conduzida pela mestranda Roberta Machado Pereira Dorneles sob orientação da Prof. Dra. Regina Sueiro de Figueiredo.

Telefone de contato: (67) 8169-8011.

Como o meu anonimato será preservado por questões éticas, CONFIRMO estar

sendo informado por escrito e verbalmente dos objetivos deste estudo científico e em caso

de divulgação por foto e/ou vídeo AUTORIZO a publicação.

_________________ de ___________ de 2010. (local/data)

___________________________________ Assinatura do participante

(Nome)

APÊNDICE A

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Abordagemdo assunto Fatores Ambientais locais

Grau de influência na saúde das pessoas

0 1 2 3 4

Sem influênci

a

pouca influência

influência regular

muita influência

extrema influência

Tel

eaul

a

01 Uso indevido dos solos (mineração, agricultura predatória, uso intensivo de produtos químicos, pecuária extensiva)

02 Impermeabilização do solo; (incapacidade de absorção de água)

03 Falta de áreas verdes 04 Queimadas 05 Desmatamento e erosão: 06 Ruas sem pavimentação; 07 Sistema de limpeza pública;

08 Sistema de drenagem urbana; (escoamento da água da chuva/prevenção de inundações)

09 Controle da poluição sonora, do ar, da água e do solo

10 Planejamento territorial (preparo para o crescimento das cidades)

Tel

eaul

a, a

utoe

stud

o,

sem

inár

io in

tegr

ador

e

aula

prá

tica

11 Sistema de abastecimento de água;

12 Sistema de coleta, tratamento e disposição final adequada de esgotos;

13 Sistema de coleta, tratamento e disposição final adequada de resíduos sólidos;

14 Controle de artrópodes e roedores;

Fatores Ambientais Globais 15 Aquecimento Global

Tel

eaul

a 16 Aumento da população

17 Movimentação humana (migrações)

QUESTIONÁRIO PARTE I Para as próximas perguntas, considere o conteúdo estudado na unidade didática de Ecologia, Saneamento e Saúde do segundo semestre do Curso. Aponte em cada um dos itens relacionados abaixo, o grau de influência da relação dos problemas ambientais com a saúde das pessoas (marque com um X uma das opções).

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Questionário Responda com calma e sinceridade. Qual sua idade? ____ anos Qual o Sexo? a) Masculino b) Feminino 01. Qual o seu estado civil? a) Solteiro(a) b) Casado(a) c) Separado(a)/divorciado(a) d) Viúvo(a) e) Outro 02. Com quem você mora atualmente? a) Com os pais e/ou outros parentes. b) Com esposo(a) e/ou filho(s) c) Com amigos (compartilhando despesas ou de favor). d) Com colegas em alojamento universitário e) Sozinho(a) 03. Qual a faixa de renda mensal das pessoas que mo ram em sua casa? a) Até 3 salários-mínimos b) De 3 a 10 salários-mínimos c) De 10 a 20 salários-mínimos d) De 20 a 30 salários-mínimos e) Mais de 30 salários-mínimos 04. Quantos membros de sua família moram com você? a) Nenhum b) Um ou dois c) Três ou quatro d) Cinco ou seis e) Mais do que seis 05. Assinale a situação abaixo que melhor descreve seu caso. a) Não trabalho e meus gastos são financiados pela família. b) Trabalho e recebo ajuda da família c) Trabalho e me sustento d) Trabalho e contribuo com o sustento da família e) Trabalho e sou o principal responsável pelo sustento da família 06. Em que tipo de escola você cursou o ensino méd io? a) Todo em escola pública b) Todo em escola privada (particular) c) A maior parte do tempo em escola pública d) A maior parte do tempo em escola privada (particular) e) Metade em escola pública e metade em escola privada 07. Que tipo de curso de ensino médio você concluiu ? a) Comum ou de educação geral, no ensino regular b) Profissionalizante técnico, no ensino regular c) Profissionalizante de magistério de 1a a 4a série (Curso Normal), no ensino regular d) Supletivo e) Outro curso 08. Como é seu conhecimento de língua inglesa? a) Leio, escrevo e falo bem. b) Leio, escrevo e falo razoavelmente. c) Leio e escrevo, mas não falo. d) Leio, mas não escrevo nem falo. e) Praticamente nulo. 09. Como é seu conhecimento de língua espanhola? a) Leio, escrevo e falo bem. b) Leio, escrevo e falo razoavelmente. c) Leio e escrevo, mas não falo. d) Leio, mas não escrevo nem falo. e) Praticamente nulo. 10. Excetuando-se os livros escolares, quantos livr os você leu no presente ano? a) Nenhum. b) No máximo dois. c) Entre três e cinco. d) Entre seis e oito. e) Oito ou mais. 11. Quais os tipos de livros que você mais lê? a) Obras literárias de ficção. b) Obras literárias de não-ficção. c) Livros técnicos. d) Livros de auto-ajuda. e) Outros. 12. Com que freqüência você lê jornal? a) Diariamente. b) Algumas vezes por semana. c) Somente aos domingos. d) Raramente.

e) Nunca. 13. Quais os assuntos dos jornais que você mais lê? a) Todos os assuntos. b) Política e/ou Economia. c) Cultura e Arte d) Esportes. e) Outros. 14. Que meio você mais utiliza para se manter atual izado sobre os acontecimentos do mundo contemporâneo? a) Jornais b) Revistas c) TV d) Rádio e) Internet 15. Com que freqüência você utiliza a biblioteca de sua instituição? a) Nunca a utilizo. b) Utilizo raramente. c) Utilizo com razoável freqüência. d) Utilizo muito freqüentemente. 16. Que fonte(s) você mais utiliza ao realizar as a tividades de pesquisa para as disciplinas do Curso? a) O acervo da biblioteca da minha instituição. b) O acervo da biblioteca de outra instituição. c) Livros e/ou periódicos de minha propriedade. d) A Internet. e) Não realizo (realizei) pesquisas no meu curso. 17. Quantas horas por semana, aproximadamente, voc ê dedica (dedicou) aos estudos, excetuando as horas de aula ? a) Nenhuma, apenas assisto às aulas. b) Uma a duas. c) Três a cinco. d) Seis a oito. e) Mais de oito. 18. Que tipo de atividade acadêmica você desenvolve (desenvolveu), predominantemente, durante o curso, além daquelas o brigatórias? ___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 19. Que atividade(s) extracurricular(es) oferecida( s) pela sua instituição você mais desenvolve ou desenvolveu? a) Atividades culturais (palestras, conferências, etc.). b) Atividades artísticas (teatro, música, etc.). c) Atividades desportivas. d) Estudos de línguas estrangeiras. e) Nenhuma. 20. Com que freqüência você utiliza microcomputador ? a) Nunca b) Raramente c) Às vezes d) Freqüentemente. e) Sempre. 21. Você tem acesso à Internet? a) Sim b) Não c) Às vezes 22. Indique até três opções onde você utiliza micro computador. a) Em casa b) No trabalho c) Na instituição de ensino do seu curso d) Em outros locais não mencionados 23 .Indique para que finalidade você utiliza o micr ocomputador. a) Para entretenimento b) Para trabalhos escolares c) Para trabalhos profissionais d) Para comunicação via e-mail e) Para operações bancárias f) Para compras eletrônicas 24. Como você classifica o seu conhecimento de info rmática? a) Muito Bom. b) Bom. c) Ruim. d) Muito Ruim. Após se formar você tem pretensão: 25. Trabalhar em sua cidade pólo? a) sim b) não 26 . De atuar em qual área da Enfermagem: a) Hospitalar: /qual?__________________ b) Atenção Básica: /qual:__________________ c) Outra: Qual:_____________________ 27. Realizar pós graduação? a) não b) sim. Qual/em que?_____________________ 28. Recebeu alguma educação Ambiental no Ensino Médio? Qual?___________________________________________________________________________________________________________________

APÊNDICE B

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ANEXO

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PLANO DE ENSINO E APRENDIZAGEM

Professor: André Batista Curso: Enfermagem

Módulo: Processo Saúde e Doença Período letivo 2008/2

Semestre: 2°

Turno Vespertino

Unidade didática: Ecologia, Saneamento e Saúde

Aula interativa 04

Aula presencial 04

Aula prática 04

Seminário Integrador

05

Autoestudo 08

Carga horária Total:

25 Ementa:

Análise e descrição dos fatores ambientais e suas relações com o ser humano. A relação entre o meio ambiente e a

saúde coletiva. Caracterização e reflexão sobre o saneamento básico e ambiental e suas relações com a saúde.

Conteúdo programático:

• Noções básicas de ecologia; • Ambientes urbanos e problemas de saúde pública; • Áreas de abrangência do saneamento ambiental; • Tratamento de água e esgotos; • Noções básicas sobre os resíduos sólidos, em geral, e de saúde, em especial, seus tipos, locais de geração,

manuseio, descarte, coleta, tratamento e disposição final. Competências e Habilidades:

• Reconhecer a inter-relação entre meio ambiente e saúde pública, especialmente nas cidades, e os veículos transmissores de moléstias resultantes da falta de saneamento ambiental;

• Compreender os processos e etapas da captação, tratamento e distribuição de água potável, bem como os processos que envolvem o tratamento das águas servidas;

• Reconhecer a importância do correto manejo dos resíduos sólidos gerados especialmente nos serviços de saúde;

• Compreender as etapas do gerenciamento dos resíduos de saúde para sua correta aplicação profissional a fim de resguardar a saúde daqueles que os manuseiam e do meio ambiente.

Procedimentos metodológicos indicados :

As aulas são transmitidas via satélite, ao vivo, e ocorrem por meio da exposição dialogada, utilizando-se da lousa digital, do PowerPoint, de trechos de filmes, documentários, entrevistas, danças, teatro, música, poesia e situações problema os quais contextualizam os conhecimentos sistematizados durante as aulas. A interatividade ocorre durante a teleaula, via MSN. Os acadêmicos, com o auxílio do tutor local, enviam questões para dirimir dúvidas e ampliar conhecimentos.

Sistema de Avaliação

Avaliação Parcial do M ódulo PESOS

1. Portfólio (0 a 4) 4

2. Avaliação do professor local (0 a 2) 4

Atividades da Unidade 3. Auto-avaliação do aluno (0 a 1) 4

4. Seminário integrador (0 a 3) 4

5. Prova escrita (0 a 10) 6

Composição da Média por Módulo :

≥ 7 10

461

AMPEM

+=

ANEXO A

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Obs. Frequência - aferir a frequência somente das aulas presenciais. O aluno é considerado reprovado se não atingir 75% de frequência.

Livro -texto e Bibliografia Básica:

FORATTINI, O. Ecologia, epidemiologia e sociedade . São Paulo: Artes Médicas, 2004. GERVÁSIO, M.S.P. Ecologia, Saneamento e Saúde. In: EDUCAÇÃO SEM FRONTEIRAS: Enfermagem . v. 2 Campo Grande: UNIDERP, 2008. GOMES, S. L. Engenharia ambiental e saúde coletiva . Salvador: EDUFBA, 1995. PHILIPPI, J.R. A. (Ed.). Saneamento, saúde e ambiente : fundamentos para um desenvolvimento sustentável. Barueri: Manole, 2005. Bibliografia Complementar:

TORRES, H; COSTA, H. (org.). População e meio ambi ente : debates e desafios. São Paulo: SENAC, 2000. BRAGA, B. et al. Introdução à engenharia ambiental . São Paulo: Prentici Hall, 2002.

Cronograma de aulas

Aula nº.

1 Introdução à ecologia e ao Saneamento Ambiental 2 Resíduos Sólidos dos Serviços de Saúde


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