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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍsiaibib01.univali.br/pdf/Djeimis Willian Kremer e Joao Silva...

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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ DJEIMIS WILLIAN KREMER JOÃO SILVA FILHO A UTILIZAÇÃO DA PLANTA MEDICINAL “PATA DE VACA” – BAUHINIA FORFICATA COMO COMPLEMENTO AO TRATAMENTO DO PACIENTE PORTADOR DE DIABETES MELLITUS TIPO II Biguaçu (SC) 2008 Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com)
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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ

DJEIMIS WILLIAN KREMER

JOÃO SILVA FILHO

A UTILIZAÇÃO DA PLANTA MEDICINAL “PATA DE VACA” – BAUHINIA

FORFICATA COMO COMPLEMENTO AO TRATAMENTO DO PACIENTE

PORTADOR DE DIABETES MELLITUS TIPO II

Biguaçu (SC)

2008

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DJEIMIS WILLIAN KREMER

JOÃO SILVA FILHO

A UTILIZAÇÃO DA PLANTA MEDICINAL “PATA DE VACA” – BAUHINIA

FORFICATA COMO COMPLEMENTO AO TRATAMENTO DO PACIENTE

PORTADOR DE DIABETES MELLITUS TIPO II Monografia apresentada como requisito parcial para a conclusão do curso de Graduação em Enfermagem da Universidade do Vale do Itajaí, Centro de Ciências da Saúde, Campus Biguaçu.

Orientadora: Enfª. Profª. Msc. Teresa Cristina Gaio.

Biguaçu (SC)

2008

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DJEIMIS WILLIAN KREMER

JOÃO SILVA FILHO

A UTILIZAÇÃO DA PLANTA MEDICINAL “PATA DE VACA” – BAUHINIA

FORFICATA COMO COMPLEMENTO AO TRATAMENTO DO PACIENTE

PORTADOR DE DIABETES MELLITUS TIPO II

Este Trabalho de Conclusão de Curso foi julgado adequado a obtenção do título de enfermeiro, sendo sua área de concentração à saúde coletiva e aprovado em sua forma final pelo curso de Enfermagem da Universidade do Vale do Itajaí.

Biguaçu, ____ de _________________ de 2008.

BANCA EXAMINADORA

_____________________________________

Professora e orientadora Teresa Cristina Gaio, Msc

Universidade do Vale do Itajaí

_____________________________________

Professora Maria Catarina da Rosa, Msc

Universidade do Vale do Itajai

_____________________________________

Professora Liliane Werner dos Santos

Universidade do Vale do Itajai

Biguaçu (SC)

2008

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AGRADECIMENTOS

À Deus, por iluminar nossos caminhos e nos colocar frente à

enfermagem com a digna missão de desempenhar cuidados de saúde

com amor e valorização ao ser humano.

Agradecemos a nossa orientadora e amiga, Professora Teresa Gaio,

por ter nos apoiado, auxiliado e incentivado durante toda a

realização da pesquisa, e principalmente por ter acreditado na

nossa capacidade.

Agradecemos as professoras membros da banca, Maria Catarina e

Liliane Werner, que contribuíram significativamente à nossa

formação e estão mais uma vez presentes nesse processo de

avaliação e apoio a valorização desta pesquisa e da nossa carreira

profissional.

Agradecemos aos profissionais que fazem parte do quadro de pessoal

da CIABS que foram atenciosos e dispuseram-se de seu tempo para

contribuírem de forma significativa na realização desta pesquisa.

Agradecemos aos sujeitos de pesquisa, e as suas famílias que nos

receberam em seus domicílios de forma carinhosa e aconchegante,

também contribuindo com a vitória de mais uma etapa de nossa

formação.

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AGRADECIMENTOS DE DJEIMIS

Aos meus pais e toda a minha família pelo amor, educação, carinho,

dedicação e por acreditar sempre e me incentivar a não desistir de

lutar para atingir meus objetivos.

A Joyce, minha noiva, amiga e companheira, por todo amor, carinho

e incentivo.

Aos meus amigos e companheiros de turma João, Jorge e Valmor,

por permanecer unidos durante toda esta caminada, pois juntos

superamos obstáculos e aprendemos muito uns com os outros,

obrigado pela amizade verdadeira e compreensão de vocês.

Agradecemos a todos os colegas de turma pela amizade, respeito e

compreensão.

A todos os docentes que fizeram parte do nosso dia-a-dia durante

este tempo, cada qual com seu jeito de ser e ensinar, mas todos com

um objetivo em comum, o de formar profissionais comprometidos e

competentes.

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AGRADECIMENTOS DE JOÃO

Agradeço a minha mulher Mariana que muitas vezes me ajudou com

sua disposição para ler, corrigir e me ajudar nos meus trabalhos e

me apoiar nas horas mais difíceis.

Agradeço também o meu filho João Victor que embora não tem

conhecimento disto, iluminou de maneira especial os meus

pensamentos me levando a buscar mais conhecimentos e

determinação, para eu poder realizar o meu projeto de vida.

Muito obrigado as minhas cunhadas Marcela e Daniela e aos meus

sogros Edna e Francisco, que me apoiaram nas minhas escolhas.

A todos meus amigos da faculdade em especial Valmor, Jorge e

Djeimis, amigos e irmãos que me ajudaram nesta caminhada. E

espero nunca perder esta amizade.

Agradeço a minha mãe Aparecida Maria de Jesus Silva e meu pai

João Silva que deus tirou de nosso meio, mas tenho muito que

agradecer aos dois, pois eles me deram a estrutura para minha

formação acadêmica.

Agradeço à todos do projeto Bioverde, pois esses contribuíram muito

com meu aprendizado e até mesmo com a escolha de meu TCC.

Agradeço a todos os mestres que contribuíram com a minha

formação e educação.

E finalmente, agradeço a todos que me ajudaram direto ou

indiretamente para o desenvolvimento deste projeto. Um MUITO

OBRIGADO a todos vocês!

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A UTILIZAÇÃO DA PLANTA MEDICINAL “PATA DE VACA” – BAUHINIA

FORFICATA COMO COMPLEMENTO AO TRATAMENTO DO PACIENTE

PORTADOR DE DIABETES MELLITUS TIPO II

Resumo: Esta pesquisa clínica caracterizada como um estudo-piloto, foi realizada no Município de

Biguaçu, SC, pela Universidade do Vale do Itajaí. Teve como objetivo avaliar o efeito

terapêutico da Bauhinia forficata como complemento no tratamento do paciente diabético tipo

II”. O estudo caracterizou-se como uma pesquisa quali-quantitativa descritiva de campo do

tipo exploratório tendo como sujeitos de pesquisa sete pacientes portadores de Diabetes

mellitus tipo II. Para a coleta dos dados utilizou-se um histórico semi-estruturado aplicado

durante as visitas domiciliares e uma tabela para registro das taxas glicêmicas (pós-prandial)

colhidas semanalmente no período da manhã por doze semanas (seis semanas antes e seis

durante a utilização do chá). O chá foi utilizado em forma de infusão das folhas secas a 2%,

preparados pelos pacientes com a dosagem de cinco gramas em 250 ml de água, tomado três

vezes ao dia (trinta minutos após as refeições) por um período de 45 dias. A análise

demonstrou que no universo dos sujeitos de pesquisa: a faixa etária variou entre 50 a 90 anos.

Dos sete sujeitos de pesquisa, seis fazem uso de medicamento hipoglicemiantes via oral e

quatro já utilizavam algum tratamento alternativo. Os mesmos já possuíam a patologia de dois

a onze anos, cinco possuem fatores hereditários e doenças associadas, um sujeito apresentava

sobrepeso e cinco deles algum grau de obesidade. Após os 45 dias do uso diário do chá,

concluímos que houve uma diminuição significativa da taxa glicêmica em média de 33% (

variando de 46% a 23%), houve ainda uma redução de peso de em média 3,2 Kg (variando de

2 a 5 kg), ficando assim evidenciada a eficácia da planta medicinal Bauhinia forficata como

complemento ao tratamento do paciente diabético tipo II. Sugere-se que haja continuidade nas

pesquisa clínicas envolvendo a Bauhinia forficata em um maior número de indivíduos. A

enfermagem deve cada vez mais se envolver em práticas fitoterápicas, pois estas visam a

integração do conhecimento utilizado pelo sistema de saúde oficial ao popular, pois as

terapias alternativas têm muito a oferecer, podendo contribuir com as ciências da saúde, além

de possibilitar ao indivíduo relativa autonomia em relação ao cuidado com a sua saúde.

Palavras-chave: Enfermagem. Bauhinia Forficata. Diabetes.

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THE USE OF THE MEDICINAL PLANT “ COW'S DUCK ” – BAUHINIA

FORFICATA AS COMPLEMENT TO THE TREATMENT OF A PATIENT BEARER

OF DIABETES MELLITUS TYPE II

Abstract:

This clinical research characterized as a pilot study was realized in Biguaçu City, SC, in the

University of the Valley of the Itajaí. It had as objective to evaluate the therapeutical effect of

the Bauhinia forficata as complement in the treatment of the diabetic patient type II. The

study was characterized as a descriptive quali-quantitative research of field of the exploratório

type having as research citizens seven patients of Diabetes mellitus type II. For the collection

of the data was used a description half-structuralized applied during the domiciliary visits and

a table for register of the glicêmicas taxes (after-prandial) harvested in the period of the

morning per twelve weeks (six weeks before and six during the use of the tea). The tea was

used in form of infusion of falling leaves 2%, prepared for the patients with the dosage of five

gram in 250 ml of water, taken three times to the day (thirty minutes after the meals) for a

period of 45 days. The analysis demonstrated that in the universe of the research citizens: the

age varied between 50 - 90 years old. Of the seven citizens of research, six make use to

hipoglicemiantes medicine oral form and four already used some alternative treatment. The

same ones already get the pathology of two to eleven years, five have hereditary factors and

diasese associates, a citizen presented overweight and five of them some degree of obesity.

After the 45 days of the daily use of the tea, we conclude that it on average had a significant

reduction of the glicêmica tax of 33% (varying of 46% 23%), still had a reduction of weight

of on average 3,2 kg (varying of 2 the 5 kg), being thus evidenced the effectiveness of the

medicinal plant Bauhinia forficata as complement to the treatment of the diabetic patient type

II. This work suggest that it has continuity in the clinical research involving the Bauhinia

forficata in a bigger number of individuals. The nursing must each time more if involve in

practical fitoterápicas, therefore these aim at the integration of the knowledge used for the

system of official health to the popular one, because the alternative therapies have much to

offer, being able to contribute with sciences of the health, beyond making possible to the

relative individual autonomy in relation to the care with its health.

Key-words: Nursing. Bauhinia Forficata. Diabetes.

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LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 01- Grau de escolaridade dos sujeitos de pesquisa ........................................................ 42

Gráfico 02- Estado civil dos sujeitos de pesquisa ...................................................................... 43

Gráfico 03- Faixa etária dos sujeitos de pesquisa....................................................................... 43

Gráfico 04- Doenças crônicas que o sujeito de pesquisa possui além da DM tipo II................... 44

Gráfico 05- Hipoglicemiantes orais usados pelos sujeitos de pesquisa ....................................... 45

Gráfico 06- Tempo de diagnóstico de diabetes no sujeito de pesquisa ...................................... 46

Gráfico 07- Quantidade de sujeitos de pesquisa que praticam ou não atividade física ................ 47

Gráfico 08- Tratamento alternativo anterior .............................................................................. 49

Gráfico 09- Sujeitos de pesquisa com fatores hereditários para DM .......................................... 50

Gráfico 10- grau de parentesco dos sujeitos de pesquisa que possuem fatores hereditários

para diabetes mellitus................................................................................................................ 51

Gráfico 11- Número de refeições diárias realizadas pelos sujeitos de pesquisa ......................... 52

Gráfico 12- Peso dos sujeitos de pesquisa ................................................................................. 53

Gráfico 13- Altura dos sujeitos de pesquisa ............................................................................... 54

Gráfico 14- Índice de massa corpórea........................................................................................ 54

Gráfico 15- Comparação do peso dos sujeitos de pesquisa antes e após o uso do chá de pata de

vaca ......................................................................................................................................... 56

Gráfico 16- Comparação da taxa glicêmica de Diamante antes e durante o uso do chá .............. 57

Gráfico 17- Comparação da taxa glicêmica de Quartzo antes e durante o uso do chá ................. 58

Gráfico 18- Comparação da taxa glicêmica de Esmeralda antes e durante o uso do chá ............. 59

Gráfico 19- Comparação da taxa glicêmica de Rubi antes e durante o uso do chá...................... 60

Gráfico 20- Comparação da taxa glicêmica de safira antes e durante o uso do chá..................... 61

Gráfico 21- Comparação da taxa glicêmica de ametista antes e durante o uso do chá................. 62

Gráfico 22- Comparação da taxa glicêmica de àgata antes e durante o uso do chá ..................... 63

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Gráfico 23- Comparação entre as médias das taxas glicêmicas dos sujeitos de pesquisa de

antes e durante o uso do chá ...................................................................................................... 64

Gráfico 24- Percentual de redução da taxa glicêmica dos sujeitos de pesquisa após o uso do

chá ........................................................................................................................................ 65

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

A.C. – Antes do uso do chá

ATP – Adenosina trifosfato

AVC – Acidente Vascular Cerebral

CIABS – Clínica Integrada de Atenção Básica a Saúde

CONEP – Comitê Nacional de Ética em Pesquisa

Cr – Cromo

DAC – Doença Arterial Coronariana

D.C. – Durante o uso do chá

DM – Diabetes Mellitus

IMC – Ìndice de Massa Corpórea

GTF – Glucose Tolerance Factor (fator de tolerância a glicose)

HAS – Hipertensão Arterial Sistêmica

HDL – High Density Lipoprotein (lipoproteína de alta densidade)

HGT - Hemoglicoteste

Kg – Quilogramas

LDL –Low Density Lipoprotein (lipoproteína de baixa densidade)

mg/dl – Miligramas/decilitro

Min – Minutos

ml – Mililitro

mmhg – Milímetros de mercurio

ONU – Organização das Nações Unidas

SUS – Sistema Único de Saúde

TTG – Teste de Tolerância a Glicose

UNIVALI – Universidade do Vale do Itajaí

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................... 13 2. OBJETIVOS DA PESQUISA......................................................................................... 18

2.1 OBJETIVO GERAL.................................................................................................. 19 2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS..................................................................................... 19

3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .................................................................................. 20 3.1 DIABETES MELLITUS............................................................................................ 21 3.2 BAUHINIA FORFICATA (PATA DE VACA) ............................................................ 26 3.2.1 NOME CIENTIFICO ..............................................................................................................26 3.2.2 FAMÍLIA .................................................................................................................................26 3.2.3 NOMES POPULARES ............................................................................................................27 3.2.4 PARTE UTILIZADA...............................................................................................................27 3.2.5 HABITAT DE DISTRIBUIÇÃO ..............................................................................................27 3.2.6 HISTÓRIA DA PLANTA ........................................................................................................27 3.2.7 ASPECTOS AGRONÔMICOS ................................................................................................27 3.2.8 PROPRIEDADES TERAPÊUTICAS.......................................................................................28 3.2.9 CONSTITUINTES...................................................................................................................28 3.2.10 AÇÃO .....................................................................................................................................28 3.2.11 INDICAÇÃO ...........................................................................................................................28 3.2.12 CONTRA INDICAÇÃO ..........................................................................................................28 3.2.13 PREPARO DO CHÁ ...............................................................................................................29 3.2.14 DURAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO ........................................................................................29

4. REFERENCIAL TEÓRICO .......................................................................................... 30 5. METODOLOGIA ........................................................................................................... 35

5.1 TIPO DE ESTUDO.................................................................................................... 36 5.2 DESCRIÇÃO DO LOCAL DE ESTUDO .................................................................. 36 5.3 SUJEITOS DO ESTUDO .......................................................................................... 37 5.4 COLETA DE DADOS............................................................................................... 38 5.5 ASPECTOS ÉTICOS................................................................................................................... 39

6. ANALÍSE DOS DADOS ................................................................................................. 41 6.1 ANÁLISE DO QUESTIONÁRIO PRÉ-ESTRUTURADO APLICADO AOS SUJEITOS DE PESQUISA ................................................................................................... 42 6.2 ANÁLISE DOS REGISTROS DE TAXAS GLICÊMICAS DOS SUJEITOS DE PESQUISA ........................................................................................................................... 57

7. CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................................................................................... 67 REFERÊNCIAS...................................................................................................................... 70 APÊNDICE I - Histórico individual....................................................................................... 74 APÊNDICE II – Tabelas dos resultados das taxas glicêmicas .............................................. 75 APÊNDICE III - Folder “PATA DE VACA” ....................................................................... 76

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APÊNDICE IV – Termo de conssentimento livre e esclarecido............................................ 77 APÊNDICE V – Termo de compromisso para utilização de imagens dos sujeitos de pesquisa ................................................................................................................................... 78 APÊNDICE VI – Fotos dos pesquisadores e sujeitos de pesquisa......................................... 79

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1 – INTRODUÇÃO

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Desde os primórdios da presença do homem na Terra, o mesmo teve a preocupação de

se adaptar ao meio ambiente. Da natureza tirava o seu sustento e os meios para curar suas

doenças. O conhecimento que foi adquirindo empiricamente passou por gerações até os

nossos dias. Entretanto, só foi no século XVIII que o uso de plantas como meio de cura foi

objeto de estudo científico, o que foi o cerne da moderna farmacologia. (SCHULZ; HANSEL;

TYLER, 2002).

Os medicamentos foram desenvolvidos como substitutos sintéticos dos princípios

ativos encontrados nas plantas. Algumas vantagens foram obtidas com isso, como a

possibilidade de tratar de forma mais eficaz doenças agudas de maior gravidade. Entretanto,

são bastante conhecidos e documentados os efeitos colaterais e contra indicações que as

diversas drogas alopáticas apresentam. (SCHULZ; HANSEL; TYLER, 2002).

As plantas continuaram até nossos dias a ser usadas como auto medicação na forma de

infusões, emplastos e chás, preparados e dosados conforme a sabedoria popular recomenda.

Também existem os remédios fitoterápicos, disponíveis em menor proporção comparados

com os alopáticos. (SCHULZ; HANSEL; TYLER, 2002).

Existe atualmente um retorno ao uso intensivo das plantas medicinais, em várias

vertentes. Com os modernos métodos nos campos da biologia e da química, podem ser

estudadas de forma mais eficiente as propriedades das plantas, para aproveitar as informações

obtidas no desenvolvimento de drogas alopáticas mais eficazes e seguras. Por outro lado,

começa a aumentar a disponibilidade de fitoterápicos, produzidos por grandes empresas

farmacêuticas, com maiores recursos financeiros para investir em pesquisa e

desenvolvimento. (SCHULZ; HANSEL; TYLER, 2002).

A partir da década de 1980, o Ministério da Saúde aprovou diversas resoluções,

portarias e relatórios com ênfase na questão das plantas medicinais, entre os quais a Portaria

No. 212, de setembro de 1981, que define o estudo das plantas medicinais como uma das

prioridades de investigação clínica. Em 2001 o Ministério da Saúde editou a Proposta de

Política Nacional de Plantas Medicinais e Medicamentos Fitoterápicos. (VILLAS BÕAS,

2004).

Em 1997, o Conselho Federal de Enfermagem (COFEN), através da Resolução Nº. 197,

estabeleceu e reconheceu as Terapias Alternativas como especialidade e/ou qualificação do

profissional de Enfermagem, considerando que “as terapias alternativas (acupuntura,

Iridologia, Fitoterapia, Reflexologia, Quiropraxia, Massoterapia, dentre outras)., são práticas

oriundas, em sua maioria, de culturas orientais, onde são exercidas ou executadas por práticos

treinados assistematicamente e repassadas de geração em geração, não estando vinculados a

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qualquer categoria profissional”. Para receber a titulação prevista, o profissional de

Enfermagem deverá ter concluído e sido aprovado em curso reconhecido por instituição de

ensino ou entidade congênere, com uma carga horária mínima de 360 horas (COFEN No.

197).

Os fitoterápicos são usados exclusivamente para o tratamento de doenças crônicas ou

de doenças agudas de menor gravidade. Como os fitoterápicos estão sendo cada vez mais

estudados e utilizados e devido principalmente ao seu custo/beneficio, optamos por usar esta

forma de tratamento natural, através do uso de um fitoterápico hipoglicemiante em uma

patologia crônica com dados epidemiológicos significantes que é o Diabetes Mellitus, visto

que a fitoterapia é uma área em pleno desenvolvimento, na qual o enfermeiro pode estar

abrindo novos campos no que se refere ao seu desenvolvimento profissional.

O Diabetes Mellitus configura-se hoje como uma epidemia mundial, traduzindo-se em

grande desafio para os sistemas de saúde de todo o mundo. O envelhecimento da população, a

urbanização crescente, a adoção de estilos de vida pouco saudáveis como sedentarismo e a

dieta inadequada e obesidade são os grandes responsáveis pelo aumento da incidência e

prevalência do diabetes em todo o mundo. (BRASIL, 2006).

Segundo estimativas da Organização Mundial de Saúde o número de portadores da

doença em todo o mundo era de 177 milhões em 2000, com expectativa de alcançar 350

milhões de pessoas em 2025. No Brasil são cerca de seis milhões de portadores, a números de

hoje, e deve alcançar 10 milhões de pessoas em 2010. Um indicador macroeconômico a ser

considerado é que o diabetes cresce mais rapidamente em países pobres e em

desenvolvimento e isso impacta de forma muito negativa devido à morbimortalidade precoce

que atinge pessoas ainda em plena vida produtiva, onera a previdência social e contribui para

a continuidade do ciclo vicioso da pobreza e da exclusão social.(BRASIL, 2006).

O grande impacto econômico ocorre notadamente nos serviços de saúde, como

conseqüência dos crescentes custos do tratamento da doença e, sobretudo das complicações,

como a doença cardiovascular, a diálise por insuficiência renal crônica e as cirurgias para

amputações de membros inferiores. (BRASIL, 2006).

O maior custo, entretanto recai sobre os portadores, suas famílias, seus amigos e

comunidade: o impacto na redução de expectativa e qualidade de vida é considerável. A

expectativa de vida é reduzida em média em 15 anos para o diabetes tipo 1 e em 5 a 7 anos na

do tipo 2; os adultos com diabetes têm risco 2 a 4 vezes maior de doença cardiovascular e

acidente vascular cerebral; é a causa mais comum de amputações de membros inferiores não

traumática, cegueira irreversível e doença renal crônica terminal. (BRASIL, 2006).

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Como podemos perceber, o Diabetes Mellitus é uma patologia importante com um

elevado número de portadores e que requer um cuidado continuo. Visto isso, procuramos

aplicar o uso de uma medicação fitoterápica como complemento ao tratamento destes sujeitos,

dentre as inúmeras espécies de plantas com características hipoglicemiantes optamos pela

Bauhinia Forficata, mas conhecida por “PATA DE VACA”.

Os extratos de partes de plantas do gênero Bauhinia como: folhas, raízes ou sementes

têm sido utilizadas através dos tempos pela medicina popular de, praticamente, todas as

populações humanas no tratamento de diabetes. O mais antigo registro de estudo clínico do

uso de Bauhinia como planta antidiabética foi feita por Juliani (1931). (LORENZI, 1992).

A ‘’PATA DE VACA’’ conhecida popularmente é utilizada culturalmente através do

conhecimento empírico ou por pessoas que não buscam ou não tem acesso à medicação

industrializada. Os portadores de Diabetes Mellitus decidem utilizar o tratamento com plantas

medicinais, pressupondo que seu uso, satisfará suas necessidades patológicas negando uma

medicação industrializada, esta que por muitas vezes tem como princípios ativos substâncias

retiradas de plantas medicinais, como por exemplo, a popular “PATA DE VACA”. (CUNHA;

SILVA; ROQUE, 2003).

Mais de 400 espécies de plantas medicinais têm sido reconhecidas com efeito

hipoglicemiante, mas somente poucas delas têm sido cientificamente investigadas. O gênero

Bauhinia da família Caesalpinoídeae, está entre aqueles que mais possuem espécies com

efeito hipoglicemiante usados na medicina popular, sendo a Bauhinia forficata, a espécie que

apresenta um maior número de estudos sobre seu efeito hipoglicemiante. O que já fica

indubitável é que até os que negam a utilidade destas plantas contra males como a Diabetes

Mellitus, concordam que não haverá efeitos nocivos desde que não haja uso excessivo. As

culturas humanas e a transmissão de saberes sobre saúde, pela história dos povos em oralidade

vêm estimulando o fortalecimento no uso da referida planta. Bioquimicamente, podem-se

afirmar em análise que a “PATA DE VACA” tem compostos como o cromo, a trigonelina, os

heterosídeos e os alcalóides, que ajudam a controlar as taxas de glicose sendo utilizada por

pacientes diabéticos, por pacientes com colesterol alto e por pessoas que já tenham um

conhecimento passado e cultura estabelecida através de crenças e saberes populares legados.

(CUNHA; SILVA; ROQUE, 2003).

É essencial declarar que o chá de “PATA DE VACA” é um composto natural, sem

agentes químicos adicionados, usado geralmente, como complemento e não como substituto

de tratamentos medicamentosos prescritos nos serviços de saúde, mas quando associado a

outros tratamentos para a diabetes tem representado uma resposta satisfatória. A “PATA DE

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VACA” é utilizada pelo aproveitamento do saber popular, a completude educacional para uso

mais seguro se dá também nas formas de aprendizagem de seu preparo e modo de usar, ela já

é bastante usada e estudada em relação a suas possíveis propriedades medicinais contra a

Diabetes Mellitus e outras doenças, sendo utilizada principalmente, por pessoas adultas e de

idade mais avançada, que mesmo não tendo um conhecimento científico, se aproveitam do

saber cultural e das crenças transmitidas de geração para geração.

A “PATA DE VACA” tem um custo baixo quando encontrada em sua forma natural,

pois quando passa por um processo de industrialização sofre um aumento expressivo. Tanto

na forma natural quanto na forma industrializada o efeito esperado será o mesmo. (SUAREZ,

2002).

Esta pesquisa trata da avaliação do uso do chá em infusão da planta medicinal “PATA

DE VACA” por pacientes portadores de Diabetes Mellitus tipo II como complemento

terapêutico no controle da glicemia, e temos como pergunta norteadora: Qual a eficácia do

chá de “PATA DE VACA” no controle da diabetes utilizando-o este como complemento ao

tratamento do paciente diabético tipo II?

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2- OBJETIVOS DA PESQUISA

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2.1 Objetivo Geral

o Verificar os efeitos terapêuticos do uso do chá de “PATA DE VACA” como

complemento ao tratamento do paciente diabético tipo II.

2.2 Objetivos Específicos

o Realizar encontros de educação em saúde sobre a patologia e apresentação da

planta medicinal;

o Orientar, em visita domiciliar os sujeitos da pesquisa sobre a realização da forma

correta de preparo do chá e os horários em que o mesmo irá tomar;

o Acompanhar e verificar os valores glicêmicos e hábitos diários dos sujeitos da

pesquisa durante a mesma;

o Realizar uma análise comparativa das taxas glicêmicas antes e durante o uso do

chá de “PATA DE VACA”;

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3- FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

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3.1 DIABETES MELLITUS

O Diabetes Mellitus é um grupo de doenças metabólicas caracterizadas por níveis

elevados de glicose no sangue (hiperglicemia) decorrentes dos defeitos na secreção e/ou na

ação da insulina. Normalmente, determinada quantidade de glicose circula no sangue. A

principal fonte dessa glicose é a absorção do alimento ingerido no trato gastrintestinal e a

formação de glicose pelo fígado a partir das substâncias alimentares. (SMELTZER; BARE,

2005).

A insulina, um hormônio produzido pelo pâncreas, controla o nível de glicose no

sangue ao regular a produção e o armazenamento de glicose. No estado diabético, as células

podem parar de responder à insulina ou o pâncreas pode parar totalmente de produzi-la. Os

efeitos da hiperglicemia em longo prazo contribuem para as complicações macrovasculares

(doença da artéria coronária, doença vascular cerebral e doença vascular periférica),

complicações microvasculares crônicas (doença renal e ocular) e complicações neuropáticas

(doenças dos nervos). (SMELTZER; BARE, 2005).

O diabetes é comum e de incidência crescente. Estima-se que, em 1995, atingia 4,0%

da população adulta mundial e que, em 2025, alcançará a cifra de 5,4%. A maior parte desse

aumento se dará em países em desenvolvimento, acentuando-se, nesses países, o padrão atual

de concentração de casos na faixa etária de 45-64 anos. (BRASIL, 2006).

Mundialmente, os custos diretos para o atendimento ao Diabetes variam de 2,5% a

15% dos gastos nacionais em saúde, dependendo da prevalência local de diabetes e da

complexidade do tratamento disponível. Além dos custos financeiros, o Diabetes acarreta

também outros custos associados à dor, ansiedade, inconveniência e menor qualidade de vida

que afeta doentes e suas famílias. O Diabetes representa também carga adicional à sociedade,

em decorrência da perda de produtividade no trabalho, aposentadoria precoce e mortalidade

prematura. (BRASIL, 2006).

As principais metas do tratamento de pacientes com diabetes incluem controlar os

níveis glicêmicos e evitar as complicações agudas e de longo prazo. Dessa maneira, a

enfermeira que cuida de pacientes diabéticos deve ajudá-los a desenvolver habilidades no

manejo do autocuidado. (SMELTZER; BARE, 2005).

O tipo de diabetes mais freqüente são o diabetes tipo 1, anteriormente conhecido como

diabetes juvenil, que compreende cerca de 10% do total de casos, e o diabetes tipo 2,

anteriormente conhecido como diabetes do adulto, que compreende cerca de 90% do total de

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casos. Outro tipo de diabetes encontrado com maior freqüência e cuja etiologia ainda não está

esclarecida é o diabetes gestacional, que, em geral, é um estágio pré-clínico de diabetes,

detectado no rastreamento pré-natal. (BRASIL, 2006).

Conforme Brasil (2006) cerca de 50% da população com diabetes não sabe que são

portadores da doença, algumas vezes permanecendo não diagnosticados até que se

manifestem sinais de complicações. Por isso, testes de rastreamento são indicados em

indivíduos assintomáticos que apresentem maior risco da doença, apesar de não haver ensaios

clínicos que documentem o benefício resultante e a relação custo-efetividade ser questionável.

Fatores indicativos de maior risco são listados a seguir:

o Idade >45 anos.

o Sobrepeso (Índice de Massa Corporal IMC >25).

o Obesidade central (cintura abdominal >102 cm para homens e >88 cm para mulheres,

medida na altura das cristas ilíacas).

o Antecedente familiar (mãe ou pai) de diabetes.

o Hipertensão arterial (> 140/90 mmHg).

o Colesterol HDL >35 mg/dL e/ou triglicerídeos >150 mg/dL.

o História de macrossomia ou diabetes gestacional.

o Diagnóstico prévio de síndrome de ovários policísticos.

o Doença cardiovascular, cerebrovascular ou vascular periférica definida.

Indivíduos de alto risco requerem investigação diagnóstica laboratorial com glicemia

de jejum e/ou teste de tolerância à glicose. Alguns casos serão confirmados como portadores

de diabetes, outros apresentarão alteração na regulação glicêmica (tolerância à glicose

diminuída ou glicemia de jejum alterada), o que confere maior risco de desenvolver diabetes.

(BRASIL, 2006).

Os sintomas clássicos de diabetes são: poliúria, polidipsia, polifagia e perda

involuntária de peso (os “4 Ps”). Outros sintomas que levantam a suspeita clínica são: fadiga,

fraqueza, letargia, prurido cutâneo e vulvar, balanopostite e infecções de repetição. Algumas

vezes o diagnóstico é feito a partir de complicações crônicas como neuropatia, retinopatia ou

doença cardiovascular aterosclerótica. Entretanto, o diabetes é assintomático em proporção

significativa dos casos, a suspeita clínica ocorre então a partir de fatores de risco para o

diabetes. (BRASIL, 2006).

Resumidamente, os testes laboratoriais mais comumente utilizados para suspeita

de diabetes ou regulação glicêmica alterada são:

o Glicemia de jejum: nível de glicose sangüínea, após um jejum de 8 a 12 horas;

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o Teste oral de tolerância à glicose (TTG-75g): O paciente recebe uma carga de 75 g de

glicose, em jejum, e a glicemia é medida antes e 120 minutos após a ingestão;

o Glicemia casual: tomada sem padronização do tempo desde a última refeição.

Critérios laboratoriais para o diagnóstico de diabetes: O cliente deve ter os sintomas de

diabetes (poliúria, polidipsia, polifagia ou perda de peso inexplicada) + glicemia casual >200

mg/dL (realizada a qualquer hora do dia, independentemente do horário das refeições); = OU

= Glicemia de jejum >126 mg/dL; = OU = Glicemia de 2 horas >200 mg/dL no teste de

tolerância à glicose. Todos os testes devem ser confirmados com nova glicemia. Além destes

resultados poderemos considerar como normal uma taxa glicêmica de jejum <110mg/dl e uma

taxa glicêmica pós-prandial <140mg/dl. (BRASIL, 2006).

Como trabalharemos apenas com portadores de Diabetes mellitus tipo II, daremos

maior ênfase a este tipo de Diabetes.

Os dois principais problemas relacionados com a insulina no Diabetes tipo II é a

resistência à insulina e a secreção de insulina comprometida. A resistência à insulina refere-se

à redução da sensibilidade tecidual à insulina. Normalmente, a insulina liga-se a receptores

especiais nas superfícies celulares e inicia uma série de reações envolvidas no metabolismo da

glicose. No Diabetes tipo II as reações intracelulares estão diminuídas, tornando assim a

insulina menos efetiva na estimulação da captação da glicose pelos tecidos e na regulação da

liberação da glicose pelo fígado. O mecanismo exato que leva a resistência à insulina no

diabetes tipo II é desconhecido, embora se acredite que os fatores genéticos desempenhem

algum papel. (GUYTON, 1997).

Para superar a resistência a insulina e evitar o acúmulo de glicose no sangue, maiores

quantidades de insulina devem ser secretadas para manter normal o nível de glicose ou

ligeiramente elevado. Entretanto, quando a célula Beta não pode lidar com maior demanda

por insulina, o nível de glicose se eleva, desenvolvendo-se o diabetes do tipo II.

(SMELTZER; BARE, 2005).

Como a resistência à insulina está associada à obesidade, o tratamento primário do

Diabetes tipo II é a perda de peso. O exercício também é importante na estimulação da

eficácia da insulina. Os agentes hipoglicemiantes podem ser adicionados quando a dieta e o

exercício não são bem sucedidos no controle dos níveis sanguíneos de glicose. Quando as

doses máximas de uma única categoria de agentes orais falham em reduzir os níveis de

glicose até os níveis satisfatórios, podem ser empregados outros agentes orais. A insulina

pode ser adicionada à terapia com agente oral ou os pacientes podem mudar para a terapia

total com insulina. Alguns pacientes precisam de insulina em uma base contínua, e outros

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podem precisar de insulina em uma base temporária, durante os períodos de estresse

fisiológico agudo, como a doença ou cirurgia. (SMELTZER; BARE, 2005).

Segundo Brasil (2006), a terapia nutricional é parte fundamental do plano terapêutico

do diabetes, podendo reduzir a hemoglobina glicada entre 1-2%. Baseiam-se nos mesmos

princípios básicos de uma alimentação saudável quais sejam:

o A quantidade energética ingerida deve ser adequada à atividade física e ser fracionada

em 5 a 6 refeições/lanches diários.

o A ingestão diária deve conter de 50 a 60% de carboidratos, a maior parte em forma

complexa. Para tanto, os pacientes devem ser encorajados a comer alimentos ricos em

fibras, como frutas, verduras, legumes, feijões e cereais integrais.

o A ingestão diária deve conter no máximo 30% de gorduras, sendo não mais de um

terço sob a forma de ácidos graxos saturados; não exceder a 300 mg/dia de colesterol.

o Alimentos que contêm sacarose (açúcar comum) devem ser evitados para prevenir

oscilações acentuadas da glicemia. Quando consumidos, o limite é de 20 a 30g por dia

de açúcar de forma fracionada e substituindo outro carboidrato para evitar o aumento

calórico. A recomendação não é encorajá-los a comer doces, mas, auxiliá-los a,

quando usar esses alimentos, fazê-lo de modo que não os prejudique.

o A ingestão de álcool, quando consumido, deve ser moderada e de preferência com as

refeições. O limite diário é de uma a duas doses, isto é, 10-20g de álcool/dia. Um copo

(90ml) de vinho contém 1,1 doses, uma lata de cerveja (350ml) 1,7 doses, e uma dose

(35ml) de destilados 2 doses de álcool. Pacientes com hipertrigliceridemia ou mau

controle metabólico não devem ingerir bebidas alcoólicas.

o O uso moderado de adoçantes não-calóricos (ciclamato, sucralose, sacarina,

aspartame, acesulfame, e stévia) é seguro quando consumido em quantidades

adequadas. Os alimentos dietéticos podem ser recomendados, mas, é preciso ficar

atento sobre seu conteúdo calórico e de nutrientes. Alimentos diet são isentos de

sacarose, quando destinados a indivíduos diabéticos, mas, podem ter valor calórico

elevado, por seu teor de gorduras ou outros componentes.

o Alimentos light são de valor calórico reduzido em relação aos alimentos

convencionais. Os refrigerantes e as gelatinas dietéticas têm valor calórico próximo de

zero e podem ser consumidos. Por outro lado, chocolate, sorvete, alimentos com

glúten (pão, macarrão, biscoitos), mesmo quando diet, são calóricos e seu uso não

deve ser encorajado. Adoçantes calóricos como a frutose (p.ex., o mel), devem ser

usados com restrição, respeitando as limitações indicadas na orientação dietética.

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A prática regular de atividade física é indicada a todos os pacientes com diabetes, pois,

melhora o controle metabólico, reduz a necessidade de hipoglicemiantes, ajuda a promover o

emagrecimento nos pacientes obesos, diminui os riscos de doença cardiovascular e melhora a

qualidade de vida. Assim, a promoção da atividade física é considerada prioritária.

Um programa estruturado de atividade física em pacientes com diabetes deve partir de

uma prescrição individualizada de exercícios, de preferência acompanhada de demonstrações

práticas, em sessões formais (recomenda-se pelo menos duas) de condicionamento físico, nas

quais sejam contempladas todas as etapas que compõem uma sessão padrão de exercício,

incluindo aquecimento, parte principal e desaquecimento relaxamento (volta à calma). Na

ausência de contra-indicações, deve ser encorajada também a prática de exercício de

resistência 3 vezes por semana, nos principais grupos musculares. (BRASIL, 2006).

O controle glicêmico estável – satisfatório – pressupõe variações ao longo do dia na

faixa de 80 a 160 mg/dL. Pequenos desvios podem ocorrer para mais ou para menos, sendo

facilmente controlados com ajustes de dieta, atividade física, ou medicações. Em algumas

situações, no entanto, esses desvios são mais acentuados, caracterizando a descompensação

hiperglicêmica aguda e a hipoglicemia, respectivamente. As duas situações requerem ação

efetiva do paciente – família ou amigos – e do serviço de saúde. O automonitoramento do

controle glicêmico e a disponibilidade de um serviço de pronto atendimento – telefônico ou

no serviço – são fundamentais para auxiliar o paciente a impedir que pequenos desvios

evoluam para complicações mais graves. (BRASIL, 2006).

A história natural do diabetes é marcada pelo aparecimento de complicações crônicas,

geralmente classificadas como microvasculares – retinopatia, nefropatia e neuropatia – e

macrovasculares – doença arterial coronariana, doença cerebrovascular e vascular periférica.

Todas são responsáveis por expressiva morbimortalidade, com taxas de mortalidade

cardiovascular e renal, cegueira, amputação de membros e perda de função e qualidade de

vida muito superior a indivíduos sem diabetes.(SMELTZER; BARE, 2005).

Os mecanismos do aparecimento destas complicações ainda não estão completamente

esclarecidos, mas a duração do diabetes e seu controle interagem com outros fatores de risco,

como hipertensão arterial, fumo e dislipidemia determinando o curso da micro e

macroangiopatia. O controle intensivo desses fatores através de medidas não-farmacológicas e

farmacológicas pode reduzir quase todas as complicações em pelo menos metade. Parte

expressiva do acompanhamento do indivíduo com diabetes deve ser dedicada à prevenção,

identificação e manejo destas complicações. O manejo requer uma equipe de atenção básica

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treinada com tarefas específicas, incluindo a coordenação do plano terapêutico e das

referências e contra-referências dentro do sistema de saúde. (SMELTZER; BARE, 2005).

3.2 BAUHINIA FORFICATA – “PATA DE VACA”

Estamos diante de uma planta que normalmente gera muita confusão entre as pessoas

que a procuram. Estamos falando da “PATA DE VACA”, arbórea que pode chegar a 6 metros

de altura, copa frondosa, bonita, e que, em determinada época do ano, lança flores brancas

que são muito parecidas com orquídeas. A “PATA DE VACA” pertence ao gênero Bauhinia,

que é muito rico em nosso país. Possui várias espécies distribuídas em quase todo território

brasileiro, e muitas delas são muito parecidas entre si. O que caracteriza as plantas deste

gênero é o formato de suas folhas, que se parece muito com uma pata ou unha de vaca. Se por

um lado esta característica torna fácil a identificação destas plantas, por outro gera uma

confusão enorme, pois para a população todas estas plantas recebem o mesmo nome popular

“PATA DE VACA”, mas a composição química e conseqüentemente suas ações terapêuticas

não são as mesmas, podendo levar a resultados frustrantes no tratamento. (FRANCO, 1998).

A espécie que estamos tratando é a que possui dois espinhos no ramo onde fica

aderido o pecíolo de cada folha, formando uma espécie de forca, daí o nome Bauhinia

forficata e apresenta um corte no centro em sentido vertical ate o meio, o que lhe da o aspecto

de uma “PATA DE VACA”. Esta espécie já foi muito estudada por pesquisadores, e o que foi

confirmado é sua ação para o controle da diabetes. Não se conhece muito bem como é a ação

desta planta em nível fisiológico, mas o pouco que já se conhece permite colocá-la como um

grande medicamento da flora brasileira. (FRANCO, 1998).

3.2.1 Nome cientifico

Bauhinia forficata. (FERRO, 2006).

3.2.2 Família

Caesalpinoídeae(leguminosas). (FERRO, 2006).

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3.2.3 Nomes populares

Mororó, pata de boi, unha de anta, unha de boi, unha de vaca, cauba, falsa-caoba,

bauinia, casco de vaca, mirorá, miriró, pata de burro e “PATA DE VACA”. (CUNHA;

SILVA; ROQUE, 2003).

3.2.4 Parte utilizada

Folhas, flores e cascas (CUNHA; SILVA; ROQUE, 2003).

3.2.5 Habitat de distribuição

Árvore comum nas matas de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul (Brasil), Paraguai.

Litoral do Uruguai, Norte e Noroeste da Argentina. (CUNHA; SILVA; ROQUE, 2003).

3.2.6 História da planta

Embora muitos não saibam, a “PATA DE VACA” é originária da Ásia. É uma árvore

de pequeno porte, encontrada em região de clima temperado, especialmente em matas

secundárias e beiras de estradas. Em nosso país adaptou-se bem ao clima, sendo mais comum

no sul, veio trazido pelos portugueses. (CUNHA; SILVA; ROQUE, 2003).

3.2.7 Aspectos agronômicos

Espécie autóctone que ocorre espontaneamente na floresta pluvial Atlântica e

subespontaneamente em pastagens, vales aluviais, capoeiras, à beira de estradas e em terrenos

baldios. Cresce subespontaneamente no sul do Brasil. Embora seja de clima temperado,

adapta-se às regiões mais quentes. Exige solos profundos, férteis e drenados. Solos ácidos e

úmidos são desfavoráveis a planta. Propagação: sementes, em viveiro. As sementes são postas

a germinar em saquinhos plásticos com capacidade de 300 a 400 ml contendo substrato

organo-mineral. A germinação ocorre entre 15 e 25 dias e o poder germinativo é inferior a

30%. Plantio ocorre de março a abril, ocorrendo seu florescimento entre janeiro e março, os

frutos maduram de maio a junho. A espécie hibrida ornamental possui efeito muito pouco

significativo (MODESTO, 1988).

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3.2.8 Propriedades terapêuticas

A principal ação terapêutica da “PATA DE VACA” é a diminuição da glicose

plasmática nos pacientes diabéticos. Isso se deve, provavelmente, a presença de cromo.

o Este elemento químico, na valência Cr+3, é ativador do complexo GTF (glucose

tolerance factor), que auxilia o transporte da glicose através da membrana celular.

o O GTF facilita a entrada da glicose na célula, onde será utilizada para produção de

energia (ATP) na mitocôndria.

o O uso do cromo em pacientes diabéticos mostrou que pode reduzir as drogas

hipoglicemiantes clássicas e, as vezes até substituí-las. (MODESTO, 1988).

Outra ação terapêutica de destaque com a “Pata de Vaca” é a diurética, que também é

útil no diabetes. (MODESTO, 1988).

Para Cunha; Silva; Roque (2003) a ação hipoglicemiante é atribuída a trigonelina.

3.2.9 Constituinte

Cumarinas, taninos (flobatênicos e perogálico), flavonóides (quercetina, rutina,

campferol), fitosteróis (beta-sitosterol), pinitol, alcalóides, saponinas, trigonelina (N-

metilbetaína do ácido nicotínico), terpenóides, antocianidina, substâncias fenólicas, colina,

ácidos orgânicos, entre os minerais o cromo se destaca. (FERRO, 2006).

3.2.10 Ação

Diurético, hipoglicemiante, hipocolesteremiante, antidiarreico, tônico, depurativo,

usado em afecções cutâneas. (CUNHA; SILVA; ROQUE, 2003).

3.2.11 Indicação

A principal indicação é como terapia de apoio da diabete mellitus tipo II, mas pode ser

utilizado como coadjuvante no tratamento da obesidade, auxilio no tratamento da calculose

renal, auxílio no tratamento da elefantíase por facilitar a drenagem linfática, purgativo.

(CUNHA; SILVA; ROQUE, 2003).

3.2.12 Contra indicação

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Em caso de gestação/lactação usar somente sob orientação médica. Efeitos

secundários e toxicidade não são conhecidos. (CUNHA; SILVA; ROQUE, 2003).

3.2.13 Preparo do chá

Para preparar o chá deve se utilizar:

o 2 xícaras(café) ou 20 gramas de folha seca de “PATA DE VACA”.

o Um litro de água fervente;

Modo de fazer:

Colocar a planta em um recipiente e sobre ela despejar água em início de ebulição,

abafar e deixar em repouso por no mínimo 10 minutos e coar antes de usar. É importante

abafar, principalmente quando se utilizam folhas e flores, para evitar que percam suas

propriedades medicinais.

O chá deve ser utilizado da seguinte forma:

Tomar 1 xícara (chá) 3 vezes/dia (30 min após as refeições). (SUAREZ, 2002).

3.2.14 Duração da administração

45 dias. ( CUNHA; SILVA; ROQUE, 2003).

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4- REFERENCIAL TEÓRICO

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O elo teoria-prática-pesquisa se consolida na definição do marco teórico. Este ao

mesmo tempo em que direciona a prática, proporciona fundamentação para a pesquisa que por

sua vez aprimora ou reflete a teoria, fundamentando cada vez mais a prática. O marco

conceitual constituiu um referencial teórico que proporciona direção à pesquisa e fundamenta

a discussão de seus resultados.

Neste pensar, acreditando que o marco conceitual nos proporcionaria uma organização

do que seria vivenciado, optamos pela Teoria da Diversidade e Universalidade do Cuidado

Transcultural de Madeleine M. Leininger, por considerar que esta pode subsidiar nossos

objetivos já que propõe como base, a compreensão da cultura de cada povo e de suas crenças

e valores, pois influenciam no modo de cuidar.

Usamos a Teoria Transcultural da teórica Leininger, destacando-se o cuidado, cuidado

próprio, cuidado humanizado, valorização da cultura e seus valores e o cuidar da saúde

profissional e popular, por considerarmos que a cultura destes pacientes tem que ser

respeitada, pois, trata-se do uso de plantas medicinais onde parentes idosos acabam passando

seus conhecimentos muitas vezes não científico mas sim cultural.

Madeleine Leininger é uma teórica norte-americana, graduada em Enfermagem,

concluiu o curso de Doutorado em Antropologia, na University of Washinton, Seatle.

Madeleine Leininger trabalhou no meio-oeste dos Estados Unidos, num lar para orientação de

crianças e pais, na especialidade de enfermagem clínica em características comportamentais,

Leininger atribuiu essas diferenças a um fundo de base cultural e percebeu que a enfermagem

não possui conhecimento suficiente da cultura dessas crianças, ela passou a se dedicar a esta

nova área da enfermagem, ou seja, à enfermagem transcultural, como sub área da

enfermagem, Leininger começou a utilizar termos como enfermagem transcultural, etno-

enfermagem sendo que este último ela definiu como o estudo de crenças, valores e práticas de

cuidados de enfermagem, tal como percebidas e conhecidas cognitivamente por uma

determinada cultura, através de sua experiência direta, crenças e sistemas de valores. Culturas

diferentes percebem, conhecem e praticam cuidado de diferentes maneiras, ainda que alguns

elementos comuns existam, em relação ao cuidado, em todas as culturas do mundo. Esta

autora percebe que os enfermeiros têm usado o cuidado como modalidade de pensamento, de

ação e de linguagem por quase meio-século. (HENCKMAIER,1996).

Em 1995, publicou seu livro ”Transcultural Nursing: concepts, theories, research and

practice” Leininger construiu sua teoria com base na crença de que os povos de cada cultura

são capazes de conhecer e definir as maneiras, através das quais eles experimentaram e

percebem seu cuidado de enfermagem, sendo também capazes de relacionar essas

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experiências e percepções as suas crenças e práticas gerais de saúde. O cuidado de saúde

sempre foi considerado essencial à sobrevivência e desenvolvimento humano, o cuidado

cultural tem um significado holístico importante para o conhecimento, explicação e

interpretação do fenômeno ”cuidar” na enfermagem, os cuidados culturalmente satisfatórios

poderão contribuir para o bem estar dos indivíduos, famílias, grupos e comunidade dentro do

seu contexto ambiental. Os valores, crenças e práticas do cuidado cultural são influenciados

pela visão do mundo, linguagem, religiosa, contexto social, político, educacional, econômico,

tecnológico, etno-histórico e ambiental de cada cultura em particular. (HENCKMAIER,1996).

A enfermagem é uma disciplina de cuidados humanísticos, e uma profissão cujo

propósito maior é servir o ser humano, constatandos vários elementos dos cuidados que

variam segundo a universalidade da cultura entre eles, pode ser destacado alguns, como apoio,

conforto, estimulação, observação, envolvimento, toque, respeito, prevenção, ajuda, amor,

confiança e simpatia. Além destes elementos que sustentam a sua proposta, Leininger acredita

que: a prática de cuidado é a essência e a dimensão pragmática, intelectual e unificadora da

profissão enfermagem; administração de cuidados é uma prática de profundas raízes culturais

e requer, portanto, um conhecimento de base cultural além de suficiente capacitação para sua

eficaz aplicação; não se pode produzir cura sem cuidados, mas pode haver cuidado sem que se

produza a cura. (HENCKMAIER,1996) .

Para Leininger, a saúde é o estado de bem-estar que é culturalmente definido,

valorizado e praticado que reflete a habilidade dos indivíduos ou grupos em realizar suas

atividades diárias de forma culturalmente satisfatória. No entanto a saúde é uma moldura

lingüística geral para as profissões da saúde. Seu elo com a enfermagem relaciona-se

diretamente aos fenômenos do cuidado que, por sua vez, devem ser estudados sob uma

perspectiva cientifica e humanística e, desta forma, delinear a verdadeira natureza desta

profissão. (HENCKMAIER,1996).

Nesta perspectiva, a enfermagem é uma profissão cientifica e humanística, que é

apreendida e focalizada no fenômeno do cuidado humano e em atividades que propiciam

assistência, suporte, facilitação e capacitação a indivíduos ou grupos, para manter ou reaver o

seu bem-estar de uma forma culturalmente significativa e satisfatória, ou para ajudá-los a

enfrentar as dificuldades ou a morte. (HENCKMAIER,1996).

Este estado de bem-estar é influenciado pela visão de um mundo dos indivíduos ou

grupo, ou seja, o modo pelo qual eles vêem o mundo ou seu universo, para formar uma

imagem ou estado valorativos sobre suas vidas ou sobre o mundo que os rodeia e também,

pelo seu contexto ambiental, que vem a ser a totalidade de um evento, situação ou

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experiências particulares, que atribuem um sentido as expressões, interpretações e interações

sociais humanas em dimensões físicas ecológicas, sócio-políticos e culturais. As dimensões

das estruturas culturais e sociais engloba, aqueles padrões e aspectos de natureza dinâmica

dos fatores organizacionais e estruturais inter-relacionados de uma cultura em particular, uma

sub-cultura ou sociedade, incluindo valores religiosos, familiares, sociais, políticos e legais,

econômicos e culturais, e o modo como esses fatores em diferentes contextos ambientais.

(HENCKMAIER,1996).

A cultura, por sua vez, abrange valores, crenças, normas e práticas de vida aprendidas,

compartilhadas e transmitidas em um grupo específico, que direcionam seus pensamentos,

decisões e ações em formas padronizadas. (HENCKMAIER,1996).

A etno-história contempla os fatos, eventos, instâncias e experiências passadas de

indivíduos, grupos, culturas e instituições que estão primariamente centradas no homem e que

descrevem, explicam e interpretam os modos de vida humanos em um contexto cultural

relacionado às experiências de assistência, apoio e capacitação ou ações comportamentais

direcionadas para outro individuo ou grupo, que evidenciam ou prevêem uma necessidade,

com a finalidade de melhorar as condições ou os modos de vida do ser humano.

(HENCKMAIER,1996).

Focalizando o ato de cuidar, a autora pensa que cuidar/cuidando se traduz em ações ou

atividades direcionadas no sentido de assistir, apoiar ou capacitar outro indivíduo ou grupo

com necessidades evidentes ou previsíveis, para melhorar a sua condição humana ou o seu

modo de vida, ou então enfrentar a morte. (HENCKMAIER,1996).

Para Leiniger, o cuidado cultural é aquele em que os valores crenças e modos de vida

padronizados, apreendidos e transmitidos subjetiva e objetivamente, assistem apóiam,

facilitam ou capacitam outro individuo ou grupo a manter o seu bem estar, a melhorar suas

capacidades e modo de vida, a enfrentar a doença, as incapacidades ou a morte. Esse cuidado

pode ser diversificado ou universal. A universalidade do cuidado cultural diz respeito aos

significados, padrões, valores, modos de vida ou símbolos daqueles cuidados com uma

dominação uniforme, comuns ou similares, manifestados em várias culturas e que refletem

maneiras de ajudar pessoas, nos atos de assistir, apoiar, facilitar ou capacitar.

(HENCKMAIER,1996).

A diversidade do cuidado cultural se refere as variações e ou diferenças nos

significados, padrões, modos de vida, suporte, facilitações ou capacitações na prática do

cuidado ao ser humano. (HENCKMAIER,1996).

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Com esta compreensão do cuidado, Leiniger afirma que só existe um cuidado cultural

congruente de enfermagem, na medida em que ocorrem ações ou decisões assistenciais, de

suporte de facilitação ou capacitação embasada cognitivamente em um indivíduo, grupo ou

instituição, com a finalidade de promover cuidados de saúde significativos, benéficos e

satisfatórios. (HENCKMAIER,1996).

O cuidado cultural é preservado ou mantido, quando as ações ou decisões profissionais

de assistência, suporte, facilitação auxiliam as pessoas de uma determinada cultura a manter

ou preservar valores, relativamente acerca de cuidado, de forma a manter seu bem estar,

recuperar-se da doença ou enfrentar as incapacidades ou morte. (HENCKMAIER,1996).

Ocorre uma acomodação ou negociação do cuidado cultural, quando as ações e

decisões profissionais de assistência, suporte, facilitação ou capacitação estimulam as pessoas

de um determinado grupo cultural para uma adaptação ou negociação com os profissionais da

saúde que prestam cuidados, visando resultados ajustados especificamente segundo valores

culturais, crenças e modos de vida satisfatórios e benéficos a saúde. (HENCKMAIER,1996).

A relação e intervenção do cuidado cultural se referem aquelas ações e decisões

profissionais de assistência, suporte, facilitação ou capacitação que ajudem os clientes a

reorganizar, substituir ou modificar seus modos de vidas com padrões de cuidados de saúde

novos, diferentes e benéficos. Procurando respeitar os seus valores culturais e as suas crenças

e propondo um modo de vida mais sadio e benéfico do que ocorria anteriormente ao

estabelecimento conjunto das modificações. Leninger considera um sistema de cuidado

profissional, aquele que aborda os cuidados profissionais formalmente ensinados, aprendidos,

transmitidos e relacionados com o conhecimento sobre saúde, doença e desenvolvimento de

habilidades práticas, que prevalecem nas instituições profissionais. Geralmente ocorre onde o

cliente é atendido por uma equipe multidisciplinar. O sistema de cuidado popular, por sua vez,

é entendido como um conjunto de conhecimentos populares e habilidades culturalmente

apreendidas e transmitidas para proporcionar ações de assistência, suporte, capacitação ou

facilitação para ou por outro individuo, grupo ou instituição que manifesta ou prevê uma

necessidade, com a finalidade de melhorar as incapacidade e situações de morte.

(HENCKMAIER,1996).

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5 - METODOLOGIA

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5.1 TIPO DE ESTUDO

Este estudo caracterizou-se como do tipo exploratório-descritivo com técnicas de

análise quali-quantitativa, visto que, “busca verificar o efeito terapêutico da “PATA DE

VACA” como complemento no tratamento do paciente diabético tipo II”, através de uma

investigação minuciosa de como os pacientes irão se comportar na introdução do chá em seu

tratamento e como poderá ajudá-los abaixando seu nível glicêmico.

Para Merighi e Praça (2003) a pesquisa qualitativa caracteriza-se por se preocupar com

a realidade que não pode ser quantificada e por aprofundar-se “no mundo dos significados das

ações e reações humanas”.

O pesquisador qualitativo deve atender quatro importantes qualidades: sensibilidade

apurada, idéia, imaginação e habilidade técnica. A ausência de qualquer dessas qualidades

implica prejuízo dos resultados da pesquisa qualitativa, pois a falta de sensibilidade do

pesquisador na busca dos dados de seu estudo reduz seu valor, uma vez que se não souber ver

aquilo que olha nada tem a dizer sobre as situações que presencia; se não tiver idéias para

inovar ou aprofundar uma dada condição, obterá resultados triviais, desinteressando o leitor

sobre o texto; se não contar com imaginação para buscar, analisar e apresentar os dados, o

pesquisador não conseguirá envolver e interessar o leitor; finalmente, se o investigador não

tiver habilidade técnica para realizar o estudo com estratégias e no tempo suficiente, os

resultados obtidos serão inconsistentes.(MERIGHI; PRAÇA, 2003)

Já as pesquisas quantitativas são mais adequadas para apurar opiniões e atitudes

explícitas e conscientes dos entrevistados, pois utilizam instrumentos estruturados

(questionários). Devem ser representativas de um determinado universo de modo que seus

dados possam ser generalizados e projetados para aquele universo. Seu objetivo é mensurar e

permitir o teste de hipóteses, já que os resultados são mais concretos e, conseqüentemente,

menos passíveis de erros de interpretação. Em muitos casos geram índices que podem ser

comparados ao longo do tempo, permitindo traçar um histórico da informação.(LEOPARDI,

2001).

5.2 DESCRIÇÃO DO LOCAL DE ESTUDO

Realizamos a pesquisa durante 80 dias em domicílios que ficam localizados na área de

abrangência da CIABS - Clínica Integrada de Atenção Básica à Saúde, pelo órgão da

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fundação Universidade do Vale do Itajaí, situada no município de Biguaçu, sendo que os

sujeitos selecionados são atendidos pelas equipes de estratégia de saúde da família desta

unidade.

A CIABS foi inaugurada em 17 de maio de 2000, teve suas atividades iniciadas em 03

de junho do mesmo ano. Caracterizam-se como órgão de prestações de ações e serviços de

atenção básica a saúde, com vistas à promoção, proteção, recuperação e reabilitação à saúde

da criança, do adolescente, da mulher, do adulto e do idoso. Tem como finalidade o

atendimento de todas as pessoas de sua área de abrangência, indiscriminadamente, além de

promover a formação de profissional de saúde, através do desenvolvimento do ensino,

pesquisa e extensão. (CIABS, 2007).

A área de extensão da CIABS compreende a população moradora dos bairros Jardim

Carandaí, Fundos, Bela Vista, Loteamento São Miguel, Rio Caveiras. (CIABS, 2007).

5.3 SUJEITOS DO ESTUDO

A coleta de dados ocorreu entre o final do primeiro semestre do ano de 2008 e início

do segundo semestre de 2008; após a aprovação pela Comissão de Ética da UNIVALI. Sendo

previsto uma amostra de 6 pessoas portadoras da diabete mellitus tipo II, moradores da área

de abrangência da CIABS da cidade de Biguaçu. Sendo selecionados preferencialmente

pacientes já acompanhados pelos profissionais da CIABS, de ambos os sexos, com média

glicêmica de 150 a 250 mg/dl que já apresentavam a cultura de ingerir chás para sua patologia

sem orientação profissional.

Após a aprovação do comitê de ética da UNIVALI entramos em contato com nossa

orientadora onde através de uma profissional técnica de enfermagem da unidade da CIABS,

que acompanha os pacientes com diabetes nos domicílios, realizaram uma seleção dos sujeitos

de pesquisa, com isso nós iniciamos visitas domiciliares, juntamente com a técnica de

enfermagem responsável por estes paciente, onde tivemos o primeiro contato com os sujeitos

de pesquisa.

Durante a seleção dos pacientes definimos 7 portadores de diabetes mellitus tipo II

como sendo a amostra, um a mais do que proposto no objetivo, pois observamos que um ou

até mais dos sujeitos de pesquisa poderia desistir, ou ser hospitalizado, ou mudar de endereço.

Decidimos em conjunto com a nossa orientadora o acréscimo de um sujeito, pois se algum

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dos problemas citados viesse a ocorrer, dificultaria nossa pesquisa. Esta margem de erro nos

deu mais segurança durante a coleta de dados. Como não houve nenhum dos problemas acima

citados durante a coleta de dados, optamos por demonstrar os resultados da pesquisa dos 7

sujeitos e não mais dos 6 como previsto.

5.4 COLETA DE DADOS

A coleta de dados pode ser dividida em três momentos conforme demonstrado a

seguir:

1º momento:

Após selecionar a amostra juntamente com a orientadora e a técnica de enfermagem da

CIABS, responsável pelos diabéticos, utilizando os requisitos previamente estabelecidos,

foram selecionados 7 portadores de diabetes tipo II. Realizamos uma visita domiciliar a cada

um destes para assinatura do termo de consentimento livre e esclarecido, e a coleta do

histórico (apêndice I) deste paciente, explicando a estes como seria realizada a pesquisa. A

partir dos dados colhidos nesta primeira visita domiciliar, podemos avaliar as condições

clinicas e os hábitos destes indivíduos em relação a sua patologia, podendo assim preparar

uma atividade de educação em saúde, que foi realizada através da entrega de um folder no

qual explicamos sobre a patologia e orientamos sobre alguns cuidados que estes deveriam ter

a respeito da diabetes, principalmente no que diz respeito a alimentação e a prática de

atividades físicas.

2º momento:

Após a atividade de educação em saúde, acompanhamos estes sujeitos por um período

de 21 dias, avaliando a taxa glicêmica semanalmente e registrando em documento

previamente elaborado, conforme apêndice II, para posterior avaliação dos dados. Além das 4

taxas glicêmicas aferidas, selecionamos mais 2 taxas glicêmicas anteriores ao começo da

pesquisa, já que estes pacientes realizavam um controle semanal, avaliamos como estava

ocorrendo os hábitos dos sujeitos relativos à alimentação e a prática de atividades físicas.

3º momento:

Após o término dos 21 dias, verificando a taxa glicêmica sem o uso do chá, apenas

com orientações sobre a patologia, realizamos uma nova visita domiciliar aos sujeitos de

pesquisa para entregar-lhes a planta medicinal para o consumo diário, esta foi entregue

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devidamente embalada e dosada, orientando sobre o preparo e o uso terapêutico do chá

através de dialogo e de um folder educativo (apêndice III). Orientamos que o uso do chá

deveria acontecer pelos próximos 45 dias consecutivos. A partir disto, realizamos visitas

domiciliares semanalmente para avaliação da taxa glicêmica e do paciente como um todo,

esclarecendo duvidas e verificando se estava ocorrendo o uso correto do chá.

5.5 ASPECTOS ÉTICOS

Para realização deste estudo adotamos as recomendações da Resolução 196/96 do

Conselho Nacional de Saúde, como também respeitamos o Código de Ética de Enfermagem.

A presente Resolução fundamenta-se nos principais documentos internacionais que

emanaram declarações e diretrizes sobre pesquisas que envolvem seres humanos:

o O Código de Nuremberg (1947);

o A Declaração dos Direitos do Homem (1948);

o A Declaração de Helsinque (1964 e suas versões posteriores de 1975, 1983 e

1989);

o O Acordo Internacional sobre Direitos Civis e Políticos da ONU (1966),

aprovado pelo Congresso Nacional Brasileiro em 1992;

o As Propostas de Diretrizes Éticas Internacionais para Pesquisas Biomédicas

Envolvendo Seres Humanos e as Diretrizes Internacionais para Revisão ética

de Estudos Epidemiológicos. (BRASIL, 1996).

Conforme as diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisas envolvendo seres

humanos, a pesquisa é definida como uma classe de atividades cujo objetivo é desenvolver ou

contribuir para o conhecimento generalizável. Este conhecimento consiste em teorias,

relações ou princípios. ou no acúmulo de informações sobre as quais estão baseadas, que

possam ser corroborados por métodos científicos aceitos de observação e inferência. A

definição de pesquisa envolvendo seres humanos é uma pesquisa que, individual ou

coletivamente, envolva o ser humano, de forma direta ou indireta, em sua totalidade ou partes

dele, incluindo o manejo de informações ou materiais. (BRASIL, 1998).

A Resolução 196/96, incorpora sob a ética do indivíduo e das coletividades, os quatro

referenciais básicos da bioética (a autonomia, a não maleficência, a beneficência e a justiça),

dentre outros, que visam assegurar os direitos e deveres que dizem respeito à comunidade

científica, aos sujeitos da pesquisa e ao Estado. O caráter contextual das considerações aqui

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desenvolvidas implica em revisões periódicas desta Resolução, conforme necessidades nas

áreas tecno-científica e ética. Ressalta-se, ainda, que cada área temática de investigação e

cada modalidade de pesquisa, além de respeitar os princípios emanados deste texto, devem

cumprir com as exigências setoriais e regulamentações específicas. (BRASIL, 1996).

Todavia, no desenvolvimento deste estudo, foram assegurados aos sujeitos da

pesquisa, o anonimato e o sigilo de suas informações em todas as etapas deste estudo, bem

como o direito de desistirem do estudo quando assim desejassem, mediante a assinatura do

consentimento livre e esclarecido. (BRASIL, 1996).

Como esta pesquisa envolveu pessoas, a proposta contemplou a informação, o

reconhecimento e a concordância (ou não) deles, quanto à pesquisa e suas implicações.

Dentre os principais aspectos éticos é necessário citar: o Termo de Consentimento

Livre e Esclarecido do Participante (Apêndice IV) e o Termo de Compromisso para

Utilização de Imagens do Sujeito da Pesquisa (Apêndice V).

No Termo de Consentimento Livre e Esclarecido do Participante, quanto às medidas

de proteção, as questões éticas incluem o direito a privacidade, o anonimato e o sigilo de

informações à dignidade no relacionamento, à autodeterminação, ao bem estar e à

possibilidade de desengajar-se da pesquisa a qualquer momento.

Foram fotografadas imagens dos sujeitos da pesquisa, garantindo a confidencialidade

das imagens destes, segundo o Termo de Compromisso para Utilização de Imagens dos

Sujeitos da Pesquisa. Sendo que as imagens coletadas foram utilizadas única e exclusivamente

para execução do projeto acima descrito.

Considerando que “a proteção dos direitos do ser humano é o compromisso

fundamental da construção do projeto, o pesquisador assume liderança moral no

desenvolvimento dessa cobertura ético-legal”. O respeito ético com a pesquisa torna-se

importante também para fornecer apoio e segurança ao pesquisador. (TRENTINI; PAIM,

1999).

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6 – ANALÍSE DOS DADOS

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Esta pesquisa teve como objetivo avaliar a utilização da planta medicinal “PATA DE

VACA” – Bauhinia forficata como complemento ao tratamento do paciente portador de

Diabetes mellitus tipo II, a partir de uma análise quali-quantitativa dos dados, coletados junto

a um grupo de 7 indivíduos que aceitaram participar da pesquisa, residentes na área de

abrangência da CIABS. Foi utilizado um histórico individual aplicado aos sujeitos de

pesquisa selecionados e a coleta de glicemia semanal com avaliação das taxas glicêmicas

antes e durante o uso do chá.

Ao concluir a coleta de dados tornou-se possível realizar a explanação dos resultados

obtidos e suas respectivas análises, correlacionando-os com a fundamentação teórica

apresentada. Os dados foram tabulados e utilizamos para a apresentação desta análise,

gráficos.

Para descrever os sujeitos desta pesquisa e manter o anonimato da identidade destes,

utilizamos pseudônimos para caracterização dos participantes, que foram denominados por

pedras preciosas tais como: Diamante, Quartzo, Esmeralda, Rubi, Safira, Ametista, Ágata.

6.1 ANÁLISE DO HISTÓRICO INDIVIDUAL PRÉ-ESTRUTURADO APLICADO AOS

SUJEITOS DE PESQUISA

Gráfico 01: Grau de escolaridade dos sujeitos de pesquisa

Grau de escolaridade

29%

42%

29%Ensino médiocompletoEnsino fundamentalincompletoAnalfabeto

Fonte: Histórico semi-estruturado da pesquisa sobre a utilização da planta medicinal

“PATA DE VACA” ao paciente portador de Diabetes mellitus tipo II

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Quanto à escolaridade dos sujeitos, observa-se no gráfico 01 acima, que 3 (três)

sujeitos da pesquisa, ou seja, 42% tem o ensino fundamental incompleto, 2 (dois) sujeitos de

pesquisa, ou seja, 29% são analfabetos e outros 2 sujeitos de pesquisa, ou seja, 29% tinham o

ensino médio completo. Podemos perceber que a maioria dos pesquisados possui a

escolaridade de nível fundamental incompleto. Com base nestes dados, direcionamos nosso

diálogo de uma maneira acessível aos sujeitos, facilitando o entendimento de todos,

considerando que muitos sujeitos tinham idade avançada e em tempos passados estes

começavam a trabalhar cedo, não se dedicando ao estudo, mas sim em ajudar a família.

Gráfico 02 – Estado civil dos sujeitos da pesquisa

Estado Civil

43%

57%

Casado(a)Viúvo(a)

Fonte: Histórico semi-estruturado da pesquisa sobre a utilização da planta medicinal

“PATA DE VACA” ao paciente portador de Diabetes mellitus tipo II

Quanto ao estado civil dos sujeitos de pesquisa, observamos que 57% eram viúvos e

43% casados, conforme o gráfico 02 acima, devido à idade avançada percebemos muitos

sujeitos sem seu parceiro, este fato em muitas ocasiões esta relacionado à dificuldade de

cuidados, neste caso 4 eram mulheres viúvas e 3 homens casados.

Gráfico 03 – Faixa etária dos sujeitos da pesquisa

Idade

43%

29%

14%14% 50-60 anos

61-70 anos71-80 anos81-90 anos

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Fonte: Histórico semi-estruturado da pesquisa sobre a utilização da planta medicinal “PATA DE VACA” ao paciente portador de Diabetes mellitus tipo II

Quanto à idade dos participantes da pesquisa, observa-se no gráfico 03 da página

anterior, que 3 (três) encontram-se em idade entre 50 a 60 anos representando 43%, 2 (dois)

entre 67 a 70 anos (29%), 1 (um) entre 71 a 80 anos (14%) e 1 (um) entre 81 a 90 anos (14%),

Observamos que a maioria dos sujeitos de pesquisa possui faixa etária idosa 57% (acima de

61 anos).

O diabetes é comum e de incidência crescente. Estima-se que, em 1995, atingia 4,0%

da população adulta mundial e que, em 2025, alcançará a cifra de 5,4%. A maior parte desse

aumento se dará em países em desenvolvimento, acentuando-se, nesses países, o padrão atual

de concentração de casos na faixa etária de 45-64 anos. No Brasil, no final da década de 1980,

estimou-se que o diabetes ocorria em cerca de 8% da população, de 30 a 69 anos de idade,

residente em áreas metropolitanas brasileiras. Essa prevalência variava de 3% a 17% entre as

faixas de 30-39 e de 60-69 anos. A prevalência da tolerância à glicose diminuída era

igualmente de 8%, variando de 6 a 11% entre as mesmas faixas etárias. Hoje se estima 11%

da população igual ou superior a 40 anos, o que representa cerca de 5 milhões e meio de

portadores. (BRASIL, 2006).

Gráfico 04 – Doenças crônicas que o sujeito de pesquisa possui além da DM tipo II.

Doenças crônicas além da diabetes mellitus tipo II

14%

58%

14%14%

Cardiopata

HAS

HAS/cardiopata

HAS/hipercolesterolemia

Fonte: Histórico semi-estruturado da pesquisa sobre a utilização da planta medicinal

“PATA DE VACA” ao paciente portador de Diabetes mellitus tipo II

Quanto às doenças crônicas, além da Diabetes Mellitus tipo II, podemos observar no

gráfico 04 acima que entre os 7 (sete) sujeitos de pesquisa, 4 (quatro) são portadores de

(HAS) hipertensão arterial sistêmica, ou seja, 58%, 1 (um) é portador de HAS e cardiopatia o

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que representa 14%, 1 (um) tem HAS e colesterol alto (hipercolesterolemia), ou seja, 14% e 1

(um) tem apenas cardiopatia além da diabetes mellitus tipo II o que representa 14%.

A história natural do diabetes é marcada pelo aparecimento de complicações crônicas,

geralmente classificadas como microvasculares – retinopatia, nefropatia e neuropatia – e

macrovasculares – doença arterial coronariana, doença cerebrovascular (AVC) e vascular

periférica. Todas são responsáveis por expressiva mobilidade com as taxas de mortalidade

cardiovascular e renal, cegueira, amputação de membros, perda de função e qualidade de vida

muito superior a indivíduos sem diabetes. As doenças isquêmicas cardiovasculares são mais

freqüentes e mais precoces em indivíduos com diabetes, comparativamente aos demais. Em

mulheres com diabetes, o efeito protetor tipicamente reconhecido para o gênero feminino,

desaparece. A sintomatologia das três grandes manifestações cardiovasculares – doença

coronariana, doença cerebrovascular e doença vascular periférica. A hipertensão arterial

sistêmica afeta a maioria dos portadores de diabetes. É fator de risco importante para a doença

coronariana e para as complicações microvasculares como a retinopatia e a nefropatia. A

recomendação atual é intensificar seu controle na presença de diabetes, de modo, a alcançar

níveis inferiores a 130/80 mmHg. (BRASIL, 2006).

Pacientes com diabetes tipo II têm uma maior prevalência de anormalidades lipídicas

que contribuem para taxas mais elevadas de doença arterial coronariana (DAC). Por isso, todo

paciente com risco de doença arterial coronariana acima de 20% deve receber um estatina,

independente do nível de colesterol LDL. O monitoramento do controle (colesterol LDL,

triglicerídeos e colesterol HDL). (BRASIL, 2006).

Gráfico 05 – Hipoglicemiantes orais usados pelos sujeitos de pesquisa.

Uso de Hipoglicemiantes orais

0% 14%

72%

14%Glibenclamida

Metformina

Glibenclamida eMetforminaNenhum

Fonte: Histórico semi-estruturado da pesquisa sobre a utilização da planta medicinal

“PATA DE VACA” ao paciente portador de Diabetes mellitus tipo II

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46

Quanto ao uso de hipoglicemiante orais podemos observar no gráfico 05, da página

anterior, que entre os 7 (sete) sujeitos de pesquisa, 5 (cinco) fazem o uso dos hipoglicemiantes

orais glibenclamida e metformina associados, ou seja, 72%, 1 (um) faz uso apenas de

metformina, o que representa 14%, Nenhum sujeito de pesquisa faz uso apenas de

glibenclamida, o que representa 0% e apenas 1 (um) não faz o uso de medicamentos

hipoglicemiantes orais o que representa 14%.

A metformina é o medicamento de escolha para a maioria dos pacientes com diabetes

tipo II. Isso porque o United Kingdom Prospective Diabetes Study (UKPDS) demonstrou que

o tratamento intensificado pela metformina reduz 29% das complicações microvasculares e

32% dos desfechos combinados do diabetes, porque a metformina não leva à hipoglicemia,

não promove ganho de peso, e metanálise recente da colaboração Cochrane sugere ser um

medicamento seguro a longo prazo. (BRASIL, 2006).

Com base nesta leitura, observamos que para o diabético tipo II é indicado o uso de

hipoglicemiantes orais que auxiliarão em seu tratamento e no controle da glicemia, pois já que

são portadores de diabetes mellitus tipo II, tem a produção de insulina, mas esta não exerce

sua função, que seria a captação de glicose para dentro das células, por isso o diabético tipo II

toma hipoglicemiantes orais, estes ajudarão a insulina a exercer seu papel de colocar a glicose

para dentro das células, já o diabético tipo I, não produz insulina nenhuma, por isso tem como

principal medicamento para o seu tratamento a insulina subcutânea.

Gráfico 06 – Tempo do diagnóstico de diabetes nos sujeitos de pesquisa

Tempo do diagnóstico de Diabetes

14%

14%

29%

43%

0-2 anos

3-5 anos

6-8 anos

9-11 anos

Fonte: Histórico semi-estruturado da pesquisa sobre a utilização da planta medicinal

“PATA DE VACA” ao paciente portador de Diabetes mellitus tipo II

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Quanto ao tempo do diagnóstico de diabetes mellitus tipo II, podemos observar no

gráfico 06, acima, que entre os 7 (sete) sujeitos de pesquisa apenas 1 (um) teve a diabetes

diagnosticada entre 0 a 2 anos atrás representando 14%, 1 (um) teve a diabetes diagnosticada

entre 3 a 5 anos atrás, representando 14%, outros 2 (dois) descobriram que eram portadores

de diabetes mellitus entre 6 a 8 anos atrás, ou seja, 29% , 3 (três) souberam que eram

diabético entre 9 a 11 anos atrás, representando 43%.

Cerca de 50% da população com diabetes não sabe que são portadores da doença.

Algumas vezes permanecendo não diagnosticados até que se manifestem sinais de

complicações. Por isso, testes de rastreamento são indicados para indivíduos assintomáticos

que apresentem maior risco da doença, apesar de não haver ensaios clínicos que documentem

o benefício resultante e a relação custo-efetividade ser questionável. Fatores indicativos de

maior risco são listados a seguir:

• Idade >45 anos.

• Sobrepeso (Índice de Massa Corporal IMC >25).

• Obesidade central (cintura abdominal >102 cm para homens e >88 cm para mulheres,

medida na altura das cristas ilíacas).

• Antecedente familiar (mãe ou pai) de diabetes.

• Hipertensão arterial (> 140/90 mmHg).

• Colesterol HDL >35 mg/dL e/ou triglicerídeos >150 mg/dL.

• Doença cardiovascular, cerebrovascular ou vascular periférica definida. (BRASIL, 2006)

Mesmo quando a glicemia de jejum for normal (< 110 mg/dL), pacientes com alto

risco para diabetes ou doença cardiovascular podem merecer avaliação por TTG. (BRASIL,

2006).

Gráfico 07 – Quantidade de sujeitos de pesquisa que praticam ou não atividade física

Fonte: Histórico semi-estruturado da pesquisa sobre a utilização da planta medicinal

“PATA DE VACA” ao paciente portador de Diabetes mellitus tipo II

Pratica Exercícios Físicos

43%

57%

Sim

Não

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Quanto à prática de exercícios físicos, podemos observar no gráfico 07, da página

anterior, que, entre os 7 (sete) sujeitos de pesquisa, apenas 3 (três) praticavam exercício físico,

como caminhada, o que representa 43%, outros 4 (quatros), equivalente a 57% não praticam

nenhum tipo de exercício físico, com isso se tornado mais susceptíveis a apresentarem taxa de

glicemia alterada, pois o exercício físico auxilia na redução dos níveis de glicemia, ajudando a

controlar a DM.

A prática regular de atividade física é indicada a todos os pacientes com diabetes, pois,

melhora o controle metabólico, reduz a necessidade de hipoglicemiantes, ajuda a promover o

emagrecimento nos pacientes obesos, diminui os riscos de doença cardiovascular e melhora a

qualidade de vida. Assim, a promoção da atividade física é considerada prioritária. Um

programa estruturado de atividade física em pacientes com diabetes deve partir de uma

prescrição individualizada de exercícios, de preferência acompanhada de demonstrações

práticas, em sessões formais (recomenda-se pelo menos duas) de condicionamento físico, nas

quais sejam contempladas todas as etapas que compõem uma sessão padrão de exercício,

incluindo aquecimento, parte principal e desaquecimento relaxamento (volta à calma). Na

ausência de contra-indicações, deve ser encorajada também a prática. (BRASIL, 2006).

Ao analisar os fatores de risco mais freqüentes, constata-se que a inatividade física, o

estresse e a obesidade (IMC) merecem destaque e isto é motivo de preocupação, pois já foi

confirmado que os indivíduos obesos e os que apresentam sobrepeso por um longo período de

tempo tendem a desenvolver o diabetes tipo ll.

Cavalcanti e Lira (1998, pg.76) referem que “os fatores ambientais, sociais e

psicológicos podem assumir um papel primário no desenvolvimento da obesidade”.

A obesidade é considerada o fator de risco mais importante para o desenvolvimento

do diabetes mellitus tipo ll, sendo que a sua prevalência é de 2,9 vezes maiores em pacientes

com excesso ponderal do que em pacientes com peso normal na faixa etária de 20 a 75 anos.

Em pacientes na faixa etária de 20 a 45 anos o risco é 3,8 vezes maior. A de exercício de

resistência 3 vezes por semana, nos principais grupos musculares.(CAVALCANTI; LIRA,

1998).

A inatividade física reduz a tolerância à glicose e favorece a obesidade. No que se

refere ao estresse, afirma-se que este pode levar à alteração dos níveis hormonais e

neuroreguladores, ocasionando desvio dos níveis de glicose sangüínea normal. (BRASIL,

1993).

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A este respeito, Mahan e Arlin (1995, pg.127) referem que “tanto a ansiedade mental

como a fisiológica podem diminuir a tolerância à glicose e precipitar o diabetes em pessoas

cuja tolerância já está em declínio”.

Gráfico 08 – Tratamento alternativo anterior

Tratamento alternativo anterior

43%

57%

Sim

Não

Fonte: Histórico semi-estruturado da pesquisa sobre a utilização da planta medicinal

“PATA DE VACA” ao paciente portador de Diabetes mellitus tipo II

Quanto a utilização de tratamento alternativo, o gráfico 08 acima, demonstra que entre

os 7 (sete) sujeitos de pesquisa, 4 (quatro), equivalente a 57% não utilizam tratamentos

alternativos, outros 3 (três), equivalente a 43%, utilizam tratamento alternativos para

auxiliarem no controle da diabete mellitus, sendo este tratamento a utilização de plantas

medicinais, como João Bolão, Graviola, Capim Limão, plantas indicadas por familiares,

amigos, que muitas vezes são passadas de geração à geração.

Apesar dos antidiabéticos orais e a insulina apresentarem efeitos eficazes na

terapêutica do DM, estes possuem efeitos colaterais que dificultam seu uso, além de seu

elevado custo, mesmo quando oferecidos gratuitamente pelo SUS, pois o governo também

compra o medicamento para a distribuição. A busca por plantas ou compostos naturais com

atividade antidiabética vem suprir a necessidade de novos compostos ativos, menos tóxicos e

possivelmente mais acessíveis à população. Há diversas plantas com potencial antidiabético

usadas desde os tempos mais remotos, tendo algumas seus efeitos já comprovados no controle

do DM. São necessárias mais pesquisas, incluindo as de controle toxicológico, para que se

possa oferecer a população medicamentos mais acessíveis, de qualidade, segurança e eficácia

comprovada. Há cerca de 800 plantas com potencial ação antidiabética no mundo, o que

mostra uma grande chance de serem descobertos novas possibilidades terapêuticas.

(BANDEIRA; FORTI, 1998).

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50

Gráfico 09 – Sujeitos de pesquisa com fatores hereditários para DM

Fonte: Histórico semi-estruturado da pesquisa sobre a utilização da planta medicinal

“PATA DE VACA” ao paciente portador de Diabetes mellitus tipo II

Quanto aos fatores hereditários para diabetes mellitus, o gráfico 09, acima, indica que

entre 7 (sete) sujeitos de pesquisa, 5 (cinco) sujeitos têm fator hereditário que as predispõem a

desenvolver a diabetes mellitus tipo II, representando 71% do gráfico. Com base neste dados,

observamos que este fator é muito importante já que mais de 50% dos sujeitos de pesquisa

apresentaram herança genética para o aparecimento da diabetes mellitus tipo II. Os outros 2

(dois) sujeitos de pesquisa, equivalente a 29% não tinham a herança genética como fator que

predispõem o aparecimento da diabetes mellitus tipo II, porém ambos tinham sobrepeso que é

um fator muito importante para desenvolver esta diabete.

Sabemos que o componente genético é forte, pois um paciente com história familiar

tem possibilidade de desenvolver a doença na proporção de 5 a 10 vezes mais em relação à

população geral. Segundo Brasil (1993, pg.37), familiares de primeiro grau de diabéticos tipo

ll apresentam de duas a seis vezes mais chance de vir a desenvolver diabetes do que pacientes

sem história familiar.

No que se refere à hereditariedade, 50,5% afirmaram ter familiares com diabetes. A

população foi constituída por 142 pessoas e 49,5% que não referem. Dentre os primeiros,

20,2% relatam ter familiares de primeiro grau portadores da doença. Sabemos que familiares

de primeiro grau de diabéticos tipo ll apresentam de duas a seis vezes mais chance de vir a

desenvolver diabetes do que controles sem história familiar. Também no diabetes tipo ll o

componente genético é forte, o que é demonstrado pela possibilidade cinco a dez vezes maior

de um paciente com história familiar desenvolver a doença em relação à população geral,

havendo concordância de 90% em gêmeos univitelinos. (BANDEIRA; FORTI , 1998).

Fatores hereditários para Diabetes mellitus

71%

29%

Sim

Não

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Gráfico 10 – Grau de parentesco dos sujeitos de pesquisa que possuem fatores hereditários para diabetes mellitus

Grau de parentesco dos familiares com Diabetes Mellitus

20%

20%40%

20%

Pai e Mãe

Pai, Mãe e irmão

Irmão

Filha

Fonte: Histórico semi-estruturado da pesquisa sobre a utilização da planta medicinal

“PATA DE VACA” ao paciente portador de Diabetes mellitus tipo II

Quanto ao grau de parentesco dos familiares com diabetes mellitus, o gráfico 10,

acima, indica que, entre os 5 (cinco) sujeitos de pesquisa que possuem fatores hereditários

para diabetes mellitus, conforme demonstrado no gráfico 09, 2 (dois) destes tem irmão que

tem diabetes melittus, representando 40%, 1 (um) tem o pai e a mãe como portadora de

diabetes mellitus, representando outros 20%, 1 (um) tem pai, mãe e irmão com diabetes

mellitus o que representa 20%, e 1 (um) tem a filha como sendo portadora de diabetes

mellitus. Com base neste dados, podemos observar que o fator familiar é um fator de risco

importante para diabetes mellitus. Segundo Bandeira e Forti (1998, pg.48) no diabetes tipo II o componente genérico é forte, o que é demonstrado pela possibilidade cinco a dez vezes maior de um paciente com história familiar desenvolver a doença em relação à população geral, havendo concordância de 90% em gêmeos uni vitelinos.

Assim, os fatores ambientais que levam à obesidade e ao sedentarismo têm importante

interação com a susceptibilidade genética, aumentando a resistência à insulina e causando

maior risco para o desenvolvimento de diabetes, que se intensifica com o avançar da idade.

Estes autores ainda referem que a distribuição de gordura, nesses pacientes, tendendo à

obesidade central assim como a predisposição genética à obesidade, são fatores considerados

importantes, pois contribuem para o aparecimento do diabetes mellitus tipo II. Se por si só o

componente genético é um fator relevante para o desencadeamento do diabetes mellitus, a

situação é mais preocupante quando ele se associa à inatividade física e estresse.

(BANDEIRA; FORTI, 1998).

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Gráfico 11 – Número de refeições diárias realizadas pelos sujeitos de pesquisa

Número de refeições diárias

43%

57%

Três

Quatro

Fonte:Histórico semi-estruturado da pesquisa sobre a utilização da planta medicinal

“PATA DE VACA” ao paciente portador de Diabetes mellitus tipo II

Quanto ao número de refeições diárias, o gráfico 11, acima, indica que entre 7 (sete)

sujeitos de pesquisa, 3 (três) fazem em média três refeições diárias, ou seja, café da manhã,

almoço e janta, o que representa 43%, os outros 4 (quatro), ou seja 57%, fazem em média

quatros refeições diárias, entre café da manhã, almoço, jantar e um lanche antes de dormir.O

que podemos observar é que muitas destas refeições são ricas em carboidratos o que ajuda a

aumentar sua taxa de glicemia e conseqüentemente ocorre a descompensação da diabete e os

agravos do quadros clínico.

A terapia nutricional é parte fundamental do plano terapêutico da diabetes, podendo

reduzir a hemoglobina glicada entre 1-2%. Baseia-se nos mesmos princípios básicos de uma

alimentação saudável (BRASIL, 2006).

A diabetes mellitus atualmente é considerado uma das principais doenças crônicas que

afetam o homem contemporâneo e sua importância vem crescendo em decorrência de vários

fatores. Dentre estes destacamos mudanças de estilo de vida tradicional para moderno,

inatividade física e obesidade. Nesta direção a ansiedade mental e fisiológica pode diminuir a

tolerância à glicose, como também precipitar o diabetes em pessoas cuja tolerância já está em

declínio. Desse modo, o estresse no ambiente de trabalho pode contribuir para o aparecimento

desta doença, exigindo das instituições revisão das diretrizes que norteiam o trabalho.

(MAHAN; ARLIN, 1995)

Ao analisar os fatores de risco mais freqüentes constata-se que a inatividade física, o

estresse e a obesidade (IMC) merecem destaque e isto é motivo de preocupação, pois Mahan e

Arlin (1995, pg.121) confirmaram que os indivíduos obesos e os que apresentam sobrepeso,

por um longo período de tempo tendem a desenvolver o diabetes tipo II.

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Cavalcanti e Lira (1998, pg.39) referem que os fatores ambientais, sociais e

psicológicos podem assumir um papel primário no desenvolvimento da obesidade.

A obesidade é considerada o fator de risco mais importante para o desenvolvimento do

diabetes mellitus tipo ll, sendo que a sua prevalência é de 2,9 vezes maior em pacientes com

excesso ponderal do que em pacientes com peso normal na faixa etária de 20 a 75 anos. Em

pacientes na faixa etária de 20 a 45 anos o risco é 3,8 vezes maior.(CAVALCANTI; LIRA,

1998).

Gráfico 12 – Peso dos sujeitos de pesquisa

Peso dos sujeitos de pesquisa

14%

44%14%

14%0%0%

14%

60-70Kg70 - 80Kg80 - 90Kg90-100Kg100-110Kg110-120Kg120-130Kg

. Fonte: Histórico semi-estruturado da pesquisa sobre a utilização da planta medicinal

“PATA DE VACA” ao paciente portador de Diabetes mellitus tipo II

Quanto ao peso dos sujeitos de pesquisa, o gráfico 12, acima, entre os 7 (sete) sujeitos

de pesquisa, 1 (um) tem peso entre 60 e 70 Kg o que representa 14%, 3 (três) tem o peso entre

70 e 80 Kg, o que representa 44%, 1 (um) está com o peso entre 80 e 90 Kg, representando

14%, 1 (um) está com seu peso entre 90 e 100 Kg, o que representa 14%, não há nenhum

sujeito de pesquisa com o peso entre 100 e 120 Kg, o que representa 0% e 1 (um) sujeito de

pesquisa está pesando entre 120 e 130 Kg, representando 14%.

Com base nestes dados, podemos observar que a maioria dos sujeitos de pesquisa está

com o seu peso acima do desejado: Segundo Brasil (2006, pg.15) mudanças de estilo de vida reduziram 58% da incidência de diabetes em 3 anos. Essas mudanças visavam discreta redução de peso (5-10% do peso), manutenção do peso perdido, aumento da ingestão de fibras, restrição energética moderada, restrição de gorduras, especialmente as saturadas.

Conforme podemos verificar, o sobrepeso é uma das principais causas para o

aparecimento de diabetes mellitus tipo II, e também para o surgimento de inúmeras outras

patologias, o que indica que manter uma dieta equilibrada, além de reduzir o risco de adquirir

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o diabetes mellitus tipo II, também pode estar reduzindo o risco de quem já é diabético estar

adquirindo novas patologias, e evitando assim complicações clínicas.

Gráfico 13 – Altura dos sujeitos de pesquisa

Fonte: Histórico semi-estruturado da pesquisa sobre a utilização da planta medicinal

“PATA DE VACA” ao paciente portador de Diabetes mellitus tipo II

Quanto a altura dos sujeitos de pesquisa, o gráfico 13, acima, indica que entre 7 (sete)

sujeitos de pesquisa, 1 (um) tem altura média entre 1,41 cm e 1,50 cm, representando14%,

outro 1 (um) tem altura média entre 1,51 cm e 1,60 cm, representando 14%, outros 2 (dois)

tem altura média entre 1,61 cm e 1,70 cm, representando 29% e outros 3 (três) têm altura

média entre 1,71 cm e 1,80 cm, representando 43%.

Gráfico 14 – Índice de massa corpórea

Fonte: Histórico semi-estruturado da pesquisa sobre a utilização da planta medicinal

“PATA DE VACA” ao paciente portador de Diabetes mellitus tipo II

Indice de massa corpórea

14%

14%

58%

14% 19,1-25,8

25,9-27,3

27,3-32,3

>32,3

Altura

14%

14%

29%

43%

1,41-1,50m

1,51-1,60m

1,61-1,70m

1,71-1,80m

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Com base nos dados dos gráficos 12 e 13, avaliamos os respectivos (IMC) índice de

massa corpórea, entre os 7 (sete) sujeitos de pesquisa, representados no gráfico 14 acima: 1

(um) apresenta o seu IMC entre 19,1 a 25,8, ou seja, 14%, 1 (um) apresenta seu IMC entre

25,9 a 27,3 ,ou seja, 14%, outros 4 (quatro) apresentam IMC entre 27,3 a 32,3 ,ou seja , 58%

e 1 (um) apresenta seu IMC maior que 32,3, ou seja, 14%.

Podemos analisar que 72% dos sujeitos de pesquisa estão com seus IMC acima de

27,3Kg/m2 , o que predispõem o aparecimento da diabetes mellitus tipo II, mas também que

estes pacientes têm obesidade como fator predominante o que predispõem o agravo da

patologia. Segundo American diabetes association (1997), quando o índice de massa corporal

for maior ou igual a 27,3Kg/m2, este constitui em um dos critérios para investigar diabetes

mellitus em indivíduos assintomáticos. Considerando que a obesidade é um importante fator

de risco para o diabetes tipo II, sendo que, sua freqüência é três vezes maior para o

desenvolvimento desta doença, este dado, por si só, justifica a necessidade de programa de

educação para esta população, através dos próprios profissionais da saúde a ela pertencente.

As alterações na estrutura da dieta, associadas às mudanças econômicas, sociais e

demográficas e suas repercussões na saúde populacional, vêm sendo observadas em diversos

países em desenvolvimento.

Conforme Monteiro et al. (2000, pg.59), no período entre 1988 e 1996, observaram-se um aumento do consumo de ácidos graxos saturados, açúcares e refrigerantes, em detrimento da redução do consumo de carboidratos complexos, frutas, verduras e legumes, nas regiões metropolitanas do Brasil.

Dados sobre o consumo de ácidos graxos "trans", encontrados principalmente nas

margarinas, alimentos tipo fast-foods e outros produtos industrializados, ainda são escassos.

Entretanto, entre 1962 e 1988 o consumo de margarina no Brasil subiu de 0,4 para 2,5% do

total de calorias. Observou-se também, um incremento da densidade energética, favorecido

pelo maior consumo de carnes, leite e derivados ricos em gorduras. (MONDINI;

MONTEIRO, 1995).

A crescente substituição dos alimentos in natura ricos em fibras, vitaminas e minerais,

por produtos industrializados, associada a um estilo de vida sedentária, favorecido por

mudanças na estrutura de trabalho e avanços tecnológicos compõem um dos os principais

fatores etiológicos da obesidade. (BARRETO e CYRILLO, 2001).

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56

Gráfico 15 – Comparação do peso dos sujeitos de pesquisa antes e após o uso do

chá de Pata de vaca.

Comparação do peso dos sujeitos de pesquisa antes e após o uso do chá

8598

130

73 77 74 6783 94

126

77 76 69 67

020406080

100120140

Diamant

e

Quartzo

Esmera

lda Rubi

Safira

Ametista

Àgata

Peso

em

Kg

Antes douso do chá

Após ouso do chá

Fonte: Histórico semi-estruturado da pesquisa sobre a utilização da planta medicinal “PATA DE VACA” ao

paciente portador de Diabetes mellitus tipo II

Conforme o gráfico 15, acima, podemos observar a comparação do peso dos sujeitos

de pesquisa de antes e após o uso do chá de “PATA DE VACA”, Diamante, antes de usar o

chá estava com 85Kg e após o uso do chá estava com 83Kg; Quartzo, antes de usar o chá

estava com 98Kg e após o uso do chá chegou a 94Kg; Esmeralda, antes de usar o chá estava

com 130Kg e após o uso do chá estava com 126Kg; Rubi, antes de usar o chá estava com

73Kg e após o uso do chá estava com 77Kg; Safira, antes do uso do chá estava com 77Kg e

após o uso do chá estava com 76Kg; Ametista. antes de usar o chá estava com 74Kg e após o

uso do chá estava com 69Kg; e Ágata manteve o mesmo peso antes e após o uso do chá,

permanecendo com 67Kg.

O que podemos observar é que dos 7 sujeitos de pesquisa, 5 deles apresentaram

redução em seu peso corporal, certamente devido ao uso do chá que, além da propriedade

hipoglicemiante, também é diurético e, em conjunto com as atividades de educação em saúde

que estes praticaram, relativos a uma alimentação mais balanceada e a prática de exercícios

físicos, vieram a ter uma pequena redução em seu peso corporal, 1 dos sujeitos de pesquisa

não teve alteração em seu peso corporal e apenas 1 deles obteve aumento do peso corporal,

que foi Rubi, sendo que este não fez o uso do chá corretamente, conforme será descrito mais

abaixo.

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57

6.2 ANÁLISE DOS REGISTROS DE TAXAS GLICÊMICAS DOS SUJEITOS DE

PESQUISA

Gráfico 16 – Comparação da taxa glicêmica de Diamante antes e durante o uso do chá

Comparação da taxa glicêmica antes e durante o uso do chá

266

134

235271

164

267

104125 131 135

107 123

0

50

100

150

200

250

300

HGT-1 HGT-2 HGT-3 HGT-4 HGT-5 HGT-6

Taxa

de

glic

ose

no sa

ngeu

em

mg/

dl

Antesdo usodo chá

Duranteo usodo chá

Fonte: Tabela dos resultados da taxa glicêmica

Conforme o gráfico acima, podemos observar a comparação da taxa glicêmica de

Diamante antes do uso do chá (A.C), onde teve variações entre 134 e 271 mg/dl e durante o

uso do chá (D.C), onde sua taxa glicêmica teve variações entre 104 e 135mg/dl, sendo que

foram realizadas semanalmente 6 coletas de glicemia capilar antes do uso do chá e 6 coletas

de glicemia capilar durante o uso do chá.

O sujeito de pesquisa, Diamante, seguiu corretamente todas as instruções orientadas,

tanto no que se relaciona à alimentação, à prática de exercício físico e ao uso correto do chá

de “PATA DE VACA”, tomando este durante os 45 dias, 30 minutos após as três principais

refeições diárias, não houve nenhuma falha nos horários e nos dias em que deveriam ser

tomado o chá.

O que podemos verificar é que a taxa glicêmica teve uma redução, antes do uso do chá

sua glicemia permanecia no nível de 250 mg/dl e após a ingesta terapêutica do chá sua

glicemia reduziu permanecendo no nível médio de 120 mg/dl, demonstrando assim que o uso

correto do chá de “PATA DE VACA” juntamente com uma alimentação balanceada e a

prática de exercícios físicos, obteve um resultado expressivo em Diamante. Este, durante a

pesquisa não relatou ou apresentou qualquer efeito colateral relativo ao uso do chá da planta

medicinal.

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Gráfico 17 – Comparação entre as taxas glicêmicas de Quartzo antes e durante o uso do chá

Comparação da taxa glicêmica antes e durante o uso do chá

176208

171148 156

136112 123 135

62

129 138

0

50

100

150

200

250

HGT-1 HGT-2 HGT-3 HGT-4 HGT-5 HGT-6

Taxa

de

glic

ose

no sa

ngeu

em

mg/

dl

Antesdo usodo chá

Duranteo usodo chá

Fonte: Tabela dos resultados da taxa glicêmica

Conforme o gráfico acima, podemos observar a comparação da taxa glicêmica de

Quartzo antes do uso do chá (A.C), onde sua glicemia se apresentava superior chegando a

atingir nível acima de 200 mg/dl, e após a ingestão do chá, onde sua glicemia reduziu, não

ultrapassando de 138 mg/dl.

Quartzo seguiu as orientações repassadas durante toda a coleta de dados, tomou o chá

durante os 45 dias, 3 vezes ao dia, 30 minutos após as principais refeições, e procurou seguir

uma alimentação balanceada, conforme sugerimos, porém não desempenhou atividade física ,

devido a um problema colaborativo músculo-esquelético no membro inferior esquerdo que o

impedia de realizar atividade física, algumas vezes o impedia até de deambular, devido à dor

provocada com a movimentação do membro. Mesmo com este impedimento, Quartzo obteve

um resultado expressivo, conforme demonstrado no gráfico acima, sendo que obteve taxas

glicêmicas controladas durante o uso do chá, tendo em vista que todas as glicemias capilares

colhidas deste foram realizadas em período pós-prandial. Quartzo não relatou ou apresentou

qualquer efeito colateral relativo ao uso do chá de “PATA DE VACA”.

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Gráfico 18 – Comparação entre as taxas glicêmicas de Esmeralda antes e durante o uso do chá

Comparação da taxa glicêmica antes e durante o uso do chá

350380

209 217

289338

215

282

56

200224 221

050

100150200250300350400

HGT-1 HGT-2 HGT-3 HGT-4 HGT-5 HGT-6

Taxa

de

glic

ose

no sa

ngeu

em

mg/

dl

Antesdo usodo chá

Duranteo usodo chá

Fonte: Tabela dos resultados da taxa glicêmica

Conforme o gráfico acima, podemos observar a comparação da taxa glicêmica de

Esmeralda antes do uso do chá (A.C) e durante o uso do chá (D.C), sua glicemia se

apresentava sempre alta chegando ao pico de 380 mg/dl, com o uso do chá sua glicemia

reduziu em todas as semanas chegando a 200 mg/dl, em uma das semanas sua glicemia

diminuiu para 56 mg/dl, pois neste dia Esmeralda ainda estava em jejum no momento da

verificação da taxa glicêmica e por isso apresentou este valor bem baixo, comparado as suas

taxas glicêmicas habituais.

Esmeralda tomou o chá corretamente durante os 45 dias, sem nenhuma falha, porém

não seguiu as recomendações relativas a alimentação para diabéticos corretamente, pois em

determinados dias relatou a nós que havia exagerado um pouco na alimentação, além disso,

Esmeralda, que já possuía uma vida sedentária, também não se deteve a prática de atividades

físicas. Mesmo não seguindo rigidamente as nossas orientações, Esmeralda apresentou uma

redução expressiva de taxa glicêmica durante o uso do chá, porém não atingiu o valor normal

da taxa glicêmica, haja vista que Esmeralda possuía taxas glicêmicas altas antes do uso do

chá. No início do uso do chá, Esmeralda relatou tontura que possivelmente refere-se

indiretamente ao uso do chá de “PATA DE VACA”, já que Esmeralda apresentou uma

redução muito grande em sua glicemia e seu organismo já estava adaptado a taxas glicêmica

muito elevadas. Percebemos que o paciente diabético tem que lidar diariamente com a taxa de

glicemia, conhecendo os sinais e sintomas da alteração glicêmica bem como os seus riscos,

portanto consideramos importante o acompanhamento profissional.

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Gráfico 19 – Comparação entre as taxas glicêmicas de Rubi antes e durante o uso do chá

Comparação da taxa glicêmica antes e durante o uso do chá

184 180

261

129 130 122135 126

202

147

95

221

0

50

100

150

200

250

300

HGT-1 HGT-2 HGT-3 HGT-4 HGT-5 HGT-6Taxa

de

glic

ose

no sa

ngue

em

mg/

dlAntes douso do chá

Após o usodo chá

Apósinterrupçãodo uso dochá

Fonte: Tabela dos resultados da taxa glicêmica

Conforme o gráfico acima, podemos observar a comparação da taxa glicêmica de Rubi

antes do uso do chá (A.C) onde chegou a apresentar pico de 261Mg/dl e durante o uso do chá

(D.C), onde a taxa glicêmica manteve-se estável e dentro dos resultados normais, porém Rubi

interrompeu o uso do chá e após isto apresentou taxas glicêmicas descompensadas atingindo o

pico de 221mg/dl.

Rubi fez uso do chá por apenas duas semanas, durante a pesquisa Rubi realizou uma

consulta com seu médico que solicitou exames laboratoriais de controle, e como o resultado

de alguns exames deram alterados, seu médico o aconselhou a cessar o uso do chá pelo menos

momentaneament,e até a realização de novos exames para averiguar se as alterações nos

exames poderiam ter alguma ligação com o uso do chá. Até o final da pesquisa, os resultados

dos novos exames não haviam retornado. Rubi foi orientado para cessar o uso do chá

definitivamente. Mesmo com o acaso ocorrido, foram realizadas as visitas domiciliares à Rubi

semanalmente, verificando a sua taxa glicêmica, Rubi seguiu as orientações no que diz

respeito à alimentação e à prática de atividades físicas, porém só fez o uso do chá por 14 dias.

O que podemos verificar é que durante o período em que fez o uso do chá, Rubi apresentou

uma redução da taxa glicêmica, em comparação com a taxa glicêmica antes do uso do chá,

porém nas quatro avaliações seguidas Rubi apresentou taxas glicêmicas desordenadas,

variando de níveis normais a níveis altos, não mantendo uma taxa glicêmica regular,

conforme podemos verificar nos outros sujeitos de pesquisa.

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Gráfico 20 – Comparação entre as taxas glicêmicas de Safira antes e durante o uso do chá

Comparação da taxa glicêmica antes e durante o uso do chá

326

170

229

145186

238

177

112

176131 117 117

050

100150200250300350

HGT-1 HGT-2 HGT-3 HGT-4 HGT-5 HGT-6

Taxa

de

glic

ose

no sa

ngeu

em

mg/

dl

Antesdo usodo chá

Duranteo usodo chá

Fonte: Tabela dos resultados da taxa glicêmica

Conforme o gráfico acima, podemos observar a comparação da taxa glicêmica de

Safira antes do uso do chá (A.C), onde obteve taxas glicêmicas variando entre 145 e 326

mg/dl e com a utilização do uso do chá (D.C), onde apresentou taxas glicêmicas variando

entre 112 e 177mg/dl.

Safira fez o uso corretamente do chá, conforme o recomendado por nós, tomou por 45

dias consecutivos, sem nenhuma falha, procurou seguir a dieta indicada, relatou que de vez

em quando comia excessivamente bananas, praticava atividade física raramente. Ao analisar o

gráfico acima, podemos verificar que Safira apresentou uma redução significante da taxa

glicêmica durante o uso do chá, que a maioria das taxas glicêmicas que foram colhidas

durante o uso do chá apresentaram um valor dentro dos parâmetros normais, bem diferente do

que acontecia antes do uso do chá, conforme visualização do gráfico. Safira referiu cefaléia e

vertigem durante os primeiros dias de uso do chá, porém não consideramos como efeitos

colaterais do chá de “PATA DE VACA”, já que na referência utilizada é abortada a

possibilidade de causar efeitos colaterais, além de que, Safira nos relatou que já teve

labirintite, o que nos levou a acreditar que os sintomas poderiam estar associados a esta

patologia, Safira foi orientada quanto às hipóteses dos sintomas estarem associados ao uso do

chá.

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Gráfico 21 – Comparação entre as taxas glicêmicas de Ametista antes e durante o uso do chá

Comparação da taxa glicêmica antes e durante o uso do chá

124

252228

298 295

163135

168126

257235

125

050

100150200250300350

HGT-1 HGT-2 HGT-3 HGT-4 HGT-5 HGT-6

Taxa

de

glic

ose

no sa

ngeu

em

mg/

dl

Antesdo usodo chá

Duranteo usodo chá

Fonte: Tabela dos resultados da taxa glicêmica

Conforme o gráfico acima, podemos observar a comparação da taxa glicêmica de

Ametista antes do uso do chá (A.C), onde apresentou taxas glicêmicas com valores entre 124

e 298mg/dl sendo que a maioria com valores acima de 200mg/dl e durante o uso do chá

(D.C), onde apresentou taxas glicêmicas com valores variando entre 125 e 257mg/dl, sendo

que somente duas das seis taxa glicêmicas ultrapassaram o valor de 200mg/dl.

Ametista seguiu as nossas instruções utilizando o chá de forma correta durante os 45

dias, manteve uma alimentação balanceada, porém não exerce atividades físicas, até devido à

idade avançada. Conforme o gráfico acima, pode-se analisar que dentre as comparações,

Ametista conseguiu resultados favoráveis no que diz respeito à diminuição da taxa glicêmica,

com exceção da primeira comparativa, na qual a taxa glicêmica antes do uso do chá foi

inferior a taxa glicêmica durante o uso do chá, Ametista não atingiu uma taxa glicêmica

dentro dos valores normais em todas as coletas durante o uso do chá, mais obteve uma

redução significativa nas comparações. Não tivemos nenhum relato de Ametista no que diz

respeito a possíveis efeitos colaterais decorrentes do uso do chá.

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Gráfico 22 – Comparação entre as taxas glicêmicas de Ágata antes e durante o uso do chá

Comparação da taxa glicêmica antes e durante o uso do chá

221

144 149

110 118

160147 145 148111

139 149

0

50

100

150

200

250

HGT-1 HGT-2 HGT-3 HGT-4 HGT-5 HGT-6

Taxa

de

glic

ose

no sa

ngeu

em

mg/

dl

Antesdo usodo chá

Duranteo usodo chá

Fonte: Tabela dos resultados da taxa glicêmica

Conforme o gráfico acima, podemos observar a comparação da taxa glicêmica de

Ágata antes do uso do chá (A.C), onde apresentou valores entre 111 e 221mg/dl, sendo que na

maioria das taxas glicêmicas apresentou valores próximos à 140mg/dl, e durante o uso do chá

(D.C), onde apresentou taxas glicêmicas com poucas variações, desde 110 a 149mg/dl.

Ágata fez o uso corretamente do chá, conforme as nossas orientações, porém já fazia

uso continuo de fitoterápicos utilizados como hipoglicemiantes e para outras funções. Ágata

procurou manter uma dieta equilibrada durante a coleta dos dados.

Nas comparativas de taxas glicêmicas, visualizadas no gráfico acima, podemos

analisar que Ágata não obteve um resultado tão expressivo quanto os outros sujeitos de

pesquisa, sendo que em três comparativas a taxa glicêmica antes e durante o uso do chá foram

quase as mesmas, em uma comparativa obteve um resultado pouco expressivo com apenas

11mg/dl de diferença entre as taxas glicêmicas de antes e durante o uso do chá, em outra

comparativa apresentou uma redução significativa, porém em 1 comparativa a taxa glicêmica

durante o uso do chá chegou a ser maior do que a taxa glicêmica antes do uso do chá.

Podemos levar em conta que este resultado não tão significante das taxas glicêmicas

de Ágata possam ter se dado devido ao uso continuo de fitoterápicos, já utilizava chá de João

Bolão que possui propriedades hipoglicemiantes, pois podemos perceber que mesmo antes do

uso do chá de “Pata de vaca” ágata já apresentava taxas glicêmicas dentro ou bem próximas

do nível normal.

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Gráfico 23 – Comparação entre as médias das taxas glicêmicas dos sujeitos de pesquisa de

antes e durante o uso do chá

Comparação entre as taxas glicêmicas dos sujeitos de pesquisa antes e durante o uso do chá

222164

297

164215 226

150120 116

199154 138

174139

050

100150200250300350

Diaman

te

Quartzo

Esmera

lda Rubi

Safira

Ametista

Àgata

Taxa

glic

êmic

a em

mg/

dl

Antesdo usodo chá

Duranteo usodo chá

Fonte: Tabela dos resultados da taxa glicêmica

Conforme o gráfico acima, podemos verificar a comparação entre as médias das taxas

glicêmicas dos sujeitos de pesquisa antes do uso do chá e durante o uso do chá, pode se

verificar que Diamante apresentou uma média de taxa glicêmica de 222mg/dl antes do uso do

chá contra 120mg/dl durante o uso do chá, Quartzo apresentou uma média de taxa glicêmica

de 164mg/dl antes do uso do chá contra 116mg/dl durante o uso do chá, Esmeralda apresentou

uma média de taxa glicêmica de 297mg/dl antes do uso do chá contra 199mg/dl durante o uso

do chá, Rubi apresentou uma média de taxa glicêmica de 164mg/dl antes do uso do chá contra

154mg/dl durante o uso do chá, Safira apresentou uma média de taxa glicêmica de 215mg/dl

antes do uso do chá contra 138mg/dl durante o uso do chá, Ametista apresentou uma média de

taxa glicêmica de 226mg/dl antes do uso do chá contra 174mg/dl durante o uso do chá e

Ágata apresentou uma média de taxa glicêmica de 150mg/dl antes do uso do chá contra

139mg/dl durante o uso do chá.

Analisando o gráfico acima, podemos verificar que, dentre os sete sujeitos de

pesquisa, cinco demonstraram resultados significantes no que diz respeito à diminuição da

taxa glicêmica com o uso do chá de “PATA DE VACA” e dois sujeitos de pesquisa

apresentaram resultados pouco expressivos, dentre estes dois sujeitos de pesquisa Rubi fez o

uso do chá de “PATA DE VACA” por apenas 14 dias o que certamente o levou a não atingir

um resultado significante ao fim da pesquisa, e Ágata já fazia uso freqüente de fitoterápicos

que auxiliam no controle da diabetes. Podemos visualizar que antes mesmo de tomar o chá de

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“PATA DE VACA” Ágata já possuía uma taxa glicêmica bem próxima dos valores normais,

podemos considerar este fator como a principal causa para Ágata não ter atingido resultados

tão significantes quantos os outros sujeitos de pesquisa.

Outra análise que podemos verificar neste gráfico é que antes do uso do chá, todos os

sete sujeitos de pesquisa possuíam uma média de taxa glicêmica superior ao valor normal de

uma taxa glicêmica pós-prandial que é de 140mg/dl. O que podemos verificar nas médias de

taxa glicêmica durante o uso do chá é que quatro sujeitos de pesquisas obtiveram médias

dentro desta faixa de normalidade e este é mais um dado que nos demonstra a eficiência do

chá de “PATA DE VACA” como auxilio no tratamento ao paciente diabético tipo II.

Gráfico 24 – Percentual de redução da taxa glicêmica dos sujeitos de

pesquisa após o uso do chá

Percentual de redução da taxa glicêmica dos sujeitos de pesquisa

46%

29%32%6%

35%

23% 7%DiamanteQuartzoEsmeraldaRubiSafiraAmetistaAgata

Fonte: Tabela dos resultados da taxa glicêmica

Quanto ao percentual de redução da taxa glicêmica dos sujeitos de pesquisa que foi

calculado baseando-se nas médias glicêmicas de antes e durante o uso do chá de “Pata de

vaca”, podemos verificar que Diamante teve uma redução de 46% na taxa glicêmica após o

uso do chá, Quartzo obteve uma redução de 29% na taxa glicêmica, Esmeralda teve uma

redução de 32%, Rubi teve uma redução de 6%, Safira alcançou uma redução na taxa

glicêmica de 35%, Ametista teve uma redução de 23% e Ágata obteve uma redução de 7% em

sua taxa glicêmica após o uso do chá.

Ao analisar este gráfico podemos concluir que todos os 7 sujeitos de pesquisa

atingiram algum nível de redução na taxa glicêmica, porém dentre estes alguns se destacaram

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como Diamante, que além de tomar corretamente o chá conforme a orientação, manteve uma

dieta balanceada e praticou atividades físicas, além de continuar tomando sua medicação

hipoglicemiante o que o fez diminuir a sua taxa glicêmica em 46%. Utilizando como

comparativo, podemos citar o caso de Rubi que não tomou o chá conforme as instruções,

tendo que cessar o uso duas semanas após o inicio do mesmo, Rubi mesmo mantendo uma

dieta balanceada atingiu apenas uma redução de 6% em sua taxa glicêmica. Como podemos

verificar a utilização do chá de “PATA DE VACA” utilizada como complemento ao

tratamento do paciente diabético trouxe resultados satisfatórios, demonstrando assim que a

utilização correta deste fitoterápico, associada ao tratamento convencional pode estar

melhorando a qualidade de vida deste individuo, já que a taxa glicêmica mostrou-se bem

reduzida, diminuindo assim as possibilidades de possíveis complicações atribuídas ao

portador de Diabetes Mellitus tipo II.

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7 – CONSIDERAÇÕES FINAIS

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Esta pesquisa buscou respeitar o ser humano de forma ética e profissional, sendo ele

parte de uma sociedade onde existem normas e expectativas sustentadas individualmente ou

coletivamente, com a família. Buscamos através desta pesquisa está contribuindo de alguma

maneira para uma melhor qualidade de vida dos portadores do Diabetes mellitus Tipo II, já

que, se não houver um controle desta patologia, podem ocorrer várias conseqüências que

influenciariam de forma significante no estilo de vida deste individuo.

Foram identificados nesta pesquisa dados civis, sociais e relativos a patologia do

individuo como idade, grau de escolaridade, estado civil, peso, altura, tempo de diagnóstico

da patologia, entre outros. A identificação destes dados nos possibilitou analisar de forma

mais específica o caso de cada um dos sujeitos de pesquisa interferindo assim no resultado

final desta. Observamos que as pessoas selecionadas que estavam com a taxa glicêmica

alterada tinham hábitos de vida não muito saudáveis o que interfere diretamente neste

resultado, a nossa interferência relativa a estes dados foi através da educação em saúde

orientando hábitos saudáveis a serem seguidos e assim evitando possíveis complicações. Nas

visitas domiciliares, podemos interagir de perto com os sujeitos da pesquisa em seu convívio

familiar e conhecer seus hábitos diários.

Quanto ao uso de tratamento alternativo, dos 7 sujeitos, 3 já utilizavam alguma forma

deste tratamento, enquanto 4 não tinham este hábito. A inserção do uso do chá de “PATA DE

VACA” no dia – a – dia destas pessoas ocorreu de maneira tranqüila, após a entrega de um

folder e de uma explicação simples e clara todos aceitaram e entenderam como seria a

utilização do chá. Dos 7 sujeitos, apenas 1 não fez o uso conforme a indicação que era de

utilizar o chá por 45 dias consecutivos, mas a sua desistência ocorreu devido a alterações em

exames laboratoriais na qual sua médica achou que era melhor suspender o uso pelo menos

até a realização de novos exames.

Dentre os 6 sujeitos de pesquisa que utilizaram o chá, conforme havíamos indicados,

todos apresentaram algum grau de redução no valor da taxa glicêmica após o uso do chá,

sendo que o percentual de redução variou de 7 a 46%, além do uso do chá de “PATA DE

VACA”, estes sujeitos procuraram manter hábitos de vida saudáveis durante a pesquisa além

de continuarem a utilizar as medicações que já faziam uso. Ao final disto o que podemos

constatar é que o chá de “PATA DE VACA”, utilizado como complemento ao tratamento do

paciente diabético tipo II, apresentou uma eficiência de algum nível, em 100% dos sujeitos

que o utilizaram de forma correta.

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A satisfação com o uso do chá também ficou comprovada através dos sentimentos de

alegria expressados pelos sujeitos, vendo que a cada nova verificação da glicemia sua taxa

havia baixado.

Outra análise que podemos fazer é que antes do uso do chá, todos os sete sujeitos de

pesquisa possuíam uma média de taxa glicêmica superior ao valor normal de uma taxa

glicêmica pós-prandial que é de 140mg/dl e a taxa glicêmica durante o uso do chá de quatro

sujeitos de pesquisas foi de médias dentro desta faixa de normalidade.

Quanto aos objetivos propostos, estes foram possíveis alcançar de maneira agradável e

satisfatória, possibilitando-nos assim trabalharmos de forma clara e compreensível,

respeitando sempre a particularidade de cada um e podendo atingir assim o que havíamos

programado.

Resgatamos um conhecimento que nunca foi esquecido pelo ser humano que é a

cultura popular no uso terapêutico de chás, entendendo a cultura que abrange valores, crenças,

normas e práticas de vida aprendidas, compartilhadas e transmitidas em grupos específicos

que nos direcionam a pensamentos, decisões e ações.

Podemos concluir dizendo que o chá de “PATA DE VACA” em conjunto com hábitos

de vida saudáveis e o tratamento alopático, significa um nível de qualidade de vida muito

mais satisfatório aos portadores de diabetes mellitus tipo II, conforme foi visualizado nas

analises demonstradas.

Concluindo recomendamos aos profissionais de saúde a inclusão de plantas medicinais

do tratamento de patologias como a Diabetes mellitus tipo II, sempre de forma consciente,

respeitando a cultura popular e as pesquisas científicas.

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REFERÊNCIAS

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BRASIL. Conselho Nacional de Saúde. Normas e Diretrizes de Pesquisas Com seres Humanos. Resolução 196/96, CNS, MS. Brasília, 1996. BRASIL. Comissão Nacional de Ética em Pesquisa. Cadernos de Ética. Brasília: ANO I, NÚMERO 2 – NOVEMBRO DE 1998. BRASIL. Ministério da Saúde. Diabetes Mellitus. Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. Brasília , 2006. CAVALCANTI, N.; LIRA, R. Obesidade. Rio de Janeiro: MEDSI, 1998.

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APÊNDICE I – Histórico individual

HISTÓRICO INDIVIDUAL

Nome:..........................................................................................................................................

data nasc:..../..../.... Idade:................

Endereço:......................................................................................................................................

.

Número.............Bairro...........................................

Escolaridade:...................................................... Estado Civil:...............................................

Profissão:.............................................................................................................................

Outra Doença Crônica:..................................................................................................................

Uso de Medicamentos:...........................Quais....................................................................

Há Quantos tempo tem a diabetes diagnosticada:...............................................................

Parentes com diabete ( )sim ( )não Quem.........................................................................

Utiliza algum tratamento alternativo. ( )sim ( )não

Qual ....................................................................................................................................

Pratica exercícios físicos: ( )sim ( )não. Que tipo de exercício:.........................................

Quantas refeições diárias: ( )uma ( )duas ( ) três ( ) quatro ( ) mas que cinco

Que tipo de alimentos consome:.........................................................................................

Peso........Kg

Altura ..........cm

Temperatura .............Respiração.........mpm

PA....................mmhg pulso............bpm.

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APÊNDICE II – Tabela dos resultados das taxas glicêmicas

Tabelas dos resultados das taxas glicêmicas Nome:

Tabela da glicemia ANTES DO USO do chá.

Dia Hora Valor glicemia

Nome:

Tabela da glicemia DURANTE O USO do chá.

Dia Hora Valor glicemia

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APÊNDICE III – Folder “PATA DE VACA”

Tratamento complementar da Diabetes Tipo II com o uso do chá de pata de vaca Pata de Vaca é uma planta média de até 8 a 9 metros de altura é encontrada nos centros urbanos e em campos, usada nos jardins e arborização de ruas, pois é uma planta ornamental muito bonita e suas flores são grandes e exóticas e geralmente brancas, mas também aparecem flores rosadas ou avermelhadas. É espinhosa e sua folhagem lisa, um pouco aveludada na parte de baixo e o nome dado de pata de vaca é porque sua folha tem este formato de uma pata de vaca.

Nome cientifico: Bauhinia forficata Nomes populares: pata de burro, pé de boi, unha de anta, unha de vaca, capa de bode, casco de vaca, ceroula de homen, pata de veado, pata de vaca. Parte da planta utilizada: Folhas

Universidade do Vale do Itajaí

Curso de graduação em enfermagem Acadêmicos: Djeimis Willian Kremer, Tel: (048) 3278-0316, 8431-6339

João Silva Filho, Tel: (048) 9115-9805.

Propriedades: diurética, antidiabética, tônica, renal, depurativa e hipoglicemiante Indicações: diabetes,elefantíase,hipercolesterolemia,(taxa elevada de colesterol no sangue), insuficiência urinária, diarréias, calmante(estados nervosos). Riscos: não apresenta riscos, quando usada na dose recomendada. Para gestantes e lactantes recomenda-se o uso apenas sob orientação médica. Modo de usar: Chá por infusão # 20 gramas(1 pacote) da folha seca da pata de vaca; # 1 litro de água. Colocar a planta em um recipiente e sobre ela despejar 1 litro de água em inicio de ebulição (fervura), abafar e deixar em repouso por no mínimo 10 minutos e coar antes de usar. É importante abafar, principalmente quando se utilizam folhas e flores, para evitar que percam suas propriedades medicinais. Tomar 1 xícara(chá) 3 vezes ao dia, 30 minutos após as refeições. Fazer o uso do chá por 45 dias seguidos. É importante salientar que a Pata-de-Vaca não possui um efeito curativo, ou seja, a planta não vai curar a diabetes, mas vai manter a taxa de glicose controlada, e para isso deve-se manter o consumo diário da planta.

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APÊNDICE IV – Termo de consentimento livre e esclarecido

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Eu,___________________________________________________________,

Declaro que estou ciente da minha participação na pesquisa “A utilização da planta

medicinal pata de vaca – Bauhinia forficata como complemento ao tratamento do

paciente portador de Diabetes mellitus tipo II”, que será realizado pelos acadêmicos João

Silva Filho, Djeimis Willam Kremer, sob a supervisão da docente Teresa Gaio, do Curso de

Graduação de Enfermagem da Universidade do Vale do Itajaí, campus Biguaçu.

Declaro, que recebi de forma clara e objetiva todas as explicações pertinentes a

pesquisa tais como, o uso do chá, como prepará-lo, seu efeito hipoglicemiante, efeitos

colaterais e contra indicações. E estou ciente que todos os dados a meu respeito serão

sigilosos,que estou sendo esclarecido (a) sobre a entrevista de que participarei e do uso do chá

“PATA DE VACA” que irei tomar durante 45 dias SEM CUSTO, o registro dos resultados

sobre a glicemia, será cuidadosamente verificado e analisado antes e durante o tratamento.

Será preservado o meu direito de desistir de participar em qualquer etapa deste estudo, sem

que isto implique em alterações do acompanhamento de minha assistência no sistema de

saúde.

Por fim declaro que concordo com a utilização das informações da pesquisa, bem

como a divulgação dos resultados, desde que minha identidade seja preservada.

______________________

Assinatura do entrevistado

_______________________ ________________________

Acad. João Silva Filho Acad: Djeimis Willam Kremer

(Estudante de enfermagem) (Estudante de enfermagem)

______________________

ProfªTeresa Gaio

(Enfermeira Orientadora da Pesquisa)

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APÊNDICE V – Termo de compromisso para utilização de imagens dos sujeitos de pesquisa

UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE EDUCAÇÃO SUPERIOR

CAMPUS BIGUAÇU

Termo de Compromisso para Utilização de Imagens dos Sujeitos da Pesquisa

Título do Projeto: A UTILIZAÇÃO DA PLANTA MEDICINAL PATA DE VACA –

BAUHINIA FORFICATA COMO COMPLEMENTO AO TRATAMENTO DO PACIENTE

PORTADOR DE DIABETES MELLITUS TIPO II.

Os pesquisadores abaixo se comprometem a garantir e preservar as imagens dos sujeitos da

pesquisa, garantindo a confidencialidade dos sujeitos de pesquisa. Sendo que as imagens

coletadas serão utilizadas única e exclusivamente para execução do projeto acima descrito.

Telefone para contato: Profª Teresa Gaio – 9104-9299; Acadêmicas: Djeimis Willian Kremer

8431-6339 e João Silva Filho - 8439-6569.

Eu, ...................................................................................................., autorizo a divulgação das

imagens em coleta única e exclusivamente para execução do projeto acima descrito.

Biguaçu (SC)___________________________ de_________________de 2008.

___________________________________________________________

Assinatura

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APÊNDICE VI – Fotos dos pesquisadores e sujeitos de pesquisa

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