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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS FACULDADE DE …€¦ · Ao meu querido João Domingos, vulgo...

Date post: 06-Jul-2020
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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS ROBSON CHACON CASTOLDI ALTERAÇÕES NAS FIBRAS MUSCULARES E TECIDO ÓSSEO DE RATOS SUBMETIDOS À APLICAÇÃO DE HORMÔNIO DO CRESCIMENTO (GH) E TREINAMENTO DE FORÇA MUSCULAR ALTERATIONS ON MUSCLE FIBERS AND BONE TISSUE IN RATS SUBMITTED TO GROWTH HORMONE (GH) APPLICATION AND STRENGHT TRAINING CAMPINAS 2017
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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS

FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS

ROBSON CHACON CASTOLDI

ALTERAÇÕES NAS FIBRAS MUSCULARES E TECIDO ÓSSEO DE RATOS

SUBMETIDOS À APLICAÇÃO DE HORMÔNIO DO CRESCIMENTO (GH) E

TREINAMENTO DE FORÇA MUSCULAR

ALTERATIONS ON MUSCLE FIBERS AND BONE TISSUE IN RATS SUBMITTED

TO GROWTH HORMONE (GH) APPLICATION AND STRENGHT TRAINING

CAMPINAS

2017

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ROBSON CHACON CASTOLDI

ALTERAÇÕES NAS FIBRAS MUSCULARES E TECIDO ÓSSEO DE RATOS

SUBMETIDOS À APLICAÇÃO DE HORMÔNIO DO CRESCIMENTO (GH) E

TREINAMENTO DE FORÇA MUSCULAR

ALTERATIONS ON MUSCLE FIBERS AND BONE TISSUE IN RATS SUBMITTED

TO GROWTH HORMONE (GH) APPLICATION AND STRENGHT TRAINING

Tese apresentada à Faculdade de Ciências Médicas da Universidade

Estadual de Campinas como parte dos requisitos exigidos para a

obtenção do título de Doutor em Ciências.

Thesis showed to School of Medical Science to Campinas State

University how part of requirements requested for obtention to title of in

Science Doctor.

ORIENTADOR: Prof. Dr. WILLIAM DIAS BELANGERO

COORIENTADOR: Prof. Dr. JOSÉ CARLOS SILVA CAMARGO FILHO

CAMPINAS

2017

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BANCA EXAMINADORA DA DEFESA DE DOUTORADO

ROBSON CHACON CASTOLDI

ORIENTADOR: PROF. DR. WILLIAM DIAS BELANGERO

MEMBROS:

1. PROF. DR. WILLIAM DIAS BELANGERO

2. PROFA. DRA. FÚLVIA DE BARROS MANCHADO GOBATTO

3. PROF. DR. BRUNO LIVANI

4. PROFA. DRA. INES CRISTINA GIOMETTI

5. PROF. DR. MÁRIO JEFFERSON QUIRINO LOUZADA

Programa de Pós-Graduação em Ciências da Cirurgia da Faculdade de Ciências

Médicas da Universidade Estadual de Campinas.

A ata de defesa com as respectivas assinaturas dos membros da banca examinadora

encontra-se no processo de vida acadêmica do aluno.

Data: 15 de dezembro de 2017

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DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho aos meus grandes formadores: Professor José Carlos Silva

Camargo Filho, Professor Mário Jefferson Quirino Louzada e Professor William Dias

Belangero.

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AGRADECIMENTOS

Primeiramente agradeço a Deus por mais essa conquista, pois sem sua bênção, esse

trabalho não seria possível de ser realizado.

Agradeço também a Nossa Senhora da Conceição Aparecida, santa na qual sou

devoto. Obrigado pela sua intercessão e auxílio diante do meu Doutorado.

Agradeço aos arcanjos Rafael, Gabriel e Miguel, pela proteção, desde o início da

escrita, até as viagens de Presidente Prudente para Campinas.

Meus agradecimentos aos meus pais Nadir Chacon Fernandes Castoldi e Deoclides

Castoldi pelo apoio e aconselhamento durante toda minha vida. Amo vocês!!

Aos meus irmãos Éderson Castoldi, Eliane Castoldi e Elisangela Castoldi, por todo

apoio e incentivo. Que nossa amizade e amor sejam eternos.

Agradeço a Melina Fushimi, amor da minha vida, pelo companheirismo, carinho e

amor. Amo você!

Ao meu querido amigo Guilherme Akio Tamura Ozaki, que sempre esteve disposto a

me ajudar. Jamais esquecerei as viagens até Araçatuba. Golzão!!! hahaha

Ao William Walace, nosso técnico, que aprendeu na marra a como extrair pernas de

ratos! Muito obrigado Will.

Ao meu querido João Domingos, vulgo Domingueira, por toda ajuda, paciência e boa

vontade em nos ajudar. A Espectroscopia Raman agora passa a ser mais

compreensível com seus ensinamentos.

A Melise Jacon Ueno, por toda ajuda e apoio neste trabalho. Obrigado pelas análises

de Microtomografia Computadorizada!! Que nossa parceria seja repleta de frutos!

A Tatiana Emy Koike, pela ajuda e amizade durante todo esse período. Obrigado por

tudo!

Ao Thiago Garcia Alves, por toda ajuda e apoio durante esse período. Muito obrigado

Jacobino!

Ao Rafael Junges Moreira, meu querido Rafa, que nos ajudou com a quantificação

proteica. Grande abraço Rafa!

Aos meus amigos/irmãos Alex, Daniel, Keissy e Sérgio. Muito obrigado pela ajuda e

amizade!

Agradeço à Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)

pelos recursos recebidos durante a realização desse trabalho.

Agradeço ao Professor Carlos José Leopoldo Constantino (Casé) por toda ajuda no

presente trabalho. Muito obrigado Professor!

À Ines Cristina Giometti, por toda ajuda, desde o início do experimento. Obrigado por

possibilitar minha participação no estudo.

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Ao Pedro (Tatu), técnico do laboratório da Unesp de Araçatuba. Sua ajuda foi

fundamental. Meus sinceros agradecimentos.

Ao estimado Professor Mário Jefferson Quirino Louzada, meu agradecimento pela

atenção, amizade e orientação.

À Professora Rita Cássia Menegati Dornelles, pela possibilidade de parceria e ajuda

durante o desenvolvimento do estudo. Muito obrigado!

Agradeço ao secretário da Pós-Graduação da Faculdade de Ciências Médicas,

Amarildo Stabile Junior. Valew Amarildo! Sem sua ajuda, essa Tese não sairia!! rsrsrs

À Professora Fúlvia de Barros Manchado Gobatto, que nunca mediu esforços e

sempre esteve à disposição para participar das minhas bancas. Obrigado Professora.

Agradeço à Ana Amélia Rodrigues, pela participação e considerações no exame de

qualificação. Muito obrigado!

Agradeço ao Professor Bruno Livani, que sempre esteve presente nas apresentações

do trabalho, tanto na qualificação quanto na defesa de Doutorado. Meus sinceros

agradecimentos.

À querida Professora Regina Celi Trindade Camargo, pelo carinho, ensino e

orientações. O trabalho ganhou muito com sua participação. Obrigado Professora.

Ao meu querido Professor José Carlos Silva Camargo Filho (Zeca), o qual me orienta

desde o Mestrado. Não consigo expressar minha gratidão com estas palavras, mas

saiba que o senhor foi fundamental no meu processo de formação. Espero que um dia

possa retribuir um pouco de tudo o que o senhor fez por mim. Grande abraço.

Ao estimado Professor William Dias Belangero, a quem eu respeito profundamente, e

que sem me conhecer, aceitou me orientar com um simples envio de e-mail. O senhor

não tem ideia de como o aceite de orientação mudou minha vida. Muito obrigado por

toda ajuda e pelos ensinamentos. Conte comigo sempre que precisar. Grande abraço.

Muito obrigado!

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EPÍGRAFE

“Seja você quem for, seja qual for a posição social que você tenha na vida, a mais alta

ou a mais baixa, tenha sempre como meta muita força, muita determinação e sempre

faça tudo com muito amor e com muita fé em Deus, que um dia você chega lá. De

alguma maneira você chega lá”.

Ayrton Senna da Silva

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RESUMO

O objetivo do estudo foi observar as alterações nas fibras musculares e tecido ósseo

de animais submetidos à aplicação do hormônio do crescimento (GH) e realização de

um protocolo de treinamento de força (ST). Foram utilizados 40 animais machos, com

60 dias de idade, da linhagem Wistar, distribuídos em quatro grupos: controle (C),

controle e aplicação de GH (GHC), treinamento de força (T) e treinamento de força

com a aplicação de GH (GHT). O protocolo de treinamento físico (TF) foi composto

por quatro séries de 10 saltos aquáticos, 3x/semana e sobrecarga de 50% do peso

corporal, durante quatro semanas. Foi aplicado GH via intraperitoneal na dosagem de

0,2 UI/Kg para os grupos GHC e GHT e solução fisiológica (0,9% de cloreto de sódio)

para o C e T. Após quatros semanas de TF, os animais foram eutanasiados e retiradas

amostras do músculo Sóleo, além da tíbia e fêmur. No músculo, foram produzidos

cortes histológicos com 5µm de espessura e corados com hematoxilina-eosina (HE) e

nicotinamida adenina dinucleotídeo tetrazólio redutase (NADH-TR). Já no osso, foram

medidos os valores de densidade mineral óssea (DMO), resistência óssea (F-max) e

realizados os cortes por microtomografia computadorizada (MCT) e análise por

espectroscopia Raman. Foi observado que tanto o GH quanto o TF foram capazes de

gerar aumento do diâmetro das fibras musculares (FM) do músculo Sóleo

(C:31,81±6,35; GHC:36,88±6,38; T:38,38±6,94; GHT:36,89±7,16). Além disso,

quando analisada a tipagem, houve aumento significativo (p<0,05) somente nas FM

de contração rápida (C:33,78±7,78; GHC:37,80±6,03; T:38,53±6,94;

GHT:37,98±7,65), quando comparado às lentas (C:25,93±6,66; GHC:26,95±8,03;

T:26,24±6,90; GHT:27,20±5,77). Já na tíbia, foi observado que todos os grupos

experimentais demonstraram aumento na variável DMO (C=0,110±0,005;

GHC=0,134±0,05; T=0,127±0,004; GHT=0,133±0,008 g/cm²), no entanto, somente o

grupo GHT demonstrou diferença estatisticamente significativa em comparação com

o grupo controle (p<0,05). Além disso, não foi verificada diferença estatística para a

variável obtida na F-max. Na avaliação da MCT, em todos os grupos ocorreu aumento

do número de trabéculas (Tb.N) (C=1,10±0,22; GHC=1,79±0,07; T=1,91±0,04;

GHT=1,91±0,09), quando comparados com o grupo C (p<0,05). Quando analisado o

fêmur, verificou-se que houve o aumento mais acentuado dos componentes minerais

ósseos no grupo T, para todas as variáveis obtidas pelo Raman. Além disso, para os

animais submetidos à aplicação de GH, houve redução na variável densidade mineral

óssea (DMO) (p<0,05). Por fim, os animais que receberam aplicação de GH,

demonstraram maior F-max, porém, sem significância estatística (p>0,05). Conclui-se

que, tanto o GH quanto o TF foram capazes de gerar aumento do diâmetro das FM

do músculo Sóleo e promover aumento da DMO e Tb.N na tíbia. Porém, não foi

verificada diferença significativa para variável F-max. Por fim, no fêmur, os animais

que receberam aplicação de GH demonstraram diminuição da DMO e o treinamento

de força isolado foi capaz de promover aumento dos compostos de cálcio, fosfato,

amido e colágeno do tecido ósseo.

Palavras-chave: Hormônio do Crescimento. Músculo Estriado. Tecido Ósseo.

Ortopedia. Educação Física e Treinamento.

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ABSTRACT

The aim of the present study was to observe the changes in the muscle fibers and bone tissue of animals after application of growth hormone (GH) and performing a strength training protocol (ST). In total, 40 male Wistar rats, 60 days old, were used, divided into four groups: control (C), control and application of GH (GHC), strength training (T), and strength training with the application of GH (GHT). The physical training protocol (PT) was composed of four series of 10 jumps in water, 3x/week, with an overload of 50% of body weight for four weeks. GH was administered intraperitoneally at a dose of 0.2 IU/Kg to the GHC and GHT groups and saline (0.9% sodium chloride) to the C and T groups. After four weeks of PT, the animals were euthanized and samples taken from the Soleus muscle, in addition to bones of tibia and femur. In the muscle, histological sections were produced with a thickness of 5μm and stained with hematoxylin-eosin (HE) and nicotinamide adenine dinucleotide

tetrazolium reductase (NADH-TR). In the bone, the values of bone mineral density

(BMD), bone strength (F-max), Micro Computed Tomography (MCT) and analysis by Raman Spectroscopy, were obtained. It was observed that both the GH and PT were able to generate increased diameter of MF in Soleus muscle (C:31.81±6.35; GHC:36.88±6.38; T:38.38± 6.94; GHT:36.89±7.16). Moreover, when analyzing the type, a significant increase (p<0,05) was found only in the fast twitch MF (C:33.78±7.78; GHC:37.80±6.03; T:38.53±6.94; GHT:37.98±7.65) when compared to the slow twitch (C:25.93±6.66; GHC:26.95±8.03; T:26.24±6.90; GHT:27.20±5.77). In the tibia, an increase in the BMD variable was observed in all experimental groups (C=0.110±0.005; GHC=0.134±0.05; T=0.127±0.004; GHT=0.133±0.008g/cm²), however, only the GHT group demonstrated a statistically significant difference compared to the control group (p<0.05). In addition, no statistical difference was observed for the F-max variable. For MCT, all experimental groups presented an increase in the number of trabeculae (Tb.N) (C=1.10±0.22; GHC=1.79±0.07; T=1.91±0.04; GHT=1.91±0.09), when compared with group C (p<0.05). When the femur was analyzed, a more pronounced increase in the bone mineral components was verified in the T group, for all the variables obtained by the Raman. In addition, for animals submitted to GH supplementation, there was a reduction in the variable bone mineral density (BMD) (p <0.05). Finally, the animals that received GH supplementation presented a higher F-max, but without statistical significance (p> 0.05). It was concluded that both GH and ST were able to promote increases in diameter of MF in Soleus muscle and BMD and Tb.N in the tibia. However, no significant difference was observed for the F-max variable. Finally, in the femur bone, that animals that received GH supplementation demonstrated a decrease in BMD and the strength training alone was able to promote increased calcium, phosphate, amide, and collagen compounds in bone tissue.

Key-words: Growth Hormone. Muscle, Striated. Bone Tissue. Orthopedics. Physical Education and Training.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................ 12

OBJETIVOS ............................................................................................................................................. 14

METODOLOGIA...................................................................................................................................... 15

RESULTADOS ......................................................................................................................................... 18

ARTIGO 1 – Publicado na Revista “International Journal of Morphology”. ...................................... 18

ARTIGO 2 – Submetido à “Revista Brasileira de Medicina do Esporte”. ........................................... 35

ARTIGO 3 – Submetido à revista “Photomedicine and Laser Surgery”. ............................................ 55

DISCUSSÃO GERAL ................................................................................................................................. 78

CONCLUSÂO .......................................................................................................................................... 82

REFERÊNCIAS ......................................................................................................................................... 83

ANEXOS ................................................................................................................................................. 87

Anexo I – Comitê de Ética em Pesquisa no Uso de Animais - CEUA ................................................. 87

Anexo II – Autorização para uso e reprodução do artigo ................................................................. 88

Anexo III – Artigo 1 Traduzido para língua inglesa ............................................................................ 89

Anexo IV – Artigo 2 Traduzido para língua inglesa .......................................................................... 105

Anexo V – Artigo 3 Traduzido para língua inglesa ........................................................................... 129

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12

INTRODUÇÃO

O hormônio do crescimento (somatotrofina), também denominado “Grown

Hormone” (GH), é produzido pela glândula adeno-hipófise e tem como principal

função o crescimento e desenvolvimento celular 1. Além disso, o GH possui

origem proteica e atua nas células-alvo com funções definidas.

Dentre essas funções, pode-se citar a síntese e melhora no

aproveitamento das proteínas, aumento da mobilização de ácidos graxos no

fornecimento de energia, diminuição da utilização da glicose com o aumento da

deposição de glicogênio das células por meio da ligação de seu transportador

(Glut - 4) e auxílio do crescimento ósseo, promovendo a captação do cálcio (Ca)

e fósforo (P) 1-5.

Além do GH, outro fator desencadeador da secreção de GH é o

treinamento físico (TF), que pode potencializar os efeitos do hormônio nas

células musculares e ósseas. Verifica-se que o GH, assim como o TF, podem

contribuir para o aumento da área de secção transversa (AST) do músculo

estriado esquelético (MEE). Tal processo é denominado “hipertrofia muscular” e

resulta no aumento da musculatura 6. No tecido ósseo (TO), podem estimular o

desenvolvimento da densidade mineral e assim alterar sua estrutura,

principalmente quando existe a geração de impacto ou deformação óssea 7,8.

Por se tratar de uma substância que é responsável pela síntese de

proteínas, o GH tem sido utilizado como substância terapêutica no atraso do

crescimento infantil, em indivíduos idosos e também em certos tipos de lesões e

disfunções musculares 9-11. Porém, a partir desta constatação, frequentadores

de academias de musculação passaram a fazer o uso dessa substância de forma

indiscriminada 12, na suma maioria das vezes potencializadas com a execução

de treinamento resistido, no intuito de se obter ganho de massa muscular 13.

No entanto, o mecanismo exato no qual o exercício físico estimula a

secreção do GH ainda é incerto 14, apesar de alguns autores defenderem a

hipótese de que ocorra o aumento na liberação do GH em função do trabalho

mecânico. Entretanto, mesmo com alguns achados na literatura, percebe-se que

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a utilização GH não está totalmente esclarecida, principalmente em

investigações que abordem o treinamento físico 1,6.

Dessa forma, devido à falta de informações verificadas, faz-se necessário

a investigação a respeito dos efeitos dessa substância nas células musculares e

no tecido ósseo, tanto na administração isolada como na combinação com o

treinamento resistido.

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OBJETIVOS

Objetivo geral

O objetivo foi observar as alterações nos tecidos ósseo e muscular de

ratos submetidos à aplicação do hormônio do crescimento (GH) e realização de

um protocolo de treinamento de força muscular.

Objetivos do Artigo 1

O objetivo do estudo foi observar as alterações que ocorrem a nível da

microscopia óptica no tecido muscular de ratos submetidos à aplicação

do GH e a realização de um protocolo de treinamento de força muscular.

Objetivos do Artigo 2

O objetivo foi verificar o efeito do treinamento de força muscular e

aplicação de GH na densidade mineral, resistência óssea e tecido

trabecular tibial de ratos Wistar.

Objetivos do Artigo 3

O objetivo foi verificar o efeito do treinamento de força muscular somado

à utilização de GH nas propriedades minerais, densidade e força máxima

do tecido femoral de ratos Wistar.

O presente trabalho foi elaborado de acordo com o modelo alternativo

para a realização da Tese de Doutorado, no qual serão apresentados três (03)

artigos científicos no exame de defesa.

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METODOLOGIA

Animais

Foram utilizados 40 animais machos, com 60 dias de idade, da linhagem

Wistar, obtidos no Biotério Central da Universidade do Oeste Paulista e mantidos

no biotério para pequenos roedores do departamento de Medicina Veterinária,

localizado no campus II da Instituição. Foram separados aleatoriamente em

grupos de 05 animais por gaiola (polietileno), com temperatura ambiente de

(22+2oC) e luminosidade (ciclo claro/escuro de doze horas – 07 às 19 horas)

controlados, com livre acesso à água e alimentação (ração para ratos de

laboratório - Primor ®). O foi aprovado pelo comitê de ética em pesquisa no uso

de animais – CEUA, no qual recebeu o protocolo de aprovação número 2626.

Protocolo de Treinamento Físico

Os animais foram distribuídos aleatoriamente em quatro grupos: Controle

(C) [n=10], Controle e GH (GHC) [n=10], Treinamento de força (T) [n=10] e

Treinamento de força com GH (GHT) [n=10]. O período de treinamento teve

duração de quatro semanas.

Os animais que receberam treinamento foram submetidos a um período

de adaptação (uma semana) ao meio líquido e ao equipamento com a finalidade

de se reduzir o estresse gerado pelo TF, porém, sem causar adaptações

fisiológicas significativas. Tal procedimento foi realizado como proposto por

Manchado et al., 15 e utilizado De Malheiro et al.16, Este protocolo recebeu

aumento da quantidade de saltos, carga e duração das atividades, em dias não

consecutivos (1x10; 2x10; 3x10).

Grupos Experimentais

Grupo C: os animais permaneceram em suas gaiolas, com livre acesso a

água e alimentação (ad libitum). Além disso, foi aplicado o mesmo volume de

solução fisiológica (0,9% de cloreto de sódio em água) que os grupos que

receberam GH.

Grupo GHC: os animais permaneceram em suas gaiolas, com livre acesso

a água e alimentação. Os animais receberam 0,2 Unidades Internacionais por

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quilograma de massa corporal (0,2 UI/Kg) de GH (Saizen®), via intraperitoneal,

três vezes por semana 17.

Grupo T: os animais foram submetidos a quatro séries de 10 saltos

aquáticos, executados três vezes por semana, em recipiente cilíndrico de PVC

com 50cm de diâmetro e 38 cm de altura (adaptado para ser usado como piscina

de saltos na água). A água foi mantida aquecida durante todo treinamento com

temperatura média de 30º C (±1).

A sobrecarga utilizada foi correspondente a 50% da massa corporal de

cada animal, corrigida semanalmente, acomodada na região anterior do tórax

por meio de um colete (Figura 1) 16,18.

Anteriormente a cada sessão de treinamento, os animais receberam a

aplicação de solução fisiológica (0,9% de cloreto de sódio em água), via

intraperitoneal, de forma similar ao grupo GHT.

Figura 1. Protocolo de treinamento de força muscular.

Grupo GHT: Os animais foram submetidos ao mesmo treinamento do

grupo descrito anteriormente (grupo T). Porém, neste caso, os animais

receberam 0,2 Unidades Internacionais por quilograma de massa corporal (0,2

UI/Kg) de GH (Saizen®), via intraperitoneal, anteriormente a todas sessões de

treinamento.

Músculo Estriado Esquelético

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Após 48 horas da última sessão de treinamento, os animais foram

anestesiados com éter etílico, e então foram sacrificados por exsanguinação

pelo método de punção cardíaca. Em seguida, foi extraído o músculo Sóleo e

imerso em n-hexana. Após este procedimento, as amostras foram resfriadas em

nitrogênio líquido e armazenados em freezer de ultrabaixa temperatura (-80º C)

19.

Tecido Ósseo

Após a eutanásia, a tíbia e o fêmur do membro direito foram retirados por

meio de incisão longitudinal para remoção da pele e de partes moles. Após este

procedimento, foi realizada a imersão em solução fisiológica e armazenada à

temperatura de –20°C para posterior realização das análises.

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RESULTADOS

ARTIGO 1 – Publicado na Revista “International Journal of Morphology”.

Artigo Original

Estudo morfométrico das fibras musculares de ratos submetidos ao treinamento de

força e GH

1,2Robson Chacon Castoldi; 1Guilherme Akio Tamura Ozaki; 3Ines Cristina Giometti;

4Regina Celi Trindade Camargo, 4Tatiana Emy Koike, 5Guilherme de Sousa Suniga,

4Thiago Alves Garcia, 4José Carlos Silva Camargo Filho; 1William Dias Belangero.

1 Faculdade de Ciências Médicas. Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP.

2 Departamento de Educação Física. Universidade do Oeste Paulista – UNOESTE.

3 Faculdade de Medicina Veterinária. Universidade do Oeste Paulista – UNOESTE.

4Departamento de Fisioterapia. Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”

- UNESP, campus de Presidente Prudente.

5Departamento de Educação Física. Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita

Filho” - UNESP, campus de Presidente Prudente.

Endereço para Correspondência:

Robson Chacon Castoldi

Universidade Estadual Paulista – UNESP.

Rua Roberto Simonsen, 305

19060-900 - P. Prudente, SP

[email protected]

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Resumo: O objetivo do estudo foi observar as alterações no tecido muscular de ratos

submetidos à aplicação do hormônio do crescimento (GH) e realização de um protocolo

de treinamento de força (ST). Foram utilizados 40 animais machos, com 60 dias de idade,

da linhagem Wistar, distribuídos em quatro grupos: controle (C), controle e aplicação de

GH (GHC), treinamento de força (T) e treinamento de força com a aplicação de GH

(GHT). O protocolo de treinamento físico (TF) foi composto por quatro séries de 10 saltos

aquáticos, 3x/semana e sobrecarga de 50% do peso corporal, durante quatro semanas. Foi

aplicado GH via intraperitoneal na dosagem de 0,2 UI/Kg para os grupos GHC e GHT e

solução fisiológica (0,9% de cloreto de sódio) para o C e T. Após quatros semanas de TF,

os animais foram eutanasiados e retiradas amostras do músculo Sóleo. Foram produzidos

cortes histológicos com 5µm de espessura e corados com hematoxilina-eosina (HE) e

nicotinamida adenina dinucleotídeo tetrazólio redutase (NADH-TR). As marcações para

determinação da medida do menor diâmetro das fibras musculares (FM) foram feitas com

o software (AuxioVisionRel 4.8-Carl Zeiss® e NIS-Elements D3.0-SP7-Nikon®). Após

a obtenção dos dados, foi realizado o teste de normalidade de Shapiro-Wilk e em seguida

utilizado o teste não paramétrico de Kruskal-Wallis com pós teste de Dunn para análise

das FM e análise de variâncias ANOVA com medidas repetidas para a análise da massa

corporal. Todos os procedimentos adotaram valor de significância de 5% (p<0,05) e

foram realizados com o software SPSS 22.0 for Windows®. Foi observado que tanto o

GH quanto o TF foram capazes de gerar aumento do diâmetro das FM (C:31,81±6,35;

GHC:36,88±6,38; T:38,38±6,94; GHT:36,89±7,16 µm). Além disso, quando analisada a

tipagem, houve aumento significativo somente nas FM de contração rápida

(C:33,78±7,78; GHC:37,80±6,03; T:38,53±6,94; GHT:37,98±7,65 µm), quando

comparado às lentas (C:25,93±6,66; GHC:26,95±8,03; T:26,24±6,90; GHT:27,20±5,77

µm).

Palavras-chave: Hormônio do Crescimento; Músculo Estriado; Ortopedia; Educação

Física e Treinamento; Endocrinologia.

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Introdução

Substâncias consideradas anabólicas vêm sendo utilizadas por praticantes de

exercícios físicos e por atletas de alto desempenho, uma dessas é a somatropina ou

hormônio do crescimento (GH). Liberado na hipófise anterior, o GH é considerado um

potente estimulador do crescimento celular (Fryburg et al., 1991; Ehrnborg & Rosén,

2008).

O GH foi isolado primeiramente em humanos no ano de 1956 por Li et al., (1956),

quando ao ser utilizado em indivíduos adultos, demonstrou maior retenção de nitrogênio

(N), elemento que compõe o tecido muscular sob forma de proteína. Entretanto, por

promover o crescimento do tecido muscular, tem gerado conflitos sobre o seu efeito no

desempenho de atletas no meio esportivo e no controle antidoping, provocando

discussões a respeito dos testes utilizados para a detecção de dopagem (Ambrose, 2004;

Adams, 2000; Barros Neto, 2001; Ehrnborg & Rosén, 2008).

Apesar de proibido no meio esportivo por razões médicas e éticas, o GH é bem

conhecido entre os desportistas e praticantes de musculação. De acordo com Cruzat e

colaboradores (2008), na musculatura esquelética, o GH possui efeito anabólico sobre a

síntese de proteínas e é por este motivo que a atividade física e o treinamento de força

muscular (ST) produzem aumento da massa muscular, processo denominado

“hipertrofia”.

Dessa forma, o músculo estriado esquelético sofre adaptações em função da

realização do treinamento por causa de sua função plástica, que pode se adaptar após sua

execução (Fleck & Kraemer, 1999; Castoldi et al., 2013). Além disso, avaliações de

desempenho físico, como consumo máximo de oxigênio (VO2max) e limiar ventilatório,

são prejudicadas por causa da deficiência de GH e aumentadas quando existe reposição

hormonal (Widdowson et al., 2009). Apesar de não haver clareza nessas informações, é

provável que o GH aumente a oferta de oxigênio muscular durante o exercício físico, bem

como promova a utilização de substratos de ácidos graxos e glicogênio, melhorando a

composição corporal e a termorregulação (Cruzat et al., 2008; Widdowson et al., 2009).

No entanto, o uso indiscriminado deste hormônio pode causar efeitos colaterais

como: agressividade, aumento ou diminuição da libido, bipolaridade, aparecimento de

acne e inflamações na pele, calvície, alteração da voz, acromegalia, entre outros (Da Silva

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et al., 2002; Silva & Lima, 2007). Além disso, o GH pode ser um meio desencadeador do

crescimento celular e estimulador de neoplasias (Da Silva et al., 2002).

Por outro lado, o uso controlado e indicado deste hormônio sob forma

recombinante é medida eficiente para corrigir a sua deficiência em crianças com atraso

no crescimento (Silva & Lima, 2007). Além disso, em casos de desordens fisiológicas,

como Diabetes Mellitus, o GH pode contribuir com o aumento de IGF-1 (Leme et al.,

2009).

Apesar do GH já ter sido bem estudado sob diversas formas clinicas, existe

escassez de estudos relacionados ao uso desse tipo de hormônio como adjuvante ao

treinamento físico, especialmente para o desenvolvimento da hipertrofia muscular, como

é o caso do ST. Dessa forma, o objetivo do estudo foi observar as alterações que ocorrem

a nível da microscopia óptica (MO) no tecido muscular de ratos submetidos à aplicação

do GH e a realização de um protocolo de ST.

Método

Animais

Foram utilizados 40 animais machos, com 60 dias de idade, da linhagem Wistar,

obtidos no Biotério Central da Universidade do Oeste Paulista e mantidos no biotério para

pequenos roedores do departamento de Medicina Veterinária, localizado no campus II da

Instituição. Foram separados aleatoriamente em grupos de 05 animais por gaiola

(polietileno), com temperatura ambiente de (22+2oC) e luminosidade (ciclo claro/escuro

de doze horas) controlados, com livre acesso à água e alimentação (ração para ratos de

laboratório – Primor ®). O presente estudo foi aprovado pelo comitê de ética em pesquisa

no uso de animais – CEUA, no qual recebeu o protocolo de aprovação número 2626.

Protocolo de Treinamento Físico

Os animais foram distribuídos aleatoriamente em quatro grupos: Controle (C)

[n=10], Controle e GH (GHC) [n=10], Treinamento de força (T) [n=10] e Treinamento

de força com GH (GHT) [n=10]. O período de treinamento teve duração de quatro

semanas.

Os animais que receberam treinamento foram submetidos a um período de

adaptação (uma semana) ao meio líquido e ao equipamento com a finalidade de se reduzir

o estresse gerado pelo TF, porém, sem causar adaptações fisiológicas significativas. Tal

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procedimento foi realizado como proposto por Manchado et al., (2006) e utilizado

Castoldi et al., (2013) Este protocolo recebeu aumento semanal da quantidade de saltos,

carga e duração das atividades, em dias não consecutivos (1x10; 2x10; 3x10).

Grupos Experimentais

Grupo C: os animais permaneceram em suas gaiolas, com livre acesso a água e

alimentação (ad libitum). Além disso, foi aplicado o mesmo volume de solução

fisiológica (0,9% de cloreto de sódio em água) que os grupos que receberam GH.

Grupo CGH: os animais permaneceram em suas gaiolas, com livre acesso a água

e alimentação. Os animais receberam 0,2 Unidades Internacionais por quilograma de

massa corporal (0,2 UI/Kg) de GH (Saizen®), via intraperitoneal, três vezes por semana.

Grupo T: os animais foram submetidos a quatro séries de 10 saltos aquáticos,

executados três vezes por semana, em recipiente cilíndrico de PVC com 50cm de

diâmetro e 38 cm de altura (adaptado para ser usado como piscina de saltos na água). A

água foi mantida aquecida durante todo treinamento com temperatura média de 30º C

(±1).

A sobrecarga utilizada foi correspondente a 50% do peso corpóreo de cada animal,

corrigida semanalmente, acomodada na região anterior do tórax por meio de um colete

(Figura 1), como proposto por De Malheiro et al., (2009) e utilizada por Castoldi et al.

(2013) e Castoldi et al., (2015).

Anteriormente a cada sessão de treinamento, os animais receberam a aplicação

de solução fisiológica (0,9% de cloreto de sódio em água), via intraperitoneal, de forma

similar ao grupo GHT.

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Figura 1. Protocolo de treinamento de força muscular.

Grupo GHT: Os animais foram submetidos ao mesmo treinamento do grupo

descrito anteriormente (grupo T). Porém, neste caso, os animais receberam 0,2 Unidades

Internacionais por quilograma de massa corporal (0,2 UI/Kg) de GH (Saizen®), via

intraperitoneal, anteriormente a todas sessões de treinamento.

Músculo Estriado Esquelético

Ao final do período experimental, os animais foram anestesiados com éter

etílico, e então foram eutanasiados por exsanguinação pelo método de punção cardíaca.

Em seguida, foi extraído o músculo Sóleo e imerso em n-hexana. Após este

procedimento, as amostras foram resfriadas em nitrogênio líquido e armazenados em

freezer de ultrabaixa temperatura (-80º C) (Camargo Filho et al., 2011).

Os cortes de 5 µm foram produzidos de forma transversal, na porção ventral do

músculo, em micrótomo criostato a -20º C, coletados em lâminas e em seguida, corados

pela hematoxilina-eosina (HE) para uma análise geral da estrutura dos músculos com

aumentos da ordem de 10x.

Para a análise da tipagem das fibras musculares (FM), foi utilizada a reação de

nicotinamida adenina dinucleotídeo tetrazólio redutase (NADH-TR), seguindo o modelo

proposto por Camargo Filho et al., (2011) e usado por Castoldi et al., (2013).

Microscopia Ótica

Os cortes submetidos às colorações e reações histoquímicas foram observados em

luz normal e polarizada e fotomicrografados em microscópio da marca Nikon®, modelo

H550S. Para a análise das imagens foi utilizada uma câmera fotográfica Infinity 1. As

marcações para a determinação da medida do menor diâmetro das fibras musculares

foram feitas com o software (AuxioVisionRel 4.8 - Carl Zeiss® e NIS-Elements D3.0 -

SP7 - Nikon®).

A mensuração foi realizada demarcando o menor diâmetro passando-se pelo

centro das FM (Figura 2). Foram produzidos 10 cortes e medidas 120 FM por animal, de

acordo com o protocolo estabelecido por Dal Pai, (1982).

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Figura 2. Mensuração do menor diâmetro das fibras musculares. Cortes a partir da reação

de Nicotinamida Adenina Dinucleotídeo Tetrazólio Redutase (NADH-TR) com aumento

de 10x.

Análise estatística

Foi realizado o teste de normalidade de Shapiro-Wilk para verificar a distribuição

dos valores na curva Gaussiana. Não foi verificada normalidade para as variáveis

correspondentes ao diâmetro muscular e dessa forma, foi utilizado o teste não paramétrico

Kruskal-Wallis com pós teste de Dunn.

Já para variável massa corporal, foi verificada normalidade e assim, utilizada a

análise de variâncias ANOVA com medidas repetidas para a análise intragrupos, nos

momentos pré e pós-treinamento. Todos os procedimentos adotaram o valor de

significância de 5% (p<0,05) e os cálculos foram realizados com o software SPSS 22.0

for Windows®.

Resultados

A massa corporal aumentou significativamente (p<0,05) ao longo do tempo em

todos os grupos observados (Figura 3). Além disso, o grupo GHT apresentou maiores

valores para esta variável.

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Figura 3. Análise da massa corporal nos momentos pré e pós-experimento. Legenda: (C)

Grupo Controle. (GHC): Grupo Controle e GH. (T): Grupo Treinamento de Força.

(GHT): Grupo Treinamento de Força e GH. (*): Comparação entre médias, nos momentos

pré e pós experimento, com análise de variâncias ANOVA com medidas repetidas

(p<0,05).

A partir das análises das fibras musculares, foram verificadas distintas

morfologias nos diferentes grupos de animais, tanto nas análises obtidas a partir da

coloração por HE quanto na reação por NADH-TR (Figuras 4 e 5, respectivamente).

Desse modo, de maneira geral, quando observados os cortes em HE, nota-se o

aumento do diâmetro nas FM em todos os grupos experimentais, independente do

tratamento. Assim, tanto a aplicação de GH, como a realização do ST, ou ambos somados,

foram capazes de gerar hipertrofia (Figuras 4B, 4C e 4D).

Após a análise a partir da reação de NADH-TR, foi possível identificar novamente

o aumento do diâmetro das FM em todos os grupos experimentais (GHC e GHT). Porém,

nesse caso, somente as fibras musculares de contração rápida (FMCR) demonstraram

aumento do diâmetro (Figuras 5B, 5C e 5D).

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Figura 4. Coloração em Hematoxilina e Eosina (HE) das fibras musculares com aumento

de 10x. (A) Grupo Controle. (B): Grupo Controle e GH. (C): Grupo Treinamento de

Força. (D): Grupo Treinamento de Força e GH. Setas indicam fibras musculares.

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Figura 5. Análise das fibras musculares de contração rápida e lenta pela reação de

nicotinamida adenina dinucleotídeo tetrazólio redutase (NADH-TR). Legenda: (A)

Grupo Controle. (B): Grupo Controle e GH. (C): Grupo Treinamento de Força. (D):

Grupo Treinamento de Força e GH. Setas indicam fibras musculares.

Além disso, após a realização das análises morfométricas (mensurações do

diâmetro), foi observado que os grupos de animais responderam de forma diferente aos

tratamentos. Assim, é possível verificar que tanto o GH quanto o TF foram capazes de

gerar aumento significativo (p<0,05) do diâmetro das FM a partir da coloração por HE

(C:31,81±6,35; GHC:36,88±6,38; T:38,38±6,94; GHT:36,89±7,16) (Figura 6).

Quando analisada a tipagem, houve aumento significativo (p<0,05) somente nas

FMCR (C:33,78±7,78; GHC:37,80±6,03; T:38,53±6,94; GHT:37,98±7,65), quando

comparado às fibras musculares de contração lenta (FMCL) (C:25,93±6,66;

GHC:26,95±8,03; T:26,24±6,90; GHT:27,20±5,77) (Figuras 7 e 8).

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Figura 6. Diâmetro das Fibras Musculares a partir da coloração em Hematoxilina e

Eosina (HE). Legenda: (C): Grupo Controle. (GHC): Grupo Controle e GH. (T): Grupo

Treinamento de Força Muscular. (GHT): Grupo Treinamento de Força e GH. (*).

Diferença estatística em comparação ao grupo C. Teste de Kruskal-Wallis com pós teste

de Dunn (p<0,05).

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Figura 7. Diâmetro das Fibras Musculares de Contração Rápida a partir da reação de

nicotinamida adenina dinucleotídeo tetrazólio redutase (NADH-TR). Legenda: (C):

Grupo Controle. (GHC): Grupo Controle e GH. (T): Grupo Treinamento de Força

Muscular. (GHT): Grupo Treinamento de Força e GH. (*): Diferença estatística em

comparação ao grupo C. Teste de Kruskal-Wallis com pós teste de Dunn (p<0,05).

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Figura 8. Diâmetro das Fibras Musculares de Contração Lenta a partir da reação de

nicotinamida adenina dinucleotídeo tetrazólio redutase (NADH-TR). Legenda: (C):

Grupo Controle. (GHC): Grupo Controle e GH. (T): Grupo Treinamento de Força

Muscular. (GHT): Grupo Treinamento de Força e GH. Teste de Kruskal-Wallis (p>0,05).

Discussão

O objetivo deste estudo foi verificar o efeito do treinamento de força (TF) e do

hormônio do crescimento (GH) sobre o diâmetro das fibras musculares (FM) do músculo

Sóleo de ratos Wistar. As medidas foram feitas a partir do menor diâmetro das fibras

musculares e foram feitas também medidas específicas das fibras de contração rápida

(FMCR) e contração lenta (FMCL).

Foi observado que o ST e o GH aumentaram o diâmetro das FM (Fleck &

Kraemer, 1999; Castoldi et al., 2013) de maneira geral e de acordo com a especificidade

de contração (FMCR e FMCL). Sabe-se que o uso de saltos aquáticos pode recuperar o

volume do tecido muscular perdido após imobilização (Antunes et al., 2012). Além disso,

pode causar hipertrofia das fibras musculares (Moret et al., 2013), em função da

mobilização dos níveis de glicose e ácidos graxos livres (AGL) para realização da

contração muscular (Rogato et al., 2003).

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Foi observado que as FMCR apresentaram maior aumento do seu diâmetro do que

as FMCL. Esta diferença pode ser justificada pelo tipo de atividade física imposta aos

animais que se caracterizam por estímulos com maior força de contração por curtos

períodos de tempo (Fleck & Kraemer, 1999; Castoldi et al., 2013). Diferentemente as

FMCL se adaptam melhor à aplicação de estímulos com menor força de contração e

realizados por longos períodos de tempo, como é o caso específico do treinamento

aeróbio. A especificidade do exercício físico pode aumentar as organelas celulares, como

as mitocôndrias e assim aumentar os substratos energéticos intramusculares e sua melhor

utilização no metabolismo aeróbio (Castoldi et al., 2013).

Neste estudo, não foi verificada adaptação significativa nas FM dos grupos

experimentais (GHC, T e GHT), quando comparados com o grupo C (p>0,05), apesar

destes terem mostrado leve aumento na média do menor diâmetro das FM. Tal achado

confronta os apresentados por Castoldi et al., em que verificaram aumento em ambos os

tipos de fibras musculares (rápida e lenta), em período de 14 semanas de ST (duração

maior do que o adotado no presente estudo).

Além disso, Castoldi et al., (2015), analisaram o músculo gastrocnêmio medial,

que possui predomínio de fibras glicolíticas, quando comparado ao músculo Sóleo,

utilizado nessa pesquisa. Tal fato pode explicar a menor adaptação, quando comparado

ao estudo de Castoldi et al., (2015). Pesquisas futuras, que analisem diferentes grupos

musculares, podem vir a acrescentar aos resultados observados no presente estudo.

Além do TF, o presente estudo verificou as alterações provocadas pelo GH. Foi

observado o efeito hipertrófico gerado pelo hormônio, independente do ST. Segundo

Cruzat et al., (2008), o GH possui efeitos anabólicos diretamente relacionados ao

metabolismo proteico e pode colaborar para o crescimento muscular. Tal fato pode

explicar o processo hipertrófico nos animais analisados.

O mecanismo exato de ação do GH na hipertrofia muscular ainda não está

completamente esclarecido (Cruzat et al., 2008). Um estudo realizado em seres humanos

mensurou a liberação do fator de crescimento (IGF-1) na corrente sanguínea de dois

grupos de indivíduos, o primeiro sem experiência (UT) e o segundo com experiência na

prática do treinamento resistido (RT). Foi verificado que após a realização de uma sessão

de exercícios de agachamento, houve aumento da liberação do fator de crescimento (IGF-

1), em ambos os grupos, prevalecendo o aumento no grupo UT, em diferentes períodos

após a realização, de modo a sugerir aparente adaptação na regulação hormonal à

execução do treinamento resistido (Rubin et al., 2005).

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No entanto, no presente estudo, quando utilizados os dois métodos de forma

conjunta (grupo GHT), foi observado que o processo hipertrófico não ocorreu de modo

mais intenso quando comparados com os grupos independentes (GHC e T). Este achado

pode ser justificado pelo limite fisiológico do tecido ou do animal, que leva em

consideração o limite de adaptação tecidual regulado pela miostatina, impedindo assim

que a hipertrofia ocorra de forma descontrolada (Yamada et al., 2012).

Dessa forma, o presente estudo colabora com a literatura ao avaliar o efeito do TF

e utilização do GH na morfometria da musculatura estriada esquelética de ratos Wistar.

No entanto, algumas limitações devem ser consideradas, como a não mensuração da

dosagem hormonal sanguínea e quantificação proteica no tecido muscular. Nesse sentido,

pesquisas envolvendo o TF e GH, utilizando-se de análises de expressão génica e fatores

de crescimento, podem contribuir para os achados expostos até o momento.

Conclusão

Conclui-se que quando analisados os cortes por meio da MO, coradas com HE,

todos os grupos experimentais demonstraram aumento do diâmetro das FM, independente

da administração de GH, realização do ST, ou ambos. No entanto, quando verificadas as

lâminas coradas pela reação de NADH-TR, somente as FMCR demonstraram aumento

significativo.

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ARTIGO 2 – Submetido à “Revista Brasileira de Medicina do Esporte”.

Artigo Original

Treinamento de força e hormônio do crescimento (GH) no tecido ósseo: efeitos na

densidade mineral, resistência óssea e tecido trabecular de ratos Wistar

1,2Robson Chacon Castoldi; 3Guilherme Akio Tamura Ozaki; 3Tatiana Emy Koike,

3Thiago Alves Garcia; 4Melise Jacon Peres Ueno; 4Rita Cássia Menegati Dornelles

3Regina Celi Trindade Camargo, 6Ines Cristina Giometti; 4Mario Jefferson Quirino

Louzada; 3José Carlos Silva Camargo Filho; 1William Dias Belangero.

1 Faculdade de Ciências Médicas. Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP.

2 Departamento de Educação Física. Universidade do Oeste Paulista – UNOESTE.

3 Departamento de Fisioterapia. Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita

Filho” - UNESP, campus de Presidente Prudente.

4 Departamento de Suporte, Produção e Saúde Animal. Universidade Estadual Paulista

– UNESP, Araçatuba.

5 Department of Basic Sciences, Araçatuba Dental School, UNESP - Universidade

Estadual Paulista, Araçatuba, SP, Brazil.

6 Faculdade de Medicina Veterinária. Universidade do Oeste Paulista – UNOESTE.

Endereço para correspondência

Prof. Me. Robson Chacon Castoldi

Laboratório de Análise da Plasticidade Muscular – LAPMUS.

UNESP/FCT – Campus de Presidente Prudente

Rua Roberto Simonsen, 305

Bairro: Centro Educacional

CEP:19060-900 - Pres. Prudente, SP

Fone: 55 (18) 3229 5829

E-Mail: [email protected]

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RESUMO

O objetivo do estudo foi verificar o efeito de um protocolo de treinamento de força

muscular (ST) e aplicação do hormônio do crescimento (GH) sobre a densidade mineral,

resistência óssea e quantidade de osso trabecular em ratos Wistar. Foram utilizados 40

ratos da linhagem Wistar, com 60 dias de idade, distribuídos em quatro grupos: controle

(C) [n=10], controle e aplicação de GH (GHC) [n=10], treinamento de força muscular (T)

[n=10] e treinamento de força muscular com a aplicação de GH (GHT) [n=10]. Os

animais dos grupos GHC e GHT receberam 0,2 UI/Kg de GH (Saizen®). Já os animais

dos grupos C e T receberam o mesmo volume de solução fisiológica (0,9% de cloreto de

sódio em água) ambos, anteriormente à realização do protocolo de ST. Os animais dos

grupos T e GHT realizaram quatro séries de 10 saltos, 3x/semana, por 4 semanas. Após

esse período, foram coletadas as tíbias e medidos os valores de densidade mineral óssea

(DMO), resistência óssea (F-max) e realizados os cortes por microtomografia

computadorizada (MCT). Foi observado que todos os grupos experimentais

demonstraram aumento na variável DMO (C=0,110±0,005; GHC=0,134±0,05;

T=0,127±0,004; GHT=0,133±0,008 g/cm²), no entanto, somente o grupo GHT

demonstrou diferença estatisticamente significativa em comparação com o grupo controle

(p<0,05). Além disso, não foi verificada diferença estatística para a variável obtida na F-

max. Na avaliação da MCT, em todos os grupos ocorreu aumento do número de

trabéculas (Tb.N) (C=1,10±0,22; GHC=1,79±0,07; T=1,91±0,04; GHT=1,91±0,09),

quando comparados com o grupo C (p<0,05). Conclui-se que, tanto o GH quanto o ST,

foram capazes de promover aumento da DMO e Tb.N. Porém, não foi verificada diferença

significativa para variável F-max.

Palavras-chave: Treinamento Físico; Hormônio do Crescimento; Tecido Ósseo; Força

Muscular, Anabolizantes.

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Introdução

A somatropina, também conhecida como hormônio do crescimento (GH), é

produzida na glândula adenohipófise e foi inicialmente observada no ano de 1922 em

estudos envolvendo animais. Posteriormente, na década 1950, foi isolada em seres

humanos e desde então vem sendo utilizada sob forma terapêutica em crianças e adultos

com atraso ou deficiência no crescimento (1,2).

Em sua forma principal, o GH é constituído por um único polipeptídio de 191

aminoácidos e peso molecular de 22 kDa (1,3,4). Além de poder ser isolado sob forma de

hormônio recombinante, o GH pode sofrer aumento na liberação na corrente sanguínea

por meio da realização de exercícios físicos (2), como o treinamento de força muscular

(ST).

O ST, assim como a maioria dos protocolos de treinamento físico, pode

desencadear a liberação do IGF-1 e GH, o qual apresenta efeito anabólico em diversos

tecidos, sendo um deles, o tecido ósseo (5-7). Este é formado essencialmente por

Carbonato de Cálcio e Fosfato de Apatita (6), substâncias cuja absorção e liberação são

estreitamente relacionadas ao estresse tecidual, como compressão, tração, flexão,

deslizamento e torção (8). Tais fatores são provenientes da mecânica de movimento e

gerados a partir de fatores como “uso” ou “desuso” (9).

Teoricamente, somando-se as duas formas estimuladoras do anabolismo tecidual

(ST e GH), pode se ter maior ganho de desempenho e crescimento celular (7). No entanto,

além de ser um tema controverso (10), existe escassez de estudos que procuraram

verificar a utilização de protocolos de ST e aplicação de GH, especialmente no tecido

ósseo.

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Observa-se ainda, que o uso de GH está presente em diversos esportes, tornando-

se um problema para as agências de controle antidoping no meio desportivo de alto

rendimento (11). Além disso, o uso dessa substância pode trazer risco e expor estes

usuários a possíveis problemas de saúde (12).

Dessa forma, estudos experimentais passam a ser uma alternativa na investigação

a respeito desta temática, pois dentre as vantagens, pode-se destacar o alto controle de

variáveis, facilidade de manipulação e possibilidade da realização de análises invasivas,

procedimento não recomendado em seres humanos (13,14). Sendo assim, o objetivo do

estudo foi verificar o efeito do ST e aplicação de GH na densidade mineral, resistência

óssea e tecido trabecular ratos Wistar.

Método

Animais

Foram utilizados 40 ratos da linhagem Wistar, com 60 dias de idade (fase de

crescimento), obtidos no Biotério Central da Universidade do Oeste Paulista – UNOESTE

e mantidos no biotério de experimentação no campus II da Instituição. Permaneceram em

grupos de 05 animais por caixas plásticas com dimensões de 41x34x17,5 cm com

temperatura (22±2oC), luminosidade (ciclo claro/escuro de doze horas) das 7 às 19 horas,

e umidade (55±15%) controlados, com livre acesso à água e à ração da marca Supralab®

(Supra, Empresa Alisul, Brasil). O presente estudo foi aprovado pelo comitê de ética

local, que recebeu o número de aprovação (CEUA - 2626).

Protocolos Experimentais

Os animais foram distribuídos aleatoriamente em quatro grupos, sendo estes:

controle (C) [n=10], controle GH (GHC) [n=10], treinamento de força muscular (T)

[n=10] e treinamento de força muscular com a aplicação de GH (GHT) [n=10]. O período

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de treinamento foi composto por quatro semanas.

Antes do início dos treinamentos, os animais foram submetidos a um período de

adaptação ao meio líquido e ao equipamento (1x10 saltos; 2x10 saltos; 3x10 saltos),

durante uma semana, com sobrecarga e duração progressivamente aumentados (15)

Grupos Experimentais

Protocolo de Aplicação de GH

Os animais do grupo GHC e GHT receberam a administração de 0,2 UI/Kg de GH

(Saizen®), três vezes por semana, em dias alternados. Os animais do grupo GHT

receberam a dosagem antes da realização do protocolo de treinamento físico. Já os

animais dos grupos C e T receberam o mesmo volume de solução fisiológica (0,9% de

cloreto de sódio em água) que outros grupos receberam de GH três vezes por semana, de

forma pareada com os grupos experimentais.

Protocolo de realização do treinamento físico

Os animais dos grupos T e GHT realizaram 4 séries de 10 saltos, três vezes na

semana (3x/semana), em dias não consecutivos. O protocolo de treinamento foi realizado

em recipiente cilíndrico de PVC, especialmente modificado para saltos na água, de

profundidade apropriada ao comprimento dos animais (38cm). Entre cada uma das séries

de saltos estabeleceu-se intervalo de 1 minuto, marcado por cronômetro. A sobrecarga

utilizada foi correspondente a 50% da massa corporal de cada animal, corrigida

semanalmente e acomodada na região anterior do tórax, por meio de um colete

especificamente elaborado para este tipo de treinamento (Figura 1). Tal método de

treinamento foi embasado em estudos prévios (16,17).

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Figura 1: Ilustração da execução do treinamento de força muscular.

Coleta das amostras

Após 48 horas da última sessão de treinamento, os animais foram anestesiados

com éter etílico, para não influenciar nos parâmetros bioquímicos, e então foram

sacrificadas por exsanguinação. Foi realizada a coleta de sangue para análise da creatina

quinase (U/L) fração músculo-cérebro (CK-MB) para verificação do grau de lesão

muscular, em tubos sem anticoagulante (Vacutainer®).

3.6 Tecido Ósseo

Após a eutanásia, a tíbia foi retirada por meio de incisão longitudinal para

remoção da pele e de partes moles. Após este procedimento, foi realizada a imersão em

solução fisiológica e armazenada à temperatura de –20°C para posterior realização das

análises.

Densitometria óssea

As tíbias foram submetidas à análise de densitometria com aparelho densitômetro

de dupla emissão de raios – X (DXA), modelo DPX-Alpha, LUNAR, utilizando-se

software especial para pequenos animais. Para tal procedimento, os ossos foram

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submersos em recipiente de plástico contendo 2 cm de profundidade de água para simular

o tecido mole (in vivo) (9). A área da tíbia foi delimitada pelo aparelho, sendo essa área

percorrida pelo DXA (5 cm x 4 cm). O laser do aparelho foi ajustado acima do centro do

osso no início da captura da imagem.

Após a captura das imagens, os ossos foram analisados utilizando-se a ferramenta

de análise manual. A área desejada para análise da tíbia foi contornada para obtenção dos

valores de área, conteúdo mineral ósseo e densidade mineral óssea (9).

Ensaio mecânico

O ensaio mecânico foi realizado na porção média da tíbia, na posição horizontal

(ensaio de três pontos), por meio de máquina universal de ensaios mecânicos EMIC®

2000, dotada de célula de carga de 500N, ajustada para a escala de 200N. A tíbia foi

posicionada de forma que o ponto de referência medido ficou alinhado com o atuador,

com velocidade de descida de 5 milímetros/minuto.

O osso foi ajustado de forma a não se deslocar durante o ensaio, com pré-carga

inicial nula e aumentada progressivamente, até o momento da ruptura do tecido ósseo

(fratura). Desse modo, foram obtidos os valores de força máxima (F-max) (9,18,19).

Microtomografia Computadorizada (MCT)

A microtomografia óssea foi realizada com microtomógrafo computadorizado

Skyscan 1172 (Skyscan, Aartselaar, Bélgica), utilizado para avaliação tridimensional não

destrutiva da arquitetura tecidual. Foram analisados 100 cortes (slices), que compreende

a metáfise proximal da tíbia, 20 mm abaixo da linha de crescimento ósseo (Figura 2),

configurada com voltagem de 70 kv, 142 µA, rotação de 0,05, frame averaging ON (3),

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filtro AI 0,5mm e Resolução (Pixel Size) = 9 µm de tamanho, 70kV e 200 µA de

configuração da fonte, filtro de alumínio de 0,5 mm, 185° de rotação e 0.4º de passo.

Cada peça foi reconstruída usando o software que acompanha o Skyscan

(NRECON; Skyscan). Já para análise tridimensional (3D), foi utilizado o software CTAn

v.1.5.0 (Skyscan). Foram mensurados o volume ósseo percentual (divisão do volume

ósseo pelo volume tecidual) - BV/TV (%); espessura trabecular - Tb.Th (mm); número

de trabéculas por milímetro de tecido - Tb.N (mm-1), separação trabecular - Tb.Sp (mm)

e índice do modelo de estrutura - SMI (20).

Figura 2. Forma de utilização da Microtomografia Computadorizada para análise do

ósseo trabecular.

Análise Estatística

Após a obtenção dos dados, foi realizado o teste de normalidade de Shapiro-Wilk.

Nos casos em que houve distribuição normal, foi utilizada a análise de variâncias

(ANOVA One-Way), seguido pelo pós-teste de Tukey para as variáveis massa corporal,

creatina quinase, microtomografia computadorizada e absorciometria radiológica de

dupla energia. Já para as variáveis que não apresentaram normalidade, foi utilizado o teste

não paramétrico Kruskal-Wallis com pós-teste de Dunn, para a comparação entre os

grupos das variáveis obtidas pelo ensaio mecânico. Foi utilizada a análise de variâncias

ANOVA com medidas repetidas para a análise da variável massa corporal intragrupos,

nos momentos pré e pós-treinamento. Todos os procedimentos adotaram o nível de

significância de 5%. Os cálculos foram realizados com o aplicativo (SPSS 22.0 for

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Windows®).

Resultados

Após a análise dos dados, foi verificado que a massa corporal não se diferenciou

no início do experimento (p>0,05). No entanto, durante a fase experimental, o grupo GHT

demonstrou maiores valores para esta variável (Figura 3).

Figura 3. Evolução da massa corpórea durante o período experimental. (C): Grupo

Controle; (GHC): Grupo Controle e aplicação de hormônio do crescimento; (T): Grupo

Treinamento de Força Muscular; (GHT): Grupo Treinamento de Força e aplicação de

hormônio do crescimento. (*): Significância estatística a partir da análise de variâncias

ANOVA com medidas repetidas.

A identificação de esforço físico foi obtida pela análise de CK-MB. Nesse caso,

foi verificado que os grupos exercitados (T e GHT), demonstraram maiores valores para

esta variável (Figura 4).

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Figura 4. Análise da concentração de CK – MB (U/L) nos diferentes grupos de animais.

(#): Diferença entre os grupos C e CGH. (*): Diferença entre os grupos T e GHT.

Diferença estatisticamente significativa entre grupos a partir do teste de ANOVA com

Pós-Teste de Tukey (p<0,05). (C): Grupo Controle; (GHC): Grupo Controle e aplicação

de Hormônio do Crescimento; (T): Grupo Treinamento de Força Muscular; (GHT):

Treinamento de Força e aplicação de Hormônio do Crescimento.

A análise do osso trabecular foi realizada a partir da microtomografia

computadorizada (MCT). Nesse caso, foi possível identificar maior formação de

trabéculas ósseas em todos os grupos experimentais (Figuras 5 e 6).

Figura 5. Ilustração mostra a formação do osso trabecular a partir da análise por micro

tomografia computadorizada. (A): Grupo Controle; (B): Controle e GH; (C): Treinamento

de força muscular; (D): Treinamento de força muscular e GH.

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Figura 6. Ilustração mostra os cortes na região trabecular a partir da análise por micro

tomografia computadorizada (MCT). (A): Grupo Controle; (B): Grupo Controle e

aplicação de Hormônio de Crescimento; (C): Treinamento de Força Muscular; (D):

Treinamento de Força Muscular e aplicação de Hormônio do Crescimento.

Além disso, quando quantificado os valores para as variáveis obtidas com a

realização da MCT, foi verificado que houve aumento em todos os grupos tratados para

as variáveis de volume ósseo percentual (BV/TV (%)); espessura trabecular

(Tb.Th (mm)); número de trabéculas por milímetro de tecido (Tb.N (mm-1)) e índice do

modelo de estrutura (SMI). No entanto, somente a variável Tb.N mostrou diferenças a

partir da análise estatística (p<0,05). Também foi possível observar a diminuição para a

variável espaçamento trabecular (Tb.Sp (mm)), porém sem diferença estatística (p>0,05)

(Figura 7).

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Figura 7. Análise a partir da micro tomografia computadorizada (MCT). A: Volume Trabecular (%); B: Espessura Trabecular (mm); C: Número

de Trabeculas (mm-1); D: Espeçamento Trabecular (mm); E: índice de Modelo Estrutural (SMI). (*): Diferença estatisticamente significativa entre

grupo Controle e demais grupos experimentais para variável Número de Trabeculas (Tb/N). Comparação entre medias a partir do teste de ANOVA

one way, com pós teste de Tukey (p<0,05). (C): Grupo Controle; (GHC): Controle e GH; (T): Treinamento de força muscular; (GHT): Treinamento

de força muscular e GH.

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A partir da análise pela absorciometria radiológica de dupla energia (DXA),

verificou-se o aumento da densidade mineral óssea (DMO) em todos os grupos

experimentais (Figura 8). No entanto, somente o grupo GHT demonstrou diferença

estatisticamente significativa quando comparado ao C (p=0,02).

Figura 8. Análise da Densidade Mineral Óssea nos diferentes grupos de animais.

Comparação entre médias a partir do teste de ANOVA one-way com pós teste de Tukey

com valor de p<0,05. (*): Diferença entre grupo C e GHT. (C): Controle; (GHC):

Controle GH; (T): Treinamento de força muscular; (GHT): Treinamento de força

muscular e aplicação de GH.

Por último, foi verificada a força máxima (F-max), obtida por meio da realização

de ensaio mecânico. Nesse caso, apesar dos grupos experimentais demonstrarem menores

valores quando comparados ao grupo C (Figura 9), não foi verificada diferença estatística

(p>0,05).

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Figura 9. Análise da resistência óssea nos diferentes grupos de animais. Comparação

entre médias a partir do teste de Kruskal-Wallis com pós teste de Dunn e valor de p<0,05.

(C): Controle; (GHC): Controle GH; (T): Treinamento de força muscular; (GHT):

Treinamento de força muscular e aplicação de GH.

Discussão

O presente estudo verificou que os animais submetidos ao ST demonstraram

maiores valores para as variáveis de CK-MB (p<0,05), independente da utilização de GH.

Este achado pode demonstrar a ocorrência de lesões musculares ocasionadas pelo

treinamento de força muscular.

A análise de CK-MB tem sido utilizada para o monitoramento de atletas durante

o período de competições por fornecer informações úteis à prevenção de lesões. A CK é

uma enzima não plasmática e pode ser liberada no plasma sanguíneo em função da

destruição da membrana celular, provocada por estresse oxidativo ou lesão muscular

(21,22).

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No estudo realizado por Ghiasi et al., (21), foi verificado que animais que

realizaram um protocolo de força modelo “squat jump”, durante quatro semanas,

demonstraram aumento para a variável de CK. Tal achado corrobora com o presente

estudo, que apesar de utilizar protocolo de exercício em meio líquido, também causou o

aumento desta variável, uma vez que os animais treinados demonstram maiores valores

para esta variável quando comparados aos grupos C e GHC.

Outra forma de análise utilizada nesse estudo foi a microtomografia

computadorizada (MCT). Nesse caso houve aumento em todos os grupos de animais

tratados com ST e/ou GH para as seguintes variáveis: percentual de volume ósseo

(BV/TV (%)); espessura trabecular (Tb.Th (mm)); número de trabéculas por

milímetro de tecido (Tb.N (mm-1)) e índice do modelo de estrutura (SMI). No entanto,

somente o a variável Tb.N mostrou diferença estatística (p<0,05). Também foi possível

observar a diminuição para a variável espaçamento trabecular (Tb.Sp (mm)) em todos os

grupos experimentais, porém sem diferença estatística (p>0,05).

Apesar de ser uma técnica não destrutiva que reconstrói e modela interiores de

amostras na escala micrométrica e obtém informações sobre a geometria tridimensional

e propriedades do material (23,24), a MCT tem sido pouco utilizada em estudos que

procuraram investigar detalhadamente as modificações no osso trabecular e

microarquitetura (25). Um estudo realizado em animais investigou a aplicação do

exercício físico a partir da análise por MCT e demonstrou melhoras significativas no

conteúdo mineral ósseo, estrutura, propriedades mecânicas e morfologia trabecular (26).

Cabe ressaltar que nesse último caso foi utilizado exercício de corrida em esteira rolante,

protocolo diferente do utilizado no presente estudo, que apesar de utilizar sobrecarga

corporal, foi realizado em meio líquido. Além disso, foi utilizado o GH de forma isolada

e somado ao ST como possível fator de interferência no tecido ósseo.

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A aplicação de GH, assim como a realização do ST, foram capazes de melhorar a

qualidade do tecido a partir dos parâmetros obtidos pela MCT. Apesar do exercício em

meio líquido ser considerado como ineficiente para o aumento da massa óssea em

humanos, quando comparado com exercícios com peso, este tem demonstrado efeito

positivo em pequenos animais. Tal fato se assemelha ao presente estudo que utilizou ratos

Wistar em sua execução (9,25).

Estudos demonstram que o treinamento físico atua como estimulante na liberação

de GH na corrente sanguínea (5,6). No entanto, parece haver diferenças entre sexo e

períodos de liberação (5). Além disso, a intensidade e forma de exercício podem

influenciar na liberação do GH. Estas respostas provavelmente estão ligadas à regulação

de substratos energéticos e sistema imunológico, reparação tecidual e crescimento celular

(7).

No estudo de Botkus et al., (5) foram observados os efeitos do exercício físico

sobre a liberação de GH, hormônio liberador de GH (GHRH) e RNA mensageiro

(mRNA), responsável pela síntese de proteínas. Os autores verificaram que ratos machos

que realizaram exercícios de forma aguda e crônica, demonstraram níveis reduzidos de

mRNA em comparação a ratos machos sedentários. Além disso, foi observado que ratas

fêmeas exercitadas de forma aguda demonstraram aumento de mRNA em comparação às

fêmeas sedentárias. Já para o GHRH de ratos machos, foi verificado que o exercício

agudo diminuiu a concentração sanguínea, enquanto o exercício crônico aumentou e que

estas respostas foram opostas nas fêmeas. Por último, os autores observaram que as

respostas de GH são supridas durante o exercício físico em ratos, fato que contrasta às

respostas observadas em seres humanos (5).

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Todos os grupos de animais demonstraram aumento para a variável DMO, mas

somente o grupo GHT demonstrou diferença significativa (p<0,05). No estudo de

Castoldi et al. (27), foi observado que o ST causou aumento da DMO em animais

exercitados em meio líquido. De forma semelhante ao presente estudo, os autores

utilizaram quatro semanas de treinamento, com intensidade correspondente a 50% do

peso corporal e 4 séries de 10 saltos. Tais achados podem evidenciar a adaptação gerada

por este método de treinamento, salientando a ideia da importância do ST para a

manutenção e preservação do tecido ósseo.

Em um estudo realizado em idosos, foi verificado que apesar de não aumentar a

concentração de GH sanguíneo, 16 semanas de ST foram capazes de promover aumento

na DMO femoral (2). Em outra oportunidade, indivíduos adultos com deficiência na

secreção de GH, demonstraram aumento nas variáveis de DMO após período de

treinamento (29). Tal achado corrobora com o presente estudo, que apesar de ter utilizado

animais como forma de análise, verificou o aumento da DMO nos grupos experimentais.

Por último, foi observado que não houve diferença significativa para a variável F-

max, nos diferentes grupos de animais a partir da realização do ensaio mecânico (p>0,05).

Porém, mesmo que de forma discreta, os animais treinados (grupos T e GHT)

demonstraram redução dos valores para esta variável. No entanto, estudos apontam que

o exercício físico pode atuar como meio na adaptação e recuperação do tecido ósseo e

nesse caso, pode ser capaz de adaptar e potencializar a estrutura tecidual ou recuperar as

propriedades do osso, tornando-o resistente às fraturas após períodos de imobilização ou

perda da mineralização.

No estudo de Ozaki et al. (9), foi verificado que mesmo após período de

imobilização gessada, os animais remobilizado por meio de exercício físico (natação)

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demonstraram aumento para as variáveis de DMO e F-max. Tal fato demonstra que o

treinamento físico pode ser um potente estimulador da ação osteogênica (5), de forma a

contribuir com o aumento da liberação de GH e consequentemente, da mineralização

tecidual (6).

Dessa maneira, o presente estudo colabora com a literatura ao identificar as

alterações provocadas pelo ST e GH a partir da realização de análises com a MCT, DMO

e F-max. No entanto, algumas limitações devem ser levadas em consideração, como a

falta da dosagem hormonal utilizada e forma de treinamento físico. Estudos futuros que

utilizem formas variadas de treinamento, assim como doses diferenciadas de GH, podem

contribuir com os resultados expostos na presente pesquisa.

Conclusão

Conclui-se que, o ST assim como o GH, proporcionaram aumento do tecido ósseo

trabecular e da DMO de ratos Wistar. No entanto, não foi observada diferença

estatisticamente significativa para F-max.

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55

ARTIGO 3 – Submetido à revista “Photomedicine and Laser Surgery”.

Artigo Original

Efeito do treinamento de força muscular e aplicação de hormônio do crescimento

(GH) no tecido ósseo femoral: análises de espectroscopia Raman, densitometria

óssea e ensaio mecânico

3,4Robson Chacon Castoldi; 4Guilherme Akio Tamura Ozaki; 2João Domingos Augusto

dos Santos Pereira; 1Tatiana Emy Koike, 1Regina Celi Trindade Camargo, 6Ines Cristina

Giometti; 5Mario Jefferson Quirino Louzada; 2Carlos José Leopoldo Constantino; 1José

Carlos Silva Camargo Filho; 4William Dias Belangero.

1Departamento de Fisioterapia. Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”

- UNESP, campus de Presidente Prudente.

2 Departamento de Física, Química e Biologia. Universidade Estadual Paulista “Júlio de

Mesquita Filho” - UNESP, campus de Presidente Prudente.

3 Departamento de Educação Física. Universidade do Oeste Paulista – UNOESTE.

4 Faculdade de Ciências Médicas. Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP.

5 Departamento de Suporte, Produção e Saúde Animal. Universidade Estadual Paulista

– UNESP, Araçatuba.

6 Faculdade de Medicina Veterinária. Universidade do Oeste Paulista – UNOESTE.

Endereço para correspondência

Prof. Me. Robson Chacon Castoldi

Laboratório de Análise da Plasticidade Muscular – LAPMUS.

UNESP/FCT – Campus de Presidente Prudente

Rua Roberto Simonsen, 305

Bairro: Centro Educacional

CEP:19060-900 - Pres. Prudente, SP

Fone: 55 (18) 3229 5829

E-Mail: [email protected]

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RESUMO

O objetivo foi analisar os efeitos da aplicação do hormônio do crescimento (GH) somado

a realização do treinamento de força muscular (ST). Foram utilizados 40 animais machos,

com 60 dias de idade, da linhagem Wistar. Os animais foram distribuídos em quatro

grupos, sendo estes: controle (C), controle GH (GHC), treinamento de força muscular (T)

e treinamento de força muscular com GH (GHT). Foram coletadas amostras sanguíneas

para quantificação de creatina quinase (CK-MB) e retirados os fêmures para análise por

espectroscopia Raman (Raman), absorciciometria radiológica de dupla emissão de raios

– X (DXA) e resistência mecânica (F-max). Foi realizado o teste de normalidade de

Shapiro-Wilk e análise de variâncias (ANOVA One-Way), seguido pelo pós-teste de

Tukey, para as variáveis paramétricas e teste não paramétrico de Kruskal-Wallis com pós

teste de Dunn. Verificou-se que houve o aumento mais acentuado dos componentes

minerais ósseos no grupo T, para todas as variáveis obtidas pelo Raman. Além disso, para

os animais submetidos à aplicação de GH, houve redução na variável densidade mineral

óssea (DMO) (p<0,05). Por fim, os animais que receberam aplicação de GH,

demonstraram maior F-max, porém, sem significância estatística (p>0,05). Conclui-se

que, os animais que receberam aplicação de GH demonstraram diminuição da DMO.

Além disso, o treinamento de força isolado foi capaz de promover aumento dos

compostos de cálcio, fosfato, amido e colágeno do tecido ósseo.

Palavras-chave: Treinamento Físico; Hormônio do Crescimento; Tecido Ósseo; Força

Muscular, Anabolizantes.

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Introdução

O tecido ósseo apresenta a capacidade de adaptar-se a estímulos, como o

treinamento físico (TF) e a aplicação de certas substâncias, como o hormônio do

crescimento (GH) (1,2). Esses estímulos atuam no metabolismo ósseo, modulando

principalmente a síntese ou degradação da matriz inorgânica do osso (3).

O TF promove uma deformação temporária do tecido ósseo, por meio da carga

imposta ao tecido e a tração dos tendões durante a contração muscular (4). Essa

deformação promove estímulo para os osteoblastos sintetizarem a matriz inorgânica do

tecido ósseo, aumentando sua densidade mineral, e tornando o osso mais resistente à

fraturas (5).

Por outro lado, o GH possui a função de promover o crescimento de órgãos e

tecidos e estimular o metabolismo ósseo (6). Um estudo realizado com aplicação de GH,

demonstrou que ele é capaz de promover o aumento da massa óssea cortical (7).

No entanto, não foram encontrados na literatura científica estudos que abordam a

aplicação do GH em conjunto com o TF no tecido ósseo. Ambas as abordagens

apresentam a capacidade de estimular a síntese da matriz inorgânica do osso, entretanto,

não é clara a ação em conjunto dessas duas formas de estimulação (8–10).

Dessa forma, o objetivo foi verificar o efeito do treinamento de força (ST) somado

à utilização de GH no tecido ósseo de ratos Wistar.

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58

Método

Animais

Foram utilizados 40 animais machos, com 60 dias de idade (fase de crescimento)

da linhagem Wistar. Permaneceram em grupos de 05 animais por caixas plásticas com

dimensões de 41x34x17,5 cm com temperatura (22±2oC), luminosidade (ciclo

claro/escuro de doze horas) e umidade (55±15%) controlados, das 7 às 19 horas, com

livre acesso à água e à ração da marca Supralab® (Supra, Empresa Alisul, Brasil). O

estudo foi aprovado pelo comitê de ética local, no qual recebeu o número de aprovação

(CEUA - 2626).

Protocolos Experimentais

Os animais foram distribuídos em quatro grupos, sendo estes: controle (C) [n=10],

controle GH (GHC) [n=10], treinamento de força muscular (T) [n=10] e treinamento de

força muscular com a aplicação de GH (GHT) [n=10]. O período de treinamento foi

composto por quatro semanas.

Os animais foram submetidos antecipadamente a um período de adaptação ao

meio líquido e equipamento (1x10 saltos; 2x10 saltos; 3x10 saltos), durante uma semana,

com sobrecarga e duração progressivamente aumentados (11).

Grupos Experimentais

Grupo C: os animais permaneceram livres em gaiolas e receberam mesmo volume de

solução fisiológica (0,9% de cloreto de sódio em água) que outros grupos que receberam

GH.

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Grupo GHC: os animais permaneceram livres em gaiolas e receberam a administração de

0,2 UI/Kg de GH em cada animal, três vezes por semana, em dias alternados.

Grupo T: os animais realizaram quatro séries de 10 saltos, executado três vezes na

semana, em um recipiente cilíndrico de PVC, especialmente modificado para saltos na

água, de profundidade apropriada ao comprimento dos animais (38cm). Entre cada uma

das séries de saltos estabeleceu-se intervalo de 1 minuto. A sobrecarga utilizada foi

correspondente a 50% do peso corpóreo de cada animal e corrigido semanalmente. A

sobrecarga foi acomodada na região anterior do tórax por meio de um colete (Figura 1),

como proposto por De Mello Malheiro et al., (12) e utilizado por Castoldi et al., (13).

Receberam solução fisiológica em igual volume que os animais tratados com GH (0,9%

cloreto de sódio em água).

Figura 1: Ilustração da execução do treinamento de força.

Grupo GHT: foi realizado de forma idêntica ao protocolo citado anteriormente. Porém,

assim como no caso do grupo GHC, foi administrado 0,2 UI/Kg de GH, ao invés de

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60

solução fisiológica, em cada um dos animais. Imediatamente após a aplicação, os animais

foram induzidos à realização do protocolo de treinamento com pesos.

Período Experimental

Quadro 1. Período e Atividades Desenvolvidas Durante o Experimento.

Período de Experimento (semanas)

0 1ª 2ª 3ª 4ª 5ª

Controle (C) M M M M M E

Controle e GH (GHC) M M

GH

M

GH

M

GH

M

GH

E

Treinamento Anaeróbio

Neuromuscular (T)

Adapt X

X

X

X

E

Treinamento Anaeróbio

Neuromuscular e GH

(GHT)

Adapt X

GH

X

GH

X

GH

X

GH

E

Nota: Adapt = Adaptação dos animais ao meio líquido e Equipamento para a realização

do treinamento com pesos. X = Treinamento físico, GH = Aplicação do Hormônio do

Crescimento. E = Eutanásia e coleta do material, M = Manutenção dos animais sem a

realização do treinamento com pesos.

Análises Bioquímicas

Ao final do período experimental, os animais foram anestesiados com éter etílico,

para não influenciar nos parâmetros bioquímicos, e então foram sacrificadas por

exsanguinação. Foi realizada a coleta de sangue para análise da creatina quinase (U/L)

fração músculo-cérebro (CK-MB) para verificação do grau de lesão muscular, em tubos

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(Vacutainer®) sem anticoagulante. A bioquímica sérica foi realizada por meio do método

colorimétrico utilizando sistemas Cobas C111®.

Tecido Ósseo

Após a eutanásia, o fêmur do membro direito foi retirado por meio de incisão

longitudinal para remoção da pele e de partes moles. Após este procedimento, foi

realizada a imersão em solução fisiológica e armazenada à temperatura de –20°C para a

realização de análises posteriores.

Microscopia Raman

A análise da estrutura óssea (células ósseas) foi realizada com a utilização de

microscópio Raman “espectrógrafo micro-Raman, marca Renishaw, modelo in-Via”

surface-enhanced Raman scattering (14–16). Nesse caso, foram mensuradas as alterações

nas bandas correspondentes aos seguintes compostos: Fosfato (Banda 428,38), Colágeno

Tipo I (937,07), Fosfato de Cálcio (960,09), Fosfolipídio – Ácido Nucleico (1080,39),

Amido III (1246,54) e Amido I (1656,01), segundo a padronização elaborada por

Movasaghi et al., (17) (Tabela 1).

As medidas de espectroscopia Raman foram obtidas com espectrógrafo micro-

Raman, modelo in-Via da marca Renishaw. Foi utilizado o laser com comprimento de

onda de 633 nm com potência na amostra da ordem de microwatt (µW) e a rede de

difração foi de 1800 linhas por mm. O tempo de exposição adotado foi de 10 s e a

quantidade de acumulações foi igual a cinco.

A microscopia óptica foi obtida por microscópio óptico da marca Leica (série

DMLM), acoplado ao espectrógrafo e objetiva com aumento de 50x fornecendo resolução

espacial da ordem 1,00 µm², detector CCD Peltier (resfriado a -70 °C) e plataforma

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motorizada XYZ (motor de passo – 0,10 µm) no qual foram posicionadas as amostras.

Três espectros foram coletados de cada amostra, totalizando nove espectros por grupo.

Tabela 1 - Atribuições de bandas do espectro Raman do tecido ósseo

ν [cm-1] Atribuição da banda

428 Estiramento simétrico do ν2 PO43- (fosfato da HA)

937 Prolina (colágeno tipo I)

960 Estiramento simétrico do ν1 PO43- (fosfato da HA)

1080 Fosfolipídios típicos

Vibrações do fosfato (grupos fosfodiester em ácidos nucléicos)

Colágeno

1246 Amida III (do colágeno)

1247 Amida III (atribuído ao colágeno)

1656 C=C (lipídios)

Amida I (proteínas)

Referências: CHENG et al.,(18); GAZI et al., (19); MALINI et al., (20); SHAFER-

PELTIER et al., (21).

Densitometria óssea

Os fêmures foram submetidos à análise de densitometria com aparelho

densitômetro de dupla emissão de raios – X (DXA), modelo DPX-Alpha, LUNAR,

utilizando-se software especial para pequenos animais. Para tal procedimento, os ossos

foram submersos em recipiente de plástico contendo 2 cm de profundidade de água para

simular o tecido mole (in vivo). A área do fêmur foi delimitada pelo aparelho, sendo essa

área percorrida pelo DXA (5 cm x 4 cm). O laser do aparelho foi ajustado acima do centro

do osso no início da captura da imagem.

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Após a captura das imagens, os ossos foram analisados utilizando-se a ferramenta

de análise manual. A área desejada para análise do fêmur foi contornada para obtenção

dos valores de conteúdo mineral ósseo e densidade mineral óssea (22).

Ensaio mecânico

O ensaio mecânico foi realizado na porção proximal do fêmur por meio de

máquina universal de ensaios mecânicos EMIC® 2000, dotada de célula de carga de

500N, ajustada para a escala de 200N. A cabeça do fêmur foi posicionada de forma que

o ponto de referência medido ficou alinhado com o atuador, com velocidade de descida

de 5 milímetros/minuto.

O osso foi ajustado de tal forma a não se deslocar durante o ensaio, tendo uma

pré-carga inicial nula. O ensaio prosseguiu, sendo as cargas aplicadas até o momento da

ruptura do tecido ósseo. A partir de então, foram obtidos os valores de força máxima.

Tal protocolo seguiu os modelos realizados por Ozaki et al.,(23), Vieira de Carvalho et

al.,(24), Aguiar et al., (25).

Análise Estatística

Após a obtenção dos dados, foi realizado o teste de normalidade de Shapiro-Wilk.

Nos casos em que houve distribuição normal na curva gaussiana, foi utilizada a análise

de variâncias (ANOVA One-Way), seguido pelo pós-teste de Tukey. Já para as variáveis

que não apresentaram normalidade, foi utilizado o teste não paramétrico Kruskal-Wallis

com pós teste de Dunn, para a comparação entre os grupos das variáveis obtidas pela

espectroscopia Raman, ensaio mecânico, DXA e creatina quinase (CK-MB). Foi utilizada

a análise de variâncias ANOVA com medidas repetidas para a análise da variável massa

corporal intragrupos, nos momentos pré e pós-treinamento. Todos os procedimentos

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adotaram o valor de significância de 5% (p<0,05). Os cálculos foram realizados com o

aplicativo (SPSS 17.0 for Windows®).

RESULTADOS

Após a obtenção dos dados, foi verificado que houve maior variação na massa

corporal no grupo GHT (p<0,05) (Figura 2).

Figura 2. Análise da massa corporal nos grupos de animais (a): Diferença entre grupos

de animais C e GHT. (*) Diferença estatisticamente significativa entre grupos a partir do

teste de ANOVA com Pós-Teste de Tukey (p<0,05). (C): Grupo Controle; (GHC):

Controle e GH; (T): Treinamento de força muscular; (GHT): Treinamento de força

muscular e GH.

Além disso, foi verificada a concentração de creatina quinase fração músculo-

cérebro (CK-MB), enzima que permite identificar ocorrência de micro lesões no músculo

proveniente do exercício. Foi verificado que houve maior concentração nos animais dos

grupos T e GHT (Figura 3), quando comparados aos grupos C e GHC (Média: C=35,01;

GHC=35,24; T=48,57; GHT=47,37).

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Figura 3. Análise da concentração de CK – MB (U/L) em animais. (*) Diferença

estatisticamente significativa entre grupos C, T e GHT a partir do teste de ANOVA com

Pós-Teste de Tukey (p<0,05). (C): Grupo Controle; (GHC): Controle e GH; (T):

Treinamento de força muscular; (GHT): Treinamento de força muscular e GH.

Foi realizada a análise da espectroscopia Raman a partir das mensurações de

bandas pré-definidas (cm-1). Assim, foi verificada a quantificação dos compostos Fosfato,

Colágeno Tipo I, Fosfato de Cálcio, Fosfolipídio – Ácido Nucleico, Amido III e Amido

I. Verificou-se que houve o aumento mais acentuado no grupo T em todas as variáveis,

seguido pelos grupos GHT e GHC, respectivamente (Figuras 4 e 5).

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Figura 4. Espectroscopia Raman realizada nos diferentes grupos de animais. Média de

três espectros. (C): Grupo Controle; (GHC): Controle e GH; (T): Treinamento de força

muscular; (GHT): Treinamento de força muscular e GH.

400 600 800 1000 1200 1400 1600

Número de onda [cm-1]

Inte

nsi

dad

e

36AGH

37AGH

40AGH

30ASH

26ASH

29ASH

937

960

1080 1246 1656

428

A

B

400 600 800 1000 1200 1400 1600

Número de onda [cm-1]

Inte

nsi

dad

e

937

960

1080 1246

1656

428

17SGH

12SGH

16SGH

08SSH

09SSH

10SSH

36 GHT

37 GHT

40 GHT

30 T

26 T

29 T

17 GHC

12 GHC

16 GHC

09 C

10 C

08 C

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Figura 5: Análise por Espectroscopia Raman da quantificação do composto Fosfato (A); Colágeno Tipo I (B); Fosfato de Cálcio (C);

Fosfolipídio – Ácido Nucleico (D); Amido III (E); Amido I (F) no tecido ósseo de animais machos. (*): Diferença entre grupo C e T pelo

teste de ANOVA com pós-teste de Tukey (p<0,05). (C): Grupo Controle; (GHC): Controle e GH; (T): Treinamento de força muscular;

(GHT): Treinamento de força muscular e GH.

A

D F E

C B

* *

*

*

*

*

*

*

* *

*

* *

*

*

# #

# # #

*

*

*

* *

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Após a densitometria óssea (DXA), verificou-se que houve aumento da variável

densidade mineral óssea (DMO) no grupo que realizou treinamento de forma isolada,

porém, sem significância (p>0,05). Além disso, nos grupos que receberam aplicação de

GH (GHC e GHT), houve a diminuição dos valores para esta variável (Figura 6),

especialmente no grupo GHC (p<0,05).

Figura 6. Densidade Mineral Óssea nos diferentes grupos de animais. (*) Diferença

estatisticamente significativa entre grupos a partir do teste de ANOVA com Pós-Teste de

Tukey (p<0,05). (*): Grupo GHC diferente de C, T e GHT. (C): Grupo Controle; (GHC):

Controle e GH; (T): Treinamento de força muscular; (GHT): Treinamento de força

muscular e GH.

Por último, foi analisada a força máxima suportada pelo fêmur. Para essa variável

não foi possível observar diferenças significantes entre os diferentes grupos de animais

(p>0,05) (Figura 7).

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Figura 7. Análise da Força Máxima imposta na cabeça femoral nos diferentes grupos de

animais. Teste de ANOVA com Pós-Teste de Tukey (p>0,05). (C): Grupo Controle;

(GHC): Controle e GH; (T): Treinamento de força muscular; (GHT): Treinamento de

força muscular e GH.

Discussão

A presente pesquisa teve como principal objetivo investigar os efeitos da

realização de treinamento de força (ST) e aplicação do hormônio do crescimento (GH).

Foi verificado que tanto o uso de GH, quanto o SF, foram capazes de promover alterações

no tecido ósseo. No entanto, o treinamento isolado mostrou maior ganho para as variáveis

analisadas do que quando somado a utilização de GH.

Após a obtenção dos dados pela espectroscopia Raman (Raman), foi observado

maior quantidade dos compostos Fosfato (428,38 cm-1), Colágeno Tipo I (937,07 cm-1),

Fosfolipídio – Ácido Nucleico (1080,39 cm-1), Amido III (1246,54 cm-1) e Amido I

(1656,01 cm-1) nos animais do grupo T, em comparação aos demais grupos experimentais

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(p<0,05). Além disso, observou-se que o grupo GHT (treinamento e aplicação de GH),

apesar de ter demonstrado aumento dos minerais em relação ao grupo C, tal fato não

ocorreu na mesma magnitude.

Estudos demonstraram que o treinamento físico estimula a produção de cálcio,

fosfato, amido e colágeno, presentes nas células ósseas, assim como o tecido conjuntivo

da matriz extracelular (4,26). A explicação para o aumento destas propriedades está

relacionada ao turnover, causado pelo aumento da sobrecarga gerada pela realização do

treinamento (12).

Segundo Torres-Del-Pliego et al., (27), a microscopia Raman pode ser usada para

mensurar propriedades químicas dos minerais e componentes do colágeno ósseo

simultaneamente, inclusive in vivo. No entanto, poucos estudos foram realizados em

animais com a intenção de se identificar parâmetros biomecânicos a partir da

espectroscopia Raman (14,26,28).

Os achados no presente estudo se contrapõem aos encontrados por Da Silva et al.,

(29), no qual utilizaram a espectroscopia Raman para obtenção dos resultados. Nesse

último caso, os autores observaram que apesar de não demonstrar diferença

estatisticamente significativa, algumas variáveis (Razão entre Bandas 1070/960)

demonstraram diminuição após a realização de um protocolo de exercício de natação em

ratas Wistar com 90 dias de idade.

Vale ressaltar que a presente pesquisa utilizou um protocolo de treinamento

resistido, com 4 séries de 10 saltos, em animais machos com 60 dias de idade. Enquanto

Da Silva et al., (29) utilizaram um protocolo de treinamento aeróbio, com intensidades

correspondentes a 40 e 80% da capacidade máxima, em animais fêmeas. Nesse caso, além

do gênero e idade, a especificidade do treinamento pode ter resultado na diferença dos

resultados obtidos (30).

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71

Já quando comparado ao estudo de Renno et al., (31), foi verificado que os

resultados obtidos no presente trabalho se assemelham aos achados publicados

previamente. Nesse caso, foi utilizado um protocolo de treinamento físico similar ao

utilizado na presente pesquisa (saltos aquáticos) em ratas Wistar e constatado o aumento

significativo do conteúdo de Cálcio nos animais analisados. A partir dessa constatação,

é possível verificar que o protocolo de ST utilizado no presente estudo foi capaz de induzir

ao aumento da quantidade dos compostos analisados, fato esse que não ocorreu com a

aplicação de GH.

Apesar de alguns estudos apontarem para o desenvolvimento corporal e

crescimento celular a partir do uso de GH (1,32,33), outros achados não sustentaram esta

ideia. Segundo os estudos de Cruzat et al., (8), De Rezende Gomes et al., (34) e Hoffman

et al., (9), alguns aspectos fisiológicos relacionados à sua aplicação ainda permanecem

controversos e desconhecidos, como fatores reguladores da síntese proteica e lipídica,

além da liberação de forma direta (ação na membrana plasmática) ou indireta (síntese dos

fatores de crescimento – IGF).

Além disso, a idade e variáveis de treinamento como volume, frequência e

intensidade, podem vir a influenciar nos resultados (8). No estudo de Kraemer at al., (35),

verificaram que a liberação do GH na glândula hipófise é diferenciada de acordo com a

região, e que o exercício de força agudo pode causar adaptações na estrutura e função

somatotófrica.

Mesmo com a escassez de estudos investigando a aplicação de GH e realização

do treinamento físico, pesquisas verificaram a ação do GH em animais e observaram que

a sua falta pode contribuir para a diminuição do tecido ósseo esponjoso (36) e redução do

IGF-1 causada pelo Diabetes (37). Nesse sentido, estudos futuros utilizando novas

técnicas, como a espectroscopia Raman, podem colaborar com a literatura.

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Também foi mensurada a DMO por meio da análise de absorciometria radiológica

de dupla energia (DXA). Percebe-se que nesse caso, houve a diminuição desta variável

no grupo GHC (p<0,05). Embora não tenha demonstrado diferença estatisticamente

significativa (p>0,05), o grupo T demonstrou aumento para esta variável quando

comparado aos demais grupos de animais.

Sabe-se que o tecido ósseo pode sofrer adaptações a partir da realização do ST,

como o aumento da densidade mineral (38,39). Estudos anteriores demonstraram que

tanto o exercício de natação (23), quanto o treinamento com pesos (40), foram capazes

de induzir o tecido ósseo ao aumento da DMO.

A diminuição da DMO nos grupos de animais GHC e GHT, supostamente tenha

sido dada pela função específica de crescimento celular gerada pelo GH. Ou seja, a

potencialização do crescimento celular pode ter resultado na diminuição da densidade,

quando somada a realização do treinamento físico (41). Assim, para o uso hormonal sem

prejuízos ao tecido ósseo, uma possibilidade pode ser a utilização de GH somado à

suplementação de Cálcio e demais minerais pertencentes à cadeia estrutural do tecido.

O estudo também verificou a resistência óssea por meio da análise de compressão.

Após a realização do ensaio mecânico e determinação da F-max, foi verificado que não

houve diferença estatisticamente significativa para a mensuração da variável de F-max

(p>0,05).

No estudo de Ozaki et al., (23) foi observado que o exercício físico foi capaz de

promover aumento da resistência ao teste de F-max, mesmo após o processo de

imobilização dos animais. Nesse caso, os animais exercitados apresentaram resultados

em relação à F-max com valores próximos aos animais que que não foram imobilizados.

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Segundo Hojan et al., (38) o equilíbrio entre a reabsorção e a formação de tecido

ósseo é influenciado por uma série de fatores, como nutrição, síntese hormonal,

treinamento físico e outros. A deposição do cálcio é parcialmente regulada pela

quantidade de carga que lhe foi imposta. Dessa forma, quanto maior forem as forças

aplicadas (respeitando os limites fisiológicos), maior a ativação dos osteoblastos,

tornando-os mais resistentes (38,39).

Por fim, vale ressaltar que os animais do grupo GHT demonstraram diferença no

ganho de massa quando comparados ao grupo C. Tal fato demonstra que o GH pode

interferir na variação ou ganho de peso. Outro fato observado foi o aumento da proteína

CK-MB nos animais que realizaram o protocolo de ST, mesmo após 48 horas da última

sessão de treinamento, fato que evidencia que este protocolo foi suficiente para gerar

estresse muscular.

A CK-MB tem sido utilizada por longa data no diagnóstico e monitorização do

enfarte do miocárdio e de miopatias como a distrofia muscular (42–44). Nesse caso, pôde-

se observar que os animais treinados, demonstraram maior concentração desta enzima.

Diante do exposto, o presente estudo contribui com a literatura ao verificar o efeito

do ST e uso de GH no tecido ósseo de ratos Wistar. No entanto, algumas limitações devem

ser consideradas, como a forma de treinamento (saltos aquáticos), dosagem de GH (0,2

UI/Kg) e período de treinamento (quatro semanas). Estudos que abordem outra forma de

exercício ou diferentes dosagens hormonais, podem vir a contribuir com a presente

pesquisa.

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Conclusão

Conclui-se que, os animais que receberam aplicação de GH demonstraram

diminuição da DMO. Além disso, o treinamento de força isolado foi capaz de promover

aumento dos compostos de cálcio, fosfato, amido e colágeno do tecido ósseo femoral.

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DISCUSSÃO GERAL

O objetivo do referido estudo foi analisar os efeitos da aplicação do

hormônio do crescimento (GH) e realização de um protocolo de treinamento de

força muscular (ST) nas fibras musculares (FM) e tecido ósseo de ratos Wistar.

Após a análise do músculo Sóleo, foi observado que tanto o TF quanto o GH,

proporcionaram o aumento do diâmetro das FM.

Fato este que pode ser verificado quando analisadas as FM a partir da

coloração com Hematoxilina e Eosina (HE). No entanto, a partir da coloração

realizada por nicotinamida adenina dinucleotídeo tetrazólio redutase (NAD-TR),

pode ser observado que somente as FM de contração rápida demonstraram

diferença significativa (p<0,05).

Estas alterações podem ter sido provocadas pela especificidade de

contração das fibras musculares, uma vez que o protocolo utilizado foi o

treinamento de força muscular 20. Nesse sentido, parece que o uso desta forma

de treinamento foi capaz de induzir à hipertrofia das FM.

Sabe-se que o uso de saltos aquáticos pode recuperar o volume do tecido

muscular perdido após imobilização 21. Além de causar hipertrofia das fibras

musculares 22, esta atividade atua sistemicamente aumentando a mobilização

dos níveis de glicose, ácidos graxos livres (AGL) e corticosterona para realização

da contração muscular e reduz as concentrações de glicogênio muscular,

hepático e da insulina sanguínea 23.

Vale ressaltar que o grupo que recebeu a aplicação de GH e não realizou

o protocolo de treinamento físico (GHC) também demonstrou hipertrofia nas FM

de contração rápida. Dessa forma, parece que mesmo sem a realização do

treinamento, o GH pode ser capaz de estimular a hipertrofia muscular. No

entanto, tal aumento foi verificado apenas nas fibras glicolíticas, fato que não foi

observado nas FM oxidativas ou de contração lenta.

O mecanismo exato de ação do GH na hipertrofia muscular ainda não está

completamente esclarecido 5. Um estudo realizado em seres humanos mensurou

a liberação do fator de crescimento (IGF-1) na corrente sanguínea de dois grupos

de indivíduos, o primeiro sem experiência (SE) e o segundo com experiência na

prática do treinamento resistido (TR). Foi verificado que após a realização de

uma sessão de exercícios de agachamento, houve aumento da liberação do fator

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de crescimento (IGF-1), em ambos os grupos, prevalecendo o aumento no grupo

SE, em diferentes períodos após a realização, de modo a sugerir aparente

adaptação na regulação hormonal à execução do treinamento resistido 24.

Outra forma de análise utilizada foi a microtomografia computadorizada

(MCT). Nesse caso, após a análise da tíbia, houve aumento em todos os grupos

de animais tratados com ST e/ou GH para as seguintes variáveis: percentual de

volume ósseo (BV/TV (%)); espessura trabecular (Tb.Th (mm)); número

de trabéculas por milímetro de tecido (Tb.N (mm-1)) e índice do modelo de

estrutura (SMI). No entanto, somente a variável Tb.N mostrou diferença

estatística (p<0,05). Também foi possível observar a diminuição para a variável

espaçamento trabecular (Tb.Sp (mm)) em todos os grupos experimentais, porém

sem diferença estatística (p>0,05).

Apesar de ser uma técnica não destrutiva que reconstrói e modela

interiores de amostras na escala micrométrica e obtém informações sobre a

geometria tridimensional e propriedades do material 25-27, a MCT tem sido pouco

utilizada em estudos que procuraram investigar detalhadamente as modificações

no osso trabecular e micro arquitetura 25.

Um estudo realizado em animais investigou a aplicação do exercício físico

a partir da análise por MCT e demonstrou melhoras significativas no conteúdo

mineral ósseo, estrutura, propriedades mecânicas e morfologia trabecular 28.

Cabe ressaltar que nesse último caso foi utilizado exercício de corrida em esteira

rolante, protocolo diferente do utilizado no presente estudo, que apesar de utilizar

sobrecarga corporal, foi realizado em meio líquido.

Além disso, foi utilizado o GH de forma isolada e somado ao ST como

possível fator de interferência no tecido ósseo. A aplicação de GH, assim como

a realização do ST, foram capazes de melhorar a qualidade do tecido a partir

dos parâmetros obtidos pela MC. Apesar do exercício em meio líquido ser

considerado como ineficiente para o aumento da massa óssea em humanos,

quando comparado com exercícios com peso, este tem demonstrado efeito

positivo em pequenos animais. Tal fato se assemelha ao presente estudo que

utilizou ratos Wistar em sua execução 25.

Também foram investigadas possíveis alterações no fêmur e após a

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obtenção dos dados pela espectroscopia Raman (Raman), foi observado maior

quantidade dos compostos Fosfato (428,38 cm-1), Colágeno Tipo I (937,07 cm-

1), Fosfolipídio – Ácido Nucleico (1080,39 cm-1), Amido III (1246,54 cm-1) e Amido

I (1656,01 cm-1) nos animais do grupo T, em comparação aos demais grupos

experimentais (p<0,05). Além disso, verificou-se que o grupo GHT (treinamento

e aplicação de GH), apesar de ter demonstrado aumento dos minerais em

relação ao grupo C, tal fato não ocorreu na mesma magnitude.

Estudos demonstraram que o treinamento físico estimula a produção de

cálcio, fosfato, amido e colágeno, presentes nas células ósseas, assim como o

tecido conjuntivo da matriz extracelular 29,30. A explicação para o aumento destas

propriedades está relacionada ao turnover, causado pelo aumento da

sobrecarga gerada pela realização do treinamento 16.

Segundo Torres-Del-Pliego et al.,31, a microscopia Raman pode ser usada

para mensurar propriedades químicas dos minerais e componentes do colágeno

ósseo simultaneamente, inclusive in vivo. No entanto, poucos estudos foram

realizados em animais com a intenção de se identificar parâmetros biomecânicos

a partir da espectroscopia Raman 32-34.

Apesar de alguns estudos apontarem para o desenvolvimento corporal e

crescimento celular a partir do uso de GH 35-37, outros achados não sustentaram

esta ideia. Segundo os estudos de Cruzat et al., 5, De Rezende Gomes et al., 38

e Hoffman et al., 39, alguns aspectos fisiológicos relacionados à sua aplicação

ainda permanecem controversos e desconhecidos, como fatores reguladores da

síntese proteica e lipídica, além da liberação de forma direta (ação na membrana

plasmática) ou indireta (síntese dos fatores de crescimento – IGF).

No entanto, houve a diminuição da DMO no fêmur do grupo de animais

GHC. Este achado sugere a ideia de que supostamente tenha ocorrido pela

função específica de crescimento celular gerada pelo GH. Ou seja, a

potencialização do crescimento celular pode ter resultado na diminuição da

densidade, quando somada a realização do treinamento físico 40. Assim, para o

uso hormonal sem prejuízos ao tecido ósseo, uma possibilidade pode ser a

utilização de GH somado à suplementação de Cálcio e demais minerais

pertencentes à cadeia estrutural do tecido.

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Também foi verificada a resistência óssea por meio da análise de

compressão. Após a realização do ensaio mecânico e determinação da F-max,

foi verificado que não houve diferença estatisticamente significativa para a

mensuração da variável de F-max (p>0,05), tanto no fêmur, quanto na tíbia.

Diante do exposto, o presente estudo contribui com a literatura ao verificar

o efeito do ST e uso de GH no tecido ósseo de ratos Wistar. No entanto, algumas

limitações devem ser consideradas, como a forma de treinamento (saltos

aquáticos), dosagem de GH (0,2 UI/Kg) e período de treinamento (quatro

semanas). Estudos que abordem outra forma de exercício ou diferentes

dosagens hormonais, podem vir a contribuir com a presente pesquisa.

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CONCLUSÂO

Conclui-se que, tanto o GH quanto o TF foram capazes de gerar aumento

do diâmetro das FM do músculo Sóleo e promover aumento significativo (p<0,05)

da DMO e Tb.N no osso da tíbia. Porém, não foi verificada diferença significativa

para variável F-max. Por fim, no fêmur, os animais que receberam aplicação de

GH demonstraram diminuição da DMO e o treinamento de força isolado foi capaz

de promover aumento dos compostos de cálcio, fosfato, amido e colágeno.

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ANEXOS

Anexo I – Comitê de Ética em Pesquisa no Uso de Animais - CEUA

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Anexo II – Autorização para uso e reprodução do artigo

De: MARIANO GUILLERMO ARMANDO DEL SOL CALDERON<[email protected]>

Para: Robson Castoldi <[email protected]>

Enviadas: Quarta-feira, 4 de Outubro de 2017 13:54

Assunto: Re: Declaração de Permissão/autorização

Estimado Dr. Castoldi

Respecto a su solicitud no exige problema para que pueda incluir su artículo en su tesis. No le

puedo hacer una certificación oficial en estos momentos ya que me encuentro fuera de Chile

hasta la próxima semana.

Le saluda cordialmente

Dr. Mariano del Sol

2017-10-04 13:33 GMT-03:00 Robson Castoldi <[email protected]>:

Prezado Professor Mariano Del Sol,

Vou realizar meu exame de Defesa de Doutorado e gostaria de lhe pedir uma declaração de

permissão ou autorização para que eu possa inserir o artigo publicado na International Journal

of Morphology na minha Tese de Doutorado.

O artigo foi publicado está intitulado como "Morphometric Study of Muscle Fibers in Rats

Submitted to Strength Training and Growth Hormone" e saiu na edição: 35(2):472-478, 2017.

Trata-se apenas de um procedimento para que não tenha problemas autorais.

Esta é a requisição feita pela Universidade:

1. Permissão/autorização junto à editora para a inclusão dos artigos na dissertação ou tese,

em atendimento à legislação que rege o direito autoral.

2. Declaração de que não estão infringindo o direito autoral transferido à editora.

Agradeço se o senhor puder me enviar.

Vou fazer o pedido da defesa na semana que vem e seria importante ter o documento.

Muito obrigado

Robson Chacon Castoldi

La información contenida en este correo electrónico y cualquier anexo o respuesta relacionada,

puede contener datos e información confidencial y no puede ser usada o difundida por

personas distintas a su(s) destinatario(s). Si usted no es el destinatario de esta comunicación,

le informamos que cualquier divulgación, distribución o copia de esta información constituye un

delito conforme a la ley chilena. Si lo ha recibido por error, por favor borre el mensaje y todos

sus anexos y notifique al remitente.

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Anexo III – Artigo 1 Traduzido para língua inglesa

Original Article

Morphometric study of muscle fibers in rats submitted to strength training and

Growth Hormone

Estudio morfométrico de las fibras musculares de ratas sometidos a entrenamiento

de la fuerza muscular y hormona del crecimiento

1,2Robson Chacon Castoldi; 1Guilherme Akio Tamura Ozaki; 3Ines Cristina Giometti;

4Regina Celi Trindade Camargo, 4Tatiana EmyKoike, 4Thiago Alves Garcia, 4José

Carlos Silva Camargo Filho; 1William Dias Belangero.

1 Faculty of Medical Sciences. Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP.

2 Department of Physical Education. Universidade do Oeste Paulista – UNOESTE.

3 Faculty of Veterinary Medicine. Universidade do Oeste Paulista – UNOESTE.

4 Department of Physiotherapy. Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita

Filho” - UNESP, campus de Presidente Prudente.

Correspondence Address:

Robson Chacon Castoldi

Universidade Estadual Paulista – UNESP.

Rua Roberto Simonsen, 305

19060-900 - P. Prudente, SP

[email protected]

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Abstract: The aim of the present study was to observe the changes in the muscle tissue

of rats after application of growth hormone (GH) and performing a strength training

protocol (ST). In total, 40 male Wistar rats, 60 days old, were used, divided into four

groups: control (C), control and application of GH (GHC), strength training (T), and

strength training with the application of GH (GHT). The physical training protocol (PT)

was composed of four series of 10 jumps in water, 3x/week, with an overload of 50% of

body weight for four weeks. GH was administered intraperitoneally at a dose of 0.2 IU/Kg

to the GHC and GHT groups and saline (0.9% sodium chloride) to the C and T groups.

After four weeks of PT, the animals were euthanized and samples taken from the Soleus

muscle. Histological sections were produced with a thickness of 5μm and stained with

hematoxylin-eosin (HE) and nicotinamide adenine dinucleotide tetrazolium reductase

(NADH-TR). The markings for determining the measurement of the smallest diameter of

muscle fibers (MF) were carried out using the software (AuxioVisionRel 4.8-Carl Zeiss®

and NIS-Elements D3.0-SP7-Nikon®). After obtaining the data, the Shapiro-Wilk test

for normality was performed and then the nonparametric Kruskal-Wallis with Dunn post-

test were used for analysis of MF and the ANOVA with repeated measures for the analysis

of intragroup body weights. All procedures adopted a 5% significance value (p <0.05)

and were performed using the software SPSS 22.0 for Windows®. It was observed that

both the GH and PT were able to generate increased diameter of MF (C:31.81±6.35;

GHC:36.88±6.38; T:38.38± 6.94; GHT:36.89±7.16). Moreover, when analyzing the type,

a significant increase was found only in the fast twitch MF (C:33.78±7.78;

GHC:37.80±6.03; T:38.53±6.94; GHT:37.98±7.65) when compared to the slow twitch

(C:25.93±6.66; GHC:26.95±8.03; T:26.24±6.90; GHT:27.20±5.77).

Key-words: Growth hormone; Striated Muscle; Orthopedics; Physical Education and

Training; Endocrinology.

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Estudio morfométrico de las fibras musculares de ratas sometidos a entrenamiento

de la fuerza muscular y hormona del crecimiento

Resumen: El objetivo de la investigación fue observar las modificaciones en tejido

muscular esquelético en ratas después de la aplicación de hormona del crecimiento (GH)

y entrenamiento de fuerza muscular (EFM). Fueran utilizados 40 ratas Wistar, con 60 días

de edad, distribuidos en: controlo (C), controlo y aplicación del hormona del crecimiento

(GHC), entrenamiento de fuerza muscular (T), y entrenamiento de fuerza muscular y

hormona del crecimiento (GHT). El protocolo de entrenamiento (PT) fue compuesto por

cuatro series de diez saltos acuáticos, 3x/semana, con sobrecarga de 50% del peso

corporal, por cuatro semanas. El GH fue aplicado de forma intraperitoneal con una doce

de 0,2UI/Kg en grupos GHC y GHT y solución salina (0,9% clorhidrato del sodio) en

grupos C y T. Después de cuatro semanas del PT, los animales fueron sacrificados y

retirados los músculos Soleos. Los cortes fueran producidos con 5 µm y colorados con

Hematoxilina y Eosina (HE) y sometidos a reacción con nicotinamide adenina

dinucleotide tetrazolium reductasa (NADH-TR). Después de la obtención de los dados,

fue utilizado la prueba del Shapiro-Wilk para la verificación de la normalidad de los dados

y utilizado lo ensayo de Kruskal-Wallis con pos verificación del Dunn para análisis de

las fibras musculares (FM) y prueba t del Student para la análisis del peso corporal entre

los grupos. Todos los procedimientos fueran establecidos con valor de la significancia de

5% (p<0,05) y realizados con el software SPSS 22.0 for Windows®. Fue verificado que

tanto lo GH cuanto lo PT fueran capaces de proporcionar lo aumento de lo diámetro de

las FM (C:31.81±6.35; GHC:36.88±6.38; T:38.38±6.94; GHT:36.89±7.16). Entretanto,

cuando verificada la tipagem de las fibras, se observó significante aumento solamente en

las FM de la contracción rápida (C:33.78±7.78; GHC:37.80±6.03; T:38.53±6.94;

GHT:37.98±7.65) cuando comparada a las FM de la contracción lenta (C:25.93±6.66;

GHC:26.95±8.03; T:26.24±6.90; GHT:27.20±5.77).

Palabras-clave: Hormona del Crecimiento; Músculo Estriado; Ortopedia; Educación y

Entrenamiento Físico; Endocrinología.

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Introduction

Substances considered anabolic have been used by practitioners of physical

activity and high-performance athletes, one of which is somatropin or growth hormone

(GH). Released from the anterior pituitary, GH is considered a potent cell growth

stimulator (Fryburg et al., 1991; Ehrnborg & Rosén, 2008).

GH was first isolated in humans in 1956 by Li et al., (1956), and when used by

adults, demonstrated greater retention of nitrogen (N), the element that composes muscle

tissue in the form of protein. However, by promoting the growth of muscle tissue, GH

has generated conflicts regarding its effects on the performance of athletes in the sports

field and anti-doping control, provoking discussions about the tests used for doping

detection (Ambrose, 2004; Adams, 2000; Barros Neto, 2001; Ehrnborg & Rosén, 2008).

Despite being banned in the sports field for medical and ethical reasons, GH is

well known among athletes and bodybuilders. According to Cruzat et al., (2008), in

skeletal muscle, GH has an anabolic effect on protein synthesis, and it is for this reason

that physical activity and muscular strength training (ST) produce increased muscle mass,

a process called "hypertrophy".

Thus, due to its plastic function, which can adapt after execution, skeletal muscle

function suffers adaptations as a result of the performance of training (Fleck & Kraemer,

1999; Castoldi et al., 2013). In addition, physical performance assessments, such as

maximum oxygen consumption (VO2max) and ventilatory threshold, are impaired due to

GH deficiency and increased when hormone replacement exists (Widdowson et al.,

2009). Although there is no clarity on this information, it is probable that GH increases

the supply of oxygen to muscles during exercise, as well as promoting the use of

substrates of fatty acids and glycogen, improving body composition and thermoregulation

(Cruzat et al., 2008; Widdowson et al., 2009).

However, indiscriminate use of this hormone can cause side effects, such as

aggressiveness, increased or decreased libido, bipolarity, the appearance of acne and skin

inflammations, baldness, voice alteration, and acromegaly, among others (Da Silva et al.,

2002; Silva & Lima, 2007). In addition, GH may be a means of triggering cell growth and

stimulating neoplasias (Da Silva et al., 2002).

On the other hand, controlled and indicated use of this hormone in recombinant

form is an effective method to correct its deficiency in children with delayed growth

(Silva & Lima, 2007). Furthermore, in the case of physiological disorders such as

Diabetes Mellitus, GH can contribute to an increase in IGF-1 (Leme et al., 2009).

Although GH has already been well studied in various clinical forms, there are

few studies related to the use of this type of hormone as an adjunct to physical training,

especially for the development of muscle hypertrophy, such as strength training (ST).

Thus, the objective of the study was to observe the alterations that occur at the optical

microscopic level (OM) in the muscle tissue of rats after application of GH and the

realization of a PT protocol.

Method

Animals

In total, 40 male Wistar rats were used, 60 days old, obtained from the Central

Animal Laboratory at the University of West Paulista and kept in a vivarium for small

rodents at the Veterinary Medicine Department, located on campus II of the institution.

They were randomly divided into groups of 05 animals per cage (polyethylene) with a

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controlled ambient temperature (22 + 2°C) and light (light/dark cycle twelve hours), with

free access to food and water (feed for laboratory rats). The present study was approved

by the ethics research committee on the use of animals - CEUA, approval number 2626.

Physical Training Protocol

The animals were randomly distributed into four groups: Control (C) [n = 10],

Control and GH (GHC) [n = 10], Strength training (T) [n = 10], and Strength Training

with GH (GHT) [n = 10]. The training period lasted four weeks.

The animals that received training underwent an adaptation period (one week) to

the liquid medium and equipment, with the purpose of reducing the stress generated by

the PT, however, without causing significant physiological adaptations. This procedure

was carried out as proposed by Manchado et al., (2006) and used by Castoldi et al. The

protocol included a weekly increase in the number of jumps, load, and duration of

activities, on non-consecutive days (1x10; 2x10; 3x10).

Experimental Groups

C Group: the animals remained in their cages, with free access to food and water

(ad libitum). In addition, the same volume of saline (0.9% sodium chloride in water) was

applied as the groups receiving GH.

GHC Group: the animals remained in their cages, with free access to food and

water. The animals received 0.2 International Units per kilogram of body weight

(0.2IU/Kg) of GH (Saizen®), intraperitoneally, three times per week.

T Group: the animals were subjected to four series of 10 water jumps, performed

three times a week in a cylindrical PVC container, 50cm diameter and 38 cm high

(adapted to be used as a pool for jumps in water). The water was kept warm throughout

training with an average temperature of 30º C (±1).

The overload utilized corresponded to 50% of the body weight of each animal,

corrected weekly, accommodated in the anterior chest through a vest (Figure 1), as

proposed by De Malheiro et al., (2009) and used by Castoldi et al. (2013), and Castoldi

et al., (2015).

Prior to each training session, the animals received the application of saline (0.9%

sodium chloride in water), intraperitoneally, in a similar manner to the GHT group.

Figure 1. Muscular strength training protocol.

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GHT Group: The animals underwent the same training as the group described

above (T group), although, in this case, the animals received 0.2 International Units per

kilogram body weight (0.2IU/Kg) of GH (Saizen®), intraperitoneally, before all training

sessions.

Striated Skeletal Muscle

At the end of the experimental period, the animals were anesthetized with ethyl

ether and then euthanized by exsanguination through the cardiac puncture method. Next,

the soleus muscle was extracted and immersed in n-hexane. After this procedure, the

samples were cooled in liquid nitrogen and stored in an ultra-low temperature freezer (-

80º C) (Camargo Filho et al., 2011).

Subsequently, 5 um sections were produced transversely in the ventral portion

of the muscle in a microtome cryostat at -20°C, collected on slides and then stained with

hematoxylin-eosin (HE) for an overview of the structure of the muscles, with increases

in the order of 10x.

To analyze the type of muscle fibers, the reaction of nicotinamide adenine

dinucleotide tetrazolium reductase (NADH-TR) was utilized, according to the model

proposed by Camargo Filho et al. (2011), and used by and Castoldi et al. (2013).

Optical microscopy

The cuts subjected to stains and histochemical reactions were observed in normal

and polarized light and photomicrographed in a microscope, brand Nikon®, model

H550S. For analysis of the images, an Infinity1 camera was used. The markings for

determining the measurement of the smallest diameter of the muscle fibers were

performed using the software (AuxioVisionRel 4.8 - Carl Zeiss® e NIS-Elements D3.0 -

SP7 - Nikon®).

The measurement was carried out by demarcating the smallest diameter passing

through the center of the muscular fibers (Figure 2). Ten cuts were produced and 120

muscle fibers measured per animal in accordance with the protocol established by Dal Pai

(1982).

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Figure 2. Measurement of the smallest diameter of muscle fibers. Cuts from the reaction

of nicotinamide adenine dinucleotide tetrazolium reductase (NADH-TR), magnified 10X.

Statistical Analysis

The Shapiro-Wilk normality test was performed to verify the distribution of values

in the Gaussian curve. Normality was not verified for the variables corresponding to the

muscle diameter and thus, the nonparametric Kruskal-Wallis test with the Dunn post test

was used.

As for the body mass variable, normality was verified and thus the dependent

ANOVA with repeated measures test was used for the intragroup analysis, in the pre and

post-training moments. All procedures adopted a significance level of 5% (p <0.05) and

the calculations were performed using the software SPSS 22.0 for Windows®.

Results

Body mass increased significantly (p <0.05) over time in all groups (Figure 3);

the GHT group presented higher values for this variable.

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Figure 3. Analysis of body mass in the pre- and post-training moments. Legend: (A)

Control group. (B): Control and GH group. (C): Strength Training Group (D): Strength

Training and GH group. (*): Comparison of means, pre and post experimental moments

through the ANOVA with repeated measures (p <0.05).

From the analysis of muscle fibers, distinct morphologies were observed in the

different groups of animals, both in the analyses obtained from the HE staining and in the

NADH-TR reaction (Figures 4 and 5 respectively).

Thus, in general, when observing the HE cuts, an increase in the MF diameter was

noted in all groups, independent of the treatment. Thus, both the application of GH, the

realization of PT, and both combined, were capable of generating hypertrophy (Figures

4B, 4C, and 4D).

After the analysis through the NADH-TR reaction, it was possible once again to

identify an increase in MF diameter in all experimental groups (GH, PT, and GH + PT).

However, in this case, only the FMCR demonstrated an increase in diameter (Figures 5B,

5C, and 5D).

In addition, after performing the morphometric analyzes (measurements of

diameter) it was observed that the groups of animals responded differently to treatment

(Figures 6, 7 and 8). Thus, it is possible to verify that both the GH and PT were able to

generate increased MF diameter (C: 31.81 ± 6.35; GHC: 36.88 ± 6.38; T: 38.38 ± 6, 94;

GHT: 36.89 ± 7.16) (p <0.05).

Furthermore, when analyzing the type, a significant increase (p <0.05) was

observed only in the fast twitch MF (C: 33.78 ± 7.78; GHC: 37.80 ± 6.03; T: 38.53 ±

6.94; GHT: 37.98 ± 7.65) when compared to the slow twitch (C: 25.93 ± 6.66; GHC:

26.95 ± 8.03; T: 26.24 ± 6.90; GHT: 27.20 ± 5.77).

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Figure 4. Staining with hematoxylin and eosin (HE) of muscle fibers at 10X

magnification. (A) Control group. (B): Control and GH group. (C): Strength Training

group. (D): Strength training and GH group. Arrows indicate muscle fibers.

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Figure 5. Analysis of fast and slow twitch muscle fibers through the nicotinamide adenine

dinucleotide tetrazolium reductase reaction (NADH-TR). Legend: (A) Control group.

(B): Control and GH group. (C): Strength training group. (D): Strength training and GH

group. Arrows indicate muscle fibers.

It was verified that when analyzing the fibers in a general manner through the HE

staining method, all experimental groups demonstrated hypertrophy of muscle fibers.

Thus, regardless of the treatment (PT or GH), there was an increase in the diameter of

muscle fibers (p <0.05).

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Figure 6. Diameter of Muscle Fibers through the staining with hematoxylin and eosin

(HE). Legend: (C) Control group. (GHC): Control and GH group. (T): Strength training

group. (GHT): Strength training and GH group. (*). Statistical difference when compared

to the C group. Kruskal-Wallis test with Dunn post test (p <0.05).

Slow twitch muscle fibers were also analyzed (FMCL), through the NADH-TR

reaction (Figure 7). In this case, it was found that although there was an increase in the

diameter of muscle fibers (MF), principally in the GHC and GHT groups, this result did

not demonstrate statistical significance (p> 0.05).

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Figure 7. Diameter of slow twitch muscle fibers through the nicotinamide adenine

dinucleotide tetrazolium reductase reaction (NADH-TR). Legend: (C) Control group.

(GHC): Control and GH group. (T): Strength training group. (GHT): Strength training

and GH group. Kruskal-Wallis test (p>0.05).

However, when analyzing the fast-twitch muscle fibers (FMCR) a significant

increase was observed in all the experimental groups (p<0.05), regardless of the treatment

(Figure 8).

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Figure 8. Diameter of fast twitch muscle fibers through the nicotinamide adenine

dinucleotide tetrazolium reductase reaction (NADH-TR). Legend: (C) Control group.

(GHC): Control and GH group. (T): Strength training group. (GHT): Strength training

and GH group. (*): Statistical difference when compared to the C group. Kruskal-Wallis

test with Dunn post test (p <0.05).

Discussion

The aim of this study was to investigate the effects of strength training (PT) and

growth hormone (GH) on the diameter of muscle fibers (MF) of the Soleus muscle of

Wistar rats. The measurements were performed from the smallest diameter of the muscle

fibers and specific measures of fast (FMCR) and slow twitch fibers (FMCL) were also

carried out.

An increase in the diameter of MF was also observed in the GH and PT groups

(Fleck & Kraemer, 1999; Castoldi et al., 2013), in a general manner and in accordance

with the contraction specificity (FMCR and FMCL). It is known that the use of water

jumps can recover volume of muscle tissue lost after immobilization (Antunes et al.,

2012). In addition to causing hypertrophy of muscle fibers (Moret et al., 2013), this

activity acts systemically, increasing the mobilization of glucose, free fatty acids (FFA),

and corticosterone to perform muscle contraction and reduce muscle glycogen, hepatic,

and blood insulin concentrations (Rogato et al., 2003).

It was observed that the FMCR presented a higher increase in diameter than the

FMCL. This difference can be explained by the type of physical activity imposed on the

animals, which is characterized by stimuli with greater contraction force for short periods

of time (Fleck & Kraemer, 1999; Castoldi et al., 2013). Differently, the FMCL adapt

better to the application of stimuli with less force of contraction and performed for long

periods of time, as in the specific case of aerobic training. Specificity of physical exercise

can increase cellular organelles, such as mitochondria, and thus increase the

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102

intramuscular energy substrates and their improved utilization in the aerobic metabolism

(Castoldi et al., 2013).

In the present study, there was no significant adaptation in the experimental

groups (GHC, T, and GHT), compared with the C group (p> 0.05), although these

demonstrated a slight increase in the mean smallest diameter of MF. This finding

confronts those presented by Castoldi et al. (2015), who verified an increase in both types

of muscle fibers (fast and slow), in 14 weeks of PT, with a duration greater than the one

adopted in the present study. Moreover, Castoldi et al. (2015), analyzed the medial

gastrocnemius muscle, which has a predominance of glycolytic fibers when compared to

the Soleus muscle used in the present research. This may explain the lower adaptation

when compared to the study by Castoldi et al (2015). Future research, analyzing different

muscle groups, is likely to add to the results observed in the present study.

In addition to the PT, the present study examined the alterations caused by GH. A

hypertrophic effect generated by the hormone was observed, regardless of the PT.

According to Cruzat et al., (2008) GH has anabolic effects directly related to protein

metabolism and may contribute to muscle growth. This may explain the hypertrophic

process in the analyzed animals.

The exact mechanism of action of GH in muscle hypertrophy is not yet fully

understood (Cruzat et al., 2008) A study in humans measured the release of growth factor

(IGF-1) in the blood of two groups of individuals, the first with no experience (UT) and

the second with experience in practicing resistance training (RT). It was found that after

performing a session of squatting exercises, there was an increase in the release of growth

factor (IGF-1), in both groups, which prevailed in the UT group, in different periods after

completion, in a way that suggested apparent adaptation in hormonal regulation to the

performance of resistance training (Rubin et al., 2005).

However, when the two methods were used jointly (GHT group), it was observed

that the hypertrophic process did not occur more strongly when compared with the

independent groups (GHC and T). This finding may be explained by the physiological

limit of the tissue or animal, which takes into account the tissue adaptation limit regulated

by myostatin, thus preventing hypertrophy occurring in an uncontrolled manner (Yamada

et al., 2012).

Thus, this study contributes to the literature by evaluating the effects of PT and

the use of GH on the morphometry of striated skeletal muscle of Wistar rats. However,

some limitations should be considered, such as the lack of measurement of blood hormone

dosage and protein quantification in muscle tissue. In this sense, research involving PT

and GH, using analysis of gene expression and growth factors, could contribute to the

findings to date.

Conclusion

It was concluded that when analyzing the sections by OM, stained with

hematoxylin, all experimental groups demonstrated increased MF diameter, independent

of GH administration, performing PT, or both. However, when verifying the slides stained

by the reaction of NADH-TR, only the FMCR demonstrated a significant increase.

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Anexo IV – Artigo 2 Traduzido para língua inglesa

Original Article

Strength training and growth hormone: effects on bone mineral density,

bone strength, and trabecular tissue of rats

Strength training and growth hormone

1,2 Robson Chacon Castoldi; 3 Guilherme Akio Tamura Ozaki; 3 Tatiana Emy

Koike; 3 Thiago Alves Garcia; 4,5 Melise Jacon Peres Ueno; 5 Rita Cássia

Menegati Dornelles; 6 Ines Cristina Giometti; 3 José Carlos Silva Camargo Filho;

1William Dias Belangero.

1 Orthopedic and Traumatology. Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP.

2 Department of Physical Education. Universidade do Oeste Paulista – UNOESTE.

3 Department of Physical Therapy. Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” - UNESP, campus de Presidente Prudente.

4 Department of Animal Support, Production, and Health. Universidade Estadual Paulista – UNESP, Araçatuba. 5 Department of Basic Sciences, Araçatuba Dental School, UNESP - Univiversidade Estadual Paulista, Araçatuba, SP, Brazil. 6 Faculty of Veterinary Medicine. Universidade do Oeste Paulista – UNOESTE.

Correspondence address:

Prof. Me. Robson Chacon Castoldi Laboratório de Análise da Plasticidade Muscular – LAPMUS. UNESP/FCT – Campus de Presidente Prudente Rua Roberto Simonsen, 305 Bairro: Centro Educacional CEP:19060-900 - Pres. Prudente, SP Fone: 55 (18) 3229 5829 E-Mail: [email protected]

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ABSTRACT

The objective of the present study was to verify the effects of muscular strength training (ST) and application of a growth hormone (GH) protocol on mineral density, bone strength, and trabecular tissue of Wistar rats. In total, 40 Wistar rats, 60 days old, were used. The animals were divided into four groups: control (C) [n=10], control and application of GH (GHC) [n=10], muscular strength training (T) [n=10], and muscular strength training with the application of GH (GHT) [n=10]. Animals of the GHC and GHT groups received administration of 0.2 IU/kg of GH (Saizen®). The animals in groups C and T received the same volume of physiological solution (0.9%) prior to performing the ST protocol. The animals of the T and GHT groups performed four series of 10 jumps, 3x/week, for 4 weeks. After of the experiment, the values of bone mineral density (BMD), bone strength (F-max), and Micro Computed Tomography (MCT) were obtained. An increase in the BMD variable was observed in all experimental groups (C=0.110±0.005; GHC=0.134±0.05; T=0.127±0.004; GHT=0.133±0.008g/cm²), however, only the GHT group demonstrated a statistically significant difference compared to the control group (p<0.05). In addition, no statistical difference was observed for the F-max variable. For MCT, all experimental groups presented an increase in the number of trabeculae (Tb.N) (C=1.10±0.22; GHC=1.79±0.07; T=1.91±0.04; GHT=1.91±0.09), when compared with group C (p<0.05). It was concluded that both GH and ST were able to promote increases in BMD and Tb.N, however, no significant difference was observed for the F-max variable.

Key-words: Physical training; Growth hormone; Bone tissue; Muscular Strength, Anabolics.

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Treinamento de força e hormônio do crescimento no tecido ósseo: efeitos na densidade mineral, resistência óssea e tecido trabecular de ratos

RESUMO

O objetivo foi verificar o efeito da realização de um protocolo de treinamento de

força muscular (ST) e aplicação do hormônio do crescimento (GH) na densidade

mineral, resistência óssea e tecido trabecular de ratos Wistar. Foram utilizados

40 ratos da linhagem Wistar, com 60 dias de idade. Os animais foram distribuídos

em quatro grupos, sendo estes: controle (C) [n=10], controle e aplicação de GH

(GHC) [n=10], treinamento de força muscular (T) [n=10] e treinamento de força

muscular com a aplicação de GH (GHT) [n=10]. Os animais dos grupos GHC e

GHT receberam a administração de 0,2 UI/Kg de GH (Saizen®). Já os animais

dos grupos C e T receberam o mesmo volume de solução fisiológica (0,9% de

cloreto de sódio em água) anteriormente à realização do protocolo de ST. Os

animais dos grupos T e GHT realizaram quatro séries de 10 saltos, 3x/semana,

por 4 semanas. Após o final do experimento, foram obtidos os valores de

densidade mineral óssea (DMO), resistência óssea (F-max) e microtomografia

computadorizada (MCT). Foi observado que todos os grupos experimentais

demonstraram aumento na variável DMO (C=0,110±0,005; GHC=0,134±0,05;

T=0,127±0,004; GHT=0,133±0,008 g/cm²), no entanto, somente o grupo GHT

demonstrou diferença estatisticamente significativa em comparação com o grupo

controle (p<0,05). Além disso, não foi verificada diferença estatística para a

variável obtida na F-max. Já para a MCT, todos os grupos experimentais

demonstraram aumento para variável número de trabéculas (Tb.N)

(C=1,10±0,22; GHC=1,79±0,07; T=1,91±0,04; GHT=1,91±0,09), quando

comparados com o grupo C (p<0,05). Conclui-se que, tanto o GH quanto o ST,

foram capazes de promover aumento da DMO e Tb.N. Porém, não foi verificada

diferença significativa para variável F-max.

Palavras-chave: Treinamento Físico; Hormônio do Crescimento; Tecido Ósseo; Força Muscular, Anabolizantes.

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Entrenamiento de la fuerza muscular y hormona del crecimiento: Efectos en la densidad mineral, resistencia ósea y tejido trabecular de las ratas

RESUMEN

El objetivo del presente estudio fue investigar los efectos de la realización de uno

protocolo del entrenamiento físico de la fuerza muscular (FM) y aplicación del

hormona del crecimiento (HC) en la densidad mineral ósea y tejido trabecular en

ratas Wistar. Fueran utilizados 40 ratas Wistar, con 60 días de la edad. Los

animales fueran distribuidos en cuatro grupos, siendo: controlo (C) [n=10],

controlo y aplicación del HC (n=10), entrenamiento de la fuerza (T) [n=10] y

entrenamiento de la fuerza y HC (THC) [n=10]. Los animales de los grupos CHC

y THC recibieron la administración del 0,2 UI/Kg del HC (Saizen®). Los animales

C y T recibieron lo mismo volumen de la solución fisiológica (0,9 cloruro de sodio

en agua) anticipadamente a la realización del protocolo del TF. Los animales de

los grupos T y THC realizaran cuatro series de 10 saltos, 3x semana, por 4

semanas. En final de lo entrenamiento, fueron obtenidos los valores de la

densidad mineral ósea (DMO), resistencia ósea (F-max) y microfotografía

computadorizada (MCT). Fue observado que todos los grupos experimentales

demostraran aumento en la variable DMO (C=0,110±0,005; GHC=0,134±0,05;

T=0,127±0,004; GHT=0,133±0,008 g/cm²), mas apenas el grupo THC tiene

demostrado diferencia estadísticamente significativa en comparación con el

grupo controlo (p<0,05). Además, no fue observada diferencia estadística para

la variable de la F-max. Todos los grupos demostraran aumento para la variable

número de las trabéculas (Tb.N) (C=1,10±0,22; GHC=1,79±0,07; T=1,91±0,04;

GHT=1,91±0,09), cuando comparados con el grupo C (p<0,05). Es posible

concluir que tanto el HC cuanto TF fueran capaces de promover aumento de la

DMO y Tb.N. Sin embargo, no fue observado diferencia significativa en la

variable F-max.

Palabras-clave: Entrenamiento Físico; Hormona del Crecimiento; Tejido Óseo; Fuerza Muscular, Anabolizantes.

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109

Introduction

Somatropin, also known as growth hormone (GH), is produced in the

adenohypophysis gland and was first observed in 1922 in studies involving

animals. Subsequently, in the 1950s, it was isolated in humans and since then it

has been used in therapeutic form in children and adults with delayed or deficient

growth (1,2).

In its principle form, GH consists of a single polypeptide of 191 amino acids

and a molecular weight of 22 kDa (1,3,4). In addition to being isolated in the form

of a recombinant hormone, GH can be increased in the bloodstream by

performing physical exercises (2), such as muscular strength training (ST).

ST, as well as most physical training protocols, can trigger the release of

IGF-1 and GH, which has an anabolic effect in several tissues, one of which is

bone tissue (5–7). Bone tissue is mainly composed of calcium carbonate and

apatite phosphate (6), substances whose absorption and release are closely

related to tissue stress, such as compression, traction, flexion, slippage, and

torsion (8). Such factors are derived from the mechanics of movement and

generated from factors like "use" or "disuse" (9).

Theoretically, by combining the two stimulatory forms of tissue anabolism

(ST and GH), there may be greater performance and cell growth gain (7).

However, in addition to being a controversial issue (10); there is a shortage of

studies that have sought to verify the use of ST protocols and GH application,

especially in bone tissue.

The use of GH in several sports has also been observed, becoming a

problem for anti-doping control agencies in the high performance sports

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environment (11). In addition, the use of this substance may pose a risk and

expose users to potential health problems (12).

Experimental studies become an alternative in the research on this

subject, since among the advantages, it is possible to highlight the high control

of variables, ease of manipulation, and possibility of performing invasive

analyzes, procedures not recommended in humans (13,14). Thus, the objective

of the present study was to verify the effects of the use of ST and application of

GH on mineral density, bone resistance, and trabecular tissue of Wistar rats.

Methods

Animals

In total, 40 Wistar rats were used, 60 days old (growth phase), obtained

from the Central Animal Laboratory at the University of West Paulista - UNOESTE

and kept in the experimental animal facility on campus II of the institution. The

animals were housed in groups of 05 animals in plastic boxes, dimensions of

41x34x17.5 cm, with temperature (20 to 30oC), brightness (light/dark cycle of

twelve hours) from 7am to 7pm, and humidity (55 ± 15%) controlled, and free

access to water and feed, brand Supralab® (Supra, Empresa Alisul, Brazil). The

present study was approved by the local ethics committee, under approval

number (CEUA - 2626).

Experimental Protocols

The animals were randomly assigned into four groups: control (C) [n=10],

GH control (GHC) [n=10], muscular strength training (T) [n=10], and muscular

strength training with the application of GH (GHT) [n=10]. The training period

consisted of four weeks.

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Prior to beginning training, the animals were submitted to a period of

adaptation to the liquid medium and equipment (1x10 jumps, 2x10 jumps, 3x10

jumps), for one week, with progressively increased overload and duration (15).

Experimental Groups

GH Application Protocol

The GHC and GHT animals received administration of 0.2 IU/Kg of GH

(Saizen®) three times a week every other day. The animals of the GHT group

received the dosage prior to performing the physical training protocol. The

animals in group C received the same volume of physiological solution (0.9%

sodium chloride in water) as the other groups received GH, three times a week,

in a paired manner with the experimental groups.

Physical training protocol

The animals of the T and GHT groups performed 4 series of 10 jumps,

three times a week (3x/week), on nonconsecutive days. The training protocol was

performed in a PVC cylindrical vessel, specially modified for water jumping, with

a depth appropriate to the length of the animals (38cm). An interval of 1 minute

was allowed between each series of jumps, marked by a stopwatch. The overload

used corresponded to 50% of the body weight of each animal, corrected weekly,

and accommodated in the anterior region of the thorax, through a vest specifically

designed for this type of training (Figure 1). This method of training was based

on previous studies (16,17).

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Figure 1: Illustration of performance of muscular strength training.

Collection of samples

At the end of the experimental period, the animals were anesthetized with

ethyl ether to avoid influencing the biochemical parameters, and then euthanized

through exsanguination. Blood samples were collected in tubes (Vacutainer®)

without anticoagulant for the analysis of creatine kinase (U/L) muscle-brain

fraction (CK-MB) to verify the degree of muscle injury. Serum biochemistry was

performed through the colorimetric method using Cobas C111® systems.

3.6 Bone Tissue

After euthanasia, the tibia of the right hind limb was removed by

longitudinal incision to remove the skin and soft tissues. After this procedure, it

was immersed in physiological solution and stored at -20°C for subsequent

analysis.

Bone Densitometry

The tibias were submitted to densitometry analysis using a dual emission

X-ray densitometer (DXA), model DPX - Alpha, LUNAR, using specific software

for small animals. For this procedure, the bones were submerged in a plastic

container containing 2 cm of water to simulate the soft tissue (in vivo). The area

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of the tibia was delimited by the device, this being the area covered by the DXA

(5 cm x 4 cm). The laser of the apparatus was set above the center of the bone

at the beginning of the image capture.

After capturing the images, the bones were analyzed using a manual

analysis tool. The desired area for tibial analysis was outlined to obtain the values

of area, bone mineral content, and bone mineral density (9).

Mechanical testing

The mechanical test was performed on the middle portion of the tibia, in

the horizontal position (three point test), by means of the universal mechanical

testing machine EMIC® 2000, equipped with a 500N load cell, adjusted to the

200N scale. The tibia was positioned so that the measured reference point

aligned with the actuator, with a descent speed of 5 millimeters/minute.

The bone was adjusted so as not to move during the test, with a nil initial

pre-load which progressively increased until rupture of the bone tissue (fracture).

In this way, the values of maximum force (F-max) were obtained (9,18,19).

Micro Computed Tomography (MCT)

Bone microtomography was performed using a Skyscan 1172 computerized

microtomograph (Skyscan, Aartselaar, Belgium), for non-destructive three-

dimensional evaluation of tissue architecture. One hundred cuts (slices) were

analyzed, which included the proximal tibia metaphysis, 20 mm below the bone

growth line (Figure 2), configured with a voltage of 70 kv, 142 µA, rotation of 0.05,

frame averaging ON (3), 0.5mm AI filter and Resolution (Pixel Size) = 9µm of

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size, 70kV and 200 µA source configuration, 0.5mm aluminum filter, 185° rotation

and 0.4º step.

Each piece was reconstructed using the software that comes with Skyscan

(NRECON; Skyscan). For 3D analysis, CTAn v.1.5.0 software (Skyscan) was

utilized. The percentage bone volume (bone volume divided by tissue volume)

- BV/TV (%); trabecular thickness -Tb.Th (mm); number of trabeculae per

millimeter of tissue -Tb.N (mm-1), trabecular separation - Tb.Sp (mm), and

structure model index - SMI were measured (20).

Figure 2. Method of using Micro Computed Tomography for analysis of trabecular bone.

Statistical Analysis

After obtaining the data, the Shapiro-Wilk normality test was performed. In

cases where the data presented normal distribution, ANOVA One-Way analysis

was performed, followed by Tukey's post-test for body mass, creatine kinase,

micro computed tomography, and dual energy radiological absorptiometry. For

variables that demonstrated non-normal distribution, the Kruskal-Wallis non-

parametric test with Dunn post-test was used for comparison between the groups

of variables obtained by the mechanical test. The Student's t-test was used to

analyze the body mass variable intra-groups, at the pre- and post-training

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moments. All procedures adopted a significance level of 5%. Calculations were

performed using the application (SPSS 22.0 for Windows®).

Results

After the data analysis, it was verified that the body mass did not

differentiate at the beginning of the experiment (p> 0.05), however, during the

experimental phase, the GHT group presented higher values for this variable

(Figure 3).

Figure 3. Evolution of body mass during the experimental period. (C): Control Group; (GHC): Control Group and application of growth hormone; (T): Muscular Strength Training Group; (GHT): Strength Training Group and application of growth hormone. (*): Statistical significance through the Student's t-test.

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Identification of physical effort was obtained through the CK-MB analysis.

In this case, it was verified that the exercised groups (T and GHT), demonstrated

higher values for this variable (Figure 4).

Figure 4. Analysis of CK - MB (U/L) concentration in different groups of animals. (#): Difference between groups C and GHC. (*): Difference between T and GHT groups. Statistically significant difference between groups from the ANOVA test with Tukey’s Post-Test (p <0.05). (C): Control Group; (GHC): Control Group and application of Growth Hormone; (T): Muscular Strength Training Group; (GHT): Strength Training and application of Growth Hormone.

The analysis of trabecular bone was performed through micro computed

tomography (MCT). In this case, it was possible to identify greater formation of

bone trabeculae in all experimental groups (Figures 5 and 6).

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Figure 5. Illustration showing the formation of trabecular bone from the micro computed tomography.

Figure 6. Illustration showing the slices in the trabecular region from the analysis by micro computed tomography (MCT). (A): Control Group; (B): Control Group and application of Growth Hormone; (C): Muscular Strength Training; (D): Muscular Strength Training and application of Growth Hormone.

In addition, when quantifying the values for the variables obtained with the

MCT, it was verified that there was an increase in all the groups treated for the

variables bone volume percentage (BV/TV (%)); trabecular thickness (Tb.Th

(mm)); number of trabeculae per millimeter of tissue (Tb.N (mm-1)), and structure

model index (SMI). However, only the Tb.N variable demonstrated differences

through the statistical analysis (p <0.05). It was also possible to observe a

decrease for the variable trabecular space (Tb.Sp (mm)), although without

statistical difference (p> 0.05) (Figure 7).

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Figure 7. Analysis through micro computed tomography (MCT). A: Trabecular volume (%); B: Trabecular thickness (mm); C: Number of trabeculae (mm-1); D: Trabecular space (mm); E: Structural Model Index (SMI). (*): Statistically significant difference between control group and other experimental groups for the variable number of trabeculae (Tb/N). Comparison between means through the ANOVA one way test, with the Tukey’s post test (p <0.05).

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From the dual energy x-ray absorptiometry analysis (DXA), there was an

increase in bone mineral density (BMD) in all experimental groups (Figure 8).

However, only the GHT group presented a statistically significant difference when

compared to the C group (p = 0.02).

In addition, when the bone mineral content was verified, higher mean

values were observed for the groups that received GH application, although with

no statistically significant difference (p = 0.05).

Another variable measured from the DXA was the bone area. In this case,

all experimental groups demonstrated lower values for this variable, however,

only the GHC group presented a statistically significant difference (p = 0.04).

Figure 8. Analysis of Bone Mineral Density in the different groups of animals. Comparison between means through the one-way ANOVA test with Tukey's post test, p value <0.05. (*): Difference between C and GHT groups. (C): Control; (GHC): Control GH; (T): Muscular strength training; (GHT): Muscular strength training and application of GH.

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Finally, the maximum force (F-max) obtained by means of the mechanical

test was verified. In this case, although the experimental groups demonstrated

lower values when compared to the C group (Figure 9), no statistical difference

was observed (p> 0.05).

Figure 9. Analysis of bone resistance in the different groups of animals. Comparison between means from the Kruskal-Wallis test with Dunn's post test, p value <0.05. (C): Control; (GHC): Control GH; (T): Muscular strength training; (GHT): Muscular strength training and application of GH.

.

Discussion

The present study verified that the animals submitted to ST demonstrated

higher values for the CK-MB variables (p <0.05), regardless of the use of GH.

This finding may demonstrate the occurrence of muscle injuries caused by

muscular strength training.

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CK-MB analysis has been used to monitor athletes during the competition

period by providing useful information for prevention of injury. CK is a non-plasma

enzyme and can be released into blood plasma as a function of cell membrane

destruction, caused by oxidative stress or muscle injury (21,22).

In the study performed by Ghiasi et al. (21), it was verified that animals

which performed a "squat jump" model strength protocol, for four weeks,

demonstrated an increase in the CK variable. This finding corroborates the

present study, which, despite using an exercise protocol in the liquid medium,

also caused an increase in this variable, since the trained animals demonstrated

higher values when compared to the C and GHC groups.

Another form of analysis used in the present study was micro computed

tomography (MCT). In this case, there was an increase in all groups of animals

treated with ST and/or GH for the following variables: percentage of bone volume

(BV/TV (%)); trabecular thickness (Tb.Th (mm)); number of trabeculae per

millimeter of tissue (Tb.N (mm-1)), and structure model index (SMI). However,

only the Tb.N variable showed statistical difference (p<0.05). It was also possible

to observe a decrease in the trabecular space variable (Tb.Sp (mm)) in all

experimental groups, although without statistical difference (p>0.05).

Although it is a non-destructive technique that reconstructs and models

interiors of samples on the micrometric scale and obtains information about the

three-dimensional geometry and properties of the material (23,24), MCT has

been little used in studies that sought to investigate in detail modifications in

trabecular bone and micro architecture (25). One study in animals investigated

the application of physical exercise through MCT analysis and observed

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significant improvements in bone mineral content, structure, mechanical

properties, and trabecular morphology (26). It should be noted that in the latter

case, running exercise was used on a treadmill, a protocol different from that

used in the present study, which, despite the use of body overload, was

performed in a liquid medium. In addition, in the present study GH was used both

in isolation and added to ST as a possible interference factor in bone tissue.

The application of GH and the performance of ST were able to improve

the quality of tissue through the parameters obtained by MCT. Although exercise

in the liquid medium is considered inefficient for increasing bone mass in humans,

when compared with exercises with weight has demonstrated a positive effect in

small animals. This fact is similar to the present study using Wistar rats (9,25).

Studies show that physical training acts as a stimulant in the release of GH

into the bloodstream (5,6). However, there appear to be differences between

sexes and release periods (5). In addition, it appears that the intensity and form

of exercise may influence the release of GH. These responses seem to be linked

to the regulation of energy substrates and the immune system, tissue repair, and

cell growth (7).

In the study by Butkus et al. (5), the effects of physical exercise on the

release of GH, GH releasing hormone (GHRH), and messenger RNA (mRNA),

responsible for protein synthesis, were observed. The authors found that male

rats that which performed acute and chronic exercise demonstrated reduced

levels of mRNA compared to sedentary male rats. In addition, it was observed

that acutely exercised female rats demonstrated increased mRNA in comparison

to sedentary females. As for the GHRH of male rats, it was verified that acute

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exercise decreased the blood concentration while chronic exercise increased it

and that these responses were opposite in the females. Finally, the authors

observed that GH responses are supplied during physical exercise in rats, a fact

that contrasts with the observed responses in humans (5).

All groups of animals presented an increase for the BMD variable, but only

the T group demonstrated a significant difference (p<0.05). In the study by

Castoldi et al., (27) it was observed that ST caused increased BMD in animals

exercised in a liquid medium. In a similar way to the present study, the authors

used four weeks of training, with an intensity corresponding to 50% of body

weight and 4 sets of 10 jumps. Such findings may highlight the adaptation

generated by this training method, emphasizing the idea of the importance of ST

for the maintenance and preservation of bone tissue.

In a study conducted in the elderly, it was found that despite not increasing

blood GH concentration, 16 weeks of ST were able to promote increases in

femoral BMD (28). On another occasion, adult individuals with GH secretion

deficiency demonstrated an increase in BMD variables after a training period (29).

This finding corroborates the present study, which, although using animals as a

form of analysis, verified an increase in BMD in the experimental groups.

Finally, no significant difference for the variable F-max was observed in

the different groups of animals through the mechanical test (p>0.05).

Nevertheless, although discrete, the trained animals (T and GHT groups)

presented a reduction in values for this variable. However, studies indicate that

physical exercise can act as a means of adaptation and recovery of bone tissue

and in this case, may be able to adapt and potentiate the tissue structure or

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recover bone properties, making it resistant to fractures after periods of

immobilization or loss of mineralization.

In the study by Ozaki et al. (9), it was verified that even after a period of

plaster immobilization, the animals remobilized through physical exercise

(swimming) presented an increase in the BMD and F-max variables. This fact

demonstrates that physical training can be a potent stimulator of osteogenic

action (5), by contributing to the increase in GH release and, consequently, tissue

mineralization (6).

In this way, the present study collaborates with the scientific literature to

identify the alterations caused by ST and GH through the MCT, DXA, and F-max

analysis. Some limitations should be taken into account, such as the lack of the

hormone dosage used and the form of physical training. Future studies using

various forms of training, as well as differentiated doses of GH, may contribute to

the results presented in the present study.

In addition, the present work contributes to the field of sports medicine by

investigating the effects of the use of GH on bone tissue. These findings may

contribute to the debate about the use of doping substances in sports, since in

the search for increased physical performance some athletes choose to use this

hormone. It was observed in the present study that the use of GH, added or not

to training, does not necessarily contribute to improvement in bone tissue, when

compared to the performance of ST in isolation.

Acknowledgments

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Acknowledgments The authors are grateful to the Brazilian Agency of

Resources for Higher Education Personnel (CAPES) for supporting the

development of this study.

Conclusion

It was concluded that both ST and GH provided improvement in trabecular

bone tissue and an increase in BMD in Wistar rats. However, although the value

decreased, no statistically significant difference was observed for F-max.

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RCC (0000-0002-4167-6790): manuseio dos animais, redação do artigo,

conceito intelectual do artigo e confecção de todo o projeto de pesquisa; GATO

(0000-0002-0133-960X): redação do artigo, conceito intelectual do artigo e

confecção de todo o projeto de pesquisa; TEK (0000-0002-9423-9965): conceito

intelectual do artigo, análise estatística e correções de todo o projeto de pesquisa

e do artigo final; TAG (0000-0003-1031-038X): redação, análise dos dados e

revisão do artigo; MJPU (0000-0003-4563-3541): análises, redação do artigo,

revisão do texto final; RCMD (0000-0003-0783-6612): conceito intelectual do

artigo, revisão do texto final; ICG (0000-0001-8621-8374): revisão do projeto e

do texto final; JCSCF (0000-0002-5665-5837): conceito intelectual do artigo e

confecção de todo o projeto de pesquisa, e correção do texto final. WDB (0000-

0003-1838-1473): conceito intelectual do artigo e confecção de todo o projeto de

pesquisa, e correção do texto final.

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129

Anexo V – Artigo 3 Traduzido para língua inglesa

Original Article

Effects of muscular strength training and growth hormone (GH) supplementation

on bone tissue

3,4 Robson Chacon Castoldi; 4 Guilherme Akio Tamura Ozaki; 2 JoãoDomingos

Augustodos Santos Pereira; 1Tatiana Emy Koike, 1 Regina Celi Trindade Camargo, 6

Ines Cristina Giometti; 5 Mario Jefferson Quirino Louzada; 2 Carlos José Leopoldo

Constantino; 1 José Carlos Silva Camargo Filho; 4 William Dias Belangero.

1Department of Physical Therapy. Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita

Filho” - UNESP, campus de Presidente Prudente.

2 Department of Physics, Chemistry, and Biology. Universidade Estadual Paulista “Júlio

de Mesquita Filho” - UNESP, campus de Presidente Prudente.

3 Department of Physical Education. Universidade do Oeste Paulista – UNOESTE.

4 Faculty of Medical Sciences. Universidade Estadual de Campinas– UNICAMP.

5 Department of Animal Support, Production, and Health. Universidade Estadual

Paulista– UNESP, Araçatuba.

6 Faculty of Veterinary Medicine. Universidade do Oeste Paulista – UNOESTE.

Correspondence address

Prof. Me.Robson Chacon Castoldi

Laboratório de Análise da Plasticidade Muscular – LAPMUS.

UNESP/FCT – Campus de Presidente Prudente

Rua Roberto Simonsen, 305

Bairro: Centro Educacional

CEP:19060-900 - Pres. Prudente, SP

Fone: 55 (18) 3229 5829

E-Mail: [email protected]

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130

ABSTRACT

The aim of the present study was to analyze the effects of growth hormone (GH)

supplementation on muscular strength training (ST). A total of 40 male Wistar animals,

60 days old, were used. The animals were divided into four groups: control (C), control

with GH (GHC), muscular strength training (T), and muscular strength training with GH

(GHT). Blood samples were collected for the quantification of creatine kinase (CK-MB)

and the femurs were removed for analysis by Raman spectroscopy, dual-energy X-ray

absorptiometry (DXA), and mechanical resistance (F-max). The Shapiro-Wilk normality

test and variance analysis (ANOVA One-Way) were used, followed by the Tukey's post-

test for parametric variables and the Kruskal-Wallis non-parametric test with Dunn's post

test. A more pronounced increase in the bone mineral components was verified in the T

group, for all the variables obtained by the Raman. In addition, for animals submitted to

GH supplementation, there was a reduction in the variable bone mineral density (BMD)

(p <0.05). Finally, the animals that received GH supplementation presented a higher F-

max, but without statistical significance (p> 0.05). It was concluded that animals that

received GH supplementation demonstrated a decrease in BMD. In addition, strength

training alone was able to promote increased calcium, phosphate, amide, and collagen

compounds in bone tissue.

Key-words: Physical Training; Growth Hormone; Bone tissue; Muscular Strength,

Anabolics.

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Introduction

Bone tissue has the ability to adapt to stimuli, such as physical training (PT), and

the application of certain substances, such as growth hormone (GH) (1,2). These stimuli

act on the bone metabolism, principally modulating the synthesis or degradation of the

inorganic matrix of the bone (3).

PT leads to a temporary deformation of the bone tissue by means of the load

imposed on the tissue and the tendon traction during muscle contraction (4). This

deformation promotes stimulation for osteoblasts to synthesize the inorganic matrix of

bone tissue, increasing its mineral density, and making the bone more resistant to fractures

(5)

On the other hand, GH has the function of promoting the growth of organs and

tissues6 and stimulating bone metabolism (6). A study carried out with GH

supplementation demonstrated that it is able to promote the increase of cortical bone mass

(7).

However, no studies were found in the scientific literature addressing

supplementation with GH together with PT in bone tissue. Both approaches present the

ability to stimulate synthesis of the inorganic matrix of the bone; however, the combined

action of these two forms of stimulation is not clear (8–10)

Thus, the objective of the present study was to verify the effect of PT added to the

use of GH on the bone tissue of Wistar rats.

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Methods

Animals

In total, 40 male animals were used, 60 days of age (growth phase), Wistar breed,

obtained from the Central Animal Laboratory at the University of Western São Paulo -

UNOESTE and kept in the experimental animal facility on campus II of the institution.

The animals remained in groups of 05 animals per plastic box, dimensions of

41x34x17.5cm, with temperature (20 to 30ºC), light (light/dark cycle twelve hours), and

humidity (55 ± 15%) controlled from 7am to 7pm, with free access to water and food of

the brand Supralab® (Supra, Empresa Alisul, Brazil). The present study was approved by

the local ethics committee, approval number (CEUA - 2626).

Experimental Protocols

The animals were divided into four groups: control (C) [n=10], control with GH

(GHC) [n=10], muscular strength training (T) [n=10], and muscular strength training with

GH (GHT) [n=10]. The training period was composed of four weeks.

Prior to the training period, the animals underwent a period of adaptation to the

water and equipment (1x10 jumps, 2x10 jumps, 3x10 jumps) for one week, with

progressive increases in overload and duration (11).

Experimental Groups

C Group: The animals remained free in cages and received the same volume of saline

(0.9% sodium chloride in water) as the other groups which received GH.

GHC Group: The animals remained free in cages and 0.2 UI/Kg of GH was administered

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to each animal three times a week on alternate days.

T Group: The animals performed four sets of 10 jumps, three times a week, in a

cylindrical PVC container, specially adapted for jumps in water, of an appropriate depth

to the length of the animals (38cm). Between each series of jumps a 1 minute interval was

established. The overload used was equivalent to 50% of the body weight of each animal,

adjusted weekly. The load was accommodated in the anterior chest by means of a vest

(Figure 1), as proposed by De Mello Malheiro et al., (12) and used by Castoldi et al., (13).

The animals received physiological solution in the same volume as the animals treated

with GH.

Figure 1. Illustration of execution of strength training.

GHT Group: the protocol was performed identically to that mentioned previously.

However, as in the case of the GHC group, each animal was given 0.2 UI/Kg of GH, in

place of the physiological solution. Immediately after application, the animals were

induced to carry out the training protocol with weights.

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134

Experimental Period

Chart 1. Period and Activities Developed During the Experiment.

Experimental Period

0 1st 2nd 3rd 4th 5th

Control (C) M M M M M E

Control with GH (GHC) M M

GH

M

GH

M

GH

M

GH

E

Neuromuscular

Anaerobic Training (T)

Adapt X

X

X

X

E

Neuromuscular

Anaerobic Training with

GH (GHT)

Adapt X

GH

X

GH

X

GH

X

GH

E

Note: Adapt =Adaptation of the animals to the liquid medium and equipment to carry out

the training with weights. X = Physical Training, GH = Application of Growth Hormone.

E = Euthanasia and collection of material, M = Maintenance of animals without

conducting training with weights.

Biochemical Analysis

At the end of the experimental period, the animals were anesthetized with ethyl

ether, so as not to influence biochemical parameters, and then euthanized by

exsanguination. Blood sampling was performed for analysis of creatine kinase (U/L)

muscle-brain fraction (CK-MB) to verify the degree of muscle damage, in tubes

(Vacutainer®) without anticoagulant. Serum biochemistry was performed through the

colorimetric method using Cobas C111® systems.

Bone Tissue

After euthanasia, the femur of the right limb was extracted by means of a

longitudinal incision to remove the skin and soft tissue. Following this procedure, the

sample was immersed in saline solution and stored at -20°C for subsequent analysis.

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135

Raman Microscopy

The analysis of bone structure (bone cells) was performed through the use of a

Raman microscope, "micro-Raman spectrograph, brand Renishaw, in-Via model"

surface-enhanced Raman scattering (14–16). In this case, the alterations in the bands

were measured corresponding to the following compounds: phosphate (Band 428.38),

Collagen Type I (937.07), Calcium Phosphate (960.09), Phospholipid - Nucleic Acid

(1080.39), Amide III (1246.54), and Amide I (1656.01), according to the standardization

developed by Movasaghi et al.,(17) (Table 1).

Table 1 – Assigned Raman spectra bands to bone tissue

ν [cm-1] Assignment of the band

428 Symmetrical stretching of ν2 PO43- (phosphate HA)

937 Proline (type I collagen)

960 Symmetrical stretching of do ν1 PO43- (phosphate HA)

1080 Typical phospholipids

Vibrations of the phosphate (phosphodiester groups in nucleic acids)

Collagen

1246 Amide III (collagen)

1247 Amide III (assigned to collagen)

1656 C=C (lipids)

Amide I (proteins)

References: Cheng et al., (18); Gazi et al., (19); Malini et al., (20) Shafer-Peltier et al.,

(21).

The Raman spectroscopy measurements were obtained using a micro-Raman

spectrograph, model in-Via, brand Renishaw. A laser wavelength of 633 nm with a

sample power in microwatts (μW) was used and the diffraction grating was 1,800 lines

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per mm. The exposure time was set at 10 seconds and the number of accumulations was

equal to five.

The optical microscopy was obtained using a Leica optical microscope (DMLM

series) coupled to the spectrograph with the objective to increase 50x providing spatial

resolution in the order of 1.00 µm², a Peltier CCD detector (cooled to -70 ° C) and XYZ

motorized platform (stepper motor - 0.10 µm) on which the samples were placed. Three

spectra were collected from each sample, totaling nine spectra per group.

Bone Densitometry

The femurs were subjected to densitometry analysis with a densitometer, dual-

energy X-ray absorptiometry (DXA), model DPX-Alpha, LUNAR, using specific

software for small animals. For this procedure, the bones were submerged in a plastic

receptacle, containing 2 cm of water to simulate soft tissue (in vivo). The area of the femur

was delimited by the device, being the area covered by the DXA (5 cm x 4 cm). The laser

device was set above the center of the bone at the beginning of the image capture.

After capturing the images, the bones were analyzed using a manual analysis tool.

The area of the femur required for analysis was contoured to obtain the bone mineral

content and bone mineral density values (22).

Mechanical Assay

The mechanical testing was performed on the proximal portion of the femur using

an EMIC® 2000 universal testing machine, equipped with a 500N load cell, adjusted to

a scale of 200N. The femoral head was positioned so that the measured reference point

was aligned with the actuator, with a descending speed of 5 mm/min.

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137

The bone was adjusted so as not to move during the test, with a zero initial

preload. The trial proceeded, with additional loads applied until the moment of bone

rupture. From this, the values of maximum force were obtained (23–25).

Statistical Analysis

After obtaining the data, the Shapiro-Wilk normality test was performed. In cases

where there was normal distribution on the Gaussian curve, variance analysis (One-Way

ANOVA) was used, followed by Tukey's post-test. For the variables that did not present

normality, the nonparametric Kruskal-Wallis with Dunn’s post-test was used, for

comparison between groups of variables obtained by Raman spectroscopy, mechanical

assay, DXA, and creatine kinase (CK-MB). The ANOVA with repeated measures was

utilized for analysis of the intragroup body mass variable, at the pre and post-training

moments. All procedures adopted a significance level of 5% (p <0.05). The calculations

were performed with the application (SPSS 17.0 for Windows®).

RESULTS

After obtaining the data, it was verified that there was greater variation in body

mass in the GHC group. In addition, it was found that the greatest mass gain was observed

in the GHC and GHT groups (Figure 2).

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Figure 2. Analysis of body mass in the groups of animals (a): Difference between C and GHT groups. (*)

Statistically significant difference between groups from the ANOVA test with Tukey Post-Test (p <0.05).

In addition, the concentration of creatine kinase-muscle-brain fraction (CK-MB)

was verified, an enzyme that allows identification of the occurrence of micro-lesions in

muscle from exercise. It was found that there was a higher concentration in the T and

GHT groups (Figure 3) than in the C and GHC groups (Mean: C = 35.01, GHC = 35.24,

T = 48.57, GHT = 47.37).

Figure 3. Analysis of concentration of CK - MB (U/L) in the animals. (*) Statistically

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139

significant difference between C and GHT groups through the ANOVA test with Tukey

Post-Test (p <0.05).

The analysis of Raman spectroscopy was performed from the measurements of

pre-defined bands (cm-1). Thus, we evaluated the quantification of the compounds

Phosphate, Type I Collagen, Calcium Phosphate, Phospholipid - Nucleic Acid, Amide

III, and Amide I. It was verified that there was a more pronounced increase in the T group

in all variables, followed by the GHT and GHC groups, respectively (Figure 5).

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Figure 7. Raman spectroscopy performed in different groups of animals; average of three

spectra.

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Figure 5: Raman Spectroscopy analysis of the quantification of the compounds Phosphate (A); Collagen Type I (B); Calcium Phosphate

(C); Phospholipid - Nucleic Acid (D); Amide II (E); and Amide I (F) in the bone tissue of male animals. (*) Statistically significant difference

between groups C and T from the ANOVA with Tukey post-test (p <0.05).

*

*

*

*

*

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Through the bone densitometry (DXA), it was verified that there was an increase

in the variable bone mineral density (BMD) in the group that underwent training in

isolation (p <0.05). However, in the groups that received GH supplementation (GHC and

GHT), the values for this variable decreased (Figure 9).

Figure 9. Bone Mineral Density in different groups of animals. (*) Statistically

significant difference between groups through the ANOVA test with Tukey Post-Test

(p<0.05). (*): GHC group different from C, T, and GHT.

Finally, the maximum force supported by the femur was analyzed. For this

variable, it was not possible to observe significant differences between the different

groups of animals (p> 0.05) (Figure 10).

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Figure 10. Analysis of the maximum force imposed on the femoral head in the different

groups of animals. ANOVA test with Tukey Post-Test (p> 0.05).

Discussion

The present study had the principal objective of investigating the effects of

strength training (ST) and growth hormone (GH) supplementation. It was found that both

the use of GH and ST were able to promote alterations in bone tissue. However, the

training in isolation demonstrated greater gain for the analyzed variables than when added

to the use of GH.

After obtaining the data through Raman spectroscopy (Raman), a greater quantity

of the compounds Phosphate (428.38 cm-1), Collagen Type I (937.07 cm-1), Phospholipid

- Nucleic Acid (1080.39 cm-1), Amide III (1246.54 cm-1), and Amide I (1656.01 cm-1)

was observed in the animals of the T group, compared to the other experimental groups

(p <0.05). In addition, it was observed that although the GHT group (training and

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144

supplementation with GH) demonstrated an increase in minerals in relation to the C

group, this did not occur in the same magnitude.

Studies have shown that physical training stimulates the production of calcium,

phosphate, amide, and collagen, present in bone cells, as well as the connective tissue of

the extracellular matrix (4,26). The explanation for the increase in these properties is

related to the turnover, caused by the increase in overload generated by performance of

the training (12).

According to Torres-Del-Pliego et al., (27) Raman microscopy can be used to

measure chemical properties of minerals and bone collagen components simultaneously,

including in vivo. However, few studies have been performed on animals with the

intention of identifying biomechanical parameters through Raman spectroscopy

(14,26,28).

The findings in the present study are in contrast to those found by Da Silva et al.,

(29) who used Raman spectroscopy to obtain the results. The authors observed that

although there were no statistically significant differences, some variables (Ratio between

Bands 1070/960) demonstrated a decrease after performance of a swimming exercise

protocol in Wistar rats.

It is worth mentioning that the present study used a resistance training protocol

with 4 sets of 10 jumps in male animals, while Da Silva et al., (29) used an aerobic training

protocol, with intensities corresponding to 40 and 80% of the maximum capacity, in

female animals. In this case, besides the gender, the specificity of the training may have

resulted in the differences in the results obtained (30).

When compared to the study by Renno et al. (31), it was verified that the results

obtained in the present study resemble previously published findings. In this case, a

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physical training protocol similar to the one used in the present study (aquatic jumps) was

used in Wistar rats and a significant increase in the calcium content was observed in the

analyzed animals. From this finding, it is possible to verify that the ST protocol used in

the present study was able to induce an increase in the quantity of the compounds

analyzed, a fact that did not occur with the GH supplementation.

Although some studies point to body development and cell growth from the use

of GH (1,32,33), other findings do not support this idea. According to the studies of

Cruzat et al., (8), De Rezende Gomes et al., (34) and Hoffman et al., (9), some

physiological aspects related to its application remain controversial and unknown, such

as regulators of protein and lipid synthesis, as well as direct (plasma membrane action)

or indirect (growth factor synthesis - IGF) release.

In addition, training variables such as volume, frequency, and intensity may

influence the results (8). In the study of Kraemer at al., (35), it was found that the release

of GH in the pituitary gland is differentiated according to the region, and that acute

strength exercise can cause adaptations in somatotrophic structure and function.

Despite the scarcity of studies investigating the application of GH and physical

training, studies have verified the action of GH in animals and observed that its lack may

contribute to a reduction in spongy bone tissue (36) and in IGF- 1 caused by Diabetes

(37). In this sense, future studies using new techniques, such as Raman spectroscopy, can

collaborate with the literature.

The present study also measured BMD through the analysis of dual-energy X-ray

absorptiometry (DXA), observing that this variable decreased in the GHC group (p

<0.05). Although not statistically significant (p> 0.05), the T group presented an increase

in this variable when compared to the other groups of animals.

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It is known that bone tissue can undergo adaptations through performance of ST,

such as increased mineral density (38,39). Previous studies have shown that both

swimming exercise (23) and weight training (40) were able to induce bone tissue to

increase BMD.

The decrease in BMD in the group of GHC animals was supposed to be due to the

specific cell growth function generated by GH. That is, the potentiation of cell growth

may have resulted in the decrease in density, when added to the performance of physical

training (41). Thus, for hormonal use without damage to the bone tissue, one possibility

may be the use of GH added to supplementation with calcium and other minerals

belonging to the structural chain of the tissue.

The present study also verified bone strength by means of compression analysis.

After the mechanical test and determination of the F-max, it was observed that there was

no statistically significant difference for the measurement of the F-max variable (p> 0.05).

In the study of Ozaki et al., (23), it was observed that physical exercise was able

to promote increased resistance to the F-max test, even after the process of immobilization

of the animals. In this case, the exercised animals presented results in relation to the F-

max with values close to the animals that were not immobilized.

According to Hojan et al., (38), the balance between resorption and formation of

bone tissue is influenced by a number of factors, such as nutrition, hormonal synthesis,

physical training, and others. The deposition of calcium is partly regulated by the amount

of load imposed on it. Thus, the greater the forces applied (respecting the physiological

limits), the greater the activation of the osteoblasts, making them more resistant (38,39).

Finally, it is worth mentioning that the GHT animals demonstrated a difference in

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mass gain when compared to the C group. This fact demonstrates that GH can interfere

in the variation or gain in weight. Another fact observed was the increase in the CK-MB

protein in the animals that performed the ST protocol, evidencing that this form of training

was enough to generate muscle stress.

CK-MB has been used over a long period in the diagnosis and monitoring of

myocardial infarction and myopathies such as muscular dystrophy (42–44). In this case,

it could be observed that the trained animals presented a higher concentration of this

enzyme.

In view of the above, the present study contributes to the literature by verifying

the effects of ST and use of GH on the bone tissue of Wistar rats. However, some

limitations should be considered, such as the type of training (water jumping), GH dosage

(0.2 IU/Kg), and period of training (four weeks). Studies that address other forms of

exercise or different hormonal dosages may contribute to the present research.

Conclusion

It was concluded that the animals that received GH supplementation presented a

decrease in BMD. In addition, strength training alone was able to promote increased

calcium, phosphate, amide, and collagen compounds in bone tissue.

Acknowledgments

Acknowledgments The authors are grateful to the Brazilian Agency of Resources

for Higher Education Personnel (CAPES) for supporting the development of this study.

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