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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA CENTRO DE CIÊNCIAS …€¦ · Bases de Schiff derivadas da...

Date post: 19-Nov-2020
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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA NATUREZA DEPARTAMENTO DE QUÍMICA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM QUÍMICA DISSERTAÇÃO DE MESTRADO SÍNTESE ASSISTIDA POR MICRO-ONDAS DE NOVAS BASES DE SCHIFF DERIVADAS DA ISATINA COM POTENCIAL ATIVIDADE ANTINEOPLÁSICA E ANTI- INFLAMATÓRIA GIRLYANDERSON ARAÚJO DA SILVA JOÃO PESSOA 2019
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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA NATUREZA

DEPARTAMENTO DE QUÍMICA

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM QUÍMICA

DISSERTAÇÃO DE MESTRADO

SÍNTESE ASSISTIDA POR MICRO-ONDAS DE NOVAS BASES DE SCHIFF DERIVADAS

DA ISATINA COM POTENCIAL ATIVIDADE ANTINEOPLÁSICA E ANTI-

INFLAMATÓRIA

GIRLYANDERSON ARAÚJO DA SILVA

JOÃO PESSOA

2019

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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA NATUREZA

DEPARTAMENTO DE QUÍMICA

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM QUÍMICA

DISSERTAÇÃO DE MESTRADO

Síntese assistida por micro-ondas de novas bases de Schiff derivadas da Isatina com potencial

atividade antineoplásica e anti-inflamatória

Girlyanderson Araújo da Silva*

Orientador: Mário Luiz Araújo de Almeida

Vasconcellos

Co orientador: Cláudio Gabriel Lima Junior

*Bolsista (CAPES)

JOÃO PESSOA

2019

Dissertação de Mestrado

apresentada como requisito para

obtenção do título de Mestre em

Química Orgânica pela

Universidade Federal da Paraíba.

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DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho a minha vó Maria Araújo, cujo sobrenome carrego com muito orgulho, e

que me perfumou com a essência de Cristo;

Aos meus pais Gilvanda e João Alves, que sempre foram minha inspiração em tudo;

Aos Meus irmãos Girliane e Girliarlysson, pelo apoio e suporte dado durante todas minhas

batalhas;

À Minha noiva Anny Karolline, que esteve sempre ao meu lado nesta caminhada, me apoiando

em minhas decisões.

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AGRADECIMENTOS

À Deus, por me permitir a realização desse trabalho, por me conceder saúde e por sempre guiar

os meus passos.

Aos meus pais, Gilvanda e João Alves, que me deram toda base e suporte para alcance dos meus

objetivos, que sempre acreditaram e torceram por mim.

À minha irmã, Girliane, pelos conselhos e o compartilhar de toda sua experiência acadêmica.

Aos professores e orientadores, Dr. Mário Vasconcellos e Dr. Claudio Gabriel, pela

oportunidade, confiança, paciência e por todos os ensinamentos e contribuições científicas.

Aos meus amigos do LASOM, João Paulo, Aleff, Thaysa, Maísa, Luciana, Sandro, Renan,

Brenda, Tayná, Rhuan, Everton, Fábio, Daniel e Francisco, por cada momento compartilhado

de alegrias, lutas, conhecimentos e desafios nesses dois anos de mestrado, proporcionando um

ambiente familiar no laboratório.

Aos professores e ao programa de pós-graduação em química.

Aos técnicos, Evandro, Alexsandro e Marcelo, pela realização das análises dos espectros de

Ressonância Magnética Nuclear.

À UFPB e à CAPES pela bolsa concedida.

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“Portanto, meus amados irmãos, sede firmes e constantes, sempre abundantes na obra do Senhor,

sabendo que o vosso trabalho não é vão no Senhor.” (1 Coríntios 15:58)

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RESUMO

Bases de Schiff obtidas a partir de derivados de isatina, têm chamado bastante atenção dos

pesquisadores da área de química medicinal devido ao seu amplo perfil de atividades farmacológicas,

como anticâncer, antimicrobiana e antiviral. Estudos recentes demonstraram uma potencial seletividade

na inibição da COX-2, enzima responsável por processos inflamatórios. Além disso, estão presentes em

importantes processos biológicos. Este trabalho foi realizado com o objetivo de sintetizar 12 bases de

Schiff a partir de derivados de isatina, sendo 6 inéditas, com potencial atividade biológica. Inicialmente,

foram sintetizados 11 intermediários derivados da isatina, usando reações de nitração, halogenação e

alquilação com rendimentos que variaram de 51 a 93%. Posteriormente, foram sintetizadas as bases de

Schiff, usando irradiação de micro-ondas como fonte de aquecimento. A metodologia empregada

demonstrou-se simples, rápida e eficaz para obtenção dos produtos, apresentando bons rendimentos que

variaram entre 57% a 98% e em tempos reacionais de 30-60 minutos. Todos os produtos foram

caracterizados via espectroscopia de RMN 1H e 13C.

Palavras-chave: bases de Schiff; derivados da isatina; micro-ondas.

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ABSTRACT

Schiff’s Bases obtained from the derivatives of Isatin, have been calling researchers attention, in the

field of medicinal chemistry, to their broad profile of pharmacological activities, such as anticancer,

antimicrobial and antiviral. Recent studies have demonstrated a potential selectivity in the inhibition of

COX 2, an enzyme responsible for inflammatory symptoms. In addition, they are present in important

biological processes. This work was carried out with the aim of synthesize 12 Schiff’s bases derivate

from isatin, being 6 unpublished, with potential biological activity. Initially, 11 intermediates derived

from Isatin were synthesized using nitration, halogenation and alkylating reactions with yields varying

from 51 to 93%. Subsequently, the Schiff’s bases were synthesized using microwave irradiation as a

heating source. The methodology used was shown to be simple, fast and efficient for obtaining the

products, showing good yields, income ranging from 57% to 98% in reaction times of 30 to 60 minutes.

The products were characterized by infrared spectroscopy (IR) and MRI 1H and 13C.

Keywords: Schiff bases; Isatin derivatives; Microwave.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 2.1. Anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs) clássicos. ................................................... 15

Figura 2.2. Estrutura cristalográfica das isoenzimas COX-1 e COX-2 complexadas com um AINE. 16

Figura 2.3. Principais anti-inflamatórios inibidores seletivos de COX-2. ......................................... 16

Figura 2.4. Gráfico estatístico de ocorrência de câncer no Brasil. .................................................... 17

Figura 2.5. Fármacos utilizados no tratamento de câncer. ................................................................ 18

Figura 2.6. Estrutura geral das bases de Schiff. ............................................................................... 19

Figura 2.7. Ressonância das bases de Schiff. ................................................................................... 19

Figura 2.8. Distribuição espacial dos elétrons nas bases de Schiff. .................................................. 20

Figura 2.9. Condensação da cetona com uma amina primária. ......................................................... 21

Figura 2.10. Equilíbrio tautomérico das bases de Schiff. ................................................................. 22

Figura 2.11. Reatividade química das bases de Schiff. .................................................................... 22

Figura 2.12. Aproximação do nucleófilo às bases de Schiff. ............................................................ 23

Figura 2.13. Bases de Schiff com atividades farmacológicas. .......................................................... 25

Figura 2.14. Bases de Schiff com atividade antimicrobiana contra cepas Mycrobacterium. ............. 25

Figura 2.15. Bases de Schiff complexadas com Metais (M). ............................................................ 26

Figura 2.16. Moléculas investigadas como anticâncer. .................................................................... 27

Figura 2.17. Bases de Schiff derivadas da isatina e benzidrazida com atividade anti-inflamatória. ... 27

Figura 4.1. Série de derivados da isatina. ........................................................................................ 32

Figura 4.2. Bases de Schiff propostas neste trabalho. ...................................................................... 33

Figura 5.1. Numeração dos carbonos do núcleo isatina.................................................................... 37

Figura 5.2. Espectro de RMN 1H (DMSO-d6, 400 MHz) para a molécula 4a................................... 40

Figura 5.3. Espectro de RMN 1H (DMSO-d6, 400 MHz) para a molécula 4c................................... 42

Figura 5.4. Espectro de RMN 1H (DMSO-d6, 400 MHz) para a molécula 2b. ................................. 43

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LISTA DE ESQUEMAS

Esquema 2.1. Mecanismo de reação detalhado com catálise ácida. .................................................. 21

Esquema 2.2. Mecanismo formação de iminas relacionado a visão.................................................. 24

Esquema 4.1. Série dos derivados da isatina sintetizados. ................................................................ 33

Esquema 4.2. Reação de condensação dos derivados da isatina. ...................................................... 34

Esquema 5.1. Mecanismo de síntese da 5- nitro-isatina. .................................................................. 36

Esquema 5.2. Mecanismos proposto para monocloração e dicloração da isatina. ............................. 38

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LISTA DE ABREVIATURAS E SÍMBOLOS

AINES – Anti-inflmatórios não esteroidal

ATCI – Ácido tricloroisocianúrico.

CCDA – Cromatografia em camada delgada analítica.

DMF – Dimetilformamida.

DMSO – Dimetilsulfóxido.

IV – Infravermelho.

KBr – Brometo de potássio.

MHz – Megahertz.

ppm – Partes por milhão.

RMN – Ressonância magnética nuclear.

t.a. – Temperatura ambiente.

δ – Deslocamento químico.

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 14

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ..................................................................................................... 15

2.1 Anti-inflamatórios Não Esteroides (AINEs) e a busca por inibidores seletivos da COX-2 ................... 15

2.2 Câncer ............................................................................................................................................... 17

2.2.1 Quimioterapia ............................................................................................................................. 18

2.3 Bases de Schiff .................................................................................................................................. 19

2.3.1 Mecanismo geral ......................................................................................................................... 21

2.3.2 Características eletrofílicas e básicas das bases de Schiff ............................................................. 22

2.3.3 A importância das bases de Schiff em bioprocessos ..................................................................... 23

2.3.4 Aplicações farmacológicas .......................................................................................................... 24

2.3.5 Atividade Anti-inflamatória e Antineoplásica das bases de Schiff derivados da isatina e

benzidrazidas. ...................................................................................................................................... 26

3 OBJETIVOS ...................................................................................................................................... 29

3.1 Objetivo Geral ................................................................................................................................... 30

3.2 Objetivos Específicos ......................................................................................................................... 30

4 ESTRATÉGIA ................................................................................................................................... 31

5 RESULTADOS E DISCUSSÃO ........................................................................................................ 35

5.1 Síntese dos intermediários derivados da isatina ................................................................................... 36

5.2 Síntese das bases de Schiff ................................................................................................................. 39

6. CONCLUSÕES E PERSPECTIVAS .................................................................................................... 44

6.1 Conclusões ......................................................................................................................................... 45

6.2 Perspectivas ....................................................................................................................................... 45

7. PARTE EXPERIMENTAL ............................................................................................................... 46

7.1 Materiais e métodos ........................................................................................................................... 47

7.2 Procedimento para a síntese dos derivados da isatina .......................................................................... 48

7.2.1 Procedimento para síntese dos derivados nitrados (2). .................................................................. 48

7.2.2 Procedimento para síntese dos derivados monoclorados (3). ........................................................ 48

7.2.3 Procedimento para síntese dos derivados diclorados (4). .............................................................. 49

7.2.4 Procedimento para síntese dos derivados metilados (ii). ............................................................... 50

7.2.5 Procedimento para síntese dos derivados alilados (iii). ................................................................. 51

7.2.6 Procedimento para síntese das bases de Schiff (1a - 4c). .............................................................. 52

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1. INTRODUÇÃO

Uma grande diversidade de fármacos anti-inflamatórios está disponível no mercado, atuando na

inativação da enzima cicloxigenase, impedindo a produção de prostaglandinas, os chamados

ainflamatórios não-esteroidais ou atuando ao nível de DNA celular, os corticosteroides (RANG, 2004).

Os AINEs são responsáveis por numerosas reações adversas no mundo inteiro e estão incluídos

nos relatos de mortes causadas por fármacos. Os efeitos colaterais causados por tratamentos feitos com

anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs), tais como toxicidade gástrica, hepática, pulmonar e cutânea

tem impulsionado a busca por novos AINEs seletivos na inibição da COX-2, uma das isoformas da

enzima ciclooxigenase, responsável pelos sintomas inflamatórios. (SILVA; PEREIRA, 2016; SHERIF;

ISSA; DENA, 2015)

Uma outra linha de pesquisa igualmente relevante na atualidade é a busca por novos compostos

antineoplásicos. Uma vez que, diversos tipos de câncer têm sido responsáveis por mais de 8,2 milhões

de óbitos por ano, representando 13% de todas as causas de morte do mundo, há uma necessidade

urgente de moléculas capazes de combater os diversos tipos de neoplasias. (INCA, 2018)

O núcleo oxindólico está presente em diversas moléculas, sintéticas e naturais, que possuem

uma enorme gama de atividades farmacológicas, inclusive antineoplásicas. Já as moléculas conhecidas

como bases de Schiff (que possuem um grupo R3R2C=NR1), contendo um grupo benzidrazida têm sido

investigadas na busca por novos compostos antineoplásicos, anti-inflamatórios, antimicrobiano, entre

outras aplicações farmacológicas. Além disso, estudos recentes apontam a importância do grupo

benzidrazida nessas bases de Schiff como ótimos inibidores da enzima ciclooxigenase, com avanços na

atividade anti-inflamatória e redução de efeitos colaterais causados pelo tratamento com AINEs

convencionais. (JARAPULA et al., 2016)

A união das propriedades farmacológicas dos compostos derivados da isatina com as das bases

de Schiff que contém o grupo benzidrazida, podem resultar em moléculas com promissora atividade

anti-inflamatória e antineoplásica. Deste modo, pode-se utilizar da estratégia de hibridização molecular

assistida via micro-ondas, que tem sido bastante utilizada em pesquisas na química medicinal, em busca

por novos compostos com atividades farmacológicas diversas. (GAWANDE et al., 2014)

Com base no exposto, o presente trabalho teve como objetivo principal a síntese assistida por

micro-ondas de 12 bases de Schiff derivados da isatina contendo o grupo benzidrazida, das quais 6 são

inéditas, com potencial atividade anti-inflamatória e anticâncer,

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2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 Anti-inflamatórios Não Esteroides (AINEs) e a busca por inibidores seletivos da COX-2

Os anti-inflamatórios não-esteróides (AINEs) são comumente prescritos no tratamento da dor,

febre, inflamação e artrite. Os AINEs clássicos (Figura 2.1) atuam na inibição da enzima ciclooxigenase

(COX), reduzindo a formação de prostaglandinas. Estudos revelaram a existência de duas isoformas

distintas, COX-1 (constitutiva) e COX-2 (indutiva), que mostrou as propriedades anti-inflamatórias dos

AINEs sendo mediadas através da inibição da enzima COX-2, entretanto os efeitos colaterais, como

irritação gástrica, úlcera e perfuração gástrica ocorrem principalmente devido à inibição da COX-1, que

acompanha a inibição da COX-2 na ação dos AINEs (KURUMBAIL, et. al. 1996) Além dos efeitos

gástricos e intestinais, problemas renais e hepáticos foram observados em pacientes que se submeteram

a longos tempos de tratamento (MOUNIER et. al., 2006), bem como problemas cardiovasculares e

cérebro-vasculares. (BATLOUNI, 2010)

Figura 2.1. Anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs) clássicos.

Fonte: próprio autor

Pode-se observar na Figura 2.2 a estrutura cristalográfica das isoenzimas COX-1 e COX-2

complexadas com um AINE (marron). Durante mais de duas décadas, tem se investigado a estrutura

dessas enzimas, com o intuído de desenvolver novos inibidores seletivos da COX-2. Uma ferramenta

muito utilizada são os cálculos computacionais (in silíco) da interação do inibidor com a estrutura da

enzima. Esses estudos revelam teoricamente as interações da molécula com a enzima, levando a

obtenção de informações (teóricas) da relação estrutura-atividade, que podem ser investigadas

experimentalmente.

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Figura 2.2. Estrutura cristalográfica das isoenzimas COX-1 e COX-2 complexadas com um AINE.

Fonte: adaptada de Amaravani (2012)

Os chamados COXIB´s (Figura 2.3) são classificados como heterocíclicos diaril vicinais e tem

sido os principais inibidores da COX-2. Estudos revelaram que a substituição da posição 4 de um dos

anéis aromáticos pelo grupo metilsulfonil é essencial para a inibição da COX-2. (MUKHERJEE et. al.

2001).

Figura 2.3. Principais anti-inflamatórios inibidores seletivos de COX-2.

Fonte: próprio autor

Apesar desses inibidores serem bastante seletivos a COX-2, o Rofecoxib e Celecoxib foram

retirados do mercado, pois verificou-se que a sua ação inibitória causa problemas cardiovasculares.

Isso mais uma vez reforça a necessidade da busca por novos inibidores. (WALKER; BIASUCCI,

2018)

Os níveis de prostaglandinas E2 (PGE2) e COX-2 são elevados tanto em processos inflamatórios

quanto em alguns tumores. Sabendo-se que a inibição da COX-2 impede a produção da PGE2, o uso

dos AINEs tem sido efetivo na redução do crescimento de vários tipos de células cancerígenas, tais

como células de câncer de cólon, linfoides e mieloides (DIKSHIT et. al., 2006).

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2.2 Câncer

Dá-se o nome de câncer a um conjunto de doenças que causam crescimento desordenado de

células, que invadem tecidos e órgãos, tendendo a espalhar-se para outras regiões do corpo por um

processo de divisão celular chamado de metástase. Este espalhamento tende a ocorrer de forma rápida

e agressiva levando a formação de tumores ou neoplasias malignas. Há também, casos em que as células

se dividem vagarosamente, formando um pequeno acúmulo de células semelhantes ao tecido original,

que raramente causam danos significativos, são as chamadas neoplasias benignas. Como o corpo

humano é constituído por diversos tipos de células com funções diferentes, existem mais de 100 tipos

de câncer, dentre os quais podemos citar o câncer de pele, fígado, próstata, mama, pulmonar, entre

outros. A Organização Mundial de Saúde (OMS), indica que cerca de 32 milhões de pessoas vivem

com a doença no mundo todo, sendo ela uma das principais causas de morte estimado atualmente em

cerca de 8,2 milhões por ano (INCA, 2018).

O estudo estatístico dos casos de câncer tem sido um desafio para países em desenvolvimento,

inclusive o Brasil. Com ajuda dos Registros de Câncer de Base Populacional e Hospitalares

(RCBP/RHC) e o Sistema de Informação de Mortalidade (SIM), o INCA tem acompanhado desde 1995

os casos nacionais de câncer. Com base no levantamento feito em 2018 mostrado na Figura 2.4,

podemos destacar a maior ocorrência do câncer de próstata em homem e de útero ou mama em

mulheres.

Figura 2.4. Gráfico estatístico de ocorrência de câncer no Brasil.

Fonte: adaptado de INCA (2018)

A classificação do câncer se dá de acordo com o tipo de célula normal. Sendo assim, podemos

classificar os vários tipos de câncer em grupos carcinomas; cinfomas; carcomas; leucemia; mielomas;

melanomas; tumores das células germinativas; neuroblastomas; gliomas. (ALMEIDA, 2005) Alguns

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tipos de câncer como de mama, próstata, cólon, reto, de colo de útero, pênis, estômago e cavidade oral,

estão relacionados com aspectos socioeconômicos da população. Aliados a estes aspectos, também

deve-se considerar a exposição da população a inúmeros fatores de riscos ambientais, químicos e físicos

relacionados ao modo de vida moderno. (VIERO E LARA, 2005)

2.2.1 Quimioterapia

Ao lado da cirurgia e radioterapia (tratamento no qual se utilizam radiações para destruir um

tumor ou impedir que suas células proliferem), a quimioterapia consiste no combate às células

cancerosas por agentes químicos administrados via oral ou intravenosa, logo após procedimentos

cirúrgicos para destruir as células malignas remanescentes, ou antes, geralmente usados em casos de

tumores avançados, para tentar reduzir o tamanho do tumor de modo que ele possa ser retirado com

uma cirurgia menos extensa. A Figura 2.5 mostra alguns fármacos utilizados no tratamento de câncer

atualmente. (INSTITUTO ONCOGUIA, 2014)

Figura 2.5. Fármacos utilizados no tratamento de câncer.

Fonte: próprio autor

A ação dos fármacos quimioterápicos utilizados na atualidade, apesar de muitos resultados

satisfatórios, ainda não atinge o estado ideal de seletividade a uma célula neoplásica, atingindo também

células sadias. Devido a isso, se faz necessário a busca por novos fármacos que preservem as células

sadias destruindo de maneira cada vez mais seletiva às células cancerosas, estando assim cada vez mais

próximo do objetivo primário da quimioterapia. (ALMEIDA, 2005)

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2.3 Bases de Schiff

As bases de Schiff, também chamadas de azometinas, foram relatadas pela primeira vez em

1864 por Hugo Schiff. Schiff é reconhecido como um dos químicos pioneiros no desenvolvimento da

química orgânica moderna, tendo sido contemporâneo e orientando do professor Wolher,

historicamente reconhecido pela síntese da uréia a partir do isocianato de amônio. Nos dias de hoje, as

bases de Schiff têm encontrado diversas aplicabilidades tanto na química orgânica sintética quanto na

química medicinal (HAMEED et. al., 2015). Esses compostos têm como característica um grupo

R3R2C=NR1 (Figura 2.6), onde os substituintes R2 e R3 podem ser grupos alquil, aril ou heteroaril,

podendo ainda conter um metal no substituinte R1. (MUSTAPHA et. al., 2016).

Figura 2.6. Estrutura geral das bases de Schiff.

Fonte: Próprio autor

A análise das propriedades eletrônicas possibilita a predição de propriedades físicas e químicas

das bases de Schiff. O grupo C=N mimetiza uma carbonila e assim como em cetonas ou aldeídos o

carbono encontra-se com baixa densidade eletrônica decorrente do momento dipolo (µ) gerado, Figura

2.7.

Figura 2.7. Ressonância das bases de Schiff.

Fonte: adaptada de COSTA et al., 2003

Estes compostos possuem uma ligação dupla carbono-nitrogênio mantendo os substituintes a

um ângulo de 120°. Analisando à luz da Teoria de Ligação de valência (TLV) é possível observar que

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os átomos de carbono e nitrogênio estão no estado de hibridização de orbitais atômicos do tipo sp2

(Figura 2.8), e coplanares, ao passo que seus orbitais 2p estão perpendiculares a ele, possibilitando um

arranjo trigonal plano.

Figura 2.8. Distribuição espacial dos elétrons nas bases de Schiff.

Fonte: adaptada de Costa et al., 2003

As iminas (bases de schiff) geralmente são óleos, porém os derivados de iminas como oximas,

hidrazonas e semicarbazonas são, em geral, cristais sólidos. O nitrogênio de uma amina primária possui

um par de elétrons não compartilhado que confere um caráter básico e nucleófilo para amina ou

derivados podendo ocorrer um ataque nucleofílico à carbonila cetônica ou aldeídica eliminando água.

Esta reação, em iminas, é facilmente reversível e necessitam da remoção da água durante a reação para

melhores rendimentos. Em contrapartida, a reação com oximas, hidrazonas, hidrazidas, semicarbazonas

e outros derivados formam produtos estáveis e pouco são afetadas por hidrólise. (COSTA et. al., 2003)

A reação de síntese das bases de Schiff consiste basicamente na condensação de um aldeído ou

cetona na presença de uma amina primaria ou derivados, como mostra a Figura 2.9. Na maioria das

vezes faz-se uso de ácidos minerais como H2SO4 ou HCl como catalisadores sob aquecimento a

temperatura de refluxo do solvente e o auxílio de um aparelho Dean-Stark, tendo em vista que a reação

é reversível a remoção da água formada é importante para o rendimento. Há também relatos na literatura

de métodos envolvendo desidratação de solventes como ortossilicato de tetrametila ou ortoformato de

trimetila (LOVE, et. al. 1993). Em casos da utilização de aldeídos alifáticos como reagente, pode

ocorrer reação aldólica competindo com a formação da imina. A formação de iminas utilizando cetonas

alifáticas como reagente ocorre mais lentamente que com aldeídos, levando à necessidade de elevação

da temperatura e/ou tempo de reação mais longo. Analogamente, para reações utilizando cetonas

aromáticas, a necessidade de novas metodologias é necessária com condições mais energéticas. Para

tais condições tem sido investigado o uso de irradiação de micro-ondas (SHNTAIF, et. al. 2016) ou

exposições a ultrassom (MAGALHÃES, 2013).

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Figura 2.9. Condensação da cetona com uma amina primária.

Fonte: Próprio autor

2.3.1 Mecanismo geral

A presença de um catalisador ácido, interfere na primeira etapa da reação, tornando a carbonila

da cetona mais eletrofílica devido a protonação do oxigênio (Esquema 2.1), fazendo com que a energia

de ativação da etapa lenta diminua. Isso acelera a reação.

Esquema 2.1. Mecanismo de reação detalhado com catálise ácida.

Fonte: próprio autor.

Em 1963, Leyer demonstrou que iminas com hidrogênios alfa possuíam um tautomerismo

imina-enamina em equilíbrio como mostra a Figura 2.10 (MEDEIROS, 1986).

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22

Figura 2.10. Equilíbrio tautomérico das bases de Schiff.

Fonte: próprio autor

As bases de Schiff são bastante empregadas como intermediários de reações importantes como

(i) as reações de adição de reagentes organometálicos ou hidreto a C = N; (ii) reações hetero Diels-

Alder para fornecer compostos heterocíclicos; (iii) arcabouços estruturais usados como “ligante

privilegiado”; (iv) formação de complexos metálicos quirais; e (v) na formação de compostos

biologicamente ativos (KAJAL et. al., 2013).

2.3.2 Características eletrofílicas e básicas das bases de Schiff

Para compreender a eletrofilicidade do carbono da imina, pode-se utilizar argumentos da Teoria

de Ligação de Valência ou do Método de Combinação Linear (CLOA). De forma semelhante ao que

acontece com aldeídos e cetonas, há uma contribuição significativa da forma canônica cujo a carga

parcial positiva encontra-se no carbono. Ao observar as bases de Schiff com base no Método de

Combinação Linear, nota-se que o orbital molecular π (orbital ligante) encontra-se completo no estado

fundamental, porém é no orbital π* (orbital antiligante desocupado) que a interação com o nucleófilo

ocorre, onde o maior coeficiente encontra-se no carbono (sítio eletrofílico). Além disso, pode-se

observar que uma base de Schiff pode atuar como ácido de Bronsted-Lowry doando um próton, uma

base de Lewis doando elétrons ou mesmo como eletrófilo dependendo das condições reacionais, Figura

2.11.

Figura 2.11. Reatividade química das bases de Schiff.

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23

Fonte: próprio autor

A Figura 2.12 mostra a aproximação do nucleófilo tem que ser maior que 90° para permitir uma

máxima superposição entre o orbital HOMO do nucleófilo e o LUMO da imina (COSTA et.al., 2003).

Figura 2.12. Aproximação do nucleófilo às bases de Schiff.

Fonte: próprio autor

A natureza básica das bases de Schiff está relacionada à presença de um par de elétrons não

compartilhado no átomo de nitrogênio. Comparado com aldeídos e cetonas, as bases de Schiff são mais

básicas devido à menor eletronegatividade do nitrogênio em relação ao oxigênio da carbonila. Por outro

lado são menos básicas que as aminas, pois os elétrons não compartilhados pertencentes ao átomo de

nitrogênio localizam-se em um orbitais do tipo sp2, que, como se sabe, é mais próximo ao núcleo

atômico do que o orbital do tipo sp3 onde estão localizados os elétrons não compartilhados nas aminas

(COSTA et. al., 2003).

2.3.3 A importância das bases de Schiff em bioprocessos

Pode-se citar como reações importantes envolvendo iminas e derivados, a formação de oximas

usando hidroxilamina e aldeído, a formação de fenil-hidrazona de acetofenona partindo de uma

acetofenona e fenil-hidrazina, e a formação de semicarbazonas partindo de semicarbazidas e cetona.

Tais reações têm sido bastante investigadas devido à sua importância em processos mecanísticos

biológicos. Como exemplo, a forma ativa da vitamina B6 (piroxidol fosfato) é um aldeído

biologicamente importante como coezima para muitas reações com (ALFA) aminoacidos que formam

imina (CAREY, 2011).

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24

Nesse contexto, pode se destacar, a título de exemplos a vitamina B6 (piroxidol fosfato)que

possui em sua constituição um grupo aldeído especialmente importante por converter-se em iminas a

partir da reação com diversos aminoácidos em processos metabólicos (CAREY, 2011).

Outro exemplo aqui destacado é 11-cis-retinal, também conhecido como a vitamina A (

Esquema2.2). O aldeído presente no 11-cis-retinal reage com o grupo amina da opsina formando a

rodopsina que ao receber luz, captura um fóton formando o isômero trans que transmite um impulso

nervoso detectado pelo cérebro como uma imagem visual. Uma hidrólise da forma inativa da rodopsina

libera a opsina e o isômero todo trans, renovando o ciclo. (COSTA et. al., 2003).

Esquema 2.2. Mecanismo formação de iminas relacionado a visão.

Fonte: Adaptado de COSTA et. al., 2003.

2.3.4 Aplicações farmacológicas

As bases de Schiff também estão presentes em processos biológicos importantes como a

glicação da albumina que é importante na predição de diabetes tipo II, reações de açucares e aminas e

em processos ligados a problemas cardiovasculares e Alzheimer (DE MEDEIROS, 2013). É possível

encontrar na literatura relatos de ampla atividade farmacológica das bases de Schiff, como atividade

antidepressiva, anticonvulsivante, anti-inflamátória, analgésica, antidislipidémica, anti-helmíntico,

antioxidante e antimicrobiano, entre outras são destacadas na Figura 2.13 (MANDEWALE, 2015).

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25

Figura 2.13. Bases de Schiff com atividades farmacológicas.

Fonte: próprio autor

As Bases de Schiff derivadas da isatina e hidrazida (Figura 2.14) foram sintetizadas e avaliadas

contra cepas de Mycobacterium (M. xenopi, M. cheleneo, M. intraccllulave, e M. smegmatis). Este

estudo revelou que bases de Schiff apresentam melhoria na sua atividade antimicrobiana, quando

possuem grupos nitro ou bromo nas porções aromáticas. (PAKRAVAN et al., 2013) Também há relatos

de bases de Schiff com atividade contra M. tuberculosis. (KAJAL et. al., 2013).

Figura 2.14. bases de Schiff com atividade antimicrobiana contra cepas Mycrobacterium.

Fonte: adaptado de PAKRAVAN et al., 2013

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Pode-se destacar bases de Schiff derivadas da isatina que apresentam atividade contra linhagem

celular de leucemia murina (L1210), um leucocitoma humano linha celular (HL60), e uma linhagem

celular de ovário de hamster chinês (COH). Complexos de Cu(II) (Figura 2.15) mostraram-se eficientes

contra canal auditivo externo(CAE). Encontra-se também, Complexos de Zn e Ni(II), com resultados

animadores no tratamento de câncer de mama e colón. (PAKRAVAN et al., 2013) Além disso, se

investiga aplicações terapêuticas dos complexos de ouro (III) na esperança de superar seus efeitos

cardiotóxicos, mantendo seus índices terapêuticos (DENG et. al., 2016).

Figura 2.15. Bases de Schiff complexadas com Metais (M).

Fonte: adaptada de PAKRAVAN et al., 2013

Estudos feitos com grupos nitro em anéis aromáticos de derivados de iminas demonstraram

resultados significativos de atividade contra Staphylococcus aureus, comparando com compostos

semelhantes ausentes de grupos nitro, revelaram que a presença do grupo nitro nos compostos foi

determinante para a ativação antibacteriana (HUSAIN et al, 2015).

Também encontra-se na literatura moléculas complexadas com La (III), Ce (III), Pr (III), Nd

(III), Sm (III) e Eu (III) com bases de Schiff que apresentaram atividade contra Escherichia coli

(SANTOS et. al., 2013), Pseudomona aeruginosa, Candida glabrata (GOMES, 2013) Bacillus subtilis

e Candida albicans (KAJAL, 2013).

Há ainda estudos que avaliaram bases de Schiff quanto a citotoxicidade e a atividade antiviral

contra o vírus herpes simplex-1 (KOS), herpes simplex virus-2 (G), vírus vaccinia, vírus da estomatite

vesicular, vírus do herpes simples. Alguns derivados de bases de Schiff apresentam alta seletividade

contra o vírus para influenza-3, reovirus-1, Sindbis vírus B4 e Punta Toro (KUMAR, 2010).

2.3.5 Atividade Anti-inflamatória e Antineoplásica das bases de Schiff derivados da isatina e

benzidrazidas.

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27

Recentemente mostrou-se bases de Schiff derivadas da isatina que apresentaram seletividade

considerável pela COX-2. Os substituintes na posição 2 ou 3 do núcleo indol, desempenham um papel

importante na modulação de suas propriedades anti-inflamatórias. Além disso, compostos que possuem

o grupo amida mostraram ótimas propriedades anti-inflamatórias. Curiosamente, a substituição dos

grupos carboxílicos por grupos amida nas drogas AINEs indometacina, ácido meclofenâmico e

cetoprofeno conferem a estes compostos maiores seletividades para COX-2 sobre o COX-1 (KAJAL,

2013).

Estudos revelaram que os derivados da isatina da figura 2.16 mostram a maior seletividade em

relação às células de câncer de mama, com efeitos citotóxicos mais significativos nas células

cancerígenas do que em células sadias (TAHER, 2011).

Figura 2.16. Moléculas investigadas como anticâncer.

Fonte: TAHER, 2011

Recentemente, uma série de novas bases de Schiff derivadas da isatina contendo o grupo

hidroxibenzidrazida (Figura 2.17) apresentaram atividade anti-inflamatória. Os resultados mostraram

que tais compostos possuem significativa seletividade frente a Cox 2 (JARAPULA et al., 2016).

Figura 2.17. Bases de Schiff derivadas da isatina e benzidrazida com atividade anti-inflamatória.

Fonte: adaptada JARAPULA et al., 2016

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Um estudo de docking molecular realizado por Jarapula e colaboradores (2016), comparou tais

bases de Schiff com os fármacos de referência seletivos a COX 2 e mostrou a relação estrutura-

seletividade COX 1 e 2. Nestes estudos, utilizou-se bases de Schiff híbridas, que contém um grupo

farmacofórico derivado da isatina e outro derivado da benzidrazida hidroxilada no anel aromático.

Dentre as descobertas, destacou-se aquelas em que as moléculas bromadas e cloradas apresentaram

maior atividade anti-inflamatória (JARAPULA et al., 2016).

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3 OBJETIVOS

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3.1 Objetivo Geral

Sintetizar e investigar Bases de schiff derivadas da isatina contendo um grupo benzidrazida com

potencial atividade farmacológica, com reações de síntese assistida via micro-ondas.

3.2 Objetivos Específicos

➢ Sintetizar intermediários derivados da isatina, inserindo os substituintes cloro ou nitro na porção

aromática, promovendo reações de substituição eletrofílica aromática;

➢ Síntetizar derivados da isatina, intermediários, inserindo grupos metil e alil na amida contida na

isatina, realizando reações de alquilação;

➢ Sintetizar e caracterizar bases de Schiff derivadas da isatina, utilizando irradiação de micro-ondas

como fonte de aquecimento.

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4 ESTRATÉGIA

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Com base na aplicabilidade farmacológica apresentada pelas bases de Schiff derivadas da

isatina, inclusive antineoplásicas e anti-inflamatórias, a ideia proposta no presente trabalho é efetuar

modificações nessas bases, afim de sintetizar novos compostos com potencial melhorias nas suas

propriedades, primeiramente variando grupos substituintes na isatina e posteriormente sintetizando

bases de Schiff, contendo o grupo benzidrazida.

A estratégia baseou-se na obtenção de derivados da isatina (1i-4iii) por meio da variação de três

substituintes no seu núcleo R1, R2 e R3 (Figura 4.1). A síntese dos derivados com variação na posição

R1 foram realizadas via reações de nitração, utilizando KNO3 e H2SO4 e (mono/di)cloração empregando

ATCI e H2SO4 (DA SILVA, 2010). Posteriormente, a isatina juntamente com os derivados

(di/mono)clorados e nitrados, foram submetidos a alquilação usando iodeto de metila para obtenção dos

derivados do tipo b (Figura 4.2), e brometo de alila para obtenção dos derivados do tipo c, seguindo

protocolo descrito na literatura (MARTINEZ & FERREIRA, 2017; GARDEN, 2000). O Esquema 4.1

resume o caminho sintético utilizado como estratégia para obtenção dos derivados da isatina.

Figura 4.1. Série de derivados da isatina.

Fonte: próprio autor.

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Esquema 4.1. Série dos derivados da isatina sintetizados.

Fonte: próprio autor.

Os derivados da isatina obtidos, incluindo a própria isatina, foram utilizados como material de

partida na síntese de uma nova série de bases de Schiff (Figura 4.2), fazendo o uso de reações de

condensação de compostos carbonilados com uma amina primária contida na benzidrazida. Com base

nas reações descritas na literatura (JARAPULA, 2016), geralmente feitas sob aquecimento a

temperatura de 100° C em refluxo, com tempos reacionais maiores que 1 hora, utilizou-se catálise ácida

e reator de micro-ondas, na tentativa de diminuir o tempo de reação e/ou melhorar os rendimentos.

(Esquema 4.2).

Figura 4.2. Bases de Schiff propostas neste trabalho.

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Fonte: próprio autor

Esquema 4.2. Reação de condensação dos derivados da isatina.

Fonte: próprio autor.

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5 RESULTADOS E DISCUSSÃO

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5.1 Síntese dos intermediários derivados da isatina

Inicialmente, foram obtidos 3 compostos da série dos derivados nitrados da isatina (2), que

apresentaram um aspecto sólido, de cor amarelada, com rendimentos satisfatórios (isatina não

substituída (2i) – 70%; metilada (2ii) - 51%; alilada (2iii) – 89%). (Esquema 4.1) O composto 2i

apresentou um melhor rendimento, comparado ao trabalho realizado por Da Silva e colaboradores

(2010), que obtiveram um rendimento de 60% para o mesmo composto. O controle da temperatura e a

precisão na etapa de purificação, pode ter sido um fator importante na obtenção dos bons rendimentos.

Além disso, quando houve variação na temperatura, observou-se um aumento significativo no tempo

de reação.

As reações ocorreram via mecanismo de substituição eletrofílica na porção aromática da

isatina, conforme descrito no Esquema 5.1.

Esquema 5.1. Mecanismo de síntese da 5- nitro-isatina.

Fonte: próprio autor.

A substituição ocorre no carbono 5 do núcleo isatina, devido a presença da carbonila na posição

2 e a amida na posição 8 do núcleo (Figura 5.1). A carbonila é um substituinte classificado como grupo

elétron retirador e nesse tipo de reação é reconhecido como um grupo desativante, meta-diretor, ou seja,

orienta a substituição nas posições 3 e 5 de um anel aromático (5 e 7 do núcleo isatina). Por outro lado,

o nitrogênio amídico é classificado como grupo ativante orto, para-diretor, ou seja, orienta as posições

2-4 de um anel aromático (7 e 5 do núcleo isatina), porém a substituição eletrofílica na posição 7 do

núcleo isatina não foi observada. Isto pode estar relacionado a efeitos cinéticos, onde o produto de uma

segunda nitração é menos estável que o produto mononitrado formado.

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Figura 5.1. Numeração dos carbonos do núcleo isatina.

Fonte: próprio autor.

Posteriormente, uma fração do derivado nitrado foi submetida a reações de alquilação, seguindo

procedimentos já citados. O derivado metilado (2ii) apresentou rendimento de 51% (Tabela 5.1),

contudo foi inferior ao valor descrito na literatura envolvendo este tipo de reação (MARTINEZ &

FERREIRA, 2017; GARDEN, 2000). A diferença entre os resultados pode ser atribuída às variáveis

encontradas no processo de extração líquido-líquido, bem como à dificuldade de remoção do DMF.

Além disso, outra possível causa, pode estar relacionada com a umidade no meio reacional, mesmo

executando a reação em atmosfera de argônio. As moléculas de água presentes no meio podem competir

com o derivado da isatina, levando a uma hidrólise do eletrófilo usado na reação (iodeto de metila ou

brometo de alila) e gerando um coproduto solúvel em água. A Tabela 5.1 apresenta os 11 compostos,

derivados da isativa, obtidos.

Tabela 5.1. Dados experimentais da síntese dos derivados da isatina.

Produto R1 R2 R3 Tempo(min) Rend. (%)

1ii CH3 H H 180 88

1iii C3H5 H H 120 63

2i H NO2 H 80 70

2ii CH3 NO2 H 240 51

2iii C3H5 NO2 H 120 89

3i H Cl H 15 93

3ii CH3 Cl H 240 65

3iii C3H5 Cl H 120 70

4i H Cl Cl 30 75

4ii CH3 Cl Cl 300 70

4iii C3H5 Cl Cl 240 60

A monocloração e a dicloração do anel aromático da isatina mostrou-se eficiente, com

rendimentos que variaram de 75% para o composto diclorado e 93% para o monoclorado (Tabela 5.1).

Os produtos monoclorados N-substituídos (3ii e 3iii) apresentaram rendimentos próximos aos descrito

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na literatura (MARTINEZ & FERREIRA, 2017; GARDEN, 2000), já os diclorados (4ii e 4iii)

apresentaram rendimentos inferiores, chegando a 60% para o produto alilado (4iii). Esta redução no

rendimento, sugere que a presença do segundo cloro na molécula, a tornou menos reativa frente ao

haleto de alquila. Na alquilação do derivado da isatina, o nitrogênio amídico atua como nucleófilo e a

presença de mais um cloro na molécula pode enfraquecer essa nucleofilicidade por efeito de campo.

A cloração, cujo mecanismo é proposto no Esquema 5.2, foi realizada através da substituição

eletrofílica aromática utilizando ácido tricloroisocianúrico (ATIC). Primeiramente, ocorreu a

protonação do ATIC, seguido do ataque nucleofílico da porção aromática da isatina ao cloro.

Posteriormente, ocorre a restauração do ácido formando um produto intermediário e o derivado

monoclorado (3i). A reação continuou devido a presença do segundo cloro na molécula intermediária,

a possibilidade de o anel ser substituído na posição 7 e a proporção de isatina em relação ao ATIC,

formando um segundo intermediário e o derivado diclorado (4i). Mantendo-se o controle da

temperatura, a entrada do segundo cloro só acontece após não haver possibilidade de o anel ser

substituído na posição 5, pois foi observado que mudanças bruscas de temperatura levou a obtenção

dos dois produtos (3i e 4i), independente das proporções, fazendo-se necessário isolamento via coluna

cromatográfica.

Esquema 5.2. Mecanismos proposto para monocloração e dicloração da isatina.

Fonte: próprio autor

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O processo de alquilação da própria isatina, mostrou-se eficiente para o derivado metilado (1i)

com 88% de rendimento, já o alilado (1ii) apresentou baixo rendimento por motivos, muito

provavelmente, semelhantes ao que ocorreu nas moléculas nitradas (umidade no meio). A reação

ocorreu via substituição nucleofílica Sn2, na presença de solvente polar aprótico que favorece esse tipo

de reação.

5.2 Síntese das bases de Schiff

A etapa seguinte constitui na obtenção de 12 bases de Schiff derivadas da isatina (1a-4c), das

quais, 6 são inéditas (2b, 2c, 3c, 4a, 4b e 4c), por meio de reações mediadas por micro-ondas e

utilizando metanol como solvente. O tempo das reações em micro-ondas variaram de 30 a 60 min,

mostrando-se mais eficiente na síntese de bases de Schiff, quando comparados com dados reportados

na literatura, que apresentam tempo de no mínimo de 2 horas de reação. Em todas reações obteve-se

produtos com bons rendimentos na temperatura de 80ºC, dentre os quais pode-se destacar o 1c (93%),

2a e 2c (98%) (Tabela 5.2). Os produtos apresentaram-se como sólidos coloridos, com variação de

cores entre amarelo e alaranjado escuro.

Tabela 5. 2. Rendimentos e tempos de reação de preparação de 1a – 4c.

Entrada Produto R1 R2 R3 Tempo(min) Rend. (%)

1 1a H H H 30 88

2 1b H H CH3 30 88

3 1c H H C3H5 60 93

4 2a NO2 H H 30 98

5 2b NO2 H CH3 30 57

6 2c NO2 H C3H5 30 98

7 3ª Cl H H 60 81

8 3b Cl H CH3 60 76

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H18 H19 e H17

H16 e H20

H6 e H2

9 3c Cl H C3H5 30 72

10 4ª Cl Cl H 60 65

11 4b Cl Cl CH3 30 94

12 4c Cl Cl C3H5 30 87

Analisando a serie das moléculas não N-substituídas (1a-4a), pôde-se observar que as moléculas

cloradas (3a e 4a) apresentaram menor rendimento. A mesma comparação feita com a série de

moléculas N-metiladas (1b-4b) mostrou que a presença da metila não alterou a reatividade do derivado

da isatina, porém o derivado nitrado apresentou menor reatividade que os clorados ao reagir com a

benzidrazida. As moléculas que contém o grupo alil, foram obtidas com bons rendimentos.

Analisando a relação entre o tempo de reação e o rendimento na série dos compostos

monoclorados (3a- 3c), observou-se que o derivado da isatina alilado (3iii) mostrou-se mais reativo

frente a benzidrazida, levando a um produto com rendimento de 72% em 30 minutos. Na síntese das

bases de Schiff dicloradas (4a-4c), o melhor rendimento foi verificado com a utilização do derivado da

isatina 4ii e na síntese dos compostos nitrados (2a-2c). Observou-se um comportamento contrário aos

diclorados, sendo o composto metilado (2b) o de menor rendimento.

Devido a semelhança entre os produtos sintetizados neste trabalho, muitos sinais se repetem nos

espectros de RMN (1H e 13C). A Figura 5.2 mostra o espectro da base de Schiff 4a que foi sintetizada

em 60 minutos, obtendo um rendimento de 65%.

Figura 5.2. Espectro de RMN 1H (DMSO-d6, 400 MHz) para a molécula 4a.

H1 H4

H2 e H3

H1

H9 e H5

H1

H8 , H6 e H7

H1

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Os sinais dos hidrogênios ligados aos carbonos de anéis aromáticos, geralmente aparecem 6,80

- 7,05ppm, quando possuem um grupo elétron doador ligado ao anel e em 7,30 - 8,48 ppm, quando o

grupo substituinte é atrator de elétrons (PAVIA, 2005). No espectro de RMN 1H da molécula inédita 4a

foi possível observar a presença de 9 hidrogênios, quantidade exata de hidrogênios contido na molécula.

Em 7,65 - 7,73 ppm aparece um aparente tripleto referente aos 2 hidrogênios ligados, respectivamente,

aos carbonos 19 e 17 (H8 e H6), que sobrepõe o sinal referente ao H7 (hidrogênio ligado ao carbono 18).

Um pouco mais desblindados, foi observado em 7,93 ppm o sinal dos H5 e H9. Os sinais dos outros

hidrogênios aromáticos (H2 e H3) são mais desblindados devido ao efeito de campo causado pela

presença de dois cloros no anel e aparecem sobrepostos em 11,18 ppm. Finalizando a elucidação da

estrutura da molécula pelo espectro de RMN 1H, podemos observar H1 em 11,96 e um pouco mais

desblindado, o H4 em 13,88 ppm.

O espectro de RMN 13C (ANEXO) confirmou a formação do produto desejado. As moléculas

4b e 4c, que também são inéditas, apresentaram sinais muito semelhantes aos do espectro da Figura

5.3, com o aparecimento do sinal referente a três hidrogênios da metila em 4b e os sinais referentes ao

grupo alil em 4c.

Para o espectro da molécula alilada (4c), o sinal relativo ao hidrogênio vinílico (H10) apareceu

como um multipleto em 6,12 ppm. Já o sinal dos dois hidrogênios, grupo metileno, terminais do grupo

alil (H11) aparecem em 5,18 ppm. O sinal relacionado ao grupo metileno ligado ao nitrogênio do núcleo

isatínico (H1) por seu tempo foi observado em 4,71 ppm (Figura 5.3). Comparando as moléculas

dicloradas N-substituídas 4b e 4c, ainda foi possível observar que houve uma diferença muito grande

em relação ao deslocamento dos hidrogênios H2 e H6. Na molécula 4b, o sinal aparece em deslocamento

mais baixo, o que pode ter ocorrido devido a espacialmente haver uma proximidade do grupo alil ao

cloro da posição 7, gerando um efeito de campo que enfraquece a influência do cloro sobre esses

hidrogênios, ou seja, resulta na blindagem, e consequentemente o sinal aparece em menor

deslocamento. Esta hipótese só pode ser validada mediante a caracterização via espectro bidimensional,

onde deve-se confirmar a interação de hidrogênios do grupo alil com H2 e H6..

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42

2H11

Figura 5.3. Espectro de RMN 1H (DMSO-d6, 400 MHz) para a molécula 4c.

Na molécula inédita 2b, foi possível observar o sinal correspondente aos 3 hidrogênios metílicos

(H1) em 3,16 ppm (Figura 5.4). O desaparecimento do sinal característico de uma ligação NH da isatina

(PAVIA,2005), que aparece no espectro do composto 2a, (JARAPULA et al., 2016) confirma a posição

da metila na molécula 2b. Os demais sinais estão coerentes com a estrutura proposta.

H10

2H1

H4

H5, H9, H6, H8 e H7

H2 e H3

H1

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43

H3

H1

Figura 5.4. Espectro de RMN 1H (DMSO-d6, 400 MHz) para a molécula 2b.

Comparados com moléculas as moléculas descritas por JARAPULA e colaboradores (Figura 2.17), as

bases de Schiff sintetizadas no presente trabalho não possuem a hidroxila no anel aromático da

benzidrazida. A ausência dessa hidroxila aumenta a lipofilicidade da molécula, fator que pode está

relacionado com maior seletividade a COX 2 (WALKER; BIASUCCI, 2018).

H2

H1

H4

H1

H5, H9

H10, H6 e H8

H1

H1

H7

H1

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6. CONCLUSÕES E PERSPECTIVAS

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45

6.1 Conclusões

De posse ao trabalho, podemos concluir que:

✓ A síntese de derivados de isatina (mono/di)clorado e nitrado ocorreu de forma satisfatória com bons

rendimentos (60-93%), sendo o composto monoclorado o que apresentou melhor reatividade;

✓ Das reações de síntese de intermediários alquilados, a síntese do composto nitrado alilado (2iii)

apresentou melhor eficiência;

✓ A maioria das Bases de Schiff derivadas da Isatina propostas neste trabalho, das quais 6 são inéditas

(2b, 2c, 3c, 4a, 4b e 4c), tendo sido obtidas em rendimentos satisfatórios e em menor tempo de

reação, destacando-se as moléculas 2b (93%) e 4b (94%);

✓ O uso do micro-ondas, bem como a presença do ácido acético glacial, mostrou-se eficiente para as

sínteses das novas bases de Schiff, reduzindo de forma significativa o tempo de reação;

✓ Todas moléculas sintetizadas tiveram suas estruturas caracterizadas por espectros RMN 1H e 13C.

6.2 Perspectivas

✓ Investigar a síntese dos compostos de menores rendimentos e maiores tempos de reação, variando

solvente, catalisador e temperatura, buscando a melhoria da eficiência da reação;

✓ Avaliar todas as bases de Schiff em modelos experimentais in vitro, a fim de se obter índice

terapêutico e outras informações relevantes acerca da toxicidade e possíveis mecanismos de ação;

✓ Realizar estudo quantitativo da relação estrutura-atividade (QSAR).

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7. PARTE EXPERIMENTAL

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7.1 Materiais e métodos

Neste trabalho foi utilizado benzidrazida, adquirida da Aldrich, com 98% de pureza, isatina,

adquirida da Aldrich, e solventes adquiridos da Vetec, ambos com alto grau de pureza.

O DMF utilizado na preparação dos derivados alquilados da isatina foi seco, utilizando peneira

molecular de 3A e mantido sob atmosfera de Argônio.

As reações foram acompanhadas pela técnica de cromatografia de camada delgada analítica

(CCDA), utilizando cromatofolhas de alumínio da marca Silicycle, suportadas em gel de sílica 60 (fase

estacionária), contendo indicador de fluorescência e uma mistura de Acetato de Etila/Hexano (1:1 ou

3:7), como fase móvel, sendo irradiadas em câmara de ultravioleta com comprimento de onda de

254nm. Para a purificação dos produtos obtidos foi utilizado a técnica de cromatografia em coluna

flash, utilizando gel de sílica (fase estacionária) da marca Arcos, apresentando uma granulometria

0.035-0.070nm e uma mistura Acetato de Etila/Hexano (1:1 ou 3:7), como fase móvel. Os solventes

foram evaporados sob pressão reduzida e temperatura controlada em evaporador rotatório da marca

Fisaton.

Para as reações que ocorreram sob irradiação micro-ondas foi utilizado um reator micro-ondas

CEM modelo Discover-System benchmate, equipado com um sistema de irradiação continua com

potência programável 0-300 W, com temperatura monitorada via sensor de infravermelho. Foram

utilizados frascos de vidro Pyrex de 10mL com parede espessa, específicos do equipamento, e selados

com septos modo “closed vessel”. Utilizou-se resfriamento da cavidade de micro-ondas durante o

aquecimento, para manter a temperatura controlada durante a reação no valor pré-selecionado.

Todas as bases de Schiff sintetizadas neste trabalho foram caracterizadas mediante a análise

espectroscópica de RMN 1H e 13C, utilizando um espectrômetro Varian Mercury 500, operando a 400

MHz para RMN 1H e 100 MHz para RMN 13C, disponível na Central Analítica da Universidade Federal

da Paraíba. Os deslocamentos químicos foram relatados em relação ao padrão interno Tetrametilsilano

(TMS,δ ), usando DMSO-D6 como solvente. A técnica de ATP foi utilizada para observar a

multiplicidade dos espectros de carbono, onde os sinais são colocados em fase “para cima” para os

carbonos quaternários e metilênicos e em fase “para baixo” para os carbonos do tipo metínico e

metílicos.

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7.2 Procedimento para a síntese dos derivados da isatina

Foram sintetizados 11 derivados da isatina realizando substituições eletrofílicas aromáticas ou

reações de alquilação ou alilação no grupo amida contido na isatina.

7.2.1 Procedimento para síntese dos derivados nitrados (2).

Em 15mL de H2SO4 foi adicionado 980mg (6,6mmol) da isatina em banho de gelo com agitação

até estabilização da mistura na temperatura de 0°C. Posteriormente adicionou-se lentamente 4mL de

uma solução contendo 666mg (6,6mmol) de KNO3 em H2SO4. Após acompanhamento por CCD,

verificou-se total conversão em 1,5h. A mistura reacional foi vertida em gelo picado, gerando um sólido

precipitado amarelo, em seguida foi filtrado a vácuo, lavando-o com água destilada gelada, obtendo o

produto com 70% de rendimento.

Composto 2i:

Rendimento: 70%

RMN 1H (200 MHz, DMSO-d6): (d Ar-H); 8,21 (d; 1H; Ar-H); 8,45 (m; 1H; Ar-H); 11,7

(s, 1H, NH).

R C (50 MHz, DMSO-d6):

7.2.2 Procedimento para síntese dos derivados monoclorados (3).

A uma mistura de isatina (2,94g, 20mmol) e TICA (2,09 g, 9,0mmol) em banho de gelo,

adicionou-se 12mL de H2SO4 gota a gota durante um período de 5min com agitação magnética. A

mistura foi mantida a 0°C em banho de gelo sob agitação magnética e acompanhada via CCD. Após

15min de reação a mistura foi vertida sob gelo picado. Os cristais foram coletados e lavados com água

fria, obtendo-se um produto alaranjado com rendimento de 93%.

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Composto 3i:

Rendimento: 93%

1H NMR (400 MHz, DMSO-d6): δ 6,86 (d, J = 8,2 Hz, 1H, H7); 7,39 (s,1H, H4); 7.46 (d, J = 8,2 Hz,

1H, H6); 11,1 (s, 1H, NH).

RMN 13C (CDCl3 -DMSO-d6, 50 MHz): δ 112,7; 117,2; 123,1; 126,6; 136,3; 148,1; 157,7; 182,3.

7.2.3 Procedimento para síntese dos derivados diclorados (4).

A síntese dos derivados diclorados diferiu do monoclorado apenas na estequiometria. Utilizou-

se uma mistura de isatina (2,94g, 20mmol) e TICA (4,64g, 20mmol) em banho de gelo, a ela adicionou-

se 12mL de H2SO4 gota a gota durante um período de 5 min, com agitação magnética. A mistura foi

mantida a 0°C em banho de gelo sob agitação magnética e acompanhada via CCD. Após 30min de

reação a mistura foi vertida sob gelo picado. Os cristais foram coletados e lavados com água fria,

obtendo-se um produto alaranjado com rendimento de 75%.

Composto 4i:

Rendimento: 75%

RMN 1H (200 MHz, DMSO-d6): (d; 1H; Ar-H); 7,84 (d; 1H; Ar-H); 11,6 (s; 1H; NH).

R C (50 MHz, DMSO-d6):

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50

7.2.4 Procedimento para síntese dos derivados metilados (ii).

Em um balão de 100mL foram adicionados 5mL de DMF previamente seco, 5mmol da isatina

(1) ou seus derivados (2 a 4) e K2CO3 (1.5 equivalentes) mantendo a mistura sob agitação magnética e

temperatura ambiente. Em seguida, foi adicionado 0,40mL de iodeto de metila (1.5 equivalente). A

reação foi acompanhada via CCD e submetida a extração líquido-líquido usando acetato de etila e água

destilada. A fase orgânica foi tratada com NaSO4, filtrada e evaporada a pressão reduzida, obtendo-se

um sólido avermelhado, com rendimentos variando de 51 a 88%.

Composto 1ii:

Rendimento: 88%

RMN 1H (200 MHz, DMSO-d6): (s; 3H; CH3); 7,11 (m; 2H; Ar-H); 7,60 (m; 2H; Ar-H).

R C (50 MHz, DMSO-d6):

Composto 2ii:

Aspecto Físico: Sólido amarelado

Rendimento: 51%

RMN 1H (200 MHz, DMSO-d6): 3,21 (s; 3H; CH3); 7,34 (d; 1H; Ar-H); 8,20 (s; 1H; Ar-H); 8,53

(dd; 1H; Ar-H).

R C (50 MHz, DMSO-d6):

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51

Composto 3ii:

Rendimento: 65%

RMN 1H (200 MHz, DMSO-d6): 3,16 (3H; s); 6,89 (1H; d; J 8,0 Hz);

7,43 (1H; s); 7,52 (1H; d; J 8,0 Hz); 11,43 (1H; br s; NH).

RMN 13C 50 MHz (DMSO-d6): 25,4 (CH3); 116,6 (CH); 123,1 (q); 129,5 (CH); 134,0 (q); 142,6

(CH); 154,6 (q); 162,6 (q); 187.

7.2.5 Procedimento para síntese dos derivados alilados (iii).

Em um balão de 100mL foram adicionados 5mL de DMF previamente seco, 5mmol da isatina

e NaH (1,2 equivalente), mantendo a mistura sob agitação magnética em atmosfera de argônio e

temperatura ambiente e acompanhada via CCD. Após 2 horas de reação foi realizada extração líquido-

líquido com acetato de etila e água destilada. Em seguida, após ser submetido a tratamento com NaSO4,

a fase orgânica foi filtrada e evaporada sob pressão reduzida obtendo um sólido avermelhado, com

rendimentos variando de 60 a 89%.

Composto 1iii:

Rendimento: 63%

RMN 1H (200 MHz, DMSO-d6): (d; 2H; CH2); 5,27 (m; 2H; =CH2); 5,85 (m; 1H; =CH); 7,09

(m; 1H; Ar-H); 7,60 (m; 1H; Ar-H).

R C (50 MHz, DMSO-d6):

Composto 2iii:

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Rendimento: 89%

RMN 1H (200 MHz, DMSO-d6): (d; 2H; CH2) 5,30 (dd; 2H; =CH2); 5,85 (m; 1H; =CH);

7,26 (d; 1H; Ar-H); 8,26 (d; 1H; Ar-H); 8,51(dd; 1H; Ar-H).

R C (50 MHz, DMSO-d6):

7.2.6 Procedimento para síntese das bases de Schiff (1a - 4c).

Em um tubo específico do aparelho micro-ondas foi adicionado 3mL de metanol e 0,4mmol do

derivado da isatina até total solubilização, aquecendo quando necessário. Posteriormente, foi

adicionado 0,4mmol da benzidrazida e três gotas de ácido acético glacial. O tubo foi devidamente

fechado e levado ao micro-ondas sob agitação mantido a 80°C. foi realizado análise CCD a cada 30min.

Após observado total conversão, a mistura foi resfriada a temperatura ambiente formando um

precipitado. Em seguida, foi realizado a filtração a vácuo lavando o sólido com metanol gelado. Após

a filtração, o produto foi recristalizado obtendo rendimentos que variam de (60-98%).

Composto 1a:

Aspecto Físico: Sólido alaranjado

Rendimento: 88%

RMN 1H (400 MHz, DMSO-d6) de 1a δ (ppm): 6,97 (d; J = 7,8 Hz; 1H); 7,10-7,14 (t; J = 7,6 Hz;

1H); 7,38-7,42 (t; J = 7,7 Hz; 1H); 7,60-7,64 (t; J = 7,8 Hz; 3H); 7,68-7,72 (t; J = 7,1 Hz; 1H); 7,90-

7,92 (d; J = 7,8 Hz; 2H); 11,38 (s;1H); 13,95 (s;1H).

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RMN 13C 100 MHz (DMSO-d6) de 1a δ(ppm): 111,22; 119,80; 120,9; 122,74; 127,4; 129,15; 131,78;

132,06; 132,84; 142,46; 163,05.

Composto 1b:

Aspecto Físico: Sólido amarelado

Rendimento: 88%

1H NMR (400 MHz, DMSO) 1b δ(ppm): 3,25 (s;3H); 6,34-6,37 (m; 2H); 6,64-6,68 (t; J = 7,7 Hz;

1H); 6,78-6,81 (m; 3H); 6,85-6,89 (t; J = 7,3 Hz; 1H) 7,07-7,09 (d; J = 7,5 Hz; 2H); 13,06 (s;1H).

RMN 13C 100 MHz (DMSO-d6) de 1b δ(ppm): 25,79; 110,04; 119,08; 123,43; 127,39; 129,19;

131,79; 131,9; 132,9; 143,68; 160,30.

Composto 1c:

Aspecto Físico: Sólido alaranjado

Rendimento: 93%

RMN 1H (400 MHz, DMSO) de 1c δ(ppm) 4,43 (d; J = 5,1 Hz; 2H); 5,25 (ddd, J = 13,8; 11,6; 1,3

Hz; 2H); 5,91 (ddt; J = 17,1; 10,3; 5,1 Hz; 1H); 7,13 (d; J = 7,9 Hz; 1H); 7,18 (dd; J = 14,9; 7,5 Hz;

1H); 7,47 (td; J = 7,8; 1,1 Hz; 1H); δ 7,73 – 7,59 (m, 4H); 7,95 – 7,87 (m; 2H); 13,85 (s; 1H).

RMN 13C (100 MHz, DMSO) de 1c δ(ppm) 41,42; 110,54; 117,62; 119,21; 120,79; 127,43; 129,21;

131,30; 131,66; 131,94; 132,95; 142,78; 160,93

Composto 2a:

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54

Aspecto Físico: Sólido amarelado

Rendimento: 98%

RMN 1H (400 MHz, DMSO-d6) de 2a. 7,16 (dd; J= 1,8Hz; 1H); 7,58-7,66 (m; 2H);7,67-7,74 (m; 1H);

7,89-7,97(m; 2H); 8,28 (dd; J= 2,0 Hz; 2H); 11,8 (s; 1H); 13,61(s; 1H).

RMN 13C-APT 100 MHz (DMSO-d6) de 2a. 111,94; 116,20; 121,15; 128,83; 128,10; 129,54;

132,30; 133,31; 136,58; 143,78; 147,92; 163,71; 164,74.

Composto 2b:

Aspecto Físico: Sólido amarelado

Rendimento: 57%

RMN 1H (400 MHz, DMSO-d6) de 2b δ(ppm): 3,09 (s; 3H); 7,42 (s; 1H); 7,63 (dd; J = 14,3; 6,9

Hz; 2H); 7,72 (s; 1H); 7,94 (s; 2H); 8,32 (s; 1H); 8,40 (s; 1H); 13,59 (s; 1H).

RMN 13C-APT 100 MHz (DMSO-d6) de 2b δ(ppm): 26,87; 110,8; 115,75; 120,68; 127,77; 128,12;

129,86; 132,32; 133,74; 135,79; 141,45; 144,17; 148,86; 162,34; 164,15.

Composto 2c:

Aspecto Físico: Sólido amarelado

Rendimento: 98%

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55

RMN 1H (400 MHz, DMSO-d6) de 2c. 4,53 (d; J=4; 5Hz; 2H); 5,28 (m; 2H); 5,95 (m; 1H); 7,3 (dd;

J=8; 4Hz; 1H); 7,61 (m; 2H); 7,68-7,75 (m; 1H); 7,95 (d; J=7;1Hz; 2H); 8,36 (d; J= 6,3Hz; 2H);

15,55 (sl; 1H).

RMN 13C-APT 100 MHz (DMSO-d6) de 2c. 42,46; 111,45; 115,97; 118,54; 120,72; 127,67; 128,13;

129,60; 131,27; 162,30; 133,50; 135,66; 144,16; 148,05; 161,67; 164,11.

Composto 3a:

Aspecto Físico: Sólido amarelado

Rendimento: 81%

1H NMR (400 MHz, DMSO-d6) de 3a δ(ppm): 6,98-6,99 (d; J = 8,4 Hz; 1H); 7,43-7,46 (dd; J =

8,3; 2,2 Hz; 1H); 7,58 – 7,66 (m; 3H); 7,69-7,73 (t; J = 7,3 Hz; 1H); 7,90-7,92 (d; J = 7,1 Hz; 2H);

11,48 (s; 1H), 13,90 (s; 1H).

RMN 13C 100 MHz (DMSO-d6) de 3a δ(ppm): 112,19; 120,45; 121,56; 126,87; 127,48; 129,20;

131,20; 131,88; 133,05; 141,19; 162,9.

Composto 3b:

Aspecto Físico: Sólido alaranjado

Rendimento: 76%

RMN 1H (400 MHz, DMSO-d6) de 3b (ppm): 7,21 – 7,23 (d; J = 8,4 Hz; 1H); 7,52 – 7,53 (dd; J =

8,4; 2,0 Hz; 1H); 7,61 – 7,65 (m; 3H); 7,69 – 7,73 (t; J = 7,2 Hz; 1H); 7,91 – 7,92 (d; J = 7,5 Hz; 2H);

13,79 (s; 1H).

RMN 13C 100 MHz (DMSO-d6) de 3b δ(ppm): 25,88; 11,65; 120,14; 120,78; 127,5; 129,22; 131,04;

131,77; 133,05; 142,35; 161,01.

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56

Composto 3c:

Aspecto Físico: Sólido alaranjado

Rendimento: 72%

1H NMR (400 MHz, DMSO-d6) de 3c. 2,51 (dt; J = 3,7; 1,8 Hz; 1H); 3,12 (s; 6H); 3,24 (s; 3H); 3,48

(q; J = 6,8 Hz; 6H); 4,09 (s; 3H); 7,12 (d; J = 8,4 Hz; 1H); 7,60 (dt; J = 6,6; 1,2 Hz; 2H); 7,62 – 7,64

(m; 1H); 7,64 – 7,69 (m; 2H); 7,70 (dd; J = 3,8; 2,5 Hz; 1H); 7,86 – 7,95 (m; 2H); 13,67 (sl; 1H).

RMN 13C 100 MHz (DMSO-d6) de 3c. 18,70; 26,28; 56,56; 112,40; 115,54; 121,76; 123,39; 123,93;

128,03; 129,50; 133,28; 134,24; 136,41; 143,36; 161,34; 163,89.

Composto 4a:

Aspecto Físico: Sólido amarelado

Rendimento: 65%

RMN 1H (400 MHz, DMSO-d6) de 4a δ (ppm): 7,65 (s, 2H); 7,73 (s; 1H); 7,93 (s; 2H); 11,18 (s;

2H); 11,96 (s; 1H); 13,81 (s; 1H).

RMN 13C 100 MHz (DMSO-d6) de 4a δ(ppm): 112,99; 120,45; 120,56; 126,87; 127,48; 129,23;

131,2; 131,83; 133,00; 141,19; 162,89.

Composto 4b:

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57

Aspecto Físico: Sólido amarelado 0

Rendimento: 94%

RMN 1H (400 MHz, DMSO-d6) de 4b δ(ppm): 3,60 (s; 3H); 7,60 (s; 2H); 7,64 (d; J = 7,7 Hz; 2H);

7,74 – 7,69 (m; 1H); 7,93 (t; J = 1,8 Hz; 1H); 7,95 (s; 1H); 13,62 (s; 1H); 13,62 (s; 1H).

RMN 13C-APT 100 MHz (DMSO-d6) de 4b δ(ppm): 29,25; 117,04; 119,57; 124,17; 128,12;

128,37; 129,60; 132,31; 132,35; 133,47; 135,48; 154,40; 161,8.

Composto 4c:

Aspecto Físico: Sólido alaranjado

Rendimento: 87%

RMN 1H (400 MHz, DMSO-d6) de 4c δ(ppm): 4,75 – 4,69 (m; 2H); 5,20 (m;2H); 6,02 (m; 1H)

7,58 (s; 1H); 7,62 – 7,59 (m; 1H); 7,67 – 7,62 (m; 2H); 7,71 (t; J = 7,3 Hz; 1H); 7,94 (d; J = 7,7 Hz;

2H); 13,57 (s; 1H).

RMN 13C-APT 100 MHz (DMSO-d6) de 4c δ(ppm): 43,42; 116,79; 117,03; 119,68; 124,37; 124,14;

128,58; 129,57; 132,27; 132,45; 133,20; 133,46; 135,15; 137,64; 161,64; 164.

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ESPECTROS

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65

ESPECTRO 1: RMN 1H (400 MHz, DMSO-d6) de 1a

ESPECTRO 2: RMN 13C 100 MHz (DMSO-d6) de 1a

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ESPECTRO 3: RMN 1H (400 MHz, DMSO) 1b

ESPECTRO 4: RMN 13C 100 MHz (DMSO-d6) de 1b

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67

ESPECTRO 5: RMN 1H (400 MHz, DMSO) 1c

ESPECTRO 6: RMN 13C 100 MHz (DMSO-d6) de 1c

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ESPECTRO 19: RMN 1H (400 MHz, DMSO-d6) de 2a

ESPECTRO 20: RMN 13C-APT 100 MHz (DMSO-d6) de 2a

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69

ESPECTRO 21: RMN 1H (400 MHz, DMSO-d6) de 2b

ESPECTRO 22: RMN 13C-APT 100 MHz (DMSO-d6) de 2b

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70

ESPECTRO 23: RMN 1H (400 MHz, DMSO-d6) de 2c

ESPECTRO 24: RMN 13C-APT 100 MHz (DMSO-d6) de 2c

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ESPECTRO 7: RMN 1H (400 MHz, DMSO-d6) de 3a

ESPECTRO 8: RMN 13C 100 MHz (DMSO-d6) de 3a

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ESPECTRO 9: RMN 1H (400 MHz, DMSO-d6) de 3b

ESPECTRO 10: RMN 13C 100 MHz (DMSO-d6) de 3b

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73

ESPECTRO 11: RMN 1H (400 MHz, DMSO-d6) de 3c

ESPECTRO 12: RMN 13C 100 MHz (DMSO-d6) de 3c

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ESPECTRO 13: RMN 1H (400 MHz, DMSO-d6) de 4a

ESPECTRO 14: RMN 13C 100 MHz (DMSO-d6) de 4a

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75

ESPECTRO 15: RMN 1H (400 MHz, DMSO-d6) de 4b

ESPECTRO 16: RMN 13C-APT 100 MHz (DMSO-d6) de 4b

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ESPECTRO 17: RMN 1H (400 MHz, DMSO-d6) de 4c

ESPECTRO 18: RMN 13C-APT 100 MHz (DMSO-d6) de 4c


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