UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
DEPARTAMENTO DE ODONTOLOGIA
DIEGO JOSÉ CAVALCANTE DANTAS
RELAÇÃO ENTRE OS HÁBITOS DE HIGIENE BUCAL E OS ASPECTOS
CLÍNICOS PERIODONTAL E PERI-IMPLANTAR EM PACIENTES
REABILITADOS COM PRÓTESES IMPLANTOSSUPORTADAS
NATAL/RN
2018
DIEGO JOSÉ CAVALCANTE DANTAS
RELAÇÃO ENTRE OS HÁBITOS DE HIGIENE BUCAL E OS ASPECTOS CLÍNICOS
PERIODONTAL E PERI-IMPLANTAR EM PACIENTES REABILITADOS COM
PRÓTESES IMPLANTOSSUPORTADAS
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao
Departamento de Odontologia da Universidade
Federal do Rio Grande do Norte como parte dos
requisitos para obtenção do título de Cirurgião-
Dentista.
Orientadora: Profª Drª Ruthineia Diógenes Alves
Uchôa Lins
NATAL – RN
2018
DIEGO JOSÉ CAVALCANTE DANTAS
RELAÇÃO ENTRE OS HÁBITOS DE HIGIENE BUCAL E OS ASPECTOS CLÍNICOS
PERIODONTAL E PERI-IMPLANTAR EM PACIENTES REABILITADOS COM
PRÓTESES IMPLANTOSSUPORTADAS
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Departamento
de Odontologia da Universidade Federal do Rio Grande do
Norte como parte dos requisitos para obtenção do título de
Cirurgião-Dentista.
Aprovado: 19/06/18
BANCA EXAMINADORA
_____________________________________________________
Profª Drª. Ruthineia Diógenes Alves Uchôa Lins - Presidente
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
______________________________________________________
Prof Dr. Fábio Roberto Dametto - Membro
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
______________________________________________________
Prof. Dr. Euler Maciel Dantas - Membro
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
RESUMO
Os bons hábitos de higiene bucal estão diretamente relacionados com a saúde
periodontal e peri-implantar, bem com a longevidade dos implantes dentários. O estudo
buscou avaliar a relação entre os hábitos de higiene bucal informados e os aspectos clínicos
periodontal e peri-implantar encontrados em pacientes reabilitados com próteses
implantossuportadas. Trata-se de um estudo transversal, com uma amostra constituída por 30
prontuários clínicos de pacientes submetidos ao tratamento de reabilitação oral atendidos nas
clínicas do Departamento de Odontologia do Centro de Ciências da Saúde da Universidade
Federal do Rio Grande do Norte – UFRN. Foram coletados desses prontuários os hábitos de
higiene bucal do paciente (frequência de escovação dentária, uso do fio dental e utilização de
enxaguatórios bucais) relatados durante a anamnese bem como os parâmetros clínicos
periodontais e peri-implantares (Índice de placa do indivíduo, Indice de placa modificado,
Índice de sangramento gengival Índice de sangramento modificado, PSR (Periodontal
Screening and Recording) e Profundidade de sondagem peri-implantar registrados nos
referidos prontuários. Foi observado que há uma correlação estatisticamente significativa
entre o Grau de Higiene Oral e o Índice de placa do indivíduo (p<0,001), assim como existe
entre o Grau de Higiene Oral do paciente e o tempo de instalação da carga do implante
(p<0,002). Portanto, a manutenção periódica dos tecidos periodontal e peri-implantar é
fundamental para a obtenção de resultado positivo no tratamento reabilitador.
Palavras-Chaves: Higiene bucal; Prótese Dentária; Implantação Dentária.
ABSTRACT
Good oral hygiene habits are directly related to periodontal and peri-implant health as
well as the longevity of dental implants. The study sought to evaluate the relationship
between informed oral hygiene habits and the periodontal and peri-implant clinical aspects
found in patients rehabilitated with implant-supported prostheses. This is a cross-sectional
study with a sample consisting of clinical records of patients submitted to oral rehabilitation
treatment attended at the clinics of the Dentistry Department of the Health Sciences Center of
the Federal University of Rio Grande do Norte - UFRN. The patient's oral hygiene habits
(tooth brushing frequency, dental flossing and use of mouthwashes) were recorded from the
patient's records, as well as periodontal and peri-implant clinical parameters. modified plaque,
gingival bleeding index, modified bleeding index, Periodontal Screening and Recording
(PSR), and peri-implant depth of depth recorded in those charts. It was observed that there is a
statistically significant correlation between the Degree of Oral Hygiene and the index of the
individual's plaque (p <0.001), as well as there is a statistical significance between the Oral
Hygiene Degree of the patient and the time of installation of the implant load (p<0.002).
Therefore, the periodic maintenance of the periodontal and peri-implant tissues is
fundamental to obtain a positive result in the rehabilitation treatment.
Keywords: Oral hygiene; Dental prosthesis; Dental Implantation.
LISTA DE TABELAS
Tabela 1. Correlação do Grau de Higiene Oral com os parâmetros clínicos periodontais, peri-
implantares e implantares.
................................................................................................................................................. 16
Tabela 2. Correlação da Frequência de escovação dentária com os parâmetros clínicos
periodontais, peri-implantares e implantares.
................................................................................................................................................. 18
Tabela 3. Correlação do Uso do Fio Dental com os parâmetros clínicos periodontais, peri-
implantares e implantares.
................................................................................................................................................. 20
Tabela 4. Correlação do Uso de Enxaguante Bucal com os parâmetros clínicos periodontais,
peri-implantares e implantares.
................................................................................................................................................. 21
Tabela 5. Correlação da profundidade de sondagem peri-implantar com os hábitos e o grau de
higiene oral.
................................................................................................................................................. 23
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO................................................................................................ 07
METODOLOGIA............................................................................................ 09
RESULTADOS................................................................................................ 16
DISCUSSÃO..................................................................................................... 25
CONCLUSÕES................................................................................................ 27
REFERÊNCIAS............................................................................................... 28
APÊNDICES.................................................................................................... 30
ANEXOS........................................................................................................... 37
7
INTRODUÇÃO
O objetivo da odontologia moderna é restabelecer o paciente com função, conforto,
estética e saúde dentro dos padrões de normalidade, quer seja removendo o tecido cariado de
um dente ou substituindo vários dentes. O que torna a implantodontia única é a habilidade em
atingir esse objetivo, independentemente da atrofia, doença ou injúria do sistema
estomatognático. Entretanto, quanto mais dentes o paciente perde, mais desafiadora essa
tarefa se torna. Como resultado de pesquisas contínuas, envolvendo ferramentas de
diagnóstico e planos de tratamento, o sucesso previsível é agora uma realidade na reabilitação
(MISCH, 2009).
Do ponto de vista profissional, as ofertas de reabilitação com implantes e próteses
implantossuportadas melhoraram extremamente as alternativas de tratamento dos pacientes
que requerem reabilitação oral. Atualmente, para avaliação da eficácia dos tratamentos
protéticos, as abordagens mais centradas nas expectativas dos pacientes são altamente
relevantes para os especialistas, cujos objetivos são a melhora da função e, acima de tudo, a
qualidade de vida dos pacientes (BARBIERI; RAPOPORT, 2009).
Em pacientes saudáveis, a prótese implantossuportada apresenta-se hoje como a melhor
forma de reabilitação de pacientes desdentados totais. Constitui-se uma alternativa viável de
tratamento, proporcionando retenção e estabilização do aparelho protético, permitindo um
aumento na eficiência mastigatória, na segurança e melhoria no fator psicológico e na
autoestima do paciente (NADIN et al., 2000). A grande preocupação em relação à reabilitação
com implantes osseointegrados e próteses implantossuportadas está associada ao surgimento
de doenças peri-implantares, como a peri-implantite, com a formação de bolsa avançada,
inflamação tecidual acentuada e perda óssea progressiva (BANNWART et al., 2012).
A peri-implantite se refere à terminologia que expressa reações inflamatórias que afetam
os tecidos ao redor do implante sob função. Assim, sua incidência varia de acordo com o
período, sendo mais frequente nos primeiros anos após a instalação dos implantes e em
indivíduos com histórico de doença sistêmica. Dessa forma, o tecido peri-implantar passa a
ser colonizado por uma microbiota semelhante a do tecido periodontal, manifestando-se de
maneira semelhante à gengivite, quando a inflamação permanece restrita à mucosa peri-
implantar, sendo por isso chamada de mucosite peri-implantar, ou à periodontite, quando o
processo inflamatório envolve também o tecido ósseo ao redor do implante, sendo então
chamada de peri-implantite (SANTIAGO JUNIOR et al., 2013).
8
Considerando que as doenças peri-implantares (mucosite e peri-implantite) também são
biofilme dependentes (CARRANZA et al., 2016), além da terapia periodontal anterior à
instalação dos implantes, a etapa de confecção das próteses deve ser muito bem elaborada e
planejada, a fim de possibilitar uma adequada higienização bucal e, por conseguinte, saúde
peri-implantar (BANNWART et al., 2012). Os tratamentos da peri-implantite consistem,
principalmente, em se desintoxicar a superfície do implante, estabilizar a perda óssea ao redor
do mesmo e, algumas vezes, buscar uma nova formação óssea ao redor dessa área
anteriormente infectada (CERBASI, 2010).
A longevidade dos implantes dentários é diretamente dependente da higiene e da
proservação das próteses implantossuportadas, implicando em responsabilidade tanto para o
paciente quanto para o cirurgião-dentista (JAMCOSKI et al., 2012). Embora a implantodontia
seja estabelecida como a “terceira dentição”, os pacientes que são submetidos atualmente a
esse tipo de tratamento ainda necessitam da conscientização quanto à sua proservação, que
envolve os cuidados diários de higiene oral e visitas periódicas ao profissional (CARVALHO
et al., 2006).
A necessidade de um tecido saudável ao redor dos implantes osseointegrados é essencial
para a obtenção de sucesso em longo prazo. Para tanto, é necessário manter a saúde dos
tecidos peri-implantares através da orientação do paciente em relação aos cuidados com a
higienização e a consequente remoção do biofilme bacteriano; da manutenção clínica e
radiográfica frequente, feita pelo profissional; e da distribuição adequada de forças nos
implantes (CERBASI, 2010).
A manutenção de uma boa higiene oral é fundamental para impedir o acúmulo de
periodontopatógenos nos implantes e próteses. Os retornos devem ocorrer aproximadamente a
cada seis meses para avaliar a retenção, a higienização e a necessidade de reembasamento das
próteses. Porém, em determinados casos, como por exemplo: pacientes com problemas
motores ou histórico de peri-implantite, esses retornos podem ter intervalos menores, de 3 a 4
meses. Enfim, o controle do biofilme bacteriano em pacientes reabilitados com próteses sobre
implantes é muito importante para determinar a longevidade da reabilitação oral, dependendo
tanto do paciente quanto do profissional (BANNWART et al., 2012).
Frente ao exposto, o presente estudo objetivou avaliar a relação entre os hábitos e o grau
higiene bucal com os aspectos clínicos periodontais, peri-implantares e implantares
encontrados em pacientes reabilitados com próteses implantossuportadas.
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METODOLOGIA
Considerações éticas
O estudo foi submetido à aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da
Universidade Federal do Rio Grande do Norte, obedecendo a Resolução no466/12 do
Ministério da Saúde, que regulamenta pesquisas com seres humanos (BRASIL, 2012). Os
participantes desta pesquisa, ao concordarem em participar da mesma, assinaram um Termo
de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). Destaca-se que, no dia destinado à coleta de
dados, imediatamente após a realização desta, os pacientes foram submetidos a uma nova
orientação de higiene bucal, bem como à profilaxia.
Tipo de estudo
Esta pesquisa se caracteriza como sendo um estudo transversal e observacional. A
técnica empregada foi a observação direta de prontuários clínicos, com todos os dados de
interesse coletados e devidamente registrados em fichas específicas.
Local do estudo
O estudo foi realizado nas clínicas do Departamento de Odontologia do Centro de
Ciências da Saúde da Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN, no município
de Natal/RN, que realizam reabilitação oral com próteses implantossuportadas.
Amostra
O universo foi constituído por todos os prontuários clínicos de pacientes submetidos
ao tratamento de reabilitação oral com próteses implantossuportadas nas referidas clínicas e
amostra final compreendeu os pacientes que se enquadraram nos critérios de inclusão do
estudo, com implantes reabilitados com próteses do tipo unitária. Os pacientes avaliados se
encontravam distribuídos em diversos períodos de instalação da carga, o que foi um fator a ser
considerado para correlação com a higiene oral do paciente.
Critérios de inclusão
Foram incluídos neste estudo somente prontuários de indivíduos com idade igual ou
superior a 18 anos, de ambos os sexos, parcialmente edêntulos, exibindo um bom estado geral
de saúde e sem história médica ou medicamentosa capaz de gerar repercussão nos tecidos
periodontais e peri-implantares.
Critérios de exclusão
Foram excluídos do estudo em questão os prontuários de: edêntulos totais; usuários de
medicamento sistêmico ou tópico capaz de gerar repercussão nos tecidos periodontais e peri-
10
implantares; fumantes e ex-fumantes que interromperam o hábito por um período inferior a
cinco anos da instalação do implante e portadores de doenças ou condições sistêmicas capazes
de gerar repercussão nos tecidos periodontais e peri-implantares.
Coleta de dados
Foram coletados desses prontuários os hábitos de higiene bucal do paciente
(frequência de escovação dentária, uso do fio dental e utilização de enxaguatórios bucais)
relatados durante a anamnese. Para a determinação das condições periodontal e peri-implantar
foi realizado um exame físico intrabucal, incluindo os seguintes instrumentos e parâmetros
clínicos: Índice de placa (IP) de Silness e Löe (1964); Índice de placa modificado (IPm) de
Mombelli et al. (1987); Índice de sangramento gengival (ISG) de Ainamo e Bay (1975);
Índice de sangramento modificado (ISm) de Mombelli et al. (1987); PSR (Periodontal
Screening and Recording); profundidade de sondagem periodontal (a depender do PSR) e
profundidade de sondagem peri-implantar. Tais parâmetros estão descritos abaixo, conforme
foram coletados nos prontuários:
a) Índice de placa (IP) de Silness e Löe (1964)
A determinação do índice de placa de Silness e Löe (1964) possibilita a avaliação da
presença e do nível de placa bacteriana (biofilme dental) nas quatro superfícies dentárias
(vestibular, lingual ou palatina, mesial e distal), as quais recebem valores (escores) que
variam de 0 a 3 (QUADRO 1). Os valores das quatro faces de cada dente são somados e o
valor total dividido por quatro, resultando no Índice de placa por dente (IPD).
Quadro 1 - Escores e critérios para o Índice de placa de Silness e Löe (1964)
Escores Critérios
0 Ausência de placa bacteriana (biofilme dental).
1 Camada fina de placa (biofilme) aderida à gengiva marginal e
adjacente à superfície dentária, não visível a olho nu. Para a sua
visualização utiliza-se a sonda periodontal.
2 Moderado acúmulo de placa (biofilme) ao longo da gengiva
marginal e na superfície dentária, visível ao olho nu.
3 Abundante acúmulo de placa (biofilme) ao longo da gengiva
marginal, no dente e no espaço interdental, visível ao olho nu.
Fonte: Silness e Löe (1964)
b) Índice de placa modificado (IPm) de Mombelli et al. (1987)
11
O Índice de placa de modificado (IPm) de Mombelli et al. (1987) busca avaliar a
presença e o nível de acúmulo de placa bacteriana (biofilme) nas superfícies entorno dos
implantes. Valores (escores) são atribuídos quando da presença de placa, e estes variam de 0 a
3 (QUADRO 2). Os valores das quatro faces de cada implante avaliado são somados e o valor
total dividido por quatro, resultando no índice de placa por implante (IPIm).
Quadro 2 - Escores e critérios para o Índice de placa modificado (IPm) de Mombelli et al. (1987)
Escores Critérios
0 Ausência de biofilme
1 Reconhecimento do biofilme apenas deslizando a
sonda sobre a superfície do implante.
2 Presença de biofilme visível na superfície marginal e
adjacente ao implante.
3 Presença abundante de acúmulo de biofilme ao longo
da superfície do implante, visível ao olho nu.
Fonte: Mombelli et al. (1987).
O registro do índice de placa do indivíduo (IPI), com relação ao implante, é obtido
somando-se os valores do índice de placa por implante (IPIm) e dividindo-se pelo número
total de implantes examinados. Este índice corresponde a um número entre zero e três, sendo
as médias obtidas categorizadas da seguinte forma: ≤ 1 (higiene oral boa), >1 e <2 (higiene
oral deficiente) e ≥ 2 (higiene oral muito deficiente). Ferreira et al. (2006) mostra que o IPI ≥
2 está associado à ocorrência de doenças periodontais e peri-implantares.
c) Índice de sangramento gengival (ISG) de Ainamo e Bay (1975)
O índice de sangramento gengival à sondagem de Ainamo e Bay (1975) corresponde à
investigação de sangramento com base na dicotomia sangra/ não sangra à sondagem após 10
segundos da mensuração, considerando-se que a pressão da sondagem deve ser suave e o
instrumento utilizado para isso não pode apresentar uma ponta afiada. No estudo em questão,
foi utilizada para este fim a mesma sonda preconizada para o exame do PSR, a qual será
descrita posteriormente.
De acordo com este índice, ocorrendo sangramento após 10 segundos de sondagem ao
longo da gengiva marginal das faces vestibular e lingual (unidades gengivais) é atribuído um
escore positivo (+) à face sangrante, caso contrário, é atribuído um escore negativo (-). Os
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valores das unidades gengivais positivas, referentes às faces sangrantes, são somados e o valor
total dividido pelo número de unidades gengivais avaliadas, sendo este resultado multiplicado
por 100 para expressar o ISG do paciente em percentagem.
Os valores percentuais do ISG são agrupados nos seguintes escores: 1 (sem
sangramento); 2 (1 a 10% de faces sangrantes); 3 (11 a 25% de faces sangrantes); 4 (26 a 50%
de faces sangrantes); 5 (51 a 75% de faces sangrantes); e 6 (acima de 75% de faces
sangrantes). Considera-se com inflamação gengival discreta os pacientes com escore 2,
inflamação gengival moderada aqueles com escore 3 e severa aqueles com escores superiores
a 3.
d) Índice de sangramento modificado (ISm) de Mombelli et al. (1987)
O Índice de sangramento modificado (ISm) de Mombelli et al. (1987) possibilita a
avaliação das condições dos tecidos peri-implantares quanto à presença ou ausência de
sangramento à sondagem, por meio de uma sonda periodontal milimetrada, a qual é inserida
em quatro pontos (mesial, distal, vestibular, lingual) ao redor do implante. Desse modo, o
sítio peri-implantar recebe escores (QUADRO 3) indicativos da presença, ausência e
intensidade do sangramento à sondagem: 0 - ausência de inflamação peri-implantar; 1, 2 ou 3
- presença de mucosite peri-implantar leve, moderada ou intensa, respectivamente, desde que
não seja encontrada perda óssea, pois a presença de perda óssea no sítio peri-implantar
superior a 2 mm no decorrer de um ano após instalada a carga é indicativa de peri-implantite.
O presente estudo utilizou a sonda periodontal milimetrada tipo Williams.
Quadro 3 - Escores e critérios para o Índice de sangramento modificado (ISm) de Mombelli et al. (198
7).
Escore Critérios
0 Ausência de sangramento quando a sonda
periodontal é passada ao longo da mucosa marginal.
1 Presença de pontos de sangramento isolados.
2 Presença de uma linha contínua formada por sangue
sobre a margem do tecido peri-implantar.
3 Presença de sangramento intenso e profuso.
Fonte: Mombelli et al. (1987).
e) PSR (Periodontal Screening and Recording)
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O PSR (Periodontal Screening and Recording ou Registro Periodontal Simplificado) é
um exame de fácil execução, rapidez e sensível para o diagnóstico da doença periodontal. As
informações obtidas através deste exame são de fácil compreensão para o paciente, tornando-
o consciente com relação às condições de saúde ou doença do periodonto (SALKIN; CUDER;
RUSH, 1993; TEKAVEC, M.; TEKAVEC, C., 1993; TURPIN, 1994).
Para o exame do PSR, utiliza-se a sonda periodontal preconizada pela Organização
Mundial de Saúde (OMS-621), de titânio, também conhecida como sonda tipo WHO, que
apresenta como característica principal a presença de uma esfera em sua extremidade, medin-
do 0,5 mm de diâmetro, e uma faixa preta que se inicia em 3,5 mm e termina em 5,5 mm a
partir da ponta da sonda. Para a realização deste exame a arcada dentária é dividida em seis
sextantes: superior direito (17-14), superior anterior (13-23), superior esquerdo (24-27),
inferior esquerdo (37-34), inferior anterior (33-43) e inferior direito (44-47), onde seguindo
esta sequência, todos os dentes de cada sextante, exceto os 3º molares e dentes em erupção,
são examinados em todas as suas faces, através da sondagem do sulco gengival e/ou da bolsa
periodontal, sendo registrados no diagrama do PSR, apenas o código referente ao achado da
profundidade de sondagem mais profunda do sextante juntamente com outros achados de
natureza clínica. Somente são considerados válidos os sextantes que exibem dois ou mais
dentes.
No atual estudo, os sextantes que apresentaram apenas próteses implantossuportadas
foram considerados edêntulos, visto que os sítios peri-implantares não são examinados através
do PSR.
Os códigos do PSR são os seguintes:
Código 0: na região do sulco mais profunda do sextante, a faixa colorida da sonda
permanece completamente visível. O tecido gengival está sadio e não sangra com uma
sondagem delicada.
Código 1: a faixa colorida da sonda permanece completamente visível na região do
sulco mais profunda do sextante. Entretanto, há presença de sangramento à sondagem.
Código 2: a faixa colorida ainda está visível, mas há presença de cálculos
supragengivais e /ou subgengivais, associados ou não a outros fatores retentivos de
biofilme dental.
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Código 3: a faixa colorida está parcialmente visível, indicando uma profundidade de
sondagem > 3,5mm e < 5,5mm, sugestivo de uma bolsa periodontal rasa.
Código 4: a faixa colorida desaparece completamente, indicando uma profundidade de
sondagem > 5,5mm, sugestivo de uma bolsa periodontal mais profunda.
Código X: sextante edêntulo.
Código (*): quando é observada qualquer das anormalidades a seguir: envolvimento
de furca, mobilidade dentária, problema mucogengival ou recessão gengival atingindo
a faixa colorida da sonda (3,5mm ou mais). Em qualquer dessas situações, coloca-se
um asterisco (*) após o número do código.
A mobilidade dental é mensurada com o auxílio dos cabos de um espelho bucal nº 5 e da
própria sonda periodontal OMS-621, posicionando-os nas faces vestibular e lingual de cada
dente examinado. O envolvimento de furca e a presença de recessão gengival são medidos
com o auxílio da própria sonda periodontal OMS-621, enquanto que para as alterações
mucogengivais, tais como inserção de freios e bridas, é utilizada a inspeção clínica visual.
De acordo com os resultados obtidos a partir do PSR, é possível classificar o
diagnóstico periodontal da seguinte forma:
Periodonto saudável - quando todos os sextantes apresentam código 0;
Gengivite - quando pelo menos um sextante apresenta código 1 ou todos os sextantes
apresentam código 1 e/ou 2;
Sugestivo de Periodontite - quando pelo menos um sextante apresenta código 3 ou 4
(com ou sem asterisco associado) e 0,1 e 2 (com asterisco associado).
Apenas os sextantes que exibiram códigos 3, 4 e asterisco (*), durante o exame do PSR, e
aqueles que possuíam próteses implantossuportadas tiveram seus sítios periodontais e peri-
implantares submetidos às seguintes investigações clínicas: profundidade de sondagem
periodontal e profundidade de sondagem peri-implantar.
f) Profundidade de sondagem periodontal
É a distância medida em milímetros, por meio de uma sonda periodontal milimetrada,
entre a margem gengival e a porção mais apical do epitélio juncional. Esse tipo de avaliação
comumente é realizado em seis pontos ao redor dos dentes, sendo eles: mesiovestibular (MV),
vestibular (V), distovestibular (DV), mesiolingual/palatina (ML/MP), lingual/palatina (L/P) e
distolingual/palatina (MD).
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g) Profundidade de sondagem peri-implantar
É a distância medida em milímetros, por meio de uma sonda periodontal milimetrada,
entre a margem da mucosa peri-implantar e um ponto de referência no implante. Recomenda-
se que esse tipo de avaliação seja realizado em apenas quatro pontos ao redor dos implantes,
sendo eles: vestibular, lingual, mesial e distal. Destaca-se que, em geral, os implantes com
mucosa saudável apresentam uma profundidade de sondagem de aproximadamente 3 mm.
Para avaliação desse parâmetro, foi considerado o sítio de maior profundidade como
referência.
Análise dos dados
O processamento e a análise dos dados coletados foram realizados com o auxílio do
software estatístico SPSS Statistics for Windows, Version 17.0 (Chicago: SPSS Inc) e os
resultados obtidos foram expressos por meio de tabelas. O teste Exato de Fisher/Qui-quadrado
foi utilizado para verificar a relação das variáveis categóricas entre si e o teste de Mann-
Whitney para estabelecer relação entre as variáveis quantitativas e categóricas.
16
RESULTADOS
A amostra final resultou em 30 (trinta) prontuários de pacientes, em que foi avaliado
um total de 30 (trinta) implantes com próteses unitárias. No presente estudo, a amostra foi
majoritariamente composta por pacientes do sexo feminino, representando 80% (n=24) desta
com idade diversificada, variando de 21 a 71 anos.
No que diz respeito a correlação do grau de higiene oral com os parâmetros clínicos
periodontais, peri-implantares e implantares, conforme descrito na Tabela 1, o grau de higiene
oral foi estatisticamente significativo somente quando relacionado com o Índice de Placa (IP)
do indivíduo (p<0,001) e o tempo de carga (p<0,002), apontando que quanto maior o escore
do índice, pior é o grau de higiene oral e quanto menor o tempo de instalação do implante,
melhor é esse grau de higiene.
Tabela 1. Relação entre o Grau de Higiene Oral e os parâmetros clínicos periodontais, peri-
implantares e implantares.
Índice de Placa TOTAL
Score 1 Score 2
Grau de Higiene
Oral
Bom 25 (83,3%) 0 (0%) 25 (83,3%)
Deficiente 0 (0%) 5 (16,7%) 5 (16,7%)
TOTAL 25 (83,3%) 5 (16,7%) 30 (100%)
p<0,001
Índice de Placa Modificado TOTAL
Score 0 Score 1
Grau de Higiene
Oral
Bom 22 (73,3%) 3 (10%) 25 (83,3%)
Deficiente 4 (13,3%) 1 (3,3%) 5 (16,7%)
TOTAL 26 (86,7%) 4 (13,3%) 30 (100%)
p=0,631
Índice de Sangramento Gengival TOTAL
Score 1 Score 2 Score 3 Score 4
Grau de Higiene
Oral
Bom 0 (0%) 13(43%) 8 (26,7%) 4(13,4%) 25 (83,3%)
Deficiente 0 (0%) 2 (7%) 1 (3,3%) 2 (6,6%) 5 (16,7%)
TOTAL 0 (0%) 15(50%) 9 (30%) 6 (20%) 30 (100%)
p=0,572
Índice de Sangramento Modificado TOTAL
17
Score 0 Score 1 Score 2
Grau de Higiene
Oral
Bom 15 (50%) 4 (13,3%) 6 (20%) 25 (83,3%)
Deficiente 1 (3,3%) 2 (6,7%) 2 (6,7%) 5 (16,7%)
TOTAL 16(53,3%) 6 (20%) 8(26,7%) 30 (100%)
p=0,241
Condição Periodontal (Baseada no PSR) TOTAL
Gengivite Periodontite
Grau de Higiene
Oral
Bom 23 (76,7%) 2 (6,7%) 25 (83,3%)
Deficiente 4 (13,3%) 1 (3,3%) 5 (6,7%)
TOTAL 27 (90%) 3 (10%) 30 (100%)
p=0,414
Condição Peri-Implantar TOTAL
Mucosa Saudável Mucosite
Grau de Higiene
Oral
Bom 15 (50%) 10 (33,3%) 25(83,3%)
Deficiente 1 (3,3%) 4 (13,3%) 5 (16,7%)
TOTAL 16 (53,3%) 14 (46,7%) 30 (100%)
p=0,102
Tempo de Carga
TOTAL 0-3
meses
+3-6
meses
+6-12
meses
+12
meses
Grau de Higiene
Oral
Bom 16
(53,3%)
7 (28%) 0 (0%) 2 (6,7%) 25 (83,3%)
Deficiente 1 (3,3%) 0 (0%) 1(3,3%) 3 (10%) 5 (16,7%)
TOTAL 17
(56,7%)
7(23,3%) 1
(3,3%)
5 (16,7%) 30 (100%)
p<0,002
Tipo de Implante TOTAL
Cone Morse H.Externo H.Interno
Grau de Higiene
Oral
Bom 18 (60%) 2 (6,7%) 5 (16,7%) 25 (83,3%)
Deficiente 5 (16,7%) 0 (0%) 0 (0%) 5 (16,7%)
TOTAL 23 (76,7%) 2 (6,7%) 5 (16,7%) 30 (100%)
p=0,401
Teste Exato de Fisher
A frequência de escovação dentária correlacionada com os parâmetros clínicos de
avaliação do estudo está descrita na Tabela 2, onde se observa que a quantidade de
18
escovações ao dia não se apresentou como um fator estatisticamente significativo (p<0,005)
para a redução do Índice de Placa dos implantes e dos dentes, bem como do Índice de
Sangramento desses mesmos componentes.
Tabela 2. Relação entre a Frequência de escovação dentária e os parâmetros clínicos
periodontais, peri-implantares e implantares.
Índice de Placa TOTAL
Score 1 Score 2
Frequência de
escovação dentária
2X 4 (13,3%) 0 (0%) 4 (13,3%)
3X ou
mais
21 (70%) 5 (16,7%) 26 (86,7%)
TOTAL 25 (83,3%) 5 (16,7%) 30 (100%)
p=0,337
Índice de Placa Modificado TOTAL
Score 0 Score 1
Frequência de
escovação dentária
2X 3 (10%) 1 (3,3%) 4 (13,3%)
3X ou
mais
23 (76,7%) 3 (10%) 26 (86,7%)
TOTAL 26 (86,7%) 4 (13,3%) 30 (100%)
p=0,461
Índice de Sangramento Gengival TOTAL
Score 1 Score 2 Score 3 Score 4
Frequência de
escovação dentária
2X 0 (0%) 1 (3,3%) 1 (3,3%) 2(6,7%) 4 (13,3%)
3X ou
mais
0 (0%) 14(46,7%) 8 (3,3%) 4(13,3%) 26 (86,7%)
TOTAL 0 (0%) 15(50%) 9 (30%) 6 (20%) 30 (100%)
p=0,172
Índice de Sangramento Modificado TOTAL
Score 0 Score 1 Score 2
Frequência de
escovação dentária
2X 3 (3,3%) 0 (0%) 1 (3,3%) 4 (13,3%)
3X ou
mais
13
(43,3%)
6 (20%) 7 (23,3%) 26 (86,7%)
TOTAL 16(53,3%) 6 (20%) 8(26,7%) 30 (100%)
p=0,513
Condição Periodontal (Baseada no PSR) TOTAL
19
Gengivite Periodontite
Frequência de
escovação dentária
2X 4 (13,3%) 0 (0%) 4 (13,3%)
3X ou
mais
23 (76,7%) 3 (10%) 26 (86,7%)
TOTAL 27 (90%) 3 (10%) 30 (100%)
p=0,474
Condição Peri-Implantar TOTAL
Mucosa Saudável Mucosite
Frequência de
escovação dentária
2X 3 (10%) 1 (3,3%) 4 (13,3%)
3X ou
mais
13 (43,3%) 13 (43,3%) 26 (86,7%)
TOTAL 16 (53,3%) 14 (46,7%) 30 (100%)
p=0,351
Tempo de Carga
TOTAL 0-3
meses
+3-6
meses
+6-12
meses
+12
meses
Frequência de
escovação dentária
2X 2 (6,7%) 1 (3,3%) 0 (0%) 1 (3,3%) 4 (13,3%)
3X ou
mais
15 (50%) 6 (20%) 1(3,3%) 4 (13,3%) 26 (86,7%)
TOTAL 17
(56,7%)
7 (23,3%) 1
(3,3%)
5 (16,7%) 30 (100%)
p=0,943
Tipo de Implante
TOTAL Cone Morse H.
Externo
H. Interno
Frequência de
escovação dentária
2X 3 (10%) 0 (0%) 1 (3,3%) 4 (13,3%)
3X ou
mais
20 (66,7%) 2 (6,7%) 4 (13,3%) 26 (86,7%)
TOTAL 23 (76,7%) 2 (6,7%) 5 (16,7%) 30 (100%)
p=0,778
Teste Exato de Fisher
No tocante ao uso do fio dental, a Tabela 3 mostra que apesar deste constituir um fator
importante para a manutenção da higiene oral, não revelou significância estatística (p<0,005)
para a melhoria de nenhum dos parâmetros clínicos na amostra estudada.
20
Tabela 3. Relação entre o Uso do Fio Dental e os parâmetros clínicos periodontais, peri-
implantares e implantares.
Índice de Placa TOTAL
Score 1 Score 2
Uso do Fio Dental Sim 21 (70%) 4 (13,3%) 25 (83,3%)
Não 4 (13,3%) 1 (3,3%) 5 (16,7%)
TOTAL 25 (83,3%) 5 (16,7%) 30 (100%)
p=0,827
Índice de Placa Modificado TOTAL
Score 0 Score 1
Uso do Fio Dental Sim 22 (73,3%) 3 (10%) 25 (83,3%)
Não 4 (13,3%) 1 (3,3%) 5 (16,7%)
TOTAL 26 (86,7%) 4 (13,3%) 30 (100%)
p=0,631
Índice de Sangramento Gengival TOTAL
Score 1 Score 2 Score 3 Score 4
Uso do Fio Dental Sim 0 (0%) 14(46,7%) 7
(23,3%)
4(13,3%) 25 (83,3%)
Não 0 (0%) 1(3,3%) 2 (6,7%) 2(6,7%) 5 (16,7%)
TOTAL 0 (0%) 15(50%) 9 (30%) 6 (20%) 30 (100%)
p=0,457
Índice de Sangramento Modificado TOTAL
Score 0 Score 1 Score 2
Uso do Fio Dental Sim 14
(46,7%)
4 (13,3%) 7 (23,3%) 25 (83,3%)
Não 2 (6,7%) 2 (6,7%) 1 (3,3%) 5 (16,7%)
TOTAL 16(53,3%) 6 (20%) 8 (26,7%) 30 (100%)
p=0,472
Condição Periodontal (Baseada no PSR) TOTAL
Gengivite Periodontite
Uso do Fio Dental Sim 22 (73,3%) 3 (10%) 25 (83,3%)
Não 5 (16,7%) 0 (0%) 5 (16,7%)
TOTAL 27 (90%) 3 (10%) 30 (100%)
p=0,414
Condição Peri-Implantar TOTAL
21
Mucosa Saudável Mucosite
Uso do Fio Dental Sim 14 (46,7%) 11 (36,7%) 25 (83,3%)
Não 2 (6,7%) 3 (10%) 5 (16,7%)
TOTAL 16 (53,3%) 14 (46,7%) 30 (100%)
p=0,513
Tempo de Carga
TOTAL 0-3
meses
+3-6
meses
+6-12
meses
+12
meses
Uso do Fio Dental Sim 15 (50%) 6 (20%) 1
(3,3%)
3 (10%) 25 (83,3%)
Não 2 (6,7%) 1 (3,3%) 0 (0
%)
2 (6,7%) 5 (16,7%)
TOTAL 17
(56,7%)
7 (23,3%) 1
(3,3%)
5 (16,7%) 30 (100%)
p=0,478
Tipo de Implante
TOTAL Cone Morse H.
Externo
H. Interno
Uso do Fio Dental Sim 19 (63,3%) 2 (6,7%) 4 (13,3%) 25 (83,3%)
Não 4 (13,3%) 0 (0%) 1 (3,3%) 5 (16,7%)
TOTAL 23 (76,7%) 2 (6,7%) 5 (16,7%) 30 (100%)
p=0,799
Teste Exato de Fisher
Quanto ao uso de enxaguantes bucais, os resultados estão apresentados na Tabela 4.
De posse desses dados, observa-se que não há diferença estatisticamente significativa
(p<0,005) entre o uso ou o não uso dos enxaguantes bucais e os parâmetros clínicos
periodontais, peri-implantares e implantares.
Tabela 4. Relação entre o uso de Enxaguante Bucal e os parâmetros clínicos periodontais,
peri-implantares e implantares.
Índice de Placa TOTAL
Score 1 Score 2
Uso do Enxaguante
Bucal
Sim 19 (63,3%) 4 (13,3%) 23 (76,7%)
Não 6 (20%) 1 (3,3%) 7 (23,3%)
22
TOTAL 25 (83,3%) 5 (16,7%) 30 (100%)
p=0,847
Índice de Placa Modificado TOTAL
Score 0 Score 1
Uso do Enxaguante
Bucal
Sim 19 (63,3%) 4 (13,3%) 23 (76,7%)
Não 7 (23,3%) 0 (0%) 7 (23,3%)
TOTAL 26 (86,7%) 4 (13,3%) 30 (100%)
p=0,236
Índice de Sangramento Gengival TOTAL
Score 1 Score 2 Score 3 Score 4
Uso do Enxaguante
Bucal
Sim 0 (0%) 12(46,7%) 7
(23,3%)
4(13,3%) 23 (76,7%)
Não 0 (0%) 3(3,3%) 2 (6,7%) 2(6,7%) 7 (23,3%)
TOTAL 0 (0%) 15(50%) 9 (30%) 6 (20%) 30 (100%)
p=0,848
Índice de Sangramento Modificado TOTAL
Score 0 Score 1 Score 2
Uso do Enxaguante
Bucal
Sim 12 (40%) 4 (13,3%) 7 (23,3%) 23 (76,7%)
Não 4 (13,3%) 2 (6,7%) 1 (3,3%) 7 (23,3%)
TOTAL 16(53,3%) 6 (20%) 8 (26,7%) 30 (100%)
p=0,642
Condição Periodontal (Baseada no PSR) TOTAL
Gengivite Periodontite
Uso do Enxaguante
Bucal
Sim 20 (66,7%) 3 (10%) 23 (76,7%)
Não 7 (23,3%) 0 (0%) 7 (23,3%)
TOTAL 27 (90%) 3 (10%) 30 (100%)
p=0,314
Condição Peri-Implantar TOTAL
Mucosa Saudável Mucosite
Uso do Enxaguante
Bucal
Sim 12 (40%) 11 (36,7%) 23 (76,7%)
Não 4 (13,3%) 3 (10%) 7 (23,3%)
TOTAL 16 (53,3%) 14 (46,7%) 30 (100%)
p=0,818
Tempo de Carga TOTAL
0-3 +3-6 +6-12 +12
23
meses meses meses meses
Uso do Enxaguante
Bucal
Sim 12 (40%) 6 (20%) 1
(3,3%)
4 (13,3%) 23 (76,7%)
Não 5 (16,7%) 1 (3,3%) 0 (0
%)
1 (3,3%) 7 (23,3%)
TOTAL 17
(56,7%)
7 (23,3%) 1
(3,3%)
5 (16,7%) 30 (100%)
p=0,800
Tipo de Implante
TOTAL Cone Morse H.
Externo
H. Interno
Uso do Enxaguante
Bucal
Sim 18 (60%) 2 (6,7%) 3 (10%) 23 (76,7%)
Não 5 (16,7%) 0 (0%) 2 (6,7%) 7 (23,3%)
TOTAL 23 (76,7%) 2 (6,7%) 5 (16,7%) 30 (100%)
p=0,492
Teste Exato de Fisher
Avaliando-se a profundidade de sondagem peri-implantar, não foi verificada diferença
estatisticamente significativa (p<0,005) entre esse parâmetro e os hábitos e o grau de higiene
oral (Tabela 5).
Tabela 5. Relação entre a profundidade de sondagem peri-implantar e os hábitos e o grau de
higiene oral.
Profundidade de sondagem peri-implantar
Média DP Md Mín-Máx Q25-Q75 Valor de p
Grau de Higiene Oral
Bom 2,52 0,714 2,00 1-4
1,00-1,00 p=0,542 Deficiente
2,60 0,894 3,00 1-3
Frequência de Escovação
Dentária
Duas vezes 2,50 0,577 2,50 2-3
3,00-3,00 p=0,894 Três vezes ou mais
2,54 0,761 3,00 1-4
Uso do Fio Dental
24
Sim 2,52 0,770 3,00 1-4
1,00-1,00 p=0,808 Não
2,60 0,548 3,00 2-3
Uso de Enxaguante Bucal
Sim 2,48 0,790 2,00 1-4
1,00-1,25 p=0,390 Não 2,71 0,488 3,00 2-3
Teste de Man-Whitney
Com relação à profundidade de sondagem periodontal (PS) não foi possível
correlaciona-lo com nenhum hábito ou grau de higiene oral, em função desse parâmetro não
ter sido avaliado em todos os pacientes da amostra.
A avaliação da PS só foi realizada em 3 pacientes da amostra, os quais apresentaram
um diagnóstico sugestivo de periodontite.
25
DISCUSSÃO
No presente estudo, ao se investigar os prontuários clínicos de 30 pacientes
reabilitados com próteses unitárias implantossuportadas, verificou-se que 25 (83,33 %) desses
pacientes apresentavam boa higiene oral, exibindo baixos Índices de Placa (≤ 1) e apenas 5
(16,7 %) higiene oral deficiente, com Índices de Placa (IP) variáveis de 1 a 3, indicando assim
que quanto maior o índice de placa, pior o grau de higiene oral. Resultado semelhante foi
observado com relação ao Índice de Placa modificado (IPm), onde 22 dos 25 pacientes com
bom grau de higiene bucal exibiram IPm igual a 0. Todavia, 4 (quatro) dos 5 (cinco) pacientes
com grau de higiene oral deficiente exibiram esse mesmo IPm, o que sugere que pelo menos
ao redor dos implantes a higiene foi adequada nesses pacientes. Considerando que tanto as
doenças periodontais quanto as peri-implantares são biofilme dependentes (CARRANZA et
al., 2016), é possível afirmar que quanto maiores forem o IP do indivíduo e o IPm, maior será
a probabilidade de desenvolvimento dessas doenças, não sendo, portanto, aguardada a
ocorrência de tais patologias nos pacientes do atual estudo em função dos reduzidos valores
de IP e IPm apresentados.
Quanto à relação entre o grau de higiene oral dos pacientes e o tempo de instalação da
carga, o estudo em questão apontou que quanto maior o tempo de carga, menor o número de
pacientes com boa higiene oral. No primeiro intervalo (0-3 meses), 16 pacientes (53,3 %)
apresentaram boa higiene oral; no segundo intervalo (+3-6 meses), 7 (sete) pacientes (28%);
no terceiro intervalo (+6-12 meses) nenhum paciente apresentou boa higiene oral; e no último
intervalo (+ 12 meses), apenas 2 (dois) pacientes exibiram boa higiene oral, revelando que
ocorre um descuido natural e gradativo, ao longo do tempo, no que diz respeito à qualidade de
higiene oral. Esses resultados sugerem que apenas no início do tratamento, até pouco tempo
depois da instalação da carga, é que os pacientes encontram-se estimulados e motivados à
realização de uma adequada higiene oral, seguindo todas as recomendações determinadas pelo
profissional. Por tal razão é que a literatura insiste na importância de visitas periódicas aos
profissionais para a realização das terapias de manutenção, principalmente em pacientes com
higiene oral deficiente.
No tocante à relação entre a frequência de escovação dentária e os índices avaliados
(IP, IPm e IS e ISm), o presente estudo revelou resultados incoerentes e divergentes da
literatura, apontando que uma maior quantidade de escovações dentárias não promoveu a
redução desse índices, o que sugere falha na técnica de escovação dentária, comprometendo a
qualidade da mesma e, por conseguinte, os parâmetros clínicos investigados; ou
incompatibilidade entre os relatos dos pacientes e a realidade dos fatos. Essa mesma
justificativa poderia ser utilizada para explicar a ausência de relação entre os relatos de uso do
fio dental e de enxaguantes bucais e a melhoria dos parâmetros clínicos do estudo. Ou seja,
considerando que o fio dental constitui um fator importante para a manutenção da higiene oral
(FEJERSKOV et al., 2013) e os enxaguantes bucais agentes químicos utilizados como
coadjuvantes no controle do biofilme dentário, ambos controlando o sangramento dos tecidos
gengivais e peri-implantares, e que 25 dos 30 pacientes desta pesquisa relataram o uso
frequente de fio dental e 23 de enxaguantes bucais, era de se esperar como resultado da
26
mesma que pelo menos um dos índices avaliados apresentasse um valor reduzido, o que não
foi observado.
Nenhuma relação foi também verificada entre a profundidade de sondagem peri-
implantar e os hábitos e grau de higiene oral coletados no atual estudo. Considerando que as
profundidades de sondagem superiores a 4 mm, em região próxima ao implante, ainda são
consideradas normais, em função do posicionamento do mesmo (LINDHE et al., 2011), não
indicando, portanto, nenhum sinal de doença e que as médias das profundidade de sondagem
peri-implantar deste experimento não atingiram nem mesmo 3mm, sugerindo com isso saúde
peri-implantar, uma associação positiva entre tal parâmetro e os hábitos e grau de higiene oral
poderia ter sido encontrada diante de uma amostra de maior tamanho.
Com relação à profundidade de sondagem (PS), também não foi possível correlacioná-
la com nenhum hábito ou grau de higiene oral observado nesta pesquisa, em função,
principalmente, desse parâmetro não ter sido investigado em todos os pacientes da amostra. A
avaliação da PS somente foi realizada em 3 (três) pacientes do presente estudo, uma vez que
somente esses apresentavam diagnóstico sugestivo de periodontite, indicando assim a
necessidade de uma avaliação mais detalhada.
No que diz respeito às limitações do estudo em questão, é possível destacar o pequeno
tamanho da amostra, a falta de uma avaliação contínua dos pacientes e a ausência de análise
radiográfica para auxiliar na conclusão do diagnóstico tanto da condição periodontal quanto
da condição peri-implantar.
27
CONCLUSÕES
Com base nos resultados obtidos podemos destacar que:
O Índice de Placa (IP) e o tempo de instalação da carga se relacionam, sendo então
verificado um menor valor de IP em um menor de tempo de carga;
A frequência de escovação dentária não está relacionada com a diminuição do Índice
de Placa (IP) dos implantes e do Índice de Sangramento dos mesmos;
O uso do fio dental é fundamental para a manutenção da higiene oral, porém não
promove melhoria nos parâmetros clínicos observados no estudo;
O uso ou não uso de enxaguantes bucais é indiferente no que diz respeito à melhoria
dos parâmetros clínicos apontados no estudo;
A profundidade de sondagem peri-implantar não está relacionada com os hábitos de
higiene oral e grau de higiene oral.
28
REFERÊNCIAS
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Araçatuba, v.33, n.1, p. 32-36, 2012.
BARBIERI, C. H.; RAPOPORT, A. Avaliação da qualidade de vida dos pacientes
reabilitados com próteses implanto-muco-suportadas versus próteses totais convencionais.
Rev. Bras. Cir. Cabeça Pescoço, v. 38, n. 2, p. 84-87, 2009.
CARRANZA, F. A. et al. Periodontia clínica. 12. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2016.
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doença periodontal e higiene oral: estudo transversal com 916 implantes, com pelo menos um
ano em função. ImplantNews, v. 11, n. 3, p. 331-336, 2014.
FEJERSKOV, O. et al. Cárie dentária: a doença e seu tratamento clínico. 2. ed. São Paulo:
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Ilapeo, v. 6, n. 3, 2012.
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Janeiro: Guanabara Koogan, 2011.
MISCH, C. E. Implantes dentais contemporâneos. 3. ed. São Paulo: Elsevier: 2009.
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PEREIRA, A. C. et al. Odontologia em saúde coletiva: planejando ações e promovendo
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29
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Orthod., v. 64, n. 3, p. 163-164, 1994.
30
APÊNDICE A – FICHA CLÍNICA
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
DEPARTAMENTO DE ODONTOLOGIA
FICHA CLÍNICA
Exame inicial:__/__/__
HISTÓRIA DENTÁRIA E PERIODONTAL
Apresenta sangramento gengival? ( )Sim ( )Não ( )Espontâneo ( )Provocado
Submeteu-se alguma vez a tratamento periodontal? ( ) Sim ( ) Não
Há quanto tempo? ( ) – 6 meses ( ) 6 – 1 ano ( ) + 1 ano
Já apresentou algum abscesso? ( )Sim Qual?_________ Em qual dente?__________
( )Não
Seus dentes doem? ( )Sim ( )Não
Apresenta mobilidade nos dentes? ( ) Sim ( ) Não
Há quanto tempo perdeu os dentes? ( ) - 6 meses _____________
Por qual motivo? ( ) cárie ( ) doença periodontal ( ) trauma
HÁBITOS DE HIGIENE BUCAL
Quantas vezes escova os dentes ao dia? ( ) 1 ( ) 2 ( ) 3 vezes ou +
Faz uso de fio dental? ( ) Sim ( ) diariamente ( ) esporadicamente
( ) Não
Faz uso de alguma solução para bochecho?
( ) Sim ( ) diariamente ( ) esporadicamente
( ) Não
Fumante ou ex-fumante? ( )Sim _______ ( )Não
Consome bebida alcoólica? ( )Sim ( )Não
ASPECTO PERIODONTAL
Diagnóstico Periodontal
( ) periodonto saudável ( ) gengivite crônica
( ) periodontite crônica ( ) periodontite agressiva
IDENTIFICAÇÃO DO PACIENTE
Nome:
Data de nascimento: Sexo: ( )M ( )F Profissão:
Grau de escolaridade:
Renda familiar: ( ) até 1 salário ( ) 1 - 2 salários ( ) 3 – 5 salários ( ) acima de 5 salários
Endereço do trabalho: Tel:
Endereço Residencial: Tel:
Bairro: Cidade/UF: CEP:
Naturalidade: Nacionalidade: Cel:
31
AVALIAÇÃO DO TRATAMENTO
_____ avaliação após _________ da instalação da prótese
( ) provisória ( ) definitiva
Data: ___/___/__
AVALIAÇÃO CLÍNICA
ÍNDICE DE PLACA (IP) DE SILNESS E LÖE (inicial) ___/___/___
Quadro 1. Escores e critérios para o Índice de placa de Silness e Löe (1964)
Escores Critérios
0 Ausência de placa bacteriana (biofilme dental).
1 Camada fina de placa (biofilme) aderida à gengiva marginal e adjacente à sup
erfície dentária, não visível a olho nu. Para a sua visualização utiliza-se a son
da periodontal.
2 Moderado acúmulo de placa (biofilme) ao longo da gengiva marginal e na su
perfície dentária, visível ao olho nu.
3 Abundante acúmulo de placa (biofilme) ao longo da gengiva marginal, no de
nte e no espaço interdental, visível ao olho nu.
Fonte: Silness e Löe (1964)
Diagrama do Índice de placa (IP) de Silness e Löe (1964)
Faces 1
8
17 16 15 14 13 12 11 21 22 23 24 25 26 27 28
V
P
M
D
IPD
Faces 4
8
47 46 45 44 43 42 41 31 32 33 34 35 36 37 38
V
L
M
D
IPD
Atribuir escores a cada face, fazer a média de cada dente e a média do indivíduo.
O resultado final deve ser sempre um número entre 0 e 3 .
IP do indivíduo= ________
ÍNDICE DE PLACA MODIFICADO (IPM) DE MOMBELLI ET AL. (1987) (inicial) ___/___/___
Quadro 2. Escores e critérios para o Índice de placa modificado (IPm) de Mombelli et al. (198
7)
Escores Critérios
0 Ausência de biofilme
1 Reconhecimento do biofilme apenas deslizando a sonda sobre a superfície do
implante.
2 Presença de biofilme visível na superfície marginal e adjacente ao implante.
32
3 Presença abundante de acúmulo de biofilme ao longo da superfície do implan
te, visível ao olho nu.
Fonte: Mombelli et al. (1987).
Diagrama do Índice de placa modificado (IPm) de Mombelli et al. (1987)
Faces 18 17 16 15 14 13 12 11 21 22 23 24 25 26 27 28
V
P
M
D
IPIm
Faces 48 47 46 45 44 43 42 41 31 32 33 34 35 36 37 38
V
L
M
D
IPIm
O registro do índice de placa do indivíduo (IPI) será obtido somando-se os valores dos índices
de placa por dente (IPD) com os valores dos índices de placa por implante (IPIm) e dividindo-
se pelo número total de dentes e implantes examinados. O resultado final deve ser sempre um
número entre 0 e 3.
IP do indivíduo= ________
ÍNDICE DE SANGRAMENTO GENGIVAL (inicial) ___/___/___
Faces 18 17 16 15 14 13 12 11 21 22 23 24 25 26 27 28
V
P
Faces 48 47 46 45 44 43 42 41 31 32 33 34 35 36 37 38
V
L
Fonte: Ainamo e Bay(1975)
ISG=Número de faces sangrantes X 100 / número de dentes X 4
ISG= ________________
ÍNDICE DE SANGRAMENTO MODIFICADO (ISm) DE MOMBELLI ET AL
(1987)
Fonte: Mombelli et al (1987)
Diagrama do o Índice de sangramento modificado (ISm) de Mombelli et al (1987).
Quadro 3. Escores e critérios para o Índice de sangramento modificado (ISm) de Mombelli
et al (1987).
Escore Critérios
0 Ausência de sangramento quando a sonda periodontal é passada ao longo da
mucosa marginal
1 Presença de pontos de sangramento isolados.
2 Presença de uma linha contínua formada por sangue sobre a margem do tecido
peri-implantar.
3 Presença de sangramento intenso e profuso.
33
Sítio do
implante
Escore Diagnóstico Sugestivo
Mucosa peri-
implantar
saudável
Mucosite peri-
implantar leve
Mucosite peri-
implantar
moderada
Mucosite peri-
implantar
intensa
ISm: ____________________
PSR (Periodontal Screening and Recording) ___/___/___
S1 S2 S3
S6 S5 S4
Número de sextantes com valores 1 ou 2: ____
Número de sextantes com valores 3 ou 4: ____
Gengivite: ( ) Sadio: ( ) Sugestivo de periodontite: ( )
34
APÊNDICE B – TERMO DE CONSCENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
35
36
37
ANEXO - A
NORMAS DA REVISTA CIÊNCIA PLURAL
Artigos Originais
São relatos de trabalho original, aqueles que incluem estudos observacionais, estudos
experimentais ou quase-experimentais, avaliação de programas, análises de custo-efetividade,
análises de decisão e estudos sobre avaliação de desempenho de testes diagnósticos para
triagem populacional, destinados à divulgação de resultados de pesquisas inéditas de temas
relevantes para a área pesquisada, apresentados com estrutura constituída de Introdução,
Revisão ou Referencial Teórico, Metodologia, Resultados, Discussão e Conclusão, embora
outros formatos possam ser aceitos (Máximo de 5.000 palavras, excluindo resumo,
referências, tabelas e figuras. Máximo de referências: 25).
Informações complementares:
• As tabelas e figuras, limitadas a 5 no conjunto, devem incluir apenas os dados
imprescindíveis, evitando-se tabelas muito longas. As figuras não devem repetir dados já
descritos nas tabelas.
• As referências, limitadas em 25, devem incluir apenas aquelas estritamente pertinentes
e relevantes à problemática abordada. Deve-se evitar a inclusão de número excessivo de
referências numa mesma citação. Citações de documentos não publicados e não indexados na
literatura científica devem ser evitadas.
Os resumos devem ser apresentados no formato estruturado, com no mínimo 150 e no
máximo 300 palavras, contendo os itens: Introdução, Objetivo, Métodos, Resultados e
Conclusões destacados em negrito no texto do Resumo e seus correspondentes no Abstract.
Excetuam-se os ensaios teóricos e os artigos sobre metodologia e técnicas usadas em
pesquisas, cujos resumos são no formato narrativo, que, neste caso, terão limite de 150
palavras.
A Introdução deve ser curta, definindo o problema estudado, sintetizando sua
importância e destacando as lacunas do conhecimento que serão abordadas no artigo. A seção
Métodos deve incluir as fontes de dados, a população estudada, amostragem, critérios de
seleção, procedimentos analíticos, dentre outros, os quais devem ser descritos de forma
compreensiva e completa, mas sem prolixidade. A seção de Resultados e discussão deve
38
descrever os resultados encontrados incluindo interpretações/comparações. O texto deve
complementar e não repetir o que está descrito em tabelas e figuras. A Discussão deve incluir
também a apreciação dos autores sobre as limitações do estudo, a comparação dos achados
com a literatura, a interpretação dos autores sobre os resultados obtidos e suas principais
implicações e a eventual indicação de caminhos para novas pesquisas. As Conclusões devem
conter a síntese dos resultados sem, entretanto repeti-los. Podem ser apontadas em tópicos ou
escritas de forma cursiva.
Autoria
O conceito de autoria está baseado na contribuição substancial de cada uma das
pessoas listadas como autores, no que se refere, sobretudo à concepção do projeto de
pesquisa, análise e interpretação dos dados, redação e revisão crítica. A contribuição de cada
um dos autores deve ser explicitada em declaração para esta finalidade (ver modelo). Não se
justifica a inclusão de nome de autores cuja contribuição não se enquadre nos critérios acima.
A indicação dos nomes dos autores logo abaixo do título do artigo é limitada a 12. As
credenciais e titulação de cada autor devem vir seguidamente ao nome. Por exemplo:
Paulo Ricardo Guimarães Chaves- Pesquisador do Programa de Pós Graduação em
Saúde Coletiva da Universidade Federal do Rio Grande do Norte-UFRN. Pós doutor em
Antropologia pela Universidade de Coimbra-Portugal. E-mail: [email protected]
Os manuscritos publicados são de propriedade da Revista, vedada à reprodução,
mesmo que parcial, em outros periódicos. Resumos ou resenhas de artigos publicados poderão
ser divulgados em outros periódicos com a indicação delinks para o texto completo, sob
consulta à Editoria da Revista Ciência Plural.
PREPARO DOS MANUSCRITOS
Descritores - Devem ser indicados entre 3 e 10, extraídos do vocabulário "Descritores
em Ciências da Saúde" (DeCS), quando acompanharem os resumos em português, e do
Medical Subject Headings (MeSH), para os resumos em inglês.
Formatação do texto
O texto como um todo deverá estar em fonte Arial tamanho 12, com margens 2,5cm
(superior, inferior, direita, esquerda) e espaço entre linhas 1,5cm. Quando existirem
39
ilustrações (sejam tabelas, gráficos ou figuras), estas deverão ser inseridas dentro e ao longo
do próprio texto, no local pertinente.
Agradecimentos - Devem ser mencionados nomes de pessoas que prestaram
colaboração intelectual ao trabalho, desde que não preencham os requisitos para participar da
autoria. Também podem constar desta parte agradecimentos a instituições quanto ao apoio
financeiro ou logístico.
REFERÊNCIAS
As referências devem ser numeradas de forma consecutiva segundo a ordem em que
forem sendo citadas no texto e normalizadas de acordo com o estilo Vancouver. Os títulos de
periódicos devem ser referidos de forma abreviada, conforme o Index Medicus. No caso de
publicações com até 6 autores, citam-se todos; acima de 6, citam-se os seis primeiros,
seguidos da expressão latina "et al".