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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE ... · VANUSA MARIA DA SILVA BULLYING NA SALA...

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE EDUCAÇÃO CURSO DE PEDAGOGIA BULLYING NA SALA DE AULA E O PAPEL DO PROFESSOR NO ENSINO FUNDAMENTAL VANUSA MARIA DA SILVA CAICÓ-RN 2016
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE EDUCAÇÃO

CURSO DE PEDAGOGIA

BULLYING NA SALA DE AULA E O PAPEL DO PROFESSOR NO ENSINO

FUNDAMENTAL

VANUSA MARIA DA SILVA

CAICÓ-RN

2016

VANUSA MARIA DA SILVA

BULLYING NA SALA DE AULA E O PAPEL DO PROFESSOR NO ENSINO

FUNDAMENTAL

Artigo Científico apresentado ao Curso de

Pedagogia, na modalidade a distância, do

Centro de Educação, da Universidade Federal

do Rio Grande do Norte, como requisito

parcial para obtenção do título de Licenciatura

em Pedagogia, sob a orientação da professora

Dda. Ivone Braga Albino.

CAICÓ-RN

2016

BULLYING NA SALA DE AULA E O PAPEL DO PROFESSOR NO ENSINO

FUNDAMENTAL

Por

VANUSA MARIA DA SILVA

Artigo Científico apresentado ao Curso de

Pedagogia, na modalidade a distância, do

Centro de Educação, da Universidade Federal

do Rio Grande do Norte, como requisito

parcial para obtenção do título de Licenciatura

em Pedagogia.

BANCA EXAMINADORA

____________________________________________________

Profa. Dda. Ivone Braga Albino (Orientadora)

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

_____________________________________________________

Prof. Ms. Severino Ramos dos Santos Maia

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

______________________________________________________

Profa. Ms. Gerlanne da Cunha Tavares

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

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BULLYING NA SALA DE AULA E O PAPEL DO PROFESSOR NO ENSINO

FUNDAMENTAL

Resumo

Este artigo promove uma reflexão acerca do fenômeno bullying na sala de aula numa

perspectiva de prevenção e pacificação da violência escolar. Objetiva, pois, tratar sobre uma

pesquisa bibliográfica acerca do papel do professor do Ensino Fundamental diante do bullying

em sala de aula procurando estratégias que combatam a recorrência desse fenômeno nas

escolas. Diante disso, busca abordar medidas de prevenção do bullying em sala de aula

destacando o professor que tem um importante papel frente a esse fenômeno, pois o mesmo é

quem lida diretamente com os riscos de agressões realizadas em sala de aula dos mais

variados tipos. Percebe-se que este profissional da educação é um dos protagonistas

fundamentais que pode utilizar-se da prevenção, no entanto, ele deve estar capacitado para

saber lidar e contornar a situação até onde lhe compete. O professor de sala de aula, portanto,

é um dos primeiros a ter atitudes de prevenção e possíveis soluções em conjunto com a escola,

família e sociedade. Utilizando-se de uma exploração bibliográfica a pesquisa mergulhou nos

trabalhos de pesquisadores (Pinto; Branco, 2001, Constantini, 2004, Ramos, 2016, Fante,

2005, Silva, 2002, dentre outros, diante da importância de desenvolver o tema e atingir o seu

objetivo. Nesses termos, a referida pesquisa é de grande importância na área da educação,

principalmente na atuação e no papel do professor como pacificador do fenômeno bullying no

nível de Ensino Fundamental. Vale acrescentar que a pesquisa foi positiva, pois, além de

resultar na escrita desse artigo, propõe reflexões sobre o modo pelo qual família, escola e

sociedade podem chegar a algumas alternativas que promovam a conscientização dos alunos

frente aos riscos que a prática do fenômeno pode trazer para o ambiente escolar e para a vida

do aluno e seus pares em sociedade.

Palavras- chave: Bullying. Professor. Sala de Aula. Ensino Fundamental. Riscos.

BULLYING IN THE CLASSROOM AND THE TEACHER'S ROLE IN BASIC

EDUCATION

Abstract

This article promotes a reflection about the bullying phenomenon in the classroom with a

view preventing and pacification of school violence. Objective therefore treat on a

bibliographic research on the elementary school teacher's role in the face of bullying in the

classroom looking for strategies to combat the recurrence of this phenomenon in schools.

Thus, seeks to address bullying prevention measures in the classroom highlighting the teacher

that has an important role with this phenomenon, because it is those who deal directly with

the risk of attacks carried out in the classroom of all kinds. It is noticed that this professional

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education is one of the key players that can be used in prevention, however, it must be able to

know how to deal and overcome the situation as far as powers. The teacher of the classroom,

so it is one of the first to have attitudes of prevention and possible solutions together with

school, family and society. Using a bibliographical exploration research delved into the work

of researchers (Pinto; White, 2001 Constantini, 2004 Ramos, 2016 Fante, 2005 Silva, 2002,

among others, on the importance of developing the theme and achieve your goal. In these

terms, that research is of great importance in the field of education, especially in the acting

and the teacher's role as peacemaker bullying phenomenon in the elementary school level. It

is worth adding that the survey was positive, because in addition to result writing this article

proposes reflections on the way in which family, school and society can come up with some

alternatives that promote awareness among students of the risks that the practice of the

phenomenon can bring to the school environment and to the life of the student and his peers

in society.

Keywords: Bullying. Teacher. Classroom. Elementary School. Risks.

Introdução

O presente artigo trata de apresentar discussões acerca do Bullying em sala de aula,

focando o Ensino Fundamental, e tecer considerações sobre uma investigação realizada em

relação ao papel do professor diante de tal situação. Como, então, ele pode evitar os riscos que

o bullying causa na vida escolar? Sabe-se que em sala de aula, nas escolas da

contemporaneidade, principalmente no Ensino Fundamental, ainda é evidente tal fenômeno.

Tal investigação justifica-se, portanto, pela real necessidade de tratar sobre o conceito do

termo bullying, para oferecer subsídios na identificação de suas causas e conseqüências, e, ao

mesmo tempo identificar estratégias de prevenção dentro da sala de aula. Fatores estes que

não descartam a intervenção do professor em diversas situações de bullying.

Nesse momento, tomamos como situação problematizadora a seguinte questão: como

o professor ajuda/contribui na prevenção do bullying em sala de aula? Eles têm essa

preocupação? Sabe-se que causas e conseqüências do bullying trazem danos físicos e

psicológicos (PINTO; BRANCO, 2011) aos alunos vitimados levando-os à evasão e baixa

autoestima. Além disso, os professores utilizam poucas estratégias para a prevenção do

bullying em sala de aula. Outra hipótese que norteia esse trabalho é a de que o papel desse

profissional de ensino e suas ações teórico-metodológicas são relevantes para a

conscientização dos prejuízos causados à pessoa humana pelo fenômeno bullying.

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Diante de tal relevância do que se desejava investigar optou-se por realizar uma

exploração bibliográfica com base nos achados de Gil (2010) que vem esclarecer o que é uma

pesquisa bibliográfica. Segundo Gil (2010, p.29-31) “a pesquisa bibliográfica é elaborada

com base em material já publicado. Tradicionalmente, esta modalidade de pesquisa inclui

material impresso como livros, revistas, jornais, teses, dissertações e anais de eventos

científicos”. As contribuições de Minayo (2009) também podem nos ajudar no sentido de

perceber que o problema a ser investigado às vezes parece ser tarefa difícil, mas o importante

é que ele é a razão para os esforços de pesquisa contra algo que ocorre na sociedade e que

pode ser “mudado” (grifo da autora), quando a palavra de ordem é contribuir em algum

sentido. Assim nos diz Minayo (2009, p.39),

A definição do problema ou objeto de pesquisa às vezes é tarefa difícil, mas

também é a razão da existência de um projeto. A construção de um objeto de

estudo científico constitui um verdadeiro exercício contra a ideia de que as

coisas estão dadas na realidade e basta apenas estar atento ao que acontece

no cotidiano.

Diante disso, espera-se, portanto, discutir o conceito de bullying, identificando causas

e consequências e estratégias de prevenção que podem ser utilizadas em sala de aula, tendo

como referencial a relevância do papel do professor nesse processo que atinge as

individualidades e diferenças na diversidade encontrada na sala de aula.

Entendendo-se que desde muito cedo, crianças e adolescentes são expostos de forma

explícita ou implícita a situações nas quais o competir é considerado a melhor forma do

sujeito se constituir como pessoa e atingir seus objetivos (PINTO; BRANCO, 2011), na tão

discutida competição e individualismo, o professor tem como tarefa primordial em casos de

bullying em sala de aula de ser o pacificador, onde deve contornar o problema contribuindo

para a prevenção. Sabe-se que a prática do bullying em sala de aula traz danos físicos, morais

e psicológicos que podem durar para a vida inteira. Levando em consideração esses fatos

quem sofre bullying muitas vezes não consegue se recuperar, visto que chega a provocar no

ser humano evasão escolar, baixa autoestima e até mesmo a criminalidade. Segundo

Constantini (2004, p. 69) o bullying não é a representação de apenas alguns conflitos, mas:

Verdadeiros atos de intimidação preconcebidos, ameaças, que,

sistematicamente, com violência física e psicológica, são repetidamente

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impostos a indivíduos particularmente mais vulneráveis e incapazes de se

defenderem, o que leva no mais das vezes a uma condição de sujeição,

sofrimento psicológico, isolamento e marginalização.

Diante disso, o quadro de violência apresenta-se, de tal modo, muito enfatizada no dia

a dia das pessoas, ao ponto de ser vista pela sociedade como algo que já é natural, que pode

ser aceitável ou que não pode ser mudado, gerando falta de questionamentos mediante a

presença dela (Ramos, 2016).

Então, é relevante que o professor saiba lidar com tal problema presente na sala de

aula buscando a prevenção e possíveis estratégias para reverter à situação do bullying,

fenômeno do qual existe na contemporaneidade. Por tanto, essas considerações iniciais

justificam a escolha da temática, pois acontece na atualidade, dentro das salas de aulas do

Ensino Fundamental (não desconsiderando os outros níveis de ensino) que, ao mesmo tempo,

de acordo com pesquisas está cada vez mais se agravando e levando à criminalidade nas

escolas (PINTO; BRANCO, 2011, FANTE, 2005, 2011, RAMOS, 2016, SILVA, 2010,

BRASIL, 1998, MARCHESI, 2006, ROYER, 2002).

Revendo sobre bullying: história e conceituação

As brincadeiras que surgem em sala de aula às vezes parecem comuns, mas muitas não

são. Para muitos alunos são provocações, para outros, é muito mais do que isto,

principalmente se forem realizadas constantemente. Diante disso, percebe-se que na dinâmica

escolar situações como enxotas, ridicularização, agressões verbais e físicas são sucessivas

ocasionando motivos de repressão total por parte do aluno de quem passa por isto. Para Fante

(2005, p. 16):

Na maioria das vezes as vítimas sofrem caladas por vergonha de se exporem

ou por medo de represálias dos seus agressores, tornando-se reféns de

emoções traumáticas e destrutivas, como medo, insegurança, raiva,

pensamentos de vingança e de suicídio, além de fobias sociais e outras

reações que impedem seu bom desenvolvimento escolar.

Percebe-se, pois, que diante de tal violência à pessoa humana muitas das pessoas que

passam por isso, as vítimas, acabam usando o silêncio não preferindo reivindicar o devido

respeito, sofrendo, assim, a ação do bullying dentro de si. Nesse sentido, sem que ninguém

perceba, o sentimento de repressão vai crescendo, gradativamente, à medida que aumentam as

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agressões sofridas, deixando a personalidade das pessoas muito fragilizada. No ambiente

escolar Silva (2010, p. 81), afirma que:

Quando um jovem com essa personalidade sofre bullying e não recebe o

apoio familiar, escolar ou o incentivo para desenvolver seus talentos numa

ação conjunta para salvaguardar a sua auto-estima e despertar o seu poder de

resiliência, dificilmente conseguirá acionar mecanismo de defesa positivos

que o levem à superação dos obstáculos.

O bullying acontece em vários momentos do ambiente escolar, seja dentro da sala de

aula, no intervalo de uma aula para outra, ou nos quinze minutos de recreação. Geralmente só

consegue-se identificar aqueles bullying com agressões físicas, os demais passam

despercebidos (ou parecem) pela equipe pedagógica escolar. Para Silva (2010, p. 47-48),

Identificar os alunos que são vítimas, agressores ou espectadores é de suma

importância para que as escolas e as famílias dos envolvidos possam

elaborar estratégias e traçar ações efetivas contra o bullying. Cada

personagem dessa trama apresenta um comportamento típico, tanto na escola

como em seus lares.

Logo, a identificação de quem pratica o bullying é muito importante, pois, depois de

conhecer o praticante, pode-se desenvolver um trabalho de conscientização, incluindo-se a

outra parte. Para Fante (2005, p. 28-29), o conceito de bullying traz em sua expressão todos

esses sentidos:

[...] por definição universal, bullying é um conjunto de atitudes agressivas,

intencionais e repetitivas que ocorrem sem motivação evidente, adotado por

um ou mais alunos contra outro(s), causando dor, angústia e sofrimento.

Insultos, intimidações, apelidos cruéis, gozações que magoam

profundamente, acusações injustas, atuação de grupos que hostilizam,

ridicularizam e infernizam a vida de outros alunos levando-os à exclusão,

além de danos físicos, morais e materiais, são algumas das manifestações do

comportamento bullying.

De acordo com a Associação Brasileira Multifuncional de Proteção a Infância e a

Adolescência (ABRAPIA) o bullying é um fenômeno que vem devastando o ambiente

escolar. A palavra “Bullying” é de origem inglesa, onde ao passar dos anos com problemas de

violências nas escolas, foram adotada por diversos países incluindo o Brasil. Conforme Fante

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(2011, p. 28), no Brasil “a palavra Bullying ou bully é traduzido como valentão, tirano, e

como verbo, brutalizar, amedrontar.”

Entretanto, o significado de “Bullying” não é recente. Os primeiros estudos de

comportamentos agressivos foram realizados na Suécia na década de 70, disseminando por

outros países da Europa. Na Noruega o bullying onde durante muitos anos, foi motivo de

preocupação nos meios de comunicação e entre professores e pais, porém, sem que as

autoridades se incomodassem (FANTE, 2011).

No ano de 1983, aconteceu no norte do país uma tragédia que essa realidade: três

crianças, com idades entre 10 e 14 anos, se suicidaram com toda a possibilidade de serem

vítimas da ação bullying, chocando assim todo o país e ao mesmo tempo desencadeando

campanhas contra as violências e as agressões escolares. O primeiro pesquisador foi um

norueguês, Dan Olweus, que também criou os primeiros critérios de classificação do

problema. Segundo Silva (2010, p.112):

As pesquisas dele deram origem a programa e intervenção antibullying, que

teve como tônica os seguintes objetivos: aumentar a conscientização sobre o

problema para desfazer mitos e ideias erradas sobre o bullying, promover

apoio e proteção ás vítimas contra esse tipo de violência escolar.

No decorrer dos anos, o quadro de violências, agressões e tragédias percorreu o mundo

todo, principalmente nas escolas, pois as maiorias das vítimas são alunos. Diante disso, para

melhor identificar a ação do bullying existem classificações para cada tipo de agressão, com o

intuito de ajudar o profissional da educação a identificar os vários tipos de violências. Cléo

Fante (2005, p. 158 a 161) classifica como:

• Física: bater, empurrar, perseguir, amedrontar, • Verbal: insultar, ofender,

falar mal, colocar apelidos pejorativos. • Material: roubar, extorquir ou

destruir os pertences da vítima. • Psicológica e moral: humilhar, excluir,

chantagear, intimidar, difamar. • Sexual: abusar, violentar, assediar, insinuar

• Virtual ou Ciberbullying: É a divulgação e/ou realização de agressões por

meio de ferramentas tecnológicas. (celulares, filmadoras, redes sociais da

internet, sites de vídeos, etc).

Quando trata de bullying, portanto, ele é praticado se enquadrando em algumas dessas

classificações das quais foram teoricamente mencionadas. Os estudos, porém, constatam que,

para cada vítima, é praticado um tipo ou tipos de agressão diferenciados, em que, muitas

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vezes, não são percebidos e quem sofre a ação mantém o anonimato muitas vezes por medo

de seu agressor.

Para que aconteça o bullying, além das suas classificações, também faz parte desse

cenário os personagens: a vítima típica, que é o indivíduo pouco sociável e sofre

frequentemente as agressões, a vítima provocadora, que é aquela que provoca e atrai reações

agressivas, a vítima agressora, que é a que produz os maus-tratos sofridos, agressor, que é o

vitimiza os mais fracos, e, o espectador, que é o aluno que presencia o bullying, mas não sofre

e nem o pratica (FANTE, 2011).

Estratégias de prevenção do bullying em sala de aula

A primeira estratégia a ser iniciada em sala de aula é identificar a ação do bullying, os

personagens envolvidos e enquadrá-los, de acordo com as classificações, o que não é fácil

para o professor ou os profissionais de educação. Conforme Fante (2011, p. 48):

Na maioria das vezes, entretanto, os professores ou outros profissionais da

escola não percebem a agitação ou não se encontram presentes no local

quando acontecem os ataques À vítima; assim, os próprios alunos ficam

entregues a si mesmos para resolver seus conflitos.

Levando em consideração que, a maioria dos casos de bullying acontece nas escolas e,

primordialmente, na sala de aula, o professor deve está atento para identificá-los e buscar

solucionar os problemas existentes, visto que, ele é o profissional mais presente no processo

de ensino-aprendizagem, além de toda a equipe escolar na formação da personalidade do

indivíduo. Diante dessa consideração acerca dos profissionais que estão na escola é preciso

que todos tenham consciência da importância de seus papeis. A todos, portanto, cabe endossar

ambientes de respeito mútuo. Aos educadores que estão atuando nas escolas e aos que estão

se preparando para chegar às salas de aulas é pertinente compreender da importância que têm

de formar no alunado o exercício do diálogo, do respeito aos colegas, para que não briguem e

não pratiquem ofensas a uns e aos outros. Fazer com que os alunos entendam a importância de

se respeitar e respeitar o outro faz parte da consciência de ser professor, assim é bem

sinalizado por Pavan (2007).

Desse modo, percebe-se claramente que o professor é um dos agentes fundamentais

para a identificação e prevenção do bullying, pois o mesmo é quem passa mais tendo com o

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alunado dentro dos ambientes das salas de aulas, tendo possibilidades de observar

comportamentos de rejeição, agressão e violência. É ele que mais vivencia as relações

interpessoais, sobretudo, quem desenvolve suas atividades no Ensino Fundamental (EF),

principalmente nas séries iniciais (1º ao 5º anos), pois, quase sempre os alunos passam as

horas de aulas com um professor, o horário do intervalo de aulas é pequeno, e, é no EF que se

encontram os alunos pré-adolescentes, estes que, nessa fase humana, apresentam-se

agressivos.

Guimarães; Pasian (2006, p. 90) afirmam que o comportamento agressivo tem sido

estudado por vários autores (Casullo, 1998, Chiapetti, 2001, Werner; Nixon, 2005, Barnow;

Lucht; Freyberger, 2005) como um comportamento de risco. Segundo Kaplan; Sadock; Grebb

(1997):

O comportamento agressivo estaria relacionado a conflitos despertados pelo

ambiente interpessoal, que, associados ou não a um comprometimento

orgânico ou neurológico, agem de forma a fortalecer os impulsos

agressivos.Tais impulsos, quando não regulados devido a uma baixa

capacidade de autocontrole (fragilidade intrapsíquica), podem dar

origem a comportamentos de risco psicossocial, sobretudo com

manifestações de violência (apud GUIMARÃES; PASIAN, 2006, p. 90).

Por essas e outras razões os professores lidam com alunos que podem estar nessas e

em outras condições psicossociais e afetivas. Ele também tem total autonomia de realizar

observações em comportamentos estereotipados, traçar estratégias de resolver e prevenir a

ação do bullying. Mas, vale salientar que nem todos procuram se envolver com esse tipo de

situação que pode ocorrer na dinâmica escolar, e nem fazem campanhas de conscientização e

prevenção, assim como os gestores escolares, pois muitos não gostam de demostrar problemas

existentes na escola. É observado por Silva (2010) que:

Se a maioria das agressões ocorre no território escolar, especialmente nas

salas de aula, os professores e as demais autoridades da instituição

educacional estão falhando na identificação do problema. Isso pode ocorrer

por desconhecimento ou por negação do fenômeno (p.116).

Ainda, ressaltando essa questão Silva (2010) afirma que a atitude de prevenção deixa

de acontecer quando o corpo docente de uma escola finge ou nega o fenômeno do bullying

dentro do ambiente. À escola não cabe à omissão de acontecimentos que perturbam o

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aprendizado dos alunos. A escola, portanto, tem o papel de prepara os alunos para a vida em

sociedade, que exige respeito mútuo. Em suas medidas de formação de alunos é preciso, pois,

que admita que existam casos de bullying e busque formas de prevenção, visto que, quando se

tem a consciência que determinados problemas existes, parte-se para a prevenção, com o

intuito de solucioná-los, promovendo o diálogo e a confiança entre jovens e adultos, estando,

pois, “consciente das conseqüências advindas dos tipos de comportamentos” (FANTE, 2011,

p.91).

Não adianta querer promover a cidadania sem a aceitação de que o bullying é um

fenômeno que ocorre, com maior ou menor incidência em todas as escolas do mundo inteiro,

independentemente de suas características culturais, econômicas e sociais dos alunos que a

mesma tem, e que deve ser encarada como fonte geradora de inúmeras outras formas de

violências. A escola de hoje não é só se permitir de avaliar o bom desempenho dos estudantes

pelas notas dos testes e cumprimento das tarefas, pois não é suficiente, mas observar

comportamentos ou atitudes suspeitas do fenômeno bullying. Lopes Neto (2005 p. 06) diz

que:

Perceber e monitorar as habilidades ou possíveis dificuldades que possam ter

os jovens em seu convívio social com os colegas passa a ser atitude

obrigatória daqueles que assumiram a responsabilidade pela educação, saúde

e segurança de seus alunos, pacientes e filhos.

Quando se assume a responsabilidade de ser profissional da educação seja em

ambiente escolar público ou privado deve-se trazer para si a responsabilidade da construção e

da formação de personalidades de jovens e crianças que apresentam, a cada ano,

problemáticas que, até um tempo atrás, não eram conhecidas pelos professores. Diante disso é

importante levar em consideração, nesse contexto atual em que jovens preferem dar mais

sentido a internet que o livro didático, que o alunado não é mais o de antigamente. Hoje a

escola deve atender a todos e muitas questões surgiram e precisam ser discutidas, dentre elas a

forma de prevenção do bullying na sala de aula. Como professor, será que este profissional

realiza ações para a prevenção do bullying? Está comprometido em educar para a paz diante

de uma sociedade com tantos desafios?

Foi visto, então, durante a pesquisa bibliográfica que não se trata apenas de identificar

o bullying em sala de aula, mas procurar tomar medidas de prevenção planejando sempre com

o intuito de dinamizar e esclarecer o assunto perante os alunos. Para Lopes Neto, “todos os

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programas anti-bullying devem ver as escolas como sistemas dinâmicos e complexos, não

podendo tratá-las de maneira uniforme. Em cada uma delas, as estratégias a serem

desenvolvidas devem considerar sempre as características sociais, econômicas e culturais de

sua população” (2005, p.06).

Tudo pode ser mais facilitado quando existem nas escolas programas e projetos anti-

bullying em desenvolvimento com o objetivo de mobilizar toda a comunidade escolar e

também a sociedade ao seu redor com a temática em questão. Para tanto, deve ser bem

elaborado atendendo às expectativas do ambiente escolar no qual o alunado está inserido.

Fante (2011, p.92) discorre que:

Dessa forma, sensibilizar e envolver toda a comunidade escolar na luta pela

redução do comportamento bullying torna-se tarefa imprescindível, uma vez

que o fenômeno é complexo e de difícil identificação, principalmente por

manifestar-se de maneira sutil e velada e por garantir sua propagação através

da imposição da lei do silêncio.

Diante dessa situação ressalta-se que na relação professor, aluno e escola nem tudo

que acontece de forma conflituosa tem o sentido de violência, visto que, mesmo quando

existem comportamentos agressivos estes podem ser oriundos de divergências de opiniões, ou

até mesmo de indisciplina na escola. Diante disso, é importante verificar se está realmente

ocorrendo bullying nas relações sociais ou interpessoais, e, se, realmente for, ter cautela para

não confundir, na situação de risco, quem é a vítima e quem é o agressor. Isso pode provocar

inúmeras conseqüências como gerar grandes traumas, e, dependendo da estrutura familiar e

psicológica do aluno, a não superação do ocorrido. Para Fante (2011, p. 89),

Muitas vítimas passam a ter baixo desempenho escolar, apresentam queda no

rendimento escolar, déficits de concentração, prejuízos no processo de

aprendizagem, resistem ou recusam-se a ir para a escola, trocam de colégios

com freqüência ou abandonam os estudos. No âmbito da saúde física e

emocional, a vítima acaba desenvolvendo uma severa depressão, estresse,

pânico, fobias, distúrbios psicossomáticos, podendo chegar a tentar ou

cometer o suicídio.

Boas estratégias, então, podem ser tomadas para evitar conseqüências desastrosas em

relação à bullying na vida das pessoas que compõem o ambiente escolar. Uma delas tem a ver

com medidas de prevenção pelas vias de implantação de projetos e programas anti-bullying.

14

Um bom começo é a capacitação dos profissionais de educação, pois, os mesmos são quem

lidam diretamente com os envolvidos no bullying. Fante (2011) ainda defende que a

capacitação tem o objetivo de formar os professores para que saibam identificar, discutir e

diagnosticar o fenômeno, bem como conhecer as respectivas estratégias de identificação e de

prevenção hoje disponíveis. O compromisso dos professores é destacado por Silva (2010, p.

168), quando contribui para essa questão afirmando que:

O professor deve possuir pleno conhecimento das suas atribuições, bem

como da competência de todos os profissionais da escola. Somente de posse

desse conhecimento ele será capaz de compreender por que e quando deverá

encaminhar um caso de violência entre alunos a outros profissionais e/ou

instituições.

Recentemente no Brasil foi sancionada a lei de nº 13.185 de 06 de Novembro de 2015,

que institui o Programa de Combate à Intimidação Sistemática (Bullying) em todo o território

nacional, considerando-se bullying:

Todo ato de violência física ou psicológica, intencional e repetitivo que

ocorre sem motivação evidente, praticado por indivíduo ou grupo, contra

uma ou mais pessoas, com o objetivo de intimidá-la ou agredi-la, causando

dor e angústia à vítima, em uma relação de desequilíbrio de poder entre as

partes envolvidas (BRASIL, 2015, § 1o , s/p).

É observado, portanto, que na legislação que trata sobre o fenômeno bullying,

estratégias de prevenção e de promoção à cidadania são realçadas para fazer entender que a

escola é um espaço para essas construções, de forma colaborativa.

I - prevenir e combater a prática da intimidação sistemática (bullying) em

toda a sociedade; II - capacitar docentes e equipes pedagógicas para a

implementação das ações de discussão, prevenção, orientação e solução do

problema; III- implementar e disseminar campanhas de educação,

conscientização e informação; IV - instituir práticas de conduta e orientação

de pais, familiares e responsáveis diante da identificação de vítimas e

agressores; V - dar assistência psicológica, social e jurídica às vítimas e aos

agressores; VI - integrar os meios de comunicação de massa com as escolas

e a sociedade, como forma de identificação e conscientização do problema e

forma de preveni-lo e combatê-lo;VII- promover a cidadania, a capacidade

empática e o respeito a terceiros, nos marcos de uma cultura de paz e

tolerância mútua; VIII- evitar, tanto quanto possível, a punição dos

agressores, privilegiando mecanismos e instrumentos alternativos que

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promovam a efetiva responsabilização e a mudança de comportamento

hostil; IX- promover medidas de conscientização, prevenção e combate a

todos os tipos de violência, com ênfase nas práticas recorrentes de

intimidação sistemática (bullying), ou constrangimento físico e psicológico,

cometidas por alunos, professores e outros profissionais integrantes de

escola e de comunidade escolar (BRASIL, 2015, Art. 4º, s/p).

Diante do exposto verifica-se que o ambiente escolar encontra subsídios na literatura e

na legislação vigente do país para mobilizar a escola e promover atitudes de prevenção em

relação ao bullying e, assim, evitando os riscos advindos desse fenômeno que continuam

presentes nas relações sociais e afetivas na escola. É importante, pois, que todos os que fazem

a escola ensinem aos espectadores a combater atos de agressão e perversão, bem mais

presentes nos jovens que cursam o EF, criando, principalmente, espaços de fala.

Papel do Professor como Pacificador do Fenômeno Bullying

Foi anteriormente comentado que o professor exerce um papel fundamental como um

dos pacificadores do fenômeno bullying dentro das salas de aulas estendendo ao ambiente

escolar. Diante dessa constatação, é ressaltado mais uma vez que o professor do Ensino

Fundamental lida diretamente com as vítimas e os agressores envolvido na ação do bullying.

É ele também o primeiro a diagnosticar opressões, comportamentos estranhos, agressões

verbais e físicas e a realizar qualquer atitude para pacificar o problema. Enfim, é um

profissional que caminha junto com jovens e adolescentes que gostam muito mais de apelidar

e demonstrar as imperfeições dos colegas, passando a gerar embates e muitas vezes atos de

violência, que muitas vezes é recorrente e intencional.

Desse modo, observa-se que não é simples, mas é preciso que o professor durante sua

formação inicial e a mais adiante venha a se tornar um pacificador nesse processo

desenvolvendo a capacidade de intervir e de evitar comportamentos agressivos nas escolas.

Assim sinaliza Royer (2002, p. 251-252) “sejamos claros: a capacidade de ensinar a ler,

escrever e fazer operações matemáticas não é mais suficiente para educar os jovens que hoje

frequentam nossas salas de aula”.

Ficou evidente que o diálogo com toda a comunidade e o diálogo entre escola, alunos

e pais são imprescindíveis para que tudo ocorra bem, associando à efetividade na escola, ética,

respeito mútuo, sentido de justiça, solidariedade e cooperação de todos. Em conformidade

16

com a temática em questão Fante (2011, p. 93) cita como importante contribuição (e ao

mesmo tempo coloca as dificuldades dos professores trabalharem) para o fazer pedagógico as

proposições dos temas transversais (BRASIL, 1998), como apoio e meio de pacificar a

violência e a prática do bullying:

Os temas transversais seriam a oportunidade ideal para se educar em valores;

entretanto, os problemas metodológicos que os professores enfrentam para

trabalhá-los acabam inviabilizando a tarefa por não saberem como abordá-

los acabam inviabilizando a tarefa por não saberem como abordá-los no

cotidiano, resultando na deficiência de modelos educativos capazes de

sensibilizar, estimular e orientar as atitudes individuais ou coletivas dos

alunos.

Vê-se, pois, que a dificuldade do professor em trabalhar com propostas educativas e

de apreender outras formas de lidar com a diversidade pode desencadear atitudes respeitosas

quando se referir a um aluno, correndo o risco de cometer ofensa ou chamar a atenção desse

aluno de forma desrespeitosa. Isto pode fazer com que os outros alunos entendam essa postura

como algo que é comum, no entanto, ao ofender alguém o próprio professor pode provocar

bullying (BRASIL, 1998). Ou até mesmo ele está abrindo brechas ou submetendo esse aluno

a ser mais uma vítima do bullying provocado pelos próprios colegas de sala. Marchesi (2006,

p.90) comenta: “os maus tratos entre iguais são uma das condutas violentas que mais danos

causam a determinados alunos, principalmente aqueles que são maltratados.”

Para Meneses (2008) o respeito mútuo deve existir em qualquer ambiente que tenham

grupos de indivíduos, na escola não pode ser diferente onde o professor deve ser o

responsável em semear a diversidade e a igualdade. Isso principalmente no decorrer da

escolaridade do Ensino Fundamental, fase a qual a maioria do alunado transita de criança para

adolescente. Durante este período o ser humano passa por diversas transformações na sua

personalidade e necessita de grande amparo psicológico tanto por parte da família a qual

convive como na escola. Ainda enfatiza que:

O respeito à diversidade é fator fundamental a um processo educacional de

valor humano, a um processo de pedagogia que possa servir à inserção da

pessoa em determinado grupo, ou mesmo ao reconhecimento de atos que

burlaram principio de convivência, como quando da ação infracional do

adolescente. (MENESES, 2008, p.23).

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Quando o professor não conseguir pacificar o problema dentro da sala de aula o

mesmo pode pedir apoio à gestão escolar e buscar redes de apoio, estabelecendo parcerias

com as famílias e as entidades sociais, fazendo um somatório de campanhas de

conscientização. Silva (2010, p.162) completa que:

É também imprescindível o estabelecimento de parcerias com instituições

públicas ligadas à educação e ao direito, dentre as quais destacamos:

Conselhos Tutelares, Delegacias da Criança e do Adolescente, Promotorias

Públicas, Varas da Infância e Juventude, Promotorias da Educação.

Pelo exposto, um somatório de forças é capaz de multiplicar a eficácia e a rapidez das

medidas tomadas contra o problema, visto que, multiplica as informações e a conscientização

de toda a sociedade, numa ação conjunta a favor de valores responsáveis pela vida. Os

Parâmetros (documento oficial de políticas públicas- PCN-BRASIL, 1998), por meio do tema

transversal Ética, é um meio que pode orientar a escola a desenvolver trabalhos sobre o

respeito mútuo nas suas traduções específicas do convívio escolar, e isso, evidentemente, sem

o prejuízo de se trabalhar regras gerais de convívio, como exemplo, não bater no colega, não

insultá-lo, não humilhá-lo e não realizar qualquer tipo de agressão.

Considerações Finais

A pesquisa realizada acerca do fenômeno bullying traz a relevância de refletir sobre o

aumento dos comportamentos agressivos e da violência na maioria dos sistemas educacionais,

por isso, ainda é preciso ser trabalhado no ambiente escolar da contemporaneidade,

principalmente, porque ainda são encontrados muitos espectadores que endossam a violência

praticada por alunos e até mesmo por dirigentes das escolas. Vê-se, pois, que alguns motivos

foram tratados nesse trabalho, porém, ressalta-se a importância da realização de outras

pesquisas relacionadas a esse tema com o intuito de entender e ajudar a desvendar o fenômeno

bullying na sala de aula e nos outros ambientes da escola.

Percebe-se que ainda é um assunto que causa perplexidade nas escolas. Melhor

esclarecendo, o bullying é um fenômeno que acontece em todas as escolas do mundo não

deixando de ser um tema contemporâneo. Para este trabalho, elegeu-se o público alvo que se

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enquadra na faixa etária do Ensino Fundamental por se tratar de uma fase da vida humana na

qual acontece à transição da criança para a adolescência.

Diante disso, durante as leituras realizadas, à luz de autores que discutem a temática,

foi ressaltada a importância de o professor diagnosticar o fenômeno bullying e buscar redes de

apoio, sobretudo, capacitação e formação continuada para melhor atuação como pacificador

do problema. Dessa necessidade, surge um trabalho voltado para os valores na sala de aula,

favorecendo a aprendizagem e harmonia na mesma, estendendo-se aos outros espaços da

escola e da comunidade.

Os achados, portanto, levam à constatação que o trabalho de exploração bibliográfica

foi bastante positivo, pois, são momentos iniciais de reflexão que desencadeiam outros

momentos, visto que há necessidade das escolas e dos professores buscarem conhecimentos

sobre a questão do bullying nos espaços escolares, seja por meio de capacitação ou formação

continuada, seja por meio de projetos voltados para os valores envolvidos nas interações. Vale

ressaltar a importância de envolver a família e a comunidade escolar em geral em um único

objetivo: combater o fenômeno bullying.

Compreende-se, portanto, que ao voltar-se para trabalhar propostas educacionais

voltadas para a cultura de paz, a escola só traz benefícios de qualidade de vida para todos.

Levando-se em consideração que a mesma é um ambiente/espaço para promover educação

igualitária para todos, independentemente de que problemas existam na sociedade, deve-se ter

sempre a preocupação de educar e reeducar buscando mecanismos capazes de suprir a

necessidade da clientela vigente.

Os espações escolares precisam está atentos a questões de valores, para que por meio

deles consigam se sobressair frente a uma sociedade contemporânea, que as bases e os

costumes familiares não vigoram mais. Ficando assim, os alunos vulneráveis a má educação,

a violência e a criminalidade, levando todos estes problemas para os ambientes escolares.

Então, ignorar problemas sociais que atingem os alunos e aceitar comportamentos

indisciplinados, não significa está na modernidade ou atualizado, mas sim, uma atitude de

irresponsabilidade e desrespeito perante as leis que regem a educação do país e a sociedade,

as quais cobram a posição que se ocupa: o de educar e formar cidadãos aptos para atuar com

seus direitos e deveres.

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sistemática (Bullying). Lei nº 13.185/2015 (Lei Ordinária) 06 de Novembro de 2015.

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