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Vibrio e Clostridium

Date post: 09-Jul-2015
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Caracterização bacteriana. Vibrio e Clostridium INSTITUTO FEDERAL DO PIAUI-IFPI TECNOLOGIA EM ALIMENTOS MICROBIOLOGIA GERAL
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VIBRIO E CLOSTRIDIUM Gabriella Magalhães Silva Geissa Aguiar
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Page 1: Vibrio e Clostridium

VIBRIO E CLOSTRIDIUM

Gabriella Magalhães Silva

Geissa Aguiar

Page 2: Vibrio e Clostridium

VIBRIO

Page 3: Vibrio e Clostridium

CARACTERÍSTICAS:

É constituído de bacilos gram-negativos;

Compreende várias espécies;

As mais importantes são:

Vibrio cholerae (responsável pela cólera).

Vibrio parahaemolyticus (causa infecção intestinal)

As demais espécies são raramente encontradas em associação com diarreia e outras infecções.

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VIBRIO CHOLERAE:

Vibrio cholerae (Vibrio, de vírgula e cholerae, de

cólera);

Trata-se de um anaeróbico facultativo;

Possui um flagelo polar único por isso é móvel;

Possui vários sorogrupos, mas somente o O1 e

O139 são associados à cólera.

Os demais sorogrupos de V. cholerae não causam

cólera.

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A cólera é uma doença exclusiva do intestino delgado;

O homem é o único hospedeiro do V. cholerae;

a toxina produzida por essa bactéria é chamada de

toxina colérica(CT).

Transmitida pela via fecal-oral;

Alimentos e água contaminada;

PATOGÊNESE, EPIDEMIOLOGIA E

TRANSMISSÃO:

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DIAGNÓSTICO:

Depende de uma coleta de material clínico;

Devem ser coletadas antes da administração de

antibióticos aos pacientes.

Isolamento da bactéria;

Determinação de seu sorogrupo;

Determinação da produção de toxina (ELISA,

PCR).

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TRATAMENTO:

TRO- terapia de reidratarão oral;

Terapia intravenosa, indicada para casos grave

desidratação;

As drogas utilizadas em alguns tratamentos

podem ser: tetracilina, eritromicina, furazolidona,

etc.

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OUTRAS ESPÉCIES DE VIBRIO:

V. parahaemolyticus:

Encontrado na água do mar;

Animais marinhos;

Peixes consumidos in natura;

Ultimamente reconhecido como importante

causa de toxiinfecções alimentares;

V. vulnificus:

Constitui a espécie de maior relevância nas

infecções extra-intestinais.

Consumo de ostras cruas;

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CARACTERÍSTICAS

Nome Clostridium provém da palavra grega kloster, que

significa roca.

Gênero de bactérias firmicutes, Gram-positivas e

extremamente heterogêneo.

Algumas espécies de Clostridium são anaeróbios

obrigatórios (C. perfringens) outros aerotolerantes (C.

tertium) e alguns, raros, não toleram traços de oxigênio

(C. haemolyticum e C. novyi tipo B).

Produzem endósporos e são ubiquitários, vivendo no

solo, água, flora do trato gastrointestinal do Homem e

diversos animais.

Algumas espécies são agentes causadores de doenças.

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CLOSTRIDIUM TETANI

Bactéria Gram-positiva e anaeróbica.

É encontrado no solo de todas as partes do mundo.

É móvel, com temperatura ótima de crescimento em

torno de 37°C.

É metabolicamente inativo, não fermenta carboidratos,

não possui lecitinase ou lipase e tampouco digere leite

ou outras proteínas.

Decompõe a proteína formando toxinas:

Tetanospasmina e tetanolisina.

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PATOGÊNESE

Causa infecção (tétano) através de uma ferida suja na pele.

A doença ocorre após a introdução dos esporos na lesão, que em baixo potencial redox são capazes de germinar e multiplicar-se.

Possui características distinguíveis que a fazemreconhecível na clínica e no laboratório.

A característica clínica mais distinguível da C. tetani ésua produção de uma toxina do sistema nervosochamada de tetanospasmina, chamada maispopularmente como toxina tetânica. Esta substânciacausa as contrações e espasmos musculares dolorosos dotétano.

Ocorre hiperreflexia, espasmos musculares e paralisia espática.

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MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS

Contração tônica dos músculos voluntários;

Espasmos musculares afetando de princípio, a área da

lesão e infecção;

Contração dos músculos da mandíbula de forma tão

intensa que a boca fica impedida de se abrir;

Qualquer estímulo externo pode precipitar espasmo

muscular generalizado tetânico;

Paciente totalmente consciente, a dor pode ser intensa e

a morte é causada por interferência na mecânica da

respiração.

Período de incubação: 2 a 14 dias.

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EPIDEMIOLOGIA E PREVENÇÃO

O tétano ocorre em indivíduos do mundo todo e é

considerado endêmico em muitos países.

A prevenção do tétano depende de:

Imunização ativa com toxóides;

Dos cuidados apropriados de feridas

contaminadas com o solo etc.;

Do uso profilático de antitoxina;

Da administração de penicilina.

Vacina tríplice nos três primeiros meses de vida, com

reforço no quinto ano e depois de 10 em 10 anos,

apenas com a combinação dos toxóides diftéricos e

tetânico.

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TRATAMENTO

Controle dos espasmos e da respiração;

Remoção do tecido necrótico, essencial para proliferação

dos microrganismos.

A penicilina inibe fortemente o crescimento de C. tetani e

interrompe qualquer produção adicional de toxina.

Antibióticos controlam infecções piogênicas associadas.

Bloqueadores musculares, antitoxina e antimicrobianos,

como o metronidazol.

Administração adicional de uma dose de toxóide para

estimular produção de antitoxina caso ocorra alguma

lesão.

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CLOSTRIDIUM PERFRINGENS

É uma bactéria, em forma de bastão, anaeróbica e

formadoras de esporos.

O C. perfringens está onipresente na natureza

podendo ser encontrado como um componente

normal da vegetação apodrecida, sedimentos

marinhos, trato intestinal de seres humanos e outros

vertebrados, insetos, e do solo.

Pode causar enterite quando presente em alimentos

contaminados e a gangrena gasosa quando afeta

feridas expostas e cirúrgicas.

Produz uma variedade de toxinas letais aos animais

e também uma enterotoxina que causa

diarréia ao homem.

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PATOGÊNESE

GANGRENA GASOSA (Mionecrose)

Infecção que destrói rapidamente músculos com

toxicidade sistêmica.

Usualmente associada a; traumas ou cirurgias nas quais

fatores como; a presença de corpos estranhos,

insuficiência vascular ou infecção concomitante com

outros agentes microbianos são as condições ao

desenvolvimento desta infecção.

O tratamento deve ser imediato em função da alta taxa

de mortalidade.

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PATOGÊNESE

INFECÇÃO ALIMENTAR

C. perfringens tipo A causa uma forma branda comum

de infecção alimentar, detectada em todo o mundo.

Diarréias esporádicas, especialmente entre idosos

hospitalizados.

Alimentos protéicos de origem animal, como carnes de

bovinos e aves.

10 a 12 minutos, em temperatura de 43°C a 47°C.

Muitas células vegetativas não resistem ao

meio acídico do estômago.

Período de incubação: 6 a 24 horas.

Sintomas: diarréia aquosa e espasmos

intestinais com evolução benigna em 24 horas, em

indivíduos sadios.

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INFECÇÃO ALIMENTAR

Alimento processado deve ser refrigerado

imediatamente, especialmente carnes.

O reaquecimento deve ser de tal forma que

temperaturas superiores a 75°C sejam alcançadas

no interior das carnes.

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OUTRAS INFECÇÕES C. perfringens é implicado em mais de 50% dos casos

de colecistite enfisematosa.

Considerado um dos principais agentes da celulite

criptante.

C. septicum parece ser o principal agente da

enterocolite neutropênica, que pode ser fulminante em

pacientes com intensa neutropenia relacionada a

leucemias, anemias aplásticas ou quimioterapia.

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CLOSTRIDIUM BOTULINUM

É um bacilo com esporos ovais subterminais

Hábitat natural: solo, poeira e sedimentos marinhos,

podendo ser encontrado em uma grande variedade de

agroprodutos, frescos ou industrializados.

7 tipos de toxina (A a G)

A toxina produzida em sua esporulação bloqueia a

comunicação entre os nervos, deixando a pele mais dura

e resistente, por isso é utilizada no "BOTOX“

Os esporos são altamente resistentes, pois suportam a

temperatura de autoclave de 121ºC por 15 min.

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PATOGÊNESE

Botulismo infantil (comum nos EUA): o intestino é

colonizado por esporos. Causa paralisia aguda

flácida.

Botulismo clássico: ocorre após a ingestão de

alimento contendo a BoNT pré-formada.

Botulismo de lesão (excepcionalmente rara):

associado a adultos jovens, usuários de drogas

injetáveis.

Botulismo após colonização em adultos

(extremamente raro).

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MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS E DIAGNÓSTICO

Com a ingestão de um alimento contaminado a

anaerobiose causa a germinação e produção de toxinas,

bloqueando a liberação de acetilcolina pelo sistema

nervoso central causando uma paralisia flácida.

A BoNT bloqueia transmissões neuromusculares e leva

à morte através da paralisia da musculatura envolvida

na respiração.

Detecção da BoNT no soro, nas secreções da lesão, nas

fezes do paciente ou na amostra do alimento implicado.

A presença de febre só é encontrada nos casos de

botulismo associado a ferimento.

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CLOSTRIDIUM DIFFICILE

Bacilo predominantemente Gram-positivo, porém torna-se

Gram-negativo após 24 a 48 horas de cultivo.

É capaz de liquefazer a gelatina, mas não outras

proteínas, como as do leite e carne. Não produz lecitinase,

tampouco, lipase.

Responsável por doenças gastrointestinais associadas a

antibióticos, que variam desde uma diarréia até uma

Colite pseudomembranosa.

O uso de antibióticos permite o crescimento

excessivo destes microorganismos e

aumenta a susceptibilidade do paciente

à aquisição exógena do C. Difficile.

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PATOGÊNESE Fatores de Virulência;

Adesão, formação de esporos, hialuronidase e as

toxinas A (enterotoxina) e B (citotoxina).

Os esporos formados são muito difíceis de serem

eliminados, podendo permanecer em hospitais

durante meses e daí resultar uma importante fonte

de surtos hospitalares da doença por Clostridium

difficile.

A infecção pode causar:

Inflamação;

Diarréia;

Aparecimento de úlceras.

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EPIDEMIOLOGIA

Aproximadamente 50% dos bebês e crianças com

menos de 24 meses albergam C. difficile e suas toxinas

sem apresentarem consequências deletérias.

A taxa de portadores adultos é muito variável.

Países como o Japão registram 15% de portadores

entre adultos;

Suécia apenas 1,9% albergam o microorganismo.

O C. difficile toxigênico é considerado a causa mais

comum de diarréia nosocomial em países da Europa e

nos EUA, sendo implicado em até 30% dos casos.

A hospitalização é considerada fator de risco.

A recorrência da infecção é comum e os principais

fatores de risco são a idade avançada e cirurgia

abdominal.

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TRATAMENTO

Suspensão do antimicrobiano indutor, com reposição de

líquidos e eletrólitos;

Terapia com antimicrobianos;

A vancomicina deve ser reservada para os casos de

extrema gravidade pelo risco significativo de colonização

de enterocos vancomicina-resistentes.

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REFERÊNCIAS

Microbiologia/ Editores Luiz Rachid Trabusi e Flavio

Alterthum.- 5.ed.- São Paulo: Atheneu, 2008.

Microbiologia/ Luiz Rachid Trabusi...[et al.].-3.ed.- São

Paulo: Editora Atheneu, 1999.

DATI, Adriana et.al. Clostridium sp. 2006.

Universidade de São Paulo – Instituto de Ciências

Biomédicas , São Paulo.

http://www.medicinanet.com.br/conteudos/revisoes/52

59/infeccao_por_clostridium_difficile_em_adultos.htm


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