+ All Categories
Home > Documents > XX S A - login.semead.com.brlogin.semead.com.br/20semead/arquivos/450.pdf · SHELDON WILLIAM SILVA...

XX S A - login.semead.com.brlogin.semead.com.br/20semead/arquivos/450.pdf · SHELDON WILLIAM SILVA...

Date post: 30-Mar-2019
Category:
Upload: vuduong
View: 220 times
Download: 0 times
Share this document with a friend
17
XX SEMEAD Seminários em Administração novembro de 2017 ISSN 2177-3866 A INFLUÊNCIA DOS ÍNDICES SETORIAIS DA BOLSA DE VALORES SOBRE O ÍNDICE IBOVESPA: uma análise estatística-econométrica no período 2015 e 2016 ALEF RODRIGO PEREIRA CENTRO UNIVERSITÁRIO DO SUL DE MINAS (UNIS-MG) [email protected] CLAUDIO SILVA PALMUTI CENTRO UNIVERSITÁRIO DO SUL DE MINAS (UNIS-MG) [email protected] PEDRO DOS SANTOS PORTUGAL JÚNIOR CENTRO UNIVERSITÁRIO DO SUL DE MINAS (UNIS-MG) [email protected] SHELDON WILLIAM SILVA CENTRO UNIVERSITÁRIO DO SUL DE MINAS (UNIS-MG) [email protected] ALESSANDRO FERREIRA ALVES CENTRO UNIVERSITÁRIO DO SUL DE MINAS (UNIS-MG) [email protected]
Transcript

XX SEMEADSeminários em Administração

novembro de 2017ISSN 2177-3866

A INFLUÊNCIA DOS ÍNDICES SETORIAIS DA BOLSA DE VALORES SOBRE O ÍNDICE IBOVESPA: uma análise estatística-econométrica no período 2015 e 2016

ALEF RODRIGO PEREIRACENTRO UNIVERSITÁRIO DO SUL DE MINAS (UNIS-MG)[email protected]

CLAUDIO SILVA PALMUTICENTRO UNIVERSITÁRIO DO SUL DE MINAS (UNIS-MG)[email protected]

PEDRO DOS SANTOS PORTUGAL JÚNIORCENTRO UNIVERSITÁRIO DO SUL DE MINAS (UNIS-MG)[email protected]

SHELDON WILLIAM SILVACENTRO UNIVERSITÁRIO DO SUL DE MINAS (UNIS-MG)[email protected]

ALESSANDRO FERREIRA ALVESCENTRO UNIVERSITÁRIO DO SUL DE MINAS (UNIS-MG)[email protected]

1

A INFLUÊNCIA DOS ÍNDICES SETORIAIS DA BOLSA DE VALORES SOBRE O

ÍNDICE IBOVESPA: uma análise estatística-econométrica no período 2015 e 2016

1. INTRODUÇÃO

A avaliação dos Índices Financeiros por meio de suas técnicas, permitem ao mercado

identificar tendências, além de oportunidades e (ou) ameaças, sejam tanto no contexto

macroeconômico quanto no microeconômico. Em cenários de instabilidade econômica e

política, como ocorrido principalmente em 2015, no auge do escândalo da Petrobrás, a tomada

de decisão com base em informações consistentes obtidas por meio destes índices, permite o

estabelecimento de critérios de investimento, bem como de medidas de proteção, sejam estas

econômicas, financeiras ou político-econômicas.

Essa abordagem rotineiramente, baseia-se na observação dos dados históricos desses

índices, e no estabelecimento de vieses por meio de análises quantitativas e de comparativos

com a real situação do mercado. Elias (2014), evidencia que essas medidas, via de regra, quando

se trata do mercado de ações brasileiro, são fundamentadas na análise de índices amplos para

indicar a valorização de ativos ao longo do tempo.

Entretanto, conforme descrito pelo trabalho de Jubert et al. (2008), para investidores

dedicados de fato ao mercado brasileiro, é o enfoque setorial que possibilita a redução do risco

das carteiras de ativos, e que na evidência de alta volatilidade no mercado, quando os

movimentos de alta e baixa se amplificam, a diversificação com critério em setores se apresenta

como uma alternativa eficiente para minimizar o risco.

Pinheiro (2009), ressalta que o desempenho dos diversos setores é impactado de forma

distinta, visto que as componentes de cada setor possuem um modelo específico de

diferenciação, e um planejamento estratégico especifico. Visaltanachoti; Luo; Yi (2008)

complementam a afirmativa, propondo que o comportamento da volatilidade das componentes

de um mesmo setor é semelhante, devido as condições de risco similares a que estes estão

expostos. Nesse contexto, verifica-se a hipótese de o que mercado tende a ser associado ou até

mesmo influenciado por estes setores.

Neste sentido, este estudo propõe-se a realizar uma análise dos índices de ações do

mercado brasileiro, para determinar o grau de associação, e a existência ou não, de relação

Causal entre o IBOVESPA, que em síntese, visa representar o desempenho médio do mercado,

e os índices setoriais: Índice Financeiro (IFNC), Índice Imobiliário (IMOB), Índice de Utilidade

Pública (UTIL), Índice de Consumo (ICON), Índice de Energia Elétrica (IEE), Índice de

Materiais Básicos (IMAT) e o Índice Industrial (INDX).

O Ibovespa é um índice amplo, considerado um dos principais índices acionários do

mercado brasileiro, cujo o objetivo é refletir o desempenho médio, não só do mercado

financeiro, como também do cenário econômico como um todo. Sua relevância é tema em

diversas pesquisas na literatura, dentre as quais se destacam os trabalhos de: Righi; Ceretta e

Silveira (2013), Jubert et al. (2008) e de Pimenta Junior e Higuchi (2008). Tais estudos

avaliaram a relação entre o Ibovespa e variáveis macroeconômicas, ou ainda, o padrão de

volatilidade entre o Ibovespa e os Índices Setoriais. Entretanto, tais estudos não investigaram

de forma específica as relações de associação e casualidade entre o Ibovespa e os índices

setoriais. Por esta razão, o presente estudo contribui com a literatura e com as discussões sobre

a importância de se conhecer o comportamento dessas variáveis e seu impacto no mercado.

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Os índices da BM&FBOVESPA tem por finalidade refletir o desempenho de um

conjunto de ações, revelando o comportamento de determinados grupos de carteiras de ativos

ao longo do tempo, conforme o critério estabelecido para cada índice.

2

Os preços das ações componentes dessas carteiras variam em função de diversos fatores,

sejam estes relacionados às empresas que compõem esses ativos ou a fatores externos, tais

como: crescimento econômico, nível de emprego e taxa de juros. (LEMES JÚNIOR; RIGO;

CHEROBIM, 2016).

Para Jubert et al. (2008, p. 222), há dois tipos de riscos principais aos quais o mercado

de ações está exposto de maneira mais evidente:

[...] identificam-se dois tipos de risco: “sistemático” e “não-sistemático”. Este último

está associado, entre outros fatores, à atividade da empresa, às características do seu

mercado e às condições de financiamento de suas atividades. O primeiro diz respeito

às variações aleatórias observadas no comportamento da economia e é captado pela

volatilidade dos retornos de um ativo em relação ao seu valor médio. Estes dois tipos

de risco conjuntamente compõem o risco total do investimento em ações. A confiança

do investidor tem relação inversa com esta medida, ou seja, quanto maior a

volatilidade, menor o seu grau de confiança e, consequentemente, menos

investimentos serão feitos.

Para Steinbach e Blattmann (2006), índices e indicadores desempenham um papel

importante, tanto no mercado quanto no cotidiano, pois são fontes de informação que atendem

a inúmeras áreas do conhecimento, bem como à tomada de decisão por meio de análises

quantitativas de acordo com suas funções especificas.

Por meio desta perspectiva, conclui-se que a variação do preço dos ativos componentes

da bolsa de valores brasileira, seja qual for sua natureza, tenderá ser ou será refletida no

comportamento de seus índices. Entretanto, Pinheiro (2009), ressalta que o crescimento em

favor da evolução da situação econômica ou de forma mais relevante em função do momento

econômico, influenciará de forma distinta os diversos setores. Portanto, conclui-se a priori, que

uma recorrência no contexto macro evidenciada no mercado financeiro pode ter, como agente

determinante, o comportamento de um setor em específico.

Jubert et al. (2008, p. 224), corrobora com essa prerrogativa: “[...]é intuitivo acreditar

que existam setores ou países mais imunes a crises e que possuam correlação negativa com o

restante do mercado, mas a recente história mostra que o impacto destas crises tem reduzido

tanto o poder da diversificação intersetorial quanto a internacional”.

Visaltanachoti; Luo; Yi (2008), justificam essa análise por meio de uma visão

estratégica. Para os autores, as volatilidades dos preços das ações de um mesmo setor tendem a

sofrer impactos semelhantes em função de estoques, pois estão expostos a riscos similares. Em

síntese, observa-se que distintos setores serão influenciados de forma específica em relação ao

comportamento do mercado.

Por meio desta, justifica-se o critério de seleção e análise acerca do Ibovespa e dos

índices setoriais da BM&FBOVESPA, cuja as finalidades são de captar a expectativas no

contexto macrofinanceiro, bem como por setores por meio de suas metodologias definidas pela

bolsa de valores. Afinal, o Ibovespa é um índice amplo, principal referência no mercado

financeiro, tanto por sua metodologia como tradição, cuja metodologia reflete, em suma, o

comportamento do mercado financeiro como um todo. Já os índices setoriais da

BM&FBOVESPA apresentam como função evidenciar o comportamento individual de cada

setor neste mesmo mercado.

Os índices setoriais da BM&FBOVESPA são:

a) Índice BM&FBOVESPA Financeiro ou Índice Financeiro (IFNC);

b) Índice BM&FBOVESPA Industrial ou Índice Imobiliário (IMOB);

c) Índice BM&FBOVESPA Utilidade Pública ou Índice de Utilidade Pública (UTIL);

d) Índice BM&FBOVESPA Consumo ou Índice de Consumo (ICON);

e) Índice BM&FBOVESPA Energia Elétrica ou Índice de Energia Elétrica (IEE);

f) Índice BM&FBOVESPA Materiais Básicos ou Índice de Materiais Básicos (IMAT);

3

g) Índice BM&FBOVESPA Industria ou Índice Industrial (INDX);

A computação dos Índices é feita por meio de três mensurações: primeiramente, o

cálculo do preço “EX-TEÓRICO”; em segundo, de um indicador de negociabilidade (IN), que

mensura a participação das ações em suas carteiras teóricas, sendo o cálculo reavaliado com

base em um período de negociação compreendido a cada trinta segundos, onde se consideram

os preços dos últimos negócios efetuados no mercado a vista que integram os ativos de sua

carteira; e o por último, a apuração dos índices (BM&FBOVESPA, 2014).

A formula para o cálculo do preço “EX-TEÓRICO”, é dado pela equação a seguir:

𝑃𝑒𝑥 =𝑃𝑐 ∗ (𝑆 ∗ 𝑋) − 𝐷 − 𝐼 − 𝑅𝑒𝑛𝑑 − 𝑉𝑒𝑡

1 + 𝐵 + 𝑆

Onde Pex é o preço ex-teórico; Pc o último preço “com direito” ao provento; S o percentual de

subscrição dado em número-índice; Z valor de emissão da ação a ser subscrita dada em moeda

corrente; D o valor recebido a título de dividendo, em moeda corrente; J o valor de juros sobre

capital próprio, em moeda corrente, sendo líquidos de imposto; Rend os rendimentos em moeda

corrente, líquidos de imposto; Vet o valor econômico teórico resultante do recebimento de

provento em outro tipo e (ou) ativo; e B percentual de bonificação (ou desdobramento), em

número-índice.

O índice de negociabilidade é calculado pela seguinte expressão da seguinte forma:

𝐼𝑁 =

∑ √𝑛𝑎

𝑁3𝑃

𝑖=1 ∗ (𝑉𝑎

𝑉 )2

𝑃

Onde IN é o índice de negociabilidade; na o número de negócios com o ativo (a) no mercado a

vista (lote-padrão); N o número total de negócios no mercado a vista da BM&FBOVESPA

(lote-padrão); va o volume financeiro gerado pelos negócios com o ativo (a) no mercado a vista

(lote-padrão); V o volume financeiro total do mercado a vista da BM&FBOVESPA (lote-

padrão); e P, o número total de pregões no período.

E finalmente, a apuração dos índices é dada conforme a seguinte expressão:

Í𝑛𝑑𝑖𝑐𝑒(𝑡) =𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑎 𝑐𝑎𝑟𝑡𝑒𝑖𝑟𝑎

𝑅𝑒𝑑𝑢𝑡𝑜𝑟=

(∑ 𝑃𝑖𝑡 ∗ 𝑄𝑖𝑛𝑖=1 )

Sendo que o Índice(t) representa o valor do índice no instante t; n é o número total de

ativos integrantes da carteira teórica que compõe o índice; Pit o último preço do ativo i no

instante t; Qit a quantidade do ativo i na carteira t; e ∞ um redutor utilizado para adequar o valor

total da carteira ao valor de divulgação do índice.

Entretanto, vale ressaltar que são desconsiderados para o cálculo dos índices, ativos de

companhias que se encontram em processo de recuperação judicial ou extrajudicial, regime

especial de administração temporária, intervenção ou que estejam sendo negociados em outras

situações especiais de listagem1.

2.1 Índice Bovespa (IBOV)

O Índice Bovespa (IBOV), ou Ibovespa, é o resultado de uma metodologia aplicada a

uma carteira teórica de ativos que tem por finalidade descrever o desempenho médio dos ativos

com alto de nível de negociação e maior representatividade no mercado brasileiro de ações

1 Para mais detalhes, além de outras informações complementares: acesse o site da BM&FBOVESPA.

4

(BM&FBOVESPA, 2014). Portanto, trata-se do mais importante indicador de desempenho do

mercado de capitais brasileiro.

Ainda segundo a mesma fonte citada, a apuração inicial de índice ocorreu em janeiro de

1968, sendo que no dia 2 desse mesmo mês sua base foi fixada em 100 pontos. Desde então, o

Ibovespa passou por diversas adequações quanto à sua forma de divulgação; as quais,

entretanto, não implicaram em mudanças quanto à sua metodologia. Porém, em 2012, devido à

grande evolução do mercado de capitais brasileiro, a BM&FBOVESPA deu início ao processo

de reavaliação da metodologia do Ibovespa, visando mantê-lo como índice que representa

desempenho do mercado brasileiro com mais exatidão.

Righi; Ceretta; Silveira (2013, p. 255-256), concluem que:

Supõe-se não ter sido efetuado nenhum investimento adicional desde então,

considerando-se somente os ajustes efetuados em decorrência da distribuição de

proventos pelas empresas emissoras. Dessa forma, o índice reflete não apenas as

variações dos preços das ações, mas também o impacto da distribuição dos proventos,

sendo considerado um indicador que avalia o retorno total de suas ações componentes.

[...]. Não obstante, as ações integrantes da carteira teórica do Índice Bovespa

respondem por mais de 80% do número de negócios e do volume financeiro

verificados no mercado à vista da BM&F/Bovespa, bem como são responsáveis, em

média, por aproximadamente 70% do somatório da capitalização bursátil de todas as

empresas com ações negociáveis na BM&F/Bovespa.

Observa-se, portanto, que o Ibovespa exerce a função de indicador médio do

comportamento, não só do mercado financeiro como também do contexto econômico, e que os

impactos sofridos por este não apenas refletem, como também, impactam o mercado como um

todo. Tendo em vista que os índices setoriais da Bolsa de Valores utilizam uma metodologia

semelhante à do IBOV, porém considerando o desempenho médio das cotações dos ativos de

maior negociabilidade e representatividade por setores, observa-se a importância de se

compreender o nível de associação e influência destes sobre o Ibovespa.

2.2 Índice Setoriais

Nesse item apresentam-se os índices setoriais da BM&FBovespa, explicando sua

composição e importância.

O Índice Financeiro (IFNC) consiste em uma carteira teórica de ativos, cujo objetivo é

ser o indicador médio de desempenho das ações de maior representatividade e negociabilidade

nos setores intermediários financeiros, de serviços financeiros diversos, de previdência e

seguros.

Sua base foi fixada em 1000 pontos em 30 de dezembro de 2004, sendo que sua

divulgação foi iniciada em 4 de janeiro de 2010. As ações componentes do índice são

selecionadas pela sua liquidez e ponderadas nas carteiras com base no valor de mercado de suas

ações (BM&FBOVESPA; 2015).

O Índice Imobiliário (IMOB) objetiva ser um representar o desempenho do mercado

imobiliário. É o indicador médio de desempenho, que reflete o comportamento de uma carteira

teórica de ativos cuja as cotações representem maior negociabilidade e representatividade nos

setores da atividade imobiliária: de exploração de imóveis e construção civil.

A base do IMOB foi estabelecida em 1000 pontos em 28 de dezembro de 2007, e foi

inicialmente divulgado em 2 de janeiro de 2009 (BM&FBOVESPA; 2015).

O Índice de Utilidade Pública (UTIL) visa ser o indicador médio de desempenho das

ações de maior representatividade e negociabilidade do setor de utilidade pública, ou seja,

organizações estatais ou privadas de energia elétrica, agua, saneamento e gás. Trata-se,

portanto, de um indicador importante, visto que o setor abrangido pelo índice supre

necessidades básicas.

5

A base do UTIL foi fixada em 1000 pontos em 29 de dezembro de 2005, e o índice

começou a ser divulgado em 2 de maio de 2011 (BM&FBOVESPA; 2015).

O Índice de Consumo (ICON), objetiva ser o indicador médio de desempenho das ações

de maior negociabilidade e representatividade dos setores de consumo cíclico, consumo não

cíclico e saúde. Portanto suas variações podem em tese, refletir o comportamento do

consumidor, o que via de regra, faz desse índice uma poderosa ferramenta para a análise do

mercado.

Sua base foi estabelecida em 1000 pontos em 28 de dezembro de 2007 e sua o índice foi

divulgado inicialmente em 2 de janeiro de 2009 (BM&FBOVESPA; 2015).

O Índice de Energia Elétrica (IEE) representa o desempenho médio das cotações dos

ativos de maior negociabilidade e representatividade no setor de energia elétrica, sendo a

eletricidade a principal fonte de energia do mundo moderno, observa-se a relevância desse

índice.

A base do IEE fixada, foi de 1000 pontos em 29 de dezembro de 1994, e sua divulgação

iniciou-se em 1º de agosto de 1996 (BM&FBOVESPA; 2015).

O Índice de Materiais (IMAT) representa o desempenho médio das cotações dos ativos

do setor de materiais básicos, setor esse muito representativo, pois trata das necessidades dos

demais.

A base do IMAT foi fixada em 1000 pontos em 29 de dezembro de 2005, e sua

divulgação teve início em 2 de janeiro de 2011 (BM&FBOVESPA; 2015).

O Índice Industrial (INDX) é fruto de uma parceria entre a FIESP2 e a BM&FBovespa,

e objetiva estimar o desempenho médio das cotações dos setores de atividade industrial

compreendidos por materiais básicos, bens industriais, consumo cíclico, consumo não cíclico,

tecnologia da informação e saúde.

Sua base foi fixada em 1000 pontos em 30 de dezembro de 1999, e sua divulgação teve

início em 3 de dezembro de 2006 (BM&FBOVESPA; 2015).

Por via de regra, exceto para o IEE que utiliza critérios específicos, as ações

componentes dos índices setoriais são selecionadas pela sua liquidez e ponderadas nas carteiras

com base no valor de mercado de suas ações. São inclusos nos índices: ativos elegíveis que no

período de 3 carteiras, que em ordem decrescente de acordo com o Índice de Negociabilidade

(IN) representarem 99% do somatório total desses indicadores; que tenham presença em 95%

dos pregões nesse mesmo período; não sejam classificados como Penny Stock3; e pertencer aos

setores de abrangência de cada índice em especifico (BM&FBOVESPA; 2014).

Para o ICON, IMAT e INDX existe um critério adicional: ser um ativo objeto de oferta

pública realizado durante o período de vigência de 3 carteiras anteriores ao rebalanceamento

será elegível, mesmo ser estar listado em todo o período (ou seja, estar presente em 95% do

pregão), desde que: i) Oferta Pública de distribuição das ações ou units, tenha sido realizada

antes do rebalanceamento imediatamente anterior; ii) possua 95% de presença desde seu início

de negociação; iii) atenda aos outros critérios mencionados (com exceção ao que se refere ao

mínimo de presença no pregão).

Diferentemente dos outros índices setoriais, cujo tipo é classificado como: de retorno

total; o IEE é um índice de retorno total com retorno no próprio ativo. Nesse caso, é feito um

ajuste considerando que o investidor vendeu as ações pelo último preço do fechamento, sendo

este anterior ao início da negociação do ex-provento e que tenha utilizado os recursos na compra

das mesmas ações sem o ex-provento.

Assim, é utilizada uma fórmula para o cálculo da alteração da quantidade teórica quando

a distribuição de proventos (ex-provento).

2 Federação das Indústrias do Estado de São Paulo. 3 Ativos cuja cotação é inferior a R$ 1,00.

6

𝑄𝑛 = 𝑄𝑜 ∗ 𝑃𝑐

𝑃𝑒𝑥

Onde Qn é a quantidade nova; Qo; a quantidade antiga; Pc o último preço de fechamento anterior

ao início da negociação ex-provento; e Pex o preço ex-teórico com base em Pc.

Para compor o índice, os ativos devem: ter participação em volume financeiro maior ou

igual a 0,001% do mercado a vista no período vigente de 3 carteiras anteriores; ter presença no

pregão de 80% nesse mesmo período; ter apresentado no mínimo 2 negócios por dia em pelo

menos 80% dos pregões em que as ações desses ativos foram negociadas; período; não ser

classificado como Penny Stock; e pertencer aos setores de abrangência do índice

(BM&FBOVESPA; 2014).

3. METODOLOGIA

Para analisar a relação de associação bem como de influência entre os índices setoriais

e o Ibovespa foram utilizados testes de correlação, significância, além de uma análise

econométrica de casualidade. Os dados utilizados nesse estudo são secundários, já que se tratam

de informações coletadas previamente para fins diferentes que os objetivos em questão.

Segundo Gressler (2004), a fonte secundaria é aquela que não possui relação direta com o

acontecimento registrado, a não ser por meio de intermediários. As fontes de dados foram a

Exame e a BM&FBovespa.

Os resultados foram estimados com base na análise das variações diárias de cada índice

no período compreendido entre 2015 e 2016, totalizando uma amostra de 496 observações. As

análises formuladas foram pautadas tanto no caráter empírico, quanto quantitativo, tendo em

vista que além da obtenção dos resultados de associação e casualidade, optou-se também pela

análise das médias e desvios anuais das amostras a fim de enriquece-las, bem como a

fundamentação ou aversão aos resultados obtidos por meio de comparativos com a literatura.

Para tanto, utilizou-se os softwares: IBM SPSS Statistics 21, Microsoft Excel 2013 e

Eviews 9. Foi identificada a presença de alguns outliers que podem ser explicados pela

instabilidade política e econômica que se instaurou no período analisado. Entretanto, a execução

do teste em um número de amostras significativo, reduz influência desses resíduos, mesmo que

seja da natureza do coeficiente de correlação linear ser sensível a este tipo de intempérie.

Para Figueiredo Filho; Silva Junior (2010), pelo aspecto metodológico, há várias formas

de se contornar esse problema, sendo uma das mais eficientes a utilização de uma quantidade

expressiva de amostras, o que justifica a metodologia empregada nesse estudo. A fim de facilitar

a interpretação dos resultados, segue uma breve descrição dos métodos de análise de associação

e casualidade.

3.1 Coeficiente de Correlação de Pearson

A medida de associação entre o Ibovespa e os índices setoriais foi obtida por meio do

coeficiente de correlação de Pearson, também conhecido como coeficiente de correlação

simples, cujo o enfoque principal é medir o grau de associação linear entre duas variáveis

distintas (X e Y) (FIGUEIREDO FILHO; SILVA JUNIOR, 2010). Por meio desta, é possível

verificar a existência ou não, de relação linear entre essas variáveis, e em sequência, calcular o

grau de associação existente.

Conforme descrito por Guimarães (2013), a expressão para o cálculo do coeficiente de

correlação de Pearson pode ser dada da seguinte forma:

7

𝑟 = ∑(𝑥𝑖 − ��)(𝑦𝑖 − ��)

√(∑(𝑥𝑖 − ��)2) (∑(𝑦𝑖 − ��)2)

Sendo r o coeficiente de correlação linear de Pearson, x e y as médias das variáveis, e xi

e yi os valores das variáveis ao longo do tempo i (GUIMARÃES, 2013). O coeficiente apresenta

resultados que variam de -1 a 1, sendo que o sinal indica se o direcionamento é positivo ou

negativo. O valor 0, indica ausência de correlação. “[...]o certo é que quanto mais perto de 1

(independente do sinal) maior é o grau de dependência estatística linear entre as variáveis. “

(FIGUEIREDO FILHO; SILVA JUNIOR, 2010, p.120). Um resultado negativo indicara uma

tendência de associação inversa, ou seja, a medida que uma variável X aumenta o seu valor,

outra Y terá seu valor diminuído, dependendo do grau de associação.

A força ou magnitude desse relacionamento é determinada com base no valor obtido.

Existem diversos critérios na literatura para se determinar a magnitude do relacionamento entre

duas variáveis. Este trabalho utilizou a metodologia proposta por Dancey; Reidy (2005), o

quadro 1 determina as margens que podem ser obtidas por meio do coeficiente de correlação

de Pearson, e suas respectivas classificações.

Quadro 1: Classificação da correlação quanto à força ou magnitude

Correlação Obtida Força ou Magnitude

0,10 até 0,39 Fraco

0,40 até 0,69 Moderado

0,7 até 1 Forte

Fonte: baseado em Dancey; Reidy (2005)

Após o cálculo da correlação, deve-se verificar sua significância a fim de valida-la, ou

rejeita-la. Conforme descrito por Guimarães (2013), para verificar o índice de significância do

teste de correlação, pode-se utilizar a seguinte equação:

𝑡𝑐 =𝑟√𝑛 − 2

√1 − 𝑟2

Dadas as seguintes Hipóteses:

H0: p valor = 0 (Não há associação linear entre as variáveis)

H1: p valor ≠ 0 (Há associação linear entre as variáveis)

Onde r é o coeficiente de correlação linear de Pearson e n o número de amostras. Determina-se

(p – valor), comparando o valor tc com t (valor obtido pela tabela t-student)4, considerando-se

n - 2 graus de liberdade para tc, conforme evidenciado na equação. Se tc > t, devemos rejeitar a

hipótese nula. Entretanto, se a hipótese nula (H0), for rejeitada, dado um nível de significância

∞, aceita-se a hipótese alternativa (H1), ou seja, a correlação é dada como significativa

(GUIMARÃES, 2013).

É possível, comparar a correlação obtida para dois ou mais pares de variáveis. De

maneira geral, a definição de r diz que 100r2, é o percentual de relações y’s que é (são) explicada

4 A variável t, equivale ao valor t-student (que pode ser obtido ao se consultar a tabela. Para mais informações,

acessar: http://www.ufpa.br/dicas/biome/biopdf/bioreg.pdf), conforme descrito por Guimarães (2013). Este

trabalho optou pela obtenção do p-valor com base na comparação de tc por meio do software Microsoft Excel 2013.

8

(s) por x’s (FREUND; SIMON, 2000). Assim, é um erro estimar que dada uma correlação de

0,6, e outra de 0,3, concluir que primeira é duas vezes mais forte que a segunda. Portanto, a

metodologia adequada para efeito de comparação, é:

100%(0,6)2 = 36%

100%(0,3)2 = 9%

Ao efetuar a divisão entre 0,36 por 0,09, conclui-se que a primeira correlação, cujo valor

é de 0,6, é 4 vezes mais forte do que o valor da segunda, de 0,3.

3.2 Casualidade de Granger

Para identificar as relações entre o Ibovespa e os índices setoriais, utilizou-se também,

o teste de relação causal. Como relatado pela literatura, correlação não implica necessariamente

em causa (MATOS; 2000). Além disso, para Figueiredo Filho e Silva Junior (2009), não se

aplica distinção de casualidade simples ou recursiva por meio da correlação, ou seja,

dificilmente pode-se afirmar quem varia em função de quem.

O teste de casualidade de Granger é uma técnica econométrica cuja função é estimar se uma

variável X causa Y, ou se Y causa X. Além disso, pode-se concluir por meio do teste que X não

causa Y, ou que Y não causa X (MATOS; 2000).

Para se testar a casualidade de Granger entre as Variações do Ibovespa (VIBOV) e as

Variações dos Índices Setoriais (VISETOR), foram estimadas as seguintes equações:

𝑉𝐼𝐵𝑂𝑉 = 𝑎 + ∑ 𝑏𝑖

𝑛

𝑗=1

𝑉𝐼𝐵𝑂𝑉𝑡−𝑖 + ∑ 𝑐𝑗𝑉𝐼𝑆𝐸𝑇𝑂𝑅𝑡−𝑗

𝑛

𝑖=1

+ 𝜇𝑡

𝑉𝐼𝑆𝐸𝑇𝑂𝑅 = 𝑐 + ∑ 𝑑𝑖𝑉𝐼𝑆𝐸𝑇𝑂𝑅𝑡−𝑖 + ∑ 𝑒𝑗𝑉𝐼𝐵𝑂𝑉𝑡−𝑗

𝑛

𝑖=1

+ ɯ𝑡

𝑛

𝑖=1

Onde a e c são constantes, µt e ɯt são distúrbios aleatórios. Assim seja a hipótese nula (H0): se

os coeficientes c1 = c2 = cj = 0 (primeira equação), então VISETOR não causa no sentido de

Granger VIBOV; entretanto seja a hipótese alternativa (H1): se os coeficientes c1 = c2 = cj ≠ 0

(primeira equação), então VISETOR causa no sentido de Granger VIBOV. Observando a outra

perspectiva, seja a hipótese nula (H0): e1 = e2 = ej = 0 (segunda equação), então VIBOV não

causa VISETOR; porém seja a hipótese alternativa (H1): e1 = e2 = ej ≠ 0 (segunda equação),

logo, VIBOV causa no sentido de Granger VISETOR.

Conforme relatado pela literatura, é importante que as séries analisadas sejam

estacionárias, pois caso o contrário, os resultados obtidos por meio da análise podem ser

espúrios (MATOS, 2000). Para verificar a estacionariedade das séries este estudo utilizou o

teste de raiz unitária de Dickey & Fuller Aumentado (ADF), cuja a finalidade é verificar se as

séries são estacionárias em nível (valores originais), em primeira diferença ou em segunda

diferença. Os níveis de significância adotados nos modelos econométricos (p – valor), foram

de 0,01, 0,05 e 0,10, sendo que as hipóteses alternativas foram aceitas quando os níveis de

significância obtidos forem menores que os adotados. O número de defasagens (lags) adotado

para as análises econométricas foi obtido com base em rigorosos critérios: de Akaik (AIC) e

Shwarz (SC)5.

5 Na evidência de resultados distintos entre esses dois critérios, utilizou-se o critério da parcimônia, ou seja, optou-

se em adotar o critério que apresentou o menor número de lag’s. Para mais informações, ler: MATOS (2000).

9

4. RESULTADOS

4.1 Testes de Correlação

A análise de correlação permite identificar o grau de associação existente entre cada

índice setorial em relação ao Ibovespa. Foi utilizado o teste de correlação de Pearson, além dos

testes de significância, considerando-se ∞ = 0,01. Os resultados obtidos são descritos na tabela

1 a seguir:

Tabela 1: Correlações entre os Índices setoriais e o Ibovespa

Fonte: elaborado pelos autores.

Nota: **Indica que a correlação é significativa.

Todas as correlações obtiveram (p ≠ 0). Portanto a hipótese nula (H0) é rejeitada, ou

seja, a correlação entre todos os índices é significativa.

Foram calculadas as médias da volatilidade dos índices e seus respectivos desvios por

período, ou seja, individualmente para 2015 e 2016. A tabela 2 abaixo apresenta os resultados

obtidos:

Tabela 2: Médias dos índices por Período

Médias e Desvios por Período

Média/2015 Média/2016 Desvio

Padrão 2015

Desvio

Padrão 2016

Índice Ibovespa (IBOV) -,0474 ,1462 1,46776 1,67874

Índice de Consumo (ICON) -,0219 ,0583 1,12622 1,30879

Índice de Energia Elétrica (IEE) -,0266 ,1621 1,43316 1,51265

Índice de Materiais (IMAT) ,0085 ,1440 1,71977 2,35210

Índice Industrial (INDX) ,0257 ,0067 ,97367 1,24754

Índice Financeiro (IFNC) -,0385 ,1746 1,74024 1,97088

Índice Imobiliário (IMOB) -,0851 ,1259 1,59136 1,55376

Índice de Utilidade Pública (UTIL) -,0359 ,1846 1,57051 1,48284

Fonte: elaborado pelos autores.

Correlações Índice Ibovespa (IBOV) (BVSP)

Correlação de Pearson

tc p - valor

Índice de Consumo (ICON) 0,861** 37,58772358 7,3387E-147

Índice de Energia Elétrica (IEEX) (IEE) 0,787** 28,3234475 1,7908E-105

Índice de Materiais Básicos (IMAT) 0,641** 18,54299898 1,26542E-58

Índice do Setor Industrial (INDX) 0,809** 30,55878016 7,5896E-116

Índice Financeiro (IFNC) 0,931** 56,6314209 6,4246E-218

Índice Imobiliário (IMOB) 0,803** 29,91631025 6,9019E-113

Índice Utilidade Pública (UTIL) 0,796** 29,19902013 1,4596E-109

10

Supõe-se que a média da volatilidade de cada índice tende a representar o retorno

esperado para os ativos do setor representado por cada índice, tendo em vista que a natureza da

composição dos índices de refletir seu comportamento. O grau de volatilidade apresentado pelo

Ibovespa nos períodos de 2015 e 2016 foram de -0,0474 e 0,1462, e os desvios, 1,46776 e

1,67874 respectivamente. Com base nesse comportamento, avaliou-se sua associação em grau

com os índices setoriais, as possíveis causas e impactos dessas variáveis sobre o Ibovespa.

Com base no teste de correlação, verificou-se que o índice Financeiro (IFNC) foi a

variável que apresentou maior grau de associação em relação ao Ibovespa (IBOV): (r = 0,931),

sendo positiva e podendo ser considerada forte. O que é teoricamente sustentável, pois como o

IFNC compreende uma carteira composta de ativos das principais instituições financeiras, logo

qualquer impacto no mercado tenderá a afetar primeiramente o preço dos ativos, e

consequentemente o mercado financeiro em primeira instância.

Ao se analisar a volatilidade do índice para cada ano, em 2015 o IFNC apresentou maior

desvio-padrão dentre as demais variáveis correlacionadas: de 1,74, sendo que sua volatilidade

média para mesmo período foi de -0,385. Em 2016, apresentou o segundo maior desvio: de

1,97. Entretanto, nesse ano a volatilidade média do período saltou para 0,1743, ou seja, variou

cerca de 554% em relação ao ano anterior.

Com base nos desvios e dada correlação positiva entre os índices, verifica-se em 2015,

que a queda das carteiras compostas principalmente de ativos de organizações ligadas ao setor

financeiro, teve impacto negativo sobre o Ibovespa, dada a volatilidade predominantemente

negativa. Em contrapartida, a volatilidade média do índice em 2016 foi positiva. Além disso, a

queda do desvio nesse mesmo período, ou seja, o comportamento da variação do preço desses

ativos mostrou-se mais homogêneo, se comparado ao período anterior. Todo esse

comportamento pode ser justificado se levado em conta que, na transição entre esses períodos,

observou-se um contexto político-econômico instável e repleto de incertezas, oriundos

principalmente de escândalos como o da Petrobrás.

Jubert et al (2008), em um estudo acerca do padrão de volatilidade entre os índices

setoriais e o índice Ibovespa por meio de análises econométricas baseadas em variantes do

modelo ARCH6, corrobora com os resultados apresentados. O estudo também observou

tendência de associação entre os índices setoriais e o Ibovespa, além de ter concluído que o

impacto da volatilidade dos índices setoriais sobre o Ibovespa tende a ser ainda mais relevante

em variações negativas, e menos intensificada nas positivas.

Por meio desta perspectiva, subentende-se que diante do grau de correlação entre o

Ibovespa e esse indicador, o impacto da volatilidade no contexto macro foi mais influente em

2015. Portanto, verifica-se a importância de se conhecer o grau de influência entre esses

indicadores para os agentes financeiros e econômicos, visto que as ações executadas por estes

no mercado financeiro propriamente dito, que é o principal componente das carteiras que

compõem o IFNC, visam o ganho e (ou) proteção em função de estimativas.

O segundo Índice mais influente em relação ao Ibovespa foi o ICON. Tendo apresentado

correlação positiva: (r = 0,861), também considerada forte. A volatilidade média entre os

períodos de 2015 e 2016 cresceu de -0,0219 para 0,0583, caracterizando, portanto, o aumento

do retorno esperado. Como o ocorrido com Índice Financeiro em 2015, a volatilidade negativa

tendeu a desestabilizar o Ibovespa, dada sua correlação positiva. O comportamento do desvio,

entretanto, apresenta uma relação de contraste se comparado com o observado no IFNC (Tabela

2). Visto que o desvio não teve aumento significativo, ou seja, o comportamento da variação

do preço dos ativos desse setor manteve-se dentro de um certo padrão.

6 ARCH (Autoregressive conditional heteroskedasticity), ou modelos auto regressivos com heterocedasticidade

condicional. Foram introduzidos por Engle (1982), com propósito de estimar a inflação. Para mais informações,

ler Morettin (2008).

11

Esse comportamento deriva da natureza das principais carteiras que compõe o ICON,

as do setor de consumo e saúde. Tendo em vista que a saúde, bem como alguns componentes

do índice como setor de alimentos são essenciais para a população (PINHEIRO,2009). Assim,

dado grau de associação entre o Ibovespa e esse índice, verifica-se que o ICON desempenha

um papel importante, principalmente no setor financeiro, dado seu alto grau de associação com

o Ibovespa.

Por conseguinte, o Índice Industrial (INDX) foi o único a apresentar queda em sua

volatilidade média. A correlação obtida para o índice foi: (r = 0,809). Vale ressaltar que dentre

os índices Setoriais, este foi o que apresentou menor desvio para os dois períodos, mesmo este

tendo aumentado entre 2015 e 2016. Ao contrário do observado para os outros índices, em 2015

o índice apresentou volatilidade predominantemente positiva, portanto tendeu a impactar

positivamente o Ibovespa. Com base em seu desvio, subentende-se que a variação do preço dos

ativos derivados de indústrias apresentou, em suma, comportamento heterogêneo na transição

entre os períodos. Como houve queda da volatilidade média, ou seja, a variação do preço dos

ativos desse setor diminuiu, apesar de ainda ter-se mantido positiva. Portanto, observa-se que

em contextos economicamente instáveis, os agentes financeiros e econômicos tendem a reduzir

seus investimentos nos grupos componentes desse setor7, e dado que o Ibovespa está altamente

correlacionado com o índice, conclui-se que o mercado, e consequentemente o Ibovespa, são

muito sensíveis a este comportamento.

O trabalho de Jubert, et al (2008), obteve um coeficiente de correlação superior para o

INDX em relação ao Ibovespa: de (r = 0,986). É importe analisar que o contexto

macroeconômico do estudo avaliou o período antecedente a crise de 2008, originada nos

Estados Unidos (EUA)8.

Utilizando-se da metodologia proposta por Freund e Simon (2000), pode-se estabelecer

um comparativo entre o grau de associação entre as correlações obtidas para o INDX. Assim

obtêm-se:

100%(𝑟2)

100%(0,809)2 ≅ 65,44%

100%(0,986)2 ≅ 97,22%

Logo, pode-se estabelecer a relação entre as correlações por meio da razão dos valores

obtidos, obtendo a diferença real entre as correlações:

0,9722

0,6544

≅ 1,4856

Ou seja, o grau de associação obtido no trabalho de Jubert et al. (2008), é

aproximadamente 1,49 vezes mais forte se comparado a correlação obtida no presente estudo.

Assim, subentende-se que desse período em diante, o setor industrial vem sendo

amplamente afetado, e que a queda do grau de correlação entre esses períodos pode ser

interpretada como uma adaptação do mercado financeiro à alta sensibilidade do setor Industrial

7 Geralmente as indústrias tendem a produzir bens de capital, esses grupos de setores tendem a atingir seu pleno

potencial apenas na etapa de solidificação de uma economia (PINHEIRO,2009). 8 A crise de 2008 teve como alicerce o problema de inadimplência dos subprimes (se tratavam de financiamentos

imobiliários norte-americanos de alto risco), cujo impacto provocou a quebra de várias bolsas de valores, além de

outras instituições financeiras, dentre elas a Bolsa de Nova York (New York Stock Exchange ou NYSE), abalando

economias em todo o mundo, consequência do intenso processo de globalização que vem se instaurando desde a

virada do século, bem como da ascensão do dólar como principal moeda internacional.

12

a recessões, tendo em vista que desse período em diante, por efeito do processo de globalização,

mercados distintos foram influenciados por outras recessões, como a da Grécia por exemplo.

Em síntese, o comportamento do índice diminuiu sua tendência de associação com o Ibovespa

nos últimos anos.

Para o índice Imobiliário (IMOB), foi obtido um coeficiente de correlação de (r =

0,803). A média da volatilidade obtida foi a menor dentre os índices em 2015, de – 0,804, tendo

variado para 0,1259. Em contrapartida o desvio apresentou queda entre 2015 e 2016, de 1,59

para 1,55 aproximadamente. Pode-se deduzir com base nesses dados que o setor imobiliário

tende a auferir grande impacto no mercado financeiro, e que no período analisado o valor dos

ativos cresceu abruptamente. Entretanto a variação dos desvios não aufere homogeneidade na

variação dos preços dos ativos componentes, pois observa-se que o valor é semelhante apenas

em módulo, sendo positivo. Ou seja, o setor imobiliário auferiu grande impacto no Ibovespa,

mas os choques nas variações se apresentaram semelhantes. Em suma, nesse caso específico,

esse comportamento vai contra o padrão proposto pelo estudo de Jubert et al., que pregava que

os impactos em casos de volatilidade negativa seriam em tese, superiores aos de volatilidade

positiva. (JUBERT; et al, 2008)

O Índice de Utilidade Pública (UTIL), apresenta uma correlação um pouco inferior: (r

= 0,796). Dos índices, foi o que apresentou maior média de volatilidade em 2016, ou seja,

retorno esperado positivo: 0,1846. Uma grande evolução se comparado a 2015 onde a média da

volatilidade se apresentou negativa: - 0,0359. Entretanto, sabe-se que dada a correlação

positiva, houve tendência de impacto negativo sobre o Ibovespa em 2015. Os desvios também

revelam homogeneidade no comportamento da variação do preço desses ativos na transição

entre os períodos analisados. Entretanto, o resultado da correlação faz concluir que,

independentemente do comportamento da variação do preço dos ativos, o setor tende a provocar

impactos significativos no Ibovespa, visto que sua correlação é forte.

O Índice de Energia Elétrica (IEE) apresentou correlação de: (r = 0,787). A média da

volatilidade saltou de -0,0266 para 0,1621, sendo que seu desvio cresceu cerca de 6%. Ou seja,

os ativos das companhias que compõe o setor impactaram o IBOV em 2015, dado o grau de

associação obtido por meio da correlação. Vale também observar que o estudo de Jubert, et al

(2008), identificou uma correlação de (r = 0,956).

Utilizando novamente a metodologia proposta por Freund e Simon (2000):

100%(0,787)2 ≅ 61,93%

100%(0,956)2 ≅ 91,39%

0,9139

0,6193

≅ 1,4756

De forma análoga ao ocorrido com o INDX, o setor vem sendo influenciado pelo

mercado desde a crise de 2008. A correlação obtida em 2008 é aproximadamente 1,48 vezes

mais forte do que a atual. Pode-se concluir que, semelhante ao ocorrido com o setor Industrial,

o impacto do índice sobre Ibovespa apesar de significativo, tem diminuído nos últimos anos.

O índice de Materiais (IMAT) foi o que apresentou menor correlação com o Ibovespa:

(r = 0,641), considerada moderada. Sua volatilidade média aumentou de 0,0085 em 2015 para

0,1440 em 2016, ou seja, o impacto das componentes do índice sobre o Ibovespa foi positivo

nos dois períodos. O destaque para esse índice é o desvio padrão, que em 2015 foi o segundo

maior: de 1,71. Em 2016, apresentou o maior desvio, de 2,35 aproximadamente, um valor

extremamente elevado se comparado a outros índices. Pode-se presumir então que no contexto

13

analisado, as carteiras de ativos que compõe o IMAT apresentam menor homogeneidade nas

variações de seus preços, se comparado os outros índices. Portanto, seu impacto sobre o

Ibovespa tende a ser um dos mais imprevisíveis.

4.2 Teste de Casualidade de Granger

O passo inicial para aplicação do teste de casualidade, bem como de qualquer outra

análise econométrica é verificar se as séries são estacionárias. As estatísticas de Durbin-

Watson9 também apresentaram resultados satisfatórios. Portanto, aceita-se a hipótese nula (H0

= sem ausência de correlação), conforme descrito por Matos (2000), ou seja, não há correlação

serial presente nas séries. O teste de Dickey-Fuller Aumentado (ADF), foi realizado com o

objetivo de verificar a validade da hipótese nula definida para as variáveis (IBOV, ICON, IEE,

IMAT, INDX, IFNC, IMOB).

H0 = A série é não-estacionária.

H1 = A série é estacionária.

Tabela 3: Resultado dos Testes ADF – séries em nível

LAG (s) t-Estatística

(NÍVEL) 1%*** 5%** 10%*

IBOV 0 -21,19610*** -3,976742 -3,418944 -3,132019

ICON 0

-22,22808*** -3,976742 -3,418944 -3,132019

IEE 0 -19,88244*** -3,976742 -3,418944 -3,132019

IMAT 0

-20,88017*** -3,976742 -3,418944 -3,132019

INDX 0 -22,84783*** -3,976742 -3,418944 -3,132019

IFNC 0

-21,17667*** -3,976742 -3,418944 -3,132019

IMOB 0

-20,60577*** -3,976742 -3,418944 -3,132019

Fonte: elaborado pelos autores.

Obs: ***, **, * Reportam o grau significância de t-estatística: 1%, 5% e 10% respectivamente.

O resultado dos testes ADF, determinam que todas as séries: Ibovespa (IBOV), índice

de Consumo (ICON), Índice de Energia Elétrica (IEE), Índice de Materiais (IMAT), Índice

Industrial (INDX), Índice Financeiro (IFNC) e índice Imobiliário (IMOB); são significativas a

nível (valores originais) de 1%. Dado que os níveis de significância obtidos são menores que

os adotados (p-valor < 0,01; 0,05 e 0,10), rejeita-se a hipótese nula (H0). Portanto, aceita-se a

hipótese alternativa (H1). Logo, as séries são estacionárias, ou seja, sem existência de raiz

unitária.

Depois de verificada a estacionariedade, foi aplicado o teste de casualidade de Granger.

O teste determina se o comportamento de um índice setorial influencia o Ibovespa. Verificou-

9 Com base na tabela de valores críticos de Durbin-Watson e no número de amostras foram determinados: (dL =

1,78643; dU = 1.79457). Assim: (4 – dL = 2,21357) e (4 – dU = 2,20543). Os valores obtidos para as estatísticas

de Durbin-Watason (d) para séries variaram de: 1,997317 a 2,009863. Assim todas as estatísticas das séries

mostraram-se compreendidas entre (dU e (4 – dU)), ou seja, aceita-se a hipótese nula (H0: r = 0 [ausência de

autocorrelação]) e descarta-se a hipótese alternativa (H1: r ≠ 0 [presença de autocorrelação]). Para mais

informações, ler: MATOS (2000). Tabela dos valores críticos disponível em:

http://web.stanford.edu/~clint/bench/dwcrit.htm

14

se então a existência e o direcionamento da casualidade nas séries, conforme evidenciado na

tabela 4.

Tabela 4: Teste de Casualidade de Granger nas séries: IBOV, ICON, IEE, IMAT, INDX, IFNC, IMOB e UTIL.

Hipótese Nula (H0): F - Estatística Prob. Lag (s) *

ICON não causa no sentido de Granger IBOV 4,60752 0,0323 1

IBOV não causa no sentido de Granger ICON 1,28058 0,2583

IEE não causa no sentido de Granger IBOV 0,35214 0,5532 1

IBOV não causa no sentido de Granger IEE 0,06105 0,8050

IFNC não causa no sentido de Granger IBOV 0,02547 0,8733 1

IBOV não causa no sentido de Granger IFNC 1,00837 0,3158

IMAT não causa no sentido de Granger IBOV 0,21779 0,6409 1

IBOV não causa no sentido de Granger IMAT 0,05622 0,8127

IMOB não causa no sentido de Granger IBOV 0,02048 0,8863 1

IBOV não causa no sentido de Granger IMOB 0,61446 0,4335

INDX não causa no sentido de Granger IBOV 9,42979 0,0023 1

IBOV não causa no sentido de Granger INDX 0,73779 0,3908

UTIL não causa no sentido de Granger IBOV 0,19847 0,6562 1

IBOV não causa no sentido de Granger UTIL 0,06654 0,7966

Fonte: elaborado pelos autores.

Obs: (*) = Número ótimo de defasagens.

Os resultados demonstram que dos sete índices analisados, não existem relações de

casualidade no sentido de Granger entre 5 pares de variáveis (relação causal entre VISETOR e

VIBOV): IEE e IBOV, IFNC e IBOV, IMAT e IBOV, IMOB e IBOV e UTIL e IBOV. Em

suma, para esses pares de índices foi aceita a hipótese nula (H0). Portanto conclui-se que 71,42%

dos índices setoriais não exercem relação de casualidade com o Ibovespa. Todavia, foi

verificada a existência de casualidade no sentido de Granger para os pares: (ICON e IBOV) e

(INDX e IBOV), ou seja, as variações do índice de Consumo e do Índice Industrial refletem

influência sobre o Ibovespa. No caso da relação causal entre VIBOV e VISETOR, observa-se

que o Ibovespa não causou no sentido de Granger nenhum dos índices setoriais, ou seja, o IBOV

15

não exerce influência sobre: IFNC, IEE, IMAT, UTIL, IMOB, ICON ou INDX. Por meio dos

resultados obtidos, observa-se que houve, portanto, casualidade unidirecional (ICON causa

IBOV, INDX causa IBOV).

O teste de casualidade demostrou que dentre os índices setoriais, apenas dois deles

(ICON e INDX) causam reflexo no Ibovespa. Tais resultados corroboram com a literatura. Para

Pinheiro (2009), setores que cobrem necessidades primárias, como por exemplo: alimentação;

são menos sensíveis a mudanças no ciclo econômico, portanto no caso de uma recessão os

investimentos tendem a ser direcionados para esses setores. Observado que boa parte das

componentes dos setores de consumo e industrial enquadram-se nesse perfil, conclui-se que de

fato esses setores são influentes para o Ibovespa nesse aspecto.

Entretanto, há também grupos de setores sensíveis a taxa de juros, que são impactados

principalmente pela alta da inflação, como é caso das indústrias automobilísticas (PINHEIRO,

2009). Dado que, tanto do setor de consumo quanto o industrial também são compostos por

empresas que apresentam essa característica, confirma-se, portanto, a influência desses setores

sobre o Ibovespa.

5 CONCLUSÃO

No presente estudo, através da utilização do teste de correlação linear de Pearson e do

teste causal de Granger, buscou-se analisar as relações de associação e de casualidade entre o

Índice da Bolsa de Valores de São Paulo (IBOVESPA); e os índices setoriais da

BM&FBovespa: Índice Financeiro (IFNC), Índice Imobiliário (IMOB), Índice de Utilidade

Pública (UTIL), Índice de Consumo (ICON), Índice de Energia Elétrica (IEE), Índice de

Materiais Básicos (IMAT), Índice Industrial (INDX); alguns dos principais índices de ações do

mercado brasileiro, no período compreendido entre 2015 e 2016. A análise do comportamento

desses índices são um importante instrumento na tomada de decisões dos agentes financeiros e

econômicos.

A análise das correlações entre o Ibovespa e os índices setoriais revelou que

praticamente todos os índices setoriais, com exceção do IMAT, apresentaram forte relação de

associação com o Ibovespa. Além disso, observou-se que em 2015 o retorno médio dos ativos

componentes dos índices mostrou-se negativo, dado o alto grau de associação, aufere-se em

primeira análise, que estes afetaram negativamente o Ibovespa, com exceção do INDX e IMAT

que apresentaram retorno médio esperado positivo. Em 2016, verifica-se elevação significativa

do retorno esperado, exceto para o INDX, o qual foi o único a demonstrar queda nesse período.

Além disso, verifica-se que tanto o INDX quanto o IEE, vêm diminuindo seu grau de associação

com o Ibovespa nos últimos anos.

Os resultados do teste de casualidade de Granger revelaram, porém, que dos índices

setoriais, apenas o ICON e o INDX exercem influência sobre o Ibovespa, sendo que IBOV não

exerce causa sobre nenhum dos índices setoriais. Dessa forma, conclui-se que em 2015, de fato,

os setores de consumo (que derivam do ICON), exerceram impacto negativo sobre o Ibovespa,

e que em 2016 houve significativa recuperação e estimulo do mercado por parte deste setor. As

analises também permitem auferir que as componentes do INDX desempenharam um

importante papel em 2015 sobre o Ibovespa, dado seu retorno médio positivo, mas que, porém,

em 2016 apresentou desempenho mais tímido. De maneira geral, observa-se que em um

contexto macroeconômico de recessão o setor industrial apresenta maior resistência, e que em

um cenário de recuperação econômica o ICON desempenha um papel de grande importância.

Portanto verifica-se que o maior impacto sobre o Ibovespa advém do setor de consumo.

Por fim, conclui-se também que, como o Ibovespa não exerce influência sobre nenhum

setor, as relações de associação entre os demais setores não representam influência sobre o

índice. Finaliza-se este estudo, sugerindo que novos estudos sejam realizados, sejam por meio

de análises quantitativas ou empíricas, fornecendo mais informações sobre o mercado acionário

16

brasileiro e sobre o comportamento dos índices frente as variáveis macroeconômicas e político-

econômicas, identificando por meio destas, vieses que possam vir a justificar a associação

desses índices.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BOLSA DE VALORES, MERCADORIAS E FUTUROS DE SÃO PAULO

(BM&FBOVESPA). Índices. 2014. Disponível em: < http://www.bmfbovespa.com.br/pt_br/busca/?query=%C3%ADndices>. Acesso em: 31 abr.

2017.

BOLSA DE VALORES, MERCADORIAS E FUTUROS DE SÃO PAULO

(BM&FBOVESPA). Metodologia dos Índices. 2015. Disponível em: < http://www.bmfbovespa.com.br/pt_br/busca/?query=METODOLOGIA+INDICES>. Acesso

em: 01 abr. 2017.

DANCEY, C. P.; REIDY, J. Estatística sem matemática para psicologia. 5 ed. Porto Alegre:

Penso, 2013.

ELIAS, C. O. Valor de mercado versus liquidez: um estudo a partir dos índices amplos como

referência. Trabalho de Conclusão de Curso (Ciências Contábeis), UFG, Goiânia, 2014.

Disponível em: <http://repositorio.bc.ufg.br/tede/handle/ri/4182>. Acesso em: 08 mai. 2017.

EXAME. Cotações Bovespa. Disponivel em: <http://exame.abril.com.br/mercados/cotacoes-

bovespa>. Acesso em: 16 mai. 2017.

FREUND, J. E.; SIMON, G. A.. Estatística aplicada: economia, administração e

contabilidade. 9 ed. Porto Alegre: Bookman, 2000.

FIGUEIREDO FILHO, D. B.; SILVA JUNIOR, J. A. Desvendando os Mistérios do Coeficiente

de Correlação de Pearson (r). Revista Política Hoje, v. 18, n. 1, 2010.

GRESSLER, L. A. Introdução à pesquisa: projetos e relatórios. 2 ed. São

Paulo: Loyola, 2004.

GUIMARÃES, P. R. B. Análise de Correlação e medidas de associação. 2013. Disponível

em: < https://docs.ufpr.br/~jomarc/correlacao.pdf>. Acesso em: 01 abr. 2017.

JUBERT, R. W. et al. Um Estudo do Padrão de Volatilidade dos Principais Índices Financeiros

do Bovespa: uma Aplicação de Modelos Arch. Revista UnB Contábil, Universidade de

Brasília – Departamento de Ciências Contábeis e Atuariais, v. 11, n. 12, p. 221-239, jan./dez.

2008.

LEMES JÚNIOR, A. B.; RIGO, C. M.; CHEROBIM, A. P. M. S. Administração financeira:

princípios, fundamentos e práticas brasileiras. Rio de Janeiro: Campus, 2002.

MATOS, O. C. Econometria básica: teoria e aplicações. 3 ed. São Paulo: Atlas, 2000.

MORETTIN, P. A.. Econometria financeira: Um curso em séries temporais financeiras. São

Paulo: Blucher, 2008.

PIMENTA JUNIOR, T.; HIGUCHI, R. H. Variáveis macroeconômicas e o Ibovespa: um

estudo da relação de causalidade. REAd-Revista Eletrônica de Administração, v. 14, n. 2, 2008.

PINHEIRO, J. L. Mercado de capitais: Fundamentos e técnicas. 5. São Paulo: Atlas, 2009.

RIGHI, M.; CERETTA, P. S.; DA SILVEIRA, V. G. ANÁLISE DE DESEMPENHO

FINANCEIRO SETORIAL NO MERCADO BRASILEIRO. Estudos do CEPE, Santa Cruz

do Sul, p. 252-272, jan. 2013. ISSN 1982-6729. Disponível em:

<https://online.unisc.br/seer/index.php/cepe/article/view/2947/2345>. Acesso em: 2 jul. 2017.

doi:http://dx.doi.org/10.17058/cepe.v0i0.2947.

STEINBACH, V.; BLATTMANN, U. Mapeamento de índices e indicadores: experiência

didática. Revista ACB, v. 11, n. 1, p. 243-256, 2006.

VISALTANACHOTI, N.; LUO, R.; YI, Y. Economic value added (EVA) and sector returns.

Asian Academy of Management Journal of Accounting & Finance, v. 4, n. 2, 2008.


Recommended