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JORNAL DO BRASIL

©jornal do brasil sa 1985 Rio de Janeiro — Domingo, 29 de dezembro de 1985 Ano XCV — N° 264 Preço: Cr$ 5 000

Foto de André Câmara

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A multidão vibrou com a tradicional festa do futebol na praia e Júnior fez o gol da vitória dos profissionais sobre o Juventus. (Pág. 16)

O prefeito eleito de Maceió,Djalma Falcão (PMDB), criousete secretarias e indicou cin-co parentes — um irmão, doissobrinhos, um primo e umcunhado — para ocuparemcargos importantes na admi-nistraçâo municipal. (Pág. 2)

Pornografia

Depois da liberalizaçãonos anos 60 e 70, a Suéciatenta conter a pornografia.Espetáculos públicos fo-ram proibidos. Vídeos, revis-tas e livros estão na mirado Parlamento. (Página 8)

Racionamento

O racionamento de energiaelétrica, em conseqüênciada estiagem, começou emSanta Catarina. Na capital,metade da iluminação públi-ca foi desligada. (Página 7)

Mortos do terror

Número de mortos nos atenta-dos aos aeroportos de Roma eViena subiu para 18 e os feridoschegam a 118, dos quais 10 emestado desesperador. (Página 8)

Bons amigos

Jornal socialista parisiensepublicou quatro fotos de InèsDuarte, filha do presidentede El Salvador, em total har-monia com os guerrilheirosesquerdistas que a seqüestra-ram em setembro. (Página 8)

Paz no Líbano

Líderes das milícias cris-tãs e muçulmanas assinaramem Damasco acordo para aca-bar com a guerra civil no Lí-bano, que matou em 10 anos100 mil pessoas. (Página 8)

Favela em disputa

Favelas de Niterói disputamajuda federal de Cr$ 16 bi-lhões para saneamento e ur-banização, mas o prefeitoWaldenir Bragança já esco-lheu a de Nova Brasília paraas primeiras obras. (Pág. 12)

Separatistas

Mais de 80 delegações de mo-vimentos separatistas de na-cionalidades minoritárias daEuropa Ocidental começarama debater em Barcelona es-tratégias comuns de luta pelaindependência. (Página 8)

Salário tem em janeiro

maior aumento desde 79

Os reajustes salariais de janeiro serão osmaiores desde 1979, quando os salários pas-saram a ser corrigidos a cada seis meses:89,35%. O número, anunciado ontem peloIBGE, já foi calculado com base no índiceNacional de Preços ao Consumidor Amplia-do (IPCA), que a partir de novembro mede ainflação, salários e a correção monetária.

Com o novo índice o assalariado saiu

ganhando. Se o cálculo fosse feito pelo INPCo reajuste de janeiro seria de 85,7%. O novoíndice calcula a alta de preços com base noconsumo de famílias com renda mensal deaté 30 salários mínimos, enquanto o INPC sólevava em consideração os gastos de quemganha de um a cinco salários mínimos.

Em São Paulo, o ministro Dilson Funarorevelou ontem que o Brasil obteve um saldocomercial de 1 bilhão de dólares em clezem-bro, fechando o ano com um superávit de 12bilhões 400 milhões de dólares. Ele anuncioutambém a importação de 600 mil toneladasde milho para minimizar a elevação de preçosprovocada pela quebra de safra.

"O povo brasileiro pode confiar porque

estamos trabalhando duro para reduzir o

preço dos alimentos", garantiu Funaro.O ministro acha que o governo vem conse-

guindo estabilizar os preços, mas reconhe-ceu que o aumento de 62% do café é "absur-

do" o aconselhou a brasileiro a mudar dehábito e tomar menos cafezinho. (Página 13)

Fome tende a levar

nordestino a peso

de pigmeu em 1990

As mulheres pobres do Nordeste darão à luz,em 1990, bebês de peso igual ao dos pigmeus — emtorno de 2 quilos 700 gramas — se persistiremas atuais condições de subnutrição. A projeçãobaseia-se numa amostragem de 30 mil 223 recém-nascidos no Recife entre 1976 e abril de 85, queconstatou a redução, de ano para ano, do peso dascrianças ao nascer.

A comprovação científica dessa tendência aonanismo é do professor Meraldo Zisman, da Uni-versidade Federal de Pernambuco, cuja pesquisaacaba de ser publicada em livro. O falecido cien-tista Nélson Chaves, que levantara a tese nadécada de 60, identificava no homem pobre nor-destino não apenas uma anomalia geral do portemas também deficiências cerebrais. (Página 7)

Grito de menina põe

em fuga ladrões de

prédio no Flamengo

Os gritos da menina Cristina dos Santos, oitoanos, assustada ao ver que a cabeça do pai sangrava,pôs em fuga cinco assaltantes que ficaram mais deuma hora no edifício n° 155 da Rua Paissandu, noFlamengo, de onde roubaram jóias do apartamento102 e dinheiro, relógios, alianças e um Chevette 86de aproximadamente 30 moradores.

Cristina é filha do porteiro Joel Néri dosSantos, que levou uma coronhada de um dosladrões ao tentar telefonar para a polícia narecepção do edifício Fructuoso Ramos. Apesardos prejuízos, apenas o porteiro e o morador doapartamento 301, Avelino Pereira de Azevedo,que ficou sem o Chevette, apresentaram queixana 9a Delegacia Policial, do Catete. (Página 12)

Jânio nega roubo

que

"Tutu" apontou

no fundo de eleição

O prefeito eleito de São Paulo, Jânio Quadros,desmentiu denúncia de sua filha Dirce Maria, a Tutu,de que teriam sido roubados o equivalente a 2 milhõesde dólares do fundo de campanha do pai à prefeitura.Jânio divulgou nota garantindo:

"Jamais houve desvioalgum, tampouco essa campanha reclamou dispêndiosdesse vulto astronômico."

Políticos do PTB e do PFL — a coligação queelegeu Jânio — consideraram a cifra de 2 milhõesde dólares exagerada, mas admitiram que houve des-vios nos dois partidos. Segundo eles, a campanhaficou em Cr$ 30 bilhões e no final apareceu um rombocalculado entre Cr$ 600 milhões e CrS 1 bilhão,coberto por uma vaquinha feita no PTB. (Página 3)

PDS fluminense com

fortes baixas tenta

a renovação radical

Com fortes baixas nas bancadas estadual efederal, e desfalcado de 300 quadros importantes nointerior, o PDS fluminense tentará uma renovaçãoradical para não desaparecer. O presidente regionaldo partido, deputado federal Àlair Ferreira, nãoestá preocupado em saber quem ficará para apagar aluz, mas em reorganizar o PDS, que considera umalegenda ainda viável.

Em janeiro, Alair Ferreira conversará comlíderes municipais que estão resistindo aos con-vites do PMDB e do PDT para ajudá-lo a mantero PDS em atividade. Ele acha que cm maio mui-tos candidatos à Constituinte que não consegui-rem vez em seus partidos poderão correr para oPDS. "É aí que entramos, oferecendo as vagassalvadoras", diz, otimista, Alair Ferreira. (Página 3)

RETROSPECTIVA

M

DOMINGO

É um pequeno distrito de CaboFrio com apenas 12 mil habitantes.Nesta época do ano, porém, Ar-mação de Búzios abriga uma popu-lação de 50 mil pessoas em buscade sol de suas 17 praias e dispostasa pagar até 12 mil dólares porsemana pelo aluguel de uma casa.Lá o comércio se sofistica, a cozi-nha se internacionaliza e a vegeta-ção permanece agreste. É a capitaldo verão.

A estação, aliás, é a ideal paraatividades ao ar livre. Por isso, asfeiras do Rio se multiplicam evendem artesanato, trocam selos,descobrem antigüidades, revelamartistas plásticos. Numa promoçãocom as rádios Cidade, FM 105 eJORNAL DO BRASIL AM, Do-mingo propõe eleições diretas namúsica para a escolha dos melho-res do ano. Faça seu voto.

PROGRAMA — Com jantarescobrados em dólar pelos hotéis daorla marítima e festas de graça,como o baile promovido pela Rio-tur na Cinelândia, a cidade já seprepara para a passagem do ano.Domingo Programa publica um ro-

teiro completo do que está previs-to para a noite de 31 e conta osplanos dos promotores de festasGuilherme Araújo e Chico Reca-rey. Escolha seu réveillon.

A onda de poesia que tomouconta do Rio já chegou à praia.Todos os domingos, no Posto 9,uma bandeira verde anuncia que éali que quem tiver talentoe coragem pode mostrar seus ver-sos. Enquanto isso, o teatro sobe aserra e, a partir da sema-na que vem, alguns dos melhoresespetáculos apresentados na tem-porada carioca cumprem rápidacarreira em Teresópolis.

CalendárioJaneiro começa com o retor-

no do Trio Esperança ao Peoplee termina com a exibição de Co-nan, o Bárbaro na televisão.Entre uma atração e outra, Marí-lia Pera volta ao cartaz com Brin-cando Em Cima Daquilo, Rober-to Carlos canta no Maracanãzi-nho e Maria Pompeu lança okaraokê teatral na boate Vogue.Toda a programação artística domês está no calendário cultural.

Tempo

No Rio e em Niterói, nublado,com chuvas ocasionais e pe-ríodos de melhoria. Tempera-tura estável e visibilida-de moderada. Máx.: 33.6, emBangu; min.: 22.5, em SantaTeresa. Foto do satélite etempo no mundo, página 12.

LoteriaExtração 2.219 da LoteriaFederal: Io prêmio, 02.562(SP); 2o prêmio, 62.466 (SP);3" prêmio, 57.240 (RJ); 4°prêmio, 22.344 (PK); 5o prê-mio, 30.853 (SP).

CADERNO í* '

O ano do desacordoO ano que termina foi o dodissenso, do debate, da polê-mica. Intelectuais e artistasdiscutiram, brigaram e sexingaram como não ocorriahá 21 anos. Na verdade, 85desarrumou o que 84 — anodo consenso, tecido pelas Di-retas e pela eleição de Tan-credo — tinha arrumado. Is-so, porém, ao invés de pare-cer o fim do mundo, podesignificar o começo de ou-tros tempos. Se democracia édesacordo e pluralismo, 85foi, em relação à cultura, umbom ensaio democrático. ORock in Rio abriu a polêmi-ca, já em janeiro, e a entre-vista de Fidel Castro, emdezembro, ainda dá o quefalar. Resíduos do mani-queísmo permaneceram emvárias situações e ocasiões,mas ele está saindo da moda.

Parente empregado

COM ESTA

EDIÇÃO

Em 24 páginas, 1985 a limpo

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2 ? Io caderno a domingo, 29/12/85 Política JORNAL DO BRASIL

Coluna do Castello EXCURSÕES FERROVIÁRIAS

Os que não podem

voltar em 1986

O governo está feliz com sua performanceem 1985 e otimista quanto à perspectiva

de 1986. No entanto, houve um momento noqual a ascensão abrupta do índice inflacioná-rio insinuou uma reação pânica das autorida-des. Esse momento, do crescimento inflacio-nário de 14% ao mês, coincidiu com a saídado ministro Francisco Dornelles e a defini-ção por seu sucessor de inversão na políticafinanceira: ao invés de prioridade nos cortes,aumento da pressão tributária, queda dejuros e estímulo à economia. Esse índicemanteve-se elevado por dois ou três meses eo ministro Funaro viu-se na contingência demobilizar a nação para combater a inflaçãocom maior eficácia nos primeiros meses de1986.

Vistos em conjunto os dados não sãodesestimulantes, apesar de não ter havidoregresso inflacionarjo. O índice ficou em233,65%, pouco acima do patamar do anopassado, mas ainda distante dos catastróficos350% previstos pelo governo anterior. OPIB, que começara a reagir em 1984, regis-trou um aumento de 7,4%, o maior dadécada; os salários subiram 89% no semestree a expansão monetária elevou-se a 35%. Ocrescimento industrial foi de ccrto modoexcepcional, só não influindo mais no índicegeral em função da seca que produziu umaqueda importante da produção agrícola noCentro-Sul do país. O desemprego reduziu-se e a demanda indica que mais mão-de-obraserá recrutada para explorar a capacidadeociosa da indústria, embora com uma taxade investimento ainda reduzida.

O ministro Dilson Funaro mantém aexpectativa nacional em tom elevado a pon-to de acreditar fazer uma reversão inflacio-nária mediante negociação com empregadose empregadores de modo a assegurar osganhos da empresa e os ganhos do trabalha-dor numa margem equivalente a 5 ou 6%. Oministro do Trabalho, que deixara de crer nopacto, foi novamente mobilizado para anegociação, cuja viabilidade tem sido umatônica de todo o governo do Sr José Sarncy.Janeiro, fevereiro e março constituem operíodo vital para as práticas preconizadaspelo ministro da Fazenda. Nesse período,ele deverá conter a inflação do final do ano,fazê-la regredir, sem prejuízo do aquecimen-to industrial, da reposição dos salários e dacriação de novos empregos. O êxito nessatarefa é essencial não só para a manutençãocomo um todo da gestão econômico-financeira que o presidente confiou ao seuministro da Fazenda e à sua equipe comopara que 1986 cubra as esperanças do Sr JoséSarney de executar, ao longo dele, o essen-ciai do seu compromisso de restabelecer aordem econômica, política e social.

Em fevereiro será trocada a equipeministerial, preservada nela a presença doministro Funaro e de seus assessores. No quevai mudar não se inclui portanto a gestãoeconômico-financeira. Se por um lado issoreflete confiança do presidente, por outrolado lhe agrava as responsabilidades numano em que êxitos mais concretos dos que osde 1985 devem ser registrados. Trata-se deum período eleitoral, de eleições gerais parao Congresso, as assembléias estaduais e osgovernos de 23 estados.

A reforma ministerial poderá refletir-sesobre a composição dos partidos e sobre ograu de fidelidade de algumas de suas cor-rentes no governo. A fidelidade não sedefinirá em função de políticas de Estado,mas de políticas setoriais que atendam a umaclientela da qual os partidos não podem abrirmão. Como se sabe, ano de eleição é ano depressão para aumento de gastos não só emmatéria de obras públicas como em matériade vencimentos e vantagens a serem conce-didos ao funcionalismo. Ao lado disso omecanismo deverá funcionar de modo amanter o mesmo grau de credibilidade juntoao empresariado e junto àquelas camadas deopinião pública, de cuja flutuação dependeafinal o desfecho dos episódios eleitorais.

Num ano em que tudo lhe será pedido oSr Funaro deverá negar mais ainda do quetem negado. É claro que o governo empe-nha-se na vitória da Aliança Democráticaou, em seu lugar, dos partidos que expres-sem o apoio dessa coligação ao governofederal. O presidente José Sarney não temgovernadores a eleger, mas deve procurarajudar os partidos que compõem o quadrogovernamental a eleger a maioria do Con-gresso que, no próximo ano, terá poderesconstituintes e elaborará uma nova Consti-tuição que dotará o país de renovadas insti-tuições políticas.

Temos deixado de mencionar até aqui oproblema da dívida externa. O ministro daFazenda, com base no bom comércio e nasboas práticas de negócio, evitou a auditagemdo FMI nas contas nacionais, negociandodiretamente com os banqueiros as dilataçõesdo prazo, enquanto os saldos da balançacomercial e as reservas cambiais permitem opagamento dos juros. Afastar o FMI docomando da política financeira do país eradado politicamente essencial para a estabili-dade do governo. Em 1986, o Sr DilsonFunaro e seus agentes deverão dispor dosmesmos elementos de entendimento direto,sob pena de reaparecerem no país, paradescrédito do governo e exasperação dascorrentes esquerdistas de opinião, os fiscaisdo FMI. Isso não poderá de forma algumaocorrer antes da eleição de novembro.

Carlos Castello li ranço

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vicc-prcfeito, José Costa, e odeputado federal Renan Ca;lheiros (1'MDB-AL) nomea-ram os irmãos, ficando o restodos cargos para o Partido So*cialista Brasileiro (PSB) e oPartido Comunista do BrasH(PC do B).

Já foram anunciados os se-cretários de Esporte e Promo-ção. José Muni/ Falcão, irmãodo prefeito; Saúde, Wilson Ar-raes Falcão, primo; Arti<:i|ra-ção Política, Cleto Falcão, so-hrinho; superintendente de Ur-banização, Clayton WilliamFalcão, sobrinho; e chefe deGabinete, Miguel Ângelo,cunhado. O vice indicou o ir-mão Paulo Costa para diretorda Receita Municipal e RenanCalheiros sugeriu o irmão, Ola-vo Calheiros Jr., para superin-tendente de Obras.

Com a criação das sete se-cretarias, o município passa acontar com II. Mas o novoprefeito tem dois problemas aenfrentar: o pagamento do 13°salário e o reajuste dos servi-dores.

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JORNAL DO BRASIL Política domingo, 29/12/85 ? 1 caderno ? 3

Vice mantém-se longe de Garibaldi

Ferrara pois ainda não

sabe se perde o mandato

Foto de arquivo

Belo Horizonte — Não tendo comparecido à solenidade dediplomarão dos eleitos na noite de sexta-feira, o futuro vice-prefeito de Belo Horizonte, deputado estadual Álvaro Antonio(PMDB), também não foi à entrevista cm que seu companheirode chapa, Sérgio Ferrara, anunciou o secretariado municipal.

— O Álvaro está consultando juristas para saber seperderá ou não o mandato de deputado. Está apenas demons-trando prudência pois quer assumir com os pés no chão — disseFerrara, negando que a ausência do vice-prefeito eleito signifi-que falta de apoio à sua administração.

Na tarde de sexta-feira, Álvaro Antonio informou que nãoreceberia o diploma de vice-prefeito eleito pois há entendimen-to de que isto implicaria a perda automática do mandato dedeputado estadual. "Como não há obrigação de que a diploma-çâo ocorra agora, decidi continuar na Assembléia Legislativa e,se for necessário, assumir a prefeitura", argumentou.

Segundo o TRE, no caso de impedimento de Ferrara, seuvice, para tomar posse no cargo de prefeito, precisará dodiploma legal. Após ser diplomado e, posteriormente, convoca-do a assumir a prefeitura, Álvaro Antonio perderá o mandatona Asscbléia Legislativa onde recebe, líquido, por mês Cr$ 26milhões 865 mil.

O secretariado de Ferrara deixa claro que o prefeito eleitovai governar com o PMDB sem a participação do PFL ou deoutros partidos. Na entrevista, o prefeito eleito de BeloHorizonte disse que não escolheu candidatos a cargos eletivospara evitar desincompatilizaçócs em fevereiro ou maio. Dos 14secretários municipais, quatro são vereadores — entre eles otricampcáo mundial de futebol Wilson Piazza — e os demais,técnicos e políticos sem mandato.

Sérgio Ferrara, na entrevista, disse que não sabe se háexcesso de funcionários na prefeitura, mas propõe-se a exami-nar caso por caso para tomar as medidas cabíveis. "Não querofazer terrorismo", assinalou.

No ar, os campeões

Hoje, às 10 da noite, você não podedeixar de ouvir o programa

"Cidade

Live Concert", na Cidade FM. Serãoapresentados concertos piratas do U2e Phil Collins e, também, a íntegra doconcerto Alchemy com o Dire Straits.Cidade Live Concert, para quem évivo e gosta de música.

ESP'RTE2a feira no Caderno de Esportes.

De 3a a domingo no Primeiro Caderno.

começa com

auditoriaNatal — O prefeito eleito

Garibaldi Alves Filho (PMDB)anunciou que executará, já apartir do dia 2 de janeiro, audi-toria em todas as repartições eórgãos do serviço público mu-nicipal para se inteirar da exatasituação financeira do municí-pio. A disposição do prefeitoeleito é conseqüência da ausên-cia de informações sobre a si-tuaçáo do orçamento da Prefei-tura de Natal, sistematicamen-te negadas pela equipe do atualprefeito, Marcos Formiga, em-bora Garibaldi tivesse designa-do a futura secretária de Plane-jamento, Kátia Fagundes Gar-cia, para coletá-las e torná-laspúblicas.

A imprensa também foi pre-miada com negativas seme-lhantes, mas alguns das conhe-cidos revelam que o novo pre-feito passará a administrar, apartir de Io de janeiro, umverdadeiro caos financeiro. Háalguns meses, em entrevista, àTV Universitária, Marcos For-miga confessou que receberade Agripino Maia (prefeito dacapital antes de se eleger go-vernador do Estado, em W82)um déficit orçamentário de Cr$35 bilhões.

Waldir Pires

busca apoio

do PT baianoSalvador — Depois de avan-

çar nas negociações internas noPMDB, conversando com gru-pos liderados pelo ex-governador Roberto Santos,pelo prefeito eleito Mário Kcr-tesz e pelos deputados HaroldoLima e Francisco Pinto, o mi-nistro da Previdência Social,Waldir Pires, participou ontemà tarde de um debate promovi-do pelo Partido dos Trabalha-dores, do qual espera obterapoio para sua candidatura aoGoverno do Estado.

O presidente do PT, JorgeAlmeida, ressaltou, entretan-to, que um possível apoio doseu partido à candidatura doministro Waldir Pires não seriadecidido no debate realizadoontem na Sindiquímica, mesmoporque os petistas já têm candi-dato próprio à sucessão esta-dual, o secretário-geral, SérgioGuimarães.

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VEJAM QUEM GANHOU O QUE.Após o cadastramento e seleção de todos os documentos apresenta-dos pelos clientes da Sears que participaram do concurso "ClienteLeal", aqui estão os resultados da apuração feita, com a listagem inte-gral dos ganhadores e seus respectivos prêmios.Categoria A - Prêmio para o portador da N.F. mais antiga apresentada no Brasil

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Ganhadores: LEVI GOMES MORIM (BOTAFOGO) - CLARISSE BUENO BION-Dl (PARAÍSO) - AMÉRICO BRANCO (ÁGUA BRANCAI - MARIA MARTA FER-REIRA IBELO HORIZONTE) - ANTONIO V. TEIXEIRA (BRASÍLIA) - JOSE LUISQ ALBUQUERQUE (BARRA DA TIJUCA) - CLOVIS P. DE CAMPOS F? (MO-RUMBI) MANOEL RODOLFO DA SILVA (SANTOS) • MARIA FAUSTA F,CHAIB (CAMPINAS) - ADAUTO MARTINEZ F? (IGUATEMI) - AMADO JOSERODRIGUÉS (NITERÓI)Categoria C - Prêmio para o portador da N.F. de emissão mais antiga por

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Jânio desmente a filha e

nega desvio de dinheiro

Satisfação garantidaou seu dinheiro de volta

Alair confia na renovação

PDS fluminense quer

renovar seus quadros

para sair da crise

Rogério Coelha Neto

O presidente regional do PDS fluminense, deputadofederal Alair Ferreira, acha irrelevante descobrir, entre osremanescentes do seu partido — da bancada de 21 deputadosestaduais, 19 foram embora —, quem se dispõe a ficar paraapagar a luz. Acredita, ao contrário, que a luz poderá atepermanecer acesa, mantendo ou não o partido o seu atualnome:

— O PDS será, com as baixas que sofreu, o partido queterá melhores condições dc promover no Estado do Rio. cmquase todos os níveis, uma renovação radical de seus quadros.Vejam, por exemplo, a situação na Assembléia Legislativa. Sefor mantido o número de 70 deputados poderemos apresentarchapa com 105 nomes (o total das cadeiras, acrescido de50%), com 103 candidatos novos.

Convite do PDTQuando faltavam 20 dias para o encerramento da campa-

nha eleitoral de 15 de novembro, o governador Leonel Brizolamanteve uma longa conversa telefônica com Alair. que seencontrava em Campos, convidando-o a ingressar no PDTpara organizar o partido em bases mais sólidas no Nortefluminense.

Um vereador de Campos revelou que o convite deBrizola chegou a balançar o presidente regional do PDS. Elepromoveu, no entanto, uma consulta às suas bases e sentiuque elas, sobretudo no interior, estavam apostando na ressur-reição do partido. Assim. Alair vai deixar passar as festas defim de ano e já na primeira semana de janeiro iniciará oscontatos com os líderes municipais que estão resistindo ásinvestidas do PMDB e do PDT para saber se eles estãorealmente dispostos a ajudá-lo a manter o partido em plenaatividade.

As maiores baixas sofridas pelo PDS foram as dosdeputados estaduais que resolveram apostar no PFL. Numaprimeira etapa saíram Luís Antônio (com liderança no Sulfluminense), Daisy Lucidi (apresentadora de um programa degrande audiência na Rádio Nacional do Rio). Nelson Sabrá(com bases em Petrópolis e Arraial do Cabo), AmpliatoCabral (com atuação mais forte em Duque de Caxias) e JoséHaddad (representante de um importante núcleo remanescen-te no ex-PSD em Nova Iguaçu).

Aos cinco pioneiros pedessistas que aceitaram o desafioda Frente Liberal somaram-se recentemente — adesões con-firmadas na véspera das últimas eleições municipais — umgrupo de mais seis parlamentares. Dois deles, Josias ÁvilaJúnior e Zeir Porto, integram um forte grupo político nomunicípio de São Gonçalo, liderado pelo deputado federalOsmar Leitão Rosa e pelo prefeito Hairson Monteiro). AstorMelo, médico e político de grande tradição em Niterói e naRegião dos Lagos, desfalcou o PDS de quatro prefeitos, cincovice-pre feitos e 40 vereadores. Vitorino James e Ítalo Brunotêm suas bases eleitorais na capital, enquanto Jorge Davidfecha, com seu irmão, o deputado federal Simão Sessin, omunicípio de Nilópolis, na Baixada fluminense.

O PDS não pôde impedir, ainda, que Moreira Franco, oresponsável pelo sucesso do partido em 1982, com suacampanha de impacto ao Governo do Estado, levasse para oPMDB os deputados José Augusto Guimarães (com base emNiterói), Messias Soares (eleito por Duque de Caxias) e FlávioPalmier da Veiga (com amplas áreas eleitorais na Região dosLagos). Para o PDT, o PDS perdeu Aécio Nanei — um ex-cassado que detém gordas fatias do eleitorado de São Gonça-Io, Itaboraí, Maricá, Saquarema e Rio Bonito —, FranciscoLomelino (bem votado em Niterói). José Nader (com boaliderança no Sul fluminense) e Ludo Amon (eleito por NovaIguaçu). Para o PL, acompanhando o deputado federalÁlvaro Valle, seguiu Herculano Carneiro, político com lide-rança na Zona Oeste do Rio.

Os federaisEntre os deputados federais, o PDS sofreu seis baixas:

Rubem Medina, Léo Simões, Simáo Sessin. Osmar LeitáoRosa e Lázaro de Carvalho filiaram-se ao PFL e Álvaro Valle,depois de unia rápida passagem pela Frente Liberal, acaboufundando uma réplica da sigla comandada pelos ministrosAurcliano Chaves e Marco Maciel: o PL (Partido Libertador).Do PDT, o PDS ganhou, no entanto, o deputado AgnaldoTimóteo.

Os votos obtidos por Medina, Léo Simões, Sessin,Osmar e Lázaro eqüivalem aos de Timóteo — 500 mil. Notocante à legenda federal, o PDS pôde, portanto, equilibrarcom uma única adesão as perdas sofridas. Como prometempermanecer em seus quadros os deputados Alair Ferreira,Saramago Pinheiro, Amaral Neto, Eduardo Galil, HamiltonXavier, Figueiredo Filho e Darcílio Aires, o PDS, quanto àrepresentação federal, não se encontra em situação desespera-dora. Um outro deputado federal, Wilmar Palis, hoje pioneirodas diretas já, encontra-se, por sua vez, sem partido.

As alternativasPara ficar no PDS, recusando a cômoda situação ofereci-

da por Brizola, o deputado Alair Ferreira joga com umaalternativa que tem uma certa lógica:

A política brasileira, em fase de transição, nãoobedece a nítidas linhas ideológicas. Creio, por isso mesmo,que perto de 15 de maio, quando se encerra o prazo de filiaçãopartidária para os que desejam concorrer às eleições de 15 denovembro do próximo ano, PMDB, PDT e o PFL venham asofrer uma implosáo natural com a rebelião de postulantes àAssembléia Nacional Constituinte e à Assembléia Legislativaque venham a se sentir sem chances de entrar nas chapas dostrês partidos. É aí. então, que a gente entra, oferecendo aosque tenham méritos políticos e expressem movimentos derenovação, as vagas salvadoras.

Os deputados Aloísio de Castro e Heitor Furtado são osúnicos remanescentes da bancada estadual de 21 representan-tes que o PDS elegeu em 1982. Furtado, porém, ainda abatidocom a acachapante derrota nas eleições para a Prefeitura doRio — obteve apenas 21 mil votos —, está se preparando parasair. Castro, sem muita confiança, mas fiel a uma velhaamizade com Alair, que já dura mais de 20 anos, se confessa"um político sem maiores opções":

Eu sigo uma liderança. Se ela fica. eu fico tambémEstou pronto para tudo e se for preciso aceito ser o último asair, tomando até o cuidado de arrumar mesas e gavetas eapagar a luz.

Nas bases municipais do PDS, quem fez o maior estragofoi Moreira Franco, que se obrigou a buscar para o PMDB. nointerior, lideranças em condições de compensarem o seu novopartido com os 200 mil votos que a esquerda organizada e aindependente levaram para o PCB, PC do B e PSB. O PFLtirou também alguns prefeitos e vereadores pedessistas. Aolodo o partido perdeu cerca de 300 quadros interioranos damaior importância.

São Paulo — O prefeito eleito Jânio Qua-dros divulgou nota oficial desmentindo denúnciafeita por sua filha, Dirce Maria, a Tutu, de quefoi roubado o equivalente a 2 milhões de dólaresda campanha de seu pai à prefeitura paulista.Em sua nota, Jânio afirma que "jamais ocorreudesvio algum" de dinheiro em sua campanhaeleitoral.

A Promotoria de Justiça Eleitoral de SãoPaulo vai analisar a acusação porque, segundo opromotor Pedro Antônio Bueno Oliveira,"aolado de um eventual crime eleitoral é possívelque tenha ocorrido também um crime comum".Á denúncia foi feita nesta semana ao jornalFolha de S. Paulo.

Na nota que redigiu a mão e mandou um deseus assessores de imprensa ler na calçada doprédio onde mora, Jânio, além de negar odesvio, afirma que seus companheiros "tiveramcomportamento exemplar no que respeita àmatéria". De acordo com a nota, "cm instantealgum essa campanha, ao contrário de outra,reclamou dispêndios desse vulto astronômico. Omais é exploração torpe de determinada impren-sa leviana, e desmentida com freqüência queterá, com o tempo, sua resposta".

Cifra exageradaPolíticos ligados a Jânio, do PTB e do PFL,

consideraram a cifra de 2 milhões de dólares,citada por Tutu. exagerada, mas admitiram quenos dois setores que constituíam a coligação quesustentou a candidatura de Jânio houve desviode dinheiro.

Segundo eles, toda a campanha custou cercade Cr$ 30 bilhões — o PMDB registrou gastos

de Cr$ 10 bilhões na Justiça Eleitoral — doadosprincipalmente por grandes industriais ligados àFederação das Indústrias de São Paulo, e empre-sários das áreas de seguros e mineração. Partedesses recursos, ainda de acordo com essespolíticos, foram obtidos pelo ex-ministro DelfimNeto, que conseguia o dinheiro através detelefonemas a empresários e industriais seusamigos.

Conforme relato de um deputado próximo aJânio e de um empresário que atuou como umdos tesoureiros da campanha, ocorreram desviosna área do PTB e do PFL. Segundo o deputado,ao final da campanha apareceu um rombo esti-mado entre Cr$ 600 milhões e CrS I bilhãocoberto por uma vaquinha feita entre integran-tes do PTB. Eles admitem ter havido desvio naárea do PFL, mas dizem que, mesmo somadas,as importâncias levadas por políticos dos doispartidos não atingem a cifra de que fala Tutu,

Ontem, vários políticos interpretavam que oprefeito eleito usou o pretexto de desvio dedinheiro da campanha para se livrar dc integran-tes do PFL com os quais assumira compromissosem relação a cargos no secretariado e no segun-do escalão da prefeitura, que agora não temcondições de cumprir.

Jânio permaneceu o dia todo em seu aparta-mento da rua Estilo Barroco, na Zona Sul, onderecebeu poucos políticos apesar do grande nú-mero que aguardava na porta do prédio para seratendido. Com Armando Pinheiro, ex-secretário-geral do PDS e atualmente no PTB,conversou durante meia hora.

Maluf deixará a Câmara em

86 para

fazer só campanha

São Paulo — O deputado Paulo Maluf(PDS-SP) licencia-se da Câmara por um ano. apartir da reabertura dos trabalhos parlamentaresem março próximo, para permanecer todos osmeses de 1986 em São Paulo, voltado inteira-mente à sua campanha para retornar ao Gover-no do Estado, na sucessão de Franco Montoro.

A informação foi prestada pelo principalcoordenador político de Maluf, Calim Eid.Deputado mais votado da história do país, com672 mil 927 votos na eleição de 1982, Maluf serásubstituído pelo segundo suplente do PDS deSão Paulo à Câmara, Tufi Jubran. que obteve 48mil 107 votos. O primeiro suplente, Vicente dePaula Penido. que alcançou 48 mil 976 votos,morreu pouco depois do pleito de 1982.

Desde que começou o que denomina "pré-campanha", em maio último, Maluf vem visitan-do uma media de 12 cidades do interior do

Estado por semana, mantendo contatos comlideranças remanescentes do PDS, na tentativade rearticular o partido. O PDS praticamenteacabou em São Paulo, porque a maioria de seuslíderes de base tranferiu-se para o PFL. PMDBe PTB.

Em sete meses, de maio ao início de dezem-bro — quando interrompeu esse trabalho parauma permanência de um mês em Paris, ondepassa as festas de fim de ano —, o Deputadovisitou cerca de 330 cidades: "Mais que ogovernador Montoro em três anos de governo

',explica Maluf dentro de sua estratégia de seapresentar como o candidato "anti-Montoro".Poucos políticos acreditam que Maluf saía real-mente candidato ao governo. Sua candidatura évista como uma tentativa de manter o que restoudo PDS até a convenção, quando lançaria outrocandidato e partiria para uma tranqüila reelei-çâo.

Planalto vai criar central

de divulgação para rádios

Brasília — A criação de uma central paradistribuição do noticiário oficial da Presidênciada República a todas as rádios do país dentro dopróprio Palácio do Planalto, de forma paralela àestrutura da EBN e da Radiobrás, foi denuncia-da em nota dos radiorrepórteres credenciadospara a cobertura da Presidência. A denúncia foiendossada pelo presidente do comitê de impren-sa do Planalto, Luis Joca, à Federação Nacionaldos Jornalistas e ao Sindicato dos JornalistasProfissionais do Distrito Federal.

Na nota. os jornalistas revelam, além dapreocupação com o mercado de trabalho, otemor de que "ao remeter boletins acabados ereportagens por via telefônica a um custo finan-cciro incalculável, a nova estrutura será umpoderoso fator de gastos, onerando o TesouroNacional e contrariando as medidas e compro-missos de austeridade assumidos pela NovaRepública". Os radiorrepórteres condenam,ainda, o que acreditam ser "concorrência des-

leal" com os profissionais de empresas partícula-res, alegando que os funcionários do Planaltoterão "acesso privilegiado à informação",

A criação da central, que vem sendo apeli-dada de "DIP da Nova Republica", em referên-cia á agência oficial do Estado Novo, foi negadapelo assessor da Presidência da República. FortaNeto. que disse estranhar "o conteúdo e aintenção da nota". Frota Neto confirmou, noentanto, que a idéia da secretaria de imprensada presidência é "a intensificação da distribuiçãode notícias do Planalto às rádios de todo o pais.através de telefone". Frota garantiu que ne-nhum novo funcionário será contratado, aocontrário do que afirmam os jornalistas docomitê.

Segundo Frota Neto. "a secretaria de im-prensa du Presidência tem o direito de secomunicar com os meios de informação e ocomitê não pode cercear este direito".

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4 ? Io caderno o domingo, 29/12/85 Cidade * JORNAL DO BRASIL

BNH conclui conjunto mas

não o entrega a favelado

Foto de Carlos Hungria

Prontos desde setembro, após mais deum ano de construção, os 34 blocos de 40apartamentos cada um (total de 1 mil 360)da Vila Pinheiros ainda não tem data paraserem entregues a moradores das seis fave-Ias que compõem a Área da Maré, cmManguinhos. O Pinheiros é o terceiro con-junto habitacional — os primeiros foram aVila do João e o Conjunto Esperança —ercuido pelos Projeto Rio e Promorar doBNH (Banco Nacional da Habitação).

A demora na entrega das unidades,segundo o gerente do BNH/Rio. PauloCapelli decorre da forma como foram defi-nidos os critérios de escolha dos proprictá-rios: "Houve um processo participativo comreuniões, de decisões lentas, entre técnicosdo BNH, da Cehab (Companhia de Habita-ção do Estado do Rio) e representantes dasassociações de moradores".

Mas, na verdade, na transição da Velhapara a Nova República, os projetos habita-cionais do BNH no Rio perderam a impor-tãncia eleitoral que tinham quando o cx-Ministro do Interior, Mário Andreazza,ainda sonhava ser o presidente da Rcpú-blica.

Brigas, invasões e festasOs conjuntos habitacionais Vila do

.loão (1 mil 546 casas); Esperança (35 blocose 1 mil 4(K) apartamentos); e Pinheiros têmhistórias semelhantes. Destinados a abrigaros moradores das seis favelas existentes naArca da Maré, toda aterrada a partir de1982 pelo Departamento Nacional de Obrase Saneamento (DNOS), os conjuntos forampalco de brigas e acusações de favorecimen-to, invasões dos apartamentos e festas deinauguração.

A Vila do João foi o primeiro conjuntoa ficar pronto. Abrigou praticamente todasas famílias que moravam em palafitas sobreas águas lamacentas da Baía da Guanabara.A inauguração teve ares de festa política,sob o comando do então Ministro MárioAndreazza. A vila, batizada em homena-gem ao Presidente João Baptista Figueire-do, teve as obras controladas diretamentepelo BNH.

O Conjunto Esperança foi inauguradoem setembro de 1982 pelo governador Cha-gas Freitas e a festa política ficou por contado PMDB, que estava em campanha eleito-ral. Mas os problemas começaram antesmesmo das eleições: em outubro, 190 apar-tamentos foram invadidos e houve acusa-ções entre os representantes das associaçõesde moradores de "venda" das unidades oufavorecimento na entrega dos imóveis.

Nas denúncias apareceram nomes deadvogados, como Dr. Samuel, Dra. Mariza,Dra. Regina, nunca descobertos. O únicocom nome completo, João Carlos do Espíri-to Santo, acusado de "vender" casas porCr$ 100 mil, não foi localizado, porqueinformou aos "compradores" um endereçofalso na Rua da Assembléia, no Centro.Nenhuma irregularidade foi constatada.

Na história do conjunto da Vila Pinhci-ros tudo se repetiu. E novamente o nome deJoão Carlos apareceu nas denúncias dosfavelados, acusado de "vender" casas por

Cr$ 500 mil, mas nada foi apurado. Osrepresentantes das seis associações de mo-radores, que se denominaram Comissão deDefesa dos Favelados da Maré (comprecn-dendo Maré, Manguinhos, Baixa do Sapa-teiro, Nova Holanda, Timbau e ParqueUnião) exigiram participar das reuniõescom técnicos do BNH e Cehab para evitarnovos casos.

Coube à Cehab, como foi feito noConjunto Esperança, administrar a VilaPinheiros. O BNH desistiu de trabalhar"cm primeira linha", ou seja, diretamentena administração dos conjuntos habitacio-nais. E foi estabelecido o critério para aescolha dos inquilinos dos 1 mil 360 aparta-mentos — todos de sala, quarto, cozinha ebanheiro, no total de 39m;. Os blocos têmcinco andares com 40 apartamentos porunidade.

A partir de cadastro feito pelo BNH,foram alistados 600 famílias ainda remanes-ccntes das palafitas da Maré, que tiveramprioridade. Após análise minuciosas, o ca-dastro foi aprovado pela Comissão de Dcfe-sa dos Favelados da Maré, que se certifica-vam de que "não havia nenhum intruso",disse Capelli. Em seguida, a prioridadepassou para famílias que tiveram seus barra-cos removidos ou destruídos nas das obrasde esgotamento sanitário, desenvolvido pc-Ia Ccdac na Maré; c, por último, às famíliasde "reconhecida situação financeira pre-caria".

— O atraso na entrega dos apartamen-tos veio do processo participativo das reu-niões de análise do cadastro — disse Capei-li. Devido ao próprio processo, teve deci-sões lentas, mas justas. Não queríamosrepetir injustiças que possam ter acontecidoem relação aos dois primeiros conjuntos.

Paulo Capelli informou que o pagamen-to das unidades só começará a ser feito apósa entrega das chaves. Os proprietários paga-rão 10% do salário mínimo por mês, com ovalor das unidades, que, segundo Capelli,ainda não está definido e existe uma comis-são formada por técnicos do Ministério doDesenvolvimento Urbano e Meio Ambien-te, BNH, Cehab e outros órgãos estaduais emunicipais definindo custos e detalhes so-bre o prosseguimento dos projetos.

Enquanto isto, a Vila Pinheiros, ergui-da a 100 metros de um C1EP, está vazia ecercada por uma cerca irregular de aramefarpado e por abandonadas guaritas desegurança de madeira. Os blocos estãoprontos, com aspecto seguro, numa áreaaterrada próxima à entrada da Ilha doFundão. Em volta dos blocos estão a Vilado João e o Conjunto Esperança, numaregião já urbanizada.

A legítima ocupação, vinda o maisrápido possível, irá afastar de vez qualquerpossibilidade de invasão do conjunto, comoaconteceu cm maio deste ano. Na época, oPinheiros estava construído pela metade,mas seus 16 blocos, com 640 apartamentos,quase foram invadidos por moradores daMaré. A Polícia Militar interveio com efi-ciência e a invasão não se consumou, mas operigo ainda persiste.

Foto de Ana Carolina Fernandes

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Antes mesmo da abertura oficial, a oca, com uma mostra de animais empalhados, atraiu muitos curiosos

CTC terá a responsabilidade

0cade

da cessão de linhas de ônibus

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abre hoje

A tentativa de garantir plenos direi-tos aos usuários do sistema de ônibus doRio é a principal inovação do NovoRegulamento de Transportes do Estado,que deverá ser aprovado pelo Governa-dor Leonel Brizola através de decreto aser publicado no início do ano. A novalegislação coloca a CTC como órgãoconcedente das linhas de ônibus, rompe omonopólio das empresas nos corredores eáreas de operação e define de formacristalina — ao contrário da lei atual — osprocessos de auditoria, intervenção e cas-sação das companhias privadas.

Com 15 capítulos e 191 artigos, oregulamento prevê a criação da CâmaraEstadual de Usuários e Transportadores,órgão que deverá influir nas decisões doGoverno do Estado, principalmentequanto à fixação de reajustes tarifários,julgamento de recursos impetrados pelasempresas operadoras e adoção de medi-das que levem à melhoria do sistema deônibus. Deverão integrar a Câmara re-presentantes da FAMERJ, Federação deFavelas, sindicato dos rodoviários e dosempresários, prefeituras municipais,CTC e três especialistas técnicos indica-dos pela Secretaria de Transportes.

Plano de transporteComo órgão competente designado

para administrar e controlar o transportecoletivo de ônibus, a CTC ficará respon-sável pela elaboração do Plano Estadualde Transporte de Passageiros, baseado"tão-somente no atendimento do interes-se público". Seus objetivos são a corre-ção das deficiências de acesso a bairros emunicípios, a manutenção do equilíbriofinanceiro do sistema, com o auto-subsídio, e a adequação dos preços depassagens ao nível de renda das popula-ções de áreas carentes. Será ainda incen-

tivada a integração com outras modalida-des de transporte.

De acordo com o novo regulamento— que, segundo o Secretário BrandãoMonteiro, "corrige distorções de váriasdécadas, facilitando a ação do poderpúblico" —, as empresas privadas passa-rão a operar através de permissão, autori-zação ou contrato outorgado pela CTC,com duração máxima de cinco anos,admitindo-sc, porém, a prorrogação doprazo cm caso de eficiência comprovadana prestação dos serviços.

Verificada a incapacidade adminis-trativa, econômica ou operacional da cm-presa permissionária, encerrado o prazode 90 dias para a correção das deficiên-cias apontadas, o poder público poderáoptar pela intervenção ou cassação daslinhas, promovendo uma nova concor-rência pública para a prestação do serviçoou mesmo colocando a CTC para atenderaos usuários prejudicados. As transporta-doras estão obrigadas a fornecer, anual-mente, o balanço financeiro integral comlucros, gastos e perdas.

Pelo novo regulamento — que estáem fase final de estudo pelo ProcuradorGeral do Estado, Seabra Fagundes —, asempresas estão sujeitas a" penalidadescomo advertência simples (no caso dereclamação comprovada e persistente dosusuários), retenção do veículo por até 48horas (quando houver problemas queprejudiquem a segurança do tráfego),multas fixadas com base na UFERJ,suspensão do serviço, cassação definitivada permissão ou autorização de funciona-mento (por paralisação do serviço, des-cumprimento de normas trabalhistas outrês multas graves no período de umano).

A fixação das tarifas — que develevar em conta a quantidade do serviçoprestado, os dados coletados pelo Estadoe as informações fornecidas pelas empre-sas — deverá assegurar, pelo novo regu-lamento, "a justa remuneração do capitalempregado", a cobertura dos custos, amanutenção dos serviços a níveis estipu-lados e o interesse social e condiçãoeconômica da população usuária. O tem-po de uso dos ônibus foi fixado de sete a12 anos — de acordo com a linha — e sóserá permitida a contratação de rodoviá-rios que sejam registrados pela Secretariaapós realização de cursos.

Contrariando uma prática usual nosistema de ônibus do Rio, o novo regula-mento proíbe o desmembramento dasempresas e o surgimento de novas com-panhias. exceto em caso da abertura denova licitação pública pelo Estado oufusão de duas ou mais já existentes.Mesmo assim, fica ressalvado que a ex-ploração de uma mesma linha ou linhasequivalentes não poderá ser feita porempresas que mantenham vínculo acio-nário, de parentesco ou sociedade entreos proprietários.

Pela primeira vez. o regulamentodescreve o recurso prático de intervençãocomo "ato pelo qual o órgão públicoassume total ou parcialmente a operaçãodo transporte coletivo para restabelecer aregular e eficiente prestação do serviço,mediante controle das garagens, oficinas,veículos, material e pessoal da transpor-tadora". A intervenção pode ter comocausa a constatação, por três vezes, dodescumprimento do itinerário ou o des-respeito de 20% dos horários fixados,não havendo prazo estabelecido de du-ração.

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Sob olhares curiosos, os ín-dios xavantes trabalharam setedias e sete noites e saudaram aterra com rituais que, paramuitos, eram apenas barulhose danças estranhas. Foram cha-mados de pidões e preguiçosos,mas percorreram centenas dequilômetros para cravar à es-querda do Cristo Redentor e àdireita da Floresta da Tijucauma verdadeira oca, que seráinaugurada às 16h de hoje pe-los brancos. Em seguida, seráaberta à visitação pública.

Na Oca da Convivência, no-me que recebeu, poderão servistos animais empalhados eem extinção, como o mico-leãodourado, jaguatirica, araraazul e o lobo guará. As peçasforam cedidas pelo Museu daFauna, do Instituto Brasileirode Desenvolvimento Florestal.Ontem, depois que os índiosforam para Brasília, em dire-ção a Aragarças, Mato Grosso,os turistas que não paravam defotografar a "coisa fascinante",queriam, ate à força, permane-cer alguns minutos no interiorda oca.SONHAR UM POUCO

O local em que a Oca daConvivência está instalada éconhecido como Vale das Mar-garidas, um lugar de rara bele-za, parecido com o habitat dosíndios.

Kcolocárius é o nome doprojeto da educadora MariaAlice Matoso Câmara. Tem oobjetivo de mostrar às criançasa necessidade da preservaçãoda natureza, da ecologia na erade Aquário, que partiu de umaprofessora diferente. Ela màn-têm um colégio alternativo on-de as crianças praticam ioga,fazem o próprio pão e se ali-mentam de comida natural.Pretende levar a idéia a outrosestados, estimulando o culto eo respeito à natureza.

Além da oca de sapê. de60nr. quem for a partir deamanhã ao Jardim Botânicoverá outra atração, bem dife-rente das alamedas do Jardim eseus lagos como o da vitória-regia: a gaiola da liberdade.Uma cabana dc troncos brutoscom duas portas e um pássarono alto. O cenário está monta-do a poucos metros da baru-lhenta Rua Pacheco Leão.Chega-se a pensar que não seestá no meio de uma grandemetrópole.

TURISMO41 feira no Caderno B.

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E tempo de festa.

^

Tempo de alegria.

Como desejamos

que sejam

todos os dias.

Boas Festas. Feliz

Ano Novo.

JORNAL DO BRASIL domingo, 29/12/85 ? Io caderno ? 5

Wja como o Bradesco vai passar

de ano.

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Peteira do Si/iv • dJ sene <*> fu^u •

Vai passar com o mérito de ter inaugurado 385 agências em apenas 12 meses. Vai passar com a satisfação de haver atingido

903 pontos instantâneos, entre agências e postos de serviço, além de 161 unidades do Banco Dia e Noite, interligadas

on-line/real time. Vai passar na certeza de continuar expandindo. Atualmente são mais de 21.000.000 de correntistas e mais de

3.650.000 acionistas. Vai passar como o primeiro entre os bancos particulares, com mais de 3.200 pontos de atendimento,

cobrindo mais de 1.500 localidades em todo o País. Vai passar com o orgulho de haver aumentado a rede de escolas mm

mantidas pela Fundação Bradesco para 29 unidades educacionais, com 33.000 alunos. Vai passar na companhia de |

'

mais de 158 mil funcionários. Uma família que cresce a cada dia, rumo àjnauguração da agência 2000. Os números L"., '$?Ã

provam: tudo o que é construído com amor só pode passar d frente. £ q Br0d6SC0 110 COrQCÕO dO BrQSÍl. B^-dra

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6 o Io caderno n domingo, 29/12/85 Ciência JQHJíAL DO BRASIL

Informe JB

O pagamento cie royalties pelopetróleo extraído na platafor-

ma marítima, que virou lei na sexta-feira passada, resulta de um com-promisso assumido pelo presidenteTancrcdo Neves com o governadorLeonel Brizola.

Foi no início de março, antes deTancrcdo cair doente, quando osdois tiveram uma conversa que du-rou três horas.

Segundo um confidente de Tan-credo, a conversa girou em torno decinco pontos suscitados por Brizola.

Além do pagamento dos royal-ties, ele pediu que o governo fede-ral assumisse a dívida do Metrô eentregasse ao estado a Light, hoje aúnica empresa de energia elétrica

3ue ainda permanece sob o controle

a União.

?

Brizola disse a Tancrcdo queabria mão de qualquer cargo noministério para o PDT, mas pediaem contrapartida ao presidente quenão indicasse nenhum ministro doPMDB ou do PFL do Rio de Janei-ro, o que foi feito.

O governador pediu finalmenteque não fossem marcadas para 1985eleições de prefeitos das capitais.

Tancrcdo ouviu e disse que ti-nha a mesma opinião de Brizolasobre a inoportunidade dessas elei-ções, mas que a decisão não seriaapenas sua.

Bob's na praiaA rede Bob's vai lançar em Vitória,

na praia Areia Preta, o seu primeiroTrailer-Bob's.

Os novos pontos de venda aparece-rão depois nas praias do Rio de Janeiro.

CaloteO Bamerindus resolveu dar como

caso perdido o empréstimo gigante feitocom a Centrosul no valor de 30 milhõesde dólares e contabilizá-lo no balançode 1985 como "prejuízo".

Mesmo assim, sobrarão lucros paraas atividades do banco no ano que estáfindando.

?

Se algum dia a Centrosul pagar oque deve, muito melhor para o banco.

Seleções estaduaisSe for eleito para a presidência da

CBF, Medrado Dias pretende promo-ver a volta do Campeonato Brasileirode Seleções, que deixou de ser feito nadécada de 1950.

Naquela época, a formação de sele-ções estaduais era uma boa oportunida-de para a revelação de craques.

Os búzios dizemPrevisões do babalorixá Jair de

Ogum para 1986, no terreno da política:"Franco Montoro terá em JânioQuadros um feroz inimigo e persegui-dor. O próprio Jânio Quadros não teráum bom ano, será cercado por oportu-nistas".

"Leonel Brizola sofrerá complós etraições, mas com sua habilidade conse-guirá vencer".

"Marco Maciel conquistará a passoslargos o caminho popular".Registros

O registro da marca Retrospectiva,pela TV Globo, obrigou a TV Manche-te a dar um jeitinho carioca e programaro programa Retro 85, que vai ao ar emtrês blocos, hoje, amanhã e depois, nohorário das 20h.

À ameaça da Globo de registraroutras expressões, como "um ofereci-mento", o diretor-geral da Manchete,Rubens Furtado, reage:

Sc continuar nessa base, eu re-gistro o Aurélio todo para a Manchete,

Ossos do ofícioO secretário da Receita Federal,

Luís Romero Patury, foi derrubado poruma pneumonia.

Para começar, ele passou três diasacordado durante o processo de votaçãodo pacote fiscal no Congresso.

E, no meio disso, a exemplo do queocorreu com todo o segundo escalão dogoverno, ainda lhe tiraram o carro, oque o obrigou, numa das visitas feitasao Congresso, a andar um quilômetro apé na chuva.

?

Foi mais do que seu coração de leãopodia agüentar."Jing-le bell"

Desabafo de Dorothy Clark, toca-dora de sino do Exército da Salvação naGeórgia, Estados Unidos, depois de serdespedida por não coletar dinheiro sufi-ciente para as despesas de Natal:

O que é que eles queriam que agente fizesse, bater com o sino nacabeça das pessoas para que elas des-sem mais esmolas?Rebaixamento

O secretário de Planejamento esco-lhido pelo prefeito eleito Saturnino Bra-ga, Armando Alencar, vai ter que darum jeito de compensar o prejuízo sala-rial que essa indicação representa.

Ele ganha no BNDES um salário deCr$ 30 milhões, aproximadamente, evai receber no governo municipal nãomais do que Cr$ 14 milhões.

Pedido ao g-eneralRicardo Barros de Britto, que tem

10 anos de idade, mora em Maceió eacaba de passar para a 5a série, leu nojornal que o Exército vai ficar só com900 de seus 2.400 cavalos.

Ricardo gosta muito de cavalos eaprendeu a montar aos 5 anos de idade.Então não teve dúvida: escreveu para oministro Leônidas Pires Gonçalves.

"Como o senhor vai mandar vender1.500 cavalos", argumenta o garoto,"tive a idéia de escrever para o senhorpedindo para me vender 2 cavalos,sendo 1 para mim e outro para meuirmão Fernando, que tem 12 anos".

?"Sc eu conseguir esses cavalos eu

vou ser um menino muito feliz e meuirmão também", adianta Ricardo, antesde colocar seu endereço e fazer umaressalva:"Quero dizer ao senhor que os cava-los não ficarão morando nesse endere-ço. Papai tem um sítio em Jiquiá daPraia e eles vão para lá".

TombamentoO governo do estado decidiu tombar

a casa em que funcionou durante muitosanos, em Petrópolis, o restauranteChaillot, construção do começo do sé-culo que ficou como um marco noCentro da cidade.

O tombamento resultou de campa-nha da Apande, preocupada com ademolição, durante a noite, da casavizinha, onde funcionava outro restau-rante.O sonho de Robertão

O deputado Roberto Cardoso Alves— Robertão —, que vai perder o cargode secretário-geral do PMDB na próxi-ma eleição do diretório nacional, emmarço, espera ter antes mesmo dissouma, compensação.

É um velho sonho seu, verdadeiraobsessão: ser ministro da Agricultura.

Nos cálculos de Robertão, a indica-ção de Jânio Quadros, que teve seuapoio na campanha para prefeito de SãoPaulo, seria um grande trunfo junto aopresidente José Sarney. Formalmente,a pasta continuaria com o PMDB.

Se Di Cavalcanti estivessevivo não reconheceria suamusa Marina Montini. Elavoltou de Nova Iorque tomos olhos azuis.

O novo prédio do BancoCentral no Rio também é for-te candidato ao troféu In-cúria. Nos seus 26 andarestem espaço sobrando por lo-dos os lados.

Desapareceram quase to-das as faixas ilc sinalizaçãoda rodovia Amaral Peixoto,que leva á Região dos Lagos.Como se não bastassem osburacos, falta acostamento ehá depressões.

Simone foi convidada paradividir com Tina Turner eDiana Ross uma temporadaem Tóquio em 1987.

Última moda em assalto.Dois assaltantes surgem emuma moto. Param ao lado deoutra. O garupa puxa umaarma e manda o dono dasegunda descer c sair corren-do. Em seguida monta esome.

Nos primeiros dias de feve-reiro será lançada pela CBSuma coleção de 12 discos doncw rock, um novo tipo derock que já vendeu nos EUAmais de 400 mil discos.

A Manchete Vídeo já pre-parou a fita cassete com a

-Lance-Livre

entrevista de Fidel Castro. Apartir do dia 2 de janeiroestará à venda na sede daemissora.

Armandinho e o Trio Elé-tricô Dodô e Osmar farão opré-lançamento do novo discoChame gente no réveillon doMorro da Urca. O lançamen-to oficial será nos dias 3 e 4 noCirco Voador. O disco vaipara as lojas no dia 6.

Dica de leitor: quem nãoconseguir falar com o telefo-ne do serviço despertador —de número 134, que toca,toca e ninguém atende —deve recorrer ao auxílio datelefonista — número 100.

Barbra Streisand já ven-deu nos EUA mais de ummilhão de cópias do seu novodisco, The Broadway Álbum.

J. Alves, o organizador dobaile oficial de carnaval deNova Iorque, está no Brasil.Alves veio convidar uma par-te da Escola de Samba daMangueira para participar deseu baile no dia 15 de feverei-ro, no hotel Milton de NovaIorque.

Uma cantora românticaalemã, Jcnnifer Rush, estáem primeiro lugar na vendade compactos na Inglaterracom a música The powcr oflove.

O juiz Edmundo Fonseca,que vai presidir na JustiçaMilitar de São Paulo o pro-cesso do PCB, é o mesmoque lutou bravamente parareabrir o caso do Rioccntro.

A TV Bandeirantes leva aoar hoje às 21h o programaRio Cidade, com o prefeitoMarcelo Alencar. Marcelo fa-rá um balanço do seu governoe o que vai deixar para oprefeito eleito SaturninoBraga.

A direção do Sindicato dosMergulhadores recebeu in-formações de que mergulha-dores estrangeiros estariamatuando na Baía de Guana-bara, furando a greve, e deci-diu impedi-los "custe o quecustar".

Búzios está pronta para overáo. Quase todos os ore-lhões da cidade estão que-brados.

O prefeito eleito SaturninoBraga discute hoje no programa Espaço Comunitárioda TV-E, às 11 h, seus planosde governo com os presiden-tes da Fafcrj e da Famerj. Apolêmica acirra-se em tornodo cálculo do IPTU.« Filosofia de pára-choquede caminhão para o governa-dor Leonel Brizola meditar:"Não desejes um castelo se ésfeliz em uma cahana".

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No período de 3 a 17 de janeiro, estarãoabertas, na Unidade São Cristóvão ll, as inseri-ções para o Concurso de Provas e Títulos a fimde preencher 100 (cem) vagas de Professor deEnsino de 19 e 29 Graus do Colégio Pedro 11. Oscandidatos deverão comprovar, no ato da inseri-ção, haverem concluído o Curso de Formação deProfessor de 1? à 4? séries e serão submetidos aprovas eliminatórias de Estudos Sociais, Ciênciase Disciplinas Didático-Pedagógicas, além deLíngua Portuguesa e Literatura Brasileira eMatemática, realizadas nos dias 22, 28 e 29 dejaneiro, respectivamente.

O Edital correspondente a esse Concurso jáse acha afixado na Portaria de todas as UnidadesEscolares do Colégio, no Centro, no Humaitá, noEngenho Novo, na Tijuca e em São Cristóvão.

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HalleyA observação do cometa

Halley continua prejudicadapelo céu encoberto no Rio,mas não se deve desanimar,pois a melhor época para ob-servação será em março e abril.No momento, se as condiçõesmelhorarem, o cometa apare-cerá, logo após o pôr-do-Sol,'adireita de Júpiter, o astro maisluminoso no céu. A direçãopara observá-lo é o poente(oeste), que para um observa-dor situado no Mirante de Do-na Marta — o melhor pontopara divisá-lo a olho nu —coincide com a direção das an-tcnasdo Sumaré. Para localizaro cometa no céu convém pro-curá-lo, na constelação deAquário. Hoje o cometa seencontra a 162 milhões de kmdo Sol e a 159 milhões de kmda Terra, nasce às 10h52min ese põe às 22h54min, segundodados fornecidos pelo Museude Astronomia do CNPq.

Riscos do

fumo são

analisadosWashington — Os cientistas

acreditam estar perto de solu-cionar o mistério médico doscomponentes do fumo de cigar-ro que podem ser causadoresde câncer. Segundo um infor-me publicado na revista Scien-ce, pesquisadores do Colégiode Medicina Baylor, de Hous-ton, conseguiram estabelecerum vínculo entre o hábito defumar e lesões no material ge-nético (o DNA-ácido desoxirri-bonucleico) do organismo.

Falta, porém, aos cientisatasdescobrir qual ou quais ele-mentos químicos do fumo po-deriam ser os causadores dalesão genética. "Esta é umatarefa complexa. Talvez demo-re um ano, talvez três ou cin-co", comentou um dos pesqui-sadores, o Dr. Kurt Kande-rath, lembrando que o fumotem milhares de componentes."Quando esse vínculo forencontrado, poderemos conce-ber uma forma de bloquear oueliminar as substâncias causa-doras do câncer contidas noscigarros", comentou o cientis-tas. A experiência conduzidapor ele consistiu no uso deisótopos radioativos para exa-minar as placentas de mulheresapós o parto. Os exames mos-traram a presença de um indi-cador de lesão genética em 16das 17 mulheres que fumaramdurante a gravidez. O mesmoindicador só apareceu em trêsdas 14 mulheres que não fu-maram.

Europa tem

o seu laser

mais potenteParis — Phebus, o gerador

de raios laser "mais potente daEuropa", foi inaugurado nestasemana pelo ComissariadoFrancês de Energia Atômica(CEA). Integrado a um pro-grama de defesa nacional, oaparelho será utilizado no estu-do da física de plasmas, estadoda matéria obtido por tempera-turas de vários milhões degraus.

O novo laser permite atingiressas temperaturas altíssimaspor impulsos de 20 bilhões dequilowatts durante um milioné-simo de segundo. Instalado emum edifício de 100 metros decomprimento, o novo instru-mento será utilizado no campoda física das armas nucleares.

CULTURA GERAL"A FRANÇA"

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Maria Aparecida Chagas Dmiz Ra-poso1' —PARIS 07/1AN2* — CATEDRAIS GÓTICAS 14/JAÍI3* — CASTROS DO VAU 00 L0IRE21/iAN4' — MUSEU IEU DE PAUME

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Avenida Brasil. 500 — CEP 20949 — Riode Janeiro, RJCaixa Postal 23100 — S. Cristóvão — CEP20^22 — Rio de Janeiro, RJTelefone — (021) 2M-4422 (PABX)Telex — (021) 2.1 690, (021) 23 262, (021)21 558Superintendente Comercial:José Carlos RodriguesSuperintendente de Administração de Vendas:Roberto Dias GarciaGerente de Vendas - Noticiário:Fábio MattosGerente de Vendas - Classificados;Nelson Souto MaiorClassificados por telefone 284-3737

Outras Praças — 9(021) 800-4í>!3 (DDG —Discagem Direta Grátis)©JORNAL DO BRASIL SA 1985Os textos, fotografias e demais criações intelec-tuais publicados neste exemplar náo podem serutilizados, reproduzidos, apropriados ou estocadinem sistema dc banco de dados ou processo similar,em qualquer forma ou meio — mecânico, eletrrtni-co. microfilmagem. fotocópia, gravação etc. —sem autorização escrita dos titulares dos direitosautorais

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Serviços especiaisBVRJ, The New York Times.Superintendência de Circulação:Superintendente: Luiz Amorno Caldeira

Atendimento a Assinantes:Coordenação: Maria Fátima BandeiraTelefone: (021) 264-5262Preços das AssinaturasRio de Janeiro — Minas (itrais1 mès3 meses b mesesEspirito Santo — São PauloK.ntrcg» Domiciliar3 meses6 meses(ioiinia — Sabador — FlorianópolisKntrega Domiciliar3 mesesb mesesBrasíliaEntrega Domiciliar3 mesesb meses3 meses (aos sábados e domingos)b meses (aos sábados e domingm)

. CrS «13 100.Cr$ :M «X).. CrS 800.

. CrS 264 bOO.CrS SOO.

- MwceioCrS MS WO.CrSb5 : 800.

CrS US m*),CrSb52CrS 1 20 000,CrS 240 000.

Recife — Fortaleza — Nata] — J. PessoaEntrega Domiciliar3meses Cr$437.400,b meses CrS 82b. 200.RondôniaEntrega Domiciliar CrS 5W 4(10,6 meses CrS 1.^8 300,F.ntrrga postal em todo território nacional3 meses CrS 350 (**).b meses CrS b50 000.Atendimento a Bancas e AgentesTelefone: (021) :M-474()Preços de venda avulsa em BancaRio de Janeinv' M. (»eraiv Espirito Santo1Kao PauloDiastiteis CrS 3.000.Domingos CrS * 000.DF. GO, SE. AL, BA, MT. MS. PR. SC, RSDiasuteis CrS 4 tu*).IVmingos CrSbOOO.MA, CE, PI. RN. PB. PFDias úteis CrSDomingos CrS 8. OULDemais F.stados e TerritoriosDias úteis CrS ' <**VDomingos CrS 10 ti*).DF. MT. MS. PF. — com preços diferenciadosexemplar com Classificados

Recife — Foto de NatanaelsC'tsS;

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JORNAL DO BRASIL

Ti rateio em

Pernambuco

mata cincoRecife — Em plena festa no

sitio Paus Brancos, distrito deConceição das Crioulas, muni-cípio pernambucano de Sal-gueiro, distante 56(1 quilôme-tros de Recife, oito descendcn-tcs dos índios Atikun se enfren-taram, por antiga questão deterras. Saldo: cinco mortos edois feridos.

O desentendimento entre asfamílias Silva e Bicudo é antigoe foi agravado há 15 dias, quan-do foi morto José Livino. naserra dos Umas, uma das seisreservas indígenas do sertãopernambucano. Desde entãoos parentes de Livino começa-ram a perseguir os integrantesda família rival, até que houveo encontro na festa cm Concei-ção das Crioulas e o tiroteio emplena festa.

O resultado da briga no sítioPaus Brancos foi amplamentefavorável à família Bicudo, daqual morreu apenas Manoel. Jáa família Silva perdeu ManoelAntônio e seus três filhos An-tônio Manoel, Emílio Manoel eJosé Manoel. Ficaram feridosnas pernas Genival Antônio daSilva e Genilda Benícia daConceição, respectivamenteneto e filha de Manoel Antô-nio, cuja mulher. Benícia Pe-tronilha, que também partici-pava da festa, foi a única dafamília que nada sofreu.

O delegado de Salgueiro,Expedito Leal. abriu inquéritoe representantes da Funai eagentes da polícia federal sedeslocaram até a serra dosLimas para ouvir depoimentodos sobreviventes.

O município de Salgueiro es-teve cm evidência no início doano, quando o capitão PM Hé-lio Ângelo matou, com ajudade cinco soldados, duas pessoasque viajavam com ele num ôni-bus da linha Recife—Crato eferiu gravemente o médico Re-nato Teixeira.

WíE142Í©HSll domingo, 29/12/85 n 1° caderno ? 7

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Fome produzirá pigmeus

no Nordeste

:r~ n„ Recife — Foto de Natanael Guedes nascidos ricos e pobres. Na segunda pesquisa,Rccifc — Denunciada nadécada de 60 pelo cientistaNelson Chaves como uma pos-sibilidade cada vez mais amea-çadora, a caminhada do ho-mem nordestino para o nanis-mo acaba de ser comprovadacientificamente: em uma am-pia amostragem que envolveu3(1.223 recém-nascidos do Re-cife entre 1976 e abril desteano. o professor Meraldo Zis-man, da Universidade Federalde Pernambuco, concluiu queo peso ao nascer das criançasde baixa renda do Nordeste (amaioria) vem caindo ano a anoe. a persistirem as condiçõesatuais, as projeções para 1990indicam que as mães pobreschegarão àquele ano tendo be-bês de peso igual ao dos pig-meus africanos, em torno das2.700 gramas.

À pesquisa do professorZisman. que acaba de ser pu-blicada pela Universidade cmum livro de 270 páginas, nãofica apenas na comprovação donanismo — anomalia da espé-cie humana caracterizada pelaexigüidade no porte, que oprofessor Chaves, já falecido,definia com mais amplitude,afirmando que o homem nor-destino não seria apenas pe-queno mas também um defi-ciente cerebral. Nela ficou ca-racterizado que enquanto ascrianças ricas do Nordeste têmpeso ao nascer semelhante aodos bebês da Califórnia, aspobres assemelham-se aos me-xicanos c salvadorenhos.

DenúnciaUsando citações da Or-

ganização Mundial de Saúde ede vários organismos cicntífi-cos internacionais, o professor Meraldo Zisman afir-ma que "o peso ao nascer demonstra a capacidade dehieidez de uma população" e que, dentro destesparâmetros, pode-se afirmar que a maioria das crian-ças nordestinas corre o risco não só de ter um baixopeso e altura quando adultos como se carregarseqüelas mentais permanentes.

— Crianças com 2.500 gramas ou pouco maisao nascer — explica — são candidatas natas àmortalidade e à morbidade (doenças). Entre asdoenças não estão apenas as físicas, mas também asmentais. Um trabalho paralelo que estamos realizan-do já indica que, além de peso menor, a criança debaixa renda também está tendo uma redução noperímetro cefálico, o que significa risco de deficiên-cias mentais.

compara o peso de

Chefe do setor de pediatria do Hospital Agame-non Magalhães, administrado pelo Inamps e um dosmaiores do Recife, o professor Zisman estuda o pesodas crianças desde 1966, quando fez sua primeira tesena Universidade. Para este trabalho que envolveuuma equipe de colaboradores, a utilização de balan-ças especializadas e até serviços de computação, eleescolheu dois hospitais: o próprio Agamenon Maga-Ihães, onde foram examinadas, de 1976 a 1984,23.853 crianças atendidas pela Previdência e o maissofisticado hospital do Recife, o Santa Joana, onde ascrianças examinadas chegaram a 6.457 entre 1979 e1985.

A realidadeEm 1966, em sua primeira tese, o professor não

encontrou grande diferença de peso entre recém-

nascidos ricos e pobres. Na segunda pesquisa,realidade foi bem diferente. Segundo ele, 32,79%(7.821) das crianças atendidas pela Previdência pesa-ram até 3 quilos ao nascer (o peso considerado idealvai dos 3.500 gramas aos 4 quilos). F.ntre as criançasde renda mais alta, apenas 18,76% (1.211) nasceramcom menos de 3 quilos. O índice de mortalidade aonascer das crianças de renda baixa foi de 12 cm cada1.000 nascimentos enquanto o das crianças ricas foide 5 para 1.000.

— Há um componente econômico e social queprecisa ser denunciado a todos que se preocupamcom a criança e o combate às injustiças — afirma oprofessor. Além de nascerem menores c correndo orisco de sobreviver com seq"uelas, as crianças po-bres, mesmo quando nascem mais fortes, sobrevivemmenos, pois não encontram em casa as condiçõessuficientes para manter o peso adquirido no útero.

Das crianças pesquisadas que apresentarampeso acima de 4 quilos ao nascer morreram 6.7% dasde renda baixa e apenas 3,3% das de renda alta.Mesmo assim, as ricas faleceram não em decorrênciada falta de cuidados ou de alimentação, mas dedoenças congênitas, enquanto que grande parte daspobres não tiveram como sobreviver ao ambientehostil.

Pode parecer um paradoxo, mas na popula-ção pobre a pesquisa demonstrou que as crianças quenascem raquíticas até sobrevivem mais do que as quenascem com um bom peso. Há uma espécie deadaptação natural ao ambiente, embora estas crian-ças possam vir a ser débeis mentais futuramente —afirmou o professor Zisman.

ConclusãoUm trabalho semelhante ao do professor Zis-

man realizado na Inglaterra em 1925 pelo cientistaBruce Murray criou uma grande discussão no país e acriação de um programa de saúde materno-infantilque praticamente socializou a medicina na Inglaterra.Embora reconheça que seu trabalho tem uma dimen-são inédita, pelo elevado número de crianças pesqui-sadas, o professor Zisman não alimenta ilusões.

Para mim será suficiente ver meu trabalhodifundido para despertar aos poucos a sociedade e oGoverno. É chocante ver, expresso em números, oque ocorre no Nordeste hoje e em muitos lugares dopaís onde a fome aumentou do final da década.de 70para cá. O pior é que não vejo como corrigir estasituação a curto prazo. Se todos trabalharmos comeste objetivo, integrando o fornecimento de alimen-tos com programas de educação e de saúde, aindaassim serão necessários mais duas gerações para queformemos homens física c mentalmente sadios. Nãoseria demais lembrar que Moisés caminhou décadasno deserto à espera de que a geração de homensescravos morresse e dela surgisse um povo livre queteria filhos capazes de assumir um país liberto. 1 alveztenhamos que esperar o mesmo tempo.

Florianópolis desliga

luz pública enquanto a

seca perdurar no Estado

Florianópolis — O racionamento de energia elétrica noEstado começou a zero hora de ontem e a Celesc (Centrai*Elétricas de Santa Catarina) desligou metade da iluminaçãopública. O esquema será mantido até que se supere o problema daestiagem e representa uma economia de consumo de 3%.

Em Blumenau, segunda cidade catarinense, o prefeito Daltodos Reis determinou que a iluminação pública seja desligada. ACelesc apela também para que o comércio e a indústria apaguemos letreiros luminosos c as vitrinas. A meta da empresa é alcançaruma economia de 19% no consumo.

São Paulo

O CTA (Centro Técnico Aeroespacial) e a Sabesp (Compa-nhia e Saneamento Básico de São Paulo) definem amanhã obombardeio de nuvens para a provocação de nuvens artificias nasregiões próximas à bacia da represa de Guarapiranga, cujo volumede água está quase no limite mínimo: 12%. Na capital, oracionamento de água atingiu 229 bairros c vilas, sem se falar norodízio para o corte do abastecimento, de 24 em 24 horas.

A informação foi dada pelo presidente da Sabesp, GastàoBicrrembach. O racionamento de água em São Paulo, iniciadosexta-feira passada, vem obtendo bons resultados, com umaeconomia de ccrca de 4 mil litros por segundo. Caso não chova atéo dia 2 de janeiro, um novo esquema de racionamento seráacionado.

Rio Grande do SulA Associação dos Arrozeiros de Uruguaiana e a Fundação

Cearense de Meteorologia aguardam condições climáticas favorá-veis para aplicar a técnica da chuva artificial utilizada no Nordestenas zonas de produção gaúchas afetadas pela seca, conformeinformou o presidente da associação, Carlos Lopes da Silva. Oprimeiro avião enviado pelo Ceará não conseguiu provocarchuvas.

A operação, assinala Carlos Lopes, custará ccrca de C"r$ 500milhões. O avião operará também nos municípios vizinhos aUruguaiana, que tem aproximadamente 600 arrozeiros e cujasperdas na lavoura são estimadas em 15%. De acordo com aEmater-RS, as chuvas que caem há quatro dias amenizaram asituação em alguns pontos do Rio Grande do Sul, mas ainda sãoinsuficientes para modificar o quadro da estiagem. Em PortoAlegre, porém, choveu abundantemente. A precipitação pluvio-métrica em três dias chegou a 140.8 milímetros, índice superior àmédia do mês, que é de 88.4.

2a feira no Caderno de Esportes.

De 3a a domingo no Primeiro Caderno.

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n caderno ? domingo, 29/12/85 Internacional JORNAL DO BRASIL

Mortos nos ataques de Roma e

San Salvador — Foto da AFP

Viena são

Araújo NettoCorrespondente

Roma — Subiu paru 15 o número dcmortos no atentado ao aeroporto dcFiumicino, cm Roma, dos quais cinco sãoamericanos. Ao todo, somando com asvítimas do ataque no mesmo dia aoaeroporto dc Viena, são 18 os mortos cIIS os feridos, ilos quais pelo menos 1(1estão cm estado desesperador. E na Itálianinguém icm dúvida dc que c Alui Nidalo chefe c mandante dos jovens terroristaspalestinos que escolheram a Europa Oci-dental para fazer sua guerra dc rccon-quista de uma patria.

Nem o fato dc o terrorista capturadocm Roma ( que sc identificou comoMohamcd Saaran, ll) anos. palestino) tersc declarado membro dc uma organiza-çáo chamada Mártires da Palestina, ateagora desconhecida, abala essa convicçãoitaliana.

|Em Beirute, um grupo suicida, au-tointitulado Células dc Guerrilha Árabe,sc responsabilizou pelos ataques "a doisalvos sionistas", afirmando que os atenta-dos são contra as negociações de paz"com o inimigo israelense". O comunica-do diz que a partir dc agora nasceu umgrupo revolucionário c suicida: "tendodecidido morrer, também decidimos ma-lar tantos assassinos imperialistas c sio-nislas quanto for possível" afirma.|

Jornais c agentes do antiterrorismocontinuam a apontar Abu nidal como "amcnlc perversa c a alma danada" da novae furiosa ofensiva do terrorismo palcsti-no. Recente entrevista sua concedida âFrancc Pays Árabes, é recordada c repro-duzida por quase todos os meios dccomunicação da Itália:

— Minha organização decidiu atacarIlido o que c israelita c Iodos aqueles quesão cúmplices, com moderação c paciiis-mo. das intrigas dc Israel. Não acredita-mos que qualquer força sionista queirasinceramente a paz: não resta senão aguerra. Atacaremos cm toda parte: obje-tivos israelitas, os amigos de Israel, os

18

1 /

na 118 ferid

traidores da causa palestina — disse AbuNidal.

Condenado à morte,- desde 1974. pc-Ia 01.P. inimigo dc Yasscr Arafat e dasua estratégia da negociação, residentedesde 19N.3 cm Damasco, onde c (raladocom as maiores dcfcrências pelo Governosírio, Abu Nidal há muito tempo — pelomenos há 12 anos — escolheu a Itáliacomo um dos melhores campos de bala-lha para a aplicação da sua estratégia dcterror. O primeiro massacre da históriado aeroporto dc Fiumicino, com a mortedc 30 pessoas cm 1973, foi reivindicadopor ele. Da mesma forma que a responsa-bilidade pelos ataques ás sinagogas dcRoma c Paris (cm 1982), pelas bombaslançadas contra o t ale de Paris na ViaVendo, pelas explosões na agencia tiaBrilish Airwavs. no centro dc Roma,ambos cm setembro deste ano.

Nessas ações, os terroristas emprega-dos na execução dos atentados sempre scapresentaram como membros dc organi-/.ações que sc identificavam através dcsiglas e denominações diversas; ás vezessc disseram pertencentes ás Brigadas Rc-volucionárias Árabes ou ás OrganizaçõesRevolucionárias Socialistas Muçulmanas.Ontem inventaram mais uma — Mártiresda Palestina. Mais coerentes, sempreiguais, eles tem sc revelado no modo dcagir. nas armas que utilizam (medalhado-ras Kalashnikov c granadas dc mão. dcfabricação soviética) c na escolha dcobjetivos pacíficos c indclcsos.

Do homem Abu Nidal sc conhece csc sabe pouco. Muito mais sc sabe dassuas idéias e propostas radicais. Diz-scque seu verdadeiro nome c Sahri ElBanna. Teria hoje 40 anos. Em toda suavida de revolucionário só sc deixou foto-grafar três vezes. Durante muito tempofoi o representante da OL.P c dc Araialcm Bagdá. Em 1974 entrou cm divergen-cia, autoproclamando-sc presidente daOrganização Al Falah. que não admitequalquer solução política e diplomáticapara a questão palestina c que começa adenunciar Arafat c a Icndéneia moderada(e majoritária) da 01.P como traidores da

.OS

luta anti-sionista, na opinião dc AbuNidal a única que deve ser feita pelo povopalestino e pela grande pátria árabe.

Pátria árabe que. cm uma dc suasraras entrevistas, Abu Nidal explicoucomo deve ser:

A criação dc uma pátria árabe-pluriconfcssional não significa a fundaçãodc um novo Estado, Faremos parte daSíria, que faz parte da pátria árabe. Há 2mil anos os palestinos vivem cm umterritório independente. A Palestina dofuturo deverá ser incorporada ao territó-rio sírio.

Afirmações como essa justificaram— poucos dias antes dos atentados dcsexta-feira aos aeroportos dc Roma cViena — uma advertência lançada porYasscr Arafat, numa entrevista concedi-da a Maurizio Cherici. do Corricre DeliaScra. Palavras surpreendentemente cia-ras c diretas, para um Arafat que tem ohábito de exprimir-sc através dc vagasalusões ou dc insinuações:

Cada vez que a ação diplomáticaacha consensos, explodem incidentes quehorrorizam o mundo ocidental c os lio-mens de bem. E. cada vez. explorando ccavando nos meandros dc quem os orga-niza. descobrimos a longa mão dos servi-ços sírios. Porque os sírios não queremtratar c não querem que exista um pro-blcma palestino separado do projeto dcdominar o Líbano, que o Governo deDamasco já não consegue esconder. Eessa é uma hipótese que contraria osinteresses dos povos da região: xiitas,cristãos, drusos e naturalmente os pales-tinos.

As duas novas mortes dc ontem, dosamericanos Hiena Tomarclo c Don Mc-Icnd, que não resistiram aos graves Icri-mentos que sofreram na Guerra dc Fiu-micino. reforçam as pressões que o Go-verno italiano vem sofrendo. Nos muitoseditoriais e comentários políticos feitosdepois do atentado terrorista dc sexta-Icira. vem se insistindo numa mudança dcatitude política diante da questão palcs-tina.

Milícias do

Líbano assinam

acordo de pazDamasco — Os líderes das principais

milícias cristã e muçulmanas do Líbanoassinaram ontem cm Damasco um acordopara pôr fim à guerra civil que cm umadécada matou pelo menos 100 mil pes-soas.

O líder xiita Nabih Berri, o líderdruso Walid Jumblatt c o chefe da milíciacristã Forças Libanesas, Elic Hobcika.assinaram o documento às l(i horas locais(I4h GMT), no escritório do Vice-Presidente sírio, Abdel-Halim Khaddam,apesar de uma pendência de última horasobre quantos lugares o futuro Parlamcn-lo terá.

Khaddam desempenhou um papeldecisivo durante os três meses de nego-eiaçócs que resultaram no pacto, cujoteor não é ainda conhecido. Acredita-seentretanto que cie dá uma participaçãomaior no Governo à maioria muçulmanae limita os poderes do Presidente daRepública (que ate hoje sempre foi umrepresentante da minoria cristã).

Não houve discursos no momento daassinatura do acordo mas Khaddam disseque ns detalhes sobre o conteúdo serãoconhecidos ainda hoje.

O importante c a implementaçãodo acordo. Nós todos trabalharemos paraque suas disposições sejam aplicadas —disse Nabih Bcrri à imprensa após acerimônia.

Munir Alui Fadei, porta-voz do Par-lamento libanês, classificou o pacto de"um marco histórico na vida do Líbano".Mas cm Beirute, na Linha Verde quedivide a capital, um jovem milicianomuçulmano dc 19 anos não parecia tãootimista:

I- apenas uma trégua, por talvezum ano. Não vai durar — disse encolheu-do os ombros.

A concordância dc Hobcika ao aeor-do lem sido contestada por líderes dcoutras facções cristãs, que não sc confor-mam com qualquer diminuição dc poder.O Presidente Amin Gcmaycl c o princi-pai partido político cristão, a Falange,não tomaram parte nas negociações.

No Cairo, um Tribunal dc Apelaçõesconfirmou a sentença dc prisão perpétuacom trabalhos forçados, ditada por umtribunal militar, para o policial egípcioSoliman Khatcr. que cm outubro metra-lhou um grupo de turistas israelenses nodeserto do Sinai, matando sete pessoas.

Pelas leis egípcias a pena dc prisãoperpetua corresponde na prática a 25anos dc prisão. O julgamento provocouprotestos generalizados por parte de estu-dantes e fundamentalistas muçulmanos.

Gorbachev x FutebolSó o Presidente Ronald Rcagan terá

audiência nacional garantida, quando fa-lar aos soviéticos na passagem do ano. jáque lá a televisão c estatal. A mensagemque o líder soviético, Mikhail Gorbachev,dirigirá aos americanos, siinultancamcn-te. enfrentará a concorrência de umapartida dc futebol c dc um desfile anualem Pasadena, que serão transmitidos porduas estações de TV americanas.

Seguro contra KGB

Como faz todos os anos. desde queobteve asilo político nos Estados Unidoscm 1978. a soviética Yclcna Mitrokhinarenovou mais uma vez sua apólice dcseguro dc vida contra a KGB. Casadacom um diplomata que trabalhava naEmbaixada da União Soviética cm Wa-shington. Mitrokhina desertou com osdois filhos c. cm dezembro do ano passa-do. conseguiu a cidadania americana.Empresária bem—sucedida, não crê quea KGB ainda sc preocupe com cia, masmesmo assim pretende renovar seu segu-ro até o fim dc sua vida, "por via dasdúvidas", afirmou.

Oitavo filho de WalesaCom a que nasceu ontem com 3

quilos e 911(1 gramas, no hospital deGdansk. agora são quatro meninas equatro meninos. O líder da oficialmentedissolvida central sindical polonesa Soli-dariedade. Lcch Walesa c sua mulherDanuta ainda não escolheram o nome darecém-nascida. O penúltimo lilho do ca-sal nasceu cm janeiro dc I9S2. MariaWiktoria.

Violência racialO prefeito dc Filadélfia, Pcnsilvá-

nia, prorrogou por oito dias o estado dcurgência (que proíbe reunião de mais dcquatro pessoas), decretado a 22 dc no-vembro. depois que centenas dc brancoshostilizaram negros que sc mudaram paraum bairro habitado por brancos. A poli-cia guarda dia c noite as casas dos negros,um dos quais já sc mudou do bairro.

Entrada proibidaO Governo do Presidente Roberto

Suazo Córdova proibiu a entrada emHonduras dos integrantes da Marcha In-tcrnacional pela Paz na América Central,ccrca dc 300 pessoa dc diferentes nacio-nalidades que começaram dia 10, noPanamá, uma caminhada pela região cmapoio à negociação dc paz. Os pacifistasaguardavam autorização na cidade nica-ragüense de Estclí. fronteira com Hon-duras.

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.iln h MInês, ao lado do pai, ao ser libertada a 24 de outubro,

admitiu simpatia pelos guerrilheiros

"Le Matin" revela alegria

de Inês durante seqüestroParis — Sorridente c confratcrnizan-

do com seus seqüestradores. Assim, InêsDuarte aparece cm quatro fotos publica-das ontem pelo jornal socialista parisien-se Le Matin, dando uma imagem serena cnada trágica do seqüestro que viveu afilha do Presidente dc El Salvador, JoséNapolcón Duarte, cm setembro.

Levadas da Nicarágua pelo escritorbritânico Graham Greenc, que esteve emManágua este mês, as fotos mostram Inêssempre sorridente, conversando com umou mais guerrilheiros c até sendo ajudadaa transportar um pacote, quando através-sava um rio. com água pelos joelhos. Aoser libertada cm troca dc presos políticos,após 411 dias dc seqüestro, Inês —35 anosc divorciada —- fez elogios aos guerri-lheiros.

Quando Inês declarou que havia mu-

dado "completamente dc opinião sobreos guerrilheiros", ao ver como vivem,pôde admirar sua solidariedade, sua con-vicçáo c sua elevada moral, o Presidentesalvadorenho disse que sua filha sofria daSíndromc dc Estocolmo (simpatia sentidapelos reféns, ao serem libertados por seusseqüestradores) c que estava sendo trata-da por um psicólogo americano.

Le Matin comparou Inês a PatríciaHcarst, a filha do magnata da imprensaamericana que chegou a aderir por algumtempo à guerrilha que a seqüestrara.Prometeu publicar nos próximos dias ou-tras informações recolhidas por GrahamGreenc em Manágua. onde o escritor scentrevistou "com os dirigentes (da guerri-lha salvadorenha) que conhece há tem-pos". A primeira reportagem, com asfotos, fez sucesso sob o título Inés a doec,Inês a vermelha.

Segurança de juizesO Presidente Bclisário Bctancur

promulgou 18 decretos para enfrentar asconseqüências dc dois dramas: a ocupa-çáo guerrilheira do Palácio dc Justiça, dia6 de novembro, cm Bogotá, e a erupçãodo vulcão Nevado dei Ruiz. dia 13 domesmo mês. O pacote facilitou os proce-dimentos jurídicos para os parentes dosque sumiram no incêndio do tribunal e nalama que sepultou a cidade dc Armcro.Criou também um corpo especial dcvigilância permanente — integrado por 1mil homens — para proteger os membrosdo Poder Judiciário.

Gandhi endurece o tomO Primeiro-Ministro Rajiv Gandhi

comemorou o 100" aniversário dc seuPartido do Congresso no Estádio Bra-bourne. cm Bombaim, com um violentodiscurso no qual denunciou praticamentetodos os setores da sociedade — indus-triais, políticos (inclusive dc seu própriopartido), policiais, advogados, funeioná-rios públicos c sindicalistas — por falta dcpatriotismo, corrupção, intolerância reli-giosa c indisciplina. Cerca dc 23 pessoasficaram feridas, antes do início da ecri-mônia, quando dezenas dc milhares ten-taram invadir o estádio já lotado, inclusi-vc por 300 convidados dc 65 países.

Luta moçambicanaUma força conjunta dc Zimbabwc e

Moçambique desmantelou uma base daResistência Nacional Moçambicana (Rc-namo) a Leste do Porto dc Beira. Inicia-da no dia dc Natal, a luta durou dois diasc resultou na morte de 52 rebeldes,apreensão dc armas, munições c do-cumcntos que comprovaram que a Rena-mo continuou a receber suprimentos daÁfrica do Sul. depois da assinatura dopacto dc não agressão entre Maputo ePretória, cm março.

Japão e a defesaO orçamento japonês para o ano

fiscal que começa cm abril, aprovadopelo Gabinete, contempla cortes paraquase todos os ministérios c aumento de6.0r:r para o da Defesa. Serão reduzidosgastos públicos cin educação c assistênciac previdência social, com ampliação dosinvestimentos públicos, créditos e finan-ciamento do setor privado em obras dcinfra-estrutura. O objetivo é dinamizar aeconomia interna c fazê-la depender me-nos das exportações, responsáveis por umsuperávit na balança comercial que inco-moda os parceiros ocidentais, os EstadosUnidos à frente. O Primeiro-MinistroYasuhiro Nakasonc. que recebeu ontema renúncia coletiva protocolar do Gabinc-te. substituiu 17 dos 20 ministros.

Suécia agora declara

guerra à pornografia

Estocolmo — OGoverno c as mes-mas instituições libe-rais suecas que nosanos 60 e 70 ajuda-ram a abrir caminhopara a permissivida-dc sexual estão ago-ra lutando para con-ter a pornografia.Diferentes medidasneste sentido pode-ráo incluir uma leique exigirá emendaconstitucional.

Os espetáculospúblicos de sexo cx-plícito foram proibi-dos cm 1982. A par-lir do início do ano.será estendida a cc-nas dc violência sc-xual a proibição dc filmes c vídeosexcessivamente violentos. E o Govcr-no pretende enviar ao Parlamento um .projeto de lei proibindo a pornografiaviolenta também cm livros c revistas,o que exigirá emenda á Lei da Libcr-dade dc Imprensa — uma das quatroque integram a Constituição —, a seraprovada por duas legislaturas succs-sivas, com uma eleição 110 meio.

Por trás da ofensiva contra a por-nografia está justamente a AssociaçãoSueca dc Educação Sexual, que. cria-da cm 1933. foi uma das maioresresponsáveis pela revogação, em1971. da principal lei que então res-tringia a divulgação dc material por-nográfico.

— Esperávamos que a liberaliza-çáo levasse à apresentação aberta chonesta dc todos os aspectos da sc-xualidade — explica o presidente dainstituição, Hans Ncstius. 41 anos. —Em vez disso, os capitalistas do sexoentraram cm cena. c o que temos étodo um aparato dc pornografia fria.mecânica, violenta c degradante.

Ncstius nega que sc tenha torna-do menos liberal com o amadureci-mento, sustentando que. "se todossoubessem o que sc vende atualmentenas sex sliops. haveria uma grita deprotesto". Não existem estatísticasexatas, mas ele estima uma vendamensal dc meio milhão dc revistaspornográficas (a população é dc Smilhões 300 mil). O maior crcscimen-

lo e no setor dc vi-dcos: um dc cadaquatro dos vídeosalugados em 1983era pornográfico, se-gundo um jornal cs-pecializado.

No material im-presso. predominama violência e o sadis-mo, estupros, cor-rentes c atos cnvol-vendo animais ecrianças. A porno-grafia infantil já foiproibida, mas conti-nua circulando clan-destinamente. Astradicionais revistasmasculinas "maisbrandas" tornaram-sc "mais duras", e

no ano passado venderam 13 milhões600 mil exemplares.

No Partido Social-Democrata,com mandato rccém-rcnovado nas ur-nas para governar o país. a DeputadaMargareta Persson acredita que seráobtida maioria para banir a pornogra-fia impressa. Ela esteve entre os que,no ano passado, desafiaram a decisãoda executiva do partido, aprovando acensura aos vídeos pornográficos. Aquestão está agora sendo examinadapor um grupo de trabalho do Governo.

Uma Ação Popular contra a Por-nografia. criada no início do ano pelaAssociação dc Educação Sexual, gru-pos femininos c partidos políticos,definiu a pornografia como "apresen-tação dc uma sexualidade fragmenta-da. separada dc seu contcxto natural cdescrita dc forma degradante parauma das partes ou com sofrimentoimposto a uma delas".

Hans Ncstius. que chcgou a publi-ear um livro dc imagens eróticas masnão pornográficas, transferindo a ênfa-sc da genitália para a afeição e queren-do assim combater os pornógrafos cmseu próprio terreno, explica:

— Somos a favor dc toda c qual-quer apresentação da sexualidadehumana, da levemente sensual â or-giástica. Mas nos opomos à explora-çáo da imagem da mulher comoobjeto a ser usado pelo homem, c áseparação dos aspectos físicos cemocional da sexualidade.

Separatistas na

Europa buscam

união políticaBarcelona — Uma Conferência dc

Nações sem Estado da Europa Ocidental,reunindo mais dc 80 delegações dc movi-mentos políticos separatistas, começou adiscutir na capital eatalã uma estratégiacomum, formas de luta pela independên-cia c políticas dc valorização dc suaslínguas regionais.

No encontro, que durará quatro dias,estão representados, entre outros, o Mó-vimento Corso pela Autodeterminação, opartido Sinn Fein. da Irlanda do Norte,'aaliança separatista basca Hcrri Batasuria(considerada o braço político da ETA-Militar), o Plaid Cvmru do País de Gales,e separatistas escoceses, flamengos, frí-sios, bretãos e sardenhos.

— A Conferência é contrária ao ciji-prego da violência, mas acreditamos quecada grupo nacionalista deve escolherlivremente sua própria estratégia de li-bertaçáo — comentou um dos organiza-dores, o catalão Oriol Fcrrcr.

Segundo Ferrcr. a Conferência seinspira no Movimento dos Não-Alinhados, e pretende propor a criaçãode um Parlamento Europeu alternativo,onde tenham mais voz as minorias. Gru-pos afins dc todo mundo foram convida-dos como observadores, e enviaram re-presentantes os índios mapuchc, do Chi-le, aymará e kachuá. da Bolívia, navajo,dos Estados Unidos, a União Patrióticado Kurdistáo c a Frcnle Polisário. doMarrocos.

Na sessão dc abertura, foi aplaudidadc pé a namorada do motorista MikelZabalza, encontrado morto no início domês. Ele fora detido 19 dias anlcs pelapolícia, acusado dc participar da luta daETA, pelo terrorismo, para a obtençãoda independência basca.

Em Ciudad Real. 110 País Basco espa-nhol — uma das quatro nacionalidadesque. como a Catalunha, têm reconhecidaapenas autonomia administrativa relativapelo Governo dc Madri —. três nulparentes dc separatistas presos promove-ram manifestação dc protesto cm Irente àprisão dc Hcrrcra dc la Mancha, ondeestão encarcerados 191 militantes daETA (Pátria Basca c Liberdade).

Viúva de Tito

briga por bens

com o EstadoBelgrado — O Parlamento iugoslavo

declarou "de propriedade social" todosos objetos presenteados ao Marechal Jo-sip Broz Tito durante os 35 anos de seuGoverno, na primeira decisão tornadapública a respeito das reivindicações fei-tas pela viúva Jovanka Broz: desde amorte de Tito, em 1980, aos K7 anos, elaestá na Justiça para receber propriedadesimobiliárias, carros e outros bens. avalia-dos em milhões de dólares.

Jovanka, que foi oficial da Rcsistên-cia ao lado de Tito durante a II GuerraMundial e com cie se casou cm 1952, nãosc divorciou, embora se separasse delecm 1977. Segundo declarou no Parlamen-to o Ministro da Justiça. Borislav Krajin-ka, a viúva — apoiada por Zarko c Misa.filhos de dois casamentos anteriores: deTito — reivindica uma residência* deverão no arquipélago de Brioni, 110Adriático (uma das 20 inventariadas),uma vinha e um pomar na ilha de Vanga,carros, lanchas, cavalos, pinturas, meda-lhas "outros objetos de valor cultural ehistórico inestimável".

Jovanka quer também, segundo oMinistro, "praticamente tudo" que estána residência de Belgrado transformadacm Museu Tito, c onde ele foi sepultado.Os bens declarados dc propriedade públi-ca pelo Parlamento, segundo a agênciaTanjug. abarcam, além dos prcscniesrecebidos como chefe dc Estado, os ar-quivos. troféus de caça. a coleção de artee "outros objetos" expostos no museu.Uma comissão nomeada pela Presidênciada República já havia determinado queos bens pessoais dc Tito eram constituí-dos por dinheiro, direitos autorais de seusescritos e "um grande número de bensmóveis". A Justiça, acrescentou BorislavKrajinka. está processando editoras queviolaram os direitos dos herdeiros sobreas obras de Tito.

Ao falar 110 Parlamento, o Ministroda Justiça eximiu-se dc criticar JovankaBroz. mas enumerou as mordomias deque é beneficiária, aparentemente parajustificar a decisão dos parlamentares.Revelou que cia recebe pensão mensal,corrigida segundo a inflação,equivalentea 600 dólares e ao valor recebido pelosmais altos dirigentes do país (os integran-tes da Presidência colcgiada). Além dcter um carro com motorista a sua disposi-çáo. Jovanka mora numa casa cujas con-tas são todas pagas pelo Estado, masdeverá mudar-se para uma outra, ;queestá sendo construída especialmente paraela. ao custo dc aproximadamente ;330mil dólares.

O circo está montado na Sears.

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o sete. Tem até um curso de palhaço, gratuito, para as crianças! As inscrições vão de

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8 ? 1° caderno ? domingo, 29/12/85 ? 2° Clichê Internacional JORNAL DO BRASIL

Mortos nos ataques de Roma e

Viena são 18 e há 118 feridos

San Salvador — Foto da AFP

Araújo NettoCorrespondente

Roma — Subiu para 15 o número ilemortos no atentado ao aeroporto deFiumicino. em Roma, dos quais cinco sãoamericanos. Ao todo, somando com asvítimas do ataque no mesmo dia aoaeroporto dc Viena, são 18 os mortos eI1S os feridos, dos quais pelo menos 1(1estão em estado desesperador. E na Itálianinguém tem dúvida dc que c Ahu Nidalo chefe c mandante dos jovens terroristaspalestinos que escolheram a Europa Oci-dental para fazer sua guerra dc recon-qtiista de uma paíria.

Nem o fato de o terrorista capturadocm Roma ( que se identificou comoMohamed Saaran. 19 anos, palestino) tersc declarado membro dc uma organiza-ção chamada Mártires da Palestina, ateagora desconhecida, abala essa convicçãoitaliana.

[Em Beirute, um grupo suicida, au-tointitulado Células dc Guerrilha Árabe,sc responsabilizou pelos ataques "a doisalvos sionistas", afirmando que os atenta-dos são contra as negociações de paz"com o inimigo israelense". O comunica-do diz que a partir de agora nasceu umgrupo revolucionário e suicida: "tendodecidido morrer, também decidimos ma-tar tantos assassinos imperialistas e sio-nistas quanto for possível" afirma.]

Jornais e agentes do antiterrorismocontinuam a apontar Abu nidal como "amente perversa c a alma danada" da novae furiosa ofensiva do terrorismo palcsti-no. Recente entrevista sua concedida àFrancc Pays Árabes, c recordada c repro-duzida por quase todos os meios dccomunicação da Itália:

— Minha organização decidiu atacartudo o que c israelita e todos aqueles quesão cúmplices, com moderação c pacifis-mo. das intrigas dc Israel. Não acredita-mos que qualquer força sionista queirasinceramente a paz: não resta senão aguerra. Atacaremos cm toda parte: objc-tivos israelitas, os amigos de Israel, os

Milícias do

Líbano assinam

acordo de pazDamasco — Os líderes das principais

milícias cristã e muçulmanas do Líbanoassinaram ontem cm Damasco um acordopara pôr fim à guerra civil que em umadécada matou pelo menos HK) mil pes-soas.

O líder xiita Nabih Bcrri. o líderdruso Walid Jumblatt e o chefe da milíciacristã Forças Libanesas. Elic Hobeika,assinaram o documento às 16 horas locais(I4h GMT), no escritório do Vice-Presidente sírio. Abdel-Halim Khaddam,apesar de uma pendência de última horasobre quantos lugares o futuro Parlamen-to terá.

Khaddam desempenhou um papeldecisivo durante,os três meses dc nego-eiações que resultaram no pacítir^cujoteor não é ainda conhecido. Acredita-seentretanto que ele dá uma participaçãomaior no Governo à maioria muçulmanac limita os poderes do Presidente daRepública (que até hoje sempre foi umrepresentante da minoria cristã).

Não houve discursos no momento daassinatura do acordo mas Khaddam disseque os detalhes sobre o conteúdo serãoconhecidos ainda hoje.

O importante é a implementaçãodo acordo. Nós todos trabalharemos paraque suas disposições sejam aplicadas —disse Nabih Bcrri à imprensa após accrimònia.

Munir Abu Fadei, porta-voz do Par-lamento libanês, classificou o pacto dc"um marco histórico na vida do Líbano".Mas cm Beirute, na Linha Verde quedivide a capital, um jovem milicianomuçulmano dc 19 anos não parecia tãootimista:

É apenas uma trégua, por talvezum ano. Não vai durar — disse cncolhen-do os ombros.

A concordância dc Hobeika ao acor-do tem sido contestada por líderes dcoutras facções cristãs, que não sc confor-mam com qualquer diminuição dc poder.O Presidente Amin Gcmavcl c o princi-pai partido político cristão, a Falange,não tomaram parte nas negociações.

No Cairo, um Tribunal dc Apelaçõesconfirmou a sentença de prisão perpétuacom trabalhos forçados, ditada por umtribunal militar, para o policial egípcioSoliman Khatcr. que cm outubro metra-lhou um grupo dc turistas israelenses nodeserto do Sinai, matando sete pessoas.

Pelas leis egípcias a pena dc prisãoperpétua corresponde na prática a 25anos dc prisão. O julgamento provocouprotestos generalizados por parte dc estu-dantes e fundamentalistas muçulmanos.

traidores da causa palestina — disse AbuNidal.

Condenado it morte, desde 1974, pe-Ia OLP. inimigo dc Yasscr Arafat e dasua estratégia da negociação, residentedesde 1983 cm Damasco, onde é tratadocom as maiores deferências pelo Governosírio, Abu Nidal há muito tempo — pelomenos há 12 anos — escolheu a Itáliacomo um dos melhores campos dc bata-lha para a aplicação da sua estratégia deterror. O primeiro massacre da históriado aeroporto de Fiumicino, com a mortede ,KI pessoas em 1973, foi reivindicadopor cie. Da mesma forma que a responsa-bilidade pelos ataques às sinagogas deRoma e Paris (em 1982), pelas bombaslançadas contra o Café dc Paris na ViaVcncto, pelas explosões na agência daBritish Airways, no centro de Roma,ambos cm setembro deste ano.

Nessas ações, os terroristas emprega-dos na execução dos atentados sempre scapresentaram como membros dc organi-/ações que se identificavam através dcsiglas e denominações diversas; às vezessc disseram pertencentes às Brigadas Rc-volucionárias Árabes ou às OrganizaçõesRevolucionárias Socialistas Muçulmanas.Ontem inventaram mais uma — Mártiresda Palestina. Mais coerentes, sempreiguais, eles têm se revelado no modo dcagir, nas armas que utilizam (metralhado-ras Kalashnikov e granadas dc mão, dcfabricação soviética) e na escolha dcobjetivos pacíficos c indefesos.

Do homem Abu Nidal se conhece csc sabe pouco. Muito mais sc sabe dassuas idéias c propostas radicais. Diz-scque seu verdadeiro nome é Saliri ElBanna. Teria hoje 46 anos. Em toda suavida de revolucionário só se deixou foto-grafar três vezes. Durante muito tempofoi o representante da OLP e dc Arafatcm Bagdá. Em 1974 entrou em divergen-cia. autoproclamando-se presidente daOrganização Al Fatah, que não admitequalquer solução política c diplomáticapara a questão palestina c que começa adenunciar Arafat c a tendência moderada(c majoritária) da OLP como traidores da

luta anti-sionista, na opinião de AhuNidal a única que deve ser feita pelo povopalestino c pela grande pátria árabe.

Pátria árabe que. em uma dc suasraras entrevistas, Abu Nidal explicoucomo deve ser:

A criação de uma pátria árabe-pluriconfessional não significa a fundaçãodc um novo Estado. Faremos parte daSíria, que faz parte da pátria árabe. Há 2mil anos os palestinos vivem cm umterritório independente. A Palestina dofuturo deverá ser incorporada ao territó-rio sírio.

Afirmações como essa justificaram— poucos dias antes dos atentados desexta-feira aos aeroportos dc Roma eViena — uma advertência lançada porYasscr Arafat, numa entrevista concedi-da a Maurizio Chcrici, do Corricrc DeliaSera. Palavras surpreendentemente cia-ras c diretas, para um Arafat que tem ohábito de exprimir-se através dc vagasalusões ou de insinuações:

Cada vez que a ação diplomáticaacha consensos, explodem incidentes quehorrorizam o mundo ocidental e os fio-mens de bem. E, cada vez. explorando ecavando nos meandros dc quem os orga-niza, descobrimos a longa mão dos servi-ços sírios. Porque os sírios não queremtratar e não querem que exista um pro-blcma palestino separado do projeto dedominar o Líbano, que o Governo deDamasco já não consegue esconder. F.essa c uma hipótese que contraria osinteresses dos povos tia região: xiitas.cristãos, drusos c naturalmente os palcs-tinos.

As duas novas mortes de ontem, dosamericanos Elcna Tomarclo c Don Mc-Icnd, que não resistiram aos graves feri-mentos que sofreram na Guerra dc Fiu-micino, reforçam as pressões que o Go-verno italiano vem sofrendo. Nos muitoseditoriais c comentários políticos feitosdepois do atentado terrorista de sexta-feira, vem sc insistindo numa mudança dcatitude política diante da questão pales-tina.

Gorbachev x FutebolSó o Presidente Ronald Rcagan terá

audiência nacional garantida, quando fa-lar aos soviéticos na passagem do ano, jáque lá a televisão é estatal. A mensagemque o líder soviético, Mikhail Gorbachcv,dirigirá aos americanos, simultancamcn-te, enfrentará a concorrência dc umapartida de futebol c dc um desfile anualem Pasadena, que serão transmitidos porduas estações dc TV americanas.

Seguro contra KGBComo faz todos os anos. desde que

obteve asilo político nos Estados 1'nidosem 1978. a soviética Yelena Mitrokhinarenovou mais uma vez sua apólice dcseguro de vida contra a KGB. Casadacom um diplomata que trabalhava naEmbaixada da União Soviética cm Wa-shington. Mitrokhina desertou com osdois filhos e, cm dezembro do ano passa-do. conseguiu a cidadania americana.Empresária bem—sucedida, não crc quea KGB ainda sc preocupe com cia, masmesmo assim pretende renovar seu segu-ro até o fim dc sua vida, "por via dasdúvidas", afirmou.

Oitavo filho de WalesaCom a que nasceu ontem com 3

quilos c 9(1(1 gramas, no hospital dcGdansk. agora são quatro meninas equatro meninos. O líder da oficialmentedissolvida central sindical polonesa Soli-dariedade. Lccli Walesa c sua mulherDanuta ainda não escolheram o nome darecém-nascida. O penúltimo filho do ca-sal nasceu cm janeiro dc 1982, MariaWiktoria.

Violência racialO prefeito dc Filadélfia. Pensilvã-

nia, prorrogou por oito dias o estado deurgência (que proíbe reunião dc mais dcquatro pessoas), decretado a 22 dc no-vembro, depois que centenas de brancoshostilizaram negros que sc mudaram paraum bairro habitado por brancos. A poli-cia guarda dia c noite as casas dos negros,um dos quais já sc mudou do bairro.

Entrada proibidaO Governo do Presidente Roberto

Suazo Córdova proibiu a entrada cmHonduras dos integrantes da Marcha In-tcrnacional pela Paz na América Central,cerca dc 30(1 pessoa dc diferentes nacio-nalidadcs que começaram dia 10. noPanamá, uma caminhada pela região emapoio à negociação dc paz. Os pacifistasaguardavam autorização na cidade nica-ragúense de Estclí, fronteira com Hon-duras.

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Inês, ao lado do pai, ao ser libertada a 24 de outubro,admitiu simpatia pelos guerrilheiros

"Le Matin" revela alegria

de Inês durante seqüestroParis — Sorridente e confratcrnizan-

do com seus seqüestradores. Assim, InêsDuarte aparece cm quatro fotos publica-das ontem pelo jornal socialista parisien-sc Le Matin, dando uma imagem serena enada trágica do seqüestro que viveu afilha ilo Presidente dc El Salvador, JoséNapoleón Duarte, cm setembro.

Levadas da Nicarágua pelo escritorbritânico Graham Grecne, que esteve emManágua este mês. as fotos mostram Inêssempre sorridente, conversando com umou mais guerrilheiros c ate sendo ajudadaa transportar um pacote, quando através-sava um rio, com água pelos joelhos. Aoser libertada em troca dc presos políticos,após 40 dias dc seqüestro, Inês — 35 anosc divorciada —- fez elogios aos guerri-lheiros.

Quando Inês declarou que havia mu-

dado "completamente de opinião sobreos guerrilheiros", ao ver como vivem,pôde admirar sua solidariedade, sua con-vicção c sua elevada moral, o Presidentesalvadorenho disse que sua filha sofria daSíndromc de Estocolmo (simpatia sentidapelos reféns, ao serem libertados por seusseqüestradores) e que estava sendo trata-da por um psicólogo americano.

Le Matin comparou Inês a PatriciaHcarst. a filha do magnata da imprensaamericana que chegou a aderir por algumlempo à guerrilha que a seqüestrara.Prometeu publicar nos próximos dias ou-tras informações recolhidas por GrahamGrcenc cm Manágua. onde o escritor seentrevistou "com os dirigentes (da guerri-lha salvadorenha) que conhece há tem-pns". A primeira reportagem, com asfotos, fez sucesso sob o título Inês a doce,Incs a vermelha.

Segurança de juizesO Presidente Belisário Betancur

promulgou 18 decretos para enfrentar asconseqüências de dois dramas: a ocupa-ção guerrilheira do Palácio de Justiça, dia6 de novembro, em Bogotá, e a erupçãodo vulcão Nevado dei Ruiz, dia 13 domesmo mês. O pacote facilitou os proce-dimentos jurídicos para os parentes dosque sumiram no incêndio do tribunal e nalama que sepultou a cidade de Armero.Criou também um corpo especial devigilância permanente — integrado por 1mil homens — para proteger os membrosdo Poder Judiciário.

Gandhi endurece o tomO Primciro-Ministro Rajiv Gandhi

comemorou o 100" aniversário de seuPartido do Congresso no Estádio Bra-bourne, cm Bombaim, com um violentodiscurso no qual denunciou praticamentetodos os" setores da sociedade — indus-triais. políticos (inclusive dc seu própriopartido), policiais, advogados, funcioná-rios públicos c sindicalistas — por falta depatriotismo, corrupção, intolerância reli-giosa c indisciplina. Cerca de 23 pessoasficaram feridas, antes do início da ccri-mônia, quando dezenas dc milhares ten-taram invadir o estádio já lotado, inclusi-vc por 300 convidados de 65 países.

Luta moçambicanaUma força conjunta de Zimbabwe e

Moçambique desmantelou uma base daResistência Nacional Moçambicana (Re-namo) a Leste do Porto de Beira. Inicia-da no dia dc Natal, a lula durou dois diasc resultou na morte de 52 rebeldes,apreensão de armas, munições e do-cumcntos que comprovaram que a Rena-mo continuou a rcccbcr suprimentos daÁfrica do Sul. depois da assinatura dopacto dc não agressão entre Maputo cPretória, cm março.

Bomba, BombaOs Estados unidos deram uma res-

posta prática às invcctivas soviéticas dosúltimos dias para uma moratória dc testesnucleares: realizaram ontem seu 16" testedeste ano no campo do deserto de Neva-da. O Departamento (Ministério) dcEnergia informou que Goldstone (Pcpitadc Ouro), nome cm código do teste, ficouentre potências dc 2(1 e 150 quilotons, cfaz parte do programa Guerra nas Estrc-Ias que o Presidente Rcagan alega não sernuclear mas que, na verdade, pretendeusar raios laser c de partículas que sãoacionados por explosões nucleares paraproduzir a grande quantidade dc energianecessária para acionar os canhões laserque ficarão no espaço e cm Terra.

Suécia agora declara

guerra à pornografia

Kstocolmo — OGoverno c as mes-mas instituições libe-rais suecas que nosanos 6(1 c 70 ajuda-ram a abrir caminhopara a permissivida-dc sexual estão ago-ra lutando para con-ter a pornografia.Diferentes medidasneste sentido pode-rão incluir uma leique exigirá emendaconstitucional.

Os espetáculospúblicos de sexo cx-plícito foram proibi-dos cm 1982. A par-tir do início do ano,será estendida a cc-nas de violência sc-xual a proibição dc filmes c vídeosexcessivamente violentos. E o Govcr-no pretende enviar ao Parlamento umprojeto dc lei proibindo a pornografiaviolenta também cm livros c revistas,o que exigirá emenda à Lei da Libcr-dade dc Imprensa — uma das quatroque integram a Constituição —. a seraprovada por duas legislaturas suces-sivas, com uma eleição no meio.

Por trás da ofensiva contra a por-nografia está justamente a AssociaçãoSucca dc Educação Sexual, que, cria-da cm 1933, foi uma das maioresresponsáveis pela revogação, cm1971, da principal lei que então res-tringia a divulgação dc material por-nográfico.

— Esperávamos que a liberaliza-ção levasse à apresentação aberta chonesta dc todos os aspectos da sc-xualidade — explica o presidente dainstituição, Hans Ncstius. 41 anos. —Em vez disso, os capitalistas do sexoentraram cm ccna, c o que temos étodo um aparato de pornografia fria.mecânica, violenta e degradante.

Ncstius nega que sc tenha torna-do menos liberal com o amadureci-mento. sustentando que. "sc todossoubessem o que sc vende atualmentenas sex shops. haveria uma grita dcprotesto". Não existem estatísticasexatas, mas ele estima uma vendamensal dc meio milhão dc revistaspornográficas (a população c dc 8milhões 300 mil). O maior crescimcn-

to c no setor de vi-deos: um de cadaquatro dos vídeosalugados em 1983era pornográfico, sc-gundo um jornal cs-pecializado.

No material im-presso. predominama violência e o sadis-mo. estupros, cor-rentes c atos cnvol-vendo animais ccrianças. A pomo-grafia infantil já foiproibida, mas conti-nua circulando clan-destinamente. Astradicionais revistasmasculinas "maisbrandas" tornaram-sc "mais duras", e

no ano passado venderam 13 milhões600 mil exemplares.

No Partido Social-Dcmocrata,com mandato recém-renovado nas ur-nas para governar o país, a DeputadaMargareta Persson acredita que seráobtida maioria para banir a pornogra-fia impressa. Ela esteve entre os que.no ano passado, desafiaram a decisãoda executiva do partido, aprovando acensura aos vídeos pornográficos. Aquestão está agora sendo examinadapor um grupo dc trabalho do Governo.

Uma Açáo Popular contra a Por-nografia. criada no início do ano pelaAssociação dc Educação Sexual, gru-pos femininos c partidos políticos,definiu a pornografia como "apresen-tação dc uma sexualidade fragmenta-da. separada dc seu contexto natural cdescrita dc forma degradante parauma das partes ou com sofrimentoimposto a uma delas".

Hans Ncstius. que chegou a publi-car um livro de imagens eróticas masnão pornográficas, transferindo a ênfa-se da genitália para a afeição e queren-do assim combater os pomógrafos cmseu próprio terreno, explica:

— Somos a favor dc toda c qual-quer apresentação da sexualidadehumana, da levemente sensual à or-giástica. Mas nos opomos à explora-çáo da imagem da mulher comoobjeto a ser usado pelo homem, c àseparação dos aspectos físicos cemocional da sexualidade.

Separatistas na

Europa buscam

união políticaBarcelona — Uma Conferência de

Nações sem Estado da Europa OcidcnLaLreunindo mais dc 8(1 delegações de movi-mentos políticos separatistas, começou adiscutir na capital catalá uma estratégiacomum, formas dc luta pela independên-cia e políticas de valorização de suaslínguas regionais.

No encontro, que durará quatro dias,estão representados, entre outros, o Mo-vimento Corso pela Autodeterminação, opartido Sinn Fein. da Irlanda do Norte, aaliança separatista basca llerri Batasuna(considerada o braço político da ETA-Militar), o Plaid Cymru do Pais de Gales,e separatistas escoceses, flamengos, frí-sios, bretáos c sardenhos.

— A Conferência é contrária ao em-prego da violência, mas acreditamos quecada grupo nacionalista deve escolherlivremente sua própria estratégia de li-hertação — comentou um dos organiza-dores, o catalão Oriol Ferrcr.

Segundo Fcrrcr. a Conferência scinspira no Movimento dos Não-Alinhados, e pretende propor a criaçãodc um Parlamento Europeu alternativo,onde tenham mais voz as minorias. Gru-,pos afins dc todo mundo foram convida-dos como observadores, e enviaram re-presentantes os índios mapuchc, do Chi-Ic. aymará e kachuá, da Bolívia, navajo,dos Estados Unidos, a União Patrióticado Kurdistáo e a Frente Polisário, doMarrocos.

Na sessão dc abertura, foi aplaudidadc pé a namorada do motorista MikelZabalza, encontrado morto no início domês. Ele fora detido 19 dias antes pelapolícia, acusado de participar da luta daETA, pelo terrorismo, para a obtençãoda independência basca.

Em Ciudad Real. no País Basco espa-nhol — uma das quatro nacionalidadesque, como a Catalunha, têm reconhecidaapenas autonomia administrativa relativapelo Governo dc Madri —, três milparentes dc separatistas presos promove-ram manifestação dc protesto cm frente àprisão dc Herrera dc Ia Mancha, ondeestão encarcerados 191 militantes daETA (Pátria Basca c Liberdade)

Viúva de Tito

briga por bens

com o EstadoBelgrado — O Parlamento iugoslavo

declarou "dc propriedade social" todosos objetos presenteados ao Marechal .lo-sip Broz Tito durante os 35 anos dc seuGoverno, na primeira decisão tornadapública a respeito das reivindicações fei-tas pela viúva Jovanka Broz: desde amorte dc Tito. cm 1980. aos 87 anos. ciaestá na Justiça para rcccbcr propriedadesimobiliárias, carros c outros bens. avalia-dos cm milhões dc dólares.

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Jovanka quer também, segundo oMinistro, "praticamente tudo" que estána residência dc Belgrado transformadacm Museu Tito, c onde cie foi sepultado.Os bens declarados de propriedade públi-ca pelo Parlamento, segundo a agênciaTanjug. abarcam, além dos presentesrecebidos como chefe dc Estado, os ar-quivos, troféus dc caça. a coleção de artec "outros objetos" expostos no museu,Uma comissão nomeada pela Presidênciada República já havia determinado queos bens pessoais dc Tito eram constituí-dos por dinheiro, direitos autorais dc seusescritos c "um grande número dc bensmóveis". A Justiça, acrescentou BorislavKrajinka. está processando editoras queviolaram os direitos dos herdeiros sobreas obras dc Tito.

Ao falar no Parlamento, o Ministroda Justiça cximiu-sc dc criticar JovankaBroz. mas enumerou as mordomias deque é beneficiária, aparentemente parajustificar a decisão dos parlamentares.Revelou que ela recebe pensão mensal,corrigida segundo a inflação.equivalentea 600 dólares c ao valor recebido pelosmais altos dirigentes do país (os integran-tes da Presidência colegiada). Além deter um carro com motorista a sua disposi-ção. Jovanka mora numa casa cujas con-tas são todas pagas pelo Estado, masdeverá mudar-se para uma outra, queestá sendo construída especialmente paraela. ao custo de aproximadamente 330mil dólares.

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Satisfação garantidaou seu dinheiro de volta

10 ? Io caderno ? domingo, 29/12/85

JORNAL DO BRASIL

Fundado fm IfNIM F DO NASCJMF.NTO BRITO — Diretor Prendera*

BERNARD DA COSTA CAMPOS — Pireior

1 A DO NASCIMENTO BRITO Diretor ExecutivoMAURO OUIMARAFS Diretor

FERNANDO PEDRETRA Redator ( hefeMARCOS SA CORRE A Editor

Fl.AVIO PINHEIRO — Ednor fasuteiueJOSÉ SILVEIRA Secretário Executivo

Ique

Perdas e Lucros

CHEGA o fim do ano, com os seus balanços e

reavaliações; e salta aos olhos a ambigüidade doque acabamos de presenciar: este foi um ano dereabilitação e reativação da política, mas que tambémveio a ser o ano da "dcsmistificaçào" e ate dadesmoralização dos políticos. O que houve no Con-gresso. tendo como ccntro o episódio dos jetons,passou os parlamentares brasileiros por um crivomoral a que não eram submetidos desde que oExecutivo cobriu, com a sua sombra, todas as outrasáreas da vida nacional.

Não foi um ano infeliz; muito pelo contrário, emesmo levando-se em conta o trauma nacional quefoi a perda do Presidente Tancredo Neves. Pode-seafirmar, sem medo de errar, que aumentou o quo-ciente geral de felicidade; e houve até uma euforia defim de ano, provocada pelo afrouxamento de algumasrédeas monetárias. Mas também foi um ano frustran-te; pois. em algum ponto da caminhada, perdeu-se osenso de direção que acompanhou o país ao longo detoda a transição de regime.

Esta perda em nenhum lugar se tornou maisvisível do que no Congresso nacional. E como se osnossos parlamentares não tivessem percebido que secruzou uma fronteira, com o fim do regime militar.Essa "passagem" teria exigido um novo comporta-mento; pois, nesse momento de construção de umanova legitimidade, o comportamento, a atitude indivi-dual, vale tanto ou mais do que a lei escrita. OCongresso (e com ele as assembléias regionais) não seapercebeu disso. Continuou a comportar-se "à anti-ga" — mas, desta vez, com um grau de exposição, devulnerabilidade, a que jamais fora exposto quandoainda vivíamos numa hibernação política.

Nesse vácuo, surgem figuras imprevisíveis, comoa do Sr Jânio Quadros. O que significa o Sr Quadros,e a sua carreira errática, de quem renunciou ao podermáximo, perdeu eleições posteriores e agora reapare-ce num centro urbano de peso indisfarçável? Atéonde irá a sua capacidade de produzir efeitos fora dasua área imediata de ação?

Na economia, o melhor — ao menos cm termosimediatistas — acabou sendo o que não aconteceu: opaís não fez acordo com o FMI e viu-se com as mãosmais livres para escolher o seu próprio roteiro. Tudoconcorreu para um fim de ano bastante desinibido.Mas, com o Ano-Novo, expira o prazo das comemo-

rações. Entramos imediatamente num período emque se vai exigir mais responsabilidade de todos e decada um. O próprio Governo, no seu estilo pessoalque inclui uma dose indisfarçável de idealismo, con-fessa que suas esperanças repousam em boa parte naresposta a ser obtida da população — isto c, naresponsabilidade individual e coletiva.

No momento de agora, ninguém pode escapar àspróprias responsabilidades. O Executivo passa a dis-por de um novo prazo para demonstrar que escolheua política mais apropriada (mas o prazo não é longo).O Legislativo fica na obrigação de responder ao corode vaias que acompanhou alguns momentos de suaatuação no ano que termina. A vaia é um direito docidadão, tanto quanto do freqüentador de ópera. Masseria mau se o Legislativo acreditasse que existe umaprevenção voltada contra ele. O clamor da opiniãopública foi proporcional ao desapontamento das gran-des esperanças que se depositavam no Congresso.

O Congresso mostrou um rosto antigo, acomo-dado, sem imaginação. É essa velha face que teria deser maquilada ou removida. O país não pode viversem o seu Congresso; mas não pode conviver com umCongresso que não é respeitado porque não serespeita a si mesmo. O ano que entra é um anoeleitoral; c um ano de julgamento do Congresso —nas urnas e nas consciências.

Com o ano-novo, a contagem recomeça. Passa aeuforia das festas. Será impossível entrar o anogastando como nos últimos dias do ano velho. Tudoserá pesado e posto na balança. Q que se gastardemais retornará cruelmente sob a forma de inflação.

Isto vale para a economia doméstica e para aeconomia política. Em 85, foram gastos muitos crédi-tos políticos. As pessoas mostram-se, agora, nãodesesperançadas, mas pouco dispostas a serem iludi-das. Pedem-se atitudes, presenças físicas e morais. Aprópria transição do regime esgotou a sua quota denovidades: pisamos com os dois pés na realidadeprosaica, e não há tempo a perder. Da capacidade deresponder ao presente dependerá, a partir de agora, anossa esperança ou o nosso desapontamento. Não hámilagres a serem feitos —- a não ser o da redescobertada dignidade do homem. O que tanto se aplica aolavrador quanto ao congressista, que representa todauma fatia da população e por ela será julgado no anoque agora se inicia.

Projeto Precário

ACENA-SE mais uma vez aos libaneses com um

acordo de paz: as três milícias mais poderosas doLíbano — drusos, xiitas e cristãos — teriam chegado,segundo se informa, a um entendimento para pôr fimà guerra civil que já dura dez anos; c esse entendi-mento disporia do aval da Síria, disposta a mantersobre o Líbano uma certa hegemonia.

O cansaço da guerra, no Líbano, já atingiu níveisinsuportáveis. Beirute, a capital, tem sido submetidaa um prolongado martírio; c só a persistência de seushabitantes impede que ela se transforme num simplesvalhacouto de bandos armados.

Ao mesmo tempo, é um certo exercício de ficçãopensar ainda no Líbano como numa entidade nacio-nal. Ao longo dos conflitos deste ano, os gruposétnicos ou religiosos do país entrincheiraram-se emverdadeiros feudos, absolutamente refratários a qual-quer fusão, tornando quase irrelevante a existência deum Presidente da República. Há o feudo cristão,como há o feudo druso; e há um verdadeiro Estadoxiita, existindo ainda áreas onde predominam osmuçulmanos sunitas (que não dispõem, entretanto,do poder de fogo dos seus vizinhos).

A desunião nacional ultrapassou de muito acapacidade da Síria de atuar como verdadeiro poderhegemônico: e ao enfraquecimento da influênciadireta da Síria parece estar ligada a informação do

declínio na saúde do Presidente Hafez Assad, cujasucessão já c discutida em Damasco.

Apesar de todos esses obstáculos, os libanesesainda têm direito a sonhar; e é na categoria do sonhoque deve ser colocada a trégua obtida numa negocia-ção patrocinada por Damasco. Planeja-se um Estadonão confessional, a substituir, num período de dezanos, as atuais estruturas do sistema político libanês.Durante essa transição, muçulmanos e cristãos passa-riam a dividir proporcionalmente o poder — aocontrário do que acontece agora, quando (ao menosem teoria) cabe aos cristãos a predominância.

Essa predominância é que deu ao Líbano, depoisda última guerra mundial, um período de estabilidaderelativa. Um verdadeiro milagre político tornavapossível a convivência das facções c crenças, e Beirutefoi um ccntro político e econômico de alta sofistica-çáo. As convulsões do movimento palestino desinte-graram esse equilíbrio.

O Líbano propõe-se, agora, a marchar na dire-ção de um Estado secular. É um projeto atraente.Mas pode-se perguntar quais são as suas chances desucesso, sobretudo quando se pensa que o elementomais forte a emergir recentemente no Oriente Médioe no próprio Líbano foi justamente a linha xiita —uma exacerbação do islamismo, a própria negação daidéia de um Estado secular.

Cerco Rodoviário

UM dos setores mais sacrificados pela recessão

que viveu o país foi o rodoviário. A estimativaoficial é de que, atualmente, mais de um quarto dasrodovias federais encontram-se num estado de con-servação abaixo do admissível. Em certas regiões,estradas construídas de afogadilho praticamente desa-pareceram cm conseqüência de chuvas e inundações.

O caso do Rio de Janeiro é dramático, a começarpela sua situação geográfica, que o faz altamentevulnerável aos caprichos do tempo. E pela acentuadadependência do transporte sobre asfalto para o fun-cionamento de sua indústria, seu sistema portuário,seu abastecimento de víveres e, finalmente, para arenda proveniente do turismo interno.

Não é necessário ir muito longe para constatar adeterioração alcançada pela rede rodoviária que serveao Rio. A litorânea que o liga a Santos continuapraticamente cortada à altura de Angra dos Reis. A

que leva ao Espírito Santo tem trechos quase intransi-táveis entre Magé e Campos. A Presidente Dutra éinsegura e maltratada no território fluminense, emvivo contraste com São Paulo.

Igualmente lamentável é a situação da estradapara Belo Horizonte e o Brasil Central. O trechoduplicado entre a serra de Petrópolis e as imediaçõesde Juiz de Fora foi gravemente danificado logo após asua inauguração e assim permanece até hoje. Tornou-se uma rodovia altamente perigosa, sem alternativa esem nenhuma infra-estrutura de auxílio aos que porela transitam.

Não é fácil estabelecer prioridades quando setem dinheiro de menos e obras demais por realizar. ORio, entretanto, não pode ficar relegado a segundoplano nessa questão. Um verão de chuvas pesadas nasregiões montanhosas que o cercam e correrá o riscode ficar inteiramente bloqueado em suas saídas terres-tres.

Tópico

EquívocosO» contribuintes do Imposto de

í\enda com direito a devolução tiveramde apelar — este ano — para umapaciência bíblica. Semanalmente gote-javam nas agências bancárias mingua-dos lotes de restituição, liberados se-gundo um critério esdrúxulo, pelo qualas quantias maiores ficariam para o fim.Quem confiou cm que o Governo paga-ria o que devia cm meados do ano.como tem sido a tradição, amargousérios problemas de caixa. Quem to-

mou empréstimos na expectativa dapontualidade do Tesouro padeceu sob oônus de juros e reformas.

Não bastasse tudo isso, vem agora aSecretaria da Receita Federal anunciarque alguns milhares de declarações erestituições estão retidas pela ocorrcn-cia de equívocos, alguns meramentearitméticos, no seu preenchimento. De-pois de liberados os últimos lotes, aSecretaria vai convocar as vítimas deequívoco para explicação do erro econseqüente retificação. E. só a partir

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Cartas

daí. liberar a restituição. Seguramente,os enganos poderiam ter sido identifica-dos e retificados durante os nove mesesde gestação das restituições. O contri-buinte poderia ter sido logo intimado eacertado suas contas. Se não foi assim,é o caso de se questionar a eficiência dosistema de processamento c de fiscaliza-çáo, no que não se pode crer se se levarem conta o custo c o aparelhamento damáquina arrecadadora.

Resta, então, a suspeita de que adelonga decorre apenas da prepotênciafiscal.

Menino com AIDSVenho solicitar à direção desse jornal

que retifique certos dados e conceitosemitidos erroneamente, na edição de

3/12/85, soh o título Menino morto comAIDS era premiado, na página 5 — I"Caderno.

O hemofílico M.T., 15 anos, era por-itdor da síndrome de imunodeficiencia

adquirida, segundo os critérios da Orga-nização Mundial de Saúde e do Centro deControle de Doenças dos Estados Uni-dos, exteriorizada clinicamente por mani-festações digestivas de náuseas, vômitos ediarréia crônica, provocados pelo proto-zoário intestinal Cryptosporidium. C) pa-ciente, quando do diagnóstico, já se en-contrava em avançado grau de desnutri-ção, o que piorou cm muito seu manuseioe prognóstico, Esteve internado no Hos-pitai Universitário da UFRJ, para investi-gação de sua doença básica e da Cryptos-poridiosc. Foi aventada a hipótese desubmctc-lo à nutrição parcnteral — pro-ccdimento no qual se necessita de acessovenoso profundo para nutrir o paciente

o qual, após discussão clínica comcolegas especializados, se julgou desa-consclhável, pelo avançado estado decomprometimento imunológico e clínico.

fim virtude do mau prognóstico e dasreduzidas chances de sobrevida do pa-ciente, optou-se por conduta terapêuticaconservadora, em que não se negou aomesmo o direito a quaisquer de seusdesejos, mesmo àqueles mais exóticos,como ingerir alimentos condimentados,lista retificação faz-se necessária, pelasinformações incorretamente emitidas,sem que o médico assistente as tivessedeclarado e. pelo envolvimento involun-tário de médicos e instituições, que pri-maram em oferecer o melhor ao pacien-te. Dr. Carlos Kduardo Brandão Mello —Rio de Janeiro.

MilagreA história é verídica e nela acredite

quem quiser. Passou-se há quase 2(1 anos.Meu filho, então com cinco anos. foiacometido de doença gravíssima, dessasque quando não tiram a vida geralmentedeixam as mais pungentes seqüelas, lista-va em coma vígil havia 4(1 longos epenosos dias.

Certo dia, descia eu no elevador deum prédio qualquer da cidade quandopercebi que descia junto comigo um ra-paz cego e hesitando quanto á direção atomar, quando chegamos ao térreo. Co-loquei levemente a mão no seu braço cme ofereci para levá-lo até a calçada.Suas primeiras palavras foram que euestava naquele momento vivendo algumdrama terrível. Obtida a resposta afirma-tiva, ofereceu-se para ir à minha casa"ver" o meu filho. Aceitei imediatamen-te e me ofereci para ir buscá-lo na suacasa no dia e na hora que ele marcasse.Não aceitou o oferecimento por maioresque fossem os meus argumentos, reforça-dos com o fato de que eu tinha auto-móvel.

Vencido, esperei o cego (só sei queseu nome era José) na portaria do meuprédio. No dia e hora exatos, apareceuele, a pé. na esquina. Entramos cm casa.Meu outro filho, então com 16 anos, foi-lhe apresentado. José lhe perguntou: quecarreira vai seguir, meu filho? Aviador,veio a resposta resoluta. O cego: não,meu filho, você vai ser e médico, e dosbons. (Se é dos bons, não sei; c médico esua carreira tem sido muito feliz).

José entrou no quarto cm que estavao doentinho (o desenlacc era esperadopara qualquer momento), "olhou-o" edisse: O menino vai ficar bom, não sepreocupem. Realmente, e graças a Deus,ele é hoje um rapaz forte c bonito.

Despediu-se, mais uma vez recusoutenazmente a condução, c. a pé. sumiu naesquina. Perdi o José de vista. Ouc pena!Osmar Freitas — Rio de Janeiro.

TiraniaOs editoriais do JB são os melhores —

disparados —- da nossa imprensa. Háneles, em relação aos temas abordados,sentido de ampla visão, com lastrocultural que lhes empresta uma perspecti-va abrangente, onímoda, ao nível dosfamosos sucltos que derrubavam minis-lios do velho Correio da Manhã. O de24/12/85. sobre o show televisivo do SrFidel Castro, deve ser lido e meditadopelos que retêm ainda a capacidade deanalisar, comparar e concluir. Porque eledesveste e revela o barbudo cubano emsua hedionda nudez.

Eu também vi parte do sho» e meespantei com a mesmice do tirano. Há 26anos, entusiasmado com a OPA — Orga-nização Pan-Amcricana. menina dosolhos do poeta Augusto F. Schmidt,assisti em Buenos Aires ao discurso dequatro horas de Fidel c testemunhei asfestas que lhe foram tributadas no Rio,uma delas na casa do Sr José Nahuco,

onde se travou um pitoresco debate entreo Governador Ademar de Barros e Cas-tro. O meu espanto vem disso. Fidel é umlong-play que loca e retoca o mesmodiscurso sem parar, num rltornelo ener-vanlc. Se lhe retire a gordura fofa e otordilho das barbas e o resto é lodo igual.Em tantos anos o homem permanece omesmo, não cresceu, não evoluiu, nãocolheu sequer os benefícios da experiên-cia, numa contradita viva ao princípio darenovação constante de Heráclito. Umatristeza!

Tristeza maior é verificar que a prega-ção desse ditador perverso ainda empolgacertos representantes da nossa inteligent-sia nanica, que não tem olhos de ver eprecisa cuidar o quanto antes de ordenaro pensamento para poder julgar sempaixão. Pode até ser verdadeiro que odesemprego c o analfabetismo foram cx-tintos na ilha, que a assistência médicaalcance todos os cubanos. Isso porém nãoé novidade, pois foi o que fez o Sr JoséMaria Alkimin no Estado Novo, quandodiretor da Penitenciária de Neves. Todosos detentos tinham assistência médica,

y>dentária e mesmo psicológica, além doemprego pleno, alimentação sadia ecursos de alfabetização e primário com-pleto. Com muitas vantagens: Alkiminnão condenava ninguém á tortura e àmorte; não impunha trabalho escravo enão proibia a leitura de livros, jornais erevistas. E seus presos eram presos co-muns, não estavam ali por divergirempoliticamente do Jefe.

Nesse pequeno c outrora rico país doCaribe, o número de assassinados e desa-parecidos suplanta o da Argentina. Sóque as Mães da Plaza de Mayo cubanassão levadas na medida em que vão apare-ccndo para os campos de trabalho força-do, de onde só sairão mortas. Arrabal,que pensa e escreve melhor que o SrHélio Pelegrino, diz numa de suas I,ettresà Fidel Castro: "Tenho soh os olhos alista interminável, que o senhor conhecemelhor do que eu, das prisões e camposde concentração desse Arquipélago Gu-lag, cm que o senhor transformou a ilhade Cuba."

Mensagens mais dramáticas do queessa vem sendo transmitidas, há anos,por Juanita Castro, a irmã de Fidel, cpela própria mãe do Chc Ciuevara. E fácilorganizar e administrar um presídio, umvasto presídio em forma de nação. Odifícil é mostrar, após quase trés décadasde terror e tirania, resultados tão pífios.Será isso que querem para o Brasil? Eugostaria, como Machado de Assis, de"admirar-me simplesmente com as tur-bas", sem choro ou riso. Mas não posso.Deoclides Vieira de Mello — Rio de Ja-neiro.

EncampaçãoA corajosa medida de encampação de

algumas empresas de ônibus tomada pelogoverno Brizola já veio muito tarde. Ospoderosos chefõcs dos ônibus deitaram erolaram durante muitos e muitos anos,enfrentando o governo do alto de suasimensas fortunas. Conheço um que, certavez, disse, sentado ao volante de sualuxuosa Mercedes, capitánea de uma fro-ta de carros particulares com os quaisviaja para as suas mansões nas cidades deveraneio: "O governo só faz o que nósqueremos". Mão firme. Governador,com quem usou muito o pé para pisar nousuário dos ônibus. Oscar Ferreira de Sá— Rio de Janeiro.

Prisão e morte(...) Neste período de festas, a família

de Ruy Frazáo Soares se prepara paraassistir ao julgamento da 3a Vara daJustiça Federal de Pernambuco da açãodeclaratória com que requer que a Uniãoassuma a responsabilidade sobre a prisão,morte e ocultamento de cadáver do seuinsubstituível Ruy. Dissidente do gover-no militar, Ruy foi preso na Feira dePetrolina. em 27/s 74. enquanto comer-ciava artesanato, atividade a que teve derecorrer para sustentar sua família (mu-lher e um filho). Ele foi obrigado ainterromper seus estudos universitários,no 5" ano de Engenharia de Minas, daUniversidade Federal de Pernambuco,dada a cerrada perseguição militar. Igual-mente, teve Ru\ de renunciar a seu

emprego de exator federal, conquistada,em concurso público c a buscar na clan-destinidade uma lorma de permanênciajunto ao povo brasileiro.

Preso, publicamente, seus familiaresjamais conseguiram olilcr qualquer infor-mação embora houvessem tentado Iodosos caminhos possíveis. O Juiz Federal,Dr. Adauto José de Melo. irá julgar Oicaso.

É fundamental que pessoas c associa-.,ções comprometidas com a democracia ccom a humanidade se pronunciem cn-viando cartas ou telegramas, emitindo asua posição sobre o assunto — seu julga-mento, ao qual tem direito e dever todocidadão. O endereço é Av. Dantas Barre-to. 10X0 — Recife-PE Assim seremosdignos de esperar o começo de um felizAno Novo para a sociedade brasileira.Célia Frazáo Soares — Rio de Janeiro.

EcologiaFoi com emoção e gratidão que lemos

o artigo do Deputado F.duardo Chuahvpublicado na edição de 9/12/85. soh otítulo Pioneirismo ecológico. De um lado,por se tratar de um reconhecimento pú-blico da capacitação e dos esforços daequipe da FEEMA, órgão muitas vezesinjustiçado por não serem suas realiza-ções imediatamente visíveis e mensurá-veis segundo os critérios tradicionalmen-te utilizados para avaliar a eficiência dosserviços públicos (resultados financeiros,número de atendimentos médicos, quilo-metros de estradas pavimentadas). Comoavaliar tais resultados? O Rio Paraíba doSul vai mal? Como iria se a FEEMA nãoexistisse? Poderia ir melhor? Seguramen-te, com alguns poucos recursos suple-mentares e alterações na legislação.

Do outro lado, alegramo-nos com acrescente demonstração de interesse econsciência dos problemas ambientaispor parte de lideranças políticas expressi-vas, como o Deputado Eduardo Chuahv.De fato os padrões de desenvolvimentovêm sendo revistos pelas pessoas maisesclarecidas, há muitos anos, cm todo omundo. A qualidade de vida não pode sermedida pela renda per capita, assim co-mo "medicina não é saúde" (para utilizarà expressão do Dr. Jayme Landman, jáconsagrada). O crescente esclarecimentodas instâncias governamentais sobre agravidade dos problemas ambientais —tanto para a saúde pública quanto para apreservação dos recursos naturais — éfundamental para a ação dos órgãos esta-duais que atuam nessa área. Luiz AntonioPrado ric Oliveira, vice-presidente noexercício da presidência da FEF.MARio de Janeiro.

BotafogoL.i. no JB de 8/12/85. notícia com o

título O Botafogo do futuro, segundoSérgio Bernardes. Minhas esperanças de •ver de novo de pé o velho Bota reacende-ram. O arquiteto bolou um projeto auto-financiávcl (portanto viável) para Gene-ral Severiano. Tudo estaria correndo bementre o Governo do Município, a Cia.Vale do Rio Doce e o Clube. mas...quem está botando areia são os funciona-rios da Vale. que pressionam a diretoria'1para não trocar o terreno e sim construir .cm General Severiano a Sede Esportiva >iila Companhia?

Não dá para acreditar direito. Houveassembléias? Os empregados da Valediscutiram esta questão? Não dá para—acreditar direito. As associações (as ba-~ses) costumam ser democráticas, c costu-mam respeitar as questões de importân-cia cultural. E nós sabemos que o futebolno Brasil c muito mais do que um esportequalquer. E um aspecto importante danossa cultura, e que tem implicaçõessociais c políticas nada desprezíveis. Esabemos que o Botafogo contribui nestaimportância com uma grossa fatia. Sabe-mos que há botafoguenses no Brasil intei-ro. Desaparecer com o clube de Garrin-cha é. sem exagero, um crime contra amemória nacional.

Penso que o futufo do Botafogo estávivamente ligado à sede de General Seve-,riano. Por isto, não consigo acreditardireito naquela notícia. (...)

Quero esclarecer uma coisa. Não soubotafoguensc, sou tricolor. Mas sei quesem o Botafogo o futebol do Estado nãoé mais o mesmo. Sei que não se podeatirar ao lixo. como qualquer produtodescartável. Será verdade? Se a posiçãodos empregados da Vale é esta. creio quedeve haver mais discussão. Se há cartola-gem e uso indevido do nome dos empre-.gados, o velho e eficiente remédio é o dadenúncia. Miguel Pedro Alves Cardoso —Rio de JaneiroAs cartas serão selecionadas para publi-cação no todo ou em parte entre as quetiverem assinatura, nome completo e legl-vel e endereço que permita confirmaçãoprévio.

JORNAL DO BRASILOpinião domingo, 29/12/85 o Io caderno ? ll\

Monopólio em perigo

Barbosa Lima Sobrinha

A Constituição de 1946 não cogitou do problema do mono-pólio da lavra c pesquisa do petróleo, que só alguns anos

depois surgiria, com a lei 2(KM e a sanção de Gctúlio Vargas,isso a 3 de outubro de 1953, que se poderia considerar, depoisda maravilhosa campanha do Petróleo é nosso!, imposição daconsciência nacional. Nem por isso desapareceram esforçospara enfraquecer ou revogar esse monopólio, o que nãoimpediu que, na própria Constituição de 1%7, confirmada pelaentenda que se transformou na Constituição de I%'). surgisse oartigo 162, para determinar que "a pesquisa e a lavra dopetróleo, cm território nacional, constituem monopólio daIJnião. nos termos da lei".

A Carta de 1969 apenas alterou o número do artigo, quepajisou a ser o 169 do novo texto, refundido pela Junta Militarinstalada no governo do país. Poder-se-ia, tão-somente, obser-var que aquela expressão — "nos termos da lei" — abandonavaà legislação ordinária a construção do monopólio.

Embora na lei 2004, de 1953, não se deixasse margem anchhuma dúvida, nem a riscos possíveis. Mas poderiam, dcfuturo, surgii novas leis, que viessem de encontro às aspiraçõesdos inimigos da Petrobrás, c eram muito mais numerosos do quesc poderia imaginar, c, sobretudo, donos ou quase donos dopoder público. Daí uma luta subterrânea contra a presença domonopólio, com a deterioração dc uma entidade que, pela suaincontestável eficiência, soubera marcar o seu lugar na econo-mía universal, entre as maiores empresas de todo o mundo. lirauma luta que parecia não ter fim, renovando-sc em outrasbajalhas, mais perigosas porque travadas com adversários queficavam na sombra sorrateiros c invisíveis. Como uma guerracontra duendes, a serviço, conscientemente ou não, dc multina-ciopais, já arrependidas dc não haverem tomado a primazia, naexploração do petróleo brasileiro, c sonhando com contratos dcrisco que subvertessem a situação, e lhe devolvessem umprimado que haviam desdenhado, quando estava ao seu alcan-cc. antes da criação da Petrobrás.

Não se deve subestimar a imaginação dos pescadores dcágua turva, que nunca sc conformaram com a presença domonopólio. Mas não seria prudente combatê-lo de frente. Aopinião pública de lodo o Brasil se identificara com o monopó-lio ao ponto de exigir que viesse a figurar num texto constitucio-nál, cm 1967 e em 1969, mesmo sem contar com o apoio dascorrentes dominantes. Mas a estratégia recomendaria, para ocaso, uma marcha dc flanco, à semelhança daquela com que oDuque dc Caxias contornara os obstáculos do Chaco paraguaio.Por que não pensar numa inundação de ações preferenciais?Nem haveria necessidade de que elas tivessem, de imediato, odireito de voto, nas assembléias dc acionistas. Convinha tercautela, e fazer com que esse direito de voto viesse depois,dissimulado como culpa c responsabilidade da própria empresa.

Desse modo se estatuíra, na lei das sociedades anônimas,

uma situação especial. Primeiro com o artigo 15, segundo o qual"o número dc ações preferenciais, sem direito a voto, ousujeitas a restrições, no exercício desse direito, não podeultrapassar a dois terços do total das ações emitidas". Naaparência dc uma proibição, permitia-se que elas pudessemalcançar dois terços das ações emitidas, constituindo, assim, amaioria do capital. Mais adiante viria a solução, com quase umacentena dc artigos de permeio, no parágrafo primeiro do artigo111 dessa lei 6.404, de 15 de dezembro de 1976, no qual seprescreve:"As ações preferenciais sem direito a voto adquirirão oexercício desse direito sc a companhia, pelo prazo previsto noestatuto, não superior a três exercícios consecutivos, deixar depagar os dividendos fixos ou mínimos a que fizerem jus, direitosque conservarão até o pagamento, sc tais dividendos não foremcumulativos, ou ate que sejam pagos os cumulativos cm atraso."

Não se trata, pois, de ações sem direito a voto, mas deações que podem conquistar esse direito, como a própria lei oadmite, no parágrafo único do artigo 112: — "Os titulares deações preferenciais ao portador que adquirirem direito de voto,de acordo com o disposto nos §§ I e 2 do artigo 111. c enquantodele gozarem, poderão converter as ações cm ações nominativasou endossáveis, independentemente de autorização estatu-tária."

Já sc imaginou essa situação, no caso da Petrobrás, comações preferenciais representando dois terços do capital social etransformadas cm ações nominativas com direito a voto? Ouerestaria, no caso, do monopólio, ou até mesmo dos 51%garantidos ao capital da União?

Verdade que, para isso, se exigiria a culpa da própriaempresa, com o não pagamento dos dividendos respectivos.Mesmo assim, o monopólio só existiria na dependência dessepagamento dos dividendos. Seria, pois, um monopólio sobcondição, quando a campanha do Petróleo é nosso, que conquis-tara a opinião pública dc todo o Brasil, exigira um monopólioabsoluto c não condicional. Não seria a vitória daquela marchadc flanco com que contornar os obstáculos da constituição domonopólio?

Tanto mais que sc trata de leis mais recentes do que a lei2(X)4, e ninguém ignora o preceito do Código Civil dc que a leiposterior revoga a anterior, mesmo que não o declare expressa-mente, desde que se trate da mesma matéria de que trata a leianterior. E o texto constitucional não valeria de anteparo, umavez que resguarda o monopólio nos termos da lei, e as leis sãoessas que aí estão.

Está aí um tema para os futuros constituintes brasileiros,para que refaçam a redação do preceito que estabelece omonópolio, adotando uma redação mais precisa e peremptória,para que se diga, por exemplo, que a "lei não alterará omonopólio da lavra e pesquisa de petróleo, conferido à União".Alguma cousa capaz de sc opor à imaginação dos pescadores deáguas turvas, acostumados a tantas vitórias, no capitalismoselvagem que se pratica no Brasil.

O espírito do pioneiro

Mario Pontes

OS muito pessimistas acerca do livro neste país — e

parecem mais numerosos do que o indispensável paracontrabalançar o peso dos ufanistas — deveriam ser incentiva-dos a ler Books in Bra/.il. de Laurence Hallewell, publicadooriginalmente em Londres (1982). Talvez acabassem por parti-lhar de sua visão positiva, ainda que descartassem algunsqualificativos entusiásticos. Trata-se do melhor levantamento eda apreciação mais objetiva que já sc fez sobre o assunto. Tãoboa obra, mereceu de José Mindlin. bibliófilo e expert namatéria, o patrocínio dc uma tradução publicada pela editora deT.A. Queiroz (O livro no Brasil, 693 páginas), ele também'personagem dessa história.

Hallewell está convicto de que, apesar dos seus aspectosnegativos, a indústria do livro no Brasil c algo único nos paísescm desenvolvimento. Mesmo que nessa área ainda haja alguémà sua frente, cm termos quantitativos, não estará em qualidadec diversidade. Produções maiores serão decorrência de controleestatal, mas aí as desvantagens qualitativas saltam à vista, poisprelos oficiais imprimem apenas o que é do seu agrado. Devc-sclevar em conta, ainda, a antigüidade do livro em culturas quehoje fazem parte do chamado terceiro mundo, em contrastecom a brasileira, onde é um recém-chegado.

Para ficar só neste continente: vários países da AméricaHispânica começaram a imprimir livros pouco depois da instala-ção do colonizador, tendo desde logo, para absorver a produçãodas tipografias, um público formado em universidades. Aquinão tivemos prelos nem ensino superior antes do século XIX.Livros no Brasil colonial, só os religiosos ou os que por via docontrabando escapavam à vigilância da censura inquisitorial.

Dado esse vazio dc tradição, tcvc-sc dc esperar até fins doséculo passado pelas primeiras editoras particulares, cuja pro-dução manteve-se insignificante. Só nos anos 20 iria terminarpara a industria livreira a sua infância tão carente, com aentrada cm cena da figura visionária de Monteiro Lobato. Apuberdade viria com a fundação da Cia. Editora Nacional, queneste final dc 1985 completa 6(1 anos de existência.

Com a Nacional, o criador dc Jeca Tatu deu continuidadeao empreendimento a que se lançara cm 1918. Lobato revolu-cionou dc tal maneira o negócio, que quase se deveria atribuir-lhe a sua criação no país. O que havia antes era por demaisartesanal, limitado e dependente do estrangeiro. Observadoragudo, perccbcu de imediato onde estavam os obstáculos àexistência de uma verdadeira indústria editorial. O analfabetis-mo era um, mas ao lado da massa dc iletrados havia então uns 2milhões de leitores cm potencial, que não o eram de fato porqueninguém ia ao seu encontro. Lobato usou sua fervente imagina-ção para chegar até eles. E o conseguiu numa extraordináriamedida para o Brasil daquela época.

Num país de 30 livrarias, realizou a façanha de criar maisde 1 mil pontos de venda em farmácias, lojas e mercearias dasgrandes e pequenas cidades. Simultaneamente a esse esforçopara vencer o gargalo da distribuição, tratou dc fazer do livroalgo agradável de ver c ler. Embelezou-o graficamente e, comoautor, tornou-o estilistieamente mais palatável. Indiferente aescolas e posições filosóficas, incentivou os que se dispusessem aescrever para o leitor e não apenas para seus pares.

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A política

e a inflação

César Maia

Do êxito de Lobato muito sc beneficiaram os escritores,pois com ele deu-se a primeira ruptura no paternalismo darelação entre editor e autor. Repentinamente, em 1924. Lobatofaliu. Não soube gerir, em meio à súbita crise financeira e aosazares dc uma revolução, a empresa que havia expandido comdemasiada rapidez. Em 1925, tendo por sócio seu ex-empregadoOctalles Marcondes, fundou a Nacional. A administração ficoucom Marcondes, que aliava o gosto pelo livro ao indispensáveltoque de pragmatismo. Por isso a Nacional manteve-se de pé —e cm posição de vanguarda —, apesar dos terremotos de 1930 e1932 e dos prejuízos causados pelas intempestivas reformasortográfica e pedagógica do Estado Novo. Foi florescenteenquanto viveu Marcondes. Hoje, livre do purgatório de umaintervenção estatal, está voltando aos seus rumos originais.

Os métodos revolucionários de Lobato, compatibilizadoscom a realidade comercial por Marcondes, inspiraram unspoucos porém notáveis editores que ocuparam espaço a partirdos anos 30. Com eles completou-se a adolescência da nossaindústria editorial. A maioridade veio pela virada dos 50 para os60, com a chegada dc uma vaga de editores possuídos peloespírito lobatiano, isto é, a crença de que era possível abrir maisbrechas para o livro. Um deles foi Carlos Lacerda, fundador daNova Fronteira, que neste dezembro festejou seus 20 anos,simultaneamente com os 60 da Nacional.

Há em Lobato e Lacerda uma certa semelhança detemperamento. Embora este haja direcionado para a política amaior parte de suas ambições, enquanto para o primeiro apolítica foi quase só motivo de exercícios utópicos, ambosmantiveram, em meio ao torvelinho de suas paixões, umapaixão particular e constante pelo livro. Lacerda sempre achoutempo para colecioná-los, devorá-los c, cm medida menor doque desejava, escrevê-los. Mas o fato é que ao tornar-sç editortinha firme convicção, adquirida enquanto batalhava ardorosa-mente por suas idéias, de que era necessário conquistar leitorescm todas as faixas da população. Daí ler semeado cm váriasdireções, indiferente aos seus próprios pontos de vista. Foi oprimeiro, por exemplo, a publicar uma coleção dc autoresafricanos, comprometidos com a ideologia do anticolonialismo,então no auge.

Como Lobato, Lacerda era um sonhador impaciente.Andava â frente das próprias visões. Apostava alto c, para citarHallewell, entregava-se á nova atividade com "energia avassala-dora". Por isso, como aconteceu à Nacional dc Lobato, caberiaaos seus sucessores corrigir rotas e consolidar a empresa. Tarefadifícil, aliás, para todos os editores, porque agora, além dosobstáculos econômicos c financeiros de sempre, havia a preven-ção de um regime que desconfiava de tudo que cheirasse apensamento independente.

Mas foi nesse clima adverso que o movimento editorial(salvo as exceções conhecidas) deu início a um novo e prolonga-do período de expansão. Tirando proveito das crises e cami-nhando cm sentido contrário aos interesses do sistema políticodominante. A leitura do livro dc Hallewell servirá, no mínimo,para mostrar como sc criaram as condições objetivas para que aarte literária e as idéias tivessem livre curso no Brasil, apesar detodos os surtos de obscurantismo que nos afligiram nos últimos50 anos.

Mario Pontes é redator do JORNAL DO BRASIL

A quem pode interessar a desmoralização da moeda nummomento de transição do país para a democracia?

Então por que razão são tao grandes os obstáculos parareverter o processo inflacionário? Será possível que o ganhofácil, no jogo do dinheiro e do tempo a curto prazo, possaencobrir a autofagia institucional que poderá ocorrer a

prazo maior? Existirão fatores estruturais irresistíveis t]uediferenciem tanto o Brasil? Não parece.

Então por que o processo inflacionário continua ainfeccionar a sociedade?

Embora o atual governo não esteja nas raízes do

problema, o apoio político com o qual emergiu permitiaimaginar que medidas eficazes pudessem ser adotadas paraenfrentar tal situação.

No entanto soaram, como inesperadas, duas falhasmetodológicas. A primeira retrata um certo grau dc euloria

política. Não é necessária tanta experiência para entenderque as medidas amargas devem ser adotadas nos primeirosmeses de governo, no momentocm que se opera no limbo. Noentanto preferiu-se escutar a su-gestão do lobo mau e entrar peloatalho do voluntarismo fiscal aomeio de uma çleição precipi-tada.

A segunda retrata a espe-rança dos caçadores, que naemergência acreditam ser possí-vcl salvar chapeuzinho abrindo abarriga do lobo. Ao invés dccriar e recuperar instrumentosque viabilizassem a execução e ocontrole das políticas fiscal emonetária, preferiram acionarsuas vontades.

O resultado não podia serdiferente: a demanda super-excitada e os preços seguindo atrajetória de um buscapé permanente. As falhas, porem,não foram suficientes para elevar o discurso ao nível dorealismo.

A boa-fc da vovozinha dá curso às respostas e justifica-tivas que convergem sempre para o objetivo da visita danetinha: a economia cresce.

Por que no lugar de estórias não se explicita acomplexidade da conjuntura e, com a autoridade política dequem avança a democracia no país, não se colocam asalternativas mesmo que entre elas algumas pílulas sejamamargas? Ninguém acredita no conto da inflação decrescen-te ou controlada. Os títulos prefixados já informam isto. Odescolamento do patamar atual da inflação para outrosuperior em julho trará no seu rastro a trimestralidade comomedida de justiça social.

A corrente da "felicidade" terá a seqüência conhecida.Por que não admitir explicitamente que o nível da

inflação saltou, e que são necessárias medidas extraordiná-rias. a começar pela recriação de instrumentos que permi-tam ao Governo readquirir a autoridade de gestor dapolítica econômica?

Não é tão complicado identificar a doença se começar-mos pelos sintomas mas não nos detivermos neles. Quemtem defesas automáticas contra a inflação? Evidentementeaqueles que têm rendas proporcionais, ou se ja, rendas quesão automaticamente reajustadas com a inflação; a saber, oGoverno e os aplicadores e intermediários financeiros.

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Por seu turno, os detentores de rendas contratuais, ouseja, os assalariados, não têm defesas automáticas contra ainflação. Os empresários industriais, agrícolas e comerciaisvivem uma situação intermediária que embora podendo, emtese. realizar seus reajustes, estes, setorialmentc. depende-ráo das condições de liquidez c de mercado. São, nestaconjuntura, repassadores de expectativas, as quais sc exa-cerbam quando aumenta o grau dc incerteza.

Não haverá política antiinflacionária bcm-succdidasem desatar o nó dos detentores de rendas proporcionais. Aíestá o enfadonho debate sobre o déficit público, que nofundo retrata distintas visões sobre como desatar o nó.

Se a inflação terminasse magicamente no dia 1" dcjaneiro de 86, interrompendo-se a expansão monetária,quebrariam o setor público e o setor financeiro, ambosfinanciados, em grande medida, pela inflação. O Governoquebraria em função da diferença entre suas receitas pro-porcionais e suas despesas contratuais e as não corrigíveis, epelo recurso sempre disponível, a emissão, que o financia.

O setor financeiro, pelo benefício monetário queusufrui da expansão de seus depósitos não corrigíveis e davelocidade do giro de suas operações. A dívida internaengata-os.

Não haverá como quebrartal "solidariedade" através demecanismos graduais e espontá-ncos. Só o reconhecimento pú-blico da gravidade da situação eo uso da autoridade política po-derão deflagrar um processo efi-caz. Duas cirurgias são necessá-rias. Uma, no sentido de darunidade financeira ao setor pú-blico. centralizando suas recei-tas diretas e indiretas e tratandode forma não retórica as distor-ções de seu gasto. Com istoracionalizar-se-ia parte significa-tiva de seu financiamento.

Outra, no sentido de tratardc forma administrativa o giroda dívida, aplicando-se a elauma visão de longo prazo, a

partir do reconhecimento da autoridade e das responsabili-dades nacionais. O custo geral do dinheiro deveria seadaptar a tais modificações.

Só então poderia ser rcarticulada a política econômica,colocadas metas deflacionárias e rompido o cerco da indexa-ção automática, apontando um trajeto decrescente para acorreção monetária, que, por ser administrado c acreditado,configuraria uma tendência e não um casuísmo.

A solidariedade dos diversos segmentos aos objetivosseria cobrada exemplarmente tendo como base a autoridadepolítica.

No fundo esta é a questão básica: o uso da autoridadepolítica. Os contos e as estórias contidas nos discursospodem não estar ocultando apenas a realidade, mas ainsegurança política.

Um processo estratégico de democratização como o

que vivemos não se pode conciliar com a ampliação dasincertezas resultantes da desmoralização da moeda. Exige-se realismo e autoridade. Sendo frágil a base de sustentaçãopolítica, o que poderia explicar o discurso transverso, tímidoe voluntarista, o recurso tonificado às urnas estará sempredisponível. A experiência européia é, neste sentido, esclare-cedora.

César Maia é secretário de Estado de Fazenda do Rio de Janeiro.

Cai a máscara

D odor a Guedes

REBELDE como vice-presidente; liberal como

cabo eleitoral do ex-presidente Tancredo Neves; eartífice da Nova República — portando-se como um

arrependido que enterra1 os restos mortais de um¦ corpo estranho à nação

que ele próprio, "porengano", ajudara a

1 manter de pé — o minis-tro das Minas e Energia,

' Aureliano Chaves, con-1 tinua no epicentro do: jogo político nacional.' Agora, porém, como na' fábula cio "rei nu", despindo-se das fantasias que usou1 nos últimos anos e aparecendo com a sua verdadeira

vestimenta: um conservador arraigado, preocupado emfirmar alianças que confirmem o fim do regime militar,1 mas também que não permitam os avanços sonhadospelos setores mais progressistas da sociedade, comquem se aliou — hoje comprovadamcnte — apenas pormomentos.

Preso a uma cama do hospital Sara Kubitschcck jáhá quase 15 dias, tem visto desfilar frente à sua camapolíticos das mais diferentes correntes políticas, mas' apenas com os conservadores, como ele, tem tido' conversas mais prolongadas, limitando as demais às dotipo "visita medica". Ali no Sara. Aureliano prossegue

em sua escalada de liderar uma importante e cada vezmais presente facção da política brasileira: a direita,que se traveste em centro e vai à luta, conseguindo atédesenterrar mitos seus que pareciam esquecidos nofundo do baú, como é o caso do ex-presidente JânioQuadros, dc volta à cena, através da prefeitura de SãoPaulo, com a valiosa ajuda de Aureliano, entre outrosexpoentes do liberalismo do país.A visita dc Jânio a Brasília, no início de dezembro,deixou em evidência a posição conservadora de muitospolíticos "liberais" militantes. Com Aureliano Chaves,ele teve um encontro em que não faltou nem mesmouma insistente troca dc gentilezas sobre quem era maisimportante politicamente, até articulações com vistas acoligações em 86. Neste terreno das coligações, aliás, apresença de Jânio terminou por aproximar ainda maisos ministros das Minas e Energia e das Comunicações,Antônio Carlos Magalhães, que namoram o PTB semqualquer discrição, jogando para escanteio o parceiroda sucessão presidencial, o PMDB. hoje espremidoentre a sofrível aliança PDT/PT e a direita maisarticulada do PFL e PTB.

Com esses acordos — que irritam até mesmooutros líderes do PFL, como o senador Carlos Chiarei-li, por exemplo, que destoando dc seu líder máximocontinua acalentando o sonho de um cada vez maisdifícil entendimento eleitoral com o PMDB nas ciei-ções de 86 — Aureliano, na verdade, apenas deixa àmostra perante a nação sua verdadeira face. Umpolítico do seu convívio e partilhador das suas idéias já

avisou: por trás da articulação com Jânio está atentativa dc fazer sepultar de vez a candidatura dodeputado Ulysses Guimarães à presidência da Repú-blica.

A idéia, segundo a mesma fonte, é criar condiçõespara uma radicalização entre o governador LeonelBrizola c uma candidatura mais de centro, caindo paraa direita, onde Aureliano possa despontar com maisforça. Até porque, com competência, nos últimos anosfez germinar na população a idéia de que é um liberal,propenso a promover mudanças no país, desde quedeixando ao longe o fantasma da esquerda.

A inconfidência do parceiro é respaldada cmalgumas evidências: Aureliano já disse várias vezes dcsua disposição de largar o ministério das Minas eEnergia — onde, afinal, revelou-se apenas um medianocolaborador do presidente José Sarney — c sair pelopaís afora "organizando o PFL". Para quem nasúltimas duas décadas manteve-se sempre na crista dopoder, ocupando cargos importantes e participando dasdecisões nacionais, seja na Velha ou na Nova Repúbli-ca, sua decisão "altruísta" em favor do partido soa,realmente, descabida.

Certamente não passa pela cabeça do ministroAureliano Chaves disputar um mandato de deputadofederal. Freqüentador assíduo das "cabeças" de pes-quisas eleitorais para a sucessão do presidente Sarney,de pouco valem seus arroubos favoráveis à candidaturadc Ulysses Guimarães, especialmente neste momento,quando, ao contrário, articula-se com Jânio Quadros e

os grupos de direita e transforma seu "liberalismo" em"conservadorismo". É evidente que estes são ingre-dientes que o presidente nacional do PMDB preferemanter à distância, com prudência.

Assim, quando as cúpulas do PFL e PMDBreunirem-se mais uma vez para tratar da combalidaAliança Democrática no próximo dia 7, mais umadificuldade estará posta à mesa: como sc não bastasse osonho dos dois principais líderes dos partidos emocupar a cadeira de presidente, Ulysses encontrará pc'afrente um parceiro mais voltado para a direita, cmnamoro com o mesmo Jânio que impôs uma dolorosaderrota ao seu PMDB. e finalmente assumido como oconservador que sempre foi. Sem retoques.E a Copa, Srs. Lula e Brizola?

Os conselheiros e artífices da campanha pelasdiretas para presidente em 86, à frente a dobradinhaLula e Brizola. parecem ainda não se ter dado conta dcuma poderosa rival que os espera em 86, à parte dasdificuldades de agora, que envolvem até troca degentilezas com mãe pelo meio: país da paixão pelofutebol, o Brasil deve parar entre os meses de maio cjunho, com todas as atenções voltadas para o México ea sua Copa do Mundo. Certamente, vai ser um difícildesafio conquistar o mesmo ibope na luta para encheras praças com torcedores das diretas.Dodora Guedes ó repórter de política do JORNAL DO BRASIt em

Brasília.

Cois&s da politica

12 ? Io caderno n domingo, 29/12/85 JORNAL DO BRAiStL

Obituário

<lr JaneiroRio o<Joaquina Carneiro Dantas,

79, de infarlo, na Casa tio S;ui-do Santa Teresinha. Carioca,viúva dc Adriano Dantas, linhadois filhos. Morava no Jacaré.

Maria Lúcia Marinho l.ou-rciro, 43, ilc tumor cerebral,carioca, casada com RobertoI oureiro, tinha ilois filhos.Morava na Tijuca.

1'almira Azevedo dos SantosMiranda. 86, de acidente vas-cular cncefálico, no HospitalSão Lucas. Portuguesa, viúvadc Ricardo Ribeiro dc Miran-da, linha dois filhos. Moravacm Ipanema.

Augusto Alves da Silva. 70,dc câncer, na BeneficênciaPortuguesa. Português, comer-ciantc, casado.

Francisca Portclla, 75, dc in-suficiência respiratória, noHospital Iaserj Carioca. Casa-da com Alberto Rodrigues Por-tolhi, linha duas filhas. Moravaem Bonsucesso.

Norival Conceição, 68, dc in-suficiência coronariana, noHospital do INAMPS. Cario-ca, casado com Lourdes Rami-ro da Conceição, tinha quatrofilhos. Morava na Consolação.

Nílton Fernandes. 47, dccâncer, na Casa dc Saúde SãoFernandes. Carioca, casado.

Manoel Rosa, 45, de roturada aorta. Carioca, solteiro.

José Pires Bezerra. 62, deedema pulmonar. Potiguar,solteiro. Morava no Centro.

Anocy Potiguara Cadoval,83. de acidente vascular encc-fãlioo, cm casa, Lcblon. Gaú-cha, casada com Ornar de JesusCadoval.

Nestor José MonCMar, 62,de edema pulmonar. Capixaba,lavrador. Solteiro, tinha seisfilhos. Morava cm Bcnfica. moradores.

Rui Melgaço de Jesus, 73, de Chevette.infarlo, na Beneficência Portu-guesa. Baiano, bancário, ca-sado.

Regina Constantina Fere-guelti, 85, de choque scplico,no Hospital Sanla Mònica. Ca-pixaba. solteira.

Gcnilda Albuquerque deSouza, 511, dc insuficiência car-díaca, no Hospital CardosoFontes. Carioca, casada comAlberto Simas de Sousa, tinhadois filhos. Morava em SãoCristóvão.

Hugo D'Araújo, 75, de aci-dente vascular cncefálico. Ca-rioca, contador. Viúvo de Neli-ta Sampaio Correia de Araújo,tinha dois filhos. Morava cmSanta Teresa.

Joaquim Pereira, 77, de pa-rada cardiorrespiratória, noHospital do INAMPS. Portu-guês. casado com Adair AguiarPereira. Morava no Estácio.

Mariana lielarmina da Silva.52, dc edema pulmonar, cmcasa. Tijuea. Pernambucana,casada com Josc Vicente daSilva, tinha qualro filhos.

Deolinda Soares Pinto, 75,de pneumonia, cm casa, Gra-jaú. Mineira, viúva de AntônioCorrêa Pinlo, tinha sete filhos.

Joaquim Pereira Duarte, 49,de edema, em casa, Copacaba-na. Carioca, solteiro.

Neuza de Oliveira, 45, deedema pulmonar, no HospitalSousa Aguiar. Carioca, sol-teira.

Maria da Penha Feijó, 61. decâncer, no Hospital laser], Ca-pixaba, funcionária públicaaposentada. Desquitada deFlávio Rangel, tinha uma filha.Morava em Copacabana.

Gritos de menina botam

para correr assaltantes

de edifício no Flamengo

Os grilos da menina Cristina dos Santos, oito anos,assustada ao ver a cabeça do pai sangrando, puseram paracorrer cinco assaltantes que ficaram mais de uma hora noedifício número 155 da Rua Paissandu, no Flamengo, dc onderoubaram jóias do apartamento 1(12 e dinheiro, relógios,alianças c um Chevcllo 86 dc aproximadamente 30 moradoes.

Cristina é filha do porteiro Jocl Néri dos Santos, que levouuma coronhada de um dos ladrões porque tentou pegar otelefone, na secretaria do edifício Fructuoso Ramos, parachamar à polícia. Apenas o porteiro c o morador do apartamen-lo 301, Avelino Pereira dc Azevedo, que ficou sem o Chevette,apresentaram queixa na 9" DP (Calote).

O* cjnco assaltantes, Iodos jovens e bem-vestidos, brancose de cabelos lisos, chegaram numa Kombi ao edifício, que jáfora assaltado há cerca dc dois anos. Estavam armados erenderam o porteiro Joel Néri dos Santos, cjue estava com afilha Cristina.

Um deles me disse que o prédio estava sendo assaltadoe me mandou ficar sentado junto ã mesa da portaria. Eu oconvenci dc que deveríamos ir para a sala da secretaria doedifício, pensando cm pegar o tclelone e ligar para a polícia.Mas, ao entrarmos nas ala, cie percebeu e me deu umacoronhada. De qualquer forma, um outro já cortara o lio.

Dois ladrões ficaram na portaria c renderam todos osmoradores t]uc chegavam ou saíam do prédio. Cerca dc 30pessoas ficaram presas na sala de recepção. Uma delas foiAvelino Pereira dc Azevedo, do apartamento 301, que perdeu ocarro, placa UX-7354, dinheiro, uma aliança, relógio e umabolsa com documentos.

Marta Orind, do apartamento 302, disse que desceu paraesperar a irmã, moradora do 12(11, quando foi rendida pelosassaltantes: "Apareceu um garotão, um gatinho mesmo, bem-arrumado. Ele levantou a camisa, mostrou um revólver e disseque era um assalto. Me mandou lá para a secretaria onde jáestavam umas 30 pessoas. Eu fui a última a entrar". Marta, quenão foi â 9* DP apresentar queixa, revelou que os assaltantesdisseram pertencer à Falange Vermelha:

Não bateram em ninguém, alem da coronhada noporteiro, nem deram liros. Só ameaçavam, diziam que saíramda Ilha Grande e que estavam acostumados a jogar bombas.

Os ladrões foram ao apartamento 102, onde mora SôniaAzevedo, c de lá só levaram jóias. Sônia não apresentou queixana delegacia c se recusou a receber os PMs que estiveram noedifício. Afirmou que não pretendia falar sobre o assunto.

O 102 foi o único apartamento assaltado. A cabeça doporteiro Joel sangrava na sala da secretaria e sua filha, a meninaCristina, começou a gritar, chamando a atenção dos outros

Os assaltantes, então, fugiram na Kombi e no

Favelados disputam direito Tempo

a ajuda federal em Niterói

Fogo destrói

embalagens

no CarrefourUm principio de incêndio

no depósito dc embalagensdo Supermercado Carrefour,Avenida das Américas, naBarra da Tijuca, destruiu 1mil 500 sacos e danificou umestrado, anteontem, por vol-ta das 21h30min, quando eraintenso o movimento declientes, que chegaram a versinais de fumaça. O fogo foirapidamente dominado pelasegurança e não foi necessá-rio a presença de uma guarni-ção do Corpo dc Bombeiros.

O Carretour, em áreaconstruída de 25 mil metrosquadrados e com circulaçãodiária de 20 mil clientes, se-gundo o gerente geral Geor-ge Washington, está dotadode um moderno equipamentodc combate a incêndio, in-cluindo sprinks (aparelhosque, a uma determinada tem-peratura. espalham jatos d'á-gua), hidrantes e extintoresdc água, espuma e pó quími-co. Alem disso, nos quatrodepósitos há portas corta-fogo e também portas dcemergência adaptadas parauma saída inesperada.

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Encampação da empresa

Oriental dá terreno e

apart-hotel ao Governo

Um apart-hotel em Ipanema, um grande terreno comfrente para a Avenida Brasil e duas vagas cativas no Edifício-Garagem Menezes Cortes, no Centro, são o patrimônio incor-porado pelo Governo do Estado com a encampação da Trans-porlcs Oriental, que opera na Zona Oeste da cidade. Arevelação foi feita ontem pelo novo administrador da empresa,Lysias Magalhães, após a realização dc um levantamentocontábil e patrimonial dos bens que foram deixados pelosantigos proprietários.'

O Secretário estadual de Transportes, Brandão Monlciro,vai solicitar ao DIE (Departamento de Investigações Especiais)a abertura de uma sindicância para apurar também o desvio detrês automóveis Mercedes-Benz que seriam propriedade daempresa e estariam escondidos cm um terreno baldio daEstrada do Cabuçu. em Campo Grande. A denúncia, formuladapor telefone à Comissão dc Direitos Humanos da SecretariaEstadual de Justiça, responsabilizou os antigos donos da Oricn-tal pelo desaparecimento dos carros.

Com 223 ônibus e 17 linhas, a Transportes Oriental eraadministrada pelos empresários Max Gollo, membro da direto-ria do Sindicato das Empresas dc Ônibus do Município do Rio,e José Gomes Alves. Sua composição acionária, porém, eradividida entre três sócios: a Viaçào Bangu, com 40% do capital,a rede de Lojas Magal, com outros 40%, e o complexointegrado pelas viações Evanil e Cidade do Aço, detentoras de20% das ações da empresa. A Oriental era proprietária da maisbem equipada garagem e oficina entre as empresas do Rio.

O novo administrador da empresa, Lysias Magalhães,afirma que o levantamento contábil e patrimonial demonstrouque parte dos bens da Oriental estavam sendo utilizados paraatender às necessidades particulares de seus sócios dominantes.Desta forma, por exemplo, três máquinas calculadoras, detecnologia moderna, foram encontradas na sede administrativadas Lojas Magal e nos escritórios da Viação Evanil.

— Ouando descobrimos os aparelhos, iniciamos entendi-mentos para que fossem devolvidos pelos usuários á Oriental, oque deverá ocorrer o mais rápido possível e da melhor formapossível — afirmou Lysias Magalhães.

De acordo com o novo administrador, a situação jurídicade pelo menos um automóvel Mercedes-Benz, dos antigosproprietários da empresa, está sendo avaliada pelos auditoresdo Governo do Estado, "embora ainda não tenhamos obtidoqualquer prova contábil ou patrimonial que nos permitisseconstatar irregularidades cometidas antes da encampação". Elenão afasta, porém, a possibilidade de que os empresários, paralivrar os carros da ação do Governo, tenham lançado mão deartifícios como a transferência da propriedade para seus nomes,"o que, contudo, ainda não foi provado".

MARIA DE LOURDES

BENTO RIBEIRO GARUT1Sua família participa seu falecimento, ocorrido r»o último dia ?2. aconvida demais parentes e amigos para a Missa de 7o Dia. a realizar-se2a feira, dia 30. às 17h, na Igieia de Sanla Cruz de Copacabana, s ruaSiqueira Campos. 143 — 3o andar.

CARLOS FURTADO DE MENDONÇA

(FALECIMENTO)

tA

família de CARLOS FURTADO DEMENDONÇA comunica o seu falecimen-to, ocorrido ontem, dia 28/12/85 e convidapara o seu sepultamento, HOJE, 29/12/85

às 17 hs., saindo o féretro da capela n° 06 doCEMITÉRIO SÃO JOÃO BATISTA.

Niterói — A liberação da primeira parcelados recursos do Ministério do Desenvolvimen-Io Urbano — Cr$ 16 bilhões — para sanca-menlo c urbanização dc favelas no municípiodesencadeou uma acirrada disputa entre ascomunidades, principalmente 110 bairro da'Engenhoca, sobre qual é mais carente. Valasnegras, falia d'água, encostas perigosas, de-semprego, criminalidade — as lideranças des-liam as mazelas com toda ênfase, para rcivin-

idicar prioridade na aplicação das verbas fede-Irais.1 A Prefeitura, no entanto, já escolheu a•segunda maior favela da cidade — NovaBrasília, reduto eleitoral do vice-prefcito Adíl-son Lopes — para dar início ao Programa dePrioridades Sociais (PPS), que envolve ainda a

:Legião Brasileira de Assistência, proprietáriada área ocupada por aproximadamente S milpessoas. Os moradores da favela CoronelLcôncio, também 11a Engenhoca, considera-ram seus problemas muito mais graves ereclamam da falta dc apoio para resolvê-los.

Apoio diretoEntusiasmado com o programa do Minis-

lerio do Desenvolvimento Urbano, o prefeitoWaldenir Bragança diz que ele é um marco norelacionamento entre o poder público e acomunidade, pois estabelece uma comunica-ção direta enlre o município e o governofederal, eliminando a participação, muitas ve-zcs inconveniente, da administração estadual.Lembrou que Niterói deixou de receber verbado Banco Nacional da Habitação para a cons-trução dc um aterro sanitário metropolitanoporque a Fundrcn (Fundação para o Dcscn-volvimento da Região Metropolitana) criouentraves burocráticos.

Os recursos federais repassados pela LBAserão aplicados diretamente pelas prefeiturasmunicipais, de acordo com um cronograma dcobras, visando o saneamento c urbanização decomunidades carentes.

Dc acordo com o último censo do IBGE,de 1980, Niterói possui 26 morros e favelas,com 34 mil 44(1 habitantes cm A mil K71imóveis, com média dc 5,01 pessoas por domi-cílio. O Morro do Estado, a maior favela dacidade, no Centro, era o dc maior densidadedemográfica, com 7 mil 566 habitantes em Imil 33 casas c barracos.

Mas na época do censo, a Prefeitura,então ocupada por Wellington Moreira Fran-co, garantia que o número de favelados cmNiterói chegava a 120 mil. Acredita-se que arecessão dos últimos anos tenha dobrado essapopulação. As favelas aparecem em todo omunicípio, do Centro ao litoral, da Zona Sul àperiferia: Cavalão, Santa Cândida, Olho doBoi, Souza Soares, Penha, Lazaredo, Zulu,Caixa d'Água, Boa Vista, Pau Ferro, África-110, Buraco do Juca c muitas outras.

De acordo com o último censo, NovaBrasília tinha 4 mil S73 moradores, mas aslideranças comunitárias calculam que ali vivemhoje mais dc X mil pessoas. Depois dela, amaior c Vila Ipiranga (4 mil moradores, pelocenso dc 80). Em Nova Brasília não há risco dedesabamentos, mas não existe coleta regularde lixo nem água encanada. O desemprego

entre os jovens é o principal fator de violência,que engrossa os registros policiais.

Na entrada da favela há um campo dcfutebol, que se constitui numa das poucasalternativas de lazer, ao lado da Escola deSamba Canarinhos da Engenhoca, que jáchegou ao primeiro grupo, mas agora luta parasair do segundo 110 desfile da Avenida AmaralPeixoto.

Nos próximos dias, a comunidade de NovaBrasília vai receber a visita do presidente daLBA, Marcos Vilaça, e do ministro do Dcscn-volvimenlo Urbano, Flávio Peixoto, que serãolevados pelo prefeito para a assinatura de umconvênio que permitirá o saneamento de todaa favela. Só há rede de esgotos na parte baixa:foi construída cm mutirão, pelos própriosmoradores, com doações dc políticos cm epo-ca dc campanha eleitoral.

Muitos moradores ainda são coagidos porum pretenso proprietário da área, ArlindoDrumond, a pagar aluguel pela ocupação dosolo. Apesar dc não possuir qualquer do-cumento, Arlindo sc serve dc capangas paraintimidar os moradores e exigir o pagamentoda "taxa". No início do ano, para acabar como problema, o prefeito desapropriou Ioda aárea da favela Coronel Leôncio, mas a indeni-zação foi pleiteada na Justiça e até agora nãofoi dada solução. Os moradores pelo menossabem que não estão sujeito ao despejo.

O prefeito acredita que a escolha dc Nile-rói para o projeto-piloto do Programa dePrioridades Sociais do Ministério do Dcscn-volvimenlo Urbano é um sinal de que asolução dc tantos problemas está próxima.Sua intenção é conseguir mais dinheiro doBNII, a juros baixos (o PPS é a fundo perdi-do), para realizar oulras obras sociais, nasáreas dc educação e saúde, para as comunida-des carentes do município.

Segundo Waldenir Bragança, a idéia éestender os benefícios do PPS a pelo menosoutras quatro favelas dc Niterói: Morro doEstado, Coronel Leôncio, Maruí Grande eMorro do Cavalão. Na maior parle delas, aslideranças já mostram saturação pela longaespera dc recursos.

No Morro do Estado,uma encosta commais dc 3(1 metros dc altura desabou parcial-mcnlc, há dois anos, sobre a Rua São Scbas-tiáo, uma das principais vias dc escoamento dotráfego da Zona Sul para o Centro. Alé hoje.apesar da ameaça dc novos desabamentos, asautoridades do Estado c do município aindanão chegaram a um consenso para resolver oproblema. Com os pequenos recursos disponí-veis. a Prefeitura removeu as 13 famílias quecorriam mais perigo, mas dezenas de outraspermanecem ameaçadas.

Alguns esforços têm sido feitos para levarágua e iluminação às favelas dc Niterói, mas afalta de canalização dc esgotos continua sendoa principal queixa dos moradores. Na favelaCoronel Leôncio, a comunidade reclama dafalta de apoio. O vice-presidcntc da associaçãodc moradores, João Eugênio, acusa o vice-prefeito Adilson Lopes dc tentar dividir acomunidade, enfraquecendo a entidade repre-sentativa eleita pelos favelados.

CLÁUDIA CERANTE G0YANNA

tRuy

e Elza Goyanna agradecem as manifestações

de pesar por ocasião do falecimento de sua

querida filha CLÁUDIA e convidam parentes e

amigos para a Missa de 7o Dia, a ser celebrada

segunda-feira, 30 de dezembro, às 19:00 h, na Capela

da Casa de Saúde São José, à Rua Macedo Sobrinho

n° 21 — Humaitá.

GEORGETA BALBINO

(FALECIMENTO)

Cartório Balbino — 22° Ofício de Notas, através do seutitular. Tabelião Eduard Carvalho Balbino, comunica ofalecimento de sua querida mãe GEORGETA e convida os

amigos para o seu sepultamento, hoje, 29/12, às 11.00 horas,saindo o féretro da Capela E do Cemitério São FranciscoXavier.

t

INPE — Caciiooira Pauliòta 20/12/85 18^

GEORGETA BALBINO

(FALECIMENTO)

t

HOSPITAL DE CLÍNICAS DR. BALBINO, e seus Funcioná-rios, consternados, comunicam o falecimento de D.GEORGETA, Mãe de seus Diretores, e convidam parentes

e amigos para o seu sepultamento, hoje, 29/12 às 11:00 horas,saindo o féretro da Capela E do Cemitério São FranciscoXavier.

As zonas de baixa pressão que predominam sobre aregião Sudeste ainda ocasionam nebulosidade e pancadasdc chuvas cm alguns estados dessa região. A nova frentefria que está cm formação na Bacia do Prata podeinfluenciar o tempo no Sul do país, causando instabilidade*no Rio Grande do Sul.

No restanlc do país, o tempo varia de claro a nublado,com chuvas passageiras no Amazonas, Goiás e algunsestados do Nordeste.

No Rio e em Niterói

Nublado com chuvas ocasio-nais e períodos dc melhoriasdurante d di;:. Temperatura es-tável. Ventos <lc sudestes. Ira-tos ;i moderados. Visibilidademoderada. A máxima dc on-tem foi 33.fi, cm Bangu, amínima 22.5, cm Sanla Teresa.

Precipitação das chuvas cm mmUltimas 24 horasAcumulada no mêsNormal mensalAcumulada 110 anoNormal anual

5.X212.5126.2

1.6.W.51.075.8

O Sol

O Mar

Rio

Angra

CaboFrio

Nascerá «is

()5hl lmin/1 .Jm)7h<f2min/1 2m(Mh52min/1.2m16h36min/l 2rn()5h<X)min/l.2mlóh-S^in/l^m

Nos Estados

KKAMAl»PA.MA1*1:CKKN:l'BPE.Al.:SE.BA:ES:w<;DE:SPPRSC:KSAC:RO<;oMTMS

12h21 min/U..Sm(JDh24min/0.1m12h45min/0.6mOOl^Wmin/U^tn

1 lh47min/0.5m23h-V)min/0.2m

O Salvamar informa que <> mar está calmo,águas a 17 graus. Banhos liberados.

A Lua

?ChelaA16 2/01/86

Nova10/01/86

DMinguante3/01/86

ElCrescente17/01/86

Condones Max. Vimniihlmio 24.7nub c/chvs/isol uAnnub c/chvs csp 2M.9( ,22^.1nub c/chvs/csp - 214nub/com chvs csp 11 \ 22 4nub c/pncs chvsnub optics chvs 27.7 23.*)nub c/pncs chvsnub c/possib pnes 2M 7 23 8nub c/possib pnes 29.5 ^c/possib pnes 19 •'nub c'pncs chvs 29.2'nub o'pnes chvs 28.6, ,24..?nub chvs csp 23.1instAvcl c/chvs 28 Xnub c/pncs 23.6 '18 'nub c/chvs isol 28 V rW 'nub c/chvsone cpossih pnes 27 h l'» *'enc iiintla su) a chvs 24 t 18 nnub c/pncs —> "cnc a nub c/chvsenc a nuh o'chvs 20 7cnc riub o'pnes VI 4 20 '1ocste nub ochvs 31 9 I7 1

No Mundo

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ALBERTO DIAS CAMPOS

DE MORAES(BETO)

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Henrique Alfredo Galvão de Moraes e ManaThereza Dias Campos de Moraes. AntonioHenrique, Maria Cecília, João Antonio e Rosân-gela, Luiz Eduardo e Maria da Gloria, pais,

irmãos e cunhados agradecem as manifestações depesar recebidas por ocasião do falecimento de seuquerido BETINHO e convidam parentes e amigospara a Missa de 7o Dia a realizar-se na 2a feira, dia 30de dezembro, as 19 h, na Capela St* Terezinha.jjoPalácio Guanabara, Rua Pinheiro Machado s/n.

MANUEL PINTO DE CARVALHO(MISSA DE 7o DIA)

t

ESCRITÓRIO CONTÁBIL LUANDA'ESEUS FUNCIONÁRIOS, consterna-dos com o falecimento de MANUELPINTO DE CARVALHO, convidam pa

ra a Missa de 7o Dia que será realizada 2afeira, 30 de dezembro, às 1 1 :30 horas, naIgreja de Nossa Senhora Mãe dos Ho-mens, à Rua da Alfândega 54.

MANUEL PINTO DE CARVALHO(MISSA DE 7o DIA)

ROSINDA P. N. MERGULHÃO DE CAR-VALHO e família agradecem as mani-festações de carinho por ocasião dofalecimento do seu querido MANUEL e

convidam para a Missa de 7" Dia a sercelebrada 2a feira, 30 de dezembro, às 11r30horas, na Igreja de Nossa Senhora Mãe dosHomens, à Rua da Alfândega 54. ,,B

t

CLEMENTE FARROCO(30° DIA)

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família de CLEMENTE FARRÔCO convida parentes eamigos para a Missa que será celebrada dia 30/12/85, àsonze horas, na Igreja do Carmo, à Rua 1° de Março —

Centro-RJ.

AvisosReligiosos

e FúnebresRecebemos seu anuncio na Av Brasil,500 De 2' a 6' ale 24 00 h. aos sahadosate 19 00 h e domingo ate as 23.00 h.Tel 264-1422 Rs 350 e 356 ou no,horário comercial nas loias de

CLASSIFICADOS

ENG° MARCO AUGUSTO SICILIANO(MISSA DE 7o DIA)

VERA, TATIANA, KARINE, irmãos, cunhados e primos agradecem asmanifestações de pesar e apoio daquele que em vida procurou sepautar por princípios éticos, e convidam para o ato de caridade cristãque será realizado na Igreja de N.S3 do Monte do Carmo, à Rua 1o de

Março — s/n°, às 10 horas do dia 30 de Dezembro de 1985. Agradece-se aquem comparecer a este ato de fé cristã.

t

GEORGETA BALBINO

(FALECIMENTO)

As Famílias de ESBERARD ALVES BALBINO FILHO, EDITH BALBI-

NO CHAVES, ELIZETH BALBINO CAMPOS, EUNICE BALBINO

BOUHID EDUARDO CARVALHO BALBINO, ENY BALBINO MA-

CHADO. ELYSIO ALVES BALBINO, EVANDRO ALVES BALBINO,

BENEDICTO BALBINO e PERIANDRO ALVES BALBINO, comunicam b

falecimento de sua querida mãe GEORGETA e convidam para o seu

sepultamento hoje, dia 29 de dezembro, às 11:00 horas, no Cemitério

São Francisco Xavier, saindo o féretro da Capela E para a mesrrrça

Necrópole.

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12 O Io caderno ? domingo, 29/12785 o 2° Clichê JORNAL DO BRASIL

Obituário

Rio de JaneiroJnuquinii Carneiro Dantas,

70. de infarto, na Casa de Saú-dc Santa Teresinha. Carioca,viúva dc Adriano Dantas, tinhadois filhos. Morava no Jacaré.

Maria Lúcia Marinho Lou-rciro, 43. dc tumor cerebral,carioca, casada com RobertoLoureiro, tinha dois filhos.Morava na Tijuca.

Palniira Azevedo dos SantosMiranda. 8f>, dc acidente vas-cular encefálico, no HospitalSão Lucas. Portuguesa, viúvade Ricardo Ribeiro de Miran-da, tinha dois filhos. Moravaem Ipanema.

Augusto Alves da Silva. 70,dc câncer, na BeneficênciaPortuguesa. Português, comer-ciante, casado.

Francisca Portclla. 75. de in-suficiência respiratória, noHospital Iaserj Carioca. Casa-da com Alberto Rodrigues Por-tclla. tinha duas filhas. Moravaem Bonsuccsso.

Norival Conceição. 68. de in-suficiência coronariana, noHospital do INAMPS. Cario-ca, casado com Lourdcs Rami-ro da Conceição, tinha quatrofilhos. Morava na Consolação.

Nflton Fernandes. 47, decâncer, na Casa de Saúde SãoFernandes. Carioca, casado.

Manoel Rosa. 45, de roturada aorta. Carioca, solteiro.

José Pires Bezerra. 62, deedema pulmonar. Potiguar,solteiro. Morava no Centro.

Aneey Potiguara Cadoval,83. de acidente vascular enec-fálico, em casa, Lcblon. Gaú-cha, casada com Omar de JesusCadoval.

Nestor José MonCMar, 62,dc edema pulmonar. Capixaba,lavrador. Solteiro, tinha seisfilhos. Morava em Bcnfica.

Rui Melgaço de Jesus, 73, dcinfarto, na Beneficência Portu-guesa. Baiano, bancário, ca-sacio.

Regina Constantina Fere-guetti, 85. dc choque séptico,no Hospital Santa Mònica. Ca-pixaba. solteira.

Gcnilda Albuquerque dcSouza, 50, dc insuficiência car-diaca, no Hospital CardosoFontes. Carioca, casada comAlberto Simas de Sousa, tinhadois filhos. Morava cm SãoCristóvão.

Hugo D'Araújo, 75. dc aci-dente vascular encefálico. Ca-rioca, contador. Viúvo de Neli-ta Sampaio Correia dc Araújo,tinha dois filhos. Morava cmSanta Teresa.

Joaquim Pereira. 77. de pa-rada cardiorrcspiratória, noHospital do INAMPS. Portu-gués. casado com Adair AguiarPereira. Morava no Estácio.

Mariana Delarmina da Silva.52. dc edema pulmonar, emcasa, Tijuca. Pernambucana,casada com José Vicente daSilva, tinha quatro filhos.

Deolinda Soares Pinto, 75,de pneumonia, em casa, Gra-jaú. Mineira, viúva de AntônioCorrêa Pinto, tinha sete filhos.

Joaquim Pereira Duarte, 49,de edema, em casa, Copacaba-na. Carioca, solteiro.

Neuza de Oliveira, 45, deedema pulmonar, no HospitalSousa Aguiar. Carioca, sol-teira.

Deputado

morre em

acidentePorto Velho — O deputado

estadual Jo Yutaka Sato(PMDB), 30 anos, quarto se-cretário da Assembléia Legisla-tiva e o sexto mais votado naseleições de 82 em Rondônia,morreu ontem, às 17h30min,no hospital de base, não resis-tindo à terceira operação a quefoi submetido após sofrer aci-dente automobilístico no dia deNatal, na BR-364, perto deCaçoai.

Ao ultrapassar um cami-nhão, o deputado entrou com oseu Passat numa jamanta carre-gada com oito veículos. Levadoàs pressas para o hospital dogoverno em Caçoai, foi opera-do para extração de coágulossangüíneos e, com o fígado epulmões afetados, foi transferi-do para o hospital de base dePorto Velho.

Eleito pelo PDS pela regiãodc Colorado do Oeste, a 740quilômetros de Porto Velho,Sato foi um dos deputados deRondônia a votar em TancredoNeves no Colégio Eleitoral.Farmacêutico, dedicava-se naAssembléia a um trabalho vol-tado para o setor agrícola. NaAssembléia Constituinte, parti-cipou da mesa diretora como 3osecretário e relator da comissãoconstitucional "E", onde dc-monstrou sempre um grandeinteresse em dotar a carta demeios para que o estado atin-gisse os objetivos para os quaisfoi criado.

Sato pertenceu ao partido daFrente Liberal, de onde saiu nodia 10 de novembro último,para integrar a bancada doPMDB. Um de seus projetosmais importantes foi o da cria-çáo da escola técnica estadual.E o primeiro deputado que aassembléia rondoniensc perde.O presidente do legislativo,deputado Amizael Silva(PDS), decretou luto oficial.

Gritos de menina botam

para correr assaltantes

de edifício 110 FlamengoOs gritos da menina Cristina dos Santos, oito anos,

assustada ao ver a cabeça do pai sangrando, puseram paracorrer cinco assaltantes que ficaram mais de uma hora noedifício número 155 da Rua Paissandu, no Flamengo, deonde roubaram jóias do apartamento 102 e dinheiro,relógios, alianças e um Chevctte 86 de aproximadamente 30moradoes.

Cristina é filha do porteiro Joel Neri dos Santos, quelevou uma coronhada de um dos ladrões porque tentoupegar o telefone, na secretaria do edifício Fructuoso Ramos,para chamar a polícia. Apenas o porteiro e o morador doapartamento 301, Avelino Pereira de Azevedo, que ficousem o Chevette, apresentaram queixa na 9a DP (Catete).

"Gatinho" bem-arrumadoOs cinco assaltantes, todos jovens e bem-vestidos,

brancos e de cabelos lisos, chegaram numa Kombi aoedifício, que já fora assaltado há cerca dc dois anos.Estavam armados e renderam o porteiro Joel Néri dosSantos, que estava com a filha Cristina.

Um deles me disse que o prédio estava sendoassaltado e me mandou ficar sentado junto à mesa daportaria. Eu o convenci de que deveríamos ir para a sala dasecretaria do edifício, pensando em pegar o telefone e ligarpara a polícia. Mas, ao entrarmos nas ala, ele percebeu e medeu uma coronhada. De qualquer forma, um outro jácortara o fio.

Dois ladrões ficaram na portaria e renderam todos osmoradores que chegavam ou saíam do prédio. Cerca de 30pessoas ficaram presas na sala de recepção. Uma delas foiAvelino Pereira de Azevedo, do apartamento 301, queperdeu o carro, placa UX-7354, dinheiro, uma aliança,relógio e uma bolsa com documentos.

Marta Orind, do apartamento 302, disse que desceupara esperar a irmã, moradora do 1201, quando foi rendidapelos assaltantes: "Apareceu um garotão, um gatinho mes-mo, bem- arrumado. Ele levantou a camisa, mostrou umrevólver e disse que era um assalto. Me mandou lá para asecretaria onde já estavam umas 30 pessoas. Eu fui a últimaa entrar". Marta, que não foi à 9a DP apresentar queixa,revelou que os assaltantes disseram pertencer à FalangeVermelha:

Não bateram em ninguém, além da coronhada noporteiro, nem deram tiros. Só ameaçavam, diziam quesaíram da Ilha Grande e que estavam acostumados a jogarbombas.

Os ladrões foram ao apartamento 102, onde moraSônia Azevedo, e de lá só levaram jóias. Sônia nãoapresentou queixa na delegacia e se recusou a receber osPMs que estiveram no edifício. Afirmou que não pretendiafalar sobre o assunto.

O 102 foi o único apartamento assaltado. A cabeça doporteiro Joel sangrava na sala da secretaria e sua filha, amenina Cristina, começou a gritar, chamando a atenção dosoutros moradores. Os assaltantes, então, fugiram na Kombie no Chevette.

Grupo de jovens se perdeem Correias e bombeiros

acreditam que um já morreuUm grupo de sete jovens está preso no alto do Morro

do Açu, em Correias, c pelo menos um deles já morreu coutro encontra-se agonizante devido ao frio que faz no local.Os bombeiros de Pctrópolis foram chamados e acionaram oGrupamento de Busca e Salvamento, no Rio, para fazer oresgate.

Segundo as primeiras informações, o grupo iniciou acaminhada por trilhas às 9h de sexta-feira e teria umamarcha de seis horas até o chapadão do morro, a 1 mil 6811metros de altura. Durante a subida um deles morreu e,pouco depois, outro jovem que não agüentou o frio come-çou a sentir-se mal. estando agonizante. O grupo eraformado por cinco rapazes e duas moças, residentes no Rioe em Niterói.

A subidaCinco moradores do Bairro Bonfim, em Correias,

decidiram às 14h de ontem subir o Morro do Açu natentativa de trazer os sobreviventes. Eles não esperarampela subida dos bombeiros e levaram apenas cordas, duasmaças, lampiões e lanternas c não tiveram tempo de reunirmaterial de primeiros socorros nem qualquer alimentação.

O alarme sobre as dificuldades dos excursionistas,segundo o Tenente Wilson, dos Bombeiros de Pctrópolis,foi dado por três rapazes que moram em Correias e queencontraram os jovens no morro. O tenente não anotou onome dos denunciantes mas descartou qualquer possibilida-de de trote, uma vez que conhece de vista um deles, denome Pedro.

Moradores do Bairro Bonfim contaram que há trésanos um excursionista morreu no morro, vítima do frio etendo sido o resgate feito com auxílio de'um helicóptero.Ontem, segundo os moradores, a temperatura do localchegou a oito graus, durante a madrugada. Os bombeirosacreditam que a equipe de resgate retorne no início damanhã de hoje.

t

MARIA DE LOURDESBENTO RIBEIRO GARUTI

Sua família participa seu falecimento, ocorrido no último dia 22, econvida demais parentes e amigos para a Missa de 7o Dia, a realizar-se2a feira, dia 30, às 17h, na Igreja de Santa Cruz de Copacabana, à ruaSiqueira Campos, 143 — 3° andar.

CARLOS FURTADO DE MENDONÇA

(FALECIMENTO)

tA

família de CARLOS FURTADO DEMENDONÇA comunica o seu falecimen-to, ocorrido ontem, dia 28/12/85 e convidapara o seu sepultamento, HOJE, 29/12/85

às 17 hs„ saindo o féretro da capela n° 06 doCEMITÉRIO SÃO JOÃO BATISTA.

Favelados disputam direito Tempo

a ajuda federal em Niterói

Niterói — A liberação da primeira parcelados recursos do Ministério do Descnvolvimcn-to Urbano — C'r$ 16 bilhões — para sanea-mento e urbanização de favelas no municípiodesencadeou uma acirrada disputa entre ascomunidades, principalmente no bairro da'Engenhoca, sobre qual é mais carente. Valasinegras, falta d'água, encostas perigosas, dc-^emprego, criminalidade — as lideranças des-(fiam as mazelas com toda ênfase, para rcivin-idicar prioridade na aplicação das verbas fede-'rais.

A Prefeitura, 110 entanto, já escolheu a«segunda maior favela da cidade — NovaBrasília, reduto eleitoral do vice-prefcito Adíl-son Lopes — para dar início ao Programa dePrioridades Sociais (PPS), que envolve ainda aLegião Brasileira dc Assistência, proprietária

(da área ocupada por aproximadamente 8 milpessoas. Os moradores da favela CoronelLeòncio, também na Engenhoca, considera-ram seus problemas muito mais graves ereclamam da falta dc apoio para resolvê-los.

Apoio diretoEntusiasmado com o programa do Minis-

terio do Desenvolvimento Urbano, o prefeitoWaldenir Bragança diz que ele é um marco norelacionamento entre o poder público e acomunidade, pois estabelece uma comunica-çáo direta entre o município e o governofederal, eliminando a participação, muitas ve-zes inconveniente, da administração estadual.Lembrou que Niterói deixou de receber verbado Banco Nacional da Habitação para a cons-trução dc um aterro sanitário metropolitanoporque a Fundrcn (Fundação para o Dcscn-volvimento da Região Metropolitana) criouentraves burocráticos.

Os recursos federais repassados pela LBAserão aplicados diretamente pelas prefeiturasmunicipais, de acordo com um cronograma deobras, visando o saneamento e urbanização dccomunidades carentes.

De acordo com o último censo do IBGE,de 1980, Niterói possui 26 morros e favelas,com 34 mil 440 habitantes cm 6 mil 871imóveis, com média de 5,01 pessoas por domi-cílio. O Morro do Estado, a maior favela dacidade, no Centro, era o dc maior densidadedemográfica, com 7 mil 566 habitantes cm 1mil 33 casas c barracos.

Mas na época do censo, a Prefeitura,então ocupada por Wcllington Moreira Fran-co, garantia que o número de favelados cmNiterói chegava a 120 mil. Acredita-se que arecessão dos últimos anos tenha dobrado essapopulação. As favelas aparecem em todo omunicípio, do Centro ao litoral, da Zona Sul àperiferia: Cavalão, Santa Cândida, Olho doBoi, Souza Soares, Penha, Lazaredo, Zulu,Caixa d'Água, Boa Vista, Pau Ferro, África-no, Buraco do Juca e muitas outras.

De acordo com o último censo, NovaBrasília tinha 4 mil 873 moradores, mas aslideranças comunitárias calculam que ali vivemhoje mais de 8 mil pessoas. Depois dela, amaior é Vila Ipiranga (4 mil moradores, pelocenso de 80). Em Nova Brasília não há risco dedesabamentos, mas não existe coleta regularde lixo nem água encanada. O desemprego

entre os jovens é o principal fator dc violência,que engrossa os registros policiais.

Na entrada da favela há um campo defutebol, que se constitui numa das poucasalternativas dc lazer, ao lado da Escola deSamba Canarinhos da Engenhoca, que jáchegou ao primeiro grupo, mas agora luta parasair do segundo no desfile da Avenida AmaralPeixoto.

Nos próximos dias, a comunidade de NovaBrasília vai receber a visita do presidente daLBA, Marcos Vilaça, e do ministro do Dcscn-volvimento Urbano, Flávio Peixoto, que serãolevados pelo prefeito para a assinatura de umconvênio que permitirá o saneamento de todaa favela. Só há rede dc esgotos na parte baixa:foi construída cm mutirão, pelos própriosmoradores, com doações de políticos cm épo-ca dc campanha eleitoral.

Muitos moradores ainda são coagidos porum pretenso proprietário da área, ArlindoDrumond, a pagar aluguel pela ocupação dosolo. Apesar de não possuir qualquer do-cumcnto, Arlindo se serve dc capangas paraintimidar os moradores e exigir o pagamentoda "taxa". No início do ano, para acabar como problema, o prefeito desapropriou toda aárea da favela Coronel Leôncio, mas a indeni-zação foi pleiteada na Justiça e até agora nãofoi dada solução. Os moradores pelo menossabem que não estão sujeito ao despejo.

O prefeito acredita que a escolha dc Nitc-rói para o projeto-piloto do Programa dePrioridades Sociais do Ministério do Dcscn-volvimento Urbano é um sinal de que asolução dc tantos problemas está pr'oxima.Sua intenção é conseguir mais dinheiro doBNH. a juros baixos (o PPS é a fundo perdi-do), para realizar outras obras sociais, nasáreas dc educação c saúde, para as comunida-des carentes do município.

Segundo Waldenir Bragança, a idéia éestender os benefícios do PPS a pelo menosoutras quatro favelas dc Niterói: Morro doEstado, Coronel Leôncio, Maruí Grande eMorro do Cavalão. Na maior parte delas, aslideranças já mostram saturação pela longaespera dc recursos.

No Morro do Estado,uma encosta commais dc 30 metros dc altura desabou parcial-mente, há dois anos, sobre a Rua São Scbas-tião, uma das principais vias de escoamento dotráfego da Zona Sul para o Centro. Até hoje,apesar da ameaça de novos desabamentos, asautoridades do Estado e do município aindanão chegaram a um consenso para resolver oproblema. Com os pequenos recursos disponí-veis, a Prefeitura removeu as 13 famílias quecorriam mais perigo, mas dezenas dc outraspermanecem ameaçadas.

Alguns esforços têm sido feitos para levarágua c iluminação às favelas dc Niterói, mas afalta de canalização de esgotos continua sendoa principal queixa dos moradores. Na favelaCoronel Leôncio, a comunidade reclama dafalta dc apoio. O vice-presidente da associaçãode moradores, João Eugênio, acusa o vicc-prefeito Adilson Lopes de tentar dividir acomunidade, enfraquecendo a entidade repre-sentativa eleita pelos favelados.

CLAUDIA CERANTE G0YANNA

tRuy

e Elza Goyanna agradecem as manifestações

de pesar por oçasião do falecimento de sua

querida filha CLÁUDIA e convidam parentes e

amigos para a Missa de 7o Dia, a ser celebrada

segunda-feira, 30 de dezembro, às 19:00 h, na Capela

da Casa de Saúde São José, à Rua Macedo Sobrinho

n° 21 — Humaitá.

GEORGETA BALBINO

(FALECIMENTO)

t

Cartório Balbino — 22° Ofício de Notas, através do seutitular, Tabelião Eduard Carvalho Balbino, comunica ofalecimento de sua querida mãe GEORGETA e convida os

amigos para o seu sepultamento, hoje, 29/12, às 11:00 horas,saindo o féretro da Capela E do Cemitério São FranciscoXavier.

GEORGETA BALBINO

(FALECIMENTO)

t

HOSPITAL DE CLÍNICAS DR. BALBINO, e seus Funcioná-rios, consternados, comunicam o falecimento de D.GEORGETA, Mãe de seus Diretores, e convidam parentes

e amigos para o seu sepultamento, hoje, 29/12 às 11:00 horas,saindo o féretro da Capela E do Cemitério São FranciscoXavier.

Satélite — GOES — INPE — Cachoelta Paulista — 28/12/BS — 48 h

As zonas dc baixa pressão que predominam sobre a'região Sudeste ainda ocasionam nebulosidade e pancadas1de chuvas cm alguns estados dessa região. A nova frente'fria que está em formação na Bacia do Prata podeinfluenciar o tempo no Sul do país, causando instabilidadeno Rio Grande do Sul.

No restante do país, o tempo varia de claro a nublad<£com chuvas passageiras no Amazonas, Goiás e algunsestados do Nordeste.

No Rio e em Niterói

Nublado com chuvas ocasio-nais c períodos dc melhoriasdurante o dia. Temperatura es-távcl. Ventos de sudestes, fra-eos a moderados. Visibilidademoderada. A máxima dc on-tem foi 33.6, em Bangu, amínima 22.5, cm Santa Teresa.

Precipitação das chuvas em mmÚltimas 24 horasAcumulada no mesNormal mensalAcumulada no anoNormal anual

5.8212.5126.2

1.639.51.075.8

Nascer.lAs 06h08minO So' OcasoAs I9h4<)minO Mar Prcamar Baixamar

()5hI lmin/l.3m l2h2lmin/O..SmRlOI7h02min/l.2m 00h24min/0.1m(>4h52min/1.2m 12h45min/0.6mAn era

16h36min/1.2m Q0h49minA).2mCabo Q5hOOmin/1.2m 1 lh47minfl).5mFrio 16h59min/1.2m 23h36min/0.2m

() Salvamar informa que o mar esta táguas a 17 graus. Banhos liberados.

A Lua

?CheiaAté 2/01/86

Nova10/01/86

I]Minguantr3/01/86

aCrcflccnte17/01/86

Nos Estados

KKAMAP:PA.MA.PICE;RN:PBPEAL:SE.BA:ES:MCDF:SP:PRSC.':RSAC:RO:(X):MTMS

Condiçõespie nub a nubnub/pte nubnub c/pncs isolnub c/chvs oesnub c/pncs espene a nubnubnubnubnub c/pncsnub a ptr. nubnubnub c/pnesene c/ehvsene a nubnub c/chvsptc ntibpie nubnubnubnub e/pnesnub c/chvsnub a pienub c/chvsnub

31.62H.fc29.(T29.02K.H

2*). 82K.6M) 017.022.524. H31.3»29.230.52X

'22.622.h21.722.223 0

No Mundo

AmsterdãBeiruteBerlimBruxelasBuenos ArrrsCaracasChicago(íenebraJerusalémLimaLisboaLondresLos AngelesMadriMia miMom-ouNova IorqueParisRomaSantiagoTóquio

clarochuvosonubladonubladoclaronubladoclaronubladonubladonubladonubladonubladoc/ventonubladonubladonevenubladonevenubladoclaroclaro

ALBERTO DIAS CAMPOS

DE MORAES(BETO)

t

Henrique Alfredo Galvão de Moraes e MariaThereza Dias Campos de Moraes. AntonioHenrique, Maria Cecília. João Antonio e Rosén-gela. Luiz Eduardo e Maria da Glória, pais,

irmãos e cunhados agradecem as manifestações depesar recebidas por ocasião do falecimento de seuquerido BETINHO e convidam parentes e amigospara a Missa de 7o Dia a realizar-se na 2a feira, dia 3Pde dezembro, às 19 h, na Capela St3 Terezinha, noPalácio Guanabara, Rua Pinheiro Machado s/n.

MANUEL PINTO DE CARVALHO• ÜC. I(MISSA DE 7o DIA)

t

ESCRITÓRIO CONTÁBIL LUANDA ESEUS FUNCIONÁRIOS, consterna-dos com o falecimento de MANUELPINTO DE CARVALHO, convidam pa-'

ra a Missa de 1° Dia que será realizada 2afeira, 30 de dezembro, às 11 :30 horas, naIgreja de Nossa Senhora Máe dos Ho-mens, à Rua da Alfândega 54.

MANUEL PINTO DE CARVALHO(MISSA DE 7° DIA)

tROSINDA

P. N. MERGULHÂO DE CAR»VALHO e família agradecem as mani-festações de carinho por ocasião dofalecimento do seu querido MANUEL e

convidam para a Missa de 7o Dia a sercelebrada 2a feira, 30 de dezembro, às 11:30horas, na Igreja de Nossa Senhora Mãe dosHomens, à Rua da Alfândega 54.

CLEMENTE FARROCO(30° DIA)

tA

família de CLEMENTE FARRÔCO convida parentes eamigos para a Missa que será celebrada dia 30/12/85, àsonze horas, na Igreja do Carmo, à Rua 1° de Março —

Centro-RJ.

ENG° MARCO AUGUSTO SICILIANO(MISSA DE 7o DIA)

tVERA,

TATIANA, KARINE, irmãos, cunhados e primos agradecem asmanifestações de pesar e apoio daquele que em vida procurou sepautar por princípios éticos, e convidam para o ato de caridade cristãque será realizado na Igreja de N.Sa do Monte do Carmo, à Rua 1o de

Março — s/n°, às 10 horas do dia 30 de Dezembro de 1985. Agradece-se aquem comparecer a este ato de fé cristã.

GEORGETA BALBINO

(FALECIMENTO)

tAs

Famílias de ESBERARD ALVES BALBINO FILHO, EDITH BALBI-*NO CHAVES, ELIZETH BALBINO CAMPOS, EUNICE BALBINOBOUHID, EDUARDO CARVALHO BALBINO, ENY BALBINO MA-;

CHADO, ELYSIO ALVES BALBINO, EVANDRO ALVES BALBINO,-BENEDICTO BALBINO e PERIANDRO ALVES BALBINO comunicam oifalecimento de sua querida mãe GEORGETA e convidam para o seu;sepultamento hoje, dia 29 de dezembro, às 11:00 horas, no Cemitério"São Francisco Xavier, saindo o féretro da Capela E para a mesma"Necrópole.

? n

an

JORNAL DO BRÁS EL Negócios & Finanças domingo, 29/12/85 ? 1" caderno ? 13

Trabalhador terá reajuste salarial maior com IPCA

eO balanço dos índices (%)

? INPC

H ipca

¦ IGP

w(estimativa)

179,14

(para o ano de 1985, norhês de dezembro, foramempregadas as estimativasde 13,5% para o INPC e parao IPCA e de 14,5% parao IGP).

103J99,77^^ 97,9

1981 1982 •^83 19 1985 *

Comércio exterior registra

saldo de US$ 12,4 bilhões

São Paulo — O Brasil está fechando eslemês com um superávit na balança comercial ilcI bilhão de dólares, o que eleva o seu totalpara 12 bilhões 4(K) milhões de dólares esteano, disse o ministro da Fazenda, DilsonFunaro, ao informar que "o Brasil está impor-tando MX) mil toneladas de milho".

A definição da importação do milho foiadotada na sexta-feira, à tarde, e 2(10 miltoneladas chegarão ao país através da Intcr-brás c 41X1 mil pelas trading companies priva-das. Segundo o ministro da Fazenda, essaimportação trará tranqüilidade à população,uma vez que o milho influi sobre os preços devários tipos dc carnes. "O povo brasileiropode confiar, porque estamos trabalhandoduro para reduzir os preços dos alimentos",afirmou.

Análise de FunaroO ministro explicou ontem ao JORNAL

DO BRASIL que "a importação de carne deucerto. O preço do produto no mercado internojá apresenta uma redução e deve cair aindamais".

— Nos últimos 10 dias estamos conseguiu-do uma estabilização nos preços agrícolas, queaumentaram 1,8%. Mas. se somarmos o café,com t)2% de aumento, subimos dos 1,8% para8%. O café está realmente destoando. E umabsurdo o que ocorreu, em conseqüência daestiagem — afirmou Dilson Funaro.

O ministro deu o seguinte conselho aoconsumidor para enfrentar os aumentos nopreço do café: "Tem que procurar mudar ohábito". Ele concorda que nos últimos 10 anoso consumidor de café, no Brasil, tem mudadode hábito e que "isso deve se acentuar agora.Uma lata de Nescau custa Cr$ 16 mil nosupermercado, enquanto o quilo do café estáem Cr$ % mil".

— Os preços agrícolas dispararam nosúltimos 60 dias devido à estiagem. Não pode-ria continuar segurando o preço da indústriadc uma forma geral, porque ela não era aresponsável pela inflação. Segurei apenas osaumentos dos automóveis. Seria uma injustiçanão conceder reajustes para a indústria —,disse o ministro.

JB — O Sr pretende controlar os preços docomércio?

Funaro — É impossível controlar os pre-ços dc 14 mil itens. O que vamos continuarcontrolando com muita atenção são os preçosdos produtos que compõem a cesta básica dcalimentos. Essa é a nossa posição.

JB — Quando o Sr começará a conversarcom setores da sociedade para pedir o apoiopara um amplo programa dc combate à in-fiação?

Funaro — Vamos começar a conversar emjaneiro. Já disse isso ao ministro Almir Pazzia-notto e entendo ser fundamental procurar umentendimento com a sociedade.

Lucro garante programa da CobalBrasília — De julho a novembro deste

ano, a Cobal obteve um lucro operacionalbruto de Cr$ 133 bilhões, correspondendo a11% de sua receita bruta no período, que foide Cr$ 1 trilhão 274 bilhões. O desempenhopositivo da empresa vai permitir a comerciali-zação, cm 1986, através dos seus programassociais, dc 1 milhão 869 mil toneladas deprodutos básicos, no valor de Cr$ 8 trilhões500 bilhões, que poderão atingir até 15 mi-Ihóes dc brasileiros — 5 milhões a mais do queo compromisso inicial assumido pelo governo.

Em 1985, os programas da Cobal — cmparticular, a rede Somar, o Programa deAssistência Popular (PAP) e o Programa deAlimentação Básica (Proab) — atingiram a

cerca de 6 milhões dc pessoas, operando juntoa 13 mil varejistas cm todo o país na venda dossete produtos considerados básicos — arroz,feijão, leite em pó, açúcar, fubá, óleo de soja efarinha de mandioca.

Os números foram apresentados pelo pre-sidente da Cobal, João Felício Scárdua, que,ao assumir o cargo, cm 29 de maio passado,encontrou um prejuízo de Cr$ 111 bilhões. Emcinco meses, a Companhia superou o déficit,ampliando sua receita mensal — de Cr$ 124bilhões em maio, atingiu Cr$ 310 bilhões emnovembro, podendo alcançar os Cr$ 500 bi-lhões este mês — e obtendo um superávit deCr$ 22 bilhões, demonstrando um desempe-nho "extremamente positivo".

Vidigal alerta para o risco de

grande aquecimento econômico

Sâo Paulo — A economia brasileira conti-nuará a crcscer durante o primeiro semestre de198.6. afirma o presidente do conselho deadministração do Banco Mercantil de SãoPaulo, Gastão Eduardo de Bucno Vidigal, quefaz, porém, um alerta: é preciso evitar o riscodc um aquecimento excessivo da economia,cujas repercussões seriam nefastas sobre ocontrole da inflação.

O banqueiro espera ainda que a longopíazo seja colocado em execução um planoque alivie as transferências de recursos do paíspara o exterior, sugerindo como exemplo aconversão parcial da divida cm capital derisco.

JB — Como o Sr analisa a economiabrasileira neste ano?

Vidigal — No final üe 1985 verificamos•que houve, sob certos aspectos, um desempe-nho favorável da economia, pois houve umcrescimento substancial do Produto InternoBruto, saldo expressivo da balança comercial e'a"recomposição apreciável das reservas cam-biais.

JB — Qual o ponto negativo da economia?Vidigal — Continuou a influir dc maneira

negativa sobre a economia o déficit governa-mental c a necessidade de financiá-lo, com umçrpscimento real substancial da dívida pública.

JB — As taxas de juros continuarão eleva-das em 1986?

Vidigal — As taxas de juros só poderãobaixar quando se reduzirem de forma expressi-va as despesas de custeio do governo.

JB — Quais as conseqüências do pacotefiscal sobre a economia nacional?

Vidigal — Considero que o objetivo dochamado pacote econômico foi o dc reduzir odéficit público. No entanto, a redução vai serobtida, basicamente, por aumento de tributos,

Cecília CostaNo início do mês que vem, entra em vigor a

nova sistemática dc correção de salários, combase na variação semestral do índice Nacionalde Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) domês exatamente anterior, que no caso será a domês de dezembro: 89,35%. Sai dc cena, portan-to, o índice Nacional dc Preços ao ConsumidorRestrito (INPC), que corrigiu os salários noBrasil, semestralmente, desde 19,79, tendo sidocriado pelo Governo, aliás, com essa finalidade.

Toda medida governamental que mexe comsalários gera desconfianças. Há sempre o receiodc que o trabalhador acabe sendo prejudicado.No que diz respeito, no entanto, a essa substitui-ção do INPC restrito (calculado a partir dc umacesta de consumo dc uma família cujo chcfeganha de um a cinco salários mínimos) peloIPCA (cujo cálculo é feito com base no consumode famílias com renda de um a 30 saláriosmínimos), as desconfianças não têm funda-mento.

Se cm alguns meses, devido à diferença naestrutura de ponderações, o INPC! restrito ésuperior ao IPCA, ao longo dc todo um exerci-cio, conforme demonstram os últimos anos, oIPCA costuma ganhar do INPC a batalha dospreços elevados. Isto é, costuma apresentar umavariação mais alta, o que significa que os preçosdos produtos que compõem esse índice tendem asubir mais do que os dos produtos que compõemo INPC, sendo que a estrutura diferente deponderações também pode gerar a maior ele-vaçáo.

Com isso, as variações semestrais do índiceNacional de Preços ao Consumidor Amplo, queagora passarão a reajustar os salários, geralmcn-te são também mais elevadas do que as tio índiceNacional de Preços ao Consumidor Restrito.Para se ter uma idéia, neste ano de 1985 o IPCAsemestral foi superior ao INPC semestral em 10meses, só tendo ficado abaixo nos meses deagosto e setembro.

O reajuste de janeiroJá cm janeiro, essa superioridade do IPCA

quanto ao INPC cm relação à elevação depreços beneficiará as pessoas cujo dissídio cole-tivo cai no próximo mês e que inaugurarão anova sistemática de correção salarial.

Se a correção semestral fosse feita com basena variação dos últimos seis meses do INPCrestrito até o mês de dezembro, levando-se cmconta uma previsão para esse índice de 13,5%(um pouco superior à variação mensal do IPCA)o reajuste dos salários em janeiro ficaria em85,7%. Com a substituição do INPC pelo IPCA,ficará em 89,35%, o que é uma taxa recorde.

Os dados a respeito das taxas anuais doINPC e do IPCA nos últimos anos tambémmostram que os assalariados deverão ser benefi-ciados c não prejudicados com a mudança. De1981 a 1984, o IPCA só ficou abaixo do INPCem 1983, quando a variação anual do índiceamplo foi de 164,4% e o índice restrito atingiu179,14%. Em todos os outros anos do qüinqúè-nio, o fenômeno foi o inverso do que ocorreu em83, sendo que agora em 1985 a taxa anual doIPCA (233%) também deverá ser superior a doINPC.

Os dois indicadores de preços calculadospelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatís-tica (IBGE), no entanto, tendiam a ficar abaixodo índice Geral de Preços da Fundação GetúlioVargas. Somente cm 1982, o IPCA subiu tantoque chegou a ser superior ao IGP. Já o INPC,nunca ficou acima do índice da Fundação, noque se refere a taxas anuais.

De acordo com o diretor dc Economia doIBGE, Eduardo Guimarães, essa foi uma dasrazões por que o Governo resolveu transformarum dos índices pesquisados pelo Instituto emindicador da inflação e indexador de salários edo capital. O uso do IGP — "índice queninguém sabe o que representa" — como inile-xador da economia estava privilegiando o capi-tal, cm detrimento dos salários, aumentandodessa forma as disparidades de renda já existen-tes no país.

Em 1983, traçando-se uma comparação cn-tre o IPCA (considerado por hipótese o melhorindicador de inflação) e o IGP, a diferença afavor do capitai, sem incluir os juros, foi de17,6%. E cm 1984, ficou em 4,8%.

Quanto á escolha entre o INPC e o IPCA,não foi feita a partir de constatações de que oIPCA seria inferior ao INPC. Trata-se apenas dcum índice mais abrangente, por ser realizadocom base cm cesta dc consumo dc um maiornúmero dc famílias brasileiras, servindo melhor,portanto, para ser o instrumento de correção,tanto dos salários, como dos rendimentos docapital.

As diferençasComo afirma o diretor do IBGE, tanto o

INPC como o IPCA são índices cujas estruturasde ponderação e a composição de produtosforam feitas com base no Estudo Nacional deDespesa Familiar (Endcf) realizado entre 1974 c1975. No momento, esses dois índices estãoprecisando de uma atualização c, por isso, cmmaio ilo ano que vem o IBGE começará umapesquisa de orçamentos familiares, que serviráde base à adaptação do INPC c do IPCA aosnovos hábitos dc consumo da população.

Como essa pesquisa leva 12 meses para serfeita, somente cm abril de 1987 os resultadosestarão prontos, o que faz com que apenas emprincípios de 1988 a sociedade brasileira tenhaacesso aos novos índices com ponderações atua-lizadas.

No momento, a partir da estrutura que seencontra em vigor, existem duas grandes dife-renças entre o INPC e o IPCA. A primeira delasé a de que no INPC ponderações para cada umdos dez estados onde o índice é pesquisadoforam fixadas com base na população estadual.Já no IPCA, foram fixadas com base no peso dovalor das despesas, relativamente ao total dasdespesas dos dez estados. A conseqüência é queSão Paulo e Rio de Janeiro no INPC têm umpeso dc cerca de 60%, a partir do critériopopulacional, e no IPCA, devido ao critério dedespesas, o peso desses dois estados atinge 70%.

A segunda diferença é causada pelo fato dcos dois índices envolveram composições de orça-mentos diferentes, o que faz com que as caracte-rísticas dos produtos consumidos e a quantidadedesses produtos sejam diversas. No INPC', aalimentação tem um peso próximo de 40% e noIPCA, em torno de 30%, pois a participação daalimentação no orçamento doméstico das famí-lias de mais baixa renda é maior. Quanto aotransporte, devido aos carros de passeio movi-dos a gasolina, pesa mais no IPCA do que noINPC.

Nada disso, no entanto, como já foi de-monstrado, faz com que o INPC seja impreteri-vclmcnte superior ao IPCA. O s resultadosfinais, é claro, como observou Eduardo Guima-rães, acabam sendo diversos, o que não querdizer que o trabalhador será prejudicado com anova fórmula de correção salarial. Qualqueranomalia que seja verificada no IPCA, alémdisso — seja para mais, seja para menos —sofrerá a verificação da Comissão do IPCA.

ÇLUBE MILITAR

ASSEMBLÉIA PARCIAL1 _ CONVOCAÇÃO

De ordem do Exmo Sr Gen Presidenteconvoco os senhores associados para sereunirem em Assembléia Parcial Extraordiná-ria na Sede Social — à Av. Rio Branco n° 251,nesta cidade — no próximo dia 08 de Janeirode 1986, quarta-feira, às 16:00 horas para, deacordo com o Artigo 71 do Estatuto, discutire deliberar sobre proposta de vários artigosdo Estatuto da Entidade.

Caso não haja número legal de associa-dos presentes àquela hora será a sessãorealizada, em segunda e última convocação,uma hora depois, com qualquer número desócio presentes, conforme preceitua o item03 do Artigo 37, do referido estatuto.Rio de Janeiro, RJ, 20 de Dezembro de 1985.(a.) Cel R1 PEDRO MAGGESSI SUSINI RI-

BEIRODiretor-Secretário

Companhia Brasileira de Trens Urbanos

CBTU

MINISTÉRIO DOS TRANSPORTES R F.F.S A.MINISTÉRIO DOS TRANSPORTES

REDE FERROVIÁRIA FEDERAL SOCIEDADE ANÔNIMACOMPANHIA BRASILEIRA DE TRENS URBANOS

AV8SO

CONCORRÊNCIA N° 007/85-CLR/CBTUA COMPANHIA BRASILEIRA DE TRENS URBA-

NOS — CB1U. torna público a qu;intos possa interessar,que serão recebidas propostas para execução de servi-ços de publicidade e propaganda, em todo o Pais,conforme especificações e condições contidas noEdital.

As propostas deverão ser entegues no dia 21 dejaneiro de 1986, às 1b 00 horas, na Sala de Licitações,no 7° andar da Estrada Velha da Ti|uca 77, Usina, Rio deJaneiro, RJ.

O Edital poderá ser obtido no mesmo endereçoacima citado, nos horários de 09 00 ás 11:30 h e 14:00ás 16:30 h, ao preço de Cr$ 300.000 (trezentos milcruzeiros) a serem pagos em moeda corrente.

O Capital Social mínimo exigido dos licitantes,integralizado até a data de entrega das propostas, é deCr$ 500.000.000 (Quinhentos milhões de cruzeiros). .

Rio de Janeiro, RJ, 29 de dezembro de 1985 teA COMISSÃO DE LICITAÇÃO

Todos os dias no Caderno B.

recaindo sobre o setor privado, e muito poucopela redução efetiva de despesas de custeio dosetor público,

,|B — O crescimento da economia brasilei-ra é auto-sustentável?

Vidigal — Pelas notícias obtidas nos círcu-los industriais e comerciais, o crescimento daeconomia deverá persistir durante o primeirosemestre do próximo ano. E preciso, no entan-to, evitar o risco dc um aquecimento excessivoda economia, com repercussões nefastas sobreo controle da inflação.

JB — Que soluções o Sr aponta para amelhoria da situação econômica do país? O Srconsidera viável uma solução do tipo Argen-tina?

Vidigal — A solução é a contenção dodéficit público. Não creio que a solução argen-tina possa se aplicar no Brasil, pois há diferen-ças fundamentais entre as duas economias, emparticular o tratamento diverso que foi dado láe cá, no último decênio, ao desenvolvimentoindustrial e à questão cambial.

JB — Como está o sistema financeironacional, hoje? Readquiriu sua credibilidade?

Vidigal — Após o choque das medidasdrásticas, porem necessárias, envolvendo algu-mas instituições financeiras, o mercado estátranqüilo. O sistema nunca perdeu a crcdibili-dade, apenas alguns poucos a desmereceram.

JB — Considera necessário e viável maisespaço para os bancos estrangeiros no sistemafinanceiro nacional?

Vidigal — A rede bancária privada, nacio-nal e estrangeira, tem evoluído para dar aten-dimento cada vez melhor aos seus clientes, enão vejo razão para limitar a atuação dcqualquer banco do exterior que se mostredisposto a compreender as necessidades brasi-leiras.

IflllC

Prime s.a.corretora decSmbio e valores

corretora

COMUNICA

O INICIO, EM 2.1.86, DE SUAS OPERAÇÕES NA• BOLSA DE VALORES DO RIO DE JANEIRO

Tome nota.31 de dezembro: as Agências de Classificados JB não funcionam, masos Classidiscados (284-3737) estarão recebendo seu anuncio ale o meio-dia1 de janeiro: as Agências de Classificados JB e os Classidiscados nãofuncionam.2 de janeiro: mesmo sendo ano novo e vida nova. voltamos a funcionarno horário de sempre.

CLASSIFICADOS

JORNAL DO BRASIL

14 o Io caderno ? domingo, 29/12/85 Negócios & FinançasJORNAL DO BRAfiHL,

Criar um clube, alternativa para

aplicar em ação

Individuais Clubes de Investimento

No trimestre iniciado em 18 de agosto e terminadoem 6 de dezembro de 1W6, representando a quarta fasedo Desafio da Bolsa, com a participação de 975 clubesde investimento, a primeira colocação ficou com oClube de Investimento Coringa, que conseguiu umarentabilidade de 152% nas 15 semanas de atuação. Osresultados dos primeiros 50 colocados entre os clubesde investimento tio 13? grupo da 5a fase do Desafio vãoser divulgados oportunamente, já que por motivostécnicos, decorrentes do feriado de Natal, não pode serapurada. A relação será posteriormente divulgada peloJORNAL DO BRASIL.

INDIVIDUAL01 — ORLANDO PESTANA DE CASTRO

VALOR Cr$ 24.645.300,000RENT: 146,45%

02 — ERVIN KERCKHOFFVALOR: Cr$ 22.760.270,00RENT: 127%

03 — TANIA KARLA MONÇÃO SOARES DE MELOVAI OR: Cr$ 20 427.000.00RENT: 104,27%

04 _ JOSÉ PRINCE DOS SANTOSVAI OR: Cr$ 17.778.292,00RENT 77,78%

05 — WAGNER GRANJA VICTERVALOR: Cr$ 17.364 000,00RENT: 73,64%

06 — FRANCISCO S. FURTADOVALOR: Cr$ I 7.223.636,00RENT: 72,23%

07 — DJAIR FERNANDES SANTOSVALOR: Cr$ 15.524.306,00RENT: 55,24%

08 — CLÁUDIO FULCHIGNONIVALOR: Cr$ 14.603.520,00RENT. 46.03%

09 — MÁRCIO ROSA DA COSTAVALOR: Cr$ 13.938 230,00RENT: 39,38%

10 — RICARDO MEIRA PILOTTOVALOR: Cr$ 13.687.874,00RENT: 36,87%

11 _ ANTONIO CARLOS DE ARAÚJOVALOR: Cr$ 12.526.315.00RENT: 25,26%

12 — NARA ESTEVES COELHO COSTAVALOR: Cr$ 12.513 739.90RENT: 25,13%

No trimestre encerrado em 6 de dezembro, querepresentou a quarta fase do Desafio da Bolsa, coma participação de 2 mil 248 pessoas, o primeiro lugarficou com Orlando Pestana de Castro, que obteveuma rentabilidade nas 15 semanas de atuação, de146,45%. Os resultados dos primeiros 50 colocadosentre os investidores individuais do 13° grupo daatual etapa do Desafio não pôde ser divulgada porproblemas técnicos, decorrentes do feriado de Na-tal. A relação será oportunamente publicada noJORNAL DO BRASIL.

CLUBE DEINVESTIMENTOS

01 — CLUBE DE INVESTIMENTOS CORINGAVALOR: Cr$ 252.370.703,00RENT: 152%

02 — CLUBE DE INVESTIMENTOS COLORIDOVALOR: Cr$ 249.732.648,75RENT 149,73%

03 — CLUBE DE INVESTIMENTOS MICKEY MOUSEVALOR: Cr$ 214.523 572,00RENT: 114,52%

04 — CLUBE DE INVESTIMENTOS AMADORVALOR: Cr$ 207.220.759.42RENT 107,22%

05— CLUBE DE INVESTIMENTOS 17 DE OUTUBROVALOR. Cr$ 184 605 386,00RENT 84,60%

06 — CARl OS ALBERTO GUEDES DA SILVAVALOR Cr$ 159.248.556.75RENT: 59%

07 — CLUBE DE INVESTIMENTOS FLAMENGOVALOR Cr$ 157.676 468,40RENT: 57,67%

08 — QUATRO ASES INVESTIMENTOSVALOR. Cr$ 153.150 751.60RENT: 53,15%

09— CLUBE DE INVESTIMENTOS BRASILEIROVALOR. Cr$ 137.261.508,00RENT: 37,26%

10— CLUBE DE INVESTIMENTOS FUMAÇAVALOR: Cr$ 131.385.805.25RENT: 31,38%

11 — CLUBE DE INVESTIMENTOS 24 DE JULHOVALOR: Cr$ 127.695.090.75RENT: 27,69%

12 — CLUBE DE INVESTIMENTOS VERAVALOR: Cr$ 118.317.519,00RENT: 18,31%

Invista na Bolsa sem mexer no bolso e ganhe uma viagem a Nova Iorque.

O DESAFIO

CONTINUA.

0 Desafio da Bolsa é uma simulação deinvestimento em ações, projetada inicialmen-te para univeís/tános e que agora se estende aosleitores do JORNAL DO BRASIL. Durante trêsmeses, em períodos que compreendem sem-pre quatro semanas, o leitor viverá a sensaçãode estar aplicando em ações, a partir da dispo-nibilidade hipotética de Cr$ 10 milhões. Ao fi-nal de cada um dos períodos de 4 semanas, oscomputadores da Bolsa de Valores do Rio deJaneiro processarão os cupons e o JORNALDO BRASIL divulgará os resultados.

0 leitor que obtiver a melhor rentabilida-de ao final dos três meses recebera como pré-mio uma visita a Nova Iorque. A BVRJ ofene-cerá uma matricula em seu curso de operadorde pregào, com estágio incluído.

0 grupo de 10 leitores, no mínimo, que seconstituir sob a forma de clube de investimento(o capital hipotético para aplicação é Crê 100milhões) e chegar em primeiro lugar, além deestágio na BVRJ, ganhará um prêmio em di-nheiro para constituição de uma carteira deações.

Cada leitor ou clube de investimento so-mente poderá enviar um cupom por semana (aremessa tem de ser feita até o penúltimo dia útilde cada semana, use o Correto, mandando parao JORNAL DO BRASIL - Desafio da Bolsa- Avenida Brasil, 500 - CEP 20.940, ou en-tregue diretamente em qualquer Sucursal ouAgência de Classificados).

E recomendável todo o cuidado na indi-cação do CPF, porque dele é que sairá o códi-go de inscrição de cada participante. Não se de-ve mandar mais de um cupom por semana. Nocaso dos clubes de investimento, a identifica-cão se fará pelo CPF do seu responsável; a re-laçáo completa dos componentes do grupo de-ve ser apresentada á parte, com nomes, CPF,endereços e telefones.

0 periodo de 4 semanas é contado a par-tir da semana em que o leitor remete o cupompela primeira vez. Assim sendo, dentro de ca-da período, o leitor poderá participar simulta-neamente como investidor individual e comoparticipante de um clube de investimento. Nocaso particular do clube de investimento, ò lei-tor poderá ser integrante de quantos desejar,

com a restnção de ser responsável por apenasum dos clubes.0 preenchimento do cupom, durante ca-da ctclo de 4 semanas, devera obedecer aos se-

gumtes criténos: na pnmeira semana, o parti-cipante preencherá todos os espaços referen-tes às informações pessoas lópo de investidor,CPF, nome, endereço etc.) e aqueles destina-dos às negociações; se o participante desejaralterar sua carteira inicial nas três semanas se-guintes, basta remeter os cupons preenchen-do apenas os espaços referentes ao CPF, tipode investidor (se é individual ou clube de invés-timento) e às novas ordens de compra ou devenda (exclus/vas ou simultâneas), levando emconsideração que o número máximo de ope-rações, por semana, é sempre seis.Após a quarta semana, cada participamte pode voltar ao Desafio, para uma nova eta-pa, seja de individual ou clube de investimen-to, obedecendo aos mesmos entérios de preen-chimento do cupom.0 Desafio da Bolsa está limitado às açõescomponentes do índice Botsa de tàlotes (IBV),normalmente as mais negociadas.No preenchimento do cupom, cada partici-pante tetá de assinalar o código da açào que estácomprando ou vendendo. Exemplos: Banco doBrasil e BB, PetrobrásePETR (veja na tabelaoscódigosdasaçõesque compõem o IBV). Oscódigos deverão ser colocados na coluna CIA.

Na coluna TIPO, o leitor ou clube de in-vestimento indicará o modelo de ação em re-negociação: ordinária ao portador é OP, prefe-rencial ao portador é PP, e assim por diante. Asabreviaturas também estão na tabela.

Os algarismos 1 e 2 devem ser colocados

na coluna OP para que os computadores sai-bam que operação está sendo realizada: 1 écompra - evidentemente na primeira semanatodos marcarão 1 em seus cupons - 2 é venda.Finalmente, o registro do volume de ações ne-gociadas se fará na coluna QUANTIDADE. Oscomputadores só aceitam múltiplos de mil, ouseja: cada participante pode comprar ou ven-der, 1 mil, 2 mil, 5 mil, 10 mil, 14 mil, 20 mil, 100mil, 103 mil e assim por diante.

No cupom, não é necessário marcar ostrês zeros que correspondem a mil, o compu-tador está programado para entender que ape-nas 2 significa 2 mil ações. Assim, quem nego-ciar 125 mil ações deve limitar-se a escrever 125.0 participante não deve superar a verba pre-via mente fixada (Cr$ 10 milhões, individual; Cr$100 milhões, clube de investimento). Como éimpossível saber, com certeza, o valor das ope-rações marcadas no cupom, uma vez que ascotações serão sempre as do último dia útil dasemana (dia seguinte ao último para recebi-mento dos cupons), é recomendável que sedeixe uma margem de segurança em caixa,pois o "estouro" do limite de recursos para aaplicação determinará a anulação da operação.

0 participante deverá confenr todos osdomingos os preços de fechamento das ope-rações que realizou e verificar se houve "estou-ro" ou não. As operações serão reabadas con-forme a ordem de colocação no cupom (de 1a 6),Como a simulação de investimento é exata-mente igual ao que acontece na BVRJ, o par-ticipante paga corretagem, valor que poderáser descontado do que efetivamente for apli-cado dos Cr$ 10 milhões ou Cr$ 100 milhões.

A corretagem é a seguinte:2% do valor aplicado em operação atéCr$ 2 milhões;1,5% em operações de Cr$ 2 a 6milhões;1% em operações de Cri 6 a 12milhões.0,5% em operações acima de Cr5 12milhões.Lembrete: há corretagem em qualqueroperação; tente evitar as pequenas percenta-

gens de ganho. Em caso de "estouro" de cai-xa, o computador sempre anulará a operação(ou as operações) que ultrapassarem o valordisponível na caixa, sem prejuízo das demais.Os direitos acionários - como dividendos,bonificações em dinheiro ou em titulo etc. -serão computados automaticamente na cartei-ra dos participantes.A relação dos 50 primeiros colocados em cadaperíodo de quatro semanas será divulgada aosdomingos no JORNAL DO BRASIL. A relaçãocompleta sairá ao longo da semana no Cader-no de Classificados. Haverá listas tambémnas Agénca s de Classificados e nas Sucursais.

JORNAL DO BRASIL

Bolsa de Valoresdo Rio de Janeiro

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1

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1

Desafio da Bolsa /jornal do brasilTIPO DE INVESTIDOR (Assinale cot Xi-

I 1 I I INDIVIDUAL I ? 1 I CLUBE DE INVESTIMENTO'

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MERCADO A VISTACIA TIPO OP OUAt;" 1XIOCO1

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I ! !r 6•ENDEREÇO

1•COMPRA 2•VENDA

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i— CIDADE

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RAMAL_J I ! 18

As corretoras vêm tendo dificuldadespara atender ordens dc pequenos investi-dores. O volume de negócios cresceumuito no último ano, com as bolsas devalores despertando atençiio pelos ga-nhos que propiciam. A melhor forma dcinvestir em ações; principalmente pelopoder de manobra e diversidade permiti-da, c a coletiva, principalmente os cltihcsde investimento,.onde são os cot islãs osprincipais responsáveis pela conduçãodas aplicações.

A opção pode ser a dc entrar comocotista em um clube já formado, desdeque se aceite as regras determinadas cmestatuto, ou formar um grupo próprio,criando um novo clube de investimento.Tarefa, aliás, das mais simples, bastandoapenas atender a legislação e definir apolítica operacional c de investimentos aser seguida. A parte burocrática, ou sejao registro do clube, pode ser resolvida cmuma semana.

Para fundar um clube, o primeiropasso c formar um grupo de três a 50pessoas, de preferencia com alguma iden-tidade entre si — família, colegas dctrabalho ou faculdade, freqüentadores dcum clube ou amigos. Depois procuraruma corretora, distribuidora ou banco deinvestimento para ter acesso a legislação:ata de fundação c modelo dos estatutos.Depois de definido os termos dos estatu-los. a Bolsa dc Valores do Rio providen-cia o registro tanto na própria entidadequanto na Secretaria da Receita Federal.O funcionamento do clube dependerá doque for definido por seus eotistas, Alegislação dá apenas as linhas gerais.As únicas limitações definidas são: osclubes são formados por um mínimo detrés c um máximo de 50 pessoas, excetose for integrado exclusivamente por íu-nionários dc uma mesma empresa, casoem que não há limite. O número mínimodc trés pessoas foi fixado para que nc-nhum cotista possa controlar mais de40% das cotas. A outra determinaçãolegal é quanto ao tipo de aplicação, quesó pode ser feita cm ações, debenturesconversíveis em ações e provisoriamenteem debentures simples e títulos da dívidapública. A carteira tem de ter um mínimode I0 c máximo dc 20 ações, dependendodo patrimônio do Clube.

No caso dc aplicações em ações, elaspodem ser feitas em todas as modalidadesde negociação — à vista, a termo, afuturo e cm opções. Nos mercados atermo, futuro c de opções, a atuação dosclubes só pode acontecer em operaçõesdc financiamento, ou se ja, vendas cober-tas ou fechamento dc posição por opera-ções inversas. Essa restrição serve paraproteger o cotista dc alto risco dessesmercados.

O clube tem de ter um administrador— obrigatoriamente um diretor estatutá-rio de uma corretora, distribuidora oubanco de investimento —, um represen-tante dos eotistas e um administrador decarteira. O administrador poderá desem-penhar as três funções, caso seja determi-nado pelos eotistas nos estatutos.

Com relação aos ganhos — dividen-dos e bonificações — a legislação impõeque sejam reinvestidos, a fim de aumen-tar o patrimônio do clube. O lucro doseotistas c realizado no resgate das cotas,que é orientado pelos estatutos. A resolu-ção I90 da Bolsa de Valores do Rioobriga o administrador do clube a fome-ccr mensalmente o número de participan-tes e de adesões, o valor do patrimônio edas cotas, um relatório das aplicações e otipo de administração da carteira.

/-{újzcíb-

Os direitos dos acionistasEMPHESAS DtVIDENOOS BONiriCAQAO SUBSCRIQW) FORMA DEEM CRJ EM . X CRJ NEGOCIACAO

AGROCERES 1.70 900 _ 73IOjMI?SfiBAROELLA 4,86 _ 70 12 a U 01,868AUMER 1.00 30 12 a 14 01 86BRADtSCO 1500 16 17 a 1/0186BRASM010R 7.40 23 17 a 160186BCO NACI0NAL 0.3816 _ *PARtlR0C0? 01 XXC0PENE 7,71 I0R0 E PftEf ' A"I _ 07 I? a 02 01 840,4905 (PREF "B")CONSUL 74.76 _ 70 17 a 15 01 86CEMIG 17.101911 1,00 0601 a 790186CIA B0ZAN0 35.00 _ 70 17 a 1501 8600CAS 0,78 (ORDI — 07 01 a 73 0 1 860.30 IF*Ef)EIJCAIEX 900 - II 17 a 06 01 86FER1AM BRASIL 900 50.00 1 00 7.3 17 a 770186'NV 4 900 — APARTIRDC30 I2"EJ"GRAZZI0TIN 400 — 16 12 a 09 01 86GOMES A FERNAN0ES 1,00 — 17 1? A 100186GL0BEX 1.99 - 18 17 a 13 0186L0JAS HE RING 1.67 (INT) _ APAFtTIRDf 10 I? "EX"

0.77 IP/RATA)KEPLER WEBER 0.0?;65 _ 16 17 a 15 0186N0RD0N 200 — 16 17 a 09 01 86PANVEL 770 _ APAKTIRD£03 0]"ErPROPASA 0,164852 (INT 500 33,333 2.50 IS 1? a tOOl 860.096158 IP/fWAIPERDIGAO AGROIND 161.80555 6,00 10 12 a 0901 86PERDIGAO ALIM 171.79487 9.00 10 12 a 0901 86RIOGRANDENSE 30 2,80 06 12 a 06 01 86REALCAEE SOLUVEL 25,45 — 02 01 a 22 01 86SUPERGASBRAS lOOO — 12 12 a 07 01 86ZANINI 16,7414428 5.00 14 11 a 31 01 86

As ações que entram no Desafio

patrimOnio Uquido

ACflES rtiOIGO TIPn ULTIMO LUCRO UITIMACOTACAO P.LBALANCr POR ACAo MgDIA (*|P/ACAO preco'<lr ™

Aeesita ACES OP 12/B4 PR 7.9S ._ 3,44 2 31Aeesita ACES PP 12/84 PR 4,55 3^44 1 '32Barreto Araujo BAPC PB 0443S 1.22 3.56 2,9 10,13 iX35Banco do Brasil BB ON 12/84 27,63 685,95 24,8 186.45 3^68Banco do Brasil BB PP 12/84 27,83 904,04 32,7 186,45 4^85Betflo Mineira BELG OP 12/84 2,02 41,36 203 10.83 3^82Banefj BERJ PP 12/84 PR 40.00 22,42 1 78Banospa BESP PP 1284 1,11 31,98 28,8 9,45 3 38Banco Naoonal BNAC PN 12/84 1,03 7,50 7.3 15,92 0 47Bradesco BRAD PS 12/84 1,50 27,65 18,4 14,64 1 89Brahma BRHA PP 12/84 0,97 24.28 25,0 14,17 1 71Cemig CMIG PP 12/84 0,45 1,79 45,0 4,93 0^36Coafia Ribeino CORI PP 03/55 PR 4.I8 5,86 0,71Souza Cruz CRUZ OP 12B4 40,96 1.268.52 31,0 145,90 8^69C. S. Brasilia CSBR PP 12/84 0,38 3,11 8,2 3.30 0,94C»tn>-Pectins CTPC PP 04/85 0,38 4,23 4,2 8,02 073Docas DOCA OP 12/84 0,33 30,74 30,74 93,1 13 07Docas DOCA PP 12/84 0,33 26,87 81,4 13,07 2 05Eluma ELUM PP 12/84 1,01 2.46 2.4 19,42 0 13Ferbasa FERB PP 12,84 1,23 28.94 23.5 6,79 4^26Fertisul PERT PB 12/B4 0,55 2.66 4.8 6,24F.LC.LoopoWiria FLCL PA 12/84 0,41 3,56 8.7 6,66 0 53Lamericanaa (a) LAME OS 10/84 4,93 569,03 115,4 46,29 12 29Luxma (a) LUSC PP 01/85 1.13 6,00 5,3 12,09 0,50Mannesmann MANM OP 12/84 0,39 4,71 12.1 1.08 4 36Mannesmann MANM PP 12/84 0,39 3,75 9^6 1.08 3 47Mendes Junior MEND PA 12/B4 1.82 52.25 287 16,89 3,09Mesbla (b) MESB PP 01/85 5,13 419,00 81,7 118,73 3 53Moinho Fkiminensa MFLU OP 06/85 6,03 91.00 14,5 37,26 12 31Montreal (c) MONT PP 09/34 2,57 37,12 14,4 7,08 5 24Petrotorts PETR ON 12/84 15.82 399,06 25^2 204,95 195Fetrobfiis PETR PP 12/84 15,82 759,05 48,0 204,95 3 70Paranapanema (b) PMA PP 12/84 0,81 24,36 30,1 1.01 24 12Potr. Ipirang lb) PTIP PP 01/B5 1.07 5.63 5,3 9,63 0^58Samttri SAMI OP 12/84 5.87 201.54 34,3 24,94 a08Telen TERJ PN 12/84 10,48 90,00 8,6 238,58 0 38Unipar UNIP PB 12/84 1,30 4.57 3.5 7.84 0 58Valo do Rio Doc<! VALE OP 12/84 63,75 679,54 10,6 282,39 2^41Vale do Rio Doco VALE PP 12/84 63,75 985.65 15,6 282,39 3 49Varifl VARG PP 12/84 3,02 11.37 3,8 11,33 1.00A?os Vilares (8) VILA PP 01«5 0,10 19.22 192,2 3.84 5 00White Mattins WHMT OP 12/84 0,63 5,43 8.6 3,24 i'67Zanini ZANI PA 12/84 0.16 3.31 207 2,77 1.19

VARIAÇÃO %NA SEMANA

1.730.87

4- 0.56+10.33+ 12.10+ 1.900.05

6,13+ 9.17+ 2,90+ 0.334.18

5.221,410.32

+ 5,752,35+ 2.95-16.892.560.43-+ 16.34

+ 13.810.00

+ 2.39+ 8.07+ 23.58+ 2.20+ 5,67+ 19.09+ 1.51+ 7.25451

3.10+ 5.02+ 3.43+ 0.44+ 8.71+ 2.782.82

8,69+ 0.93

+ 10.33

(a) Empresas excluídas do IBV, mas que continuarSo a fazer parte do Desafio/Bolsa.(b) Exercício do onze meses.(c) Exercício áo dez meses.(•) Retetivo à última cotação.(••) ÚKimo Balanço Anual + Subscrições.

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Ly E

CLUBE DE INVESTIMENTO. SUA MELHOR ARMACONTRA A INFLAÇÃO.

Em 1985, a rentabili-dade média das ações ul-trapassou 600% ao ano.

nos últimos 10 me-ses, quem investiu

em ações já ganhou, emmédia 497%.

Junte sua força coma força de seusamigos num Clube de

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dinheiro em ações.

CLUBE DEINVESTIMENTO

Ação entre amigosBolsa de Valores do Rio de Janeiro

Segurança e eficiência em ação

JORNAL DO BRASIL Turfe/Esportes domingo, 29/12/85 ? Io caderno a 15Foto de Rodolpho Machado

Volta fechada

DOIS páreos interessantes mar-

cam o encerramento do ano de1985 do calendário paulista (na Gá-vea, lamentavelmente, teremos umdomingo em branco). Hoje, na pis-ta de grama, serão corridos os 1 mil800 metros do Prêmio Extraordiná-rio Noroeste de Seguros (ListedRace) para produtos nacionais detrês anos vendidos cm leilão daSociedade de Criadores e Proprie-tários de Cavalos de Corrida de SãoPaulo, e o quilômetro do simples-mente clássico Encerramento (Lis-ted Race), para produtos nacionaisdc três anos e mais idade.

Nos 1 mil 800 metros, o interes-se maior (cm que pese ser umainscrição, técnica e teoricamente,bem criticávcl) reside na nova apre-sentação de Grimaldi (ExccutionerII em Grèves, por Oak Ridge),criação do Haras Morumbi e pro-priedade de Dclmar Biazóli Mar-tins, vencedor, no dia 17 de novem-bro, da milha c meia do grandíssi-mo clássico Derby Paulista (GrupoI). Normalmente, é a força destaca-da da carreira, uma carreira quenão devia contar com sua presençadesde que fizesse parte de um turfeonde a programação obedecesse aum rigor seletivo e técnico indiscutí-vel. Infelizmente, não é o que acon-tece com a nossa. Além dc poder

"correr, o derby-winner paulista não¦ leva nenhuma sobrecarga por os-

Pedras e propriedade do Haras Ro-sa do Sul. Considerada, dc longe, amelhor potranca paulista, dona dealguns triunfos impressionantes, afilha de Figurón teve um acidenteuma semana antes da Taça dc Pra-ta, grande clássico Criação Nacio-nal (Grupo 1), o que a afastou dascompetições durante todo este tem-po. Vamos ver como se compor-tará.

O quilômetro do Encerramentoestá um páreo cheissimo e, consc-quentemente, extremamente difícil.Mas os ganhadores clássicos (deprovas dc Grupo ou Listed Races),devem ser colocados em um primei-ro plano. Entre estes, estão, porexemplo. Fui! Housc (Maniatao),

fanhador do simplesmente clássico

roclamação da República (GrupoII), Roul (Sail Through), primeirono simplesmente clássico Indepen-dência (Grupo III), Bolkonska (Lo-cris), ganhadora de várias listedraces c a carioca Amaranda (St.Ivcs), em sua primeira tentativamais ousada. No entanto, o lequedc concorrentes com possibilidadesnão se limita a estes nomes. LastChance (Red Cross), sempre con-firmando, Hands Togethcr, um Ju-nior Sun que nunca confirmou seutriunfo no quilômetro internacionalde maio). Saturnino e Sislcy, doisSail Throuch, criação do Haras Pi-rajussara (como Roul), Boule dc

tentar este título. O outro ponto de. Ncige e Head Man (ganhadores deinteresse destes 1 mil 800 metros é areentrée da poderosa e estimadíssi-ma Hafeli (Figurón cm Zctinga, porPetingo), criação do Haras Rio das

listed races,observados.

também), devem ser

Escoriai

Hoje na Gávea

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2* PAfit0 ... As jDhOOmin 1 400 melios - GRAHA Recoide: 8ls2 (ARA8AIII - 0otat> W 7 000 000 - (pus nactonats de 4 inos. com Unas e Ufavit6n»s no Rio e em SAo Paulo - Pesos da tabelj ID. romdestaiea

1 I Glad Gul 57 5 I Feiieira 479 FSataiva 0-u 14/12 2° - 9 Lyta s SUt 14 d S4s2 4,80 Umwa12—2 Bl« du lack 53 (Glavw 405 RTnpodi 1 u-5 14/12 P - 9 lyra's SUt 1.4 GL S4s2 27.S0C.Ljvw

.3 hetanme 53 2 I F Reis 410 LCoelho 1-6 01/12 1" ¦ 9 Ibenka 1 4 Gt 84S.3 10.00 I I Rets4 Angelical 5/ I J.Ricardo <48 A Monies 1-0 14/12 5" - 9 Lyirt Star* 14 Gt 84s7 1,70 I F.Reis

¦¦ Angela Mana 5/ 3 J Autel.o 443 AMorales 3 6 01/12 4' - 7 lym'l Slar 16 AL 99s4 2.30 IRlcaidorrARFO - ks 15h30min I 000 metros - GRAMA - Roco.de 55s4 (HAIU) - Oota^Jo, CtJ 6 000.000 - Aroma.s nacwnais de 5 ires • mils, ganludom at*

Ci$ 500 000 em 1° lugar no Pals — Peso: 58 qurlos. com doscarga — 1* PAREO DA DUPIA EXATA E HICK) 00 CONCURSO DE 7 P0NI0S

I 1 Rnssner Gull 5S SIAirrtllo 408 J.Bononi 3 3-2 09/12 2* - 8 Six* Douglas 1.3 M. 83l4 1.10 CUvor" Reig Son 58 2 A.S Macliado Ap 453 J.Bononi 4-u 21/12 4° - 9 Blew Up 1.1 AM 70s 11,20 J F.Reis1 A|ua 5fi 6 F.S.Gomes A(i 370 IC Maichant 4-6-4 19/12 3* - 6 Quints do Sol 11 It 70s3 4,00 GSGonrn

J-J El Ginete 58 8 R Macedo 425 ORlheuo I-4-8 21/12 2° - 9 Bta, Up 1.1 AM 70s 4.80 R.Maado4 Owdpus 58 3 F Baitnsa Ap 400 PUI*. 4-4-5 21/12 6° - 9 Blew Up 1.1 AM 70s 65,10 AM-Andiade

5 Humbeilinho 58 9 J Pinlo 456 1.1 Pedrasa 8-5 30711 3" - 8 Nutcrakaf 1.1*69.1 3,60 D.F.Giac*6 lenis Net 56 4 R Fetieua 3)6 E.PCoutinlm 2-1-3 10/12 2* - 7 Beig Son (CP) 1.0 * 65s4 4,80S-AndrtMac,to 58 lAMachaitof* 405 RMotgadol Jt. 2-4-5 30/11 7° - 8 NulctaVw 1.1 AL 69s2 4,30 R.Costa

8 Hand Bess 58 7IBfonw.a 466 LAcuila >72 18/11 6° - 8 Sollenno 1.1 H 68t3 8.50 I.Malta«• PARÍ0 — As 16h00min - 1 300 metros - AREIA — Recoide Í8s (BARÍtR e VEIADO) — Dotação Crt 11 000.000 Potianc» nacionais de 3 ares, sem mais d>

duas vitórias no Rio e em Sio Paulo - Pesos da labeta (I). com descaiga

1—1 Rest lark 56 1 JRicaido 435 A-ltorales »-»-! 12/12 1" - 5 lad* Prated™ 1.1 * 68s? 1,20 IRicatdo"Bermudas 56 2 1F Rers 403 A.P**ales 6-4-3 01/12 6* 7 lyia's Star 1.6 AL 99l4 2.30 AOtwira

2— 2 Cara Sun 56 6 Uurtlio 448 J Santos I* 1-1-2 08/12 2° - 7 Patch 1.2 AL 7<sl 2,20 1-Auiilio3— -3 Callucuia 56 S C lin 440 W.Plavot 1-3-1 07/09 7" - 8 Kabesky 1.6 AP 101s '6.00 J F.Reis

4 Heabelle 56 4 M.Nasclmen Ap.3 400 l.B.Silva 3-1-3 03/11 Is - 9 D«on Ni|M 1.1 AU 69i 32,20 MNascimento5 Pulperia 56 3 J Pinto 447 H.Tobias l-u-1 23/12 T - 5 Banka 12 WM 74s4 9.30 J Pinto

<,« PARF.0 — As I6h30inin - 1 100 metros . ARtIA Record 65s4 IBAOTER) - Dotaçio Crt 11.000.000 PtfrosRio e em Slo Paulo - Pesos da tabela (I). com descarga

1 1 Behave2 Aba Gtecn

, 2—3 Maestro Chinês, 3—4 Bravo Vitória

5 Battiston4—6 Xangó

I PintoR MacedoLS.Gomes Ap 3

J AurélioJ F.ReuR Marques

486 H Vasconalkrt400 S.M AImeida4S0 H Totxas420 l Coelho448 PSalaj448 A-P.Sitva

1-3-56 l-u1-4-5«M4-S-40-4-6

15/1214/1228/1121/1002/1214/12

2o- 9 Grormec Vato-fr- 9 Estivo6a- Banacèo6o- 6 Haug2o- 4 Boildef5o- 10 Estivo

10 GM S7s310 GL 58x21.3 NM 81i31.1 NU 68sl1.1 M. 67*21.0 a 58i2

7,30 F Pwwia P43.50 R Maorfo10.30 W.GonçaNw4.70 J Malta2.10 JAjiélw4,40 R.Marques

6" PÁREO - As 17h00min _ 1 500 metros _ GRAMA - Recorde. 88sl (AWNC SKY) - Dotaçlfr. Crt 11000000 HtlDR TllOMt MACEDO Pobtrs naoonaU de 3anos. sem vitóna no Rio e em SJo Paulo — Pesos da tabela (I) 2» PÁREO 0A OUPLA EXATA

1— l Haid Bitten2 Get Out

2—3 Teleto4 Forty Fitteen

3—5 Bom da Barra6 Altercation

4—7 Duseklord XavesBelo Bob

3 E. Feneira 427 F. Saraiva5 ). C. Castillo 413 H. L Oliveira8 E. Marinho 485 R. Caraprto/ M Nascimento Ap 3 4// E. P. Coutmho

J. F. ReisG. GuimarSesL EstevesA Machado F"M Andrade

Est A. P. Sitva455 J. Coutinho458 L. D. Guedes462 F. R. Cruz464 A Corrêa

3-6-26934-6-32-1-1

2-2-28-8-4txx*-3-5x-i-u

15/1222/1222/1215/12

18/1128/1127/1028/1114/12

2o- 7 Versátil8o 13 H. Cambial2o 13 H. Cambial

2*- 7 Bnnquedo1°- 7 El Implexo (RS)7°- 7 Marland (caiu)3o-10 Grumser Vata4#- 7 GaviSo de Aço7*- 8 Grey Mator

1.6 GM 96s414 GL 84s14 Gl 84s1.3 AM 81s2

1.2 NI 74s21.2 NM 75s410 GM 58s1.2 NM 76s41.4 GL 85s

1.80 E. Fenein»17.90 J. C. Castillo16.80 E. Marinho

6,80 M. Nascimento1.90 N Pinto2.80 M. Andrade

35.60 L Esteves7,70 A. Machado F»

15.60 C. Lavor

I' PÁREO — Ás 17h30min — 1 000 metros - GRAMA - - Recorde: 55s4 (HAUI) — Dotaçio: Crt /.OOO.OOO — Éguas nacionais dt 4 anos. um vitóna no R» • imSâo Paulo — Pftsns da tabela (I)

1—1 Pnncess Paula2 Iierra Santa

2—3 Redomona4 Melody Jean

3—5 Trova D"Amore6 Agilá

¦ 4—7 Temora8 Orange Blossom

DESFILANDO: Havia muita lé em ORANGE BLOSSOM, que não correspondeu a eipectativa; agota vai dai a tom para a rapaitada. Depois T1ERRA SANTA.

57 8 J Ricardo 400 P Morgado 6-4-9 07/12 f - 9 Ave Mana 1.3 AM 84s2 10,20 I Peteira f5/ 2 R Costa Ap Est OJ.M.Dias 2-2-2 27/10 1' - 7 Biota (RS) 1.2 Al. 76s4 2.80 H.F.Santm57 6 JAurtlio 413 A.Morales 3-6-8 12/12 3» - 8 Last Sun 1.3 NL 83s3 9,10 JAil«»57 5 0 Ricardo 437 A.Ricardo 2-8-7 15/09 9« -14 Psique 1.1 * 70s2 3 2,80 O.Ricaido5/ 1 A MAndrada Ap 426 R Morgado Jr. 2-3-u 21/11 6" - 8 Bmga 1.1 It 69s2 4,50 G F/lnwda57 7 A LSampaio Ap4 457 LG FUIIoa 4-1-u 05/10 9" - 9 Greece 1.0 GM 59sl 16,80 A.LSampaio57 4 l.A AIves Ap 420 LD.Guedes 2-1-3 22/12 6" - 8 Jaluaba -d- 1.4 Gl 85s4 4,20 LEsteves57 3 A.Machado 379 F.R.Cnl! 5-3-3 22/12 T ¦ 8 latuaba 1.4 GL 85s4 4,20 F Pireua F*

8° PARE0 • - Às 18h00mm - 1000 metros - GRAMA — Recorde: 81s2 CÁRABAT) — Dotaçjo: Crt 11.000.000 — OOYR DO COUTO — Potnincas nacionais da 3anos. sem vitóna no Rio e em Sào Paulo — Pesos da tabela (I) — TRIEXATA

1—1 Oueen's Chatm 56 C.Lavor 410 WPlavor i<4 19/09 8° -12 Cara Sum 1.1 H 69s4 2,90 ClavwSo Fiber 56 J Pedra 412 W.O.Vargas 3-U-2 14/12 1Z" -12 Best Bet 1.1 AL 70s3 4 6,90 J Pedro C

Parten 56 12 LSSantos Ap4 405 JD.Moieira 6-6-7 01/12 6" - 7 Bagt Star 1.5 Gt. 91s3 32.00 CAMartins2—4 Vignette 56 CAMaitins 421 J.G.Vieira 5-4-5 14/12 2° -12 Best Bet 1.1 AL 70s3 10.70 CAMartms

Hemide 56 R Macedo 408 S MAImeida 5-5-3 15/12 T - 8 Doraet 1.4 GM 86s2 6.00 R Sih/aAlbilana 56 J.Aurtlio 433 A.AIves u-2-6 14/12 5» -12 Best Bet 1.1 AL 70s3 4.80 JRicaido' 3—7 Hessite 56 J Ricardo 382 W.Penelas 2-7 24/11 6° - 9 Best Lark 1.1 NL 69s2 6,20 A.MAndrad«

Grey Cloud 56 L.Correa 456 P.Salas I I 01/09 8" -10 Bumside 1.1 AP 68s 27.50 AMachado F*Samaralma 56 JFReis NP L.Previatti i-i-5 21/10 7" - 8 Bagaceira 1,3 W 81s4 15,00 C.Lavor

4-10 Ouiromante 56 13 A-MachadoF" 394 F.R.Cnir 2-2-3 08712 6» -10 Quality Girt 1.2 AL 76s2 5.70 J F.Reis11 Pamaiba 56 11 J.BFonseca 407 C.Ribeuo 6-6-9 22/12 3" - 8 Quip Mask 1.3 GL 79s 31.20 JBFonseca12 Biaveness 56 10 C.Valgas 438 LAFemandes i-i-i 02/12 5» - 7 Ciaviana 1.1 It 70s2 12,10 C.Valgas

" Ventrsca 56 E S GomesAp.3 406 H.Tobias 5-4-5 02/12 6° - 8 Kainetad 1.1 It 69s 4,50 JPinto9» PARE0 — Ás 18h30min - 1.300 metros - GRAMA — Recorde: 75s4 (CAROATÁ e ÚLTIMA EVA) — Dotação: Crt 6.000.000 - Animais nacionais de 5 ares a

mais, ganhadores até Crt 4 500 000 em l1 lugar no Pais — Peso: 58 quilos, com descarga — 3a PÁREO 0A PUPIA EXATA

Glad Girl

é favorita

do 2° páreoCinco cguas dc quatro

anos, algumas com três vi-tórias nas pistas, disputamhoje à tarde a melhor provado programa na distânciados 1 mil 40(1 metros, empista dc grama, com dota-ção de Cr$ 7 milhões para oproprietário da ganhadora.

Glad Girl (Fclicio emRcselá), dc criação e pro-priedade dos Haras São Jo-sé e Expcdictus, é o princi-pai nome da carreira já quevem de perder uma corridanos últimos metros para Ly-ra's Star. Mantida cm óti-mas condições de treina-mento pelo treinador Fran-cisco Saraiva, a filha de Fe-licio tem tudo para dominara prova.

Angelical (Waldmeistercm Rcsifrest), criação epropriedade do Haras San-ta Ana do Rio Grande, é amaior rival dc Glad Girl.Embora tenha perdido parasua principal inimiga, na úl-tima vez que se enfrenta-ram, hoje pode se valer desua velocidade para predo-minar. Leva o bom reforçodc sua companheira AngelaMaria que atravessa boa la-sc c é dona de forte atropc-lada na reta.

ResultadoBat Mastcrson (Wald-

meister cm Refinada), cria-ção e propriedade do HarasSanta Ana do Rio Grande,confirmou seu favoritismo evenceu com firmeza a quin-ta prova do programa dcontem na Gávea, derrotan-do Dampcd Wawc nos me-tros finais por meio corpo.Jorge Ricardo, líder da es-tatística de jóqueis e, maisuma vez campeão da tem-porada, deu uma direçãoprecisa ao filho dc Wald-meister. listes foram os rc-sultados dos nove páreosdisputados ontem em pistasdc areia c grama macias:1" páreo — I mil metros —grama — 1" Catcto J. Pinto2" So Sage J.F. Reis vence-dor (2) 1,40 dupla (23)2,20placc (2) 1,00 (3) 1,00 tem-po 58s2/5 — Não correu —Dog Trick.2" páreo — I mil 300 metros

grama — 1" Taj-EI-Moluk A. Machado Filho2" Ulan Battor J. Ricardovencedor (2) 2,00 dupla(12) 1,70 placc (2) 1,10 (1)1,00 tempo lmin 19sl/5.3o páreo — 1 mil 100 metros

areia — I" Pajador C.Valgas 2° King A. Souzavencedor (1) 2,50 dupla(13) 4,70 placc (1) 1,90 (6)2,60 tempo 1 mini Os exata(1-6) 19,50.4" páreo — I mil 100 metros

areia — I" Quccn's GateJ. Ricardo 2" Lema A. Ma-chado Filho vcnccdor (I)1,80 dupla (13) 3,00 placê(1) 1,30 (4) 1,70 tempolmin09s — Não correu —Específica.5" páreo — 1 mil 400 metros

grama — Io Bat Master-son J. Ricardo 2" DampcdWawc G.F. Almeida vencc-dor (1) 1,70 dupla (12) 2,40placê (1) 1,30 (4) 1,50 tem-po lmin37s2/5 — Não cor-reu — Beskov.6" páreo — 1 mil 300 metros

areia — Io Incitatus G.F.Almeida 2o Hop G.F. Silvavencedor (2) 1,70 dupla(14) 3,20 placê (2) 1,60 (8)4,00 tempo lmin22s2/5 exa-ta (2-8) 22,10.7" páreo — 1 mil 600 metros

areia — Io Gay Kid A.L.Sampaio 2o The Word J.Aurélio vencedor (3) 3.20dupla (12) 2,10 placc (3)2,10 (2) 1,60 tempolniin41s8" páreo — 1 mil 400 metros

grama — Io Ibenka A.Machado Filho 2" Afrota J.Ricardo vcnccdor (5) 1,80dupla (23) 1,20 placê (5)1,20 (3) 1,10 tempolmin25s Triexata (5-3-9) 37mil por Cr$ 1 mil — Nãocorreram — Gesia e Ki-kilia.

1—1 Vivaldino2 tanger Urli

" Ever Wood• 2—3 Feito Rou>

A Vocal, S Neau Ready, 3—6 freiburg

7 GaioR Fóícis9 Era Amor

4-10 Solfenno11 Chns Squire12 Sarnka" Superam

E B QueirozJ B.FonsecaJ.Pedro P

2 A.Machado F*1 J.Ricardo7 AXhafftn Ap 3

57 14 W Gonçalves56 10 C Valgas58 9 CAMartins54 8 E Ferreira58 11 JCCastillo54 6 G Guimaràts56 12 J Queiroz56 13 J F Reis

425 J.G.Vieira474 F.R.Cnu406 J B.Silva423 M Nictovisk412 A.Moraeles444 H.Vasconcellos490 E.P.Coutinho434 LAFemandes435 I I Pedrosa447 Plabre438 PMorgado454 A-Vietra428 G UIloa453 GUIloa

1-3-46-3-53-7-62-1-67-2-62-1-24-7-46-2-34-3 81-4-64-1-65-1-43-4-16-7-2

15/1216/1223/1116/1107/1214/1207/1024/1101/1221/1214/1219/1214/1209/12

¦ 8 Taj-El-Molux9 H aft6 Sacnpantj

• 9 Elmir6 Catrvada5 Dona Rosrij7 Rocheater

•10 Visivri7 Supersom4 Pongó -d9 Hugo6 Gutierrw5 Dona RosrtJ

•10 BIom Up

1.5 GM 90sl1.3 NL 82s21.4 GL 83s21.6 AL 101s41.4 GM 85s4U AL 70sl16 NP 102s21.4 GL 85s1.1 AL 68s41.0 GM 59sl1.1 AL 70sl1.1 NL 68s21.1 AL 70sl1.3 ft 82sl

3,20 E.B.Queirw7,00 J.B.Fonseca

28,90 I.Brasiltensc36,30 LR.Fefrwra

1,70 J.Ricardo1,60 I S Freire6,70 W.Gcnçalves3.40 JAurélio4.70 CAMartins1,70 LFerreira7,20 J.Ricardo3.40 E.S.Gomes5,10 J Queinj?3.20 J Ricardo

9° páreo — 1 mil 100 metros— areia — Io Mascaradc J.Aurélio 2o Seu Gonçalo E.Barbosa vencedor (1) 2.20dupla (14) 2,30 placê (1)I,50 (8) 2,00 tempolmin08s3/5 exata (1-8)II,70 — Não correu — Soli-dário Alegre.

Indicações Paulo Gama

1 o páreo Sweet Honey • Carta Patente • Capilé2&páreo Glad Girl • Angelical • Bise Du Lac30 páreo Hand Bess • Rossner Grill • El Ginete40 páreo Best Lark • Cara Sun • Bermudas5o páreo.'..!! Behave • Bravo Vitória o Battiston0o páreo Harô Bitten • Lord Chaves • Bom da Barra70 páreo Trova D'Amore • Agilá • Melody Jean8° páreo Samaralina • Quiromante • Queen's Charm90 páreo Solfenno» Freiburg • Gajo

¦'< ''vit

Kung (à frente), introdutor do esporte no Brasil é responsável peUi escolha (lo nome

'Bodyboarding'

Um nome complicado

esporte que já

entra

para um

na moda

O nome — bodyboarding — é com-plicado e exige, para uma pronúnciacorretii, alguma inlifnidadc com a línguainglesa. Mas isso náo deverá impedir onovo esporte, mais conhecido como Mo-rey boogic, dc tornar-se uma moda irre-sistívcl 110 verão 86, como indica o grandenúmero de adeptos que ganhou este ano.Uma garantia extra dc popularidade c aestreia do Brasil no circuito internacio-nal: hoje, cinco campeões nativos embar-cam para o Havaí, onde vão disputar otítulo mundial com mais 36 representan-tes de diversos países.

A popularidade do bodyboarding éfácil dc explicar: trata-se da arte de pegarcarona nas ondas deitado numa prancha,praticada espontaneamente nas praiasbrasileiras durante ános com o nome dejacaré. A diferença é que o jacaré nãoexigia equipamentos sofisticados — bas-tava um pedaço dc isopor ou madeira —enquanto o bodyboarding é praticadocom uma prancha de espuma de polietile-no, material importado.

Os cinco primeiros colocados doCampeonato Carioca, disputado mês pas-sado em Itacoatiara, comprovaram que oesporte já tem prestígio quando forambuscar patrocinadores para a viagem aoHavaí. Todos conseguiram. Cláudio(Corporc), Xandinho (Ouebra-Mar),Kung (Vansport), Guto c Salgado (Oxi-gênio c Restaurante Fratclli) viajam comtodas as despesas pagas. E levam umsonho: trazer uma competição internacio-nal para o Brasil.

Gilete nãoKung, o Marcus Cal, 26 anos, presi-

dente da Associação Estadual de Body-

boarding, fundada ano passado, foi ointrodutor do esporte no Brasil. Depoisde corresponder-se com as associaçõesinternacionais a partir de 82, ele esbarrounum problema quando quis tornar oficialsua diversão: como chamar o esporte?Morey boogie, o nome que já circulavaentre os aficcionados, foi repudiado. Afi-nal, trata-se da marca da primeira c atéagora imbatívcl prancha de bodyboar-ding, cujo inventor, um havaiano, cha-mava-sc Tom Morcy.

Eu não queria que acontecessecomo aconteceu com a Gillcte, que é umamarca e acabou virando o nome doproduto. Pensei cm prancha de peito,mas acabei ficando com o nome interna-cional mesmo — explica.

Nome à parte, o esporte começou aprovar sua força no último verão e, desaída, mostrou uma vantagem sobre osurfe: o apelo que exerce sobre crianças emulheres. Explicável: ninguém precisaser equilibrista para praticá-lo. Além dis-so, a prancha é leve, macia e lisa — nãotem quilha, aquela aleta cm forma dcbarbatana de tubarão que é obrigatórianas pranchas de surfe.

Não tem perigo nenhum — dizMarco Antônio Salgado, 19 anos — ealém disso é bom para a estética. Por issotem tanta criança e mulher praticando.Aliás, as mulheres são maioria.

Eram maioria, mas agora estáequilibrado — corrige José AugustoMansano, o Guto, 18 anos, que não gostada fama dc esporte feminino.

Entre homens, mulheres c crianças,já há cerca dc 10 mil praticantes dohodyboarding no Brasil, segundo Kung,

F. claro que, no meio da multidão, sãopoucos os que conseguem explorar todosos recursos do esporte, como o Kl Rollo,uma manobra semelhante ao looping daaviação e que consiste em girar 360 grausdentro da onda. Cláudio Marques, 20anos, c Alexandre de Pontes, o Xandi-nho, 17, estão entre esses poucos, como oresto da delegação brasileira.

Com recursos assim e muito esforço— estão treinando cinco horas diárias —os campeões cariocas vão enfrentar noHavaí ondas muito maiores do que asbrasileiras e adversários mais experien-tes, que convivem com o budyhoardingdesde sua invenção, na década dc 70,entre eles o bicampcão mundial MikeStewart.

Como praticarPor Cr$ 3 milhões qualquer pessoa

fica equipada para praticar o bodyboar-ding. A prancha, item principal, custacerca dc Cr$ 2,2 milhões e pode serencontrada com facilidade em lojas desurfe ou grandes magazines. A melhor é aMach 7-7, fabricada no Brasil pela ClarkFoam, com autorização da multinacionalnorte-americana Kransco, que detém osdireitos da famosa morey hoogie. Outrasmarcas são Ultrafin, Oia Boogie e Fico.

O pé-dc-pato, modelo de superfície,é um acessório importante pela mobilida-de que dá ao praticante do hodyboarding.O produto nacional custa em torno dcCr$ 600 mil. Os outros acessórios sãomenores e baratos, como a parafina depassar na prancha e o estrepe, cordinhaque sc amarra no tornozelo e que náodeixa a prancha ser levada para longepelas ondas.

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PERCA

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IJORNAL DO BKASIL

A Arte daVida í

Fazer

daVida

Urça

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Boas festas e Feliz Arte Novo

Rede Bandeirantes de Rádio e Televisão<•>

Bola Dividida

ONTEM citamos aqui os jogadores ca-

riocas aue, a nosso ver, se destacaramna temporada recém-tcrminada. Entre no-vos e veteranos, lembramos de Gilmar,Paulo Vítor, Polaco, Leandro, Ricardo,Mozer, Oliveira, Branco, Luís Carlos, De-lei, Jandir, Adilio, Romerito, Israel, Maurí-cio e Mauricinho, Roberto, Tato e Adocomo os melhores. Trata-se, é claro, de umaopinião pessoal, sem pretensão de últimapalavra. Concordem ou discordem à von-tade.

Hoje vamos examinar em termos nacio-nais as novidades surgidas neste 85 e queZagalo — o técnico mais cotado — deveráapresentar na convocação de 17 de janeiropróximo. Dos jogadores cariocas, os doisgoleiros, certamente, estarão na lista. Ou-tros garantidos são Leandro, Mozer, Ricar-do, Branco, Marinho e possivelmente De-lei. Roberto é dúvida, assim como Tato,Adílio e Ado. Quanto a Zico e Sócrates, sólá saberemos.

O futebol paulista deverá dar o zaguei-ro Oscar, ainda cm forma, e mais Falcão, oartilheiro Careca c sem dúvida Muller, aquem tanto elogiam. São todos campeõespelo São Paulo. O Palmeiras não apresen-tou ninguém que se destacasse a nível deseleção. O goleiro Leão disse que jogariaaté 1990, mas só se for no Palmeiras, ondeele ainda dá para os gastos. Santos e Corín-tians não tiveram novidades. Os paulistasfalam ainda cm Dunga, Silas e é precisosaber como está o ponta Eder.

Minas, seguindo a norma geral, nãorevelou ninguém. Basta dizer que no Atléti-co o grande nome foi o veterano Nelinho.Mas os olheiros devem apontar Évcrton,também do Atlético, artilheiro do campeo-nato, e o ponta Edivaldo, que substituiuÉder.

No Sul, a nova safra andou um tantocomprometida. Sempre com bons goleiros,o destaque deste ano foi o velho Mazzaropi.Há um Ademir no Internacional e é precisosaber como está Tita. No Grêmio, alem deRenato, o centroavante Caio Júnior, demuitos gols, deve ser lembrado. No Paraná,o lateral Dida teve boa presença no Na-cional.

O Norte desta vez dificilmente cederáalgum jogador. Há bons, é lógico, masnenhuma grande revelação e, como nortistasó é lembrado quando surge um fora desérie, é provável que não venha ninguém daBahia, Pernambuco c adjacências.

A relação acima será completada comJúnior, Edinho e Cerezo.os italianos quesobraram, ou até com Dirccu, se ele conti-nuar mandando cartas contando que aindacorre o campo inteiro. Júnior será chamadopara a lateral, mas pode ficar no meio-campo caso Zico c Sócrates não se apresen-tem em perfeitas condições.

São problemas para Zagalo resolver apartir de 17 de janeiro, depois da eleição dopresidente da CBF. que as pessoas de bomsenso deste país esperam seja MedradoDias.

E por falar em bom senso, parece queele não existe na tal comissão encarregadade reformular o esporte brasileiro. Além depedir a criação de uma Secretaria de Estadoa nível de Ministério, a erudita comissãosugeriu a extinção das férias anuais dosjogadores de futebol, sob o pretexto de quesó dão prejuízo aos clubes.

E de pasmar! Tudo para eles. Nadapara os outros.

História — Comentário, certamentemaldoso, que eslá sendo atribuído ao rubro-negro Michel Assef e que teria sido pronun-ciado dias atrás nos gabinetes da Federaçãodo Caixa D'Água:

— O Fluminense renovou os contratosde Jandir, Branco, Assis e de cinco bandei-rinhas...

Sandro Moreyra

Oscar, o melhor — O brasileiroOscar do Indesit de Caserna, da Itália, foieleito o melhor jogador de basquete do paíspelos treinadores das Ligas Profissionais,ouvidos pelo jornal Gazzetta dello Sport. O

jogador, cujo nome completo é Oscar Schmidt, mantém umamédia de 33 pontos por partida.

CENTRO NO RIO — O Rio deJaneiro está bem próximo de ganhar seuCentro Ciclístico, para difundir e coorde-nar todas as atividades praticadas combicicleta, recuperando um esporte que já

alcançou grande popularidade nos idos de 1950. Estáprevista a criação de ciclovias, escolas para crianças,pistas de bicicross nos bairros e o projeto conta com oapoio do futuro prefeito Saturnino Braga.

* IMatch do Século — Os amantes doxadrex podem começar a preparar os tabu-leiros. Em junho, cm Nova forque, o atualcampeão mundial, o soviético Garry Kas-parov, poderá enfrentar o americano Bob-

by Fischer, considerado um dos maiores enxadristas detodos os tempos e o mais controvertido da história. Ainformação foi veiculada em Belgrado, Iugoslávia, e asfontes são amigos de Kasparov, que está atualmente naAlemanha Ocidental.Bobby Fischer conquistou o título mundial em 72,derrotando com facilidade o soviético Boris Spasski.Perdeu o título três anos depois, ao se recusar arespeitar os critérios da Federação Internacional deXadrex para a série contra o então desafiante, AnatolyKarpov. Kasparov conquistou o título no niês passado,vencendo Karpov, e agora abriu guerra contra a FIDE.Ele parece seguir o caminho trilhado pelo seu futuroadversário.

Chile manda 5 — a fundista olímpicaMonica Regonessi, recordista sul-americana dos3.(XX) e 10.000 metros, é a maior esperança daequipe chilena na tradicional Corrida de SãoSilvestre, que se realiza na passagem do ano

pelas ruas de São Paulo. O Chile terá cinco atletas na prova, edois deles — Jorge Silva e Jorge Rojas — chegaram ontem aSão Paulo. Regnessi é esperada hoje, enquanto GenovevaCaro e Jaime Vergara chegam segunda-feira.

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Antes da pelada, a conversa entre Alemdo (E), Gilmar e Junior foi sobre Selegao

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'Isso

Foto de André Câmara

a conversa entre Alemão (E), Gilmar e Júnior foi sobre SeleçãoAntes da pelada

O amolador de facas

COMO todos sabem, nas grandes cidades

sumiram ou estão sumindo os ambulan-tes. Aqueles dos pregões. Vários poetas eescritores já sentiram e reclamaram a faltadeles. A cidade ficou violenta. Cresceu oedifício, o "arranha-céu" — há uns vinteanos atrás, chamavam qualquer edifício dedez pavimentos de "arranha-céu". Agoranão pega nem juvenil — e isso colaboroueficientemente para os ambulantes desapa-reccrem. Como atingir ao morador dos fun-dos ou do andar alto?

Mas no Leblon ainda tem um. Renitentee gosta muito da minha rua. E o "amolador"

de facas, tesouras, canivetes e outras coisas.Também conserta panelas. Para chamaratenção faz o que seus colegas faziam: faz aroda girar. A polia também, e gira a pedrade afiar. Com um pedaço de aço faz umbarulho dos diabos. Não há "arranha-céu"

que não escute. Mas o meu amolador édiferente. É um artista antes de tudo. Tocavárias músicas na sua polia. Por exemplo:"Dim dom, bel", esta do Natal". "CidadeMaravilhosa" é perfeita. O "Carinhoso",com boa vontade, dá para entender. Mas eletinha o seu forte: o hino nacional. Mas seaborreceu com o hino. Lá da "Selva dePedra", algum quadradão desceu de seu

"arranha-céu" e exigiu tivesse mais respeito.(!?)

O cara não deve gostar é do amolador.Mas sempre aparece um sujeito assim. E temoutra: quando ele passa em frente onde eumoro. E eu moro baixo, ele toca o hino doBotafogo. No mínimo duas vezes e sai defininho. Qualquer dia destes vou lá embaixocom um canivete, uma faca ou tesoura paralevar uma conversa. Não sei o motivo massinto naquele toque uma pinta de gozação.Posso estar enganado. Por isso, vou descerqualquer dia. Ele só vem um dia sim outronão. Nunca aos domingos. Claro que nãovou dar uma daquela do cara da "Selva dePedra". Mas vou assobiar para ele o hino doFlamengo e mandar ele tocar lá do outrolado do quarteirão, na rua Gilberto Cardo-so. E tem uma coisa: garanto que ele sabetocar. O do Fluminense não digo nada. Echeio de mumunhas e na pedra não deve serfácil. Mas do hino do Botafogo eu estoumeio desconfiado. Ele toca e sai de fininho,olhando enviesado para cima. Em seguidaataca o "Dim dom bel, dim dom bel..." e caifora empurrando o carrinho. Bom Natal efim de ano para todos. Obrigado peloscartões e mensagens. Muito obrigado.

América vende Maurício — O América rcce-beu ontem um telex de um clube belga — o nome nãofoi revelado — confirmando o interesse na compra dopasse do ponta-direita Maurício por 400 mil dólares(cerca de Cr$ 4 bilhões). O clube belga pagará aoAmérica nos primeiros dias de janeiro 85 mil dólares(Cr$ 850 milhões) e o restante será coberto por umaempresa, segundo o presidente Álvaro Greco.Com esse dinheiro, o América vai colocar em dia ossalários do time logo no início de janeiro. Depois, sairáem campo para contratar um goleiro, posição para aqual ficou sem jogador desde que Paulo Sérgio — quena temporada passada havia alugado seu passe ao clube— acertou um contrato de um ano com o Vasco.

Hoje, na Ilha, os

ídolos em campo

E hoje tem mais pelada. Desta vez, na Ilha doGovernador, na tradicional festa de confraternizaçãodos jogadores promovida pela Modus, no Iate ClubeJardim Guanabara. Pela nona vez consecutiva serãodistribuídos prêmios aos melhores do ano. Marinho,ponta do Bangu, receberá o troféu de craque do Brasilde 1985. Israel, também do Bangu, ficou com o troféude revelação. Platini, embora não conseguisse vir aoBrasil, foi considerado o craque do mundo.

Já estão confirmadas as presenças de Jorginho,Mozer, Andrade, Adílio, Bebeto. Marquinho, Acácio,Roberto, Ivan, Vítor, Geovani, Pires, Alemão, PauloSérgio, Luisinho, Moreno, Nunes, Arturzinho, Mário,Israel, Marinho, Osmar, João Paulo e Rocha.

A festa começará às 14 horas, animada pelabateria da Escola de Samba União da Ilha do Governa-dor. Haverá também um churrasco regado a chope.

Reunião convocada

por Nabi só recebe

3 dos 15 esperados

São Paulo — O vioe-presidente da FederaçãoPaulista de Futebol e candidato à presidência da CBF,Nabi Abi Chedid, afirmou ontem que já decidiu quemserá o técnico da seleção brasileira, mas alegou que nãopode revelar o nome. Há dois dias, ele havia dito quepretendia conversar com alguns dos principais treina-dores, conhecer seus planos para a seleção e só entãooptar por um deles. Isso tudo porque considera suaeleição "garantida" pela adesão de pelo menos 15 dos16 presidentes de federação.

Apesar dessa convicção, apenas três presidentesde federações (João Torres, do Mato Grosso; Onairi-bes Rolim, do Paraná; e Pedro Lopes, de SantaCatarina), além do representante da Federação Cario-ca, lido Nejar, haviam comparecido até a tarde deontem, na sede da FPF, para a reunião que Nabi haviaconvocado e para a qual garantira a presença de 14 a 16dirigentes com direito a voto. Esteve presente tambémo ex-superintendente da CBF, Mozar Di Giorgio.

Justificando a baixa presença, quando cobradopelos jornalistas, Nabi afirmou que, na verdade, nemtodos deveriam comparecer, mas apenas um grupo detrabalho que está cuidando de sua campanha.

João Saldanha

Seleção, tema

em debate na

festa da praia

O tempo ajudou. Parou de chover no Rio, chegoua abrir o sol na parte da manhã e um grande público —calculado em quatro mil pessoas — lotou a praia deCopacabana, em frente à Rua Figueiredo Magalhães.Isso tudo para matar as saudades de seus ídolos, queforam reunidos por Júnior para a tradicional pelada defim de ano do Juvcntus. Lá estavam o próprio Júnior(hoje jogador do Torino, da Itália), Edinho, Adílio,Mozer, Alemão, Paulinho, Cláudio Adão e PauloSérgio, entre outros.

Uma festa que começou por volta das 15 horas, noBar Arataca (esquina de Figueiredo Magalhães comDomingos Ferreira), onde os joradores se reunirampara uma chopada. E o assunto principal acabougirando em torno da Seleção Brasileira. Todos pare-ciam inconformados com a indefinição da CBF emrelação à escolha do treinador que vai dirigir o time naCopa' do Mundo do México.

Júnior, por exemplo, não tem preferência entreTclê e Zagalo:

Infelizmente, ainda não trabalhei com Zagalo,pois tenho dele as melhores referências. Dizem que éuma pessoa fantástica, um homem que conhece futebolprofundamente. Os títulos que já conquistou são obastante para qualificá-lo em qualquer situação. Quan-to ao Teiê, trabalho com ele desrle 1980, na própriaSeleção. É um treinador com experiência suficientepara conduzir o Brasil ao título mundial.

Para Alemão, do Botafogo, também é indiferentea CBF indicar Tclê ou Zagalo:

Os dois são ótimos. O que me preocupamesmo agora é a renovação do meu contrato com oBotafogo ou a possível troca de clube. Dizem que eupedi Cr$ 60 milhões mensais para renovar, entresalários e luvas. E isso assustou os dirigentes. Só que euainda não pedi nada. Quando pedir, aí sim eles ficarãoassustados.

Os jovens Gilmar (Flamengo) e Paulinho (Flumi-nense) dividiam uma mesa. Entre eles, o assunto era omesmo, mas estava muito distante da Seleção Brasilei-ra. Ambos estão decididos a deixar seus clubes napróxima temporada. Gilmar não ficou satisfeito com ofato de ter sido reserva de Valtinho nas finais doCampeonato Estadual. Paulinho também reclamou deter ficado a maioria dos jogos na reserva:

Não posso aceitar uma situação dessas, ga-nhando como reserva. É melhor para mim e para oFluminense a troca de clube — disse Paulinho.

Às 17 horas, pontualmente, começou a pelada.Em campo, os craques, aplaudidos com entusiasmopelo público que lotava uma pequena arquibancada noCalçadão da Avenida Atlântica. Fora de campo, osvendedores ambulantes negociavam de tudo, desdesorvetes e sacos de amendois a bermudas c óleos debronzear. Tudo isso com o toque feminino das belas eassíduas freqüentadoras da Praia de Copacabana.

É como disse Júnior:O futebol está sempre presente na vida do

carioca. Praia e futebol juntos, então, são uma festacompleta. E aqui fica ainda mais bonito, pois não hánenhum vestígio profissional.

A única decepção ficou mesmo por conta daausência do francês Michel Platini. Ele não obteveautorização de seu clube — a Juvcntus, da Itália —para viajar ao Brasil.

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Gol de Júnior e

arte de Adílio

alegram a praia

O torcedor que foi ontem à tarde à praia, paraassistir ao jogo entre Juventus e a Seleção de profissio-nais de futebol, saiu bastante contente, pois viu umbelo gol de Júnior, após uma tabclinha com Adílio,pôde confirmar a técnica de Edinho na defesa, a raçade Luisinho no ataque, a habilidade de Maurício, naponta direita, e de Paulinho, na esquerda, assim comoa arte de Adílio por toda areia. Os profissionaisvenceram por 1 a 0, resultado garantido pela magníficaexibição do goleiro Zé Carlos, reserva de Cantarelli noFlamengo. Foi uma festa sensacional, com cerca de 4mil pessoas cercando o campo do Juventus, em frente àRua Figueiredo Magalhães. Havia muitas mulheresbonitas, que também vibravam com as jogadas dasequipes.

O chope era à vontade, fora do campo. Lá dentro,Júnior mostrava muita categoria nas trocas de passescom Adílio. Também Edinho confirmava sua forma,ganhando todas jogadas na área. O jogo se desenvol-veu sem nenhuma violência, inclusive porque o árbitroXuxu agitava bastante o cartão amarelo se alguémentrava mais duro. O resultado foi justo e o Juventusficou feliz com a sua festa.

Os profissionais jogaram com Zé Carlos, Edcval-do, Alexandre, Edinho e Toninho; Rocha, Júnior eGilmar (Maurício); Adílio, Luisinho e Paulinho (Cláu-dio Adão).

Seleção, o tema

antes da "pelada"

O tempo ajudou. Parou de chover no Rio, chegoua abrir o sol na parte da manhã e um grande público —calculado cm quatro mil pessoas — lotou a praia deCopacabana, em frente à Rua Figueiredo Magalhães.Isso tudo para matar as saudades de seus ídolos, queforam reunidos por Júnior para a tradicional pelada defim de ano do Juventus. Lá estavam o próprio Júnior(hoje jogador do Torino, da Itália), Edinho, Adílio,Mozer, Alemão, Paulinho, Cláudio Adão e PauloSérgio, entre outros.

Uma festa que começou por volta das 15 horas, noBar Arataca (esquina de Figueiredo Magalhães comDomingos Ferreira), onde os joradores se reunirampara uma chopada. E o assunto principal acabougirando em torno da Seleção Brasileira. Todos pare-ciam inconformados com a indefinição da CBF emrelação à escolha do treinador que vai dirigir o time naCopa do Mundo do México.

Júnior, por exemplo, não tem preferencia entreTclc e Zagalo:

Infelizmente, ainda não trabalhei com Zagalo,pois tenho dele as melhores referências. Dizem que éuma pessoa fantástica, um homem que conhece futebolprofundamente. Os títulos que já conquistou são obastante para qualificá-lo cm qualquer situação. Quan-to ao Tclc, trabalho com ele desde 1980, na própriaSeleção. É um treinador com experiência suficientepara conduzir o Brasil ao título mundial.

Para Alemão, do Botafogo, também é indiferentea CBF indicar Tclê ou Zagalo:

Os dois são ótimos. O que me preocupamesmo agora é a renovação do meu contrato com oBotafogo ou a possível troca de clube. Dizem que eupedi Cr$ 60 milhões mensais para renovar, entresalários e luvas. E isso assustou os dirigentes. Só que euainda não pedi nada. Quando pedir, aí sim eles ficarãoassustados.

Os jovens Gilmar (Flamengo) c Paulinho (Flumi-nense) dividiam uma mesa. Entre eles, o assunto era omesmo, mas estava muito distante da Seleção Brasilei-ra. Ambos estão decididos a deixar seus clubes napróxima temporada. Gilmar não ficou satisfeito com ofato de ter sido reserva de Valtinho nas finais doCampeonato Estadual. Paulinho também reclamou deter ficado a maioria dos jogos na reserva:

Não posso aceitar uma situação dessas, ga-nhando como reserva. É melhor para mim e para oFluminense a troca de clube — disse Paulinho.

Às 17 horas, pontualmente, começou a pelada.Em campo, os craques, aplaudidos com entusiasmopelo público que lotava uma pequena arquibancada noCalçadão da Avenida Atlântica. Fora de campo, osvendedores ambulantes negociavam de tudo, desdesorvetes e sacos de amendoins a bermudas e óleos debronzear. Tudo isso com o toque feminino das belas eassíduas freqüentadoras da Praia de Copacabana.

É como disse Júnior:O futebol está sempre presente na vida do

carioca. Praia e futebol juntos, então, são uma festacompleta. E aqui fica ainda mais bonito, pois não hánenhum vestígio profissional.

A única decepção ficou mesmo por conta daausência do francês Michel Platini. Ele não obteveautorização de seu clube — a Juventus, da Itália —para viajar ao Brasil.

Hoje, na Ilha, os

ídolos em campo

E hoje tem mais pelada. Desta vez, na Ilha doGovernador, na tradicional festa de confraternizaçãodos jogadores promovida pela Modus, no Iate ClubeJardim Guanabara. Pela nona vez consecutiva serãodistribuídos prêmios aos melhores do ano. Marinho,ponta do Bangu, receberá o troféu de craque do Brasilde 1985. Israel, também do Bangu, ficou com o troféude revelação. Platini, embora não conseguisse vir aoBrasil, foi considerado o craque do mundo.

Já estão confirmadas as presenças de Jorginho,Mozer, Andrade, Adílio, Bebeto, Marquinho, Acácio,Roberto, Ivan, Vítor, Geovani, Pires, Alemão, PauloSérgio, Luisinho, Moreno, Nunes, Arturzinho, Mário,Israel, Marinho, Osmar, João Paulo e Rocha.

A festa começará às 14 horas, animada pelabateria da Escola de Samba União da Ilha do Governa-dor. Haverá também um churrasco regado a chope.

América vende Maurício — O América rece-beu ontem um telex dc um clube belga — o nome nãofoi revelado — confirmando o interesse na compra dopasse do ponta-direita Maurício por 400 mil dólares(cerca de Cr$ 4 bilhões). O clube belga pagará aoAmérica nos primeiros dias de janeiro 85 mil dólares(Cr$ 850 milhões) e o restante será coberto por umaempresa, segundo o presidente Álvaro Greco.Com esse dinheiro, o América vai colocar em dia ossalários do time logo no início de janeiro. Depois, sairáem campo para contratar um goleiro, posição para aqual ficou sem jogador desde que Paulo Sérgio — quena temporada passada havia alugado seu passe ao clube— acertou um contrato de um ano com o Vasco.

Foto de André Câmara

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Além da categoria de Edinho (D), a torcida vibrou com a segurança do goleiro Zé Carlos

João Saldanha

O amolador de facas

COMO todos sabem, nas grandes cidades

sumiram ou estão sumindo os ambulan-tes. Aqueles dos pregões. Vários poetas eescritores já sentiram e reclamaram a faltadeles. A cidade ficou violenta. Cresceu oedifício, o "arranha-céu" — há uns vinteanos atrás, chamavam qualquer edifício dedez pavimentos de "arranha-céu". Agoranão pega nem juvenil — e isso colaboroueficientemente para os ambulantes desapa-recerem. Como atingir ao morador dos fun-dos ou do andar alto?

Mas no Leblon ainda tem um. Renitentee gosta muito da minha rua. E o "amolador"

de facas, tesouras, canivetes e outras coisas.Também conserta panelas. Para chamaratenção faz o que seus colegas faziam: faz aroda girar. A polia também, e gira a pedrade afiar. Com um pedaço de aço faz umbarulho dos diabos. Não há "arranha-céu"

que não escute. Mas o meu amolador édiferente. É um artista antes de tudo. Tocavárias músicas na sua polia. Por exemplo:"Dim dom, bel", esta do Natal". "CidadeMaravilhosa" é perfeita. O "Carinhoso",com boa vontade, dá para entender. Mas eletinha o seu forte: o hino nacional. Mas seaborreceu com o hino. Lá da "Selva dePedra", algum quadradão desceu de seu

"arranha-céu" e exigiu tivesse mais respeito.(!?)

O cara não deve gostar é do amolador.Mas sempre aparece um sujeito assim. E temoutra: quando ele passa em frente onde eumoro. É eu moro baixo, ele toca o hino doBotafogo. No mínimo duas vezes e sai defininho. Qualquer dia destes vou lá embaixocom um canivete, uma faca ou tesoura paralevar uma conversa. Não sei o motivo massinto naquele toque uma pinta de gozação.Posso estar enganado. Por isso, vou descerqualquer dia. Ele só vem um dia sim ouironão. Nunca aos domingos. Claro que nãovou dar uma daquela do cara da "Selva dePedra". Mas vou assobiar para ele o hino doFlamengo e mandar ele tocar lá do outrolado do quarteirão, na rua Gilberto Cardo-so. E tem uma coisa: garanto que ele sabetocar. O do Fluminense não digo nada. Écheio de mumunhas e na pedra não deve serfácil. Mas do hino do Botafogo eu estoumeio desconfiado. Ele toca e sai de fininho,olhando enviesado para cima. Em seguidaataca o "Dim dom bel, dim dom bel..." e caifora empurrando o carrinho. Bom Natal efim de ano para todos. Obrigado peloscartões e mensagens. Muito obrigado.

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Bola Dividida

ONTEM citamos aqui os jogadores ca-

riocas que, a nosso ver, se destacaramna temporada recém-terminada. Entre no-vos e veteranos, lembramos de Gilmar,Paulo Vítor, Polaco, Leandro, Ricardo,Mozer, Oliveira, Branco, Luís Carlos, De-lei, Jandir, Adilio, Romerito, Israel, Maurí- >cio e Mauricinho, Roberto, Tato e Ado 5como os melhores. Trata-se, é claro, de umaopinião pessoal, sem pretensão de últimapalavra. Concordem ou discordem à von-tade.

Hoje vamos examinar em termos nacio-nais as novidades surgidas neste 85 e queZagalo — o técnico mais cotado — deveráapresentar na convocação dc 17 de janeiropróximo. Dos jogadores cariocas, os doisgoleiros, certamente, estarão na lista. Ou-tros garantidos são Leandro, Mozer, Ricar-do, Branco, Marinho e possivelmente De-lei. Roberto é dúvida, assim como Tato,Adílio e Ado. Ouanto a Zico c Sócrates, sólá saberemos.

O futebol paulista deverá dar o zaguei-ro Oscar, ainda cm forma, e mais Falcão, oartilheiro Careca e sem dúvida Muller, aquem tanto elogiam. São todos campeõespelo São Paulo. O Palmeiras não apresen-tou ninguém que se destacasse a nível deseleção. O goleiro Leão disse que jogariaate 1990, mas só se for no Palmeiras, ondeele ainda dá paia os gastos. Santos e Corín-tians não tiveram novidades. Os paulistasfalam ainda em Dunga, Silas e é precisosaber como está o ponta Edcr.

Minas, seguindo a norma geral, nãorevelou ninguém. Basta dizer que no Atléti-co o grande nome foi o veterano Nelinho.Mas os olheiros devem apontar Éverton,também do Atlético, artilheiro do campeo-nato, e o ponta Edivaldo, que substituiuÉder.

No Sul, a nova safra andou um tantocomprometida. Sempre com bons goleiros,o destaque deste ano foi o velho Mazzaropi.Há um Ademir no Internacional e c precisosaber como está Tita. No Grêmio, além deRenato, o centroavante Caio Júnior, demuitos gols, deve ser lembrado. No Paraná,o lateral Dida teve boa presença no Na-cional.

O Norte desta vez dificilmente cederáalgum jogador. Há bons, é lógico, masnenhuma grande revelação e, como nortistasó é lembrado quando surge um fora deserie, é provável que não venha ninguém daBahia, Pernambuco e adjacências.

A relação acima será completada comJúnior, Edinho c Cerezo,os italianos quesobraram, ou até com Dirceu. se ele conti-nuar mandando cartas contando que aindacorre o campo inteiro. Júnior será chamadopara a lateral, mas pode ficar no meio-campo caso Zico e Sócrates não se apresen-tem em perfeitas condições.

São problemas para Zagalo resolver apartir de 17 dc janeiro, depois da eleição dopresidente da CBF, que as pessoas dc bomsenso deste país esperam seja MedradoDias.

E pór falar em bom senso, parece queele não existe na tal comissão encarregadade reformular o esporte brasileiro. Alem depedir a criação dc uma Secretaria de Estadoa nível de Ministério, a erudita comissãosugeriu a extinção das férias anuais dosjogadores de futebol, sob o pretexto de quesó dão prejuízo aos clubes.

É de pasmar! Tudo para eles. Nadapara os outros.

História — Comentário, certamentemaldoso, que está sendo atribuído ao rubro-negro Micnel Assef c que teria sido pronun-ciado dias atrás nos gabinetes da Federaçãodo Caixa D'Agua:

— O Fluminense renovou os contratosde Jandir, Branco, Assis e de cinco bandei-rinhas...

Sandro Mnreyra

Oscar, o melhor — 0 brasileiroOscar do Indesit de Caserna, da Itália, foieleito o melhor jogador de basquete do paíspelos treinadores das Ligas Profissionais,ouvidos pelo jornal Gazzetta delio Sport. O

jogador, cujo nome completo é Oscar Schmidt, mantém umamédia de 33 pontos por partida.

Centro no Rio — O Rio de Janeiroestá bem próximo de ganhar seu CentroCiclístico, para difundir e coordenar todasas atividades praticadas com bicicleta, re-cuperando um esporte que já alcançou

grande popularidade nos idos de 1950. Está prevista acriação de ciclovias, escolas para crianças, pistas debicicross nos bairros e o projeto conta com o apoio dofuturo prefeito Saturnino Braga.

Match do Século — Os amantes doxadrex podem começar a preparar os tabu-leiros. Em junho, em Nova Iorque, o atualcampeão mundial, o soviético Garry Kas-parov, poderá enfrentar o americano Bob-

by Fischer, considerado um dos maiores enxadristas detodos os tempos e o mais controvertido da história. Ainformação foi veiculada cm Belgrado, Iugoslávia, e asfontes são amigos de Kasparov, que está atualmente naAlemanha Ocidental.Bobby Fischcr conquistou o título mundial em 72,derrotando com facilidade o soviético Boris Spasski.Perdeu o título três anos depois, ao se recusar arespeitar os critérios da Federação Internacional deXadrex para a série contra o então desafiante, AnatolyKarpov. Kasparov conquistou o título no mês passado,vencendo Karpov, e agora abriu guerra contra a FIDE.Ele parece seguir o caminho trilhado pelo seu futuroadversário.

Chile manda 5 — A fundista olímpicaMonica Regonessi. recordista sul-americana dos3.(XX) e 10.000 metros, é n maior esperança daequipe chilena na tradicional Corrida de SáoSilvestre, que se realiza na passagem do ano

pelas ruas de São Paulo. O Chile terá cinco atletas na prova, edois deles — Jorge Silva e Jorge Rojas — chegaram ontem aSão Paulo. Regonessi é esperada hoje. enquanto GenovevaCaro e Jaime Vergara chegam segunda-feira.

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JORNAL DO BRASIL

NÃO PODE SEP VENDIDO SEPARADAMENTE Rio de Janeiro — Domingo, 29 de dezembro de 1985

E

preciso ver de novo um

ano como 1985. A primei-ra passagem de seus acon-

tecimentos, num ritmo que mal

parece caber no espaço conven-

cional de 12 meses e numa se-'

qüência tão freqüentemente con-

traditória, nem sempre bastou

para mostrar ao Brasil em quesentido o país estava andando.

Ele parecia caminhar para o go-verno Tancredo Neves em mar-

ço, quando acordou governado

por José Sarney. Parecia avançar

decidido rumo a uma fase de

unanimidade política, quandoaprendeu que uma das delícias

da democracia é a prerrogativa

de exercer publicamente a diver-

sidade de opiniões e de gostos.Parecia inaugurar uma era de

hegemonia do PMDB, quando a

eleição do prefeito de São Paulo— logo a terra onde se fincavam

as suas mais fundas raízes majo-

ritárias — mostrou que o paulis-tano preferia um político cheio

de passado, como Jânio Qua-

dros, a outro supostamente cheio

de futuro, como Fernando Hen-

rique Cardoso. Foi uma época

em que o brasileiro esteve nas

ruas para praticamente tudo —

desde aplaudir a última decisão

do voto indireto até a mobiliza-

ção das inumeráveis greves —

menos para participar de uma

campanha convocada nas capi-

tais para saciar a sede eleitoral

dos políticos. Atravessou-se 1985

sem um acordo com o FMI, mas

não se rompeu com o FMI. Caiu

a lei salarial, mas subiram os

salários e os trabalhadores volta-

ram a se chamar consumidores.

Tudo na economia apontou parao descontrole. No entanto, o paíscresceu e ficou menos pobre.Tudo isso tem nome e sentido:

há muito tempo a história de um

ano no Brasil não era tão poucoescrita pelo governo, que como

se sabe escreve torto por linhas

certas.

9

D

2 j Retrospectiva / 85

O regime militar envelhecido, queacabou sem cair, e o novo regime civil,

que começou sem uma festa deinauguração à altura, foram as grandes

marcas de 1985 na política brasileira.Perdeu-se nessa transição diluída, juntocom os postos de referência, a medida

das mudanças, num ano em que...

a domingo, 29/12/85 / °

Jornal do Brasil

... o país, sem sofrer uma revolução,teve três presidentes e pouco governo.João Figueiredo, o último general,fechou seu mandato doente e enfastiado.Tancredo Neves, o sucessor, nãoassumiu. E José Sarney, o que seriavice, custou a se convencer de que aHistória desabara sobre a sua biografia.

Congresso Nacional, 15 de janelro — Ludano Andrade

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O eleito Tancredo Neves, no gesto que encerrou, pela vit6ria da oposiqao, a carreira do Col6gio Eleitoral %Patecio 1 ,t -»——1»—11 ' ¦ J'"".!'¦ "..""! ""'" —rr T— 1 • .' ¦ ; .;-¦ • -

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Base, 25 de mai^ •— RBN

At4 a coluna ajiuiou

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ressentido e doente, a ter urn mau Jim. de governo... ^sao e safooT . „. Granja do Torto, 1 de iunho — Luciano Andrade Conqonhas, 26 de marco — Isalas Feitosa

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...nuis em lirasilia, ficou a niarca do amor ao poder

Rio de Janeiro, 14 de janeiro — Vidal da Trindade "''*!!!!^^W''''-^*I''V^gg " ""xl:vi'-}'

Até a coluna ajudoU Figueiredo, ressentido e doente, a ter um mau fim de governo...T _ _. . Granja do Torto, 1 de junho — Luciano Andrade

O governo João Figueiredo gr * ~ MT*chegou na última lona ao »s M

ííMe esqueçam" — do presidente João Figueiredo

ao país, 49 dias antes de encerrar o governo.

"Eu não, Ulysses, é você" — do vice eleito José

Sarney, oferecendo a presidência ao deputado Ulysses

Guimarães, na madrugada de 15 de março.

ruas pelas emoçõesdesencadeadas num anointeiro de comícios e,intimamente, pronto parasentar com naturalidade numacadeira em que cinco generaisse haviam revezado comdiferentes poses dedesconforto. Até o apelido doregime — Nova República —foi ele quem deu, com umagrandiloqüência que eraperfeitamente adequada a seuestilo retórico e sem ele soacomo se um delírio degrandeza tivesse de repenteatacado a rotina brasileira. Naausência de Tancredo, o viceJosé Sarney assumiu a"presidência. A NovaRepública ficou vaga.

15 de março — Evandro Teixeira

A campanha popular quemudou o regime no Brasilpelo voto indireto foi levadapelos acidentes do percurso amudar de símbolo mais deuma vez. Em 1984, antes doverde-amarelo, seu emblemaeram as diretas — o que, emsi, já foi um paradoxo. Em1985, o símbolo da mudançapolítica era Tancredo Neves— sem dúvida, o homem queneste país tocou mais de pertoa unanimidade nacional, noesforço para alcançar apenas480 votos do ColégioEleitoral. Quando chegou aofim da disputa pela sucessãode Figueiredo, Tancredoparecia ao mesmo tempoimantado publicamente nas

"Quem assume é você, Sarney" — de Ulysses,

convencendo-o a tomar posse.

O eleito Tancredo Neves, no gesto que encerrou, pela vitória da oposição, a carreira do Colégio Eleitoral (

O empossado José Sarney, no gesto de reconciliação da cerimônia palaciana com o povo reunido na praça

O governo João Figueiredochegou na última lona ao

. desfecho de seu mandato — deseis anos, o mais longo do

: Brasil republicano. Além deressentido com os políticos,

?derrotado na sucessão eenjoado da rotinaadministrativa, o presidenteestava enfermo. Vinha de umenfarte, uma operação desafena, várias internaçõeshospitalares, uma crise de

; depressão e, nos meses dedespedida, convalescia de umacirurgia na coluna, para corrigir

l / uma hérnia de disco que eleatribuía ao peso da função e os

' médicos, à mania de cavalgar.Era impopular — 69% dedesaprovação nas ruas, segundoa derradeira pesquisa doInstituto Gallup. E retribuíaessa cotação com desdém pelaopinião pública, expresso numatumultuada entrevista à TVManchete, que deveria ter sido

i seu testamento político. Nãofoi, porque a Granja do Torto,onde morou durante trêsgovernos, ao ser aberta àimprensa, revelou até nas baiasdos cavalos seu outro modo deusar o poder. No dia 15 demarço, saiu do Palácio doPlanalto pelos fundos.

A última foto de Tancredo vivo foi feita para que os médicos o mostrassem são e salvoCongonhas, 26 de março — isaias Feitosa

Numa imagem que valeu mais que mil boletins otimistas, Tancredo desce em São Paulo

A estréia da Nova República foi,ironicamente, enganando o povo.Primeiro, o próprio Tancredoescondeu de todos, inclusive dosmédicos, uma infecção abdominalque mandava avisos desde acampanha sucessória. Depois daprimeira cirurgia, na véspera da

posse, foram os médicos quemantiveram o país em suspenso,

por 38 dias e sete cirurgias,enquanto se tratava de repetir, emregime civil, o erro que ajudara amatar os governos militares: atentativa de curar os males darealidade com as versões oficiais.

O eleito e o empossado

A versão e o fato

Congresso Nacional, 15 de janeiro — Luciano Andrade

Hospital de Base, 25 de março — RBN

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/ 85Jornal do Brasil

Em dois velórios, o país conferiu como é

largo o fosso de emoção popular quedivide o nascimento e a morte dos

regimes políticos. Para enterrar Tancredo,

símbolo de um poder nascente, o povoencheu as ruas de quatro cidades, ao

longo do trajeto que levou o seu corpodo Hospital do Incor...

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domingo, 29/12/85 ? Retrospectiva

...ao túmulo em São João dei Rey,marcando o percurso com as cenasmais vivas da Nova República. Emcontraste, o general Emílio Médici,como encarnação de um regime morto,teve um velório ermo no Rio, onde noentanto os poucos remanescentes de suaera, já desunidos, brigaram.

Hospital das Clinicas, 28 de mar90 — Onovaldo_dos_Santos

Instlluto do CoragSo, 30 de margo — Jos6 Varella

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Pinotti manteve at6 o fim a mdscara da cur a

diretas^

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Hospital das Clinicas, 7 de abril — Jos6_Carjos_Brasil

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Entre a medicina e a religiao, dona Risoletta pregou a coragem

Tragédia dentro da tragédia, sete pessoas morreram pisoteadas no tumultuado velório em Belo Horizonte

Rezasfwíase promessa!, sc não TalZaram f aticre.do, serviram para mostrar o Brasil com sua cara autêntica

Pinotti

São Paulo, 22 de abril — Isafas Feitosa

isyu UmFechando o

»-¦¦*•- r»»m "w ¦!!» ~Tciclo das multidões nas ruas, começado com as diretas em 84, o povo leva embora o corpo de

Entre a medicina e a religião, dona Risoletta pregou a coragem

A fé e a superstição

O vivo e o morto Cemitério S. João Batista, 10 de outubro — Almlr Voi

Tancredo A dor do neto Eduardo no vazio do enterro do general MédiciPalácio da Liberdade, 23 de abril — Almir Veiga

Das versões póstumas quesurgiram para explicar a maisabsurda das crises políticasbrasileiras, a mais verossímilatribui o sacrifício inútil deTancredo — que morreu semtomar posse — à convicçãoíntima de que sua presençafísica era indispensável àinstalação da NovaRepública. Por isso,escondeu a doença até oponto em que os médicosnada puderam fazer contraela. Nessa hipótese se aninhauma ironia amarga — pois oregime, afinal, começou semele, embora sem a confiançae o senso de direção que asgrandes lideranças imprimem

aos momentos históricos. Oenterro de Tancredo ficousendo, simbolicamente, aúltima manifestaçãomonumental de um regimepartejado pelas multidões emmovimento. Foi também uminstante de unanimidadenacional, suficiente parasepultar a herança dosregimes sem povo. Nomesmo ano de Tancredo,morreu o general EmílioMédici, que presidira o regimemilitar em seu apogeu. Faltoupovo ao velório, mas houvebrigas entre os presentes,lembrando que são divididase impopulares que asditaduras acabam.

"Nós vamos salvar o seu presidente " — do dr

Henrique Walter Pinotti, quatro dias antes da morte do

presidente Tancredo Neves.

Serei maior do que eu mesmo nesse desafio

que a história me entregou" — do presidenteJosé Sarney, no dia da morte de Tancredo.

Hospital das Clínicas, 28 de março — Oriovaldo dos Santos

"Canalha, canalha" — do neto do presidenteMédici, Eduardo, 24 anos, ao encontrar o ex-

presidente Figueiredo no velório do avô.

Instituto do Coração, 30 de março — José Varella

manteve até o fim a máscara da cura

Muito mais que unido — oBrasil poucas vezes terá sidotão uníssono como nos 38 diasda agonia de Tancredo. Eraum país inteiro suspenso entreas chamadas eletrônicas, queanunciavam cada boletimmédico na televisão. Passadosoito meses, confundiram-secomo sinais da mesma fase deesperanças postas noimpossível as demonstraçõeshumildes de fé popular, quetentaram deter com reza amarcha irresistível da infecçãosobre o organismoenfraquecido, e a crença meioarrogante dos médicos emsuas próprias superstições

científicas. A vigília nacionalfoi em vão. Criou algunscultos breves, como a empatia

que converteu dona RisoletaNeves num fugaz objeto dedevoção, e ilusões duradouras,como a dos vários políticosque mais tarde quiseramtransformar Tancredo numaespécie de amuleto eleitoral.Para mostrar que não sebrinca com o sentimento sériodo povo, o ano acabouexemplarmente commanifestações de rua emRecife, para impedir ainauguração de um viaduto emlocal equívoco. Nome da obra:Viaduto Tancredo Neves.

Hospital das Clinicas, 7 de abril — José Carlos Brasil

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4 <t Retrospectiva / 85 domingo, 29/12/85

...Foi, no Brasil, o ano dos políticos.Há duas décadas eles não provavam

o poder confeitado por tais e tantasregalias — começar pela rara

prerrogativa de nomear um ministérioe, de quebra, compor a máquina da

administração federal segundo umintrincado critério de...

Jornal do Brasil

... proporcionalidade, entre as siglas

que formam a tiara partidária da NovaRepública. O resultado de todo esse

poder é que, na hora em que podiamestar comemorando o aniversário desua reabilitação para a vida pública, os

políticos estão vivendo um novo

período de desgaste.

Apanliados com as nuios nos bo toes, os deputados popularizaram um novo apelido para a fraude: pianistas

Uma coroou

Congresso Nacional, 4 de setembro — A. Dorglvan- —

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lima ilusao de dtica trarisformou o Congresso num circo

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Congresso Nacional, 11 de Junho — Luclano AndradeA cara e a coroa

A política nacional an-dou para frente, ape-sar dos tropeços — emmedidas como a queformalizou a convoca-ção de uma Consti-tuinte para 1987 emarcou logo para 1985eleições diretas nas ci-dades que o regimeanterior proibia de vo-tar em prefeitos. Masem contraste como taisavanços institucionaiso saldo foi negativopara os políticos. Elesdeixaram que o Con-gresso, a pedra angu-lar da nova situação,fosse vista freqüente-mente com o plenárioàs moscas, enquantose decidiam questões

nTentares^^em1 ^cum- Apanhados com as mãos nos botões, os deputados popularizaram um novo apelido para a fraude: pianistas

prir o dever da presen-ça, recolhiam os privi-legios dos jetons, aforma de remuneraçãopelo não trabalho queos distingue dos merosmortais. Se havia

Congresso Nacional, 4 de setembro — A. Dorglvan

auo-obra-rum, às vezes soe

vam os votos, graçasao milagre da multipli-cação de presenças,em que os deputadosvotam por si mesmos epelo ausente ao lado.Em junho, quatro dospianistas foram flagra-dos votando dobrado.Apesar do escândalo,a Casa só os re-preendeu. Ima ilusão de ótica transformou o Congresso num circo

"Cachorros, cachorros" — docandidato a prefeito de São Paulo,Jânio Quadros, aos jornalistas que ocercavam na campanha.

"Brizola, para subir, pisa no

pescoço da própria mãe" — do

presidente do PT, Luís Inácio daSilva, pondo a pique um pacto com o

governador Leonel Brizola para exi-

gir diretas em 86.

Brasília, 11 de aaosto — Wilson Pedrosa

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Eleita, Maria Lulza, socialista e desquitada, fundou a capital da mudanga

da

Llberdade, SP, outubro - Ag. Folhai ^

Fortaleza. 17 de novembro — M. Cunha

Eleita, Maria Luíza, socialista e desquitada, fundou a capital da mudança

Bairro da Liberdade, SP, outubro — Ag. Folhas

O velho e a nova

F. Henrique provou a cadeira de Jânio

Por iniciativa dos próprios políticos, montou-se emnovembro o tribunal que julgou seu desempenhono primeiro ano de exercício real do poder. Aseleições para prefeitos das capitais e estânciashidrominerais acabaram revelando uma opiniãopúbiica meio avessa aos poiíticos. Venceu em SãoPaulo Jânio Quadros, um veterano franco-atirador.Em Fortaleza, ganhou Maria Luíza, do PT, umasigla que quer ser o avesso de todas as outraslegendas. O PMDB trincou um pouco no Centroe no Sul. 0 PFL mostrou-se alérgico à urna.Feitas todas as contas, descobriu-se que o paíscontinua atrás de novidades — mesmo que precisebuscá-las no passado.Jânio, numa de suas encarnações eleitorais

Cartas"Je Vous Salue..."

Não há como compreender a atitu-de dc alguns de nossos artistas no Fcst-Rio, protestando contra a censura aofilme Je Vous Salue Marie. Pessoasdotadas dc grande sensibilidade, artis-tas dc grande talento, encontram difi-culdade em entender o grande sofri-mento causado a nós, católicos, por umfilme que rebaixa a grandeza de Maria,criatura elevada à condição dc mãe deJesus Cristo, nosso Deus, e veneradapor todos nós, cristãos, a grande maio-ria do povo brasileiro.

Em que tempo estamos, em quenão se respeitam mais a dignidade e ahonra nem em sua mais insigne repre-sentante na raça humana em nome daliberdade? Isso me lembra a frase deMadame Roland, antes de ser guilhoti-nada durante a Revolução Francesa:"Oh, liberdade, quantos crimes se co-metem em teu nome!" Maria Rita La-bor — Rio de Janeiro.

(...) A Igreja Católica tem o direitode não concordar com o tratamentodado à imagem da Virgem Maria nocitado filme. Tem também o direito dedefender a sua interpretação. Basta,para tal, dirigir-se ao seu rebanho,desaconselhando-o de assistir ao filmeou então, mais civilizadamente, suge-rindo aos católicos que aquela interprejtação não corresponde à sua realidadeou às suas doutrinas. 0 que não pode éimpedir que outros cidadãos brasileirosque não professam sua fé, como é omeu caso, tenham acesso a uma obra dearte. Qualquer atitude como essa a queme refiro deve ser classificada comocensura e autoritarismo, palavras que aNova República se esforça por banir denossos dicionários.(...) Antonio Lopesde Souza — Rio de Janeiro"Pardais"

(...) A importação dos pardais foirealmente péssima; esses imigrantes sóvieram para comer o fubá dos nossossimpáticos e alegres tico-ticos. AdrianoAlves Moreira — Rio de Janeiro.Aborto

(...) Permitam-me porém colocar odedo na ferida. Há multidões de meno-res abandonados (famintos, doentes,maltrapilhos, sem escola e até ao relen-to) em nosso país. Um estudo sérioprovavelmente mostrará que em suamaioria são frutos dc uniões conjugais

e esse é o ponto que os herodo-malthusianos — atitude assaz suspeita

evitam falar! E no entanto a Igrejafortaleza de Deus na Terra — opõe-

se com firmeza ao sexo fora do casa-mento, alertando até para as penaseternas que podem advir da vida liberti-na. E quanto aos casais casados (per-doem o pleonasmo) que, sendo pobres,geram mais do que podem sustentar, asolução está no planejamento familiar,pelo método da ovulação ou Billings,por exemplo, aprovado pela Igreja cpela Organização Mundial da Saúde e

que pode ser encontrado nas EdiçõesPaulinas. Caberia aos governos toma-rem a frente na difusão dc lais métodos.O Billings foi desenvolvido por umcasal dc cientistas católicos. Cabe entãoperguntar: quem são os obscurantistas?

Miguel Francisco da Cru/. CarqueijaRio de Janeiro.

DescréditoEm nome do conselho diretor desta

Casa apraz-me felicitar esse grande jor-nal pelo editorial de 20/6/85. DescréditoEletrônico que, com tanta oportunida-de, comenta as fraudes que ora estãodesprestigiando a Câmara dos Dcpu-tados perante a sociedade e a opiniãopública.

Esta Casa, empenhada no aprimo-ramento das instituições políticas e daconsolidação democrática, já teve oca-sião de manifestar-se, em reunião pie-nária realizada no dia 19 último, sobreo lamentável procedimento que o edito-rial do JB tão bem caracteriza de "abu-so e mau hábito político". (...) —Amaury Temporal, presidente da Asso-ciação Comercial do Rio de Janeiro.

CIEPs

As críticas que têm sido feitas aosCIEPs são tão levianas, demonstram taldesinformação que, a contragosto, souobrigado a dar uma explicação maisclara desse projeto.

Começarei dizendo se tratar de umprojeto revolucionário sob o ponto devista educacional. Escolas que não vi-sam apenas — como as antigas — ainstruir seus alunos, mas sim dar umapoio efetivo a todas as crianças dobairro. E isso explica serem, no térreo,para elas aberto nos sábados e domin-gos, ginásio, gabinete médico, dentá-rio, biblioteca etc. Daí a dificuldade deutilizar as velhas escolas — vão sendoremodeladas — pois não foram projeta-das para esse programa.

Por outro lado, os CIEPs não re-presentam custo vultoso, nem são fa-raônicos, para usar um termo do agradoda mediocridade inevitável. Obedecema um programa e não existe mágica emmatéria de construção. Pré-fabricados,eles constituem uma economia de 30%em relação às construções do tipo co-mum e mais econômicos ainda se tor-nam por serem de construção rápida,quatro meses, o que é fácil verificartendo em conta o aumento crescentedos materiais, da mão-de-obra etc.Adaptam-se a qualquer lugar, junto àsfavelas inclusive, o que sem dúvida éimportante, permitindo que os filhosdos favelados sintam que o mesmoconforto lhes é oferecido, sem a discri-minação odiosa que mais tarde e, porenquanto, a vida lhes vai impor. E sãosimples, lógicos, destacando-se pela suaforma diferente nos setores mais diver-sos da cidade, revelando assim a gran-deza do programa adotado pelo Gover-nador Leonel Brizola, o que, por isso

mesmo, parece não agradar a muitagente (...) — Oscar Niemeyer — Rio deJaneiro.

Privilégios

(...) Comoembaixatrizdo Brasil, moreiem Washington DC, onde tive oportu-nidade de visitar Fostcr Dulles, DeanAchcson, Mikc Mansficld, o então Se-nador Lyndon Johnson, todos morandoem casa própria, c sem as mordomiasdadas a deputados, senadores, paren-tes, funcionários dc Brasília. Como po-dc o Brasil, com esta dívida interna eexterna, sustentar todo este funcionalis-mo com casa de graça! Nem o país maisrico do mundo, Estados Unidos, pode-ria fazê-lo, sob pena de tornar aindamais incontrolável o déficit interno. .

Morei em Paris sete anos, tendojantado inúmeras vezes com o então 1"Ministro Georges Pompidou, que tam-bém morava no seu próprio apartamen-to, sem nenhuma subvenção do go-verno.

Na realidade, uma das poucas ses-sões onde o comparecimento ao plená-rio foi quase de 100%, justificando ojeton, foi quando se votou o voto doanalfabeto. Nada se votou para melho-rar este cancro do país. Mas a garantiaque o atual Congresso tem de ser reclei-to é o voto do ignorante. Ninguémvotará por quem votou favoravelmentepelo Sul Brasileiro, quem aceita asregalias com que os senhores se garan-tem, a desmoralização deste Congressoque não tinha o direito de trair nossasexpectativas. -

Aos 40 milhões de brasileiros quese manifestaram pelas ruas numa cadeiade esperança, só sobrou um Presidenteda República que, saindo da Arena,compactuou como Presidente do PDSem todos os abusos dos governos milita-res, e a constatação de que o Congressoé tão podre quanto era o Poder Ante-rior. Quem deve estar deitando c rolan-do são os generais. Eiizinha Gonçalves— Rio de Janeiro.

Direito de trabalhar

'Vejo que alijar o jovem de umdireito que é seu — o de trabalhar,servir e honrar o país em que vive — éuma das metas da Nova República. Souuma jovem de 29 anos, ou melhor, era.Assim me considerava até o dia cm quesoube que haveria um concurso para oBanco do Brasil. Este concurso só seráválido àqueles que até o dia da inscriçãoestejam com 28 anos incompletos.

Que país é este que nega ao jovema chance de ter um emprego, de sefirmar como indivíduo, por uma absur-da questão de idad ' Não será pelacapacidade a melh' íaneira dc seavaliar uma pessoa?

E os outros bancos? Estes nempensar, pois os limites de idade sãomenores... — Ana Lúcia Salles da Sil-veira — Governador Valadares (MG).

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Jornal do Brasil

Há duas maneiras de se olhar para tráse recompor, em dezembro, o curso

traçado pelo ano na experiênciacoletiva dos brasileiros. A mais comum

é seguindo outra vez os passos dehomens públicos, cujo rastro de erros e

acertos, avanços e recuos, escreve ahistória como um labirinto...

domingo, 29/12/85 »- Retrospectiva / 85 > 5

...de fatos aparentemente sempre iguais eproblemas sem saída. Mas há, paracompensar, a trilha explorada pelosfigurantes anônimos ou quase anônimosdo dia-a-dia, que souberam usar osespaços de liberdade para desfraldar naNova República a bandeira doscomportamentos libertários.

O ar livreGramado do Congresso Nacional, 15 de janeiro — A. Dorgtvan

O brasileiro ensaiou para a retomada (la plena cidadania — que veio com o voto direto — reassumindo a propriedaíle dos símbolos nacionais diante do Colégio Eleitoral

Brasília, 31 de maio — Wilson Pedrosa

O comando do PCB num bar ao ar livre foi um sinal da renovação geral dos ares

No dia 15 de janeiro,em Brasília, o regimeainda era o velho masos tempos já eramnovos. Numa eloqüentemistura de eras, ospolíticos escolheram onovo governo dentro doColégio Eleitoral,enquanto fora, comonunca antes na cidade, opovo assediava oCongresso num cercofestivo. Era quase comovotar diretamente parapresidente. Nessarevolução de hábitosficaram impressas asverdadeiras mudanças doregime, o contrapontoespontâneo dastransformações quetrouxeram ao longo dosmeses seguintes o votopara os analfabetos, alegalização dos partidoscomunistas, oreconhecimento oficial daUNE — coisas quepareciam impensáveis háum ano e que, aochegar, não provocaramo menor espanto. 0 paíshavia chegado antes delasao fim do século XX.

Palácio do Planalto, 18 de junho — A. Dorgivan

A rampa se abriu a todos os passos, como os dos prefeitos

"Agora sou presidente de tudo. Um tríplice

coroado" — do presidente da Câmara e do PMDB,Ulysses Guimarães, ao assumir interinamente a chefiado Governo.

"O PMDB agora vai ter que mudar de

povo" — do ex-ministro do Planejamento DelfimNetto, comemorando a derrota do senador FernandoHenrique Cardoso para a prefeitura de São Paulo.

Itabira diversifica

economia para

fugir à

exaustão minera

Itabira — O Prefeito Municipaldesta cidade, José Maurício Silva,manifestou-se preocupado com a an-gústia de sua comunidade diante dasperspectivas de exaustão dos recursosminerais explorados pela CompanhiaVale do Rio Doce, lembrando que ahematita compacta e o itabirito ricosão suficientes para 20 anos de ativi-dade mineral. Localizada a 105 qui-lômetros de Belo Horizonte, Itabira,atualmente, cuida de sua diversifica-ção econômica, procurando fugir dadependência que a mantém atreladaaos investimentos e aos recursos mi-nerais da Vale do Rio Doce.

O primeiro esforço para localiza-ção de alternativas econômicas pro-curadas a partir do momento em quea Vale do Rio Doce intensificou seusinvestimentos em Carajás, no Pará,foi a implantação de uma usina deferro-gusa no Distrito Industrial domunicípio, com recursos fornecidospela Vale do Rio Doce e que somamUS$ 3 milhões. Prevista para entrarem atividade em março de 1986, ausina deverá gerar 150 empregosdiretos e 300 indiretos. Outros em-preendimentos dizem respeito à pro-dução de ferro-liga, através de estu-dos conjuntos entre o município e aVale, devendo oferecer 300 empregosdiretos e 900 oportunidades indiretasde trabalho.O desenvolvimento industrial

Conhecida internacionalmentepela qualidade de seu minério e pelaparticipação no esforço brasileiro decrescimento industrial, Itabira temcerca de 100 mil habitantes, a maio-ria dependendo da Vale do Rio Doce.O prefeito José Maurício Silva enten-de que os investimentos da empresaem Carajás são importantes, maslembra que a Vale não tem o direitode virar as costas a Minas Gerais,principalmente porque foi em Itabiraque a empresa nasceu e se consoli-dou. Igual opinião tem o vereador eex-prefeito, Wilson do Carmo Soares,eleito em 1962 pela legenda do PTBcom 3 mil 33 votos, uma diferença detrês votos sobre o segundo mais vota-do. Aposentado após 34 anos deserviços prestados à Vale, Wilson Soa-res chegou a Itabira como "pinante",atividade que significa carregar águapara os operários que construíam aferrovia Vitória-Minas, alimentar osanimais e esquentar a comida dostrabalhadores.

Foi nessa condição que ele duran-

te vários anos viveu no Pico do Caué,um maciço hoje transformado inteira-mente pela extração de substânciasminerais. Ele conta que o frio eraintenso ao longo de todo o ano,explicando que havia locais pratica-mente inacessíveis, a exemplo do"buraco da gata" e o "mina oito'.Foram certamente, os momentos maisdifíceis enfrentados pela empresa,que sequer tinha crédito para com-prar um lápis. O pagamento dostrabalhadores era feito com recursosdo engenheiro Martins Guerra.

Já o presidente da Câmara dosVereadores e candidato a deputadoestadual pelo PMDB, Aylton Mendon-ça observa que a cidade dependebasicamente de sua diversificação in-dustrial para sobreviver. Com umorçamento de Cr$ 120 bilhões, nadamenos que 78% são provenientes doImposto llnico sobre Minerais — IUM— que as cidades mineradoras que-rem ver sensivelmente alterado peloCongresso Nacional. O prefeito JoséMaurício Silva conta que atualmente

1 0% do IUM ficam com a União, 70%com o Estado e 20% são destinadosaos municípios mineradores. Doisprojetos estão em andamento no Con-gresso Nacional, sendo que o dodeputado Walmor de Lucca(PMDB/SC) prevê a inversão da alíco-ta do Estado para o município. APrefeitura e a Câmara Municipal deItabira, no entanto, apresentam esteano, durante os três encontros decidades mineradoras, em Poços deCaldas, proposição no sentido de ca-berem aos municípios 45%, 10% aoGoverno Federal e 45% ao Estado.José Maurício Silva diz que isso signi-fica a prática da justiça fiscal, emboraaparentemente prejudique os municí-pios que, pelo projeto do deputadocatarinense, teriam 70% do IUM. Atentativa de diversificar a produçãoindustrial de Itabira e eliminar, si-multaneamente, a questão do desem-prego, permitiu que o prefeito criasseo sistema de "frente de trabalho",onde os desempregados associadospor entidades de bairro são cadastra-dos. Eles trabalham quatro horas pordia, recebem sopa para a família eganham meio-salário mínimo. Tãologo encontram ocupação efetiva, ce-dern luga a outro, eliminando o problema social do desemprego.

Itabira é o município que maisdivisas gera para o país, diz o prefei-to, esclarecendo que está procurando

estimular o empresário mineiro e na-cional a conhecer o que o municípiopode oferecer. "Além de área cominfraestrutura completa, oferecemosisenção de impostos por 10 anos,linhas de crédito do Banco de Desen-volvimento de Minas Gerais e recur-sos da reserva da Vale do Rio Doce".Na verdade, a cidade oferece mais:existe toda uma vocação de trabalhocultivada pela população, inteira-mente formada no esforço de produ-zir bens minerais. "Não é um povoalegre", acentua o prefeito. "Mastambém não é sofrido. E um povorealista e sempre voltado para otrabalho". Essa mão-de-obra qualifi-cada e treinada está hoje dissemina-da no comércio e em pequenos em-preendimentos que geram mais de20 mil empregos na cidade. Seis milpessoas trabalham na Vale do RioDoce, sendo que a prefeitura ocupacerca de 1 mil 200 trabalhadores.José Maurício Silva criou uma tropade choque de obras" representadapor 300 operários concentrados pelaEmpresa de Desenvolvimento de Ita-bira — ITAURB —, formada para aconstrução das obras prioritárias domunicípio. "Estamos mostrando o quetemos aos empresários, e o fazemosconvencidos de que Itabira tem muitoa dar, principalmente, no que serelaciona à sua vocação natural", dizo prefeito.

Itabi ra, no entanto, tem outrosaspectos econômicos importantes, in-clusive um intenso e crescente comér-cio de gado das raças gir, nelore ejersey, atraindo criadores de todo opaís para sua feira agroindustrial,sempre no mês de agosto. "Uberabaque se cuide" diz o prefeito, apontai!-do para o parque de exposições,considerado dos melhores do país. Aprodução leiteira do município já che-ga aos 16 mil litros diários e aCooperativa dos Produtores produz "omelhor requeijão". A produção pri-mária se baseia no milho, feijão ecafe e, ainda, é insuficiente para oconsumo da população. As voltas comsérios problemas de impactos am-bientais, provocados pela mineração,o prefeito é favorável a que o sistemade pagamento de royalties aos muni»cípios produtores de petroleo sejaar' •1 aos municípios mineradores',ja que a base é a mesma: o minériotem os "lesmos fundamentos do pe-tróleo não sendo jus*o q ie se pr :tque a discriminação.

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6 4 Retrospectiva / 85 •« domingo, 29/12/85

... 1985 foi sem dúvida um ano deintermináveis debates. Muitas coisas

que, se imaginava, eram para ficar,acabaram. O Rock in Rio talvez seja

o melhor exemplo. A cidadeconstruída para durar cinco anos caiu

depois de 10 dias de shows. Muitascoisas que, imaginava-se, eram...

Jornal do Brasil

... para acabar, continuam, como é ocaso Baumgarten. Muitas coisas quedurante o ano mostraram-se polêmicas,como os ClEPs, não só continuam,como prometem se alastrar não só portodos os bairros e interior do Rio, mastambém pelos mais longínquos Estadosde todo o país.

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Vas<yiies foi incansdvel na busca dos assassiiuis de Alexandre Baunigartcn

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Pavãozinho,sy ¦¦¦'.<

no inclinado na favela atração turísticaBrizola fez

A nova face da cidade

O Rio chega a 1986indiscutivelmente de cara nova.Não só os mendigos e camelôsmudaram a feição da cidade, houvecoisa boa também. Algumasnovidades foram polêmicas, comoos CIEPs ou "Brizolões" —revolução no ensino para uns,manobra demagógica para ajudar alevar o Governador do Rio deJaneiro ao Palácio do Planalto. Nomesmo caso ficou o plano inclinadoda favela Pavãozinho, com 133metros, cinco estações e a portaquebrada depois de uma semanade uso. Ou ainda as novasinscrições em 1 mil 817 ônibus de16 empresas: "Sob a administraçãodo Governo do Estado do Rio deJaneiro". Mulheres PM controlandoo trânsito também foi umapequena revolução urbana desteano. Duas acabaram atropeladas,15 ficaram grávidas e uma apanhoude um tenente da Marinha. Masquando elas começaram a trabalharem 49 cruzamentos da zona Sul,não provocaram tanta discussãoquanto a colocação de uma estrelade Tomie Othakc nas águas daLagoa Rodrigo de Freitas. Delaficou a frase de Rubem Braga: "É

muito sem graça". E nevou noEstado do Rio: oito quilômetros deestrada do Parque Nacional deItatiaia ficaram completamentebrancos.

discutida cidade do rock

Botafogo, 25 de março — Marco Antonio Cavalcanti—n um w&smmmrnmmmsR. a smesm26 do novembro — TrindadeVidal da

PM Cidélia no trânsito confessou: "Sempre gostei de farda

Itatiaia, 11 de junho — Chiqulto Chaves

A 160 quilômetros do Rio foi possível brincar com, a neve

Baixada de Jacarepaguá, 11 de Janeiro — Evandro Teixeiramasam S8g : ¦- a—

Setor Militar Urbano/DF, 23 de outubro — Wilson Pedrosa

... .lt,7Un^^'?rfat Tf„7rV» ^^^ncmrnWi^Tl^n» .Tniy, .1 l.yil.ty*.. ituiiií; 1 .MI 1lock in Rio" exibiu 14 conjuntos internacionais e 16 nacionais, e foi também uma prévia da disputa pela / rejeitura

O interminável caso Baumgarten

Primeiro, o delegado IvanVasques notabilizóu-se por suacoleção de gravatas borboletas.Só mais tarde é que ele virou omocinho do caso Baumgarten.Com base no depoimento dobailarino Cláudio Werner Polila,o Jiló, Vasques denunciou oGeneral Newton Cruz por triplohomicídio e fez o ex-comandantemilitar do Planalto e ex-chefe daagência central do SNI serfotografado de frente e de perfile sujar os dedos. Até Vasquesassumir, o processo resumia-se a42 depoimentos que formavamdois volumes e meio. O delegadoouviu outras 90 pessoas, sendo 36militares, e o processo com oitovolumes e seis apensos somaagora 2 mil 919 folhas. Acusado,acusador, testemunha, promotor,procurador e até mesmo odelegado viraram candidatos auma cadeira na Constituinte.Enquanto isso a questão principaldo caso continua sem resposta:quem matou Baumgarten, suamulher Jeanette Hansen e obarqueiro Manoel AugustoValente Pires? Os crimes,ocorridos em 1982, conseguiramdar notícia por quase todo o anode 1985 e, sem solução, viraramterna para o enredo de 1986 dobloco carnavalesco Clube doSamba: "Nini, Nini, onde estáa Mirimi?".

O Rock in Rio começou eterminou polêmico. Primeiro foio Presidente Tancredo: "A

juventude por que eu tenhoapreço, respeito e admiro não éa do Rock in Rio". Três diasdepois ele consertava: "Não

tenho nenhuma prevenção,nenhum preconceito, nenhumahostilidade gratuita com o rock".Acabado o festival a briga foicom Brizola: "Os Medinas sãoeficientes mas são falsos",sentenciou o Governador duranteo debate do desmonta nãodesmonta. A cidade do rockacabou caindo mas, enquantoesteve de pé, foi um sucessoinegável. Durante 10 dias, reuniumais de um milhão de pessoasque, debaixo de chuva, ouviram90 horas de música. Pela culatrasaiu porém a apresentação dosMenudos no estádio de SãoJanuário. A histeria das fãs e afalta de organização acabaram emtumulto e correria: duas mulheresmorreram pisoteadas.

Brasília, 28 de julho — Wilson Pedrosa

ruz garante que sujaram as mãos de um homem limpo

"Quero ser acareado com o General Newton

Cruz. Se alguma coisa me acontecer, deixo

um dossiê acusando ele" — do bailarino Cláudio

Polila, o Jiló.

"Esse assunto deve ser colocado de lado,

coberto por uma instituição que se chatrui

anistia" — do Governador Leonel Brizola sobre ocaso Baumgarten.

asqiies foi incansável na busca dos assassinos de Alexandre Baumgarten

Jornal do Brasü

A violência que já quase se dissolveu

na rotina do carioca ainda produz, vez

ou outra, historias extraordinárias. O

Rio de Janeiro mostrou que ainda tem

reservas de perplexidade e de emoção

para acompanhar tragédias como as da

jovem Mônica, uma vítima dabrutalidade na classe média...

...e de indignação, para rir comironia de policiais fotografados na

pose inconfundível do ladrão de

galinha. Para uma cidade acostumadaa conviver com bandidos armados,tornou-se novidade o reaparecimentode uma figura extinta: o ventanista —

na pele do "Homem-Aranha".

domingo, 29/12/85 ? Retrospectiva / 85 ? T

Transportar galinhas em carro da policia deixou de ser crime em 1985

Preso. Deiair Elias contou cortio "aranhava"

j Os crimes10* DP. 18 de junho — Lulz Morier

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Os desastresBonsucesso, 5 de novembro — Ralmundo Valerrtim

I O desastre revelou a falta de conserva^ao dos viadutos

Luiz Morier

Dois dos rapazes que esconderam o corpo, de Mônica, já soltos, querem zelar por seus nomesSuite 03 do Hotel Ebony, 21 de novembro — José Roberto Serra

demorou 10 dias para descobrir o escapamento de gás que matou Valdir Vieira

Os desastresBonsucesso, 5 de novembro — Raimundo Valerrtim

O desastre revelou a falta de conservação dos viadutos

"Caía a tarde feito umviaduto..." Do samba de João Boscoe Aldir Blanc, só faltou o bêbado. Oequilibrista foi uma carretatransportadora de leite, que ficoupendurada, na madrugada do dia 6de novembro, quando um trecho de20 metros do Viaduto Faria Timbó,em Bonsucesso, desabou sobre a

linha da Estrada de FerroLeopoldina. Em março, um choquede trens causou a morte de 11pessoas e fez 89 feridos. No mesmomês. as chuvas também mataram. Aságuas de março encheram a cidadede lama e detritos e 21 pessoasmorreram.

20" DP, 19 de novembro — André DurãoMilhares de fãs foram ao cemitériodespedir-se do radialista ValdirVieira, da Rádio Globo, queapareceu morto na suíte 03 doHotel Ebony, na Glória, junto coma prima Sueli Cota Pessanha. Umescapamento de gás matou os doisamantes. Outro crime que abalou acidade foi a da menina MônicaGranuzzo Lopes, 14 anos, que.atraída para ym apartamento naFonte da Saudade pelo modelofotográfico Ricardo PeixotoSampaio, acabou desabando do Tandar. Um dos bárbaros crimes foi,no entanto, o do catalão José Luizde La Hoz, seqüestrador daespanhola Mercedes Rodrigues. EmMaricá, Mercedes foi morta afacadas, esquartejada e pedaços deseu corpo foram jogados do altoda ponte Rio—Niterói na baía deGuanabara. Méier, Grajaú e VilaIsabel passaram dois mesessobressaltados com o"Homem-Aranha" — enquanto oresto da cidade, fora de suajurisdição, divertia-se com suasescaladas. Dejair Elias de Oliveiravoltou a um dos locais de seuscrimes e acabou preso.

"Comi rato, passei mal, fui chamada de mentirosa e

ainda posso ser presa'^ — da manicura Maria José da Silva

Melo, que encontrou pedaços de um rato no pão Plus-Vita.

"Não estou preparado psicologicamente para dar entre-

vistas

preso.

>> — de José Carlos dos Reis Encina, o "Escadinha", ao ser

"A segurança da cidade é falha, mas é a melhor que se

pode ter: policial mal pago não pode atuar bem" — do

Delegado Ivan Vasques, já em campanha para a Constituinte.

A impunidade

Diz-se que este é um país onde sóse prende ladrão de galinhas. Emsetembro, o detetive EduardoRodrigues Gamalo decidiudesmentir a lenda. Flagrado noinstante em que transportavagalinhas de um caminhão para umcarro da Delegacia de Roubos eFurtos, o policial garantiu paraseus superiores que de maneiraalguma estava recebendo propinado transportador do galinheiro.Pela sua versão, ele apenas deucarona a quatro frangos e aoamigo Carlos Roberto de Souza,que os ganhara honestamente. E,como gosta de cuidar do bempúblico, Gamalo embarcou osfrangos na mala do carro para nãosujar o Opala. O delegado ElsonCampeio acreditou na história.

A chacina

A Baixada Fluminense voltou a assistir à mais bárbara chacina do ano

Transportar galinhas em carro da polícia deixou de ser crime em 1985

Nove pessoas, entre elas quatrocrianças, foram assassinadas no dia26 de setembro, a golpes de facão,machado e marreta, num barracolocalizado na Serra da CachoeiraGrande, a 35 quilômetros docentro de Piabetá. Todos os corposestavam mutilados. Após váriasversões, a polícia concluiu que achacina de Piabetá fora motivadapor vingança. Um dos mortosroubou objetos do PM SamuelMacdowell de Paiva Neto. do 17°Batalhão, que planejou o crime.Ele está preso, enquanto os demaisacusados continuam soltos: olanternciro Fábio Sabino — oRuço. Edson Ferreira da Silva— o Edinho. e Henrique Garciada Silva.

Avenida Perimetral, 5 de setembro — Carlos Hungria

8 ^ Retrospectiva / 85 < domingo, 29/12/85

Nunca o povo viveu tanto na rua comodurante o ano de 1985. Houvò

manifestações para todos os gostos.Passeatas cruzavam-se no Centro do Rio.

Grupos aguardavam em calma a sua vez

de ocupar a Cinelândia. Atos públicosmuitas vezes foram transferidos, em

favor de reclamos mais urgentes...

Jornal do Brasil

»..Afa cidade, estranhamente, quando o

povo saiu menos às ruas foi para

participar da campanha eleitoral. Uma

única vez, mulheres do PMDB —

revoltadas com o TRE — decidiram

colar alguns cartazes. E o chamado povounido só não lutou por seus candidatos.Isso ficou para os leôes-de-chácara

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A eleição do continuísmoLargo da Carioca, 12 de novembro — Chiquito Chaves

No início, Saturnino quis fazer a campanha sozinho. !\o final, foi obrigado a dividir sua vitória com lirizola

Cinelândia, 31 de outubro — Almir VeigaCom 39,26% do eleitorado satisfeitos com o GovernoBrizola, o carioca optou pelo continuísmo e escolheu oSenador Roberto Saturnino Braga para o seu primeiroPrefeito eleito do Rio. Nunca se assistiu a uma campanhatão violenta, não só por parte dos correligionários cguarda-costas de Saturnino, Jorge Leite c Rubem Medina— que trocaram socos, pauladas c pontapés — mastambém por parte do TRE, que reprimiu a propagandanas ruas. O juiz Roberto Wider, numa interpretaçãorígida da legislação eleitoral, reduziu ao máximo apropaganda dos 20 candidatos, que acabaram se limitandoaos horários gratuitos no rádio e na televisão. Leite, doPMDB, foi quem mais comícios fez. E só fez três.Saturnino, o vitorioso, reuniu o povo em praça públicauma única vez. Os outros nem isso fizeram. A única vez

que Medina, do PFL, tentou fazer um comício-relâmpagona Central do Brasil, saiu de lá vaiado e formou-se umimenso conflito. Quase uma repetição do que acontecerano comício do PMDB, na Cinelândia. com a presença dopresidente nacional do Partido, Deputado UlyssesGuimarães, que acabou perdendo um dos sapatos. Pelaprimeira vez no país, os analfabetos tiveram direito avoto. Aqui, eles preferiram também Saturnino que ganhounas 26 zonas eleitorais do Rio. O Governador LeonelBrizola aproveitou a campanha, não só a de Saturninocomo a dos outros candidatos do PDT espalhados pelopaís, para iniciar sua campanha pelas diretas para aPresidência da República cm 1986.

"O Juiz Roberto Wider, coordena-

dor da propaganda eleitoral, é um

louco, cretino, truculento, arbitrá-

rio e fascista " — do Deputado Sebastião

Nery.

"A julgar pelo Secretariado que ele

organizou até agora, Brizola não me

parece muito forte para criticar meu

Ministério" — do Presidente TancredoNeves, em março.

"O Presidente Tancredo Neves pi-SOU na bola'y — do Governador LeonelBrizola, retrucando.

"Ele faz o gênero populista e não

quer parecer grã-fino" — do alfaiate

Alberto Marques, depois de entregar cinconovos ternos ao Governador Brizola.

"Nós também temos mãe" — frasenuma das faixas dos funcionários dos Cor-reios em greve.

"Não existe greve legal, nem ilegal.

Existe greve vitoriosa ou derrotada"— do presidente do Sindicato dos Bancários,Ronaldo Barata, vitorioso.

"É comovente verificar-se o número

de baratas que aparentemente dese-

jam emigrar para a Itália, alojadas

no leito destinado ao Presidente

Sandro PertÍnVy —anotação do médicoRoberto Lana no livro de ocorrências doSouza Aguiar, durante visita do Presidenteitaliano ao Brasil.

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^ Á presençaBanco do Progresso èrrf dezenover '. estados brasileiros com suas 33 agências, colocat

solidez, o dinamismo, a eficiência e a segurança do ^moderop Sis*e«na Financeiro Progresso à sua; j»o<|

disposição ém-quase todõ o Território Nacional, rr. V•ü *A*A WA M WÀWConte com &s profissionais do Progresso em Minas

Gerais, São Paulo, TUo da Janeiro,-flio Grande do Sul,Paraná, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul,Bahia, Pernambuco/Ceçtâ, fito Grande do Morte,

Alagoas, Sergipe, Paraíba, Pará, Amazonas, Rondôniae no Distrito Federal. VA V/*\ i'

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BANCO DO PROGRESSO 5. A."Bancários Dinâmicos"

Os hospitais pararam 68 dias, tendo a barata como símbolo da luta. No fim, nem dedetização fizeram

O Rio viveu praticamente os 365 dias do ano em estadode greve. E teve greve para todos os gostos. Pararam osrodoviários, os bancários, os médicos, os tanquistas, osprofessores, e até os camelôs, não podendo fazer greve,decidiram tumultuar um pouco a vida da cidade parachamar a atenção para os seus problemas: interromperamo trânsito na Avenida N. Sa. de Copacabana, em protesto

contra a fiscalização que queria expulsá-los de lá. Poucosconseguiram sair vitoriosos, mas os lixeiros ganharam emapenas 24 horas. Uma greve curiosa foi a dos empregadosdo Arsenal de Marinha. Fizeram passeatas com rostoscobertos para evitar a identificação. No fim, nãoganharam nada, nem o anonimato. Houve mais de mildemissões e todos foram descobertos.

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Gilberto Mestrinho — urbaniza^ao dos bairros de Manaus I

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O Amazonas, ontem ingovernável, está

O Estado do Amazonas, hoje, com oresultado de uma política financeirabem orientada, contenção de gastos,investimentos em áreas prioritárias,emprego correto dos recursos repassa-dos pelo Governo Federal e gerados nopróprio Estado, está plenamente sanea-do, provando, aos incrédulos e àquelesque consideravam o Amazonas umaunidade ingovernável, que a transfor-moção da sociedade é possível, comtrabalho, dedicação e amor à terra e à»Uo gente, tripé que tem orientado Clpolítica administrativa do governadorGilberto Mestrinho.

Pora definir o Estado do Amazonasem março de 1983 e melhor compararcom a situação privilegiada em queho|e se encontra, basta lembrar uniaúnica frase do governador GilbertoMestrinho, logo que assumiu a condu-ção dos destinos do Amazonas: "Se ocoos pode ser perfeito, o Amazonas erao perfeito caos".

E assim o era porque foram encon-Irados Cr$ 34 bilhões de dividas venci-das, em moeda da época, inclusiveempréstimo externo no valor de US$ 50milhões, mais da metade, àquela oltu-ra, ia exigivel, o Banco do Estado insol-vente, apresentando um prejuízo supe-rior a Cr$ 20 bilhões; mais de Cr$ 17bilhões de CDBs e RDBs a pagar e maisde Cr$ 20 bilhões em vermelho noBanco do Brasil; as companhias estataisem descalabro completo; a SHAMSociedade de Habitação do Amazonas

considerada caso de polícia pelasautoridades do BNH.

Fazia parte deste estado de calami-dade da administração pública estadual a inexistência da prefeitura deManaus, porque a cidade era só buracoe lixo; as quotas de ICM dos municípiosestavam em atraso (trés meses), Cr$ 6bilhões de ICM restituivel às empresasexistiam apenas em escrituração, en-quanto a folha de pagamento de marc,o, marcada para o dia 20, dois diasúteis após a posse de Mestrinho, nomontante de Cr$ 3 bilhões 1 52 milhões,não tinha cobertura em caixa, com umadisponibilidade financeira de apenasCr$ 65 milhões.

Era esse o Estado do Amazonas."Mesmo diante de quadro tão negroe do agravamento da crise brasileira,em nenhum instante eu e minha equipede trabalho nos intimidamos ou perde-mos a fé", afirma o governador GilbertoMestrinho, acostumado a enfrentar de-safios e vencer adversidades e deposi-tondo integral confiança na compreen-são e solidariedade do povo, "princípio• finalidade de minha vida pública",acrescenta.

Para cumprir sua promessa detransformar o Amazonas, Mestrinholançou-se ao trabalho "dedicado, indor-mido, entusiasmado, certo de que con-juraria as dificuldades e de cabeçaerguida poderia proclamar estar cons-ciente do cumprimento do meu dever debem governar o Amazonas sem falsamodéstia, dado à forma com que o povoaplaude o meu governo em todos oslugares em que apareço, seja na capitalou no interior do Estado".FINANÇAS SANEADAS

Em 1984 o Estado do Amazonasocupou o terceiro lugar no crescimentoda arrecadação do ICM entre todas asunidades da Federaçao, atingindo umpercentual de 18,7%. Avaliando o de-sempenho da economia amazonense,nos últimos anos, e a performance damáquina arrecadadora, o Secretário daFazenda, Ozias Monteiro, estima queencerrará o ano de 1 985 com um cresci-mento real de, aproximadamente,20%.

Ao fazer a avaliação, o Secretáriodestaca dois fatores que, segundo ele,tem contribuído para o excelente de-sempenho da arrecadação do ICM: oprimeiro foi a reformulação corpletado sistema de fiscalização e arrecada-çào do Estado, e o segundo é o cresci-mento da economia estadual, principal-mente a partir de maio deste ano,quando o comércio da Zona Franca deManaus aos poucos foi sendo reativadoe a indústria tem tido um crescimentoacima da média nacional

Exemplos práticos do exposto sãomuitos, mas vale a pena destacar doisdeles; o orçamento previsto para 1986''teve um crescimento de, aproximada-mente, 500% em relação ao orçamentode março de 83, sendo importante frisarque o governo do Estado colocou, so-mente no mês de dezembro, no meiocirculante de Manaus, o equivalente aoorçamento de 84, de cerca de Cr$ 270bilhões em pagamento do funcionalis-mo, 13° salário, salário-férios, espéciede um 1 3o salário que o servidor estatu-tário recebe no més em que sai deférias, diferença de salários, fornecedo-res, etc.

Outra prova dessa transformaçãoda economia está no fato de que ocomércio passou a viver, a partir denovembro de 1985, uma de suas me-lhores fases nos últimos 20 anos, en-quanto que na área industrial, o incen-tivo do governo, através de benefíciosfiscais permitiu que fosse dobrado onúmero de empregos no Distrito Indus-trial (de 26 mil para 58 mil empregos),proporcionando a implantação de mais49 empresas, além de outras 52 emfase de implantação que vão gerarmais 10 mil empregos no setor, poden-do-se afirmar que há um clima deeuforia a nível de negócios e investi-mentos no Amazonas o que prova oacerto da política econômica-financeirado governo Gilberto Mestrinho.

Dentre os caminhos perseguidos pe-Ia Secretaria da Fazenda para chegar aesta transformação evidente, várias me-didas foram tomadas, sendo que omaior esforço despendido concentrou-sena renegociação dos compromissos ven-cidos ainda no governo anterior, nadilatação de prazos de pagamento e nodesbloqueamento das transferências fe-derais, enquanto, paralelamente, a Se-foz procurou cobrir o circuito na monta-gem de mecanismos que minimizassemos níveis de evasão do ICM, sem promo-ver terror fiscal, e permitissem elevar aarrecadação própria do Estado.

Concomitantemente reduziu-se adespesa pública a níveis compatíveiscom as receitas estaduais. Foi, a partirde 84, que todo o esforço realizadopermitiu um exercício financeiro tran-qüilo, sem a necessidade de recursos aoperações de crédito para fechamentodo exercício, e o superávit da arrecada-ção tornou possível a retomada do pro-cesso de investimentos públicos comáreos econômicas e sociais de maiorprioridade.

FUNCIONALISMODe uma negra ameaça om março de

83, o Estado do Amazonas passou aurna condição de crédito e confiançajunto ao funcionalismo público. Paraquem não se recorda, ao assumir, em15 de março de 83, o governador Gil1x3rio Mestrinho encontrou uma disponi-bilidade financeira de apenas Cr$ 65milhões, quando a folha de pagamentodo funcionalismo, no mesmo mês, erade Crí» 3,150 bilhões, vencida dois diasúteis após a sua posse. Como aconteceaté hoje, o funcionalismo público foirespeitado e recebeu religiosamente emdia o seu pagamento.

Foi dentro deste mesmo espirito queo governo Gilberto Mestrinho, sem te-nier as dificuldades financeiras, conce-deu, em 1983, o maior aumento sala-rial de todo o território nacional. Emjunho, 40% e em dezembro 40% emcima do salário de novembro, o queresultou num reajuste anual de 96%,mas algumas categorias, como os pro-fessores de Io grau, receberam aumentosuperior a 100%.

Ainda naquele ano o Governo esta-beleceu a semestralidade dos aumentossalariais, colocando o Amazonas emprimeiro lugar entre todas as unidadesda Federação, em adotar esse sistemapara todos os funcionários, a cada seismeses. Além disso, na atual administra-ção, nenhum servidor público percebesalário inferior ao salário mínimo.

Em maio de 84 o Governo cumpriaa semestralidade concedendo um rea-juste de 55% sobre os salários até Cr$150 mil, e do 40% para quem percebiaacima desse valor, elevando, simulta-neamente, os valores do salário mini-mo, equiparando-os ao dado pelo Go-verno Federal, e do salário-famllia, con-cedendo, em novembro daquele ano,um reajuste de 60% para Iodos osníveis, o que representou um reajusteanual variável de 84% a 1 15%.

Em 1985 o Governo concedeu oprimeiro reajuste em maio, oferecendo89% para todos os níveis, já estando emvigor, desde o dia I" de novembro, onovo reajuste na ordem cje 71%, tam-bém para todas categorias, ressaltando-se que este acréscimo foi concedido emcima do projeto de reclassificaçáo decargos e salários, que está em vigordesde o dia Io de outubro, atingindotodos os órgãos da administração dire-ta, com extensão para os órgãos daadministração indireta.

No bojo do Plano de Reclassificaçáo,o governador Gilberto Mestrinho concedeu aos funcionários públicos do Esta-do, o maior aumento de salários jáconcedido até hoje em toda a históriado Amazonas, num período de apenasseis meses.

O aumento salarial que tiveram osfuncionários estaduais estatutários, in-cluindo a diferença de percentual con-

. cedido pela reclassificaçáo, mais umaumento global que vai de 91,3% a703,3%. As diferenças, maiores ou me-nores, decorrem da correção das distor-ções salariais feitas, agora, com o Planode Reclassificação de Cargos e Salários.

A lei do aumento fixou em Cr$ 638mil o piso salarial pago pelo Estado,portanto acima do sciláiio mínimo na-cional. Os professores e especialistasem educação aposentados passaram ater direito à percepção de gratificaçãode giz, de 25% sobre o salário-baseenquanto todos os funcionários aposen-tados passaram a ter direito ao salário-feiras que é, efetivamente, o 1 3o saláriodo servidor estadual.

*ÊmGilberto Mestrinho urbanização dos bairros de Manaus

AUMENTOSDentro do complexo administrativo

que tem o controle do governador Gil-berto Mestrinho, em todos os níveis, umsetor tem caráter essencial para darcumprimento não só às promessas fei-tas em campanha, mas para transfor-mar, realisticamente, o Estado do Ama-zonas: produção de alimentos.

Neste processo o Secretário de Pro-dução Rural, Jaith Chaves, não temmedido esforços para fazer chegar oalimento à mesa de todos os arnazonenses. Sua tarefa, desde o início, teve doisobjetivos básicos como sejam produziralimentos e estimular o produtor avender a preços mais baixos para que apopulação, principalmente a mais ca-rente, pudesse ser efetivamente benefi-ciada.

Partindo deste princípio, a priorida-de governamental, numa primeira eta-pa, foi tirar o produtor da monocultura,cujos projetos (guaraná, castanha, bor-racha, cacau, etc) levavam de quatro a10 anos para atingir a fase de produ-ção, sem nenhuma outra perspectiva decrescimento econômico do produtor en-quanto esperava a árvore dar o seufruto.

As culturas consorciadas mereceramatenção especial do Governo, o quepossibilita o rendimento ao produtorrural, enquanto ele espera os resultadosdas culturas perenes. Entre uma árvoree outra o produtor sai plantando — comtodo apoio da estrutura do Governo —culturas de ciclo curto, como grãos,verduras e legumes, que nos últimostempos estavam chegando a Manausatravés de simples importação, mas quecustava caro ao Estado, pois consumiatodo o seu produto interno bruto, istoporque os produtos chegavam com ma-jorações de até 1000%.

Em 83, a Sepror incluiu 38 municí-pios amazonenses no Programa deÁreas de Estiagem, objetivando a ob-tenção de crédito rural a juros acessíveispara os produtores. Executou uma expe-riência com cultura de soja, conduzidaem integração com o INPA, numa áreade 15 ha, cujos resultados foram osmais satisfatórios; aquisição e doaçãode 120 unidades beneficiadoras demandioca (casas de farinha) entreguesás prefeituras municipais,- aquisição edistribuição de sementes de arroz, fei-jão e milho, ao pequenos produtores, oque garantiu, ao Amazonas, ter suaprimeira safra de grãos, num totalinicial de nove mil toneladas de arroz,milho, feijão e soja.

A Sepror também acompanhou oplantio de 70 ha de milho e 25 ha dearroz que produziram 1 00 toneladas desementes de milho e 30 toneladas desementes de arroz, para solucionar oproblema de estoque de sementes noEstado (aliás, isso nem existia no Ama-zonas).

Proporcionou, na busca dos seusobjetivos, o aumento significativo daprodução de hortaliças, em decorrênciado lorgo distribuição de sementes de

couve, repolho, pepino, mandioca, jeri-mum, cheiro verde, cebolinha, alface,tomate e pimentão, tudo em formagratuita,

Com ti colaboração de empresáriosdo setoi, distribuiu 200 toneladas desemente de juta, possibilitando umaexpansão da área plantada e umaprodução de 60 mil toneladas de fibrasde juta e malva em 84.

Nos anos de 84 e 85 o objetivo geraldo desenvolvimento do setor primárioda economia amazonense continuousendo o incremento da produção dealimentos, redução — até a eliminação— da dependência externa e conse-qúente dos desníveis de nutrição esaúde da população.

A produção de alimentos valorizou,intensamente, as várzeas, incontesta-velmente a grande alternativa paraabastecer o Amazonas de arroz, feijão,milho e hortaliças. O processo de ulili-zação da terra firme vem tendo a cono-tação de possibilitar ao produtor rural autilização de seu tempo e sua força detrabalho na época das enchentes. Res-salte-se, também, a abertura de novasfronteiras agrícolas nos municípios cir-cunscritos à região do Alto Madeira,onde se desenvolve, atualmente, a pe-cuária de nível técnico ascendente e seexpande a produção de arroz mecani-zado.

As ações que estão sendo executa-das procuram compatibilizar a oferta ea demanda de fibras vegetais. De outrolado, a borracha, o guaraná, o cacau, ocupuaçu e outros frutos regionais, sãoobjeto de incentivos, considerando,também, sua importância na fixação doprodutor rural ao seu meio, impedindoseu deslocamento para as cidades.

Para alcançar todos esses objetivos,a Secretaria da Produção Rural vemdistribuindo, gratuitamente, sementesselecionadas, além de moto-serras, fer-ramentas e implementos agrícolas, in-cenlivando a produção de hortifruti-granjeiros; distribuindo máquinas debeneficiamento de grãos e processa-mento de frutas regionais; fabricaçãode ração regional para aves de corte epostura; distribuindo unidades de bene-ficiamento de mandioca, aliás, valeressaltar, que essa distribuição gratuitajá ultrapassou 1 mil unidades; produ-ção de carvão vegetal, do qual o Ama-zonas já é exportador; construção deestradas vicinais, atuação direta nomercadão do produtor, em Manaus,onde o produtor vende direto ao consu-midor, sem intermediação, e a preçosacessíveis; fornecimento de alimenta-ção a preço simbólico (sopão) em áreado mercadao do produtor.

Um dos programas especiais quecabe exposição especial é o Projeto doDesenvolvimento Rural Integrado, queencontra-se, hoje, plenamente ajustadoàs novas políticas governamentais doEstado, dentro do objetivo maior demelhorar a qualidade de vida da famí-lia rural, proporcionando a mudançasocial na sua área de influência, atra-vés da elevação da renda líquida dopequeno produtor, via promoção doaumento da produção em pequenaspropriedades. Saúde

"O trabalho de saúde é o de evitarque o homem adoeça". Nesta frase dogovernador Gilberto Mestrinho está de-finida toda a política de saúde doEstado que vem sendo executada pelaSecretaria de Saúde, apesar das inúme-ras carências ou dificuldades existentes,em função das distâncias, da dispersãopopulacional que por vezes impossibili-tam o acesso direto a determinadasáreas do Estado do Amazonas.

Manaus conta, hoje, com 24 postosde saúde, 22 centros de saúde, 40consultórios médicos, nove consultóriosodontológicos, 1 2 laboratórios de análi-ses clínica, 10 unidades mistas de saú-

de, além de um laboratório central e oshospitais "Dr Fajardo", maternidade"Ana Nery", Instituto de Medicina Tro-picai, "Cardoso Fontes", Alfredo da Ma-ta", Centro de Controle de Oncologia,com mais de 700 leitos hospitalares,além de agora contar, com um prontosocorro municipal, recentemente inau-gurado, com capacidade para 80 leitosde emergência e dotado de modernosequipamentos, desafogando, assim, asatividades no pronto socorro universitá-rio mantido em regime de co-gestãopelo Ministério da Saúde, Universidadedo Amazonas e Governo do Estado.

No interior a situação de saúdetambém melhorou bastante, com aconstrução de postos de saúde, unida-des mistas tipo hospital e hospitaispropriamente ditos, que cobrem todasas nove regionais de saúde, que traba-lham de modo descentralizado, semprecisar que as decisões sejam tomadasa nível central.

No Amazonas existe o agente desaúde rural — que vem minimizando aquestão da falta de médico no interior,porque os profissionais não queremtrabalhar na zona rural — que é treina-do para desenvolver ações de sáude, afim de ampliar a assistência materno-infantil; prestar socorro de urgência emcaso de acidentes, para prevenir com-plicações orientar a comunidade sobreas medidas gerais de proteção contra asdoenças transmissíveis, fazer orientaçãoalimentar aos grupos mais vulneráveis,gestantes e crianças; vacinar contradoenças transmissíveis, contando, paraisso, com todo o material necessáriofornecido pela Secretaria de Saúde.EDUCAÇÃO

A formação integral do educandocomo célula inicial para o surgimento,no futuro, de uma sociedade pluralista,soberana, e acima de tudo mais justa, éo modelo educacional que está sendoimplantado no Estado do Amazonas,pela Secretaria da Educação e Cultura.A educação está envolvida, portanto,com a formação da juventude embasa-da numa educação regionalizada, paraque o jovem amazonense aprenda a seramazonida do Amazonas.

Para a Secretária Freida Bittencourt,"ainda há muito o que fazer", mas elademonstra, por outro lado, todo o esfor-ço que vem sendo desenvolvido pelogoverno Gilberto Mestrinho para ofere-cer o melhor em educação às suascrianças, aos seus jovens e até mesmoaos adultos.

A Seduc ampliou nos últimos trêsanos, para 49 mil as vagas na redeestadual de ensino, com 17 escolasconstruídas — apenas na capital e mais16 que serão entregues no início de 86,além de 30 pré-escolares inaugurados,30 municípios beneficiados com o proje-to Logos II mais de 50% dos professorescom cursos adicionais de treinamento,especialização e habilitação, licenciatu-ra curta e mais 300 novas escolas nointerior, além dos projetos "Meu Filho" e"Aspirai" que atendem mais de dozemil crianças na capital. O projeto "MeuFilho", além de estar sendo levado poroutras capitais para implantação, im-pressionou as autoridades do Canadá,ao ponto de aquele país destinar anual-mente, US$ 70 mil ao projeto que em86 deverá atender cerca de duas milcrianças, das quatro mil pretendidas atéo fim de sua implantação. Ofereceeducação, fardamento, material esco-lar, trabalho e meio salário mínimo àscrianças carentes de Manaus.

No ensino de 1" grau merece desta-que o lançamento das cartilhas regio-nalizadas "Descobrindo Parintins","Descobrindo Itacoatiaro", por exemplo,e assim sucessivamente, para que acriança do 3° série primária conheçaprimeiro o município onde nasceu, ondemora, sua história, súas riquezas, seusfolclores, para depois conhecer o Ama-zonas como um todo e finalmente oBrasil.

As cartilhas Tukano e Vanomami(biling"ues) foram distribuídas entre osindígenas das tribos das comunidadesde São Gabriel da Cachoeira e daregião do Rio Negro, na fronteira com aVenezuela, para proporcionar umamaior integração entre as comunidadesindígenas e os não índios.

Um dos itens mais importantes nosetor educacional desenvolvido pelo go-verno Gilberto Mestrinho foi a valoriza-ção do carreira do magistério, com aregulamentação das promoções do pes-soai do magistério público estadual,tendo sido promovidos mais de três milprofessores de início de carreira e maisde dois mil professores do Io e 2° graus,especialistas em educação e auxiliaresespeciais do magistério.PROGRAMAS ESPECIAIS

O fortalecimento da economia interna através da ampliação das fronteirasde produção e escoamento é funçãobásica do setor de transportes. Semtransporte a produção se perde e todo oesforço para estímulo da produção dealimentos é anulado.

O governo Gilberto Mestrinho teminvestido maciçamente no setor, comabertura de picadas, estradas vicinais,aeroportos, portos, de modo a facilitar oescoamento da produção. Um dos maisimportantes projetos do setor, a Estradada Várzea, está em execução. São 357quilômetros de rodovia margeando asáreas de várzea, abrangendo cinco mu-nicípios. O Secretário Waldir Pimentoespera deixá-la praticamente prontaaté o final da atual administração.ÁGUA E ENERGIA

A obra da Companhia de Sanea-mento do Amazonas — Cosama, namaioria das vezes, não é visível, masseus efeitos podem ser observados esentidos pela população. Neste períodode governo Gilberto Mestrinho, todo osistema de distribuição foi ampliado, emesmo os bairros novos podem contarcom fornecimento diário de água trata-da, isto na capital e também já alcan-çando o interior do Estado onde o siste-ma era precário.

A transformação do interior amazo-nense tern, nas Centrais Elétricas doAmazonas, um dos mais importantespontos de apoio para viabilização deprojetos industriais, além de fortalecer odesenvolvimento de atividades agríco-Ias, através do seu programa de eletrifi-cação rural.

Neste período foi possível a CEAMrealizar uma obra que realmente teminfluenciado o desenvolvimento do in-terior, com instalação de usinas empraticamente todas as sedes munici-pais, bem como promovendo o trabalhode eletrificação rural que muito temcontribuído para q desenvolvimentoagrícola além de melhorar as condiçõesde vida do interiorano.SEGURANÇA E HABITAÇÃO

Caos e falência, sim, mas ingover-nável, não. Foi esta a constatação dogoverno Gilberto Mestrinho e particular-mente de Gregório Dias, superintendeu-te da Sociedade de Habitação do Ama-zonas, ao assumi-la. A ação governa-mental voltou-se para a população debaixa renda abrindo novas perspectivaspara corrigir as distorções. Em 83 foramconstruídas 400 habitações popularesno interior, fato inédito no Amazonas eem Manaus foram erguidas 3 mil 839residências, no Projeto Cidade Nova.

Ainda em 83, foram concluídas eentregues, pelo Ipasea, 450 casas eprovidenciado o inicio da construção demais 550 casas, também doIpasea, 2° etapa, oo mesmo tempo emque o Banco do Estado do Amazonasfinanciou três mil unidades habitacio-nais em vários conjuntos, enquanto fo-ram entregues em bairros carentes co-mo São José Operário, 1 mil 500 lotes

saneado

urbanizados, e igual número para obairro do lírio do Vale

Em 84 a SHAM continuou a obra daCidade Nova, entregando mais I milcasas, foi efetuada a regularização fundiária do Lírio do Vale com I mil 336lotes urbanizados, e Lírio do Vale II com1 mil 705 lotes, em Santo Agostinho,778 lotes; Promorar Coroado, com cincomil lotes. No interior foram construídasmais 350 unidades residenciais parofamílias de baixa renda

Em 85 foram executadas obras paraconstrução de 750 unidades na CidadeNova, 53 unidades na Compensa, Ioleamento de área na Ponta Negra com132 lotes; loleamento no Lírio do Vale 'com 1 mil 320 lotes, além de regularização fundiária em 10 conjuntos adrninistrados pela SHAM.

Manaus cresceu muito, mas até 82,o organismo policial não acompanhouesse crescimento e para uma populaçãoestimada em 700 mil habitantes, àqueIa época, a Secretaria de Segurançacontava apenas com 300 homens paracombater o crime na capital e no iriterior.

Hoje o efetivo, apenas dei PolíciaMilitar conta com aproximadamente,três mil homens, enquanto a PolíciaCivil foi reestruturada e teve aumentado o seu quadro de policiais. O Secretario Henrique Lustoza tem realizado umtrabalho que inclui a formação do umaestrutura para que os policiais possam,efetivamente, ter um controle sobre asatividades criminosas, o que vem sendoConseguido, mesmo de forma lenta, istoporque a polícia, no Amazonas, nãodispunha nem de viaturas para promover as rondas necessárias, e quandoalguma estava disponível, faltava gnsolina e equipamento para os policiaisBEM-ESTAR SOCIAL

As atividades sociais no Amazonastiveram grande impulso na administra-ção da Secretária Betty Suely Lopes.Identificada com os problemas dos ca-rentes, ela conseguiu dar à Setrabesuma nova filosofia, alijando a mental1dade puramente assistencialista e permeando com estratégias assislenciaisuma complexa política de bem-estarsocial.

De dois projetos que mereciam nassistência da Secretária, em março de83, hoje foram multiplicados e somam59 já operacionalizados, valendo ressaltar que o índice de atendimentosubiu num percentual de 20006%,atendendo a 105 mil 630 menorescarentes, prestando assistência técnicofinanceira a instituições em 54 local ida-des interestaduais, promovendo a mnnutenção de I 4 I entidades de assistên-cia social.INDUSTRIA E TURIV^O

Em dois anos e oito meses a Secretoria de Indústria e Comércio aprovou umtotal de 152 projetos, apesar do mnmento recessivo que atravessou o paísnos últimos anos. Apenas no primeiroano do governo Gilberto Mestrinho,mais de 40 empresas buscaram a im-plantação do área da Zona Franca deManaus.

Para José Cardoso Dutra, titular daSIC, esse crescimento deve-se, em grande parte, à reformulação da política deincentivos fiscais quando foram criadosmecanismos capazes de estimule ovinda das indústrias de componentespara o Estado, com a conseqüente reativcjção das atividades produtivas e melhoria do ingresso para os cófres públicos.

Dos projetos implantados, foram gerodos cerca de 26 mil empregos, cominvestimentos de CrS 220.660 61 1.000,quanto os projetos de diversificaçãoabsorveram mais de sete mil trabalhadores, com investimento de CrS89.479.440.000 no período de marçode 83 a novembro de 85.

O Amazonas é, hoje, um importantecentro receptor de turismo nacional einternacional. Rómulo de Paula Nunes,da Empresa Amazonense de Turismo,afirma que isso só foi possível em razãoda perfeita interação da SIC com aEmantur, órgão a ela vinculado, bemcomo as Secretarias de Fazenda e Pionejamento, garantindo seu bom desempenho.

Na balança comercial do Estado, aatividade turística representa, hoje, o Iolugar, com um faturamento de US$ 15milhões, superior, inclusive, ao fatura-mento do setor tradicional (borracha,juta, castanha, etc), fruto do trabalho dogoverno e Emantur que consideraram oturismo como uma atividade altamenterentável, aliada a uma política de per-feito entendimento e compreensão entreo governo, Emantur e empresariado,proporcionando, em 1985, que o Amazonas fosse visitado por um total de I 80mil turistas, sendo 130 mil nacionais e50 mil estrangeiros.

MANAUS MODERNAGraças a empréstimos externos, e a

recursos gerados no próprio Estado, ofeição da cidade de Manaus vai mudarEstá sendo iniciada a execução do Proieto Manaus Moderna, que inclui a cons-truçáo de pontes, viadutos, sistema viário na orla portuária dando acesso aoDistrito Industrial, por uma via de 15quilômetros.

Para o projeto já foram liberadosUS$ 47 milhões de US$ 100 milhõescontratados sob empréstimo externo para tornar a obra uma realidade queserá continuada pelo prefeito eleito,Manoel Henriques Ribeiro.

MINERAÇÃOCom o incentivo do Governador Gil-

berto Mestrinho, uma das atividadesque mais crescem no Amazonas é a damineração, alcançando índices sur-preendentes, confirmando as expecta*i-vos do Governo em relação 6 arrecadação do Imposto Único Sobre MineraisSomente este ano, segundo dados doDNPM, foram recolhidos, de impostos.Cr$ 128 bilhões, dos quais Cr$ 86bilhões foram destinados aos cofres doEstodo, sendo que a exploração dacassiterita cresceu ao ponto do Amazo-nos ser o primeiro produtor no país Oouro caminha para uma grande arran-cada, haja vista que a produção ecrosrer 'o com índices expressivos, porisso o Governo tem investido, porqueacredita que a mineração será a granderesponsável pela transformação deAmazonas em um Estado forte. pujun»ee rico.

Jornal do Brasil Informe Publicitário domingo. 29/12/85 . Retrospectiva / 85 .

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10 « Retrospectiva / 85 + domingo, 29/12/85

A rápida disseminação da AIDS marcouo ano de 1985, que, apesar de ter

registrado avanços no conhecimento doscientistas sobre o vírus causador da

doença, terminou sem esperanças de umacura a curto prazo. Em compensação, os

transplantes de órgãos voltaram a ser

feitos, agora com maior índice de...

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Jornal do Brasil

...sucesso; e, para os doentes de câncer,a introdução de uma nova terapia, ãbase da proteína interleucina, abriuanimadoras perspectivas. A volta doHalley alegrou os astrônomos, que semobilizaram para desvendar os mistériosdos cometas, e aumentou o interesse dosleigos pelas coisas do céu.

SSo Paulo. 20 de dezembro^o^ Carlos Brasll

Xegltui come nut rou ru> Natal a volla a vida com novo flgado

Paris, 7 de feverelro— Aerospatiale

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O Brasihat ligou todo o pats por telex, TV e telefone

AIDS mata gente famosa

23 de julho de 1985 — AP 27 de junho de 1960 — toto do tllme Conlldftnclas 6 Meia Noile

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1983 — Agfincla Folhas

I polemics entre mcdicos, ciclosporina. cm sGtGfTi^ro^^^

18 de dezembro — David Malin

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O Halley se aproxima do Sol, o comercio fatura na Terra

com novoegitia comemorou no

O cenógrafo Flávio Império morreu em setembro

AIDS mata gente famosa

23 de julho de 1985 — AP 27 de junho de 1960 — loto do tllme Confldénclas à Meia Noite

Durante 40 anos de ativiaade no cinema, on escondeu sua homossexualic i, mas foi traído pel1983 — Agôncla Folhas

A temível AIDS —Síndrome de DeficiênciaImunológica Adquirida,que começou o ano comouma enfermidade restrita aum punhado dehomossexuais, espalhou-secomo um rastilho depólvora e fechou o anocom mais de 20 milvítimas cm todo o mundo.A mais famosa foi o atoramericano Rock Hudson,morto aos 59 anos, menosdc dois meses após terdivulgado sua duplacondição de portador dadoença e de homossexual.No Brasil, morreu ocenógrafo e diretor deteatro Flávio Império. Foia vítima dc maiorprestígio no país, num anoem que a doença começoucom 163 casos entrebrasileiros e terminou comquase 500.

O aumento do númerode casos entre hemofílicoschamou atenção para aqualidade do sanguedoado e despertoupolêmica entre médicos,

que defendiam aimportação dos testes paradetecção de anticorpos dovírus HTLV-I1I, e oMinistro da Saúde, CarlosSant'Anna, que nãoconsiderava a AIDS umproblema prioritário dcsaúde pública. O Ministroacabou liberando recursospara a Fundação OswaldoCruz pesquisar um testenacional. A disseminaçãoda doença aumentou adiscriminação contra osdoentes. Nos EstadosUnidos, pesquisas deopinião revelaram que amaioria dos americanosquer

"marcar" osportadores do vírus comtatuagens c documentos deidentidade especiais. Ovexame do ano ficou porconta de pesquisadoresfranceses, que anunciarama cura da AIDS com aciclosporina, mesma drogausada nos transplantes.Tiveram que voltar atrás eanunciar a morte de umpaciente tratado com aciclosporina.

Halley vende tudo

Setenta e .cinco anos após suaúltima passagem, o cometa Halleyvoltou a ocupar corações ementes. Foi rastreado ao longo doano por astrônomos profissionais eamadores e tornou-se uma imensafonte de lucros para comerciantese agentes de turismo de todo omundo. De tudo se vendeu emseu nome: lunetas, binóculos,telescópios, histórias emquadrinhos, discos, seriados detelevisão, fascículos, camisetas eexcursões para lugares onde. emmarço e abril de 1986, será vistomelhor, como Zimbabwe, Camposdo Jordão, Rio dc Janeiro eMachu Pichu. No Brasil, opublicitário Marcelo Diniz faturou

com uma idéia que teve em 1980:registrou os direitos decomercialização da marca Halleypara todos os tipos de produtos,do carro ao cotonete, dosalimentos aos brinquedos. Norastro do interesse despertadopelos cometas, até umdesconhecido exemplar, oGiacobini-Zinner, ganhou asmanchetes: em setembro umsatélite americano cruzou suacauda, a uma velocidade de 75 milquilômetros por hora. Foi aprimeira vez que um artefatofabricado pelo homem atravessouum cometa para recolher dadossobre sua constituição.

"O Brasil tem 6 milhões de

chagásicos, 8 milhões com

esquistossomose, 300 mil

leprosos e 300 mil

maláricos. O combate à

AIDS não é prioritário" —

do Ministro da Saúde, CarlosSant'Anna.

"Desafio o Ministro da

Saúde a deixar que eu injete

em seu braço o sangue de

um paciente com resultado

positivo no teste de AIDS"

do médico paulista RicardoVeronesi, em resposta à declaração

anterior.

"Além dos amigos, quem

quer que voltemos e para

fazer o quê? Se é paramostrar que o país está se

democratizando, não é

preciso, porque isso é

evidente" — do físicoRoberto Salmeron, radicado na

França, sobre a intenção doMinistro Renato Archer de trazer

de volta os cientistas brasileiros

que estão no exterior.

O Brasil ganhou seu primeiro satélitedoméstico de telecomunicações, oBrasilsat, lançado ao espaço cmfevereiro, da base de Kourou. naGuiana Francesa. Carregado pelofoguete francês Ariane III, oBrasilsat foi colocado a 36 milquilômetros de altura, sobre opequeno município amazonense deSão Gabriel da Cachoeira. O satélite,fabricado na França, custou àEmbratel 200 milhões dc dólares eliberou as empresas brasileiras de

televisão da necessidade de alugaremcanais do Intelsat (um satélite usadocm condomínio por 120 países) parafazer transmissões nacionais. Tambémintegrou todo o pais pela rede detelex e aumentou a capacidade darede de telefones, permitindo fazer12 mil ligações telefônicassimultâneas, contra apenas duas milpelo Iníelsat. A quem se dispôs ainstalar antenas parabólicas, oBrasilsat permitiu captar programasde TV do exterior com boaqualidade de imagem c som.

O satélite do Brasil

Remédios da esperança

São Paulo, 20 de dezembro—José Carlos Brasil

Depois dc 15 anos de interrupção, ostransplantes voltaram com força totalno Brasil, graças ao advento dadroga suíça ciclosporina, descobertacm 1980 e que permite controlar osproblemas de rejeição. A cearenseMaria Regina Mascarenhas escapoudc morrer dc câncer graças ao novofígado que recebeu em cirurgias feitapelo médico paulista Silvano Raia.Os transplantes de coraçãomultiplicaram-se a partir dc março,

com o êxito da cirurgia feita cm SãoPaulo no comerciante Carlos Ferro.O Rio teve seu primeiro transplantecardíaco, mas o paciente morreu 45dias depois. Nos Estados Unidos,registrou-se um novo e espetacularavanço na luta contra o câncer:pesquisadores desenvolveram aimunoterapia, à base dc interleucina,uma proteína que conseguiu fazerregredir a doença cm 11 dos 25pacientes terminais tratados com ela.

———.

Jornal do Brasil

Não foi um ano tranqüilo para quem vivena terra. O governo ligou esperanças e temores

quando prometeu a reforma agrária. Como a

promessa ainda não saiu do papel, asesperanças não se concretizaram. Como

continua no papel, os temores permanecem.Resultado: mais de duas centenas de mortos

em conflitos e brigas no campo.

domingo, 29/12/85 ? Retrospectiva / 85 »• 11

Pior ainda: nem quem tem a posse de suaterra tranqüilamente garantida viveu em pazdurante o ano. O Nordeste, depois de tantosanos de seca, teve de enfrentar enchentes nocomeço do ano. E o Sul e o Sudeste, jáacostumados ás cheias, enfrentaram a mais

grave seca dos últimos tempos neste final doano. Com falta de água e energia.

Sonho adiadoFazenda Anonnl. 4 do 'Xivombro —„J

Água Preta, 13 do agosto — Nalanaol Guedes

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Uma cena comum: as crianças esperam alimentou

Faroeste sem mocinho

Seria o ano da reformaagrária, como Tancrcdoprometeu c Sarncy confirmou.A Nova República criou umministério — da Reforma eDesenvolvimento Agrário — enomeou um ministro — NelsonRibeiro — que falou muito cfez pouco, 0 ano terminoucom o saldo trágico de maisde duas centenas de mortosem conflitos e brigas nocampo. E modificou apaisagem rural:multiplicaram-se as invasões defazendas e os acampamentosde camponeses sem terra peloOeste, Sudeste e Sul do país,quase sempre com as bênçãosda Igreja, a constrangidarepressão de policiais emilitares e a indecisão dosgovernantes. Há quem ache,no entanto, que é umaherança capaz de tornarrealidade cm 1986 o sonho queagitou o homem do campo cm1985: o começo efetivo dareforma agrária, já aprovadapelo Congresso.

A polícia garante o enterro tio líder rural pernarnlmcano Amaro José da Silva

Sarandl. 30 de outubro — Jurandir Silveira

Cerca de 10 mil lavradores usaram 100 caminhões para invadir a Fazerula Anonni

Marabá, 8 do dezembro — Chlqulto Chaves

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A capital brasileira daviolência é um faroeste semmocinhos. A brutalidade é alinguagem universalmenteempregada cm Marabá,entroncamento amazônicoonde se cruzam ambições emisérias e os ricos epoderosos são totalmenteimpunes. Do choque entreenormes interesseseconômicos, de um lado, ea formidável massa dedespossuídos atraída pelaesperança de vida melhor,do outro, resulta um climade violência, com raízeslocalizadas na campanha derepressão que as ForçasArmadas desencadearamcontra a guerrilha doAraguaia há mais de umadécada: os militarescontrataram pistoleiros eprometeram terras alheias.Com juíza nova, muitapolícia c um acordo político,o PMDB tenta agorapacificar a região, masninguém toca nos grandespistoleiros e muito menosnos mandantes de crime.

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Não há diferença entre um carrinho de brinquedo e um cachorro nwrto: nem as crianças estranham a morte na capital brasileira da violência

Trópico em transe

Eu quero um

réu para instalar

o tribunal do jú-ri" — Da juízaMartha Inês Carnei-ro, de Marabá, quereabriu mais de 200inquéritos de hctnicí-dio, que estavam pa-rados no fórum da ci-dade.

Aracati. 10 de maio — Secomm—

roca, 3 de dezembro — Gazeta do Povo

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SZZ— ¦ -. —- —A seca igualou o Paraná ao sertão e racionou luz e água no Centro-Sul

As enchentes que assustaramos nordestinos depois de tantosanos de seca e a seca que atingiuos mesmos estados do Centro-Sul destruídos pelas cheias de1984 vieram comprovar que, aocontrário do que se acostumarama pensar gerações sucessivas debrasileiros, o país não é imune acatástrofes naturais. O avançodos conhecimentos meteorológi-cos mostrou que tanto secasquanto enchentes prolongadassão causadas por um fenômenoque ocorre fora dos limites tropi-cais do território brasileiro: o ElNino e o anti-El Nino, nomespelos quais ficaram conhecidas asvariações anormais de pressãoatmosférica e temperatura daságuas do Oceano pacífico, nascostas da América do Sul e naIndonésia. Sobrou um consolo:os cientistas prometem prever aspróximas catástrofes. As enchentes fizeram 300 mil flagelados no Ceará

Rotrospectiva / 85 < domingo, 29/12/85

i !m velho tranqüilo viveu durante 18 anos em SãoPaulo sem ter qualquer problema com a polícia e

seis anos depois de morrer mobilizou autoridadesde quatro países. Era Josef Mengele. Um

ex-ministro da Justiça é acusado de peculato e vêsua mulher e filho serem indiciados. Era Ibrahim

Abi-Ackel. Um empresário que circulava entreFigueiredo e George Schultz é acusado...

Jornal do Brasil

...de formação de quadrilha. Era Mário Garnero.Um policial apresenta as provas de que seucompanheiro era torturador. Foi um ano desurpresas em (pie se repetiram os problemas daJustiça morosa e das prisões superlotadas, mas emque, pela primeira vez em muito tempo, cidadãosacima de qualquer suspeita estiveram ameaçadosde ir para a cadeia.

A polícia na cadeiaCasa do DotonçAo. 21 de março — Ariovnldo dos Santos

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SkillswfNi^m ¦ " mm• wm .• aà—i—S MAmotinada, parte dos 6 mil 200 presos dominou por mais de 20 horas o maior

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A supcrlolaçfio dasprisões c a morosidadeda Justiçapcrmancccram, mas1985 foi marcado pelojovem gaúcho AntônioClóvis Lima dosSantos, o Doge, que,preso c torturado sobsuspeita dc assalto,denunciou seu algozcom base,ironicamente, cm umafotografia apresentadapor outro policial. Oabalo que a fotoprovocou na cúpula dapolícia gaúcha foisimilar à decretação daprisão preventiva docoronel Lauro Ricth,cx-sccretíirio deSegurança dc Brasília,denunciado comomandante doassassinato dojornalista MarioEugênio, e que ficoucm regime dc prisãodomiciliar. Outrosmilitares, responsáveispela segurança pública,como o capitão da PMdc Pernambuco HélioÂngelo da Silva, quefuzilou três passageirosdo ônibus cm queviajava para o Ceará,c o sargento da PM deBrasília AntonioLisboa Mendes quechacinou cinco pessoaspor um rádio, tambémforam presos. Isso énovo.

Delegacia, 6 de junho — Wnldomar Sabino

Um Mirins, presos fazem pado de mortePorto Alegre, 10 de agosto — Jurandir Silveira

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—¦1.11 Doge: o torturado denuncia os algozes

"E uma coisa de doido" — Do Presidente

Sarney a u/n assessor, referindo-se à dificuldadede fazer a máquina do governo funcionar.

"Você carrega suas malinhas e vai

saindo " — Do cacique caigangue, Ivo Salles,

ao demitir, na marra, o diretor regional da Funaino Rio Grande do Sul, Lourinaldo Velloso.

"Quando muda de nome, sabonete faz

mais espuma?" — Do ex-ministro JarbasPassarinho sobre a decisão do ministro MarcoMaciel de acabar com o Mobrai e criar aFundação Educar.

"Não sou babão. Se me levarem para

Barbacena, vou fazer uma limpeza,mato UIIS 30 loucos— Do presidiárioSeverino Ferreira Lima, um dos líderes do pactode morte das prisões de Belo Horizonte ao saberde sua transferência para o Manicômio Judi-ciário.

Um velhinho caseiroSão Paulo, 21 de junho — Fernando Pereira

Os pianistas8 de dezembro — José Carlos Brasil

O perito Daniel Munhoz, cercado de repórteres, mostra o crânio de Josef Mengele

O cidadão suíço PctcrHochbichlct, que em I961chegou a São Paulo, ondeviveu dezoito anossemi-recluso em fazendas dointerior, e fascinado pornovelas e por livros sobrecrimes nazistas na capital,até morrer afogado e serenterrado sob o nome deWolfgang Gerhard, nãoteve, durante todo essetempo, qualquer problemacom a polícia. No entanto,em junho deste ano, 6 ano»após sua morte, mobilizouautoridades de quatro países— Brasil, AlemanhaOcidental, Estados Unidos eIsrael — para que suaidentidade fosse finalmenterevelada: era Josef Mengele,o mais procurado doscriminosos de guerranazistas, responsável pelamorte de 400 mil judeus emAuschwitz. No documentoque confirmava a identidadedo cadáver exumado emSão Paulo, assinado pelosvários especialistas, estavaescrito: "o esqueleto é, comrazoável certeza científica, ode Josef Mengele".

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Arnaldo. <los Titãs, livre

O colarinho branco sempregarantiu a quem o usa, pelo rne-nos no Brasil, a quase certeza deimpunidade. O ano de 1985 rees-creveu em parte essa históriaquando o ex-ministro IbrahimAbi-Ackel; sua mulher, Jacéa; oseu filho, Paulo, e o empresárioMário Garnero, que na chamada"Velha República" tinha trânsitolivre entre as autoridades, foramfotografados de frente e perfil etiveram suas impressões datilos-cópicas tomadas, indiciados emvários inquéritos. Garnero foi in-diciado por crimes de estelionatoe formação de quadrilha, acusa-do dc dar um golpe de Cr$ 1trilhão no mercado financeiro. Oex-ministro por peculato, e suamulher e filho por usurpação defunção pública. Nenhum dosquatro teve a prisão preventivadecretada, sorte com a qual nãocontou o vocalista do grupo dcrock Titãs, Arnaldo Antunes,preso por tráfico de heroína emantido na prisão por 26 dias.

Brasília, 5 de setembro — José Varela 11" Vara Criminal, SP, 6 de maio — Isaias Feilosa

Pauto Abi-Ackel, indiciado Mário (Garnero depôs durante cinco horas para explicar a quebra do Hnisilinvest

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Jornal do Brasil

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Enquanto os psicanalistas brasileirosentretinham-sc em saraus cheios de considerações

teóricas, a vida correu solta e louca de norte a suldo país. Foram muitos os brasileiros que, longe

dos divas, mataram e morreram por motivosmiseráveis. A miséria jogou ainda milhares de

crianças nas ruas das grandes cidades,empurrando-as para o crime e a prostituição.

domingo, 29/12/85 ? Retrospectiva / 85 13

Mas, se a democracia reencontrou-se com o paísnum ano de muitas loucuras, houve também o

lado saudável. Mudaram muitos costumes,embora as leis continuem quase as mesmas. Asociedade tem mais pressa do que o legislador,

já liberou a maconha, as greves, as críticas

políticas e até aboliu uma instituição (pie o

governo finalmente reconheceu.

Quem é o louco, doutor?

Fortaleza, 18 do outubro — Jorge Henrique Fortaleza, 2 do outubro — Edson Pio

IfSjy-ínnrii1 ¦ ' ' 1*.*¦¦¦ ..wvwa. im ¦¦ m numNem a respiração boca a boca da feminista salvou Antoriio

Meninas da rua

Sobrou material para os psicanalistas. Um jovem matoutoda a família porque a mãe mandou que ele baixasse ovolume do toca-discos. Um aposentado foi linchadoquando furou a fila do IAPAS. Um marido assassinonão resistiu às vaias e insultos de militantes feministas cmorreu duas horas depois de sofrer um ataque cardíacono tribunal do júri. Um pai desesperado abriu o túmuloe tirou fora o crânio do filho para protestar contra afalta de providências para apurar a responsabilidade pelamorte da criança. Um desempregado cearense pulou datorre de teve, incentivado pelo gritos da multidão: "pula,

pula, pula". Uma criança de 10 anos, epiléptica,jogou-se do 11" andar porque saiu da escola c não tinhaamigos.

Porto Alegre, 21 de novembro — Antonlo Pacheco

João Alves atende à multidão e pula (la torre para a morte Luiz Machado: protesto desesperado e macabroFEEM, Rio de Janeiro, 27/10/S5 — Custódio Coimbra

Rir» rie Janeiro. 27/10/85 — Custódio Coimbra^;y

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Prostituta aos 12 anos cie idade

Fora de uso

Em Belém, elas são 3(1 mil,entre II e 15 anos, vivendo daprostituição. Nos garimpos daAmazônia, muitas aprendemdesde cedo a ganhar dinheiro,levadas pelas próprias mães.Há casos estarrecedores, comoo da pobre menina doMercado São José, no Recife,prostituta desde os seis anosde idade e mãe de seis filhosaos 13. No Rio, cm SãoPaulo, Belo Horizonte ouqualquer outra capitalbrasileira é comum vc-las nasruas, ainda crianças mas játreinadas no duro ofício desobreviver vendendo o própriocorpo. O que resta às meninasde rua além do beco sem saídada prostituição? Um centro derecuperação, onde vão viversem carinho, sem enfeites, semespelhos e sem conforto,vigiadas como prisioneirasdrogadas para não criaremproblemas, buscando na amigaeventual de infortúnio o paique nem conheceram ou onamorado que nunca tiveram— nem vão ter. Carentes, é comum buscarem umas às outras. As psicólogas ainda não as consideram homossexuais

23 de julho — Isaías Feitosa

Rio, 7 de setembro — Evandro Teixeira

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A democracia trouxe novoshábitos. As mulheres desfilaramna primeira parada de umregime civil em duas décadas,abriram delegacias e tomaramconta de radiopatrulhas.Ninguém reprime mais o uso damaconha. Os índios cansaram dederrubar representantes da Funaie resolveram também nomeá-los.E o governo reconheceu a UNE.Tarde demais: os estudantes já ahaviam abolido de suas

preocupações. na UNE

Pedro Lima

Maciel e Pimenta

Londrina, 9 de setembro — José

O corpo feminino (esfila na primeira parada organizada por um "regime

civil desde os am>s 60 O delegado da Funai é demitido a topa pelos índios

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14 * Retrospectiva / 85 « domingo, 29/12/85

/ví/í// Alfonsín, o Presidente argentino,realizou o sonho longínquo de umcontinente: prendeu e condenou os

militares responsáveis pelo banho desangue que o pais viveu sob a

ditadura. Fascinado pelo vizinho, oBrasil nunca esteve tão perto da

Argentina. Gestos de...

Jornal do Brasil

... aproximação houve também entre ossuperpoderosos. Ronald Reagan, o

grande comunicador, encontrou parceiroá altura em Mikhail Gorbachev, o novolíder soviético. Ambos romperam emGenebra um silêncio de seis anos, masainda estão longe de qualquer acordo nacorrida das armas

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Argentina e Brasil, democráticos, apertam laços

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Genebra. 19 de novembro — Foto da AFP

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Ponto Tanciodo Novos. 29 do novembro — Arquivo

"Não lhe alem as mãos"— Dizeres do cartaz de propagandaeleitoral do Presidente Raúl Alfonsín

"Assumo a

responsabilidade, não a

culpa" — do Almirante Massera,

condenado à prisão perpétua.

Os militares que mandaram naArgentina de 76 a 83 tiveram nasmãos do governo Alfonsín destinodesconhecido para outros colegasde farda latino-americanos,igualmente implicados cm crimesde corrupção c violação de direitoshumanos. Tribunais civis

procederam a uma impiedosadevassa do passado recente, e oano iniciado com a macabradescoberta de cemitériosclandestinos — o paradeiroprovável de milhares dedesaparecidos — encerrou-se com oinédito acerto de contas com os

A guerra dos estilos52 sssass

principais responsáveis pelosabusos do período queenvergonhou a nação.Argentina c Brasil respiram com osventos da democracia novo climacm suas relações. Alfonsín c oPresidente Sarney inauguraram aPonte Tancredo Neves cnlrc osdois países. A velha rivalidade foisubstituída pela sintonia política ea simetria econômica, despertandonos brasileiros o fascínio por um

país capaz de tratar das própriasferidas c, além do mais, disposto aaplicar um plano com propostasradicais para combater a inflação.

Moscou, 13 de março — Foto da AP

Gorbachev substituiu o falecido Konstantin Chernenko e afastou Gromyko (D)

Reagan e Gorbachev abriram com anuibilidades o diálogo dos poderososGenebra, 19 de novembro—Foto da AFP

"Vou pedir

a esse moço

respeito pelosmais velhos"— do presidente

americano

Ronald Reagan,

antes de avistar-se

em Genebra

com o líder

soviético

Mikhail Gorbachev.

A política externa de Reagan foicomparada a Rambo, que devolveuaos americanos em 1985, nas telasdos cinemas, a honra nacionalista

perdida no Irã e Vietnam

O mundo preparou-se durante todo oano para um estrondosoacontecimento, mas do encontro denovembro em Genebra entre RonaldReagan e Mikhail Gorbachev saiuapenas um estalo. Os donos da morteno planeta quebraram o gelo de seisanos entre as superpotências econcordaram em conversar sobre suasdivergências quanto às armas nuclearese conflitos no Terceiro Mundo. Quasenada resultou de concreto. Ninguémcede no que considera essencial,principalmente Reagan, que se recusaa discutir sobre o famoso plano daGuerra nas Estrelas. Ficou acertadauma nova reunião, para o ano quecomeça.Na guerra dos estilos, Gorbachev e anova bomba soviética — sua esposa,Raisa — conquistaram a mídiaocidental com jovialidade, charme eaparente disposição cm renovar. Pelaprimeira vez em quatro décadas umidoso presidente americano (às voltascom pequenos tumores) enfrenta umlíder soviético vinte anos mais moço ecom a imagem livre de rançosdogmáticos. Os trunfos mais fortes,contudo, estão com os EstadosUnidos: Reagan apostou no avançotecnológico.

O ponto final Buenos Aires. 18 dn 9etombro - Foto dn AFP

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14 * Retrospectiva / 85 * domingo, 29/12/85

Raúl Alfonsín, o Presidente argentino,realizou o sonho longínquo de umcontinente: prendeu e condenou os

militares responsáveis pelo banho desangue que o pais viveu sob a

ditadura. Fascinado pelo vizinho, oBrasil nunca esteve tão perto da

Argentina. Gestos de...

Jornal do Brasil

... aproximação houve também entre ossuperpoderosos. Ronald Reagan, o

grande comunicador, encontrou parceiroà altura em Mikhail Gorbachev, o novolíder soviético. Ambos romperam emGenebra um silêncio de seis anos, masainda estão longe de qualquer acordo nacorrida das armas

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A guerra dos estilos Genebra, 19 de novembro — Foto da AFP

Reagan e Gorbachev abriram com amabilidades o diálogo dos poderosos

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Argentina e Brasil, democráticos, apertam laços

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Chernenho e afastou Gromyko (D)

O ponto final Buenos Aires, 18 de setembro - Foto da AFP

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"Não lhe atem as mãos"— Dizeres do cartaz de propagandaeleitoral do Presidente Raúl Alfonsín

((Assumo a

responsabilidade, não a

Culpa" — do Almirante Massera,

condenado à prisão perpétua.

Os militares que mandaram naArgentina de 76 a 83 tiveram nasmãos do governo Alfonsín destinodesconhecido para outros colegasde farda latino-americanos,igualmente implicados em crimesde corrupção e violação de direitoshumanos. Tribunais civis

procederam a uma impiedosadevassa do passado recente, e oano iniciado com a macabradescoberta de cemitériosclandestinos — o paradeiroprovável de milhares dedesaparecidos — encerrou-se com oinédito acerto de contas com os

principais responsáveis pelosabusos do período queenvergonhou a nação.Argentina e Brasil respiram com osventos da democracia novo climaem suas relações. Alfonsín e oPresidente Sarney inauguraram aPonte Tancredo Neves entre osdois países. A velha rivalidade foisubstituída pela sintonia política ea simetria econômica, despertandonos brasileiros o fascínio por um

país capaz de tratar das própriasferidas e, além do mais, disposto aaplicar um plano com propostasradicais para combater a inflação.

Moscou, 13 de março — Foto da AP

"Vou pedir

a esse moço

respeito pelosmais velhos"— do presidente

americano

Ronald Reagan,

antes de avistar-se

em Genebra

com o líder

soviético

Mikhail Gorbachev.

Gorbachev substituiu o falecido Konstantin

O mundo preparou-se durante todo oano para um estrondosoacontecimento, mas do encontro denovembro em Genebra entre RonaldReagan e Mikhail Gorbachev saiuapenas um estalo. Os donos da morteno planeta quebraram o gelo de seisanos entre as superpotências econcordaram em conversar sobre suasdivergências quanto às armas nuclearese conflitos no Terceiro Mundo. Quasenada resultou de concreto. Ninguémcede no que considera essencial,principalmente Reagan, que se recusaa discutir sobre o famoso plano daGuerra nas Estrelas. Ficou acertadauma nova reunião, para o ano quecomeça.Na guerra dos estilos, Gorbachev e anova bomba soviética — sua esposa.Raisa — conquistaram a mídiaocidental com jovialidade, charme eaparente disposição em renovar. Pelaprimeira vez em quatro décadas umidoso presidente americano (às voltascom pequenos tumores) enfrenta umlíder soviético vinte anos mais moço ecom a imagem livre de rançosdogmáticos. Os trunfos mais fortes,contudo, estão com os EstadosUnidos: Reagan apostou no avançotecnológico.

A política externa de Reagan foicomparada a Ramho, que devolveuaos americanos em 1985, nas telasdos cinemas, a honra nacionalista

perdida no Irã e Vietnam

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Jornal do Brasil

O terror, de grupos e governos, matou

como nunca em 1985. Os EUA foram o

principal alvo em dois casos espetaculares:os seqüestros do avião da TWA e do

navio Achille Lauro. O caso RainbowWarrior, embarcação da Greenpeace

afundada por agentes da França, derrubouum ministro. O mundo ...

domingo, 29/12/R5 i» Retrospectiva / 85 ? 15

... condenou o bombardeio da sede daOLP em Túnis por aviões israelenses. NaColômbia, a ação do Exércitotransformou em massacre a ocupação doPalácio da Justiça pelo M-19: mais de 100

mortos. Na África do Sul e no Chile,milhares foram às ruas em protesto contrao apartheid e a repressão

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Com um tanque brasileiro Cascavel, o

Durban, Africa do Sul -— Foto da AFP — 1/12

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apartheid: rtos par X

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Auckland, Nova ZelSndla — Foto da AFP 10/7 —-_' . . , , .... . i. i i ""mniiiiimiim ^ < > 1 ' i. 1 m' 1 "j V111 |''.? ¦¦'¦"-:--:'- 'J' '-| ::..!,! .- . ¦...

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Com um tanque brasileiro Cascavel, o Exército colombiano invade o Palácio da Justiça ocupado pelo M-19

Terror e morte p „„„Beirute — Foto da AP 20/6

"Por favor, que o Exércitonão atire mais. Temos armasapontadas contra nós". Oapelo do presidente daSuprema Corte colombiana, ojuiz Alfonso Reyes, foi emvão. No dia seguinte, ele emais 11 juizes (metade daSuprema Corte) estavammortos. O Palácio da Justiça,ocupado por 40 guerrilheirosdo M-19, foi atacado comtiros de canhões emetralhadoras pelas tropas doExército. Os 40 guerrilheirosforam aniquilados. OPresidente Betancur,pressionado, justificou-seafirmando não poder ceder a"pressões exorbitantes": aguerrilha exigia a divulgaçãode um comunicado por

""fim doTxütã" ÕTapUãòdo avião da TWA grita aos repórteres Palestinos seqüestraram em outubro o Achille Lauro, perto do Egito, com mais de 400 pessoas a bordo

Auckland, Nova Zelândia — Foto da AFP 10/7 Túnls — Foto da AFP — 2/10

O terror este ano atacou por todos oslados. Não faltaram os seqüestros aéreos,dos quais o mais famoso foi o avião daTWA, desviado para Beirute por xiitas.Trinta e nove reféns americanos, sem amenor idéia do que se passa na cabeçadas facções que lutam diariamente noOriente Médio, ficaram cm poder dexiitas, ora radicais, ora moderados,durante 17 dias. Alguns, como o irmãodo marine morto, admitiram que sequersabiam onde ficava o Líbano antes doseqüestro. Machucado no episódio, oPresidente Ronald Reagan revidou naprimeira oportunidade: seqüestrou, emespetacular operação aérea, os palestinosque tinham seqüestrado o transatlânticoitaliano Achille Lauro, interrompendo ocruzeiro de 4()0 turistas perto do Egito.Reagan entregou os seqüestradores àJustiça italiana. E de tanto criticar oPremier Bettino Craxi por ter libertado olíder dos terroristas Abu Abbas, porpouco não acabou com o Governoitaliano. Craxi chegou a renunciar masconseguiu se recompor. O terrordesgastou outro governo, o da França,ao se entranhar em seu serviço secreto.Provado que agentes franceses tinhamafundado o Rainbow Warrior, barco dosinofensivos ecologistas da Greenpeace,matando um fotógrafo português, cabeçasrolaram: o Ministro da Defesa Charles

Agentes franceses afundaram em julho o barco da Greenpeace

Hernu renunciou, a França foi acusadade terrorismo estatal. Mas não ficousozinha nisso. Israel percorreu 2 mil 400

quilômetros para bombardear em Túnis asede da OLP. Setenta e três pessoasmorreram. O mundo condenou o ataquemas se apressou a elogiar uma ação

Repressão e racismo

totalmente desastrada, que acabou em 60mortes: comandos egípcios antiterroratacaram em Malta um Boeingseqüestrado por árabes. Os civis nãoescaparam do fogo cruzado. Quem nãofoi atingido no tiroteio morreu intoxicadona explosão do avião.

Bogotá — Foto da Reuters 6/11 Santiago — Foto da AFP 10/9

Porl Sald, Egito — Foto da AFP — 10/10

Protestos contra o

jornais, rádios e TVs.Colombianos saíram às ruasem protesto. Em outrospaíses, o racismo e arepressão detonaram violentasmanifestações: no Chile, oGeneral Pinochet comemorou12 anos no Poder, prorrogouo estado de sítio e acendeu aira de uma Oposição unida.O protesto maior acabou em10 mortes, 60 saques, quase600 presos. Armada decassetetes e bombas de gás,escorada no estado deemergência, a polícia chilenareprimiu, matou e invadiucasas de oposicionistas emincursões pelas madrugadas.A África do Sul, mesmoacuada por pressões esanções econômicas de todo

A polícia do General Pinochet em ação

lado, enforcou um poetanegro, Benjamin Moloise.Durante o ano, os choquesentre a população e a políciamataram uma média dequatro negros por dia. Pneusem chamas, lutas tribais,execuções decolaboracionistas passaram aocotidiano sul-africano. O

Presidente Pieter Botha sófez concessões limitadas àmaioria negra. Mas há quemconsidere inevitável sua

queda, como a romancistasul-africana branca NadineGordimer: "É tão certo queos negros tomarão o Podercomo o Sol se levantaráamanhã."

lò « Retrospectiva / 85 « domingo, 29/12/85

O mundo se acostumou a ver em 1985tragédias de contornos bíblicos. Só no

México e na Colômbia, um terremoto eum vulcão mataram mais de 45 mil

pessoas, trazendo caos e destruição a

países pobres e sem recursos. Amacabra tarefa de resgatar cadáveres

foi a marca também do...

Armero. 15 do novembro Foto da AFP Mrixiaj. ?t c\p. r^lnmtiro Fntri rln Hni.rtr:rr.

Lima das vmte mil vitinuis da erupqao na Colombia

1 Triste recorae

JHHW MUBtS^ flHV ^ Tristar acidentou-se qiiando aterrissava. No caso do...6m"1. _

®S58T AW flff J^— Manchester, 22 de agosto. Foto da Reuters

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...737 ingles, incendiou-se quando tentava decolar

Armero, 15 de novembro Folo da AFP

Uma das vinte mil vítimas da erupção na Colômbia

ftitfiuÓ Tristar acidentou-se quando aterrissava. No caso do

737 inglês, incendiou-se quando tentava decolar

ESTA MARCA FARÁ

A COWSOLIDACÀO DEFINITIVA

DO PARQUE INDUSTRIAL

DA ZONA FRANCA DE MANAUS.

O processo de industrialização da AmazôniaOcidental, nos últimos 18 anos, vem sendomarcado por muitas dificuldades, mastambém por muito sucesso, resultado de umárduo trabalho desenvolvido por brasileirosque atuam na região.E, como um dos resultados positivos destaluta, o Amazonas herdou, ao seu favor,uma herança irreversível: implantounuma das regiões menos desenvolvidas doPais, uma civilização tecnológicainédita, responsável por umarevolução que renovou a produçãobrasileira, especialmente nos setoreseletroeletrônico e metal-mecânico. F,agora, promete, também, grandes conquis-tas na área de informática.Foi, pois, a partir de 1%7, com o adventoda Zona Franca, que várias industrias,Dotadamente das áreas de eletrônica,eictromecánica, ótica, relojoeira e,mais recentemente, a de veículos de duasroé-is, vieram instalar-se cm Manaus,atraídas pelos incentivos fiscais que lhesconcede o Decreto-Lei 288.A SUFRAMA, visando dar o suportetecnologico à potencialidade do ParqueIndustrial que aqui cresceu rapidamente,criou, em 1982, com o apoio do GEICOM,da Universidade do Amazonas, da Fede-ração das Indústrias, do Centro dasIndústrias e da Secretaria de Estadoda Indústria, Comércio e Turismo,a Fundação Centro de Análises de

FUCAPI

Produção Industrial-FUC A PI.Na verdade, a Região, já háalgum tempo, ressentia-se com a ausênciade um organismo técnico de apoio aodesenvolvimento industrial que tentasse, aomesmo tempo, uma aproximação com todosos órgãos que lidam com a áreaindustrial. Agora, já instalada,a FUCAPI está apoiando a indústria nabusca do desenvolvimento e nacionalizaçãodos produtos, do aumento da eficiênciaindustrial e na implementação de programasde incremento de qualidade dos bens aquifabricados. Paralelamente, a Fundaçãotambém está preocupada cm gerartreinamento de recursos humanos emnovas técnicas de produção e produto eefetuar pesquisas de natureza técnica para oSetor eletroeletrônico da ZFM.A Fundação está apta, também, aacompanhar e comprovar a nacionalizaçãodos produtos da ZFM; emitir laudos técnicosde procedência; fazer estudos de similarida- •des de componentes; além dc prestar oassessoramento necessário na análise técnica,na área de engenharia e tecnologia dosprojetos industriais que desejam implantar-se na área dc atuação da SlIFRAMA.Com seus laboratórios de nacionalização,a FUCAPI vem suprindo as lacunas existen-tes entre os diferentes segmentos da ZonaFranca, das indústrias da SUFRAMA edemais órgãos públicos, dando respaldo anovas oportunidades de investimentos na

região, notadamente na área de compo-nentes.Foi, pois, a partir da implantação daFUCAPI que o processo de absorção e de-senvolvimento de tecnologia da Zona Francadc Manaus tomou maior impulso, atravésde ação coordenada e orientada pelaSUFRAMA com os objetivos de gerar umatecnologia local, aumentar o nível deempregos, produzir mais riquezas eabrir novos pólos de progresso na Região.São conquistas dessa natureza que vãopermitir ao País, particularmente ao poloindustrial da zona Franca de Manaus, aarrebatar parte da tecnologia de pontaque é praticada no exterior e, com isso,instituir as bases de uma futura iiulepen-dência tecnológica, para toda área daAmazônia Ocidental.

MIN1STÊRioDO INTERIOR

A temida bruxa reinou solta cm1985. Até mesmo o confiávelJumbo 747, um dos maioressucessos da moderna aviaçãocomercial, teve sua imagemseriamente corroída depois dedois pavorosos desastres. Emjunho, um 747 da Air Índiadesapareceu ainda semexplicações quando voava agrande altitude próximo dacosta da Irlanda. Morreram os329 ocupantes. Já o 747 daJapan Air Lines, versão especial

para curtas distâncias, bateu emagosto contra uma montanhadevido a um defeito estruturai.Foi o pior desastre com umsimples aparelho: 520 vítimas.Outro acidente, envolvendo umTriStar da Delta Airlines,demonstrou que sequer osaviões de grande porte escapamàs temidas tesouras de vento. Oano se encerrou com os 25Smortos de um DC-8 americanoque explodiu ao levantar vôo.

México, 21 de setembro — Foto da Reuters

Terremotos eram coisacomum na orgulhosa Cidadedo México até a madrugadade 19 de setembro, quandoum forte e prolongado tremorarrasou grande parte domoderno centro comercial eadministrativo. No meio dosesforços das equipes desalvamento e dos gritos dossoterrados, a segunda surpresatrágica: novo temblor, deminutos de duração,

arrematou a destruiçãocausada pelo primeiro,multiplicou o sofrimento deum país às voltas com sérios

problemas econômicos etornou grandes áreas dacapital simplesmenteinabitáveis. Em novembro, anatureza explodiu de repentenuma remota região daColômbia. O vulcão Nevadodei Ruiz entrou em erupção,

cuspindo montanha abaixouma gigantesca avalanche de

gelo e pedra que soterrouvárias localidades na área.Muitos morreram porcompleta falta de auxílio,impossível de ser levado atodos os lugares. No Méxicoe na Colômbia, calcula-se queumas 45 mil pessoas tenham

perecido nas duas maisimpressionantes catástrofesnaturais de 1985.

Triste recorde

Manchester. 22 de agosto. Foto da Reuters

Três terremotos em 48 horas transformaram num campo de ruínas o Centro da capital mexicana

Jornal do Brasil

...pior ano da história da aviaçãocivil. Pelo menos duas mil foram asvítimas de desastres nos quaismodernos aviões não puderamsuperar o mau tempo, mostraram

perigosos defeitos técnicos, seestraçalharam por culpa do piloto ou,simplesmente, sumiram do céu

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Jornal do Brasil

Contando os mortos, descobre-se ondee como, no curso de um ano, o

mundo ficou menor. O Brasil viveu

boa parte de 1985 debaixo da sombra

projetada sobre os seus acontecimentos

políticos pela perda de Tancredo, quedeixou uma República ainda Nova na

orfandade. Na União Soviética...

domingo, 29/12/85 > Retrospectiva / 85 > 17

...áo contrário, viu-se quanto odesaparecimento de um líder nacional

pode ser renovador. Na vaga do trôpegoConstantin Chernenko, subiu ao trono doKremlin o estilo remoçado de MikhailGorbachev, abrindo o caminho puramais uma rodada de ensaios, de umacordo de paz com os Estados Unidos.

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f'rinwiro bebe do ano, Tant:re<Unfa^ nwrreu quase clow rrwses antes deseu padrinho^

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FnnnArn Castro Lima nu)rreu aoos niostrar seu. Tribute a Vaidade

quase dois meses antes de seu padrinho

Armando Falcão, Hélio Garcia e Brizoía no enterro de Capanema. A política continua

Evandro Castro Lima morreu após mostrar seu Tributo à Vaidade

Políticos e estadistas morreram várias vezesantes de serem sepultados. Tancredo Nevescomeçou a morrer no dia 14 de março,véspera de sua posse como presidente,quando foi operado de uma infecção noabdômen. Outras seis cirurgias e oitoaparelhos conectados em seu corpo paramantê-lo vivo prolongaram seu martírio por38 dias, até que no dia 21 de abril seucoração parou de vez. Os boatos de sempree um enfisema pulmonar minaram o

" prestígio e a saúde do líder soviéticoConstantin Chernenko, antes que ele de

' fato falecesse no dia 11 de março. Umacidente vascular paralisou o lado direito dogeneral Emílio Garrastazu Mediei 14 mesesantes de sua morte. Sem falar e precisando

ser ajudado para comer, nunca serecuperou. Morreu no dia 10 de outubro.Mecenas cultural em pleno Estado Novo,Gustavo Capanema também foi debilitadopor um derrame um ano antes de sua morteno dia 10 de março. Vítima de diabetes, olíder da Albânia, Enver Hoxha, o últimoestalinista invicto e padroeiro do PC do B,faleceu no dia 13 de abril. Colapsofulminante matou Bilac Pinto, sóciofundador da banda de música da UDN,enquanto assistia televisão. Antes mesmo deser batizado, com dois meses e cinco diasde vida, morreu Tancredo Adriano Limados Santos — o Tancredinho — primeirobebê do ano, símbolo da Nova Repúblicaque seu padrinho não pôde inaugurar.

Marc Chagall

até a morte no dia 10 de outubro, o enigmaque marcou seu celebre personagem, CharlesFoster Kane, o Cidadão Kane. Irriquieto, opintor e escultor Jean Dubuffet deixou emsuas obras uma referência essencial da artemoderna. Marca semelhante para ahistoriografia foi legada por Fernand Braudelque queria ser medico e acabou com seuslivros introduzindo uma nova visão daHistória.

Yul Brynner

Palcos e telas ficaram mais vazios. Derrotadospelo câncer, contra o qual lutarambravamente, saíram de cena a careca reluzentede Yul Brynner, de papéis inesquecíveis comoem Sete Homens e um Destino, e o rostomarcante de Simone Signoret. O teatroexperimental ficou sem um de seus maisrenomados inovadores, Julian Beck, americanoexpulso do Brasil em 1970 sob a acusação,provada falsa, de porte de drogas. A músicabrasileira perdeu uma parte de sua históriacom a morte de Carlos Galhardo, "o cantor

que dispensa adjetivos", Araci Cortes eTeixeirinha. Regente por 44 anos da Sinfônicade Filadélfia, Eugene Ormandv foi para amúsica clássica o que Nelson Riddle,arranjador predileto de Frank Sinatra, foi paraa música popular. Num enterro em que nãofaltaram muitos chiliques, Evandro CastroLima despediu-se em plena glória. Morreudias depois de ganhar o concurso de fantasiasdo Baile Oficial da Cidade com Tributo àVaidade, um pavão de 500 metros de strass,60 de paetês e duas mil penas de pavão.

A morte anunciada A perda dos gênios

Orson Welle s

Gênios singulares desapareceram cm 1985.Considerado um dos mais importantes pintoresdo século XX, Marc Chagall não aderiu anenhuma escola e fixou em seus quadroscenas de sua aldeia Vitebsk, na Rússia, comburrinhos, cabras, violinistas ou amantessobrevoando casas de madeira. Cineastaousado, escritor, superstar, ator em filmesbons e muito ruins, Orson Welles conservou

Brilho ofuscado

Simone Signoret

Primeiro bebê do ano, Tancredinho morreu

Literatura sem mestre

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Cora Coralina

A literatura perdeu bons escritores; a política,militantes inquietos. Heinrich Boll, PrêmioNobel de 1972, além de escrever 40 livros —entre eles A Honra Perdida de KatharinaBlum —, foi um crítico incômodo, espécie deconsciência da Alemanha do pós-guerra. ÍtaloCalvino, só depois de desligar-se do PCitaliano construiu fábulas e alegorias. AnaLins dos Guimarães Peixoto Brctns, aliás CoraCoralina, nunca se interessou por política.Poeta que o país já conheceu velhinha,gabava-se de jamais haver escrito para selamentar da vida. "Vive dentro de mim amulher do povo... de chinelinha e filharada",versejava.

Um país mais pobre

O ano acaba mais pobre. Um enfarte matouAlvarus, mestre da eharge que por 60 anosenfeitou as páginas de jornais e revistas comhumor e malícia. Desapareceu outropioneiro, André kertesz que com toque depuro lirismo inaugurou um novo estilo defoto-jornalismo. Um ataque cardíacoencurtou precocemerite a vida de AntonioDorgivan Araújo (A. Dorgivan), fotógrafoda sucursal de Brasília do JORNAL DOBRASIL, autor da foto de capa destaRetrospectiva. Vítor Nunes Leal. ministrodo Superior Tribunal Federal, cassado em1969 pelo AI-5, morreu seni reparação.João Batista Villanova Artigas, o arquiteto

que entre outras obras concebeu o estádiodo Morumbi, teve que prestar provas, seismeses antes de morrer, para reconquistar acátedra que a ditadura militar lhe surrupiou.Defensor de presos políticos. HelenoFragoso levou também a gloria de ter postona cadeia Doca Street, que feministas comoa desbravadora Carmen da Silva nãosuportavam ver impune. Um desastresilenciou o vozeirão de Jorge Curi, olocutor que esticava em 25 segundos umgrito de gol. Jericar, jumento oferecido aoPapa João Paulo II mas que ele recusouaceitar no Vaticano, morreu sem sair doBrasil.

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18 <3 Retrospectiva / 85 4 domingo, 29/12/85

Um ano inteiro sem a presença fugidia esorridente da economista Ana Maria Jul,

do FMI. Sem assinar nenhum acordo,sem mandar cartas de intenção, sem o

peso da tutela que para muitos erahumilhante. O Brasil não cumpriunenhuma exigência e mesmo assim

passou o ano sem brigar com o Fundo...

Jornal do Brasil

...e sem negociar a cada instante comos banqueiros credores. Nada do quefoi feito lembra a dieta pregada peloFMI e esqueceram-se dos horrores deuma bancarrota. Longe de controlar ainflação, que se prognosticava pior, opaís viveu, sem saber por quantotempo, uma euforia.

Manfredo ^ ^ ^

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*Previsao

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

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, Crescimentodaindustrla 11%If (# /-» Crescimentodocomercio 14% iwfMimrnVV\ \\ V/ 1/ Juro# da divida externa USS12bilhoes Mft/MMwA\) \\ /( Queda da taxa de desemprego (•) 36.1%i fl \/ Saldo da balance comercial (••) US$12.5 bilhoes [MM &/>, JJ l\ Valoriza^aodolndiceda Bolsade ValoresOBVM***) 423,5% ff jj CrescimentodoSalarioreal 15% / i .

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Rio, 20 d'e dezembro — Dilmar Cavalher ^

As surpresas agradaveis BSfSIU-

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Rio, 20 de dezembro — Dilmar

incontestável da saudável recuperação da economia

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11%14%USS 12 bilhões36,1%US$12,5 bilhões423,5%15%

Crescimento da industriaCrescimento do comercioJuros da divida externaQueda da taxa de desemprego (*)Saldo da balança comercial (**)Valorizaçáo do índice da Bolsa de Valores (IBV)('Crescimento do Salario real

(*) Variaçáo da taxa de novembro/85 em relação a novembro/84(••) Previsão(•••) Ate 27/12 rrvrsZ

A dança dos índices

Café em pó (kg)Cafezinho ,.Dólar paraleloSalário mínimoCervejaInflação (IPCA)Dólar oficialCarne de 1* (alcatra) (kg)Carne de 2* (acém) (kg)Fusca (álcool)Leite B (litro)Çasolina (litro)Álcool (litro)Feijão (kg)Cigarro Hollywood

3.1848.6744.968

12.008.0001.3001.7101.1103.6661.700

Se inaugurou um estilodiferente e pôs de pé uma *economia combalida, a NovaRepública ainda guardoudesagradáveis semelhançascom a Velha. A inflação nãochegou aos 600% que osmais pessimistas previam,mas ficou mais alta do queem 84. Os índices dançaramde acordo com asconveniências do governo.Em um ano o país conheceuduas fórmulas de calcular acorreção monetária e na "mudança de uma para outradesapareceu dos cálculos,num passe de mágica, uma ZZtaxa recorde — os 14% «:registrados em agosto. Emoutro malabarismo, às .., >vésperas do fim do ano, ogoverno trocou a FundaçãoGetúlio Vargas pelo IBGE,adicionando ao buquê deíndices um novo, o IPCA. O :rcontribuinte foi tratado coma mesma indiferença com quea Velha República o tratava.O fisco atrasou como nuncaa devolução do imposto derenda e terminou o ano com10 mil delas presas em suasmalhas. O vocabuláriotambém não mudou. Nosúltimos 20 anos chamou-sede pacote tudo o que ogoverno embrulhava e atiravasobre a cabeça de umCongresso atendido. Asvésperas do recesso a NovaRepública arremessou umpacote fiscal em cima doCongresso e mesmo tendoaliviado os contribuintes derenda mais baixa — amaioria — confundiu osexegetas, embaralhou contase demorou a deixar clarocomo, afinal, seria oimposto.

janeiro4.630300

3.800166.500

1.60010.42528.00016.000

36.475.0003 7004.2202.7409.0003.600

variação (%)1.904,5

566,7300,0260,4256.3233.7227.4222.8

Um Natal memorável, com as lojasinvadidas por formigueiros de consumidores,dissolveu a previsão de que, por mais umano, os brasileiros teriam que carregarpedra como penitentes. A realidade traiutodas as previsões. Ninguém se atreveria aimaginar que o PIB cresceria 8%, dando aopaís o troféu do endividado que maisenriqueceu em 85, sem ter ficado maisvulnerável, pois fechou o ano com reservascambiais de 10 bilhões de dólares. Aeconomia aquecida trouxe à tona cenasinacreditáveis. Pela primeira vez, desde o"milagre" do início da década de 70, asindústrias pregaram tabuletas nas portasoferecendo cargos que assim mesmo nemsempre conseguiram ocupar. Com osanatório geral de 85, em 86, para o bemou para o mal, convém não arriscarnenhuma previsão.

"O Brasil tem reservas em bancos americanos.

Se um deles quebrar, o Tesouro americano

cobrirá os prejuízos?".do ministro Dilson Funaro para o presidente do BancoCentral dos EUA, Paul Volcker, que não respondeu.

' 'Trimestralidade, nem

pensardo ministro Dilson Funaro antes da

greve dos bancários.

"Estão fazendo tudo que acham que eu faria"

do ex-ministro Delfim Neto sobre a inflação da NovaRepública.

dezembro92.810

2.00015.200

600.0005.700

As surpresas agradáveis Wilson Santos

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I

Jornal do Brasil

O Brasil já tinha uma longa tradiçãode leis que não pegam, mas este ano

inaugurou a dos processos judiciais quenão pegam ninguém. Os escândalos na

área financeira e na indústria naval

passaram incólumes pela justiça sem

que deles tenha resultado qualquersentença. Invisível nos prejuízos...

domingo, 29/12/85 ? Retrospectiva /. 85 > 19

... do Tesouro e do contribuinte, aJustiça esteve ausente nas greves e no zelopela lei salarial. Neste caso, porém, não

prejudicou ninguém, pois não há notíciasde queixas. Deixou a sociedade livrementeentretida em acertar suas diferenças emtorno de reivindicações e pendengas, semnenhuma ameaça à ordem.

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Ciiih unto greve de 53 dins as metaliirgicos do ABC abriram a temporada </<• greves par reposiqao salarial...

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Rio, 16 de malo — Evandro Telxelra

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A reposição venceuFoto da Mabel ArthouSão Paulo, 31 de março—Ariovaldo Santos

No ano 5 da inflação detrês dígitos, primeiro daNova República, ostrabalhadores foram àsruas em quase duascentenas de greves econquistaram a reposiçãosalarial, compensação parasalários roídos pelavertigem, indomada, daalta de preços. Quandoeclodiu a primeira greve

dos metalúrgicos do ABCno dia 18 de abril — quese prolongou por 53 dias— temeu-se pela sorte deuma economia já capenga,atravancada porreivindicações salariais.Ledo engano. Ossindicatos mumificaram asleis de greve e desalários, conseguiram fazer

greves nacionais, como ados bancários, paralisaramalguns serviços públicosessenciais e o país nãoparou. Saíram de cena osTribunais do Trabalho eem negociações diretasentre empregadores eempregados,intermediadas, em algunscasos, pela paciência doministro Almir

Pazzianotto, passaram avigorar de forma quasegeneralizada reajustestrimestrais de salários. Ogoverno sentou-se namesa com as centraissindicais, Conclat esobretudo a CUT, quecresceu no rastro dasgreves e passou asimbolizar o poderpolítico dos trabalhadores.

A gasolina barata joi gasta em engarrafamentos cada vez mais freqüentes

Quatro anos de recessão eaumentos de preço doscombustíveis iguais oumaiores do que a inflaçãoprivaram os brasileiros deuma de suas paixões: andarde carro. Em 1985, com ocongelamento dos preçosabaixo da inflação,as ruas das grandesmetrópoles fervilharam deautomóveis e osengarrafamentos, nas horasmais imprevistas, voltaram.A indústria nunca vendeutanto. Depois de andar tãodistante de seu própriorecorde — a produção deum milhão de veículos porano — as montadorasficaram com pátios vazios ecm apenas um mês(novembro) venderam 120mil carros.

No naufrágio da Sunamam, a vítima joi Paulo Ferraz

Relacionado como um dosprincipais envolvidos no casoSunamam, o armador PauloFerraz acabou sendo a suaúnica vítima. Diante daresistência do governo eminvestigar e punir osresponsáveis pelo escândalo,atolado em dívidas e sem

perspectivas de receber novasencomendas de navios, Ferrazrepetiu um gesto que já otentara em 1969 e suicidou-se.Junto com seu corpo, desceuao túmulo o plano derecuperação da indústria navalque havia dado origem àSunamam.

Com unia greve de 53 dias os metalúrgicos do ABC abriram a temporada de greves por reposição salarial.

...que os bancários, em paralisação nacional, conseguiram

Parece uma inauguração, mas é uma falência por conta do contribuinte

Pela culatra A solução final

No episódio do bancoSulbrasileiro, juntaram-sedois dos valores mais carosà concepção da "Nova

República" — amobilização popular e a

participação parlamentar,para dar um golpe de Cr$900 bilhões no bolso docontribuinte. Foi apenas a

partir de dezembro, depoisda intervenção no Comind,Auxiliar e Maisonave, quea "quebra" de bancosdeixou de ser um bomnegócio: no mais puroestilo autoritário e semconsultas ao Congresso, ogoverno passou umdecreto-lei que corrige,retroativamente, o passivode instituições financeirasfalidas.

Rio, 16 de maio — Evandro Teixeira

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I

I

20 Retrospectiva / Jornal do BrasiíZT."-:

Um buraco sem fundo

O invencível pendor do governo para gastarmais do que tem — 211 trilhões decruzeiros em números redondos — foitratado com brandura cosmética.Trancafiaram-se nas garagens algumascentenas de Opalas pretos, podaram-semordomias mais extravagantes, mas alâmina da faca ainda não atingiu asgorduras mais vistosas. Continuam intocadosmamutes herdados da Velha República —Ferrovia do Aço, Programa Nuclear — poronde ainda sangra um dinheiro que o paísnão tem para obras que a população nãoreclamou. Este ano descobriu-se que aPaulipetro, legado do ex-governador PauloMaluf, não tinha mais sondas nemprocurava petróleo mas ainda empregavaquarenta pessoas. Ao longo do anodesfilaram pelas manchetes dos jornaisprevisões e mais previsões de corte no déficitpúblico com números tão contraditórios comoa indecisão do governo de atacar oproblema. Viveu-se muito melhor em 85 doque em 84, sem recessão e com maisemprego, mas a economia do país continuasentada em cima de uma bomba.

Mudança de curso

Foto do Antonio Batalha Brasília, 27 de agosto — Luciano Andrade

A Ferrovia do Aço, monumento à incúria, é um desperdício que não está em nenhuma conta. Depois do abraço, Dornelles sai...

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Francisco Dornelles foi torpedeado doministério da Fazenda, quando estava emParis, por um discurso contendo pesadascríticas à condução da economia pelogoverno e lido pelo seu ministro interino,Sebastião Marcos Vital, durante um jantarcom banqueiros em agosto. Junto comDornelles, deixaram o poder AntonioCarlos Lemgruber, do Banco Central, asteorias monetaristas da FGV e a excessivapreocupação com o déficit público. Sarneyconvocou para ministro um amigo de longadata, o empresário Dilson Funaro. Cercadode economistas do PMDB, entre eles LuísGonzaga Beluzzo e João Manoel Cardosode Mello, e calçado no seu estilomessiânico, Funaro abandonou as idéiasrecessivas e passou a pregar sobre anecessidade do crescimento, uma palavraque desde 1981 havia deixado de figurar novocabulário econômico do governo.

Rio, 23 de agosto — Viviane Rocha

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... apesar do desmentido de Vita

"Estes bancos (Comind e

Auxiliar) quebraram por-

que foram mal administra-

dos e conduzidos de formadesonesta^ — de AmadorAguiar, presidente do Bradesco, omaior banco privado brasileiro.

"É proibido gastar"

— deTancredo Neves, 27 dias antes desofrer a primeira cirurgia em Bra-sília.

u,fér

¦.y* ''Ui<Â-.

"O déficit público do Bra-

sil será um dos menores do

mundo" — do ministro DilsonFunaro, no dia de Natal, fazendopromessas para 86.

"A inflação devora tam-

bém a autoridade dos go-lvernos impotentes para en~

frentá-la99 —de Ulysses Gui-

marães, em outubro, quando ainflação passou dos 200%.

85 ¦« domingo, 29/12/85

Nunca num único ano a política econômicamudou tanto. Nas cogitações de Tancredo,

85 seria carregado de austeridade, num

figurino espartano. Para isso ele contavacom Francisco Dornelles, seu sobrinho, e

com métodos que guardavam parentescocom a era Delfim. Com a posse de Dilson

Funaro, evaporaram-se...

...as promessas de uma gestãofranciscana e os vestígios de umapolítica ainda temente ao FMI.Desapareceram muitas preocupaçõesmas um monstro continuou rondandoa euforia do aquecimento e dosíndices animadores: o déficit públicomedido em trilhões de cruzeiros

Jornal do Brasildomingo, 29/12/85 ». Retrospectiva / 85 21

Diante' de uma nova realidade salarial,

provocada em grande parte pela

gradual extensão da trimestralida.de a

diferentes categorias profissionais, o

Brasil viveu, em 1985, numa euforia de

consumo. A indústria, apesar da

maciça retomada de investimentos, foiincapaz de atender a demanda...

5

...embora o movimento de Natal não tenhadeixado de fazer a alegria dos comerciantes.Entre as novidades, alinham-se velhosconhecidos do brasileiro, como a românticaVespa dos anos 60. Novos são oscomputadores, e a automação industrial,caminho que o Brasil tomou sob o olhardesconfiado dos sindicatos

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a Invesplan foi à praia vender ações da Petrobrás, com sucesso

Quando o recinto de negociações ficou pequeno para abrigar as operações

São Paulo — Foto de José Carlos Brasil

O presidente Sarney batiza o caça subsônico ÀMX o mais novo hit da Embraer

São Paulo — Foto de José Carlos Brasil

Robôs industriais começam a ser criados nas universidades, como este, da USP

Oportunidade e criatividadeFoto de Agulnaldo Ramos

De volta ao consumo

Após quatro anos de recessão, os fabricantesinvestiram pesado em novos produtos: alguns, como amáquina de costura de mão da Singer, fizeram sucessoentre os consumidores; outros, como a Coca-Cola comnovo sabor, colocada à venda nos Estados Unidos,revelaram-se um enorme desastre. Pressionada pelaqueda do consumo, a fábrica foi forçada a trazer devolta a velha fórmula, numa tentativa de recuperar-sefrente ao avanço da Pepsi, que lançou no Brasil atampa de rosca para seu refrigerante e abocanhou, esteano, 20% do mercado. A Vespa, uma velha mania,voltou à moda, e os computadores pessoais de 16 bits,mais poderosos que seus antecessores e escorados pelolançamento de 30 novos modelos, acabaram como asgrandes vedetes do Natal.

Mesmo a persistência da inflação não foisuficiente para conter o crescimento domercado de ações em 1985, que se tornou amelhor fonte de recursos para as empresassólidas, cujos lançamentos foramavidamente disputados e rapidamenteabsorvidos pelos investidores. Osprofissionais das instituições responsáveis

pelos lançamentos abusaram da criatividadepara vender seus papéis. O destaque, nestecaso, ficou para a Invesplan, que liderou acolocação de ações da Petrobrás e foiprocurar compradores para os títulos queoferecia até na praia, com o apoio de umpelotão de meninas uniformizadas emunidas de telefones sem fio.

Jato brasileiro

O ano foi dos melhores para a indústrianacional de aviação. Criada há duas décadas, apartir da fundação do Instituto de TecnologiaAeronáutica, a Embraer atingiu a maturidade:

vendeu cinco unidades do Brasília, seu novoavião turboélice, à Alemanha e, em convêniocom a Machi, da Itália, colocou no ar o primeiroavião a jato fabricado no Brasil.

Na era do robô

O ano marcou também a entrada do Brasil nopatamar da robotização da indústria. Natentativa de desenvolver tecnologia própria, asempresas nacionais do setor têm buscado aassociação côm universidades, algumas delas,

como a USP, com pesquisas avançadas naárea. Os robôs, porem, têm dado dores decabeça aos sindicatos, que, preocupados com oemprego de seus associados, criticam osinvestimentos neste tipo de indústria.

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22 a Retrospectiva / 85 -a domingo, 29/12/85

Foi um ano de muitos perdedores.Dentro e fora dos campos de

jogo, alguns favoritos — dos técnicos e

do público — experimentaram ogosto

da derrota mesmo em dia de vitória.

Foi o caso da Seleção Brasileira, que1 saiu debaixo de vaia do Morumbi após

garantir sua vaga na...

Jornal do Brasil

...próxima Copa do Mundo. UmaSeleção que jogou mal, trocou detécnico, de jogadores, de tudo, e hojeestádesfeita e acéfala. PerderamEvaristo,os novos que não deram certo, otorcedor. Como perderam, cadaqual aseu modo, em outros esportes, Maguila,McEnroe e a rebelde Jaqueline.

A Seleção abandonada

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Toca da Raposa, 17 de abril — Deffim Vieira.vmmsmzMmmmmmMMmmmm. mm —'i». ^— ——g :—rFW wr MM ¦ i IB

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; —_ :A solidão de Casagrande é a imagem da Seleção Brasileira após as eliminatórias: esquecida pelos dirigentes, sem técnico e sem comando, a cinco meses da Copa do Mundo

Aeroporto do Galeão, 22 de maio — Ari Gomes

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As Copas do Mundo, na verdade,começam no ano anterior: é, igualmente, umano de decisão, de eliminatórias, de definiçãodos finalistas. As eliminatórias, emboratumultuadas, acabaram como se previa e aSeleção Brasileira garantiu sua vaga noMéxico. Mas em termos de definição foi umano praticamente perdido: na antevéspera doMundial, o Brasil não tem técnico, não temSeleção e sequer elegeu o novo presidente daCBF.Grande parte de 1985 perdeu-se nadiscussão sobre a necessidade e a importânciade convocar os brasileiros na Itália, comoZico, Júnior, Cerezo, Sócrates e Edinho(Falcão estava contundido). Evaristo deMacedo, por exemplo, técnico escolhido paraconduzir a Seleção nas eliminatórias,subestimou os chamados "italianos".

Desatualizado em relação ao futebol brasileirodepois de passar muitos anos no exterior esem tranqüilidade emocional para um cargode tanta responsabilidade, Evaristo fracassou.No seu breve currículo à frente da Seleção,inscreveu-se a primeira e única derrota do

Brasil parâ a Colômbia (1 a 0 num amistosoem Bogotá).Na volta da excursão depois de perdertambém para o Chile (2 a 1 em Santiago),Evaristo quase foi agredido pela torcida, foicontestado pela imprensa e demitido pelopresidente da CBF, Giulite Coutinho. A umasemana do início das eliminatórias, o Brasilcomeçou tudo de novo, nomeando Telê parao lugar de Evaristo. Com Telê, vieram os"italianos" e, com eles, a classificação nosjogos com Paraguai e Bolívia.A Seleção se classificou, mas nãoconvenceu. No dia 30 de junho, depois deum pobre empate dc 1 a 1 com a Bolívia, aequipe se desfez. Desfizeram-se também aComissão Técnica e o otimismo da torcida.No lugar deste, instalou-se a dúvida: teriamos "italianos", todos com mais de 30 anos,condições para agüentar até a Copa doMéxico, em meados de 86? E, se nãotiverem, quem serão os substitutos? Quem seelegerá presidente da CBF? Quem será otécnico? O ano termina sem que se saibam asrespostas. Em 86, começa tuao de novo.

"Nem, sei como vou gastar meus cinco milhões de dólares"— De Evaristo, reagindo aos jornalistas ao voltar da malsucedida excursãoda Seleção Brasileira pela América do Sul, poucas horas antes de serdemitido da CBF.

Evaristo 7cercado de policiais, a um passo da demissão

Um sonho vai à lonaSorocaba, 18 de novembro — Sérgio Tomisaki

Nem John, nem JackieMelboume, 29 de novembro — Reuters

No chão, derrubado pelo holandês, o paraibano Maguila

O sonho do paraibano AdilsonRodrigues, o Maguila, não duroumuito. Como um Primo Carneradaqui e de agora, iludido pelaesperteza dos outros e pelaprópria ingenuidade, acreditouque seus sonhos podiam levá-lo avôos altos, quem sabe até o títulomundial dos pesos pesados.Engano. Na tarde de 18 denovembro, em Sorocaba, SãoPaulo, enfrentando André van derOeterlaar, um holandês corpulentoe pesadão, mas de técnica quaseprimária, não foi além do quinto

assalto. Nocauteado, o rostocastigado pelos sucessivos golpesdo adversário, Maguila pareciadescobrir ali, surpreso, algumasverdades que jamais escaparamaos experts do boxe: sua guardavulnerável, a lentidão, o estilomal trabalhado e, acima de tudo,a fragilidade de um queixo quelembrava mesmo o de Carnera.Foi um dos grandes perdedoresdo ano. Despertado do sonho,dizem que já pensa em trocar asluvas pela antiga profissão:leão-de-chácara.

"Este homem é um cavalo" — de Adilson

"Maguila" Rodrigues, ao ser nocauteado peloholandês André van Oeterlaar.

"Eu SOU do avesso mesmo" — de Jaqueline

às vésperas de ser cortada da Seleção Brasileira deVôlei por vestir o uniforme do lado do avesso,escondendo o nome do patrocinador.

Uma das muitas quedas de McÈnroe num ano de pouca sorte. Aqui, o adversário era Dannie Visser|

Floresta Country Club, 22 de agosto — Custodio Coimbra No perde e ganha do ano, nem sempre foipossível determinar quem realmente perdeu ouquem, parecendo ter perdido, ganhou. Foram oscasos do tenista americano John McEnroe e da

jogadora de vôlei brasileira Jaqueline. Nasquadras, a estrela do primeiro não brilhou com aintensidade de outros anos. Perdeu jogos etorneios, deixou de ser o número um do ranking,sofreu inúmeras vaias das mesmas platéias queantes o aplaudiam, teve crises agudíssimas de mauhumor, numa delas agredindo a socos umfotógrafo. Mas, infeliz no jogo, foi o oposto noamor. Apaixonou-se pela atriz Tatum 0'Neai,viveu com ela um romance meio cinematográfico,um filho dos dois está a caminho. Já Jaqueline, deinício parecia ter ganho a justa guerra que tratavapara defender o direito do atleta receber pelapropaganda que faz nos uniformes que veste. Maso todo-poderoso Carlos Nuzman, presidente daConfederação Brasileira ae Vôlei, impôs suavontade. Puniu-a cortando-a da Seleção (tambémnos chamados esportes amadores os dirigente'", seconsideram mais impoitanlcs que os atleta>)Jaqueline desabafou: "Como sou ;> primera aprotestar, me estrepo." No esporte, como en-tudo, nem sempre o vencedor é o mocinho.m_mr_mtrnmiMrriirri •- -H

Nuzman sorridente por ter derrotado a triste Jaqueline

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Jornal do Brasil

Na história do futebol do Rio de

Janeiro, nunca os estádios estiveramtãovazios. O torcedor sabe das

coisas, nãose deixa enganar. Sua fugafoiuma resposta ao Campeonato

desorganizadoe suspeito que lhe foioferecido. Um Campeonato onde nem

sempre o futebol...

domingo, 29/12/85 t> Retrospectiva / 85 ? 23

...venceu. E onde grandes clubes,comoo glorioso Botafogo,sucumbirammelancolicamente. Foitambém um ano deviolência.Dramas no Brasil, tragédia naBélgica. Um ano, sobretudo,ondecraques como Zico e Sócratestrocaram o palco pela platéia.

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O dilema do juiz Wilson Carlos dos Santos: apitar o jogo ou esquivar-se do torcedor que invade o campo

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O torcedor respondeu com sua ausência ao Campeonato de 85

Bilhões pela janela Maracanã, 29 de agosto — Almir Veiga

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Da guerra à farsa Maracanã, 30 de outubro — Luiz Morier/ Estádio da Ilha do Governador, 15 de setembro Chiquito Chaves

"Foi um gol sangrado. A torcida

empurrou a bola com os olhos para que

ela entrasse"— de Andrade, sobre o gol com

que Leandro empatou o Fla-Flu.

"Não vou trocar meu chope gelado pela

caipirinha" — de Moisés, ao recusar a propostado Santos para que ele se transferisse do futebolcarioca para o paulista.

O torcedor aeena com dinheiro para o bandeira

Os campos de batalha

O dilema do juiz Wilson Carlos dos Santos: apitar o jogo ou esquivar-se do torcedor que invade o campo

Uma tragédiaque comoveuo mundo:numa brigade torcidas,39 mortos emBruxelas

Não foi um ano feliz paraGeorge Helal e, pior que isso,não foi um ano feliz para oFlamengo. Helal deu azar nosnegócios particulares, quase foipreso e nem mesmo suasmanobras mais bem urdidastiveram êxito. Com muitoesforço e até com tinoempresarial, recuperou para oBrasil dois craques autênticosperdidos na Itália — Zico eSócrates — investindo bilhõesde cruzeiros, mas, paradesespero da torcida, os doisficaram fora de combate porcausa de contusões. Zico logofoi atingido por um dessespontapés que se tornaramcorriqueiros no futebolbrasileiro e Sócrates nemchegou a estrear: sofreu umafratura num treino de rotinana Gávea. Um e outro, depernas gessadas e muletas,transformaram-se na tristeimagem de um time mutiladoque só chegou às finais porcausa do peso de sua camisa eda categoria de uns poucoscomo Leandro e Adíiio. Mas oFlamengo de Helal já está hátrês anos sem título.

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vandalismo. Mas nada secomparou à "Tragédia deBruxelas": torcedores inglesesprovocaram um conflito deproporções tão graves antes dojogo entre Liverpool eJuventus, pela Copa daEuropa, que 39, pessoastombaram mortas no EstádioHeysel. Sinal dos tempos: oódio invadiu os estádios.

Gávea, 24 de novembro — André Durão

Nunca a velha frase deOndino Viera — "O CampeonatoCarioca é uma guerra" — foilevada tão ao pé da letra pelosdirigentes dos clubes que lutarampelo título. Houve um pouco detudo: manobras de bastidoresdesrespeito aos regulamentos,acusações mútuas, suspeitas,rumores de suborno, olhosfechados à violência. 0 torcedor,sabiamente, fugiu dos estádiosquase o ano todo. A guerra, derepente, adquiriu aos seus olhos aforma de uma grande farsa. Naverdade, poucas vezes o nível dosdirigentes diretamente envolvidoscom os destinos do Campeonatofoi tão baixo: contraventores,advogados de contraventores,homens que se gabam de suacapacidade de trapacear, a pontode se intitularem "reis dotapetão". Isso e mais os mausjuizes e o discutido presidente daFederação, conhecido como Caixad'Água. Uma guerra e uma farsa.Não faltaram, claro, os grandesmomentos. Aqueles em que a

magia do futebol e o brilho docraque prevaleceram. Por conta deum Flamengo que superou seusproblemas maiores (a perda deZico e Sócrates, o começooscilante, as crises internas emtorno de seu presidente) parachegar às finais. O heróico gol deLeandro, no último Fla-Flu,simbolizou essa superação. Porconta também de um Banguinteligente, criativo, de futebolalegre, a menina dos olhos debanguenses e "neutros". O técnicoMoisés, responsável pelofuncionamento dessa máquina,merecia pelo menos um dos títulosque disputou ao longo do ano. Epor conta, ainda, do Fluminense,tricampeão cuja festa acabou nãosendo tão grande como devia: oerro com que o juiz José RobertoWright o beneficiou na finalacabou virando água no chope.Mas foi um tricampeão deméritos, movido pelo coração epelo talento de Romerito, queafinal sobreviveu, vitorioso, àguerra e à farsa.

Zico. atingido por Márcio, está no chão, enquanto os companheiros reagem. O Fia de Helal começa a cairà.

Sócrutes, fora de combate

Moisés armou um excelente time. Merecia sorte melhor

Torcedores invadindo o '***¦ f

campo, agressões a juizes,dirigentes e seus guarda-costasarmados em pleno gramado,

Çoliciais e seus cães em ação.

udo isso aconteceu nosestádios brasileiros. O país foiapenas um foco da violêncianos campos de futebol. NaInglaterra, condenaram umtorcedor por atos de

Maracanã, 10 do novembro — Delfim Vieira

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Nas quadras de tênis, a raquete joveme vigorosa de Boris Becker. Nas

piscinas, as braçadas sem limites deMichael Gross. Nas pistas, o fôlego e a

stamina de Steve Cram. Todos elesheróis de um ano repleto de feitos,

conquistas, recordes e emoções. Ano de

futebol apaixonado...

... e brilhante, refletido, em planosdiversos, na arte de Marinho, Romeritoe Platini. Ano de vitórias paraGoncinha, jóquei maior. E ano tambémde juventude, dos garotos do São Paulo,da moda dos bermudões, de novasondas como o bodyboarding. O esporte— como a vida — se renovando.

Romerito dribUi GUmar e vai c^tar para as redes. 0 gol nao vale, nias o tri sim 0 torcedor sa6e^ Ma,rinhv

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Para que verule-lo? 1985 vai leva-lo dSelegao

Copacabana — An Gomes

Os triatletas de

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A vez de Prost, o 1° franees campeao da F-l

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O torcedor sabe: Marinha é craque. Para que vendê-lo? 1985 vai levá-lo à SeleçãoRomerito dribla Gilmar e vai chutar para as redes. 0 gol não vale, mas o tri sim

Os craques de bola

Maracanã, 18 de dezembro — Ari Gomes Estádio Proletário, 30 de julho — Ari Gomes

Se a Fórmula-l reencontrou,com Ayrton Senna, um poucodo espetáculo, da ousadia, dasemoções que estavam relegadas asegundo plano pelasupervalorização das máquinas,em detrimento dos pilotos, aFrança deve ao pequenino Alain

Prost sua inscrição definitiva norol dos ganhadores. Desde oprimeiro Mundial, em 1950,nenhum francês havia conseguidoo título da principal categoria doautomobilismo. Vice-campeão em83 e 84, ao perder para NelsonPiquet e Niki Lauda, Prost teveenfim a sua vez.

tricampeão e o seu Paraguai a voltar àCopa do Mundo depois de 28 anos.Jogador completo, técnica e coraçãosomados, símbolo do moderno futebolsul-americano. Mas o "dono domundo", como dizem os italianos, foium francês de 30 anos: Michel Platini.Campeão mundial pelo Juventus,ajudou a classificar seu país à Copa,foi pela terceira vez apontado pelaimprensa européia como o maiorjogador do continente. E pouco.Platini, cada vez mais perto daperfeição, é mesmo o dono do mundo.

"Eu jogo pela camisa, me sacrifico

porque acredito no que faço" — de

Romerito, depois de criticar alguns companhei-ros no Fluminense que se entregavam a farrasem pleno curso da Taça Libertadores da Amé-rica.

A volta da ousadiaBrands Hatch, 6 de outubro — Reuters

Nem Cruz (D) conseguiu vencer Steve Cram em 85

Steve Cram já havia sido campeãomundial dos 1.500m em 1983 emedalha de prata dos JogosOlímpicos de Los Angeles, namesma prova, ano passado. Masfoi preciso que cie, um inglês de25 anos, completados a 14 deoutubro, se transformasse num

superatleta para ser reconhecidounanimemente como um dosvencedores da temporada. Trêsagências internacionais — AP,UPI e France Press — o elegeramatleta do ano, sensibilizadas porseus três recordes mundiais numespaço de 19 dias: 1.500m, milhae 2.000m. Alegre como seu futebol, o vitorioso Michel Platini

A moda imita a moda

"Esta vitória me fez esquecer pormomentos a tragédia de Bruxelas" —

de Michel Platini, ao se sagrar campeão mun-dial de clubes, em Tóquio.

Nasce um superatleta

Marinho, Romerito, Platini. Apesar detudo, são ainda os craques que fazema grandeza e a alegria do futebol. Emtodos os níveis. Marinho foi o númeroum do futebol carioca, um jogadorque conseguiu a façanha de, aos 28anos, quando muitos já estãopensando em parar, sair de um quaseanonimato para a condição defranco-favorito à ponta direita daSeleção Brasileira. Sabe tudo. Dribla,corre, ocupa espaços, passa, cabeceia,faz gols. Romerito brilhou aqui e láfora. Levou o Fluminense a sagrar-se

Ao estilo de Rigoni

Há 14 anos, o grito"Dá-lhe Rigoni" não ressoamais pelas tribunas doHipódromo da Gávea. Depoisdele, outros jóqueis fizeramlevantar o público— comopor exemplo Juvenal Machadoda Silva, o chileno GabrielMeneses, Édson Ferreira e ocampeão Jorge Ricardo, líderdas estatísticas — mas semalcançar o nível clássico queGonçalino Feijó de Almeida, oGoncinha, 30 anos, exibiu aolongo deste ano, em quevenceu nada menos que 16grandes prêmios e se firmoucomo o melhor e mais técnicojóquei em atividade no país.Entre as vitórias mais bonitasde Goncinha, destacaram-se ado Grande Prêmio São Paulocom a égua Bretagne (St.Chad cm Oscilação) e a doDerby carioca, Grande PrêmioCruzeiro do Sul, com Grison(Falkland em Liselotte), ocavalo do ano, vencedortambém do Grande PrêmioBrasil. Mais do que isso:Goncinha reviveu a tocada àmoda violino, fazendo comque os turfistas matassem assaudades do melhor estilo domestre Luís Rigoni.

consagrar os bermudões

Hipódromo da Gávea, 9 de maio -José Camilo da Silva

Os uniformes esportivos —que se modernizaram a partir domomento em que se inspiraramnos traços dos grandes estilistas —fizeram o inverso cm 1985. Isto é,ditaram a moda. Aconteceu comas bermudas de lycra, que deinício vestiam apenas os ciclistas,depois foram adotados pelostriatletas e acabaram setransformando em roupa de todasas horas, na praia, no cinema, nobar, nas academias. Homens e

Barra, 2 de agosto — Viviane Rocha

mulheres aderiram à moda,colorida, colante, o comprimentomaior que o do short tradicional.Hoje, o bermudão está em todas.Nas calçadas e sobre as pranchasde bodydoarding. Este, por sinal,outra das modas do ano.Conhecido também por Moreybuggie (uue na verdade é o nomeda pranena e não do esporte),este novo desafio das ondas domar, dizem, veio para ficar.

Goncinha,locandoo violino

Com sua Moreybuggie, Gisele seprepara para overão

JORNAL DO BRASIL

Rio de Janeiro — Domingo, 29 de dezembro de 1985

CADERNO

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Os melhores do ano e o

balanço de quem

ganhou e

quem perdeu

MúsicaAo som eno embalodos festivaisPÁGINAS 6 e 7

CinemaUm ano quefoi muitoestrangeiroPÁGINA 8

O ano do desacordo

Zuenir Ventura

Televisão

Quem seafirmou foio jornalismoPÁGINA 10

SE

84 foi para a cultura o anodo consenso, tecido pelacampanha das Diretas e pelaeleição e morte de Tancredo,85 foi o ano do dissenso, isto

é, do debate e da polêmica; em umapalavra, do desacordo. Os intelec-tuais e artistas discutiram, brigarame se xingaram como há 21 anos nãpfaziam — pelo menos entre si. Àprimeira vista, foi o fim do mundo.Afinal, graças ao consenso foi que sederrubou o regime militar; foi porcausa de um grande acordo que seinstaurou a Nova República e, final-mente, foi em função da unidadecontra o inimigo comum, a ditadura,que os intelectuais forjaram uma po-derosa frente ampla e cimentaramuma espécie de pacto de não-agressão que, firmado em 64, consoli-dado em 68, só agora em 85 se rom-peu. Oitenta e cinco desarrumou oque 84 tinha arrumado — na aparên-cia. Mas isso, em lugar de ser o fim domundo, parece ser o começo de ou-tros tempos.

Até o ano passado ainda se vivia ailusão de que a inteligentsia era umagrande família cuja inabalável uni-dade só era perturbada pelo inimigo,contra o qual estiveram todos deacordo durante duas décadas. Se 85apresentou-se como um ano descon-fortavelmente divisionista, foi pelomenos mais franco e sincero. Eledeixou que se arrebentasse o históri-co saco de gatos que continha toda aoposição, permitindo que se visseque nem todos aqueles gatos erampardos. A ditadura não deixava per-ceber que havia ali muito mais corese contradições. Sob esse aspecto, 85talvez tenha sido o último ano datransição e o primeiro em que de fatoa democracia começou a dar as carasnos arraiais da cultura. Democracia,

como se sabe, dá muito mais traba-lho do que ditadura. Dói menos, mascusta mais e é incômoda. Curiosa-mente, só agora, na metade, é que osanos 80 resolveram mostrar que têmalgo de novo a oferecer. A confusãotoda deste ano não deixa dúvida:estamos caindo na democracia, oque vale dizer, no desacordo e nadiferença.

Vivemos cinco anos nos espojan-do no entulho autoritário achandoque o estávamos removendo, só por-que ainda insistíamos em nos pôr deacordo. Tentou-se a qualquer preçomanter o consenso e afastar o dissen-so, mas finalmente a democracia,ainda que em construção, acabouimpondo a pluralidade. É evidenteque, como este ano mostrou, nada émais difícil do que ser plural. O chatoem ser plural não é a obrigação deaturar o outro, mas a de aceitar ocontrário. Tolerar o outro não é na-da, desde que seja igual oú parecido.O problema é ser tolerante quando ooutro é o oposto.

A primeira lição de 1985 foi, por-tanto, a de que democracia não éconsenso, mas dissenso. Em termosde opinião, todos só são iguais peran-te a ditadura. Na democracia tudo édiferença.

A outra lição do ano é que oconsenso é mais útil para derrubardo que para edificar. Hoje se sabe,com clareza, que todos os movimen-tos consensuais de 84 foram na ver-dade não a favor, mas contra. Ascampanhas pelas Diretas e pró-Tancredo foram mais de oposição aoregime militar do que de apoio aoque explicitamente propunham. Asdiretas hoje náo conseguem juntarnem Brizola e Lula — e Tancredoagora dificilmente seria uma candi-datura consensual.

Se democracia é desacordo e plu-ralismo, 1985 foi, do ponto de vistada cultura, um bom ensaio democrá-tico. Desacordo e pluralismo houvedo princípio ao fim, literalmente. Apolêmica começou em janeiro, com oRock in Rio, e aVançou até dezem-bro, com a entrevista de Fidel Cas-tro, passando por todas as áreas du-rante o ano: teatro, cinema, música.Tomou-se posição em relação ao Mi-nistério da Cultura, debateram-se o"novo" e o "velho", discutiu-se vio-lentamente o Corsário do Rei, deAugusto Boal, defendeu-se e acusou-se o besteirol, brigou-se pela "culturada broa de milho" e foi-se fervorosa-mente a favor ou contra a exibiçãode Je vous salue, Marie, de Godard.

Quando o Rock in Rio invadiu aterra do samba, a cidade se dividiu:ou se era contra ou a favor — comonos velhos tempos. Mas não deu mui-to trabalho concluir que uma prefe-rência não exclui necessariamente aoutra; o hábito da exclusão era coisavelha. Nem o rock acabou com osamba, nem vice-versa.

AINDA

que seu entulho te-nha permanecido residual-mente em várias ocasiões eepisódios, pode-se dizerque o maniqueísmo come-

çou a sair de moda em 85. É verdadeque ainda se patrulhou muito, mas ohit da estação foram os debates. De-bateu-se — nem sempre as idéias —mas debateu-se, com todas as difi-culdades de quem está começandoou recomeçando. De qualquer ma-neira, antes isso do que o silêncio.Debateu-se e dessacralizou-se. Oexemplo mais notório foi o debate doCorsário do Rei aqui no BEspecial,certamente a polêmica cultural doano. Seus excessos — criticados mais

por serem contra do que por seremexcessos — deixaram muitas feridas,mas também a indicação positiva deque nos novos tempos ninguém —nem mesmo com um passado glorio-so — está acima das críticas, justasou injustas. Aliás, o passado, glorio-so ou não, foi uma das obsessões doano. Alguns olharam para ele comuma certa nostalgia — Ah! os anos 60— e outros, os jovens, para xingá-lo.A impressão é que se andou para afrente, mas olhando para trás. Maisdo que o passado, só a busca do"novo". Até a TV-Globo achou que otinha encontrado. Falou-se e discu-tiu-se tanto o tema que talvez náotenha sobrado tempo para praticá-lo, pelo menos com a freqüência comque se falou. Os jovens reclamarammuito: ora da própria inutilidade,ora da falta de meio narcisista, quepareceu às vezes ter criado uma ge-ração do eu: "eu me amo, "eu usoóculos", "a gente somos inútil". Mastalvez seja impressão. A eles, os jo-vens, as artes dos anos 80 ficamdevendo a volta do humor e da irre-verência. Se não tivesse outro méri-to, a cultura do besteirol teria esse:ela desmoralizou com o riso a sisudezda cultura criada sob a ditadura. Épossível, dirão os críticos, que essacultura tenha produzido mais atitu-des do que obras. Mas tudo bem. Ageração dos anos 70 também foi as-sim. Ao besteirol e seus autores vai-se ficar devendo a melhor agitaçãode 85, mesmo quando caiu num certoe perigoso obscurantismo ("Brecth éum chato" etc). Graças a essa gera-ção, 1985 foi um ano táo polêmico.Um ano que, ao contrário do consen-so tipo Benedito Valadares — "ago-ra, que estamos de acordo, podemoscomeçar a reunião" —, parece terensinado que: já que estamos emdesacordo, vamos começar a reu-nião.

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TeatroO melhor

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1986, desejos

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200INTEGRANTES

80 TONELADASDE CENÁRIOS E FIGURINOS

YURI GRIGOROVITCH

GALINA ULANOVA.C.RMÁKIOS & FKiimiNOSSIMON V1RSALADZE

< NATALiA bessmertnova' LUDMILA SEMF.NIAKANINA SEMISOkOVA ^fli

MARIANA GRIGORIEVAMARIA BILOVA

NINA ANANASIIIVILI" . IREK MUIIAMEDOVSERGUEI RADCHÉNKO

ALEXANDER VETROVMIKHAIL GABOVICII

BORIS AKIIMOVYURI VASHJSIIENKO

Ri':(>i-:mt.s i>i: Okqíii mkano Ti atko Boi siioi

ALEXANDER KUPILOVEUAD MONSUROV.; «*•

Okqui sika do Ti aíko Min» icai no Kio i>i l|miKoOSIJ — OlIlll lSIIÜ SlNI <>NI< A IShAMI I IKA Uma

(r Repertóriof — Spartacus —

-.3 ATOSMusica di; A. Kiiatciiatukiao— O Lago dos Cisnes —

5 AIOSt: 1.1'II.OCiO -Música de P. Tchaikovsky... • • •'¦ -• H• ' . ' ."

— Ivan, O Terrível —- 2 aios i. i;rii.()(.o -

Música di; S. Pkokofiev

. — Raymondá — "V ^' - 3 ATOS - JMijsica nr. A. GliizuinOV

Assinatura Arstici.is

SrÀKTA< iis - 21 <lc m.iio ás 21:15 liO LÁ<ih nós Cisri s -22 Uc màíòás 21:15 h

Kaymow)A - 2'l dl' m.iio .is 21:15 hIvan, O Ti kuivi i - 2'J de inalo .is 21:15 h

Assina i ura BO UkiO dos Cisni s - 23 dt m.iii> <iy2 1:15 li

Rwmooda - 27 ilc maio as' 21:15 h'Ivan, O Ti.krivj i.'- 20 de nwio.is 21:151)

VesreráisKm monda - 25 dc maio as 17:15 h

Si'AkfACiis,rr I di junho as 17:15 h

TER

um ano inteiro pela frente, intei-rinho, novinho em folha, é como terum caderno branco, onde se vai cali-grafar. Mas não é só coisa escolar, é

tarefa de homem feito ou se quiserem, dehomem duplo, homem-menino, homem-peixe, homem-ave, que abre no azul as asascomo o peixe faz sua composição na linhadágua do mar.

Aliás, se a metáfora é recomeço e aordem é recomeçar, mais que ovo na suabrancura tenra, o Ano Novç, não é só clara egema, é hora de navegar. É como Colombo,quando cansado de estar contido num velhocontinente, desdobrou seus mapas sobre amesa e inventou o mar. Por isto, pode-sedizer que entrar nos portos de janeiro é coisade navegador que parte para o maralto semmedo de marear.

Mas já que a imagem da água não seesgota, ela ainda está a ondear, posso dizerque entre o trampolim de dezembro e apiscina de janeiro a esperar, tudo lembra ogesto do mergulhador a se atirar. Emborahaja os aqualoucos, não se deve despencar láde cima, aos uivos, destrambelhado, como senos empurrassem súbito, sem avisar. Entrarnas águas de janeiro não é bem um salto àscegas, é lição penetrar. Pode até, ao contrá-rio, ser um instante ornamental, um riscoestético no espaço a encantar, porque estesalto é sempre coisa pública, e o que importaé vir à tona, e a piscina, que é travessia,atravessar.

Ter um ano pela frente não é só coisa quese dá no azul. É jornada de agricultor com ocampo pela frente e o esse desejo verde desemear. Por onde ele passa começa algo a

florescer. E assim se pode dizer, que dezem-bro é o mês onde se avalia quem soube arar.Mas posso também dizer que há muito deculinária no gesto de recomeçar. Ali na mesaou calendário, estão os meses e as panelas, assemanas e os produtos, os dias e os temperosaguardando que no fogo do instante, cadaum saiba regular a chama, testar o sabordaquilo que vai servir aos outros e a simesmo alimentar.

Se eu dissesse que janeiro é mês de quemquer pintar, significaria que é quando o pin-tor recolhe as tintas do crepúsculo do que emdezembro era sol e se afogou no mar. Janeiro,então, é moldura, a tela branca provoca opincel, como o arquiteto sabe erguer na folhabranca o espaço onde morar.

Entrar em janeiro, por exemplo, não écoisa de preguiçoso ou desatento obrandosempre modos de enganar. Entrar em janeiroé coisa de quem avança, quem quer descorti-nar. Diria que é coisa de milionário, mais quede operário, porque em janeiro há uma reser-va imensa onde sacar. É coisa para investi-dor. Mas não esse investidor barato que viveda usura das horas. Falo do investidor queinveste seu corpo e sonhos, como se entrarem janeiro, fosse, antes de tudo, um ato deamar.

Ter um ano inteiro pela frente é o sonhode todo legislador. É como se houvesse umpaís novo a inaugurar e se pudesse refazer alei geral e a particular, decretar as manhãsde azul de abril, estabelecer parágrafos paraa primavera não findar e poder, em certosmeses, revogar o que de escuro e insidiosoquer na lei dos dias se infiltrar.

Ter um ano inteiro pela frente, eu lhesdigo, é coisa para o melhor amante. É coisapara aquele que de novo se fez macio e doce,como se pela primeira vez fosse, de fafo,amar. Olha-se o corpo da amada pela visãode seus janeiros. Os fevereiros de seus olhosconclamam a boca, que se abre em dedos emarços já com a urgência de abril. As mãosvão deslizando sobre as colinas de maio. Emjunho começam a cair as roupas pelo chão,mas revogando o inverno, entre perfumes ehálitos de julho, beija-se o seio de agosto,penetra-se a primavera de setembro e umsuspiro rubro arfa em pleno outubro, escala agarganta de novembro num gemido e sedesmancha em gozo num lençol de mel quan-do é dezembro.

Entrar em janeiro é coisa para quemcansou de rastejar. Por isto não é mês derépteis, mas de quem sabe saltar caprino,capricórnio como quem quer voar. É coisa dequem tem asas. Por isto, em janeiro a lagartase esforça, ela sabe que é hora de se meta-morfosear. Janeiro, a rigor, é quando as pelesrotas de dezembro se transformam em du-pias asas para quem quer recomeçar.

Tina Dumont Real, da-ma da nossa melhor socie-dade:

Espero que em 86descubram novas técnicasde emagrecimento. Nãoagüento mais fazer lipo.

¦Paz Estensoro, presi-

dente da Bolívia:Tudo o que desejo é

que em 86 a inflação naBolívia caia para 10.000%ao ano.

¦Leonel Brizola:

Desejo que a mãe doLula... bem, deixa pra lá.

¦Lula:

Desejo de todo cora-ção que a mãe do Brizolanão tenha um torcicolo.

¦Newton Cruz, o general:

Tudo o que peço para86 é que o delegado Borbo-leta atravesse na frente domeu carro.

¦Polila, o bailarino:

Espero ser eleito "ATestemunha do Ano".

¦Jorge Amado:

Não tenho muitasambições. Gostaria apenasde ganhar o Nobel de Lite-ratura.

¦Ulisses Guimarães:

Bem, depois de sercondecorado em 85 peloGoverno da Coréia do Sul,espero merecer a mesmahonraria do Governo doChile em 86.

¦Baby Consuelo:

Trigèmeos! Rã!¦

João Saldanha:Só tenho um pedido

para 86 — que o técnico danossa Seleção seja escolhi-do antes do final da Copano México.

¦Franco Montoro:

Desejo que em 88...perdão em 83... ou será 87?

¦D. Kiola, máe do presiden-te Sarney:

Só desejo que não fal-te nunca jerimum à mesado meu filho.

¦Abi-Ackel:

Em 86 espero afastaras pedras do meu caminhoà Constituinte.

¦Zico:

Espero só me contun-dir quatro vezes em 86.

¦Ronald Reagan:

Tudo o que esperoem Deus para 86 é que aNicarágua não resolva in-vadir os Estados Unidos.

¦Fidel Castro:

Espero fazer um pro-grama semanal na TVGlobo.

¦Roberto D'Ávila, jorna-lista:

Só penso em descan-sar durante o ano de 86.Vocês pensam que foi fácilsubir a Sierra Maestra nolombo de uma mula?

¦Jânio Quadros:

Tenho um sonho pa-ra 86 — ganhar no concursoanual de Los Angeles o tí-tulo de "melhor sósia deAbraham Lincoln".

Dilson Funaro:Desejo que a socieda-

de brasileira chegue a umconsenso sobre o combateà inflação antes que elaatinja 500%.

aDelfim Neto:

Em 86 o povo brasi-leiro vai sentir saudadesdos expurgos das acidenta-lidades.

¦William Rhodes, banquei-ro, gerente da dívida brasi-leira:

Vejamos se em 86 oBrasil entende de uma vezpor todas que o que é bompara os Estados Unidos ébom para o Brasil.

nJosé Sarney:

Não peço muito. Ape-nas que minhas ordens se-jam cumpridas.

BSimon Wizhental, caça-

dor de nazistas, ora sem tero que caçar:

Em 86 vou provarque Mengele continua vivoe morando em Piabetá.

¦Alberto Nahum, presi-

dente da Associação DeTorrefação e Moagem deCafé:

Espero que em 86 ocafé alcance preços maisjustos. Em 85 o quilo sóaumentou 1.904,5%

ESICastor de Andrade:—Só peço uma coisa pa-

ra 86 — quando o Bangu fordisputar a final, que, peloamor de Deus, indiquem oJosé Roberto Wright parajuiz.

E3Edvaldo Meira Barbo-

sa, diretor da AssembléiaLegislativa da Alagoas, sa-lário de 135 milhões pormês (fora mordomias):

Espero que o Goernoadote o reajuste trimestralde salários.

35O Povo Brasileiro:

Que a Nova Repúbli-ca não continue a cara davelha!

PELA PRIMEIRA VEZ NO BRASILO Globo

Pro jeto Cari.tonapresentam

Antônio Carlos Maga-Ihães:

Ano que vem esperome tornar um político decentro.

¦Moacyr Dalla, senador:

O que posso preten-der para 86? A oportunida-de para efetivar 1 mil 554funcionários na tinturariado Senado.

¦Alfredo Stroessner, presi-dente do Paraguai desde1954:

Será que vou ganharas eleições de 86?

¦Jorge Videla, general ar-gentino, condenado à pri-são perpétua:

Para mim, de agoraem diante, todos os anossão iguais.

BGiocondo Dias, secretá-

rio-geral do PCB:Por enquanto está

tudo bem, mas nunca sesabe. Torço para que oPCB chegue a dezembro de86 ainda na legalidade.

BOrestes Quercia, virtual

candidato ao Governo deS.Paulo:

Tudo o que peço éque o Fernando HenriqueCardoso fique longe da mi-nha campanha eleitoral.

flAgripino Lofo, dono da

funerária Pé Junto:— Se não é pedir de-

mais, espero que em 86 ocusto de vida baixe, mas ocusto da morte suba.

2 n CATfERNO B 'Especial o domingo, 29/12/85 JORNAL DO BRASiX,

Affonso Romano de Sant'Anna Carlos Eduardo Novaes

Aureliano Chaves:Em 86 espero que-

brar só um braço.B

Boris Pfizer, "single":Espero que em 86 in-

ventem uma secretária ele-tróniqa.que faça café e abraa porta.

BAlternar Dutra, presidentedo Botafogo:

Rezo todas as noitespara que em 86 se descubrapetróleo sob o gramado deMarechal Hermes.

JORNAL no BRASIL

PERDEUM

POUCO 00

JORNAL DO BRASIL

Na ponta do lápis

O ex-Ministro Delfim Neto já fez suaopção partidaria: sai do PDS e ingres-sa no PTB.

Ele fez esta revelação na semanapassada em uma mesa do Florentino,da qual participava — entre outrascelebridades da Velha e Nova Repúbli-cas — o Ministro das ComunicaçõesAntonio Carlos Magalhães.

AUDIÊNCIA

TOTALFoi de 100% o índice de audiência

no primeiro escalão do Governo doprograma Conexão Internacional coma entrevista do Sr Fidel Castro.

O Presidente Sarney e todos os seusministros civis e militares assistirama ele no próprio dia da transmissão.

O último que faltava para fechar opacote, o Ministro Aureliano Chaves,enfrentou anteontem o tape de duashoras do programa em sua cama noHospital Sara Kubitschck, em Bra-sília.

Delfim está fazendo a seguinte con-ta: em São Paulo existem 12 milhõesde eleitores. Como ninguém é indife-rente a ele, se 99% dos eleitores oodiarem — a expressão è dele — umpor cento certamente vai votar nele.

Isto dará ao ex-czar da economia120 mil votos e uma cadeira na Consti-tuinte.

À ESPERA

DE VAGASO Itarnarati está torcendo para que

1986 seja realmente um ano bom.Isto eqüivale — na expectativa dos

diplomatas — que seja aprovado oprojeto, já pronto, de reformulação dacarrière, abrindo novas vagas no topo.

Hoje existe, pela complicada siste-mática de promoção, um verdadeirogargalo no topo: 17 Embaixadoressem numero, impedindo o avanço dosnovos. Nada abre novas vagas e ape-nas quatro Ministros de 2a Classe po-dem ser promovidos por ano.

¦ ¦ ¦

Duas propostas• Depois de verificar nos últimos diasque o café, na Bolsa de Mercadoria,abriu e fechou em alta, o cafeicultorAbreu Sodré comentou:

— A menos que se revogue a lei da

oferta e da procura, nem o céu é olimite para o preço do café.• Abreu Sodré anda conversando como Governo sobre isto e está fazendoduas propostas, que podem ser acel-tas: acabar com a bonificação ao ex-portador e importar café da Colômbia.

Comparação Poder de veto• De uma astuta raposa do Planalto,em momento de divagação político-natalina:

— O Presidente Sarney é o Fitti-paldi do Executivo. Não corre muito,mas mantém uma velocidade sufi-ciente para esperar os outros que-brarem.

Dois fenômenosUm fenômeno curioso atingiu o fe-

chadíssimo mercado de títulos doCountry Club do Rio.

A oferta é maior que a procura, valedizer existem mais títulos à venda doque interessados em comprá-los.

O fato é inédito na história do clube.

Nem por isso os preços baixaram.O que já constitui outro fenômeno.

domingo, 29/12/85 ? CADERNO B/ESPECIAL ? 3

OZIMO

Foto de Rubens Monteiro

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Partiu do presidente da Confede-ração Nacional da Indústria, Sena-dor Albano Franco, o veto à divul-gação de uma nota das classes pa-tronais brasileiras contra a CUT. Ofuror do empresariado contra a cen-trai sindical petista foi provocadopela divulgação da proposta de lutaarmada, tempos atrás.

A nota dos patrões unidos estavapronta e redigida em termos duríssi-mos, quando Albano Franco entroucom o "deixa-disso" e propôs umaconversa com o Presidente JoséSarney.

A nota inédita foi engavetada naFederação Brasileira de Bancos.Precisamente, aliás, onde foi redi-gida.

A Sra Maritza Osório e o Sr GustavoAfonso Capanema em recente reunião

elegante

—Roda-Viva——Está no Rio para as festas de fim de ano a Sra Lisa

Salomon. Viaja para Punta dei Este dia 2 e de lá, umasemana depois, para a Suíça.

Isa e Júlio Bozano na noite do Antonino.Heloísa e Marcelo Medeiros recebem amigos para a

passagem do ano em seu apartamento, com direito àqueima de fogos do Méridien.

Chega ao Brasil dia 6 uma comissão parlamentarnorueguesa para uma série de encontros com autorida-des econômicas brasileiras.

O nome do professor Arnaldo Niskier está sendoindicado por unanimidade pelo PMDB para ocupar oMinistério da Educação na nova composição do Gover-no Sarney.O jornalista Roberto d'Ávila será o entrevistado deamanhã do programa Advogado do Diabo. Evidente-mente, no menu, a entrevista de Fidel Castro.

A Denison rompe o ano comemorando a conquista detrês novas polpudas contas de publicidade — o Progra-ma Nacional de Desburocratizaçáo, o Instituto Nacio-nal de Alimentação e Nutrição e o pool de empresas deaviaçáo do segundo nivel que está inaugurando os vôosentre Rio—Sáo Paulo—Curitiba e Belo Horizonte.

O réveillon do Palace Club — o antigo Castel — seráanimado com o som da bateria da Mocidade Indepen-dente de Padre Miguel.

O presidente da FIFA e Sra João Havelange passam oAno-Novo em Angra com a família.

Também em Angra, recebendo um grupo de amigos,passam o réveillon Rosa e Armando Klabin.

A Sra Helena Gondim recebe para cocktails dia 9 noMarina Palace, festejando seu aniversário e o da Sra LiaNeves da Rocha.

Repetindo o sucesso dos anos anteriores, o Iate Clubedo Rio de Janeiro promove de novo sua festa deréveillon, já com mais de mil convites vendidos.

Carga pesada

Temoro Prefeito eleito de Sáo

Paulo, Jânio Quadros, es-tá prometendo acabarcom pivetes, ladrões,trombadinhas, assaltan-tes e similares na capitalpaulista.

Espera-se que Jâniosimplesmente não os ex-pulse para o Rio, onde osolo já lhes é mais do quefértil.

De mudançaO Deputado Aloisio Ma-

ria Teixeira Filho, preocu-pado com a ameaça de nãovir a ser reeleito nas próxi-mas eleições pelo PMDB,está estudando a idéia deacompanhar o DeputadoCláudio Moacir — mais to-do o grupo chaguista —em sua mudança para oPDT.

Os dois, Teixeira e Moa-cir, já conversaram a por-tas fechadas com o Gover-nador Leonel Brizola, de-vendo entrar em 86 já comas fichas de filiação aoPDT devidamente assi-nadas.

Sinal verdeO colegiado da Comis-

sáo de Valores Mobiliáriosaprovou por unanimidade— 5 x 0 — a decisão de seupresidente, Adroáldo Mou-ra da Silva, de anular aposição assumida pelaBolsa de Valores do Rio deJaneiro de vetar a entradano mercado da corretoraInterunion.

Por duas vezes este anoo Conselho de Administra-ção da Bolsa vetou a cor-retora, usando seu poder,jamais contestado até en-tão, de distribuir bolaspretas.

• A reviravolta certamen-te fará tremer os alicercesda Bolsa de Valores.

No que depender da Co-missão de Valores Mobi-liários, as subsidiárias daPetrobrás — mais especifi-camente a Petroquisa e aPetrobrás Distribuidora —terão suas ações vendidasao público no próximoano.

O presidente da CVM,Adroaldo Moura da Silva,vai procurar nos próxi-

mos dias o presidente daPetrobrás, Hélio Beltrão.Os Deputados e Senado-res serão contactados porAdroaldo antes de volta-rem do recesso parla-mentar.• O presidente da CVM es-tá convencido de que estaé a melhor forma de inje-tar recursos na empresa,deixando intocado o mo-nopólio da União.

Auto-

suficiênciaA economista Maria da Conceição Tavares, preo-

cupada com os rumos da Comissão que examina oSistema Financeiro da Habitação, ligou para umeconomista paulista, seu amigo, pedindo conselhos.

Conceição falou durante 30 minutos e não permi-tiu que seu interlocutor sequer ábrisse a boca.

Antes que ele pudesse dizer o que pensava, Concei-ção agradeceu muito os conselhos e desligou.

PRÊMIO DECONSOLAÇÃO

Um conhecido sociali-te carioca, que até pou-co tempo atrás alimen-tava na própria cabeçaa idéia fixa de tornar-seEmbaixador na França,chegou finalmente aoPoder.

E agora o todo-poderoso síndico de seuprédio, na Barra da Ti-juca.Mas não está conten-te: quer ser o síndico detodo o condomínio.

¦ ¦ ¦

¦ ¦

Operação retirada• Discretamente, LuísCarlos Levy deixou a vice-presidência executiva doBanco Itaú. Seu irmão,Paulo Roberto Levy, dei-xou também de forma dis-creta a corretora Levy,Vieira, Pereira Lopes, que

Criatura x criador• O Governador João Al-ves, de Sergipe, está as-sustando o clã dos Francocom a ameaça de lançar oPrefeito José Carlos Tei-xeira candidato ao Gover-no do Estado, atropelando

!'i

Bombons

de ouro

Não foi dos mais tran-qüilos o Natal do empresa-rio Rui Barreto.

Uma de suas empresas,a Behring, foi multada pe-la Secretaria de Fazendado Estado em CrS 8 bi, poroperações interestaduaiscom produtos, basicamen-te chocolates.

Foi o Natal mais caroque já teve em toda suavida.

já trocou sua razão socialpara Corretora Reserva.

O pai de ambos é oDeputado Hebert Levyque, como se sabe, estádeixando o conselho deadministração do Itaú.

Não é mera coincl-dência.

as pretensões do SenadorAlbano Franco.• O Senador, preocupado,anda contratando novosassessores e fazendo ascontas dos políticos aindafiéis aos Franco em Ser-Kipe.

Fred Suter

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o empresário, comandou uiifc;dos maiores sucessos do ano ria?,área do show-business: o Rock inRio. O festival não deu lucro;';mas atraiu durante dez dias maisde um milhào e meio de pessoas^ •Apostando no êxito do irmáoy;Rubem, o político, apoiado pelamonótona voz de Agnaldo Timó-.teo, lançou-se numa fracassadadisputa pela Prefeitura do Rio.Teve 462.448 votos — ou 1/3 4©:lotação do Rock in Rio.

4 ? CADERNO B/ESPECIAL ? domingo, 29/12/85

OROSCOPO

H

Quem

ganhou,

quem

perdeu

0

balanço de quemmais ganhou e quemmais perdeu neste1985 — um horóscopode trás para a frente,

mas por isso mesmo infalível— revela que, além do vai-vém das modas e modismos,dos usos e costumes, o anoaprontou algumas surpresaspara muitos dos persona-gens que fizeram os aconte-cimentos políticos. 85 prepa-rou, por exemplo, um magní-fico réveillon para um ex-ministro — Delfim Netto,exatamente aquele sobre oqual pareciam prestes a de-sabar todos os ressentimen-tos da mudança de governoe, contrariando os prognósti-

cos, acabou o ano rindo me-lhor e por último. Em com-pensação, não tem motivospara abrir champanha outrodos ex-ministros — IbrahimAbi-Ackel, que sempre haviasido mais anônimo do queimpopular. Em 1985, ele car-regou pedras. Por outro lado— do lado dos símbolos — aBandeira do Brasil, que já foiemblema das rigorosas con-cepções de moral e civismodos vários governos milita-res, com a chegada da infor-malidade civil ganhou ale-gremente as ruas e entrouem voga. Foi certamente amais colorida vitória da No-va República no ano. A se-guir, o balanço de quem ga-nhou e perdeu:•. v-.v-$ | $ .. < $p-:£2ggçi:&|pjg:gggg<>«*\<»s>$»

¦ Na categoria "amigos dorei", caiu a estrela de Geor-

ge Gazale, inseparável compa-nheiro de Figueiredo — famosopor tê-lo aconselhado a tratarda coluna com o Dr. Haruo Ni-shimura. Com Sarney, o lugarde Gazale foi ocupado pelo em-presário Matias Machline,membro emérito da "conexão

paulista", formada pelos ínti-mos do presidente que, durantealgum tempo este ano, foramconsultados sobre assuntos deeconomia.

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Ao fim dógoverno Fi-gueired0|

tinha-se como.inevitável ^execração p|»blica de Delfifia.Neto. Mas fq|Abi-Acké|quem, ao inv^|de caminhá||para o tranqii|elo ostracisrri^;;que lhe pare/ciã reservado^saiu junto coítjyo filho PauJ|nho direto pji%ra as páginâs:de crime dc|sjornais. Ficha^do pela políciáiAbi-Ackel vi^fisolado em sç$Papartamentó|que o povo naÓ,estava a fim dàcabeça do Délffim, apesar doque diziam os;slogans de1984.

gg No ouvido presidencial este¦0 ano, o SNI perdeu a vez paraRoseana Murad, filha de Sarneye um de seus principais assesso-res políticos. O SNI, que à épocado general Medeiros filtrava asinformações que chegavam a Fi-gueiredo, passou 1985 vendo seusrelatórios serem questionadospelo governo e atropelados pelodesenrolar dos fatos.

¦ O cidadão José Sarney,guindado pelo acaso à pre-

sidência, perdeu ao longo doano a tranqüilidade com que,em fevereiro, vislumbrava seufuturo como fazendeiro bissex-to e vice discreto no interior deGoiás. Em compensação, 1985trouxe para o político José Sar-ney a chance de terminar suavida de homem público no pos-to máximo da carreira.

Num encontro marcado por emo-ções e um pedido formal de descul-

pas, o coronel Brilhante Ustra, adido mili-tar no Uruguai, foi reconhecido peladeputada Bete Mendes como o temido"Major Tibiriçá", torturador da OBAN.;Beneficiado pela anistia de 1979, guardouseu posto e no começo do novo ano voltaao pais para um cargo na burocraciamilitar. Menos sorte teve o general refòr-mado Newton Cruz, ex-comandante mUfrtar de Brasília. Suspeito de envolvimentono caso Baumgarten, Cruz tornou-secompanheiro inseparável de Abi-Ackelna crônica policial. - - r. :rvK"

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JORNAL DO BRASIL

Transformado em avião pelaEmbraer, o IMcano foi vendi-

do a países da África, Europa eAmérica Latina, gerou US$ 304milhões em divisas e ajudou acriatividade técnica nacional arecuperar-se da descoberta de

que o programa do álcool, tecido

pela burocracia e subsidiado pe-lo contribuinte, fecha 1985 com3,5 milhões de litros excedentes eassolado por problemas finan-ceiros.

domingo, 29/12/85 ? CADERNO B/ESPECIAL ? 5

Houve uma subi-da geral do civis-

mo, trazido na ondada maior participa-ção política do brasi-leiro. Mas continuouem baixa, empurra-do para fora dos ma-nuais de comporta-mento por um surtoliberado de anar-quismo silvestre, tu-do quanto é regra debom comportamen-to social — a come-çar pelas más práti-cas, como parar emsinal fechado ou nãoestacionar em cimados pedestres.

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¦n Na onda do caso Baumgar-1 ten, o coronel Ari de Aguiar

Freire, tão logo seu nome apare-ceu nas investigações sobre ocrime, teve de deixar às pressasa remuneração em dólares queseu posto de adido do Trabalhoem Genebra lhe propiciava. Jáo travesti Cláudio Polila, princi-pai testemunha do crime, co-nheceu na ribalta do inquéritopolicial um estrelato que jamaislhe dariam os palcos dos inferni-nhos da Praça Mauá.

ggn Catedral dedicada pelo anti-¦ go regime ao culto oficial damordomia, a Granja do Torto,residência oficial do presidenteJoão Figueiredo, acaba o ano fe-chada. Ao fechar, porém, foi para-doxalmente aberta aos olhos dopúblico e revelou os disparates doluxo grátis. Em compensação, aEscola Superior de Guerra, auste-ro templo da doutrina de segu-rança nacional, mostrou que re-colhe material didático na Recei-ta Federal, com preferência poruísque escocês e filmes da sérieSwedish Erótica.

? Em 1984, artistas e intelectuaissubiam nos palanques, primeiro

para lutar pelas diretas e depois paraapoiar a candidatura de TancredoNeves, numa verdadeira turnê deshows beneficentes. Este ano, a mo-da no meio artístico foi ir à Cuba,com tudo pago. De Lucélia Santos aRoberto D'Ávila, todos os que parti-ciparam de comícios no ano anteriorestiveram na ilha para ouvir discur-sos de Fidel e emprestar seu apoio àsolidariedade latino-americana.

¦ Alçado à condição de sim-bolo do poder pelos pen-

res eqüestres de Figueiredo, ocavalo cedeu, a partir de mar-ço, o seu lugar de destaquecomo mania presidencial à

Academia Brasileira de Le-

tras. No lugar das botas eculote, o país acostumou-se aver um presidente de fardão ecercado por acadêmicos.

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Grandes

visitantes

no ano

atípico

Luiz Paulo Horta

CLÁSSICA

FOI

um ano "atípico", co-mo em tantos outros seto-res da vida brasileira. Oprimeiro semestre reco-

seu-se em monotonia. No se-gundo, as coisas tomaram àsvezes um ritmo vertiginoso, so-bretudo com as visitas de gran-des personalidades e conjuntosestrangeiros. O Ano Bach aca-bou bem comemorado (masninguém pôde se lembrar, porfalta de oportunidade, de queeste era também o Ano Haen-dei e o Ano Scarlatti). Notou-seum movimento de renovaçãonas principais escolas de músi-ca do Rio — como a da UFRJ ea Uni-Rio —, impulsionado pelaatração da ópera (só no TeatroMunicipal é que a ópera nãoparece estar em crescimento).A Bienal de Música Contempo-rãnea, organizada com tenaci-dade e competência pelo Insti-tuto Nacional de Música da Fu-narte, se não teve grandes reve-lações, movimentou a Sala Ce-cília Meireles com aragens dehumor e comunicabilidade(mas a Sala também esteve ati-va em outras áreas; e ofereceuum encontro com John Cageque lembrou, em sua dignida-de, a última visita de Stravins-ky ao Rio). No plano dos intér-pretes, brilhou intensamente aestrela de Antonio Menezes; ecomeçou a crescer a do violo-nista Marcelo Kayath. Os pe-quenos auditórios — como o doIBAM — continuaram a ofere-cer interessantes alternativasàs principais salas de concerto;e o "espaço" recém-inauguradoda Casa de Ruy Barbosa rece-beu a visita consagradora deSir Michael Tippett, trazido aoBrasil em seus 80 anos peloConselho Britânico.

O ano fechou "em baixa"com a querela que irrompeu noTeatro Municipal envolvendo aorquestra da casa. O "caso"nasceu no bojo da ambigüidadeque continua a pesar sobre essepatrimônio do Estado. Sequerse sabe, agora, a quem ele per-tence, com a aprovação, na As-sembléia, da lei que o transferepara o Município (mas a lei ain-da precisa ser sancionada peloGovernador; que provavelmen-te não o fará).

JORNAL DO BRASIL

? Na comemoração do Ano Bach, JohnCage, Antonio Menezes e Michael Tip-pett, ao lado da agitação do Rock inRio, do Free Jazz Festival e do Festivaldos Festivais. E mais pagode, samban-dido e sambão-jóia

cer, amadurecida também pe-los embates com o caos nacio-nal da Nova República. Cintila-ram na peneira da quantidadeas pepitas do Ultraje a Rigor edo RPM, além das cabeças afro(Obina Shok) e latina (SossegaLeão), do minotauro eletrônico.Do humor mais sarcástico (Lín-gua de Trapo, Premê) e lanei-nante (Rita Lee & Roberto Car-valho) à balada Light, (Gal Cos-ta) o rock marcou sua onipre-sença em 85.

No Free Jazz, aberto pelasemotivas homenagens a Rada-més Gnatalli (em comemora-ção antecipada dos 80 de idademajestosa) e Moacyr Santos,pairou a frondosa influência deMilton Nascimento nos jazzis-tas visitantes. Já no Festivaldos Festivais, valeu o que esta-va Escrito Nas Estrelas: alçouvôo finalmente o bando de pás-saros na garganta de Tetê Es-

píndola. Com ela subiu aos céusda parada de sucessos uma in-venção mercadológica, o disco-mix, compacto do tamanho deum LP, com os sulcos mais am-pios e a reprodução técnicamais nítida. A partir do subs-tantivo O Tempo e o Vento,com a arquitetura elegante deTom Jobim, as trilhas sonorasde novelas & minisséries recu-peraram um vigor confirmadopor Tenda dos Milagres e as 800mil cópias de Roque Santeiro,já no volume 2.

Marcado pela solidariedadebeneficente internacional, 85concentrou num único estúdio,arregimentado pelo Sindicatodos Músicos, o maior elenco járeunido na MPB: o da gravaçãocoletiva de Chega de Mágoa,500 mil cópias vendidas em be-neficio da causa nordestina. Aomesmo tempo, à beira dos 30, agarota de Ipanema reapareceu

maquilada com pintura estran-geira. Os ingleses redescobri-ram a bossa nova e os nossosroqueiros importaram de novoa influência do jazz.

Nenhuma dessas tendênciasnovas ou remaquiladas, no en-tanto, impediu o velho samba,quase setentão, de ampliar seusdomínios. De um lado, o sam-ba-enredo invadiu os discos demeio-de-ano, em repertóriosnunca dantes navegados comoos de Leni Andrade, Joyce,além da definitivamente con-vertida Simone. Estrondosasvendagens como as de Agepê,Wando, Benito di Paula, Bezer-ra da Silva, Grupo Fundo deQuintal e Almir Guinetto de-monstraram que do pagode aosambandido, passando pelosambão-jóia ufanista há gostospara todos os sabores. Inclusiveos tradicionais como os de Nel-son Cavaquinho, D. Ivone Lara,

Beth Carvalho, Martinho da Vi-la e Alcione.

Instrumentais em menor nú-mero, com uma freada recessi-va no disco independente, nãoimpediram aos teclados de LuísEça, Wagner Tiso, AntonioAdolfo e a dupla de Prisma(Nelson Ayres & César Camar-go Mariano) uma fuga à pasteu-rização vigente. Violas e violõescomo os de Almir Sater e Fran-cisco Mario, o soproviajante dePaulo Moura e a multiinstru-mentalidade de Egberto Gis-monti e Hermeto Paschoal po-voaram discos e shows de suasrespectivas clarividências. Ne-nhum desses esparsos sinto-mas, contudo, revogou a ideolo-gia descartável da época: altarotatividade e implacável con-sumo. Resta saber se a inflaçãojá em ritmo pré-austral não re-duzirá, em 86, o contagiros des-se estrelado programado e bio-degradável.

6 ? CADERNO B/Especial ? domingo, 29/12/85

ÚSICA

Tárik de Souza

NUM

ano agitado pelos co-lossais Rock In Rio, FreeJazz Festival e Festivaldos Festivais, sobrou

muita espuma para pouco cre-me do creme. Talvez por esta-belecer um espinhoso contrasteentre profissionalismo & tecno-logia importados versus Madein Brazil, o Rock In Rio ajudoua nova Jovem Guarda a adoles-

Gilberto GilMPB

Muita

espuma

para pouco

creme

OS DEZ MELHORES 0

Filarmônica de Viena com LorlnMaazel — Do ponto de vista doglamour, o máximo na temporada.Um Pássaro de Fogo de Stravinskypara ficar na memória.

Orquestra do Concertgebouw deAmsterdã, regência de BernardHaitink — Menos glamour que osvienenses; mas uma Sétima Sinfo-nia de Beethoven de extraordináriadensidade artística.

Helmut Rilling com o Bach Col-legium de Stuttgart — A Missa emsi menor, no Teatro Municipal, foi oponto culminante do Ano Bach, etalvez de toda a temporada.

Helmut Rilling (2) — Na segun-da apresentação de Rilling, o Mag-nificat e alguns motètos de Bachconfirmaram a sua posiçào comosumidade bachiana da nossaépoca.

Katia e Marielle Labèque — Ou-tro concerto de eletricidade única.O duo pianlstico francês tocou umGershwin de fazer inveja a muitosjazzistas, exibindo uma técnica per-feita.

John Cage na Sala Cecília Mei-reles — O encontro com o "guru"da música moderna fez lembrar apassagem pelo Rio de Stravinsky.Música "nova" de qualidade trans-cendental, muito além dos mo-dismos.

Antonio Menezes com a OSB —Tocando sob a regência de IsaacKarabtchevsky, Menezes provouque é um dos grandes violoncelis-tas da nossa época. A orquestrasuperou-se a si mesma: nota 10.

Antonio Menezes (2) — Em reci-tal com Gilberto Tinetti, Menezestocou uma sonata de Brahms quepouco depois seria transformadaem disco imerecidamente). Mene-zes tem em Tinetti um parceiroideal.

Boris Belkin e Cristina Ortiz —Outro grande recital camerístico,marcado também por um Brahmsde excepcional qualidade. O violi-nista russo exibiu forte carisma.

Marcelo Kayath — A revelaçãodo ano: o jovem violonista brasilei-ro deixou evidentes, em recital, asqualidades que lhe deram dois prê-mios internacionais, em Paris e emToronto.

MELHORES OS DEZ MELHOl

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Í /?Sa e Guarabira

DEZ MELHORES OS DEZ MELHORES OS DEZ MELHORES OS DEZ MELHORES OS DEZ

Dia Dorim Noite Neon — Gilberto Gil —Um manifesto político-ético, poético; umademonstração de vigor e capacidade de mui-tiplicação musical. Gil é a soma de todas ascordas; do reggae à bossa, toada e o rock.Sempre sob o fluxo da paixão.

O Partido Muito Alto de Wilson Moreirae Nei Lopes — A capa refinada, com a duplasaboreando um Remy Martin num terraço àbeira-mar, já insinua o reverso do brega:Wilson e Nel fazem samba de raro refino. Ostemas flutuam com jogo de cintura entre asclasses A e Z.

Malandro Rife — Bezerra da Silva — Osambandido sem papas na língua: feroz ecru, tal como o morro e as blroscas o destl-Iam no dia-a-dia da marginalidade. Tudosem prejuízo de engenho & arte calados como humor dos oprimidos.

Um Cantinho, um Violão — Nara Leào eRoberto Menescal — Num ano de repertó-rios pobres, a lição de estilo de uma cantorasíntese, calçada por um violão sem floreios.Do ancestral Da Cor do Pecado à new uossa,em suas fronteiras antepassadas com o jazze o bolero.

O Corsário do Rei (Edu Lobo/Chico Buar-que) — Diversos. Independente da peça, essatrilha sonora conjuga maestrias: a músicafluente de Edu e a dicção poética perfeccio-nista de Chico. Destaque para os desempe-nhos solistas de Luclnha Lins, Nana Caym-mi e Gal Costa.

Encontros e Despedidas — Milton Nasci-mento — Um suave acoplamento do grandesertão com a tecnopopcracia, sem rejeita-dos. Milton canta cada vez mais à flor dapele, singrando o jazz-rock (Pat Metheny,Hubert Laws) ou a mineirice futurista (Gru-po Uakti).

EstaçáodaLuz —Alceu Valença —Outrochoque térmico bem calibrado: o Nordesteda frevança, forró e negritude com o tecla-dismo veloz e vampiro. Mais uma travessia,com fanfarras, do equilibrista Alceu por so-bre os fogos do artifleialismo.

Harmonia — Sá & Guarabira — Semalarde, com mão firme, estes rocks ruralistascerziram de cordial provincianismo o mega-sucesso urbano de Roque Santeiro. Simétri-cos, medulares, eles personificam o canta-dor guitarrista do folhetim anos 80.

? Caprichoso — Grupo Rumo — Com avanguarda atrelada ao rock, procurar outroRumo como fazem estes 10 cantores-músicos paulistas chega a ser temerário.Mas vale a viagem atrás de uma nova prosó-dia musicada com nonsense e finura.

? Trem Caipira — Egberto Glsmonti —Villa-Lobos eletronizado sem exotismo oufatiota. Uma reconstrução operária dos clás-sicos com bigornas e timbres novos, maiscello e sax. Outra dinâmica para a músicainstrumental, fora do gueto e das inibições.

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JORNAL DO BRASTL

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domingo, 29/12/85 ? CADERNO B ESFRCIAL ? 7

JAZZ

Muitas

estrelas,

poucos

títulos

José Domingos Raffaelli

O

ano jazzistico de 1985foi bastante diferentedo anterior, a come-çar pela realização do

Free Jazz Festival, que alcan-çou enorme sucesso, fazendodesfilar nomes do quilate de umSonnv Rollins (que também to-cou no Parque da Catacumba,ocupado por um público recor-de), Phil Woods, McCoy Tyner,Joe Pass, Hubert Laws, TootsThielemans, Chet Baker, Bob-by McFerrin, Pat Metheny eErnie Watts, para mencionarapenas os principais músicos.Ainda a registrar as apresenta-çòes de Enrico Rava, OberlinJazz Ensemble e Oscar Peter-son, com lotações esgotadas,reiterando que existe um públi-co para o jazz. Durante o ano,dois novos programas de rádiovieram enriquecer a divulgaçãodo jazz: Arte Final:Jazz, pelaRádio JORNAL DO BRASIL-AM, lider de audiência da suaárea, e A Música Norte-Americana, pela Rádio MEC,uma produção do expert Nel-son Tolipan.

Em termos de lançamentosde discos, foi um ano relativa-mente fraco; quase todas asgravadoras editaram poucos ti-tulos, deixando até de investirnos artistas que vieram para ofestival. A impressão dominan-te é que as baixas vendas de 84,agravadas, paralelamente, peloexagerado número de edições(só a Barclay lançara 39 LPs),além da escolha nem sempreacertada dos lançamentos, mo-tivaram uma retração quase ge-ral. A exceção foi a Imagem —uma pioneira no terreno dojazz, com atividade ininterrup-ta desde 1969, quando as de-mais virtualmente ignoravamessa área —, que editou os me-lhores discos do ano, fazendovaler a qualidade do catálogoTimeless, além de algumas ree-dtçóes verdadeiramente pre-ciosas.

No ano que se aproxima oRio terá vários acontecimentosjazzísticos importantes. Alémdo Free Jazz Festival, em suasegunda edição, que poderácontar com Wynton Marsalis eRay Charles, no Jazzmania de-veráo atuar o quarteto de PatMetheny (com Mike Brecker,Charlie Haden e Al Foster), oguitarrista Larry Carlton e osaxofonista argentino AndrésBoiarsky. Sem dúvida, boasperspectivas.

OS DEZ MELHORES 0

George Coleman — Eastern Re-bellion (Timeless/Imagem) — umdos ciscos essenciais dos anos 70.Coleroan tem soberba atuação, aolado de Cedar Walton, Sam Jones eBilly Higgins.

Ari Blakey — Álbum oftheYear(Timeless/Imagem) — "O vulcãohumano da bateria" à frente do seugrupo de 1981, com destaque para otrompetista Wynton Marsalis.

Charlie Parker vol. 4 (Everest/I-magem) — o maior improvisador detodos os tempos, ao vivo, em atua-çòes cintilantes.

George Coleman — AmsterdamAfler Dark (Timeless/Imagem) —Coleman reencontra Sam Jones eBilly Higgins, com Hinton Ruiz nolugar de Walton, mantendo seu ele-vado padrão musical.

Duke Ellington — CarnegieHall, December llth, 1943 (CrazyCatvCID) — a maior orquestra detodos os tempos no ápice da suatrajetória. Um documento raro deuma época em que as gravações deestúdio estavam proibidas.

Modem Jazz Quartet— Rcunionat Budokan 1981 (Atlantic/WEA) —concerto do retorno oficial do MJQà atividade, após sete anos de au-sência, tocando os clássicos que oquarteto imortalizou.

Stanley Jordan — Magic Touch(Manhattan/EMI-Odeon) — a gran-de revelação da guitarra, que revo-lucionou a técnica do instrumento,exibe sua originalidade e talento.

Ron Carter/Cedar Walton Duo —Heart & Soul (Timeless/Imagem) —um encontro com muitos atrativosde dois dos mais respeitados músi-cos da atualidade.

Benny Golson & Curtis Fuller —One More Mem'ry (Timeless/Ima-gem) — Com uma boa seção ritmi-ca, dão asas às suas imaginaçõesnesse LP que é um exemplo domelhor jazz moderno mainstream.

Instrumentalists (CBS) — cole-tânea das mais interessantes, reu-nindo grupos sob a direção de J.J.Johnson, Dave Bailey, Slide Hamp-ton, Tubby Hayes, Clark Terry/Co-leman Hawkins e outros.

USICA

ROCK INTERNACIONAL

Depois da

lamentação,

o céu sem

? Confirmou-se a existência de umbom público para o jazz; os novos no-mes ao rock internacional dominaramo mercado; e o rock brasileiro, se nào setornou fenômeno de vendas, impôs-secomo linguagem musical.

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Luiz Antônio Mello

indústria do disco pi-sou a década de 80ostentando como sim-bolo maior o muro

das lamentações. Depois da frl-vola e gorda temporada de ido-los que marcou o início dosanos 70, o mercado brasileirochegou a sentar-se na beira doprecipício. Só não caiu porqueo próprio precipício tomou suasprovidências, acompanhando osurrealismo que banha a econo-mia nacional.

As filiais brasileiras das mui-tinacionais descobriram quenão dava para encarar a crisedo disco parando de fabricardiscos. Algumas providênciasforam essenciais: 1) a descober-ta de novos nomes do rock. Apartir de 82, nomes como TheClash, Siouxie and the Basheese UB 40 não foram mais trata-dos como sinônimos de prejuí-zo. A prova foi o sucesso, ini-cialmente moderado, dessesnomes, que hoje sáo estrelasconsagradas; 2) morreu de ve-lha a concepção de que umaboa gravadora se cria com baseem discos de ouro. Partindo pa-ra a trilha dos pequenos notá-veis, as companhias de discosabocanharam várias facções demercado dentro da linha dorock; 3) ao consultar suas bases— o consumidor —, a indústriadescobriu que a venda de im-portados estava alta. Era umaquestão de lançar esses impor-tados por aqui. Isso foi feito edeu certo. A WEA ficou tão em-polgada com o resultado de al-guns filhotes (U2, por exemplo)que numa tacada só vai lançardiscos de 17 bandas inglesasque há quatro anos seriam fuzi-ladas em qualquer departa-mento de marketing, 4) o rádioFM mudou. Mudou e muito.Provocou novos lançamentos,questionou, jogou os ouvintesna berlinda e fez com que oimpossível se transformassenum céu sem limites.

Enfim, 1985 marcou peloatestado de competência aosnovos nomes da música. Alia-sea isso o lançamento dos chama-dos mixs nas lojas e o surgi-mento do compact disc. O restoé fazer a sustentação, porquecantar e tocar os novos nomessabem. Perguntem ao público.

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Sting

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The Dream of The Blue Turtles— ? Sting.Antipático, Sting apaga qualquer, referência nega ti-va quando compõe e canta. Seu primeiro disco-solo(apoiado por uma superbanda de jazz) é, apenas,genial.

Brothers in Arms— ? Dire Straits. A caminhodas 150 mil cópias vendidas em solo tupiniquim, ogrupo de Mark Knopfler sacramentou um namoroque vem travando há algum tempo com os brasilei-ros. Um disco fantástico.

The Unforgettable Fire— ? U2. Entrou nomercado brasileiro pela contramão. Outros grandesLps foram lançados este ano: War e Under a BloodRed Sky. O U2, com um trabalho sólido e autêntico,ganhou os brasileiros.

Who Se Side Are You On— ? Matt Bianco. Asprimeiras informações sobre o Bianco indicavampara a trilha da picaretagem. Ledo engano. O grupoestourou com um superdisco, criativo e à prova derotulações.

The Head on The Door— ? The Cure. O grupoé amargo, angustiado. As letras são neuróticas ecaminham para o dark. No entanto, The Cure e seunovo LP são, apenas, sensacionais. Maiores explica-ções com Robert Smith.

Songs From The Big Chair— ? Tears ForFears. Ao dizer que todo mundo quer governar omundo e convidando as pessoas ao grito, Tears ForFears precisou de pouco para se transformar numaobra-prima e acabada.

Under a Raging Moon— ? Roger Daltrey. Ex-vocalista do falecido The Who, Daltrey volta aomercado com um trabalho maduro, moderno e como aval de seu ex-companheiro de banda PeterTownshende, que assina duas faixas.

Real To Reel— ? Marillion. O marillion é umamassagem cardíaca que a indústria está tentandofazer no rock progressivo. Esse disco, gravado aovivo, mostra grandes momentos do grupo, compe-tente e sério. Mesmo.

Rising Force— ? Yngwie Malmsteen.O guitar-rista sueco entrou no mercado pela porta dos fun-dos. Pouco a pouco foi crescendo nas prateleirasmarginais e hoje é comparado a Jimi Hendrix.Rising Force é um grande disco.

Cal— ? Mark Knopfler. Fundador e líder doDire Straits, o guitarrista Mark Knopfler conseguiuse superar ao compor a trilha do filme Cal, aindainédito no Brasil. Um trabalho que reúne pop,clássico e jazz.

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Só não

avançou

o "rock"

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Rock Brasil consoli-dou-se em 1985: tan-to que já andam di-zendo que ele vai

acabar. Quem tiver o mesmopique de criatividade e reno-vação que se apresente; eacho até que isso vai aconte-cer com alguns novos nomesde uma mistura de jazz, rocke o que se convencionou cha-mar de MPB. Mas nada toma:o lugar de nada, e uma olhadana parada de sucessos da NO-PEM, comparada com a listadas músicas mais executadasda Rádio Cidade, confirmaisso.

O rock brasileiro ocupa oscinco primeiros lugares da lis-ta nacional da Rádio Cidade(o destaque em rádio do ano,'com uma virada de 360° paraimelhor na programação), masjocupa apenas o oitavo lugar|entre os discos mais vendi-jdos, com o Ultraje a Rigor.;Isso mostra que o rock aindainão se tornou fenômeno em'vendas, o que fica provado;pelo pequeno número de dis-

cos de ouro e platina do RockBrasil.

Mil novecentos e oitenta ecinco consolidou nomes quejá estavam — como Kid Abe-lha e Paralamas do Sucesso,dois discos de ouro —, mas foimesmo o ano do rock paulis-ta, com a explosão de Ultrajea Rigor, RPM, Titãs e maisnomes vigorosos que não en-contraram ainda o caminhodo sucesso: IRA!, Gang 90,Muzak, Voga, Akira S., Volun-tários da Pátria (os que ouvi:faltam outros).

O Ultraje chegou ao discode platina dentro do mesmofilão de música engraçada daBlitz (calma, Roger) com pon-tadas de crítica política irôni-ca; o RPM estourou com umrock denso e sério, do tipo emque executivos de gravadoranão levavam fé, achavamcomplicado demais, e a juven-tude mais uma vez deu umavolta em quem se mete a pen-sar por ela. O RPM estourou.A mesma coisa aconteceucom a Legião Urbana, quetrouxe do Planalto Central avisão cáustica e contestatóriada juventude vizinha do Po-der. Seu sucesso veio com fai-xas ditas inviáveis, como Ge-ração Coca-Cola, um grito derevanchismo contra a lava-gem cerebral dos últimos 20anos. Em 1985 o Rock Brasilavançou em linguagem musi-cal e poética, e muita coisaexplode já no início de 86, acomeçar pelos lançamentosde Zero e Plebe Rude, SãoPaulo e Brasília mais umavez. Rock carioca, where areyou?

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RPM

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Revoluções por Minuto —RPM — Uma mistura de hightech e progressivo nos teclados,contrapontos entregues a umaguitarra de forte posturarock'n'roll, uma bateria vigoro-sa (um trovão), um baixo efi-ciente, uma voz dramática, óti-mas músicas e letras, uma gra-vação primorosa.

Legião Urbana — Idem —Uma concepção nova no RockBrasil: um som econômico evigoroso, pulsação dançante,guitarra interferindo aqui e aliem acordes e harmônicos. To-ques diferentes como o da gui-tarra imitando sirene em Sol-dados.

Mudança de Comporta-mento — IRA. — Forte posturarock'n'roll num disco conside-rado a princípio maldito, pornão atender às sonoridades vi-gentes do padrão FM, sem sonsaveludados. Não rendeu o quedevia em 85 mas a banda em-placa 86 fácil e um dos próxi-mos hits será Vitrine Viva.

Rosas e Tigres — Gang 90— O lançamento desse Lp émais uma prova do talento dedesigner de Júlio Barroso, queextraiu duas formações fortesda Gang, cada uma marcando aseu tempo. O disco da Gangtraz a poesia de Júlio e vaifundo nas fusões de rock comsamba, funk e bossa nova.

o Passo do Lui — Paralamasdo Sucesso — A consagração doritmo jamaicano do ska no Bra-sil. A festa dos Paralamas estána música, mais do que nasletras, no balanço irresistíveldo baixo, guitarra e bateriamais estripulias geniais no sa-xofone.

n Nós Vamos Invadir SuaPraia — Ultraje a Rigor —

Show do Ultraje já virou karao-kê: eles tocam, a platéia canta.Formato musical calcado nosanos 60, crítica ácida e bem-humorada aos costumes e à po-lítica, especialmente Inútil,que paulistas como eles can-tam agora com mais força emais razão.

Televisão — Titãs — Umadas formações mais ricas e maisoriginais do Rock Brasil, os Ti-tãs ainda não conseguiram fa-zer o público assimilar as diver-sas nuances de um estilo quenasce do trabalho de oito cabe-ças pensantes. Outra apostacerta de estouro para 86.

Rumores — Escola de Escân-dalo, Finis Africae, Detrito Fe-deral e Elite Sofisticada (Inde-pendente) — Quatro bandas deBrasília que ainda não encon-traram gravadoras multinacio-nais registraram seus trabalhosaqui. A Escola tem em Luzesum hit certo, se caminho hou-vesse para os independentes; oFinis também merece atenção;Detrito é punk standard e Elitevai na onda de Capital Inicial,também de Brasília.

Sessão da Tarde — Leo Jai-me — A coroa do rockabilly,largada por Eduardo Dusek epelos Miquinhos, ficou entre-gue a Leo Jaime num discobonito, com faixas bem melho-res do que Sete Vampiras, umadas mais fracas e mais executa-das em rádio. Pena.a Normal —Lulu Santos —Umdos mais polêmicos e dos me-lhores talentos do rock pátrio,Lulu se reassumiu como guitar-rista, deixando de lado a músi-ca-para-fazer-sucesso, que sabefazer muito bem, por uma pos-tura rock que sempre mostrouem palco mas muito pouco emdisco.

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8 o CADERNO B/ESPECIAL ? domingo, 29/12/85

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Banho de

"rock"

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temporada foi muito boa. A começarpelo Rock in Rio, reunindo em janeiroo melhor do rock internacional e na-cional numa maratona de 10 dias sobsol e chuva. A platéia fez um show à

parte — os metaleiros quase liquidaram Eras-mo Carlos — e os astros internacionais deramum banho total no rock tupiniquim. Bastalembrar as apresentações de Rod Stewart, Iron'Maden, James Taylor, Nina Hagen, Yes eQueen, com exuberante exibição de Fred Mer-cury. Mas, como diria, depois, Rita Lee, "cho-

que cultural é normal". Se Rita e Roberto nãoforam sucesso no Rock in Rio, o mesmo nãovale para Alceu Valença e Paralamas do Suces-so, os campeões brasileiros na festa do rock.V Em termos nacionais, o ano foi modesto,devido, principalmente, à falta de locais para amontagem de grandes espetáculos. A falta deteatros trouxe, ao mesmo tempo, um novo tipode negócio: os shows em bares e restaurantes,numa febre musical jamais vista. Vale lembrar,em meio ao barulho de pratos e copos, os

recitais de Nara Leão, Miúcha e Rio Jazz Or-chestra, no People. Ou as brilhantes notas dotrompetista italiano Enrico Rava, no Jazzma-nia, templo da música instrumental durantetodo o ano. Sem esquecer o samba rolandosolto no Barbas, nas vozes de Monarco e Nocada Portela, ao lado da intimista Sueli Costa. Adestacar também a vitalidade dos espaços al-ternativos, como o Circo Voador — promotor daTancredance, onde James Taylor (que em seuatual LP tem uma faixa declarando amor eter-no ao Rio) levou uma lata de cerveja pelacabeça mas, assim mesmo, deu uma canjaacompanhado por Chico Buarque e CaetanoVeloso. O discutido Parque Lage também foidestaque, perturbando o sono da vizinhançacom espetáculos, como o de Caetano Veloso,que parou o trânsito na área, além da sempreconcorrida gafieira comandada por Paulo Mou-ra aos domingos. O Noites Cariocas e as bandasde rock agitaram a Urca durante todo o ano:todas as tendências roqueiras subiram o bondi-nho, num ano em que o rock, como dizem ossambistas, explodiu a boca do balão.

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Americanos

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Amadeus

OVIMENTO nãofaltou. O cinemaamericano voltou adominar. Na vastaprodução madc in

usa que nos chegou é possívellocalizar várias tendências.Dentre estas, um verdadeiro ci-cio de filmes chegados aos anti-gos classe B — produções semmuito dinheiro mas com certacarga de criatividade —, comoO Ultimo Dragão ou Um Ro-mance Muito Perigoso, de-monstrando o grau de vitalida-de que os americanos sempreparecem capazes de imprimir àsua indústria.

Houve, por outro lado, umadensamento dos filmes reali-zados a partir do próprio cine-ma, seja em uma homenagemdeclarada como A Rosa Púrpu-ra do Cairo, de Woody Allen, ousumarizada tipo O CavaleiroSolitário, de Clint Eastwood.Funcionando, quase, como li-nha subsidiária dos filmes cias-se B, veio a intranqüilidade fe-minina. Seja em um Procura-seSusan Desesperadamente ouLadrão de Coração, a mulhercasada, insatisfeita com suacondição, ultrapassa os limitesdo lar. Insatisfação e transgres-são que tiveram suas possibili-dades levadas à exasperaçãopor Ken Russel em Crimes dePaixão e foram captadas pelocinema brasileiro em Além daPaixão, de Bruno Barreto. Navasta produção americana queinundou as telas nacionais, aregistrar ainda o boom de fil-mes dedicados à juventude.Uma tendência que teve seusrepresentantes anuais no cine-ma brasileiro em Os Bons Tem-pos Voltaram e Tropclip.

Foi um ano, por outro lado,aberto ao cinema europeu, queconseguiu ver diversos de seustítulos, até mesmo inexpressi-vos, lançados. Alguns figuramna lista dos 10, mas outros po-dem ser ainda lembrados, sejaum Carmen, de Francesco Ro-si, Os Anos de Chumbo, de Mar-garethe Von Trotta, Um Amorde Swann, de Volker Schlon-dorff, ou Hanna K, de Costa-Gavras.

A crescente volta do públicoàs salas de exibição gerou al-guns fenômenos de bilheteria.Um ano dominado por Costa-

Gravas: de um lado seu dramaexistencial Um Homem, UmaMulher, Uma Noite rompeu abarreira de um ano inteiro emcartaz, enquanto o • polêmicoHanna K cumpriu 34 semanas.Mais perto do que isso, só AÚltima Festa de Solteiro, com14 semanas.

E o movimento editorial so-freu sensível alento. De (auto)biografias de atores célebres —Vivien Leigh, Lana Turner ouLaurence Olivier — a diversostítulos dedicados à reflexão ci-nematográfica, a roteiros de fil-mes (como o inédito Pedro Mi-co), ao tão ansiado Catálogo defilmes disponíveis para emprés-timo ou aluguel na Embrafilme,a editorializaçáo avançou.

Já o FestRio em sua segun-da edição recuou — foi umaimpressão geral. E na tumul-tuada sessão de encerramento,o produtor Luiz Carlos Barretorecusou o rótulo de "terceiro-mundista" conclamando os"grandes" a colaborar com oFest. A pergunta que ficou noar, entretanto, é: não seria me-lhor consolidar tal tendência edepois procurar atrair o Primei-ro Mundo? O FestRio deixouainda como legado o filme me-nos visto (em uma sessão espe-ciai eram só 20 os convidados) emais amaldiçoado: Je Vous Sa-lue, Marie. Uma polêmica queultrapassa os limites gregoria-nos. O filme de Jean-Luc Go-dard começará sua via-cruci»agora. Enquanto isso, quemnão viu e quem viu continuadebatendo-o. Promete.

Para o cinema brasileiro, foium ano difícil: nunca ele foi táodiscutido, tão pouco filmado emais ausente das salas de pro-jeção. Sequer alguns filmes pre-miados em festivais — A Mar-vada Carne, em Gramado, e AHora da Estrela, em Brasília,por exemplo — chegaram àstelas. Mas nos últimos dois me-ses a produção pôde ser reaque-cida, graças à liberação, pelaSeplan, de Cr$ 33 bilhões para aEmbrafilme. Mais importante,talvez, do que isso: o cinemabrasileiro foi finalmente incluí-do no Plano de Desenvolvimen-to Econômico. O pessoal daárea comemorou pelo menosessa vitória.

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?r~l Rock in Rio, com^destaques para Rod

Stewart, James Tay-"lor, Nina Hagen, Yes,Iron Maden, Queen,Alceu Valença e Para-

:i lamas do Sucesso.O Terra Brasilis,com Tom Jobim — e^"coro — fazendo retrós-pectiva depois de sete

lanos fora de um palco^brasileiro. Realizou^apresentações no Sca-..la, Teatro Municipal— a melhor, em virtu-' de do som — e Ca-

<-necáo.Vinte Anos-Maria

Bethãnia. O espetácu-*io, também retrospec-"tivo, revelou uma can-'tora em grande forma.

show teve uma pre-ciosa iluminação e di-reção de Bibi Ferreirae o último cenário deFlávio Império.r~l Caetano Veloso.Mesmo sem disco oushow novo, foi desta-que com suas apresen-tações solo no GoldenRoom (com disco emmarço) e no ParqueLage, além do CircoVoador.

Juntos. Espetácu-lo de Ivan Lins, querelembrou os 10 anosde parceria com VitorMartins no melhorshow de sua carreira.

I Prisma. ReuniuCésar Camargo Maria-no e Nelson Ayres pi-lotando uma "banda"de computadores. Umdos melhores instru-mentais do ano.

Paulo Moura e rit-mistas da ImperatrizLeopoldinense. Des

Tom Jobim

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Caetano Veioso

Tetê Spíndola

taque para um dosmelhores momentosdo Free Jazz Festival,quando o sax de Pau-lo Moura aliou-se à or-questra de tamborinsda escola de sambaonde ele desfila há se-te anos.O Tetè Spíndola eMarluí Miranda. An-tes mesmo de consa-grada no Festival dosFestivais com Escritonas Estrelas, a ótimacantora Tetè Spindolaencantou a platéia do

Projeto Pixinguinhacom sua voz peculiar.? Wagner Tiso e Ci-da Moreira. O segun-do Pixinguinha a en-trar na lista, reunindoas potências dos tecla-dos do compositor e avoz da cantora pau-lista.PI Nora Ney, Jame-láo e Célia. Mais umprojeto Pixinguinha ase destacar, com umnotável trio de estre-Ias da música popular.

Amadeus, de Milos For- 'man — Foi, talvez, o maioracontecimento do ano. Mistu-rando teatro, cinema e ópera,cercado por extraordinária pro-dução, Forman oferece aindaum belo duelo entre os atoresprincipais, Tom Hulce e F. Mur-ray Abraham. Verdadeira obra-prima.

Hammett/O Falcão Maltês,de Wim Wenders — Apesar deter sofrido tumultuada gesta-çáo, o universo do escritor ame-ricano Dashiel Hammett é re-criado com notável eficiênciapelo diretor alemão.Wim Wen-ders. Que esteve presente, ain-da, com Paris, Texas. Outromomento destacável na tempo-rada.

A Rosa Púrpura do Cairo,de Woody Allen — A magia docinema exercida em toda suaplenitude: Woody Allen promo-ve o encontro do fã com seuastro preferido, dá a oportuni-dade de entrar, litaralmente natela e intervir na trama. Umhino de amor ao cinema e aocinéfilo, absolutamente fasci-nante.

O Exército Inútil, de RobertAltman — Veterano, e aindaum dos mais criativos diretoresdo cinema americano, RobertAltman aprofunda sua atual fa-se de teatro levado à tela e, semsair do alojamento de quatrojovens recrutas, desfaz o jogodas máscaras e dos mitos dasociedade. O quarteto de intér-pretes ganhou merecido prêmiocoletivo em Cannes.

1984, de Michael Radford —Com grande precisão e econo-mia, Radford transportou à telaa atmosfera muito especial doromance de George Orwell.Particularmente felizes as in-terpretações de John Hurt eRichard Burton — este em suaúltima aparição.

O Baile, de Ettore Scola —Outro brilhante momento datemporada: sem dizer uma pa-

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Tensão no Rio

O Cavaleiro Solitário, deClint Eastwood — Mergu-

lhando no universo do faroes-te, de que é um dos derradei-ros símbolos vivos, Clint East-wood realizou um filme que jánasceu clássico.

lavra, Scola, em 112 minutos,retraça as últimas quatro déca-das através do som e dos costu-mes. É a história encontrandoseu melhor ritmo.

Asas da Liberdade, de AlanParker — Em um filme belo esensível, o inglês Parker levasuas câmaras a uma cidadezi-nha da Filadélfia. Ali, compon-do um hino de amor à amizade,faz a realidade ultrapassar oslimites da fantasia e Liberdadealça seu mais alto vôo.

Tensão no Rio, de GustavoDahl — Correndo pelas veiasabertas da América Latina,Gustavo Dahl arma um insti-gante painel de fantasia & poli-tica, ficção & realidade nestaparte do continente — comuma mise-en-scène de grandeelegância.

Amor e Ciúme, de LinaWertmuller — Uma ópera sici-liana na Itália onde prospera ofascismo no período imediata-mente anterior à SegundaGrande Guerra. Belos desem-penhos de Sophia Loren e Mar-cello Mastroianni — uma duplade merecido sucesso.

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Roque Santeiro ^ v

A afirmação do jornalismo11 _u Y"VI ¦ - - . A - - - 1 J 4-n*w% A*AfiA n /í/* nl m l Kl n AO A >•-! 4" /M*AP

tempos não se tinhaum ano tão importantena televisão. Novidadespipocaram em todas asáreas, quebrando a roti-

na de uma programação quepecava por acomodação, sem amenor coragem de arriscar.Nascia a Nova República, emmarço, e o telejornalismo foiposto em cheque. Estava tudoensaiado para a festa de possede Tancredo Neves e o destinopregou uma peça: derrubou aesperança nacional, aniquilouos planos das emissoras. Adoença de Tancredo disparouuma maratona de cobertura aovivo — rara na televisão — que,durante 37 dias, ligou todo oBrasil aos comunicados médi-cos lidos pelo jornalista Antô-nio Brito.

Entre erros — provocadospela tensão e a falta de hábito— e acertos, ficou a certeza deque, em momentos como esses,nada substitui a força do tele-jornalismo. O país se lembrarápor muito tempo da imagem docarro de bombeiro que, mergu-lhado num mar de pessoas, cru-zou as ruas paulistanas earre-gando o caixão de TancredoNeves. O adeus de D Risoletana porta do avião, a missa deréquiem, o enterro no pequenocemitério de São João d'El Reysão cenas inesquecíveis, umaemoção que nos chegou ao vi-vo, via televisão. A coberturadas eleições municipais foi ou-tra demonstração de força dotelejornalismo. Ágil, como foi.oda Globo, deixou pouco espaçopara a imprensa escrita.

Nas coberturas e nas entre-vistas, o jornalismo mostrou-seo grande beneficiário dos aresmais livres da Nova República.Entrevistas impossíveis anosatrás foram mostradas ao pú-blico brasileiro em 1985. A últi-ma delas trouxe ao vídeo FidelCastro. Mas, antes mesmo dainstalação da Nova República,outra entrevista marcou o jor-nalismo: a despedida de Gover-no de João Figueiredo, mostra-da pela Manchete. Mais um dosbelos momentos do jornalismo,este ano, foi o confronto entreRoberto Campos e Luis CarlosPrestes, na TVE. Emocionantea entrevista da série ConexãoInternacional com Jorge LuisBorges.

Mas, se o abrandamento dacensura permitiu o impulso do

jornalismo, seus reflexos no hu-mor tradicional foram inversos.Sem o gosto do proibido nasátira política, os programashumorísticos tiveram um anodificil. A única novidade, nessaárea, foi o desembarque da tur-ma do besteirol na televisão. Éprovável que em 1986 esse hu-mor nonsense se infiltre nosprogramas que estavam habi-tuados a brincar com fatos poli-ticos e sociais, começando umanova era de humor televisivo.

Além do jornalismo, umadas melhores mudanças ocorri-das na televisão em 1985 foi naárea da dramaturgia. A novelaRoque Santeiro descartou afórmula clássica do folhetim ur-bano, instaurando, no vídeo, asátira com sotaque bem brasi-leiro, magistralmente escrita

por Dias Gomes e AguinaldoSilva. A novela marcou umaespécie de mudança no gostodo público, cansado do charmedistante de seriados tipo Casal20 e Dallas. No grupo dos enla-tados, o único destaque do anofica com Pássaros Feridos, daTV S. Menos pela qualidade daprodução do que pela grandetacada de Sílvio Santos, queconseguiu subverter os índicesde audiência, anunciando a exi-bição da série em seu programadominical.

Os seriados brasileiros — OTempo e o Vento, Tenda dosMilagres e Grande Sertão: Ve-redas — comprovaram essatendência do público de voltarsua atenção para as coisas bra-sileiras. De quebra, provaramque, ao contrário das previsões

temerosas de alguns escritorese editoras, a televisão nãoameaça a literatura. O casa-mento deu certo, aumentandoa venda de livros. Deu certo,também, a mudança de progra-mação da TV E, que atravessouos últimos anos com uma ima-gem desgastada, sem oferecer amenor inovação ao público. HO-je, quem sintoniza a emissorasente que novos caminhos fo-ram abertos e, finalmente, a TVE tem chances reais de tornar-se uma opção interessante. Cor-rige, aos poucos, o novo rumo,retocando idéias boas mas quenasceram mal-acabadas. É ocaso, por exemplo, do 1985. Nosúltimos meses, sob o comandodo jornalista Milton Temer, oprograma ganhou um ar profis-sional, trazendo debates atuaisà tela da emissora.

OS DEZ MELHORES OS DEZ MELHORES OS DEZ MELHORES OS DEZ MELHORES OS DEZ MELHORES OS DEZ MELHORES OS DEZ MELHORES

Roque Santeiro. Melhorrealização da televisão naárea da dramaturgia. O textode Dias Gomes e da equipecomandada por AguinaldoSilva (Joaquim de Assis eMarcílio Moraes) trouxe arfresco para o gênero novela.Ágil, cheio de humor, o textousou a sátira político-socialde uma forma inteligentíssi-ma. E Regina Duarte brindouo público com uma Porcinafantástica, abandonando opapel de "namoradinha doBrasil" pela mulher (e atriz)madura.

Fidel Castro. Um marco nojornalismo de 1985 e na sérieConexão Internacional, pro-duzida pela Intervídeo. Pelaprimeira vez, nos últimos 20anos, o público brasileiro pô-de ver e ouvir o que pensa umdos líderes políticos mais po-lêmicos do século.

Xingu. O seriado realizadopela Intervídeo, com direçáode Washington Novaes, tra-çou um belo retrato do índiobrasileiro. Deu a palavra aosíndios, seguindo o caminhojornalístico e teve um resulta-do bem melhor do que outrasséries do gênero, perdidas empropostas antropológicas, In-sossas na televisão.

Roberto Campos X LuisCarlos Prestes. Foi na tela daTVE, na estréia do Tribunaldo Povo, que aconteceu umdos bons programas jornalís-ticos deste ano. Dois arqui-rivais checaram suas crençaspolíticas, confrontando o ca-pitalismo e o comunismo.

Entrevista com João Fi-gueiredo. A Manchete exibiu,no dia 24 de janeiro, um dosmelhores momentos da tele-visáo este ano: João Figueire-do. Uma entrevista que pare-cia ter sido armada para queo João fizesse boa figura antesde deixar o Planalto. Refeste-lado numa poltrona, ele aca-

Grande Sertão: Veredas

Conexão Internacional

bou mostrando seu lado maisgaúche e arrematou a conver-sa pedindo para que o Brasil oesquecesse. Não dá para es-quecer.

Grande Sertão: Veredas.Projeto ousado da Globo,transpondo Guimarães Rosapara a tela. Mas resultou numótimo seriado, com um showde imagens e duas interpreta-ções a destacar: Bruna Lom-bardi, em Diadorim, e Tarei-sio Meira, num excelente Her-mógenes.

Furacão Elis. Melhor musi-cal do ano, realizado pelaBandeirantes, com direção deRoberto de Oliveira. Mesmoseguindo a tradicional fórmu-la de músicas entremeadas deentrevistas, Furacão Elis con-seguiu mostrar o melhor per-fil de Elis Regina.

Tamanho Família. Trouxepara a televisão a criativida-de e a graça da turma dobesteirol, qua agradou emcheio no teatro. O seriado

Tamanho Famflia oscilou emqualidade mas foi, sem dúvi-da, uma inovação no humorde televisão.

Perdidos Na Noite. A irre-verência bem-humorada dogordote Fausto Silva lhe asse-gurou um bom ano de audiên-cia e a irrestrita simpatia dopúblico. O programa mostra,sem pudores, o avesso da telé-visão arrumadinha, com umaespontaneidade cada vezmais rara.

A Tragédia de Armero.Melhor Globo Repórter doano, passando uma visãoemocionante da cidade co-lombiana de Armero, destruí-da pela erupção do vulcão Ne-vada Ruiz. As cãmeras acom-panharam toda a agonia dosresgates e a morte lenta deuma criança presa aos escom-bros, com parte do corpo sub-merso na água. Primeiro, osacenos e os beijos esperanço-sos Na última cena. a morte.Tamanho Família Xingu

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10 a CADERNO B/HJsyECLAL ? domingo, 29/12/85

EATRO \Macksenl>ui'

Tempo de

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transição

no palco

*M grande encenação bra-~#b sileira esteve longe dosIJI palcos. O jogo político

Jj%. de um país em transi-¦3 Êi ção foi mais dramáti-co, cômico e trágico do quequalquer dos espetáculos ofe-tecidos pelos profissionais deteatro. O jogo teatral foi ence-nado dentro desse cenáriotransitório. Quem mais sofreucom essa transição foram osautores, que continuam emjfijssaca criativa, apesar de al-gumas surpresas positivas.•Tupá revelou um Mauro Rasittiais amadurecido como au-tor, enquanto Naum Alves deSouza insistiu no seu universofamiliar, em Um Beijo, UmAbraço, Um Aperto de Mão.Mas houve uma estréia, a deThiago Santiago, jovem de 22anos, autor de A Fonte daEterna Juventude, indicandoa possibilidade de renovação.Muito pouco mais aconteceucomo dramaturgia em 1985, oque levou atores e produtores,num coro de unanimidades, areclamar da ausência de tex-tos brasileiros que pudessemencenar. O XIV Concurso deDramaturgia do Inacen não

'Concedeu qualquer prêmioaos 257 textos concorrentes,sob a justificativa de que atotalidade das peças não seenquadrava na tradição dequalidade da literatura dra-mática brasileira. A volta de

•Augusto Boal, autor e diretorde O Corsário do Rei, marcouo restabelecimento de suasatividades no Brasil e provo-cou polêmica em debate pro-movido pelo JORNAL DO

¦ BRASIL.- Apesar do anúncio em en-contro no Teatro Casa Grandede que a censura acabou noBrasil, a experiência dos cria-dores teatrais não foi exata-mente de liberdade total. ALira dos Vinte Anos, de PauloCésar Coutinho, sofreu cortesdepois de encenada na íntegraem várias cidades, enquantooutros textos ficaram retidospor meses em Brasília. Mas a

..^censura mais violenta, a jul-gar pelas queixas de quem fazteatro, foi a econômica. Prati-

camente sem ajuda governa-mental, aguardando a Lei Sar-ney de incentivo à produçãocultural, sempre adiada, o tea-tro sobreviveu, em grandeparte, dos patrocínios da em-presa privada. A Shell, em es-pecial, investiu Cr$ 900 mi-lhões, tornando possível asmontagens do Teatro dosQuatro: Assim É Se Lhe Pare-ce (o maior sucesso de públicodo ano, ao lado de Negócios deEstado) e Quatro Vezes Bec-kett (montagem experimentalque investigou a própria lin-guagem cênica). Mas a organi-zação empresarial do teatrocarioca esteve próxima docaótico, com elencos forma-dos em bases cooperativadasou de maneira aventureira.Como em qualquer têmpora-da aconteceram fracassos,mas em 1985 tiveram caracte-rística especial: foram retum-bantes Tivi Na Tevê, O BeloIndiferente, Lá), demonstran-do as contradições de formasde produção inviáveis. Apesardas restrições econômicas, asmontagens experimentaissurgiram em maior número doque faziam supor as incertezasprovocadas pela falência daprodução teatral. Além deQuatro Vezes Beckett, EnsaioN° 2, Laços e Máscaras desen-volveram pesquisas originais,e em alguns casos bastantepessoais.

O teatro de esquetes se con-solidou como forma carioca deespetáculo, sustentado pelamedia que o transformou emverdadeiro modismo do verãoe do inverno culturais. A atrizFernanda Montenegro recu-sou, depois de negociação pro-longada e de escaramuçascom a imprensa, que pratica-mente a acossou por dias, ocargo de Ministro da Cultura.Na carta-recusa, Fernandasintetizou o ano teatral ao es-crever com a acuidade de sem-pre que "o palco é, definitiva-mente, o espaço mais livre queo homem jamais criou. Seolharmos os palcos de um \\\\\\\\\\\\país, sabemos exatamenteque país é esse." Quatro Vezes Becket

/I RTES

M PLASTICAS! Reynaldo Roels Jr.

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Leda Catunda

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JORNA1. DO BHAS1L

OS DEZ MELHORES OS DEZ MELHORES OS DEZ MELHORES OS DE.

Predominaram as

cores da pintura

O apoio da iniciativaprivada à atividade tea-trai. Mesmo sem a LeiSamey, as empresas par-ticulares, em especial aShell, investem quantiassignificativas em produ-çôes teatrais, única for-ma de tornar possívelprojetos culturalmentemais ambiciosos, comoos do Teatro dos Quatro.

Lélia Abramo em AMáe. Depois de dez anosafastada do palco, Léliavolta como Pelea Vlasso-wa na peça de Brecht.Um caso de identidadeprofunda com o persona-gem ao qual emprestacontornos emocionaismas apenas para servircomo pontos de clarifica-çáo de seu papel social.

Cabra Marcado ParaCorrer, espetáculo dirigi-do por Antônio Pedro. Odiretor devassa o com-portamento hipócrita,deixando claro aquiloque apenas está sugeridono texto de Judas emSábdo de Aleluia, deMartins Pena. Utiliza pa-ra isto os próprios recur-sos do teatro, provocan-do subversão cênica.

As atividades do Gru-po Tapa. Nesta têmpora-da, além do Projeto Es-cola e do Festival doTeatro Brasileiro, o Tapaproduziu O Tempo e osConways e "importou" odiretor alemão Peter Pai-lith. Sem qualquer aju-da, desenvolve trabalhode pesquisa e investe noestudo como base da suaprópria criação.

Laços e Máscaras porgrupo de ex-alunos daEscola de Arte Dramáti-ca de São Paulo. Doisespetáculos investigati-vos, profundamenteidentificados com a pes-quisa, que tinham comoorigem obras difíceis (ateoria de R. D. Laing eum conto japonês) masque foram transpostospara o palco com muitateatralidade.

DIZIA-SE

que a década de 80 seria a déca-da da pintura. Essa afirmativa de valorexclusivamente propagandístico acaboupor produzir seus efeitos, especialmentequando o mercado banca a parada. Ape-

sar das ameaças de revisão crítica, dos vaticíniosde que a moda logo passaria e dos sinais desaturação do mercado, 1985 foi um ano domina-do pela pintura. O que houve de diferente não foibastante para fazer cair as camadas de tintaacumuladas nas paredes das galerias. A Bienalde São Paulo explorou a pintura à exaustão, e oSalão Nacional não desmentiu o predomínio.Talvez a Documenta de Cassei, no ano que vem,reverta a tendência.

Entre os artistas jovens, a Geração 80 foihegemônica. Se são procedentes as observaçõesde que ela não constitui uma tendência nosentido estrito do termo, é preciso reconhecerque essa não é uma característica apenas sua, eque muitos movimentos relevantes nos últimostempos foram marcados pela heterogeneidade. Acoletiva Velha Mania, na Escola de Artes Vi-suais, foi uma evidência da diversidade, em quese misturavam obras com pouco em comumentre si (inclusive Carlos Zéfiro, a quem se dedi-cou uma "sala especial" o banheiro de mármorede Gabriela Besansone). Beatriz Milhases (compinturas na César Aché), Beth Jobim (tambémpinturas, na GB), Ângelo Venosa (esculturas, noCentro Empresarial Rio) e Isaura Pena (dese-nhos, na Macunaíma) apresentaram trabalhosque mereceram a atenção. A voga do neo-expressionismo teve um reforço com a exposiçãode dois alemães presentes à Bienal de São Paulo,Middendorf e Koberling (pinturas, na ThomasCohn). Fora dos limites da Geração 80, Rubem

Grilo foi um dos poucos a apresentar um traba-lho notável, especialmente por explorar o ex-pressionismo de forma alternativa ao "neo".

Alguns artistas já consagrados tiveram a capa-cidade de não estacionar e foram responsáveispor algumas das boas exposições do ano, comLygia Pape. Um artista cuja pintura sofreu mu-dança radical foi John Nicholson que, sem sairda questão da figura, apresentou trabalhos emque se afasta bastante de suas fases anteriores.

O ano não foi muito generoso nas retrospecti-vas, mas o que houve foi bom. A começar pelaexposição A Escola de Paris, no MAM, quereuniu obras de Rouault, Picasso, Braque, Matis-se, Picabia, Dufy e outros que o carioca já não viahá algum tempo. A mostra da coleção de Rober-to Marinho, no Paço Imperial, atraiu a atençãopara o modernismo brasileiro, apesar de não terlançado luzes novas sobre o assunto. A galeria doBANERJ, por seu lado, apresentou duas exposi-çôes pequenas mas densas. A primeira, umaremontagem (parcial) de Opinião 65, que, naépoca, mudou os rumos da arte no Rio de Janei-ro. A segunda, sobre a influência do surrealismoentre nossos modernistas, coincidentemente damesma época em que, em São Paulo, realizava-se a Semana do Surrealismo.

A arquitetura, que andava meio às moscas,parece que está sendo devidamente reabilitada,a julgar pelas mostras deste ano: Affonso Eduar-do Reidy, (PUC), Vilanova Artigas (BNDES) eCarlos Leão (Funarte) tiveram mostras dedica-das a seus projetos. A de Carlos Leão teve avantagem de, além da qualidade dos projetos,contar com os desenhos originais, todos de umcuidado e um perfeccionismo dificilmente encon-tráveis em projetos arquitetônicos.

OS DEZ MELHORES OS DEZ MELHORES OS DEZ MELHORES OS DEZ l

Anna Bella Geiger, pinturas eobjetos pintados (os "macios"), naSaramenha: a pintura, faceta atéentão pouco explorada pela artista,pegou muita gente de surpresa. An-na Bella pintou com a segurança eo refinamento de quem o fez a vidainteira, sem romper com a consis-téncia de seu trabalho anterior.

Carlos Vergara, pinturas, na Ar-tespaço: artista dos anos 60 queresolveu enfrentar a pintura (a"grande" pintura) e buscar suaatualidade.

Antônio Dias, pinturas em papeldo Nepal e objetos (Saramenha eThomas Cohn): duas exposiçõesparalelas e até certo ponto hetero-gêneas, em que a experiência radi-cal dos anos 60 é incorporada a umtrabalho mais sensorial.

Volpi, pinturas, na Bonino: o ve-

lho mestre de sempre, um dos rarosartistas do modernismo brasileiroque estabeleceram uma relação sin-cera e sem ambigüidades com aarte moderna.

Carlos Zílio, pinturas, na PauloKlabin: o diálogo com os clássicosda modernidade e com a visualida-de especifica que cerca o artista,um toma-lá-dá-cá três savant e so-fisticado.

Jorge Guinle, pinturas, na Cân-dido Mendes e na Saramenha: paramuitos o pintor brasileiro da déca-da de 80, e que merecidamente le-vou um dos dois prêmios de viagemno Salão Nacional deste ano.

Eduardo Kac e Fernando Catta-Preta, Holopoesia (holografias) noParque Lage: um escape aos meiostradicionais, proposta de síntese

entre imagem e palavra bastantedistanciada do tour de force tecno-lógico freqüente na arte high tech.

Leda Catunda, pinturas e obje-tos pintados, na Thomas Cohn: omelhor da transvanguarda quando,sem renunciar ao prazer, sabe o quequer e como conseguir. E com inte-ligência.

Amllcar de Castro, esculturasem ferro e desenhos, na ThomasCohn: uma geometria cada vezmais depurada, sensível e inteligen-te, mesmo quando, como nos dese-nhos. é construída apenas com ogesto.

Rubens Gerchman, pinturas, naPaulo Klabin: outro enfant-terribledos anos 60, com uma pintura lúdi-ca mas pensada, racional e emocio-nal, sem radicalismos mas nem porisso acomodada.

Quatro Vezes Beckett,espetáculo dirigido por'Gerald Thomas. Investi-ga em textos curtos deSamuel Beckett as possi-bilidades do fraciona-mento da fala, do estabe-lecimento de linguagemabstrata aliada a fortesinvenções visuais, orga-nizando assim uma ver-dadeira estética da dis-sonância.

ítalo Rossi em QuatroVezes Beckett. Ator daformação tradicional in-tegra-se à proposta abs-trata do diretor, transfor-mando-se em veículo deformas inconscientes.Utiliza apenas o rosto co-mo área de representa-çáo, num domínio equili-brado entre a emoção e atécnica pura.

Geraldo Carneiro e aadaptação de Uma PeçaComo Você Gosta. A mis-tura de gírias com Ca-móes, da Canção do Sub-desenvolvido com a es-tética hippy em perfeitaharmonia. Shakespearede As You Like It ganhanesta versão 85 divertidaatualidade, ressaltandoum pouco mais a utopiado prazer.

Grande e Pequeno,texto de Botho Straussem produção de RenataSorrah. Uma ousadiaempresarial (que deu cer-to) da atriz Renata Sor-rah, apresentando ao pú-blico brasileiro um textorepresentativo da dra-maturgia alemã. A quali-dade artística da monta-gem foi compensada peloprestígio do público.

Hélio Eichbauer e aconcepção visual deGrande e Pequeno. Par-ceiro do diretor CelsoNunes no espetáculo, jo-ga no palco elementosbrancos e cinzas e obje-tos intencionalmentedesproporcionais, cons-truindo uma cena hiper-realista. A solidão dospersonagens fica amplia-da nesse décor. Antônio Dias

Máscaras

*

O grande e o pequeno

1311

JORNAL IX) BRASIL

ITERATURA\ Vivien Wyler

Tempo

de tudo

editar

A

produção editorial de1985 revelou, sobretu-do, confiança na qua-lldade e quantidadede leitores. Houve de

tudo: de biografias e cartas, co-mo as de Lou Salomé e RainerMaria Rilke ou Mário de Andra-de a Prudente de Morais Neto, àboa literatura inglesa de E.M.Forster e Katharine Mansfield;,americana, de William Styron eJoyce Carol Oates; e italiana, deMoravia e Buzzati. O horizontelatino-americano, dominado pe-lo bruxo Borges e por Alejo Car-pentier, teve também Angel Ra-ma, Mempo Giardinelli, Osval-do Soriano, Maria Luisa Bom-bal e Haroldo Conti, numa ten-tativa de descobrir identidades.A ficção cientifica, coalhada deDunas, compareceu lado a ladocom os policiais como Chandlere Hammett, com freqüência nasprogramações que abriram es-paço também para franceses ealemães, como Peter Handke ePeter Schneider, inspirados porbons ventos de incentivo (comverbas) à tradução, por parte deconsulados e institutos decultura.

Nas listas de best-sellershouve surpresas. A maior delas,a presença da boa literatura naliderança. Milan Kundera mos-trou em A insustentável levezade ser sua capacidade de enle-var e vender — e voltou a repetira dose com Risíveis amores.Sua companheira de venda-gens, Marguerite Duras, bisouno Brasil o sucesso parisiensecom O amante, um livro queagradou mais às mulheres.Além deles, os livros considera-dos clássicos, como TristamShandy, de Laurence Sterne,Professor Unrat, de HeinrichMann, e O gatuno, de Quevedo,revelaram-se um filão merece-dor de atenção.

Em terreno brasileiro, nuncase apostou tanto em teses uni-versitárias ou livros políticos,tendência que, de resto, acom-panhou a de nossos vizinhossül-americanos, e que acaboudisputando espaço na preferèn-cia dos leitores, com obras dotipo consultório sentimental,como De Mariazinha a Maria,de Marta Suplicy. Relatórios co-mo os de Brasil nunca mais,

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domingo, 29/12/85 ? CAVEHNO B/ESPECIAL n 11

Milan Kundera

estudps literários como o de OsSertões, de Walnice NogueiraGalvão, cronologias irônicas co-mo a de Darcy Ribeiro em Aostrancos e barrancos tentaramrecuperar, paralelamente a tra-balhos de brazilianistas comoJohn Forster Dulles e LaurenceHallewell, os caminhos da brasi-lidade evidenciados tambémnum folhetim como Mattos,Malta ou Matta?, Inédito deAluízio de Azevedo. Ou na exce-lente reportagem de Olga, deFernando Morais.

A ficção trouxe uma boa levade contistas: Sônia Coutinho,Edla Van Steen e Cícero San-droni, Dalton Trevisan instigan-te em A Polaquinha, Ignácio deLoyola Brandão meio perdidoem O Beijo não vem da Boca,Autran Dourado sem muito âni-

mo em Lucas Procópio. Esquen-tou no final do ano com Bufo eSpallanzani, de Rubem Fonse-ca, dividiu opiniões em Concer-to Carioca, de Antônio Callado,e confirmou João Gilberto Nolle Silvano Santiago como auto-res de fôlego e receptividade cri-tica.

As grandes estrelas de 1985,no entanto, foram a literaturaInfantil e a poesia. A primeiraentrou nos projetos de todas aseditoras de porte, mostrou suaforça na Feira Internacional doLivro do Rio de Janeiro e con-quistou Carlos Drummond deAndrade — que teve um anoprolífico, coroado com O obser-vador no escritório — para suaslides, com História de dois amo-res. A segunda foi cantada embares e animou lançamentos co-

mo César Vallejo, Emily Dickin-son, John Donne, John Keats,T.S. Eliot, Prévert, Baudelaireem versão bilíngüe, poesia russatraduzida pelos irmãos Campos,além de Mário Faustino e AnaCristina César. O Agrestes, deJoão Cabral de Melo Neto, umdos bons livros do ano, só veioconfirmar isso.

Entre as editoras, a Roccodeu um visível salto em produ-çáo e qualidade — principal-mente no final do ano —, a Gua-nabara entrou de sola na searada ficção com Nabokov e Simo-ne Signoret, três editoras pau-listas chamaram a atenção parauma programação diferente erequintada — a Art Editora, aMax Limonad e a T. A. Queiroz— e a José Olympio deu sinaisde recuperação.

ANÇA\ Antônio José Faro

Grupo Corpo

MIL

novecentos e oi-tenta e cinco foium bom ano paraa dança, apesar daexistência de ai-guns crônicos pro-

blemas: a falta de dinheiro ede um firme patrocínio porparte de entidades privadas;uma legislação fazendáriaque permita esse auxílio; lo-cal adequado de trabalho eum apoio governamental fir-me, decidido. Mesmo com es-sas gravíssimas ausências, to-das as companhias existentescontinuaram o seu trabalho esurgiram outros grupos de va-lor, como o Balé Ópera Pau-lista. Parece haver um cons-tante aumento de público,principalmente na faixa maisjovem.

Nossa maior companhia, oBalé do Teatro Municipal, emque pese um olho nem sempremuito saudável, mas com-preensível, na bilheteria, con-tinuou a crescer e merecerelogios de críticos como o deLa Nación, de Buenos Aires, eo do Corriere delia Sera, deMilão. O Studio Lourdes Bas-tos, o Balé Opera Paulista e oCisne Negro levaram sua artecom sucesso aos palcos daFrança, de Portugal, Espanhae Escócia, abrindo novos mer-cados para o nosso balé.

O I Festival de Dança doRio foi um sucesso artístico ede audiência, com noites ines-quecíveis, como a estréia dePrelúdios, de Rodrigo Peder-neiras, um dos melhores trà-balhos já realizados por umcoreógrafo brasileiro; a ma-jestade de Floresta Amazóni-ca, pelo Balé do Teatro Muni-cipal; os novos caminhos doStagium, com o singelo Modi-nhas; e a inolvidável tempo-rada do Balé de Sttutgart,com o melhor elenco queaquela companhia já nostrouxe e um repertório ecléti-co e em que sobressaiu UmBonde Chamado Desejo, amagistral versão de JohnNeumeier da peça de Tennes-see Williams, que alcançounovas dimensões em balé.Mareia Haydée e RichardCragun foram uma Blanche eum Stanley dignos de perten-cer à lista dos melhores intér-pretes daqueles papéis, em ci-nema, teatro ou dança.

Houve uma constante afir-mação dos talentos estabele-cidos, bailarinos ou coreógra-fos, e um progresso evidentenos demais, como é o caso deCiro Barcellos, com o seu Ba-lé do Terceiro Mundo, e doVacilou, Dançou, de CarlotaPortella.

OS DEZ MELHORES OS DEZ MELHORES OS DEZ MELHORES OS DEZ MELHORES OS DEZ ME OS DEZ MELHORES OS DEZ MELHORES OS D*.

FicçãoA Insustentável leveza do ser,

de Milan Kundera (Nova Frontei-ra). Com seu estilo cerebral, mo-derno e elegante, Kundera disse-ca as fraquezas e virtudes do serhumano. O ponto de partida é ocasal Tereza-Tomas e suas idas evindas amorosas, numa Praga in-Vadida pelos russos.

Agrestes, de João Cabral deMelo Neto (Nova Fronteira). Opoeta mostra que, depois de Mu-seu de Tudo e Escola das facas,recuperou a habilidade em tratara matéria árida de seus poemas.Em Agrestes, João Cabral provaestar em dia com sua arte, emcontínua descoberta.

Bufo e Spallanzani, de Ru-bem Fpnseca (Francisco Alves).Voltando aos temas que lhe sãocaros — o romance policial e ooficio da palavra —, Rubem Fon-Seca parte do assassinato de umajgrá-fina para mostrar que litera-tura não é confissão e a políciabrasileira não parece a Scotland;Yard.

O Poesia completa, poesia tra-tfuzida, de Mário Faustino (MaxLimonad). Numa bela edição, in-fluindo fotografias, recupera-se aenergia invejável desse poetapiauiense morto muito jovem,num acidente de avião. Respon-.sável pela dinamização da van-guarda neo-concretista, Faustinoaparece, aqui, de corpo inteiro,como respeitador da tradição e

íjmodernizador.f''[J A polaquinha. de Dalton Tre-visan (Record). O primeiro ro-

¦mance do vampiro de Curitibaífgla de erotismo, de sua pátriaficcional e de sonho. A persona-

r gem principal, uma prostituta, é¦o fio condutor para um jogo deespelhos de final imprevisível.

RubemFonsecae Dal-ton Tre-visan

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Não-ficção

Brasil: Nunca Mais (Vozes). Aexemplo dos relatórios argenti-nos, essa série de documentos daJustiça Militar fala da tortura nopaís, durante o período de repres-são. Uma dolorosa ferida ex-posta.

O livro no Brasil, de LaurenceHallewell (T.A. Queiroz). Brazilia-nista meticuloso, Hallewell re-constitui as dificuldades iniciaisdo livro nos tempos da colônia, aépoca dos grandes tipógrafos, oempenho de Monteiro Lobato eas glórias de editores como JoséOlympio e Énio Silveira. Um ma-nual imprescindível.

Freud, pensador da cultura,de Renato Mezan (Brasiliense).Em linguagem leve e envolvente,Mezan prova o alto nível do pen-samnento universitário nacional.

Com sólido embasamento teóri-co, ele reconstitui os caminhos daPsicanálise, fazendo crítica à teo-ria da cultura de Freud.

Os Sertões (Estudo Crítico),de Walnice Nogueira Galvão. Es-se é o resultado de um trabalhode pesquisas que levou noveanos. Nele, Walnice expurga aobra de Euclides da Cunha desuas muitas deturpações críticase restabelece não só as verdadei-ras intenções do autor, como en-cerra uma antiga polêmica: Eu-clides era mesmo, acima de tudo,um escritor preocupado com aforma literária.

Olga, de Fernando Morais (Al-fa Òmega). A vida de Olga Bená-rio Prestes, uma mulher empe-nhada em levar às últimas conse-qüências suas verdades ideológi-cas é recuperada pelo jornalista edeputado, num perfil engajado efreqüentemente arrebatador.

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A temporada carioca do Grupo Corpo,de Belo Horizonte, comemorou seus 10anos de existência com um rico repertórioe mostrou por que o grupo se inscreve naprimeira linha de nossas companhias.

O I Festival de Dança do Rio de Janei-ro, com 48 espetáculos em seis semanas,trouxe seis companhias totalmente dife-rentes e ofereceu ao nosso público umaexcelente demonstração de variedade. "

A emergência de Rodrigo Pederneirascomo o mais promissor de nossos jovenscoreógrafos somou um talento inato eespirito pesquisador a uma impressionan-te musicalidade e técnica criativa.

Os espetáculos para crianças realiza-das pelo Balé do Municipal contribuírampara a formação uo público de amanha,de uma forma didática mas com a mesmaqualidade das recitas para adultos — ecobrando um preço reduzido.

A temporada do Balé de Stuttgart náoapenas nos trouxe o seu melhor grupo debailarinos mas um repertório eclético,mostrando a versatilidade do conjunto euma direção artística empreendedora.

Les Ballets Jazz, de Montreal, mostrouque, com o ritmo do jazz e bailarinosconvenientemente treinados, se pode irmulto além do oba-oba.

O Grupo Vacilou Dançou, saindoexatamente do oba-oba apresentou, com oseu América Ladina, uma engraçada ebem-dosada crítica âs mazelas políticas denosso país. durante os últimos 150 anos.

A Floresta Amazônica do Balé doMunicipal fez honra à bela partitura deVilla Lobos e apresentou esplêndida ce-nografla de Jose Varona. numa coreogra-fla inteligente de Dalal Achcar, atingindoum alto nível.

Canibais Eróticos, de Ciro Barcellos.atingiu plenamente a idéia de que o ho-mem pode chegar ã pureza mesmo pas-sando por toda a luxúria e o pecado doque é capaz. Foi um espetáculo feito cominteligência e extremo bom gosto.

O novo Quebra-Nows do Municipalnos levou àquele plano de fantasia eimaginação bem de acordo com o espiritonatalino. Foi dançado por uma compa-nhia no ápice de sua capacidade técnica eartística.

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OMPOR TAMENTOI Joaquim Ferreira (los Santos

? Cada um viveu como achou melhor pelos diasde 85. Afora a coesão cívica, em torno de um

país que respirava melhor, os baratos foram indivi-duais. Houve quem brilhasse sob as luzes dokaraokê, ou dentro de biquínis incríveis. Falou-seo que vinha à cabeça, com liberdade. Palavrões,abobrinhas, críticas. Tudo muito assumido. Até oscomunistas se identificaram com carteirinhas do"partidão".

Cada um viveu como quis

Civismo — O verde-e-amarelo estava no fundo dobaú, manchado com o san-gue da ditadura e com amaldição de cafona. O paísvoltou a se vestir com essascores, orgulhoso da naciona-lidade após a eleição deTancredo Neves. A Compa-ny lançou uma coleção decamisetas com a bandeiraestampando o peito de ga-tas e gatinhos. O auditóriodo Chacrinha chorou ao somda balada em que Fafá deBelém transformou o HinoNacional. E Roberto Carlos,faro fino, terminou o ano li-derando a execução nas AMe FM. Seu novo sucesso, ummilhão de cópias vendidas, éVerde e Amarelo.

Linguagem — O sacros-santo lar brasileiro, em pie-na hora de seu abençoadojantar, foi invadido por ex-pressões que nem semprepermitiu ao vivo, na intimi-dade doméstica — e gostou.Sinhozinho Malta semanapassada disse que o prefeitoera "um bundão". A línguaficou mais solta. "Sacana-

gem" e "porrada" deramIbope; "tesão" ganhou o fes-tival de música da Globo eos sambas de enredo tam-bém caíram na esbórnia vo-cabular.

Nostalgia — O Brasil vol-tou no tempo, e não foi sópor causa da eleição do Ve-lho Barreiro em São Paulo.A Vespa cruzou avenidas,garotas usaram calça pes-cando siri, o Trio Esperançaarrasou e já tem até gentefalando "bárbaro". O políti-co do ano foi José Sarney,dono de um bigode, de umacoleção de jaquetões e livrosde contos que deixaram osanos 50 mortos de inveja.

A musa — Houve um mo-mento em que ela foi Clau-

dia Raia, cultuada pelos quedefendem o padrão de bele-za tipo monumental; passoupela mulher madura da crô-nica de Afonso Romano deSant'Anna soando como umvioloncelo na hora do gozo;e chegou até mesmo às mi-lhares de "porcinas" que seespalharam pelo país, falan-do alto, com pouco lustrecultural e lenços verde-sulfurina na cabeça. Paraagradar, algumas fizerammusculação, ficando commúsculos jamais vistos nasmulheres. Foram todas fan-tásticas.

Karaokê — Os japonesesinventaram a coisa, que pas-sou uma temporada sendotestada em São Paulo, atéexplodir divertidíssima noRio. Houve quem falasse navontade de brilhar sob osrefletores, cultivada pelossolitários das grandes cida-des. Bobagem. As pessoasbrincaram de se colocardiante do microfone e despe-jar nos ouvidos alheios aprata que julgam sair dagarganta. Música mais can-tada do ano: Nervos de Aço,de Lupicínio Rodrigues.

Cultura da broa de milho— O prato forte servido porZiraldo na presidência daFunarte. Numa carta ao Mi-nistro da Cultura estabele-ceu como metas prioritáriaso incentivo às bandinhas eao cultivo de nossas gastro-mias mais típicas, como opato no tucupi e a tal broa.Um novo jeito de defenderas velhas raízes. Não pegou.Padeiros vieram a públicoinformar que o povão gostamesmo é da farinha impor-tada, francesa.

Yuppies —Os jovens pro-fissionais antenados com asboas palavras trazidas pelaletra "s": sucesso, saúde, sa-

? Loucura — É verdadeque os modismos de-

coraram os corpos combermudas de helanca,óculos escuros para a noi-te, sutiãs à mostra e pran-chas de morey boogie. Masnada foi tão revolucionárioquanto a simplicidade dobiquíni cortininha. Comele, a mulher podia esco-lher entre deixar seu bum-bum mais ou menos à mos-

tra. Optou evidentementepor deixá-lo quase desnu-do. O ano terminou comnovas versões do cortini-nha: o asa delta, o bume-rangue e o ti-ti-ti. Sublimesversões em torno do nada,o ápice de um stripteaseque começou em verões ca-,bralinos. Mais ostensiva-mente público do que obumbum, só o comunistacom suas novas carteiri-nhas do PCB.

tisfação. Colocam a carreiraacima de tudo, mas são so-fisticados, criativos ecurtem o que fazem. Estãode bem com a vida. Talvezcom a exceção de Lobão, osjovens foram por aí.

Pós-tudo — É um daque-les enigmas que 85, meiosem jeito, deixa para 86 re-solver: do que se trata, afi-nal? Alguma coisa próximado fim das vanguardas e oreconhecimento de que épreciso se reinspirar no quejá foi feito. De volta ao fu-turo.

Abobrinhas — Foi umdos baluartes da invasãopaulista na vida da cidade(além do karaokê, da gíria támaus, do grupo Ultraje a Ri-gor). Uma conversa inteli-gente, leve e com doses ca-valares de humor. O bestei-rol fez isso no teatro, o Pia-neta Diário na imprensa eFausto Silva na televisão.

Censura — Ela deixou asmãos do Governo e passoupara os particulares. Gentecomo Wilton Figueiredo, odistribuidor de Je Vous Sa-lue Marie; o curador de me-nores que proibiu São Paulode ver Último Tango; e osanônimos racistas que pres-sionaram a Globo para aca-bar o namoro de MarcosPaulo (branco) e Zezé Mota(preta) na novela Corpo aCorpo.

Rockers — Eles foramidentificados por uma pes-quisa como um segmentoimportante entre os jovens.O avesso dos yuppies. Ro-mânticos, insatisfeitos, embusca de heróis nas artes.Seu hino: Rebelde sem Cau-sa, do Ultraje. Acontecimen-to marcante: o Rock in Rio.Rádio preferida: a Pirata.

Erotismo na TV — Foiuma loucura. A cada sema-na a publicidade revelavaum novo pedaço da anato-mia feminina. Pelos públi-cos para vender duchas;seios anunciando bronzea-dor; e o inevitável bumbum,agora embaixo d'água, pro-movendo jeans. A julgar poressas propagandas, a fixa-ção erótica nacional deslo-cou-se um pouquinho dobombum para os seios. Masnada disso pareceu afetarmuito o país, que continuoucélere em sua marcha para odesenvolvimento.

Conservadorismo — Deum lado foi a Aids, com seuvíus instaurando um pânicogeneralizado nas relaçõessexuais e tornando o amormenos livre. De outro foi osurgimento em São Paulode um grupo de jovens dedireita, algo inimagináveldesde os estudantes da Mac-kenzie, em 68: a juventudejanista. No meio do caminhomalharam-se as drogas co-mo nunca. Herói: Rambo.

Brigalhada — Livres danecessidade do espírito declasse que usaram para sedefender na ditadura, os ar-tistas quebraram o pau en-tre eles mesmos. Alguns ato-res, depois de assistirem OCorsário do Rei, acharamque o diretor Augusto Boalmerecia as dores de novoexílio. A família baiana rom-peu. Gal brigou com Gui-lherme por causa de grana.Gil situou Bethania, a pan-fletária de Carcará, na direita. No rock, Cazuza achouque o Barão Vermeli.o serepetia, a mesma opinião deLobão sobre os Ronaldos —e viajaram sozinhos. Sanguenos bastidores. Tédio nosdiscos.

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Ano 10, n° 504, 29 de dezembro de 1985. Nao pode ser vendida separadamente

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A bijouteria, um ponto forte da

moda, ajuda a colorir e enfeitar a

brasileira. Estas foram nossas

promoções deste ano de 1985:

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momento internacional... e nas

etiquetas, ótimas promoções e

muita qualidade.

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Com Mr. & Mrs. Baby, a moda bebê deixou de engatinhar.A roupinha do primeiro aninho de vida do bebê, teve um pri-

meiro ano fazendo o maior sucesso nas creches, berçose pracinhas do país.

Bits, chips, micros que são o máximo. Design/ Avançado. Tecno-logia? Hi Tech. A Mesbla é a primeira a ter a última geração.

A eletrônica veio pra ficar. Na Mesbla.

Gatos e gatas. Roupas transadas. Azaração. O máximo.Tudo no pique. O point.} A Mesbla. A moda

Primavera-Verão valeu. Pinta lá.

Cama. Mesa. Banho. Tudo pode acontecer entre quatro paredes.A Mesbla provou. Só depende de bom gosto. Só precisa de ou-

sadia pra quebrar padrões e deixar o céu cair na cabeça.

Quando lançou a etiqueta Tucano, a Mesbla sabia muito bem obicho que ia dar: sucesso. Tucano foi lançada com as pessoas que

fazem sucesso. E na sucessão de anúncios, os lugares transadosda moda. Porque sucesso chama sucesso.

Como foi a Mesbla na Intimidade}. Explícita. Uma campanha intei-ra de televisão mostrando tudo que todos queriam ver: moda

lingerie da melhor qualidade a preços sedutores...

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Coisas & Cozinhas um departamento que ainda não vai a todas

as lojas, mas vai ao forno, vai ao fogão, vai à mesa e vai dar umamãozinha pra dona de casa. Utensílios e eletrodomésticos super-

condimentados. Preços sem o menor sal.

Na Mesbla, o Dia das Crianças foi do outro mundo: o mundode Eternia. O He-Man, pelos poderes de Gra/skull, derrotou

o Esqueleto. E as crianças com suas roupinhas e brinquedosviveram felizes para sempre.

Bazooka é a arma dos pais que não querem ver os filhos comomini adultos: engomadinhos, mas profundamente infelizes.

Bazooka é a roupa pro dia-a-dia da criança ser criançatambém. Cheia de arte.

Beleza & Forma é assim: a beleza na sua melhor forma. Malhas

pra malhar, equipamentos de ginástica. E claro, maauilagem.Porque a mulher aprimora a forma mas não pode peraer a função.

Em 85, a Mesbla foi criança no mundo de

Eternia, voou nas asas do Tucano,

engatinhou com Mr. e A/1 rs. Baby, lançou a

Bazooka, curtiu a Primavera/Verão, virou

a cama, mesa e banho de cabeça pra

baixo, pi pra Coisas & Cozinhas sem perdera Beleza & Forma — e ainda encontrou

um tempinho pra Intimidade. Tudo isso com

garantia e controle de qualidade, ou seja,

respeito ao consumidor. Nada mais que

obrigação. Agora, algo mais. Exclusividade.

Tendências internacionais de moda que você

só encontra na Mesbla. 0 atual exclusivo.

Esse é um serviço Mesbla que não tem

preço. Mas você não paga mais por isso.

Questão de estilo. A Mesbla, em 85,

pi mais do que em 84. Menos que em 8ó.

Sempre mais. Sempre buscando

o melhor pra você.

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Capa: Foto de Lewy Moraes/F4

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Nomes que brilharam em 85

85 está indo embora. Foi oano em que o Delegado IvanVasques destacou-se em invés-

tigações policiais e ainda ga-nhou espaço para relançar a

moda das gravatas-borboleta.Foi também o ano em que aatriz Lucélia Santos correu

mundo — foi até à China

fazendo espectadores de todas

as nacionalidades derramarem

lágrimas por sua Escrava Isau-

ra. Foi ainda o ano em que a

estrelíssima Tina Turner deu a

volta por cima e, depois de um

injusto ostracismo, tornou-se a

musa negra do rock'n'roll.Muitos nomes brilharam neste85. Alguns deles estão, a partirda página 8, na seção de FredSutter que, no último númerode Domingo deste ano, ganhauma edição especial. Feliz AnoNovo!

nomes do ano 8

capa 2}

moda 30

usos e costumes 33

cartas 35

horóscopo 37

palanque

N° 504. 29 de dezembro de 1985

as cobras

DiretoraMaria Regina BritoEditorArtur XexéoSubeditorAlfredo RibeiroEditora de arte ,Vilma GomezFotografiaAgência F4ModaRegina MartelliProduçãoArliete RochaRepórteresAntonio José MendesHelena CaroneHelena Tavares. Lúcia RitoMaria Silvia CamargoRose EsquenaziDiagramadoresDavid Lacerda, Eliana KrajcsiJoão Carlos GuedesLaerte Moraes GomesColaboradoresCatarina Brust, Dulce CaldeiraElaine Uzêda, Liliane SchwobGerente comercialFábio MatosRedaçãoAv. Brasil, 500/6° andarTel.: 264-4422/Ram.: 410 e 497PublicidadeAv. Brasil, 500/5° andarTel.: 264-4422/Ram.: 322Composição e fotolitoJORNAL DO BRASILImpressãoJB Indústrias Gráficas S/A.Av. Suburbana, 301Domingo ó uma publicaçãoda Editora JB. Não podeser vendida separadamente

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Fitas na hora do chá

Le Thé LautrecCafé de Ia Paix — Hotel Méridien.Av. Atlântica, 1020, térreo. Tel. 275-9922

Levantou

para o céu as mãos dolentes, adigna senhora e, murmurando, começouseu lamento:É a primeira vez — Ah! Asseguro!—éa

primeira vez que tal desastre me acontece navida!

E, enquanto gemia, balançava sob nossosnarizes uma fina fitinha colorida.

Muito espantada com a cena, Mme K.olhou-me de viés. Nada, no gentilíssimo am-biente, predispunha ao fundo desespero. Muitopelo contrário. Eram apenas quatro e pouco datarde; o sol não estava, naquele dia, muitoinclemente; à nossa volta, damas numerosastagarelavam entre chás e pãezinhos. Vivia ummomento bem comum aquele Thé Lautrecque, metódico, tudo quanto é tarde de semana,se instala no fundo do Café de Ia Paix. E estavabom o chá. Mas, de repente...

Nem posso atinar — continuou a simpá-tica senhora — como é que se esqueceram deamarrar...

(... Esta fitinha em nossos pulsos, pensei.Trata-se de uma fita de Exu. Que bizarro proce-

dimento para uma casa de chá! Talvez sejaimposição da Embratur)

Mas não era nada disto. Pecara a casa —mais precisamente os garçons desatentos —por não terem amarrado uma fita vermelha emnossos guarda.napos, fazendo, com ela, umlaço. E nós — incautos! — que nem tínhamosdado pela ausência do mínimo apêndice!

Pouco importa, porém. O chá servido erabom. Antes francês que inglês em seus diver-sos acompanhamentos, como era de esperar-se em um hotel da gens Méridien. Começavaele com uma corbeile aux trois pains e seguiacom les petits sandwichs variés — estesmuito bobinhos — para ter uma sensível melho-ra no choix de canapés chauds, entre os quaisum de galinha e outro de camarão, ambosapreciáveis. Em meip aos petits fours e asviennoiseries, imperava um excesso de doçu-ras, às quais bem prefiro as coisas de índoleinglesa. Terminava o chá com as pâtisseries dePhilippe Brye — o melhor de nossos pâtissiers— mas já então estava na hora de ir ao cinema emal provamos a torta de chocolate, deixando ade manga — que dizem ser especial — paraoutra ocasião. Nela, espero, teremos direito aoCordon Rouge, para honrar Exu.

CONVENÇÕES — COZINHA: ? ruim, ?? razoável,??? boa, ???? muito boa, ????? exce-lente. AMBIENTE: • simples, •• confortável,muito confortável, •••• luxo, m<m muito luxo.

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O brilho do ano

Vasques: tira da pesada

Cláudia, o meteoro

Desde sua participação nasérie Malu Mulher, já se sa-bia que ela não queria sermais "a namoradinha do Bra-sil". Mesmo assim, quandosurgiu como a vulgar viúvaPorcina de Roque SanteiroREGINA DUARTE surpreen-deu e voltou a conquistar oscorações dos espectadores danovela das 8. De quebra, mos-trou que a mulher brasileiratem muito a ver com a perso-nagem que criou e lançou oPorcina look dos turbantes nacabeça. Neste 85, Regina, lite-ralmente, virou moda.

Regina e o Porcina look

Aos 18 anos, ela teve umacarreira meteórica e a aplaudi-da disposição de desbancarRoberta Close da condição demito sexual do país. CLAUDIARAIA saiu do elenco do musi-cal Chorus Line, teve rápidapassagem pela linha deshows da Globo (Viva o Gor-do) e estourou na novela das8 como a prostituta apaixona-da por um lobisomem. Encer-rou 85 com um sucesso no 5teatro (Gatão de Estimação) -fe um projeto para o futuro. <"Meu

sonho é ser uma artista ®respeitada."

Há muitas maneiras de brilhar na vida moderna. De uma formaou de outra, os nomes que ilustram as próximas quatro páginasajudaram a tornar 1985 mais interessante. Eles alcançaram osucesso, criaram modismos, ditaram comportamento ou,simplesmente, chamaram a atenção.

O Caso Baumgarten pare-cia estar esquecido para sem-pre na gaveta da burocracia

policial quando apareceu umtira da pesada com coragempara acusar generais e acredi-tar no testemunho de traves-tis. O Delegado IVAN VAS-QUES se tornou o mocinho dahistória, provocou uma revira-volta nas investigações e virouestrela do mass media. Entreum depoimento e outro, relan-çou o hábito de se usar grava-ta-borboleta em qualquer oca-sião, o que lhe valeu o apelido |de Gravatinha. Ele resume sua £trajetória: "Hoje, é mais difícil fcolocar alguém na cadeia do Jque soltar".

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0 papel foi escrito paraSylvester Stallone, mas quemchegou às telas vivendo o poli-ciai esperto de Um Tira daPesada foi o comediante ED-DIE MURPHY. Resultado:uma bilheteria que, só nosEstados Unidos, ultrapassou amarca dos 200 milhões dedólares. Como recompensa,Murphy assinou um contratoque lhe valeu, aos 23 anos, omaior salário da história docinema: 25 milhões de dóla-res. "A

década de 50 foi deElvis e a de 60 dos Beatles",diz ele. "A de 80 vai ser deEddie Murphy."

Bruce desbanca Jackson...

85 foi o ano para desban-car Michael Jackson do postode estrela masculina dorock'n'roll. De início, apare-ceu o andrógino PRINCE queestrelou um filme de sucesso(Purple Rain) e andou dançan-do no Hippopotamus. Mas de-pois de roubar a cena do clipde We Are the World, BRU-CE SPRINGSTEEN demons-trou que o ano era dele. Comum super hit (Bom in theUSA), ele acaba de se tornarum dos maiores vendedoresde discos da história com amarca de 10 milhões de LPs.

Uma década para MurphyA supermodelo Monique

Logo no carnaval, ela mostrou que estava pronta para brilhar oano inteiro quando desfilou, soberana, como madrinha da bateriada escola campeã, a Mocidade Independente. Depois, lançoumoda cortando os cabelos à Ia garçonne. Agora, MONIQUEEVANS entra para a categoria das supermodelos ao se tornarmanequim exclusiva da etiqueta Dijon. Ela sempre achou quepoderia ser tão popular quanto Xuxa e Luiza Brunet. Ao ocupar oposto que consagrou Brunet, uma de suas rivais, Monique estáapenas começando sua trajetória.

Ela se transformou na na-moradinha dos países socialis-tas. Como a Escrava Isaurade velha telenovela da Globo,LUCÉLIA SANTOS correumundo e foi homenageadaem Cuba, na Nicarágua, naPolônia e até na China. "Não

consegui nem ver a GrandeMuralha porque todos que-riam me cumprimentar", es-pantou-se. Entre tantas via-

gens, Lucélia ainda teve tem-po de protagonizar um suces-so teatral — Tupã, a Vingan-

ça, de Mauro Rasi — e de virara musa do Partido Verde.

GAL COSTA começou oano cantando o bolerinhoChuva de Prata, insistente-mente, nas rádios. Logo de-pois, enquanto uma outra can-ção de seu repertório (NadaMais) estourava nas FMs, elabrilhava em Nova York fazen-do duas apresentações noprestigiado Carnegie Hall. Navolta, enfrentou um bate-bocacom o empresário GuilhermeAraújo, o que significou umaseparação depois de 20 anosde trabalho em dupla. Emcompensação, abocanhou so-zinha todo o bilhão de cruzei-ros do contrato para ser garo-ta-propaganda da Souza Cruzpor seis meses. Ao lançar seunovo disco, ela fechou o anoconquistando uma unanimida-de da crítica: aos 40 anos, é amaior cantora do país.

Lucélia, Isaura e o verde

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Tina sem heróis

Nunca é tarde para se ver doalto a relação dos best-sellers. Que o diga o poetaCARLOS DRUMMOND DEANDRADE, que, depois dos80 anos, galgou pela primeiravez os difíceis degraus da listados mais vendidos no paíscom Amar se AprendeAmando — posição que nemmesmo todo o reconhecimen-to do valor de sua obra aindalhe tinha oferecido. O ano,aliás, foi fértil para o poeta: de

mãos dadas com Ziraldo, par-tiu para um livro infantil, queestá sendo lançado, da mes-ma forma, já com tiragens debest-seller.

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Drummond virou best-seller

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A rebelde Jaqueline

Foi o ano do besteirol. Noteatro, por exemplo, o gêneroganhou seu clássico — Tupã,a Vingança — e seu principalteórico, o autor MAURO RASI."Não

quero ser montado porser montado", anunciou Rasi."Até

porque não sou cavalo".Antes dele, porém, outra tur-ma já tinha consagrado o bes-teirol. CLÁUDIO PAIVA, HU-BERT e REINALDO foram osresponsáveis pelo maior su-cesso editorial de 85, o impa-gável Planeta Diário. Depoisdeles, a besteira entrou, defi-nitivamente, para a culturabrasileira.

TINA TURNER surgiu parao estrelato depois de cincoanos de ostracismo. Após suaseparação do músico Ike Tur-ner, ela ficou sem dinheiro esem contratos. A reaproxima-

ção do sucesso levou-a aocinema onde estrelou a tercei-ra parte das aventuras de MadMax no qual anunciava seunovo estilo de vida: "Nós não

precisamos de um novoherói".

JAQUELINE ficou fora daseleção de vôlei e, por proble-mas salariais, não conseguiucontrato com nenhum time.Nem por isso deixou de sermanchete. Rifou uma moto,brigou com cartolas pelos jor-nais, vendeu camisetas e aca-bou escrevendo uma autobio-

grafia precoce. Provou, em85, que ainda existe uma ju-ventude rebelde.

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Ellen exorcizou

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Durante todo o FestRio,ela atuou com a discrição quese esperava de um jurado defestival de cinema. Ninguémsabia ao certo se ELLENBURSTYN tinha trabalhadoem Alice Não Mora MaisAqui ou em Um Estranho noNinho. Sua passagem peloBrasil ia passar despercebida,se ela não tivesse escolhido anoite de encerramento do cer-tame para brilhar. Quando foiconvocada para receber dasmãos de Fernanda Montene-gro o prêmio de Glenda Jack-son, denunciou que aquelanão era a decisão do júri. Es-panto geral! Acusou a direçãodo festival de esquerdismo e,em troca, foi acusada de agen-te do imperialismo. A confu-são serviu para que, enfim, o

público se lembrasse do filmeem que Ellen trabalhou: OExorcista.

O Planeta Diário consagrou o besteirol Mauro Rasi não é cavalo

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Uma das vozes mais ouvidasnas rádios brasileiras este anofoi, sem dúvida, a de MADON-NA, que estourou no discocom a mesma facilidade com

que chegou às telas de Holly-wood. Misto de roqueira commanequim, adolescente e re-volucionária, a cantora-atriz éresponsável pelo lançamentode um look próprio, que os

punks adotaram em delírio e

que as boutiques mais com-

portadas industrializaram em

seguida. Dez discos de ouro,dois filmes de sucesso — oúltimo, Procura-se Susan De-sesperadamente, estourouno Rio mesmo sem Madonnacantar — e uma reportagem

para a Playboy posando nuaconfirmaram o que o mundo jásabia: Madonna é um fenô-meno. Exterminador e Rambo...

Lady Di encantou os americanos

Essa paixão que os inglesesaprenderam a venerar, quenão repete roupas e tem umacoleção de decotes ousadíssi-mos, conquistou em 85 aAmérica, durante a visita dequase um mês que fez aosEstados Unidos, ao lado doPríncipe Charles. LADY Dl ga-nhou mais primeiras páginasdo que qualquer outro Chefede Estado em visita ao país.Também pelas roupas, umarevelação surpreendenteaguardava a Europa no fim doano — a Primeira-Dama daUnião Soviética, RAISSAGORBATCHEV, que mostrou

que socialismo e elegâncianão são incompatíveis. Raissa: um novo modelo

A guerra do Vietnam, que se-

gundo o cinema só tinha vi-lões, ganhou este ano um he-rói — e que herói! SYLVES-TER STALLONE criou Ram-bo, um oficial vingador comtodas as características de umsuper-homem, mas que é hu-mano. Rambo só tem múscu-los e é com eles que pensa.Mais ou menos como AR-NOLD SCHWARZENEGGER,ex-Mister Universo, que viveuo papel principal de O Exter-minador do Futuro, filme

que acabou se revelando amaior bilheteria de 85 no Bra-sil. Para quem tem — oucultiva — músculos, 85 foisem dúvida um ano e tanto. E86 promete não ser diferente,Stallone estará em cartaz com

Rocky IV e Cshwarzeneggercom Comando.

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Comprando na calçada

Helena Carone

Armadas ao ar livre,

as feiras atraem

cariocas e turistas

Esta

é a época do ano em que asatenções estão voltadas para o

que acontece no mar e areias das

praias cariocas. Mas é também a tem-

porada que recebe de braços abertostodas as atividades ao ar livre. E por quenão também o consumo ao ar livre?Ninguém parece se opor — sejam nati-vos ou turistas, que prestigiam em gran-de número as feiras de fim de semana.Nesses mercados abertos falam-se mui-tas línguas e circulam duas moedas:dólar e cruzeiro. Transações são feitasem cifras que partem dos Cr$ 5 mil eultrapassam os Cr$ 60 milhões, às ve-zes em barracas vizinhas. São espaçosdemocráticos onde tudo ocorre relaxa-damente. Como pede o verão do Rio.

AS ANTIGÜIDADES E SEUS MISTÉRIOS

Com o movimento de chegada e saída dasbarcas ao fundo e o restaurante Albamar comoponto de referência, a Praça XV é o cenárioperfeito para a Feira de Antigüidades que todosos sábados se instala ali. Os tipos que afreqüentam, os que vendem, as pechinchas àmeia voz e os freqüentes pedidos de avaliaçãode objetos conservam um certo ar dos merca-dos que margeavam cs portos no início doséculo. Os expositores gostam de dimensionara importância da feira comparando-a à de Porto-bello, em Londres, ou ao Marché aux puces,de Paris. Descontadas as proporções, a versãocarioca é o que há de representativo do merca-do de antigüidades no Brasil. "O Rio é o maiorreduto de peças antigas do país, e atualmente ocentro", atesta Paulo Galeão, 34 anos, um dosfundadores da feira e membro da diretoria daAssociação Brasileira dos Antiquários.

De antigüidade mesmo, porém, encontra-se pouca coisa disponível — "uns 30%, o restosão coisas velhas e até novas", avalia a jornalis-ta Ledy Mendes Gonzales, que de especialistaem artes passou a negociante na feira. Umapeça que até há pouco tempo para ser conside-rada antiga deveria ter mais de 100 anos, hoje jáconquista esse status com 50. Tudo são sutile-zas e subjetividade nesse mercado, onde umapeça de 1920 pode valer mais do que uma doséculo XII; e a raridade de um objeto estátambém ligada ao seu valor artístico. Não existeuma tabela de preços.

"O próprio colecionador

faz o mercado. Quanto mais procurada a peça,mais valiosa se torna", ensina Paulo Galeão, umespecialista em relógios antigos, que vende umrequisitado Patek Phillippe de ouro por Cr$ 15milhões.

Das 8h às 17h, a feira da Praça XV é

freqüentada principalmente por colecionadores,antiquários de outros Estados que ali se abaste-cem e turistas estrangeiros. Uma freqüentadoraassídua, moradora de Laranjeiras que só quis seidentificar como Beatriz, acha o nível das peçasoscilante e os preços razoáveis. "Mas às vezeso valor parece afetar as cabeças e os preçosdisparam", critica.

Numa caminhada entre as barracas, é pos-sível encontrar o embaixador norte-americano,Diego Ascensio, com a mulher; Toma Carrero;

Chico Anísio; Jorge Guinle, entre muitos queformam a galeria dos famosos compradores deantigüidades. O pneumologista Murillo Pinhei-ros, 67 anos, visita a feira a cada quinze dias.Em casa tem uma coleção de dois mil cachorrosde todas as idades, materiais, tamanhos eprocedências. E por conta dessa paixão fezamigos entre os antiquários. "Essa feira veioconcentrar todo mundo que admira coisas dearte. Aqui, converso, me deleito, esqueço tudoque a profissão de médico tem de tensa, meeduco, me esclareço e me atualizo", declara,abraçando um pacote com novas aquisições.

Os antiquários — alguns autônomos mas amaioria com lojas pela cidade — têm histórias emistérios como as peças que vendem. DonaMaria Portuguesa, uma das mais antigas erespeitadas da feira, imigrou pobre, passou acomprar e vender quinquilharias e hoje tem emsua casa, em Nova Iguaçu, uma coleção devasos de lalique art-decó, alguns calculados ematé CrS 60 milhões. O ator e diretor FábioSabag, antigo colecionador e herdeiro de umagrande quantidade de objetos de arte, há doisanos abriu uma loja em Copacabana, a JacobVende. "Não

queria que aquelas belezas ficas-sem só para mim", justifica. Há poucos mesespassou a dividir uma barraca na feira da PraçaXV, onde pode ser visto sempre que tem umabrecha no trabalho. "Isso aqui é um relax. Aspessoas são bem atendidas e a feira temcredibilidade", garante.

Vende-se na feira tanto um par de biscuitspor CrS 10 milhões, como cartões-postais a CrS20 mil; um par de maçanetas, a CrS 700 mil, ebijuterias de CrS 35 mil; uma chaleira art-decó,a CrS 2 milhões, e broches de CrS 20 mil. Sãofragmentos da decadência, morte ou dissoluçãode famílias. Algumas pessoas, aproveitandoessa despreocupada ida ao centro da cidade.

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Na teira de antiguidades da Praga XV a compra 6 bem pensadaNa feira de antigüidades da Praça XV a compra é bem pensada

As ur^^As peças são um investimento sedutor

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esticam no restaurante Albamar, onde os pratosde peixes estão entre Cr$ 40 mil e Cr$ 50 mil.Outras, preferem recorrer à empada na calçada,a Cr$ 3 mil 500.

SELOS PARA COLECIONADORES

Uma visita no domingo à feirinha do Pas-seio Público, no Centro, pode ser o começo deuma viagem pelo mundo através de selos,moedas e cartões-postais. Quem se aventura ainiciar uma coleção de um desses objetos,dificilmente consegue parar.

"É uma cachaça",define um colecionador que não quer se identifi-car. Atrás das pequenas mesas distribuídas sobárvores numa extensão de uns 150 metrosestão senhores amáveis de nacionalidades asmais variadas. "Tem até lituano", diz o húngaroGyõrgy Paul Georges Nyári, Seu Jorge, de 76anos, apontado pelos vendedores da feira comoum dos maiores colecionadores do país.

minha hobby", explica.Seu Jorge começou com a mania aos cinco

anos de idade, imigrou com ela para o Brasil há36 anos e garante que desde então compareceao Passeio para compra, venda e troca de selos.Nunca perdeu o prazer lúdico: diariamentebrinca com os selos quando chega em sua casa,em Santa Teresa, depois do trabalho na fábricade móveis de sua propriedade. Ele tem exem-plares de todo o mundo e sua coleção hoje nãotem preço. ("Não vendo nem por Cr$ 5 bi-Ihões"). Entre as preciosidades que estão àvenda, ele mostra um bloco de selos postaisETA, com o avião invertido, que custa Cr$ 12milhões; e um cartão-postal, um zepelin de1930, que está a Cr$ 1 milhão. Seu Jorge diz

que a feira filatélica e numismática do PasseioPúblico não é organizada institucionalmente.Desde sua legalização, há 28 anos, pelo prefeitoMendes de Morais, ela se desenrola esponta-neamente todos os domingos, das 8h às 13h.

O lugar é tranqüilo e o ambiente agradável."Os filatelistas são um tipo de grande família.Vêm aqui bater-papo, relaxar um pouco", decla-ra o francês aposentado Jean Baptiste, 70 anos,há 22 no Brasil. Ele vende selos e cartões-postais brasileiros e estrangeiros (mais baratosque na feira de antigüidades da Praça XV), eensina: "Quanto menor a tiragem, maior o valordo selo". Ao contrário do que muitos leigospensam, o selo Olho de Boi (Cr$ 18 milhões)não é o mais caro — um de 600 réis, inclinado,de 1844, por exemplo, está em Cr$ 27 milhões.Para estar sempre em dia com o assunto, háquem não dispense a feira nem mesmo em diasde chuva. Os mais fanáticos reúnem-se sob amarquise do cine Palácio. Mas Jean Baptistealerta: "A chuva e umidade são inimigas núme-ro 1 dos selos".

Encontram-se na feira muitas crianças dan-do os primeiros passos nesse fascinante cami-nho. Bernardo Antonio Costa de Couto Silva, 10anos, todo mês se desloca da Gávea para oCentro atrás de novas peças para sua coleção."Estou colecionando há dois anos e já tenho1 500 selos. Aqui na feira tem maior variedadee custa menos que nos correios", conta.

Uma atração à parte na feira do Passeio sãoas barracas com dinheiro pendurado e caixas demoedas, que ficam logo à entrada do jardim.Dinheiro da China, Barbados, Egito, Vietnam etodo lugar que se possa imaginar. Uma nota decem kwanzas, com a efígie de Agostinho Neto,

custa mais (Cr$ 35 mil) que uma anterior àrevolução angolana, de 100 escudos, com aefígie de Camões (Cr$ 15 mil). E uma nota de100 mil réis, do Brasil Império (uma raridade), écomprada por Cr$ 350 mil. Firulas só dominadaspor quem já entrou no jogo. Um jogo em quetodo mundo se diverte.

REMINISCÊNCIAS DA CULTURA HIPPIE

Algumas barracas ainda rescendem a pat-chouli e incenso, mas são poucas. A vitrine dacontracultura dos anos 70 foi tomada peloespírito e objetos da sociedade de consumo. Aantiga feira hippie — agora Feirarte ou feira deartesanato da Praça General Osório — sofisti-cou-se, expõe até jóias e pedras preciosas, eestá definitivamente consagrada como pontoturístico. Falam-se ali todas as línguas, assimcomo sotaques de várias regiões do país. Mas oinglês, com a clássica pergunta

"how much?",

No Passeio, troca de selos e historiasNo Passeio, troca de selos e histórias

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predomina. Para proteger os portadores dospreciosos dólares, que se multiplicam nessaépoca do ano, os artesãos contrataram seguran-ças particulares que circulam à paisana isolandoos trombadinhas num cinturão em torno dapraça.

Há uns 15 anos, quando começou a serformada a feira, a repressão tinha outro alvo: ospróprios artesãos, os hippies idealistas. "Tinha

muita gente com problemas políticos que vinhatrabalhar entre a gente", lembra Mori Eisaburo,38 anos, um pioneiro. Na praça encontravamunidade de pensamento e troca de informaçãocultural, profissional e existencial. Descobriamjuntos uma forma de sobreviver à margem dosistema. Mas o sistema descobriu uma formade engolir o hippie way of life, industrializou oartesanato, virou meda e começou a chegar aolocal um pessoal diferente. "Gente desligada dacontracultura, gente com dificuldade de sobre-vivência, desempregados", conta Mori. Ele pró-prio mudou com o tempo: fez Belas-Artes,Pedagogia e Filosofia Pura, casou, teve filhos epassou dos pequenos objetos a móveis decouro e madeira — que vende numa tenda ondeos turistas se abrigam do sol e esticam aspernas cansadas. Ele avalia que

"daquela épo-ca, sobraram uns 10 a 15% do pessoal daresistência", principalmente na área de móveis.Não há mais uma interrelação cultural, lamenta.

Quanto aos turistas é difícil afirmar, mas obrasileiro que compra na feira da General Osóriovem das clásses média e média-alta. Ao contrá-rio do que se possa pensar, a classe alta foi aprimeira a se interessar pelos materiais expôs-tos ali. "Eles chegaram primeiro e nos encara-vam como artistas. A classe média, mais pre-conceituosa, está chegando agora", declara umartesão. Das 8h às 18h aos domingos, o públicocompra quadros, cabides, bonecas de pano,cintos e sapatos de couro, esculturas, mapas,bijuterias e jóias, caleidoscópios, sachês e pe-ças esotéricas. De tudo. E antes de voltar paracasa, ou para o hotel, dá uma paradinha nabarraca da baiana para um acarajé, por Cr$ 5 mil.É o must.

ARTESÃOS EM OUTRAS PRAÇAS

A feira da General Osório engordou e deucria. Um filhote ainda em crescimento instalou-se algumas praças adiante, também na Zona

Sul. É a feirarte da praça do Lido, em Copacaba-na, que sofre um pouco com a concorrência deIpanema — muito próxima, mais variada, e comuma tradição de pelo menos 10 anos de vanta-gem. É freqüentada principalmente pela vizi-nhança e, com o verão, os artesãos esperamum aumento do número de turistas — estes,sim, hesitam pouco diante dos preços, que aquisão mais baixos que na matriz.

Desde que foi expulsa do paraíso do mila-gre econômico, a classe média aprendeu aocupar o lado de lá dos balcões e chegou àsfeiras também para vender. É o caso de GlóriaElisabeth, 38 anos, casada, quatro filhos, que hácinco meses está na feira do Lido expondo suasvelas em formato de queijos, milk shakes,sundaes, chopes feitas em seu próprio aparta-mento, em Copacabana. "Eu

precisava traba-lhar, tive que ir à luta", diz. Tem dias que fazCr$ 600 mil e em outros volta para casa sem tervendido uma peça sequer. Ana Haydée, mora-dora de Botafogo, não tem se preocupado comisso. Em sua barraca pendura vestidos tipoindianos com preços de até Cr$ 1 milhão ereconhece nos franceses os maiores compra-dores de seu trabalho.

Funcionando sexta-feira à noite, sábados edomingos, das 8h às 18h, a feira do Lido jáensinou uma coisa aos seus artesãos: dia demuito sol é dia de pouca venda. E aos freqüen-tadores ensinou que depois das 18h os ladrõesvão chegando, como avisa llka Cavalcanti, 44anos, vizinha da feira. Dentre os primeirosbarraqueiros a chegar está Dona Luísa ChianelloOrilo, viúva. Ela vem de Niterói, de lancha,sozinha com um pesado carregamento de bo-necos e marionetes de pano. Cumpre estarotina há dois anos. E gosta!

"Fiquei durante 29anos trabalhando numa salinha fechada e aqui vioutro mundo", declara. Ela entendeu o espíritoda vida do artesão: "É vida de cigano mesmo".

UMA GALERIA DEMOCRÁTICA

lhos de 198 artistas plásticos das mais variadastendências, que dificilmente conseguiriam umagaleria onde mostrar suas obras. Além dafunção de uma democrática galeria ao ar livre, afeira estimula o antigo hábito do footing.

Em fevereiro a Feira do Calçadão completatrês anos comemorando a entrada a partir desteano no calendário turístico da cidade, e acredi-tando na promessa recente do governadorLeonel Brizola aos expositores de melhorar ainfra-estrutura, com painéis e iluminação apro-priados. Ela começou por iniciativa dos própriosartistas, liderados pelo pintor Paulo Melo, 50anos, representante da feira. Agora, está subor-dinada ao Centro Educacional Calouste Gulben-kian, ligado à Secretaria de Cultura do Municí-pio, como todas as Feirartes*. Nos painéisestão expostas obras de traços primitivos, aca-dêmicos ou expressionistas — algumas deartistas premiados como Vanda Basílio, JorgeLopes, Newton Bravo, Sérgio Maranhão e Ma-ria José Ribeiro.

Quando chove, não tem feira. Mas em diade estio o pique do movimento é alcançado emtorno das 21h30min. E nessa época do ano,quando as noites são estreladas e quentes, ecaminhar à beira-mar é o alívio mais prazeroso,os turistas aparecem em maior número nocalçadão. Ali encontram os preços mais varia-dos. Esculturas em ferro e madeira podemcustar de CrS 35 mil a CrS 350 mil; desenhos alápis de cor, CrS 1 milhão; uma cópia em courode um mapa do século XVII, Cr$ 4 milhões."Pena não termos grana para comprar umaporção de quadros", lamentava o casal AnaMaria e José Luis da Silva, recifenses em fériasnum apartamento de temporada em Copacaba-na. Num sábado recente, uma dupla com visualpós-modemo chamava a atenção. Eram FláviaSerejo e Cláudia Pontual, 21 anos, moradorasdo Leblon que saíam da feira com um quadrofuturista debaixo do braço. "A

gente semprepassa e olha. A feira está bem vendável. Dápara a pessoa chegar de fora, se localizar eachar uma coisa de que gosta", dizia Flávia.

Os primeiros artistas chegam por volta das16h, estacionam seus carros ao longo do cantei-ro central, montam os painéis em semicírculose sentam em cadeiras de praia, às vezesformando animadas rodas sob as árvores. Osvisitantes passeiam os olhos sobre araras, baia-nas, cavalos, paisagens tropicais e polares,máscaras, tapeçarias e mosaicos. Após o pas-seio ou uma compra feliz, muitos sucumbem aochopinho gelado num dos bares em frente.* Além das feiras da praça General Osório, doLido e do Calçadão, existem as Feirartes deMadureira (sexta e sáb.), Praça Saens Pena(sexta e sáb.), Praça XV (quinta e sexta) e daCinelândia (sábs.). Todas funcionando das 8hàs 18h, com características e materiais seme-lhantes. ®

O calçadão central da Avenida Atlântica, nasnoites de sexta a domingo, deixa de ser apenasuma passagem entre a praia e os edifícios paraganhar mais cores e formas do que aquelasconcebidas no projeto arquitetônico de BurleMarx e consagradas nos postais do Rio. Notrecho entre as Ruas Miguel Lemos e Bolívaracontece a Feira do Calçadão, reunindo traba-

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' if -Glória: velas para sair do sufoco

Sentados, os artstas esp^im o^publicoSentados, os artistas esperam o público

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UM DOS MAIS GOSTOSOS PEDAÇOS

DA EUROPA PARA WCE:

REGGIO CROCCANTI DA KIBON.

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O Reggio Croccanti é uma torta de sorvete que só os europeus conheciam atéagora. Na deliciosa combinação de sabores de Reggio Croccanti está a sofisticaçãodos grandes pratos europeus. E o sonho dos mais gostosos momentos. Sorvete dechocolate e creme crocante. Cobertura de Chantibon. Calda de morango.Casquinha crocante de chocolate. É assim que a Kibon coloca a Europa na suasobremesa. Em 8 inesquecíveis pedaços (Reggio Croccanti é uma torta que serve8 porções). Experimente Reggio Croccanti e acrescente um sabor internacionalna sua sobremesa. I ' .1 SAPORE

INTERNAZIONALE!

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Nas praias da Zona Sul, o

esporte que reúne vovôs e

aposentados em boa forma

Sem deixar a

peteca cair

A

regra número um énão deixar a petecacair no chão. Literal-mente. A segunda

regra é não receber meda-lhas: as marcas vermelhas,estampadas no peito de umjogador que irá pagar o chopeda turma, no fim do jogo. Asmarcas da peteca são sinôni-mo de que ele não soubecorrer, pular, flexionar pernase braços, se defender, ter re-flexo, agilidade e impulsão naquadra da areia.

De segunda a sexta, façachuva ou sol, lá está a turmada peteca em frente à RuaJúlio de Castilho, em Copaca-bana. Em geral, jogam de trêsa três, sem rede, das 8 às 11 hcom intervalos a cada umahora, para o descanso. Mas apartida é interrompida todavez que uma mulher bonitapassa pelo calçadão. Com o

gesto característico feito comas duas mãos, os jogadorespedem

"tempo" e, segundoeles, apreciam

"a beleza quenão deve ficar desapercebi-da". A turma tem, em média,mais de 50 anos e quase todaé avó. Sorridentes e piadistas,dizem ser o chope depois deuma partida tão importantequanto a própria peteca.

Nas reuniões da Rua Júliode Castilho — assim comonas que ocorrem diariamentenos Postos Dois e Quatro enos fins de semana em Ipane-ma, Leblon e Flamengo — nãose contam pontos. Para o ci-rurgião do INAMPS, DeodoroCatão, 47 anos, um dos maisnovos do grupo, a não conta-gem de pontos cria um rela-cionamento mais saudável ediferente dos outros esportes.Depois de um plantão cansati-vo e tenso, Deodoro passa emcasa, troca de roupa e correpara a praia.

"A peteca é um

relaxamento. Uma maneira defugir do dia-a-dia e se libertardo estado de tensão", conclui.

No inverno, acontecem osmelhores jogos porque duran-te o verão, às 10h30min, o solfica forte demais, encerrandoas partidas mais cedo. Os jo-

vens experimentam a petecatambém, mas para o dentistaEdimilson Prata, 66 anos. e há47 petequista inveterado, "es-

te é um jogo para velhos".Para ele, é uma felicidade po-der sair de casa "apenas comuma peteca na mão e passarhoras numa confraternizaçãosalutar." Apesar das poucasregras e da grande intuiçãoque cerca a peteca — comalguns saltos espetacularesna areia ou posições difíceiscom os braços e as mãos —leva-se muito tempo para al-guém se tornar um bom joga-dor. Quem garante isso é odecano do Posto Seis, AlmirNunes Pereira, 92 anos, queainda hoje assiste às partidas.

Almir nunca recebeu trêsmedalhas no peito num mes-mo dia, como aconteceu como comerciário Sílvio Alvaren-ga, 50 anos. "Foi uma grandevitória", diz o capitão-xerifeManuel Maia Ribeiro, 62 anos,ex-bancário. Orgulhoso de ter

; contribuído nas marcas dasmedalhas, Maia — com seuscabelos abundantes no peito— é uma verdadeira atraçãopara os turistas japoneses.Eles fotografam sem parar apeteca subindo e descendopelos ares e, em close, o peitobranco. Aos 70 anos — eaparentando 50 — o corretoraposentado Waldemar Gar-boggini, gosta de jogar dois adois ou mano a mano porqueassim "as

jogadas ficam bemdistribuídas". Sempre que po-de, marca sua presença noClube da Peteca, sede quefunciona numa barraca depraia em frente à Rua Duvi-vier. "Sou viciado." Mais fa-moso que Waldemar, Almir eSílvio certamente é o GeneralNewton Cruz. Jogador assí-duo e dedicado, às vezes seirrita durante o jogo e se es-quece que na peteca, deveprevalecer o clima pacífico.Quem o apelidou de "irritado"

foi um petequeiro também de-dicado mas que, por vias dasdúvidas, prefere ficar anônimonum dos sete quilômetros dapraia de Copacabana. ©

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Groisman e o vídeo A Conquista do Corpo

A família em vídeo

Psicanalista usa vt

em sessão de terapia

O

psicanalista Moisés Groisman, 45anos, descobriu uma maneira de tor-nar mais interessantes suas sessõesde terapia familiar. Há 10 meses ele

utiliza um equipamento de videocassete noconsultório e, com a autorização dos pacientes,filma as sessões, interrompendo quando achanecessário para mostrar em replay como as

pessoas reagem e se comportam ao discutir os

seus problemas. "Ainda não posso falar em

resultados", diz ele, "mas sinto que o vídeo, aofuncionar como um espelho eletrônico, intensi-fica a visão por parte das famílias de suasdificuldades.

"Até agora, 10 famílias participamdessa nova forma de terapia e periodicamenterevêem as fitas, percebendo os problemas quejá foram superados e descobrindo novos.

Um dos fundadores do Departamento deAdolescentes do Instituto de Psiquiatria da

UFRJ, Moisés Groisman, é psicanalista há 20

anos, mas só há cinco trabalha com famílias.Ele descobriu que a participação da família na

terapia de adolescentes abria uma nova pers-

pectiva para o tratamento, e depois de umestágio no Instituto de Terapia Familiare emRoma, com o terapeuta familiar Maurizio Andol-fi, mudou radicalmente seu aproach.

"Muitos

adolescentes não passam de bodes-expiatóriosdos conflitos familiares e a presença da famíliaabre uma outra perspectiva no tratamento. O

debate passa a ser em torno da família e a

chance de reequilibrar o sistema é muitomaior", acredita. Para o psicanalista, a adoles-cência sempre representa quer os pais queiramou não, uma ruptura dentro da família e, depen-dendo do grau de rigidez dos seus membros, o

adolescente consegue enfrentar bem seu pro-cesso de individualização .

Os principais problemas enfrentados porMoisés Groisman no seu consultório estão

ligados à falta de comunicação entre pais efilhos. "Muitas vezes o simples fato de fazercom que eles conversem entre si sobre seus

problemas já agiliza o processo terapêutico."Ele costuma trabalhar também com o conceito

de trigeração, pedindo que os avós também

participem para que funcionem como uma es-

pécie de história viva num momento de con-fronto. "Quando o neto vê como o avô serelaciona com o seu pai, já adquire uma outravisão do problema e passa a entender melhoras dificuldades do seu pai." É muito comumtambém encontrar pais que não permitem con-testações, outros que sentem dificuldades emaceitar os desejos dos filhos, e há ainda os quesuperprotegem os adolescentes.

Entusiasmado com o trabalho, o psicanalis-ta está preparando um documentário chamadoFamília, Amor e Repressão para exibir emagosto de 86 no Congresso Internacional deTerapia Familiar que se realizará na Holanda.São 50 minutos em 16 milímetros com adireção de Emiliano Ribeiro, onde será mostra-da a técnica desenvolvida por Groisman usandouma família de atores. Há também entrevistasrecolhidas em Varas de família, em hospitais, naFeem e na Funabem, com o objetivo de levantarum grande debate sobre a maneira como asociedade e o estado tratam a família e oadolescente. E a trajetória, ao londo de um ano,de uma família que mora na favela do Vidigal —

uma faxineira viúva e seus nove filhos. "O filmemostra a viagem individual do terapeuta e amaneira como o adolescente e a família sãoencarados pela sociedade", explica EmilianoRibeiro, assistente de direção de D. Flor e seusDois Maridos e de Toda Nudez será Castiga-da, montador e autor de outros quatro do-cumentários, entre eles A Conquista do Cor-

po, também com o psicanalista, apresentadono Congresso do Corpo: um painel com adoles-centes de diversas classes sociais sobre suas

primeiras descobertas.Mesmo sem poder falar em resultados do

seu novo método de trabalho, o psicanalistaMoisés Groisman acredita que o uso do vídeointensifica a carga emocional das sessões eabrevia as terapias familiares (com duraçãomédia de um ano e meio, de sessões semanaisou quinzenais). Autor do livro Adolescência eSaúde Mental, com Juan Carlos Kusnetzoff,outro psicanalista, Groisman não abandonou aterapia individual, nem pretende transformar aterapia familiar numa nova panacéia,

"é apenasuma nova perspectiva de terapia que une ateoria psicanalística à teoria sistêmica que tratado equilíbrio entre funções e papéis sociais".©

S

DIRETAS

MUSICA

1985 foi um ano importante para a música popular,ídolos surgiram, outros sumiram, novos segmentos

tomaram conta das revistas, jornais, rádios e TVs.

Domingo e as rádios Cidade, JB AM e FM 105

propõem uma eleição direta para a escolha dos

melhores do ano. No verso desta página, há

um cupom com 21 categorias para você

escolher os seus preferidos. Envie-o para a

redação de Domingo (Av. Brasil, 500 — 6o

andar) ou entregue o seu voto numa das

agências de classificados do JORNAL

DO BRASIL (a relação de endereços

também está no outro lado da página).Os 200 primeiros votos que chega-

rem ao JB vão ganhar um LP. São

discos do Dire Straits, Elton John,

The Cure, Tears For Fears, Brian

Ferry, Olivia Newton John, Sty-

le Council e INXS. Vote logo

porque os últimos não serão

os primeiros. O resultado da

eleição, juntamente com

a relação dos premiados,sairá na edição de Do-

mingo de 2 de feverei-

ro. Mande seu voto

até o dia18 de

janeiro.

\

19

CANTOR DO ANO (Nacional)

CANTOR DO ANO (Internacional)

CANTORA DO ANO (Nacional)

CANTORA DO ANO (Internacional)

MELHOR GRUPO (Nacional)

MELHOR GRUPO (Internacional)

MELHOR DISCO — LP (Nacional)

MELHOR DISCO — LP (Internacional)

REVELAÇAO MASCULINA (Nacional)

REVELAÇÃO FEMININA (Nacional)

REVELAÇÃO MASCULINA (Internacional)

REVELAÇÃO FEMININA (Internacional)

GRUPO REVELAÇAO (Nacional)

GRUPO REVE LAÇAO (Internacional)

MÚSICA DO ANO (Nacional)

MÚSICA DO ANO (Internacional)

MELHOR RADIO AM

MELHOR RADIO FM

MELHOR PROGRAMA MUSICAL DE TV

MELHOR VIDEOCLIP (Nacional)

MELHOR VIDEOCLIP (Internacional)

)o

Aqui, seus dados pessoais:

Mnmp Idade Residência

Grau de Instrução. Tem carro? Que marca?.

Tem moto? , Que marca? Trabalha?

Estuda? Onde?

RADIO JB AM 940

RÁDIO CIDADE FM 103.9

FM 105

DOMINGO

Endereços das lojas de classificados do JB

Avenida Rio Branco 135, loja C — Centro; Rua São Clemente 12, loja A — Botafogo; Av. N.Sa. Copacabana 610, loja C — Copacabana; RuaMarquês de Abrantes 26, loja H — Flamengo; Rua Anibal de Mendonça 108, loja C —Ipanema; Avenida Ataulfo de Paiva 1 079, loja B — Leblon;Av. Prado Jr 48, loja 20 — Leme; Avenida Amaral Peixoto 207. loja 103 —Centrode Niterói; Rua Irmãos D'Ângelo 61. loja 10 —Petrópolis; Av.N.Sa. Copacabana 1 100, loja D — Posto 5; Rua General Rocha 801, loja B — Tijuca; Av. das Américas 4 666, fronteiro à loja 121 A —BarraShopping; Rua Dias da Cruz 74, loja B — Méier; Rua Santo Euquério 11. loja A — Jacarepaguá; Av. Suburbana 10 136 — Cascadura; RuaBonsucesso 404, loja C — Bonsucesso.

20

Ano 1. n° 39, 29 de dezembro de 1985 »•

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bolsa de consumo cultural teatro 1Z

cinema o dia da crianga 18

show 14 poesia na praga 19

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o barato do domingo

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Ano 1. n° 39, 29 de dezembro de 1985

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estão

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As emis^or^^^ ^ .^las o ~nov^ 'n^ei^

1985, o ano dos independentes

Os tempos mudaram, mas nem tanto. Voltou a censura

e a audácia soprou de fora das emissoras de TV

0 show jornalístico, a novela-reprise e oseriado regional foram as grandes estrelasda TV em 1985, na corrida pela audiência,pela credibilidade e pelo mercado externo.Estrelas que, de um modo ou de outro,marcaram presença em todos os canais.Debates, velhos enredos e muito sotaqueconfirmaram uma tendência que já se adivi-nhava no ano passado, no rastro das campa-nhas políticas de rua. Diante do vídeo, nosgrandes centros urbanos, surgiu um espec-tador mais informado, atento ao noticiáriocomentado e a uma ficção mais retrato-do-Brasil, mais próxima à dicção jornalística. Umolho na história nacional, outro na geografiaregional: este foi o molde televisivo noprimeiro e conturbado ano de Nova Repú-blica.

Se no ano passado o jornalismo televisi-vo privilegiava a entrevista política, este anoo foco mudou. No primeiro semestre, daeleição do colégio eleitoral aos informes dehora em hora de agonia e morte de TancredoNeves, os flagrantes de rua ocuparam ovídeo durante meses a fio, desafiando aagilidade das unidades móveis e destacandoa eficiência do repórter Carlos Nascimento,da Globo. Além disto, no lugar de programascomo Canal Livre ou Frente a Frente,entraram em alta as revistas semanais, doSexta-Feira de Belisa Ribeiro a Marília GabiGabriela, de Mièle e Cia. à versão jovem deShock. Ao invés de um assunto debatido à

exaustão, preferiu-se a variedade de temas,os miniperfis e, de vez em quando, osnúmeros musicais. Um jornalismo, portanto,mais próximo do show. Exatamente o que seprocura na nova programação da TVE. Naemissora estatal, a ênfase se volta para apolêmica. Ali, não basta debater, é precisotambém encenar o debate, destacar perso-nalidades. Daí programas como o Tribunaldo Povo. Daí o tom atilado dos colunistas deOs Editores ou a pauta polêmica e afinadado 1985. A polêmica é outro recurso paraaproximar o jornalismo do espetáculo.

Outra trilha que vingou foi a da novela-reprise. Basta citar o esforço da Manchetena produção de Antonio Maria e a enormerepercussão de Roque Santeiro, escrita hádez anos (como sinopse) e revisitada emcores verde e amarela, pelo menino de ourodo romance-reportagem Aguinaldo Silva. Porcausa do sucesso da novela, a Globo se

prepara para reviver Selva de Pedra, orecord absoluto de Janete Clair e o SBTreprisa O Direito de Nascer. Estas remonta-gens tornam evidente a falta de coragem dasemissoras em investir firme na formação deuma nova geração de dramaturgos televisi-vos e a margem de risco quase nula com queplanejam trabalhar atualmente. Às remonta-gens, acrescentam-se as adaptações de ro-mances famosos. A Globo adaptou, não poracaso, três romances regionalistas: O Tem-po e O Vento, de Érico Veríssimo, Tenda

dos Milagres, de Jorge Amado e GrandeSertão: Veredas, de Guimarães Rosa. Nes-tas adaptações, dois rendimentos visados:explora-se a demanda de regionalismo levan-tada pelas disputas políticas (dos cargos noministério às eleições para prefeituras), aten-de-se ao mercado externo, sempre ávido dofolclore tropical. A onda de regionalismo foitão forte que até a Bandeirantes resolveutransformar acontecimentos históricos emroteiro de seriado. A Guerra dos Farraposfoi um fiasco televisual quase constran-gedor.

Nesta morna ficção televisiva, o desta-que ficou mesmo por conta do inesperadoretorno da censura, desta vez em nome damoral e do bom comportamento diante dascâmeras. Do beijo de Lulu em RonaldoCésar, em Roque Santeiro à exibição proibi-da de O Último Tango em Paris, em SãoPaulo, a tesourinha continua intocável nestestempos de abertura política. Afinal, os tem-pos mudaram mas nem tanto. E numa indús-tria de alto investimento como a TV, qualquermudança é sempre mais lenta e difícil. Osraros sopros de audácia ficaram mesmo acargo das produtoras independentes, queaproveitaram seu espaço com qualidade al-tíssima, das excelentes entrevistas de Ro-berto DAvila para o Conexão Internacionalàs ótimas reportagens de rua de ErnestoVarela, personagem do ator Marcelo Tas, noOlhar Eletrônico, as únicas em que a câmeranão permanece passiva, trabalhando a ima-gem de forma inusual, dos closes à edição.Foi principalmente pela programação inde-pendente que a TV em 85 apostou no risco,no moderno, na novidade, capaz de sacudir oolhar indiferente do espectador.

Marília Martins

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estúdio

Míriam Lage

CHICO ANYSIO EM NOVO FORMATOQuando voltar ao ar, em março, o humorísticoChico Anysio vem com um novo formato. ATVQCV encerrou sua carreira e será substituídapor historinhas semanais. Um tema sen/irá defio condutor para os quadros, animados pelavasta galeria de personagens já consagradosnos últimos anos por Chico Anysio. Três histó-rias já estão definidas: O Hospital, O Cassino eA Inconfidência Mineira. Há quem diga queessa modificação foi inspirada no seriado Ta-manho Família, exibido pela Manchete e escri-to pela chamada turma do besteirol.

HUMOR PARA SCARLET MOONScarlet Moon acaba de decidir sua participaçãono humorístico Apertem o Cinto que vai es-trear na segunda quinzena de janeiro, na Man-chete. Depois de desempenhar, na emissora,os papéis de apresentadora e jornalista, ScarletMoon será Dada Night and Day, uma sátira àsatrizes do novo cinema pornô. Carlos AlbertoSantos, diretor de Apertem o Cinto, acha umabela conquista a adesão da atriz: "Ela é ótima, eesse tipo vai dar a Scarlet a chance de mostrarao público seu lado de comediante." Scarletaparecerá no vídeo ao lado de antigos humoris-tas como Costinha, Zé Vasconcellos, BenvindoSiqueira e David Pinheiro.

NOVIDADES PARA OS ATORESGLOBAISEm fase adiantada o projeto da Globo de criar aCasa da Interpretação, que será comandada porCecil Thiré e Guta Mattos. A Casa, segundo osplanos da emissora, destina-se a encontrarmeios de humanizar as relações entre a emisso-ra e os atores. A Casa de Interpretação deverácomeçar a funcionar no final de janeiro. Antesdisso, a emissora pretende encerrar, definitiva-mente, o "funcionalismo" dentro de suas de-pendências. Está sendo feita uma nova lista deatores contratados e que nâo trabalham hátempos. Dizem que, depois das festas de finalde ano, a Globo despede todos eles e passa acontratar por obra certa, ou seja: ninguém vai

ganhar sem trabalhar.

DE OLHO NA TELEVISÃOMiguel Falabella diz que não quer saber deteatro em 1986. "Trabalha-se à exaustão, e arepercussão é quase nenhuma. A televisão ébem mais viva." Falabella está entusiasmadocom sua participação na novela Selva de Pe-dra, no papel de Miro, que, na primeira versão,foi feito por Carlos Vereza. "É um cara muitolouco, criado na rua, sem pai nem mãe, total-mente amoral. Começa como amigo de Cristia-no (Tony Ramos) e torna-se seu antagonista. O

TELEVISÃO

personagem permite muita criação." Além deSelva de Pedra, Falabella continuará com o

projeto Tamanho Família, na Manchete. Eacalenta um grande sonho: escrever uma nove-Ia, folhetim bem solto. "Fui criado lendo VirginiaWolf. Tem que sair coisa boa daí."

SÍLVIO SANTOS, O BOM VENDEDORA seleção de filmes da Semana Papai Noel,exibidos de 16 a 20 de dezembro, rendeuexcelentes resultados de audiência à TVS. NoRio, de acordo com os dados do IBOPE, a TVSficou em segundo lugar, com uma média18,4%. Só perdeu para a Globo que manteve oprimeiro lugar, com uma média de 40,8%. ABandeirantes, em terceiro lugar, ficou com1,3%, a Manchete com 1,1% e a Record com0,3%. Mais uma vez, o esperto Sílvio Santosusou a estratégia certa: anunciou os filmesdurante seu programa de domingo, repetindo otiro certeiro desfechado com Pássaros Feri-dos, que chegou a bater a audiência da Globoem São Paulo. Sílvio Santos é, sem dúvida, omelhor vendedor de seus próprios produtos

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Chico AnysioChico Anysio

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Miguel FalabellaMiguel Falabella

Scarlet MoonScarlet Moon

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3

Saudades de

Janis Joplin

"Oh Lord, 1'want'you buy me a Mercedes-Benz". Os pais queriam que ela fosse professo-ra, mas ela preferiu fugir de sua pequena eprovinciana Port Arthur, no Texas, para algumlugar "onde houvesse mais liberdade". Anosmais tarde, ela voltaria à cidade da qual foiexpulsa, no 10° aniversário da sua formatura deginásio. São cenas antológicas: aquele bandode mulheres com vestido rosa-bebê e o cabelobolo de noiva, encurraladas num canto, com oolhar perplexo, e Janis coberta de plumas ecolares, no meio do salão, rainha cercada derepórteres, câmeras, luzes.

Mas a infância rebelde, a adolescênciamiserável, marcavam fundo no seu coração deartista. Durante os 97 minutos do documentárioJanis (TV Bandeirantes, 0h35min) ela geme,chora, se contorce, retira os mais roucos edilacerados sons de sua garganta. E Janis fala,nas entrevistas, no meio de alguma música.Fala sobre tudo. Escancara sua vida, se colocacomo exemplo libertário para as outras meninasque, como ela, sofriam a repressão daquelasociedade tacanha do interior americano. Mu-tante, em alguns momentos está linda. Logoapós, aparece toda esbudegada. "Como umsapato velho", dizia.

Ela teve a sina dos iluminados: provou detudo um muito. De forma rápida, fugaz. Consu-miu-se no fogo de seus próprios sentimentos,antena que era, ligada nos anseios de toda uma

geração. Neste belo filme, Janis Joplin estáinteira. Cenas e cenas antológicas: sua primeiraapresentação maior, para uma platéia estupefa-ta, em Monterrey; seus shows em Frankfurt,Nova Iorque, São Francisco, no Canadá, noscaretíssimos programas de TV (num deles, elacoloca o apresentador, metido a engraçadinho,no bolso). E canta: Bali and Chain, KozmikBlues, Cry Baby, Move Over, Summertime.Ao todo, 15 canções. Sim, Janis Joplin teve seuMercedez-Benz. E teve muito mais. Mas o queela deixou para nós, em sua curta e brilhantepassagem pela Terra, vale muito mais. Não tempreço que pague. Janis é um filme imperdível.

Paulo A. Fortes

filmes de hoje

O PEQUENO PRÍNCIPE"TV Globo — 22h35min(The Little Prince) produção americana de 1974, dirigida porStanley Donen. Elenco: Richard Kiley, Steven Warner, BobFosse. Gene Wilder. Colorido (87 min).Fantasia. Piloto (Kiley) faz aterrissagem forçada no Saara, econhece o Pequeno Príncipe (Warner), que lhe conta suahistória: veio de outro planeta, viajou pelo universo e, na Terra,conheceu uma Raposa (Wilder), uma Cobra (Fosse) e o aviador,que lhe mostraram as coisas importantes da vidaQUANDO O AMOR É MAIS FORTETVS — Oh(Some Kind of Miracle) produção americana, dirigida porJerrold Freedman. Elenco: David Dukes. Andréa MarcovicciColoridoDramalhão. Repórter conhece escritora. Vivem juntos, mas elesofre acidente e fica paralítico, precisando da ajuda e do amorda companheira.

GUERRA E PAZTV Globo — 0h35min(War and Peace) produção americana de 1956. dirigida por KmgVidor. Com Henry Fonda. Mel Ferrer. Vittorio Gassman, AnitaEkberg, Audrey Hepburn. Colorido (208 min).Épico Início do século 19. Rússia entra em guerra comNapoleão (Herbert Lom). Neste cenário, ocorrem vários dramase amores, com membros da corte do Tzar.

JANISTV Bandeirantes 0h34min(Janis) produção americana de 1975. dirigida por Howard Alk eSeaton Findlay Documentário colorido (97 min)A vida e a correria de Janis Joplin. maior cantora de rock dosanos 60. Reconstituição feita a partir de filmagens de seusespetáculos, suas entrevistas e os programas de TV nos quaisesteve

Clínica de Cirurgia Plástica

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Mestre em Cirurgia pela U.F.R.J. ® Member of the International College Of SurgeonsEscultor pela Escola de Belas-Artes

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^ ^ madrugada da Ba^

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Janis na madrugada da Bandeirantes

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RADIO E TV

televisão

manhã

6:307:00

7:308:00

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10:00

10:30

10:50

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11:0511:30

(11) STADIUM( 4) SANTA MISSA—Precedida de uma mensagem

com D Eugênio Salles( 7) TERRA VIVA — Reportagens sobre o campo(11) SINUCA E BORBA — Desenho( 4) GLOBO RURAL—Informativo sobre o campo O

programa de boje apresenta uma retrospectivacom os assuntos e reportagens que mais marca-ram a agropecuária no Brasil durante este ano.com destaque para a reforma agrária, a agricultu-ra na Amazônia, a evolução das cooperatrvas noParaná e uma entrevista com o Ministro daAgricultura. Pedro Simon

( 7) A CONQUISTA DA TERRA — Jornalístico rural(11) MISTER MAGOO — Desenho( 9) COMUNIDADE NA TV — Programa da Federa-

ção Israelita do Estado do Rio. contendo agendacultural, música, bolsa de empregos e entrevistas

(11) MISSÃO MÁGICA — Desenho( 7) EMPÓRIO BRASILEIRO — Programa de música

sertaneja com apresentação de Rolando Boldrin( 2) PALAVRAS DE VIDA — Mensagem religiosa

com D Eugênio Salles( 4) SOM BRASIL — Programa de música sertaneja

apresentado por Lima Duarte Hoje Lio e Leo,grupo Avena, Corumbá e Curau. Sá e Guarabira.conjunto Farroupilha. Ranchinho e Sérgio Reis

( 9) POSSO CRER NO AMANHÃ — Programa reli-gioso com o Pastor Miguel Ângelo

(11) LASSIE, SOCORRO — Desenho( 9) BIKE SHOW — Programa jornalístico sobre vei-

culos de duas rodas Apresentação de JoãoMendes

( 2) TELECURSO 2o GRAU — Aula de Química erecapitulação semanal

(11) SUPERMOUSE — Desenho( 7) SHOW DE TURISMO — Atrações turísticas do

Brasil e do mundo Apresentação de Paulo Monte( 4) BATMAN — Senado( 9) AVENTURA AOS QUATRO VENTOS — Do-

cumentário(11) SNOOPY — Desenho( 4) FESTIVAL DE DESENHOS — Seleção de dese-

nhos animados( 6)PROGRAMAÇÃO EDUCATIVA

(11) SHOW DE WALT DISNEY — Desenho( 7) SHOW DO ESPORTE — Atualidades esportivas

com apresentação de Elyz Marina e Juarez Soa-res Participação de Luciano do Valle. José Rooer-to Tedesco e vários convidados especiais

( 2) ESPAÇO COMUNITÁRIO — Notícias, informa-ções e eventos dos movimentos comunitários

( 9) SESSÃO DESENHO — Pantera Cor-de-Rosa,Pica-Pau e Tom e Jerry

(11) PROGRAMA CULTURA JOVEM(11)A PANTERA COR-DE-ROSA — Desenho( 6) SESSÃO ANIMADA — Seleção de desenhos

animados(11) PICA-PAU — Desenho

tarde

12:00

12:3013:00

( 2) STADIUM — Os melhores momentos dos cam-peonatos estaduais de basquete, boxe. automo-bilismo e natação

(11) TOM & GERRY — Desenho(11) MENUDO MANIA — Musical( 2) FUTEBOL — Jogos do Campeonato Brasileíto( 6) BBC SUPER — Mini-séne produzida pela BBC de

Londres Hoje: Robin Hood (parte final)( 9) PROGRAMA SÍLVIO SANTOS — Programa de

auditório com calouros, bnncadeiras e prêmios(11) PROGRAMA SÍLVIO SANTOS — Programa de

auditório com calouros, bnncadeiras e prèmos13:10 ( 4) DISNEYLÂNDIA — Programa infantil produzido

pelos estúdios de Watt Disney14:00 ( 4) VÍDEO EM MANCHETE — Programa apresenta-

do por Jacyra Lucas Hoje: as previsões de Jair deOgum para 1986, o legado de Tancredo Nevespara os brasileiros, sugestões de lazer para o

14:10

15:00

15:10

16:00

16:10

17:00

17:30

verão Na parte musical: 14 Bis. Fevers. BethCarvalho e Trem da Alegria

( 4) CARGA PESADA — Seriado com Antônio Fagurvdes e Stênio Garcia

( 2) VIAGEM AO REINO ANIMAL — DocumentárioHoje Aspectos de um rio africano (I e II)

( 6) CLIPSHOW Musical Hoje Sting. A-Ha. DireStrait. Eurythmics. Sheila E . Mozart, Madonna.Tina Turner e Bruce Spnngsteen

( 4) VÍDEO-SHOW — Programa com imagem dearquivo e números musicais

( 2) MPB ESPECIAL — Musical Hoje Nara Leão eMenescal

( 6) SHOCK — Programa jovem Hoje especial comos melhores perfis apresentados durante o anoincluindo Sting, Bruce Spnngsteen, Jimmi Hervdrix e Lou Reed Na pane musical: RPM, Cazuza,Kjd Abelha e Lulu Santos

( 4) CINEMA ESPECIAL — Filme O Pequeno Prirvcipe

( 2) ANTÁRTICA — Reportagem Hoje Brasileirosno Mundo Branco

( 6) SOM MAIOR — Musical jovem Hoje umaretrospectiva dos melhores momentos do ano euma gravação com 32 mensagens de artistasdesejando aos espectadores votos de Feliz AnoNovo Na parte musical as presenças de OswaldoMontenegro, Marina. Ultraje a Rigor, lüd Abelha,Legião Urbana e João Bosco. Lançamentos dosgrupos Tantan e Tokyo e larçamento da músicaMõnica. com Ângela Ro Ro

noite

18:00

19:00

20:00

21:00

21:30

22:00

22:1522:2022:30

22:37

23:15

( 2) EU SOU O SHOW — Compacto do programaque apresenta a trajetóna de um artista Hoje Sáe Guarabira

( 4) ARMAÇÃO lUMrTADA — Programa jovem coma participação de Andréa Beltrão. Kadu Molrtemoe André di Biase Episódio de hoje O Melhor deTodos

( 2) SETE DIAS — Variedades, musicais e reporta-gens com Eioisa Millet, Marco Nanini. Vera Barro-so e Máno Lúcio

( 4) OS TFiAPALHÓES — Programa humorístico comos quatro trapalhões

( 6) OPERAÇÃO RESGATE — Seriado Episódio dehoje Cada Vez Mais Para Cima

( 2) SESSÃO DE DOMINGO — Filme Matar ouMorrer

( 4) FANTÁSTICO, O SHOW DA VIDA — Programade variedades apresentado por Sérgio Chapelín

( 6) PROGRAMA DE DOMINGO — Programa devariedades apresentado por Lúcia Veríssimo eDanny Perner. Hoje especial de fim de ano comas melhores reportagens de 1985, incluindo aoperação do Dr. Edson Queiroz incorporando oDr. Fntz e as tragédias e catástrofes para opróximo ano O Perfil de hoje é com a prefeita doPT de Fortaleza, Mana Luiza Fontenelle A crônicade Brasília com Alexandre Garoa

( 7) FIM DE ANOT1M MAIA — Especial musicalgravado num show ao vrvo realizado no Autódro-mo de Intertagos em São Paulo

( 2) SHOW DE FUTEBOL —Os melhores momentosdos jogos do dia

( 7) MISSÃO IMPOSSÍVEL — Senado Episódio dehoje Um Jogo Apertado

( 6) PERSPECTIVA ESPORTIVA —Uma resenha dosfatos esportivos que marcaram o ano de 1985

( 4) GOLS DO FANTÁSTICO — Os gols da rodadanos diversos campeonatos Narração de Femarvdo Vanucci

( 7) APITO RN AL — Gols que decidiram os campeo-natos em 85

(11) SESSÃO ESPECIAL — Filme Quando o Amoré Mais Forte

( 9) O MUNDO DE AMANHÃ — Jornalismo( 4) ESPECIAL DA CORRIDA DE SÃO SILVESTRE( 6) PERSONA — Programa de entrevista apresenta-

do por Roberto DÁvila Entrevistado de hojeprefeito Marcelo Alencar

( 7) SETE MINUTOS — Indicadores econômicos.Apresentação de Lilian Wite Fibe

( 7) CRÍTICA E AUTOCRÍTICA — Jornalístico deentrevistas e debates Apresentação de LilianWite Fibe

( 9) CAMISA 9 —Debate esportivo Apresentação aeLuiz Orlando e participação de Gérson. OrlandoBatista. Armando Marques e Oldemáno Tou-guinhó

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LàlÂngela Ro Ro no Som Maior, da Manchete

23:30

23:4000:00

00:3002:00

( 4) RJ TV — Noticiário loca! Apresentação de LilianeRodrigues

( 6) DEBATE EM MANCHETE — Programa de entre-vistas com Arnaldo Nískier. Hoje uma coletâneacom as melhores entrevistas realizadas durante oano

( 4) DOMINGO MAIOR — Filme Guerra e Paz(11) LONGA-METRAGEM — Filme a programar00:15 ( 9)NOVOS TEMPOS — Programa sobre o

mundo da informática. Apresentação de Ar-cádio Vieira e Vera Gissoni

( 7) DOMINGO NO CINEMA — Filme Janis( 2) BOA NOITE COM JONAS REZENDE — T ema

de hoje: Tempo Para o Amor

rádio JB

AM 940 KHz

: o BR^ 12h30min eJ3I — JORNAL20h30mínProgramação mus«caí;22h — Ate Final" Jazz. =-cc:-çãc de Ceiio Aizer. Jota Carlos eJosé Domingos Pa"a= Apresentação de Maurício Figueiredo

FM estéreo — 99,7 MHz

10h — Abertura da ópera II Truco in Itália de acssint (Chailly— 8 21); Concerto n° 21, em Dó maior, para piano eorquestra, K 467 ae Mozart (Brendel — 26 21 Suite Ame ri-cana, de Dvorak (Dorati — 20 01;, 12 Estudos, op. 25 aeChopín (Ashsenazy — 33 24;; Pavana para uma princesaMorta, se Ravel (Bareroc-m — 7 40, Sonata n° 8. em Solmaior, para flauta e cravo ae Leciair (Lameu e Lacroix —10:59). Adagio para cordas, de Samue 3araer (Slatnin —7 28: Sonata n° 5, para violoncelo e piano ae BeetnoverÍYo Yo Ma e Emanuel A* — 22:16) Reproduções convencio-nais: Sinfonia n° 2, op. 19. ae SzymanowsJá(SmíSnia ae Detrite Dorati — 23 03).20 h — Reproduções a raio laser: Rodeo — 4 danças ceCopland (Lane — 18 11); Fantasia em ré menor, K 397, aeMozart (Mitsuto Uchica — 7 17); Sinfonia n° 101, em Rémaior, ae Haydn (Karajan — 30:53); Ei Pelele ae Granados(Larrocha — 4:30); Vespro delia beata Vergine — 23 Parte aeVonteverd' :-arrott — 55 50 Ccncertc em Ré maior, ca-aviolino e orquestra ce Strawinsky (Periamar 21:23Reproduções convencionais: Suite Bergamasque. de De-bussy (Ciccofini — 15 49); Divertissements sur un thèmepastoral, op. 49. ae Gaòneí Píerné (Martinon — 12 43

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FILMES DA SEMANA NA TV

dia hora filme sinopse

eon 30 Canal A FORfA DO CORACAO (Lassie Come Home) amer, 1943. cor, 89min, dir. Drama canino. Familia pobre vende a cachorra Lassie, que foge e14h20min Fred McLeod Wilcox. Com Elizabeth Taylor, Roddy McDowall. Lassie. faz diflcil viagem de retorno ao lar.

Canal QUANDO OS BRAVOS SE ENCONTRAM (Valdez is Coming) amer, 1970, Western. Rapaz chicano mata negro acidentalmente e 6 humilhado

21h15min cor' m'n' d'r' Edwin Sherin. Com Burt Lancaster, Susan Clark. pelo fazendeiro. de quem sequestra a amante.

Canal BUTCH CASSIDY (Butch Cassidy and the Sundance Kid) amer, 1969, cor. Western. Dois famosos bandidos vSo para a Bolivia e continuam23h35min 109 rnin- dir- Geor9e R°V HilL Com Paul Newman. Robert Redford. roubando bancos. at6 cairem numa emboscada.

tpr 31 Canal HEIDI (Heidi Kehrt Heim) alem, cor, dir. Delbert Mann, com Maxmiliam Melodrama. Menina 6rfa, desprezada pelos parentes, consegue a13h30min Schell. Jean Simmons, Michael Redgrave, Walter Lezak. amizade com os mais velhos, numa casa na montanha.

Canal UMA AVENTURA NA ARABIA (Arabian Adventure) ingl, 1979, cor, 98 min, Aventura. Principe chega a cidade governada por ca fa-feiticeiro para14h20min dir Kevin Connor- Com Christopher Lee, Milo O'Shea, Emma Samms. pedir a mao de sua bela enteada.

Canal SCOTT JOPLIN (Scott Joplin) amer, 1977, 92 min, cor, dir. Jeremy Paul Biografia de Scott Joplin, talentoso musico negro americano, queKagan. Com Billy Dee Williams, Clifton Davis. sobrevivia tocando em prostfbulos.

Canal TUDO BEM NO ANO QUE VEM (Same Time, Next Year) amer, 1978, cor, Melodrama. Casal que mant6m romance h£ 26 anos realiza seu0h05min 119 min- dir- Robert Mulligan- Com Ellen Burstyn. Alan Alda. encontro anual. num hotel da California.

nua 01 Canal SINFONIA ETERNA (Tonight We Sing) amer, 1953, cor, 109 min, dir. M. Biografia do empres<5rio de espet^culos Sol Hurok, sua paixSo pela12h Mitchell Leisen. Com David Wayne, Ezio Pinza, Anne Bancroft. bela Emma, sua amizade com um famoso tenor.

Canal AMOR. ETERNO AMOR (At Long Last Love) amer, 1975, cor, dir. Peter Romance. Moga se apaixona por chofer que a salvou de um13h30min Bogdanovich. Com Burt Reynolds, Cybill Sheperd, Madeline Kahn. atropelamento. Musica de Cole Porter.

Canal ALTA ANSIEDADE (High Anxiety) amer, 1977, cor, 92 min, dir. Mel Brooks. ComSdia. Psiquiatra pirado d.irige Instituto NeuropsiquiStrico dos14h15min Com Mel Brooks, Madeline Kahn, Cloris Leachman. Muito. Muito Nervosos, onde sofre sabotagens.

Canal CANTANDO NA CHUVA (Singing in the Rain) amer. 1952, cor, 101 min, dir. Musical. Dois amigos chegam a Hollywood dos anos 20 e um deles14h20min Stanley Donen e Gene Kelly. Com Gene Kelly, Debbie Reynolds. logo torna-se Idolo e se apaixona por cantora.

Canal A NOVIQA REBELDE (Sound of Music) amer. 1964, cor. 173 min, dir. Robert Musical. Noviga torna-se governanta dos sete filhos do Capitao Von16h15min Wyse. Com Julie Andrews, Christopher Plummer, Peggy Wood. Trapp. Todos fogem, com a chegada dos nazistas.

Canal DO MUNDO NADA SE LEVA (You Can't Take It With You) amer, 1938. p.b., ComSdia. Moga de familia maluca se apaixona pelo chefe que. aos<17^ dir. Frank Capra. Com Jean Arthur. Lionel Barrymore, Mischa Auer. poucos, descobre com eles a alegria de viver.

Canal DEUS OS CRIA. EU OS MATO (Dio Li Crea. ed lo U Ammazzo) ital, cor. dir. Western-spaghetti. Banqueiros contratam pistoleiro para acabar com21 h15min Paolo Bianchini. Com Dean Read e Peter Martel. assaltos a bancos, promovidos por um deles.

Canal 0 VENTO E O LEAO (The Wind and The Lion) amer, 1975, cor, 134 min, Aventura. Viuva americana 6 sequestrada por llder nativo do23h30min d'r' Milius. Com Sean Connery, Candice Bergen, John Huston. Marrocos, o que quase provoca uma guerra com americanos.

Canal M.A.S.H. (M.A.S.H.) amer, 1969, cor, 110 min, dir. Robert Altman. Com Com6dia. TrSs m6dicos, competentes e anarquistas, subvertem a23h35min Donald Sutherland, Elliot Gould, Sally Kelerman. Robert Duvall. ordem num hospital militar, em plena Guerra da Cor6ia.

Canal MISSAO: VENCER (The Fighter) amer, 1983, cor, 96 min. dir. David Lowell Drama. Veterano do Vietnam, desempregado. resolve lutar boxe.Rich. Com Gregory Harrison, Glynnis O'Connor, Pat Hingle. apesar da oposigSo de sua mulher, que esta gravida.

aui 02 Canal A LONTRA TRAVESSA (Ring of Bright Water) ingl., cor. 89 min, 1969. dir. Com6dia. Rapaz compra filhote de lontra e vai morar na Escbcia.14h20min Jack Couffer. Com Bill Travers. Virginia McKenna. onde tentara escrever livro sobre Arabia.

Canal ESQUADRAO MOSQUITO (Mosquito Squadron) ingl., 1968, cor, 90 min, dir. Guerra. EsquadrSo Mosquito 6 treinado para atacar castelo de onde21h15min ®or's Sagal. Com David McCallum, Suzanne Neve, David Buck. partem bombas V 2 alemSs.

Canal ALGUEM ME VIGIA (Someone's Watching Me) amer., cor, 96 min, 1978, dir. Suspense. Talentosa jornalista inicia romance com professor23h25min John CarPenter- Com Lauren Hutton, David Birney. universitario, e descobre que esta sendo seguida. Para TV.

SeX 03 Canal O FANTASTICO CAPITAO NEMO (The Amazing Captain Nemo) amer., 1978, Fantasia. Comandante encontra submarino Nautilus e o Capitao14h20min cor- 102 min- ^'ex March- Com Jose Ferrer, Mel Ferrer. Nemo, que ainda deseja encontrar a AtlSntida.

Canal O OUTRO LADO DA MEIA-NOITE (The Other Side of Midnight) amer., 1977, Drama. Enquanto aguarda ser julgado por assassinato, jovem21 n20min cor' min' d'r' Charles Jarrot- Com Jonh Beck, Susan Sarandon francesa relembra momentos da sua vida.

Canal JARDIM DE ALA (The Garden of Alah) amer., 1936, cor, 80 min, dir. Richard Aventura. Inglesa desiludida com a vida vai para o deserto na23h25 min Boleslawski. Com Marlene Dietrich e Charles Boyer. Arg6lia, onde se apaixona por monge. Legendado.

Canal BARBA NEGRA, O PIRATA (Blackbeard, the Pirate) amer., 1952, cor, 99 min, Pirataria. No s6culo XVIII, pirata aposentado recebe a missSo de0h45min dir- Raoul Walsh. Com Robert Newton, Linda Darnell, Keith Andes. acabar com a agao de Barba Negra. Legendado.

Canal A MORTE NAO MANDA RECADO (The Ballad of Cable Hogue) amer., 1970, Western. Garimpeiro 6 abandonado no deserto pelos companheiros.1h30min cor' 120 min' dir" Sam PeckimPah- Com Jason Robards. mas prospera ao encontrar fonte de agua.

Sab 04 Canal OS GIRASSOlS DA RUSSIA (Sunflower) ital, 1970, cor, 101 min, dir. Vittorio Drama. Italians viaja £ Russia, em busca do marido, que sumiu 1116h30min De Sica. Com Sophia Loren, Marcello Mastroianni. anos antes, durante a 2a Guerra.Canal DO AMOR AO ODIO (Molly and Lawless John) amer. 1972, cor, 97 min, dir. Western. Mulher de xerife se apaixona por bandido e foge com ele,21h20min Cary Nelson. Com Vera Miles, Clu Gulager, Sam Elliott. numa perigosa aventura pelo Oeste selvagem.Canal POLTERGEIST, O FENQMENO (Poltergeist) amer, 1982, cor, dir. Tobe Terror. Famfiia de classe m6dia tem sua casa assaltada por espiritos21h25min Hooper. Com Craig T. Nelson, Jobeth Willians, Oliver Robins. brincalh6es, que sequestram filha de 5 anos.Canal CASA, COMIDA E CARINHO Summer Stock) amer, 1950, cor, 109 min, dir. I Drama musical. Moga trabalha duro em fazenda, at6 que goipo23h20min Charles Walters. Com Judy Garland e Genne Kelly. comega a ensaiar musical no celeiro.Canal COM SANGUE SE ESCREVE a HISTORIA (Austerlitz) fran, 1960. cor, dir. I Biografia de NapoleSo Bonaparte, numa carreira que culmina na '23h30min Abel Gance e Roger Richebd. Com Pierre Mondy, Martine Carol. batalha de Auste ;itz. em 2 de dezembro de 1805.Canal O ASSASSINATO DO PRESIDENTE (The Ordeal of Dr Mudd) amer, 1980, Drama histfrico. M6dico atende homem ferido, sem saber que se11-| cor, 143 min, dir. Paul Wendklos. Com Dennis Weaver, Susan Sullivan. trata do assassino do Presidente Lincoln.Canal FARRAPO HUMANO (The Lost Weekend) amer, 1945, p.b., dir. Billy Wilder. Melodrama. Escritor alco<5latra nao consegue curar-se, apesar da1h30min Com Ray Milland. Jane Wyman, Howrd Da Silva, Mary Young. ajuda da namorada, do irmao e at6 do barman.

A programagSo acima estS sujeita a alteragOes de ultima hora.A TV S nao enviou sua prograrngSo a tempo Recomendagi>es

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A SEMANA NA TV

Música

e corrida

Boas promessas esta semana natelevisão. Na terça-feira, às 21 h 20min,Globo de Ouro Especial mostra osmaiores sucessos da Música PopularBrasileira em 1985. Entre os campeõesestão Milton Nascimento, com Coraçãode Estudante, e Roberto Carlos, com Eue Ela. Ainda na terça-feira, a Globotransmite, a partir das 22h50min, a 61aCorrida de São Silvestre, disputada pormais de 10 mil atletas de 18 países. Obrasileiro José João da Silva, o portuguêsAntônio Leitão, o americano Ron Tabb eo italiano Gianni Poli são os grandesnomes da competição.

Na quarta-feira, um programa para a

garotada: Balão Mágico Especial.Começa às 8h, na Globo, e terá quatrohoras e meia de duração, com desenhosespeciais, números musicais e a presençade Fofão, Simony, Luciana, Jairzinho,Castrinho e o robô Halleyfante. Nasexta-feira, às 21h20rnin, a Globo exibeGlobo de Ouro Internacional,apresentado por Miriam Rios e LauroCorona. Lionel Ritchie, U2, Cindy Lauper,Dire Straits, Madonna e BruceSpringsteen estarão na parada musical.

Miriam Lage

segunda, 30

8h30min — Bandeirantes — Ela — O profes-sor Hermógenes, astrólogo, dá sua mensagemde final de ano. Além disso, Edna Savagetentrevista a cantora Amelinha e a atriz MariaPompeu.21h20min — Educativa — Advogado do Dia-bo — O jornalista Roberto D'Avila é o "astro"

desta semana. Ele conta como conseguiu en-trevistar Fidel Castro e relata fatos importantesque presenciou por trás das câmaras.21h20min — Globo — Viva o Gordo — JòSoares recebe hoje vários convidados espe-ciais. Entre eles Chico Anysio, Luiza Brunet,Cláudia Raia, Nuno Leal Maia, Paulo Figueiredo,Beth Goulart, Carlos Zara.

terça, 31

20h — Bandeirantes — Brasil Exportação —

reapresenta hoje Os 42 Anos da Petrobrás. Aapresentação do programa fica por conta deMário Lago e Beth Goulart. Entre os participan-tes estão Hélio Beltrão, Ibrahim Sued, LuizaBrunet, Fafá de Belém, Jaguar, Arthur MoreiraLima e Sérgio Brito.21 h20min — Manchete — Conexão Nacional— Apresenta trechos das melhores entrevistasdo programa, conduzidas pelo jornalista Rober-to Feith. Entre os destaques estão: ChicoBuarque, a atriz Sônia Braga, a bailarina Márcia

jj^ I!

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João José da Silva corre na São Silvestre

Haydèe, o jogador Falcão e o paisagista BurleMarx.21 h20min — Globo — Globo de Ouro Espe-cja| _ Os Melhores do Ano — Apresentadopor Míriam Rios e Lauro Corona, o programamostra, entre outros, Milton Nascimento can-tando Coração de Estudantes; Simone inter-

pretando Você é Real; Gal Costa com Chuvade Prata e Roberto Carlos, como o vencedordas paradas de sucesso, com a música Eu eEla.22h20min — Educativa — 1985 — NovaImagem da Liberdade — Destaca hoje osfatos que marcaram o ano.22h50min — Globo — Corrida São Silvestre— Transmissão ao vivo, direto das ruas de SãoPaulo, da 61a Corrida de São Silvestre.23h — Bandeirantes — Billy Vaughan Espe-ciai — Especial musical gravado em SP. Entreos números musicais La Paloma eStranger inthe Night.

quarta, ~~

8h — Globo — Balão Mágico Especial — O

programa de hoje tem quatro horas e meia deduração e está recheado de desenhos espe-

ciais.21h15min — Bandeirantes — Fim de Ano/Marília, Gabi, Gabriela Especial — Críticos e

jornalistas escolherão os "Melhores de S5" emteatro, cinema, música, esporte, política e litera-

tura.

21 h20min — Manchete — Arthur MoreiraLima — Um Toque de Classe — Arthur abre oano com um convidado especial: o cantor ecompositor João Bosco. Juntos, eles interpre-tam Senhora do Amazonas, do próprio Boscoe Belchior.22h20min — Educativa — Balé, FlorestaAmazônica — Sob a regência do maestroHenrique Morelembaum, o Balé e a Orquestrado Teatro Municipal do Rio apresentam um dosclássicos da dança e da música brasileira: o baleFloresta Amazônica foi o último trabalho deVilla-Lobos.

quinta, ~

10h45min — Bandeirantes — Ele no Ela —José Amorno entrevista o compositor EgbertoGismonti, que fala do seu novo disco. Trem daAlegria.21h20min — Educativa — Tribunal do Povo

Apresenta nesta quinta-feira um debatesobre Astrologia e Astronomia, com o astrôno-mo Marcondes Rangel e a artista plástica eastróloga Martha Pires Ferreira.21h20min — Manchete — Mièle & Cia. — Noprimeiro programa do ano, muito humor a cargode Costinha, no quadro Vale a Pena Rir deNovo. 0 show musical reúne Moraes Moreira,Cláudio Nucci e Zé Renato. Além dessas atra-ções, Mièle bate um papo com Jorge Dória eapresenta a modelo Lívia.21h20min — Globo — Perspectivas — Oprograma mostra o que podemos esperar doano que vem, no Brasil e no mundo.

sexta, 3

21h15min — Bandeirantes — Hebe CamargoNuma edição especial, serão apresentados

os melhores momentos do programa, como aqueda de Bibi Ferreira ao visitar Hebe; DercyGonçalves mostrando o seio para provar que émuito melhor do que Roberta Close; a presençaae Linda Batista após seu retorno ao convíviosocial; o aniversário de Hebe e as atraçõesinternacionais Billy Vaughan e Nico Fidenco.21 h20min — Educativa — Sexta Independen-te — Apresenta o Balé Cinderela, de JohannStrauss Jr. Os papéis principais cabem a LiliScheuermann e Michael Birkmeyer, da Óperade Viena.21 h20min — Globo — Globo de Ouro Interna-cional — Mostra alguns dos maiores nomes damúsica internacional que fizeram sucesso em85. Entre eles: Lionel Ritchie, Bruce Springs-teen, Duran Duran, Tina Turner, Madonna, FredMercury e Stevie Wonder.23h30min — Bandeirantes — Sexta-Feira —Uma repetição do clip produzido por FernandoGabeira com a música Barracos, de GilbertoGil. Participação de Tigre e os Abandoninos (ossaltimbancos do centro da cidaae).

sábado,

17h30min — Record-Realce — Começa hoje asérie que apresenta os melhores momentos do

programa.19h — Educativa — Som Pop — Um musical

para todos os gostos, mostrando de Ray Char-les até Prince.1h40min — Educativa — Noite de Jazz —

Seleção dos melhores momentos do festivalInternacional de Jazz de São Paulo, de 1978 e1980. Entre as atrações: Betty Carter, ChickCorea, Phil Woods e Mingus Dinasty.

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BOLSA DE CONSUMO CULTURAL

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0 solo de Cazuza nas paradas

Ao lançar seu primeiro disco solo, o irrequieto Cazuza transformou sua músicaExagerado na mais tocada, entre as brasileiras, da programação da RádioCidade. Dos campeões de bilheteria da temporada cinematográfica, um filmese tornou fenômeno: Os Goonies, na sua segunda semana de exibição, jáultrapassou a marca de 200 mil espectadores. Em teatro, Chico Anysio e seuOitavo na Peneira voltam a liderar a lista das peças mais procuradas pelopúblico. Roberto Carlos continua campeão na parada de sucessos, que registraa volta da trilha sonora de A Gata Comeu. Entre os best-sellers, nenhumanovidade: Olga, de Fernando Morais, e Risíveis Amores, de Milan Kundera,continuam sendo os mais vendidos.

livros

best sellers

FICÇÃO1. Risíveis Amores, de Milan Kundera (NovaFronteira, 236 p, Cr$ 38 mil 900) (1/7).2. A Insustentável Leveza do Ser, de MilanKundera (Nova Fronteira, 316 p, Cr$ 62 mil 900)(2/47).3. Bufo & Spallanzani, de Rubem Fonseca(Francisco Alves, 337 p, Cr$ 62 mil)(3/2).4. Grande Sertão: Veredas, de GuimarãesRosa (Nova Fronteira, 568 p, Cr$ 62 mil900X4/1).5. O Amante, de Marguerite Duras (NovaFronteira, 129 p, Cr$ 23 mil 900) (0/31).

NÃO FICÇÃO1. Olga, de Fernando Morais (Alfa-Omega, 314p, Cr$ 88 mil)(1/9).2. Furacão Elis, de Regina Echeverria (Nórdica,363 p, Cr$ 69 mil 900) (3/6).3. lacocca, uma Autobiografia, de Lee lacoccae William Novak (Cultura, 399 p, Cr$ 90mil)(2/1).4. Brasil: Nunca Mais, Anônimo (Vozes, 312 p,CrS 45 mil)(5/21).5. Fidel e a Religião, de Frei Betto (Brasiliense,379 p, CrS 48 mil 600) (0/8).

Fontes: Livrarias Argumento. Tempos Modernos, Dazlbao, Eu eVocê. Siciliano. Francisco Alves, Riomarket, Xanam, Timbre,Paisagem. Eldorado, Tijuca, Pasárgada (Niterói) e Ponto deEncontro I e II (Teresópolis). O primeiro número entre parênte-ses indica a posição na semana anterior; o segundo, a quantida-de de semanas em que aparece na lista, mesmo não seguida-mente.

música

as mais tocadasRÁDIO CIDADEnacionais1. Exagerado com Cazuza2. Núcleo Base com Ira3. Romance Ideal com Paralamas do Sucesso4. Olhar 43 com RPM5. Zoraide com Ultraje a Rigorestrangeiras1. Walk of Life com Dire Straits2. The Boy With the Thorn in His Side com

The Smiths3. Dress You Up com Madonna4. I'm Yopur Man com Whan!5. Don't Stop the Dance com Bryan FerryRÁDIO FM 105

1. Vai Acontecer com Agepê2. Lágrimas de Chuva com Kid Abelha3. Part Time Lover com Stevie Wonder4. Um Dia de Domingo com Gal Costa e Tim

Maia

5. Verde e Amarelo com Roberto Carlos6. Say You Say Me com Lionel Ritchie7. Ciúme com Ultraje a Rigor8. Quando Gira o Mundo com Fábio Jr9. Pede a Ela com Tim Maia

10. Brazil Não Seremos com Caprichosos dePilares

discosparada de sucessos

1. Roberto Carlos — Roberto Carlos (1)2. Cristal — Simone (2)3. Samba-enredos do Grupo 1-A (RCA) —

Vários (5)4. Agepê — Agepê (3)5. Roque Santeiro (trilha sonora) — Vários

(4)6. Vulgar e Comum é Não Morrer de Amor

— Wando (10)7. Nós Vamos Invadir sua Praia — Ultraje a

Rigor (8)8. Like 6 Virgin — Madonna (7)9. Barato bom é da barata — Turma do Balão

Mágico10. A Gata Comeu (trilha sonora internacio-nal) — VáriosFonte: Nopen. O número entre parênteses indica a posição doLP na semana passada. Saíram da lista: Fábio Júnior e Libra,com Júlio Iglesias.

teatro

campeões de bilheteria

1. Oitavo na Peneira (Teatro Casa Grande),público: 1 mil 766 espectadores em quatroapresentações.2. Tupã (Teatro Villa-Lobos), público: 3 milespectadores em sete apresentações.3. Um Bonde Chamado Desejo (Teatro TerezaRachel), público: 2 mil 434 espectadores emsete apresentações.4. Viva a Nova República (Teatro Copacabana),público: 1 mil 859 espectadores em sete apre-sentações.5. Gatão de Estimação (Teatro da Praia), públi-co: 1 mil 852 espectadores em sete apresenta-ções.Fonte: SBAT, referente à semana de 11 a 15/12.

filmescampeões de bilheteria

1. Um Homem, Uma Mulher, Uma Noite(Jóia), público: 288 mil espectadores, renda:CrS 3 bilhões 409 milhões 808 mil na 52asemana.2. Os Goonies (Barra 1, Leblon 2, Roxy egrande circuito), público: 202 mil 914 especta-dores, renda: CrS 2 bilhões 274 milhões 736 milna segunda semana.3. A Rosa Púrpura do Cairo (fora de circuito),público: 136 mil 498 espectadores, renda: CrS1 bilhão 732 milhões 827 mil na oitava semana.4. O Maravilhoso Mundo de Papai Noel(Bristol, Bruni-Méier, Ricamar e circuito), públi-co: 113 mil espectadores, renda: CrS 1 bilhão169 milhões 267 mil, na quarta semana.5. Cocoon (Veneza, Comodoro, Palácio 1), pú-blico: 50 mil 304 espectadores, renda: CrS 752milhões 526 mil na terceira semana.Fontes: Fox, Columbia-Warner. Condor. UIP e Franco-Brasileira.

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CINEMA

Aventuras

de terror

Mais um estrondoso sucesso

de Spielberg, em Os Goonies

A maior aventura que Rodrigo MagalhãesFortes, nove anos, viveu — ou ainda viveránessas férias — foi colocar-se na pele dosprincipais personagens de Os Goonies, his-tória escrita e produzida por Steven Spiel-berg: "Eu

queria ser um Goonie", concluiRodrigo, que achou o filme "emocionante",

principalmente nas cenas filmadas no inte-rior de uma caverna. Ele disse sentir umgostinho de perigo sempre que sobe o morroatrás de seu colégio, onde estuda na quartasérie: "Ouço uns barulhos na mata; devemser leopardos ou gatos selvagens." CarlosAndré, o irmão mais velho, faz uma careta eobriga Rodrigo a cair na real: "Leopardo, noCosme Velho?"

Na imaginação de Rodrigo e de Spielberg

eles são totalmente possíveis. E aparecemaos montes em Os Goonies, superproduçãoabarrotada de efeitos especiais. Sete garotose garotas americanos, com todos os tiques aque têm direito, conseguem agitar seu mo-nótono dia-a-dia Depois de encontrar ummapa do tesouro e diante da necessidade deajudar dois dos personagens que vão

perder a casa onde mora, a turma entranum casebre mal-assombrado. E lá encon-tra esqueletos e enormes baratas, umcadáver congelado, ladrões e assassinos, ummonstro humano com um olho em cima eoutro embaixo, com a cabeça pontuda, vidra-do por chocolate.

"Prefiro muito mais esse tipo de filme doque novela" — diz Mônica Ritzmann, mãe deNicole e Michelle, nove e 10 anos. Elaacredita que a imaginação das crianças saifortalecida depois de uma sessão dessas. Aaventura mais emocionante que sua filhaMichelle vive é em Mauá, no sítio da avó:"Lá eu vou pro mato. Quando vejo umacobra, saio correndo." Em Goonies, Michel-le viu um bebedouro de um clube entrandona terra; um rapaz indo para os ares com umsuperjato de água, que sai do vaso sanitárioonde estava sentado; se divertiu com umimenso tobogã, abismos, crateras e, comonão poderia faltar, uma e outra cena românti-ca, que inclui beijos em bocas atrapalhadas

por aparelhos ortodônticos. "É o maior bara-

to, cheio de negócio maneiro", conclui Mar-co Pereira, 12 anos, numa linguagem cario-ca tipicamente juvenil.

Rose Esquenazi

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Ser um Goonie: o sonho da criançada

Nicole e Michele e a aventura da cobra O susto ao ver um cadáver congelado

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Trânsito Muito Louco

ançamentos

MINHA TERRA, MINHA VIDA (Country). de Richard Pearce.Com Jessica Lange, Sam Shepard, Wilford Brimley. Matt Clarke Theresé Graham. Largo do Machado 2 (Largo do Machado.29 — 205-6845), Rio-Sul (Rua Marquês de São Víscente. 52 —274-4532): 14h. 16h. 18h. 20h. 22h Art-Casashopping 1 (Av.Alvorada. Via 11. 2.150 — 325-0746): 15h, 17h, 19h. 21 h. (10anos).O drama de um grupo de fazendeiros americanos, em lutacontra os "donos da terra" e as autoridades, mostrado atravésda história de uma mulher de fibra e coragem que luta paramanter sua familia unida e para náo perder a terra quepertenceu a seus ancestrais, depois que um tornado destruiutoda a plantação de milho. Produção americana.

DE VOLTA PARA O FUTURO (Back to tha Future), de RobertZemeckis. Com Michael J. Fox. Christopher Lloyd. Lea Thomp-son, Crispin Glover e Thomas F. Wilson. Leblon-1 (Av. Ataulfode Paiva. 391 — 239-5048), Barra-3 (Av. das Américas, 4.666 —325-6487), Carioca (Rua Conde de Bonfim, 338 — 228-8178),Metro Boavista (Rua do Passeio, 62 — 240-1341), CondorCopacabana (Rua Figueiredo Magalhães, 286 — 255-2610),Largo do Machado 1 (Largo do Machado. 29 — 205-6845):13h. 15h10m. 17h20m, 19h30m. 21h40m. Madureira-1 (RuaDagmar da Fonseca, 54 — 390-2338), Baronesa (Rua CândidoBenicio. 1.747 — 390-5745), Art-Méier (Rua Silva Rabelo. 20 —249-4544): 14h30m, 16h40m. 18h50m. 21h. Sessões de meia-noite, de 4a a domingo, nos cinemas Metro, Condor Copaca-bana e Largo do Machado 1. Com som dolby-stereo emtodos os cinemas, exceto no Madureira-1. (Livre).

Uma fantasia de ficção cientifica, misturando ação, suspense.comédia e aventura. Um adolescente entra, por acaso, numamáquina do tempo criada por um amigo, tipo cientista maluco, evolta ao passado, na década em que seus pais. ainda adolescervtes, conhecem-se e iniciam o namoro. Para que ele possa vir a"existir", tem que fazer o papel de cupido para os futuros paisProdução americana.

O MUNDO FANTÁSTICO DE OZ (Retum to Oz), de WalterMurch. Com Fairuza Balk, Nicol Williamson, Jean Marsh, PiperLaurie e Matt Clark. São Luiz 1 (Rua do Catete. 307 — 274-4532). Copacabana (Av. Copacabana. 801 — 255í>953). Barra-2 (Av. das Américas, 4 666 — 325-6487): 14h. 16h. 18h. 20h,22h Palácio-2 (Rua do Passeio. 40 — 240-6541). América (RuaConde de Bonfim, 334 — 264-4246): 13h30m. 15h30m.17h30m. 19h30m. 21h30m. Palácio (Campo Grande): 15h, 17h.19h. 21 h. (Livre).A menina Dorothy voltou do mundo encantado de Oz para suacasa em Kansas City. Mas ela náo consegue dormir direito,pensando em seus amigos que ficaram lá: o Leão medroso, oHomem de Lata e o Espantalho. Um médico é chamado paracurá-la mas acaba fazendo com que ela volte para a Cidade deOz, que agora estava bem modificada. Produção americana dosestúdios de Walt Disney.

O PRIMEIRO ANO DO RESTO DE NOSSAS VIDAS (St.Elmo's Firo), de Joel Schumacher. Com Emilio Estevez. RobLowe McCarthy, Demi Moore. Judd Nelson e Elly Sheedy.Bruni-lpanema (Rua Visconde de Pirajá. 371 — 521-4690),Bruni-Copacabana (Rua Barata Ribeiro, 502 — 256-4588), Art-São Conrado 1 (Estrada da Gávea, 899 — 322-1258): 14h. 16h,18h. 20h, 22h. Bruni-Tijuca (Rua Conde de Bonfim. 370 — 268-2325), Art-Casashopping 3 (Av. Alvorada, Via 11, 2.150 — 325-0746): 15h, 17h, 19h, 21h. (14 anos).Sete jovens amigos, entre moças e rapazes, terminam juntos afaculdade e, de repente, vêem-se obrigados a tomar decisõessozinhos e a enfrentar sua vida profissional. Essa nova fasechega a causar conflitos e põe em risco até a velha amizade.Produção americana.

D.AR.Y.L (D.a.r.y.l.). de Simon Wincer. Com Mary Beth Hurt,Michael McKean, Kathryn Walker, Collen Camp. Josef Sommere Ron Frazier. Pathé (Praça Floriano. 45 — 220-3135): de 2a a 6a.às 12h. 14h, 16h, 18h, 20h, 22h. Sábado e domingo, a partir das14h. Art-Copacabana (Av. Copacabana. 759 — 235-4895), Art-São Conrado 2 (Estrada da Gávea, 899 — 322-1258), 14h. 16h,18h, 20h, 22h. Art-Tijuca (Rua Conde de Bonfim, 406 — 254-9578), Art-Casashopping 2 (Av. Alvorada, Via 11, 2.150 — 325-0746). Art-Madureira (Shopping Center de Madureira — 390-1827), Paratodos (Rua Arquias Cordeiro, 350 — 281-3628):15h, 17h, 19h, 21 h. (Livre).Filme para o público infantil, com muita ação, contando ahistória de um menino de dez anos que sai de um reformatórioem Orlando, Flórida, ao ser adotado por um casal. Produçãoamericana.

DEPOIS DO ENSAIO (Efter Repetrtionen), de Ingmar Berg-man. Com Erland Josephson, Lena Olin e Ingrid Thulin. Gau-mont Copacabana (Rua Raul Pompéia, 102 — 247-8900),Gaumont Catete (Rua do Catete. 228 — 205-7194): 15h30min,17h. 18h40min, 20h20min, 22h (14 anos).Após um dia de ensaio, ainda no palco, um velho diretor deteatro conversa com uma jovem atriz sobre questões envotvervdo o teatro e a própria vida. O passado se torna presente e dofundo de sua memória emerge a marcante figura de uma velhaneurótica atriz — com quem manteve profundo relacionamento.Produção sueca.

OS GOONIES (The Goonies). de Richard Donner. Com SeanAstin, Josh Brolin, Jeff Cohen, Corey Feldman e Ke Huy Quan.Barra-1 (Av. das Américas, 4.666 — 325-6487), leblon-2 (Av.Ataulfo de Paiva, 391 — 239-5048), Roxy (Av. Copacabana, 945— 236-6245), São Luiz 2 (Rua do Catete, 307 — 285-2296),Ópera-1 (Praia de Botafogo, 340 — 266-2545): 14h, 16h, 18h,20h, 22h. Tijuca (Rua Conde de Bonfim. 422 — 264-5246).Odeon (Praça Mahatma Gandhi, 2 — 220-3835), Madureira-2(Rua Dagmar da Fonseca, 54 — 390-2338): 13h30min.15h30min. 17h30min, 19h30min. 21h30min. Olaria (Rua Ura-nos. 1 474 — 230-2666): 15h. 17h, 19h, 21 h. Com som dolby-stereo em todos os cinemas exceto no Olaria. (Livre).Seis crianças formam um grupo e se autodenominam OsGoonies. Um deles mora numa velha casa e. um dia, brincandono porão, eles descobrem um antigo mapa, escrito em espa-nhol, mostrando a localização de um tesouro. Na caça aotesouro, o grupo acaba vivendo emocionantes aventuras,cheias de humor e perigo. Produção americana.

COCOON (Cocoon). de Ron Howard. Com Don Ameche,Wilford Brimley. Hume Cronyn, Brian Dennehy. Jack Gilford eSteve Guttenberg, Tahnee Welch e Tyrone Power Jr. Veneza(Av Pasteur, 184 — 295-8349): 15h. 17h10min. 19h20min.21h30min. Comodoro (Rua Haddock Lobo. 145 — 264-2025):14h30min, 16h40min, 18h50min. 21 h. Palácio-1 (Rua do Pas-seio. 40 — 240-6541): 14h, 16h10min. 18h20min, 20h30min.(Livre) Som dolby stéreo no Veneza e Palácio-1.Filme de ficção cientifica. Um grupo de extraterrestres vem àTerra a fim de recuperar casulos (cocoons) encantados no Golfodo México. Durante a visita à costa oeste da Flórida elesencontram um jovem capitão de barco, Bernie. que apaixona-sepor uma das visitantes. Juntos eles embarcam numa aventuracheia de surpresas Produção americana.A LEI DO CÃO (Dog Day/Canicule). de Yves Boisset Com LeeMarvin. Miou-Miou. Jean Carmet. Victor Lanoux. David Bennente Bernadette Lafont. Òpera-2 (Praia de Botafogo. 340 — 266-2545): 14h. 16h. 18h, 20h, 22h. (14 anos).Um gangster americano. Jimmy Cobb, foge para Beauce. naFrança. Com 500 mil dólares roubados Perseguindo-o estão apolicia e seus próprios cúmplices de crime na Aménca. Todos

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têm o mesmo interesse: tomar-lhe o dinheiro e prendè-lo. MasJimmy escapa de todos enterrando o dinheiro e envolvendo-secom uma família pobre da região. Produção francesa.

O MARAVILHOSO MUNDO DE PAPAI NOEL (Santa Clausthe Movie). de Jeannot Szwarc. Com Dudley Moore. JohnLithgow. David Huddleston, Burgess Meredith e Judy Cornwell.Bristol (Av. Ministro Edgar Romero, 460 — 391-4822). Bruni-Méier (Av. Amaro Cavalcanti. 105 — 591-2746). Coper-Tijuca(Rua Conde de Bonfim, 615). Ricamar (Av. Copacabana. 360 —237-9932). Coral (Praia de Botafogo, 316); 14h. 16h. 18h. Lido-2 (Praia do Flamengo, 72): 15h. 17h. (Livre).Numa distante aldeia há muito, muito tempo atrás, vivia umsimples lenhador chamado Claus e sua mulher. Anya. O casal,que não podia ter filhos, acaba vivendo um milagre inesperado:os dois sáo magicamente transportados para o Pólo Norte ondesão recebidos por um animado grupo de duendes. Clausdescobre então que viverá para sempre tornando-se Santa

Claus. mais conhecido, pelas crianças, como Papai NoelProdução americana

CÓDIGO DO SILÊNCIO (Code of Silence), de Andy DavisCom Chuck Norris. Henry Silva. Bert Rensem, Mike Genovese.Nathan Davis e Ralph Foody Lido-2 (Praia do Flamengo, 72):19h, 21 h (14 anos)Numa área violenta de Chicago, a polícia está à procura detraficantes de drogas Dois policiais deverão comprar umapartida de cocaína mas o plano dá errado por causa daintervenção de uma gang rival que mata os policiais e rouba adroga. A partir daí começa uma guerra entre as quadrilhas e apolicia. Produção americana.

TRÂNSITO MUITO LOUCO (Moving Vlolatiorts). de NoelIsrael. Com John Murray. Jennifer Tilly. James Keach. BnanBacker e Sally Kellerman. Coral (Praia de Botafogo. 316) 20h.22h. (14 anos).Um grupo de "desajustados" que tiveram suas licenças detrânsito cassadas e seus carros apreendidos encontra-se numaauto-escola. resultando numa série de seqüências cômicasComédia americana da mes'na dupla realizadora de Loucade-mia de Policia e A Última Festa de Solteiro

reprises

O SÉTIMO SELO (Det Sjunde Inseglet). de Ingmar BergmanCom Gunnar Bjornstrand, Max Von Sydow e Bibi Andersson

Cineclube Estação Botafogo (Rua Voluntários da Pátria, 88 —236-6149): 16h. 18h. 20h, 22h (18 anos)De volta da guerra um cavaleiro encontra seu pais devastadopela peste No meio do caminho encontra a morte e joga umapartida de xadrez com ela Produção sueca em preto e branco

CASABLANCA (Casablanca), de Michael Curtiz Com Hump-hrey Bogart. Ingrid Bergman, Paul Henreid. Claude Rams, PeterLorre e Conrad Veidt Paíssandu (Rua Senador Vergueiro. 35 —265-4653) 15h30min, 17h30min. 19h30min, 21h30min (10anos)Durante a II Guerra Mundial, um americano, dono de um nightclub em Casablanca, no Marrocos, ajuda um casal da Resistèrvcia. fugitivo da Europa, apesar da mulher ter sido sua amante ede os dois ainda se amarem O filme, considerado um dosmaiores cult movíes da história do cinema, ficou famosotambém pela canção As Time Goes By. cantada por DooleyWilson Produção americana de 1943. em preto e branco

A VIÚVA ALEGRE (The Merry Widow). de Ernst LubitschCom Maunce Chevalier. Jeanette MacOonald. Una Merkel eEdward Everet Horton. Cinema-1 (Av Prado Júnior, 281):15h30min, 17h30min, 19h30min. 21h30min lido-1 (Praia doFlamengo. 72), Tijuca-Palace 1 (Rua Conde de Bonfim. 214 —228-4610) 15h. 17h. 19h. 21h. (livre)Filme em preto e branco, mostrando uma das versões daopereta de Victor leon e Leo Stein com música de Franz lehar.Uma comédia musical, alegre e picante, contando os amores dajovem viúva Missia Palmieri com o Príncipe Danilo, em Pans, nocomeço do século

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AVAETÉ — SEMENTE DA V1NGANÂ (Brasileiro), de ZelitoViana Com Hugo Carvana. Renata Sorrah, Milton Rodrigues,Jonas Bloch. Cláudio Marzo. José Dumont e Nina de Pádua.Cândido Mendes (Rua Joana Angélica. 63 — 227-9882): de 2aa 6a. às 16h. 18h, 20h, 22h Sábado e domingo, às 20h, 22h. (16anos)Baseado num fato verídico, o filme discute a dominação dosbrancos sobre os índios. Para defender um projeto agropecuá-rio. ao norte de Mato Grosso, uma expedição ataca a aldeia dosíndios avaetés deixando apenas um sobrevivente: um índio deoito anos que passa a ser criado pelo cozinheiro da expedição.Com o passar do tempo a notícia chega aos jornais e arepercussão internacional provoca inclusive a abertura de umaCPI no Congresso 0 filme foi premiado no último Festival deMoscou e no Rio-Cine Festival.

TEMPORADA SANGRENTA (The Mean Season). de PhillipBorsos Com Kurt Russel, Mariel Hemingway, Richard Jordan,

MUITO ALÉM DO JARDIM (B«ing Thore). de Hal Ashby. ComPeter Sellers, Shirley MacLaine. Jack Warden, Mefvyn Douglas,Richard Dysart e Arthur Rosemberg Ricamar (Av. Copacabana,360 — 237-9932): 21h30min (14 anos).Um jardineiro passou toda a sua vida morando num casarãocom uma empregada e um velho, sem nunca sair de casa,apenas assistindo televisão. Depois de sofrer um acidenteacaba tornando-se uma celebridade. Produção americana ba-seada no livro 0 Vidiota. de Jerzy Kosinski

Richard Masur. Joe Pantoliano e Richard Bradford. Coper-Tijuca (Rua Conde de Bonfim, 615): 20h, 21h40min. (14 anos).Cansado de trabalhar oito anos fazendo reportagens sobrecrimes, um repórter decide abandonar tudo para viver numacidade pequena. Mas um simples telefonema muda o rumo desua vida quando um assassino frio e meticuloso convida-o paraseguir suas pistas, revelando detalhes de seus crimes eenvolvendo-o em sua ambição de fazer uma reportagem genial.Produção americana.

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QUANTO MAIS DENTRO. MELHOR (Giris on Rre), de JRemy. Com Angel, Ginger Lynn, Kimberly Carson. RoxannePotts e Vicky Vickers. Orly (Rua Alcindo Guanabara, 21): de 2a a6a. às 10h, 11h30min, 13h, 14h30min, 16h, 17h30min. 19h.A21h30min. Sábado e domingo, a partir das 14h30min. Scalay

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TRATAMENTO DO SEXO. de Burd Tanbaree. Com PaulSiemienec e Maria Malone. Vitória (Rua Senador Dantas. 45 —220-1783): 2a. 5a e 6a, às 13h30min. 15h10min. 16h50min.18h30min, 20h10min. 3a. às 13h30min. 15h10min, 16h50min,18h30min. 4a, sábado e domingo, às 15h10min. 16h50min,18h30min, 201)1 Omin. Botafogo (Rua Voluntários da Pátria. 35— 266-4491): 14h. 17h. 20h. 3a. às 14h e 17h. (18 anos).Filme pornô.

ESCÂNDALOS DO SEXO EXPLÍCITO (Brasileiro), de SilasBueno. Com Bob Aliana. Bety Sandra e luana lloa Rex (RuaÁlvaro Alvim, 33 — 240-8285): 2a e 3a, 5a e 6a, às 12h30min.14h55min, 17h20min. 19h45min 4a. sábado e domingo, às13h30min, 15h55min. 18h20min, 19K40min. (18 anos).Filme pornô

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CENTRAL (717-0367) — O Mundo Fantástico de Oz, comFairuza Balk. Às 13h30m. 15h30m. 17h30m, 19h30m. 21h30m.(Livre).

CENTER (711-6909) — De Volta Para o Futuro, com Michael JFox. Às 14h30m, 16M0m. 18h50m, 21 h (Livre)NITERÓI (717-9322) — De Volta Para o Futuro, com Michel JFox. Às 14h30m. 16h40m. 18h50m. 21h. (Livre)

Ele é esperto, simpático, todos gostam dele.Por que.então, está marcado para ser destruído?

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Os sambistas se despedem hoje do anode 85 apostando que a vida vaimelhorar. Com uma festa em grandeestilo, a cantora Beth Carvalho lança seuLP, significativamente intitulado DasBênçãos Que Virão Com Os NovosAmanhãs. O endereço da duplacomemoração é o Clube do Samba(Estrada da Barra, 65 — 399-0892); ohorário, 21 h; e o preço, Cr$ 40 mil. Nodisco de Beth Carvalho, uma das faixas— Cinelândia — homenageia aschanchadas da Atlântica e, em especial,a Grande Otelo. É bem provável que oshow receba a visita de outros cantorese compositores famosos — o que écomum no Clube do Samba — e opúblico saia lucrando com as canjas,outra tradição do local.

SHOW

O BA O BA BRASIL — Com Adele Fátima, Dora, Olavo Sargervtelli. Glória Cristal. Iracema com a orquestra do maestro índio eAs Mulatas Que Não Estão no Mapa. Música ao vivo paradançar a partir das 21 h. com serviço de restaurante. Show, às23h15min. Oba Oba. Rua Humaitá, 110 (286-9848). Couvert aCr$ 100 mil.GOU>EN RIO — Show musical com a cantora Watusi e o atorGrande Otelo à frente de um elenco de bailarinos. Direção deMaurício Sherman, Coreografia Juan Cario Berardi. Orquestrado maestro Guio de Moraes. Scala-Rio, Av. Afrânio de MeloFranco, 296 (239-4448). Às 23h. Couvert a Cr$ 150 mil.SÉRGIO RABELLO — O NOVO HUMOR — Espetáculo dohumorista. Teatro da Lagoa. Av. Borges de Medeiros, 1426(274-7999). Às 18h e 20h. Ingressos a Cr$ 40 mil. Na kombi aCr$ 20 mil. (16 anos).

karaokê

ASSIM SOMOS NOS — Com o cantor Elymar Santos acompa- • ,nhado de conjunto Direçáo de Artur Laranjeira. Canecáo Av rOWIQTOVenceslau Braz, 215 (295-3044) Às 19h. Ingressos a Cr$ 50 mil. ! _ v lvJ ^mesa central; a Cr$ 40 mil. mesa lateral e a CrS 30 mil!arquibancada

VOU QUERER TAMBÉM SENÃO EU CONTO PRA TOOOMUNDO — Texto de Gugu Olimecha. Agildo Ribeiro, MaxNunes. Jésus Rocha e ZirakJo. Com o humorista Agildo Ribeiro.Teatro Princesa Isabel. Av. Princesa Isabel. 186 (275-3346). Às19h e 21h. Ingressos a CrS 30 mil e CrS 20 mil, estudantes. Nakombi a CrS 20 mil.

CONRDÊN&AS DE UM ESPERMATOZÓIDE CARECA —Show com Carlos Eduardo Novaes. Texto de Carlos EduardoNovaes e Caulos. Direção de Benjamin Santos. Teatro Delfim.Rua Humaitá, 275 (2664396). Às 19h30min. e 21h30min.Ingressos a Cr$ 40 mil e CrS 30 mil, estudantes. Na kombi a CrS15 mil e CrS 20 mil (14 anos).OfTAVO NA PENEIRA — Show do humorista Chico Anísio.Roteiro de Amaud Rodngues, Giuseppe Guiarone, Benil Santos,Marcos César e Chico Anísio. Direção de Fernando Pinto.Teatro Casa Grande. Av. Afrânio de Melo Franco. 290 (259-6948). 5a a sáb. às 21 h30min; dom, às 20h. Ingressos, 5a e doma CrS 40 mil; 6a e sáb. CrS 50 mil. Na kombi a CrS 20 mil.SONHO SONHADO DE UM BRASIL DOURADO — Show às23h, com os cantores Sapoti da Mangueira e Silvio Aleixo, comparticipação de 125 artistas, mulatas e ritmistas e orquestra soba regência do Maestro Silvio Barbosa. Direção de J. Martins eSônia Martins. Consumação a CrS 160 mil. com direito a bebidanacional à vontade e salgadinho. Plataforma, Rua AdalbertoFerreira. 32 (2744022).

ADORÁVEL ROGÉRIA — Texto e direção de Rogéria. ComRogéria e os travestis Elaine. Desirée e Adreia Gasparelli.Teatro Alaska, Av. Copacabana. 1241 (247-9842). Às 19h.Ingressos a CrS 35 mil. Na kombi a CrS 20 mil.TEM PIMENTA NA ABERTURA — Texto de Carlos Nobre.Gugu Olimecha, Elizeu Miranda. AJdo Calvet e Jorge Campana.Direção de Carlos Nobre. Com Margot Morei, Jussara Calmon,Cristina Amaral e Ankito, Chocolate e Manula. Teatro Rival.Rua Álvaro Alvim, 33. Às 18h e 20h. Ingressos a CrS 25 mil. Nakombi a CrS 15 mil.SEXO PARA NÓS É PINTO — Revista com texto e direção deBrigitte Blair. Com Alex Mattos, Walter Costa, Mila Schneider.Teatro Serrador. Rua Senador Dantas. 13 (220-5033). Às18h30min. Ingressos a CrS 20 mil e CrS 25 mil. Na kombi a CrS15 mil.HALLEY — O COMETA DAS BONECAS — Show dostravestis AJex Mattos, Rita Moreno, Milla Shineider e outrosTexto e direção de Brigitte Blair. Teatro Brigitte Blair RuaMiguel Lemos. 51 (521-2955). Às 21h30min. Ingressos a CrS 25mil. Na kombi a CrS 15 mil.

gafieira

ELITE — Baile animado por Bené. às 21 h. Ingressos a CrS 15mil. homem e Cr$ 10 mil, mulher. Rua Frei Caneca.

MANGA ROSA KARAOKÊ — Pocket-show Rádio Pirata comsorteios, brincadeiras torpedos e concurso de gargalhadas.Apresentação de Luiz Sérgio Lima e Silva e Zaira Zambelli emdias alternados com Gil Spina. o Big Brother. Às 22h. Couvert aCrS 25 mil. Consumação a CrS 20 mil. Rua 19 de Fevereiro. 94(2664996). Vendas antecipadas no local.CANJA — Às 20h30min. O cliente canta acompanhado deplay-backs ou dos músicos Arnaldo Martinez (piano) e Alcir(violão). Apresentação dos cantores Ernesto Pires e MarioJorge. Consumação a CrS 50 mil. Av. Ataulfo de Paiva. 375 (511-

FESTA DO KARJOKÊ — A partir das 22h, no andar térreo,música ao vivo, pista de dança e animação do ator Mário Jorge.No 1o andar, música ao vivo e play-backs com animação deRinaldo Genes. Couvert a CrS 30 mil. Consumação a CrS 30 milRua Cupertino Durão. 173 (2744097).KARAOKÊ SOLAR — Sorteio de melhor cantor do dia. Às 16h,no anexo ao Made in Brazil. Av. Armando Lombardi. 1000.Ingressos a CfS 10 mil.

casas noturnas

BARBAS — Às 18h. ensaio do Bloco do Barbas com BlocoUnidos de Botafogo e Japonês no cavaquinho. Sem couvert.Rua Álvaro Ramos. 408 — Botafogo

ar,frIA ~ Show do cantor Martinho da Vilaacompanhado de conjunto. Direção de Teresa Aragão e LíciaMana. Gafieira Asa Branca. Av. Mem de Sá. 17 (2524438) Às23h. Ingressos a CrS 50 mil. asO V1RO DO IPIRANGA — Aberto a partir das 18h. com músicamecânica. As 21 h, jazz com a banda Meia Sete. Couvert a CrS13 mil. Rua Ipiranga, 54 (2254762).PEOf*L„E ~

^s 22h30min. o grupo Terra Molhada. Av. Bartolo-rv«UJ^' m J oi47'' Couvert a Partir das 22h30min aLr$ 43 mil. No bar a CrS 35 mil.

^J-^22^rício Faria (piano) e Bebeto (contrabai-xo). Consumação a CrS 25 mil. Rua Paul Redfern, 40 (259-3148).

A®rock Mig 25 6 Alfred0 Karam- Às2771) ' Armando Lombardi, 1000 (399-

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VÍDEO

ALÔ ALÔ — Às 23h. o cantor Fred Solaro e grupo. Couvert aCr$ 40 mil. Rua Barão da Torre. 368 (521-1460).CHIKO'S BAR — Piano-barcom música ao vivo a partir das 21 h.Às 21h30min Wilson Nunes (piano), Tibério (contrabaixo) eFátima Regina (vocal). Aberto a partir das 18h, com música defita. Sem couvert, sem consumação mínima. Av. EpitácioPessoa, 1.560 (267-0113 e 287-3514).LETIT BE — Bola de Cristal, às 22h. Ingressos a Cr$ 20 mil. RuaSiqueira Campos; 206.MARCUS BRANDÃO — Show do cantor e guitarrista acompa-nhado de conjunto. Às 22h, no Via Brasil, Rua Cde de Bonfim,80. Couvert a Cr$ 12 mil.CALÍGOLA — A partir das 21h15min, os conjuntos dospianistas Gioconda, Ubiratan Mendes e Sérgio Scollo e ascantoras Ana Isaura e Ligia Drummond. Couvert a Cr$ 40 mil.Consumação a Cr$ 100 mil. Ao lado, discoteca a partir das 22h,com os discotecários Bernard de Castejá e Marcelo Maia. RuaPrudente de Morais, 129 (287-1369).TEM QUE BALANÇAR — Show do cantor Wilson Simonalacompanhado de conjunto. Un, Deux, Trois, Av. BartolomeuMitre, 123 (239-0198). Às 23h. Ingressos a Cr$ 50 mil.JIRAU — Abre às 18h com piano-bar apresentando JohnnyCario (cantor) e trio. Pista de dança discoteca. Às 20h, disco erestaurante à Ia carte. Couvert a Cr$ 30 mil. Rua SiqueiraCampos, 12 (255-5864).LYGIA CAMPOS — Piano-bar. Restaurante Céu, Hotel Nacio-nal, Av. Niemeyer, 769 (322-1000). Às 20h. Sem couvert.ZEPPEUN — Às 22h, Renato Vargas. Estrada do Vidigal, 471(274-1549).VINÍCIUS — Às 21 h, a orquestra de Celinho do Piston e oscantores Vitor Hugo, Roberto Santos, Leona. Av. Copacabana,1 144 (267-1497). Couvert a Cr$ 20 mil.SOBRE AS ONDAS — A partir das 20h, o pianista MiguelNobre e a cantora Consuelo. Depois o conjunto de Osmar Militoe os cantores Chico Pupo e Rosely. Av. Atlântica. 3 432 (521-1296).BIBLOS — A partir das 20h, os cantores Luiz Carlos e LygiaDrummond e conjunto. Consumação a Cr$ 80 mil, homem, eCr$ 40 mil, mulher. Av. Epitácio Pessoa, 1 484 (521-2645).SIDNEY MARZULLO — A partir das 20h, apresentação dopianista no Valentino's, Hotel Sheraton, Àv. Niemeyer, 121(274-1122).CHAMPAGNE — Noite de Romantismo, e o grupo Vozes. RuaSiqueira Campos, 225 (255-7341). Música para dançar. Couverta Cr$ 15 mil.

CARINHOSO — Às 22h, o conjunto de Dora e Carinhoso.Couvert a Cr$ 25 mil. Rua Vise. de Pirajá. 22 (287-0302).

RIVE GAÚCHE — Aberto a partir das 18h e às 21 h, osconjuntos de Ricardo e Erasmo (pianos). Couvert a Cr$ 10 mil.Av. Epitácio Pessoa, 1484 (521-2645).LOBBY BAR — Das 19h30min às 23h30min, os pianistas ElianeSalek e Paulo Afonso. Hotel Intercontinental, Av. PrefeitoMendes de Morais. 222 (322-2200).MIRA DOR — Às 13h; brunch carioca com o conjunto Los Avai-I. Hotel Sheraton, Av. Niemeyer. 121 (274-1122).

PRELÚDIO — Piano-bar com o maestro Scarambone (piano).Sem couvert. sem consumação. Rua Pe. Elias Gorayeb 22(208-5799).TRIO ATALAIA — Apresentação de música popular brasileira.Durante o almoço, das 11h30min às 15h. na churrascaria OCarioca, Hotel Nacional, Av. Niemeyer, 769. Preço único doalmoço a Cr$ 60 mil.

VÍDEOS EM PETRÓPOUS — Às 15h: O Último AmericanoVirgem, com Lawrence Monson. Às 17h: Twisted Sisters. Às18h: Os Embalos de Sábado à Noite, com John Travolta. Às20h: Viagens Alucinantes, com Blair Brown.No Cinevídeo Bauhaus. Rua João Pessoa, 88 — sala 27.VÍDEOS NO CAVERNA — Exibição de vídeos com Queensry-che, Whitesnake e Kiss (no Japão) e Iron Maiden Live AfterDeath. Às 16h, no Caverna II, Rua Lauro Muller. 1 (ao lado doCanecão).

VÍDEO-ROCK — Às 19h: Estado de Sítio, com Yves Montand.Às 21 h e 23h: exibição de vídeo com Tommy, filme com o TheWho. Complemento: Eric Clapton. Na Sala Manoel Bandeira,Rua General Pereira da Silva, 102/A — Icaraí.

VÍDEO-BAR — Exibição de vídeos musicais, a partir das 19h eintercalando as sessões. Às 19h: A Ilha do Tesouro, musicalcom a Orquestra Sinfônica de Londres. Às 21 h: A Volta da

O QUEBRA-NOZES — Ballet em dois atos eprólogo. Música de Tchaikovsky. Coreografia deDalal Achcar. Cenários e Figurinos de José Verona.Com a Orquestra Sinfônica, Coro Adulto e Infantildo Teatro Municipal, sob a regência do maestroHenrique Morelenbaum. Com Cyril Athanassoff (daÓpera de Paris), Paulo Fortes, Ana Botafogo, NoraEsteves, Bettyna Dalcanale Silvia Barroso, Femarvdo Mendes, Paulo Rodrigues e outros. TeatroMunicipal, Cinelândia (262-6322). Às 10h30min.Ingressos a Cr$ 80 mil, platéia e balcão nobre; aCií 50 mil, balcão simples a Cr$ 25 mil, galeria e aCr$ 500 mil, frisa e camarote. O Balé Municipalleva ao palco um sonho bem ao estilo de WaltDisney com grande classe.

DOMINGO DO CORPO — Aula de dança contem-porânea com Vera Lopes e de dança afro-contemporânea com Wilson Dias. Às 15h, no CircoVoador, Lapa. Ingressos a Cr$ 1 mil 500.

Pantera Cor-de-Rosa, com Peter Sellers. As 23h: Ella Fitzge-rald in Concert. No TV Bar Club, Rua Teresa Guimarães, 92Ingressos a Cr$ 20 mil.

VÍDEO-SHOW — Exibição de vídeo com o grupo Black Sabath.Complemento: Iron Maiden. Às 14h, 16h, 18h, 20h, 22h. NaSala de Vídeo Cândido Mendes, Rua Joana Angélica, 63

OS MELHORES VÍDEOS — Seleção de vídeos incluindoGenesis, Led Zeppelin, Prince and the Revolution, Joni Mitchell,Arms Concert, Guitar Greats e Lou Reed. A partir das 22h, noMistura Fina, Rua Garcia DÀvila, 15.

OS MELHORES DE 85 — Exibição de vídeos com The Police,U-2 e Dire Straits. Em sessões contínuas, a partir das 18h, noEspaço Pró-Vídeo. Estrada dos Três Rios, 90 — sala 336.

COMUNICADO

A D'estética Centro Clínico Ltda.,através do seu Diretor Médico, Dr. Wag-ner de Moraes, CRM 52.16575—8, comu-nica que o anúncio que vem saindo nestapágina com o título Estética, Saúde &Beleza usando o nome de Clínica D'estéti-ca, nada tem a ver com a D'estéticaCentro Clínico (marca registrada e conhe-cida do público). A D'estética não usaRaio Laser para tratamento de rugas,estrias, flacidez e manchas, pois sabe sertotalmente ineficaz seu efeito neste cam-po. No entanto, a VITA CENTER em Copa-cabana tenta usar o nome: Clínica D'esté-tica para iludir e confundir os possíveisclientes, além de oferecer tratamento deresultados duvidosos.

Maiores esclarecimentos — Av. N.S.Copacabana n° 613/708 — Tel.: 255-8987.

Martinho esta no Asa BrancaMartinho está no Asa Branca

O Quebra-Nozes no Teatro MunicipalO Quebra-Nozes no Teatro Municipal

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Um novo Burle MarxNo Shopping Cassino Atlântico (Av. Atlântica,

4240), até terça-feira, exposição de arranjos natalinosfeitos por Roberto Burle Marx. Habituado a desenvol-ver estes trabalhos para seus amigos, o paisagistadecidiu este ano ampliar sua produção e expor aopúblico A exposição fica no 3o andar do shopping,aberta de 9 às 22h.

EXPOSIÇÃO

ARMON E LURDES RDALGO — Pinturas. Galeria de Arte doHotel Nacional, Av. Niemeyer, 769. Das 8h às 22h. Até o dia31.VIII SALÃO NACIONAL DE ARTES PLÁSTICAS DA FUNAR-TE— Exposição das obras de 117 artistas selecionados, artistasconvidados e A Outra Geração 80. No mesmo local serãoexibidos filmes e vídeos. Museu de Arte Moderna, Av. BeiraMar, s/n°. Das 12h às 18h. Até dia 2 de fevereiro.SEIS DÉCADAS DE ARTE MODERNA NA COLEÇÃO ROBER-TO MARINHO — Exposição de 141 obras incluindo pinturas,desenhos e gravuras de vários artistas como Pancetti. Guig-nard, Di Cavalcanti. Portinari e outros. Paço Imperial, Praça XV.Das 10h às 19h. Último dia.ARTE NA LAGOA — Exposição com obras de Cláudio ValérioTeixeira, Hélio Jesuíno, Hubert. Mollica, Jorge de Salles e

outros. Posto Itaipava do Parque da Catacumba. Av. EpitácioPessoa, s/n°, em frente ao Parque da Catacumba. Das 15h às19h. Até dia 31.

FREDERICO BRACHER JR — Pinturas. Sala Bernardelli doMuseu Nacional de Belas-Artes. Av. Rio Branco, 199. Das 15hàs 18h. Até o dia 19 de janeiro.

ÂNGELO VENOSA — Esculturas. Galeria de Arte do CentroEmpresarial Rio, Praia de Botafogo. Das 12h às 21 h. Até dia 19de janeiro.

ARTE/CONSTRUÇÃO — Obras de vários artistas entre elesAdriano de Aquino, Lygia Pape. Beatriz Milhases. Ana BellaGeiger e outros. Galeria de Arte Centro Empresarial Rio. Praiade Botafogo. 228. Das 12h às 21h. Até dia 19 de janeiro

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DANCETERIAmSSt:, WSÊs£l£!üi

ROCK DE TODOS OS TEMPOS — A programação abrange orock a partir dos anos 50, com a participação da banda da casa.A partir das 22h. Ingressos: a Cr$ 20 mil; vesp. a CrS 10 mil.Metrópolis, Estrada do Joá, 150 (322-3911).

CIRCUS — Discoteca com a presença do disk-joquei TonnyDecarlo. A partir das 21 h. Ingressos a CrS 30 mil, homem e CrS20 mil, mulher, com direito a um drink nacional. Matinês às 16h,a CrS 15 mil, com direito a um refrigerante. Rua Gal Urquiza 102(274-7986).

HELP — Música de discoteca a partir das 21h30min. Ingressosa CrS 25 mil, homem e CrS 20 mil, mulher; vesperal às 16h aCrS 15 mil. Av. Atlântica, 3432 (521-1296).

DANCETERIA MISTURA FINA — Som e vídeos. A casa abreàs 22h. Ingressos a CrS 30 mil, homem, e CrS 20 mil, mulher.Estrada da Barra da Tijuca, 1636 (399-3460).

MIAMI CITY — Às 18h. Som e videos. Av. Semambetiba 646(399-4007), Barra.

MANHATTAN I — Música mecânica às 15h e 21 h. Ingressos ànoite a CrS 20 mil, homem; e vesp. a CrS 15 mil. Mulher grátis.Av. Menezes Cortes, 3020 (392-8757).

CREPUSCULO DE CUBATÃO — Música para dançar e vídeo-bar. Às 22h, Rua Barata Ribeiro, 543 (235-2045). Consumação aCrS 30 mil.

O barato do domingo

manhã almoço tarde noite10h

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11 h

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® Hoje é a últimaoportunidade para sever a exposição SeisDécadas de Arte Mo-derna na Coleção Ro-berto Marinho, no Pa-ço Imperial (Praça XV).Até às 19h, com entra-da franca, ficam àmostra as 141 obras.• É uma vista bonita,a do Outeiro da Gló-ria. Lá estão a Igrejade N. S. da Glória e oMuseu de Arte Sacra,com uma visão privile-giada da enseada.Acesso pela Ladeirada Glória ou pelo planoinclinado na R. doRussel.

® Hora de tietagem.Os ídolos do futebolbrasileiro que estãomorando na Itália che-gam para as festas ese reúnem nas areiasde Copacabana (emfrente à Miguel Le-mos) para um futevô-lei. Pintam por lá: Dir-çeu, Edinho e Júnior.À torcida!

• Um restaurantede nome brasileiroe um prato grego.No Cheiro Verde(R. Real Grandeza,289 — Botafogo)serve-se a mussa-ka: picadinho co-berto com fatias deberinjela, gratina-do. A Cr$ 36 mil.

13h

• A massa nossade todo domingopode ser saborea-da no Pizza Palace(R. Barão da Torre,340 — Ipanema),onde o caneloneverde de ricota e alasanha bolonhesacustam CrS 23 mil.Dá para dividir.

16h10min

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• Para matar sau-dades ou conhecera comida típica doPará. No Arataca(R. Figueiredo Ma-galhães, 29/A e B),a fritada de caran-guejo é uma atra-çâo. A CrS 38 mil,pode ser divididapor dois.

17h

• Final de ano é tem-po para balanços. Naárea esportiva não po-deria ser diferente. ABandeirantes, comseu Show do Espor-te, faz uma retrospec-tiva do ano, com des-taques para todos osgols do campeonatocarioca.

18h

• Para as crianças quenão vão sair de casahoje à tarde, a TV Glo-bo programou o filmeO Pequeno Príncipe,consagrado texto deSaint Exupery, quenesta versão cinema-tográfica tem direçãode Stanley Donen.

• Crianças e adultosque preferem o ar livretêm como opção deprograma a Poesia naPraia, que vem agitan-do os domingos doPosto 9 (Ipanema). Ho-je o recital é do grupoTeatrote. Até as 18h,exposição de poesiasno local.

20h

22h

ranm

• Um encontro paraquem já está pensandono carnaval. No Barbas(R. Álvaro Ramos, 408— Botafogo) ensaiocom o Bloco do Bar-bas e o Bloco Unidosde Botafogo. A entra-da é grátis. Como in-gresso, só animação.

• É reunir a família ouconvidar a namorada epassear pelo calçadão,casquinha de sorvetena mão, curtindo a ma-resia e a beleza dapraia. No Bob's (Do-mingos Ferreira,236/A) o sorvete dechocolate ou baunilhacusta Cr$ 3 mil 200.

• Um horário apropria-do para A Escova deDentes, peça do espa-nhol Jorge Dias queserá lida por MônicaSerpa e Shimon Nah-mias, no Teatro deBolso Aurimar Rocha(Av. Ataulfo de Paiva,269, Leblon). Ingressoa Cr$ 5 mil.

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TEATRO

último dia

DO AMOR — Texto, direção e trilha sonora de Domingos deOliveira. Com Pedro Cardoso. Clarisse Derziê, Bernardo Ja-blonski. Clemente Vizcaino e Priscila Rozenbaum. Teatro doPlanetário. Rua Pe. Leonel Franca. 240 (274-0096). 5a e 6a. às21h30min; sáb, às 22h; e dom. às 20h. Ingressos 5a a Cr$ 20mil; 6a a dom a CrS 40 mil, Cr$ 20 mil. estudantes e CrS 10 mil.classe artística. Na kombi a CrS 15 mil. Duraçào: 2h (16 anos)!Até domingo.

EL DIA QUE ME QUIERAS — Texto de José Ignácio Cabrujas.Direção de Raphael Cezar. Com Winnie Fellows. César Pimen-ta. Evelyn Meira Lima e outros. Teatro da Uni-Rio. Av. Pasteur,436. (295-2548) 5a e 6a. às 21h30min; sáb, às 19h e 21h30min;dom às 18h e 21h. Entrada franca. Até domingo.

A FONTE DA ETERNA JUVENTUDE — Texto de ThiagoSantiago. Direção de Domingos de Oliveira. Cenários e figurinosde Carlos Wilson. Com Paulo José. Cláudio Marzo, DeniseMillont, Yvan Mesquita, Thiago Santiago, José Leonardo eoutros. Teatro Glaucio Gill, Pça Cardeal Arcoverde. s/n0 (237-7003). 4a a 6a às 21 h30min; sáb, às 20h e 22h30min; e dom. às18h e 21 h. Ingressos 4a, 5a e dom a CrS 30 mil e CrS 20 mil,estudantes; 6a a CrS 35 mil e sáb a CrS 40 mil. Na kombi a CrS15 mil e Cr$ 20 mil (no sábado). Duração: 1h40min (14 anos)Até domingo.

FRIO NA ESPINHA — Criação coletiva com texto final e direçãode Demetrio Nicolau. Com a Companhia Teatral Versão Brasilei-ra: Silas Matos, Rosemary Germano, Solange Xavier e outros.Teatro Arthur Azevedo. Rua Vítor Alves. 454 (394-1622). Sáb edom, às 21 h. Ingressos a Cr$ 15 mil. Duração: 1h50min. (16anos). Até domingo.

JACQUES BREL — HISTÓRIA DE UMA CANÇÃO — Texto edireção de Pierre Astrié. Com Sylvia Heller, Denise Barreiros,Pierre Astrié, Leonard Heller e Ivana Barreto. Teatro da AliançaFrancesa da Tijuca, Rua Andrade Neves, 315 (268-5798). 5a e6a, às 21 h; sáb, às 20h e dom, às 19h. Ingressos a CrS 30 mil eCr$ 20 mil. estudantes. Na kombi a Cr$ 15 mil. Duração:1h20min. (Livre). Até domingo.MASCULINO FEMININO — Direção de Amir Haddad. Com ogrupo Tá Na Rua: Arthur Farias. Ricardo Pavão. Lucy Mafra. AnaMaria Carneiro e outros. Teatro Cacilda Becker. Rua do Catete.338. De 4a a dom. às 21 h. Ingressos a CrS 20 mil e Cr$ 15 mil.estudantes. Na kombi a CrS 15 mil. Até domingo.ROCK POLÍTICO — Texto e direção de Nan Ribeiro. ComAlexandre Darbilly, Ivan Luiz, Jairo Rezan e outros. TeatroPinheiro Guimarães, Rua Silveira Martins. 151. Sáb. às 21 h edom. às 19h30min. Ingressos a Cr$ 20 mil e CrS 15 mil,estudantes e Cr$ 10 mil classe artística. Até domingo. Duraçãode 1h15min. (10 anos).SUA EXCELÊNCIA O CANDIDATO —Texto de Marcos Carusoe Jandira Martini. Direção de Attílio Riccó. Com Paulo Figueire-do, Felipe Cânone. Tony Ferreira. Mareia Corban e outros.Teatro Vanucci, Rua Marquês de S. Vicente, 52 — 3o andar(274-7246). De 4a a 6a. às 21h30min; sáb., às 20h30min e22h30min; dom., às 19h e 21h30min. Ingressos 4a, 5a e dom., aCr$ 35 mil; 6a. e sáb. e véspera de feriado a CrS 40 mil. Nakombi a Cr$ 20 mil. Duração: 2h (16 anos). Até domingo.TODO MUNDO NU — Texto de Ricardo Bandeira. Direção deRicardo Bandeira e Pauto Nazar. Com Ricardo Bandeira, SérgioVillela, Marilza Tavares, Neide Macedo e outros. Teatro Cawell,Rua Desembargador Isidro. 10 (268-9176). De 5a a dom. às 21 h;Ingressos 5a e dom. a CrS 30 mil; 6a e sáb. a CrS 40 mil.Duração: 1h20min. (18 anos). Na kombi a Cr$ 15 mil. Atédomingo.

continuações

AMIZADE COLORIDA N° 2 — Texto e direção de Hitton Have.Com Marlene Silva, Jorge Laffond, Hilton Have. Paulo David eoutros. Teatro Serrador. Rua Senador Dantas. 13 (220-5033).De 4a a dom, às 21h15min; vesp. 5a. às 16h30min. Ingressos aCr$ 20 mil (de 4a a 6a) e CrS 25 mil (sáb e dom) e CrS 15 mil(vesp. 5a). Na kombi a Cr$ 15 mil. Duração: 1h30min. (18 anos).BAILEI NA CURVA — Roteiro e direção de Júlio Conte. ComLúcia Abreu. Carmem Molinari, Walney Costa. William Gomes.Loly Nunes e outros. Teatro Glauce Rocha. Av. Rio Branco!179 (2200259). De 4a a dom. às 21 h. Vesp. 5a. às 18h30min edom. às 18h. Ingressos de 4a a 6a e dom a Cr$ 30 mil e Cr$ 20mil; sáb. a Cr$30 mil e vesp. 5aa Cr$ 15 mil. Duração: 1h50min.Na kombi a Cr$ 15 mil. (14 anos).

BATALHA DE ARROZ NUM RINGUE PARA DOIS — Comédiade Mauro Rasi. Direção de Paulo Reis. Com Bia Nunes e MiguelFalabella. Teatro de Arena, Rua Siqueira Campos. 143 (235-5348). 5a e 6a às 21h30min; sáb. às 20h e 22h30min e dom, às18h e 20h30min. Ingressos, 5a a Cr$ 30 mil; 6a e dom a Cr$ 40mil; sáb. a Cr$ 50. Duração; 1h30min (14 anos). Na kombi a Cr$20 mil.

A Fonte da Eterna Juventude no Gláucio Gi

BEL PRAZER — Espetáculo de teatro e música com direção einterpretação de Tim Rescala e Stella Miranda. Músicas de TimRescala. Dusek. Satie e Nino Rota. Teatro Cândido Mendes.Rua Joana Angélica. 63 (251-2596). De 4a a 6a. às 21h30mín;sáb. às 21h30min e 24h dom, às 18h30min e 21h. Ingressos 4ae 2a sessão de sáb a CrS 25 mil; 5a. 6a e dom CrS 30 mil e Cr$ 25mil, estudantes; sáb (1a sessão) a CrS 35 mil. Na kombi a CrS 20mil. Duração 1h20min (14 anos).

UM BONDE CHAMADO DESEJO — Texto de TennesseWilliams. Direção de Maurice Vaneau. Cenário de MarcosFlaksman. Com Tereza Rachel. Luís Guilherme. Louise Cardo-so. Osmar Prado, André Felipe, Dalva Ribeiro, Beatriz Veiga.Irma Alvarez. Teatro Tereza Rachel. Rua Siqueira Campos. 143(235-1113). De 4a a dom às 21h30min e vesp de 5a. às 17h edom. às 18h. Ingressos 4a a Cr$ 25 mil; 5a e dom a Cr$ 30 mil;6a a CrS 40 mil e sáb. a Cr$ 45 mil. Duração: 2h30min (14 anos).Na kombi a CrS 20 mil. O espetáculo começa rigorosamente nohorário.AS BRUXAS ESTÃO SOLTAS — Texto de ísis Baião. Direçãode Maria Lúcia Vidal Com Anatilde Julião, Cristina Veloso. LuizaTomé. Tânia Abreu e Bia Montez. Teatro do Centro CulturalPaulo Pontes. Rua da Carioca. 40.4a, 5 edom. às 19h; 6a e sáb.às 21 h. Ingressos a CrS 20 mil. Na Kombi a CrS 15 mil.CABRA MARCADO PARA CORRER II — A MISSÃO —Remontagem de Cabra Marcado Para Correr de Martins Pena.Direção de Antônio Pedro. Com Anselmo Vasconcelos, AndréaDantas, Carlos Gregório, Clarice Niskíer e outros. Teatro daCidade. Av. Epitácio Pessoa. 1664 (247-3292). De 4a a 6a. às21h30min; sáb. às 20h e 22h30min e dom. às 19h e 21h30minIngressos 4a e 5a a CrS 30 mil; 6a e dom a CrS 35 mil e sáb a CrS40 mil. Duração: 1h20min (10 anos). Na Kombi a CrS 20 mil.CECILY ACREDITAVA QUE EU SERIA GRANDE — Texto edireção e interpretação de Roberto Muniá baseado na obra evida de Fernando Pessoa. Teatro da Aliança Francesa deBotafogo. Rua Muniz Barreto. 730 (286-4248). De 5a a sáb às21h; dom. às 19h e 21 h. Ingressos a CrS 30 mil. Duração:1h15min. Na kombi a CrS 15 mil. (16 anos).COM O SUOR DO NOSSO ROSTO — Texto de Maria HelenaKuhner. Direção de Luís Mendonça. Com Maria Cristina Nunes.Luiz Carfos Nino, Lucy Montebelto. Thadeu França, WilliamsOliveira. Sônia Chalita e Pauto Oliveira. Teatro Dulcina RuaAlcindo Guanabara, 17 (220-6997). De 4a a 6a. às 21 h; sáb. às21h30min e dom. às 20h. Ingressos 4a e 5a a CrS 10 mil; 6a adom a CrS 20 mil. Na kombi a CrS 10 mil. Duração: 1h50min. (16anos).O CORSÁRIO DO REI — Texto de Augusto Boal. Música deEdu Lobo e letra de Chico Buarque. Com Marco Nanini. LucinhaLins. Nelson Xavier. Denise Bandeira. Roberto Azevedo eoutros. Cenários e figurinos de Hélio Eichbauer. Teatro JoãoCaetano, Pça. Tiradentes (221-0305). De 4a a 6a. às 21 h, sáb..às 20h e 22h30min. e dom., às 19h. Vesp de 5a. às 17h30min.Ingressos a CrS 40 mil e CrS 30 mil, balcão superior, e vesp. de5a a CrS 30 mil e CrS 25 mil, balcão superior. 4a e 5a, incluindo avesperal, 20% de desconto para estudantes. Na kombi a CrS 20mil. Duração: 2h (14 anos).ENSAIO N° 2 — O PINTOR — De Lygia Bojunga Nunes.Direção de Bia Lessa. Com Ana Gabriela, Carolina Virgues,Fernanda Tomassini. João Salles, Joaquim de Paula e outros.Teatro Sesc da Tijuca. Rua Barão de Mesquita. 539 (208-5332). 5a e 6a às 21h; sáb. às 18h e 22h; dom às 18h e 20hIngressos 6a e 2a sessão de dom. a CrS 20 mil e CrS 15 mil.

estudantes; vesp de sáb. e dom. a CrS 15 mil e sáb. a CrS 20mil. Duração: 1h30mm. Na Kombi 5a e dom a CrS 10 mil e 6a esáb. a CrS 15 mil. (livre). Até dia 5 de janeiro.ESTOU AMANDO LOUCAMENTE... — Texto de Kevin WadeDireção de Cláudio Cavalcanti Com Cláudio Cavalcanti. Gracin-do Jr. e Maria Lúcia Frota. Teatro Senac. Rua Pompeu Loureiro,45 (256-2641). 5a. às 21h30min; 6a. às 22h; sáb. às 20h30min e22h30min; e dom., às 18h. Ingressos 5a e dom., a CrS 40 mil e6a e sáb., a CrS 45 mil. Na kombi a CrS 20 mil. Duração:1h30min. (18 anos).

FLÁV1A, CABEÇA, TRONCO E MEMBROS — Texto de MillórFernandes. Direção de Luís Cartas Maciel. Com Ary Leite.Guilherme Karam. José Augusto Branco. Joel Silveira. AngelaLeal, Dirce Migliaccio. Emiliano Queiroz. José Cartas Sanches eoutros. Teatro Ginástico, Av. Graça Aranha. 187 (2203394) De4a a 6a. às 21h; sáb. às 20h e 22h15m e dom, às 18h e 21h.Ingressos 4a, 5a e dom a CrS 25 mil e 6a e sáb a CrS 40 mil. Nakombi a CrS 15 mil. Duração: 2h20min (18 anos).GATÃO DE EST1MAÇAO — Comédia de Gérard Lauzier.Direçáo de Cecil Thiré. Tradução de Mansa Murray. Adaptaçãode Luiz Fernando Veríssimo. Com Claudia Raia. José de Abreu.Carina Cooper e Paulo Celestino Filho. Teatro da Praia RuaFrancisco Sá. 88 (287-7794). De 4a a 6a. às 21h30min; sáb às20h30min e 22h30min e dom. às 19h e 21 h15min. Ingressos de4a e 5a a CrS 35 mil; 6a e dom a CrS 40 mil, sab a CrS 50 mil.Duração: 2h. Na kombi 4a e 5a a CrS 15 mil e 6a a dom. a CrS 20mil. (16 anos).

PAI — Texto de August Strindberg. Direçáo de Celina Sodré.Músicas de Tim Reskala. Com Camilo Bevilaqua. Flor Duarte.Marco Miranda. Minam Ficher e outros. Teatro Nelson Rodri-gues. Av. Chile, 230 (212-5695). De 4a a sáb. às 21h30mindom. às 19h. Ingressos 4a e 5a a CrS 15 mil; de 6a a dom, CrS 30mil e CrS 15 mil, estudantes. Na kombi a CrS 15 mil.Estacionamento próprio. (16 anos). Duração: 1h30mín.O TEMPO E OS CONWAYS — Texto de J B Pnestley.Tradução de Renato Icarahy. Direção de Eduardo Tolentino deAraújo. Com Aracy Balabanian. Jorge Bueno. Denise Weinberg.Emilia Rey, Nadia Carvalho e outros. Teatro Ipanema RuaPrudente de Morais. 824 (247-9794). De 4a a dom, às21h30min; vesp 5a, às 17h e dom, às 18h30min. Ingressos 4a5a e dom a CrS 30 mil; 6a a CrS 40 mil e sáb a CrS 50 mil!Duração: 2h. (14 anos). Na kombi a CrS 15 mil. Até dia 19 dejaneiro.

TRIÂNGULO DAS ÁGUAS — Espetáculo baseado no conto deCaio Fernando Abreu. Adaptação e direção de Marco AntônioPalmeira. Com Antônio Cavalcanti. Beatriz Penha, Bebei Mervdes. Beth Corrêa e outros. Teatro da Galeria. Rua SenadorVergueiro. 93 (2253846). 5a e 6a. às 21h30min; sáb. às 22h edom, às 20h. Ingressos 5a, 6a e dom a CrS 20 mil e sáb a CrS 25mil. Duração: 1h20min. (18 anos).

TUPÃ — Texto de Mauro Rasi. Direçáo de Miguel FalabellaCom Lucélia Santos. Rubens de Falco, Jacqueline Laurence.Clea Simões e Fábio Vila Verde. Teatro Villa-Lobos AvPrincesa Isabel. 440 (275-6695). 4a a 6a, às 21h30min; sab. às19h e 22h e dom, às 18h15min e 21 h. Ingressos 4a e 5a a CrS 30mil; 6a a CrS 40 mil e sáb a CrS 50 mil e dom a CrS 30 mil e CrS25 mil, estudantes. Duração: 1h50min (14 anos). Na kombi aCrS 20 mil.

VIVA A NOVA REPUBLICA — Texto de Jésus Rocha. Direçãode Carlos Imperial. Com Milton Moraes, Isa Rodngues, InsBruzzi e Nina de Pádua. Teatro do Copacabana Av. Copacaba-na. 313 (257-0881). 5a e dom., às 18h e 21h30min; 6a, às21h30min; sáb., às 20h e 22h30min. Ingressos, vesp. 5a a CrS'15 mil e 2a sessão de 5a a CrS 20 mil; 6a e dom. a CrS 25 mil;sáb a CrS 30 mil Na kombi a CrS 15 mil (1a sessão de 5a) e CrS20 mil. Duração: 2h. (16 anos)A ESCOVA DE DENTES — Leitura da peça do espanhol JorgeUias. Com Mônica Serpa e Shimon Nahmias. Às 22h no Teatrode Bolso Aurimar Rocha. Av. Ataulfo de Paiva, 269. ingressos aCr$ 5 mil.

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O último domingo

das Kombi

As Kombi da 13a Campanha Vá ao Teatro,patrocinada pelo Ministério da Cultura, estãovendendo ingressos mais baratos para 100espetáculos de adultos e infantis em cartazno Rio de Janeiro, durante o mês de dezem-bro. Os preços variam de CrS 10 mil a CrS 20mil (adultos) e de CrS 7 mil a CrS 10 mil(infantis). Os postos de venda funcionamdas 8h às 20h e estão hoje na Pça SaensPena, no Lgo. do Machado, Pça do Lido,Galeria Alaska, Pça Antero de Quental ePraia de Icaraí e agência dos teatros: Pça. daPaz.

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O DIA DA CRIANÇAi ii mi ¦ 11 iii n ii 11 ii mmnrií liii rwim if nu li m

parque

TIVOLI PARK — Parque com 14 brinquedos para adultos e oitopara crianças. Av. Borges de Medeiros Lagoa Das lOh as 22hIngressos a CrS 40 mil e Cr$ 38 mil (crianças até 10 anosl

planetário

PLANETÁRIO — Às 17h. Carrinho Feliz (infantil) e, as18h30min., De AKM 2 a Galaxia DX (juvenil). Rua Pe LeonelFranca, 240 (274-0096). Ingressos a CrS 2 mil 200, adultos e CrS1 mil 100, crianças até 12 anos

karaokê

RÁDIO CIGANINHA — Com apresentação de Adelaide Mar-tins. Às 17h. no Manga Rosa, Rua 19 de Fevereiro 94Ingressos a CrS 15 mil.CARAOQUINHO — Apresentado por Paulo Vignolo. com aparticipação de Izabeila e Gabrieila Bicalho Às 16h, no ObaOba, Rua Humaitá. 110. Ingressos a CrS 30 mil, com direito alanche.

show

SCALA, O BALÀO MÁGICO — Espetácu o com Simony, Mike,Jairzinho, Ricardinho e Luciana. Castrinho, o mágico RichardCox e corpo de baile. Texto de Maurício Sherman e WilsonRocha Scala-Rio. Av Afrânio de Mello Franco. 296 (239-4448).Às 17h Ingressos a CrS 70 mil.O PÃO DE AÇÚCAR DAS CRIANÇAS - Show de variedadescom o palhaço Melancia, Mimo Tropical. A Cor Encena, Geórgiae Lena, Karaokê e banda de Bichos e discoteca As 16h. noMorro da Urca, Av Pasteur. 520 Ingressos a CrS 12 mil e CrS6 mil, crianças

matinês

SESSÃO COCA-COLA As Aventuras de Peter PanLagoa Drive-ln (Av Borges de Medeiros, 1426 — 274-7999i18h30min (Livre).

OS TRAPALHÕES NO REINO DA FANTASIA — CândidoMendes (Rua Joana Angélica. 63): 13h30min. 15h, 16h30min.18h (Livre).* Outros filmes com censura livre ver na seção Cl-NEMA

teatro

ALICE NO PAÍS DAS MARAVILHAS Apresentação dogrupo Carrossel As 17h, no Teatro D. Camilo, Rua Toneieros,76 (255-9225) Ingressos a CrS 10 mil.

APRENDIZ DE FEITICEIRO Texto e direção de Maria ClaraMachado Teatro Fonte da Saudade. Av. Epitácio Pessoa. 4866 (286-0644). As 16h30mir e 18h. Ingressos a CrS 15 mil.Último dia.AS AVENTURAS DE TOM SAWYER Texto de Mark TwainTradução de Monteiro Lobato Adaptação de Roberto Borntem-po Direção de Roberto Bomtempo e Roney Villela TeatroVanucci. Rua Marquês de S Vicente 52 3° (274-7246). Às 17hIngressos a CrS 20 mil Último dia

A BELA E A FERA - Musical de Vicentina Novelli. Direção deCláudio Gaya Teatro Benjamin Constant. Av Pasteur, 350(295-2282): às 17h. Ingressos a CrS 15 mil.

BETO E TECA — Texto de Volker Ludwig. Direção de RenatoIcarahy. Com o grupo TAPA. Teatro Ipanema. Rua Prudente deMorais. 824 (247-9794). às 16h. Ingressos a CrS 15 mil Últimodia.

O BICHINHO DA MAÇÃ — Texto de Ziraldo. Adaptação edireção de Carlos Arruda. Com o grupo Cante Conte. TeatroDelfin, Rua Humaitá, 275 (266-4396). Às 18h. Ingressos a CrS15 mil.

O BOI E O BURRO NO CAMINHO DE BELÉM - Texto deMana Clara Machado. Direção de Jorge Guinhos Às 17h, noTeatro1 Leopoldo Fróes. Rua Manoel de Abreu, 16, Niterói.Ingressos a CrS 10 mil Até dia 5 de janeiro.

BRANCA DE NEVE E OS SETE ANÕES - Texto de DylmoElias e João Soncini. Direção de Dylmo Elias. Teatro daGaleria, Rua Senador Vergueiro. 93. Às 16h30min. Ingressos aCrS 10 mil.

A BRUXINHA E O PRÍNCIPE VALENTE — Texto e direção deLimachen Cherem. Teatro Imperial. Praia de Botafogo, 524,(295-0896) Às 17h. Ingressos a CrS 10 mil. Acompanhante nãopaga

A BRUXINHA QUE ERA BOA - Teatro de Mana ClaraMachado. Direção de Tonmho Lopes. Com o grupo Ponto dePartida Teatro do Planetário, Av Pe Leonel Franca, 240 (274-0046). As 16h. Ingressos a CrS 15 mil. Estacionamento próprioA CASA DE CHOCOLATE — Texto de Nazareth Rocha Direçãode Wagner Lima. Teatro de Bolso, Av. Ataulfo de Paiva, 269(239-1498). Às 17h. Ingressos a CrS 15 mil.

CEGONHA? QUE CEGONHA! - Texto de Manlu AlvarezDireção de Cláudio Torre Gonzaga. Com o grupo InfinitaMetragem Teatro Duse, Rua Hermenegildo de Barros. 161, STeresa (224-1163). Às 18h. Ingressos a CrS 10 mil.

CHAPEUZINHO VERMELHO CONTRA A BOMBA ATÔMICA— Texto e direção de Walter Costa. Teatro Brigitte Blair, RuaMiguel Lemos, 51 1521-2955) Às 16h. Ingressos a CrS 10 mu

O CIRCO ALEGRIA — Texto e direção de Walter Costa TeatroBrigitte Blair, Rua Miguel Lemos, 51 (521-2955). Às 17h.Ingressos a CrS 10 mil,

O COMETA HALLEY NO CAMINHO DE SÃO TIAGO Textoe direção de Paulinho de Tarso e C áudio Savietto Teatro doPlanetário, Av. Pe. Leonel Frsnca. 240 As 10h30min. Ingres-sos a CrS 15 mil.

A CONSTITUINTE DA NOVA FLORESTA — Texto de ArnaldoNiskier. Adaptação teatral de José Roberto Mendes Direção deRodrigo Farias Lima. Teatro Vanucci, Rua Marquês de SVicente 52 1274-7246). Às 15h30min Ingressos a CrS 20 mil.

OS DOZE TRABALHOS DE HÉRCULES Espetáculo infamo-juvenil com texto de Monteiro Lobato. Direção e adaptação deCarlos Wilson. Teatro da Praia, Rua Francisco Sá, 88 (287-7794) As 16h Ingressos a CrS 20 mil.

ENSAIO N° 2 — O PINTOR — Texto de Lygia Bojunga NunesDireção de Bia Lessa Teatro do Sesc da Tijuca. Rua Barão deMesquita, 539 (208-5332) As 18h. Ingressos a CrS 15 mil Atédia 5 de |aneiro.ENTORNANDO O SONHO — Texto de Daniel Herz. Direção deMario Roberto e Daniel Herz. Com o grupo Teatro Cnsis Teatroda Cidade. Av. Epitácio Pessoa, 1664. As 17h

ERA UMA VEZ UMA GATA — Texto de Sérgio CarvalhalAdaptação de Nadia Nardini, Tânia Nardini. Cristina Magrassi eTony Nardini. Teatro Municipal de Niterói, Rua 15 de Novem-bro, 35 (722-6871). Às 17h. Ingressos a CrS 15 mil e CrS 10 mil.crianças.

O FILHOTE DE ESPANTALHO Texto de Oswaldo Wadding-ton Direção de Vital Filho Teatro de Bolso Aurimar Rocha AvAtaulfo de Paiva, 269 (239-1498) As 16h Ingressos a CrS 15mil

O GATO PARDO DE PATRÍCIA E LEONARDO Texto deJoáo das Neves Direção de Lúcia Coelho Teatro CândidoMendes, Rua Joana Angélica, 63 Ás 16h Ingressos a CrS 15mil. Último dia.A IDADE DO SONHO — Texto de Tomo Carvalho Direção deVicente Maiolmo. Com Teatro Feliz Meu bem. Teatro GlaucioGill, Pça Cardeal Arcoverde, s n" As 16h Ingressos a CrS 15mil. Último dia.

JINGLE BELLS, JINGLE BELLS AÍ VEM PAPAI NOEL Textoe direção de Luna Brum Teatro do Tijuca Tênis Clube, RuaCde de Bonfim, 451 Dom, às 17h30mm Ingressos a Cr$ 10mil Último dia

JOÃOZINHO E MARIA NA CASA DA BRUXA Direção deJair Pinheiro As 18h. no Teatro Brigitte Blair Rua MiguelLemos, 51 '521-2955) Ingressos a CrS 10 mil

O MENINO DA CABEÇA DE CEBOLA — Texto de SandraAutuori. baseado no conto de Luís Machado Direção de HelsonPatury. Com o grupo Teatro Mágico Sala Monteiro Lobato,anexo ao Teatro Villa-Lobos, Av Princesa Isabel, 440 (275-6695). As 17h30min. Ingressos a CrS 12 mil

O MENINO MALUQUINHO — Musical de Ziraido Adaptação edireção de Demetrio Nicolau Teatro Casa Grande. Av Afrâniode Melo Franco, 290 (239-4046) As 1 7h. Ingressos a CrS 15 mil.

MICKEY E PATETA CONTRA A PANTERA... - Com o grupoCarrossel Teatro da Cidade. Av Epitácio Pessoa. 1 664 (247-3292) Às 17h Ingressos a CrS 10 mil.

OLHO DE GATO — Texto de Cora Ronai Direção de MoacyrGoes Teatro Cacilda Becker. Rua do Catete. 338 (265-9933)As 17h30min, Ingressos a CrS 8 mil É permitida a entrada emtrajes de banho. Último dia.

PAPAI NOEL E SEUS BRINQUEDOS ENCANTADOS -Apresentação do grupo Carrossel, As 16h. no Teatro D.Camilo Rua Toneieros. 76 (255-9225) Ingressos a CrS 10 mil

PAPAI NOEL EM Ff MÍLIA - Texto de Regina Darze Direçãode Ressy Penafort. Teatro Nelson Rodrigues. Av Chile. 230Às 16h. Ingressos a CrS 14 mil.

O PATINHO FEIO — Texto de Mana Clara Machado Direção deFernando Berditchevsky. Coreografias de Juliana Carneiro daCunha. Teatro de Arena. Rua Siqueira Campos. 143 (235-5348) As 16h. Ingressos a CrS 15 mil.

AO PÉ DO OUVIDO — Texto de Alice Reis. Direção de ShimonNahmias. Teatro Glauce Rocha. Av Rio Branco. 179 (224-2356). As 16h. Ingressos a CrS 8 mil.

PELE DE ASNO — Texto de Liliana Neves, baseado em contode Charles Perrault. Direção de Toninho Lopes Com o grupoPonto de Partida. Teatro Villa-Lobos, Av Princesa Isabel. 440(275-6695) As 16h. Ingressos a CrS 15 mil.

PLUFT, O FANTASMINHA — Texto e direção de Maria ClaraMachado Teatro Tablado. Rua Lineu de Paula Machado. 795(294-7847) As 16h30mm e 18h Ingressos a CrS 15 mil.

O RAPTO DAS CEBOLINHAS — De Maria Clara MachadoDireção de Humberto Abrantes Com o ACTUM Studio deTeatro Teatro do América. Rua Campos Sales. 116 As16h30min e 17h30min. Ingressos a CrS 15 mil e CrS 12 mil(sócios) Até o dia 5 de ianeiro

A REVOLTA DOS BICHOS - Musical com texto de Manassesde Oliveira. Direção de Manassés Sessannam. Tijuca TênisClube, Rua Cde de Bonfim. 451 Às 10h30min ingressos a CrS10 mil e CrS 8 mil (sócios)

OS SALTIMBANCOS — Musical de Chico Buarque e SérgioBardotti. Direção de Jorge Corrêa. Com o grupo Salamê-Minguê. Teatro Rival. Rua Álvaro Alvim. 33 (240-1135). As 16hIngressos a CrS 15 mil

O SOLDADINHO E A BONECA De Washington GuilhermeSala Manuel Bandeira, Rua Tavares de Macedo. 100, Icarai Ni-terói Ás 16h Ingressos a CrS 10 mil Último dia.

SONHO DE UMA NOITE DE VERÃO — Texto de WilliamShakespeare Adaptação de Lenita Plocynsky Direção deMoacir Goes Teatro Cacilda Becker, Rua do Catete, 338 (265-9933) As 16h Ingressos a CrS 8 mil É permitida a entrada emtrajes de banho. Ultimo dia.

SPAGUETTI Texto e direção de Fernando Berditchevsky.Teatro do Planetário. Rua Pe Leonel Franca. 240 As17h30mm. Ingressos a CrS 15 mil.

SUPERZÉ OU O ESPAÇO SELVAGEM — Roteiro e direção deDacio Lima Com Semir Murad, Acácio Frauches. Ana Achcar.César Roffer. Daniela Maia e outros Teatro Cawell, RuaDesembargador Isidro, 10 (268-9176) As 17h Ingressos a CrS20 mil e CrS 15 mil, crianças Na kombi a CrS 10 mil Último dia.

OS TRÉS PORQUINHOS Texto de Lauro Gomes Direção deJoáo Soncmi e Dylmo Elias Teatro do Clube Monte Sinai, RuaS Francisco Xavier, 104 As 17h Ingressos a CrS 10 mil.

O UNICÓRNIO - Texto de Paulo César Coutinho Direção deJorginho Ayer Teatro Delfin. Rua Humana. 275 (266-4396) As16h30min Ingressos a CrS 15 mil

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Ricardo Malta/F4

DE GRAÇA

A poesia

vai à praia

Poetas, seresteiros,

namorados, correi!

Tem poesia no Posto 9

"A poesia está na onda", brincou a

poetisa Marina Colassanti, quando soube

que seus colegas conquistaram a praia. Éisso mesmo: agora, quem for à praia noPosto 9 em Ipanema (entre as ruas Viní-cius de Morais e Joana Angélica) nosdomingos vai encontrar, além da areia, dosol e do mar, poetas declamando alto ebom som suas próprias poesias. Alémdisso, os banhistas vão achar ali um "va-

ral" marcado por uma alta bandeira verdeonde estão pendurados impressos com os

poemas do poeta que estiver se apresen-tando no dia.

A poesia na praia funciona às milmaravilhas. Às 17h em ponto, o declama-dor começa seu trabalho: nos primeirosminutos, os freqüentadores do Posto 9estranham aquela pessoa dizendo tão altocoisas insólitas, lindas, engraçadas ou cho-cantes. Mas logo o poeta estará cercado

pela atenção descontraída de quase tre-zentas pessoas. Quem teve a idéia foi o

poeta Renato Brasil, produtor e diretor da

performance. Para ele, "não estava acon-

tecendo nada na orla do Rio e a poesiaestava presa na noite, entre quatro pare-des, ou em livros que estão muito elitiza-dos". O próprio Renato abriu a série deapresentações ao ar livre e, no domingoseguinte, foi a vez do poeta Mano Melo

(autor do livro O Evangelho de JimiRango). Acontece de tudo durante a apre-sentação. Um grupo de balé em trajes debanho pode surgir de improviso e começar

um happening paralelo. Um garotinhopode entrar com um amigo na roda que se

forma em torno do poeta e gritar: "Olha

-. ^

O poeta Mano Melo encontra novo espaço

que barato!", tudo na maior espontanei-dade.

Os poetas que não levam jeito pararecitar podem contratar um ator comoRenato Brasil fez. E, depois da apresenta-

ção, é grande o número de pessoas que —

sérias, sorridentes ou pensativas — vãoler um a um os poemas impressos.

Mas a mobilização causada pela poesiana praia não pára aí. Ninguém sábia, mas oPosto 9 estava cheio de poetas. ComoRenê Ventura, dono de uma barraca devendas de refrigerantes e autor do livro OCamelô e o Rapa. Renê e muitos outrosprocuram o grupo que fica junto à bandeiraverde (que significa "sinal verde para apoesia") para saber como podem se ins-crever para as apresentações (os contatosdevem ser feitos pelo tel. 256-5822 —

recado). Os poetas ganham pelo trabalhoe Renato Brasil, o dono da idéia, estáprocurando um patrocinador.

O ponto de poesia vai ganhar ainda ummural para recadinhos e uma urna, ondeserão colocadas sugestões para as próxi-mas apresentações. Para hoje, está pro-gramada a performance do Grupo Teatro-te. Inscritos os poetas Glória Horta, XicoChaves e Chacal. As quase 1 mil pessoasque ao longo do dia param para ler os

poemas mostram que a poesia tem um

público garantido e numeroso, e a iniciati-va tem entusiasmado poetas como Affon-so Romano de Sant'Anna, que comentou:"

Já pensou o susto dos mineiros quandodescobrirem o mar e a poesia ao mesmotempo?"

Antonio José Mendes

a escolha

ésua.

Jllii * v-

Sonho Sonhado de Um Brasil Dourado:trata-se, simplesmente, do maior e melhorshow do Brasil e um dos 3 melhores domundo. 0 Plataforma I serve de palco parao luxo. a beleza e o talento das nossasmulatas, passistas e ritmistas. AdalbertoFerreira. 32 T.: 274-4022.

Assista ao incrivel Golden-Rio. com Watu-si no comando e depois curta a passagemde ano mais carnavalesca da cidade! Tudoisso. é claro, acontecerá no Scala. queoferece, ainda, deliciosa ceia. bebidas na-cionais e os cumprimentos do Chico Reca-rey! Afrânio de Mello Franco, 296 T.: 239-4446.

I i

0 Rio Amanheceu Cantando: este é onome do reveillon do Sobre as Ondas.sob comando de Don Pepe Pose A agita-çáo fica por conta de Osmar Milito e MiguelNobre com suas orquestras, além da ceiafora de série e open-bar nacional I Reservejá! Atlântica, 3432. T.: 521-1296.

Ao som do pistom de Celinho (f). orquestrae cantores, a pedida da noite de SãoSilvestre é o Vinícius. Por apenas 400 milvocê tem bebidas nacionais à vontade, ceiamuito bem, canta e dança! Comece o anocom o pé direito! Av. Copacabana, 1144,Tel. 237-1497.

O Chico Recarey está promovendo o réveillon mais™ tradicional do Rio: trata-se do eixo Castelo da Lagoa-Chiko's Bar! Por apenas 270 mil você terá direito aurna maravilhosa ceia, vinho chileno, champanha eaquela música ao vivo muito especial! E no dia 1o nãová esquecer do almoço, que reúne socialites eartistas. Av. Epitácio Pessoa. 1560, Tel. 287-3698.

• No próximo dia 31, o Un, Deux, Trois não apresen-

tará o show do SimonaL.Em conpensaçáo, realizaráo réveillon mais bem-sacado do Rio. É isso ai, aanimação musical fica por conta de Jean Zanone e

seus músicos,além da ceia elaboradíssima, bebidas nacionaisà vontade (sem uísque) e champanha. É ou não é uma boa?Bartolomeu Mitre, 123, Tel. 239-0198. Confira!'!

O MELHOR DA SEMANA

Depois do Ensaio, de Ingmar Bergman

cinema

Antes de 86, Depois do Ensaio

Passada a euforia dos lançamentos de Na-tal, o melhor é, antes da chegada do réveillon,colocar os filmes já lançados em dia. E, no caso,o melhor do melhor será mesmo entrar emcontato com o Bergman de Depois do Ensaio.Aqui, reunindo um velho diretor (Erland Joseph-son) e uma jovem atriz (Lena Olni), Bergman fazdesfilar todo seu amor pelo teatro discutindo,ao mesmo tempo, temas não obrigatoriamenteteatrais. Com direito a uma passagem marcantede Ingrid Thulin — um retrato da neura, fora edentro do palco, com que Bergman nos ofereceum vibrante debate de vida.

Esta existência, embora em dose de menorintensidade, é também o tema central de OPrimeiro Ano do Resto de Nossas Vidas. Aquise reúne um grupo de sete jovens e mergulha-se neste momento importante na trajetória decada um — a descoberta do significado do "seradulto". Da faculdade ao dia a dia, surgem asdificuldades, os conflitos mas O Primeiro estádisposto a demonstrar a possibilidade (ainda) daamizade. O que consegue. Em grande parte,graças ao comovente empenho do elenco nadefesa de suas personagens — um esforçounitário.

Exemplo de esforço comunitário é o ofere-cido por Minha Terra, Minha Vida, filme co-produzido e estrelado por Jessica Lange e quelhe valeu uma indicação ao Oscar de melhor

atriz. E o novo cinema rural americano — de queUm Lugar no Coração de Robert Benton é,também, recente exemplo — tem um bomexercício. A política rural de Reagan, onde opequeno fazendeiro perde a vez, é posta emcheque e Jessica apresenta um excelente de-sempenho. Enquanto isso, seu marido, na tela ena vida, Sam Shepard, vivendo um fracassado,acabará se transformando em atração extra aosolhos de seus fãs.

A política, de leve, também está no fundode D.A.R.Y.L — a ficção científica, como jáaconteceu muito, ganhando contornos sociais.Aqui, na figura de um menino — extremamentebem defendido por Barret Oliver —, tem-se odesnudamento dos paranóicos mecanismos mi-litaristas. Mas D.A.R.Y.L não tem intenções deaprofundar nada. O que o deixa nos limites deum bom entretenimento. E já não é pouco.

Entreter: esta, também, a intenção básicade Steven Spielberg, o homem que apresentaDe Volta Para o Futuro, sua nova aventura quevem assinada pelo diretor Robert Zemeckis.Como no caso de D.A.R.Y.L, o social é apenaslevemente tocado — e Spielberg, na realidade,está fazendo uma espécie de levantamentomuito pessoal da vida na suburbia americana.O homem médio deixa de ser visto com odesprezo do ranço intelectual, e passa a serolhado de forma um tanto compreensiva. Maisdo que uma forma de atrair a maioria silenciosaàs bilheterias, trata-se, também, da homena-gem de Spielberg às suas origens. Por issomesmo, tendo a possibilidade de ir ao passadoe alterar o futuro, ele luta para manter tudocomo está neste De Volta Para o Futuro. Nãodeixa de ser uma visão bem pessoal. Neste queé um dos toques de Spielberg.

Wilson Cunha

rádio FM

Escolha o som

do "réveillon"

A trilha sonora do réveillon é uma faca dedois gumes. Pode ser o auge da festa, e podesignificar o supra-sumo do fiasco. A forma maissegura de escapar das vaias é jogar as fitascassetes que você já gravou pela janela, earranjar um bom receiver. A grande maioria dasFMs cariocas vai entrar na primeira madrugadade 86 com músicas dançantes em módulosininterruptos. Aqui, um roteiro de ritmos egêneros e onde você poderá encontrá-los semesquentar a cabeça.

Cidade — Beto de Carvalho montou o quejá classificou de melhor programação de "réveil-lon" dos últimos tempos. Beto explicou que"vamos tocar as músicas imaginando uma pistade dança com 1 milhão de pessoas". Quantoaos ingredientes, surpresa.

FM 105 — Marcão informou que a partir dameia-noite a 105 só vai mandar samba para o ar.Os melhores das escolas e pagodes. A locuçãoserá feita por Mário Lúcio.

Manchete — Também vai cair no samba,dando algumas mescladas. À meia-noite vaientrar a mensagem de fim de ano da emissora(composta por Joe Eutanásia) e todos os locuto-res vão cantar.

98 FM —Vai misturar samba com rock. Doestouro do champanha até as 4h da manhã vãorolar todos os sambas-enredos do carnaval de85, mais Caetano, Gal e trios elétricos. Das 4hda madrugada em diante, rock brasileiro.

Fluminense — Rock, reggae, ska e simila-res. A partir de meia-noite.

Antena 1 — Vai começar as 22h do dia 31,mandando músicas de carnaval até as 2h.Depois, programação festeira, com muito rocknacional, até as 8h do dia 1o. Romilson Luiz vaiaproveitar para se despedir dos ouvintes. Ele sóvai cuidar da direção da Antena.

Imprensa — Aqui o réveillon vai começarmais cedo ainda, às 20h do dia 31. Até as 2h damadrugada, só samba de todos os calibres.Depois, invadindo a madrugada, programaçãonormal, dançante, com sucessos e flashbacks.

Estácio — À meia-noite, a emissora vaidetonar o samba Tuel, com o guitarrista (ex-Genesis) Steve Hackett. Em seguida, rock dosanos 80 rolando direto, sem locução e semparadas de qualquer espécie.

Nacional — Samba de todas as épocas,cores e estilos.

Quem for passar o réveillon fora do Rio eestá disposto a usar o som das FMs vai ter quetomar algumas precauções. 1) Levar um apare-lho chamado buster, uma espécie de amplifica-dor de ondas, é fundamental para que não hajarecepção ruim. 2) Antena externa é garantia demúsica a noite inteira. 3) Os aparelhos (receivere amplificador) devem ficar distantes dos locaisde dança para que não haja acidentes. 4) É bomligar um ventilador sobre os aparelhos. 5) Evitarvolume máximo para que não haja saturação ecurto-circuito do equipamento.

Luiz Antonio Mello

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O MELHOR DA SEMANAmw$

O teatro

sobe a serra

Uma ótima opção para as férias: tea-tro, música, e shows nas cidades serra-nas. Bom para quem viaja, para quem vivenas montanhas e para o meio cultural,habitualmente tão esvaziado nos mesesde janeiro e fevereiro quanto as grandescidades. O Projeto, intitulado Teatro MaisAlto — Festival na Serra e organizado

pelo diretor e empresário Domingos deOliveira, começa por Teresópolis. A partirdo dia 3 de janeiro, mais de 33 peças eshows, além de uma Oficina de Teatro eum ciclo de palestras, animarão o Teatrodo Hotel Higino, de Teresópolis. Levandoatores como Tim Rescala, Dercy Gonçal-ves, o Grupo Tá na Rua e o Palhaço Bozo,entre outros, para um circuito habitual-mente carente de bons espetáculos.

A idéia de um "circuito de verão" éantiga no meio teatral, segundo Domingosde Oliveira. Principalmente porque os me-ses de férias só são bons parà peças jábem estabelecidas em cartaz, com raríssi-mas estréias, devido à pouca disponibilida-de de teatros. Mas só agora o projetoganhou corpo, apoiado (neste primeirocaso) pela Prefeitura de Teresópolis e pelaFunarj. O teatro na Serra inclui reformas.

Uma programação variada

* As peças infantis serão sempre às 17h e osespetáculos adultos às 21h30min.

Sexta-feira — 3/1 — "Escola de Mulheres" —de Molière — Tradução e direção de Domingos deOliveira. Com Jorge Dória.

Sábado — 4/1 — Tom Sawyer — de MarkTwain. Adaptação e direção de Roberto Bom-tempo.

Domingo — 5/1 — Escola dé MulheresSegunda-Feira — 6/1 — Cabra II — A MissãoDe Martins Penna — Adaptação de Antonio

Pedro. Com Ricardo Petraglia e Clarisse Niskier.Terça-Feira — 7/1 — Cabra IIQuarta-Feira — 8/1 — Palhaço BozoQuinta-Feira — 9/1 — Palhaço BozoSexta-Feira — 10/1 — Do Amor — Texto e

direção de Domingos de Oliveira. Com PedroCardoso e Bernardo Jablonski, entre outros.

Sábado — 11/1 — Do AmorDomingo — 12/1 — Viver Pessoa — Seleção

de textos de Fernando Pessoa. Com Luiz de Lima.Segunda-Feira — 13/1 — Bel Prazer — Com

Tim Rescala e Stella Miranda.Terça-Feira — 14/1 — Sérgio Rabello — O

Novo HumorQuarta-Feira — 15/1 — O Bichinho da MaçãInfantil com texto de Ziraldo.Quinta-Feira — 16/1 — O Bichinho da MaçãSexta-Feira — 17/1 — Porcos Com Asas —

Direção Jorge Carvalho. Com o Grupo Lanavevá.Sábado — 18/1 — Porcos Com Asas

A Bruxinha que Era Boa — De Maria ClaraMachado.

Segunda-Feira — 20/1 — Confidências de UmEspermatozóide Careca — Show com o humoris-ta Carlos Eduardo Novaes.

Terça-Feira — 21/1 — Bailei na Curva —Direção de Júlio Conte. Com Lúcia Abreu.

Quarta-Feira — 22/1 — Pele de Asno —Infantil baseado no conto de Charles Perrault.

Quinta-Feira — 23/1 — Pele de AsnoSexta-Feira — 24/1 — O Noviço — Texto de

Martins Penna. Com o Grupo Tapa.Sábado — 25/1 — Mesa de Bar — Show

humorístico com Rogério Fróes.Pinóquio — Infantil com o Grupo Tapa.

Domingo — 26/1 — Casa de Orates — Textode Aloisio de Azevedo.

Segunda-Feira — 27/1 — Dercy GonçalvesTerça-Feira — 28/1 — Quatro Vezes Beckett

— Tradução de Millôr Fernandes. Com SérgioBrito.

Quarta-Feira — 29/1 — Conversas íntimas —Direção de Domingos de Oliveira.

Plim, o Musical — Direção de Lúcia Ara-tanha.

Sexta-Feira — 31/1 — Masculino/FemininoCom o Grupo Tá na Rua.

Sábado — 1/2 — Festa de encerramento como grupo musical O Espírito da Coisa.

Domingo — 2/2 — Festa de encerramentocom show de Cida Moreira.

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No Hotel Higino, por exemplo, já estásendo feito um tratamento

"cenográfico"

tornando-o reversível para espetáculos em

palco, arena e café-concerto, além demelhorar suas instalações que dão para 1

mil pessoas. Uma idéia que a partir de abril

deve se estender para Petrópolis e Fribur-

go, cobrindo este circuito sempre nos

meses de julho, janeiro e fevereiro. Sem-

pre que possível, serão realizados cursos,

palestras e filmes. Já acertados para Tere-sópolis estão uma Oficina de interpreta-

ção, a cargo de Cláudio Mac Dowell, e umciclo de palestras sobre as peças emcartaz, organizado pelo próprio Domingosde Oliveira.

Jorge Dória em Escola de Mulheres Porcos Com Asas no Festival na Serra

0

Escolha seu réveillon

Tá chegando a hora de brindar as esperan-ças de um novo ano, comemorar os feitos ouafogar as mágoas desse 1985 que se acaba. Deuma maneira ou de outra, é bom entrar emclima de festa para não cair na fossa. Temréveillon de todo tipo para todos os gostos. Oshotéis mais finos da cidade cobram em dólar eoferecem as melhores ceias e as vistas maisbonitas do espetáculo que vai tomar conta daspraias cariocas. O tradicional réveillon do Pãode Açúcar, organizado pelo empresário Guilher-me Araújo, cobra um preço mais em conta (Cr$250 mil por pessoa) e em termos de ambienta-ção é imbatível. Na concorrência da última noitedo ano, o poderoso Chico Recarey abre sete deseus restaurantes para as festas de reveillon.Os preços variam de Cr$ 200 mil no Café Nice aCr$ 350 mil no Scala Rio. As opções são muitase você vai acompanhá-las no serviço que vem aseguir. Os rituais a lemanjá nas praias cariocasoferecem, grátis, uma noitada de rara beleza emagia. Copacabana reserva para os que forem àpraia espetáculos de qyeima de fogos. A partirdas 4h da manhã do dia primeiro, se ainda restarfôlego e algum dinheiro no bolso, os hotéis daorla abrem suas portas para o café da manhã.Feliz ano novo!

RÉVEILLONHOTEL MERIDIEN (Av. Atlântica 1120 — Copacabana)

Cinco ambientes do hotel se dividem em festas. OCometa Halley e o tema do carnaval que vai animar oSaláo Elysée no réveillon do Meridien. Será servidoum bufê a partir das 22h, com traje fantasia ouesporte, a 50 dólares por pessoa. Os pratos quentesterão La fricassé de Cavaquinha et Cheme aux Pleu-restes, les salmis de pintade, les pommes aux jus; ospratos frios com les aspics de langouste, le surubinfumé Citronnette, le patê de canetou en crôute óuxpistaches e mais patisseries e saladas de frutas.

No salão Saint Honoré, noite black-tie com otema Une Nuit à Collonges, Chez Paul Bocuse,regada a champagne francês, é claro. A 170 dólarespor pessoa No menu. !'ecurée de legumes au céleri efoie gras, les petits pãtés russes aux huitres elangoustines; le paupiette de cherne au sabayon à Iamandarine et au citron, e le pain de fruits aux troiscoulis

Na piscina, coquetel com canapés frios e quentese bebidas nacionais (sem whisky), a 30 dólares. Quemquiser participar do Saláo Elysée e da piscina, ganhaum desconto de 10 dólares, pagando 70 dólares.

O Café de lá Paix vai funcionar de 19h30min às 1 h

oferecendo, a 40 dólares por pessoa, o seguintemenu: Ia pargait de foie gras dans sa gelée au Porto;Le feuilleté de langouste aux perles noires; Ia cassolet-te de veau aux marilles e le biscuit glacé au whisky,sauce à Torange e mais café e petit-fours.

Na sua programação de Natal, o Meridien só teráceia no Café de Ia Paix, com o preço de 25 dólares porpessoa. No menu, Ia crème de courgettes glacée a Iamenthe fraiche; Ia poelée de St. Jacques et Crevettesau Beurre Rose; Ia suprème de dinde nataline e Iapetite büche de Noel. As bebidas serão cobradas aconsumo.

O Foyer terá na noite de 24 de dezembro, das 20hà 1h, um bufê frio e quente e mais patisseries, a 20dólares por pessoa, excluindo bebidas.

RIO OTHON PALACE HOTEL (Av. Atlântica. 3264.Tel: 255-8812). Dois reveillons foram organizadospelo Othon. No 3o andar, no Restaurante Estância, oConjunto Música Nossa animará a festa com chori-nhos, baiões e MPB. Será servido Kir Royal, Cocktailde camarão ao molho Golf e Peru Imperial recheadocom champignons ao vinho madeira. Uma garrafa dechampanha nacional para duas pessoas e, como

sobremesa, Bombe Glacée, Rabanada e Doces deNatal. No Skylab Bar, ao lado da piscina, será servidoKir Royal, Profiterolles de Camarões, Medalhões deFígado de Ganso com aipo em molho Remoulade,Surubim Defumado ao molho Reifort. Consornmé aoVinho do Porto, Sorbet ao Champanha, Filet MignonChoron, Jardiniere de Legumes e Batatas Parisiense.Sorvete de Baunilha e salada de laranja ao Benedictine,como sobremesa. No Estância, o preço, por pessoa, éde 40 dólares e no Skylab, 60 dólares mais a taxa de10% como taxa de serviço para cada um dos reveil-lons.ALÔ ALÔ (Rua Barão da Torre, 368. Tel: 521-1460 e521-1047). Música ao vivo a partir das 20h30min, como conjunto Brasil Samba Som. A ceia constará deTimbale de Lagosta Molho Rosé, Filé de Cordeiro aRichelieu com Legumes Recheados e como sobreme-sa Nougatine de Mel com Molho de Pera. Cr$ 500 milpor pessoa sendo que quatro pessoas têm direito auma Champagne M. Chandon. As reservas devemser feitas pelo telefone.HOTEL INTER-CONTINENTAL (Avenida PrefeitoMendes de Morais, 222. Tel: 322-2220). Na discotecaPapillon, o réveillon será animado pelo conjunto Café

A velha fórmula de Recarey

Este réveillon não vai ser igual aquele quepassou. Vai ser muito melhor. É o que estáprevendo um especialista no assunto: ChicoRecarey. "Está mais animado do que nos últi-mos anos. De um modo geral as pessoas estãomais eufóricas", observa. Além de um certoclima no ar, o empresário tem mais sete moti-vos para fazer uma avaliação segura — as casasque comanda e que estarão promovendo festasna virada do ano. O Un Deux Trois, Chico's Bar,Castelo da Lagoa, Scala, Asa Branca, Carinhosoe Café Nice já venderam praticamente todos osconvites. A razão da corrida à alegria, Recareyacredita ser a Nova República. "A turma estámais solta", diz.

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Recarey vai rodar pela noite

Há 25 anos, Chico Recarey passa o AnoNovo no Rio, cumprindo sempre o mesmoritual. Em seu apartamento de frente na Aveni-da Vieira Souto comemora em petit comitê —nunca mais de trinta pessoas, entre familiares eamigos. Quando rompe a meia-noite, estourauma garrafa de champanha francesa na janelaem direção ao mar, brinda e sai percorrendo ascasas que dirige. Tem uma receita para que oano que inicia seja um ano feliz: "Entrar o dia 1osorrindo. Atrai bons fluidos e espanta todos osmales . É o que ele faz desde o tempo em queseu endereço era menos nobre e ele ainda nãoostentava o título de Rei da Noite. Parece quedá certo. "Sempre sorrindo", ensina.

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com Leite e custará Cr$ 150 mil. Incluído no preço: 1/2garrafa de champagne, dois drinks e macarronada àmeia-noite. Na piscina, o réveillon terá a Banda doCanecão e a Orquestra Anselom Mazzoni tocando aovivo. Os tickets são vendidos no lobby do hotel das12h às 21 h — de segunda a sexta — e das 10h às 22h— sábado e domingo. O menu do buffet frio incluiAtum defumado, Prime rib jardineira, Terrina de peixemosaico, Mil folhas de lombinho de porco, Romuladede aipo, Peito de frango com salada roquefort, Saladade batata, tábua de queijos. No buffet quente serãoservidos Medalhão de filé com cogumelo selvagem epimentão, Salmão ao vinho branco com pepino, Jardi-neira de legumes e batatas Maxim. Sobremesas: Bolode chocolate, torta de frutas e de maçã e mil folhascom frutas da estação. Preço por pessoa: Cr$ 500 milcrianças até 10 anos pagam Cr$ 300 mil.

HOTEL COPACABANA PALACE — (Avenida Atlânti-ca, 1.702. Tel: 257-1818 — ramal 534). Dois réveillonforam organizados. Um para hóspedes que aconteceráno Restaurante da Pérgula e no Bife de Ouro, cominício marcado para 19h. Custará Cr$ 250 mil e incluiráTruta Floresta Negra, Peito de Peru Lucullus, SoufléGlacé au Grand Marnier, Café e Petirs Fours e bebidasà Ia carte. Os hóspedes participarão da festa de meia-noite ao terraço e depois serão animados pelo conjun-to Branco no Samba. E outro para o público, no GoldenRoom, Salão Nobre e Terraço do Hotel. Começará às20h e terá em seu menu: Melão Cantaloupe comLagosta, Sauce Cocktail, Melba-Tost, Oxtail Clear-Pailettes, Peru Lucullus, Sorbet de Vodka, Café, Pan-queca Berlinoise e vinhos Dom Eudes Semillion e DomEudes Merlot. Durante a madrugada serão servidosoutros pratos. Preço por pessoa Cr$ 450 mil.

HOTEL CAESAR PARK (Av. Vieira Souto, 460 —Ipanema) — O mais luxuoso hotel de Ipanema decidiuhomenagear a cultura brasileira encomendando aoartista plástico Luis Carlos Figueiredo um altar cheio deluzes e cores para receber uma imagem de lemanjá deoito metros de altura que vai ficar em frente ao hotelna areia da praia. Do restaurante Petronius, no 2oandar, a visão de lemanjá será perfeita, assim como omenu elaborado pelo chef Bertrand Bovier e suaequipe que custa Cr$ 280 mil por pessoa mais 10%. Ojantar gastronômico do Petronius começa às 20h einclui na entrada Ia fraicher du Potager de Neptune e Iapetite Marmite au Fumet d'Aguille; como 1o prato. Iadelicate Brioche de Cigale de Meret son SabayonTruffe; no intervalo, La Tasse Givree Nouvelle Cuvée;e como segundo prato le filet d'Agneau Poelé et sonmille feuilles de ris de veau e Petite Courgette à IaMouselline de Pleurotte. Na sobremesa: Ia TulipeCarmem Miranda e ainda café, chocolate com licor eChantilly.

A segunda opção tem um custo mais baixo: Cr$140 mil por pessoa, mas em compensação aconteceráno 23° andar, no restaurante Tiberius, onde o MenuSão Silvestre inclui como entrada uma Vichyssoise deSiri Malossol; Panache de Langoustine et Anguille auCoriandre frais, Steak de Veau aux deux Mélons,Tomates aux pleurottes e Musseline de Bruxelles surcroütons e para a sobremesa Petites rondes de sorbettropical acoulés de caju. Com tantas delícias, pelomenos o estômago vai entrar em 86 sem ter do quereclamar.

Quem curte comida japonesa pode encomendarno dia 31 o Osechi Ryori, prato tradicional japonêspara comemorar os três primeiros dias do ano. Elevem numa embalagem típica de madeira é compostode legumes marinados, peixes desidratados e peixesem salmoura com frutas cristalizadas e custa Cr$ 500mil, mas eqüivale a três porções. No Sushi Bar Mariko,que funciona das 18h à 1 da manhã. Reservas: Tel.287-3122.

HOTEL RIO PALACE (Av. Atlântica, 4240 — Copaca-bana) — No hotel que já hospedou Frank Sinatra, todosos príncipes árabes que chegam ao Brasil e a turmabarulhenta do Rock in Rio, o reveillon será comemora-do em três ambientes e o preço cobrado — Cr$ 1.200mil por pessoa, o mais caro do Rio — promete delíciasrestritas a uma minoria privilegiada. A festa acontecerána área das piscinas decorada especialmente parapermitir que o público desfrute simultaneamente davista da praia. O maestro Nelsinho animará o baile e àmeia-noite, depois de espocar a champagne, todosassistirão a um desfile de fantasias de luxo e famososdestaques de escola de samba.

No restaurante Atlantis a festa começa às 21 h e omenu oferece frios, saladas, pratos quentes, molhosdiversos e sobremesas. De frios: lombinho a Ia Roussi-lone, Pavão de Presunto cru e carne de Grison, Terrinade Peixe Cote D'Azur, Tainha Parisiense, Ballotine de

Coelho, Roastbeef Printanier, Salmon Fresco "Poche"ao Aneto, Paté de Pato com avelãs. Peru en Gelée,Gigot d' Agneau, Surubin defumado. Pirâmide deCamarões, seleção de queijos finos e Montanha deFrutas. De saladas: palmito, aspargus, feijão branco,frutos do mar, maionese de batata, beterraba, cenou-ras com passas, alface crespa, batata calabresa, saladade queijo, bacalhau, salada primavera etc. Pratosquentes: Medaillon de Filet aux Champgnons Sauva-gens, blanquete de Solo Printanière, Pato Montmoren-cy. Legumes da estação. Batatas noisettes e arroz deaçafrão. E os molhos: vinaigrette, golf, tártaro, maione-se, molho roquefort, molho mostrada, coboulette ecoquetel. No preço de Cr$ 1.200 mil está incluído 1/2garrafa de champagne nacional e o café da manhã nosalão Arpoador.

No Pré Catalan — restaurante do hotel — apenaso jantar custa a metade do preço — Cr$ 600 mil porpessoa. Mas a ceia, supervisionada pelo chef GastonLenotre e elaborada por Hervé Roy, reúne Folheado deLagostinhas, Linguado ao Foie Gras, sorbet de cham-pagne, Pernil de Cordeiro assado ao alho e tomilhocom legumes. De sobremesa torta de chocolate comsuspiro e no café peti-fours e trufas.

No Palace Clube, o novo clube noturno do RioPalace, acontece o Reveillon Estrelado sob a direçãode Sidney Pereira. O som tem o comando do discote-cário Beto Guimarães. O preço é Cr$ 900 mil porpessoa com direito a jantar assinado pelo chef Geovan-do e supervisionado por Luiz Walter Incao, combebidas importadas, champagne Dijon e café da ma-nhã. O must é o supershow da Escola de SambaMocidade Independente. Reservas: tel. 521-3232.

HOTEL NACIONAL (Av. Niemeyer 769 — São Conra-do) — No restaurante Céu, no 27° andar do prédio dohotel, as atrações são a belíssima vista da praia de SãoConrado e a música ao vivo, no gênero suave, durantea ceia. O menu oferece, a Cr$ 550 mil por pessoa,aperitivo da casa; les delices de surubim fume esalade nouvelleere; le germiny em tasse aux vieuxxerez; de caneton braise à l'armagnac, puree demarrons e subric aux epinards; e Ia surprise glacee st.sylvestre, além de 1/2 garrafa de champagne M.Chandon para casal. A festa começa a partir das 21 h e,depois da meia-noite, o som é de carnaval. Informa-ções para reserva mínima de quatro pessoas pelotelefone 322-1000, ramal 14.

IATE BARRACUDA — Saída na Marina da Glória às21h30min. Passeio pela Bahia de Guanabara, paradaem frente ao Meridien para ver a queima de fogos.Ceia no restaurante Samanguaiá na praia de Jurujubaem Niterói. Preço: Cr$ 1.300 mil por pessoa. Retornoàs 4 da manhã e reservas pelos telefones 231-1800 e255-2635.

BATEAU MOUCHE — O mais famoso passeio pelaBahia de Guanabara custa no réveillon 75 dólares porpessoa e sai às 21h30min,do restaurante Sol e Mar naAv. Nestor Moreira, 11. A programação é parar à meia-noite em frente ao Hotel Meridien para ver a queimade fogos. O menu é buffet frio e bebidas nacionais àvontade, além de um champagne à meia-noite. Músicaao vivo e carnaval até as 3 da manhã, quando o passeiotermina e começa 86 de volta ao Sol e Mar. Reservas:Tel.: 231-1800.

SCALA RIO (Av. Afrânio de Mello Franco, 296 —Leblon, 239-4448) — A partir das 20h a casa estaráaberta em sistema de open bar, com vinho, champa-nhe e uísque nacional à vontade. O som da festa é porconta da Orquestra do Maestro Guio de Moraes, comdireito à dança. Às 22h, a casa apresenta o espetáculoGolden Rio, com Watusi e Grande Otelo, seguido decarnaval até às 4h. A ceia, que será servida à meia-noite, terá peru defumado com salada russa, tournedorao Chicore, de sobremesa, profiteroles ao chocolate.Cada pessoa paga Cr$ 350 mil pela noitada.

UN DEUX TROIS (Av. Bartolomeu Mitre, 123 —Leblon 239-0198) — Por Cr$ 300 mil, desfruta-se deuma festa que começa às 22h, com a orquestra dacasa tocando música para dançar. O carnaval começa àmeia-noite e só termina às 4h. Serão servidos drinksnacionais, com exceção de uísque, e cada par terádireito a uma garrafa de champanhe M. Chandonincluída no preço. Na ceia, figos com presunto deparma ou medalhão de abacaxi com presunto cozido;peru assado a Grand Pierre ou medalhões de filé aPerigordini; e pêras à belle Helène ou tortas variadas.

CHICO'S BAR — (v. Epitácio Pessoa, 1560 — Lagoa,287-3516) — Música para dançar, a partir das 21 h, ecarnaval até às 4h estarão a cargo de duas orquestras.

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Guilherme Araújo coloriu o Pão de Açúcar

Pela democracia

das coresNão tem erro. Se a intenção é ir a um

festão daqueles que começam às dez danoite e terminam com a chegada do sol, apedida é o Réveillon das Cores, promovidohá quatro anos por Guilherme Araújo no Pãode Açúcar. Só a subida no bondinho já vale oengarrafamento para chegar até a PraiaVermelha. E mais a presença do Trio Elétricoda Bahia com Armandinho, Dodô e Osmar,da Bateria da Portela e de Elza Soaresgarantem a animação da festa a noite inteira.O ingresso custa Cr$ 250 mil por pessoa edá direito a um café da manhã tropical, commuitas frutas e queijos. A comida e bebidapodem ser compradas nos dois bares quefuncionam ao lado da pista de danças. Comosempre, estarão por lá muitas celebridades.Guilherme Araújo ainda não quer divulgar alista, mas garante que serão muitos osrostos conhecidos, a começar pelo estilistaClaude Montana que já garantiu sua pre-sença.

É o quarto réveillon que Guilherme pro-move no Pão de Açúcar e faz questão dedizer que é uma festa colorida: "Sou contraa ditadura do branco, porque todas as coressão importantes". O ex-empresário de GalCosta garante que o baile vai abrir "as festade verão" e acredita que para os que so-nham com um lugar aberto e com muitaanimação não podem escolher outro lugar.Para temperar a exuberância dos artistas,Guilherme convidou o futuro prefeito do Rio,Saturnino Braga, para comemorar a vitóriaeleitoral no baile e o pessoal da assessoriado PDT já garantiu a presença do político.Para Guilherme Araújo, vale a pena come-morar o final de 85 "porque viajei muito e oano foi bonito". Ele sente que a empolgaçãoesse ano será grande:

"Todos estão ansio-sos com a perspectiva de iniciar o ano docometa Halley".

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23

A ceia terá panquecas de siri. torne dor ao Chico oupato com larania, e profiteroles de chocolate ou frutasfrescas Durante a festa serào servidos vinho chileno eágua mineral à vontade, e cada grupo de quatropessoas receberá uma garrafa de champanhe M.Chandon. Tudo por Cr$ 270 mil.CARINHOSO (R Visconde de Pirajá. 22 — Ipanema.287-0302) — Começa às 21 h com música para dançare à meia-noite vira um carnaval. A ceia é composta depeito de peru com salada waldorf, medalhões de filéao pomme gratm e molho de castanhas e cassata. Noconvite, a Cr$ 270 mil. estão incluídos a ceia, vinhosChateau Chandon e água mineral.CAFÉ NICE — (Av. Rio Branco. 277 — Centro. 240-0490) A orquestra da casa começa a tocar a partir das22h. cedendo o lugar à meia noite para duas bandasque animarão o carnaval até às 4h. Haverá duasopções de convite com ceia (a Cr$ 200 mil) ou semceia. com direito a mesa (Cr$ 100 mil). Em qualquerdas opóes não estão incluídas as bebidas A ceia terámelão com presunto, peru à brasileira ou à Califórnia efrutas frescasASA BRANCA (Av Mem de Sá, 17 — Lapa. 252-4438)— Com música de orquestra para dançar, a partir das22h. e carnaval a partir da meia noite, a festa custaráCrS 300 mil por pessoa incluindo a ceia e bebidasnacionais. Antes da ceia serão servidos salgadinhos edrinks nacionais, além de uma garrafa de champanheM. Chandon para cada grupo de quatro pessoas. Nomenu: peito de peru defumado com salada russa,medalhões à Asa Branca com arroz de açafráo, equindins com fios de ovos. Para que a sorte seja maiorno Ano Novo, o Asa Branca distribuirá uvas brancas,como manda a tradição.SOL E MAR (Av. Repórter Nestor Moreira. 111 Botafogo) — Uma das mais belas paisagens do Rio é otrunfo do restaurante Sol e Mar que nesse 31 estarádecorado com flores e frutas.- num cenário bemtropical De lá, pode-se curtir o visual do Pão deAçúcar, da Enseada de Botafogo e da praia. A festacomeça às 22h e há quatro ambientes à disposiçãodos interessados Pode-se optar pelo Terraço Políné-sio, pelo Deck, o Salão Nobre ou a boate e o preço,com direito à ceia e drinks nacionais, é de CrS 300 miipor pessoa Até as 22h a orquestra toca música paradançar, mas depois da meia-noite começa um baile decarnaval.

A ceia do sol e Mar é de pratos leves e oferececomo entrada Vol-au vent de frutos do mar, peru àCalifórnia e abacaxi com sorvete de sobremesa. Cadagrupo de quatro pessoas receberá uma garrafa dechampagne para comemorar o Ano Novo. Reservaspelos telefones 295-1947 e 295-1997.EQUINOX (Prudente de Morais. 729 — Ipanema) —Jantar de gala a partir das 20h com música ao vivo. Omenu é Badejo cru marinado em ervas aromáticas.fricasse de escargot à Ia creme de Champagne.sorvete de calvados. escalopes de vitela à Thommard,soyflé glacé san Silvestre, café, chocolate e petitsfours e 1/2 garrafa de champagne por pessoa. Preço:CrS 375 mil por pessoa. Reservas: tel. 247-0580BAR CHAMPAGNE (Siqueira Campos. 225/A — Copa-cabana) — Um réveillon diferente com karaokê,serviço americano e ceia tradicional com chope, refri-gerantes, vinho e champagne à vontade. É o segundoréveillon da casa e o traje pode ser fantasia O preçopara homens é CrS 250 mil e para mulheres CrS 200mil

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Queima de fogos

Para quem não está disposto a pagar uma festaem dólares, o melhor lugar para romper a meia-noite de 31 é a Praia de Copacabana. Ali, pontual-mente às 24h. uma estrondosa queima de fogosgarante um dos espetáculos mais bonitos do ano.Há quem faça reservas em apartamentos dehotéis com vista para a praia ou arranje empresta-da a casa de um amigo na Avenida Atlântica paraapreciar melhor os ultramodernos fogos com raiolaser. Não é preciso tanto. Basta ficar no calçadãoe olhar para cima que a festa chega de graça. Osfogos sobem de três pontos da Atlântica: doCopacabana Palace Hotel, do Hotel Méridien e daChurrascaria Mariu's, no finalzinho do Leme. NoMéridien, a atração principal é a cascata coloridaque cobre toda a frente do hotel, como se fosseuma taça de champanha transbordando. Masquem rouba o show, todo ano, é a churrascariaMariu's. Ela sempre solta mais fogos que osoutros e é onde a festa dura mais tempo. Para estereveillon, a Mariu's encomendou 370 bombasdiferentes e promete desenhar o cometa Halley nocéu. Ainda sem tradição no setor, uma outrabateria de fogos estréia longe da praia. É a que vaiser solta do Pão de Açúcar, durante a festapromovida por Guilherme Araújo. É só escolher oponto de observação e deixar o ano-novo chegarde um jeito bonito. Só uma recomendação: vá apé. Qualquer sacrifício será recompensado sevocê não pegar o engarrafamento que costuma seformar na hora de voltar para casa.

Café da manhã

Hotel Inter-Continental — Na piscina superior,das 5 às 8h. Será servido Stuffed Brioche, OvosBenedictine, Mini Vol-au-vont, Stuffed Croissant,Quiche Lorrain, champagne com suco de laranja.Crianças com menos de 10 anos pagam CrS 60 mile adultos, CrS 100 mil. Reservas antecipadas pelotelefone 322-2200 Ramal 345.Hotel Sheraton — (Av. Niemeyer 121. Tel. 274-1122 Ramal 1233). A partir das cinco da manhã,será servido um buffed quente — ovos mexidos àbrasileira, mexidos com bacon e lingüiça — ebuffet frio — com presunto cru e cozido, mortade-Ia, salame,, queijo, picles de peixe e rosbife.Acompanhamento: vários tipos de pães doces esalgados, mel, marmelada, suco de laranja, man-teiga, leite, suco de maracujá e sucrilhos. CrS 70mil por pessoa.Hotel Caesar Park (Av. Veira Souto 460 — Ipane-ma) — Café da manhã — dia 1o de janeiro a partirda 4h da manhã um toque de Rio Antigo vai alegrara todos. Tanto no restaurante Tiberius como nosalão Domus Áurea (3o andar) será servido umvariado e charmoso café da manhã. Custa 80 milpor pessoa e oferece café, chá, chocolate, geléiasdivesas, mel, pães sortidos, frios, quiche lorraine,waffer's, empadinhas de palmito, bacon, presunto,lingüiça e batatas rosti. E ainda ovos a holadaise, aflorentine e a basquaise, 10 qualidades de frutasda época, doces tipicamente brasileia e sucos defrutas diversos, além de champagne.

REVEILLONS POPULARESRIOTUR — Coroação do Rei Momo — às 12h naCinelândia. BANDA DA SÁ FERREIRA — no calçadão,às 24, com 30 músicos e bonecos fantasiados.BOLA PRETA (Av. 13 de maio 13/13°) — Centro —Carnaval com a banda do Cordão do Bola Preta, das23h às 4 da manhã. Ceia simples com bebidasnacionais e champagne. Cavalheiros pagam CrS 50 mile damas CrS 10 mil e a mesa custa CrS 8 mil. No dia31, almoço carnavalesco tradicional com carne assadae talharim.

TEATRO GAFIEIRA DA PRAÇA — No anexo doTeatro Carlos Gomes, este Réveillon é organizadopela Frente Ampla (PSB, PCB e PC do B) juntamentecom o grande carnavalesco Albino Pinheiro. Os ingres-sos são baratos: CrS 80 mil por pessoa, incluindo umamesa, confete e serpetina à vontade e um pratoquente depois da meia-noite. O prato é angu à baiana,cozinhado especialmente pelo Gomes. Música ao vivocom a orquestra do Maestro Arquimedes. Ingresso àvenda na sede dos partidos ou ao lado do teatro (ruaDom Pedro I, n° 4 — sobreloja). A entrada do anexofica na Praça Tiradentes, 19.

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Existem

lugares feitos pe-Ia natureza para que osseres humanos alcan-cem o máximo de prazer

e felicidade na terra. Globetrot-ters caçadores de dolce vita con-tam estes lugares nos dedos, aoredor do mundo: Mikonos, naGrécia, Majorca, na Espanha, al-guns portos da Tailândia, SaintTropez, na França — e Búzios, umpontão que se projeta quatro qui-lômetros para dentro do mar nolitoral do Estado do Rio. Búzios éuma terra de contradições. Dapaisagem natural mais singela aomáximo de sofisticação urbana,da paixão à rejeição, da liberação àrepressão, do vento à calmaria.Mas há muito mais sobre Búzios.Os poucos terrenos ainda disponí-veis são vendidos por milhares dedólares, casebres de pescadoressão alugados por milhões de cru-zeiros — tudo isso para que sepossa desfrutar da mística deuma estranha energia que possuios visitantes, das lendas sobre asmulheres bonitas que andarampor ali — Margot Fonteyn, BrigitteBardot e Angela Diniz são algu-mas delas — das histórias defantasmas que só os pescadoresvêem e de 17 praias que são maisfaladas em várias capitais estran-geiras do que qualquer outro pon-to do litoral brasileiro.

Búzios já começa a acontecerna Rodovia Amaral Peixoto, queleva do Rio até São Pedro daAldeia, onde se entra por umtrevo que aponta na direção deMacaé. O percurso passa por umvasto campo onde grandes torresda Embratel captam sinais de sa-télites vindos do céu, e às vezesum arco-íris corta o horizonteaberto na direção do norte. Namedida em que se avança nos180 quilômetros que separam oRio de Búzios, o sol começa aganhar um brilho platinado, quevai explodir mais tarde. A expio-são se dá em Búzios, e essaintensidade solar é um dos princi-pais elementos do famoso "astral

diferente" do local, que é atribuí-do pelos habitantes à natureza, àspessoas ou à arquitetura, mas que

deve ser levado em conta. É preci-so tomar cuidado para não "pirar'

em Búzios, tão forte é essaenergia.

Não é para menos: os 96 km2do lugarejo — que é apenas oterceiro distrito de Cabo Frio —surpreendem praticamente a cadacentímetro. Búzios oferece umroteiro turístico que não pode — enão deve — ser degustado empouco tempo. A cada passo quese dá surge uma praia nova, eesta praia está acoplada a umaoutra menor que recebe comonome o diminutivo da anterior.Assim, a praia de João Fernandesse liga à de João Fernandinho, apraia da Tartaruga à da Tartarugui-nha, a Azeda à Azedinha, a Ferra-dura tem como contraponto a Fer-radurinha. Cada um destes pontosdá um show particular de natu-reza.

As mulheres de Búzios sãoum show à parte. Elas competemcom a beleza da paisagem circun-dante e às vezes vencem. Geral-mente, usam apenas uma cami-seta "esperta" sobre uma tangadescuidada e tiram a camisetacom freqüência a cada praia quecorrem. São poetisas, advogadas,arquitetas, fotógrafas, milionáriase pescadoras. Uma delas foi Bri-gitte Bardot, que projetou Búziospara o mundo. Brigitte andou porali, em 1964, com seu namoradoda época, o marroquino Bob Zagu-ry (foi a Búzios duas vezes nomesmo ano), e só não conseguiufazer o que se propunha: descan-sar de uma surmenage.

Ter visto Brigitte é hoje umdos maiores símbolos de statusem Búzios. Ivan Francisco Porto,vulgo "Volnei Muchacho", donodo Barbado, um popular restau-rante próximo à praia de Geribá,tinha apenas 13 anos quando omito andou por lá: "Ela ficava nuana praia, completamente à vonta-de, e não ligava a mínima quandoos moradores da terra se aproxi-mavam dela. Mas quando os re-pórteres apareciam — o que erafreqüente — ela saía correndo evestia uma roupa." O que Brigitteescondeu dos repórteres ainda'

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Praia do Canto

Um lugar onde

o verão não acaba

Antônio José MendesFotos de Lewy Moraes/F4

Búzios tem dezessete praias,

mulheres bonitas, choupanas

e a sofisticação de Ipanema

Praia de Joao Fernandinho

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Praia de João Fernandinho

Praia da Ferradurinha

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Jacaré garante que 0 Fantasma existe

24

Os buzianos adoram os visitantes, mas não

gostam do "turistão",

que trata a terra como

se fosse objeto descartável.

brilha nos olhos de Volnei, masnão é uma memória entusiásticapara outros. Otávio Raja Gabaglia,arquiteto e vereador local, foi ou-tra testemunha da nudez da estre-Ia francesa: "De tanga, na praiade Ipanema, Brigitte nâo chamariaa atenção de ninguém", recorda.

Mas talvez haja algum ressen-timento nas palavras de Otávio.Afinal, La Bardot projetou para omundo o que era um paraíso ex-clusivo de poucos, e depois delaBúzios nunca foi a mesma. Emmenos de 20 anos, o local, queera uma simples aldeia de pesca-dores transformou-se em Ipane-ma, se Ipanema não fosse poluídae não tivesse edifícios. O centrode Búzios, a Armação, parece ho-je uma montagem em estúdio deum bairro sofisticado do Rio, etem filiais de butiques cariocascomo Oliver, Company, Blu — 4,Benetton, Mackeen, Blue Man ebutiques locais como Gaivota,Abracadabra e Mago de Oz, alémde estabelecimentos como Mis-ter Pizza e Sorveteria Babuska.

Mas a "muvuca" fica restritaà Armação. Não muito distantedali, na praia da Lagoinha, a natu-reza está intacta. Pode-se ver osol se pôr de um lado e ter aomesmo tempo a visão da lua nas-cendo do lado oposto, observardezenas de estrelas cadentes cor-tando a noite, boiar em piscinasnaturais na rocha entre cardumesde peixinhos presos pela maré.Uma lenda com sabor alucinóge-no diz que na Lagoinha, em noitesde lua cheia, o mar se abre e épossível ver o centro da terra, eentão compreender em um se-gundo o passado e o futuro doplaneta.

O nome completo do distritoé Armação de Búzios, com umapopulação fixa de 12 mil pessoas,na baixa estação e de 50 milpessoas nos meses de pique tu-

rístico. "Armação" é referente aantigos estaleiros de barcos quepescavam baleias (elas ainda sãofreqüentes nas águas frias da re-gião) e "Búzios" diz respeito àsconchas em que os pescadoressopravam no passado, provocan-do um apito que anunciava seuspescados. Os primeiros habitan-tes foram os índios Tamoios (mui-tos sambaquis — cemitérios indí-genas — foram encontrados naregião), seguidos por piratas, prin-cipalmente franceses, para osquais as múltiplas enseadas deBúzios eram um refúgio perfeitopara o tráfico de pau-brasil. Obvia-mente, os portugueses queocupavam as regiões vizinhas nãogostaram nada dessa aliança en-tre tamoios e franceses, e passa-ram todos a fio de espada emuma praia que, a partir de então,recebeu o nome fatídico de Praiados Ossos. No dia 30 de dezem-bro de 1976, um outro crime foicometido ali.

"A calma da aldeia/Num infer-no se transformou/Depois queDoca Street/Para cá se mudou",diz um samba-enredo do Bloco deGeribá. Visitar a casa em queAngela Diniz foi assassinada, naPraia dos Ossos, é hoje um mustpara os ônibus que levam turistasa Búzios. Os visitantes apontam efotografam a casa, para constran-gimento de pedreiros que fazemmais uma das muitas reformasque ela já sofreu. Uma histórialocal diz que uma senhora alugouuma casa na Praia dos Ossos.Uma vez instalada, chegou até ajanela e perguntou a um pescadorque passava:

"Qual a casa emque Angela Diniz morreu?"

— É essa em que a senhoraestá — respondeu o pescador.Minutos depois, a mulher foi vistacorrendo porta afora, apavorada,carregando todas as suas malas.

Ter conhecido Angela, privado

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Igamão, até na praia, é um jogo típico de Búzios

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de sua intimidade, é hoje umassunto tão importante para osbuzianos quanto ter conhecidoBrigitte. Há testemunhas que sa-bem descrever o crime com deta-lhes, ou que foram os primeiros atentar socorrê-la, ou levaram seucorpo para Cabo Frio, mas nin-

guém gosta de identificar-se.

Fantasmas são uma ocorrên-cia normal em Búzios, como emqualquer lugarejo litorâneo habita-do por pescadores. Uivos huma-nos podem ser ouvidos à noite na

praia da Lagoinha, e na Praia Bra-va há um local em que os pesca-dores que morreram afogados sereúnem para dançar. Aliás, o ter-ceiro mito local, depois de Brigittee de Ângela, é O Fantasma, umgigantesco peixe não catalogadopelos manuais de ictiologia, quepôs Búzios nas primeiras páginasdos jornais há alguns anos. "O

Fantasma tem 15 metros de com-primento, e estes peixes andamsempre em grupos de cinco", dizJacaré, um tradicional pescadorde Búzios. "A cara dele parece ade um sapo". Volnei, tambémpescador desde criança, já se de-parou também com o peixe:

"A

gente se deita no fundo do barcoe não olha, de tanto medo." Noentanto, para Marcelo Lartigne,um dos editores de o Peru Mo-lhado — "O maior Jornal de Bú-zios" (e único) — o Fantasma foiapenas um bem pregado truquepublicitário. Só que os pescadoresnão dão o braço a torcer: "Existe,

tem cor cinza e manchas negrasnas costas", diz seu Anastácio,um dos pescadores mais respeita-dos do local.

Nicolau Neiotti, 34 anos, pin-tor e escutor, é um dos artistasplásticos mais populares de Bú-zios. Ele tem um amor especialpelas flores e, quando se apaixonapor uma mulher da terra, faz umcaminho de flores até a porta de

A atriz Maria Zilda tentou fugir de Búzios mas está de volta, "fazendo as pazes"

sua casa. Assim, quando uma mu-lher de Búzios chega em casa e sedepara com um bem-feito arranjode flores, sabe que Nicolau este-ve ali e que ele está apaixonado.Mas o amor de Nicolau pelasflores vai mais longe. Ele as co-me: "Nunca

passo mal. Pelo con-trário, elas me dão um grandebem-estar."

0 entusiasmo é compreensí-vel: buganvílias azuis, vermelhas,rosas, amarelas, brancas, roxas elilases cobrem Búzios em todasas direções, ao lado de ibiscos epapoulas, bromélias, cactus quedão flores, geribás (um tipo depalmeira da região), cajás-mirins,pitangueiras, arueiras e centenasde carnarinas. Fragatas (grandesgaivotas) voam nos céus sobrepássaros menores como beija-flores, piassocas e sabiás-da-praia. Nos brejos do interior deBúzios há perdizes, preás, gan-sos, frangos dágua — e às vezesjacarés ainda são encontrados porali. Há poucos metros desse cená-rio, no mar, grandes tartarugasainda se arriscam a esticar o longopescoço para fora dágua, como sefosse um periscópio. Búzios aindaé maravilhosa, e essa contradiçãoentre o máximo de sofisticaçãourbana e o que existe le maisbelo em exuberância natural apon-ta numa terceira direção: a possi-bilidade de convivência entre aocupação humana e o meio-ambiente.

Mas nem tudo são- flores:montes de lixo se amontoam emcada esquina de Búzios (o lixo é

jogado na rua pelos moradores). Aágua é um artigo raro, e emboraos moradores paguem taxas altís-simas, precisam brigar pela possedo líquido, entregue por cami-nhões-pipa. Grandes Monza eSantana-CD de turistas abastadose completamente embriagadoscortam a toda velocidade ruasonde famílias de pescadores ca-

minham tão displicentemente co-mo se ainda morassem na Aldeiada Armação de Búzios. O choqueé inevitável, e o número de atro-pelamentos aumenta a cada ano,o que se agrava com o fato deBúzios ter apenas um posto desaúde onde o único médico dacidade é raramente encontrado(pouca gente sabe que ele moraperto do posto, e pode ser chama-do em casa).

0 problema do lixo pareceestar prestes a ser resolvido: osfeios e malcheirosos monturosque entristecem os visitantes de-vem ser resolvidos por um contra-to entre a administração local eum programa de assistência técni-ca da Universidade Federal Flumi-nense, que aplicará um plano decoleta seletiva e reciclagem delixo em áreas piloto. A renda trazi-da com o aproveitamento do lixodeverá ser aplicada no posto desaúde.

No vocabulário buziano, as ex-pressões

"da terra", "veranista","turista" e "turistão" têm signifi-cados bem específicos. O "turis-

tão" é o forasteiro predador quetrata a terra que visita como umobjeto descartável, e é muito malvisto pelos locais. O "turista",

capaz de apreciar e se comovercom a hospitalidade oferecida, ébem-vindo, gaste ele cruzeiros,dólares, pesos, francos ou ienes.O "veranista" é freqüentador as-síduo que tem casa em Búzios ousempre dá um jeito de "descolar"

uma. "Da terra" são os pescado-res (que ainda resistem em suasbelas aldeiolas, como a de Geribá)e alguns cidadãos que, por ummotivo ou outro, conquistaram otítulo. Quando um pescador põe amão no ombro de um visitantefixo e diz — "este é da terra" — oato eqüivale à outorga de umtítulo de cidadania, e o agraciadopraticamente levita de tanta felici-dade.

Os forasteiros começaram ase interessar por Búzios no iníciodo século: primeiro os Hanold,depois os Sampaio e em seguidauma restrita e selecionada lista deocupantes. Eles mantiveram umdiscreto controle sobre o tesouroque descobriram. 0 mais amadoentre estes pioneiros, sem dúvi-da, é José Bento Ribeiro Dantas,o presidente da Cruzeiro do Sulfalecido em 1969. Praticamentecom as próprias mãos, ele cons-truiu a estrada que, hoje, asfalta-da, permite um acesso fácil aBúzios (evitando-se o terrível ca-minho por Cabo Frio), o cais daArmação e uma escola em Man-guinhos. Hoje seu nome identificaa principal rua de Búzios e suaesposa. Dona Eudóxia, tem recor-dações preciosas:

"Margot Fon-teyn visitou nossa casa em Man-guinhos. Ela encantou-se com opiso de pedra de São Tomé, dasala de visitas — "nunca vi umchão tão bom para dançar" —disse". Subitamente, a músicamágica e silenciosa de Búzios ins-pirou dame Fonteyn, e dona Eu-dóxia pôde assistir a um baléparticular. Ela também lembra otempo em que os embaixadoresestrangeiros chegavam ao Rio e,antes de qualquer solenidade,eram levados para Búzios. "It's

impossible, pas possible co-mentavam sobre as colinas queentão eram cobertas por uma rei-va fina e lírios.

Uma longa lista de nomes,como os Pacheco Jordão, Figueirade Mello e Laporte está ligada aBúzios, mas o herdeiro de BentoRibeiro Dantas no coração dosbuzianos é Otávio Ra|a-GabagliaArquiteto e político, ele é autor deuma lei que limitou em dois anda-res o gabarito das construções nolocal _ e estancou a especulaçãoimobiliária vertical. Otávio tam- ,bém é autor de mais de 300 v

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projetos arquitetônicos na região.Búzios, aliás, é um paraíso

para arquitetos. Outra "craque"no assunto, a arquiteta e urbanistaGardênia de Amorim (mais de 20casas e condomínios construídospor lá), diz: "Se tivesse que esco-lher qual é a casa mais bonita deBúzios, ficaria com 50". E é verda-de. Existe um estilo arquitetônicocaracterístico de Búzios e é comose lá todos tivessem resolvidoentrar em harmonia com a belezanatural: mora-se bem, sem es-conder a paisagem.

A terra é perfeita tambémpara artistas. Estão lá Mudinho,um dos mais respeitados esculto-res fluminenses, com suas tristesimagens de pescadores queolham apreensivos para o mar. Apoetisa Glória Horta, que se apai-xonou por uma praia ("Geribá tempôr-do-sol vermelho cintilante,/que não morre entre os edifícios./Geribá tem lua que a gente conti-nua vendo, mesmo depois dacurva"). Artesãos como David Be-naman que antes morava emMauá ("mudei de uma maravilhapara outra maravilha") e comoLula. Músicos com WanderleyChagas, que trabalhava com Fer-nando Brandt e já teve uma filialdo Clube da Esquina em Búzios.Fotógrafos como Ana Richard eSérgio Quissak, que ofereceram aBúzios marcantes imagens dosbuzianos, sua paisagem e seusmares e barcos no último dia 14.O ceramista Alfredo Rainho, umdiplomata que se aposentou domundo e abraçou Búzios (ondemantém um estúdio, o Keramion),e mais uma lista tão grande quan-to as possibilidades que Búziostêm para inspirar artistas.

Ir a Búzios na "Armação" é

um esporte freqüentemente prati-cado por jovens cariocas. LuísAntônio Alves, 24 anos, por exem-pio, estava na praia do Leme umsábado de manhã com todas assuas economias: 30 "barões".Luís "armou": "descolou"

umacarona com um amigo na praia eduas horas depois estava na praiade Geribá em Búzios. Lá, encon-trou um amigo que tem uma casaem Manguinhos, e garantiu a hos-pedagem. Ele sabe onde existem

rangos baratos (os famososPF's), e comeu bem até voltarpara o Rio, no domingo à noite,com o mesmo calção com quesaiu da praia do Leme, no sábado.O segredo para se dar tão bem:"Respeitar

o pessoal da terra.Eles são as pessoas mais maravi-lhosas do mundo." "Arma-se"

àvontade em Búzios. Há quem en-tre numa casa para pedir umatoalha emprestada e fique moran-do lá por três semanas. Mas nemtodos agem como Luís Antônio.Lilian Cláudia Alcântara, 37 anos,advogada, tem uma encantadoracasinha de pescador em Geribá.Acordou uma manhã de domingo

e deu de cara com um automóvelestacionado em seu jardim, e to-das as flores que cultivara pacien-temente durante anos destruídas.Também em Geribá, um garoti-nho da terra acordou e viu um jipeentre seus brinquedos, dentro deseu quarto. Só que o jipe era deverdade, e o garotinho estavamuito machucado.

Na praia Azedinha existe umbanco feitos de pedras como sefosse um monumento druida, sobuma alta árvore. Foi feito paraassistir ao pôr do sol. Quandoencosta nas montanhas ao fundoda paisagem, por um momento, osol se assemelha à cratera de umimenso vulcão, e é como se ocentro da terra pudesse ser entãovisto em todo seu esplendor in-candescente. Búzios arde quasetodas as tardes em todas as suas17 praias, e esse espetáculo serepete nas manhãs. A brisa per-manente e o brilho diferente dosol entontecem as pessoas, eessa lassidão saudável convida aoamor. A colunável Noelza Guima-rães é capaz de traçar um roteiroamoroso para as praias de Búzios("Geribá é para a paquera; depoisse pega o carro ...") e o bailarinoLennie Dale arregala os olhos:"Búzios é o único lugar onde sepode ficar sozinho numa praia aténo réveillon e no carnaval", mara-vilha-se. Já a atriz Maria Zilda, quese havia afastado de lá por causada invasão de turistas dos últimosanos, está de novo na área comseu morey boogey e seu pé depato.

"Estou de volta numa boa,fazendo as pazes", diz ela.

Talvez não haja mais salvaçãopara Búzios, embora a terra resis-ta bravamente. Casas alugadaspor 12 mil dólares durante umasemana, terrenos pequenos quecustam 80 mil dólares, choupanasde pescadores alugadas por Cr$ 2milhões por poucos dias, a cervejavendida por Cr$ 10 mil e a Coca-Cola a Cr$ 5 mil, junto à faltad'água e a precariedade dos trans-portes (não há linhas de ônibusque liguem Búzios diretamente aoRio), tudo isso contraditoriamen-te, tem protegido a cidade, evitan-do que ela se torne uma enormeCabo Frio. Mas os feios condomí-nios com ranço de "milagre

brasi-leiro mostram que a especulaçãoimobiliária está à espreita da terra,e para muitos a única soluçãoseria o tombamento de toda Bú-zios.

Só em outro plano aparecealguma esperança de preserva-ção: alguns dos muitos pastoresprotestantes locais — geralmenteapocalípticos — dizem que o ven-to bate tão forte por lá, em todasas direções (os ventos chegam aalcançar 50 km/h na região) quetodas as coisas más acabam sen-do varridas da terra, que acabasempre limpa de novo. " Búziostem salvação ",

garantem eles.

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Comer bem em Búzios

Talvez porque os primeirosinvasores de Búzios tenham sidoos piratas franceses, comer bemé uma tradição local. Agora, osfranceses estão de volta, e o lugarda moda é o La Nuance, no centroda cidade, cujo dono, FrançoisLamouellic, é um ex-mergulhadorque em 1981 morava numa lan-cha velha na Marina da Glória.Servindo drinques e peixes nabrasa ao lado de sua mulher Vivia-ne, François não quer outra vida:"Só em Búzios e em Saint-Tropezposso usar colares, brincos e rou-pas extravagantes. As cabeçassão mais abertas, diferentes."François abre garrafas de champa-nha com golpes de uma velhaespada, e seu filho Gael consegueser mais criativo nas roupas que opai — (embora não aceite compa-rações com Boy George) — e éuma atração na pista de dança doLa Nuance.

Os gatos e gatas ficaram para-lisados quando o grupo Queenentrou no Chez Michou, uma crê-

perie que exerce fascínio sobre afaixa de 20 a 30 anos. Há umamesa de pingue-pongue em fren-te à porta, telão, som ao vivo e asimpatia dos sócios-proprietários,dois argentinos e três belgas. Naalta temporada, eles chegam aatender mil pessoas por noite, e a"azaração" corre solta entre den-tadas em 25 tipos de panquecas.O Chez Michou mantém-se namoda há três verões — um prodí-gio na rotatividade dos pontos deatração em Búzios — e os proprie-tários, eles mesmos, apresentamshows de mágica, charleston ecan-can.

O Satiricon e o Le Stregheservem comida italiana de boaqualidade, enquanto Eduardo Lei-te transformou sua loja de decora-ção no Ponto Chinês, um restau-rante que já foi dica da revistaamericana Town & Country. Oforte são camarões empanados, ea chefe de cozinha é chinesa. Paracomida portuguesa há o Lisboa

No Chez Michou, jogos e "azaração

Antiga. E o Maia, um dos maisantigos restaurantes de Búzios,especializa-se em pizzas. Quemquiser beber e curtir joguinhos depôquer pode ir ao Royal FlushClub, que também tem música aovivo e vídeos. A lista é grande:Fernando's Point (feijoada), Res-taurante das Maitacas e ChevalBlanc (comida francesa), Lobiso-mem (comida japonesa), Barbari-dade (lagostas) e muitos outros,

porque nadar nas 17 praias deBúzios abre o apetite. P|ara delicio-sos e baratos PF's de peixe, há oBarbado (em Geribá), o Sobradi-nho e o Gostinho Natural. Todosestes restaurantes, como as de-zenas de pousadas de Búzios,respeitam o estilo arquitetônicolocal: alvenaria, madeira lavrada,muitos vidros e telhas antigas,muitas delas moldadas sobre acoxa de escravos®

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Oalto-verão

começa com uma história d© férias filmada sob os spots do Sol. Um week-end na praia que tem o

corpo como destaque principal. As formas se insinuam sob os tecidos leves ou nas linhas ajustadas. Mas sem

desconfortes A moda dispensa as modelagens complicadas e adota peças básicas como bermudas, cangas e

camisetas. As cores vibram. O branco total anuncia o momento dos bronzeados. Ao lado, sobre a tela azul do

verão, surge uma beleza de cinema. O vestido com franjas tipo xale oferece um jeito novo de se mostrar as pernas.

Dépèche. A temporada vive o ritmo das paixões pelo exotismo. Um clima africano no cabelo preso com lenço da

Fiorucci. Em prata trabalhada, as argolas completam o visual de sensualidade. Marco Sabino. Acima, ares de western

no chapéu de panamá. Mr. Wonderful. Macacão, La Bagagerie.

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Depois do Sol, o contato suave damalha sobre a pele queimada. Asformas gráficas e o branco destacamo bronzeado perfeito. Descontraçãototal nos enrolados e amarrados quemodelam a roupa com jeito pessoal.As flores perdem os tons suaves daprimavera, ganhando vida nas coresvibrantes. Acima, top de malha, LaBagagerie. Canga, Water-Proof. Pulsei-ra, Sheila Casali.

Um verão feito de contrastes. O pretocomo base, iluminado pelas coresfortes. Â esquerda, a camiseta inspi-rada na dos alterofilistas. La Bagage-rie. Os sutiãs tipo cortina são umaconstante, mas as calças variam. Amodelagem em forma de V é a maisatual. Blue Man.

A caipirinha do fim de tarde é funda-mental. A seda vem emprestar sen-sualidade sofisticada às férias. Aolado, a blusa recebe toques nostálgi-cos na gola alta e na cava bem recor-tada. A bermuda estampada vem re-presentar o grande modismo da tem-porada, sobretudo com estampariagrande. Fiorucci n>

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usos e costumes

0 requinte da camurça. Elle et Lui. Conjunto, La Bagagerie

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A viagem da moda

Não

há desculpas para se viajar sem o charme de uma

griffe. Nos lançamentos para o verão, um comporta-mento comum entre as etiquetas mais exclusivas é a

presença de sacolas e valises que acompanham as tendênciasdo prêt-à-porter. A variedade é imensa e, em todas, a presençado novo. Os florais aparecem em valises de lona comum ou

plastificada. Para as românticas, os tons pastéis. Quem preferea rigidez das listras pode optar por finas ou largas. Emlinguagem jovem os sacos são de plástico florescente e asmochilas recebem estamparia pós-moderna. Para quem prefereo clássico, há o couro e a camurça. É apenas uma questão de

estilo, porque em todos os modelos e tipos existe o mesmo

gosto pela sofisticação. Nas fotos, Carla Barros, com bijoux deAlfredo Grosso.

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Sem improvisos, porque o momento é de viagens. É bom ter omaterial separado, pronto para partir. Coisas práticas que cabemem qualquer sacola. Acessórios e novidades para se curtir o solsem surpresas e garantir um bom fim de semana.

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34

BÚZIOS DOS ANOS 90

Não sou afeito a escrever cartas a reda-ções, mas a matéria de capa da edição do dia 8de dezembro (O arquipélago das maravilhas)me leva a fazer algumas considerações sobre otema, já que, nos últimos tempos, tenho optadopor fins de semana em Itacuruçá, diante dapoluição existencial de Ipanema e a distânciaque me separa de Paraty. Entre problemas eabsurdos que cercam a vida e o turismo na Baíade Sepetiba, um deles reside no fato de a Ilhade Itacuruçá pertencer a dois municípios: meta-de dela é de Itaguaí, o resto de Mangaratiba, oque complica administrá-la a contento. Alémdisso, permitem construções inacreditáveis, co-mo um alto e modernoso prédio de apartamen-tos (coisa antiga, aliás) que agride a paisagemde Itacuruçá que fica no continente. A sorte deItacuruçá é que o distrito está encravado entre omar e a montanha, numa espécie de Urca, oque bloqueia maiores arroubos imobiliários, co-mo os que liquidaram Muriqui.

Se eu fosse o Marinho de Azevedo, fazia oServiço de Tombamento do Estado proibir quese mexa na cidadezinha de Itacuruçá, templokitsch de nossas construções suburbanas —verdadeiro marco da arquitetura dita cafona,mas um belo exemplo da cultura carioca.

A reportagem, por outro lado, se esquecede mencionar o late Clube de Itacuruçá: é osegundo maior da América Latina e o maior daAmérica do Sul em número de embarcaçõesabrigadas, oferecendo uma infra-estrutura rarapara quem tem barco e depende dele para olazer ou para ir até sua casa nas ilhas. Não sefalou também no Betinho, um restaurante maisfolclórico que o Cândido. O Betinho fica emCoroa Grande e tem um sururu de comerrezando. Ficou esquecida também a cozinha doHotel Charles, a mesma do Le Mazot e doChalet Suisse: o dono do hotel é o bom René,um dos reis da noite carioca nos anos 60,quando o seu Kilt Club era rival do Black Horse edo Jirau.

Já no capítulo dos transportes, Coroa Gran-de, Itacuruçá, Ibicuí, Muriqui. Praia Grande,Mangaratiba podiam ser hoje cidades-dormitório da classe média carioca e mesmo daalta classe média, se o ramal de Mangaratibanão tivesse sido desativado. Imagine morar naBaía de Sepetiba e ir trabalhar no Rio, de trem,no conforto de uma litorina com ar condiciona-do, sem ter de andar de carro, fazendo acorrespondance para o metrô na estação daCentral do Brasil. Tudo em apenas uma hora epouco de viagem. Bom, mas isso é querersonhar demais e achar que a gente trabalha naQuinta Avenida e mora em Huntington, LongIsland, vizinho da Yoko Ono, do Eddie Murphy eBilly Joel.

No mais, a matéria de Domingo dividirácomigo a responsabilidade pela transformaçãode Itacuruçá e a Baía de Sepetiba na Búzios dosanos 90. Um forte abraço do Carlos Leonam,Rio de Janeiro, RJ.

FÃ DE PEREIRA PASSOS

Lendo um antigo número da revista Domin-go deparei com um artigo (Prefeito de facha-

¦da) que não posso me furtar de contestar.Embora não me agradem as polêmicas e nãohaja recebido qualquer procuração de parte dafamília de Pereira Passos (nem os conheço) oude quem quer que seja, não pude ficar alheioaos absurdos constantes da reportagem publi-cada na edição de 1o de dezembro último,abordando uma "pesquisa" efetuada pela SraGiovanna Rosso Del Brenna. Faço-o para reba-ter e esclarecer os erros e inverdades apregoa-dos pela referida senhora, a fim de que ospossíveis leitores não familiarizados com aHistória desta Cidade, ex-maravilhosa, venhama ter uma idéia errônea dos seus vultos maio-res. Custa-me crer que uma arquiteta (consta-me que o seja pelo cargo que ocupa) possa terfeito afirmativas tão facciosas e negativas con-tra um homem que não pode se defender porestar morto, mas cuja obra permanece bemviva e atual.

Francisco Pereira Passos, juntamente comOswaldo Cruz e uma equipe de alto gabarito, daqual participou Paulo de Frontin, livraram o Riode Janeiro, em tempo recorde, não somente dafebre amarela, mas também das pestes bubôni-ca, varíola e cólera, que dizimavam a população.A Sra Giovanna, provavelmente em sua primei-ra geração no Brasil, parece não ter tido aoportunidade de qualquer contato com pessoasque viveram a época, baseando-se tão-somenteem publicações especializadas em crítica hu-morística, como as há ainda hoje. A Sra Giovan-na demonstra uma revolta contra a engenhariabrasileira e parece querer se promover dene-grindo a imagem de pessoas de valor, tão rarasnos dias que correm.

Para ilustrar, cito apenas alguns dos erroscometidos pela Sra Giovanna que me ocorremno momento:

Pereira Passos não era político e portan-to nunca procurou se eleger e muito menos sereeleger. Ele tinha seu escritório de engenhariae através dele ganhava muito mais do quecomo prefeito, cargo para o qual foi nomeadocom a finalidade precípua de consertar e atuali1zar o Rio de Janeiro, o que fez com grandeeficiência;

Todos os desalojados pelas demoliçõesforam devidamente indenizados, não tendo ha-vido necessidade de um só recurso à Justiça:

Antes da sua gestão, os navios estran-geiros recusavam aportar no Rio, primeiro peloperigo de contágio das inúmeras doenças quegrassavam na cidade e cujo principal redutoeram os cortiços e pardieiros do centro dacidade, a maioria dos quais não dispunha deágua corrente e de outras facilidades de higie-ne, e, segundo, pela inadequação do porto parareceber navios modernos e de maior calado:

As favelas do Rio tiveram origem após aguerra contra o Paraguai, quando do regressodos combatentes, escravos libertados e outrosdesmobilizados sem condições financeiras, quelutaram em lugar dos mais abastados, como eraa regra na época, situação agravada pela dívidaadquirida pelo Brasil com a Inglaterra pelaguerra em que se meteu para defender osinteresses desta ultima. A proliferação dasfavelas ocorreu mais tarde, com o regresso dosexpedicionários da Guerra dos Canudos, oca-sião em que surgiu a denominação de "favela"

Posteriormente, o problema piorou com a gran-de migração interna e a queda vertiginosa dopoder aquisitivo da população. Portanto, nadatem a ver com a excelente obra de saneamentoda cidade executada por P.P;

Eu poderia continuar enumerando mais fa-lhas na tal pesquisa, mas convém não mealongar mais. Aguardarei a próxima exposiçãoda Sra Giovanna ou de outro/a pesquisadorfantástico/a, que provavelmente será uma tesea favor da revolta da vacina (alguns jornais daépoca eram radicalmente contra a vacina, comcríticas veementes a esse outro grande brasilei-ro que foi Oswaldo Cruz). Benny Lavrador,Teresópolis, RJ.

BOAS FESTAS

Domingo agradece e retribui os votos deBoas Festas que recebeu nas últimas semanas:Churrascaria Palace, Comunicação Contempo-rânea, José Castello, Trinca — Assessoria Divul-gação Imprensa, Polygram/Barclay, Promo-show, Ragtime Decorações, AC&M — Asses-soria de Comunicação e Marketing, Luiz Henri-que Lima, Rogério Reis, Vila Romana, EditoraNova Fronteira, TAP — Air Portugal, NovaidéiaPlanejamento e Comunicação, Riotur, Magno eSimone Maranhão, Copacabana Palace, Odeon,Consulado Geral dos Estados Unidos, Associa-ção Brasileira de Entidades de PlanejamentoFamiliar, Pão de Açúcar Turismo e Teleférico.

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Dias de sorte e vantagens, estabilidadenos negócios e tranqüilidade profissio-nal. Um quadro muito romântico para asemana. Boa influência para a família.Risco de problemas físicos.

São boas as influências sobre suas finan-

ças e negócios. Mesmo assim, aja comcuidado no trabalho. Controle seu gênio.Não exagere suas reações. Saúde em

período instável.

Risco de pequenos problemas com gas-tos inesperados. Vantagens no trabalhoe negócios próprios. Evite viagens. Mu-danças em seus sentimentos. Esperan-

ças concretizadas. Saúde irregular.

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Tchau!

Pois

é, acabou o Ano Inter-nacional da Juventude. Fi-quei quase paranóico de-

pois de tanta falação e mesmoassim uma questão não me sai dacabeça: o que é um jovem? ejuventude? Será uma idade, umestado de espírito, uma marca decigarro, a língua da TV Globo? Osociólogo cita a pesquisa, o car-deal abençoa, o rock atravessa asruas da cidade. Na beira do Tietê,a juventude janista.

Há, certamente, algumas evi-dências: jovem presta serviço mi-litar, serve para trabalhar em ban-co, tomar líquidos-cola e — é claroque você já notou — principal-mente para se tagarelar a respei-to. Ele é tratado antes de maisnada como uma coisa, um objetoque desperta curiosidade e preo-cupação. Querem apalpá-lo, que-rem compreendê-lo, com a me-lhor das razões: trata-se do futuroda nação. Resta saber se o futuroda nação sou eu, você, ou a rapa-ziada do morro do Juramento.

Em todo caso, já que falamtanto, poderiam nos deixar falarum pouco também, não é mes-mo? Vamos trocar uma idéia so-bre a reformulação do Código Na-cional de Comunicações, permis-são para abertura de estações deTV em UHF, liberação da FM pararádios locais e independentes —ou os latifúndios eletrônicos tam-bém não estão sujeitos à reformaagrária? Por que não acabar comtodas as formas de censura —oficiais ou enrustidas — pratica-das na Nova República? A descri-minilização da maconha vai conti-

as cobras

nuar sendo adiada por quantotempo? E a galera que está nosufoco, as medíocres perspecti-vas de vida, o empurra-empurrapra se dar bem? Continuamosbarrados no baile das decisões eos convidados, cinicamente, pas-sam o tempo comentando a nos-sa "falta de participação".

Se o Ano Internacional da Ju-ventude pretendia chamar aten-ção para os "problemas dos jo-vens", definindo como tal todosos indivíduos de uma certa faixaetária, aqui no Brasil isso acabounum gordo sanduíche de clichês,recheado de proclamações contratudo o que pode(ria) perturbar atrajetória "normal" da juventudebrasileira. Falou-se muito em dro-gas, degradação dos valores, im-portância da família, etc. etc. Foiuma ótima oportunidade para re-portagens tipo "Como os jovenstransam o sexo" ou "Pesquisa

revela que jovem é conservador".Mas para quem cresceu ouvindoOrdens do Dia e tomando o biotõ-nico cultural servido pela mídia,nada mais surpreende. Nem omodelito "competitivo e moder-no" ou o sucesso em embalagens"yuppie". O jovem é antes detudo um mercado. Lamentavel-mente, não são poucos os queaos 20 anos já ingressaram nasenilidade avançada (fala SãoPaulo!).

O fato é que existem semprealguns modelos de jovem em cir-culação: atualmente predomina osaudável-e-bem-sucedido. Comele vendem-se calças, óculos, car-ros, um "jeito de viver" de resto

inacessível a 95% dos jovens bra-sileiros de carne e osso. O quevale é o símbolo, mesmo que osímbolo seja uma caricatura.

A produção de estereótiposrevela um investimento maciçono sentido de reduzir as nossasvidas a um conjunto de opçõespré-estabelecidas, uma múltiplaescolha sem NRA. Todo esse pa-po sobre juventude tem preten-sões definidas: sugerir roteiros,estimular certos tipos de compor-tamento. A Psicologia fez progres-sos e recomenda: pouca repres-são e muita persuasão. Aderir ésempre mais fácil quando seaprende a sonhar com o fracasso.

Jogamos um jogo bastantecomum em sociedades do tercei-ro mundo que experimentam a"modernização".

Do Quarup aohigh-tech, cabe tudo no liquidifi-cador. Disputam-se projetos, viasde acesso a um futuro ainda incer-to. Mas a incerteza é a nossagrande vantagem. No Brasil, ajuventude não está encerrada emcorpos, pessoas, mas espalhadapor toda parte. Jovem é o nossoAxé, a diversidade de ritmos e desantos em ação. O exercício dadiferença assusta. Por isso tere-mos que continuar driblando osesforços diários daqueles que seempenham em pasteurizar o país,conduzindo-o pelos trilhos segu-ros da mediocridade.

Entre chuvas de informação,apelos e miragens eletrônicas, agente vai à Igta. No fundo, esta-mos sós. Sós para tentar novasmisturas e inventar outra trip. OAno Internacional da Juventudeacabou. E daí?

Renato

Rodrigues

Pereira

O autor, 25 anos, é produtor de vídeo

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Luís Fernando Veríssimo

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No cinema, Viagem ao Mundo cios Sonhos

quinta 23

VIA(>l M AO MUNDO DOS SONHOS, doJoo Dante, o rnosmo diretor do Gromlinsestréia nos cinemas cariocas

No IBAM (Largo do IBAM 1 Humaitá), ohumorista Geraldo Alves abre a temporada86. as 21h30min.

JOÃO BOSÇO. RAFAEL RABE LLO E NICO ASSUMPÇÀO formam o trio ria noite doJazzmania (Av Rainha Elizabeth 769 Ipanemal, a partir das 22h30min

O MIS inaugura, ás 17h, a exposir;aoSERÁ QUE VAI DAR PRAIA? Arquivo icoriográfico de lotos e desenhos sobro o hábito deir a praia, inaugurado por Dom João V!

sexta 24

I de graça A DISPUTA. de Mariveaux,texto teatral encenado por I uís Antonio Martinez Corroa com elenco da Escola de Tealro daUniRio, estreia para curta temporada na AvPasteur 438 Urca, ás >* I li

No mesmo horário, a cantora MARLENEse apresenta no Projeto Carnavalesca, na SalaI unarte (Rua Arauio Porto Alegre Centro)

() I estivai de Verão da Rodo Globo leva aoar. ás 22h20min, o filme SUPE RMAN II

Mostra de filmos de curta metragem noMIS (Praça XV) A partir das 18h30min, aCl.ASSf OCIOSA, de Charles Chaplm, BI A,Hl A, BI A, de André lonacci. o 1968, deGlauber Rocha

sábado 25

I ÉO JAIME L OS MEl HORES urnabanda nada modesta sobem o Morro daUrca e. a partir das 22h, fazem o showAmanhã tem mais

I lá no Posto 9 de Ipanema, o pro|etoPoesia na Praia tern continuidade as 17h Aatração de ho|e e JIJLIO CÉSAR MONTEIROMARTINS,

A noite é de rock no IV Bar Clube (Rua!ore/a Guimarães 92 Botafogo) A partirdas 20h30min, vídeos com THE DOORS. U2e THE GRLAT ROCK'N ROLL SWINDLL

domingo 26

El I A I I l/GE RAI [J E PAUl SMIlHenccrram >i programação noturna do IV Bar Club(Rua lere/a Guimarães 92 Botalogo). apartir das 22h Antes, o musical d,i BroadwayLUBII

segunda 27

FRENESI, de Alfred Hitchcock. é um bomprograma na IV A Globo incluiu o filme emseu I estivai de Verão, que vai ao ar as22h20mm

O vídeo opera LA GERLNIOLA A CINI )l Mi IA. de Jean Pierre Ponnell. com F redenca Von Stade, I rancisco Araiza r; Paul Plischkareina sozinho na noite (20h30min) do TV BarClube (Rua Tereza Guimarães, 92 Botafogol

quarta 29

A dupla musical 1 AVI IO f. RICARDO MAGNOst¦ apresenta até sexta feira, sempre as22h30min. no People (Av Bartolomeu Mitre370 Leblon)

quinta 30

O musical HAIR e a atração cio Cinema daIV Bandeirantes, que todo mós traz para ,itelinha um grande sucesso do cinema Ofilme começa as 21hl5min

sexta 31

De novo o I estivai de Verão da RedeGlobo As 22h2Ümin. a emissora apresentaCONAN, O BARBARO

F no IV Bar Club (Rua lereza Guimarães92 Botafogol noite de vídeo rock A partirdas 20h30min, ROD STEWART. DAVID BOWIE e LOU REED

A programaçao acima esta suieita a alterações de ultimahora Informações para o calendario de fevereiro devemchegar á redação de Domingo ate o dia 17 de janeiro

sábado 4

Uma despedida que merece registro.DOIS PERDIDOS NUMA NOITE SUJA, dePlínio Marcos, deixa a cena do leatro Delfin(Rua Humaitá 2/í>) O espetáculo tornou semoderno pela direção de Anselmo Vasconcelos e as interpretações irrepreensíveis deAntonio Pompeo e Paulão

Um sopro brasihense na temporada deteatro infantil carioca O Grupo Vidas I rradas

Coisas do Planalto estreia no Sesc: daTi|uca (Rua Barao cie Mesquita 539) uma livreadaptaçao do clássico JOÃO I MARIA Oespetáculo começa as lbh e fica um mês emcartaz

OS GIRASSÓIS DA RÚSSIA, clássico docinema cie Vitorio de Sicca, com MarcelloMastroiani e Sòfia Loten, foi programado àsI6h30min pela IV Manchete

domingo 5

quarta 8

Brothers in Arms,

Conheça também os outros discos do

Dirc Straits e o trabalho solo de

Mark Knopfler: Dire Straits, Communiqué,

Making Movies, Love over gold e alchemy,

do Dire Straits e local Hero e Cal.

de Mark Knopfler.

Todos também disponíveis em compact disc

no Brasil.

Da Bei|a I loi para a Zona Sul

quarta 1

A televisão começa o ano em ritmo decinema A partir de meio-dia. a Mancheteembarca em quatro sessões de filmes delonga metiagem recomendáveis Pela ordem,entram no ar SINFONIA ETERNA, de MitchelI eisen. Al 1AANSILDADI , cie Mel Brooks. ANOVIÇA RI BI IDE. de Rolieit Wise, e MISSAO VI NCI II que enceira a programaçaoda emissora madrugada adentro

Os velhos temixis voltaram I VINHA e oI RIO I SI 'I RANÇA retornaram à cena com osmesmos sucessos da Jovem Guarda, numshow loteirizado pelo |ornalista I lavio Marinho e que lica em caitaz ate salíado, sempreas 22h3Ümin, no People (Av BaitolomeuMitre 370 l eblon)

Para quem não esta nessa de nostalgia elá começa a se assanhar com o carnaval,recomenda-se uma subida ao Morro da Urca.onde a BI IJA I I OR HE NU OPOl IS vai esquentar seus tambonns a partir cias 22h Osensaios vão se repelir as segundas, terças oquintas feiras de |aneiro, sempre no mesmohorário

Se o momento ainda requer tratamentoda ressaca do reveillon. Iique em casa e nãodeixe de sintonizar a 1VI as 22h20min paracurtir a suavidade do bale I l ORE S1 A AMA/ÔNICA. gravado este ano com a orquestra oo corpo de baile do 1 eatro Municipal o com ossolistas Nora Lsteves e Lázaro Carreno, doBale Nacional cie Cuba

quinta 2E uma banda de jazz cia melhor qualidade

Seu trabalho sempre começa nos EUA e nosresta curtir as apresentações esporádicas queo AZYMUTH faz em terras brasilis, berço desua formação As 22h30min, o grupo lança noJazzmania (Av Rainha Elizabeth 769 Ipanema) o IP Spectrum, gravado nos LUA Oshow fica em cartaz ate sabado

Para quem acredita que "vulgar e comume não morrer de amor", o sentimental WAN-DO da uma can|a gigante no Canecão (AvVenceslau Braz 315 Botafogo) com oshow torpedo Fogo e Paixão Haia coraçãoEstreia as 22h para temporada de quatrosemanas, de quarta a domingo

O OUTRO LADO DA MEIA NOITE, filmebaseado no romance de Sidney Sheldon eestrelado por Marie Franco Pisier, e a atraçãodas 22h20min na TV Manchete Cinema 1"Classe

As I6h o Museu da Imagem e do Som(Praça XVI embarca no verão espacial, aprosentando um vídeo da serie VIAGEM ATRA-VLS DO SISTEMA SOLAR a lua. o sol.cometas e planetas

sexta 3

Invadindo a praia de Wando. que ocupa ohorário nobre do Canecão (Av Venceslau Braz315 Botalogo), o rock paulista do ULTRAJEA RIGOR comanda a vesperal da choperia apartir das 19h, sempre de quarta a domingo,ate o dia 19

Ja a musica pop internacional invade suacasa pela telinha da Globo Madonna. BruceSpringsteen, Phill Collins e outros estão noGLOBO DE OURO INTERNACIONAL, reprisedos melhores clips de 85

Faz tempo, o cinema descobriu que filmesde sucesso rendem ainda mais numa segunda versão, com o mesmo título, acrescido doalgarismo 2 Nessa formula, o teatro veio areboque Ho|e. por exemplo, estréia no CineShow Madureira a peça O ANALISTA DEBAGE N" 2. UM MUSICAL TCHÊ. com Simo-ne Carvalho e Cláudio Cunha

E o carnaval decola, as 21 h. no CircoVoador com a festa de lançamento do LPChame Gente, do TRIO ELÉTRICO DODÔ EOSMAR, com a participação de ARMANDLNHO Promete acabar na base do "mete ocotovelo e vai abrindo o caminho" Amanhãtem mais

Mais balé na TVE É a vez de CINDERELAinterpretado em cenários vivos de Áustria e daHungria por Lilli Fcheurmann e Michael Brik-mayer. da Ópera de Viena Vai ao ar âs21 h20min

Cazuza sobe o Morro___

sexta 10

O mais recente lançamento do Dire Straits

agora é disco de ouro!

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MISTO ÜUENTE, novo programa musicallOvem da Rode Globo, estreia às l 7h com apretensão de ser uma coqueluche neste verao A emissora investe pesado nesse pro|otoque vai ocupai todas as taides de domingopelo menos enquanto o sol estivei em Capucórnio As pnmeiras gravações foram feitas aovivo num superpalco montado na praia doPepino, com participação do Robeitmho doRecite, Barão Vermelho, Camisa de Venus,Raul Soixas, Legião Urbana, Ultra|e a Rigoi,IU'M. Seigio Dias, I im Maia. Cazuza o Lobão,entre outros

Encerra temporada no Teatro Sesc daTi|uca (Rua Barão cio Mesquita 539) a poçaI NSAIO N" 2 O PINTOR, dingida por BiaI essa. Um espetáculo paia o público |uvonil oadulto Sessões às 18he20h

segunda 6

E tempo de teatro, o melhor da programaçáo de.' ho|e Marilia Pera volta a brilhar sozinha com seu espetáculo BRINCANDO LMCIMA DAOUILO, que reestréia no TeatroCasa Grande (Av Afrániode Mello I ranço 290

Leblon), no chamado horário alternativo dosegundas e terças (21h30min) Ingressos aCr$ 60 mil e Cr$ 70 mil

Outro monologo em horário alternativoIara Amaral estreia um solo no Teatro dosQuatro (Shopping Conter da Gavea) IMACULADA. do |ornalista italiano Franco Scaglia, emtradução cie Millór Fernandes Fica em cartazas terças, sempre as 21h30min, quartas equintas as 18h Ingressos a Cr$ 35 mil (estudantes) e Cr$ 40 mil

Inaugura-se a MOSTRA DE TEATRO VE-RAO'86, que traz ao Rio oito espetáculos ciooutros Estados No Teatro Dulcma, estreiaVELHOS MARINHEIROS, da obra de JorgeAmado, com o Grupo de Arte Boi Voador, deSao Paulo No Teatro Cacilda Bockor, entraem cena NURIGAMA, encenado pelo grupocuritibano Não Amassa Esse Páo-de Ló

As 22h, a TV Globo põo no ar uma novammisserie de 25 capítulos. LUZ, CÂMARA LILUSÃO, inspirada nos bastidores o na vidasórdida de Hollywood A estrela o CandiceBergen

A poesia |á corna solta |x>r todos oscantos e com a chegada do verão ela nãopodena licai longo da praia Quem duvidai osó aparecer nas anuas em fiente ao Posto 9de Ipanema para cuitir o pio|eto POE SIA NAPRAIA, que ho|e apresenta o lecital cie GlóriaHorta Chacal ó o poeta convidado

No Museu da Imagem o do Som (PiaçaXV), a banda irlandesa U2 seiá mostrada emvídeo Reprise do musical favorito do gêneroem 8'.), Under a Blood Red Sky. com sessòes às 16h30min. 17h30min e 18h30min

A IV Manchete foi buscar no fundo dobaú uma dupla veterana de humoristas JoséVasconcellos e Costinha voltam ao vídeo,as 21h20min, com a estréia do programaAPI RI I O CIN IO

domingo 12

Prossegue em Feiosópolis o proieto loatio Mais Alto Festival na Serra O espetacuIo programado para ho|e no Flotol Higino eVIVI li PI SS( )A. com direção de Luiz cie lama

As 20h. no IV Bar Club (Rua lerezaGuimarães 92 Botalogo), mostra do vídeoSOPHISIICAII I) LADIl S. musical da Broadway cie Duke I llmqton, com Greqory l iamos ePaul Kelly

segunda 13

Uma nova vertente do karaoké As 22h. naBoito Vogue (Rua Cupertino Durão 173Leblon), estréia o 1EATRAOKÉ (TE A IRAR DQUE''), um show "homoiistieo-catártieo emque o espectador é o astro" A animação édos atores Maria Pompeu, Marcus Toledo eoutros

CAAJ/A estréia sou show 110 Morio ciaUrca Só até amanhã Curtíssima oportunidacie para ver o cantor em seu primeiro trabalhosolo Exagerado

L a velha banda de Cazuza, o BARAOVERMELHO, também mostra seu talento nooutro lado da cidade, sob a lona do CircoVoador

DEUS E O DIABO NA II URA DO SOL, deGlauber Rocha, pode ser revisto no ML.(Praça XV). as 20h

As 22h20min, o lilme SUPE RMAN I. noI estivai de Verão cia Rede Globo

sábado 18

SIMBAD Dl BACiDAD. musical infantilcom I ucinha I ms e Cláudio lovar. estréia noleatro Nelson Rodrigues (Av Chile; 230), comsessões as 1 Rh e 17h30min

As 21 h30min, a IV Bandeirantes reprisa oespecial I URACAO I I II,

Nas areias do Posto 9 de Ipanema, performanco poética PASSA NA PRAÇA OUI APOI SIA TE ABRAÇA As 17h

domingo 19

DOIS PE RDIDOS NUMA NOI11 SUJA.dePlínio Marcos, volta a cena no Flotol Higino.em leresópolis, interpretado |x>i AntonioPompeo e Paulão

segunda 20

A idoia e simpática Para comemorar oaniversário de fundação da cidade do Rio deJaneiro, o MIS promove um corso cie carnavalno melhor estilo dos anos 20. saindo as 1 7hda praia do Pepino em direção ao Leme

DUEIO PARA UM SO. peça de TomKempinski, abre a têmpora 86 do TeatroGláucio Gil (Praça Cardeal Arcoverdc) Noelenco, Othon Bastos e Matha Overbeck. Oespetáculo estreia às 21 h30min e tem direçãoe tradução cie Antônio Mercado

No IV Bar Club. sessão em vídeo de AESI RAI ÉGIA DA ARANHA, de Bernardo Ber-tolucci, às 22h Versão original com legendasem português

Henvelto Martins na Sala Funarte

terça 21

PARA SEMPRE BORRAL.HEIRA, show depoesia, humor e música dirigido por MariaPompeu, estréia, às 22h, no restaurante Botanic: (Rua Pacheco Leão — Jardim Botânico)

O show HERIVLLTO POETA DO SAMBAabre o projeto Carnavalesca, as 18h30min,na Sala Funarte Em cena, Herivelto Martins e

Trio de OuroGRANDE SERTÃO VEREDAS, adaptação

teatral da obra cie Guimarães Rosa. estréia noTeatro Cacilda Becker, em montagem da CiaSonho e Drama, cie Belo Horizonte E uma boaoportunidade para quem acompanhou a adaptação televisiva da obra de Guimarães Rosacomparar as possibilidades de Grande Ser-tão: Veredas no Teatro A montagem mineirafica em cartaz no Cacilda Becker até o dia 2 defevereiro", dentro da programação da Mostrade Teatro Verão/86

quarta 22«majtwgaBWMftwacaM^.MMCToaMuw-.i-TowfywaswCTMaepaxiiiiiiiiUMiiw»!! i «111111»»»A banda roqueira REJM ataca no horário

alternativo do Canecão (Av Venceslau Braz315 Botafogo) Fica em cartaz ate o dia 29.,1 partir das 19h

A musica instrumental do A^YMLJTHcumpre curta temporada no People (Av Bartolomeu Mitre 370 — Leblon). até sabado. às22h30min No mesmo People, Bruce HenryQuarteto anima ,1 madrugada

OUFUBRO, de Eisenstein, e a atração doMIS (Praça XV), as 19h30min, em programaduplo com O VI NI O. de Vítor Siostron

Na area de video-bale, o IV Bar Club (Ruaereza Guimarães 92 Botafogo) apresenta.

1 partir das 20h30mm. SPARTACUS BAI EBOI SHOI. com Vladimir Vassiliev. Natal|aBessmertnova. Maris Liepa e Nina Timofeiewa

As feministas vão se indignar Lstiéia emgrande circuito o filme MULHE R NOIA 1000,de John Hughes, com Kelly LeBiock, aquelaque lez A Dama de Vermelho. A sinopse é aseguinte "Lies conseguiram criar a mulherideal e ela fará tudo que eles pednem Tudoem nome cia ciência..

Lm compensação, a mulher deve meiecer um outro tipo de tratamento no filme OFUTURO L MULHER, de Marco Ferreri, comLlanna Schygulla. que estréia 110 Cinema I

Na TV, algumas novidades de conteúdoabsolutamente previsível Às 21h25mm, aGlobo começa a despachar um novo pacotede filmes policiais americanos. Ai vem PROFISSÃO PERIGO e COLVER, UM AGENTEDE ALTO NÍVEL Chumbo grosso L ,1 Manchete revitaliza a dupla Pepita Rodrigues eCarlos Eduardo Dolabella, 110 programa ALOPEPA. ALÒ DOLA. As 18h.

Kelly, a Mulher Nota 1000

Mais uma estieia na temporada teatial de86 I va Wilma e Carlos Zaia trazem paia uTeatro Copacabana a peça QUANDO O CORAÇAO I LORESCE. de Alex Aibuzov. tcaduçáo de Mariza Murray, dneçao de Paulo Autran e musicas de Carlos Lyra

Carlos I yia, aliás, apresenta de ho|e .1sábado, às 22h30min. o show 2b ANOS DlBOSSA N( >VA no Jazzmania (Av Rainha Elizabetli 769 Ipanema)

No People (Av Bartolomeu Mitre 370Leblon), a cantoia noiueguesa Anne ManeGiortz estréia com seu quinteto show de jazzpop. que fica em cartaz até sábado, a partirdas 22h30min

quinta 9

O "Rei" está de volta e dessa ve/ deverde e amarelo. ROBERI O CARLOS sobe aopalco do Maiacanàzmho. às 21 h. e cumprecurta temporada até domingo

Nos cinemas cariocas, estréia o filmeCOMANDO, piotagonizado poi AmoldSchwarzeneger

O "Rei" volta ao Maracanãzinho

RECRUTA BFNJAMIN. de Goldie Hawn. eo filme de abertura do Festival de Verão daRede Globo A emissora promete levar ao <iruma programação de primeira linha, sempreas 22h30min

O Museu cia Imagem e do Som inicia ho|euma série de proteções comemorativas dos90 anos de cinema Na Sala Glauber Rocha, as18h30min. BRASA DORMIDA, de HumbertoMauro, e as 20h, SANGUE MINEIRO, também de Mauro

quinta 16

sábado 11 sexta

O Circo l ihany ( próximo à estação Estácio do Metiõ) preparou uma programaçãodupla para ho|e As 17h. OS TRAPALHÕESrepetem o show infantil que lez sucesso 110Scala o em São Paulo também Mais tarde, às21h30min, o conjunto ROUPA NOVA laz oshow A dobiadinha fica em cartaz até domingo

A peça DO AMOR. dirigida |)or Domingosde Oliveira, se apresenta no Hotel Higino, em

1 eresópolisA cantora ANGELA RO RO, mais esperta

do que nunca, faz sua primeira apresentaçãodepois de longo tempo afastada dos palcosVai mostrar 110 cuco Voador o novo trabalholançado em disco pela Polygram

Tim Rescala viaja com Bel Prazer

No Hotel Higino, em Teresópolis, fimRescala e Stella Miranda levam o BEL PRA/I R no programa Teatro Mais Alto I estivai11a Serra

terça 14

Na Mostra de Teatro Verão/86, estréia emcurta temporada até o dia 19 a peça OGRANDE DEBOCHE, teatro de revista encenado pelo grupo Delírio de Curitiba

quarta 15MMMflMaaMBMMiMMMaMHaMaMBaMMMMaHamaMMnMa t «uras »«~>

Angela Rõ-Ró mostra novo trabalho

COZINHANDO MAÇÃS. UMA SEX FICTION traz de volta ao palcos a atriz DéboraDuarte. O espetáculo entra em cena no Plane-tário da Gávea.

No Museu da Imagem e do Som (PraçaXV), a programação de cinema começa as18h30min com O DESCOBRIMENTO DOBRASIL, de Humberto Mauro, e prosseguecom sessão dupla a partir das 20h UM CÃOANDALUZ, de Bunuel, e GABINETE DO DRCALIGARI. de Robert Wiene

A poesia de Chacal na praia

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Página 2 CADERNO DE QUADRINHOS - Suplemento do JORNAL DO BRASIL

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MUITO PRA"ZER,SEU BERTOLDO!MAS ONDE COM-PROU ESSE CHA-PEU CHEIO DEPENDUR1CALHC6?!

RODNEV,APRESENTO-

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CADERNO DE QUADRINHOS - Suplemento do JORNAL DO BRASIL Págiqg; 7'

- PQ|g; A VIDA E / UMA COMILANCA aaA|S COACOS N( ASSIM MESMOi ^ESENFRE,! / ACABANDO COM OS \^ HORACIO! AfM[& rK\ > glv^DANDO oI ^ / MAISFRAOUINHOS! E OS

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OS MAIS FORTES ;'í DEVORANDO OSMAIS FRACOS ! /

POIS A VIDA EASSIM MESMO,-. HORACIO! r

! SINTO MUITO, HORACIO. MASI NA NATUREZA OS AMANTES DA\ PAZ COSTUMAM GANHAR.. A

A PAZ ETERNA! —'

OS MAIS FRACOS NACABANDO COM OS \MAIS FRAOUINHOS! E OS

MAIS FRAQUINHOS LIOUI- IDANDO COM OS yMiUDINHOS'. ..—

CADERNO DE QUADRINHOS - Suplemento do JORNAL DO BRASIL

JTM PAVÍ5

VOCÊ FARIA COISAS MUITO iv\É-LHORE& QUE ^SlAAPLE-SMEfMTE Ft-


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