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2016 RDC virtual: film digital archive

Date post: 26-Nov-2023
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RDC virtual Ruy Duarte de Carvalho (19412010), escritor, antropólogo, cineasta e poeta angolano, de origem portuguesa. Deixou ampla produção nestas diversas áreas. vimeo.com/rdcvirtual é um repositório com filmes que realizou, assinando como Rui Duarte.
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RDC virtual

Ruy Duarte de Carvalho (1941­2010), escritor, antropólogo, cineastae poeta angolano, de origem portuguesa. Deixou ampla produçãonestas diversas áreas.

vimeo.com/rdcvirtual é um repositório com filmes que realizou,assinando como Rui Duarte.

RDC virtualApresenta

um canal com episódiosda série documentalPresente Angolano, TempoMumuila (1979)

para mais informações sobre rdcvirtual: [email protected]

duas médias metragens documentaisUma Festa para Viver (1975)preparação da independência de AngolaO Balanço do Tempo na Cena de Angola(1982) filmada no pós­independência

duas longas metragens de ficçãoNelisita: narrativas nyaneka (1982)Moia: o recado das ilhas (2004[1989])

Reune também um album com outrostrabalhos disponíveis sobre ou a partir damultifacetada obra de Ruy Duarte de Carvalho

e Outra Filmografia anotada de Rui Duarte

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Duas médias metragens documentais

Uma Festa para Viver (1975)filmada durante a preparação da independência de Angola

O Balanço do Tempo na Cena de Angola (1982)filmada no pós­independência

1982, 43 min, 16 mm. Cópia a partir de DVDProdução Instituto Angolano de Cinema

Colocando­se no presente angolano da pós­independência, ensaio documental sobre ahistória humana naquela região.

Realização Rui DuarteAssistente de Realização Alberto Sebastião |Fotografia Victor Henriques | Assistentes deFotografia João Geraldo, António Costa | SomOrlando Martins | Montagem Jacqueline Meppel |Assistente de Montagem Tony Rosa | MisturaAntoine Bonfanti | Locução Teresinha de Jesus,David Mestre | Intervenientes principais HaykondoTyimyengo, Júnior Hissibinbwa, Mutumana Mário,Nicolau Sebastião, Rosa Gerónimo

Prémio Melhor Média Metragem, 1º Festival deCinema dos Países de Língua Portuguesa, Aveiro,1983.

Exibido no Festival Intl de Cinema da Figueira daFoz (1982); Mostra de Cinema Angolano, Brasil(1983); "África e Portugal: memórias, destinos erepresentações", Festival des Trois Continents,Nantes (2016).

1975, 35 min, 16 mm. Cópia a partir de DVDRealização da equipa Chatertone. Produção TelevisãoPopular de Angola, canal 2, programa experimental.

Filmado durante 15 dias antesda Independência de Angola, e em contagemdecrescente, o filme retrata as expectativasde uma familia do Bairro da Cazengaem Luanda, dos trabalhadores da TAP,e a cerimónia que teve lugar neste bairroperiférico da capital no escolhido dia 11de Novembro.

Prémio de Solidariedade, Festival de Cinema Afro­Asiático de Taschkent, Uzbequistão (1975)

Exibido na Festa do Avante, Portugal (1981); no"Cinema Nosso", 1ª Mostra de Cinema Angolano,Luanda (1982); Mostra de Cinema Angolano,Brasil (1983); Cinemateca Portuguesa (2016).

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Duas longas metragens de ficção

Nelisita: narrativas nyaneka (1982)

1982, 64min,16mm, cópia a partir de DVDProdução Instituto Angolano do Cinema (IAC)Laboratório Nacional de Cinema, TPA e Tóbis Portuguesa

A partir de duas peças de literatura oral daspopulações Ovanyaneka do Sudoeste de Angola,contadas por Constantino Tykwa e Valentim, nasversões fixadas por Carlos Estermann em "Cinquentacontos bantu do Sudoeste de Angola", Ruy Duarte deCarvalho cria uma ficção onde o povo actua e encenaas próprias lendas.

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A fome domina o mundo e apenas restam vivos dois homens com as suas famílias. Um deles parteem busca de comida e encontra um armazém onde certos espíritos guardam enormes quantidadesde géneros alimentícios e roupas. Apropria­se do que pode transportar e volta mais tardeacompanhado do seu vizinho. Este deixa­se apanhar e denuncia aos espíritos a sua moradae a do seu companheiro. Os espíritos aprisionam toda a gente menos uma mulher que se descobregrávida, para que esta venha a ter o filho e assim se apossarem de mais um ser vivo. Nasce entãoNelisita, aquele que se gerou a si mesmo. Nelista ludibria o espírito que o vem buscar, a si e à suamãe, que acaba por ser levada. Nelisita parte à sua procura e apresenta­se ao rei dos espíritospara reclamá­la. O rei dos espíritos alicia Nelisita a passar para o lado dos que monopolizama comida. Nelisita resiste. Será submetido a várias provas, mas socorre­se dos animais da criação,seus aliados, para os vencer. Perante o poder de Nelisita, os espíritos fogem amedrontados.Nelisita salva os seus e recondu­los a casa montados no carro dos espíritos, transportando tudoo que se encontrava no seu armazém.

Argumento e Realização: Rui Duarte | Fotografia Victor Henriques | Som Orlando Martins | MontagemJacqueline Meppiel, Carlos Gaspar | Mistura de Som Antoine Bonfati | Intérpretes António Tyitenda,Francisco Munyele, Tyiapinga Primeira, Manuel Tyongorola, Ndyanka Liuima.

Prémio Cidade de Amiens, Festival Internacional de Cinema (1983); Melhor Ficção, 1º Festival de Cinema dosPaíses de Língua Portuguesa, Aveiro (1983); Prémio Especial do Júri, Festival de Cartago, Tunísia (1984);Prémio “7th Art” no FESPACO, Festival Panafricain du Cinema de Ouagoudougou, Burkina Faso (1985); Prémiopara Melhor Filme, Melhor Realização, Melhor Actor e Melhor Utilização Criativa do Som, Festival de Cinema deHarare, Zimbábue (1990).

Nelisita: narrativas nyaneka (1982) [cont.]

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Algumas exibições partir de 2000“Caminhos do Cinema Português”, Coimbra (2001); Dei­me Portanto a um Exaustivo Labor”, Centro Culturalde Belém, Lisboa (2008); Ciclo de Cinema Angolano, Centro Cultural Português – Instituto Camões, Luanda(2008); Festival Intl de Cinema – FIC, Luanda (2009); Dockanema, Maputo (2009); Casa das Histórias PaulaRego, Estoril Film Festival (2010); Câmara Municipal de Lisboa (2011); Cine­clube de Santarém (2011); “Oque não ficou por dizer...”, tributo a Ruy Duarte de Carvalho, Associação Cultural Xá de Caxinde, Luanda(2011); “O que devemos a África”, Cinemateca de Grenoble (2011); Festival de Locarno (2014); Ciclo “OsCinemas das Independências Africanas”, Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (2015); Ciclo“Paisagens Efémeras”, Galeria Quadrum, Lisboa (2015); “Geração Utopia: Filmes das Independências”, ICiclo de Cinema Messu, Luanda (2018); Laboratório de Estudos em História da África (LEHAF),Universidade Federal Santa Catarina, Florianópolis (2018).

Exibido também no Festival Intl de Cinema daFigueira da Foz (1982); Festival Intl de Cinemade Moscovo (1983); Mostra do CinemaAngolano, várias cidades, Brasil (1983); FestivalIntl de Berlim (1984); Racines Noires: UmPanorama do Cinema Africano, homenagem aoFESPACO no Centre Georges Pompidou, Paris(1985); “Cinema de Áfricas”, CinematecaPortuguesa (1985); Festival de CinemaAfricano, Milão (1987).

Nelisita: narrativas nyaneka (1982) [cont.]

"Nelisita, filmado em 1980 na Chibia, quando os sul­africanos invadiam o sul de Angola, vinhana sequência de Presente angolano­tempo Mumuíla, série de 6 horas com intérpretes reincidentesem Nelisita: “a mesma geografia, a mesma sociedade, o mesmo tempo”, tratar a mesma realidadecom dois registos, o primeiro de documentário, o segundo ficção, os mumuílas e a Huíla entre 1977e 1981. Ambos os filmes, realizados antes do autor ser oficialmente antropólogo viriam a compor,juntamente com uma monografia, a sua prova académica para a Escola de Altos Estudos emCiências Sociais, em Paris.

Nelisita, com direito a prémio no Fespaco, festival do Burquina Faso [...] marcaria o último fôlegodo breve momento do cinema angolano, mergulhado depois num grande marasmode impossibilidade. [...]

Em termos técnicos, [...] o formato escolhido foi de 16 mm, preto­e­branco, em continuidade comos documentários anteriores e porque havia laboratórios em Angola para revelar. A película a corestava reservada para momentos mais oficiosos, como os congressos do MPLA. Ruy lembra quese trata de cinema artesanal e as dificuldades de fazer cinema, sendo os meios muito precários:as baterias tinham de ser carregadas no Lubango, fazia­se travellings longos ao ombro, mas comuma câmara ligeira. A equipa era reduzida: realizador, assistente de produção, operador de câmarae operador de som. Uma equipa numerosa seria um factor destabilizador e de difícil manutenção.O ambiente era, no entanto, de grande colaboração e espírito de militância entre a equipa.Este filme passou por vários incidentes. Além dos problemas de som, com partes impossíveisde decifrar, ficaram inutilizados metros da fita. Enquanto o negativo estava a ser revelado, faltoua luz e o material ficou 12 horas no banho revelador. O autor foi ao Cinecitá para tentar recuperaro filme, deixou o negativo, quando lá voltou todas as colagens do negativo se haviam desfeito.Uma técnica francesa remontou o negativo. Nisto perdeu­se um pouco a ordem: “estavadesesperado, o filme não acaba assim, onde foi cortado também não sei. Quando o Nelisita põeos óculos escuros a mãe vem e tira­lhe os óculos.” (RDC, 2004)".

Marta Lança, 2015, "Nelisita e o cinema etnográfico"

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Fotografias de cena

"Ficção poética mais que ficção dramática, MOIA é uma indagação dos traços de uma crioulidadesedimentada numa dinâmica Africana, Atlântica e Lusófona. O perfil e o percurso da protagonista,a convergência das muitas componentes que podem perturbar e reordenar os fundamentos de umaidentidade que tende a exceder as categorias políticas, geográficas e históricas. Assim é quea circunstância insular e a exuberância vulcânica da terra e da expressão Cabo­verdianas acolhemas inquietações personalizadas de uma insularidade psicológica e social que veicula o eco de umaÁfrica que leva às suas últimas consequências o confronto shakesperiano entre Prósperoe Caliban. Uma indagação cinematográfica acerca de tal ordem de emoções não poderia dispensaro recurso ao fantástico, ao delírio e ao arrojo poético. É disso que se faz qualquer futuro.A mestiçagem traduzida em planos."Ruy Duarte

Intérpretes: Edmea Brigham, Tchalé Figueira, Simeano Montrond, Cesária Évora, Luis Morais,Leão Lopes, Margarida Martins, São Costa, Joana Lima

Realização e Argumento: Ruy DuarteFotografia: João Abel AmorimMontagem: Cris Tullio AltanMúsica: Vasco Martins (Cabo Verde)Som: Paolo de Jesus, Yves GrassoProdução: Gemini Films, Filmargem, RTP, Laboratório Nacional de Cinema ­ UEE (Angola)

Moia: o recado das ilhas (2004[1989])

2004 Director´s cut: 62 min. Ficção, Cabo Verde,1989, cor, 35 mm.Cópia a partir de DVD legendada em francês

Exibido no "Panorama do cinema do Caribe",Festival des Trois Continents, Nantes (1989).

um canal com alguns episódios da série documentalPresente Angolano, Tempo Mumuila (1979)

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1979, 29 min, 16mm, cópia a partir de DVD

Retrato do saber fazer de funçõesespecializadas tal como o oficio de oleira,de ferreiro, de kimbanda (curandeiro)e de cabeleireira, entre comunidades ruraisovamwila, na Huila, Sudoeste de Angola.

1979, 25 min, 16mm, cópia a partir de DVD

Retrato da festa de iniciação dos rapazes,ekwenge, celebrado em comunidades ruraisovamwila, na Huila, província no Sudoestede Angola. No Ekwenge, um grupo derapazes retira­se para o mato, onde lhes épraticada a circuncisão, e onde se mantéemdurante o seu restabelecimento.Posteriormente, a aldeia e outros familiarescelebram colectivamente o seu sucesso.

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Ambos os episódios:

Exibidos no 9º Festival Internacional de Cinema da Figueira da Foz (1980); no Cinéma du Reel: festivalInternacional du film ethnographique et sociologique (1980), e na 5ª Semana dos Cahier du Cinema (1980).Conjuntamente com a série toda, foram exibidos no 11º Internationales Forum des Jungen Films, Berlim, na"Action République", Paris (1981) e na Festa do Avante, Portugal (1981).

1979, 27 min, 16mm, cópia a partir de DVD

Retrato de uma sessão de apaziguamentode espíritos, celebrado em comunidadesrurais ovamwila (bantu, ovanyaneka), naHuila, província no Sudoeste de Angola. Entreoferendas de animais, boi e carneiro, asmulheres pretendem comunicar com umespirito mukubal que desassossega umamulher da sua comunidade, apelando atravésda música e do ritmo de palmas e tambores.Durante a sessão, que durou cerca de oitohoras, descem primeiro sobre outrasmulheres outros espíritos que não esse (umde muxilengue, ovanyaneka), e a mulher épossuída primeiro por um soldado raso queimpede a descida do mukubal. As mulheresasseguram os espíritos que têm comida ebebida para todos. A mulher é então vestida àhomem, tal como o soldado, para que o domukubal venha, não sem antes ser visitadapor outros espíritos tal como o de ummuankankala, não­banto a quem todasafirmam que ninguém passará fome. Rodadoem Junho de 1977.

Exibido no 9º Festival Internacional de Cinema daFigueira da Foz; no Cinéma du Reel: FestivalInternacional du Film Ethnographique etSociologique; e na 5ª Semana dos Cahier duCinema, 1980.

1979, 41 min, 16mm, cópia a partir de DVD

Dois encontros com o Kimbanda Kambia,um curandeiro (kimbanda) praticandoem regiões rurais do Sul de Angola.No primeiro encontro, em Fevereirode 1978, o Kimbanda apresenta a suafamilia e visitas à equipa. Comentandoa sua visão do oficio, o Kimbanda mostraonde faz tratamentos e prepara remédios,as mulheres que o ajudam nessespreparos, e fala sobre a sua prática, decomo lida com casos de loucura, epilepsia,possessão por espíritos e feitiçaria. Explicaque tanto cura brancos e pretos combastante sucesso, de dores de cabeça,de barriga, pernas ou reumatismo, prepararemédios, e procede tratamentos.O segundo encontro, seis meses maistarde, tem a participação do médicopsiquiatra Africano Neto, vindo de Luanda,que assiste a tratamentos e com quemo Kimbanda Kambia conversa sobreo alcance e limite da sua prática.Entrevistado por Rui Duarte, Africano Netoconsidera a prática do Kimbanda comoholistica, e não somente fitoterapeutica,e comenta sobre o carácter sociale psicossomático das doenças ao alcancedo Quimbanda no contexto africano.

Cópia com dois picos curtos de som.

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1979, 36 min, 16mm, cópia a partir de DVD

"O confronto entre duas visões do mundo:a dos mais velhos do Jau e a dos alunosda faculdade de Letras do Lubango."Rodado entre Fevereiro e Julho de 1978.

A cópia apresenta pontualmente algunsproblemas de imagem.

1979, 42 min, 16mm, cópia a partir de DVD

Anualmente, o cortejo do boi sagrado marcauma pausa no tempo mumuila, não serealizando trabalhos pesados nem agrícolas.o cortejo do boi sagrado acompanha este edois outros acompanhantes em visita a todasas casas da área, durante um período decerca de 3 semanas. a festa dos últimos 3dias é realizada perto da casa do antigo reinodo jau, comendo­se e bebendo­se,alimentando­se o boi, havendo ainda lugarpara discursos de quem tenha algo a dizer,momentos de dança e re­encenações, eterminando com um discurso do rei. O filmeregista somente os momentos e eventospúblicos destas celebrações.Filmado durante a festa do boi sagrado em1978.

Exibido na Mostra de Cinema Angolano, Brasil (1983);"Cinema de África", Cinemateca Portuguesa (1995);"África e Portugal: memórias, destinos erepresentações", Festival des Trois Continents, Nantes(2016).

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Toda a série foi exibida no "Cinema Direct", Festival des Trois Continents, Nantes (1979); 11º InternationalesForum des Jungen Films, Berlim (1981), na "Action République", Paris (1981) e na Festa do Avante,Portugal (1981).

RDC Virtual reune tambémum album com trabalhos disponíveis sobre ou a partir da obra multifacetada de Ruy Duarte

Aguarelas de Ruy Duarte de Carvalho

Ruy Duarte de Carvalho produziu durante a década de2000 conjuntos de aguarelas sobre vários temas. Algunsdos temas mais recorrentes consistem em paisagem,pastores, flores e bois do Sul de Angola; e traços dacidade de Luanda.

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"Lavra" de Ruy Duarte de Carvalho2min

O poeta Zeto Cunha Gonçalves lê "Bosquimanos", poemade Ruy Duarte de Carvalho, publicado na antologia"Lavra", poesia reunida, 1970­2000, edições LivrosCotovia.

Produção Terra Líquida Filmes.

DIÁRIO DO DESERTO ­ NAMIBE2009, video/reflexão de Cristina Salvador

"Registo vídeo das reflexões e emoções recolhidase sentidas ao longo de uma viagem ao Deserto doNamibe, considerado um dos mais antigos do Mundo,tendo pelo menos 80 milhões de anos estendendo­senuma faixa do litoral Sul de Angola e Namíbia. Com estediário participo na discussão sobre o território do deserto,local de confronto entre diferentes lógicas de regulação."

Prémio Fernando Távora, 4ª edição ­ Ordem dos Arquitectosda Secção Regional Norte.Apoio: CE.DO – Centro de Estudos do Deserto

127 fotogramas ou 34 cenas do Nelisita2016, 14min, Inês Ponte

Curta realizada a partir da combinação de fotografiasde arquivo com cópia dvd da longa metragem deetno­ficção "Nelisita" (1982), de Rui Duarte, juntandoduas narrativas orais dos povos Ovamwila do Sudoestede Angola. "127 fotogramas..." é uma versão curta desteconto mágico­realista.

Cristina Salvador(Peniche, 1947 – Lisboa, 2011)

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Não há Assim uma Regra: Manuel Wiborg emdiáologo com "Vou Lá Visitar Pastores", de RuyDuarte de Carvalho2016, 19min, Inês Ponte e Pedro Castanheira

Como fazer etnografia em teatro? Este documentárioinvoca o processo do encenador e actor Manuel Wiborgna adaptação do "Vou Lá Visitar Pastores" de Ruy Duartede Carvalho para teatro. Uma viagem pelo texto, pelamemória, pelo processo de trabalho, e por esta peça que,trazendo a presença dos pastores kuvale do Sul deAngola para o palco, foi um "lugar estranho no meio doteatro" que faz.

O espectáculo tem adaptação do texto de Rui GuilhermeLopes; cenografia de Luis Mouro, sonoplastia de AndréPires. Estreou em 2004, na Culturgest, Lisboa, e a últimarepresentação à data, numa nova versão, teve lugar em2015, no auditório ao ar livre da Fundação CalousteGulbenkian.

Produção BUALA.

OUTRA FILMOGRAFIA DE RUY DUARTE DE CARVALHO

Geração 50 (1975, 24min)Produção TPA

Da Série documental de 10 episódios, Sou Angolano, Trabalho com Força (1976)Produção TPA, formação da Unicité, França

Ferroviários do CF de BenguelaGráficosOperários Têxteis IOperários Têxteis, IIPadeiros

O Deserto e os Mucubais (1976, 20 min)

Da série documental Angola 76: É a Vez do Povo (1977)Produção TPA

Sacode o Pó da BatalhaComo Foi, Como não Foi, 17 minEstá Tudo Sentado no Chão, 52 min

Faz Lá Coragem Camarada: a noite dos cem dias (1977, 120 min)Produção TPA, 16mm

Episódios restantes da série documental Presente Angolano, Tempo Mumuila (1979)Produção TPA

A Huíla e os Mumuilas, p.b. 19 minLua da Seca Menor, p.b. 59 minHayndongo, o valor de um homem, p.b. 45minKimbanda, cor 20 min

Videocarta para o meu irmão Antoninho (1986, 40 min)realizado com A. Sousa

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FILMOGRAFIA ANOTADA DE RUY DUARTE DE CARVALHO

Geração 50 (1975, 24min)Curta­metragem sobre a poesia de três poetas nacionais que iniciaram a luta moderna contrao colonialismo: Agostinho Neto, António Jacinto e Viriato da Cruz. [Abrantes & Matos­Cruz, 2002: 22]Exibido na Festa do Avante, Portugal (1981); Cinemateca Portuguesa (2016).

O Deserto e os Mucubais"Poema em imagens sobre esse povo".Exibido no Festival Int. de filmes documentais de Cracóvia, Polónia (1980) e na Festa do Avante, Portugal(1981).

Angola 76: É a Vez do Povo (1977, série documental)

Sacode o Pó da Batalha"Aborda os problemas da reconstrução à medida que se retiram as forças sul­africanas". Filmado emfevereiro de 1976. [id.: 28].Exibido na Festa do Avante, Portugal (1981).

Como Foi, Como não Foi, 17 min"Relato feito por um grupo de mais­velhos camponeses na região da Balaia, Kwanza­Sul, sobre as penosascondições de vida na sociedade colonial, recriadas espontaneamente diante das câmaras pela populaçãolocal" [id: 28].Exibido na Festa do Avante, Portugal (1981); "Cinema Nosso", 1ª Mostra de Cinema Angolano, Luanda(1982); "África e Portugal: memórias, destinos e representações", Festival des Trois Continents, Nantes,França (2016); Cinemateca Portuguesa (2016).

Está Tudo Sentado no Chão, 52 min"Os problemas de integração dos mucubais, pastores do Sudoeste de Angola no processo revolucionário"[id: 28].Exibido na Festa do Avante, Portugal (1981).

Faz Lá Coragem Camarada: a noite dos cem dias (1977, 120 min)"Primeiro esboço de ficção, que reconstitui as vicissitudes vividas por um grupo de militantes do MPLA eoutros populares durante a ocupação de Benguela pelas forças sul­africanas e da UNITA" [id: 28].Exibido no 1º Festival Nacional do Filme, Angola (Benguela, Lobito e Catumbela, Junho 1977), e na Festado Avante, Portugal (1981).

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FONTESAbrantes, José Mena; Matos­Cruz, José, 2002, Cinema em Angola, Luanda: Edições Chá de Caxinde.Célula de Cinema do Partido Comunista Português, 1981, Cinema Africano, Lisboa: Avante!.Cinemateca Portuguesa: Centro de Documentação.Fundo Ruy Duarte de Carvalho.Salvador, Cristina, 2011, "Francisco Castro Henriques, o arquitecto do Lobito", Buala.

FILMOGRAFIA ANOTADA DE RUY DUARTE DE CARVALHO (cont)

Episódios restantes da série Presente Angolano, Tempo Mumuila (1979)

A Huíla e os Mumuilas, 19min"Descoberta iminentemente visual, acompanhada apenas de um fundo musical, do 'habitat' mumuila, dassuas actividades domésticas, trabalho no campo, pastorícia e afins". [id: 42]

Lua da Seca Menor, 59min"O dia a dia das gentes de Tyongolola, chefe da linhagem e figura patriarcal na região da Chibia"[id: 42]

Hayndongo, o valor de um homem, 45min"Mostra as cerimónias rituais de apresentação de um recém­nascido, no seio de uma familia com 5gerações em vida, aspectos das festas dos mumuilas, e depoimentos que apontam para uma coincidênciaentre os valores tradicionais e os principios do socialismo" [id: 44]

Kimbanda, 20min"versão mais reduzida, a cores, do filme com o mesmo nome" [id: 44]

Videocarta para o meu irmão Antoninho (1986, 40min)realizado com A. Sousa, com o Maritimo Futebol Clube da Samba. Video realizado no âmbito da sua tese dedoutoramento, publicada como Ana Manda: os filhos da rede, 1989, Lisboa: Instituto de InvestigaçãoCientífica Tropical.

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AGRADECIMENTOSMarta Lança; Maria de Jesus Ferreira.

ver também Arquivo dedicado ao autor no buala

RDC virtual

www.buala.org

Pesquisa e Concepção: Inês PontePesquisa suplementar: Ana Gandum

Última actualização: Novembro 2019


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