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A batalha dos Arcos do Bixiga: mais arte e mais cidade, mas menos arte na cidade!

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19/06/2016 minhacidade 175.07 São Paulo: A batalha dos Arcos do Bixiga | vitruvius http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/minhacidade/14.175/5439 1/7 receba o informativo | contato | facebook vitruvius | pt|es|en 35 47 Me gusta busca ok pesquisa guia de livros jornal revistas em vitruvius arquitextos | arquiteturismo | drops | minha cidade | entrevista | projetos | resenhas online 175.07 São Paulo ano 15, fev. 2015 revistas arquivo | expediente | normas minha cidade ISSN 19829922 buscar em minha cidade ok A batalha dos Arcos do Bixiga Mais arte e mais cidade, mas menos arte na cidade! Martin Jayo e André Fontan Köhler como citar JAYO, Martin; FONTAN KÖHLER, André. A batalha dos Arcos do Bixiga. Mais arte e mais cidade, mas menos arte na cidade! Minha Cidade, São Paulo, ano 15, n. 175.07, Vitruvius, fev. 2015 <http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/minhacidade/14.175/5439>. A gestão de Fernando Haddad à frente da Prefeitura de São Paulo, iniciada em 2013, tem sido marcada por polêmicas diversas, que vão desde mudanças radicais no tratamento de velhos problemas sociais – vide a questão da Cracolândia e o Programa Braços Abertos – até políticas públicas impensáveis no município até pouco tempo atrás, como por exemplo a implantação de centenas de quilômetros de ciclovias e ciclofaixas, em detrimento do automóvel de passeio. A mais recente dessas polêmicas, surgida no início de fevereiro de 2015, referese ao tratamento e utilização de um patrimônio cultural paulistano – os Arcos do Bixiga. 175.07 São Paulo sinopses como citar idiomas original: português compartilhe 175 175.01 Recife Carnaval Manifestações carnavalescas em prol da consciência urbana Roberto Ghione 175.02 Campinas MIS Campinas, pelo direito à rua Antonio Fabiano Junior 175.03 Bogotá Nuestro Edificio 303 de la Universidad Nacional en Bogotá Patrimonio arquitectónico en riesgo José Enrique Robledo Ocampo 175.04 São Paulo Parque Minhocão Cidade e democracia: novas perspectivas Wilson Levy 175.05 São Paulo Mitos e verdades sobre o Parque Augusta Raquel Rolnik 175.06 Rio de Janeiro Sangue, suor e cerveja Luiz Fernando Janot 175.08 São Paulo Os arcos do Jânio Carlos Alberto Cerqueira Lemos jornal notícias agenda cultural rabiscos eventos concursos seleção Arcos do Bixiga, muros com grafites, São Paulo, 14/02/2015 Foto Martin Jayo em vitruvius
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19/06/2016 minhacidade 175.07 São Paulo: A batalha dos Arcos do Bixiga | vitruvius

http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/minhacidade/14.175/5439 1/7

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arquitextos | arquiteturismo | drops | minha cidade | entrevista | projetos | resenhas online

175.07 São Paulo ano 15, fev. 2015

revistas

arquivo | expediente | normas

minha cidade ISSN 1982­9922

buscar em minha cidade ok

A batalha dos Arcos do BixigaMais arte e mais cidade, mas menos arte na cidade!Martin Jayo e André Fontan Köhler

como citar

JAYO, Martin; FONTAN KÖHLER, André. A batalha dos Arcos do Bixiga. Mais

arte e mais cidade, mas menos arte na cidade! Minha Cidade, São Paulo, ano

15, n. 175.07, Vitruvius, fev. 2015

<http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/minhacidade/14.175/5439>.

A gestão de Fernando Haddad à frente da Prefeitura de São Paulo, iniciadaem 2013, tem sido marcada por polêmicas diversas, que vão desde mudançasradicais no tratamento de velhos problemas sociais – vide a questão daCracolândia e o Programa Braços Abertos – até políticas públicasimpensáveis no município até pouco tempo atrás, como por exemplo aimplantação de centenas de quilômetros de ciclovias e ciclofaixas, emdetrimento do automóvel de passeio.

A mais recente dessas polêmicas, surgida no início de fevereiro de 2015,refere­se ao tratamento e utilização de um patrimônio cultural paulistano –os Arcos do Bixiga.

175.07 São Paulo sinopses como citar

idiomas

original: português

compartilhe

175

175.01 RecifeCarnavalManifestaçõescarnavalescas em prolda consciência urbanaRoberto Ghione

175.02 CampinasMIS Campinas, pelodireito à ruaAntonio Fabiano Junior

175.03 BogotáNuestro Edificio 303 dela Universidad Nacionalen BogotáPatrimonioarquitectónico enriesgoJosé Enrique RobledoOcampo

175.04 São PauloParque MinhocãoCidade e democracia:novas perspectivasWilson Levy

175.05 São PauloMitos e verdades sobreo Parque AugustaRaquel Rolnik

175.06 Rio de JaneiroSangue, suor e cervejaLuiz Fernando Janot

175.08 São PauloOs arcos do JânioCarlos AlbertoCerqueira Lemos

jornalnotíciasagenda culturalrabiscoseventosconcursosseleção

Arcos do Bixiga, muros com grafites, São Paulo, 14/02/2015

Foto Martin Jayo

em vitruvius

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Arcos do Bixiga, muros com grafites, São Paulo, 14/02/2015

Foto Martin Jayo

Trata­se de um muro de contenção, construído provavelmente no início doséculo 20, no desnível entre as ruas da Assembleia e Jandaia, no bairro daBela Vista. Por décadas, ele ficou “escondido”, até que o arrasamento deuma série de casas e sobrados, em 1987, trouxe­o de volta à luz. Os arcosseriam representativos de técnicas construtivas tradicionais, trazidas porimigrantes calabreses; isso garantiu seu status de patrimônio culturalpaulistano. A estrutura simples, de contenção de desnível entre ruas, foielevada a monumento municipal em 2002, através do tombamento pelo ConselhoMunicipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental daCidade de São Paulo (Conpresp).

Arcos do Bixiga, muros com grafites, São Paulo,

14/02/2015

Foto Martin Jayo

Com apoio da prefeitura municipal e autorização do Conpresp, no início defevereiro, um grupo de artistas urbanos utilizou os vãos dos arcos comopainéis para a execução de grafites. A intervenção legou à cidade umconjunto de pinturas – temporárias, como é a natureza do grafite –emolduradas pelos históricos tijolos.

A iniciativa foi duramente recebida, tanto por tradicionais críticos dagestão Haddad (muitos deles, diga­se de passagem, normalmente pouco afeitosa preocupações com o patrimônio) quanto por um segmento mais conservadordentre os defensores da preservação patrimonial. Estes grupos não tardarama qualificar a intervenção nos arcos como “vandalismo”, “desrespeito”,“absurdo”, “profanação” ou “ataque à memória da cidade”. A base dosargumentos gira em torno da necessidade, por eles defendida, de sepreservar os arcos “em sua originalidade”.

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Arcos do Bixiga, muros com grafites, São Paulo,

14/02/2015

Foto Martin Jayo

Junto com isso, também foi levantada a questão de uma das pinturassupostamente retratar o ex­presidente da Venezuela, Hugo Chávez: acusou­sea gestão petista até mesmo de interferir na liberdade de criação doartista, a fim de fazer uso político­ideológico da intervenção nos arcos.

A nosso ver, com o perdão do trocadilho, as críticas carregaram demais nascores. De forma geral, os argumentos foram contaminados por discussões deordem política, e simplificaram a discussão. Eles desconsideram aspectosimportantes, relativos tanto à estrutura arquitetônica em si quanto àintervenção artística nela promovida, que são listados a seguir.

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14/02/2015

Foto Martin Jayo

Primeiro, parece haver certo anacronismo no debate. Na verdade, os arcosnão foram pintados pela primeira vez agora: em 2011, na gestão GilbertoKassab, eles já haviam recebido uma pintura que não poupou sequer seustijolos. Nessa intervenção, feita com a intenção de dar ao conjunto umaaparência mais “limpa”, os vãos (agora grafitados) receberam tinta bege, eos tijolos foram recobertos – e, por conseguinte, impermeabilizados – poruma camada de tinta na cor salmão. Mas as críticas na época foram muito

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tímidas, e os autoproclamados defensores do patrimônio cultural paulistanoresponderam com o mais absoluto silêncio. Para eles, a aparente assepsiaconseguida com a pintura integral nas cores salmão­bege era suficiente paraconsiderar o monumento satisfatoriamente preservado.

Arcos do Bixiga, muros com grafites, São Paulo,

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Foto Martin Jayo

Segundo, os arcos em questão são um muro de arrimo. Não foram construídoscom intenção de ser monumento nem obra de arte, mas apenas para resolver odesnível entre duas ruas. Seu tombamento e sua fruição estética devem­se àrecente valorização da arquitetura vernacular como patrimônio cultural. Aintervenção artística, realizada por grafiteiros com apoio da prefeitura,não “desrespeita” os significados nem a estrutura física do monumento. Pelocontrário, ela trata os Arcos do Bixiga como aquilo que eles são em suaoriginalidade – um muro –, e permite que sejam apropriados pela populaçãopaulistana como galeria ao ar livre, utilização inclusive comum em váriascidades ao redor do mundo. Há, aqui, outro ponto positivo que restitui“originalidade” à estrutura: a retirada de um mal ajambrado gradil que aseparava do restante da cidade.

Arcos do Bixiga, muros com grafites, São Paulo,

14/02/2015

Foto Martin Jayo

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Conjuga­se, dessa forma, a preservação patrimonial de uma peça dearquitetura vernacular com uma nova utilização contemporânea, que nãoprejudica sua leitura nem sua estrutura. Por seu próprio conceito, ografite é uma intervenção efêmera: a pintura é feita para não durar,enquanto a estrutura que a suporta perdura, preservada.

Terceiro, chama­nos a atenção a aparente diferença no tratamento dado aosArcos do Bixiga e à Pinacoteca do Estado, no que concerne às críticasfeitas à presença de grafite em monumentos tombados.

Pinacoteca do Estado, janelas entaipadas com grafite, São Paulo,

14/02/2015

Foto André Fontan Köhler

Na Pinacoteca, salvaguardada pelo Condephaat (tombamento estadual), já háalguns anos as janelas que dão para o Jardim da Luz abrigam painéis queexibem, justamente, grafites. Seria fácil argumentar que isto atrapalha aleitura do monumento, dado que os vãos originais encontram­se entaipados.Outra crítica fácil seria que as pinturas e grafites são dissonantes doedifício, bem como da pintura academicista e modernista que ele abriga,salvo em exposições temporárias. Não nos parece que o entaipamento dosvãos, preenchidos com painéis de grafite, tenha gerado grande comoção eengajamento por parte dos defensores do patrimônio cultural. Será que aarquitetura vernacular e utilitária dos Arcos do Bixiga desperta maisinteresse, para efeitos de preservação, do que o prédio projetado por Ramosde Azevedo?

Em 1947, Aparício Torelly (1885­1971), vulgo Barão de Itararé, elegeu­severeador do Rio de Janeiro utilizando, em sua campanha, um lema memorável:“Mais água e mais leite, mas menos água no leite!”. Passados quase 70 anos,os propalados defensores de São Paulo e de seu patrimônio cultural parecemter adotado princípio similar: “Mais arte e mais cidade, mas menos arte nacidade!”.

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comentários

Pinacoteca do Estado, janelas entaipadas com grafite,

São Paulo, 14/02/2015

Foto André Fontan Köhler

sobre os autores

Martin Jayo é professor da EACH­USP, atuando nos cursos de bacharelado e

mestrado em Gestão de Políticas Públicas. É bacharel em Economia pela FEA­

USP, mestre em Ciências da Comunicação pela ECA­USP e doutor em

Administração de Empresas pela FGV­EAESP. Participa do GETIP – Grupo de

Estudos em Tecnologia e Inovação na Gestão Pública, e edita o blogue Quando

a cidade era mais gentil.

André Fontan Köhler é professor da EACH/USP, atuando no Curso de

Bacharelado em Gestão de Políticas Públicas. É bacharel em Administração e

mestre em Administração Pública e Governo pela FGV­EAESP. É doutor em

Arquitetura e Urbanismo pela FAU/USP, e participa do GETIP – Grupo de

Estudos em Tecnologia e Inovação na Gestão Pública.

12 comentários Classificar por

Alexandre Hodapp · Arquiteto e Urbanista em Peabiru TCAPara ampliar a comparação, imagine se os tijolos da Pinacotecarecebessem uma mão de tinta bege...

Curtir · Responder · 5 · 16 de fevereiro de 2015 23:57

Luciano Abbamonte da Silva · Universidad Presbiteriana Mackenzieconheci um dos 4 grafiteiros ­ o Roberto Bieto, que fizeram esse"retrato", poucos dias depois da polêmica reaça: o parça relatou que foium retrato pintado a oito mãos, e que não teve nenhuma intenção dese "parecer" com o rosto de Chaves. Foi apenas uma (in­feliz ; )coincidência hehe ponto. Na arte, obra aberta, cada um vê o que quer ;D

Curtir · Responder · 5 · 17 de fevereiro de 2015 04:06

Eric André Cortez · Universidade São Judas TadeuTexto perfeito. Acho que tem muito mimimi na história.

Curtir · Responder · 2 · 17 de fevereiro de 2015 08:43

Paula Janovitch · História USPmuito bom martin. parabéns. paulaCurtir · Responder · 17 de fevereiro de 2015 09:37

Luis Galeão · Profesor em Instituto de Psicologia USPBelo texto sobre a necessidade de ocupações criativas na cidadeversus o uso infeliz da história como pretexto para manter asegregação social.

Curtir · Responder · 2 · 17 de fevereiro de 2015 10:53 · Editado

Carlos Alberto Marciano · Liceu São PauloLixo, feito por lixos, autorizados por um prefeito lixo, que foi eleito pelolixo de sp. e tem mais, reaça é a pqp.

Curtir · Responder · 1 · 17 de fevereiro de 2015 17:11

Gabriel Fernandes · São PauloPrefiro lixo a elitismo.

Viva o pixo e o grafite!

Curtir · Responder · 3 · 18 de fevereiro de 2015 16:54

Carlos Chinchila · Arquitecto em Studio Paraty Arquitetura e DesignExcelente.Curtir · Responder · 17 de fevereiro de 2015 20:20

Janaína Behling · Fundadora ;$ em Viva LetramentosClaro que ia dar polêmica estando os arcos no Bixiga. A visibilidade dosgrafites é enorme, embeleza, mas é um bairro híbrido com grandesassimetrias entre (pseudo) conservadores e iniciativas joviais deurbanidade, modernas.Curtir · Responder · 18 de fevereiro de 2015 16:06

Maria Aparecida de Freitas · ISTITUTO NACIONAL DE PESQUISASDA AMAZONIA (inpa)

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19/06/2016 minhacidade 175.07 São Paulo: A batalha dos Arcos do Bixiga | vitruvius

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DA AMAZONIA (inpa)Que absurdo, isto é impedir a expressão da arte. Existem váriosprojetos promovidos pela secretaria de cultura da cidade de São Paulo.A prefeitura não teria aceito o projeto sem voto da Câmara dosvereadores não?Curtir · Responder · 19 de fevereiro de 2015 22:41

Lygia Freund · AGPP ­ em PMSPmuito bom....texto ótimo...desculpe repetir mas muito muito mimimisobre o assuntoCurtir · Responder · 19 de fevereiro de 2015 23:00

Du Dias · Andarilho profissional em CicloviajanteSem falar que os muros de arrimo já vinham sendo pixados e pintadose pixados e repintados há algum tempo. Os arcos, por sua vez, sãotombados apenas na esfera municipal, cujo órgão (Conpresp) foiconsultado. Não é tombado pelo CONDEPHAAT (estadual) ou IPHAN(federal). Então menos, galera, menos. Só pra ter uma ideia, faz umabusca pelos grafites no Donau Kanal, em Viena, contrastando comaqueles prédios históricos que tem no nível da rua.Curtir · Responder · 23 de fevereiro de 2015 20:29

Fabiula Domingues · Coordenadora Técnica em Formarte Projetos,Produção e Assessoria LtdaMinha crítica sobre os trabalhos feitos nos arcos é pelo lado dapreservação, da arte de rua e da arte na rua. Entendo que as açõesfeitas pela Secretaria Municipal de Cultura são interessantes, masinsuficientes. Minha crítica ao ato vai além da produção culturalexpressa por grafites. Cito pelo fato da produção cultural atual [e degovernos anteriores] desconsiderar o que SP JÁ oferece [E MUITO],nossos monumentos históricos [arte erudita na rua].Cadê a preservação de nossos monumentos elevados à marcoshistóricos de nossa cidade? Porque não utilizar parte dessa verbadestinada ao grafite p... Ver maisCurtir · Responder · 26 de fevereiro de 2015 10:35

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