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Agroindústria e Agricultura familiar no Pará

Date post: 24-Feb-2023
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53
Universidade do Estado do Pará- UEPA Centro de Ciências Naturais e Tecnologia Curso de Engenharia de Produção Matéria: Análise de Demandas Regionais Agroindústria e Agricultura familiar no Pará Débora Sodré Igor Sampaio Luana Freire Lucas Lima Maria Fernanda Roberta Guilhon 1
Transcript

Universidade do Estado do Pará- UEPA Centro de Ciências Naturais e TecnologiaCurso de Engenharia de ProduçãoMatéria: Análise de Demandas Regionais

Agroindústria eAgricultura familiar

no Pará

Débora Sodré

Igor Sampaio

Luana Freire

Lucas Lima

Maria Fernanda

Roberta Guilhon

1

Belém2014

Debora Sodré

Igor Sampaio

Luana Freire Lucas Lima

Maria

Fernanda

Roberta Guilhon

Agroindústria e Agricultura familiar no Pará

2

Belém

2014

ÍNDICE1.Introdução 4

2.Desenvolvimento 6

2.1) Agricultura Familiar 6

2.2) Fruticultura 7

2.3) Dendê 16

2.4) Mandioca 18

2.5) Castanha-do-Pará 21

2.6) Assentamento 22

2.7) Programas 23

3

Este trabalho temobjetivo de apresentar osdados e informaçõesadquiridas através depesquisas. Este trabalhocompreende a avaliaçãosemestral da disciplinaAnalise de DemandasRegionais, naUniversidade do Estado doPará (UEPA).

2.8) Conflitos Agrários 26

3.Conclusão 29

4.Referências 32

1.INTRODUÇÃO

Na década de 1950 observou-se a aceleração industrial e a

modernização da economia brasileira como um todo, o que também

influenciou as atividades agrárias. A partir de 1964 destacou-

se a constituição do novo complexo agroindustrial nacional,

caracterizado pela integração da agricultura com a indústria.

À agricultura coube o papel de fornecer alimentos para os

grandes centros urbanos em formação, produzir matérias-primas

4

industriais e mercadorias destinadas à exportação. Ao setor

industrial coube a produção do maquinário agrícola, dos adubos

e dos fertilizantes necessários para uma produção em grande

escala.

Para estudar o tema desse trabalho, previamente é

necessário conceituar as atividades e entender suas

aplicações. Apresenta-se, abaixo, as definições dos referidos

assuntos:

A agroindústria é o conjunto de atividades

relacionadas à transformação de matérias-primas

provenientes da agricultura, pecuária, aquicultura ou

silvicultura. O estado de transformação varia amplamente

em razão dos objetivos das empresas agroindustriais. É,

ainda, um segmento da cadeia que vai desde o fornecimento

de insumos agrícolas até o mercado para consumo. Em

comparação a outros segmentos industriais da economia,

apresenta uma certa originalidade decorrente de três

características fundamentais das matérias-primas:

sazonalidade, perecibilidade e heterogeneidade.

No Brasil, considera-se agricultor familiar ou

empreendedor familiar rural aquele que pratica atividades

no meio rural, atendendo, simultaneamente, aos

requisitos: não deter de qualquer título, área maior que

4 (quatro) módulos fiscais; utilizar predominantemente

mão-de-obra da própria família nas atividades econômicas

do seu estabelecimento ou empreendimento; ter percentual

mínimo de renda familiar originada de atividades

5

econômicas do seu estabelecimento ou empreendimento, na

forma definida pelo Poder executivo e conduza seu

estabelecimento ou empreendimento com sua família. O

conceito apresentado teve como base a lei nº 11.3262, de

24 de julho de 2006, no artigo 3.

No primeiro momento, destaca-se as importantes atividades

desenvolvidas na Amazônia e em especial no Pará. A

fruticultura paraense detém um papel muito importante na

cultura e economia do estado, teve seu processo de expansão

iniciado na segunda metade dos anos 90, favorecido pelas boas

condições de solo e clima, e pela riqueza e variedade de

frutas existentes. Atualmente, a agricultura frutífera

constitui a quarta atividade econômica mais importante do

Pará, suplantado apenas pela mineração, madeira e pecuária.

Outras atividades em destaque são os extrativismos de: dendê,

mandioca, castanha- do- Pará, soja e palmito.

Sucedendo as principais atividades agrícolas paraense,

destaca-se os projetos de incentivo público no Brasil para

agricultura familiar, bem como, a importância desses para os

pequenos agricultores familiares e para a economia do estado

do Pará.

O Brasil é um país onde a concentração de terras é

histórica, iniciada com o sistema colonial de capitanias

hereditárias e com a concessão de sesmarias, que tinham como

função a produção de gêneros agrícolas comercializáveis e

render tributos para a coroa portuguesa. Esse modelo

concentrador leva grande parcela da população a enfrentar a6

pobreza e coloca o Brasil entre os 6 países mais injustos do

mundo, se considerada a distribuição de renda, na atualidade.

É por esse motivo, que apresenta-se e discute a questão

fundiária brasileira com os conflitos agrários existente.

2.DESENVOLVIMENTO

Analisar a agroindústria na Amazônia e no Estado do Pará,

em particular, convém observar o seu desenvolvimento sob

diversos ângulos: do contexto primitivo, representado pela

produção de farinha até a modernas indústrias de refinação de

óleo de dendê; da sua evolução ao longo do tempo, da sua

destruição e do surgimento de novas agroindústrias; da

perspectiva política como solução para a Amazônia, das suas

limitações e possibilidades (Homma, 2001). Assim, as

primitivas agroindústrias nasceram com o cultivo da mandioca,

3.500 anos atrás, decorrente dos primeiros paleoíndios. Já na

agroindústria de frutas o ponto inicial, em 1910, foram as

atividades da Fábrica de São Vicente, em Belém, de dona Maria

7

Rita Ferreira Santos, primeira a fabricar doces, geleias e

compotas de frutas nativas da Amazônia. Em 1945, teve, em

Belém, a utilização da primeira máquina de amassar açaí, que

substituiu as “amassadeiras de açaí”.

Neste tópico será apresentado: uma análise sobre

agricultura família; as principais produções no Pará, que são

fruticultura e extrativismo; síntese sobre assentamento; os

programas sociais voltados para a agricultura familiar e o

conflito agrário. As frutas que serão comentadas serão:

abacaxi, açaí, banana, cacau, coco e cupuaçu. Fala-se também

do dendê, mandioca e castanha-do-Pará.

2.1) A Agricultura Familiar

Em qualquer país onde as relações econômicas são definidas

e implementadas com base no livre mercado, os produtores que

praticam a agricultura familiar se revelam bastante

fragilizados nos processos de produção e comercialização de

seus produtos. A heterogeneidade, sazonalidade, dispersão

espacial e o baixo nível de formação, que afetam esses

produtores, geram evidentes riscos de produção. (Binswanger &

Deininger, 1997; Cribb, 2008).

Nesse contexto, a agricultura familiar brasileira, que

gera mais de 80% da ocupação no setor rural, responde por sete

de cada 10 empregos no campo e por cerca de 40% da produção

agrícola, enfrenta uma série de dificuldades para permanecer

no mercado. Atualmente a maior parte dos alimentos que

abastecem a mesa dos brasileiros vem das pequenas

8

propriedades. Além disso, esse tipo de produção favorece o

emprego de práticas produtivas ecologicamente mais

equilibradas, como a diversificação de cultivos, o menor uso

de insumos industriais e a preservação do patrimônio genético.

Além disso, esse tipo de produção mostra-se extremamente

variado, pois Inclui tanto famílias que vivem e exploram

minifúndios em condições de extrema pobreza, como produtores

inseridos no moderno agronegócio e que geram renda várias

vezes superior à que define a linha da pobreza. A

diferenciação dos agricultores familiares está associada a

diversos fatores, entre eles: as heranças culturais variadas,

as experiências profissionais, e o acesso à um conjunto de

fatores (entre os quais, os recursos naturais, o capital

humano e o capital social). Como também, está associada à

inserção dos grupos em paisagens agrárias muito diferentes

umas das outras.

O universo de agricultores familiares é composto por

grupos com interesses particulares, estratégias próprias de

sobrevivência e de produção, que reagem à sua maneira a

desafios, oportunidades e restrições, e que, portanto,

demandam tratamento compatível com as particularidades.

Existem cerca de 4.139.000 agricultores familiares no Brasil,

que estão espalhados por todo o território nacional e que

diferenciam-se segundo o nível de renda e região do país. De

fato, desde o ponto de vista da política pública, as duas

características mais relevantes da agricultura familiar são a

dispersão espacial e as diferenças socioeconômicas desses

9

agricultores. Essas características são relevantes na medida

em que condicionam os objetivos, estratégia e instrumentos de

intervenção para a promoção do desenvolvimento da agricultura

familiar.

2.2) Fruticultura

As atividades de produção englobam uma amostra de nove

tipos de frutas tropicais regionais e exóticas, destacando: o

açaí, cupuaçu, abacaxi, maracujá e laranja. A plantação de

frutas regionais caracteriza-se como de cunho extrativista,

que tem se modificado com o tempo para atividades mais

racionais. Porém, a quantidade produzida da maioria das frutas

é insuficiente para atender a necessidade das agroindústrias,

mesmo no período de safra. Em 2010, a área que compreendia a

fruticultura atingiu, aproximadamente 251 mil hectares, para

as principais frutas tropicais.

As áreas de produção frutífera são predominantemente de

pequeno e médio portes, e estão concentradas na Região

Metropolitana de Belém e no Nordeste Paraense, oferecendo uma

variedade de produtos tais como: polpas, concentrados, sucos,

xaropes, licor, doces, geleias, sorvetes e iogurtes. Supõem-se

que aproximadamente 15% da produção de polpa de frutas são

exportadas internacionalmente e 85% nacionalmente, desse

último 15% atende à demanda regional e 70% a dos demais

estados. Apesar da proporção pequena para a produção destinada

10

ao mercado internacional, isso vem mudando com a ampliação de

áreas voltadas para o exterior do Brasil.

A exportação de frutas e de sucos vem sendo aprimorada

anualmente. No período de 2000 a 2010, as exportações

paraenses em volume cresceram cerca de 241%. Em 2010, a tabela

das exportações de produtos da fruticultura chegou a número de

US$ 26,7 milhões, uma redução de 24,21% em relação a 2009,

causado pela crise da economia norte-americana, que é o

principal destino da produção do setor, recebendo cerca de 88%

das exportações do setor frutícola paraense. O presente

crescimento atribui aos sucos e frutas o 6º lugar na pauta de

exportação do agronegócio do Pará, abaixo dos setores

tradicionais de produtos florestais, animais vivos e carne,

principalmente.

A fruticultura paraense, enfrenta uma série de gargalos ao

longo da cadeia produtiva, necessitando da construção de uma

agenda integrada de ações, envolvendo todos os agentes,

públicos e privados, que interagem no setor. Assim, emergem

como principais barreiras que regulam a ação governamental os

seguintes: incipiente regularização fundiária e ambiental das

propriedades rurais; baixo nível educacional do produtor e do

trabalhador rural; baixa capacidade de gestão empresarial;

falta de análise e de práticas de correção de solos; práticas

inadequadas de produção; colheita e transporte do produto;

deficiência de equipamentos para transporte dos frutos e

logística de armazenamento e transporte deficiente.

11

Uma importante empresa para a fruticultura paraense é a

C.A.M.T.A. Com a imigração para região amazônica dos

governantes do Brasil e Japão, japoneses imigraram a Tomé-Açu

em 1929. A C.A.M.T.A foi fundada por estes imigrantes como uma

cooperativa de hortaliças, a fim de assegurar mercado para

vender seus produtos, e, consequentemente, para assegurar a

sua própria sobrevivência. Era um desafio até porque os

habitantes em Belém, maior e mais próximo mercado

da C.A.M.T.A na década de 30, não tinham o hábito de consumir

hortaliça. Mais tarde, a C.A.M.T.A tornou-se a primeira

produtora e exportadora de pimenta-do-reino, trazida em 1933

pelos japoneses. Com a ascensão a empresa auxiliou o

desenvolvimento de Tomé-Açu, colocando hospitais, escolas,

supermercados e infraestrutura. Nos dias atuais, a empresa

concentra-se para vendas de produtos agrícolas originados em

seus cooperados e não cooperados, como: produção de polpa de

frutas; recebimento e vendas de pimenta do reino e cacau, seus

principais produtos; e promoção de novos produtos- andiroba,

limão, mamão, bacuri e manda, são exemplos.

A expectativa de crescimento da fruticultura paraense é

muito promissora para frutas exóticas, assim como regionais.

Isso ocorre devido a demanda internacional por esses produtos

ter aumentado, causado pelas campanhas nos países do norte

sobre os benefícios para a saúde da ingestão de sucos

naturais. Afere-se que o comércio mundial por frutas tropicais

some mais ou menos US$ 5 bilhões. Nacionalmente, dilata-se

também a demanda por frutas regionais e derivados. Analisando

o desenvolvimento estadual, a acomodação produtiva de frutas é12

um dos mais flexíveis quanto às possíveis formas de utilizar

meios mais sustentáveis, sendo uma excelente opção para

dinamizar economias locais, considerando o seu alto efeito

multiplicador de renda, por demandar grande mão de obra,

garantindo trabalho para 2 a 5 trabalhadores por hectare

plantado. A seguir, será apresentado as principais frutas

produzidas no Pará, assim como, seus dados de produção:

Abacaxi

O Estado do Pará é o 2º maior produtor nacional de abacaxi

(IBGE/LSPA, 2010), destacando-se como principais produtores os

municípios de Floresta do Araguaia, Conceição do Araguaia, no

sudeste paraense, e Salvaterra, na ilha do Marajó. A produção,

em 2010, atingiu 248.772 mil frutos, com produtividade de

29.619 frutos/ha, e preço médio de R$ 615,00 por mil frutos,

gerando uma receita na produção agrícola, em torno de R$ 152,9

milhões.

O crescimento da produção vem ocorrendo em função do

aumento da área colhida. O município de Floresta do Araguaia,

com uma área colhida de 5.500 ha, em 2010, é maior produtor

nacional da fruta, nele funcionando a maior indústria de

processamento de suco concentrado do País. O produto é,

inclusive, exportado para diversos países da União Europeia,

MERCOSUL e Estados Unidos.

MAIORES PRODUTORES DE ABACAXI

13

ANO REGIÃO MUNICIPIO PRODUÇÃO

(TONELADAS)

2010 ARAGUAIA FLORESTA DO

ARAGUAIA

115.500

MARAJÓ SALVATERRA 9.000

ARAGUAIA CONCEIÇÃO DO

ARAGUAIA

7.200

2011 ARAGUAIA CONCEIÇÃO DO

ARAGUAIA

18.000

ARAGUAIA RIO MARIA 6.630

MARAJÓ SALVATERRA 6.600

2012 ARAGUAIA CONCEIÇÃO DO

ARAGUAIA

22. 216

ARAGUAIA FLORESTA DO

ARAGUAIA

181.790

MARAJÓ SALVATERRA 6.813

Fonte: Sagri

Açaí

O Pará detém a maior produção nacional de açaí, cerca de

706 mil toneladas/ano, equivalente a 88% da produção nacional

e que gerou, em 2010, uma receita de aproximadamente R$ 1.030

milhões para a economia paraense. Sendo as Regiões de

14

Integração do Tocantins e Marajó as maiores produtoras, com

destaque para os municípios de Igarapé-Miri, Abaetetuba,

Bujaru, Cametá e Limoeiro do Ajuru.

As qualidades do fruto, relacionadas com o suprimento de

vitaminas, minerais e, principalmente, como excelente

energético, abriram ótimas alternativas para sua

comercialização no País, sendo o açaí, hoje, bebida consumida

em academias, centros de ginástica e até em restaurantes.

Nesse contexto, expande-se a sua venda tanto no mercado

nacional como no internacional.

Em 2010, as vendas para o mercado externo da polpa de açaí

atingiram o montante de US$ 18,6 milhões, no mercado nacional,

Rio de Janeiro e São Paulo já consomem cerca de 650

toneladas/mês de polpa e mais de 1.000 toneladas/mês na forma

de mix como guaraná e granola. Em termos locais, o consumo

também é expressivo, em função do hábito alimentar da

população, sendo comercializado diariamente, somente na Região

Metropolitana de Belém, cerca de 471 mil litros de açaí.

O caroço do açaí já começa, também, a ser processado como

alimento funcional para misturar com o trigo, na fabricação de

pães, pizzas, biscoitos; com o café, e na fabricação de

medicamentos, rações e corantes. Outro mercado bem conhecido é

o do palmito do açaí. A produção de açaí do Pará abastece

quase 90% da produção de palmito do país e está presente em

mercados dos Estados unidos e da Europa. 

MAIORES PRODUTORES DE AÇAÍ

15

ANO REGIÃO MUNICIPIO PRODUÇÃO

(TONELADAS)

2010 TOCANTINS LIMOEIRO DO

AJURU

20.231

TOCANTINS OEIRAS DO PARÁ 8.909

MARAJÓ PONTA DE

PEDRAS

13.197

2011 TOCANTINS LIMOEIRO DO

AJURU

21.242

TOCANTINS OEIRAS DO PARÁ 9.355

MARAJÓ PONTA DE

PEDRAS

11.217

2012 TOCANTINS LIMOEIRO DO

AJURU

25.000

TOCANTINS OEIRAS DO PARÁ 10.000

MARAJÓ PONTA DE

PEDRAS

8.974

Fonte: Sagri

Banana

A cultura da bananeira vem se destacando, desde a década

de 1990, pela importância econômica e social para os16

agricultores do Estado do Pará. No ano de 2010, o Pará foi

responsável pela produção de 539.979 t, com uma área plantada

de 41.716 ha, ocupando a 6ª colocação no ranking nacional.

A cultura é difundida no território paraense, sendo as

mesorregiões do Sudoeste e Sudeste, responsáveis por 70% da

produção. Essa última, pela sua localização geográfica, vem se

consolidando como polo exportador para as regiões Norte,

Nordeste e Centro-Oeste do País, com destaque para

os municípios de Novo Repartimento, Rurópolis, Trairão,

Uruará, Itupiranga e São Geraldo do Araguaia.

Grande parte da produção é comercializada dentro do

Estado, que tem na capital o maior mercado consumidor. Nos

últimos cincos anos, foram disponibilizadas em média 37.000t

ao ano do produto, o que corresponde a aproximadamente R$ 40

milhões do produto comercializado anualmente. 

MAIORES PRODUTORES DE BANANA

ANO REGIÃO MUNICIPIO PRODUÇÃO

(TONELADAS)

2010 XINGU ALTAMIRA 34.787

XINGU URUARÁ 35.484

LAGO DE

TUCURUÍ

NOVO

REPARTIMENTO

45.500

2011 XINGU ALTAMIRA 41.912

TAPAJÓS RURÓPILIS 32.00017

LAGO DE

TUCURUÍ

NOVO

REPARTIMENTO

45.500

2012 XINGU ALTAMIRA 41.912

XINGU MEDICILÂNDIA 43.350

LAGO DE

TUCURUÍ

NOVO

REPARTIMENTO

45.500

Fonte: Sagri

Cacau

A produção brasileira, em 2010, segundo o IBGE/LSPA, foi

de aproximadamente 233,6 mil toneladas, equivalente a 5,5% da

mundial. O Estado do Pará é 2º produtor nacional de cacau,

respondendo por 22% do total produzido no País, com uma

produção de 52,3 mil toneladas, em 2010, em uma área colhida

de aproximadamente 72.021 há. Sendo, a agricultura familiar,

responsável por cerca de 80% do total da produção e tendo como

principais municípios produtores: Medicilândia, Uruará,

Placas, Brasil Novo e Altamira.

A elevada produtividade, aliada ao baixo custo de produção

torna a produção paraense bastante competitiva, e abre

perspectivas para implantação de novos projetos industriais

para processamento do cacau, no próprio Estado do Pará, o que

18

tem estimulado os aumentos no plantio cacaueiro e na

participação na produção do País.  

MAIORES PRODUTORES DE CACAU

ANO REGIÃO MUNICIPIO PRODUÇÃO

(TONELADAS)

2010 XINGU MEDICILÂNDIA 21.145

XINGU PLACAS 6.030

XINGU URUARÁ 4.036

2011 XINGU MEDICILÂNDIA 22.467

XINGU PLACAS 6.030

XINGU URUARÁ 6.373

2012 XINGU MEDICILÂNDIA 23.897

XINGU PLACAS 6.300

XINGU URUARÁ 6.373

Fonte: Sagri

Coco

O Estado do Pará é o 4º maior produtor nacional, com uma

produção, em 2010, de 230.873 mil frutos, em uma área colhida

de 23.785 ha. Os municípios que mais produzem são Capitão

Poço, Acará, Garrafão do Norte, Santo Antônio do Tauá e Moju,

destacando que nesse último está localizada a maior plantação

19

contínua de coqueiros do Brasil, com 19 mil hectares e 800 mil

pés.

A verticalização da produção contempla produtos como coco

ralado, água de coco e leite de coco, além de insumos para

indústrias de biscoitos, sorvetes, achocolatados e outros

produtos alimentícios, com unidades de processamento

localizadas predominantemente no município de Ananindeua.

MAIORES PRODUTORES DE COCO

ANO REGIÃO MUNICIPIO PRODUÇÃO

(TONELADAS)

2010 TOCANTINS MOJU 75.000

TOCANTINS ACARÁ 19.636

RIO CAPIM CAPITÃO POÇO 14.118

2011 TOCANTINS MOJU 75.000

TOCANTINS ACARÁ 23.000

RIO CAPIM CAPITÃO POÇO 14.118

2012 TOCANTINS MOJU 75.000

TOCANTINS ACARÁ 25.000

RIO CAPIM CAPITÃO POÇO 13.728

Fonte: Sagri

20

Cupuaçu

O Pará é o maior produtor nacional de cupuaçu, com uma

produção de 41.142t e produtividade de 3.325 kg/ha, de acordo

com dados do IBGE/LSPA para 2010. O cupuaçu destaca-se entre

as frutas regionais pelo seu aroma e sabor característicos,

sendo muito utilizado no processamento de sorvetes, e nas

agroindústrias de chocolates, que aproveitam suas sementes. Os

principais municípios produtores encontram-se na região

Nordeste Paraense, sendo estes: Tomé-Açu, Moju, Acará, Bujarú

e Concórdia do Pará.

MAIORES PRODUTORES DE CUPUAÇU

ANO REGIÃO MUNICIPIO PRODUÇÃO

(TONELADAS)

2010 TOCANTINS ACARÁ 3.040

TOCANTINS MOJU 3.726

RIO CAPIM TOMÉ-AÇU 10.800

2011 TOCANTINS ACARÁ 3.600

TOCANTINS MOJU 2.400

RIO CAPIM TOMÉ-AÇU 11.880

2012 TOCANTINS ACARÁ 4.400

TOCANTINS MOJU 2.400

RIO CAPIM TOMÉ-AÇU 43.500

21

Fonte: Sagri

2.3) Dendê

A participação da agricultura familiar no cultivo do dendê

está ampliando a área ocupada pela cultura no Nordeste do

Pará, principal região produtora do estado com 37 municípios

adequados à atividade, segundo o Zoneamento Agroecológico do

Dendê. Atualmente, de acordo com dados da Secretaria de

Agricultura do Estado do Pará (Sagri), somando-se as áreas

próprias do setor empresarial às ocupadas com dendê na

agricultura familiar, a região contabiliza cerca de 166 mil

hectares ocupados pela cultura.

Atualmente, empresas de médio e grande porte, como

Agropalma, Biopalma Vale,Yossan, Dempasa, Mar- borges,

Dentauá, Petrobras/ Galp, ADM e Palmasa, além de outras de

menor envergadura, ocupam, juntas, 140 mil hectares, com

perspectivas de expansão para 329 mil hectares até 2020.

O ritmo acelerado da expansão da dendeicultura e da

incorporação da agricultura familiar à atividade já tem

modificado a estrutura produtiva do nordeste do Pará, como

constata a pesquisa de João Santos Nahum e Antonio Malcher.

Entre os anos 2008 e 2010, a aquisição de terras por parte das

grandes empresas foco, lotes de pequenos agricultores, muitos

dos quais, depois de vendida a terra, passaram a trabalhar

como funcionário das próprias empresas no plantio dos novos

dendezais agroindustriais.22

Já os produtores que optaram pelo dendê em parceria com as

empresas têm, via de regra, abandonado os plantios e as roças

de cultivos alimentares.

Estes dois fenômenos já têm sido relacionados por

especialistas a uma alta de preços de itens básicos dos

alimentos, tanto na região nordeste quanto na capital paraense

Belém. De acordo com levantamentos do Departamento

Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos no Pará

(Dieese/PA), o principal responsável pela alta de 12% da cesta

básica no Estado entre janeiro e dezembro de 2012 (quase duas

vezes a inflação do ano calculada pelo IBGE) foi a farinha de

mandioca, que sofreu um aumento de 90% neste período. Farinha

de mandioca nunca esteve tão cara no Pará.

Apesar de apontar fatores como situações de sazonalidade,

quebra de safra e entraves na comercialização, o economista e

supervisor técnico do Dieese/PA, Roberto Sena, avalia que

existe uma relação entre o avanço do dendê e a alta dos

alimentos. “O problema da agricultura familiar é que falta

política de produção; deixaram de fomentar mandioca em troca

do dendê”, afirma Sena. Segundo ele, o pouco investimento na

produção de alimentos faz com que cerca de 60% do que é

consumido no Estado venha de fora. “O Pará tem hoje o maior

custo de vida do país, de acordo com o IBGE.

2.4) Mandioca

23

O Pará é atualmente o maior produtor nacional dessa

cultura, podendo ser realizada, principalmente, pela

agricultura familiar ou agroindústria. A mandioca pode tomar

rumos diferentes dependendo da região, do tipo de farinha, da

goma, do tucupi ou da folha para maniçoba que está sendo

produzida. Muitas comunidades se orgulham pela qualidade e

pela tradição de diversos produtos e subprodutos da mandioca.

Altamente intensiva em mão de obra, estima-se que para

cada três hectares, empregam-se duas pessoas durante o ano,

indicando que o cultivo da mandioca esteja gerando mais de 200

mil empregos, talvez, a maior fonte geradora de emprego no

Estado do Pará.

Apesar de ser um produto básico da alimentação na

Amazônia, sobretudo das populações de baixa renda, a sua

importância não é correspondida em termos de apoio para esse

segmento da agroindústria familiar. Se remunerar os gastos de

mão de obra de grande parte familiar ou em mutirão, utilizados

na produção de farinha, com o valor do salário mínimo,

verificar-se-á que muito mal cobre os custos de produção,

apresentando, muitas vezes, lucro negativo.

Algumas agroindústrias, instaladas em Santa Maria do Pará

e em São Miguel do Guamá, procuram adquirir roças de mandioca

de pequenos produtores sem investir no processo produtivo. Há

várias políticas que precisam ser desencadeadas para auxiliar

os pequenos produtores de mandioca. São necessárias casas de

farinha comunitárias, mecanização parcial no processo de

fabricação da farinha, tratores, implementos agrícolas para24

atendimento coletivo e fertilizantes químicos para aumentar a

produtividade, melhorar a qualidade e, sobretudo, a

infraestrutura social.

Uma das grandes limitações dos atuais produtores de

farinha no nordeste paraense refere-se a busca de lenha, que

chega a participar entre 10 a 15% do custo de produção de

farinha. As capoeiras do nordeste paraense, depois de dezenas

de anos de queimadas e derrubadas sucessivas, já não conseguem

produzir lenha suficiente para aquecer os fornos das casas de

farinha. Isso obriga a busca de lenha ou de resíduos de

serrarias em locais distantes. Evidenciando, assim, a

necessidade de implantar programas de reflorestamento para os

produtores de farinha.

Apesar da grande diversidade, o sistema produtivo da

cadeia da mandioca apresenta três tipologias básicas: a

unidade doméstica, a unidade familiar e a unidade empresarial.

Essa divisão está levando em consideração as interconexões

entre a origem da mão de obra, o nível tecnológico, a

participação no mercado e a intensidade do uso de capital na

exploração.

A unidade doméstica é caracterizada por usar mão de obra

familiar, não utilizar tecnologias modernas, pouco participar

do mercado e dispor de capital de exploração de baixa

intensidade. A unidade familiar, ao contrário da doméstica, já

adota algumas tecnologias modernas, tem uma participação

significativa no mercado e dispõe de capital de exploração em

nível mais elevado. A contratação de mão de obra de terceiros25

é a característica marcante da unidade empresarial, ou seja,

da agroindústria.

No setor agroindustrial, o beneficiamento da mandioca vem

ganhando visibilidade. O agronegócio de mandioca, no Brasil,

garante uma receita bruta de 2,5 bilhões de dólares e 1 milhão

de empregos diretos. Entre os produtos 33,9% corresponde à

alimentação humana; 50,2% à alimentação animal; 5,7% à outros

usos e 0,2% à exportação, havendo uma perda de 10%; sendo que

95% das propriedades derivam das bases familiares (CUNHA,

2007). A relevância econômica dessa agroindústria vem

crescendo nos últimos anos decorrente, principalmente, dos

processos que procuram agregar valor no beneficiamento da

mandioca, utilizando-a como matéria-prima em diferentes áreas.

Maiores produtores do estado (IBGE, 2012):

Microrregião Município Quantidade

produzida

(toneladas)

Valor da

produção (mil

reais)

Tomé-Açu Acará 345.000 78.695

Bragantina Bragança 157.500 42.415

Guamá Ipixuna do

Pará

226.900 57.247

Santarém Santarém 378.000 133.434

26

Mandioca para a agricultura familiar:

A mandioca é uma das culturas mais importantes da

agricultura familiar paraense, assumindo papel de destaque na

geração de renda e ocupação da mão de obra no meio rural. Em

2010, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e

Estatística (IBGE), foram cultivados 298 mil hectares, o que

correspondeu a 27% da área ocupada com cultivos agrícolas no

estado do Pará. Em um terço dos municípios paraenses (48

municípios) é a cultura que responde por mais de 40% do valor

bruto da produção agrícola (IBGE, 2010).

Entre as regiões que dependem da mandioca para a sua

subsistência, o arquipélago do Marajó e a região do salgado

destacam-se pela sua grande produção e dependência do produto.

No Marajó, o cultivo da mandioca é realizado pelo segmento

dos pequenos agricultores, com o objetivo de garantir sua

subsistência utilizando, ao longo do tempo, por falta de

acesso a informações e insumos modernos, a prática de preparo

de área itinerante via derrubada e queimada. Uma

característica econômica da mandioca é a sua capacidade de

permanecer no campo sem sofrer grandes perdas, possibilitando

ao agricultor realizar a fabricação de farinha durante o ano

todo.

O cultivo da mandioca, juntamente com a pesca e o manejo

de açaizais, forma o tripé da produção agroextrativista que

garante a subsistência das famílias marajoaras. Nas centenas

de comunidades ribeirinhas do interior do arquipélago do

27

Marajó há uma gama de conhecimentos e práticas tradicionais

passadas de geração a geração que tratam do cultivo de

diversas variedades crioulas dessa importante planta.

  O beneficiamento acontece em pequenas “casas de farinha”,

que ficam próximas às residências, e são estruturadas de

maneira simples, sendo realizado com instrumentos artesanais.

O principal produto beneficiado é a farinha, e em menor

escala o tucupi, a tapioca, mingaus, beijus e bolos. A maior

parte da produção se destina ao consumo próprio, e só o

excedente é comercializado para abastecer cidades próximas. O

pagamento é feito em menor parte com dinheiro, e

principalmente pela troca de mercadorias. Mesmo sendo

amplamente empregada pelas famílias marajoaras ainda é visível

a grande necessidade de capacitação dos agricultores, tanto

para ampliar a capacidade produtiva e de comercialização dos

produtos e subprodutos da mandioca, como para fortalecer o

associativismo com vistas a eliminar os atravessadores no

escoamento da produção.

Na região do Salgado, a realidade não é muito diferente. A

mandioca é a espécie mais importante cultivada nessa região e

tem papel essencial na sócio economia, através da venda dos

diversos produtos derivados, como a goma, o tucupi, a farinha,

a maniva e o beiju.

O excedente da produção desses produtos é comercializado

na comunidade e vizinhanças. O comércio é pequeno, sendo

incrementado em feriados prolongados quando turistas chegam à

28

comunidade, que se localiza próxima ao município de

Salinópolis. A rotina dos agricultores não sofre grande

alteração em virtude do aumento da população, eles mantêm a

produção normal e o excedente é comercializado.

2.5) Castanha- do- Pará

A castanha-do-Pará, representa uma planta nativa da

Amazônia sendo uma das mais importantes espécies de exploração

extrativistas sendo suas amêndoas de extrema importância

econômica cujo beneficiamento é efetuado há varias décadas em

Belém e na região amazônica. Alfredo Homma, cita que a

exploração de castanha do Brasil, tornou-se a principal

atividade econômica na região amazônica, desde o declínio da

exploração de borracha. Esta atividade vem sustentando

milhares de extrativistas e toda uma oligarquia decorrente

dessa riqueza.

O Brasil é o maior produtor mundial de castanha-do-pará́,

apresentando uma produtividade média de 36 litros por hectare.

Sua comercialização é feita através de associações e

cooperativas, responsáveis pela compra da produção

agroextrativista.

Recentemente, o produto vem apresentando ameaças de

mercado no que tange à existência de inúmeros produtos

substitutos, como castanha-de-caju, amendoim, nozes, avelãs,

etc. Os três maiores compradores de castanha-do-pará́ sempre

foram os Estados Unidos, a Inglaterra e a Alemanha, que

respondem por mais de 80% do destino das exportações. 

29

2.6) Assentamento

Segundo o Instituto Nacional de Colonização e Reforma

Agrária (INCRA), assentamento é a criação de pequenas

propriedades em terras também conhecidas como lotes que,

frequentemente se encontram totalmente ociosas ou com baixa

utilização na produção agrícola. O assentamento significa,

portanto, a incorporação de novas terras ao processo produtivo

do país, com a consequente criação de empregos, distribuição

de renda, etc., beneficiando a camada de pequenos

agricultores.

Os trabalhadores rurais que recebem o lote comprometem-se

a morar na parcela e a explorá-la para seu sustento,

utilizando a mão de obra familiar além de contarem com

créditos, assistência técnica, infraestrutura e outros

benefícios de apoio ao desenvolvimento das famílias

assentadas.

O processo de assentamento se dá por etapas, uma vez que

há muitas famílias na lista dos interessados em conquistar um

pedaço de terra. Até a conquista da sua terra, há que se

passar pela fase de acampamento, onde ocupam a terra

improdutiva ou se instalam à margem dessa propriedade para

pressionar às autoridades competentes, no caso o INCRA, na

agilização da negociação e posteriormente na demarcação

seguido da distribuição dos lotes.

30

Os assentamentos da reforma agrária dão condições de

moradia e de produção familiar, e garantem a segurança

alimentar de brasileiros das zonas rurais.

2.7) Programas voltados para a agricultura familiar

-PRONAF(Programa Nacional de Fortalecimento da

Agricultura Familiar)

É um programa de crédito que permite acesso a recursos

financeiros para o desenvolvimento da agricultura familiar.

Beneficia agricultores familiares, assentados da reforma

agrária e povos de comunidades tradicionais, que podem fazer

financiamentos de forma individual ou coletiva, com taxas de

juros abaixo da inflação. Facilita a execução das atividades

agropecuárias, ajuda na compra de equipamentos modernos e

contribui no aumento da renda e melhoria da qualidade de vida

no campo. As linhas de crédito do Pronaf são:

Pronaf Custeio: financia atividades agropecuárias e de

beneficiamento ou industrialização e comercialização de

produção própria ou de terceiros por agricultores familiares

enquadrados no Pronaf;

Pronaf Investimento (Mais Alimentos): financia máquinas e

equipamentos visando à melhoria da produção e serviços

agropecuários ou não agropecuários, no estabelecimento rural

ou em áreas comunitárias rurais próximas;

31

Microcrédito Rural: atende os agricultores de menor renda.

Permite o financiamento das atividades agropecuárias e não

agropecuárias, podendo os créditos cobrirem qualquer atividade

que possa gerar renda para a família atendida;

Pronaf Agroecologia: financia investimentos dos sistemas

de produção agroecológicos ou orgânicos, incluindo os custos

relativos à implantação e manutenção do empreendimento;

Pronaf Agroindústria: financia investimentos, inclusive em

infraestrutura, que visam o beneficiamento, o processamento e

a comercialização da produção agropecuária e não agropecuária,

de produtos florestais e do extrativismo, ou de produtos

artesanais e a exploração de turismo rural;

Pronaf Custeio e Comercialização de Agroindústrias

Familiares: destinada aos agricultores e suas cooperativas ou

associações, para que financiem as necessidades de custeio do

beneficiamento e industrialização da produção própria ou de

terceiros;

Pronaf Cota-Parte: financiam investimentos para a

integralização de cotas-partes dos agricultores familiares

filiados às cooperativas de produção ou para aplicação em

capital de giro, custeio ou investimento.

-Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER)

É uma política pública que leva assistência técnica às

propriedades rurais. Melhora os processos no trabalho e,

consequentemente, a qualidade de vida dos agricultores.32

Por meio de parcerias do MDA com instituições públicas

estaduais e privadas, principalmente aquelas sem fins

lucrativos, garantem apoio ao produtor desde o início da safra

até a colocação do produto no mercado;

As atividades de Ater são vinculadas à Política Nacional

de Assistência Técnica e Extensão rural e buscam aplicar

conhecimento e tecnologia com a finalidade de aumentar a

produtividade e a renda, o acesso as políticas públicas da

população rural brasileira, respeitando as diversidades

sociais, econômicas, étnicas, culturais e ambientais do País.

- Programa de Aquisição de Alimentos (PAA):

Uma das ações da Fome Zero, do Governo Federal, o PAA

garante o atendimento de populações em situação de insegurança

alimentar e nutricional e promove a inclusão social no campo

fortalecendo a agricultura familiar. Por meio do Programa,

criado em 2003 e atualizado pela Lei no 12.512/2011, os órgãos

públicos federais, estaduais e municipais podem adquirir os

alimentos diretamente dos produtores.

-Programa Nacional de Crédito Fundiário(PCNF)

Facilitar o acesso à terra e aumentar a renda dos

trabalhadores rurais é o objetivo desse programa. O PNCF

financia a aquisição de imóveis rurais não passíveis de

desapropriação.

33

-Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Animal

(SUASA)

Legaliza e acelera a implantação de novas agroindústrias.

Os produtos de origem animal são inspecionados por qualquer

instância do Suasa e podem ser comercializados no mercado

formal em todo o território brasileiro, facilitando que as

agroindústrias locais ampliem a comercialização de seus

produtos. A descentralização do serviço de inspeção fortalece

a economia dos municípios, incentivando o desenvolvimento

local e dos territórios. Facilita a implantação de novas

unidades agroindustriais e, como consequência, a circulação de

maior volume de dinheiro no comércio local.

-Terra Legal

O Terra legal assegura a titulação de propriedades de

terras públicas federais na região da Amazônia Legal. Ele

garante, ainda, o acesso dos proprietários dessas terras a

políticas públicas de incentivo ao desenvolvimento rural e aos

modelos de produção sustentável.

A meta era que imóveis de até 15 módulos ficais (desde que

a área total não ultrapasse 1,5 mil hectares), ocupados antes

de 1º de dezembro de 2004, na Amazônia legal, fossem

regularizados. Outra ação é a regularização fundiária urbana,

por meio da medição dos núcleos urbanos que estão localizados

em terras federais e doação para as prefeituras.

34

-Programa de Cadastro de Terra e Regularização

Fundiária (PCTRF)

Para garantir a permanência dos agricultores familiares na

terra, o MDA criou o Programa de Cadastro de Terras e

Regularização Fundiária, que assegura juridicamente a posse do

imóvel ao trabalhador do campo.

- Programa Garantia- Safra

É um seguro que serve de garantia aos agricultores

familiares em caso de perda de produção causada por problemas

climáticos, como a seca, por exemplo. Ele é voltado aos

produtores com renda familiar de até 1,5 salário mínimo por

mês, desde que possuem Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP) e

tenham feito a adesão ao Garantia-Safra.

2.8) Conflitos Agrários

A existência de uma fronteira em movimento no Brasil

produziu diferentes momentos de ocupação das terras e de

legitimação da propriedade (MARTINS, 1997), que marcaram

historicamente a constituição do latifúndio em nossa nação e

mesmo as características peculiares que assumiram os

movimentos de luta pelo acesso a propriedade agrária.

O estado do Pará está localizado em uma das principais

áreas definido como arco do desmatamento, faixa de terra

compreendida entre o sudeste do Maranhão, o norte do35

Tocantins, o sul do Pará, norte do Mato Grosso, Rondônia, sul

do Amazonas e o sudeste do Acre. (PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA,

2004), contudo aproximadamente 70% do desmatamento ocorrem nos

Estados de Mato Grosso, Pará e Rondônia (Presidência 2004, p.

9). Esse alto desmatamento tem ligação direta com o

desenvolvimento da pecuária nos Estados do Pará, tal

transformação tem sido acompanhada de conflitos principalmente

por essa área abrigar com fragilidade os processos de

discriminação. (IDEM, 2004, p. 11).

O estado paraense, também, adquiriu um alto grau de

conflitos agrários. Segundo dados da Comissão Pastoral da

Terra, entre os anos de 2003 a 2010, o referido estado

registrou um total de 210 ocupações de terra, sendo que nessas

estiveram envolvidas 32.927 famílias. Além do número de

famílias envolvidas, o Pará é o estado em que o conflito

assume sua configuração mais violenta. A CPT registrou, no ano

de 2010, 34 assassinatos envolvendo conflitos de terra no

Brasil, destes 18 ocorreram no Pará. O estado ainda registrou

os assassinatos que tiveram maior repercussão nacional, como o

da missionária americana Doroty Stang, ocorrida em 2005

(QUINTANS, 2005), e também o do casal de extrativistas José

Cláudio Ribeiro da Silva e Maria do Espírito Santo, ocorrido

em 2011. Esse quadro violento gera uma insegurança e

impunidade dos crimes agrários, gerando dúvidas sobre as ações

do Estado nesse setor.

A maneira como os movimentos sociais encontraram para

adquirir o seu direito a terra, atrai muita atenção das

36

pessoas: a ocupação de terra. Mobilizando um grande número de

famílias, é objetivada para tipos específicos de propriedade,

especialmente aquelas que não cumprem a função social. Com

isso, a ação dos movimentos sociais de ocupar terras, começou

a pressionar o estado, afim de, a garantir um estoque mínimo

de terras para a reforma agrária. A mesma ação dos movimentos

sociais compreendido como forma de garantir direitos legais, é

observado por parte da sociedade e pelo judiciário como uma

ofensa à propriedade privada, um outro direito.

A formação da propriedade agrária no Brasil destaca o

processo de exclusão do pequeno produtor do bem agrário e o

consequente processo de formação do latifúndio. A presença

disseminada do latifúndio no espaço agrário produziu um

passivo social de enormes proporções, isso porque um

contingente significativo da população brasileira que tem como

referência de vida e trabalho o campo ficou excluída do acesso

a propriedade agrária. O número de ocupações no Estado do Pará

para o período analisado foi de 210 casos, tendo o ano de 2009

como o de maior incidência, com 43 casos. No caso do Pará, o

número de ocupações continuou alto no final do período

analisado, o que não ocorreu nos demais estados. No estado

referido, as ocupações de terra são dirigidas em sua maioria

por grupos locais de luta pela terra. É, também, o estado

campeão em mortes no campo, com um número extremamente

superior em relação aos outros estados e concentrando mais de

43% das mortes de todo o Brasil com 144 mortes.

37

Conclui-se, então, que a violência agraria tem a ver com o

grupo envolvido no conflito, pois o estado que registrou o

maior número de assassinatos foi o mesmo que tem a presença de

grupos tradicionais em seu território.

38

3.CONCLUSÃO

O sucesso da agroindústria no estado do Pará vai depender

de políticas econômicas que procurem evitar os vazamentos dos

excedentes financeiros gerados para as regiões mais

desenvolvidas, implicando na reduzida capacidade de

autofinanciamento (Haddad, 1999).

Os bancos, as grandes empresas extrativas e as grandes

obras governamentais de infraestrutura, não se preocupam com o

impacto social na população nativa e acabam expropriando-os de

suas terras, sendo também, os maiores responsáveis pelos

conflitos agrários existente na região. As facilidades

fiscais, financeiras e ambientais que o governo proporciona

para pessoas que queiram investir na Amazônia, são tantas que

colocam a ausência de fiscalização contra crimes ambientais.

Gerando assim, dados alarmantes sobre o desmatamento na

Amazônia.

O melhor conhecimento sobre mercados, a coleta e a

democratização de dados estatísticos e a aliança estratégica

com capitais externos no beneficiamento de matéria-prima local

constituem algumas medidas que devem ser fortalecidas para o

desenvolvimento da agroindústria paraense. Pois, apenas,

conhecendo o que se tem, saberá como melhor administrar sua

produção.

39

O aparecimento de pragas e doenças, o esgotamento da

fertilidade do solo e dos recursos naturais e, do desvio de

recursos públicos, cujos incentivos tendem a caminhar em

direção aos mais favorecidos, constituem empecilhos para a

consolidação da oferta e da sua verticalização.

A falta de informações tecnológicas, sobretudo no segmento

produtivo, tem impedido a consolidação de plantios ou

criações, com produtividade satisfatória e sustentável e a

preços competitivos visando o estabelecimento de

agroindústrias.

A questão dos assentamentos é muito séria pois embora os

números de assentamentos impressionem pela magnitude, dados

compartilhados pelo INCRA mostram a maioria das famílias

assentadas sem receber a infraestrutura necessária para a

instalação e produção no campo. A maioria dos acampados à

espera de terras são pessoas desempregada saídas de cidades

buscando um pedaço de terra e não possui experiência com o

trabalho no campo. Ou são pessoas que já foram donos de terra

e por causa de problemas financeiros tiveram de abandona-las.

Estes fatos mostram que a problemática da reforma agrária no

Brasil requer uma solução mais efetiva, ao invés de

simplesmente distribuir pedaços de terra.

O fenômeno recente da implantação de pequenas unidades

agroindustriais, sobretudo de beneficiamento de frutas, com

financiamento ambiental externo, se caracteriza pela falta de

higiene e noções mínimas de administração, com honrosas

exceções. Transformar líderes sindicais em gerentes de40

agroindústrias ou montar unidades agroindustriais sem capital,

constituem equívocos de muitos projetos financiados com

recursos externos na Amazônia.

A garantia de uma oferta regular e com qualidade de

produtos para serem beneficiados constitui o primeiro

obstáculo para a implantação de agroindústrias. As

oportunidades vão depender nas possibilidades de se criar uma

oferta de diversos produtos potenciais.

As atividades agrícolas, ao longo dos séculos na Amazônia,

sempre têm se caracterizado por sucessivos ciclos econômicos

sem condições de se consolidarem e transferindo as mazelas e

os problemas para o ciclo seguinte. Foi assim com o ciclo do

cacau, da seringueira, do pau rosa, da castanha, da juta, da

pimenta-do-reino, entre outros. No momento, tem-se um conjunto

de ciclos, como açaí, castanha- do -Pará, soja, cacau, do

dendê, a mandioca, entre outros. Espera-se que as

agroindústrias marquem a consolidação em ciclos definitivos e

permanentes para o Estado do Pará.

As possibilidades da agroindústria são as maiores

possíveis para o estado paraense, desde que sejam apoiadas em

uma firme base tecnológica, sem efeito retardado com relação

aos problemas emergentes, apoiada em qualidade e higiene e,

sobretudo em assegurar confiança aos consumidores. Os

investimentos públicos em favor da agroindústria devem

procurar a integração com o setor produtivo e apoiar na

consolidação da infraestrutura local.

41

A modernização da agricultura proporcionou a subordinação

do setor agrário, aos interesses urbanos e o endividamento do

pequeno produtor, visto que o aumento da produção gerou preços

menores para os produtos agrícolas, ao mesmo tempo os

industrializados tornaram-se cada vez mais caros. Como

principais consequências da modernização do espaço agrário,

menciona-se: o êxodo rural; aprofundamento da concentração

fundiária; expansão da grande produção empresarial; benefício

governamental aos setores exportadores e produtores de

matérias-primas e declínio da produção de alimentos na década

de 1980, o que resultou no aumento do custo de vida. É

importante assinalar que esse declínio foi revertido nos anos

90, quando a grande produção empresarial também assumiu o

abastecimento do mercado interno.

O Brasil e, mais especificamente, o Pará precisa de:

políticas corretas que preservem a floresta Amazônica, cada

dia menor; estabeleça punições para quem burlar a lei; impedir

que empresas internacionais se apossem das riquezas do país;

incentive uma agricultura sustentável como os municípios

verdes, centros que desenvolvem atividades produtivas

sustentáveis com baixa emissão de carbono e alta

responsabilidade social e ambiental; uma distribuição de terra

melhor e justa para todos; diminuição da violência no campo e

maior amor a essa riqueza mal administrada pelo governo

federal Amazônia. O Pará tem que tomar conta de si, e provar

que não é o quintal brasileiro, pois já foi muito degradado e

ainda não recebeu o reconhecimento merecido. Todos os dias, o

norte e a Amazônia pedem socorro, só quem não viu continua42

sentado comandando pessoas que poderiam mudar o quadro

deplorável que chegamos.

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