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ASMA GRAVE - Revista Saúde e Bem Estar

Date post: 12-Jan-2023
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> | FITNESS BENEFÍCIOS DO EXERCÍCIO FÍSICO NA SAÚDE MENTAL | < NÚMERO 320 MENSAL OUTUBRO 2021 CONSULTA PÓS-COVID QUAL É A UTILIDADE? CANCRO DA MAMA COMO SABEMOS QUE NÃO VOLTA? GRAVIDEZ DESCUBRA O POTENCIAL CURATIVO DA NATUREZA SUCESSO NO EMPREGO JOVEM COMPETÊNCIAS MAIS PROCURADAS CORAÇÃO ASMA GRAVE NOVAS SOLUÇÕES TRAUMATISMOS DA COLUNA COMO MINIMIZAR AS CONSEQUÊNCIAS MAIS GRAVES MUDE OS HÁBITOS DE VIDA... PARA TER MAIS VIDA! 2,80€ PREÇO CONTINENTE
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> | FITNESS BENEFÍCIOS DO EXERCÍCIO FÍSICO NA SAÚDE MENTAL | <NÚMERO 320 MENSALOUTUBRO 2021

CONSULTA PÓS-COVIDQUAL É A UTILIDADE?

CANCRO DA MAMA

COMO SABEMOS QUE NÃO VOLTA?

GRAVIDEZ DESCUBRA

O POTENCIAL CURATIVO

DA NATUREZA

SUCESSO NO EMPREGO

JOVEM COMPETÊNCIAS

MAIS PROCURADAS

CORAÇÃO

ASMA GRAVENOVAS SOLUÇÕES

TRAUMATISMOS DA COLUNACOMO MINIMIZAR AS CONSEQUÊNCIAS MAIS GRAVES

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ESPECIAL CARDIOLOGIA

Inimigos do coração: mude os

hábitos de vida… para ter mais vida!

ESPECIAL CARDIOLOGIA

Estenose valvular aórtica:

tratamento minimamente invasivo

restaura esperança

ESPAÇO VIDA SAUDÁVEL

Acabe com as dores articulares

…e melhore a sua qualidade de vida

NUTRIÇÃO

Dieta para “workaholics”

NUTRIÇÃO

Lanche na escola:

opções mais saudáveis

PREVENÇÃO

Consulta pós-covid:

qual a necessidade?

PNEUMOLOGIA

Asma grave:

em busca de soluções inovadoras

GASTRENTEROLOGIA

Cancro do fígado:

prevenir é o melhor remédio

ONCOLOGIA

Cancro da mama:

como sabemos que não volta?

GRAVIDEZ

Descubra o potencial curativo da

natureza para tratar os incómodos

GRAVIDEZ

7 dicas para cuidar do peito

após o parto

ORTOPEDIA

Traumatismos vertebro-medulares:

como minimizar as consequências

mais graves

PSICOLOGIA

9 competências necessárias

para o sucesso do emprego jovem

FITNESS

Benefícios do exercício físico

na saúde mental

ALTERNATIVAS

Vírus de Epstein-Barr:

o vírus camaleão

A pandemia foi stressante para todos os setores da sociedade, incluindo para os investigadores; no entanto, fazer ciência tornou-se um processo mais interdisciplinar, mais translacional e mais focado no trabalho em equipa

DRA. PATRÍCIA OLIVEIRA SILVA, diretora do Laboratório de Neurociências da Faculdade de Educação e Psicologia da Universidade Católica no Porto

As rubricas designadas por ESPAÇO são da exclusiva responsabilidade das empresas, marcas ou autores mencionados.Estatuto editorial em www.saudebemestar.com.pt

Textos redigidos ao abrigo

do Novo Acordo Ortográfico

Siga-nos emwww.saudebemestar.com.pt

ONCOLOGIACancro da mama: como sabemos que não volta? 36

ESPECIAL CARDIOLOGIAInimigos do coração 6

ALTERNATIVASVírus de Epstein-Barr: o vírus camaleão 60

PREVENÇÃOConsulta pós-covid: qual a necessidade? 28

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UM SOFTWARE QUE RECORRE À INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL para ligar o setor aeronáutico em blockchain e

que promete patrocinar a primeira transfe-rência entre aeronaves no mundo; uma tec-nologia que filtra 85% dos óleos e gorduras alimentares presentes na água, reduzindo a poluição que os mesmos causam; e um jogo que pretende devolver a motivação ao ensino.Estas são três das ideias nascidas do conhe-cimento científico e tecnológico realizado em instituições de ensino superior portuguesas premiadas na edição de 2020 do programa Born from Knowledge Ideas, promovido pela Agência Nacional de Inovação (ANI), e que visa impulsionar a transferência de conheci-mento para o tecido empresarial.

As ideias de negócio distinguidas ganharam acesso a um programa de aceleração em ciên-cia e tecnologia com a duração de 3 meses, também da responsabilidade da ANI. Estão previstas três edições – Norte, Centro e Alen-

tejo – em que os participantes terão, ao longo de três meses, o acompanhamento próximo de uma rede de mentores, constituída por outros empreendedores, entidades parceiras da ANI, empresas, entre outros. O objetivo é capacitá-los de forma a poderem acelerar o processo de transferência de conhecimento em produtos ou serviços para o mercado.

Numa edição ainda marcada pela pandemia, o júri decidiu premiar dois projetos de saúde: na categoria “Soluções Tecnológicas para Prevenção, Deteção e Tratamento da Covid-19”, distinguiu-se o projeto spiro4MALAIDS que descobriu uma molécula promissora, a qual, além de inibir o HIV-1 e o HIV-2 também mostrou ser ativa contra estirpes multirresis-tentes do mesmo vírus. Provou, igualmente, ser ativa contra vírus como o influenza ou o coronavírus. Por sua vez, o expressPIK, um teste de diagnóstico complementar com base na expressão de mutação do RNA, para ajudar os médicos a identificar pacientes com cancro de mama com maior probabilidade de respon-der ao tratamento com alpelisibe ou outras terapias anti-PIK, venceu na categoria “Saúde e Bem-Estar”.

No BfK Ideas 2020, adiado por causa da pandemia, estiveram a concurso 33 projetos, distribuídos por seis categorias: Inteligência Artificial e Tecnologias Avançadas de Produ-ção; Recursos Naturais, Ambiente, Energia e Mobilidade Sustentável; Saúde e Bem-Estar; Turismo, Indústrias Culturais e Criativas; Recur-sos naturais para a valorização do interior; e Soluções Tecnológicas para Prevenção, Dete-ção e Tratamento da Covid-19.

Born from Knowledge é um programa que visa promover uma cultura de valorização do conhecimento científico e tecnológico em Portugal.

ALTERAÇÕES VISUAIS E CONDUÇÃOA saúde visual é fundamental e tem um impacto direto na qualidade da condução. Em Portugal, segundo a Direção Geral da Saúde, estima-se que cerca de metade da população sofra de alterações visuais e que metade da população adulta padeça de erros refrativos significativos. As alterações visuais podem afetar a condução: a fadiga visual causada por uma visão reduzida pode levar à confusão e riscos na estrada. Os checkups são fundamentais para detetar e controlar possíveis alterações visuais.

AUTOEXAME DA MAMAA Glooma, uma solução que permite fazer o autoexame da mama, através de um dispositivo de rastreio que deteta o cancro da mama precocemente, foi o vencedor da primeira edição do Forward!, o programa de pré-aceleração da Católica-Lisbon School of Business and Economics. A Glooma é composta por uma luva conetada a uma aplicação móvel, que analisa a diferença entre as pressões do tecido mamário “saudável” e as irregularidades que surjam no tecido, contribuindo para uma deteção atempada e evitar tratamentos agressivos ou cirurgias mutilantes no futuro.

Born from Knowledge é um programa que

visa promover uma cultura de valorização do

conhecimento científico e tecnológico em Portugal

VALORIZAR O CONHECIMENTO CIENTÍFICO E TECNOLÓGICO

AS DOENÇAS CARDIOVASCULA-RES SÃO um conjunto de per-turbações de localização e génese

diversas, que podem ser prevenidas como tal, isto é, em conjunto, através de medi-das de prevenção primária. A estratégia comum é dirigida no sentido da modifi-cação dos comportamentos e do estilo de vida da população. Esta alteração de estilo de vida é, também, a resposta para os que têm maior risco de sofrer destas doenças ou para os que já as sofrem.

PREVENÇÃO ANTES DE TUDOAs estratégias de prevenção e luta con-

tra as doenças cardiovasculares da Organi-zação Mundial de Saúde estão orientadas

O CUSTO ECONÓMICO, SOCIAL E HUMANO DAS DOENÇAS

CARDIOVASCULARES FAZ DESTAS O INIMIGO Nº1

DA SAÚDE PÚBLICA NOS PAÍSES DESENVOLVIDOS.

TODAS AS ESTRATÉGIAS DE PREVENÇÃO E LUTA

CONTRA ESTAS DOENÇAS PASSAM, INVARIAVELMENTE,

PELA MODIFICAÇÃO DOS HÁBITOS DE VIDA.

MUDE OS HÁBITOS DE VIDA… PARA TER MAIS VIDA!

INIMIGOS DO CORAÇÃO

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segundo três vetores: população em geral, população de elevado risco e prevenção secundária personalizada.

A primeira linha de ação dirige-se à população em geral, tendo por objetivo modificar o estilo de vida, as característi-cas ambientais e as determinantes sociais e económicas subjacentes às doenças car-diovasculares.

A segunda linha estratégica, pelo seu lado, procura facilitar e incrementar a atenção preventiva a todos os sujeitos que estão especialmente expostos, a chamada população de alto risco.

A última estratégia procura evitar a recorrência e a evolução da doença em pessoas já afetadas.

Estas estratégias podem aplicar-se a todos os problemas cardiovasculares, mas em especial à hipertensão arterial, à car-diopatia isquémica – angina de peito e enfarte do miocárdio –, à febre reumática e à cardiopatia reumática crónica.

CAUSA DE MORTE PREMATURAAs doenças cardiovasculares são uma

importante causa de morte prematura e de morbilidade evitável, que está a aumentar no nosso país. As mais importantes, neste âmbito, são a cardiopatia isquémica e os acidentes cardiovasculares. Ambas estão intimamente relacionadas com a hiperten-são arterial.

Se é verdade que a febre reumática e

a cardiopatia reumática diminuíram nos últimos 50 anos, pelo contrário, a incidên-cia da cardiopatia isquémica tem vindo a aumentar, fruto da industrialização e do estilo de vida a ela associado.

Os estudos científicos e epidemiológicos mostram que quase todas as doenças cardiovasculares podem ser prevenidas, desde que toda a comunidade participe na modificação dos elementos determinantes dos fatores de risco.

OUTROS FATORES DE RISCOTambém é de vital importância uma

dieta equilibrada e variada, com abundân-cia de vegetais – cereais, fruta e legumes –, maior quantidade de peixe, carnes magras,

Estudos epidemiológicos mostram que quase

todas as doenças cardiovasculares podem ser

prevenidas, desde que toda a comunidade

participe na modificação dos fatores de risco

FATORES DE RISCO4Tabagismo4Hipertensão arterial4Níveis elevados de colesterol4Obesidade4Stress4Contracetivos orais4Consumo de álcool4Diabetes mellitus4Hipertrofia do ventrículo esquerdo4�Fibrilhação auricular, um tipo de

arritmia cardíaca

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[CARDIOLOGIA ESPECIAL]

GORDURA INTRA-ABDOMINAL é (ainda mais) perigosa!

Nem toda a gordura localizada no abdó-men é igual. Existe a gordura subcutânea e a gordura visceral ou intra-abdominal. A gordura subcutânea está diretamente armazenada debaixo da pele e não repre-senta risco cardiovascular.

A ameaça à saúde colocada pela obesi-dade abdominal deve-se largamente à gor-dura intra-abdominal ou visceral – tecido adiposo – situada dentro da região abdo-minal e envolvendo os principais órgãos do corpo. O tecido adiposo intra-abdominal é reconhecido por interferir no metabolismo da glucose e causar níveis anormais de colesterol HDL e triglicéridos.

A obesidade abdominal – definida pelo

perímetro abdominal aumentado – está relacionada com o desenvolvimento de vários fatores de risco, tais como coleste-rol elevado, resistência à insulina, diabetes tipo 2, síndroma metabólica, hipertensão e acidente vascular cerebral.

As pessoas com obesidade abdominal apresentam frequentemente um ou mais fatores de risco adicionais.

O perímetro abdominal elevado é, tam-bém, um fator de risco independente da doença cardiovascular. A medição do perímetro abdominal fornece aos médicos informação importante acerca do risco de indivíduos com excesso de peso e obesi-dade.

aves e produtos lácteos com baixo teor de gorduras.

A redução da concentração de colesterol no sangue pode conseguir-se reduzindo os ácidos gordos saturados, que não devem trazer à dieta mais do que 10% da inges-tão calórica total.

O conselho de evitar um consumo eleva-do de álcool e de reduzir a ingestão de sal – para menos de 5 gramas por dia – pode ajudar no controlo da hipertensão. Evitar o excesso de peso e a obesidade é outra forma prudente de reduzir os riscos de cardiopatia coronária.

Mas entre os fatores de risco mais pre-judiciais está o hábito de fumar. Esta é a mais importante causa evitável de car-diopatia isquémica prematura, bem como de doenças vasculares periféricas e de

acidentes vasculares cerebrais, além de outros danos para a saúde. A luta contra o tabagismo é, portanto, um ponto-chave na prevenção das cardiopatias, na medida em que o tabaco afeta os níveis de colesterol, a agregação plaquetária, a produção de extra-sístoles e o aumento da concentra-ção de dióxido de carbono no sangue.

RAZÃO DE PESOA OMS também tem chamado reiterada-

mente a atenção para a fatídica associação existente entre a obesidade, a hipertensão e os elevados níveis de colesterol no sangue. A comprovação de que uma atividade físi-ca regular faz perder peso, reduz os lípi-dos sanguíneos e baixa a tensão arterial, levou aquela Organização a recomendar o desporto como componente essencial na

estratégia de prevenção das cardiopatias.Entende-se como obesidade um excesso

de peso de 20% relativamente ao peso ideal; isto implica quase o dobro do risco relativamente a um sujeito idêntico, mas com um peso adequado à sua estatura e sexo. O problema ganha maior evidência nas áreas industrializadas e urbanas, onde o exercício físico é muito reduzido.

A suposta influência benéfica do álcool nas cardiopatias, longe de estar demons-trada, é falsa. Na realidade, uma elevada ingestão de álcool aumenta o risco de cardiopatias, bem como o de hipertensão ou de sofrer acidentes vasculares cerebrais. É certo que uma ingestão diária muito pequena poderá ser benéfica, mas só se for, estritamente, um copo de vinho tinto à refeição.

VIDA STRESSANTESabe-se que o stress, conjugado com

certos fatores sociais e laborais, está asso-ciado a uma maior tendência para sofrer de doenças cardiovasculares. Recorrer, em tempos de crise, ao tabaco, ao álcool ou a um maior consumo de alimentos calóricos é apenas o ponto de partida de males maiores.

A OMS tem chamado reiteradamente a

atenção para a fatídica associação existente

entre a obesidade, a hipertensão e os

elevados níveis de colesterol no sangue

[ESPECIAL CARDIOLOGIA]

O risco de cardiopatia isquémica e de acidentes vascu-lares cerebrais pode aumentar com o consumo de contra-cetivos, entre mulheres com mais de 35 anos, fumadoras e hipertensas. Seria, pois, desejável que a administração destes fármacos permanecesse sob controlo médico ou que as suas utilizadoras deixassem de fumar.

Ainda que as medidas preventivas gerais sejam as de maior eficácia, há que não menosprezar as medidas espe-cíficas de cada caso particular. Entre estas, destacam-se as que têm por objetivo o diagnóstico, antes que os sin-tomas gritem a sua presença; são as chamadas medidas preventivas secundárias.

A diminuição do diâmetro das artérias coronárias e a sua consequência mais perigosa, o enfarte do miocárdio, são uma importante causa de morbilidade e mortalidade, apesar do avanço tecnológico das atuais unidades de cui-dados intensivos. Cerca de 15% dos doentes que chegam às mesmas, após terem sofrido um enfarte do miocárdio, não sobrevivem. Os seus principais fatores de risco são o tabagismo, a diabetes mellitus, a hipertensão, a hipercoles-terolemia e a obesidade.

A diminuição da incidência de enfartes, consequência da redução dos níveis de colesterol, conduziu a determinação sistemática desses níveis, como medida prévia à sua redu-ção com o auxílio de fármacos ou de planos dietéticos.

Recomenda-se a modificação da dieta às pessoas com um colesterol de 185 a 200 mg; e um tratamento à base de fármacos, quando os valores ultrapassam 220 mg, conforme existam ou não fatores de risco. A complexida-de do metabolismo do colesterol e, mais genericamente, dos lípidos plasmáticos, aconselha a ida a uma consulta especializada, caso persistam os níveis elevados, depois de um certo período de tempo com um tratamento dietético ou farmacológico.

TENSÃO ALTAA hipertensão – tensão sistólica superior a 140 mmHg

e diastólica superior a 90 mmHg – é um importante fator de risco de cardiopatia isquémica, insuficiência cardíaca congestiva, AVC, nefropatia e retinopatia. O ideal é pre-veni-la, corrigindo os erros dietéticos que parecem estar na base da mesma. As principais medidas de prevenção primária são a suspensão da ingestão excessiva de álcool e a redução do sal, o incremento do exercício físico e o controlo do peso.

A deteção precoce da hipertensão, seguida do adequado tratamento dietético ou farmacológico, conduz a bons resultados preventivos.

PRINCIPAIS DOENÇAS do coraçãoEntre as doenças do coração, podemos destacar a insuficiência car-

díaca, a angina de peito, o enfarte do miocárdio e as perturbações do ritmo cardíaco, mais conhecidas por arritmias.

4INSUFICIÊNCIA CARDÍACAA insuficiência cardíaca traduz uma incapacidade de bombear sangue.

O motor cardíaco deixou de ter a potência necessária para fornecer o sangue de que o corpo necessita. Todos os anos, só na Europa, são diagnosticados mais de 600.000 novos casos de insuficiência cardíaca.

Estes são alguns sinais desta patologia: falta de ar durante o exer-cício ou mesmo em repouso; cansaço rápido e fraqueza generalizada; retenção de líquidos nas pernas (edema); aumento da atividade uri-nária; batimentos cardíacos excessivamente rápidos ou alteração do ritmo cardíaco.

4ANGINA DE PEITOAs artérias coronárias alimentam o músculo cardíaco de oxigénio e

nutrientes. Na doença coronária, estes vasos acumulam depósitos que podem diminuir o fluxo para o músculo cardíaco em situação de esfor-ço. Assim, com o exercício ou numa situação de excitação, pode ocorrer uma dor pré cordial (no peito, com possível irradiação para o braço, pescoço ou costas), conhecida como angina de peito. Os vasos podem estar obstruídos com depósitos de gordura ao ponto de praticamente impedirem o fluxo sanguíneo, aparecendo a dor mesmo em situações de esforço ligeiro.

4ENFARTE DO MIOCÁRDIOEm caso de ocorrência de um enfarte do miocárdio, estamos normal-

mente na presença de doença coronária e um ou mais vasos sanguíneos ficam de repente totalmente obstruídos. Os sintomas são dores agudas na zona do peito, que podem espalhar-se até ao braço esquerdo, pes-coço, estômago, costas ou ombro direito. Muitos doentes sobrevivem a um enfarte do miocárdio através da administração rápida de primeiros socorros qualificados. As possíveis consequências de um enfarte do miocárdio incluem arritmias cardíacas e insuficiência cardíaca.

4PERTURBAÇÕES DO RITMO CARDÍACOUma arritmia é uma perturbação do ritmo dos batimentos cardíacos.

Quando o coração bate de forma muito irregular, o bombeamento de sangue para as várias partes do corpo pode ser comprometido, colo-cando em perigo órgãos vitais.

Palpitações, batimento cardíaco muito rápido ou muito lento (irre-gular), tonturas, cansaço, falta de ar, dor no peito são alguns dos sin-tomas que podem estar associados a arritmias. Outras manifestações mais graves são a síncope (perda súbita dos sentidos) ou até a morte súbita.

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“O CORAÇÃO É COMO UMA BOMBA”, costuma dizer-se. É verdade! Tal como qualquer bomba, a parte mecânica bombeia o sangue e é ativada por

um sistema elétrico, que é possível registar no eletrocardiograma. E qualquer sistema hidráulico de bombagem tem de ter válvulas, dispositivos de passagem de fluxo unidirecional.

No coração existem quatro válvulas: mitral, tricúspide, aórtica e pulmonar. As duas primeiras separam o fluxo das aurículas para os ventrículos e as segundas, válvulas de escape do sangue do cora-ção para os grandes vasos, separam, respetivamente, o ventrículo esquerdo da aorta e o direito da pulmonar.

VÁLVULA DISFUNCIONALA válvula aórtica, que é o motivo deste artigo e está situada à

saída do coração, permite a saída do sangue em cada contração (sístole) para a aorta e impede o refluxo em cada relaxamento do coração (diástole). É percetível que, se a válvula estiver apertada, com estenose, irá impedir a saída de sangue do coração e, se estiver incompetente, irá permitir o refluxo de sangue em cada diástole de novo para o coração, o que não se pretende que aconteça.

As válvulas podem ter alterações geneticamente determinadas ou ser sede de processos adquiridos: tumorais, inflamatórios/infeciosos ou degenerativos. Os processos degenerativos são, atualmente, os existentes na grande maioria dos doentes com doença valvular.

DOENÇA DOS AVÓS, MAS NÃO SÓA esperança de vida da população portuguesa aumentou muito

nos últimos anos, bem como o número dos que estão a chegar a ido-sos ou muito idosos. Esta nova realidade tornou a estenose valvular aórtica degenerativa numa “nova pandemia” no mundo ocidental.

A ESTENOSE VALVULAR AÓRTICA DEGENERATIVA É UMA DOENÇA QUE AFETA PRINCIPALMENTE DOENTES IDOSOS E MUITO IDOSOS. FELIZMENTE, A TÉCNICA TAVI, UM TRATAMENTO MINIMAMENTE INVASIVO, MERCÊ DOS SEUS BONS RESULTADOS, IMPÔS-SE NA ÚLTIMA DÉCADA, TAMBÉM EM PORTUGAL.

TRATAMENTO MINIMAMENTE INVASIVO RESTAURA ESPERANÇA

ESTENOSE VALVULAR AÓRTICA

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Pelo

PROF. DR. LINO PATRÍCIO

Cardiologista do Centro de Responsabilidade Integrada Cérebro-Cardiovascular do Hospital Espírito Santo, em Évora

Relativamente a estes doentes idosos e muito idosos, muitas vezes com outras morbilidades, há uma carência de substituição valvular. Será compreensível que, em alguns desses doentes, a cirurgia cardía-ca seja preocupante, quer para o cirurgião, levando à recusa cirúrgica, quer para o doente, com a perceção de um tempo de recuperação prolongado, preferindo este técnicas menos invasivas.

No entanto, a estenose aórtica, ainda que seja conhecida como uma “doença de avós”, não afeta apenas pessoas idosas, sendo crucial realizar exames de diagnóstico aquando dos primeiros sintomas. Por exemplo, pessoas que desenvolvem estenose aórtica como resultado de um defeito de nascença podem não desenvolver sintomas até a idade adulta, sendo importante diagnosticar de forma precoce a doença.

DIAGNÓSTICO, POR VEZES, DIFÍCILA estenose aórtica provoca fundamentalmente três sintomas: o

cansaço, a dor no peito (angina de peito) e a síncope, que é o des-maio – a perda da função do cérebro, por redução do débito cardíaco ao cérebro.

Quando detetados numa pessoa mais jovem, podem chamar à aten-ção, ainda que o problema não seja logo identificado. No entanto, o problema que se põe é que estamos a tratar maioritariamente doentes idosos, doentes que já por si têm algumas queixas de cansaço – que é um sintoma predominante – e, por vezes, é difícil perceber o que é sintoma e o que é normalidade.

E muitos destes doentes têm, de facto, estenose aórtica, que agrava o cansaço, mas relacionam este cansaço com a idade. É difícil, do ponto de vista clínico, o diagnóstico nestes doentes mais idosos.

TÉCNICA TAVI: TRATAMENTO MINIMAMENTE INVASIVONo início do milénio, o Professor Cribier inventou uma válvula que,

ao ser introduzida por uma artéria da virilha (técnica percutânea) e montada sobre um cateter, é levada ao coração sob visão radioscópica e colocada sobre a válvula nativa, substituindo-a. É a chamada TAVI, do anglicismo Transcatheter Aortic Valve Implantation.

Abriu-se, assim, um novo mundo no tratamento minimamente inva-sivo da válvula aórtica, como antes já tinha acontecido com outras áreas da Medicina e mesmo na Cardiologia, com a angioplastia coronária.

O tratamento cirúrgico foi e é, ainda, o gold standart das doenças valvulares. Conhecemos os seus resultados no tratamento da doen-ça valvular reumática, nomeadamente na doença mitral, aórtica e tricúspide, nas quais a cirurgia foi crucial, em doentes mais jovens.

Já a técnica percutânea necessitava de resultados discriminados em estudos e registos por todo o mundo, havendo em Portugal um registo nacional de todos os casos de implantação de válvulas TAVI. Infeliz-mente não temos, ainda, um registo nacional no tratamento cirúrgico.

Nos primeiros estudos, a técnica percutânea, TAVI, foi estudada primeiro em doentes inoperáveis e depois de alto e médio risco cirúr-gico. Nestes doentes, mais velhos e com pior prognóstico, a indicação da TAVI, mais cara, condicionou inicialmente a sua aceitação pelos decisores financeiros.

RECENTES GUIDELINES A implementação da TAVI é um excelente case study sobre medical

value relativamente à opção de oferecer um tratamento mais caro a doentes com menos tempo de vida. Apesar de estas serem custo-efica-zes, valorizar o custo da válvula e não o impacto desta no prognóstico e na redução de custos, dos dias de internamento, idas à urgência e consultas, é sempre a tendência mais óbvia.

No entanto, a técnica percutânea, mercê dos seus bons resultados, impôs-se na última década também em Portugal, onde tem vindo a crescer, passando de uma média de 50 implantações por milhão de habitantes, em 2016, para 120 por milhão, este ano.

Com a técnica TAVI, abriu-se um novo mundo no tratamento minimamente invasivo da válvula aórtica

[CARDIOLOGIA ESPECIAL]

A TAVI, tal como a cirurgia valvular, mantém também listas de espera consi-deráveis nos serviços de Cardiologia que as implantam e que irão aumentar com a publicação nas mais recentes Guidelines da Sociedade Europeia de Cardiologia, que preconizam TAVI para todos os doentes com mais de 75 anos e que não tenham um score de risco muito baixo. Mantém-se nas Guidelines que todos os doentes devem ser discutidos numa estrutura chamada Heart Team, que envolve cirurgiões cardíacos, cardiologistas clínicos e de intervenção, anestesistas e todos os que contribuem para o tratamento do doente valvular.

A mim, parece-me óbvio que os servi-ços de Cardiologia e Cirurgia Cardíaca devem concertar-se na resolução desta “nova pandemia”, a estenose valvular aórtica degenerativa, e prevejo que, no futuro, cirurgiões cardíacos, cardiologistas de intervenção e cirurgiões vasculares irão trabalhar em conjunto, abrir espaço para uma nova equipa multidisciplinar única, de forma a tratar estes doentes complexos

com recurso a múltiplas modalidades de tratamento, algumas delas híbridas entre a cirurgia e a intervenção percutânea.

PROGRAMA DE TELEMONITORIZAÇÃO

O Centro de Responsabilidade Cérebro-Cardiovascular (CRIA) do Hospital do Espírito Santo, de Évora, foi o primeiro a ser criado em Portugal e é uma nova experiência no tratamento deste tipo de doentes. Constituído por uma equipa mul-tidisciplinar de cardiologistas, cardiologis-tas de intervenção, cirurgiões vasculares e cardíacos, anestesistas, neurorradiolo-gistas e radiologistas de intervenção, bem como enfermeiros, técnicos, auxiliares e administrativos, está focado no tratamento do doente cérebro-cardiovascular. Ainda nesse sentido, quisemos inovar neste pro-jeto e decidimos iniciar um programa de telemonitorização nos doentes TAVI. Alguns destes doentes morrem enquanto ainda estão em lista de espera, por serem idosos, frágeis e terem uma doença alta-

mente mortal (a estenose aórtica tem uma mortalidade de 50% aos dois anos, depois de sintomática). Infelizmente, todos tive-mos casos desses, e nós, apesar da lista de espera ainda pequena, não fomos exceção. Assim, de forma a antecipar as descom-pensações e fazer as implantações de acor-do com a evolução clínica e não o tempo de espera, os doentes na lista de espera estão sob telemonitorização. Mantemos ainda a monitorização após a implantação, com o objetivo de ter altas mais precoces e tem-pos de internamento de 24/48 horas.

Esta experiência tem sido muito entu-siasmante para a equipa, refletindo-se no feedback muito positivo por parte dos doentes, que se sentem acompanhados e seguidos de perto, estando à distância de um telemóvel. As patologias têm mudado, as populações envelhecido e as tecnologias evoluído. Será necessário que cada um de nós e o SNS, como um todo, saibam res-ponder e ter visão para os novos desafios, tratando mais e melhor os doentes comple-xos que temos pela frente.

Técnica TAVI - Transcatheter Aortic Valve Implantation

Procedimento para substituição da válvula aórtica com estenose

Válvula aórtica normalAberta

Aberta

Fechada

Fechada

Estenose da válvula

Aorta

Átrio esquerdo

Ventrículo esquerdoVentrículo direito

Dispositivo TAVI colocado na válvula

aórtica

Cateter com balão é inserido através da aorta até à localização da válvula

A válvula transcateter é posicionada sobre a válvula doente

Uma vez colocada a válvula transcateter, o procedimento está concluído

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Lusíadas realiza implante auditivo inédito em Portugal O Grupo Lusíadas Saúde realizou recentemente, no serviço de Otorrinolaringologia do Hospital Lusíadas Porto, o primeiro implante auditivo “Osia” em Portugal.Graças à tecnologia inovadora, o implante ativo osteointegrado de estado estacionário fica com-pletamente protegido pela pele, substituindo a técnica comum de transfixação da pele, aumen-tando a taxa de sucesso do procedimento e a qualidade de vida e segurança do paciente.Na prática, com recurso a uma técnica de cirurgia minimamente invasiva, a qual pode agora ser rea-lizada em ambulatório e com anestesia local, este implante recorre a estimulação digital para con-tornar áreas não funcionais do sistema auditivo, permitindo, assim, uma maior capacidade auditi-va. Esta solução beneficia, sobretudo, pacientes com grandes perdas auditivas, perdas unilaterais e ainda casos de otites médias com sequelas.Outra das novidades é a possibilidade de esta nova solução permitir uma ligação via bluetooth. Com recurso a uma aplicação para smartphone, o paciente conseguirá controlar a programação ou o volume do aparelho, tendo também possibili-dade de atender chamadas e ouvir música.

O Centro Hiperbárico de Cascais disponibiliza, pela primeira vez em Portugal, oxigenoterapia hiperbári-ca, uma terapêutica não invasiva, em câmaras monolugares e de forma livre para o utente. Esta técnica, muito uti-lizada por mergulhadores profissionais para combater a doença de descom-pressão, tem efeitos benéficos com-provados para diversos problemas de saúde e, até 2019, não se encontrava disponível fora do Serviço Nacional de Saúde, sendo recurso em casos muito excecionais. Desta forma, as pessoas encontram ao seu dispor mais uma alternativa médica certificada para problemas tão díspares como: aceleração de proces-sos de cicatrização, surdez ou cegueira súbitas, infeções bacterianas, queima-duras e edemas da pele, prevenção ou tratamento de lesões desportivas, prevenção de demência ou melhoria da qualidade de vida, com aumento de energia e resposta imunitária.

O Centro Hiperbárico de Cascais dis-põe de duas câmaras monolugares inovadoras, que permitem realizar tra-tamentos médicos até 3 ATA. Estas câmaras são totalmente pressuriza-das a oxigénio, por isso, não existe necessidade de utilizar máscara facial, o que permite a realização do tra-tamento num ambiente confortável para o doente. A equipa é composta por médicos e enfermeiros qualifica-dos, com competência em Medicina Hiperbárica e Subaquática, contando com vários anos de experiência profis-sional nesta área médica. A oxigenoterapia hiperbárica é uma modalidade terapêutica não invasi-va na qual o paciente é submeti-do à inalação de oxigénio puro, com uma pressão maior do que a pressão atmosférica, dentro de uma câmara hermeticamente fechada e de paredes rígidas. Serve como terapia primária ou adjuvante para uma grande varie-dade de condições médicas.

Os tratamentos de estética destinados à região das pálpebras encontram-se em ascensão em Portugal, já existindo tecnologias não cirúrgicas dirigidas à retração da pele sem a remover, sendo alternati-vas à blefaroplastia. Esta é a opinião do Dr. João Martins, da Myface Clinic, em Lisboa, baseada na evidência e experiência profissional. O procedimento AccuTite apresenta-se como alternativa à cirurgia e permite, através do aquecimento de áreas específicas ao nível das pálpebras, que as camadas mais profundas da pele recebam maior quantidade de energia, retraindo-se e eliminando o excesso de teci-do. A energia produzida no interior é dirigida da profundidade para a superfície, sendo a temperatura controlada por dois sensores, o que torna o procedimento confortável e muito seguro.

“Trata-se de um novo tratamento baseado na tecnologia RFAL – lipólise assistida por radiofrequência, que tem vindo a exceder as expetativas e a apresentar resultados muito similares aos da blefaro-plastia, atuando nas camadas mais profundas da pele e permitindo não só eliminar o excesso de pele, como até retraí-la”, explica o Dr. João Martins.As sessões de tratamento podem ser realizadas com anestesia local, em ambulatório, numa sala de pequena cirurgia e têm uma duração de cerca de 30 minutos. O resultado da redução de gordura é quase imediato e a retração da pele ocorre durante as primeiras semanas, com particular evidência entre as primeiras quatro a seis semanas após o tratamento e com melhorias até cerca de um ano.

Primeiro centro de oxigenoterapia hiperbárica com monolugares

Tecnologia não cirúrgica retrai a pele das pálpebras sem a remover

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Joaquim Chaves abre 7ª Unidade de RadioncologiaAcaba de abrir nova Unidade de Radioncologia do Hospital de Santo Espírito, em Angra do Heroísmo, na ilha Terceira. Esta Unidade faz parte da Joaquim Chaves Oncologia, sendo já a 7ª da especialidade, tornando ainda mais visível o trabalho constante que o Grupo desenvolve ao apostar no cuidado e proximidade com o doente e afirmando-se na frente do diagnóstico e trata-mento das doenças oncológicas a nível nacional.A abertura desta Unidade de Radioncologia na Terceira, a segun-da maior ilha em termos demográficos e económicos nos Açores, será fundamental para os açorianos, nomeadamente aqueles que habitam no Grupo Central (Terceira, Graciosa, São Jorge, Pico e Faial) e no Grupo Ocidental (Corvo e Flores), uma vez que, a partir de agora, o seu tratamento pode ser feito no seu local de residência, para os habitantes da Terceira,  ou próximo desta, no caso das restantes ilhas vizinhas.

Para cozinhas e casas de banho mais saudáveisCombinando a melhor tecnologia com o design, a marca nacio-nal Airfree apresenta soluções inovadoras para corresponder às necessidades de ar puro nas várias dependências da casa ou escritório. É o caso do Airfree FIT, um modelo de purificador de ar com pequenas dimensões, ideal para espaços até 16 m2, aos quais oferece o mesmo desempenho e eficiência que todos os outros modelos da marca. Especialmente indicado para cozinhas e casas de banho, tem um design atraente e pode ser facilmente montado na parede, economizando espaço. Os modelos Airfree eliminam naturalmente até 99% dos alérgenos de ácaros, fungos, bactérias e vírus do ar (incluindo o SARS-CoV-2, causador da covid-19), prevenindo ainda a formação de mofo nas casas.Nas cozinhas e casas de banho ajudam também a eliminar os cheiros orgânicos comuns a estas divisões da casa.

AS DORES ARTICULARES NÃO LHE PERMITEM DESFRUTAR O DIA A DIA? EXISTE UM TRATAMENTO À BASE DE SUBSTÂNCIAS NATURAIS QUE ALIVIA O MAL-ESTAR E TRAVA O PROCESSO DE DEGRADAÇÃO DA CARTILAGEM ARTICULAR. CONHEÇA-O.

A PARTIR DOS 60 ANOS DE IDADE, as articulações começam a deteriorar-se e a afetar a nossa

mobilidade. Para evitar que as dores a impeçam de viver a sua vida ao máximo, os especialistas recomendam uma com-binação eficaz e sem efeitos secundários: sulfato de glucosamina, sulfato de condroi-tina e selénio.

Este suplemento trava a degradação da cartilagem articular e estimula a pro-dução de nova cartilagem, saudável, de uma forma totalmente natural. Estudos sugerem que tem uma ação semelhante a um medicamento anti-inflamatório, no que toca ao alívio da dor, e ainda melhora o funcionamento das articulações.

EFEITOS BENÉFICOSO componente ativo deste suplemento, a

glucosamina, é extraído do marisco. Trata-se de uma molécula de açúcar inerente à

síntese da cartilagem no organismo. Até ao momento, nenhuma outra terapêuti-ca conseguiu, comprovadamente, travar a progressão da osteoartrose. Isto tem feito com que cada vez mais médicos reuma-tologistas se interessem pelo sulfato de glucosamina.

A condroitina, substância extraída de cartilagem animal, também é eficaz no tratamento da osteoartrose. Num estudo publicado na revista científica Arthritis and Rheumatism, o sulfato de condroitina de primeira qualidade foi associado a uma redução significativa da dor e à perda de espaço interarticular.

O selénio, um oligoelemento essencial, ao que tudo indica, tem importância na fase inicial da osteoartrose. Um estudo americano concluiu que as pessoas com os níveis mais elevados de selénio apresen-tavam uma redução de 40% do risco de desenvolver osteoartrose do joelho. Dado

o baixo teor de selénio nos solos europeus, os cereais cultivados em Portugal são tam-bém pobres em selénio.

TERAPIA NATURALO mau funcionamento das articulações

provoca dores capazes de vergar qualquer um, e ainda compromete a nossa mobili-dade. Ou seja, limita o tipo de atividades que podemos praticar, acabando por afetar, enormemente, a nossa qualidade de vida.

Por ser uma solução natural, eficaz e sem reações adversas, a combinação da glucosamina com a condroitina e o selénio é considerada terapêutica de primeira linha pelos especialistas.

Quando escolher um suplemento, pre-fira um que garanta uma dose diária de 800mg de sulfato de condroitina, à venda em farmácias, a dosagem que demonstrou resultados nos estudos científicos.

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[ESPAÇO VIDA SAUDÁVEL]

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Por ser uma solução natural, eficaz e sem reações adversas, a combinação da glucosamina com a condroitina e o selénio é considerada terapêutica de primeira linha pelos especialistas

PRATICAR UMA ALIMENTAÇÃO EQUILIBRADA, para aquelas pes-soas que vivem imersas no trabalho,

não só é dificil, como acaba por tornar-se uma miragem. Elas vivem diariamente uma rotina stressante e desregrada. Tra-balho, reuniões, webinars, universidade, cursos, projetos, encontros socioprofissio-nais… Parar é uma palavra e uma ação que não existe no dicionário e na vida destas pessoas.

No meio de tanta agitação, o organismo

tem de estar em forma e, acima de tudo, muito bem alimentado. Mas como é que alguém consegue praticar uma dieta sau-dável, se não tem mais do que uns minutos para comer, entre uma reunião e outra? Será possível conciliar o sucesso profis-sional com uma imagem corporal que seja sinónimo de saúde?

MULHERES SÃO AS MAIS VULNERÁVEIS

Os “workaholics” – as pessoas viciadas

no trabalho – são as mais vulneráveis ao risco de terem uma alimentação desregra-da. Principalmente as mulheres “sofrem” devido ao excesso de trabalho, têm pouco tempo para praticar exercício físico e não comem os alimentos que deveriam; criam hábitos alimentares completamente dis-torcidos e – o pior de tudo – sem horários definidos para nada.

Para evitar estes erros, seguem-se algu-mas situações do dia a dia e as possíveis soluções que podemos dar.

AS PESSOAS CUJA ATIVIDADE PROFISSIONAL É MUITO INTENSA TÊM, MUITAS

VEZES, DIFICULDADE EM PRATICAR UMA ALIMENTAÇÃO EQUILIBRADA E

SAUDÁVEL. O OBJETIVO DESTE ARTIGO É AJUDAR A CONCILIAR O SUCESSO

PROFISSIONAL COM UMA IMAGEM CORPORAL QUE SEJA SINÓNIMO DE SAÚDE.

DIETA PARA

“workaholics”[SAÚDE NUTRIÇÃO]

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NÃO FIQUE MUITAS HORAS SEM COMER

Ficar muitas horas sem comer é um comportamento bastante prejudicial para a saúde. As pessoas que não conseguem emagrecer “nem uma grama”, devido ao stress e à agitação do dia a dia, normal-mente acordam logo com pressa e nem sequer têm tempo para tomar o pequeno-almoço. As horas vão passando e, quando se apercebem que ainda não comeram nada, já são 15h. Nesta altura, acabam por substituir as refeições que não fize-ram (pequeno-almoço, meio da manhã e almoço) por um lanche rápido. À noite, chegam a casa famintas, justamente por terem saltado quase todas as refeições. Em consequência, a dispensa e o frigorífico são os alvos perfeitos.

Este tipo de comportamentos, ou seja, este perfil de alimentação favorece o aumento do peso, por diminuir o metabo-lismo e favorecer o consumo excessivo de alimentos ricos em gorduras, açúcares e sal, logo de calorias.

HORÁRIOS PARA AS REFEIÇÕESAlterar a rotina de trabalho, para a

maioria das pessoas, é algo que não está ao seu alcance; só quem trabalha por conta própria pode ter essa disponibilida-de, mas por vezes, por falta de motivação, não o fazem.

Porém, melhorar a alimentação é possí-vel! O início desta mudança deve começar pelos horários, ou seja, não se deve ficar por mais de 3 horas sem comer. Se isso acontecer, o organismo começa a “poupar” energia e o metabolismo fica reduzido. E, como o organismo queima menos calorias, gasta menos energia para desempenhar as mesmas funções. Resultado: o indivíduo começa a acumular gordura e a aumentar o peso.

Como é que alguém

consegue praticar

uma dieta saudável,

se não tem mais do

que uns minutos para

comer, entre uma

reunião e outra?

REFEIÇÕES RÁPIDAS, MAS SAUDÁVEIS

Sem tempo para comer, muitas destas pessoas optam por refeições rápidas (do tipo fast-food). As preferências são sem-pre as mesmas: pizzas, hambúrgueres, salgados, bolos, sobremesas, etc., ou seja, refeições prontas a comer. Esta é a pior opção para “matar” a fome.

A recomendação para estas situações é escolher uma sanduíche de pão integral ou de mistura, com peito de frango ou de peru grelhado, ou de carne assada, guar-necida com umas folhas de alface, rodelas de tomate e cenoura ralada. Para acom-panhar, um sumo natural de fruta, sem açúcar adicionado.

Para os intervalos das grandes refeições, opte por trazer de casa fruta (descascada ou não), barrinhas de cereais simples e iogurtes, porque são alimentos fáceis de transportar e que podem comer-se em qualquer altura do dia, sem causar grandes transtornos profissionais. Acima de tudo, estes lanchezinhos são nutricionalmente mais completos do que comer um folhado ou um salgado.

REFEIÇÕES COLORIDASÉ fundamental que as pessoas muito

ocupadas consigam fazer, pelo menos, três refeições principais. O ideal é o pequeno-almoço, almoço e o jantar. Dentro das pos-sibilidades, há que intervalar estas refei-

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ções com outras mais pequenas: meio da manhã, lanche e ceia.

Para além das refeições, é sempre bom ir diversificando o tipo de alimentos. Assim, pratos coloridos são sinal de uma alimen-tação saudável. Significa que os diferen-tes tipos de alimentos nos dão todos os nutrientes de que o organismo necessita. É importante ver representados os alimentos de cada grupo: hidratos de carbono, pre-sentes no arroz, massa, batata; proteínas, presentes nos peixes, carnes e ovos; e gorduras, para confecionar ou temperar, de preferência as insaturadas, como as do azeite e dos óleos vegetais em geral.

TRAGA SEMPRE CONSIGO PEQUENOS LANCHES

Embora as mulheres estejam em vanta-gem, porque a maioria usa enormes malas, os homens podem igualmente utilizar pas-tas, mochilas ou mesmo sacos de plástico ou de papel reutilizáveis… Quando se quer muito uma coisa, arranja-se sempre uma solução, certo?

Estes pequenos lanches podem ser de frutas, barrinhas de cereais, iogurtes, tos-tas, bolachas integrais, sanduíches de quei-jo ou fiambre, etc.. Alguns destes alimentos podem ser deixados no local de trabalho, sem precisarem de grandes condições de armazenamento. O importante é criativida-de na hora de escolher os alimentos para

levar consigo. Além disso, levar as refeições de casa

para o emprego dá mais certezas quanto à qualidade dos alimentos e à forma como foram confecionados, e fica muito, mas muito, mais económico.

EMENTA SEMANAL OU QUINZENALÉ apenas necessária uma boa capacidade

de organização para encarar o desafio de programar a ementa da semana. Por outro lado, esta programação permite controlar o orçamento semanal, quinzenal ou mensal destinado à alimentação. Compras sem um bom planeamento podem desmotivar qual-quer pessoa que deseje emagrecer. O ideal é comprar apenas o que será consumido, sem cometer excessos. Assim, elaborar a ementa com antecedência é a chave para um emagrecimento bem-sucedido e seguro.

Levar o almoço de casa, para além de ter mais

certezas quanto à qualidade dos alimentos

e à forma como foram confecionados, fica

muito, mas muito, mais económico

SETE GRUPOS FUNDAMENTAIS

4�CARNES, PEIXES E OVOSProporcionam proteínas de elevada

qualidade, ferro e vitaminas do comple-xo B. São preferíveis as carnes magras e brancas (frango e peru) e o peixe. Em relação aos ovos, um número de 3 por semana é considerado adequado. Convém limitar ao mínimo o consumo de carnes gordas e de enchidos.

4�LEITE E DERIVADOSProporcionam cálcio e proteínas de

elevada qualidade. São preferíveis os derivados lácteos e os queijos menos ricos em gordura.

4�CEREAIS, DERIVADOS E TUBÉRCULOSProporcionam hidratos de carbono

complexos (amido), proteínas de quali-dade média e vitaminas do complexo B. Convém escolher produtos menos refina-dos e mais ricos em fibras.

4�LEGUMES E LEGUMINOSASProporcionam fibras, elementos mine-

rais (ferro e outros) e proteínas de qua-lidade média, as quais, em combinação com as dos cereais, atingem um nível

qualitativo comparável ao das proteínas do primeiro e segundo grupos. Alternar feijões, ervilhas, grão-de-bico, lentilhas, etc.

4�ÓLEOS E GORDURAS COMO CONDIMENTOO seu consumo deve ser controlado

e limitado; de qualquer forma, são pre-feríveis os óleos de origem vegetal às gorduras de origem animal (manteiga, natas, banha de porco). O azeite é a melhor gordura.

4�HORTALIÇAS E FRUTAS (FONTES DE VITAMINA A)As de cor amarelo-alaranjada ou verde-

escura são importantes fontes de vitami-na A, assim como de outras vitaminas, elementos minerais e fibras.

4�HORTALIÇAS E FRUTAS (FONTES DE VITAMINA C)Citrinos, kiwi, tomate e pimento, prin-

cipalmente, são fontes abundantes de vitamina C, mas também contêm outras vitaminas, minerais e fibras.

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O LANCHE ESCOLAR é alvo de legítimas preocupações por parte dos pais e educadores, os quais,

muitas vezes, não sabem o que devem oferecer às crianças nesses horários. As ofertas existentes nos supermercados são muitas, desde os produtos de pastelaria – como bolos e pãezinhos recheados –, folhados, tartes, salgados e um número infindável de tantos outros alimentos, até às diversas bebidas, como leites achoco-latados, sumos e refrigerantes. Alimentos estes que são fáceis de transportar e de boa aceitação por parte dos mais peque-nos; porém, nem sempre são os mais adequados para atender às necessidades nutricionais das crianças.

GRANDE INTERESSE NUTRICIONAL

Para as crianças mais pequenas, uma refeição simples, como o meio da manhã ou o lanche da tarde, pode ter um gran-de interesse a nível nutricional, porque costuma coincidir com o horário em que a criança sente mais fome. Por isso, para além de receber alimentos do seu agrado, é importante que os alimentos oferecidos nestas pequenas merendas sejam equili-brados sob o ponto de vista nutricional, de

forma a não comprometerem a aceitação das refeições seguintes.

Se a merenda oferecida for excessiva-mente calórica, composta por fritos, ali-mentos açucarados, alimentos com adição de sal, sumos, refrigerantes e similares, a quantidade de calorias ingeridas será ele-vada e, dificilmente, a criança aceitará com facilidade a refeição posterior – as refei-ções principais –, o que pode comprometer a sua nutrição, isto porque os alimentos oferecidos são bastante pobres nutricional-mente, embora ricos em calorias.

Um outro erro alimentar é permitir que a criança coma mais no horário dos lanches do que no horário das refeições principais. Como o tempo de digestão e a capacidade gástrica – volume alimentar que o estô-mago aguenta – da criança não são iguais aos dos adultos, a satisfação provocada por uma refeição à base de leite e bola-chas ou bolos açucarados, por exemplo, pode prolongar-se por muito tempo numa criança pequena, reduzindo o apetite para a próxima refeição.

A obesidade infantil, a “epidemia” que tanto preocupa todos os profissionais de saúde – médicos e nutricionistas especial-mente –, está relacionada com o elevado consumo dos alimentos que fazem parte

dos lanches e, também, na procura de refeições económicas, mais simples e rápi-das, como é o caso dos fast-foods – ham-búrgueres, batatas fritas, refrigerantes, doces, chocolates, tartes, pizzas, etc.

RECOMENDAÇÕES PARA A MERENDA ESCOLAR

Seguem-se algumas recomendações para a preparação da merenda escolar, tendo em vista as necessidades nutricionais e a aceitação por parte das crianças.4Deve-se perguntar se a escola tem

alguma forma de guardar a comida que os alunos trazem nas lancheiras, para as refeições durante o dia. Se houver locais disponíveis e apropriados, então tornará possível uma maior variedade dos ali-mentos.4Todos os lanches devem ser compos-

tos por algum tipo de proteína – fiambre, queijo, leite, iogurtes, etc. –, podendo ser utilizados das formas mais variadas: em sanduíches, tartes, tostas, torradas, bati-dos, papas, etc.4É importante que o leite ou seus deri-

vados estejam presentes em todos os lan-ches, o que pode ser feito através da adição de queijo nas sanduíches, por exemplo, quando o leite não estiver presente.

OS ALIMENTOS ESCOLHIDOS PELOS PAIS PARA OS LANCHES NA ESCOLA, A MEIO DA MANHÃ E/OU MEIO DA TARDE, SÃO GERALMENTE DE BOA ACEITAÇÃO POR PARTE DOS MAIS PEQUENOS, MAS NEM SEMPRE SERÃO OS MAIS ADEQUADOS PARA ATENDER ÀS RESPETIVAS NECESSIDADES NUTRICIONAIS.

LANCHE NA ESCOLA

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4Usar muito esporadicamente os pro-dutos de charcutaria – presunto, mortade-la, salsichas, etc. – , porque são alimentos com grande concentração de sal e porque lhes são incorporados aditivos alimentares no processo de fabrico, principalmente os conservantes químicos. E também con-têm uma elevada quantidade de gordura, devendo dar-se preferência, quando utili-zados, aos do tipo light.4Alternar alimentos mais saudáveis

com alimentos mais doces. É uma boa alternativa para ir ao encontro do pala-dar da criança. Ou seja, um dia a criança leva para a escola um bolo de chocolate; no dia seguinte, deve levar um pão de mistura com uma fatia de queijo ou uma barrinha de cereais – ou outro tipo de ali-mentos que garantam um adequado valor nutricional.

4Quando, na escola, não houver um local adequado para a armazenagem dos alimentos, o melhor é pensar em merendas que possam ficar à temperatura ambiente por um tempo superior ao normal, sem o risco de se estragarem. Nesses casos, pode optar-se pelos sumos ou lacticínios em embalagens “tretapak”, que não exigem temperaturas de refrigeração. Os queijos fundidos também podem ser utilizados na preparação de sanduíches ou para serem consumidos juntamente com tostas.4É sempre conveniente evitar alimentos

excessivamente salgados, gordos ou doces. Biscoitos ou bolachas recheadas têm ele-vadas quantidades de gordura, além do excesso de açúcar. 4O mais importante é garantir que a

quantidade dos alimentos fornecida seja suficiente para suprimir a fome, naquele

horário específico. Mas não dê alimentos em excesso, que impeçam a aceitação da próxima refeição. Para isso, é bom obser-var como a criança se comporta nos horá-rios das refeições, em termos de volume da refeição e da sua aceitação.4As cantinas escolares podem ser uma

boa alternativa para a preparação de ali-mentos frescos e de adequado valor nutri-cional, mas acabam, infelizmente, por não ir ao encontro do paladar das crianças, que preferem alimentos doces e salgados. Para mudar esta situação, seria importan-te um bom relacionamento entre os pais e os diretores das escolas, assim como das empresas de catering, de modo a decidirem juntos – e com o conselho de nutricio-nista – que tipo de alimentos seriam os mais adequados para serem oferecidos na cantina.4É importante relembrar a necessida-

de de hidratação das crianças na idade escolar: elas costumam ser extremamente ativas e perdem muitos líquidos e eletró-litos com facilidade. É sempre bom que haja um consumo regular de água, durante o horário escolar, independentemente dos alimentos oferecidos no meio da manhã ou no lanche.

Sempre que seja possível, deve existir, nas creches,

nas escolas e nos colégios, um nutricionista que

possa elaborar os lanches e as ementas, tendo

sempre em conta as necessidades das crianças

OPÇÕES MAIS SAUDÁVEIS

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MUITA INFORMAÇÃO ESTÁ DISPONÍVEL atualmente sobre a infeção aguda pelo vírus

SARS-CoV-2, mas esta infeção tem um espetro muito mais alargado para além da fase aguda, nomeadamente no que apelida-mos de fase de recuperação.

Em Portugal, já foi ultrapassado um milhão de casos de covid-19, que resulta-ram em cerca de 18.000 mortes e mais de 950.000 recuperações.

ESTARÃO MESMO RECUPERADOS?A pergunta pertinente é esta: estarão

mesmo recuperados? Estudos recentes apontam para que a infeção esteja longe de ser apenas uma questão localizada e momentânea, com cerca de 17% dos “recuperados” a necessitar de novo inter-namento e 7% a falecer 6 meses após a alta, como resultado de efeitos num vasto leque de patologias orgânicas e problemas autoimunes. Segundo um estudo norte-

americano, 87,4 % dos doentes internados apresentam sintomas após a alta.

Embora a síndrome pós-covid continue a evoluir, tem sido sugerido pela comunidade científica o uso desta definição pela per-sistência de sintomas 3 a 4 semanas após o fim da replicação viral. Esta situação clínica advém da toxicidade direta do vírus, da lesão dos vasos sanguíneos, da desregu-lação do sistema imunitário com aumento da inflamação e da coagulação sanguínea.

A SÍNDROME PÓS-COVID É UM PROBLEMA SÉRIO, EM PARTE, AINDA

DESCONHECIDO, PARA O QUAL URGE ALERTAR A SOCIEDADE. A RESPOSTA

PASSA PELA CRIAÇÃO DE CONSULTAS PÓS-COVID NAS UNIDADES DE SAÚDE.

QUAL É A NECESSIDADE?Consulta pós-covid

[SAÚDE PREVENÇÃO]

Mesmo pessoas consideradas saudáveis que estiveram em contacto com o vírus devem passar por uma consulta, geralmen-te efetuada por um clínico generalista, mas que tenha uma abordagem multidiscipli-nar, com as várias especialidades médicas envolvidas – Pneumologia, Cardiologia, Psiquiatria, Neurologia, etc. – e com apoio

de meios complementares de diagnóstico. A investigação deve ser direcionada prin-cipalmente para as áreas respiratória e cardiovascular, com recurso a exames de imagem, como TAC, Ecocardiograma e eventual AngioTAC. Uma avaliação analí-tica também é fundamental.

De ressaltar a avaliação da resposta imunitária à infeção, através do dosea-mento de anticorpos, que pode vir a ser decisiva na necessidade de nova dose de vacina no futuro.

ALERTAR A SOCIEDADE A deteção precoce de sintomas ou sinais

silenciosos, que numa primeira fase o doente e até mesmo o clínico não associam imediatamente à covid-19, pode vir a ser decisiva.

O diagnóstico destas condições é de uma importância extrema para uma adequação terapêutica eficaz, evitando problemas de maior para o doente no futuro.

A comunidade médica tem uma respon-sabilidade acrescida em alertar a socieda-de para este problema, ainda numa fase muito inicial e, em parte, desconhecido, criando consultas pós-covid nas unidades de saúde e promovendo uma campanha de comunicação séria sobre este assunto.

MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS PÓS-COVID

Várias são as manifestações clínicas pós-covid, sendo que as mais persistentes são a nível respiratório. Este é o órgão habitualmente mais afetado pela infeção, podendo manifestar-se com uma panóplia de sintomas, como fadiga, falta de ar, tosse persistente, dor torácica, superinfeção bac-teriana, entre outros.

Na área cardiovascular, também podem surgir queixas, como dor no peito, palpita-ções, enfarte agudo miocárdio, miocardite e fenómenos tromboembólicos.

A área neuropsiquiátrica apresenta uma importância acrescida, com distúrbios do sono, perda do olfato e paladar, formi-gueiros, falta de memória e concentração, acidentes vasculares cerebrais, aumento da ansiedade e sintomas depressivos.

Também podem surgir queixas gastroin-testinais, como náuseas, vómitos, diarreia e perda do apetite. Tem sido referido a presença de diabetes, assim como a dimi-nuição da função renal. Além disso, a pele pode também ser envolvida com vários tipos de erupções cutâneas e perda de cabelo.

AVALIAÇÃO CLÍNICA CRITERIOSA

Estamos ainda numa fase inicial da caraterização da síndrome pós-covid, sendo necessário uma pesquisa ativa e contínua, que inclua a identificação e caraterização clínica, laboratorial e ima-giológica da mesma.

Surge, assim, a necessidade de uma avaliação clínica criteriosa pós-covid, atra-vés de uma consulta principalmente em doentes que tenham estado internados ou que passaram por unidades de cuidados intensivos, assim como em doentes com comorbilidades associadas, como diabetes, cancro e transplantados, entre outras.

Cerca de 17% dos “recuperados” necessitam

de novo internamento e 7% acabam por

falecer 6 meses após a alta, como resultado

de efeitos num vasto leque de patologias

orgânicas e problemas autoimunes

Pelo

DR. LUÍS LEBRE

Diretor Clínico - Joaquim Chaves Saúde – Clínicas Médicas

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A ASMA É A DOENÇA CRÓNICA mais comum na idade pediátrica e uma das doenças crónicas mais

frequente na idade adulta. Estima-se que cerca de 260 milhões de pessoas em todo o mundo sejam afetadas por esta doença, calculando-se que, só em Portugal, atinja cerca de 600.000 indivíduos.

SINTOMAS TÍPICOSA asma é uma doença inflamatória cró-

nica das vias respiratórias caracterizada por obstrução transitória e variável, poten-cialmente reversível. Manifesta-se geral-mente por sintomas respiratórios típicos: dispneia (sensação de falta de ar), pieira (respiração ruidosa semelhante a chiar ou miar), tosse seca e sensação de opressão torácica (descrita como sensação de peso no peito).

Os sintomas são potencialmente reversí-veis e são controlados com o tratamento adequado. Podem, no entanto, ser incapa-citantes e, por vezes, impedem a realização das atividades do dia a dia, seja em casa, seja no local de trabalho ou escola.

A maioria dos doentes apresenta formas ligeiras e moderadas da doença, as quais são facilmente tratadas e controladas. No entanto, cerca de 3 a 10% dos doen-tes com asma podem apresentar formas graves.

ELEVADA CARGAA asma grave é descrita como asma

que permanece não controlada apesar do tratamento otimizado com elevadas doses de corticoterapia e broncodilatadores ina-lados ou que necessita de alta dose de medicação para permanecer controlada.

A asma grave acarreta elevada carga física, mental, emocional, social e económi-ca para os doentes e a sociedade. Calcula-

se que seja responsável por mais de 50% dos custos totais com a asma.

A doença interfere, muito frequentemen-te, com a família, a vida social e a vida profissional, limita as escolhas de carreira e afeta a saúde emocional e mental, quer do doente, quer da sua família ou convi-ventes. Os doentes sentem-se, muitas vezes, sozinhos e mal compreendidos, uma vez que a sua experiência é tão diferente da maioria das pessoas com asma.

Os sintomas são mais frequentes e mais intensos, os fatores desencadeantes são mais difíceis de controlar e evitar, a dose de terapêutica necessária para controlar os sintomas é, geralmente, mais alta e/ou são necessários mais medicamentos (de diferentes grupos farmacológicos) para atingir o controlo. Muitas vezes, os sinto-mas permanecem, apesar da otimização terapêutica, com consequências na quali-dade de vida do doente.

EXAMES DE DIAGNÓSTICOO diagnóstico da asma é feito com base

na presença de sintomas respiratórios típi-cos e demonstração de limitação variável do fluxo aéreo. Os sintomas típicos variam em intensidade e ao longo do tempo e, geralmente, surgem em associação a um dos mecanismos desencadeantes (por exemplo, exercício, riso, infeção respira-tória viral, alergénios). A limitação do fluxo aéreo comprova-se através da espi-

A ASMA GRAVE ACARRETA ELEVADA CARGA FÍSICA, MENTAL,

EMOCIONAL, SOCIAL E ECONÓMICA PARA OS DOENTES E A SOCIEDADE.

FELIZMENTE, JÁ EXISTE UMA GRANDE VARIEDADE DE TRATAMENTOS

E MOLÉCULAS, PARA ALÉM DE DIFERENTES TIPOS DE INALADORES,

QUE PERMITEM UMA MEDICAÇÃO MAIS EFICAZ E CONFORTÁVEL.

Pela

DRA. RITA GERARDO

Médica pneumologista – Hospital de Santa Marta, Centro Hospitalar e Universitário de Lisboa Central. Comissão de Alergologia Respiratória da Sociedade Portuguesa de Pneumologia

EM BUSCA DE SOLUÇÕES INOVADORAS

Asma grave[SAÚDE PNEUMOLOGIA]

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rometria, um exame incluído nas provas de função respiratória.

Para além destes exames são, muitas vezes, pedidos outros, que permitem carac-terizar o tipo de asma: análises labora-toriais ao sangue, testes de sensibilidade cutânea, radiografia torácica, provas de função respiratória completas, testes de broncoprovocação, doseamento do óxido nítrico exalado, entre outros.

O diagnóstico de asma grave implica, para além do referido acima, a presença de sintomas que permanecem não controlados apesar da otimização da terapêutica, da sua correta utilização e do cumprimento da posologia. Também é necessário excluir outros diagnósticos que podem ser confun-didos com asma ou que podem agravar a asma pré-existente.

ALÍVIO E CONTROLO A terapêutica da asma baseia-se em dois

tipos de tratamento: alívio e manutenção.

O tratamento de alívio tem como objetivo controlar os sintomas no momento em que surgem, aliviando, assim, as queixas. O tratamento de manutenção destina-se a controlar os sintomas através da sua toma diária e regular, mantendo, assim, os níveis de inflamação no mínimo; diminuir o grau de obstrução da via aérea; e reduzir ao mínimo o risco de ocorrência de agudi-zações. Inclui os corticosteroides inalados e os broncodilatadores de longa duração de ação.

É possível incluir dois tipos de medi-cação diferente dentro do mesmo inala-dor, tornando o tratamento mais simples, prático e eficaz. Mais recentemente, têm sido desenvolvidas novas moléculas, que permitem tratamentos mais eficazes e com menor número de tomas diárias (uma toma diária, em vez de duas ou mais). Também têm surgido novos dispositivos inalatórios que facilitam a capacidade de utilização pelo doente.

Os corticosteroides constituem a base da terapêutica de controlo da asma, devi-do à sua ação anti-inflamatória, sendo a terapêutica mais eficaz. Desde o início do seu uso na forma inalada que fazem parte essencial do tratamento da asma. A administração inalada permite elevada efi-cácia terapêutica com o mínimo de efeitos adversos.

Atualmente, a corticoterapia sistémi-ca – oral ou injetável – está reservada no tratamento das agudizações modera-das a graves e ainda no tratamento de alguns doentes com asma grave. Apesar da sua elevada eficácia terapêutica, os efeitos adversos são consideráveis. Estes incluem obesidade, diabetes, osteoporo-se, cataratas, hipertensão arterial, entre outros, quando a terapêutica é administra-da de forma continuada. O recurso a esta terapêutica deve ser ponderado, tendo em conta os benefícios terapêuticos e os riscos associados.

Estima-se que cerca de 260 milhões de pessoas em todo o mundo

sejam afetadas pela asma, calculando-se que,

só em Portugal, atinja cerca de 600.000 indivíduos

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TERAPÊUTICA BIOLÓGICA Mais recentemente, surgiram novas tera-

pêuticas – terapêutica biológica para a asma – destinadas a grupos-alvo, como os doentes com asma grave. São altamente eficazes, no entanto, a sua administração é geralmente intra-hospitalar e com perio-dicidade que pode ser a cada duas, quatro ou oito semanas. Fazem parte da farmácia hospitalar, sendo bastante dispendiosos. Porém, a sua utilização não é sinónimo de suspensão da terapêutica prévia, nomeada-

mente da corticoterapia inalada. Nem todos os doentes com asma grave

são elegíveis para esta terapêutica. Ainda assim, numa larga maioria dos doentes com indicação, a eficácia é impactante nos vários aspetos do seu dia a dia. O decrésci-mo dos sintomas, a redução no número de agudizações da asma, o aumento da sua tolerância ao esforço e a diminuição na quantidade de medicação necessária para obter o controlo dos sintomas são exem-plos do efeito da terapêutica biológica.

O doente com asma grave tem, atual-mente, acesso a uma grande variedade de tratamentos e moléculas, para além de diferentes tipos de inaladores, o que per-mite que possa fazer a sua medicação da forma mais eficaz e confortável.

A finalizar, é importante ressalvar que a informação descrita é relativa ao doente em geral e não se destina a casos em par-ticular. O aconselhamento junto do médico assistente é essencial no tratamento da asma.

O decréscimo dos sintomas, a redução no número

de agudizações, o aumento da tolerância ao esforço

e a diminuição na quantidade de medicação

necessária para obter o controlo dos sintomas

são exemplos do efeito da terapêutica biológica

Projetos diferenciadores

Com o objetivo de impulsionar a procu-ra de respostas às atuais lacunas na infor-mação credível disponibilizada a doentes e médicos, a  Sanofi Genzyme  uniu-se à  NOVA IMS  para lançar um desafio a toda a comunidade de inovadores – o Asthma Hack Innovation, que decorreu entre junho e julho últimos. 

No fecho do Solutions Day Summit, destacaram-se dois projetos: Asthmeter e Puure, ideias que conquistaram o pai-nel de jurados, tendo assim recebido a quantia de 5.000 euros para passarem da teoria à prática. Ao longo de 3 semanas e com o apoio de um conjunto de men-tores, cada equipa trabalhou a fim de encontrar soluções diferenciadoras para transformar o panorama da asma grave em Portugal.

Asthmeter apresenta-se com o mote “solução integrada para o controlo da asma”. De acordo com o seu representan-te, a Asthmeter é a solução tanto para as dificuldades do doente – reconhecimento dos sintomas, dúvidas ou técnica inalató-ria – como para as dificuldades do médico – vigilância dos sintomas, monitorização da adesão e plano de ação. Por seu lado, o projeto Puure consiste na aplicação com o mote “o controlo diário da asma”, pelo que mediará a relação doente-médico e será uma fonte de notificações preventi-vas, permitindo a autoavaliação frequen-

te de como o doente se sente a cada dia.A Associação Portuguesa dos Asmá-

ticos (APA), a Associação Portuguesa de Pessoas com DPOC e outras Doen-ças Respiratórias Crónicas (RESPIRA), o Grupo de Estudos de Doenças Respira-tórias da APMGF (GRESP), a Rede de Especialistas em Asma Grave (REAG), a Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica (SPAIC) e a Sociedade Portuguesa de Pneumologia (SPP) ajuda-ram a dar vida a esta iniciativa.

[SAÚDE PNEUMOLOGIA]

O CARCINOMA HEPATOCELULAR É um cancro  com origem no fígado que ocorre, mais frequentemente, em pacientes com doenças crónicas do fígado, habitualmente na presença de cirro-

se hepática. No entanto, até 1/4 dos doentes não têm cirrose ou fatores de risco para esta doença.  

É o tumor com origem no fígado mais frequente e, na maioria das vezes, o seu diagnóstico é realizado tardiamente, pelo que, em média, após o diagnóstico, o tempo de sobrevida do doente é de 6 a 20 meses.  

 EPIDEMOLOGIA  

Este tipo de tumor é cerca de três vezes mais frequente em homens do que em mulheres, ocorrendo na Europa na faixa etária entre os 60 e os 70 anos. Existe, contudo, um tipo de tumor com origem no fígado – tipo fibrolamelar – que ocorre em doentes mais jovens (com idades entre os 5-35 anos) e, quando é possível de ser tratado cirurgicamente, o seu prognóstico é melhor em comparação com os outros cancros do fígado.  

FORTEMENTE ASSOCIADO

À CIRROSE DERIVADA DO

CONSUMO EXCESSIVO DE

ÁLCOOL OU DE HEPATITES

CRÓNICAS, MAS NÃO SÓ, O

CARCINOMA HEPATOCELULAR

É UM CANCRO COM ORIGEM

NO FÍGADO CONSIDERADO

BASTANTE AGRESSIVO, QUANDO

O DIAGNÓSTICO É TARDIO.

Cancro do fígadoPREVENIR É O MELHOR REMÉDIO

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[SAÚDE GASTRENTEROLOGIA]

Em todo o mundo, nos últimos anos, tem-se verificado um aumento deste tipo de tumores. A sua incidência é mais eleva-da na Ásia e em África, onde as infeções por hepatite B e C são mais frequentes, predispondo ao desenvolvimento de doença hepática crónica e, consequentemente, ao hepatocarcinoma.   

Felizmente, as  atuais estratégias inter-nacionais de vacinação para o vírus da hepatite B e os avanços nos medicamentos utilizados para o tratamento da hepatite C poderão ter um impacto significativo na redução deste tipo de cancros hepáticos.   

  FATORES DE RISCO   

Mais da metade dos doentes com cancro do fígado apresentam cirrose, que pode estar associada ao consumo excessivo de álcool ou hepatites crónicas.

As principais causas de hepatites cróni-cas são a infeção pelo vírus da hepatite B e C, que são fatores de risco para o desenvol-vimento de cancro hepático.  Outra doença que pode estar na origem do cancro do fígado é o chamado “fígado gordo” (estea-to-hepatite não alcoólica).  

Doenças mais raras, como a hemocro-matose (doença hereditária em que existe acumulação excessiva de ferro no fígado), podem ainda ser causa de tumores hepá-ticos.  

SINAIS E SINTOMAS  Nos doentes com cirrose, os sintomas e

alterações ao exame físico são geralmen-te devidos à cirrose subjacente e não ao tumor em si.   

Os sintomas do cancro hepatocelular podem ser inespecíficos, como  perda de peso, falta de apetite e emagrecimento. Os doentes podem ainda referir queixas como sensação de enfartamento após uma refeição ligeira, vómitos, dor abdominal do lado direito, icterícia (pele e mucosas de cor amarela), aumento da barriga por acumulação de líquido abdominal, febre e prurido (comichão).  

No entanto, alguns doentes que apre-sentam cancros numa fase inicial não apresentam sintomas relacionados com o tumor.  

 RASTREIO E DIAGNÓSTICO 

Os doentes com risco elevado de virem a desenvolver cancro do fígado (nome-adamente os que apresentam cirrose e alguns com infeção pelo vírus da hepatite B) devem ser submetidos a um rastreio periódico. Este rastreio inclui a realização de uma ecografia abdominal e a avaliação numa análise de sangue de um marcador tumoral designado alfa-fetoproteína. 

Este rastreio permitirá o diagnóstico mais atempado do tumor hepático, aumen-tando assim as hipóteses de um tratamento com sucesso.   

O diagnóstico de hepatocarcinoma pode ser suspeitado através de ecografia abdo-minal e confirmado por TAC ou resso-nância magnética. Em alguns casos, o diagnóstico definitivo requer a realização de uma biópsia do nódulo. 

Após o diagnóstico de um tumor do fígado, é necessária uma avaliação multi-disciplinar, realizada por várias especiali-dades médicas, entre elas Gastrenterolo-gia, Cirurgia, Radiologia e Oncologia,  de forma a decidir qual a melhor opção de tratamento.    

 TRATAMENTO   O tratamento do cancro do fígado depen-

de de vários fatores, entre eles: a localiza-ção e a extensão do tumor, se a função do restante fígado está preservada, bem como o estado geral do doente (existência ou não de outras doenças).  

Tumores de pequenas dimensões limita-dos ao fígado poderão ser removidos por cirurgia. Contudo, em doentes com cirrose, este tipo de tratamento pode não ser possí-vel de se realizar, porque uma parte impor-tante do fígado poderá estar danificada.   

Outra possibilidade de tratamento cura-tivo é a realização de um transplante de fígado, que implica uma avaliação exausti-va, de forma a se decidir se o doente é ou não um candidato adequado a este tipo de tratamento.  

Quando o transplante ou a cirurgia não são possíveis ou enquanto as pessoas esperam por um transplante, poderão ser iniciados tratamentos locais. Estas opções podem ajudar a diminuir o cres-cimento do cancro e aliviar os sintomas do doente.  

Existem vários tipos de tratamento que podem ser oferecidos ao doente e que têm como objetivo a destruição local do tumor através da injeção de uma substância ou da aplicação de energia nas células tumorais. 

A quimioembolização consiste na injeção de quimioterapia nos vasos que alimentam o cancro. Já na radiofrequência é utilizada energia elétrica e na radioterapia interna seletiva é usada radiação que permite a destruição local do tumor.  

Atualmente existe ainda a possibilidade de realizar quimioterapia oral, através da toma de medicamentos, como sorafenib e regorafenib.  

Existem , por fim, outras quimioterapias a serem estudadas como tratamento para este tipo de tumores.  

PREVENÇÃO  É fundamental a prevenção do desenvol-

vimento de doenças hepáticas, independen-temente da sua causa. Assim, é fundamen-tal tratar adequadamente infeções como hepatites B e C crónica, doenças hepáticas relacionadas com fígado gordo, consumo de álcool e excesso de acumulação de ferro no fígado (hemocromatose). 

Pela

DRA. ROSA COELHO

Serviço de Gastrenterologia do Centro Hospitalar São João, a convite da Sociedade Portuguesa de Gastrenterologia

Os doentes com risco elevado de virem a desenvolver cancro do fígado

(nomeadamente os que apresentam cirrose e alguns com infeção pelo

vírus da hepatite B) devem ser submetidos a um rastreio periódico

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O CANCRO DA MAMA É um dos melhores exemplos de como a Ciência tem oferecido à Medicina

alternativas para curar mais pessoas que são atingidas por esta doença. De facto, por diagnosticarmos mais cedo e por tratarmos melhor e mais cedo, ganhamos vantagens na expetativa de cura para as doentes, isto é, temos maior probabilidade de não haver uma recidiva do cancro da mama.

Importa esclarecer que, quando aplica-mos o termo recidiva, queremos dizer que havia células tumorais que persistiram após a cirurgia e que se tornaram clinica-mente detetáveis, sobre a forma de metás-tases em outros órgãos ou como recidiva loco-regional (na mama restante, na pele próxima da cirurgia, nos gânglios mais próximos de onde estava o tumor inicial). A recidiva mais grave é a que se apresenta com metástases em outros órgãos.

FATORES DE RISCO PARA UMA RECIDIVA

Os fatores de risco para uma recidiva de um cancro da mama são bem conheci-dos, entre os quais: o tamanho do tumor que foi ou vai ser operado; a existência de gânglios linfáticos na axila com célu-las tumorais; o grau de diferenciação do tumor; o subtipo de cancro da mama e as características das células tumorais (por exemplo, os tumores que têm indicadores de multiplicação celular mais alto são de maior risco).

Os tumores da mama de maior risco são tratados após a cirurgia (ou, por vezes, antes de serem operados) com quimiotera-pia, durante um período de tempo que pode ir até 6 meses, em regra.

Para alguns subtipos de cancro da mama, associamos anticorpos dirigidos a um recetor que está expresso nas células tumorais (o HER2).

Para outros tumores, fazemos hormono-terapia após a quimioterapia ou logo após a cirurgia, se não precisam de quimiote-rapia. Estes são a maioria dos cancros da mama e são os que exprimem nas células tumorais recetores de estrogénios e/ou de progesterona e devem ser tratados com hormonoterapia durante, pelo menos, 5 anos.

É, também, conhecido que, após a cirur-gia, muitas doentes recebem tratamentos

de radioterapia. Por exemplo, é obrigatório nas doentes cuja cirurgia só removeu uma parte da mama (cirurgia conservadora).

ELEVADA TAXA DE CURATudo o que dissemos visa eliminar célu-

las tumorais isoladas (ou ninhos micros-cópicos) que estejam na vizinhança do local onde o tumor foi removido ou que estejam já alojadas em outros órgãos à distância. Assim, aumentamos a proba-bilidade de cura, porque eliminamos as células que poderiam voltar a crescer e a formar tumor clinicamente detetável sobre a forma de recidiva loco-regional ou sob a forma de metástases.

De uma forma geral, os tumores da mama que são diagnosticados numa fase inicial são curáveis em cerca de 80% dos casos. Isto é, a taxa de recidiva ao longo dos anos seguintes é de 20%. Existem tumores de elevado risco para recidiva e outros de muito baixo risco para recidiva (5% ou menos).

Mesmo nos cancros da mama com ele-vado risco para recidiva (por exemplo, maiores do que 2 cm, com gânglios metas-tizados na axila e com índice proliferativo muito elevado) temos de concretizar o melhor plano terapêutico para a cura. Temos doentes nestas circunstâncias que estão curadas com 5, 10 ou mais anos de seguimento.

Os cancros da mama do subtipo “triplo negativo” (as células tumorais não expres-sam recetores de estrogénios ou de pro-gesterona ou do dito recetor HER2), com índice proliferativo elevado, são de risco elevado para recidiva, mas, se aos 5 anos as doentes estiverem bem, é muito provável que estejam curadas.

GRAÇAS AOS PROGRESSOS

DA MEDICINA, A

EXPETATIVA DE CURA

DO CANCRO DA MAMA

TEM AUMENTADO MUITO

SIGNIFICATIVAMENTE.

MAS QUAL É A

PROBABILIDADE DE

UMA RECIDIVA? É O QUE

VAMOS ANALISAR.

Pelo

DR. LUÍS COSTA

Oncologista no Hospital CUF Descobertas - CUF Oncologia

COMO SABEMOS QUE NÃO VOLTA?

Cancromamada

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Já os tumores que expressam receto-res hormonais (se forem de risco para recidiva) podem reaparecer muitos anos após a cirurgia. Este é um dos motivos pelo qual devem fazer hormonoterapia durante, pelo menos, 5 anos. Este tipo de células tumorais pode ficar noutros órgãos (mais frequentemente o osso) quiescente, sem replicação, durante muito tempo. No entanto, convém referir que a maioria dos cancros da mama que expressam recetores hormonais são curáveis, sobretudo se não forem muito grandes, não tiverem gânglios axilares afetados e se forem de baixo grau.

As recidivas loco-regionais devem ser tratadas com cirurgia e/ou radioterapia e, frequentemente, pode ser necessário rever o tratamento sistémico (a hormonoterapia ou mesmo a quimioterapia). Cerca de 60% das doentes permanecem sem recidiva aos 10 anos após serem tratadas a uma recidi-va loco-regional.

Tudo o que dissemos refere-se à possibi-lidade de um cancro voltar após cirurgia. Não podemos esquecer que uma mulher que teve um cancro da mama pode ter outro (um novo) cancro da mama: acon-tece muitas vezes, anos após, na outra mama. Deve ser abordado como um novo cancro, rever os fatores de risco e esta-belecer um plano terapêutico com intuito curativo (inclui, obviamente, a cirurgia).

VIGILÂNCIA PERIÓDICA E REGULARAssim, após a cirurgia por um cancro

da mama, para além do acompanhamento dos tratamentos em curso, as doentes são vigiadas em consulta para sintomas ou sinais suspeitos de recidiva, fazem alguns exames periodicamente ou mais especifi-

camente, dependendo do que se conclui na consulta médica. Compreende-se como é importante a observação da doente para verificar se não existe uma recidiva loco-regional.

Depreende-se também que as doentes devem fazer regularmente (em princípio, anualmente) exame de imagem da mama para detetar um novo cancro da mama. Este novo cancro da mama pode surgir muitos anos após, por vezes, quando as mulheres tinham deixado de ter consultas regulares.

O cancro também pode morrer, porque é possível curar mulheres com cancro. O estádio do cancro à data do diagnóstico e a execução de um plano terapêutico com maior potencial curativo são decisivos nesta contenda. De resto: vigiar, confiar e acreditar são os verbos que melhor constroem a esperança de uma vida com muitos projetos.

O estádio do cancro à data do diagnóstico e a execução de um plano terapêutico com maior potencial curativo são decisivos

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DURANTE A GRAVIDEZ, perante um problema de saúde, é sempre necessário consultar o médico, antes de tomar qualquer medicamento. Mas para os pequenos

achaques e incómodos, pode recorrer-se aos remédios que a Natureza nos oferece.

Todas as soluções que propomos nas páginas que se seguem são inócuas; umas atuam como preventivas e outras contribuem para acalmar os sintomas. Obviamente, nem todos os remédios têm a mesma eficácia em todas as mulheres: por isso, o melhor é experimentá-los e ir observando as reações que provocam, até encontrar aquele que proporciona melhores resultados.

A GESTAÇÃO É UMA BOA ALTURA PARA DESCOBRIR TODO O POTENCIAL CURATIVO DA NATUREZA. AS ERVAS, AS MASSAGENS, A DIETA E A HOMEOPATIA CONSTITUEM SOLUÇÕES EFICAZES PARA TRATAR OS PEQUENOS INCÓMODOS DA GRAVIDEZ.

PARA TRATAR OS INCÓMODOS DA GRAVIDEZ

Descubra opotencial curativoda Natureza

AZIAEssa desagradável sensação de ardor no estômago – que está relacionada com os efeitos relaxantes da progeste-rona – pode ser aliviada com remédios naturais.

FITOTERAPIA4�Para prevenir a acidez no estômago, pode tomar-se

uma infusão de uma ou várias das seguintes plantas: camomila, alcaçuz, funcho, erva-cidreira, gengibre e menta.

MASSAGENS4�Os óleos essenciais de camomila, funcho, rosa e sân-

dalo, diluídos em óleo de amêndoas, podem aplicar-se, através de uma suave massagem, na parte superior do abdómen.

DIETA4�Há que comer devagar e fazê-lo em pequenas quanti-

dades, mas com frequência. 4�Há, também, que evitar ácidos, gorduras e picantes,

bem como o café, o chá, o álcool e o excesso de ali-mentos refinados, como o açúcar e o pão branco.

ANEMIADevido ao aumento do volume do sangue no corpo durante a gravidez, aumenta o risco de sofrer anemia. Aqui tem algumas soluções naturais.

DIETA4�Há que ingerir mais alimentos ricos em ferro: gema de ovo, ervilhas, fei-

jões, lentilhas, marisco, salsa, carne, peixe, frutos secos, beterraba, nabos, vegetais de folha verde escura, pão integral, gérmen de trigo. 4�Comer alimentos ricos em vitamina C – citrinos, kiwis, pimentos vermelhos

–, uma vez que ajudam à absorção do ferro.4�Tomar alimentos que contenham vitamina E – gérmen de trigo e óleos

vegetais –, já que esta assegura a absorção do ferro e evita a destruição das hemácias.4�Aumentar o consumo de alimentos que contenham ácido fólico, tais como

legumes de folha verde, levedura de cerveja, feijões e frutos secos.

FITOTERAPIA4�As seguintes plantas medicinais, que podem tomar-se em tisana ou em

salada, contêm ferro em mais ou menos abundância: folha de dente-de-leão, urtiga, beldroega, folhas e flores de espinho-branco, salsa – que não se deve comer em grandes quantidades –, cebolinho e coentros.4�Para tomar em tisana, também podem usar-se as seguintes plantas ricas

em ferro: bardana, roseira-brava, verbena e folhas de framboeseira.

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[SAÚDE GRAVIDEZ]

Durante a gravidez, é sempre necessário

consultar o médico, antes de tomar um

medicamento; mas para os pequenos

achaques, pode recorrer-se a alguns

remédios que a Natureza nos oferece

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CÃIBRASSão frequentes na gravidez, por vezes, devido à maior necessidade de cálcio e magnésio.

FITOTERAPIA4�Tisanas ricas em cálcio: rainha-dos-

prados, cavalinha, sementes de aipo e urtigas. Tomar uma chávena, três vezes ao dia. Se as cãibras forem acompa-nhadas por stress e ansiedade, podem acrescentar-se as seguintes ervas: pas-sionária, camomila e verbena.

MASSAGENS4�Pode fazer-se uma massagem na zona

afetada – sem tocar nas varizes, se as houver –, utilizando óleo essencial de camomila, manjerona, alecrim ou lavan-da, misturados com óleo de amêndoas.

DIETA4�Como as cãibras costumam estar rela-

cionadas com deficiências em vitami-nas B, D, E, cálcio e magnésio, há que dar preferência aos alimentos que con-têm estes nutrientes ou suplementá-los. Acrescente à dieta: sementes de sésamo, figos secos, salsa, agriões e folhas de dente-de-leão.

CONSTIPAÇÕESPerante uma constipação, pode ser neces-sário recorrer a um antipirético, que se deverá escolher em função dos sintomas. Mas é sempre recomendável que, na pre-sença de febre, a mulher grávida consulte o seu médico. Há, contudo, plantas e tra-tamentos naturais que reduzem e aliviam os sintomas.

HOMEOPATIA4�Se a febre for elevada e provocar cala-

frios, com pele seca, sede e agitação, pode tomar-se Aconit: 4 bolinhas, de meia em meia hora, quatro a cinco vezes seguidas.4�Se a febre surgir de forma rápida,

acompanhada de um grande abatimento e sede intensa, pode tomar-se Beladona: 4 bolinhas, 4 ou 5 vezes por dia.

BANHOS4�Antes de deitar, pode tomar-se um

banho com óleos essenciais ou infusões concentradas de lavanda, camomila ou erva-cidreira.

FITOTERAPIA4�São eficazes as infusões de pinheiro,

eucalipto, pulmonária, alecrim e orégão. Tome umas três ou quatro chávenas por dia, adoçadas com mel.

DIETA4�Tomar muita vitamina C, em forma de

sumos de laranja, limão e maçã.4�Ingerir alho cru e sopas de cebola.

HEMORROIDASA gravidez favorece a dilatação das veias, o que adicionado à restrita circulação que existe nessa zona, pode provocar hemorroi-das, sobretudo se a mulher já era propensa.

HOMEOPATIA4�Aesculus composto e Hammelis com-

posto: tomam-se 4 bolinhas de cada, umas 2 a 3 vezes por dia.

FITOTERAPIA4�Para uma infusão, as plantas mais apro-

priadas são: macela, raiz de dente-de-leão, urtiga, hipericão e alcaçuz. Tomar três chávenas por dia.

CATAPLASMAS4�Podem fazer-se aplicações locais com

compressas empapadas numa infusão ou decocção concentrada das seguintes ervas: erva-gateira, calêndula, cavalinha, hamamelis, córtex-de-carvalho, pé-de-leão e consolda.4�Também se podem aplicar diretamente

folhas de consolda, já que são muito calmantes e curativas.4�O sumo de papaia, ingerido ou aplica-

do externamente, também dá grandes resultados.

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4�Os seguintes óleos essenciais, diluídos em óleo de amêndoas e aplicados sobre a zona, são de grande ajuda: cipreste, incenso, tomilho, gerânio, camomila e erva-cidreira.

DIETA4�Há que evitar ingerir muito açúcar e ali-

mentos elaborados com farinha branca, bem como comidas muito condimenta-das e bebidas alcoólicas e especiarias.4�Há que comer muita fruta fresca e

legumes, sumos vegetais e alimentos que contenham magnésio e vitamina B – levedura de cerveja, cereais integrais, etc.

HIPERTENSÃOA hipertensão pode ser perigosa, sobretudo, para o bebé; portanto, há que tentar equili-brá-la, da forma mais natural possível.

FITOTERAPIA4�As infusões de espinho-branco – flores,

folhas e bagas – é um dos melhores remédios para normalizar a pressão sanguínea. Há que tomar uma chávena, três a seis vezes por dia. 4�Também podem ser úteis tisanas de

botões de tília, passionária ou folhas de framboeseira.

DIETA4�Os alimentos que mais ajudam a equi-

librar a tensão arterial são a aveia, o alho-porro, o azeite, o alho, a cebola e as cenouras.

INSÓNIASSão muito frequentes nos últimos meses da gravidez. Os remédios naturais costu-mam ajudar.

HOMEOPATIA4�Cafeína 5 CH: um tratamento clássico,

para os problemas de insónias. Há que tomar 5 bolitas, ao deitar.

FITOTERAPIA4�Camomila, erva-cidreira, verbena, tília

e passionária são ervas que se podem tomar em infusão ou em tintura e que ajudam a conciliar o sono. Tomar dois copos de tisana, antes de dormir ou três colheres de tintura, diluídas em água.

DIETA4�Há que evitar tomar café, chá, cacau,

chocolate e comidas muito pesadas.4�Um copo de leite morno, com uma

colher de mel, ao deitar, também con-tribui para dormir e descansar melhor.

CONSELHOS do naturopata

Muitos outros achaques permitem que a Natureza ofereça soluções efi-cazes e sem contraindicações para a saúde da gestante.

A saber:

DOR DE CABEÇAInfusões de alecrim, passionária,

matricária, betónica, erva-cidreira, lavanda, menta, tercianária, camomila, raiz de dente-de-leão, gengibre ou valeriana.

DOR DE GARGANTAEnxaguar a boca com um extrato

líquido ou uma infusão concentrada de cravo, menta, orégão e alecrim.

INFEÇÃO URINÁRIA OU CISTITEBeber meio litro de água e, em segui-

da, um copo de sumo de maçã com uma colher de bicarbonato – ajuda a tornar a urina mais alcalina. Depois, tome uma infusão com a seguinte mis-tura de plantas: cavalinha, rainha-dos--prados e verbena.

EDEMABeber, três a seis vezes ao dia, uma

infusão de uma ou várias das seguintes plantas: folhas de framboesa, estigmas de milho, rainha-dos-prados, folhas de dente-de-leão ou cavalinha.

ANTES DO PARTOTomar infusões de lavanda, camomila

ou tília relaxa e acalma a dor.

Muitas mulheres observam alívio para as

náuseas mastigando um pau de canela ou

um pedaço de gengibre; ambas as plantas

também podem ser tomadas em tisana

4�A vitamina que mais ajuda a evitar as perturbações do sono é a B6. Contêm-na em abundância os seguintes ali-mentos: levedura de cerveja, melaço e gérmen de trigo.4�A falta de cálcio também pode impedir

uma boa relaxação. Os seguintes ali-mentos contêm cálcio em abundância: figos secos, sementes de sésamo, agriões e, obviamente, os laticínios.

NÁUSEASUma em cada duas mulheres sofre náuseas durante o primeiro trimestre da sua gravi-dez, sintoma que, felizmente, desaparece depois da refeição.

HOMEOPATIA4�Nux vomica, se as náuseas aparecem

depois de comer; e Sepia, se aparecem antes. Dose: 4 grânulos de uma ou outra a 5 CH, duas ou três vezes por dia.

FITOTERAPIA4�Erva-cidreira, lavanda, camomila e

folhas de framboeseira: pode preparar uma infusão, com uma mistura de algu-mas destas plantas e tomá-la, em peque-nos sorvos, de cinco em cinco minutos, ou tomar uma chávena, de três a seis vezes por dia.4�Muitas mulheres observam alívio masti-

gando um pau de canela ou um pedaço de gengibre. Ambas as plantas também podem ser tomadas em tisana.4�Os óleos essenciais de rosa, lavanda ou

camomila podem aplicar-se em massa-gem, sobre o estômago e costas, mistu-rados com óleo de amêndoas. Também podem acrescentar-se à água do banho.

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DIETA4�Há que evitar fazer uma dieta dema-

siado ácida, bem como ingerir gorduras ou cafeína.4�Em muitos casos, as mulheres com

náuseas melhoram depois de tomarem suplementos de vitamina B6 (25 mg), zinco (15 mg) e magnésio (500 mg).

OBSTIPAÇÃOA obstipação pode surgir em mulheres que, inclusive, não a têm habitualmente. Nal-guns casos, os suplementos de ferro podem ser os responsáveis.

HOMEOPATIA4�Hydrastis a 5 CH: 4 bolinhas, duas a

três vezes por dia.

FITOTERAPIA4�Há muitas plantas com ação laxan-

te: dente-de-leão, sementes de linhaça, alcaçuz, etc.

DIETA4�Beber o sumo de um limão, com um

copo de água quente, 1/2 hora antes do pequeno-almoço.4�Pôr de molho, num copo de água, duran-

te toda a noite, três ameixas. De manhã, bebe-se a água e comem-se as ameixas, em jejum.4�Aumentar a quantidade de fibras na

alimentação: acrescente 8 tiras de algas agar-agar demolhadas, em cada salada.

PERNAS PESADASA sensação de peso, dor e inflamação das pernas são problemas frequentes na grávida.

HOMEOPATIA4�Hamamelis composto é um dos prepara-

dos homeopáticos mais eficazes. Há que tomar 4 grânulos, uma ou duas vezes por dia.

FITOTERAPIA4�Há muitas plantas que têm ação sobre

a circulação venosa: hamamelis, cas-tanha-das-índias, mirtilo, videira-preta, espinho-branco, menta, bardana, erva-de-São-João. Podem tomar-se sob a forma de tintura-mãe: 30 gotas de manhã e à tarde, com um pouco de água; ou uma infusão, tomando 3 copos por dia e pondo uma colher da mistura por cada copo de água.4�Podem fazer-se massagens suaves, sobre

a zona dorida, com óleos essenciais de cipreste, lavanda, limão e manjerona, misturados com óleo de amêndoas.4�Para acrescentar à água do banho, estão

indicados os óleos de menta, alecrim, limão, tomilho, lavanda ou cipreste.

DIETAHá que aumentar o consumo das seguintes vitaminas:4�Vitamina E: presente em alimentos

como os cereais integrais, o gérmen de

trigo, o azeite e os óleos de soja e giras-sol, de primeira pressão.4�Vitamina C: presente em todos os citri-

nos, nos espinafres, nos kiwis e na salsa.4�Vitamina PP: nas groselhas, na levedu-

ra de cerveja e nas amoras.

TENSÃO E ANSIEDADESobretudo no final da gravidez, muitas mulheres sentem um excesso de tensão e ansiedade face ao parto. Eis alguns remédios.

HOMEOPATIA4�Gelsemium 5 CH e Pulsatilla 7 CH:

tomar 4 bolinhas, três vezes ao dia.

FITOTERAPIA4�A camomila, a lavanda, a passionária, a

tília, a erva-cidreira e a verbena relaxam o corpo e a mente. Podem tomar-se em infusão, regularmente, em qualquer fase da gravidez.4�Os óleos de jasmim, incenso, salva e

lavanda, usados em massagem ou no banho, levantam o ânimo, sobretudo, no final da gravidez.

FLORES DE BACH4�Um dos remédios de Bach, o mimulus,

ajuda a superar o medo e a ansiedade. Há que pôr as gotas debaixo da língua, três vezes ao dia.

Não tome sem autorização médica4�Aspirina, porque destrói o ácido fóli-

co, tal como os medicamentos que contêm enxofre;4�Vitamina A, D e derivados. Nem

ponha cremes que contenham retinol. 4�Cortisonas;4�Antipalúdicos;4�Anti-inflamatórios;4�Antibióticos à base de tetraciclinas;4�Progesterona artificial;4�Sonoríferos; e 4�Anti-histamínicos.

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QUER OPTE OU NÃO POR

AMAMENTAR O BEBÉ, O

CUIDADO COM O PEITO

ANTES, DURANTE E APÓS

O PARTO É FUNDAMENTAL.

DISPOR DE UMA BOMBA

TIRA-LEITE, MANTER

UMA DIETA SAUDÁVEL E

HIDRATAR A PELE SÃO

ALGUNS DOS CONSELHOS

EM DESTAQUE.

7DICAS PARA

após o partoCUIDAR DO PEITO

[SAÚDE GRAVIDEZ]

1 BOMBA TIRA-LEITE: A COMPANHEIRA DE VIAGENS

Quando se entra no mundo da amamen-tação, há que ter em conta o tempo que se deve investir: se se optar por amamentar, as tomas podem ser muito longas, sempre que o bebé o exija.

Por essa razão, as bombas tira-leite podem ser muito benéficas para que as mães possam planear os seus horários de forma mais flexível, funcionando como uma solução que junta comodidade, simpli-cidade e tecnologia avançada.

2 CREMES REPARADORES: ALIADOS INDISPENSÁVEIS

A hidratação da pele dos mamilos é essencial durante todo o processo. Por isso, os cremes reparadores são um must para quem acaba de dar à luz. A sua utili-zação é indicada para cuidar dos mamilos durante as mudanças que as mulheres experimentam nesta etapa, que vai desde a gravidez até após o parto.

Amamentando ou não o bebé, a sensibi-lidade do peito é um facto e as variações hormonais podem gerar sensibilidade, dor ou até inchaço no peito e nos mamilos. Por esse motivo, é muito importante mantê-los hidratados e cuidados, com cremes espe-ciais e reparadores para essa zona.

3 PROTETORES DE MAMILOS TAMBÉM SÃO ESSENCIAIS

Se a mãe sofre por causa de mamilos achatados, invertidos, doridos ou gretados, é recomendável a utilização de protetores de mamilos. No caso das mães que ama-mentam, é fundamental verificar, antes de cada toma, que a aderência é a ideal para

que o bebé mame da melhor forma. Assim será possível evitar o aparecimento de gre-tas nos mamilos. Este produto não é ape-nas um acessório para as mães lactantes. Também pode ser muito útil para as mães que acabam de dar à luz e cujos mamilos estão especialmente sensíveis, visto que podem funcionar como barreira protetora contra a fricção dos tecidos.

4 MANTER UMA DIETA SAUDÁVEL

As mulheres que acabam de dar à luz devem prestar especial atenção à sua dieta e fazer opções saudáveis. É importante consumir todos os nutrientes que o corpo exige. Se assim não for, um suplemento ali-mentar em cápsulas pode ajudar a garan-tir a energia e a vitalidade necessárias.

5 ESCOLHER O SUTIÃ À MEDIDA

É, ainda, imprescindível optar por um sutiã de aleitamento que garanta o suporte necessário para que o peito esteja sempre bem posicionado, quer se escolha o cami-nho da amamentação ou não.

O sutiã deve adaptar-se ao tamanho do peito nas suas distintas fases, desde a con-ceção até ao fim do período de amamenta-ção. Deve ser firme, com alças largas que mantenham o peito na sua posição natural

e não o comprimam, e que não deixe mar-cas nos ombros nem nas costas.

6 MEXER-SE!

Durante a gravidez, devido ao aumen-to do peito, pode acontecer uma certa distensão nos músculos dessa zona. Por essa razão, e exceto se o médico indicar o contrário, as mamãs devem fazer exercí-cios aeróbicos sem impacto, especialmente para a zona do peito.

A natação, o ioga ou alguns exercícios isométricos, por exemplo, são atividades que podem ajudar a fortalecer essa zona, sem chegar a provocar o desenvolvimento do músculo.

7 DISCOS ABSORVENTES: AMIGOS ÍNTIMOS

As mães que optam por amamentar reparam, certamente, que os seios sofrem frequentemente pequenas perdas de leite, as quais podem manchar a roupa interior ou até as camisolas. Os discos absorventes podem ser um bom aliado para solucionar este problema. O mais aconselhável é utilizá-los tanto de dia como de noite, de forma a que absorvam a humidade e, para além disso, evitem a irritação dos mamilos.

Fonte: Mifarma by Atida

Amamentando ou não o bebé, a sensibilidade do

peito é um facto e as variações hormonais podem

gerar dor e inchaço no peito e nos mamilos

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AS LESÕES DA COLUNA VERTEBRAL não são apenas lesões da coluna ver-tebral. A coluna vertebral forma um canal através do qual passam a espinhal medula e as raízes nervosas, responsáveis pela transmissão da informação entre

o cérebro e o nosso corpo. Qualquer lesão que atinja a coluna vertebral pode afetar as suas estruturas (vértebras, discos intervertebrais, ligamentos), mas também a medula e as raízes nervosas.

LESÕES DA MEDULA: GRAVES CONSEQUÊNCIASA espinhal medula é responsável por receber e enviar sinais entre o cérebro e o nosso

corpo, que permitem controlar a sensibilidade e a função motora, os esfíncteres (controlo urinário e fecal) e a função sexual.

Cerca de 50% das lesões medulares são completas, provocando a perda total da função motora e sensitiva abaixo do nível da lesão, e afetam de igual forma os dois lados do corpo (tetraplegia quando afeta os quatro membros, paraplegia quando afeta apenas os membros inferiores).

Numa lesão medular incompleta, pode ser mantida alguma função sensitiva ou motora abaixo do nível da lesão (tetraparésia, quando afeta os quatro membros, e paraparésia, quando afeta apenas os membros inferiores).

A coluna divide-se em regiões cervical, torácica, lombar e sagrada. Uma lesão que atinja a coluna pode afetar a espinhal medula e as raízes nervosas que emergem nesse nível e todas as que se encontram nos níveis mais abaixo, o que torna as lesões cervicais potencialmente mais graves do que as lesões a nível da coluna dorsal, lombar ou sagrada.

LESÃO SECUNDÁRIA PODE AGRAVAR A LESÃO INICIALNo entanto, uma lesão medular não resulta apenas do dano causado pelo impacto ini-

cial. A lesão primária pode desencadear aquilo que é conhecido como lesão secundária: uma série de alterações biológicas que ocorrem após o traumatismo inicial e que interfe-rem com a capacidade de a medula recuperar e que podem mesmo agravar a lesão inicial.

A lesão secundária é provocada pelo traumatismo continuado da coluna vertebral, alte-rações na sinalização celular das células da espinhal medula, alterações na vascularização e inflamação da espinhal medula.

TODOS OS ANOS, EM TODO O MUNDO, MAIS DE 500 MIL PESSOAS SOFREM UMA

LESÃO VERTEBRO-MEDULAR. NA SUA ORIGEM ESTÃO FREQUENTEMENTE

ACIDENTES DESPORTIVOS OU DE VIAÇÃO, SENDO A PREVENÇÃO O MÉTODO MAIS

EFICAZ PARA EVITAR AS CONSEQUÊNCIAS GRAVES DESTE TIPO DE LESÕES.

Pelo

PROF. DR. RICARDO RODRIGUES PINTO

Ortopedista. Cirurgião de Coluna. Diretor da Unidade Vertebro-Medular (UVM) do Centro Hospitalar Universitário do Porto. Professor auxiliar convidado de Ortopedia no Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS). Membro da Sociedade Portuguesa de Patologia da Coluna Vertebral e representante da Campanha “Olhe Pelas Suas Costas”.

COMO MINIMIZAR AS CONSEQUÊNCIAS MAIS GRAVES

Traumatismos vertebro-medulares

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[SAÚDE ORTOPEDIA]

Dessa forma, a lesão primária é aquela que ocorre no momento do traumatismo. A única forma de a evitar é a prevenção deste tipo de acidentes, através de campanhas de sensibilização rodovi-ária, de mergulhos, etc., como é o caso da campanha “Olhe Pelas Suas Costas” (ver caixa). A lesão secundária pode tornar uma lesão incompleta numa lesão completa ou pode fazer com que uma lesão num determinado nível da coluna vertebral ascenda a níveis mais proximais, afetando mais raízes nervosas e acarretan-do consequências mais devastadoras para o doente.

Da mesma forma, uma lesão vertebral que provoque instabilida-de da coluna, mas que ainda não tenha lesado a espinhal medula pode, na ausência de uma estabilização adequada, levar ao trau-matismo e a uma lesão medular.

TRATAMENTO CIRÚRGICO: ESTABILIZAR E DESCOMPRIMIR

De forma a evitar a lesão secundária, qualquer pessoa vítima ou suspeita de ser vítima de um traumatismo vertebro-medular deve ser imediatamente imobilizada através da colocação de um colar cervical e plano duro e transportada para uma unidade Hospitalar onde possa ser diagnosticada e tratada de forma atempada.

Até aos dias de hoje, o  único tratamento comprovadamente eficaz para uma lesão vertebro-medular é o cirúrgico e consiste na estabilização da coluna vertebral e na descompressão da espi-nhal medula e das suas raízes nervosas. O objetivo da descompres-são é o alívio da pressão  sobre as estruturas neurológicas.  Isto pode ser conseguido através da remoção  das estruturas lesadas (disco intervertebral ou fragmentos ósseos) ou através do resta-belecimento do normal alinhamento da coluna e do canal vertebral. A instabilidade provocada pela lesão tem de ser eliminada, o que é habitualmente conseguido através da colocação de parafusos e/ou placas que estabilizem as vértebras lesadas (ver Fig. 1 e 2).

Fig.1 - Raio-X de perfil em que se identifica uma luxação da coluna cervical (região C5-C6) num homem de 55 anos após acidente de viação

Fig. 2 - Raio-X pós-operatório, após restauração do normal alinhamento da coluna cervical e fixação com placa, parafusos e enxerto

CAMPANHA “Olhe Pelas Suas Costas”

É fundamental lembrar que as lesões da coluna vertebral acarretam consequências devastadoras para a vida dos doen-tes,  a nível físico, mental, social e profissional. Infelizmente, ninguém está imune a estas lesões, as quais, em grande parte, resultam da falta de cuidado ou desconhecimento sobre com-portamentos desadequados.

Tendo isto em conta, a campanha “Olhe Pelas Suas Costas” (olhepelassuascostas.pt), lançada em 2009, é uma campanha de interesse público sobre a patologia da coluna vertebral, que visa sensibilizar a população para a problemática das dores nas costas, alertar para as suas consequências na vida pessoal e profissional dos portugueses e educar sobre as formas de prevenção e tratamento existentes.

A iniciativa tem a chancela da Sociedade Portuguesa de Patologia da Coluna Vertebral, da Associação para o Estudo da Dor, da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar, da Sociedade Portuguesa de Neurocirurgia, da Sociedade Por-tuguesa de Medicina Física e de Reabilitação e da Sociedade Portuguesa de Ortopedia e Traumatologia, contando com o apoio da Medtronic.

BENEFÍCIOS DA CIRURGIA PRECOCE Um dos principais benefícios da cirurgia precoce após uma lesão

medular é preservar o fluxo sanguíneo para a coluna vertebral. Vários estudos mostraram que a cirurgia realizada nas primeiras 24 horas após a lesão medular leva a uma maior probabilidade de recuperação (parcial ou completa) da lesão da espinhal medula, bem como à redução do tempo de internamento, taxas de compli-cação e custos associados aos cuidados de saúde.

Falhando a prevenção deste tipo de lesões, a adequada estabi-lização da coluna de um traumatizado vertebro-medular e o seu transporte atempado para uma unidade hospitalar com capaci-dade para o diagnóstico e tratamento são a chave para evitar ou minorar este tipo de lesões.

“VOLTAREI A CAMINHAR?”O prognóstico da recuperação neurológica após uma lesão

medular depende da gravidade da lesão inicial. Quanto mais severa esta for, pior é o prognóstico. Outro fator prende-se com a localização da lesão. Geralmente, lesões na coluna torácica têm uma menor probabilidade de recuperação do que uma lesão cervi-cal ou lombar. A maioria da recuperação após uma lesão medular ocorre nos primeiros 6 meses após a lesão, apesar de em alguns casos esta poder ocorrer até aos 5 anos.

Uma das principais questões que os doentes com lesões medu-lares colocam é se voltarão a conseguir caminhar. Os doentes com lesões completas da medula têm uma probabilidade inferior a 5% de voltarem a caminhar. Doentes com lesões incompletas, no entanto, têm uma probabilidade muito maior de poderem voltar a andar. Para esta recuperação, as primeiras 48 horas após a lesão são críticas.

A reabilitação após uma lesão medular é também fundamental para a recuperação funcional, mas também psicológica. Inclui treinos de força, exercício cardiovascular, condicionamento respi-ratório e exercícios de mobilidade e de alongamentos.

FÁRMACOS E CÉLULAS ESTAMINAISA investigação em lesões medulares tem sido particularmente

profícua nos últimos anos, demonstrando um aumento nas tera-pêuticas disponíveis e em estudo em ensaios clínicos.

Os últimos avanços incluem fármacos neuroprotetores que pos-sam diminuir o impacto das lesões medulares. Alguns fármacos têm demonstrado ser eficazes na minimização das lesões medu-lares em estudos animais, mas apenas estudos humanos em larga escala permitirão saber se – e em que magnitude – são úteis nas lesões medulares em humanos.

O transplante celular e as células estaminais, por exemplo, podem permitir substituir as células nervosas lesadas ou levar à sua regeneração. Apesar de os estudos em animais terem mos-trado alguma eficácia, é importante perceber que os estudos em animais se baseiam em modelos de lesão medular que nem sempre permitem replicar de forma adequada aquilo que acontece em humanos.

NEUROESTIMULAÇÃO E ROBÓTICAAlém das terapêuticas medicamentosas e de transplantes celu-

lares, a neuroestimulação e a robótica são áreas de investigação e inovação excitantes.

A neuroestimulação consiste no implante de corrente elétrica no espaço epidural, de forma a estimular a recuperação funcional dos nervos lesados e alguns estudos em humanos têm vindo a mostrar resultados muito promissores.

Por outro lado, a robótica, nomeadamente através do uso de exosqueletos, pode permitir a pessoas com lesões medulares vol-tarem a pôr-se de pé e caminhar.

Trata-se de áreas de investigação em constante evolução e que, nos próximos anos, irão trazer-nos inovações fantásticas na forma como tratamos os doentes com lesões vertebro-medulares.

O transplante de células estaminais,

a neuroestimulação e a robótica são

áreas de investigação e inovação

fantásticas, que poderão, nos

próximos anos, alterar a forma

como tratamos os doentes com

lesões vertebro-medulares

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[SAÚDE ESTANTE]

Quem é que nunca sonhou em dar a volta ao mundo? Catarina e Filipe Almeida, autores da página do Instagram All Aboard Family, sonha-vam… e avançaram com a ideia, apesar de todas as dificuldades e medos: com um filho pequeno e a preocupação com a doença renal do Filipe que o obriga a fazer regularmente hemodiálise. Este livro serve de guia e de inspiração para todos os que gostam de viajar. Muitas histórias, dicas e recomendações para quem quer viajar de forma económica e descomplicada.

Livro oficial de uma figura icónica da superação pessoal. Um método inovador que mistura téc-nicas de respiração, a utilização do frio e exercí-cios de definição de mindset. Quando combi-nados, tornam a mensagem de Wim Hof muito poderosa: “Todos podemos alcançar literalmen-te o impossível: ultrapassar doenças, melhorar a nossa saúde mental e física, e ainda controlar a nossa fisiologia para superar o stress”. Este método pode ser praticado por qualquer pes-soa, independentemente da idade, que queira aumentar a sua força, vitalidade e felicidade.

A grande paixão de Vera Carvalho sempre foi a cozinha vegetariana, tendo sido a única participan-te vegetariana do programa MasterChef Portugal. Mais tarde, criou a sua própria empresa — Comer Amor —, um serviço de catering especializado em alimentação 100% vegetal. E assim nasceu este livro. São mais de 80 receitas que vão inspirá-lo a mudar a forma como prepara os vegetais no dia a dia. Aqui, vai encontrar truques, dicas e segredos para tornar a sua alimentação mais equilibrada e saudável.

Um guia fundamental para que possa reduzir radi-calmente o seu nível de desperdício, sem com isso ter de prescindir do seu estilo de vida. Através do desafio dos trinta dias, a autora fornece-lhe as regras, as dicas e os truques necessários para elimi-nar o uso de plástico e passar a viver uma vida mais limpa e amiga do Planeta. Este livro muito prático, sustentado numa abordagem positiva do tipo “eu consigo fazer isto”, funciona como um apelo à ação. Pequenas mudanças podem realmente fazer uma grande diferença.

All Aboard Family

Autores: Catarina Almeida e Filipe Almeida

Editora: Influência

O Método Wim Hof

Autor: Wim Hof

Editora: Nascente

Comer Amor

Autora: Vera Carvalho

Editora: Influência

Uma Vida Desperdício Zero Autora: Anita Vandyke

Editora: Oficina do Livro

A sofrologia é o novo mindfulness! Desenvolvida na década de 1960 por um neuropsiquiatra, com base em técnicas de ioga, consiste numa série de exercícios de respiração, visualização e movi-mento suave, que desenvolvem a atenção plena e a consciência ativa, permitindo ficar em sinto-nia com o corpo, os sentimentos e o ambiente. Através da sofrologia, poderá aumentar os seus níveis de energia e concentração, ter mais resi-liência emocional, gerir o stress, a ansiedade, dormir melhor, lidar com situações desafiantes e conhecer todo o potencial da sua consciência.

As sete deusas gregas de que fala este livro, todas diferentes entre si, coexistem em cada mulher. A autora, psiquiatra junguiana e profes-sora universitária, descobriu na Mitologia Grega uma ponte para melhor chegar ao coração das suas pacientes. Nas suas consultas, apercebeu-se de que as histórias que ouvia já tinham sido “vividas” pelas divindades. E compreendeu também que, ao invocar as deusas, conseguia mais facilmente passar a mensagem de que dentro de cada mulher existem forças podero-sas e adormecidas.

Os Segredos da Sofrologia Autora: Florence Parot

Editora: Pergaminho

As Deusas em Cada Mulher Autora: Jean Shinoda Bolen

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OBTER UMA LICENCIATURA OU UM MESTRADO JÁ NÃO É SUFICIENTE PARA

ASSEGURAR UM BOM EMPREGO, NOS DIAS DE HOJE. SAIBA QUAIS SÃO AS

COMPETÊNCIAS NECESSÁRIAS PARA A FORÇA DE TRABALHO DO FUTURO.

para o sucesso do emprego jovem

NECESSÁRIAS9 COMPETÊNCIAS

SEGUNDO ESTIMATIVAS DO BANCO DE PORTUGAL, a taxa de desemprego jovem (até aos 24 anos), no mês de maio de 2021, foi na ordem dos 24,4%, ou seja, muito supe-

rior à média nacional. Habitualmente, são os jovens profissionais os primeiros a engrossar o contingente de desempregados, uma vez que têm vínculos laborais mais frágeis: contratos a prazo,

período experimental ou recibos verdes. Independentemente do grau de instrução académica, é provável

que alguns não disponham das competências necessárias para serem integrados em posições que desejam. Especialistas identifi-cam nove competências necessárias para tornar as pessoas mais atrativas no recrutamento.

3 CIDADANIA GLOBAL Graças à tecnologia, o nosso mundo é agora

mais pequeno do que nunca. Enquanto no pas-sado os profissionais só lidavam com pessoas da sua região, a força de trabalho do futuro irá agora interagir com pessoas de todo o mundo.

Os jovens devem aprender e apreciar outras culturas que envolvem códigos de comunica-ção diferenciados. Dominar mais do que uma língua é uma grande vantagem, pois permite comunicar e ligar-se a pessoas de outras cul-turas, facilitando o caminho para a cidadania global.

Esta vertente torna um jovem particular-mente atrativo para os recrutadores, e esta aprendizagem pode vir como bagagem infor-mal, como viagens realizadas, programas onli-ne internacionais, intercâmbios, competição desportiva, etc.

1 ALFABETIZAÇÃO DIGITALQuase todas as carreiras profissio-

nais atuais envolvem a utilização de alguma forma de tecnologia. Assim, quanto mais uma pessoa souber sobre tecnologia, mais atraente será para um recrutador.

A alfabetização digital implica a familiarização dos jovens com uma variedade de tecnologias, para que possam facilmente aprender a utilizar qualquer programa ou dispositivo. À medida que os jovens se preparam para entrar no mercado de trabalho, devem aumentar continuamente os seus conhecimentos sobre as tecnolo-gias emergentes, o que ajudará os futu-ros empregadores a considerá-los mais passíveis de abraçar novos desafios que envolvam tecnologia inovadora.

2 CAPACIDADE DE RESOLUÇÃO DE PROBLEMASTalvez a competência mais impor-

tante necessária à força de trabalho do futuro seja a capacidade de resol-ver problemas.

Muitos sistemas educativos não ensinam estas competências, uma vez que se concentram na aprendizagem de rotina. Os jovens precisam de muita prática e persistência para resolverem uma vasta gama de problemas. Os empregos atuais já não são rotina: as pessoas devem ser capazes de esperar e adaptar-se a todo o tipo de proble-mas que possam surgir.

O exercício do pensamento crítico é uma obrigação e um dos principais trunfos que os empregadores procu-ram em novas contratações.

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4 EMPREENDEDORISMO Embora nem todos os jovens criem

empresas, todos eles precisam de um sentido de empreendedorismo para terem sucesso no mercado de trabalho.

Isto significa que os jovens precisam de ser motivados nos seus empregos e que precisam de dar espaço para a iniciativa. As empresas com foco no capital humano e na sustentabilidade a longo prazo que-rem integrar colaboradores que tenham atitudes de vanguarda e que possam iniciar mudanças e ideias por si próprios. Espera-se que os jovens façam mais do que apenas uma lista de tarefas. É hora de ser empreendedor, pois os emprega-dores esperam que novos profissionais possam impactar positivamente a sua organização.

5 CURIOSIDADE E AMOR PELA APRENDIZAGEMO futuro é indefinido e é garantida-

mente marcado pela evolução constante e acelerada, pelo que não há limite para o que os profissionais possam precisar

de aprender.Os jovens devem agarrar-se à curiosida-

de e ao amor em aprender que possuíam quando crianças. Estes traços traduzem-se perfeitamente no ambiente de traba-lho moderno. Os jovens devem procurar constantemente o conhecimento e apren-der coisas novas. Quanto mais souberem, mais completos serão.

Os empregadores procuram pessoas que tenham esta postura e alguém que o demonstre será sempre uma mais-valia para uma empresa.

6 COMPETÊNCIAS DE COMUNICAÇÃOAs aptidões de comunicação vêm de

seguida às aptidões de resolução de problemas quando se trata das compe-tências necessárias à força de trabalho do futuro.

Não importa quão grandes sejam as intenções ou ideias de uma pessoa; se não conseguirem comunicar eficazmen-te, muitas outras competências serão de pouca importância, pois acabam por não

ser implementadas por falta de compre-ensão das equipas. Os jovens devem ser eficazes na transmissão das suas ideias, tanto por escrito como oralmente. Mui-tos empregadores listam as capacidades de escrita e oralidade dentre as princi-pais características que procuram nas novas contratações.

Os jovens devem praticar a exposição escrita e oral até se sentirem à vontade para comunicar no local de trabalho.

7 ADAPTABILIDADE E FLEXIBILIDADE COGNITIVAO mundo do trabalho atual está em

constante mudança e ninguém sabe ao certo como serão as diversas atividades setoriais nas próximas décadas. Para que os jovens tenham sucesso, devem ser capazes de se adaptar facilmente à mudança. Muitas empresas estão sempre a mudar a forma como fazem as coisas e precisam de profissionais capazes de se adaptar às mudanças que certamente irão enfrentar no futuro, que pode ser já amanhã!

Soft skills mais procuradas pelas empresasO mercado de trabalho é cada vez mais

complexo e competitivo e, por essa razão, hoje em dia as habilidades técnicas não são suficientes sozinhas para quem pro-cura se destacar. As habilidades compor-tamentais – ou soft skills – passaram a ser valorizadas tanto ou mais pelas empresas do que as hard skills. Enquanto as soft skills são competências pessoais que vão sendo desenvolvidas ao longo da vida, as hard skills são competência técnicas espe-cíficas, adquiridas ao longo do percurso académico ou experiência profissional. Eis as soft skills mais procuradas pelas empresas:

4CRIATIVIDADE – Lidar com um ambien-te em constante transformação e dividir o espaço de trabalho com tantos recur-sos tecnológicos exige criatividade para propor soluções inovadoras. Além disso, geralmente é mais difícil (ou até mesmo impossível) que trabalhos em áreas cria-tivas sejam assumidos pela tecnologia. Afinal, criatividade é algo que se alimenta das nossas vivências e conhecimentos acumulados ao longo dos anos.

4PERSUASÃO – Ser uma pessoa persua-siva é interessante não apenas para quem trabalha com vendas, mas também para cargos relacionados à gestão de pessoas, marketing e relacionamento com clientes de maneira geral. Saber persuadir as pessoas para que compreendam a impor-tância e o valor de produtos, serviços e ideias não é algo que qualquer pessoa consiga fazer, por isso, é considerada uma habilidade valiosa.

4TRABALHO EM EQUIPA – Os ambientes de trabalho são cada vez mais diversos e isso é extremamente benéfico, não só para os negócios, mas também para os profissionais. No entanto, a junção de pessoas tão diferentes na mesma equipa é um desafio que as empresas têm de enfrentar. É importante saber comunicar com os colegas e ter espírito de equipa para atingir resultados globais.

4ADAPTAÇÃO – A forma como traba-lhamos vai sofrendo alterações ao longo dos anos. Considerando este cenário, os profissionais precisam desenvolver suas habilidades de adaptação e também de proatividade. Afinal, será cada vez mais importante conseguir adaptar-se a novas

rotinas, processos e tecnologias, além de propor novas estratégias e soluções.

4BOA GESTÃO DO TEMPO – Para ter mais produtividade e eficiência, é neces-sário saber fazer uma boa gestão de tempo. Isso não significa fazer tudo rápi-do, mas sim saber priorizar tarefas, oti-mizar as atividades e organizar a agenda para entregar tudo o que é necessário com qualidade e cumprindo os prazos.

4FLEXIBILIDADE – Profissionais flexí-veis lidam melhor com as mudanças no ambiente de trabalho, nos processos e até mesmo no mundo e no mercado de forma geral. As empresas estão a reorganizar o seu modo de funcionar, adotando regras

mais fluidas, trabalho remoto, mais auto-nomia nos horários e nas formas de traba-lhar, etc. O sucesso profissional depende, assim, da facilidade com que as pessoas se adaptam a novas realidades e projetos.

4RESILIÊNCIA – Principalmente em períodos marcados por transformações e disrupções, é difícil conseguir bons resultados sem uma equipa que saiba enfrentar adversidades e avançar mesmo em condições desfavoráveis. Ser resilien-

te é mesmo isso: ser capaz de enfrentar e ultrapassar as crises. As pessoas resilien-tes conseguem encarar situações difíceis com mais assertividade, elaborar estraté-gias para minimizar danos e reinventar-se sempre que necessário.

4LIDERANÇA – A tendência é que os cargos mais operacionais sejam cada vez mais automatizados e que cargos de lide-rança e gestão aumentem e sejam ainda mais estratégicos para os negócios. Por isso, uma das soft skills mais valorizadas ultimamente é a capacidade de liderar pessoas. Nesse caso, não estamos a falar apenas em ter uma equipa, mas também em definir processos ou liderar pessoas indiretamente em projetos.

4NEGOCIAÇÃO – Seja para liderar uma equipa, trabalhar com os colegas, conver-sar com clientes, gerir o seu próprio negó-cio ou contratar serviços e fornecedores, vai ser sempre preciso negociar. Portanto, saber negociar pode abrir as portas para oportunidades mais estratégicas e impor-tantes nas empresas ou até garantir um futuro empreendedor de sucesso.

Fonte: Hotmart

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Os jovens também precisam de ter flexi-bilidade cognitiva. Isto significa que preci-sam de ser capazes de mudar a sua forma de pensar perante novos problemas e situ-ações; precisam de ser capazes de olhar para uma situação de muitos ângulos e formular o melhor plano de ação.

8 ACESSO, AVALIAÇÃO E ANÁLISE DA INFORMAÇÃOCom a disponibilidade generalizada da

tecnologia, os jovens têm uma riqueza de conhecimentos na ponta dos dedos. Atualmente, já não se trata do que uma pessoa sabe, mas do que ela pode descobrir. Por conseguinte, os jovens não precisam obrigatoriamente de uma cabeça cheia de conhecimentos, mas precisam das compe-tências necessárias para aceder a qualquer informação de que possam necessitar para resolver um problema.

Precisam não só de saber como aceder à informação, mas também de ser capazes de a avaliar, analisar, triar e determinar se é relevante para a resolução da situa-ção que têm entre mãos e como pode ser aplicada; saber distinguir o que são fontes fidedignas e não se ficarem comodamente com as respostas que obtêm do resultado da pesquisa que lhes aparece no topo da lista do Google.

9 AUTOCONHECIMENTO E INTELIGÊNCIA EMOCIONAL Uma das competências mais impor-

tantes necessárias na força de trabalho do futuro é o autoconhecimento para poderem reconhecer os seus pontos fortes e fracos. Quando uma pessoa se compre-ende a si própria, pode fazer os ajustes necessários e realizar o melhor que pode. Os jovens que se conhecem não só sabem como abordar e resolver problemas, como também são mais capazes de trabalhar com outros.

Para além do autoconhecimento, a força de trabalho do futuro precisa de ser capaz de compreender os outros através da inte-ligência emocional. Isto permitir-lhes-á estabelecer ligações com os seus colegas de trabalho, superiores e qualquer pessoa associada à empresa. Fazer ligações fortes é essencial em qualquer setor de atividade. Os empregadores querem novos colabora-dores que possam formar estes laços para promover a empresa e trabalhar bem com outros.

Fonte: Adecco Portugal

Como podem as empresas atrair e reter os melhores talentos?

Construir uma boa reputação como empregador é uma das melhores for-mas de atrair e reter o talento. Isto não significa que apenas aplica algum marke-ting e relações públicas à imagem como empregador: é necessário consolidar a reputação com ações objetivas. As cinco qualidades de uma organização focada no capital humano e na sustentabilidade no longo prazo são:

4Apoio à saúde mental e ao bem-estarA pandemia covid-19 tem sido dura para os profissionais de todos os setores de atividade. Aqueles que trabalham no local podem sofrer de ansiedade devido ao medo de adoecer, enquanto que os fun-cionários em teletrabalho podem sofrer de fadiga e esgotamento devido a uma mudança drástica no seu equilíbrio entre o trabalho e a vida pessoal. Dar priorida-de ao apoio à saúde mental dos colabo-radores atuais, oferecendo-lhes acesso a um terapeuta ou proporcionando-lhes tempo de folga regular para recarregar as suas baterias, é uma boa postura.Os potenciais candidatos quererão saber como a organização planeia apoiar o seu bem-estar. Poderá comunicar os benefí-cios e recursos da sua empresa e mostrar como farão parte de uma organização solidária e empática ao longo do proces-so de contratação, para que saibam que terão o apoio de que necessitam.

4�Oportunidades de desenvolvimento profissional

Os funcionários de todas as idades estão ansiosos por aprender novas competên-cias e dar o próximo passo nas suas carreiras. Os empregadores podem tor-nar isto uma realidade, proporcionando oportunidades de requalificação e for-mação que não só beneficiam os seus funcionários, mas também tornam uma organização mais resistente e adaptável em tempos de crise.

4Benefícios de um trabalho atrativoA remuneração é importante, mas não é tudo para os empregados. Em 2021, os profissionais também valorizam outros tópicos dentre um pacote de compensa-ção total, como licença de maternidade paga, férias pagas, serviços de acolhi-mento de crianças, opções de compra de ações e bónus de desempenho, entre outras coisas.Estes tipos de benefícios mostram ao colaborador, atual ou potencial, que as pessoas são valorizadas dentro da orga-nização, e que as lideranças estão preo-cupadas e interessadas no sucesso das pessoas dentro da empresa e na sua vida pessoal.

4Prontidão para o trabalho à distânciaO trabalho remoto chegou para ficar, mesmo quando as empresas começam a abrir novamente os seus escritórios. Os grandes empregadores confiam suficien-temente nos seus funcionários para sabe-rem que podem desempenhar as suas tarefas a partir de qualquer lugar. Os candidatos vão querer saber exata-mente quais são as políticas de trabalho à distância da organização, por isso, ter uma abordagem fixa e transparente a este respeito irá melhorar a forma como as pessoas veem a organização.

4�Compromisso com a diversidade e a inclusão

Ser uma organização com perfil inclusi-vo para a igualdade nos processos de recrutamento para remover qualquer pre-conceito entre os gestores contratados quando lidam com candidatos é uma tendência incontornável. Ao tomar uma posição forte, protegendo a diversidade e a inclusão no local de trabalho, a empre-sa atrairá candidatos que sentem que a sua organização é um local seguro, onde as suas vozes serão ouvidas.

Fonte: Adecco Portugal

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MENTE SÃ EM CORPO SÃO!

SE VIVE CANSADO E SENTE A CABEÇA SEMPRE A MIL, ESTÁ NA ALTURA DE SAIR

DESSE CICLO. SABIA QUE O EXERCÍCIO É O MELHOR REMÉDIO PARA A SUA SAÚDE

MENTAL? NESTE ARTIGO VAI CONHECER OS BENEFÍCIOS DO EXERCÍCIO PARA A MENTE.

BENEFÍCIOS DO EXERCÍCIO FÍSICO NA SAÚDE MENTAL

OS BENEFÍCIOS DA PRÁTICA REGULAR DE EXERCÍCIO físico são bem conhecidos para

o corpo. Porém, o exercício também é uma das maneiras mais eficazes para melhorar a saúde mental. Treinar de forma regular ajuda a minimizar situa-ções de ansiedade, depressão ou trans-torno do défice de atenção com hipera-tividade (TDAH). Para além de também ajudar a reduzir o stress, contribuir para uma melhor qualidade de sono e promover o bom humor. Estimula, ainda, a concentração, o foco e a memória. Basta uma sessão de exercício físico para que se sinta melhor, com mais energia e vitalidade.

Estar ativo diariamente é como um antí-doto para o stress causado por esta fase de pandemia. Não necessita de se tornar um aficionado pelo exercício para sentir os seus benefícios ou de treinar a uma inten-sidade muito elevada. Afinal, independente da sua idade ou condição física, o mais importante é começar a praticar.

O EXERCÍCIO NÃO É SÓ PARA O CORPO!

Vulgarmente associado a melhorias esté-ticas ou bons desempenhos desportivos, o exercício físico vai muito mais além. Embora, de forma errada, se divida corpo e mente – uma vez que a mente está dentro de um corpo – os benefícios para a saúde mental são quase automáticos.

É inegável o que a sua capacidade aeró-bia e de resistência muscular irá ganhar com a prática desportiva; porém, um bom motivo para praticar exercício, de forma frequente, poderá ser apenas pela sensa-ção de bem-estar. Se realizar o exercício de manhã, irá prontamente sentir-se mais

enérgico ao longo do dia, assim como mais criativo e focado. Também irá sentir-se mais relaxado, descontraído e, no final do dia, irá certamente dormir melhor.

EXERCÍCIO E ANSIEDADE Qualquer atividade que faça para se

mexer é um tratamento natural e eficaz contra a ansiedade. Ao focar a sua aten-ção na tarefa, vai minimizar o seu estado de ansiedade. Como? Esteja atento ao “agora” e a todos os sentidos. Por exem-plo, se for caminhar, fique atento à sensa-ção do contacto da sapatilha no chão, ao aumento dos batimentos do coração e até à sensação do vento no rosto. Atente ao

Sabia que...um estudo de Harvard, demonstrou que apenas 15 minutos

de caminhada por dia ajudam a reduzir os riscos de depressão em 26%?

Pela

PROF.ª ANA ANDRADE

Doutoranda em Atividade Física e Saúde, pela Universidade Lusófona de Lisboa (ULHT). Mestre em Exercício e Bem-Estar, ULHT Lisboa. Personal Trainer e Group Trainer no Holmes Place Parque das Nações

[FITNESS SAÚDE]

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momento, minimize os pensamentos e as preocupações na sua mente.

Poderá também realizar uma aula de grupo e cantar uma música que goste; ou numa sala de musculação sentir os mús-culos sob tensão, observar a diferença do seu músculo quando alongado e quando contraído. Quanto mais atento estiver no “aqui e agora” mais leveza e calma irá atrair para a sua mente.

EXERCÍCIO E DEPRESSÃO Quando existe um desequilíbrio hormonal

na produção de serotonina, dopamina e

endorfina, existe uma grande probabili-dade de ocorrerem transtornos metais, levando ao surgimento de patologias como a depressão.

Um estudo de Harvard demonstrou que apenas 15 minutos de caminhada por dia ajudam a reduzir em 26% os riscos de depressão. Evidências científicas demons-traram que o exercício, comparado com medicamentos psiquiátricos, é igualmente eficaz no tratamento de depressão leve a moderada, evitando os efeitos secundários da medicação.

A prática regular, para além de aliviar os

sintomas da depressão, ajuda a estimular mudanças no cérebro, promovendo cresci-mento e ativação neural e a promoção de sensações de calma e bem-estar. A prática de exercício liberta endorfina, a hormona do bem-estar, que faz com que se sinta com energia e bom humor em apenas uma sessão.

O exercício também é um bom passa-tempo e serve de distração, permitindo que encontre um tempo para estar consigo, quebrar a rotina, ficar em silêncio e evi-tar pensamentos negativos que fomentam estados depressivos.

5 BENEFÍCIOS DO EXERCÍCIO NA SAÚDE MENTAL

1. Reduz o stress e a ansiedade

2. Reduz os sintomas

de transtornos mentais

3. Melhora o humor

4. Melhora a qualidade do sono

5. Promove uma maior

autoestima

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física) deverá ser maioritariamente praze-roso, caso contrário, o sofá sairá sempre a ganhar. O que deverá fazer antes de iniciar qualquer atividade é questionar-se sobre o que gosta de fazer para se mexer. Se gosta de dançar, as aulas de Zumba são uma boa opção. Se é fã de treino de força, pode realizar sessões de musculação no ginásio. Se gosta do meio aquático, poderá optar por atividades na piscina a solo, com a natação, ou em grupo, em aulas de hidroginástica.

Se nunca fez nada antes e não sabe o que gosta, comece por experimentar diversas atividades, até que encontre a “ideal” para si. Não desista ao fim das primeiras tenta-tivas: acredite que irá encontrar algo que realmente goste, que seja benéfico para a sua saúde e ponha o seu coração a bater mais depressa.

Ao encontrar uma atividade em que se sinta bem, antes, durante e depois de a praticar, é meio caminho para continuar, de forma duradoura, evitando o abandono. O objetivo é criar uma rotina em que o exercício seja parte da sua vida.

EXERCÍCIO E STRESS Dores de cabeça, aperto no peito, pes-

coço e trapézio tensos, bem como rigidez muscular, são sintomas muito comuns, quando se encontra numa situação de stress. Quem é que gosta de viver sob stress? Se a situação for persistente, pode levar a insónias, azia e bloqueios na colu-na, entre outros. De forma a evitar estes sintomas e cair num ciclo vicioso, o melhor é praticar exercício físico. Para além de libertar endorfina no cérebro, o exercício ajuda a relaxar os músculos e a aliviar a tensão no corpo.

EXERCÍCIO E TDAH Exercitar-se periodicamente é uma das

maneiras mais fáceis e eficazes de reduzir os sintomas de transtorno do défice de atenção com hiperatividade, melhorar a concentração, a motivação a memória e o humor. Após os primeiros 10 minutos de exercício, os níveis de dopamina, nore-pinefrina e serotonina sobem no cérebro, fazendo com que a atenção e o foco sejam melhores.

EXERCÍCIO E PERTURBAÇÃO DE STRESS PÓS-TRAUMÁTICO

Estudos científicos têm vindo a demons-trar que, se estiver concentrado na realiza-ção da atividade, nos movimentos do seu corpo e em como se sente à medida que o exercício é realizado, pode melhorar o seu sistema nervoso e começar a receber respostas ao estímulo de imobilização que carateriza a perturbação de stress pós-traumático (PSPT) ou o trauma.

Atente às sensações físicas, nas articu-lações e músculos, até mesmo ao interior do corpo, enquanto se exercita. Preferencie exercícios que envolvam coordenação entre pernas e braços, como caminhar, correr, nadar, dançar ou fazer musculação. Ati-vidades realizada ao ar livre, como cami-nhadas, bicicleta ou escalada, também reduziram os sintomas.

COMO COMEÇAR? O primeiro passo é escolher algo que

goste! É o passo mais importante para ter sucesso e ver resultados de forma efe-tiva. O exercício para a saúde mental (e

FotograFia: MigUel MoUra

[FITNESS SAÚDE]

O VÍRUS DE EPSTEIN-BARR (VEB), conhecido por “vírus camaleão” – mais à frente vai

perceber a razão – está a criar uma ver-dadeira epidemia silenciosa. Das pessoas que testo com a kinesiologia, 3 em cada 5 contraíram-no; tenho-o detetado em famílias inteiras, principalmente quando a mãe é a portadora; noutras famílias, a percentagem é oscilante, mas a tendência é para aumentar.

RESPONSÁVEL POR MUITAS DOENÇAS

Este vírus camaleão está no cerne de inúmeras doenças misteriosas, crónicas, idiopáticas, tais como fadiga crónica, artri-te reumatoide, fibromialgia e outras dores inclassificáveis, bem como depressão.

Na maioria destes casos, os sintomas causados pelo VEB levam os médicos con-vencionais a receitar tratamentos muitas vezes ineficazes, como, por exemplo, a substituição hormonal.

Para a grande maioria dos portadores do VEB, os sintomas causados pelo vírus são mal diagnosticados. A razão para esta situação é que a medicina convencional, na sua generalidade, sabe muito pouco sobre ele. A informação médica disponível sobre o VEB resume-se a apenas uma versão, mas existem mais de 60 mutações (variedades).

É este vírus camaleão que está por detrás da maioria das doenças debilitantes para as quais a medicina não tem ainda uma resposta, enquanto deteriora a quali-dade de vida do seu hospedeiro, tornando-se na doença mais misteriosa entre todas as doenças misteriosas.

Atualmente, a medicina convencional não tem como reverter o processo, no entanto, julgam entender as causas das doenças, quando na verdade estão enga-nados. A ironia é que defendem as suas posições sem sequer pensarem que possi-velmente, se mudassem o perfil do diagnós-tico, poderiam ver que existe mais alguma coisa implicada, por exemplo, no distúrbio da tiroide, na vertigem (síndrome vertigi-noso) ou na tenite (zumbidos nos ouvidos).

UM SÉCULO DE EXISTÊNCIAEste vírus é do conhecimento médico há

várias décadas – foi descoberto por dois médicos em 1964 –, mas ele começou a instalar-se na nossa biologia nos finais do século XIX, princípios do século XX. A sua origem não vai ser descrita, para não

alimentar especulações.As primeiras estirpes deste vírus, quando

começou a instalar-se na biologia humana, ainda estão ativas. Essa primeira versão era, e ainda é, de ação relativamente lenta, podendo até não se manifestar até ao período mais avançado da vida do seu portador. Mesmo nessa fase, pode não ser muito agressivo, causando apenas peque-nos incómodos. Neste momento, as pessoas mais idosas são as que têm essa estirpe pouco agressiva do VEB.

Como qualquer outro vírus, o VEB tem um processo evolutivo – ou de mutação –, tornando-se mais agressivo a cada geração afetada por ele, criando maior número de sintomas, algumas vezes deixando os médicos convencionais perplexos, pois des-conhecem que é este vírus que está por detrás de uma miríade de problemas, pre-dispondo o seu portador a sofrer durante o resto da vida.

CONTAMINAÇÃO INSIDIOSANeste momento, apesar de existir mais

informação sobre o VEB, a medicina con-vencional ainda não faz a menor ideia de como lidar com este vírus, mesmo quando identificam a contaminação.

O Epstein-Barr não foge à regra do que é suposto saber-se em virologia. Podemos contraí-lo em bebé, se a nossa mãe for portadora. Também podemos “apanhá-lo” através de sangue infetado, uma vez que não se faz o despiste do VEB e, portanto,

RESPONSÁVEL PELA MAIORIA DAS DOENÇAS

MISTERIOSAS QUE NOS AFETAM, O “VÍRUS

CAMALEÃO” ESTÁ A CRIAR UMA VERDADEIRA

EPIDEMIA SILENCIOSA. VAI PERCEBER PORQUÊ.

Pelo

DR. JOSÉ DUARTE

Mestre em Biomedicina/Medicina Biológico-Naturista e Medicina Tradicional Chinesa

O VÍRUS CAMALEÃO

Vírus deEpstein-Barr

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qualquer transfusão de sangue pode acar-retar esse risco. A transmissão pode igual-mente acontecer através de outros fluí-dos corporais, como os que são trocados durante o ato sexual. Porém, um simples beijo pode bastar para transmitir o VEB, dando origem à mononucleose ou “doença do beijo”, e esta é a única versão conheci-da deste vírus, pela medicina convencional.

Uma pessoa portadora do vírus nem sempre é contagiosa; no entanto, o vírus tem mais probabilidades de se propagar no segundo estágio, o que levanta outras questões.

MAIS DE 60 ESTIRPESComo já foi referido, já se conhecem

mais de 60 mutações do vírus de Epstein-Barr. Tem passado por várias gerações de pessoas e famílias, entrando em mutação (como é próprio dos vírus) e aumentando o número dos seus diversos híbridos e estirpes.

As estirpes podem ser organizadas em seis grupos de gravidade crescente, com aproximadamente 10 tipos por grupo, de acordo com a última atualização.

Como também já foi referido, o grupo 1 é o mais antigo e o menos agressivo. Estas

versões mais antigas do vírus demoram geralmente décadas a fazer a transição de um estágio para outro. Os seus efeitos podem, em certas situações, manifestarem-se apenas quando o hospedeiro atinge os 70 ou 80 anos de idade e resultarem numa simples e insistente dor nas costas. Pode, inclusive, permanecer nos órgãos e nunca chegar ao terceiro ou quarto estágio.

O grupo 2 do VEB muda de estágio um pouco mais depressa: é possível que os sintomas comecem a manifestar-se pela casa dos 50 ou 60 anos. Estas estirpes costumam manter-se predominantemente

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na tiroide, podendo alguns vírus infla-mar os nervos, de onde resultará uma inflamação nervosa relativamente ligeira, facilmente controlada com os tratamentos convencionais. É neste grupo que aparece a variedade conhecida pela classe médica. É a mais predominante, particularmente nas mulheres com disfunção da tiroide.

CRESCENTE SINTOMATOLOGIAO grupo 3 do VEB transita mais depres-

sa de um estágio para outro, por isso, os seus sintomas podem ser detetados por volta dos 40 anos de idade. Estes vírus completam sempre o quarto estágio, ou seja, abandonam a tiroide para se aloja-rem noutros locais.

O grupo 4 do VEB cria problemas dete-táveis logo aos 30 anos de idade. Tem uma ação agressiva sobre os nervos, podendo resultar em vários sintomas associados à fibromialgia, síndrome de fadiga crónica, confusão mental, ansiedade e alterações de humor, além de todos os sintomas referidos nos grupos 1 a 3. Este grupo pode mesmo criar sintomas de transtorno de stress pós-traumático em pessoas que nunca tenham sofrido qualquer trauma. Tenho-o encon-trado, principalmente, em homens em que a mãe é portadora e assintomática.

O grupo 5 do VEB faz sentir os seus efeitos em pessoas que acabam de entrar na casa dos 20, sendo uma forma do vírus particularmente nefasta, visto manifestar-se na altura em que os jovens estão a iniciar uma vida independente. Pode criar todos os problemas do grupo 4 e alimentar-se das emoções negativas, como o medo e a preocupação (hormonas liber-tadas por estes estados emocionais).

Os médicos que não conseguem encon-trar qualquer problema, justificando que “isso é da sua cabeça”. Assim, estes doen-tes são encaminhados para psicólogos, que os convencem de que o que está a aconte-cer nos seus corpos não é real; quando o problema não é ultrapassado, o psiquiatra é o passo seguinte.

Mas o pior tipo é o grupo 6 do VEB, que pode atacar em força logo na infância. Para além de toda a sintomatologia do grupo 5, estas estirpes podem criar sinto-mas tão graves que são falsamente diag-nosticados como leucemia, meningite viral, lúpus, etc. Além disso, têm a capacidade de neutralizar o sistema imunitário, o que pode dar origem a uma grande variedade de sintomas, incluindo erupções, fraqueza geral, fraqueza nos membros e fortes dores nevrálgicas.

CAMINHO PARA A CURA No meu livro “Só Adoece Quem Quer”,

detalho outros aspetos a levar em conta relativamente ao vírus de Epstein-Barr e descrevo todas as formas de como se curar ou, pelo menos, ajudar a controlar os sintomas, diminuir as dores e acelerar a recuperação da qualidade de vida.

No entanto, dada a facilidade de trans-missão e a dificuldade de traçar um diag-nóstico convencional, bem como o facto de poder provocar um grande número de sintomas, alguns misteriosos, é possível pensar que o caminho para a cura pode ser difícil e desanimador. A boa notícia é que, se seguir o caminho para a cura que explico e se forem seguidas, cuidadosa e pacientemente, todas as orientações que são descritas na segunda parte do livro, a cura é possível e acessível.

Grande parte da ameaça do VEB deriva do facto de se ocultar, daí o termo “cama-leão”, de maneira que nem o hospedeiro nem o seu sistema imunitário conseguem detetar a sua presença. Isso, não só per-mite provocar estragos sem ser detetado, como leva a emoções negativas, como a culpa, o medo, a impotência e o desânimo.

Com a abordagem terapêutica correta, o sistema imunitário pode ser recuperado. Livrar-se do VEB significa rejuvenescer e retomar o controlo total da sua saúde.

Com a abordagem

terapêutica correta,

o sistema imunitário

pode ser recuperado;

livrar-se deste vírus

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MentalAction prepara o regresso à rotina

Sleep+ é agora VividormVividorm é o novo suplemento alimentar da Tecnimede, que ajuda a equilibrar o biorritmo. O antigo Sleep+ deu origem ao novo Vividorm, o qual, além de um novo nome e imagem, traz também novidades ao nível da composição. A cápsula laranja de energia para o dia é composta por vitaminas do complexo B, que contribuem para o normal metabolismo produtor de energia; magnésio, que ajuda no normal funcionamento muscu-lar e do sistema nervoso; e Withania somnifera, que conta com propriedades antioxidantes. Já o comprimido azul para a noite mantém na sua composição valeriana, passiflora e camomila, extratos de plantas com propriedades tranquilizantes, para além de melatonina, para que o seu efeito na redução do tempo necessário para adormecer seja ainda mais benéfico.

MentalAction apresenta a sua sugestão para o período de pós-férias e regresso ao trabalho. O regresso presen-cial ao local de trabalho pode ser desafiante para muitos e despoletar mais stress ou cansaço, tendo como conse-quência um sistema mental e cognitivo mais debilitado. MentalAction Adultos, alia-do a uma dieta variada e um estilo de vida saudável, é a ajuda ideal para que se con-siga gerir eventuais picos de stress, mantendo a mente e o corpo no lugar. Este suple-mento é isento de glúten e constituído por diversos

elementos, entre os quais extrato de Panax Ginseng, ómega-3, cafeína, vitaminas do complexo B, vitamina C, ferro e zinco.

Bio-OilInovação para pele secaBio-Oil tem a solução perfeita para uma rotina diária de hidratação corporal: o inovador Bio-Oil Gel para Pele Seca. Com uma fórmula concentrada em gel com apenas  3% de água, o Bio-Oil Gel para Pele Seca hidrata intensamente graças aos seus ingredientes humectantes, que limitam a perda de água da pele, ao mesmo tempo que restaura sua a camada hidrolipídica, mantendo os níveis de hidratação. E por ser uma fórmula concentrada, basta aplicar uma pequena quantidade, sempre de acordo com a necessidade da pele, uma a duas vezes por dia.

Source Marine da ThalgoO poder dos minerais marinhos A Thalgo acaba de lançar a sua nova linha Source Marine Hydratant- Fortifiant, composta por 7 cosméticos ricos em complexos marinhos hidra-revitalizantes e altamente remi-neralizantes. Para hidratar duradouramente e fortalecer a pele mais sedenta, a gama conta com o reforço na concen-tração de manganês associado ao complexo Sève Bleue des Oceans, a par do filtrado das três algas largamente estuda-das pela Thalgo: Fucus v., Laminaria d., Lithothamnium c..

Novidade Vichy O que as mulheres procuram na menopausaEspecialista na menopausa há 30 anos, a Vichy acaba de lançar a sua mais recente novidade da gama Neovadiol: Neovadiol Sérum Global Anti-idade. Este lançamento apresenta uma fórmula bifásica, capaz de atuar nos principais sinais de envelhecimento da pele – flacidez, tez baça, rugas, manchas escuras e secura –, sendo indicado para mulheres que se encontram na perimenopausa ou pós-menopausa.

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O melhor para a pele do bebé

Os pais querem o melhor para os seus filhos... e os Laboratórios Dermatológicos de Uriage apresentam uma resposta neste sentido! Com a sua expertise der-mopediátrica, a Uriage apresenta uma

gama renovada com cuidados que podem ser utilizados desde o momento do nascimen-to: os 1os Cuidados do Bebé. A gama completa apresenta agora embala-gens ecológicas, amigas do ambiente, a par de fórmulas de elevada natu-ralidade, que mantêm a excelente tolerância e efi-cácia, tendo sido testadas sob controlo pediátrico e dermatológico.

Com o estilo active wear no auge, a Skechers destaca os modelos Max Cushioning, para a próxima estação. Esta gama caracteriza-se por apresentar modelos com uma sola grossa e robusta que confere ainda mais comodidade e proteção contra o impacto ao caminhar e correr. Este outono-inverno, as propostas surgem em tons mais neutros, tais como, bege ou cinza, azul ou preto, para visuais elegantes, sem nunca dei-xarem de ser cool. Outra das características que fazem destas sapatilhas um modelo incrível para usar diariamente é o facto de que podem ser facilmente lavadas à máquina e assim manterem o aspeto de novas por mais tempo.

Práticos, confortáveis e cheios de estilo

Freshly Cosmetics redefine a experiência dos cosméticos sólidos Há cinco anos no mercado e com quase um milhão de clientes que aderiram à revolução Freshly Cosmetics, a marca dá mais um passo em frente ao redesenhar os produtos sólidos con-vencionais e o seu uso. Para isso, criou uma nova geração de sólidos e um exclusivo aplicador sustentável. Os novos F SolidPod Shampoo e o F SolidPod Shower Gel são os primeiros produtos sólidos sem a presença, na sua composição, de sulfatos, silicones e parabenos e com 99% de ingredientes naturais.

DIRETOR: Francisco Duarte

REVISÃO CIENTÍFICA: Drª Luísa Carvalho (Especialista de Medicina Geral e Familiar)

COLABORADORES/CONSULTORES REGULARES:Dr. Alexandre Fernandes (Nutrição); Profª Ana Andrade (Fitness); Dra. Ana Joaquim (Oncologia); Dra. Catarina Godinho (Medi-cina da Reprodução); Dra. Catarina Lucas (Psicologia); Dra. Catarina Sofia Correia (Nutrição); Dra. Cláudia Bacalhau (Oftal-mologia); Dra. Cláudia Madeira Pereira (Psicologia); Dr. David Nascimento (Terapia da Fala); Dra. Ivone Mirpuri (Hormono-logia); Dra. Joanne Amaral (Alimentação Intuitiva); Dr. João Maia Silva (Dermatolo-gia); Dr. José Alves (Pneumologia); Dr. José Duarte (Medicina Tradicional Chinesa); Dr. Luís Cunha Miranda (Reumatologia); Dr. Manuel Carrageta (Cardiologia); Dra. Maria João Oliveira (Endocrinologia); Dra. Marisa Marques (Psicologia); Dra. Paula Freitas (Endocrinologia); Dr. Pedro Nunnes (Neurorradiologia de Intervenção); Dr. Rui Costa (Medicina Geral e Familiar); Dr. Rui Tato Marinho (Gastrenterologia); Dra. Tânia Daniela de Carvalho (Psicologia); Dra. Teresa Bombas (Ginecologia e Obste-trícia); Dr. Tiago Sá (Medicina do Sono)

E-MAIL: [email protected]

FOTOGRAFIA: Raquel Madureira, Adobe Stock, Arquivo

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Enézia Tibé[email protected]

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Silva&Rocha Editores, LdaRua Jaime Batalha Reis, nº 1 C - R/C C1500-679 Lisboa

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E ASSINATURAS: Rua Jaime Batalha Reis, nº 1 C - R/C C1500-679 LisboaTel.: 21 754 31 90

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VASP - Soc. de Transportes e Distribuições, LdaQuinta do Grajal - Venda wSeca 2739-511 Agualva Cacem

TIRAGEM: 30 000 exemplares

PROPRIETÁRIO: Ana de SousaNº DE CONTRIBUINTE: 214655148REGISTO NA ERC: 117447, de 93/08/05Depósito Legal nº 77 725/94

Interdita a reprodução, parcial ou integral, de textos ou ilustrações.

Regresso à escola ChiccoO regresso à escola é um dos momen-tos mais marcantes e divertidos do ano e a marca Chicco apresenta algumas novidades para o tornarem ainda mais especial. Uma das novidades é a nova linha EDU4YOU, composta por brinque-dos de realidade aumentada. A nova linha foi especialmente pensada para ajudar as crianças a desenvolverem a sua imaginação, criatividade, linguagem e habilidades manuais. São brinquedos interativos, onde o tradicional e o futuro combinam entre si.


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