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Autonomia na Educação à Distância

Date post: 01-Apr-2023
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Anais do X Encontro do CELSUL Círculo de Estudos Linguísticos do Sul UNIOESTE - Universidade Estadual do Oeste do Paraná Cascavel-PR | 24 a 26 de outubro de 2012 | ISSN 2178-7751 1 AUTONOMIA NA EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA Nayara Nunes SALBEGO 1 RESUMO: Com o número crescente de cursos oferecidos online, as atribuições de professores e alunos se encontram em constante mudança. Enquanto os professores não mais têm papel central nos processos de aprendizagem dos alunos, estes ganham mais responsabilidade e autonomia. Considerando-se tal contexto, este trabalho traz uma discussão sobre o conceito de autonomia comparado à percepção de alunos com relação a características que determinam aprendizes autônomos na educação a distância. Autonomia tem sido o tópico central de inúmeras pesquisas relacionadas ao ensino de línguas em ambientes virtuais. A aprendizagem autônoma é vista como um importante objetivo educacional, conforme afirmam pesquisadores como Dickinson (1994); Dias (1994); Finch (2002); White (2003); Moreira (2004); e Paiva (2006, 2005). Tais estudiosos destacam a importância da autonomia no ensino e aprendizagem de línguas estrangeiras em qualquer contexto de ensino. De acordo com Paiva (2005), grande parte da aprendizagem efetiva de línguas estrangeiras pode decorrer através do desenvolvimento da aprendizagem de autonomia. Autonomia é essencialmente uma atitude com relação ao aprendizado. Um aprendiz autônomo é aquele que apresenta responsabilidade pelo seu próprio aprendizado (Dickinson, 1994). Os resultados deste estudo apontam que, embora existam vários recursos para aprendizagem autônoma, instrução formal sobre o tema é ainda necessária. Ensinar aos alunos sobre o seu potencial com relação a como aprender ainda é uma ação chave nos contextos de ensino atuais, especialmente quando se trata de educação a distância. PALAVRAS-CHAVE: Autonomia; Educação a Distância; Ensino e Aprendizagem de Língua Estrangeira. ABSTRACT: With the increasing number of DE (Distance Education) courses, the traditional role of teachers and students has been changing. Teachers do not hold a central position in the students’ learning processes, whereas students gain more responsibility. Considering that, this study consists of a discussion about the concept of autonomy compared to students’ perceptions on characteristics that apply to autonomous learners in distance education. Such a concept is then related to language teaching and learning via DE courses. Autonomy has been part of mainstream research and practice and has been seen as an important educational goal nowadays, according to researchers as Dickinson (1994); Dias (1994); Finch (2002); White (2003); Moreira (2004); and Paiva (2006, 2005), who attempted to understand the importance of autonomy in language learning and teaching. As claimed by Paiva (2005), part of effective language learning can be accomplished by the development of learning autonomy, especially in language learning contexts. Autonomy is essentially a matter of attitude towards learning. An autonomous learner is one who has undertaken the responsibility for his own learning (Dickinson, 1994). The results of this study show that, although infinite resources are available for autonomous learning, guidance is still necessary. Teaching students about their potential on how to learn is a useful skill in today’s world, especially concerning DE courses. 1 Aluna de Mestrado do Programa de Pós-graduação em Inglês (PPGI), da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). E-mail: [email protected]
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Anais do X Encontro do CELSUL – Círculo de Estudos Linguísticos do Sul UNIOESTE - Universidade Estadual do Oeste do Paraná Cascavel-PR | 24 a 26 de outubro de 2012 | ISSN 2178-7751

1

AUTONOMIA NA EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA

Nayara Nunes SALBEGO1

RESUMO: Com o número crescente de cursos oferecidos online, as atribuições de

professores e alunos se encontram em constante mudança. Enquanto os professores não mais

têm papel central nos processos de aprendizagem dos alunos, estes ganham mais

responsabilidade e autonomia. Considerando-se tal contexto, este trabalho traz uma

discussão sobre o conceito de autonomia comparado à percepção de alunos com relação a

características que determinam aprendizes autônomos na educação a distância. Autonomia

tem sido o tópico central de inúmeras pesquisas relacionadas ao ensino de línguas em

ambientes virtuais. A aprendizagem autônoma é vista como um importante objetivo

educacional, conforme afirmam pesquisadores como Dickinson (1994); Dias (1994); Finch

(2002); White (2003); Moreira (2004); e Paiva (2006, 2005). Tais estudiosos destacam a

importância da autonomia no ensino e aprendizagem de línguas estrangeiras em qualquer

contexto de ensino. De acordo com Paiva (2005), grande parte da aprendizagem efetiva de

línguas estrangeiras pode decorrer através do desenvolvimento da aprendizagem de

autonomia. Autonomia é essencialmente uma atitude com relação ao aprendizado. Um

aprendiz autônomo é aquele que apresenta responsabilidade pelo seu próprio aprendizado

(Dickinson, 1994). Os resultados deste estudo apontam que, embora existam vários recursos

para aprendizagem autônoma, instrução formal sobre o tema é ainda necessária. Ensinar aos

alunos sobre o seu potencial com relação a como aprender ainda é uma ação chave nos

contextos de ensino atuais, especialmente quando se trata de educação a distância.

PALAVRAS-CHAVE: Autonomia; Educação a Distância; Ensino e Aprendizagem de Língua

Estrangeira.

ABSTRACT: With the increasing number of DE (Distance Education) courses, the traditional

role of teachers and students has been changing. Teachers do not hold a central position in

the students’ learning processes, whereas students gain more responsibility. Considering that,

this study consists of a discussion about the concept of autonomy compared to students’

perceptions on characteristics that apply to autonomous learners in distance education. Such

a concept is then related to language teaching and learning via DE courses. Autonomy has

been part of mainstream research and practice and has been seen as an important

educational goal nowadays, according to researchers as Dickinson (1994); Dias (1994);

Finch (2002); White (2003); Moreira (2004); and Paiva (2006, 2005), who attempted to

understand the importance of autonomy in language learning and teaching. As claimed by

Paiva (2005), part of effective language learning can be accomplished by the development of

learning autonomy, especially in language learning contexts. Autonomy is essentially a

matter of attitude towards learning. An autonomous learner is one who has undertaken the

responsibility for his own learning (Dickinson, 1994). The results of this study show that,

although infinite resources are available for autonomous learning, guidance is still

necessary. Teaching students about their potential on how to learn is a useful skill in today’s

world, especially concerning DE courses.

1 Aluna de Mestrado do Programa de Pós-graduação em Inglês (PPGI), da Universidade Federal de Santa

Catarina (UFSC). E-mail: [email protected]

Anais do X Encontro do CELSUL – Círculo de Estudos Linguísticos do Sul UNIOESTE - Universidade Estadual do Oeste do Paraná Cascavel-PR | 24 a 26 de outubro de 2012 | ISSN 2178-7751

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KEY-WORDS: Autonomy; Distance Education; Foreign Language Teaching and Learning.

1 Introdução

Por toda a nossa vida escolar, percebemos que há um alto nível de centralização no

papel desempenhado pelo professor em sala de aula. Por outro lado, pouco espaço é dedicado

ao potencial criativo dos alunos, onde suas experiências prévias e conhecimento de mundo

são muitas vezes ignorados. Com o número crescente de cursos a distância (EaD), pode-se

afirmar que este contexto vem apresentando mudanças: os professores não têm mais papel

central nos processos de aprendizagem dos alunos, enquanto estes parecem ter ganho mais

responsabilidade e autonomia na sala de aula. Considerando-se este contexto, o

desenvolvimento de autonomia passa a ser uma forma de ajudar estudantes sobre como

decidir de forma autônoma sobre suas próprias estratégias e processos de aprendizagem.

O conceito de autonomia foi primeiramente relacionado ao ensino de línguas

estrangeiras (L2) nos anos 70, acompanhando o surgimento do método comunicativo para o

ensino de L2 (PAIVA, 2005, p.2). Anteriormente, os alunos de línguas não costumavam ter a

oportunidade de tentar se expressar livremente; ao contrário, todos deveriam se adaptar às

regras da escola e dos professores, fazendo as atividades que lhes eram apresentadas. O

método comunicativo propunha uma abordagem na qual os alunos teriam mais espaço para

produção linguística criativa e não repetitiva. Embora tal método aponte a importância do

papel dos alunos para o desempenho do seu próprio aprendizado, isso não acontece

complemente até mesmo nos dias de hoje2, sendo que na maior parte do tempo, o papel

central nas aulas ainda é assegurado pelo(a) professor(a).

Atualmente, autonomia é um conceito chave que deveria ser desenvolvido em ambas

as modalidades de ensino: presencial e a distância. Educação a distância, por exemplo,

somente é possível se os aprendizes bem como os educadores forem independentes nos seus

processos de aprendizagem e ensino, conforme afirma White (2003).

Parte do conhecimento de uma língua estrangeira pode ser desenvolvida através da

aprendizagem de autonomia. De acordo com Dickinson (1994, p. 4, tradução nossa),

autonomia na aprendizagem de línguas é essencialmente “uma questão de atitude com relação

à aprendizagem”3. De fato, um aprendiz autônomo é aquele que tem responsabilidade sobre

seu próprio aprendizado, conforme está implícito na asserção de Dickinson.

Embora muitos recursos estejam disponíveis para aprendizagem autônoma, o

acompanhamento do desenvolvimento deste comportamento é essencial e necessário.

Conforme Bulton (2006, p. 108), os alunos não aprendem como nadar sozinhos (grifo do

autor). Portanto, os professores deveriam promover as instruções necessárias para guiar os

alunos de forma que eles saibam como aprender de forma autônoma, especialmente quando

tratamos de educação a distância.

Com o número crescente de cursos oferecidos nesta modalidade, o comportamento

autônomo passa a ser necessário, o qual pode ajudar os alunos a aproveitarem melhor seus

cursos online. Este trabalho, portanto, busca investigar percepções de autonomia dos alunos

do curso de Graduação em Letras Inglês EaD, oferecido pela Universidade Federal de Santa

Catarina (UFSC), comparando-as com definições do termo proposta por estudiosos da área.

Dentre as várias definições de autonomia existentes, as selecionadas para este trabalho

correspondem a uma seleção feita por Finch (2002).

2 TUMOLO e SANTIBANES (2012) explicam que a ideia de que autonomia não é desenvolvida na educação brasileira é de longa data, explicando o conceito de educação bancária, proposto por Paulo Freire (1993). 3 “a matter of attitude towards learning” (DICKINSON, 1994, p. 4).

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O referido curso teve início no segundo semestre de 2009, sendo oferecido pelo

Departamento de Letras Estrangeiras e Literatura (DLLE). O curso consiste em uma

licenciatura com o nome de Curso de Licenciatura em Letras – Inglês, no qual as aulas são

online. Somente uma turma foi aberta, pois se trata de um programa experimental de ensino a

distância. O objetivo central do curso é formar professores de Língua Inglesa. Um dos

principais requisitos para ser aluno do curso é ser um aprendiz autônomo, pois autonomia tem

um papel importante no Projeto de curso superior na modalidade a distância: licenciatura

em Letras Inglês:

Este Projeto Pedagógico está alicerçado em três princípios fundamentais – a

cooperação, a autonomia e a interação – que orientarão o design teórico-

metodológico do curso e que permitirão a formação de professores de Língua Inglesa e respectivas Literaturas capacitados para lidar com as

exigências da sociedade contemporânea. (TUMOLO; MOTA, 2008, p. 15)

Dessa forma, pode-se afirmar que autonomia está em consonância com os princípios

do Projeto Político Pedagógico (PPP) do curso, sendo um dos alicerces do projeto. No

documento, autonomia é definida como:

[D]omínio do conhecimento, a capacidade de decidir, de processar e

selecionar informações, a criatividade e, principalmente, a iniciativa [...] construída e desenvolvida por meio de uma série de ações e de tomada de

decisão frente a novos contextos educativos. (TUMOLO; MOTA, 2008, p.

15)

Pesquisas recentes realizadas por alunos de diferentes Programas de Pós-graduação da

UFSC (Programa de Pós-graduação em Inglês – PPGI e Programa de Pós-graduação em

Linguística - PPGL) apontaram a importância do desenvolvimento de pesquisas sobre

autonomia na educação a distância (ESTIVALET& HACK, 2011; KREMER, 2012). Os

pesquisadores investigaram como os alunos do referido curso vêm desenvolvendo a

habilidade oral em Língua Inglesa. Os resultados destes estudos apontaram a necessidade de

desenvolvimento de mais pesquisas relacionando autonomia em cursos a distância com o

desenvolvimento de proficiência em língua estrangeira nessa mesma modalidade de ensino e

aprendizagem.

Neste trabalho, apresenta-se uma revisão de literatura sobre autonomia, a qual aplica-

se ao ensino e aprendizagem de línguas estrangeiras em cursos a distância. Logo, uma análise

de respostas de alunos é feita, relacionando a conceitos de autonomia de diferentes autores.

Por último, são apresentadas as conclusões e considerações finais que apontam para

importância e necessidade de se trabalhar com o tema explicitamente em sala de aula a fim de

se desenvolver aprendizes mais autônomos.

2 Autonomia no ensino e aprendizagem de L2 em cursos a distância

Autonomia tem sido uma questão muito pesquisada na área do ensino de línguas. Da

mesma forma, autonomia também tem sido parte de objetivos educacionais, conforme

afirmam estudiosos como Holec (1981); Dickinson (1994); Dias (1994); Finch (2002); White

(2003); Moreira (2004); e Paiva (2006, 2005), os quais apontam para a importância do

entendimento deste termo para qualquer contexto de ensino.

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Finch (2002), por exemplo, faz um mapeamento da história da autonomia. Em

“Autonomia: onde estamos e para onde vamos?”4 (tradução nossa), resultante da sua pesquisa

de doutoramento, o autor faz um panorama no estilo “estado da arte” sobre o termo e sua

relação no contexto da sala de aula de línguas. A partir desta perspectiva panorâmica, Finch

defende que é uma responsabilidade de cada professor promover autonomia a fim de formar

membros da sociedade que sejam mais autônomos e críticos com relação a sua aprendizagem.

O autor também afirma que, nesse parâmetro, o conteúdo da lição e a matéria a ser trabalhada

em si ficariam em segundo plano devido à importância de se desenvolver a autonomia na sala

de aula.

Finch (2002) também apresenta noções de diferentes autores que estudaram sobre o

tema, os quais criaram conceitos diferenciados para o termo autonomia. No entanto, apesar de

não haver consenso nas definições, elas estão intrinsecamente interligadas e, de uma forma ou

de outra, sempre chegam a um ponto em comum, apresentando características similares.

Da mesma forma, Dickinson (1994) defende que autonomia consiste em uma atitude

que alunos deveriam ser ensinados a ter com relação aos seus próprios estilos e processos de

aprendizagem. Na perspective da autonomia, os alunos são capazes de tomar decisões sobre o

seu desenvolvimento nos estudos, assim como tomar iniciativas para aprenderem de forma

independente. Conforme afirma Dickinson, autonomia precisa ser aprendida e os professores

têm um papel importante em ensinar os alunos a se desenvolverem como aprendizes

autônomos.

Aplicada à aprendizagem de línguas, autonomia significa que os alunos não somente

têm mais controle sobre, mas também têm mais responsabilidade pelo, seu próprio processo

de aprendizagem. No entanto, ser autônomo não significa aprender isoladamente. Ao

contrário, aprendizes autônomos não aprendem sem professores e colegas, e desenvolvem um

senso de interdependência e trabalham juntos com professores e colegas com o intuito de

alcançar objetivos em comum (Üstünoğlu, 2009; Benson, 2001).

Além disso, é de senso comum entre os estudiosos que professores têm papel chave no

desenvolvimento da autonomia já que são eles que estão encarregados de educar os alunos

não somente sobre o conteúdo de suas respectivas disciplinas, mas principalmente para a vida.

De acordo com Dickinson (1992, apud Finch, 2002), o papel do professor é o de facilitar a

aprendizagem de forma autônoma. Da mesma forma, Holec (1981, p. 3) enfatiza que esta

habilidade não é inata, mas sim deve ser desenvolvida por meios naturais ou através de ensino

formal. Holec também aponta que “encarregar-se da aprendizagem de alguém é ter [...] a

responsabilidade por todas as decisões com relação a todos os aspectos dessa aprendizagem

[...]” (Holec, 1981, p.3).

Moreira (2004) apresenta maneiras para ajudar alunos a desenvolverem autonomia não

só enquanto aprendendo línguas, mas também outras áreas de estudo, como Matemática,

Biologia, Geografia, enfim. O autor afirma que os aprendizes se tornam mais autônomos

quando seus professores os ajudam a focar na maneira como se aprende do que no conteúdo

por si só. Considerando-se o ponto de vista de Moreira, o ensino e a aprendizagem de como

ser mais autônomo são atualmente uma abordagem segura para a educação no geral, visto que

a atualidade requer indivíduos capazes de aprender mais independentemente.

Para White (1995), a autonomia pode ser considerada a chave absoluta para o sucesso

na educação a distância. No entanto, White menciona que existe um lado negativo na maioria

dos cursos EaD. Ou seja, a EaD considera a autonomia como algo já aprendido e que não

precisa ser trabalhado em sala de aula. Professores geralmente não ensinam seus alunos sobre

4 “Autonomy: where are we and where are we going?”

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como aprender de forma autônoma. Consequentemente, a tomada de consciência dos alunos

depende diretamente da tomada de consciência dos professores, conforme afirmam Boulton

(2006), Oster (2006) e White (1995).

Conclui-se que as concepções sobre autonomia apresentadas nessa seção enfatizam a

necessidade de formar os estudantes a fim de atingir comportamento mais autônomo de

aprendizagem. Para que isso aconteça, professores também deveriam ser formados sobre

como ensinar os alunos a serem mais autônomos. Considerando-se o contexto da EaD, no

qual os alunos têm tempo limitado, curto ou até mesmo nulo de interação com outros falantes

da língua alvo, o desenvolvimento da proficiência em língua estrangeira pode ser um grande

desafio. Assim, o desenvolvimento de autonomia nesses contextos de ensino e aprendizagem

poderia representar uma das soluções para que os alunos e professores atinjam seus objetivos

educacionais.

3 Metodologia

A análise proposta para este trabalho busca fazer uma correlação entre conceitos de

autonomia e percepções dos alunos do curso de Graduação em Licenciatura em Letras Inglês

EaD (UFSC), que apontam para a necessidade de se desenvolverem como aprendizes

autônomos. Tal estudo visa comentar as respostas dadas pelos alunos em uma avaliação

formal feita no referido curso. A partir de seus relatos escritos, é possível registrar suas

percepções5 com relação aos estudos em um curso na modalidade EaD. Após a correlação das

percepções dos alunos com os conceitos de autonomia, faz-se um comentário sobre os

resultados obtidos e sua possível aplicação para o desenvolvimento de alunos autônomos em

cursos com disciplinas que têm como objetivo a aprendizagem de L2 na modalidade EaD.

Os dados foram coletados em agosto de 2009, de uma avaliação da disciplina

introdutória do curso, Introdução à Educação a Distância, a qual tinha como objetivo a

promoção de orientações e discussões sobre como ser aluno na modalidade a distância, com

foco em estratégias de organização e também de aprendizagem. Nesta avaliação, constavam

as seguintes perguntas: a) Considerando o que aprendeu sobre estratégias de organização e

aprendizagem no curso, como você acha que é possível ser um aprendiz bem sucedido na

modalidade a distância? Quais estratégias, quais formas de organização podem ser citadas?

O que você pretende fazer e quais serão suas ações para ser esse aprendiz bem sucedido e

concluir o curso?; e b) Considerando sua atuação como aluno do curso, responsável pelo seu

aprendizado, o que tem sido bem sucedido e o que não tem sido bem sucedido e que

compromete seu processo de aprendizagem? Por quê?

As respostas dos alunos a serem comentadas e relacionadas ao conceito de autonomia

foram escolhidas de forma que fizessem menção a características relevantes ao conceito.

Dentre as várias possibilidades de concepções de autonomia, as selecionas para serem

analisadas foram retiradas de Finch (2002), no qual o autor menciona e comenta diferentes

concepções de teóricos que discutem o tema. A tabela abaixo apresenta a relação de autores e

concepções de autonomia a serem adotadas.

Autor Definição de Autonomia

[U]m aprendiz bem sucedido é aquele que

aprendeu a aprender, literalmente. Tais aprendizes

adquiriram estratégias de aprendizagem,

5 Percepção, neste texto, é entendida como expressão de opiniões e/ou crenças a partir de um processo de

reflexão.

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Wenden (1991, p. 15) conhecimento sobre aprendizagem, atitudes que os

possibilitam a usar tais habilidades e conhecimento sobre confidencia, flexibilidade, apropriação e

independência de professores.6

Dickinson (1992, p. 330) [A]utonomia significa uma atitude com relação a

aprendizagem, na qual o aprendiz está preparado

para ter total responsabilidade pela sua própria

aprendizagem.7

Littlewood (1996, p. 428)

Pode-se definir uma pessoa autônoma como aquela

que apresenta uma capacidade independente não

só para tomar, mas também para fazer acontecer

decisões que guiam para ações. Tal capacidade

depende de dois componentes principais:

habilidade e vontade. Habilidade está relacionada

com o conhecimento das alternativas sobre as quais se tem que fazer escolhas e também com a

habilidade que se tem para realizar quaisquer que

sejam as escolhas mais apropriadas. Já a vontade

depende diretamente da motivação para se

responsabilizar pelas escolhas feitas.8

Coterall (1995b, p.195) Autonomia consiste em um âmbito no qual os

alunos demonstram habilidade para usar um

conjunto de estratégias a fim de controlar o seu

aprendizado.9

Tabela baseada em Finch (2002, p. 21 – tradução nossa)

4 Análise

Dentre as características que se aplicam ao comportamento autônomo apontadas pelos

alunos, sobressaem-se: a) organização do tempo para melhor desenvolver os estudos; b) ter

dedicação, disciplina e responsabilidade; c) tomar iniciativa; d) buscar outros materiais;

dentre outros a serem apontados na discussão que segue.

As características mencionadas acima são fundamentais para o desenvolvimento de

autonomia e, consequentemente, aprendizagem da Língua Inglesa na graduação EaD. Dessa

forma, é possível identificar nas respostas dadas pelos alunos que eles apresentam consciência

da necessidade de ser autônomo na EaD. O aluno A10

, por exemplo, coloca:

6 “[S]uccessful [..] learners have learned how to learn. They have acquired the learning strategies, the knowledge

about learning, and the attitudes that enable them to use these skills and knowledge confidently, flexibly, appropriately and independently of a teacher.”

7 “[Autonomy means] an attitude towards learning in which the learner is prepared to take, or does take,

responsibility for his own learning.” 8 “We can define an autonomous person as one who has an independent capacity to make and carry out the

choices which govern his or her actions. This capacity depends on two main components: ability and

willingness. … Ability depends on possessing both knowledge about the alternatives from which choices have to

be made and the necessary skills for carrying out whatever choices seem most appropriate. Willingness depends

on having both the motivation and the confidence to take responsibility for the choices required.” 9 “[T]he extent to which learners demonstrate the ability to use a set of tactics for taking control of their

learning.” 10

Embora tenha havido uma seleção de respostas de homens e mulheres na pesquisa, todos serão referidos no

gênero masculino como auxílio para a análise e para omissão de identidade dos respondentes.

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Acredito que para ser bem sucedido, em primeiro lugar, devemos criar uma rotina diária de acesso à Internet, no caso, verificando constantemente as

mensagens dos Professores ou tutores, Atividades agendadas, leituras

necessárias, etc... no sentido de evitar acúmulos e atrasos. (aluno A)

A organização do tempo para estudo é algo fundamental na concepção de autonomia,

pois auxilia na determinação do aluno para cumprir os prazos estipulados. Conforme Coterall

(1995b, p.195), autonomia consiste em um “âmbito no qual os alunos demonstram habilidade

para usar um conjunto de estratégias a fim de controlar o seu aprendizado”. Nesse sentido, a

organização do tempo seria uma estratégia vista como necessária pelo aluno para se dedicar a

realização das atividades. A fim de promover autonomia, professores poderiam estabelecer

como uma atividade padrão a organização de uma agenda para cada atividade proposta no

Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA).

Littlewood (1996) define uma pessoa autônoma como aquela que apresenta uma

capacidade independente não só para tomar, mas também para fazer acontecer decisões que

guiam para ações. Para autora, tal capacidade depende de dois componentes principais:

habilidade e vontade. Habilidade está relacionada com o conhecimento das alternativas sobre

as quais se tem que fazer escolhas e também com a habilidade que se tem para realizar

quaisquer que sejam as escolhas mais apropriadas. Já a vontade depende diretamente da

motivação para se responsabilizar pelas escolhas feitas. Parte da resposta do aluno B aponta

para características de tal definição:

Para seguir neste curso, é preciso (...) realizar todas as atividades propostas

dentro do prazo, focar em cada atividade de cada vez, sempre seguindo o que

é proposto, não deixar para postar nada em cima do prazo, e nem acumular leituras. Um aluno da EaD precisa ser disciplinado, se cobrar ao máximo.

(aluno B)

O aluno B apresenta ações a serem tomadas no curso EaD, mostrando assim que ele

percebe a necessidade de tomar e fazer acontecer decisões (não deixar acumular leituras) que

guiam para ações (realizar atividades dentro do prazo). Tal resposta mostra que o aluno tem o

conhecimento das alternativas sobre as quais se tem que fazer escolhas. Seguindo a definição

de autonomia proposta por Littlewood (1996), essa é uma característica do aprendiz

autônomo. O aluno B acrescenta que “aluno da EaD precisa ser disciplinado, se cobrar ao

máximo”. A característica de ser disciplinado vai ao encontro da definição de autonomia de

Coterall (1995) na qual disciplina seria uma estratégia necessária na EaD.

Através da análise das respostas dos alunos, percebe-se a recorrência da preocupação

com o tempo dedicado aos estudos. A organização mencionada deveria ser parte de todo

processo de ensino/aprendizagem. Porém, no caso da EaD, é necessário mais atenção, pois os

alunos não têm um quadro de horários obrigatório para estar online. Consequentemente, o

aluno precisa ser autônomo para definir a relevância e ordem do cumprimento de suas

obrigações para com o curso. O aluno C enfatiza algumas necessidades nesse sentido, tais

como:

Cumprir horários para leitura do material impresso, pesquisas na internet ou

em outros livros sobre os temas relacionados, ter um lugar só meu para

estudar (...) e tentar ao máximo adiantar as atividades que podem ser feitas no polo para evitar o acumulo de atividades e eu não conseguir concluí-las

no prazo estipulado. (aluno C)

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Nesta resposta, é possível observar que o aluno percebe a necessidade de não só

organizar o tempo de estudo, mas também de procurar materiais extras para auxiliar na

aprendizagem de determinado conteúdo bem como na realização de tarefas. Tal característica

pode ser relacionada com a definição de autonomia de Dickinson (1992), a qual indica que

autonomia significa uma atitude com relação à aprendizagem, na qual o aprendiz está

preparado para ter total responsabilidade pela sua própria aprendizagem. Baseando-se nesta

resposta, pode-se dizer que o aluno C apresenta esta característica.

Já o aluno D apresenta uma série de elementos necessários como sendo características

essências para o estudo na EaD. Além disso, ele enfatiza a flexibilidade de um curso EaD

como uma característica positiva, pois tal flexibilidade coloca o aluno como o próprio autor

da sua aprendizagem:

É importante acrescentar alguns elementos principais numa agenda de

estudos: metas que quer alcançar, tempo e dedicação média, os conteúdos, as atividades, os materiais que vai utilizar, onde vai estudar. Além disso, é

imperioso ter em mente que a vantagem oferecida na EaD é fazer as tarefas

em horário e local escolhidos ou seja, o aluno será o autor principal de sua

aprendizagem. (aluno D)

O aluno como autor da sua própria aprendizagem é o princípio básico que sustenta a

definição de autonomia. Para Wenden (1991, p. 15), um aprendiz bem sucedido é aquele que

aprendeu a aprender, literalmente. Tais aprendizes desenvolveram estratégias de

aprendizagem, conhecimento sobre sua própria aprendizagem, atitudes que os possibilitam a

usar tais habilidades e conhecimento sobre confiança em si, flexibilidade, apropriação e

independência de professores. Enquanto isso, o aluno E aponta para o estabelecimento de

metas, o que o caracteriza como autor de estratégias necessárias para seu desenvolvimento no

curso:

Cada tarefa é considerada uma “meta”, e conquistando uma a uma é possível se chegar ao sucesso. Isso lembra claramente aquele ditado “não deixe para

depois o que pode fazer hoje”. Minha agenda a qual estou novamente

refazendo está começando a partir dos seguintes itens: - disciplina e data de entrega (que disciplina é o trabalho e quando deve ser

entregue);

- o quê e quando fazer (tipo de atividade: leitura, criação de texto, pesquisa);

- quanto tempo preciso para realizá-la; - tempo utilizado (quanto tempo a tarefa exigiu, assim, saberei com

antecedência quanto tempo precisarei se uma tarefa similar aparecer);

- se é um trabalho em grupo ou individual (se trabalho individual, melhor fazer em casa e se em grupo, através do pólo). (aluno E)

Este aluno apresenta detalhadamente seu plano de ação para com as atividades

propostas no curso, fato que demonstra sua habilidade em termos de organização e tomada de

decisões para com a sua aprendizagem. Estas características vão ao encontro das definições

apresentadas anteriormente, as quais caracterizam aprendizes autônomos.

A partir desta comparação entre as respostas dos alunos e os conceitos de autonomia,

percebe-se que o desenvolvimento de aprendizes autônomos é essencial concretização das

aprendizagens na EaD. O estudante da educação a distância, assim como o da modalidade

presencial, precisa se organizar no sentido de planejar como aprender através da realização

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das atividades do curso EaD e da complementação dos seus estudos. É por este motivo que a

autonomia é fundamental, pois somente o ser autônomo capaz de desejar o saber, o diálogo, e

a reflexão – aspectos fundamentais que devem ser estimulados tanto no ambiente presencial

de ensino, como no virtual – viabiliza a apropriação do conhecimento e o uso deste em

benefício em prol de si próprio e do contexto de aprendizagem.

5 Conclusão

As correlações entre as definições de autonomia e as respostas dos alunos apontam

que existe um conhecimento implícito sobre o conceito de autonomia, o qual foi representado

nas características mencionados nas respostas com relação aos estudos em cursos EaD.

Embora a prova da qual as respostas foram coletadas não apresentasse a palavra autonomia

explicitamente, as percepções dos alunos mostram que eles têm consciência de características

autônomas necessárias para quando se está estudando a distância.

No entanto, existem outras características de aprendizes autônomos que não foram

mencionadas. De acordo com Cotterall (1995), existem aspectos a serem observados em

aprendizes autônomos, tais como: a) seleção de materiais a atividades; b) definição de ordens

e progressos; c) planejamento de tempo para prática; d) monitoramento; e) avaliação de

progresso, dentre outros. Assim, nota-se a necessidade de se trabalhar com o termo mais

diretamente a fim de auxiliar os alunos a tomarem consciência da importância de ser

autônomo. Conforme sugere Holec (1981), a autonomia não é uma característica inata, mas

sim algo que deve ser desenvolvido por meios naturais ou sistemáticos.

6 Considerações Finais

Este estudo abordou, de forma preliminar, algumas definições do conceito de

autonomia, as quais foram selecionadas, dentre uma vasta gama de possibilidades, com base

em discussões propostas por Finch (2002). Tal autor aponta que, embora as definições sejam

distintas, elas apontam para características semelhantes que, de certa forma, complementam-

se na caracterização de aprendizes autônomos.

Ressalta-se que, para aprendizagem de línguas estrangeiras, há infinitas possibilidades

de materiais, websites, livros, vídeos, jogos, dentre outros recursos, os quais estão disponíveis

sem custo algum online. Considera-se que a busca e o uso de tais materiais facilitaria o

desenvolvimento autônomo das habilidades linguísticas de Inglês dos alunos do curso. No

entanto, dentre as respostas selecionadas para este estudo, não há menção sobre a facilidade

de acesso a materiais extras diferenciados que complementem os estudos individuais de cada

aluno.

Espera-se que, com este trabalho, seja possível identificar características de aprendizes

autônomos que ainda precisam ser trabalhadas em contextos de ensino, não só na educação a

distância, mas também em cursos presenciais, especialmente quando se trata de formação de

professores de Língua Inglesa. O desenvolvimento de proficiência em L2 exige dedicação e

tempo, o que a mera presença em sala de aula ou a realização de atividades obrigatórias online

não contemplam ou não são suficientes. Autonomia, nesse caso, tem papel central no sentido

de que faz os alunos buscarem a complementação necessária para sua aprendizagem.

Autonomia na educação também pode vista a partir da perspectiva de Preti at al

(2005), o qual defende que não existe uma separação entre o ser autônomo e o ser que

trabalha em conjunto, colaborativamente. Neste sentido, o aluno precisa desenvolver atitudes

que promovam a interaprendizagem e a pesquisa, estando sempre disposto e motivado a

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empreender ações de modo a viabilizar seu acesso ao conhecimento. A autonomia, nesse

sentido, atua como uma característica que ajuda o indivíduo a aprender de forma mais

eficiente, possibilitando-o, assim, a interagir no grupo de aprendizagem, dando sua

contribuição individual para o bem comum. Autonomia se constitui ao longo da vida, no

entanto, é preciso que professores atuem como intermediários desse amadurecimento e da

construção da autonomia pelo estudante.

Agradecimentos

Gostaria de agradecer ao Professor Dr. Celso Henrique Soufen Tumolo e ao meu

colega de Mestrado Alison Gonçalves pela leitura atenta deste trabalho, o que gerou

comentários essenciais para o melhoramento do texto.

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