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Complexo de Golgi

Date post: 24-Jan-2023
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Complexo de Golgi
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Complexo de Golgi

Elementos membranosos

1. Cisternas ou sáculos – dictiossoma – é o

elemento mais característico.

2. Vesículas: lisas ou revestidas (por clatrina,

vesículas COP I e COP II)

3. Vacúolos: frequentemente designados por

vesículas de condensação ou grânulos de

secreção.

Cisternas

Vacúolos

Funções 1. Armazenamento das proteínas de exportação.

2. Glicosilação de proteínas e lípidos para exportar. É a principal modificação química que sofrem as proteínas que passam pelo complexo.

3. Formação das lipoproteínas. Embora os componentes das lipoproteínas sejam sintetizados no RE passam, obrigatoriamente, pelo complexo de Golgi.

4. Sulfatação de várias hormonas, particularmente das hormonas esteróides.

5. Processamento proteolítico de proproteínas: conversão de proproteínas em proteínas secretoras, prontas a exocitar (exemplo: proinsulina, proalbumina, etc)

6. Biogénese de membranas. Foi verificada a actividade da acil-transferase no complexo de Golgi, enzima implicada na síntese dos fosfolípidos da membrana.

7. Recuperação de membranas, as membranas dos grânulos de secreção voltam ao Golgi, sendo reintegradas.

8. Tráfico e segregação de produtos de secreção.

9. Formação de lisossomas.

Lisossomas: corpos densos limitados por uma

membrana ricos em hidrolases ácidas

Estruturas

concêntricas

resultantes

da

acumulação

de

substâncias

de natureza

lipídica

Lisossoma 2º

Tipos de lisossomas

• Lisossoma primário: pequenas vesículas sem

substâncias em digestão.

• Lisossoma secundário: vesículas com

substâncias em digestão.

• Corpo residual: vesículas com resíduos não

digeridos.

Hidrolases ácidas

Proteases:

1. Exopeptidases: hidrolisam especificamente ligações peptídicas das extremidades da proteína.

2. Endopeptidases: hidrolisam ligações pepetídicas afastadas das extremidades da cadeia polipeptídica.

Glicosidases:

1. Exoglicosidases: actuam sobre as ligações glicosídicas terminais

2. Endoglicosidases: actuam sobre as ligações glicosídicas no interior das cadeias.

Nucleases

Fosfatases

Sulfatases

Lipases

Esterases

Os lisossomas e a digestão intracelular

Autolisossoma:

digere estruturas da

própria célula.

Heterolisossoma:

digere substâncias

provenientes da

endocitose.

Autofagia

Digestão intracelular de organitos e estruturas da própria célula.

Os vacúolos de autofagia formam-se quando uma cisterna de RER, que perdeu os ribossomas, envolve uma porção de citoplasma com alguns organitos, dando origem a um vacúolo com membrana dupla, o autofagossoma, que ainda não possui hidrolases. Sofre um processo de maturação que o transforma em autolisossoma.

Neste processo, a membrana exterior adquire proteínas próprias da membrana lisossomal, o conteúdo é acidificado pela acção de bombas de protões integradas na membrana e recebem as hidrolases ácidas.

Vias para a transformação de

autofagossomas em autolisossomas

1ª via – Os autofagossomas poderão adquirir as proteínas membranares e enzimas lisossomais numa única etapa, fundindo-se com lisossomas preexistentes.

2ª via – Os autofagossomas fundem-se, em primeiro lugar, com vesículas golgianas cuja membrana possui proteínas membranares lisossomais. Estas vesículas, que não contêm hidrolases, provocam a acidificação dos autofagossomas. Posteriormente, os autofagossomas, já acidificados, fundem-se com lisossomas, recebendo destes as enzimas hidrolíticas. A membrana interna dos autofagossomas é digerida conjuntamente com o conteúdo.

Heterofagia

Digestão de substâncias exógenas.

As partículas que são fagocitadas ficam incluídas em vacúolos designados por fagossomas. Posteriormente, os fagossomas fundem-se com lisossomas que transportam hidrolases ácidas, formando-se, assim, um heterolisossoma. As pequenas moléculas resultantes da digestão, aminoácidos, ácidos gordos ou açúcares, atravessam a membrana destes lisossomas para serem utilizadas noutros locais da células.

No final, os heterolisossomas contêm apenas os resíduos não digeridos, designando-se por corpos residuais, que podem fundir-se com a membrana celular para lançar os resíduos no exterior.

Patologias lisossomais

1. A gota – Doença dos Reis

Já não é privativa das

classes altas e pode dar-

se ocasionalmente nas

mulheres, mas sempre

depois da menopausa. É

importante o factor

genético e, nesse sentido,

a população mundial

com maior prevalência

de gota é a maori.

• Resulta da alteração do

metabolismo das

purinas que provoca um

aumento excessivo de

ácido úrico no plasma.

• Formam-se pequenos

cristais de urato de

sódio no líquido

sinovial das articulações,

os quais são fagocitados

pelos granulócitos.

Articulações

frequentemente

afectadas:

• Dedo grande do pé

• Tornozelos

• Joelhos

• Pulsos

• Cotovelos

• Dedos

• É assimétrica, aparece

na articulação esquerda

ou direita não nas duas,

ao contrário da artrose.

• Muito perigosa antes

dos 21 anos.

2. A silicose

• É a doença profissional mais antiga que se conhece.

• As partículas de sílica são fagocitadas pelos

macrófagos. Estas partículas provocam a ruptura

dos heterolisossomas, causando a libertação das

hidrolases e a destruição dos macrófagos.

• A destruição de macrófagos estimula a produção de

colagénio provocando uma fibrose pulmonar.

3. Doença de Tay-Sachs

• Doença autossómica recessiva.

• Os lisossomas secundários das células nervosas acumulam um glicolípido, o gangliosídeo GM2, devido à ausência de uma glicosidase.

• Nas crianças atingidas por esta doença, ao fim de alguns meses de vida começam a aparecer sinais de deterioração motora e mental, que conduzem à paralisia e à cegueira. O agravamento progressivo da doença causa a morte entre os 3 e os 5 anos de vida.

4. Glicogenose de tipo II

• Doença autossómica recessiva. Embora a deficiência seja ubíqua, expressa-se apenas em determinados órgãos, principalmente coração e/ou músculo esquelético.

• É uma doença de sobrecarga lisossomal devido a deficiência de a-1,4-glucosidase. Esta enzima hidrolisa o glicogénio em glucose e sua acção deficiente resulta na acumulação de glicogénio no lisossoma.

• A forma infantil, ou doença de Pompe, tem início antes dos três meses de idade com hipotonia marcada, dificuldades na amamentação e deglutição. É fatal dentro de um período máximo de dois anos.

• As formas juvenis e adultas apresentam-se como distrofia muscular das cinturas com início nos membros inferiores. O resultado final depende da falência dos músculos respiratórios.


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