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FACULDADE DE CIÊNCIAS DA SAÚDE – FACS
CURSO DE ENFERMAGEM
O enfermeiro na prevenção das complicações da sepse: uma revisão da literatura
Aluno: Luiz Cláudio Pereira de Araújo
Brasília – DF
10 /2007
9
LUIZ CLÁUDIO PEREIRA DE ARAÚJO
O Enfermeiro na prevenção das complicações da sepse: uma revisão de
literatura
Monografia apresentada ao Curso de Enfermagem da Faculdade de Ciências da Saúde do Centro de Ensino Unificado de Brasília - UniCEUB. Orientadora: Profª. Rita Minetto. Co-orientador: Prof. André Maia
Brasília
Outubro 2007
10
TERMO DE APROVAÇÃO
LUIZ CLÁUDIO PEREIRA DE ARAÚJO
O Enfermeiro na prevenção das complicações da sepse: uma revisão de literatura
Monografia apresentada ao Curso de
Enfermagem da Faculdade de Ciências da
Saúde do Centro de Ensino Unificado de
Brasília – UniCEUB como requisito para a
conclusão do curso.
Orientadora: Profª. Rita Minetto
Menção: ....................................................
Assinaturas:
...................................................................
Professora Rita Minetto
...................................................................
Professora Rosângela Garcia Jaramillo
...................................................................
Professora Nilvia Jaqueline Linhares
Brasília
Outubro 2007
11
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho a todos os que, como eu,
fizeram do cuidado ao próximo sua profissão, e da
solidariedade sua principal qualidade.
A todos estes profissionais, que contribuíram de
forma tão tangível a minha existência profissional,
12
AGRADECIMENTO
A DEUS, por ter me capacitado e me permitido chegar até aqui;
Aos meus amados avós, pela confiança depositada e dedicação dispensada na minha
educação;
Aos meus pais, instrumentos da vontade divina, pelo dom da vida;
Aos tios e tias, pelo exemplo e contribuição na minha formação moral;
Aos meus professores e mestres, pelas lições ensinadas e paciência incansável;
Aos meus amigos, pelo apoio incondicional e sinceridade, tão importantes sempre.
E em especial à MÔNICA ARAUJO e ao Dr. TÚLLIO XAVIER
13
Quando a febre é contínua, a superfície externa do corpo está fria, e existe internamente uma grande sensação de calor e sede, a afecção é mortal.
(Hipócrates, 400 A.C.)
14
RESUMO
A sepse: Síndrome de resposta inflamatória sistêmica associada á foco infeccioso
comprovado, é a principal causa de morte em unidades de terapia intensiva não coronariana
em todo mundo. Este trabalho tinha o objetivo principal identificar na literatura cientifica de
que forma o enfermeiro atua na prevenção das complicações da sepse, isto foi feito através de
pesquisa bibliográfica operacionalizada mediante a busca eletrônica de trabalhos científicos
publicados no site PubMed (http://www.ncbi.nlm.nih.gov/sites/entrez) no dia 10/09/2007, a
partir dos descritores: SEPSIS e NURSE tendo como base de inclusão trabalhos nacionais e
internacionais publicados em revistas indexadas entre outubro de 1997 e outubro de 2007. Foi
observado durante o desenvolvimento da pesquisa que a maioria dos avanços no campo do
tratamento da sepse é baseada em um documento estabelecido em 2001 durante uma
conferencia mundial onde se definiu um protocolo com mais de 40 itens divididos por grau de
evidencia. Desta conferencia deu-se origem a um trabalho de conscientização mundial,
chamado Campanha Sobrevivendo a Sepse (SURVIVING SEPSIS CAMPAINGN), este
protocolo deixa claro a importância da identificação precoce dos sinais sépticos e da
intervenção adequada, reduzindo a taxa de mortalidade. Existem protocolos no mundo inteiro
com a intenção de reduzir o número de mortes provocadas pela sepse. Em todos esses
protocolos a enfermagem tem um papel fundamental, tanto na identificação quanto na
monitorização do paciente séptico. Sendo assim como conclusão do trabalho, as principais
intervenções cabíveis ao enfermeiro são: Identificação precoce dos sintomas iniciais de
sepse,manipular e implementar a monitorização hemodinâmica do paciente,avaliação
continua da resposta do paciente ao tratamento. Prevenir complicações adjacentes, orientar
toda a sua equipe para que todos sejam agentes identificadores da sepse.
15
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO................................................................................................... 16
1.1 Definição e considerações gerais.......................................................................18 1.1.1 Bacteremia ....................................................................................................18 1.1.2 Síndrome de Resposta Inflamatória Sistêmica (SRIS) ..................................19 1.1.3 Sepse..............................................................................................................20 1.1.4 Sepse grave ...................................................................................................20 1.1.5 Choque séptico ..............................................................................................21 1.1.6 Síndrome da Disfunção de Múltiplos Órgãos (SDMO)................................21
1.2 Fisiopatologia .....................................................................................................22 2. JUSTIFICATIVA.......................................................................................... 24
3. OBJETIVO .................................................................................................... 25
3.1 Objetivo geral .....................................................................................................25 3.2 Objetivos específicos ..........................................................................................25
4. MÉTODO....................................................................................................... 26
5. DESENVOLVIMENTO ............................................................................... 27
5.1 Complicações da sepse.......................................................................................27 5.2 Principais avanços no tratamento da sepse .....................................................28 5.3 Atuação da enfermagem nos protocolos atuais específicos de sepse.............31
5.3.1 Times de resposta rápida - RRT....................................................................32 5.3.2 Manutenção do paciente séptico...................................................................33 5.3.3 Principais diagnósticos de enfermagem no paciente séptico .......................33
5.4 Objetivos dos cuidados de enfermagem...........................................................34 5.5 Monitorização hemodinâmica ..........................................................................35
CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................... 37
SUGESTÃO.......................................................................................................33 REFERÊNCIAS .............................................................................................. 394
16
INTRODUÇÃO
O interesse em realizar este trabalho surgiu ao estudar o tema e verificar os
altos índices de morte e a importância do cuidado intensivo de enfermagem neste tipo de
paciente.
Apesar da modernização da antibioticoterapia, a incidência do choque
séptico continuou a crescer nos últimos 60 anos, e é a causa de morte mais comum nas
unidades de terapia intensiva não coronariana nos Estados Unidos e a 13° causa de morte na
população norte-americana (SMELTZER e BARE, 2005).
No Brasil, dados do Brazilian Sepsis Epidemiological Study (BASES), que
avaliou diariamente todos os pacientes admitidos em cinco grandes Unidade de Terapia
Intensiva (UTI) em um período de 5 meses, as densidades de incidência de sepse, sepse grave
e choque séptico foram 61,4 , 35,6 e 30 por 1000 pacientes dia, respectivamente. A taxa de
mortalidade da sepse grave nesta amostra de pacientes foi de 47,3%, enquanto de choque
séptico ultrapassou 50%(KNOBEL, 2005).
De acordo com o Instituto Latino Americano para Estudos da Sepse (ILAS),
em estudo epidemiológico realizado no Brasil, 17% dos leitos das unidades de terapia
intensiva (UTI) são ocupados por pacientes com sepse grave(SILVA ELIÉZER, 2007).
No mundo, esta taxa gira entre 10 e 15%. Em paralelo, a taxa de
mortalidade também é elevada, alcançando 55% em várias UTIs nacionais, havendo
importante heterogeneidade entre as instituições (entre 30 e 70%). De forma complementar a
este cenário, os custos relacionados ao tratamento destes pacientes alcançam a cifra de 17
17
bilhões de reais a cada ano, considerando que 400 mil brasileiros desenvolvem sepse grave
anualmente(SILVA, 2007).
Assim, se torna imperativo a implementação de políticas institucionais,
baseadas em evidências científicas e norteadas por indicadores de qualidade, para que se
possa, em médio prazo, reduzir a mortalidade destes pacientes e, por conseqüência, o impacto
social da sepse em nosso meio.
Este trabalho se propôs a identificar na literatura, intervenções cabíveis ao
enfermeiro(a), no momento em que o paciente já se encontra em quadro séptico e corre o
risco de evoluir para a sepse grave, choque séptico, Síndrome de Disfunção de Múltiplos
Órgãos (SDMO) e óbito.
Serão levantadas todas as novidades nos estudos sobre a nomenclatura,
fisiopatologia, tratamento e principalmente o papel do enfermeiro no combate as altas taxas
de mortalidade da sepse.
18
1 REFERENCIAL TEÓRICO
1.1 Definição e considerações gerais
No sentido de desenvolver uma nova terminologia que complementasse as
descobertas sobre a fisiopatologia da sepse, o American College of Chest Physicians/Society
of Critical Care Medicine, realizou em 1991, uma reunião de consenso sobre terminologia e
terapêutica da sepse, definindo a nomenclatura utilizada até os tempos atuais. .
Estas definições devem ser entendidas como a tentativa de normatização
visando, principalmente, caracterizar, precocemente, o paciente séptico e dar a clara noção de
que a resposta inflamatória sistêmica pode estar presente em outras condições que não
infecção, como pancreatite e politrauma.
1.1.1 Bacteremia
A presença de bactéria demonstrável no sangue não é um requerimento para
o diagnóstico de sepse. Pacientes sépticos com ou sem bacteremia têm apresentações clínicas
similares. Na verdade, somente 50% dos pacientes com sepse grave têm bacteremia
documentada (KNOBEL,2005).
Recentes estudos não encontraram diferenças significativas entre pacientes
com ou sem hemoculturas positivas. Contudo, existe evidência que bacteremia de origem
intra-abdominal, de trato respiratório inferior ou de origem desconhecida, pode estar
associada com pobre prognóstico. A falta de significância de hemoculturas positivas é devida,
19
em parte, ao fato de que muitos pacientes desenvolvem infecções graves no momento em que
já estão sob cobertura antibiótica(ELIÉZER, 2007)..
1.1.2 Síndrome de Resposta Inflamatória Sistêmica (SRIS)
Resposta do organismo a um insulto variado (trauma, pancreatite, grande
queimado, infecção sistêmica), com a presença de pelo menos dois dos seguintes critérios:
a) Temperatura corporal> 38°C ou < 36°C;
b) Freqüência cardíaca >90bpm;
c) Freqüência respiratória>20 mpm ou PaCO2<32 mmHg;
d) Leucócitos >12.000 cels/mm³, ou ainda presença de >10% de formas
jovens (bastões)(KNOBEL,2005).
Segundo KNOBEL (2005), SRIS pode freqüentemente estar associada à
infecção bacteriana (o termo correto nesta situação é sepse), não é apenas o patógeno
infectante que causa danos ao organismo. A própria resposta do hospedeiro, através de uma
profusão de mensageiros moleculares, poderia levar à disfunção orgânica e a morte do
paciente.
Essas novas definições clínicas são relativamente abrangentes e pouco
específicas: elas incluem pacientes que podem ter sido considerados sépticos por clínicos e
pesquisadores quando utilizaram as antigas definições. Isto é fundamental para o adequado
tratamento de pacientes gravemente enfermos, contudo, pode ter um efeito mais relevante
20
para a realização de estudos clínicos que visaram testar os potenciais benefícios de novas
terapêuticas para sepse (CAPELAS, MARRÃO, 1997).
Além disso, o desenvolvimento de sistemas que aferem a gravidade da
doença deveria ser particularmente importante no tratamento de pacientes sépticos e em
estudos clínicos, permitindo que a real condição clínica do paciente seja avaliada com
detalhes.(CAPELAS, MARRÃO, 1997).
Num estudo conduzido por Rangel-Frausto e colaboradores, dentre os
pacientes com SRIS, 26% desenvolveram sepse, 18,7% desenvolveram sepse grave e 4%
choque séptico. Além disso, o intervalo médio para o desenvolvimento de sepse a partir de
SRIS foi inversamente correlacionado com o número de critérios de SRIS que o paciente
apresentava. Em resumo, este estudo demonstrou que o diagnóstico de SRIS é extremamente
sensível e a evolução pode ser correlacionada com a presença de dois, três ou quatro critérios
que definem SRIS (SILVA, 2007).
1.1.3 Sepse
Conforme estudado, entende-se sepse como a síndrome de resposta
inflamatória (SRIS), acima conceituada, associada à infecção, podendo ser evidenciada
apenas com sinais clínicos, como abscessos ou empiemas e a detecção da bactéria em líquidos
orgânicos previamente estéreis (KNOBEL, 2005).
1.1.4 Sepse grave
De acordo com KNOBEL(2005), Sepse associada a disfunção orgânica,
hipoperfusão ou hipotensão. Hipoperfusão tecidual e anormalidades da perfusão podem
21
incluir, mas não estão limitadas à acidose, oligúria, alteração aguda do estado mental ou
hipotensão arterial com pressão sistolica < 90mmHg, sem a necessidade de drogas vasoativas.
1.1.5 Choque séptico
Quadro séptico confirmado evoluindo com hipotensão, a despeito de
adequada ressuscitação hídrica, associada à presença de anormalidades da perfusão que
podem incluir, mas não estão limitadas à acidose láctica, oligúria ou alteração aguda do
estado mental, neste caso é necessário administração de agentes vasopressores (SILVA,
2007).
1.1.6 Síndrome da Disfunção de Múltiplos Órgãos (SDMO)
Presença de função orgânica alterada em pacientes agudamente enfermos,
nos quais a homeostase não pode ser mantida sem intervenção. A introdução do termo
Síndrome da Disfunção de Múltiplos Órgãos (SDMO) reflete um consenso emergente de que
disfunção orgânica compreende um espectro variável, desde disfunções menores até falência
irreversível da função orgânica.
SDMO decorrente de choque séptico é a principal causa de morte para
pacientes internados em uma unidade de terapia intensiva. A estimativa de sua prevalência
varia dependendo da população estudada e dos critérios utilizados para definir a síndrome.
Nos Estados Unidos, a prevalência da SDMO é de 15% levando-se em conta todas as
admissões na UTI, e é responsável por até 80% das mortes dentro da UTI, e resulta num custo
de mais de 100.000 dólares por paciente ou 500.000 dólares por sobrevivente (SILVA, 2007).
22
1.2 Fisiopatologia
Os termo sepse referem a uma quantidade de situações clínicas associadas a
bacteremia ou endotoxemia. A síndrome de choque na sepse é suposto como resultante dos
efeitos das endotoxinas (CAPELAS e MARRÃO, 1997).
CAPELAS e MARRÃO entendem, que “a reação do hospedeiro aos
microorganismos invasores envolve uma polifonia de sinais e respostas, rapidamente
amplificadas que se disseminam para além do tecido invadido. Febre ou hipotermia, calafrios,
taquipneia e taquicardia anunciam o inicio da resposta inflamatória sistêmica à invasão
bacteriana, também denominada de “sépsis”.
Conforme Capelas e Marrão, quando estes mecanismos são superados, com
freqüência à medida que o microorganismo se desloca de um sítio localizado para invadir a
corrente sanguínea, a homeostase pode falhar e pode sobrevir a disfunção multiorgânica,
chegando-se à sepse grave. A falha adicional dos mecanismos contrarreguladores leva ao
choque séptico, caracterizado por hipotensão bem como por disfunção multiorgânica. À
medida que a sepse evolui para o choque séptico, o risco de morte aumenta
consideravelmente.
A sepse inicial é geralmente reversível, enquanto que muitos doentes com
choque séptico morrem, apesar de terapia agressiva e intensiva. (Capelas, Marrão, 1997).
Do ponto de vista celular, dois processos correm em paralelo e são, em
última analise, responsáveis pelo desencadeamento e pela manutenção da disfunção orgânica.
Em primeiro lugar, a alteração no metabolismo celular em decorrência de defeitos na
produção de energia. E, em segundo lugar a resposta inflamatória, que agrediria diretamente o
23
aparato celular e agravaria a hipoxia tecidual por ativar o endotélio e propiciar maior
formação de trombos na microcirculação(KNOBEL, 2005).
Segundo KNOBEL, o perfeito funcionamento dos aparatos celulares
depende da disponibilidade de oxigênio. Sendo assim, o metabolismo celular energético pode
ser interrompido ou pela menor disponibilidade de oxigênio às células ou por alteração
intrínseca do funcionamento da mitocôndria.
24
2. JUSTIFICATIVA
A importância da realização deste trabalho vem da freqüência de pacientes
que necessitam de cuidados específicos de enfermagem, na prevenção da falência orgânica,
decorrente do quadro de sepse. Sendo o choque séptico a maior causa de morte em UTI não
coronariana nos Estados Unidos (KNOBEL, 2005). Embora o tratamento seja prescrito e
iniciado pelo médico, geralmente é o enfermeiro que devido a ter um contato continuo com o
paciente, identifica os sinais precoces de sepse, além disso, é ele quem implementa, opera e
soluciona os problemas do equipamento usado, monitora o estado do paciente e avalia os
efeitos imediatos. Além disso, o enfermeiro avalia a resposta da família à crise e ao
tratamento.
25
3. OBJETIVO
3.1 Objetivo geral
• Identificar na literatura cientifica de que forma o
Enfermeiro atua para prevenir as complicações da sepse.
3.2 Objetivos específicos
• Expor as principais condutas atuais no combate às altas
taxas de mortalidade da sepse.
• Identificar a atuação de enfermagem na prevenção ao
agravamento da sepse presente em estudos atuais específicos de sepse.
26
4. MÉTODO
O presente estudo trata de uma análise exploratória do tipo revisão
bibliográfica. Segundo Gil (1996) este tipo de pesquisa tem como objetivos proporcionar o
aprimoramento de idéias e ajudar na construção ou descoberta de hipóteses.
A pesquisa bibliográfica foi operacionalizada mediante a busca eletrônica
de trabalhos científicos publicados no site PubMed (http://www.ncbi.nlm.nih.gov/sites/entrez)
no dia 10/09/2007, a partir dos descritores: SEPSIS e NURSE tendo como base de inclusão
trabalhos nacionais e internacionais publicados em revistas indexadas entre outubro de 1997 e
outubro de 2007.
Dentro destes parâmetros existiam 47 trabalhos descritos, porém foram
aproveitados, apenas trabalhos multicentricos, onde, sua pesquisa é relevante na pratica da
enfermagem, fora destes limites todos os trabalhos foram excluídos.
Todos os trabalhos são encontrados no site
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/sites/entrez na língua inglesa, totalizando 9 trabalhos que se
encaixam no perfil da pesquisa, sendo 5 internacionais e 4 nacionais.
Foram utilizadas conjuntamente, bibliografias atuais de relevância
significativa sobre o tema.
27
5. DESENVOLVIMENTO
5.1 Complicações da sepse
Conforme KNOBEL(2005), manifestações clinicas da sepse dependem da
intensidade da resposta inflamatória sistêmica e da presença e da gravidade das disfunções
orgânicas.
Quando um microorganismo invade os tecidos corporais o paciente exibe
uma resposta imune a este invasor. Essa resposta provoca a ativação de mediadores químicos
associados com uma resposta inflamatória produzindo vários efeitos que levam ao
choque(SMELTZER e BARE, 2005).
De modo peculiar, o choque séptico ocorre em duas fases. A primeira fase,
referida com a fase hiperdinâmica e progressiva, caracteriza-se por um elevado débito
cardíaco com vasodilatação sistêmica. A pressão sanguínea pode permanecer dentro da
normalidade. A freqüência cardíaca aumenta, progredindo para taquicardia e aumento do
esforço do coração. O paciente torna-se hipertérmico, com pele quente ruborizada e pulsos em
rechaço. A freqüência respiratória mostra-se elevada. O débito urinário tende a diminuir. O
estado gastrintestinal pode estar comprometido, conforme evidenciado por náuseas, vômitos,
diarréia ou peristalse diminuída. O paciente pode exibir alterações sutis no estado mental,
como confusão ou agitação.(KNOBEL,2005)
A fase tardia, referida como a fase hipodinâmica, caracteriza-se por baixo
débito cardíaco com vasoconstrição, refletindo o esforço do corpo para compensar a
28
hipovolemia causada pela perda de volume intravascular. Nessa fase a pressão arterial cai e a
pele fica fria e pálida. A temperatura pode estar normal ou abaixo do normal. A freqüência
cardíaca e respiratória permanece rápida. O paciente não mais produz urina, e desenvolve-se a
disfunção de múltiplos órgãos progredindo para a falência e óbito (SMELTZER e BARE,
2005).
Conforme KNOBEL (2005), seis grandes órgãos/sistemas podem ser
acometidos durante a evolução da sepse grave: Sistema nervoso central,lesão pulmonar
aguda, insuficiência renal aguda, trato gastrintestinal, cardiovascular, hepática. As
manifestações clinicas destas disfunções podem ser variáveis, mas em geral são de fácil
identificação.
5.2 Principais avanços no tratamento da sepse
Os esforços de pesquisa mostram-se promissores para melhorar os
resultados do choque séptico. Embora os tratamentos pregressos focalizassem a destruição do
organismo infeccioso, a ênfase atual consiste em alterar a resposta imune do paciente ao
organismo invasor. As paredes celulares das bactérias Gram-negativas contêm um
lipopolissacarideo, uma endotoxina liberada durante a fagocitose. A endotoxina e/ou os
produtos da parede celular dos Gram-positivo interagem com os mediadores bioquímicos
inflamatórios, iniciando uma resposta inflamatória intensa e efeitos sistêmicos que induzem
ao choque. As pesquisas atuais focalizam o desenvolvimento de medicamentos que inibirão
ou modularão os efeitos dos mediadores bioquímicos (BEER IDAL, 2005).
Recentemente, demonstrou-se que a proteína C ativada (APC) humana
recombinante, ou drotrecogina alfa ativada, reduz a mortalidade nos pacientes com sepse
grave. Ela foi aprovada pela U.S Food and Drug Administration para tratamento de adultos
29
com sepse grave e resultante disfunção orgânica aguda que estejam em risco elevado de
morte. Ele age como agente antitrombótico, antiinflamatório e profibrinolitico(SMELTZER e
BARE, 2005).
Seu efeito colateral mais comum é o sangramento. Portanto, está contra-
indicado nos pacientes com sangramento interno agudo, acidente vascular cerebral
hemorrágico recente, cirurgia intracraniana ou traumatismo craniano(SMELTZER e
SUZANE, 2005).
Segundo RIVERS et al em 2001, algumas intervenções precoces diminuem
abruptamente a mortalidade neste tipo de paciente, com a terapia de ressuscitação de
hipoperfussão tecidual nas primeiras 6h (golden hours).
Quando a sepse é diagnosticado, a prática baseada em evidencia indica
iniciação de ressurreição volêmica. Com Terapia de Vasopressor, apoio de inotrópico positivo
e terapia antibiótica apropriada dentro da primeira hora. Dentro de um prazo de 6-hora a meta
é estabilização da Pressão Venosa Central (PVC), Pressão Arterial Média (PAM) e Saturação
venosa central para prevenir dano de órgão adicional (RIVERS et al,2001).
No ano de 2003, mais de 100 especialistas do mundo todo se reuniram para
compor um documento que viria a ser as diretrizes do tratamento da sepse grave e do choque
séptico baseado em evidencia.
Este documento estabeleceu 44 itens que devem ser respeitados (ao mesmo
tempo individualizados) no tratamento de pacientes com sepse grave. Estes profissionais
chegaram a um consenso em quase 100 % das diretrizes(KNOBEL,2005).
30
Uma campanha mundial, denominada de Surviving Sepsis Campaign (SSC)
está atualmente (2005) procurando implementar estas novas diretrizes em várias instituições
no mundo.
Todos os procedimentos sugeridos no Surviving Sepsis Campaign foram
classificados de acordo com o grau de evidência científica da redução de mortalidade de
pacientes com sepse grave e choque séptico. No Brasil esta campanha é coordenada pelo
Instituto Latino Americano para Estudos da Sepse (ILAS,2007).
Segundo esta campanha, são necessários 11 intervenções pricipais,
diagnósticas e terapêuticas, que geram indicadores de qualidade assistencial, os quais
nortearam políticas institucionais de melhoria assistencial. Todas estas intervenções são
baseadas em evidências científicas sólidas oriundas de estudos publicados na literatura
médica. São divididos de acordo com o momento ideal para cada intervenção. Existem, desta
forma, dois pacotes que devem ser implementados em bloco.
O primeiro pacote, denominado de “Processo de Ressuscitação”, deve ser
implementado nas primeiras seis horas. Este pacote inclui: a) coleta de lactato sérico que
servirá, posteriormente, para guiar ressuscitação hemodinâmica; b) coleta de hemocultura
antes do início da antibioticoterapia; c) início de antibióticos, de largo espectro, por via
endovenosa, nas primeiras horas do tratamento; d) reposição volêmica agressiva precoce; e)
uso de vasopressores para manter pressão arterial média acima de 65 mm Hg f) otimização da
pressão venosa central e da saturação venosa de oxigênio (SILVA, 2005).
Após esta primeira fase, se inicia a fase de consolidação do tratamento, que
se baseia em quatro grandes intervenções individualizadas de acordo com a situação clínica.
31
São elas: a) controle rigoroso da glicemia; b) uso de baixas doses de corticóides; c) uso de
proteína C ativada conforme protocolo de uso estabelecido por cada unidade; d) estratégia
protetora pulmonar, mantendo a pressão de vias aéreas abaixo de 30 cm H2O
(KNOBEL,2005).
Segundo Carlbom, Rubenfild (2006), em uma pesquisa quanti-qualitativa
realizada com médicos e enfermeiros dos principais prontos-socorros dos Estados Unidos
representando 53% dos departamentos de emergência americanos as principais barreiras para
implementação do protocolo são:
• Falta de pessoal de enfermagem habilitado para executar
os procedimentos;
• Dificuldade para identificar os sinais precoces de sepse;
• Falta de habilidade para monitorização da pressão
venosa central;
• Falta de um acordo médico como protocolo.
5.3 Atuação da enfermagem nos protocolos atuais específicos de sepse
A primeira dificuldade do enfermeiro é identificar os pacientes com risco
para sepse em desenvolvimento. A segunda, é avaliar continuamente pacientes que têm os
sinais de sepse para sintomas de deficiência orgânica. Quando sepse foi diagnosticado, a
Surviving Sepsis Campaign (SSC) indica iniciação de ressurreição volêmica (KING , 2004).
32
O desafio para enfermeiros que tratam de pacientes sépticos é apoiar as
metas de tratamento, prevenir complicações somadas, inclusive úlcera por pressão, trombose
venosa profunda, pneumonia por aspiração e a progressão para SDMO e endereçar as
necessidades psicossociais do paciente e da família.
5.3.1 Times de resposta rápida - RRT
Segundo KING (2004)a primeira atuação do enfermeiro é a identificação de
pacientes com risco para sepse, e avaliar continuamente pacientes que já têm sinais de sepse
para detecção de sintomas de disfunção orgânica e baixa perfusão tecidual.
O hospital americano Henry Ford está empreendendo iniciativas múltiplas
para reduzir a mortalidade de pacientes.Times de resposta rápida contribuem a reduzir taxas
de mortalidade de pacientes internados, identificando e tratando os pacientes com risco para
deterioração fisiológico fora da colocação de unidade de cuidado intensivo (MAILEY et al,
2006).
Integrantes do time incluem enfermeira de UTI, médicos e fisioterapeutas,
que agem como identificadores primários. O RRT (time de resposta rápido) no Hospital
Henry Ford é 24 horas disponíveis por dia, 7 dias por semana. Critérios para os integrantes do
RRT foram desenvolvidos por um comitê médico e por líderes da enfermagem. Os
enfermeiros no RRT precisam de um mínimo de 2 para 3 anos de experiência de cuidado
intensivo. São realizadas reuniões semanais com planejamento dos integrantes do comitê para
discutir assuntos relativos à implementação do piloto de RRT.
O comitê de RRT consiste em 3 administradores de enfermagem, cuidadores
domésticos, especialista de enfermagem clínica, 2 gerentes de enfermagem, coordenadores
33
clínicos, enfermeira de garantia de qualidade, um estatístico e o diretor médico de cuidado
crítico(MAILEY et al, 2006).
5.3.2 Manutenção do paciente séptico
É necessária a implementação do primeiro pacote de “Ressucitação” no
paciente com sinais precoces de sepse (freqüência cardíaca aumentada, leucocitose,
temperatura corporal aumentada), nas primeiras seis horas.
Segundo KING (2004), a primeira atuação do enfermeiro é a identificação
de pacientes com risco para sepse, e avaliar continuamente pacientes que já têm sinais de
sepse para detecção de sintomas de disfunção orgânica e baixa perfusão tecidual.
5.3.3 Principais diagnósticos de enfermagem no paciente séptico
Com base nos dados e observações verificados nos trabalhos relacionados,
os principais diagnósticos de enfermagem incluem:
• Alteração da temperatura corporal relacionada a processo
infeccioso;
• Alteração da perfusão tecidual (cerebral, renal,
periférica) relacionada a vasoconstrição decorrente do choque séptico;
• Respiração ineficaz (taquipneia, hiperpneia) relacionada
a complicações pulmonares;
34
• Alteração da eliminação urinária (oligoanúria)
relacionada com a diminuição volêmica.
5.4 Objetivos dos cuidados de enfermagem
• Retorno da temperatura a valores normais, através de
aquecimento ou arrefecimento adequado e administração de medicação
adequada prescrita pelo médico.
• Aumento da perfusão tecidual, monitorizando
continuamente:
Nível de consciência
Temperatura, umidade, cor e turgor da pele
Aspecto das mucosas e unhas
Freqüência respiratória
Temperatura
Freqüência cardíaca
Pressão Venosa Central
Saturação Venosa Central
Tensão arterial
35
Ruídos cardíacos e pulmonares
Pulsos periféricos
Balanço hídrico
Pressão venosa central
Administrar e monitorizar infusão de
fluidoterapia, terapêutica vasoativa.
• Promover respiração adequada, monitorizando
continuamente a oximetria, diariamente a gasometria arterial e venosa central
do paciente, além de realizar sempre que necessária boa higiene de vias
aéreas, manter cabeceira elevada e propiciar ambiente seguro.
• Promover débito urinário adequado, avaliando de hora
em hora o débito urinário e aspecto da urina.mantendo o mínimo de
0,5ml/kg/h.
5.5 Monitorização hemodinâmica
Para que haja identificação precoce dos sinais de sepse, o paciente deve ser
monitorizado, mesmo que de forma básica (verificação de pressão arterial e freqüência
cardíaca). Deve ser acompanhando conjuntamente com a monitorização hemodinâmica outros
sinais inflamatórios (temperatura e leucocitose), após diagnosticado o quadro séptico é
necessário que essa monitorização torne-se invasiva, e contínua, para que seja possível obter
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de forma quantitativa a resposta do paciente ao tratamento e assim, empregá-la de forma mais
segura e ao mesmo tempo agressiva quando necessário.
A monitorização hemodinâmica em pacientes com o quadro de choque-
séptico influi diretamente na possibilidade de vida deste paciente. Valores como a saturação
venosa central, pressão arterial invasiva, pressão venosa central e debito cardíaco são
essenciais na intenção de reduzir ao máximo a hipóxia tecidual causada pelo choque, a partir
de uma margem de segurança bem menor e confiável, reduzindo a chance de congestão por
excesso de líquido e laceração do músculo cardíaco por grande esforço (KNOBEL,2005).
A introdução do cateter na artéria pulmonar em 1970(SWAN et al, 1970),
ajudou os médicos a caracterizarem melhor as alterações hemodinâmicas nos pacientes
sépticos. Embora o uso de cateter na artéria pulmonar tenha ajudado a definir os padrões
hemodinâmicos da sepse, seu valor para determinar terapia tem sido contestado na ultima
década .(CONNORS et al, 1996). Foram desenvolvidos sistemas de monitorização regionais
como PVC, os quais podem ser preferidos devido ao menor custo. (VICENT JL, ABRAHAM
EDWARD).
O intestino tem sido foco de considerável atenção e interesse, sendo a
tonometria gástrica uma possibilidade atraente, mas segundo Sakr et al em 2002, essa técnica
possui limitações práticas. A capnometria sublingual fornece informações equivalentes ás da
tonometria gástrica. A região sublingual também pode permitir a visualização direta dos
defeitos da microcirculação, e a persistência dessas alterações, que são observadas usando se
de imagens espectrais com polarização ortogonal, associa-se a piores resultados( NEVIERE
R, MATHIEU D).
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São limitados os parâmetros metabólicos para monitorizar as condições
hemodinâmicas. Os níveis sanguíneos de lactato demonstraram ter valor no prognóstico e, na
década de 1980, as dosagens repetidas demonstraram ser úteis. No entanto, embora os altos
níveis de lactato fossem inicialmente considerados reflexos da hipoperfusão tecidual, alguns
estudos têm indicado que pode não ser necessariamente este o caso, especialmente na sepse ,
e o metabolismo celular alterado pode resultar em aumento do nível de piruvato e lactato.Por
issopode ser complexa a interpretação dos altos níveis de lactato(VICENT , ABRAHAM ,
2007)
Geralmente são os médicos que iniciam esta monitorização, porém a enfermagem é
quem implementa e monitora continuamente todos os parâmetros obtidos pela monitorização
hemodinâmica. Isto torna o enfermeiro responsável pela identificação precoce dos sinais de
complicação do quadro séptico, e assim desempenha um papel fundamental na chance de
sobrevida deste paciente.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Dentre todos os avanços científicos ocorridos nos últimos anos no campo
do suporte avançado à vida, existe a consciência mundial de que a principal medida de
redução das altas taxas de mortalidade, relacionada ao quadro séptico, é a identificação
precoce da sepse e a adequada intervenção, visando a diminuição da hipoperfusão tecidual e,
como conseqüência, o choque séptico.
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Existem protocolos no mundo inteiro com a intenção de reduzir o número
de mortes provocadas pela sepse. Em todos esses protocolos a enfermagem tem um papel
fundamental, tanto na identificação quanto na monitorização do paciente séptico, fatores que
influem diretamente na possibilidade de vida do paciente e no sucesso do tratamento.
Sendo assim as principais intervenções encontradas nos trabalhos incluídos são:
• Identificação precoce dos sintomas iniciais de sepse.
• Manipular e implementar a monitorização hemodinâmica do
paciente.
• Avaliação continua da resposta do paciente ao tratamento.
• Prevenir complicações adjacentes
• Orientar toda a sua equipe para que todos sejam agentes
identificadores da sepse.
Todas estas intervenções são guiadas por estudos baseados em evidencia em
protocolos estabelecidos tendo como base a SSC.
Para que o paciente séptico tenha um atendimento de qualidade, o
enfermeiro tem que ter uma prática tangencial e dinâmica baseada em estudos científicos com
um grau de evidência confiável, sendo necessário um conhecimento expansivo em todos os
âmbitos.
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Tão complexo quanto a fisiopatologia da sepse, o cuidado de enfermagem é
igualmente complexo, mas também recompensador. Pacientes que previamente poderiam ter
morrido agora recuperam com cuidado de enfermagem vigilante, combinada com forças de
terapias de droga novas e diretrizes de prática baseada em evidência.
SUGESTÃO
Não foi encontrado por este estudo trabalhos que tenha como objetivo a sistematização
de enfermagem, com diagnóstico caracterizado e suas intervenções.
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Fica como sugestão a realização de um trabalho, visando não só a evidência cientifica,
mas a realidade da modernização da enfermagem, estabelecendo diagnósticos caracterizados e
suas intervenções, traduzindo desta forma a pesquisa conduzindo a pratica de qualidade.
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