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Ecossistemas de inovação: uma meta-síntese

Date post: 18-Nov-2023
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38
Organizadores Fernando Antonio Prado Gimenez Emerson Carneiro Camargo Alexandre Donizete Lopes de Moraes Franciele Klosowski Inovação e Cooperação: A Relação Universidade-Empresa
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Organizadores Fernando Antonio Prado Gimenez Emerson Carneiro Camargo Alexandre Donizete Lopes de Moraes Franciele Klosowski

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INOVAÇÃO E COOPERAÇÃO: A RELAÇÃO

UNIVERSIDADE-EMPRESAOrganizadores:

Fernando Antonio Prado Gimenez

Emerson Carneiro Camargo

Alexandre Donizete Lopes de Moraes

Franciele Klosowski

Realização

Agência de Inovação UFPRPró-reitoria de Pesquisa e Pós-GraduaçãoUniversidade Federal do Paraná

Liriane Knapik

Diagramação

Lais Romero Pancote

[email protected]

ISBN: 978-85-87801-28-9Todos os direitos reservados à Agência de Inovação UFPR.Tel.: (41) 3360-7416E-mail: [email protected]: www.inovacao.ufpr.br

Bibliotecário: Arthur Leitis Junior - CRB 9/1548

E24 Inovação e cooperação: a relação universidade-empresa \ Fernan-

do Antonio Prado Gimenez ... [et al.], organizadores. – Curiti-ba: UFPR, 2015.

192 p. : il.

Vários autores.

ISBN: 978-85-87801-28-9

1. Inovações tecnológicas. 2. Cooperação universitária. 3. Transferência de tecnologia. I. Gimenez, Fernando Antonio Prado, 1957-. II. Universidade Federal do Paraná. Agência de Inovação.

CDD 378.103

AUTORIDADES DA UFPR

Reitor

Zaki Akel Sobrinho

Rogério Andrade Mulinari

Edelvino Razzolini Filho

Rita de Cássia Lopes

Deise Cristina de Lima Picanço

Laryssa Martins Born

Maria Amélia Sabbag Zainko

Edilson Sergio Silveira

Lucia Regina Assumpção Montanhini

AGÊNCIA DE INOVAÇÃO UFPR

Elenice Mara Matos Novak

Cleverson Renan da Cunha

Alexandre Donizete Lopes de Moraes

Elenice Mara Matos Novak/Alexandre Donizete Lopes de Moraes

Franciele Klosowski

Robert Adonias Costa Gomes

Zaki Akel Sobrinho

A Universidade Federal do Paraná, em seu tripé de ensino-pesquisa-exten-são, gera inovações em diversas áreas do conhecimento.

A partir de 2008, com a criação da Agência de Inovação, esta Universidade -

A Agência publica anualmente um livro que aborda temas referentes ao Empreendedorismo e Inovação, visando auxiliar na compreensão da rela-ção Universidade-Empresa. Esta edição se baseia em estudos e experiências sobre a evolução da inovação no Brasil, sobretudo no campo da gestão pública do transporte, esforços de inovação realizados por universidades em empreendedorismo e agronegócio, bem como alianças cooperativas e mecanismos de apoio que integram empresas, universidades e organizações

Esperamos que a leitura seja profícua e contribua para a consolidação de movimentos integradores nas Instituições, demonstrando cada vez mais o papel da inovação para o desenvolvimento sustentável do País.

Zaki Akel SobrinhoReitor da Universidade Federal do Paraná

CAPÍTULO 1: O SISTEMA DE TRANSPORTE DE CURITIBA – INOVAÇÕES E DESAFIOSLuiz Aurélio Virtuoso

Silvia Mara dos Santos Ramos

Página 11

CAPÍTULO 2: INOVAÇÃO: ASPECTOS HISTÓRICOS E O BRASIL ATUALAdmir Pancote

Página 33

CAPÍTULO 3: INOVAÇÃO NO AGRONEGÓCIO: CASO DO PROJETO TECNOPARQUE FAZENDA EXPERIMENTAL GRALHA AZUL DA PUCPRPaulo Renato Parreira

Página 57

CAPÍTULO 4: APRENDER A EMPREENDER EM QUINZE MINUTOS: O DESAFIO DA CONSTRUÇÃO DESTE OBJETO DE APRENDIZAGEMDieval Guizelini

Sandramara Scandelari Kusano de Paula Soares

Silvia Teresa Sparano Reich

Página 71

CAPÍTULO 5: RELAÇÃO UNIVERSIDADE-EMPRESA NO BRASIL: UM ESTUDO EXPLORATÓRIO Lívia Maria dos Santos

Walter Shima

Página 85

CAPÍTULO 6: CAPACIDADES RELACIONAIS E INOVAÇÃO: UM CASO DE ALIANÇA INTERSETORIAL

Fernanda Salvador Alves

Andréa Paula Segatto

Página 115

CAPÍTULO 7: INTERAÇÃO UNIVERSIDADE-EMPRESA PARA TRANSFERÊNCIA DE TECNOLOGIA: O CASO DA AGÊNCIA DE INOVAÇÃO UFPR

Fernando Antonio Prado Gimenez

Emerson Carneiro Camargo

Alexandre Donizete Lopes de Moraes

Franciele Klosowski

Robert Adonias Costa Gomes

Página 131

CAPÍTULO 8: ECOSSISTEMAS DE INOVAÇÃO: UMA META-SÍNTESE

Marcos Ferasso

Adriana Roseli Wünsch Takahashi

Fernando Antonio Prado Gimenez

Página 145

CAPÍTULO 9: O DESENVOLVIMENTO DE PRÁTICAS DE GESTÃO EM ATIVIDADES DE COLABORAÇÃO: UMA ANÁLISE DA GESTÃO ESTRATÉGICA DE STARTUPS.

Luciano Minghini

Página 173

ECOSSISTEMAS DE INOVAÇÃO: UMA META-SÍNTESE

8

146

Marcos Ferasso

Adriana Roseli Wünsch Takahashi

Fernando Antonio Prado Gimenez

-tração de empresas, notadamente por ser esta um dos elementos-chave de sustentabilidade de qualquer negócio em qualquer setor da economia. No en-

necessitam de um constante investimento em atividades que favoreçam, nos seus níveis internos, a descoberta constante de inovações, o que permite que estas sobrevivam no mercado.

Porém, ao passo que os mercados consumidores passaram a exigir cada vez mais destas empresas, viu-se surgirem problemas de ordem tecnológica no ní-vel interno destas empresas: por vezes estas não possuem todos os recursos de que necessitam para inovar, o que requer novos modelos organizacionais para ultrapassar tais obstáculos. Na literatura sobre estratégia, as empresas buscam em diversas formas de parcerias a possibilidade de co-criar produ-tos e colocá-los no mercado, tais como visto em arranjos produtivos locais (ou clusters industriais (MARSHALL, 1920; LUNDWALL, 1985; PORTER, 1990), alianças estratégicas (DEVLIN e BLEACKLEY, 1988; EISENHARDT e SCHOONHOVEN, 1996; PARKHE, 1993) e redes (GRANDORI e SODA, 1995; HITE e HESTERLY, 2001; LECHNER e DOWLING, 2003), dentre

-FELT, 1984; BARNEY, 1991) ou visando economia dos custos de transação (COASE, 1937). Em geral, os recursos são transacionados mediante contratos (WILLIAMSON, 2002) entre as empresas para a manufatura de um produto, dado que sozinhas não teriam condições de criá-lo. De igual forma, essas parce-rias surgem quando as empresas não detêm, de forma isolada, o conhecimento total necessário para criar o mesmo produto (FOSS, 1996; GRANT, 1996).

À medida que os produtos se tornam complexos, tanto em termos de componen-tes como quanto ao processo de fabricação dos mesmos, arranjos mais comple-xos de organizações são necessários, principalmente em setores onde a demanda de recursos especializados e a mão-de-obra altamente especializada são fatores essenciais. Estes laços criam interdependências entre estas empresas, indo além de algum tipo de parceria momentânea, para algo mais permanente em termos de relações e de longo prazo, a exemplo do surgimento dos clusters industriais de alta intensidade tecnológica (ou high-tech clusters), prevendo uma territorialida-de e interdependência em seus conceitos (BRESNAHAN e GAMBARDELLA, 2004; FOSFURI e RØNDE, 2004; MAGGIONI, 1999; REES, 2005).

No entanto, os setores em que há maior potencial de oportunidades de ne-gócios - tais como nanotecnologia, biotecnologia, aeroespacial - requerem recursos e conhecimentos que estão dispersos não apenas em uma região

parceiros de países diferentes, o que pode ser facilitado pela proximidade

147

cognitiva (LAGENDIJK e LORENTZEN, 2007; MOLINA-MORALES, GARCÍA-VILLAVERDE e PARRA-REQUENA, 2014). Assim, a literatu-ra dos clusters industriais e das cadeias produtivas (THOMAS e GRIFFIN, 1996; FISHER, 1997; LAMBERT e COOPER, 2000; CHRISTOPHER,

-mente em setores de alta intensidade tecnológica. Dessa forma, surge o novo conceito de ecossistemas de inovação.

O objetivo deste texto é apresentar a construção teórica, por meio de uma meta-síntese (HOON, 2013), do conceito de ecossistema de inovação. Para

análise e síntese de evidências qualitativas para a construção de tal teoria por meio de síntese interpretativa. A meta-síntese oportuniza uma criação prática

de casos selecionados. Ao contrário da meta-análise de estudos quantitativos, cujo caráter é agregador com ênfase em relações estatísticas, a meta-síntese embasa-se em uma perspectiva interpretativa (WALSH e DOWNE, 2005).

Este capítulo está estruturado em quatro seções, além dessa introdução. A próxi-ma seção apresenta o conceito de ecossistemas de inovação e seus antecedentes. Na terceira seção estão descritos os procedimentos metodológicos adotados bem como suas fases. Em seguida, a quarta seção descreve os artigos selecionados acerca da temática e discute a contribuição dos textos para a construção teórica

-sentando as principais conclusões e achados teóricos da pesquisa.

O termo cluster se deve ao surgimento do conceito de aglomeração em Mar-shall (1920), que se interessava pelos estudos das aglomerações produtivas de

econômicos próximos e complementares cujos laços interdependentes as permitiam produzir produtos que não conseguiriam de forma isolada. Ainda na Economia, Schumpeter (1934) apontou que o caminho para o desenvol-vimento econômico passaria necessariamente pelo empreendedorismo, fun-

-

combinando os recursos em diferentes métodos de produção, promove o desenvolvimento de novos produtos e inovações.

Dahmén (1950, apud LANDSTRÖEM e LOHRKE, 2010), em sua tese sus-tentou que o desenvolvimento econômico se daria em contexto de blocos de

partes que se combinam. E Perroux (1955) contribuiu com a teoria dos po-los de crescimento a partir dos estudos da concentração industrial francesa. Perroux descobriu que atividades econômicas conexas tendiam a se atrair

148

Lundwall (1985), seguido mais tarde por Nelson (1993), analisaram o desen-volvimento a partir dos sistemas nacionais de inovação. Freeman (1987 apud

que a inovação passou a ser o foco de estudo nos clusters industriais, notada-

todo complexo formado por fatores de produção.

Nos estudos da área da Estratégia, viu-se surgir a partir de Porter (1990) a aplicação do termo cluster para as aglomerações de empresas, a partir dos estudos feitos em aglomerações de empresas italianas, tal como feito por

-lados de McCann (2001) e Krugman (1991), dado que esta decorre de alguma evidência de retornos crescentes que este tipo de produção proporciona.

Nas últimas duas décadas, o termo cluster industrial foi amplamente debati-do, tais como nas pesquisas de Bathelt (2005), Dahl e Pedersen (2004), Kra-fft (2004), Iammarino e McCann (2006), Menzel e Fornahl (2007), Klink e Langen (2001), Karlsson, Johansson e Stough (2005), Karlsson, Johansson e Stough (2006), Bayliss (2007), Fleisher et al (2010), Chyi, Lai e Liu (2012), Biggiero e Sammarra (2010), Braunerhjelm e Feldman (2008), Casanueva, Castro e Galán (2013), e Kim e Jeong (2014). Em razão da evolução tecnoló-gica e das novas formas de criação de novos produtos e de novas formas de organizações restou evidente a necessidade de um novo termo conceitual que considerasse a realidade atual.

O conceito de cluster industrial engloba, além da aglomeração de empresas

delimitada, e do apoio de uma governança (PROPRIS, 2001; SUGDEN, WEI e WILSON, 2006), uma estrutura maior que as empresas e que cumpre o papel de aglutinar todos os esforços dos diversos atores deste lócus produ-tivo. Em setores de alta intensidade tecnológica esta lógica da territorialidade

do que a sua criação ou (OCDE, 2011).

Assim, pela limitação conceitual do termo, presenciou-se o surgimento de um novo conceito, que agora emerge da Biologia. Os aglomerados produtivos são considerados como ecossistemas de inovação, o que em muito decorre do conceito de cluster industrial pela integração dos mecanismos, cujas em-

-NER, 2006). A consideração da inovação em um ambiente com a perspectiva biológica também está presente em Luoma-aho e Halonen (2010) e Russell et

de recursos e facilita o crescimento dos negócios, uma vez que grandes ino-vações não surgem de forma isolada.

Revisitando a fonte do conceito de ecossistemas, a Biologia, este é entendi-do como o todo das relações conexas entre organismos vivos e o ambiente

149

(MORAN, 1990); uma unidade da ecologia formado por organismos, mate-

formaria um microcosmo dependente de fatores externos e este ecossistema

outros ecossistemas (BEYERS, 1964). E em se tratando da inovação, esta é entendida neste artigo na perspectiva de Schumpeter (1934), no que tange ao novo produto e ao novo processo pelo qual este é produzido.

Em Zahra e Nambisan (2011) encontra-se a máxima de que as empresas per-ceberam a necessidade de captar redes de conhecimento que se encontram

--

gerenciarem seus recursos diversos para descobrirem as inovações necessá-

Em virtude da novidade conceitual ainda pouco explorada na literatura, pre-tende-se construir teoria por meio de uma meta-síntese (Hoon, 2013) acerca do conceito de ecossistema de inovação a partir da consulta da produção

Para atender ao objetivo desta pesquisa, foram consultadas as publicações internacionais disponibilizadas no Brasil e indexadas em 242 bases de dados, via acesso ao portal Periódicos CAPES. Este trabalho foi realizado entre ou-tubro e dezembro de 2014.

Para a busca dos artigos, executou-se a primeira fase da meta-síntese segundo -

ceito a ser melhor explorado, oriundo da evolução dos conceitos de clusters industriais, neste caso o conceito de ecossistemas de inovação.

Na fase seguinte, decidiu-se fazer a primeira busca por termo-chave, com o termo ‘innovation ecosystem’. A pesquisa inicial não necessitou de pes-quisa booleana (com os termos ‘OR’, ‘AND’), pois se objetivava encon-trar a maior quantidade possível de artigos que contivessem tais termos em razão da novidade conceitual. Não houve restrição de período para que se obtivesse a maior quantidade de publicações e esta fase inicial re-sultou em uma coleta de 77 artigos.

Como critérios de exclusão, analisou-se cada um dos 77 artigos, comparan-do-se os arquivos e descartando-se os artigos repetidos, dado que um mesmo artigo poderia estar em duas ou mais bases diferentes. Assim, excluíram-se 12 artigos por estarem repetidos. Em nova seleção dos 65 artigos restantes, excluíram-se 18 destes por serem considerados textos não acadêmicos (tais como notícias de revistas, resenhas de livros). Em nova seleção, do total de

150

47 artigos a que se chegou, 18 foram retirados do banco de dados em função de serem falsos positivos, ou seja, artigos que continham as duas palavras no corpo do texto (innovation e ecosystem) mas que não estavam relacionadas ao sentido conceitual que se buscou, critério adotado após o exame do texto completo dos artigos. A partir desta nova exclusão, chegou-se a um total de 29 artigos válidos para análise.

Do total de 29 artigos selecionados, partiu-se para o seguinte critério de ex-clusão, o da seleção dos artigos que não contivessem o método do estudo de caso, conforme orientações sobre meta-síntese de estudo de caso qualitativo (Hoon, 2013). Após uma análise em cada um dos artigos, selecionou-se um total de 13 artigos para fase posterior.

A partir de uma análise minuciosa no título, abstract, e corpo do artigo (prin-cipalmente na seção método), e com a presença do método do estudo de caso como critério de inclusão, apenas 6 artigos foram considerados válidos para a próxima etapa da pesquisa, que podem ser vistos no quadro 1.

Autores e ano de publica-

ção

Título Journal

JCR – ISI

Impact Factor

Índice H

SCI-mago

Journal Rank (SJR)

País

Engler e Kusiak (2011)

Modeling an innovation ecosystem with adap- tive agents

Internatio-nal journal of innova-tion science

(ISSN 1757-2223)

Pen- dente.

3 0,166Reino Unido

Li e Garnsey (2014)

Policy-driven ecosystem for new vaccine development

Technova-tion (ISSN 0166-4972)

2,704 62 4,076Reino Unido

Rohrbeck et al

(2009)

Opening up for competiti-ve advantage: how Deusts-che Telekom

creates an open innova-

tion ecosystem

R&D manage-

ment (ISSN 1467-9310)

1,266 56 1,441Reino Unido

151

Rohrbeck et al

(2009)

Opening up for competi-tive advan-tage: how Deustsche

Telekom cre-ates an open innovation ecosystem

R&D ma-nagement

(ISSN 1467-9310)

1,266 56 1,441Reino Unido

Saguy et al. (2013)

Challenges facing food engineering

Journal of food engine-ering (ISSN 0260—774)

2,576 92 1,357Reino Unido

Szajnfarber e Weigel (2013)

A process model of

technology innovation in

governa- mental agen-cies: insights from NASA’s science direc-

torate

Acta astro-náutica (ISSN

0094-5765)0,816 33 0,693

Reino Unido

Weil, Sabhlok

e Cooney (2014)

The dyna- mics of

innovation ecosystems: a case study of the US bio-fuel Market

Energy stra-tegy reviews (ISSN 2211-

467X)

Pen- dente.

4 0,686Holan-

da

Brasil (2013, p. 13; 2014, p. 10).

Tendo os critérios de inclusão acima descritos, partiu-se para a análise dos -

nados, utilizou-se das seguintes fases:

a) A redução de dados dos estudos de caso: os elementos constituintes e con-siderados importantes para a construção conceitual do termo ecossistemas de inovação foram separados a partir de uma atenta leitura de cada um dos artigos, para posteriormente serem categorizados, priorizados e inter-relacio-nados conforme Collis e Hussey (2005). Para tanto, utilizou-se como guia o formulário presente no quadro 2.

152

Autoridades, título, periódico, data, tipo de estudo, questão de pesquisa.

Referencial teóricoAderência do referencial teórico aos con-ceitos de ecossistemas de inovação.

Campo de pesquisaContextualização (setor, regionalidade, local de realização da pesquisa).

Método

Qualidade do estudo de caso, unidade de análise, número de casos, amostragem, técnicas de coleta e análise de dados, fontes de dados, validação.

Ext

raçã

o

Análise e interpretação dos dados

Principais contribuições encontradas,

DiscussãoContribuições para o avanço da teoria de ecossistemas de inovação.

Conclusão Contribuição teórica.

Sugestões de futuras pesquisas

Contribuição teórica.

Avaliação geral do artigoRelevância para o tema em estudo,

Brasil (2013, p. 13; 2014, p. 10).

-

que permitiu selecionar os artigos de acordo com as bases conceituais e rigor e qualidade do estudo de caso. As seções análise e interpretação dos dados, discussão, conclusão e sugestões de futuras pesquisas mereceram

-ricas dos autores, para que fosse possível construir a teoria a partir das interpretações destes.

b) Os dados inter-relacionados foram sintetizados de forma a reunir con-ceitos em novos padrões integrados (COLLIS e HUSSEY, 2005), bus-

coerência teórico-empírica que melhor representasse a rede de eventos e elementos constitutivos. c) Os dados sintetizados foram utilizados para a construção de uma exposição de dados (COLLIS e HUSSEY, 2005) ou

153

como chamam Miles e Huberman (1994) a técnica de redes causais, na forma de rede representativa de um ecossistema de inovação hipotético.

-

estas fases foram executadas pelo primeiro autor deste artigo, porém, to-das as etapas foram acompanhadas e discutidas até o consenso com outra pesquisadora que também produzia sua meta-síntese, no sentido de obter validação quanto aos procedimentos adotados nesta pesquisa.

O quadro 3 sintetiza as fases da meta-síntese adotadas nesta pesquisa, segundo Hoon (2013).

Construindo a questão de pesquisa

Imersão conceitual sobre ecossistemas de

-

vinculação do termo com empreendedoris-mo e setores produti-vos de alta intensida-de tecnológica.

priori a partir de buscas livres acerca do conceito dispo-níveis na internet aberta ou em peri-ódicos indexados em bases de dados.

lacuna teórica que permita a

construtos.

Localizando pesquisas relevantes

publicações dispo-níveis sobre o tema. Busca em periódicos indexados em bases de dados segundo critérios próprios de pesquisa.

Busca de termos-chave pre-viamente selecio-nados na etapa an-terior (innovation ecosystems).

Localização de 77 artigos; destes 47 aderentes aos pressupostos da pesquisa

Critérios de inclusão

Dois critérios de exclusão: a) artigos repetidos e artigos não acadêmicos; e b) seleção de artigos cujo método contivesse o estudo de caso.

Desenvolvimento de lista de critérios de exclusão e inclusão.

Dos 47 artigos, seis se encaixaram nos critérios.

154

Extraindo e

os dados

Leitura atenta do texto completo dos artigos selecionados.

características do estudo e dos insights dos artigos.

Desenvolvimento e apresentação de um formulário de

-cagem de códigos inter-relacionados.

-cação e categoriza-ção das evidências de cada um dos estudos; sensi-bilidade quanto

contextuais de cada artigo; formulário

-lido; inter-relação entre códigos dos artigos.

Analisando em nível ca-

sequência de variáveis encontradas em cada caso que pudessem

e estruturação do ecos-sistema de inovação.

Redes causais de cada um dos casos

temas ou elemen-tos, conceitos centrais, padrões ou relações entre os casos.

Sintetizando em nível across-study

Transposição das redes causais de casos

um dos artigos em uma rede meta-causal (em forma de expo-sição de dados). Acu-mulação de elementos constitutivos comple-mentares a partir do cruzamento dos casos para a geração de um padrão geral entre as variáveis ou elemen-tos encontrados.

Rede meta-causal (exposição de dados).

um padrão ou estrutura, categori-zação e exposição dos elementos para garantir validade.

Construindo teoria a partir da meta-sín-tese

conceito de ecos-sistema de inovação que explique os seus elementos constitu-tivos, suas dinâmicas e relações entre participantes.

Ligação entre os resultados com a literatura sobre ecossistemas de inovação do pre-sente artigo.

mudanças con-ceituais do termo ecossistema de inovação.

155

Discussão

Discussão dos resultados e expla-nação dos elemen-tos constitutivos, dinâmicas e relações dos participantes do ecossistema de inova-ção representados na exposição de dados.

Rigor da discussão,

validade.

Legitimação da va--

dade do procedi-mento e atividades utilizadas.

Brasil (2013, p. 13; 2014, p. 10).

Em razão da novidade conceitual do termo ecossistemas de inovação, poucos artigos foram considerados adequados aos critérios de seleção para este es-tudo. Os artigos conceituais ou de revisão teórica foram excluídos da análise, pois se buscavam evidências práticas a partir de estudos de caso que permitis-sem a construção teórica (EISENHARDT, 1989; EISENHARDT, 2007) tais como os postulados dos conceitos de ecossistemas de inovação presentes em Adner (2006), Luoma-aho et al (2010), Russell et al (2011), Zahra e Nambisan (2011).

dois não apresentaram contribuições para a construção teórica que se pre-tendia e foram excluídos da análise. Os quatro artigos remanescentes deram origem a quatro redes causais parcialmente construídas a partir dos elemen-tos presentes em cada um deles. Isto se deve ao fato de que há diferentes abordagens e níveis de análise em nos textos analisados: Weil et al (2014) se

ecossistema de inovação dos biocombustíveis nos EUA; Rohrbeck, Hölzle e Gemünden (2009) enfocaram o mapeamento de um ecossistema de inova-ção, porém, enfocando open innovation; o enfoque de Szajnfarber e Weigel (2013) centrou-se nos processos de inovação ocorridos no ecossistema de inovação da NASA; e Li e Garnsey (2014) enfocaram o ecossistema de ino-vação e o modelo de negócio em um setor de alta intensidade tecnológica.

e sintetizados conforme quadro 4. A importância teórica no que tange a alte-ração da base de recursos para a construção de teoria acerca dos ecossistemas de inovação foi sinalizada com o sinal ‘+’, onde: + (o artigo subsidia elemen-tos importantes a serem considerados na construção teórica), ++ (o artigo subsidia elementos novos se comparados com outros artigos selecionados), e +++ (o artigo subsidia amplamente elementos a serem considerados na estruturação esquemática do ecossistema de inovação).

156

Conceito de ecossistema de inovação (referencial teórico)

Business ecosystem considerado como open innovation ecosystem

Elementos constitutivos do ecos-sistema de inovação

- Quatro categorias do processo de inovação: 1) Geração de ideias; 2) Pesquisa; 3) Desenvolvimento; 4) Comercialização

- Empresas de um open innovation ecosystem buscam compar-tilhar custos e riscos oriundos da pesquisa.

- As mesmas empresas captam conhecimento e tecnologia para o desenvolvimento de novos produtos.

- Colaborações universidade-empresa se dão na fase de pesquisa (transferência tecnológica).

- Pesquisadores são gatekeepers entre universidade-empresa (in-

- Open innovation favorece as empresas a ampliar a base de re-cursos das mesmas através de redes de P&D.

- Fundadores das empresas promovem consórcios de projetos.- Conhecimentos são compartilhados em eventos setoriais.- Conhecimentos captados em eventos são mantidos em segredo

pelas empresas.- Na comercialização, produtos e tecnologias são comercializa-

dos externamente.

Principais contribuições teóricas ao conceito

Medianas: Oferece fases do processo de inovação no nível interno das empresas de um ecossistema de inovação; enfoca a redução dos custos de transação a exemplo do conceito dos clusters industriais; reporta recursos intangíveis oriundos da Knowledge Based View (KBV); relações interpessoais permitem o intercâmbio de conheci-mentos; mercado consumidor externo ao ecossistema

Contribuição conceitual

Média: Oferece elementos parciais para a construção de um ecos-sistema de inovação, dado que a maioria dos elementos constitu-tivos é explorada pela literatura dos clusters industriais (a exemplo do que se constata em Ferasso, 2008).

Alteração da base de recursos

Sim (+): Subsidia elementos a serem considerados no nível interno das empresas participantes de ecossistemas de inovação.

Conceito de ecossistema de inovação (referencial teórico)

Novos conceitos técnicos amadurecidos no ecossistema de inova-ção da NASA (Literatura do conceito inexistente).

157

Elementos constitu-tivos do ecossis-tema de inovação

- Inovação é gerenciada por meio de pequeno número de estágios e portais.

- Exploração tecnológica é feita por um pequeno time de especialistas e colaboradores externos ad hoc dos parceiros externos.

- Exploração tecnológica é limitada por recursos disponíveis e número de níveis componentes da inovação.

- Provar que a inovação funciona em ambiente de laboratório.

- Busca de inovações por meio de tentativas erro-acerto.- Resolução de problemas por cientistas e múltiplos colaboradores ad

hoc e especialistas externos. - Construção de protótipos e testes para solução de problemas.

uso (voos espaciais).- Maior necessidade de recursos para execução da exploração arquite-

tural (construção do protótipo).

- Busca de tecnologias paralelas (modo de sobrevivência).- Relacionamento entre os parceiros estabelecido em décadas de co-de-

senvolvimento.- Novas colaborações trazem novas ideias e novos equipamentos.

Principais contri-buições teóricas ao conceito

Medianas: Oferece fases do processo de desenvolvimento de uma inovação (ideia, testes laboratoriais, protótipo e testes, execução arquite-tural), essencialmente baseada em especialistas internos e colaboradores externos (pertencentes ao ecossistema); setor altamente dependente de

complexidade da inovação a ser desenvolvida é fator crítico; reporta o relacionamento entre os parceiros para o co-desenvolvimento; setor de-pendente da esfera política para captação de recursos governamentais.

Contri-buição conceitual

Média: Oferece elementos parciais para a construção de um ecos-sistema de inovação em setor de alta intensidade tecnológica. A maioria dos elementos constitutivos são igualmente explorados na literatura de clusters industriais.

Alteração da base de recursos

Sim (+): Subsidia elementos a serem considerados no nível interno de uma organização pertencente ao ecossistema, e suas relações e dependências de instituições dispersas no ecossistema.

Conceito de ecos-sistema de inovação (referencial teórico)

Ecossistemas como redes de inovação, open innovation, inovação terceirizada, dinâmicas do ecossistema (padrões dominantes, amplia-ção e variação das demandas de mercado, evolução das arquitetu-ras ecossistêmicas), relações com os consumidores-fornecedores, ecossistema composto por cadeias de suprimentos e sistemas de criação e captação de valor. Ecossistema como business ecosystem, dinâmicas complexas que resultam na combinação de estruturas, comportamentos dos componentes e mudanças do setor.

158

Elementos constitu-tivos do ecossis-tema de inovação

- Relação dinâmica entre as partes do ecossistema. - Plataforma aberta entre fornecedores do setor, que colaboram em

plantas para outras empresas do ecossistema. - Plataforma aberta acelera a curva de aprendizado: melhora o desem-

penho, reduz custos de uma tecnologia, e melhora as capabilidades organizacionais.

- Experiência ganha melhora as capacidades mais rápido que dos com-petidores.

solução tecnológica integrada e aberta (open innovation).- Investimentos em capacidades de produção em larga escala. - Investimentos maiores são oportunidades para a introdução de novas

tecnologias. - Dinâmicas do ecossistema de inovação mapeadas por cenários mo-

delados.-

lhando com uma gama de tecnologias; b) fase transicional: incerteza reduzida, consolidação setorial, P&D focados na produção em escala; c) fase de maturidade: tecnologia e infraestrutura se tornam commo-dities; nova geração tecnológica substitui a antiga; d) fase de descon-tinuidades: substituição da tecnologia antiga pela nova.

- Ciclo de vida da tecnologia é representado pelas capacidades de in-vestimentos, utilização, preços e retorno dos investimentos (critérios econômicos de viabilidade).

- A oportunidade de introdução de novas tecnologias depende do vo-lume de investimentos no setor.

- As capacidades de investimentos dependem das mudanças das condi-ções de mercado.

- A estrutura do ecossistema muda assim como a geração de tecnolo-gias maduras (ecossistema dinâmico).

- Ecossistema formado por organizações externas complementares múltiplas e complexas.

- Relações integrais interligam subsistemas coordenados.- Ecossistema pode ser incentivado por empresa para criar tecnologias

e recursos necessários para sua estratégia.

- Mercado: monitorar e avaliar o desenvolvimento tecnológico.- Líder do ecossistema deve moldá-lo e criar opções de ativos tecnoló-

gicos de valor para gerenciar riscos e adoções tecnológicas. -

gicas. - Ecossistema como sistema aberto com alto grau de dependência de

complementadores externos.- Interações entre o ecossistema e ambiente são bidirecionais.

participantes, precisam compreender a rede e suas dinâmicas.- A estrutura e dinâmica do ecossistema dependem da geração de tec-

nologias maduras.

159

- Ecossistema é dinâmico se comparado com o ciclo de vida do mercado.

- O tempo para seleção de tecnologia a ser usada é crucial.- Adoção de tecnologias de trajetória é de menor risco tático, mas

de maior risco estratégico.

Principais contri-buições teóricas ao conceito

Medianas-altas: Oferece uma compreensão do ecossistema de inovação a partir das relações dinâmicas entre seus componentes; colaborações entre participantes permite ganhos intangíveis (aceleração da curva de

-tion; investimentos dependem do comportamento do mercado; novas tecnologias são introduzidas e modelam as organizações complemen-tares múltiplas e complexas que formam o ecossistema; ecossistema

surgimento do líder do ecossistema que o molda para gerenciar riscos e adotar tecnologias novas; relações bidirecionais entre ecossistema e ambiente externo; atração como estratégia das empresas participantes; velocidade na adoção de tecnologias a serem usadas.

Contri-buição conceitual

Média-alta: Oferece elementos oriundos da estratégia empresarial para compreensão do ecossistema como se fosse uma grande empresa complexa, de relações dinâmicas, moldável conforme as necessidades de mercado e os interesses dos líderes do ecossistema, dependente de recursos externos, e que adota tecnologias de forma veloz.

Alteração da base de recursos

Sim (++): Subsidia elementos novos se comparados com os dois artigos anteriores, notadamente oriundos da área de estratégia, a serem considerados no nível interno das empresas ou organizações captadoras de recursos, suas relações dinâmicas com os participan-tes do ecossistema, capacidades de atração de investimentos para o desenvolvimento tecnológico, e a elevada dependência das partes que compõem os subsistemas interligados que formam o ecossistema.

Conceito de ecos-sistema de inovação (referencial teórico)

como conceito enriquecido de open innovation, formado por

complementadores inovadores que geram valor conjuntamente. Ecossistema como redutor de riscos. Criação de valor coletivamente e individualmente. Considera conceito de ecossistema de inovação e

Elementos constitu-tivos do ecossis-tema de inovação

- Transferência de tecnologia universidade-empresa inglesa.- Empresa americana é candidata a possível parceira-desenvolvedora.- Consórcio entre entidade pública e privada (universidade e empre-

sa) para o desenvolvimento de vacinas.- Captação de recursos.- Testes clínicos em universidade africana parceira do consórcio (for-

necimento de infraestrutura para testes).

160

- Publicação de resultados clínicos.- Fluxos de conhecimento e recursos ligam os parceiros e coordenam

as contribuições para o desenvolvimento de nova vacina, objetivo compartilhado.

- Apresenta esquema de ecossistema com diversas instituições inde-pendentes e de diversos países, que fornecem apoio ao consórcio em termos de recursos.

- Governo chinês busca atrair os melhores talentos dispersos no planeta, através de políticas governamentais federais, provinciais e municipais voltadas ao apoio de P&D.

- Especialista na criação de vacinas planeja os recursos necessários para abertura de empresa na China.

inovação.- Macro políticas chinesas para repasse de recursos, recrutamento de

- Colaborações entre empresas e institutos de pesquisa do governo chinês.

- Ecossistema formado por múltiplas entidades governamentais com as quais as empresas interagem.

- Operações de empresa são conduzidas por rede virtual com empre-sas colaboradoras contratadas.

-rações para uso de infraestruturas laboratoriais públicas.

capitais próprios baixos e manter pessoal terceirizado (estudantes universitários).

- Modelo de negócios baseado em compartilhamento de riscos e re-compensas.

- Ecossistema apoiado por políticas públicas onde participantes compartilham recursos.

-doras nacionais.

- Empresa investe em produtos menos complexos (diagnósticos),

sobreviver.- Governo municipal oferece incentivos para trazer expatriados ino-

- Ecossistema favorece novos modelos de negócio com base em par-cerias público-privadas para a comercialização de novas tecnologias.

- Operar em nicho de mercado tecnológico requer gestão de riscos a longo prazo, construção de conhecimento e criação de um ambien-te de aprendizagem.

- A construção de parcerias entre empresas depende do contexto no qual estão inseridas.

- Participantes do ecossistema se organizam para comercializar pro-dutos e alinham os incentivos recebidos para tal.

161

- Empresas operam em redes de parcerias para alcançar objetivos estratégicos de P&D.

- Infraestrutura laboratorial, especialistas das empresas, e a obten-ção de recursos necessários permitem a produção de inovações.

ecossistema aos quais se associarão em projetos futuros. - Empresa precisa construir parcerias domésticas ou internacionais.- A estrutura das parcerias são globais, tais como o são os investi-

mentos, pesquisa e operações de testes clínicos.- Stakeholders são internacionais.

--

ros do ecossistema pela demonstração de expertise, resultados positivos em P&D e gestão efetiva do negócio.

- Políticas nacionais podem diferir de país para país quanto aos in-centivos governamentais.

- Empresa chinesa assim como inglesa dependem de investimentos do setor privado, que precisam ter retorno sobre o investido.

- Ecossistema robusto permite a criação de uma rede segura volta-

- Modelo de negócio é ameaçado se a empresa não conseguir resul-tados clínicos satisfatórios.

- Inovação reversa pode ocorrer (mercados emergentes fazem sur-gir novas aplicações em economias avançadas), o que atrai recur-sos e serve de lobby em governos por parte da empresa.

e seus parceiros e competidores.- Empresa cujo negócio se embasa em pesquisa recebe apoio de

- Reconhecimento da oportunidade de mercado (empreendedoris-mo), uso de conhecimentos anteriores para construção de capaci-

-ceiros governamentais formam a base deste modelo de negócio.

- Membros do consórcio praticam lobby com governos e com go-vernos que vão além das próprias ‘fronteiras’ do ecossistema.

- Ecossistema inglês foi construído a partir de organizações que buscavam criar valor coletivamente.

-blicas para investimento em setores inovadores privados.

- Quando há necessidade de ampliar a produção por meio de mé-todos de custo efetivo, as estratégias do ecossistema que ligam políticas públicas e empreendedorismo do setor privado oferecem resultados neste novo modelo de negócio para a geração e entrega de valor compartilhado.

Principais contri-buições teóricas ao conceito

Altas: Oferece links teórico-empíricos acerca da transferência tec-nológica; parcerias internacionais; captação de recursos; interações entre membros regionais e internacionais para P&D; ecossistema baseado em relações entre parceiros do mesmo; incentivos público--privados oriundos dos mais variados lugares; atração de especialista;

162

políticas públicas para o desenvolvimento setorial; heterogeneida-de dos parceiros do ecossistema; redução de custos; novo modelo de negócios em ecossistema; gestão de riscos; empreendedores devem reconhecer a oportunidade de negócio, usar conhecimentos existentes, e estabelecer parcerias público-privadas para obtenção de recursos.

Contri-buição conceitual

Altas: Oferece links teórico-empíricos acerca da transferência tec-nológica; parcerias internacionais; captação de recursos; interações entre membros regionais e internacionais para P&D; ecossistema baseado em relações entre parceiros do mesmo; incentivos público--privados oriundos dos mais variados lugares; atração de especialis-tas; políticas públicas para o desenvolvimento setorial; heterogenei-dade dos parceiros do ecossistema; redução de custos; novo modelo de negócios em ecossistema; gestão de riscos; empreendedores devem reconhecer a oportunidade de negócio, usar conhecimentos existentes, e estabelecer parcerias público-privadas para obtenção de recursos.

Alteração da base de recursos

Alta: Oferece elementos consolidados e teórico-empíricos para a construção de um ecossistema de inovação, além de contribuir para com o conceito da estrutura do ecossistema que está embasado nas relações com as quais uma empresa mantém com seus parceiros locais ou internacionais. Reporta elementos oriundos da estratégia, economia, inovação e gestão de empresas (modelos de negócios de alta tecnologia) que devem ser considerados na estruturação do ecossistema de inovação.

Conceito de ecos-sistema de inovação (referencial teórico)

Ecossistema como ambiente no qual agentes individuais (entidades inovadoras) existem e interagem. Ambiente dinâmico onde as enti-dades inovadoras realizam a otimização dos recursos.

Elementos constitu-tivos do ecossis-tema de inovação

de mercado. - Firmas do setor promovem parcerias com entidades inovadoras

que são de outros setores econômicos para produzir inovações.

Principais contri-buições teóricas ao conceito

sistemas complexos por meio de modelagens computacionais. Refe-rencial teórico com baixa contribuição. Não há menção ao rigor do

(semicondutores).

163

Contri-buição conceitual

Baixa: O estudo reporta a modelagem computacional de um ecos--

va para o conceito em questão.

Alteração da base de recursos

Não: Artigo excluído da análise em função de não apresentar nenhuma contribuição ao conceito, não ter rigor de estudo de caso, e não reportar nenhum elemento novo para consideração conceitual posterior.

Conceito de ecos-sistema de inovação (referencial teórico)

Ecossistema como ambiente no qual agentes individuais (entidades inovadoras) existem e interagem. Ambiente dinâmico onde as enti-dades inovadoras realizam a otimização dos recursos.

Elementos constitu-tivos do ecossis-tema de inovação

- Grandes centros de pesquisa na Suíça.- Grandes empresas parceiras em outros países europeus.

políticas de investimentos de governos inglês e holandês. - Programa de pesquisa para ligar academia e indústrias. - Criação e gestão de um grande consórcio multi-país. - Bolsistas se especializam e criam experiência em diversos países.- Empresas que possuem o mesmo interesse e não diretamente

competem.

que um setor. - Integração de players importantes no ecossistema (setor privado,

pequenas empresas, bancos, venture capital, investidores anjos).

Principais contri-buições teóricas ao conceito

Baixas: O estudo em questão se dedica a transcrever relatos de seção plenária de uma conferência sobre engenharia de alimentos nos Estados Unidos. Para tanto, servem-se do caso europeu do setor de alimentos. Não há menção ao rigor do estudo de caso, restringindo-

Contri-buição conceitual

Baixa: O estudo reporta o ecossistema de inovação a partir da perspectiva de open innovation, além de se encontrar embasado em seção plenária de congresso acadêmico, não trazendo nenhuma

Alteração da base de recursos

Não: Artigo excluído da análise em função de não apresentar nenhuma contribuição ao conceito, não ter rigor de estudo de caso, e não reportar nenhum elemento novo para consideração conceitual posterior.

164

um dos artigos permitiram a elaboração de uma síntese de casos cruzados (HOON, 2013), onde foram inter-relacionados os elementos encontrados com o objetivo de ilustrar um ecossistema de inovação, suas relações e com-ponentes em uma rede meta-causal inicial. Esta rede foi construída a partir

-

elementos emergentes que possibilitassem a melhor ilustração da estrutura do ecossistema de inovação.

Para tanto, cada elemento foi retirado de cada um dos casos e os mesmos foram comparados quanto a sua representação. De posse dos elementos es-senciais, foi possível elaborar uma exposição de dados que ilustra o padrão emergente dos casos (MILES e HUBERMAN, 1994; COLLIS e HUSSEY, 2005) acerca da estrutura hipotética de um ecossistema de inovação, confor-

feita por meio da revisita aos conceitos citados na literatura acerca do ecos-sistema de inovação.

Representação esquemática de um ecossistema de inovação a partir da síntese de casos cruzados

-sistema de inovação, sendo esta a principal alavanca de criação de valor. Isto

para a criação deste valor na forma de produtos ou serviços inovadores, vol-

industrial. Notadamente, as relações da empresa com parceiros externos para

165

a troca de informações e conhecimentos, a captação de todo e qualquer tipo

outros) pode ser feita pela empresa em qualquer lugar onde este parceiro ou fornecedor esteja. O mais importante é encontrar um parceiro que tenha o

sempre buscará reduzir custos e riscos, quer seja por meio de obtenção de incentivos público-privados, ou por meio de elaboração de pesquisas ou co--desenvolvimento com parceiros. Estas relações tenderão a ser regidas por

partes. A empresa dependerá mais das universidades e centro de pesquisas ou laboratórios na fase de criação (ou de pesquisa), ao passo que dependerá mais

de uma necessidade insatisfeita ou oportunidade no mercado.

Assim, a manufatura do produto encontra-se mais focada em aspectos eco-nômicos (escala, redução de custos, acesso a recursos para produção) que viabilizem a colocação do novo produto no mercado; ao passo que a geração de ideias para a criação de um novo produto requer uma rede mais complexa de interações e parcerias com organizações diversas (universidades, outras empresas do setor ou setores próximos), dispersas globalmente e que pos-

fases (pesquisa e desenvolvimento) no interior da empresa fazem com que esta dependa de diferentes tipos de interações, parcerias e recursos para a manufatura de uma inovação, que são próprias de cada produto.

A partir do cruzamento dos casos e da exposição dos dados, é possível per-ceber as contribuições conceituais dos casos para a criação de teoria que, até então, não se observava nos conceitos de ecossistemas de inovação.

empresa, o que amplia o conceito de territorialidade dos parceiros de um cluster industrial.

Em segundo lugar, destaca-se que o limite ou fronteiras do ecossistema de -

triais), mas sim por meio das relações que as empresas do ecossistema man-têm com seus parceiros por vezes localizados em outros países.

Em terceiro lugar, observou-se que há uma dependência entre os parceiros que formam redes dentro do ecossistema de inovação, mas que são mutáveis conforme novas demandas do mercado surgem, fazendo com que este apre-sente uma representação amorfa e mutável, mas principalmente estruturada em torno da rede de relacionamentos que as empresas mantêm para a conse-cução de seus objetivos econômico-inovadores.

166

Ressalta-se que na literatura de clusters industriais é recorrente a interdepen-

troca de um parceiro pode ser maior). Assim, a literatura acerca dos clusters industriais aplica-se com melhor aderência quando se considera a aplicação

-ção e aplicação dos princípios econômicos de produção.

Portanto, mais do que relações conexas entre organismos e o ambiente (MO-RAN, 1990), os ecossistemas de inovação resultam em um conjunto dinâ-mico de organizações que fornecem todo o tipo de apoio e recursos de que empresas de setores de fronteira tecnológica necessitam para a criação de seus produtos por meio de processos inovadores e manufatura de produtos

-gentes. Os componentes do ecossistema de inovação oriundos de esferas públicas possuem interesses supra-regionais que tratam do desenvolvimento setorial e fortalecimento ou da região ou do país, o que é alcançado por meio de políticas públicas de incentivos setoriais diversos, aplicados por meio do

elevados recursos para P&D. Os componentes do ecossistema de inovação

capital e pela maximização de seus investimentos, correndo riscos calcula-dos e que são divididos entre os parceiros-desenvolvedores de uma inovação. Os parceiros do ecossistema de inovação oriundos da academia (tais como universidades e centros de pesquisa) encontram possibilidades de aplicação empírica de modelos de laboratório e investimentos para futuras pesquisas, além das contribuições para o avanço da ciência. Os parceiros do ecossistema de inovação oriundos do setor privado (notadamente empresas criadoras e

necessitam para a criação de inovações e a produção em escala de tais inova-

começarem a surgir.

Desta feita, um ecossistema de inovação é representado pelas inter-relações que uma dada empresa mantém com organizações externas diversas, as quais possuem recursos que são indispensáveis para a criação de um produto ino-

-ganizações, onde quer que estas estejam localizadas, contanto que propor-

produto, os fatores locais de produção (tais como recursos localizados geo--

sa. Estas interações com outras organizações globalmente dispersas permite a criação de produtos de forma mais veloz o que proporciona uma maior velocidade na introdução deste novo produto no mercado o que garantirá

167

Assim, acredita-se que este conceito construído a partir das contribuições teóricas dos estudos de casos qualitativos selecionados tenha contribuído para a ampliação e melhor delimitação do conceito de ecossistemas de ino-

-

parcerias com organizações globalmente dispersas; além de que a empresa localizada em um ecossistema de inovação tenderá a utilizar-se mais de fa-

-tura do dito produto).

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